i VIVA O CAMPUS
JORNAL DA
PÁG. 14 Caroline Rodrigues
SAIBA MAIS SOBRE OS CURSOS DE FARMÁCIA E DE DIREITO DA UNISC Professor Ariovaldo de Oliveira, da USP, aborda sobre a reforma agrária no Brasil PÁG. 7
JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, ANO XIII, NÚMERO 68, DEZEMBRO DE 2006
Rodrigo / Ag. Assmann
Cerca de 1,9 mil estudantes do Ensino Médio de mais de 150 escolas participam de atividades e visitam as instalações da Universidade PÁGs. 8 e 9
O ESPORTE EM 2006
A conquista da Associação Sobradinho e um resumo do ano esportivo da Unisc PÁGs. 12 e 13
PELO MUNDO AFORA Mais três viagens de estudo e o Projeto Rondon
trabalhos vencedores
PÁGs. 3 e 10 Rudinei Kopp
Divulgação
encerram atividades de intercâmbio no ano
NOVOS OLHARES Concurso fotográfico da Unisc divulga PÁG. 5
página 2 dezembro de 2006
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carta ao leitor
palavra do reitor Estamos encerrando mais um período letivo, contabilizando muitos aspectos positivos. Dentre esses merecem destaque a implantação do Curso de Medicina, a construção e instalação de diversos Laboratórios da área das Engenharias, o Centro de Tratamento de Resíduos Químicos/CETER, a Estação de Tratamento de Efluentes/ETE, a ampliação do Campus de Venâncio Aires, entre outros. Além disso, a Avaliação Institucional feita pelo INEP/MEC conferiu nota máxima à nossa Instituição e tivemos excelentes resultados na avaliação de vários cursos. Em termos de intercâmbio internacional, várias programações foram realizadas, oportunizando pesquisas e entrosamento com a cultura e a língua de outros países. Estimular a utilização da tecnologia nas mais diversas áreas do conhecimento tem sido também uma de nossas preocupações. A qualificação profissional não pode mais ser a mesma de anos atrás. Daí a importância de que ela esteja presente não só nas áreas das engenharias e da saúde, mas em todas as áreas, transferindo e produzindo saberes que irão elevar o nível de conhecimento dos profissionais da região, levando inclusive à geração de novos postos de trabalho. Essa concepção se encontra presente no envio de propostas de criação de Parques Tecnológicos para atua“O papel da unirem em parceria com Goverversidade é construir nos Municipais, o que tem recebido boa acolhida. pontes, ser parceira Inovação e empreendedas empresas e das dorismo são também palavras-chave a serem incentiinstituições” vadas entre os jovens que iniciam sua vida profissional. A confiança, a ousadia, a segurança e, em especial, o conhecimento técnico e científico, são fundamentais para que seja alcançado êxito no desenvolvimento de projetos, para manutenção e crescimento nos espaços de trabalho. Outro aspecto que destaca a Universidade é o avanço de Santa Cruz do Sul na área da cultura, que passou do 9º ao 6º lugar no Estado. Nesse sentido, merecem lembrança o Projeto Uniarte, a Orquestra Jovem e a promoção da Feira do Livro em parceria com entidades ligadas à Cultura no Município. O apoio e incentivo às práticas esportivas, como forma de integração e de promoção de saúde, bem-estar e lazer, é outro ponto de investimento da Universidade. No mês de novembro a equipe de futsal Unisc/Kappa/Sobradinho sagrouse campeã da Série Bronze 2006, a maior conquista da equipe do Centro-Serra em 30 anos. Em tudo isso, fica evidente o caráter comunitário da Unisc. Seu trabalho sério, transparente e de qualidade a coloca em plano privilegiado no cenário das Instituições de Ensino Superior brasileiras, consciente de que o papel da universidade é construir pontes, é cada vez mais ser parceira das empresas e das instituições da comunidade, prospectando novas alternativas e propiciando melhores condições para o desenvolvimento. Vilmar Thomé Reitor da Unisc
O ano de 2006 foi marcado por conquistas significativas para a Unisc. Foi o ano da aprovação e do início das atividades do curso de Medicina, consolidando cada vez mais Santa Cruz do Sul como um pólo regional de saúde. Foi o ano da nota máxima atribuída à Unisc, na avaliação externa, pelo Ministério da Educação (MEC), ratificando o conceito de Universidade de qualidade que a região já conhece. No esporte, foi o ano da consagração. Atletas como Sabine Heitling e Fabiano Peçanha vão se inserindo cada vez mais no seleto grupo de competidores brasileiros de nível internacional. No futsal, a conquista da Associação Sobradinho na série bronze do estadual justifica todo o investimento feito nos últimos anos nessa modalidade. Tem ainda a confirmação do Projeto Cestinha, do judô e do jiu-jitsu e a ascendência da Ginástica Rítmica e do Handebol, como mostram as páginas 12 e 13 desta edição.
A internacionalização da Universidade também marcou o ano de 2006 e esteve presente no Jornal da Unisc. O Projeto Rondon chega ao fim de sua segunda edição, novamente com sucesso, com atividades em Venâncio Aires e em Terrebonne, no Canadá.
“O ano vai chegando ao seu final repleto de conquistas e avanços” A rondonista e estudante de jornalismo da Unisc, Cristiana Mueller, conta na página 10 um pouco sobre as atividades realizadas e as experiências obtidas no frio canadense. Na página ao lado, mais três viagens são relatadas por alunos e professores da Unisc. Enfim, o ano vai chegando ao seu final repleto de conquistas e de avanços. Mas, a Unisc não pára por aí. Em setembro já começaram
as discussões internas que irão definir os rumos da Universidade para os próximos cinco anos. O Projeto Político-Pedagógico estabelecerá os princípios, os valores e as políticas da Instituição, enquanto o Plano de Desenvolvimento Institucional definirá as diretrizes e metas. Mais detalhes na página 6. Ainda pensando no futuro, a Unisc promoveu no dia 8 de novembro o Viva o Campus, evento que reuniu cerca de 1,9 mil estudantes do Ensino Médio de mais de 150 escolas dos vales do Rio Pardo e do Taquari, da região Carbonífera e do Litoral Norte. As páginas centrais desta edição mostram um pouco das atividades desenvolvidas, da expectativa dos alunos em relação às suas escolhas profissionais e o que fazer para ingressar na Universidade. Bom, são muitas as novidades, mas também são muitas as esperanças em relação ao futuro. Que todos iniciem o novo ano com muita energia!
Onde encontrar o Jornal da Unisc Campus Venâncio Aires Campus Sobradinho Campus Capão da Canoa A Banca Aquarius Hotel Flat Residence Biblioteca Municipal Casa das Artes Colégio Luiz Dourado
Escola Ernesto Alves Escola Willy Carlos Fröhlich Escola Goiás Escola Santa Cruz Galeria Farah Hospital Santa Cruz Iluminura Livraria Café Loja do Posto do Gordo Shopping Center Santa Cruz
CONSELHO EDITORIAL Reitor Prof. Vilmar Thomé Vice-Reitor Prof. José Antônio Pastoriza Fontoura Pró-Reitora de Graduação Profª Carmen Lúcia de Lima Helfer Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Profª Liane Mählmann Kipper Pró-Reitor de Extensão e Relações Comunitárias Prof. Luiz Augusto Costa a Campis Pró-Reitor de Administração Prof. Jaime Laufer Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Prof. João Pedro Schmidt Editor: Luciano Pereira, reg. prof. 9234 Reportagem e Redação: Fernanda Mallmann, reg. prof. 10.208; Lilian Tremea, reg. prof. 12.860; Luciano Pereira, reg. prof. 9.234; Caroline Rodrigues; Cristiana Mueller; Daniele Kipper; e Yaskara Ferreira
Sine Zaffari Campus Santa Cruz: Central de Informações Centro de Convivência Clínica de Fisioterapia Blocos 8, 12, 18 e 53 Reitoria
Projeto Gráfico e Capa: Agência da Casa Editoração Eletrônica: Assessoria de Imprensa Revisão: Beatriz M. Sperb e Roque A. Neumann JORNAL DA UNISC: Órgão Informativo da Universidade de Santa Cruz do Sul; Entidade filiada ao Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e à Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) Editado pela Assessoria de Comunicação e Marketing. Tiragem: 8 mil exemplares Versão On-Line: Desenvolvida pelo Núcleo de Informações no Ciberespaço - NIC/Proplan Webmaster: Erion da Silva Lara Site: www.unisc.br/jornaldaunisc Endereço: Avenida Independência, 2293, bloco 3, sala 309. Santa Cruz do Sul/RS CEP: 96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466. E-mail: fernandm@unisc.br ou lpereira@unisc.br Este material é produzido em papel reciclável.
Fotos: Divulgação
viagem de estudos à Facultad de Derecho da Universidad de Montevideo, no Uruguai. A visita ocorreu entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro. Acompanhados do coordenador do curso de Direito, Ricardo Hermany, do coordenador do Mestrado em Direito, Jorge Renato dos Reis, e do professor Clóvis Gorczevsky, eles, além de conhecerem a sede da Associação Latino-Americana de Inte-
Alunos de Direito recebem certificado das mãos de embaixador Os acadêmicos que estão entre o 5º e o 8º semestre do Curso de Direito da Unisc, Rosane Silveira Gomes, Nathália Wunderich, Cristiano Ruppenthal, Ângela Luchese, Diogo Frantz, Clarissa Scherer, Sofia Bohrz e Suzete Reis, participaram de uma
gração (Aladi), assistiram a aulas de Direito Administrativo, ministradas por acadêmicos da faculdade do Uruguai e coordenadas pelo professor Felipe Rotondo. Além disso, participaram de uma aula com a professora Alicia Seijas sobre o Direito Tributário Uruguaio. Ao fim das atividades, os estudantes receberam os certificados das mãos do Embaixador do Brasil no Uruguai, José Eduardo Felicio. (L.T.)
Alunos da Unisc na bancada na sede da Aladi
Troca de experiências “A intenção do curso é ampliar ainda mais o processo de internacionalização, ofertando disciplinas optativas em parceria com instituições estrangeiras”, afirma o coordenador do curso de Direito, Ricardo Hermany. Para os acadêmicos, a viagem de estudos foi importante no sentido de possibilitar
a convivência e a troca de experiências com colegas e professores do Uruguai. “A realidade vivenciada por eles é distinta da nossa; entretanto, são as mesmas inquietações e reflexões em relação ao Direito, à justiça e ao futuro, que conduzem seus estudos e as pesquisas”, afirmou Suzete Reis.
internacional
MAIS QUE UMA VIAGEM, UM ESTUDO
Diogo e o embaixador do Brasil no Uruguai
Curso é o único com esse perfil no Sul do Brasil
Professor Militão em uma de suas visitas nos EUA
Outros projetos Já entre os dias 29 de setembro e 14 de outubro, o coordenador da AAII, Carlos Renê Ayres, e o professor do Departamento de Letras da Unisc, Edgar Lazzari Pacheco, além das mestrandas Ana Júlia Fritsch e Virgínia Klein, do Programa de Pós-Graduação em Letras da Unisc, realizaram visitas à Berkeley University, em San Francisco; à University of Illinois at Chigaco (UIC), em Chicago; e à University Columbia, em New York. O propósito da viagem foi estreitar relações com as assessorias de cada institui-
ção visitada a fim de, futuramente, desenvolver projetos e cursos em parceria. “A internacionalização não é apenas uma tendência, mas representa uma necessidade”, afirmou Ayres. “O importante é podermos pensar e trabalhar para concretizar uma estratégia de globalização do conhecimento e da cultura dos diferentes povos que constituem esse amálgama de vontades e experiências diversas”, avaliou o coordenador. As alunas conheceram laboratórios, grupos de pesquisa e facilidades oferecidas aos alunos norte-americanos.
O curso de Automação de Escritórios e Secretariado da Unisc está comemorando cinco anos em 2006. De quebra, um grupo de alunos do curso participou de uma viagem cultural para Buenos Aires, entre os dias 1º e 5 de novembro. A graduação começou a ser oferecida na Unisc em 2001, sendo a única com esse perfil no Sul do Brasil. Com duração de três anos e meio, ou seja, sete semestres, e no turno da noite, o curso conta com um ano de estágio, em que o aluno aplica todo o seu conhecimento. “Existem campos de estágio na área em várias empresas da região e esses serão ampliados em 2007”, garante a coordenadora do curso, Andréa Konzen. Em relação à viagem cultural para Buenos Aires, o grupo teve a oportunidade de conhecer pontos turísticos como a Avenida Corri-
entes, a Calle Florida e a Plaza de Mayo, símbolo das manifestações históricas do povo argentino. Ao seu redor está a Casa Rosada, sede do governo nacional, a Catedral Metropolitana e o Cabildo. Outros pontos visitados foram o Estádio do River Plate, o Puerto Madero, antiga zona de armazéns portuários que foi remodelada e hoje representa a melhor opção gastronômica da capital, e o La Boca, bairro pitoresco e tradicional dos primeiros imigrantes europeus, famoso por suas casas multicoloridas, como o Caminito. “Também visitamos o zoológico de la Ciudad de Buenos Aires, que é o segundo zoológico mais visitado do mundo, o Shopping Abasto, a Livraria El Ateneu, a Recoleta, onde se localiza o histórico Cemitério da Recoleta, com o túmulo de Evita Peron, e outras tradicionais famílias argentinas”, resume a acadêmica Simone Pradella. O grupo ainda conheceu o Teatro Colón, um dos cinco teatros de ópera mais importantes do mundo. (D.K.)
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Há dois anos, o professor Militão de Maya Ricardo, do Departamento de Comunicação Social da Unisc, realiza nas disciplinas em que trabalha projetos por meio de videoconferência. A atividade é feita em conjunto com a professora Laura O’Hara, da Ball State University (BSU), e seus alunos de Comunicação Intercultural. Entre os dias 10 e 19 de outubro, com o apoio do Departamento de Comunicação Social e da Assessoria de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais da Unisc (AAII), Militão viajou aos Estados Unidos onde visitou a Ball State University, em Muncie, Indiana, e a Texas University, em Austin. A viagem serviu para discutir detalhes sobre a continuação e a ampliação desses projetos, com a participação de outros professores da Unisc e da BSU. A visita ao Texas contou com o apoio da professora Marília Ramos, do Departamento de Ciências Humanas da Unisc, que, atualmente, realiza seus estudos de pós-doutorado na Texas University.
Divulgação
Unisc estreita relações com Automação completa cinco universidades norte-americanas anos e vai a Buenos Aires
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Luciano Pereira
Química em debate
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...prevenir a leptospirose
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A Leptospirose é uma doença relacionada com as condições ambientais. Tem como agente infectante a bactéria Leptospira interrogans, que pode ser encontrada no ambiente quando em condições adequadas (presença de umidade, pH neutro ou levemente alcalino), ou excretada pela urina dos hospedeiros. Os roedores são considerados os principais transmissores da doença. Entretanto, animais domésticos são importantes transmissores da leptospirose ao homem, em função da convivência habitual e da quantidade de urina liberada por esses animais. A transmissão pode ocorrer por meio da pele lesionada ou íntegra, quando exposta a ambientes contaminados (água ou lama), ou líquidos como urina ou sangue provenientes de animais infectados. A transmissão por via oral pode ocorrer pela ingestão de alimentos contaminados. Os sintomas da doença geralmente se confundem com a gripe (dores no corpo, febre, calafrios), o que muitas vezes faz com que ela evolua e dificulte o tratamento. Nos casos mais graves podem ocorrer paralisia dos rins, hemorragias, perda das funções vitais de alguns órgãos e óbito. Em caso de suspeita é preciso procurar logo atendimento médico. Para prevenir, recomendam-se primeiramente cuidados com o meio ambiente que evitem a presença de roedores, como separar o lixo, manter as redondezas da casa limpa e desobstruir córregos e arroios, a fim de evitar alagamentos. Sugere-se evitar o contato com a água de enchente e utilizar utensílios apropriados para realizar a limpeza das casas quando o contato for inevitável (luvas, botas e água sanitária). O cuidado com a higiene dos animais domésticos é fundamental. Aconselha-se vacinação, visita periódica ao veterinário, cuidados com o armazenamento de alimentos e limpeza dos abrigos. Eduardo Lobo Alcayaga Departamento de Biologia e Farmácia
De 23 a 25 de novembro, a Unisc sediou o 26º Encontro de Debates sobre o Ensino de Química, que teve como tema A contribuição da educação química na melhoria da qualidade de vida no planeta. O evento contou com minicursos, painéis, miniconferências e sessão de pôsteres. A realização do encontro foi da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias, do Departamento de Química e Física, do Curso de Química/Licenciatura Plena, do Curso de Química Industrial e do Curso de Especialização em Ensino de Química da Unisc, com o apoio do Mestrado em Tecnologia Ambiental da Unisc e do Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo. O evento teve ainda o patrocínio da Sociedade Brasileira de Química e do Conselho Regional de Química.
ITUNISC A Incubadora Tecnológica Unisc (Itunisc) trouxe, no dia 28 de novembro, a palestra Capital de risco, com André Lenz, da Companhia Rio-Grandense de Participações (CRP). Lenz é economista, com pós-graduação em Gestão de Empresas Emergentes, e atua como analista de investimentos da CRP desde 2001. A CRP é uma das pioneiras na gestão de fundos de investimentos de Private Equity e Venture Capital no Brasil, tendo iniciado suas operações em 1981. Essa atividade consiste em investir em empresas com o objetivo de fazê-las crescer rapidamente para, por meio da valorização da sua participação, proporcionar retorno aos investidores.
Atendimento Para contatar a Central de Informações da Unisc, agora, além do envio de e-mails para centralinfo@unisc.br, do contato pelo telefone (51) 37177401 e do formulário online que se encontra no site www.unisc.br, é possível também fazer perguntas instantâneas pelo MSN. O endereço é centralinfo@unisc.br.
Andrigo de Quadros, à direita, passou o cargo de presidente para Adriani Müller
NOVA GESTÃO DA CIPA A nova gestão da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) tomou posse no dia 7 de novembro, com a presença do reitor Vilmar Thomé. O objetivo da Cipa é observar as condições de risco nos ambientes de trabalho, solicitar medidas para reduzir os riscos existentes, discutir os acidentes ocorridos e orientar os trabalhadores quanto à prevenção de acidentes e de doenças decorrentes do trabalho. A 15ª gestão da Cipa, ano 2006-2007, é composta pelos seguintes nomes: Representantes do empregador: Adriani Maria Müller, da Coordenação do Campus, como presidente; Vladimir Ricardo Genro, da Vigilância; Daniela Maier, da Central Analítica; e Barbara Thaís do Prado Diehl, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Suplentes: Gustavo Azambuja Rocha, da Farmácia Escola; Carine de Oliveira, do Pólo de Modernização Tecnológica; Carlos Rodrigo Nascimento, da Biblioteca; e Luciana Iser Setúbal, da Assessoria de Comunicação e Marketing. Representantes dos empregados: Aline Viana de Bona Klafke, do Setor de Recursos Humanos; Tiago Baggiotto, da Biblioteca; Juliana Ferreira Meirelles, da Livraria; e Claiton Trentin, da Central Analítica. Suplentes: Edson Antonio da Silva, da Vigilância; Rosangela Gloria da Silva, do Ginásio; e Maria José Pereira, do Gabinete de Assistência Judiciária.
PROCESSO EXTRAVESTIBULAR Estão abertas as inscrições para o Processo Extravestibular da Unisc. O processo atende às modalidades de reingresso, de transferência externa para o mesmo curso, de transferência externa para curso afim (exceto para o curso de Medicina), para diplomados em curso superior e de transferências internas. As inscrições seguem até 12 de janeiro nos protocolos da Universidade. A divulgação das solicitações
será no dia 19 de janeiro, às 16h. As matrículas deverão ser feitas nos dias 26 e 29 de janeiro, nos turnos da tarde e da noite, no protocolo. A divulgação das vagas será feita no site www.unisc.br e no mural do bloco 5 no campus de Santa Cruz do Sul, além de ser disponibilizada nos meios de comunicação. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 3717-7439, 3717-7455 e 3717-7452.
Encontro de Negros e Negras A superação do racismo no Brasil e a valorização do povo e da cultura afro-brasileiras foram os temas abordados no 4º Encontro Universitário de Negros e Negras, realizado na Unisc no dia 21 de novembro. O evento reuniu afro-descendentes da comunidade universitária da Unisc e de outras instituições de ensino superior e foi aberto a todos os interessados, independente de vínculos com o ensino superior e/ou com algum grupo étnico-racial. Na primeira parte do evento houve um painel de relatos de universitários. Após o painel, o espaço foi aberto para questionamentos e manifestações dos participantes. A promoção é do Grupo de Trabalho pela Promoção da Comunidade Negra em Santa Cruz do Sul (GT-Afro), com o apoio do Diretório Central de Estudantes (DCE) e da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc.
Direitos Humanos Cidadania e Direitos Humanos foi o tema da palestra realizada no dia 30 de novembro com a assessora da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e membro da Coordenação Estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Beatriz Lang. A promoção foi do Grupo de Estudos em Direitos Humanos de Santa Cruz do Sul, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc e da Pamsema/SMDS/Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul.
Rudinei, Márcio, Suen e o reitor da Universidade, Vilmar Thomé
CONCURSO FOTOGRÁFICO A Unisc divulgou os vencedores do 4º Concurso Fotográfico da Instituição, que este ano abordou o tema Unisc, um outro olhar: a Unisc e a comunidade. O concurso é voltado apenas para fotógrafos amadores. O vencedor do concurso foi Rudinei Kopp, com o trabalho 18h30. Em segundo ficou Márcio Fritsch, com Saúde Bucal e, em terceiro, Suen Trevisan Kothe, com a foto intitulada Descoberta de criança. A premiação tem o valor bruto de R$ 1 mil para o primeiro lugar; de R$ 700 para o segundo colocado e de R$ 500 para o terceiro. Também
foram concedidas menções honrosas para César Augusto Neitzke, com Entre os raios luminosos do entardecer à expectativa do amanhã; Nadir Hermes, com Unisc: natureza comunitária; e Gelson Luís Bertoletto da Rocha, com a foto Um amanhecer no Campus. Estão abertas até 10 de abril as inscrições para o Concurso de Crônicas, com o tema Unisc: uma trajetória e muitas lembranças. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717-7401 ou diretamente na Central de Informações, no bloco 1 do campus de Santa Cruz do Sul.
Gincana de Economia Tiago Johann, do curso de Ciências Econômicas da Unisc, ficou com o terceiro lugar na 3ª Gincana de Economia com o jogo Crescimento Econômico com Estabilidade. A iniciativa, promovida pelo Corecon/RS, consistiu na tomada de decisão virtual em três diferentes níveis de dificuldade, estimulando a prática da gestão macroeconômica entre os participantes. A rodada final foi realizada no dia 17 de novembro. O vencedor Maicon de Almeida Machado, aluno da Universidade Católica de Pelotas, recebeu como prêmio um computador. Rodrigo Gayer de Souza, do Centro Universitário Franciscano (Unifra), ficou em segundo lugar e foi premiado com uma máquina fotográfica digital. Tiago Johann recebeu um celular. Nesses certames internos, realizados nas 21 Instituições de Ensino Superior de Economia do Rio Grande do Sul, foram mobilizados aproximadamente 300 acadêmicos.
Feira do Livro de Porto Alegre A Editora da Unisc (Edunisc) mais uma vez esteve presente na Feira do Livro de Porto Alegre. Este ano, 10 livros foram lançados na 52ª edição da feira, com sessões de autógrafos. Os temas foram variados, passando por áreas como psicologia, comunicação, educação, entre outros. Além disso, a Edunisc também lançou exemplares de literatura infantil. Os livros da Edunisc lançados na feira foram: (Des)articulando as políticas públicas no campo da infância: implicações da abrigagem, de Lílian da Cruz; Dinâmica imobiliária e reestruturação urbana na América Latina, de Rogério Lima da Silveira e Vanda Ueda; Ética e uto-
pia: ensaio sobre Ernst Bloch, de Suzana Albornoz; Tóbi, um cãozinho esperto, de Moina Fairon Rech; Passa passa passarinho, de Cleonice Bourscheid e Joana Puglia; Edição em jornalismo: ensino, teoria e prática jornalística, de Fabiana Piccinin, Ângela Felippi e Demétrio Soster; Barão de Itararé: meio século de humorismo, de Sérgio Dillenburg; Das páginas à tela: cinema alemão e imprensa na década de 1930, de Flaviano Isolan; A invenção da surdez II, de Adriana da Silva Thoma e Maura Corcini Lope; e Etnografia da participação, de Jurema Brites, Paula Almeida, Arlei Damo e Francisco Neto.
Deficiência visual A Unisc sediou, no dia 17 de novembro, o 1º Seminário Regional sobre Deficiência Visual. O encontro trouxe diversas discussões sobre o tema, além de exibição de filme e apresentações artísticas. Painéis e mesas-redondas foram realizadas com a participação de professores e representantes de entidades. Entre os temas, foram discutidos a educação para deficientes visuais na região e a inclusão de surdos e cegos na educação e na sociedade. O seminário foi uma realização da Associação Santacruzense de Deficientes Visuais.
Automação de Escritórios O curso de Automação de Escritórios e Secretariado da Unisc organizou, entre os dias 21 e 23 de novembro, a sua 3ª Semana Acadêmica. Na programação constaram palestras, oficinas e feira de livros da área. O curso de Automação de Escritórios e Secretariado forma profissionais capacitados a empregar os recursos das tecnologias da informação, os conhecimentos de gestão empresarial, secretariado e língua inglesa, espanhola e portuguesa, qualificando o processo administrativo. O curso da Unisc é a única graduação com esse perfil no Sul do Brasil.
Set Universitário Um grupo de estudantes do curso de Comunicação Social da Unisc foi premiado em categorias distintas na 19ª edição do Set Universitário de Porto Alegre. O evento foi realizado entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, na PUC/RS. Poliana Pasa, Mariane Selli, Márcia Melz e Daniella Mello conquistaram a primeira colocação na categoria Telejornal, com o programa Bola na Tela. Na categoria Campanha Publicitária, Rodrigo Valls, Lusardo Ramos Júnior, Thiago Varreira, Ana Paula de Freitas, Cristina Ramos e Dimas Russo venceram com a campanha Lixo que é luxo. Poliana Pasa e Mariane Selli receberam ainda o prêmio na categoria Projeto Gráfico com a Revista Exceção.
Música Dia 10 de dezembro – 20h15 Concerto de Natal Participação de: Maria de Lourdes Morsch – soprano, Pe. Erno Birck – barítono, Miriam Faller – órgão, Coro Misto São José, Coral Santa Cecília, Coral Espírito Santo, Grupo Vocal Santa Cruz e Orquestra Jovem Unisc. Local: Catedral São João Batista Dia 15 de dezembro – 20h Concerto de Final de Ano Orquestra Jovem Unisc e alunos da Escola de Música da Unisc Local: Anfiteatro do Bloco 18 Promoção: Unisc Entrada franca Exposições Até 15 de dezembro Mostra de trabalhos Alunos do ateliê Uniarte Professor Orientação: Márcia Marostega Local: Saguão do bloco 3 Até 31 de janeiro Mostra de fotos Educação Patrimonial, de Danúbia Cremonese Sehn Local: Saguão do bloco 1 Cursos Escola de Música da Unisc Valor: R$ 60 ao mês Cursos oferecidos: violão, violoncelo, violino, viola, trompete, trombone, flauta doce, flauta transversa, contrabaixo e Teoria e Percepção Musical. Inscrições: secretaria de pós-graduação e extensão da Unisc, sala 110, bloco 1 Informações: (51) 3717-7346 ou 3717-7343 Obs.: Férias em janeiro
Ranking O ranking Capitais da Cultura, considerado o mais confiável levantamento sobre o setor cultural no Rio Grande do Sul, colocou Santa Cruz do Sul entre as seis cidades com melhor índice cultural no interior do Estado. Os dados foram divulgados na edição número 79 da Revista Aplauso. A pesquisa é um minucioso trabalho de prospecção das atividades artísticas realizadas nas principais cidades do interior gaúcho. A realização da Feira do Livro e a Orquestra Jovem Unisc, entre outros, são itens apontados na avaliação que mostram a contribuição da Unisc nesse setor.
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Lilian Tremea
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Um planejamento bem feito e bem executado, associado a um processo de avaliação permanente, é condição de sobrevivência e de desenvolvimento para qualquer instituição. Por isso, a Unisc iniciou em setembro as discussões para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI), que culminará em 2007 na formulação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para os próximos cinco anos. “Para a Unisc, o planejamento deve continuar sendo um esforço coletivo de preparar-se para o futuro”, afirma o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade, João Pedro Schmidt. “No presente contexto, de grande instabilidade do ensino superior, no qual o modelo comunitário está sendo colocado em xeque, essa tarefa é de máxima importância”, alerta. O PPI e o PDI são instrumentos de planejamento de médio prazo da Unisc, que orientam a construção dos Planos Gerais anuais e balizam as tomadas de decisão da Instituição. O processo estende-se até o final de
2007. Em razão da própria lógica dos documentos, começa-se pelo PPI, que estabelece os princípios, os valores e as políticas da Instituição. Nos primeiros meses de 2007, inicia-se o processo do PDI, que estabelece as diretrizes e metas que orientarão as ações da Universidade nos próximos cinco anos. O processo de elaboração do PPI e do PDI será orientado pelo enfoque participativo e estratégico. “É possível planejar participativamente e, ao mesmo tempo, adotar um viés estratégico”, garante Schmidt. “Isso é necessário para que a Universidade seja capaz de avaliar, antecipar e se beneficiar das mudanças em curso na sociedade”, define. Aos gestores, segundo ele, caberá impulsionar a implementação da estratégia adotada. Ambiente O modelo comunitário de universidade foi construído num ambiente de ausência ou de pouca intensidade de concorrência. Com o apoio de recursos da comunidade e do poder público, as instituições comunitárias puderam se ex-
O PPI
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O Projeto Político-Pedagógico Institucional é um instrumento político, filosófico e teórico-metodológico que norteia as práticas acadêmicas da Instituição, tendo em vista a sua trajetória histórica, inserção regional, vocação, missão, visão e os objetivos. Ele contém uma projeção dos valores originados da identidade da Instituição no seu fazer específico, cuja natureza consiste em lidar com o conhecimento, e que deve delinear o horizonte de longo prazo, não se limitando, portanto, a um período de gestão.
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O PDI O Plano de Desenvolvimento Institucional é um instrumento de gestão que considera a identidade da Instituição, no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à estrutura organizacional e às atividades acadêmicas e científicas que desenvolve ou que pretende desenvolver. É elaborado para um período determinado (cinco anos). Como instrumento de gestão flexível, os seus referenciais devem levar em consideração os resultados da avaliação institucional.
O PPI e o PDI definirão as ações da Universidade de Santa Cruz do Sul para os próximos cinco anos
pandir nas regiões graças à demanda reprimida por educação superior, à pouca ou nenhuma concorrência de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas e à ausência de instituições estatais nessas regiões. Aquelas que optaram por uma educação de qualidade, como a Unisc, enfrentam hoje a dificuldade de buscar oferecer serviços qualificados a um custo elevado para uma parcela significativa da população. Os problemas econômi-
cos enfrentados pelo Rio Grande do Sul nos últimos anos, a intensificação da concorrência privada e a expansão das instituições públicas federais em algumas regiões estão colocando em xeque algumas instituições comunitárias gaúchas. A sobrevivência e o desenvolvimento das instituições comunitárias dependem, entre outros, de fatores como a política do MEC em relação às IES comunitárias, a expansão das instituições públicas, a intensificação
da concorrência, a renda da população, a estabilização do número de concluintes do ensino médio e as mudanças internas nas IES comunitárias. “Qualquer que seja o rumo dos aspectos externos acima mencionados, as instituições comunitárias precisam fazer adequações importantes visando à sua sustentabilidade”, adverte Schmidt. “Por isso a importância da discussão conjunta em torno do planejamento estratégico da Instituição para os próximos anos”.
Central Analítica no Projeto Mandalla A Central Analítica da Unisc foi convidada para participar, no dia 22 de novembro, do dia de campo realizado pelo Projeto Mandalla, desenvolvido na Escola Municipal Felipe Becker, em Alto Paredão. O projeto tem como objetivo promover o reflorestamento da mata ciliar, conservar o solo e garantir a preservação da água, medidas que garantem um ambiente saudável e melhoram a qualidade de vida da população. Cerca de 500 pessoas participaram do dia de campo. O encontro, organizado como forma de conscientizar as comunidades do interior quanto aos cuidados com os recursos naturais, serviu também para mostrar os resultados práticos da Mandalla,
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Projeto político-pedagógico e plano de desenvolvimento institucionais começam a ser definidos na Universidade
Arquivo AI
geral
Unisc debate os próximos cinco anos
Ainda foi mostrado experimento relacionado à qualidade da água
instalada em setembro do ano passado. Em dez estações instaladas ao longo do pátio, ao redor da Mandalla, técnicos de empresas e entidades deram explicações para os visitantes. A Central Analítica foi
convidada pela escola para levar informações relacionadas à qualidade da água. Foram apresentadas orientações sobre a preservação das fontes de água e um experimento químico relacionado à qualidade da água.
A Questão Agrária no Brasil foi o tema abordado no encerramento da Semana Acadêmica do curso de Geografia da Unisc, que ocorreu entre os dias 8 e 10 de novembro. O palestrante foi o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ariovaldo Umbelino de Oliveira. Os principais temas de estudo do professor são a geografia agrária, fronteira, estrutura fundiária, conflitos de terra, questão agrária e território indígena. Na entrevista concedida ao Jornal da Unisc, o professor falou sobre algumas questões da reforma agrária e explicou o que está impedindo que a reforma seja feita, quem pode participar e o que muda se ela for feita. Jornal da Unisc – O que mudou da época da Ditadura Militar até hoje na questão da reforma agrária? Ariovaldo de Oliveira –Sinteticamente, o que nós temos é que o processo de luta pelo acesso à terra na História do Brasil, isso desde a Lei de Terras de 1850, por parte dos camponeses, só se fez por meio do conflito, ou seja, pela reivindicação e pela luta desses sem-terra. E com o governo do presidente Lula, havia uma esperança que a reforma agrária pudesse ser feita. E das 400 mil famílias que eles disseram que iriam assentar, na realidade não assentaram nem 100 mil. Então, estudando sobre todos os assentamentos, pode-se verificar que, na realidade, eles passaram a somar regularização fundiária e reordenamento, ou seja, aqueles assentados que tinham saído e vendido lotes, eles passaram a somar tudo como reforma agrária. Chegaram ao absurdo de, em 2005, incluir como reforma agrária um projeto de colonização do Getúlio Vargas de 1942. JU – O que impede o governo
de fazer a reforma agrária? Oliveira – Uma parte do Partido dos Trabalhadores (PT) não quer mais a reforma agrária, porque acredita que ela não é mais necessária. E é por isso que a reforma agrária não é feita. E alguns movimentos sociais ficaram na expectativa porque achavam que iriam fazer. Quando se faziam as reuniões com os movimentos sociais eles diziam que iriam fazer a reforma agrária, mas eles mentiam. Três anos, quatro anos mentindo e chegou um ponto em que os movimentos passaram a perceber que ha-
“Com a reforma agrária você distribui renda e gera empregos” via uma mentira e, agora, a postura do movimento será outra. Não vai mais ter essa condescendência de expectativa que eles acabaram ficando no primeiro mandato. Então, o cenário daqui para frente é de conflito. Em outras palavras, a história continua a mesma: a reforma agrária só por meio de luta, mesmo no governo do PT.
JU – Quem perde com a reforma agrária? Oliveira – Quem perde são os latifundiários, e eles perdem é a sua terra improdutiva. Porque pela Constituição brasileira a terra não é uma propriedade como uma outra qualquer, porque a terra tem que cumprir função social. Se ela não cumpre função social, a Constituição é clara: ela tem que ser desapropriada. Então, os proprietários de terra não podem achar que o seu poder sobre a terra é absoluto como o poder que qualquer um de nós tem sobre o seu carro. A terra não é uma propriedade como outra qualquer. E o princípio Constitucional e o respeito à Constituição são obrigações que devem ser cumpridas. JU – E quem poderia participar do processo da reforma agrária? Oliveira – Pela legislação atual, há um quesito para escolher as famílias que vão ser assentadas, o que requer a tradição, isso quer dizer, as experiências passadas. Mas isso é, na minha avaliação, um absurdo. A indústria não perguntou para os colonos se eles sabiam trabalhar na indústria. Treinou-os e eles aprenderam a tra-
O que diz o Governo Em 2005, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assentou 127.506 novas famílias. Com isso, ficou 10,9% acima da meta de assentamentos previstas no 2º Plano Nacional de Reforma Agrária para o ano. Nos últimos três anos, desde o lançamento do Plano, os assentamentos realizados somam 245.061 famílias, o equivalente a cerca de 30% do total de famílias assentadas em 35 anos de história do Incra. Em 2005, 13,5 milhões de hectares foram destinados à reforma agrária. Desde 2003, foi destinado um total de 22,5 milhões de hectares para assentamentos da reforma agrária. Essa área é quase três vezes o resultado do período 1999-2002 e vai 15% além da área destinada à reforma agrária entre 1995 e 2002. Fonte: Dados do Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário disponível em http://www.mda.gov.br/index.php?ctuid=8524&sccid=134
entrevista
A reforma agrária no Brasil balhar na indústria. Então, é um absurdo negar o direito de ser agricultor àqueles que nunca foram. JU – O que você acha que muda com a reforma agrária? Oliveira – A reforma agrária sinaliza que, para você fazer crescer a produção de alimentos, você tem que fazer a reforma agrária. Na verdade, com a Reforma Agrária você distribui renda e gera empregos. Um assentamento gera, em média, cinco empregos. Isso quer dizer que, se fizermos um milhão de assentamentos, geraremos no mínimo cinco milhões de empregos. Para fazer um milhão de assentamentos, seriam precisos só 30 milhões de hectares de terra, e o Brasil tem 850 milhões, 120 de improdutivo mais 170 de devoluto, que são terras cercadas, porém sem registro. JU – Como o senhor analisa a questão dos movimentos sociais hoje? Eles cresceram, hoje são em
“É um absurdo que se negue o direito de ser agricultor àqueles que nunca foram” maior número? Isso faz com que percam força? Oliveira – Esse refluxo que nós assistimos no governo do presidente Lula fez parte da estratégia dos movimentos de acreditar no governo. Eles não achavam que iriam ser enganados. É bom que se diga que nós só descobrimos que estávamos sendo enganados no começo do ano, quando divulgaram os dados de 2005. Antes todo mundo acreditava que o governo estava fazendo a reforma agrária e na verdade não estava.
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CAROLINE RODRIGUES
Caroline Rodrigues
“A terra tem que cumprir função social. Se ela não cumpre função social, a Constituição é clara: ela tem que ser desapropriada”
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Fotos: Rodrigo/Ag.Assmann
Cerca de 1,9 mil estudantes, de diferentes regiões do Estado, participaram do Viva o Campus. No evento, eles puderam conhecer a estrutura da Universidade
Hora de decidir o futuro Alunos do Ensino Médio de mais de 150 escolas visitaram a Unisc e puderam conhecer os cursos da Universidade. Uma oportunidade para escolherem com segurança o que farão no vestibular
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FERNANDA MALLMANN LUCIANO PEREIRA
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No dia 8 de novembro, muitos estudantes entraram com dúvidas na Unisc. Mas saíram com certezas. Eles participaram do Viva o Campus, um evento que apresentou aos alunos do Ensino Médio de várias regiões, quais e como são os cursos da Universidade. Na hora de ir embora, muitos estudantes estavam certos sobre a escolha que farão em breve, no vestibular. Foram mais de 150 escolas e cerca de 1,9 mil estudantes, dos vales do Rio Pardo, Taquari, da região Carbonífera e do Litoral Norte, visitando a mostra de cursos, trocando idéias com acadêmicos e professores, conhecendo a estrutura da Universidade, participando de oficinas, de simulados e de orien-
tação vocacional. Uma oportunidade para os alunos de Ensino Médio conhecerem de perto e de forma detalhada a profissão que pretendem seguir. Decisão Foi o que ocorreu com as amigas Gabriela Rodrigues, 17 anos, Gisele Souza, 18, e Tatiane Lopes, 17, todas estudantes do 3º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Luiz Dourado, de Santa Cruz do Sul. As três colegas, ao fim da visita à Unisc, já sabiam o que queriam para o futuro profissional. Tatiane conheceu os cursos e optou pela Automação de Escritórios e Secretariado. Gisele reforçou a intenção de estudar Pedagogia. E Gabriela saiu certa de que quer ser enfermeira. “Já tinha interesse pela Enfermagem. Hoje vim aqui, conheci os laboratórios, falei com quem
já estuda Enfermagem e tive certeza de que é isso que quero para mim.” Expectativas Para a coordenadora de Graduação da Unisc, Maria Salette Sartori, as expectativas em relação ao Viva o Campus, realizado pela primeira vez, foram confirmadas. “Os estudantes puderam participar de diversas oficinas e atividades. Com isso, fizeram ou reforçaram a sua escolha profissional. O Viva o Campus atendeu a essa demanda de alunos que ainda esperava se certificar do que quer”, destacou. O Viva o Campus teve atrações para quem visitou a Unisc nos três turnos. À noite, o evento foi encerrado com o show da Banda Predadores, vencedora do último Festival de Bandas da Unisc, realizado em agosto.
Gabriela, Gisele e Tatiane saíram decididas sobre o que cursar
O que foi oferecido D Mostra de cursos D Orientação vocacional D Simulado D Troca de experiências com acadêmicos e professores D Visita às instalações da Universidade
Evento foi uma oportunidade para esclarecer dúvidas
Prática
Orientação vocacional
Daniel Bencke, 14 anos, e Gabriel Schneider, 15, estão concluindo o 1º ano do Ensino Médio, na Escola Educar-se, que funciona junto à Unisc, mas já querem saber mais sobre a área na qual têm interesse: a computação. No Viva o Campus eles visitaram os estandes de todos os cursos que a Unisc oferece nessa área. “Achei muito interessante. É importante a gente saber o que cada curso realmente é, o que cada profissional realmente faz”, comentou Daniel. Gabriel também acompanhou atentamente as explicações e conheceu mais sobre os projetos, as funções e o mercado de trabalho da computação. Ao fim, o curso de Engenharia de Computação era o que mais lhe havia chamado atenção. “Acho que tem muita chance de eu fazer vestibular para esse curso. Conheci outros, mas acho que vai ser esse sim.” Rodrigo/Ag.Assmann
Rodrigo/Ag.Assmann
Fisioterapia ofereceu oficinas na piscina do curso
Curiosidade
Alice Laner de Oliveira, 16 anos, aluna do Instituto de Educação Castro Alves, da cidade de Barros Cassal, além de conhecer a mostra de cursos e a estrutura física das suas áreas de interesse, aproveitou para fazer a orientação vocacional, oferecida pelo curso de Psicologia durante o Viva o Campus. Mesmo sem saber ainda do resultado da orientação, ela já tinha preferência. “Estou encantada com a Enfermagem. Já gostava do curso e hoje, conhecendo os laboratórios, vi que é isso mesmo que quero. Ano que vem estarei aqui. E estudando Enfermagem, eu acho”, comentou Alice. Preparada para o vestibular, Alice deverá estar. Entre as outras opções do Viva o Campus, ela participou também do simulado, onde pôde testar o conhecimento e ver como é a sensação de fazer a prova para o processo seletivo. Fernanda Mallmann
Quem quis saber mais sobre o curso de Fisioterapia pôde conhecer na prática como é o dia-a-dia da profissão. Nas oficinas, os estudantes conversaram com professores e acadêmicos, conheceram laboratórios e puderam participar de aulas práticas no Laboratório de Hidroterapia. O exercício e a visita às dependências do curso ajudaram Daiane Werner, 17 anos, da Escola Frederico Kops, de Sinimbu, a se decidir. “Eu sabia que queria fazer alguma coisa na área da saúde. Conheci os cursos que me interessavam e optei pela Fisioterapia. Gostei muito, agora me decidi para valer”, afirmou. Para a colega Francini Battisti, 17, que também participou da oficina no Laboratório de Hidroterapia, ficou a certeza de que a escolha, na hora do vestibular, será por um curso da área da saúde. “Acho que farei Fisioterapia ou Enfermagem. Mas ainda quero pensar um pouco”, disse.
central
PARA TODOS OS GOSTOS
O Viva o Campus mostrou aos estudantes de Ensino Médio todas as opções que eles encontram na Unisc, entre cursos técnicos e graduações. Uma variedade para atender a diferentes gostos e expectativas profissionais
Alice participou do simulado e de testes vocacionais
Equipamentos da informática despertaram interesse
Vestibular de Verão 2007 apresenta novidades Santa Cruz e Capão, e 13 de janeiro, às 14h, para Sobradinho e Venâncio Aires. A prova será composta por Redação e 60 questões objetivas, divididas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês, Espanhol ou Alemão), História, Geografia, Matemática, Física, Biologia, Química, Filosofia e Sociologia. Quem prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode optar por utilizar
os resultados obtidos no exame e não prestar vestibular. As inscrições podem ser feitas no site www.unisc.br, nos protocolos da Unisc, na Loja da Unisc no Shopping Santa Cruz ou via fax, pelo telefone (51) 3717-7454. A taxa é de R$ 40. Mais informações no site, pelo e-mail vestib@unisc.br ou pelo telefone (51) 3717-7439. Engenharia Civil O curso de Engenharia
Documentos para inscrição D Ficha de inscrição devidamente preenchida D Comprovante do pagamento da taxa de inscrição D Para candidatos que optarem pelo aproveitamento da nota do Enem, cópia do documento que comprove a nota obtida no Exame
Rotinas e orientações para inscrição 1- Preencher o formulário de inscrição 2 - Efetuar o pagamento da taxa Obs.: Candidatos com deficiência e que necessitem de recursos educacionais especiais para realizar a prova devem contatar a Unisc com antecedência pelos telefones (51) 3717-7439, 37177455, 3717-7334 ou 3717-7452.
Civil da Unisc será o primeiro a ser oferecido nos vales do Rio Pardo e Taquari e ocorrerá no turno da noite, com 55 vagas na primeira turma. Segundo a professora Letícia Diesel, que está coordenando a implantação do curso de Engenharia Civil, o engenheiro civil pode atuar como profissional liberal ou contratado por empresas públicas e privadas, em indústrias, no comércio e na prestação de serviços. “O profissional é habilitado a planejar, orçar, projetar, acompanhar e avaliar o-
bras e serviços relativos a edificações, sistemas de abastecimento predial, canais, drenagem, estradas, entre outras atividades afins”, resume. Como diferencial do curso da Unisc, a professora aponta a visão mais abrangente do papel do engenheiro, evoluindo do seu papel tradicional, voltado para o projeto de gabinetes, ao engenheiro empreendedor, interagindo com os demais atores sociais, com formação científica e tecnologia engajada e com participação político-espacial crítica.
Financiamentos e bolsas A Unisc oferece bolsas e financiamentos para custear os estudos: D Financiamentos com recursos externos: Financiamento Estudantil Federal (Fies), Programa Estadual de Crédito Educativo (Procred) e Crédito Municipal Venâncio Aires (Credim VA). D Financiamento institucional: Crediunisc D Bolsas de Ensino: Prolab e Probae D Bolsas de Pesquisa: Puic D Bolsas de Extensão: Probex D A Unisc também aderiu ao Programa Universidade para Todos – ProUni
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O curso de Engenharia Civil é a principal novidade do Vestibular de Verão 2007 da Unisc. Outras novidades são a oferta do curso de Direito em Sobradinho, a volta dos cursos de licenciatura em Química e Física no campus de Santa Cruz do Sul e o novo projeto pedagógico do curso de Pedagogia, com formação para todas as áreas, atendendo às novas diretrizes do MEC. As inscrições para o processo seletivo seguem até 2 de janeiro nos campi de Santa Cruz do Sul e Capão da Canoa e até 10 de janeiro em Sobradinho e em Venâncio Aires. Ao todo são oferecidas 2.024 vagas no campus de Santa Cruz do Sul, distribuídas em 38 cursos e 43 habilitações. Em Sobradinho e em Venâncio Aires, serão três cursos e 133 vagas para cada campus, enquanto em Capão da Canoa serão 150 vagas para três cursos. As provas do Vestibular ocorrerão nos dias 5 de janeiro, às 19h, para
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PROJETO RONDON SEGUE NO CANADÁ Fotos: Divulgação
Trabalho conta com nove estudantes da Unisc e encerra etapa canadense em dezembro CRISTIANA MUELLER Desde o dia 10 de julho deste ano, nove estudantes da Unisc viveram experiências únicas. Deixaram de lado rotina, família, amigos, trabalho e passaram a construir a segunda edição do Projeto Rondon-Unisc/Jeunesse Canada Monde. Com isso, integraram-se a novas comunidades, passaram a conviver com as famílias que os acolheram, dedicaram-se ao trabalho voluntário e, em meio a tudo isso, integraram-se a uma nova cultura por meio do intercâmbio feito com os jovens canadenses, com valores e hábitos diferentes. O programa é dividido em duas fases: uma brasileira, realizada no município de Venâncio Aires, e outra canadense, na cidade de Terrebonne, no estado do Quebec. Os nove estudantes da Unisc, mais o supervisor do grupo da Universidade, avaliam agora a adaptação e o conhecimento proporcionado por essa troca de experiências fora de seu país. Para a participante Tatiana Rech, viver em uma outra cultura dependeu de uma fase de adaptação a coisas que antes soavam diferente, pois deparou-se com costumes nunca vistos anteriormente. Mas ela ressalta que, com a ajuda da familia, que pela segunda vez acolhe participantes de intercâmbio, conseguiu superar os problemas, como a comunicação em francês. “Eu tive muita sorte em ter uma família tão boa, simples, acolhedora e aberta às diferenças culturais”, ressalta a participante. Da mesma forma, Laurence Duval, mãe de acolhida de Tatiana Rech e da canadense Claudine Glandon, conta que achou muito boa a adaptação das novas filhas e ressalta que “essa é uma boa experiência, pois permite viajar mesmo estando em casa”. Quem também se sente beneficiada por ter acolhido é Kateri Deschatelet, que re-
cebeu em sua casa quatro participantes: Cristiana Verônica Mueller, Andressa Helena Eidt, Brett Campbell e Sarah Brecker. “É uma experiência rica porque, em um período de tempo muito curto, nos tornamos muito próximas” ressalta ela, que já passou pela experiência de ser supervisora do mesmo programa de intercâmbio. “É muito mais fácil do que imaginava. Estou feliz com isso, é uma espécie de bivalência”, comenta ela. Locais de trabalho Essa mesma relação de contentamento, resultante da boa adaptação dos participantes, ocorre nos locais de trabalho. Camille Bisson, responsável pelo CHSLD de La Côte Boisée, uma residência hospitalar onde moram 140 pessoas, entre portadores de deficiências e pessoas idosas, relata que o trabalho desenvolvido pela dupla Cristiana Verônica Mueller e Benoît Paradis tem uma relação direta com o voluntariado, que exige ânimo, boa vontade e participação ativa. O trabalho delas implica atividades de lazer com os residentes, acompanhando-os em atividades externas que possibilitam uma integração com o organismo, tornando-se, assim, um processo de troca constante. “Essa boa vontade de ajudar e trabalhar vale a pena para engajar-se num programa como esse”, declara Camille. Com a mesma alegria e satisfação, Tatiana Rech descreve sua oportunidade de poder trabalhar voluntariamente com crianças portadoras de deficiência visual, junto à Escola Saint-Louis. “Meu trabalho é maravilhoso porque consegui presenciar uma realidade que jamais imaginei, já que a escola onde trabalho é a mais pobre da região. No entanto, a estrutura dela é a de uma instituição privada do Brasil”, comenta ela. Para a participante Andressa Eidt, o projeto proporcionou aprender sobre as co-
Símbolos brasileiros são apresentados nas salas de aula canadenses por Leonardo Schneider
munidades, a viver em outras famílias, a aprender a conviver e a trabalhar entre homólogos, além de aprender outra língua e entender o contexto local. “De tudo isso, podemos comparar os diferentes países e suas realidades por meio de muitos aprendizados”, afirma a estudante. Atividades Além das atividades nos nove locais de trabalho, o grupo também se dedicou à participação em ações realizadas na comunidade de Terrebone, como a divulgação do programa de intercâmbio da Jeunesse Canada Monde. Nos próprios locais de trabalho, os brasilerios foram ativos na divulgação das culturas gaúcha e brasileria por meio de explanações sobre costumes, tradições, danças, valores e
história nas escolas e em eventos do grupo. Outras ações comunitárias foram desenvolvidas junto aos locais de trabalho, como pedágios beneficentes, coleta domiciliar e encontros com demonstrações da cultura brasileria. Superação Diante de todo o processo de adaptação, de busca de conhecimentos, de trabalhos realizados e de convivência em grupo, surge o momento em que todo o grupo faz uma avaliação. “O programa teve um desenvolvimento sólido e superou as metas definidas inicialmente”, define o supervisor do grupo da Unisc, Douglas Spuldaro. Para ele, o processo educativo pelo qual os participantes passam, e pelo qual ele próprio passou em 2005, é
Tatiana com Luis Fortin, durante as aulas de braile no Canadá
bastante intenso e exige muita dedicação, exercício de austeridade e adaptação. “Esse processo exige muita vontade de aprender e motivação para cumprir as atividades, que têm uma duração prolongada e intensa”, completa o supervisor. Douglas afirma que os participantes têm uma abertura e capacidade de retornar ao Brasil e serem cidadãos mais bem preparados para entenderem a sociedade e compreenderem o contexto cultural do país. “Agora tenho certeza do que precisarei fazer na minha própria comunidade quando retornar”, diz o jovem Leonardo Schneider, outro integrante do grupo da Unisc.
Participantes Brasileiros: Leonardo Schneider, Felipe Luz, Tatiana Rech, Jacson Mai, Kelli da Silva, Andressa Eidt, Douglas Pires, Tulio de Moraes e Cristiana Mueller Supervisor: Douglas Rauber Spuldaro Canadenses: Sarah Breker, Benoît Paradis, Claudine Glandon, PierreOlivier Dubé, David Broadhurst, Ryan Trainer, Brett Campbell, Hadrien Collin e Larissa Satta Supervisor: Dominic Denis
Em diferentes áreas A Unisc tem representantes em conselhos que trabalham em diferentes áreas como educação, saúde, de-
senvolvimento, entre outras. Um dos conselhos em que a Unisc participa há mais tempo, há nove anos, é o Conselho Municipal do Meio Ambiente, que tem como representante o professor do Departamento de Biologia e Farmácia Eduardo Alexis Lobo Alcayaga. Para a presidente desse conselho, Veridiana Rehbein, a participação da Unisc é fundamental para o trabalho de avaliar e propor medidas de proteção ambiental. “Além do conhecimento técnico qualificado, o conselheiro torna-se um canal de comunicação com a instituição e, conseqüentemente, com outras áreas do saber relacionadas à gestão ambiental”, afirma. Nas regiões onde atua Além de Santa Cruz do Sul, a Unisc tem a preocupação de também estar presente nas demais regiões onde atua. Por isso, ela faz parte de conselhos em Venâncio Aires, Sobradinho e na região do Litoral Norte. Em Sobradinho, um dos órgãos onde a Unisc está é o Conselho de Desenvolvimento Econômico Municipal. “Como conselho, temos a função de aconselhar. E nos envolvemos em questões importantes para o município. Por isso, ter a participação de entidades importantes, como é a Unisc, reforçam e melhoram nosso trabalho”, destaca o presidente, Fábio Emmel.
Unisc participa de 49 conselhos e associações ajudando a definir propostas para a melhoria e desenvolvimento das regiões onde atua ONDE A UNISC ESTÁ PRESENTE Conselho da Comunidade do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul Câmara da Indústria, Comércio, Serviços e Cultura do Vale do Rio Pardo (Santa Cruz do Sul) Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de Alta Tecnologia do RS (Porto Alegre) Conselho Municipal de Turismo, Esporte e Lazer - Comtel (Santa Cruz do Sul) Conselho de Inovação e Tecnologia - Citec (Porto Alegre) Conselho Municipal de Saúde (Santa Cruz do Sul) Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (Santa Cruz do Sul) Conselho Regional de Saúde (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal da Criança e do Adolescente - Comdica (Santa Cruz do Sul) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico - Sala do Empreendedor (Santa Cruz) Prefeitura Municipal (Projeto: Implementando ações de prevenção a doenças/promoção da saúde) Prefeitura Municipal - Incubadoras Tecnológicas/Parque Tecnológico (Santa Cruz Sul) Conselho Municipal dos Direitos da Criança - Comdica (Capão da Canoa) Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico (Capão da Canoa) ACI - Comitê do PGQP (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Santa Cruz do Sul) ACI – Reuniões da diretoria (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal de Educação (Santa Cruz do Sul) Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Porto Alegre) Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do RS (Porto Alegre) Conselho Estadual do Idoso (Porto Alegre) Comissão Porto Seco (Santa Cruz do Sul) Associação Pró-Desenvolvimento da Mesorregião Sul do RS - APD - MESOSU Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Vera Cruz) Conselho de Desenvolvimento Econômico Municipal (Sobradinho) Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Santa Cruz do Sul) Comissão Especial – Inventário do Patrimônio Histórico do Município (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal Antidrogas – Comad (Santa Cruz do Sul) Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal de Educação (Capão da Canoa) Conselho Municipal do Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul Conselho Municipal de Desenvolvimento – Comude (Santa Cruz do Sul)
Bom para todos Para o reitor, Vilmar Thomé, tanto as entidades como a Unisc são beneficiadas com a colaboração. “O caráter comunitário da Universidade se manifesta com essa participação. Isso permite que a Universidade acompanhe mais de perto as demandas e os avanços da sociedade regional”, enfatiza.
Plenária do Centro de Pesquisa e Qualidade Urbana e Rural - Cipur (Santa Cruz do Sul) Comissão de Seleção das Bolsas (Capão da Canoa) Defesa Civil Municipal (Santa Cruz do Sul) Conselho Municipal do Meio Ambiente (Vera Cruz) Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores - Anprotec (Brasília) Conselho Consultivo - Deliberativo do Nurad/Litoral (Osório) Comitê PGQP (Santa Cruz do Sul) Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí (Tramandaí) Conselho da Comunidade (Santa Cruz do Sul) Conselho Comunitário da Defesa Civil (Porto Alegre)
Objetivos da representação comunitária Integrar e trocar experiências entre os representantes institucionais Capacitar técnica e politicamente os representantes institucionais Balizar a participação na perspectiva da missão e da visão da Unisc Discutir temas comuns entre os representantes
Fórum de Gestão da Pesca da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí e Região Costeira Adjacente Conselho Municipal de Educação (Venâncio Aires) Conselho do Comitê da Bacia do Rio Tramandaí Comissão representativa para instalação da Vara de Família na Comarca de Santa Cruz do Sul Pólo Macrorregional de Educação Permanente - Pólo Macrorregional dos Vales Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - Cerbma (Porto Alegre) Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - Comdema (Capão da Canoa)
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Além dos projetos de extensão que levam a Unisc a trabalhar diretamente com a comunidade, existe outra forma de a Universidade estar presente no local onde atua. É por meio da sua participação em conselhos, fóruns e comissões comunitárias. A Unisc faz isso hoje participando de 49 entidades não só em Santa Cruz do Sul, mas também nas cidades onde tem campi. Junto a esses órgãos e aos seus representantes, a Unisc tem um papel fundamental. Ela auxilia definindo políticas públicas e defendendo os direitos sociais, de acordo com os valores da sua missão e da sua visão. Para a comunidade, o resultado dessa participação se dá em conhecimento técnico, na medida em que a maioria dos representantes da Universidade em órgãos comunitários, são professores. Quem é beneficiado, sabe da importância dessa presença. “A Unisc tem muitas pesquisas, muita informação na área, o que auxilia muito o nosso trabalho no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Já precisamos da ajuda de diversos cursos como Psicologia, Enfermagem e Direito”, afirma a presidente do conselho, Iara Bonfante. Além da ajuda na execução do trabalho, a Unisc também se envolve na resolução de problemas. Conforme Iara, muitos casos que chegam até o conselho ou até a Delegacia da Mulher são encaminhados ao Gabinete de Assistência Judiciária (GAJ) da Unisc, onde recebem andamento.
especial
Auxiliando nas decisões da comunidade
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esporte
PRESENTE DE OURO PARA SOBRADINHO Fotos: Rodrigo / Ag. Assmann
Associação Sobradinho completa 30 anos e conquista a série bronze do estadual de futsal Três jogos emocionantes, ginásios lotados e muitos gols. No final, o título para a equipe da Unisc/Kappa/Sobradinho. O presente de 30 anos da Associação Sobradinho, completados no dia 2 de dezembro, uma semana após a conquista, não poderia ser melhor para a comunidade local, que respira futsal. E a festa ficou por conta dos 4 mil torcedores que lotaram o ginásio da Fejão, em Sobradinho, para o terceiro e decisivo jogo. No final de semana anterior, o primeiro jogo terminava em 2 x 1 para a Assaf/ Sulauto/Ulfer, equipe de Santa Cruz do Sul que tem apoio da Unisc. Com o resultado, a Assaf jogava pelo empate em Sobradinho, no dia 25 de novembro. No entanto, Sobradinho foi pra cima e venceu por 8 x 5, num festival de gols. Tudo ficou para o ter-
ceiro jogo, novamente no ginásio da Fejão. E a exemplo do segundo confronto, os torcedores marcaram presença e empurraram a Unisc/Kappa/Sobradinho para mais uma vitória, desta vez pelo placar de 4 x 2. Uma partida em que aconteceu de tudo, até mesmo um jogador reserva da Assaf invadir a quadra para impedir o terceiro gol da Associação, quando o jogo estava empatado em 2 x 2 faltando apenas 30 segundos. Mas nada que tirasse o brilho da conquista, que encerrou com o placar de 4 x 2. Festa Com o término da partida, a euforia tomou conta do ginásio. Os jogadores desfilaram em carro de bombeiro e houve carreata pelas ruas da cidade. “O título foi um presente para Sobradinho e a re-
Capitão Lefor recebeu a taça de campeão da série bronze
Ginásio da Fejão, em Sobradinho, ficou completamente lotado nos dois últimos dias da decisão
gião”, disse o prefeito Júlio Miguel Vieira. “Muitos filhos desta terra participaram da conquista inédita”, acrescentou. A Unisc/Kappa/Sobradinho mostrou desde o início do ano que 2006 seria especial. Em maio, conquistou a 2a Copa Unisc, torneio que tem
Jogadores entrarão para a história da Associação
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Divulgação
GR se destaca em Santa Maria A equipe do Projeto de Ginástica Rítmica Educar-se/ Unisc participou, no dia 26 de novembro, do 7° Torneio Amistoso de Ginástica Rítmica, em Santa Maria. As apresentações feitas pelas 28 ginastas de Santa Cruz do Sul foram um sucesso. Participaram também da competição ginastas do Colégio Centenário, do Colégio Sant’Anna e da Associação de Ginástica de Santa Maria. Foi a primeira experiência das meninas da Unisc, que obtiveram a primeira colocação em todas as categorias
Meninas participaram de sua primeira competição oficial
de que participaram. As responsáveis pelo Projeto são as
a presença das quatro equipes patrocinadas ou apoiadas pela Universidade: 25 de Julho, de Arroio do Tigre; Associação Sobradinho; Assaf; e Assoeva, de Venâncio Aires. “Tudo o que ocorreu este ano resgatou o futsal em Sobradinho”, afirmou o pre-
bolsistas Cristiane Metzger e Natália Eidt.
sidente da Associação, Iboré Trindade. “O troféu não é só de Sobradinho, mas de todo o Centro-Serra”, enfatizou. Em 2007, a Unisc/Kappa/Sobradinho irá disputar a série prata do futsal gaúcho, enquanto a Assaf deverá participar da série ouro.
Ala Fininho, da Assaf, recebeu a taça de vice
Natália Eidt recebe Mérito Olímpico A ex-ginasta Natália Eidt, bolsista do projeto de Ginástica Rítmica (GR) Educar-se/Unisc, recebeu no dia 27 de novembro, em Porto Alegre, a medalha de Mérito Olímpico. Ela e o ex-jogador de futebol Bolívar, também homenageado, foram os únicos santa-cruzenses a participarem de Olimpíadas. A cerimônia ocorreu no auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa do Estado. A medalha de Mérito Olímpico premia todos os
atletas gaúchos que participaram de Olimpíadas. Também estiveram presentes autoridades como o presidente da Assembléia gaúcha, Luiz Fernando Zacchia; o Ministro dos Esportes, Orlando Silva Júnior; e atletas como Bernard, representando o Comitê Olímpico Brasileiro, Paulão, Mauro Galvão, Assis e Celso Scarpini, idealizador da homenagem, entre outros. Na oportunidade, Natália conversou com o ministro sobre o projeto desenvolvido na Unisc.
Atletismo Sub-23 No dia 5 de novembro, as atletas Sabine Heitling e Fernanda Borges conquistaram a medalha de ouro nas provas de 3 mil metros com obstáculos e de lançamento de disco, respectivamente, no Campeonato Brasileiro Sub-23 realizado em Porto Alegre. Aline Sausen, também da Unisc, ficou em terceiro lugar na marcha atlética. Sabine ainda disputou os Jogos Sulamericanos Adulto e o Campeonato Sulamericano Sub-23, além de duas competições internacionais na China.
Copa do Mundo
Divulgação
Peçanha recuperou-se bem de lesão e voltou obtendo títulos
Peçanha se consolida
Jiu-jitsu é vice no brasileiro Almansor Vaz, da equipe de Judô e Jiu-Jitsu da Unisc, conquistou o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de JiuJitsu realizado em maio, no Rio de Janeiro. A medalha de prata foi obtida na categoria peso médio, em sua estréia como faixa preta. Com o resultado, Almansor, o Mansa, classificouse para o Mundial realizado em julho, também no Rio. Em novembro, a equipe Unisc/Brazuka de Jiu-Jitsu participou da 2ª etapa do Circuito Estadual de Jiu-Jitsu e do 1º Desafio de Faixa-Pretas, em Porto Alegre. O grupo competiu na etapa do estadual com 12 atletas e obteve 12 medalhas, sendo duas de ouro, oito de prata e duas de bronze. Divulgação
Mansa, agachado ao centro, foi prata no brasileiro e disputou mundial
O atleta Fabiano Peçanha, da equipe de atletismo da Unisc, conquistou a medalha de ouro nos 800 metros e a de prata nos 1.500 metros rasos do Troféu Brasil, realizado de 21 a 24 de setembro em São Paulo. Foi o tricampeonato de Peçanha nos 800 metros, com o tempo de 1min46s34. Com o resultado, ele classificou-se para o Sul-Americano, disputado de 29 de setembro a 1º de outubro, na Colômbia, no qual também foi tricampeão na prova dos 800 metros rasos.
De 17 de maio a 4 de junho, 32 escolas do Vale do Rio Pardo e da região Centro-Serra fizeram uma prévia da Copa do Mundo. Foi a Copa do Mundo Unisc Escolas, um torneio de futsal que reuniu mais de 300 crianças com até 12 anos de idade. Os grupos foram divididos conforme a tabela da Copa da Alemanha. A seleção da Ucrânia, representada pela Escola Bruno Agnes, foi a campeã ao vencer na final a equipe de Gana, representada pela Escola Duque de Caxias.
Judô da Unisc coleciona títulos em 2006 O ano de 2006 foi de afirmação para a equipe de judô da Unisc. Foram 23 competições, sendo 17 em nível estadual, duas em nível interestadual, três regionais e uma internacional. A equipe contou com cinco atletas classificados para o sulbrasileiro infantil, obtendo dois títulos e dois terceiros lugares. A Unisc teve ainda três campeões estaduais, foi bicampeã da Copa Unisinos, terminou em terceiro no geral feminino dos Jogos Universitários Gaúchos e foi bicampeã do Campeonato do Interior no feminino e terceiro no masculino. Também conquistou o título de campeã geral do Troféu Regional Dom Feliciano e vice no geral masculino. O coordenador técnico
Divulgação
Infantil do Cestinha foi campeão sulamericano e dos Jirguinhos
esporte
modalidade para Santa Cruz do Sul nos Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul - 14 anos, os Jirguinhos. A competição foi realizada de 22 a 24 de setembro, em Caxias do Sul. Para o coordenador do Projeto, professor Gilmar Weis, “mais importante que os resultados que eles obtiveram foi dar oportunidade aos meninos de fazer novos amigos, conhecer outros estados e novas culturas”. Weis ressalta que a oportunidade que os atletas tiveram de ter novas experiências e alcançar os títulos só foi possível devido ao trabalho que vem sendo realizado pelos patrocinadores, coordenadores, monitores e treinadores do projeto.
Judô também se firmou como uma das principais equipes do Estado
da equipe, profesor Carlos Eurico da Luz Pereira, foi ainda terceiro colocado no Brasileiro Master por equipes. A equipe fechou o ano com mais vitórias importantes, desta vez com o título de
campeã geral masculino e feminino do 1º Torneio Interclubes do Conesul. A competição foi realizada em Livramento, no início de dezembro, e reuniu equipes do Brasil, do Uruguai e da Argentina.
dezembro de 2006
O ano esportivo de 2006 encerrou do jeito que começou para a Unisc: vitorioso. Ainda em janeiro, o Projeto Cestinha Sesi/Unisc/Educarse trouxe do Rio de Janeiro não só o título do 1º Festival de Basquete de Verão, mas também muita experiência na bagagem. A equipe mirim foi campeã na categoria, e a mini ficou em terceiro lugar. E essa era apenas a primeira de uma série de conquistas do Cestinha, que a cada ano comprova ainda mais o seu sucesso. Sob o comando de Fernando Sisnande, os garotos do projeto conquistaram o vice-campeonato estadual, o título sul-americano e o único primeiro lugar por
CBAt
UM 2006 CHEIO DE CONQUISTAS!
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Descoberta constante
O curso forma profissionais com embasamento teórico e prático que permite atuação nas diversas atividades da área jurídica. A formação dá a esse profissional a capacidade de aliar ao conhecimento técnico uma consciência crítica, sendo capaz de expressar suas idéias e conhecer as mais diversas correntes defendidas por juristas.
dezembro de 2006
Mercado de trabalho O bacharel em Direito pode atuar nas áreas de advocacia, magistratura, ministério público, consultaria jurídica, delegacias de polícia e magistério superior. Ainda pode ser procurador da República, dos estados e municípios, defensor público e outras funções jurídicas em órgãos públicos e empresas privadas.
Infra-estrutura Escritório-modelo de Prática Jurídica, anfiteatro com sala de audiências e tribunas do júri, Gabinete de Assistência Judiciária Gratuita (GAJ), Centro de Estudos e Pesquisas Jurídicas (Cepejur), salas de atendimento ao público da comunidade, recursos audiovisuais, entre outros.
Santa Cruz do Sul
O que faz? O profissional graduado em Farmácia está apto a desenvolver atividades relacionadas ao fármaco e ao medicamento, às análises clínicas e toxicológicas, além do controle, da produção e da análise de alimentos. Farmacêuticos são habilitados a prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde humana.
Mercado de trabalho Pode atuar na dispensação de medicamentos e correlatos, no gerenciamento de laboratórios, na formulação e produção de medicamentos e cosméticos, na emissão de laudos e pareceres e no planejamento, na administração e na gestão de serviços farmacêuticos.
Infra-estrutura
Emilia trabalha hoje em uma indústria de cosméticos e nutracêuticos em Florianópolis
Emilia. Em seguida, por motivos de mudança, acabou trabalhando na área de farmácia de dispensação, onde se deparou com uma realidade diferente. “Não gostei e resolvi procurar algo que pudesse realmente satisfazer minhas expectativas. Mas não foi nada fácil, o caminho é árduo”, completa.
os estágios voluntários possíveis, pois nossa profissão exige experiência e é com esse tipo de atividades que se aprende muito”, aconselha. Ela, por exemplo, experimentou vários caminhos. “No começo trabalhei em farmácia hospitalar, uma área da farmácia muito interessante”, diz DIREITO
Tem que batalhar Josiane Caleffi Estivalet, 36 anos, é casada e tem dois filhos. Formada em 1993 no curso de Direito da Unisc, hoje é juíza da Primeira Vara Cível do Fórum de Santa Cruz do Sul. “Vim estudar na Unisc porque, na época, a Universidade já contava com um bom corpo docente. Além disso, tive contato com ótimos profissionais, aqui graduados, que serviram de estímulo”, conta. Durante todo o curso, ela trabalhou: foi professora de inglês e secretária executiva. Josiane morava em Santa Cruz do Sul e trabalhava em Venâncio Aires, o que a fazia viajar diariamente para trabalhar e estudar. Depois de formada, cursou a Ajuris, em Porto Alegre, e fez o primeiro concurso, no qual não obteve êxito. Em seguida advogou, na área tributária, e cursou o Cejur e o MP. A aprovação veio na segunda tentativa. “Decidi muito cedo ingressar na Magistratura porque sempre vi o Magistrado como alguém de grande responsabilidade social”, pontua. A carreira como juíza iniciou-se em Porto Xavier, em 1997. Dois anos depois foi promovida, por merecimen-
Atualmente o curso da Unisc conta com cinco laboratórios específicos e outros 12 laboratórios. A Farmácia Escola teve seu espaço físico redimensionado, sendo criado o laboratório de Homeopatia. Em virtude da reformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Farmácia foram construídos os laboratórios de Microbiologia Clínica, Toxicologia, Hematologia e Bioquímica.
Semestres: 10 Turnos: Manhã e Noite Campus em que é oferecido: Todos os quatro campi
Yaskara Ferreira
Antes mesmo de o curso de Farmácia ser oferecido na Unisc, Emilia Baierle, 25 anos, já fazia estágio extracurricular em uma farmácia de manipulação, quando ainda cursava Química Indústrial. “Identifiquei-me com essa atividade e, assim que a Unisc ofereceu o curso, pedi transferência”, conta. Formada em 2004, Emilia atua hoje em uma indústria de cosméticos e nutracêuticos em Florianópolis, Santa Catarina, onde é responsável técnica e também responsável pelos setores de compras, de produção, de controle de qualidade, de garantia da qualidade, entre outros. Emilia, que também já trabalhou em farmácia hospitalar, afirma que o curso da Unisc deu a base de conhecimento que ela precisava. “Tive ótimos professores e a infra-estrutura é excelente, o que contou positivamente para o meu aprendizado”, elogia. Para quem está cursando ou pensando em fazer essa graduação, ela aponta que a dedicação é fundamental. “Hoje o mercado é muito competitivo”, alerta. “O importante é nunca parar de estudar e fazer todos
O que faz?
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Semestres: 10 Turno: M/T ou T/N Campus em que é oferecido:
Arquivo Pessoal
vestibular
FARMÁCIA
Josiane: esforço e dedicação para alcançar o cargo de magistrada
to, para a Primeira Vara Cível de Santo Ângelo, onde permaneceu até agosto de 2006. Há quatro meses, ela está de volta a Santa Cruz do Sul, agora trabalhando como juíza. Além dessas experiências, Josiane também teve a oportunidade de lecionar. Durante três anos deu aulas no Instituto de Educação de Santo Ângelo (IESA) e também ministrou aulas em cursinhos preparatórios às carreiras jurídicas em Santa Rosa e em Santo Ângelo.
A ex-aluna revela que o melhor do curso é o corpo docente. “Tive ótimos professores, que levavam à reflexão sobre as questões vitais do Direito”, acrescenta. Também aponta a importância do estágio no GAJ. “Ali tive contato com aqueles que mais necessitam que o Direito se faça efetivamente presente em suas vidas. Pude perceber as suas angústias e detectar que senso de justiça independe de formação profissional”, lembra. (Y.F.)
Dead Man Walking Trata-se, portanto, acima de tudo, de uma expressão cruel. Fria, mórbida. Que indica os últimos passos de alguém que já morreu. E que eu reproduzo aqui para indicar a estranheza e a beleza dura daqueles dias em que você já pediu demissão, ou foi demitido, e ainda continua na empresa à espera da data derradeira em que entregará em definitivo o crachá e nunca mais aparecerá por ali. São dias estranhos. Que se revestem de uma poética cortante. Uma mistura de sensações esquisitas e inéditas toma conta da sua mente e do seu coração. Você revê as pessoas através de uma lente poderosa: a sensação de que é a última vez. Gente que antes você encontrava todo dia, com a mesma facilidade e a mesma monotonia de beber um copo d’água, agora adquire um peso novo, assume uma solenidade insuspeita. Tem gente que mal trocava palavra com você que lhe escreverá emails longos, emocionados, agradecidos – verdadeiras elegias. Tem gente que parecia próxima e interessada e que não lhe dirá nada, ficará a distância – como se você fosse um cadáver em acelerada decomposição, um foco de contaminação, algo indesejável de se ter por perto. Tem gente cujo silêncio esconderá lágrimas sentidas. Um silêncio de quem lamenta muito a sua saída e não sabe bem como expressá-lo. E você as compreenderá mesmo que elas não digam palavra. Tem gente que festejará com você a sua saída – dizendo que é para melhor, que é bom para você, que você vai se dar bem. Tem gente que festejará sua saída pelas costas, regozijando o fato de que você não estará mais por perto impondo as ameaças que imaginava que você lhes impunha. Tem gente que vai lhe sorrir falso, abraçar falso, dar tapinhas nas costas falsos. Tem gente que vai lhe trazer presentes de despedida – e deixálos com um bilhetinho querido sobre a sua mesa quando você não estiver por lá, porque tem vergonha de entregá-los pessoalmente.
Tem gente que vai ficar sinceramente triste com a sua saída. Tem gente que vai ficar aliviada. Tem gente que vai se sentir órfã, desprotegida, insegura. Tem gente que vai se sentir emancipada, pronta para alçar vôo solo. Tem gente que vai torcer a favor e até desejar estar em seus sapatos. Tem gente que vai torcer contra - porque há vários tipos de inveja neste mundo e nem todas são construtivas. Tem gente que vai ficar feliz por você. Tem gente que vai se sentir traída e não vai lhe perdoar jamais. Tem gente que vai encher a cara e chorar abraçada a seu ombro nos vários bota-foras que vão organizar para você. Tem gente que simplesmente não vai aparecer por lá. Ao longo desses dias no limbo, quando você já saiu da empresa mas ainda está ali, como um morto-vivo que vaga por corredores, gabinetes e elevadores de um ambiente ao qual já não pertence, você vê as coisas de modo diferente. Como um fantasma que observa o lugar em que vivia antes de desencarnar, você vai se impressionando um bocado com a capacidade de ter percepções radicalmente novas sobre aquele lugar que você freqüentou por tanto tempo. Para não pelar a sua mesa somente no último dia, para diluir o peso das coisas a carregar para o carro e também o peso de concentrar toda a simbologia da ruptura num momento só, você vai tirando as suas coisas aos poucos. Todo dia leva um pouco das suas bugigangas, um pouco de você mesmo, das suas memórias, embora (e joga um outro tanto disso no lixo, é verdade). Até sobrar só o esqueleto do que era até há pouco tempo o seu radiante, pujante ambiente de trabalho. A tremenda melancolia de desfigurar com as próprias mãos o lugar que um dia lhe pertenceu, de profanar fisicamente o santuário que você defendeu com tanta energia por tanto tempo. A alegria de zerar ali mesmo, de simplesmente deixar para trás os fracassos, os pés pelas mãos, os eventos constrangedores, os atos vergonhosos, os remorsos sem possibilidade de cura. E o orgulho de deixar ali, e ao mesmo tempo de levar consigo, as conquistas, as marcas positivas, os grandes êxitos, as gratidões eternas, as confianças inabaláveis, os gestos de grandeza, as contribuições que entraram para a história. Ao final, resta apenas dizer tchau. E muito, muito obrigado por tudo. www.osfiguras.com.br
Adriano Silva Adriano Silva, 35 anos, é diretor do núcleo jovem da Editora Abril. Sob sua supervisão estão revistas como Superinteressante, Capricho, Mundo Estranho, Bizz, Flashback e Supersurf. É o criador das revistas Mundo Estranho, Aventuras na História, Vida Simples e Revista das Religiões. É graduado em Comunicação pela Ufrgs e tem um MBA em Marketing Internacional pela Universidade de Kyoto, Japão. Adriano é autor do romance Homem sem nome (Alegro) e de dois livros de reflexão sobre carreira e negócios: E agora, o que é que eu faço? e Tudo o que aprendi sobre o mundo dos negócios, ambos pela Elsevier. Adriano mantém ainda a Coluna do Chefe, no site www.superinteressante.com.br, e é baterista e letrista da banda Os Alandelons (a maior banda desconhecida do mundo). Seu e-mail é: doceoficio@uol.com.br.
dezembro de 2006
“Dead man walking”, algo como “homem morto caminhando”, é o que dizem em voz alta os guardas do corredor da morte nos Estados Unidos quando anunciam que vão conduzir um prisioneiro para a execução. Ao menos foi isso que vi no filme que tem essa expressão como título, uma bela pensata sobre a instituição americana da pena de morte, com grandes atuações de Sean Penn e Susan Sarandon.
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