Jornal da UNISC

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Luciano Pereira

QUAL É O SEU EVEREST?

Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o Everest, faz um comparativo entre os desafios de uma grande escalada e a vida pessoal e profissional PÁG. 7

JORNAL DA

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ENTRE O BOM E O RUIM Colunista Adriano Silva escreve sobre dois estilos de chefe: um que sufoca pela presença e outro que sufoca pela ausência PÁG. 15 WWW.UNISC.BR

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, ANO XIV, NÚMERO 75, SETEMBRO DE 2007

Fernanda Mallmann

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL foram solicitadas, no termo de adesão, 800 novas vagas. Nesta edição são apresentadas as vantagens do Fies, as etapas do processo e seus respectivos prazos PÁG. 3

Rudinei Kopp

Os alunos interessados em obter o Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies) têm até o dia 28 de setembro para fazer a sua inscrição. Na Unisc

GRUPOS DE PESQUISA Seminário apresenta os 42 grupos existentes na Universidade PÁG. 11

INTERCÂMBIO Unisc firma convênio com Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Portugal PÁG. 6 Divulgação

HISTÓRIA RENOVADA

Com mais de três séculos, Rio Pardo vivenciou boa parte da história do Rio Grande do Sul e do Brasil. Muitos dos registros que marcaram esse período estão hoje guardados no Arquivo Histórico do Município, que agora está sendo revitalizado por meio de um projeto desenvolvido pela Unisc PÁGs. 8 e 9 Fernanda Mallmann

REDES DE COOPERAÇÃO Em agosto, mais duas redes de cooperação foram lançadas na região pela Sedai, em parceria com a Unisc. Desde 2001 já foram criadas 22 associações nos vales do Rio Pardo e do Taquari, envolvendo 450 empresas e gerando em torno de 4 mil postos de trabalho PÁG. 12 CMYK

VIDA DE ALUNO Estudante de Direito participa dos Jogos Pan-Americanos de Surdos, na Venezuela PÁG. 14

INCLUSÃO SOCIAL As atividades do Programa Unisc-Escola e o Telecentro Comunitário de Rio Pardo

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PÁGiNA

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CARTA AO LEITOR

PALAVRA DO REITOR Como presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), mantenedora da Unisc, do Cepro, da Escola Educarse e também do Hospital Santa Cruz, queremos manifestar nossa preocupação com a atual situação dos hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. No dia 27 de agosto, respaldados pela aprovação unânime do Conselho Superior e da Assembléia Geral Comunitária da Apesc, apoiamos o Movimento Mais Saúde para os Hospitais com um ato simbólico realizado em frente ao Hospital Santa Cruz, mas sem aderir à paralisação proposta pelo Movimento. Entendemos que o único hospital geral da região não poderia deixar de prestar seus serviços à comunidade, deixando desatendido, justamente, o segmento social mais necessitado de atenção e de cuidados. Nessa data, mais de 200 hospitais filantrópicos do Estado paralisaram por 24 horas em protesto contra a falta de definição de fatores que poderiam resultar em mais recursos para o setor, que é responsável pela grande maioria das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Os hospitais filantrópicos estão pedindo socorro. Os profissionais e usuários do sistema de saúde estão sendo prejudicados e, por isso, é necessário encontrar uma solução o quanto antes. O Brasil possui um dos melhores e mais abrangentes sistemas de saúde pública do mundo, mas as diferentes esferas de governo devem cumprir seus compromissos legais, pagando os serviços de saúde com base na produção realizada e a partir de tabelas justas. Todos os dados devem ser claros e transparentes, para que a sociedade, através de seus órgãos de representação, possa acompanhar a destinação dos recursos públicos. Assim também deve ser com a CPMF, cuja destinação deve ser a manutenção da saúde pública, objetivo para o qual foi criada. A atual tabela do SUS paga menos de 60% dos custos dos serviços e está deixando os hospitais sem condições de poder continuar prestando os mesmos, sem com isso comprometer perigosamente sua viabilidade econômico-financeira. No Hospital Santa Cruz, mesmo com todos os controles de gestão que vimos efetuando nos últimos anos, em média cada paciente SUS nos deixa quase 600 reais de prejuízo, o que representa perto de 4 milhões de prejuízo anual. É fácil entender a razão dessa situação se considerarmos que há mais de doze anos, desde o Plano Real, o valor dos serviços da Tabela SUS teve em média 33,7% de reajuste, enquanto a inflação do setor hospitalar foi de quase 400% no mesmo período. Se não houver uma substancial alteração, essa situação vai se agravar ainda mais. Há anos a direção do hospital, assessorada pelos setores técnicos vinculados à Apesc, está trabalhando para reduzir os déficits, mas a tarefa se torna impossível dentro das atuais condições, sem o ressarcimento do custo dos serviços. Atualmente, 64% dos pacientes de nosso hospital são encaminhados via SUS. No Rio Grande do Sul são sete milhões de pessoas que têm atendimento unicamente pelo SUS. As santas casas e os hospitais filantrópicos, que são os responsáveis por 70% desse atendimento, estão pedindo socorro. Alguns já fecharam. Outros estão frente a um dilema cruel: fechar suas portas aos pacientes SUS, e assim deixar desatendida a parcela mais carente da população, ou fechar o hospital. Queremos lembrar que o objetivo desse Movimento, e de apelos como este, é manter a continuidade do sistema público de saúde, sem que os prestadores de serviços de saúde tenham de comprometer a qualidade e a resolutividade dos atendimentos. Para o bem de nosso país, esperamos que logo uma solução seja encontrada. Vilmar Thomé Reitor da Unisc

Um trecho importante da história do Rio Grande do Sul e do Brasil passou perto daqui. Rio Pardo, cidade situada a quase 30 quilômetros de Santa Cruz do Sul, serviu de ponto estratégico nas lutas entre os impérios espanhol e português, sediando várias batalhas e assinaturas de acordos diplomáticos, militares e políticos. O município é hoje um museu a céu aberto, contando um pouco dessa história por meio da sua arquitetura, da sua cultura ou mesmo pelos registros que lá podem ser encontrados. E boa parte desses registros estão no Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo. Para ser mais específico, são cerca de 120 mil peças, constituindo-se em um dos mais importantes acervos documentais do Estado. E essa história não poderia cair no esquecimento, ela precisava ser recontada. Por isso, um grupo de estudantes e de professores dos

departamentos de Comunicação Social e de História e Geografia da Unisc, em parceria com a Prefeitura de Rio Pardo, iniciaram um trabalho de restauração, revitalização e modernização do Arquivo Histórico de Rio Pardo. Modernizar o Arquivo Histórico pode soar estranho, mas significou criar um banco de dados informatizado que irá agilizar e facilitar o acesso ao acervo, aberto a toda a comunidade, sejam pesquisadores ou, simplesmente, amantes da História. Mais detalhes sobre o trabalho que vem sendo realizado por esse grupo podem ser vistos nas páginas 8 e 9 desta edição do Jornal da Unisc, que traz também a opinião de professores e de alunos envolvidos. Cada dia produz uma nova página na história, e a Unisc está contribuindo para que essa história continue sendo lembrada pelas gerações futuras.

Ouvidoria completa nove anos A Ouvidoria da Unisc completou, em 2007, nove anos. Conforme os dados do setor, desde a sua criação, a Ouvidoria já recebeu mais de 6,8 mil solicitações (entre reclamações, sugestões, consultas e elogios). A iniciativa de criação, em 1998, partiu do reitor da época, Luiz Augusto Costa a Campis. A Unisc foi a primeira Universidade comunitária gaúcha a criar uma Ouvidoria. O órgão pode ser utilizado para: reclamar de qualquer aspecto que seja considerado pelo usuário como insatisfatório; sugerir alternativas que possam melhorar o funcionamento da Unisc; elogiar os aspectos positivos - como um bom serviço, um bom atendimento, o espaço físico; consultar, quando o usuário tiver qualquer dúvida sobre o que fazer, como fazer, a quem procurar e como proceder nessa ou naquela situação, dentro da Universidade. A Ouvidoria, em resumo, funciona como um elo entre o usuário e as diversas unidades da Unisc. O próprio usuário é quem, pela Ouvidoria, pode contribuir para o aperfeiçoamento da instituição universitária. O aluno, o professor, o técnico administrativo e a comunidade tornam-se protagonistas de mudanças por meio da Ouvidoria. A Ouvidoria recebe as demandas (reclamações, sugestões, consultas, elogios) e as encaminha às unidades. As unidades respondem ao ouvidor que tem o dever de não deixar o usuário sem resposta. Essa resposta pode ser a resolução de um pro-

blema, a aceitação de uma sugestão, a explicação referente a um determinado tema, dependendo de cada assunto. Cabe mencionar que nem todas as solicitações podem ser atendidas, nem todas as sugestões podem ser aceitas pela intervenção da Ouvidoria. O que ela faz é encaminhar as solicitações para as unidades responsáveis pelo assunto, que podem promover as mudanças, quando for possível. Para que o serviço possa manter sua legitimidade, é necessário que o usuário se identifique para a Ouvidoria, que garante que as solicitações são encaminhadas da melhor forma possível e com o devido sigilo quanto à identificação dos solicitantes. Os serviços prestados pela Ouvidoria contribuem para o processo de melhoramento contínuo, aperfeiçoamento da democracia e transparência administrativa. O serviço tem como principais objetivos assegurar a participação da comunidade, buscando promover a melhoria das atividades desenvolvidas, e reunir informações sobre diversos aspectos da Unisc, buscando contribuir para a gestão institucional. A Ouvidoria atende na sala 105A, no bloco 1 do campus sede. O serviço pode ser procurado pessoalmente ou pelo telefone (51) 3717-7313, pelo e-mail ouvidoria@ unisc.br e ainda por meio do formulário on-line, disponível no site www.unisc.br. Andrea Pinto Fava e Elisandra Baierle

Onde encontrar o Jornal da Unisc A Banca Aquarius Hotel Flat Residence Biblioteca Municipal Casa das Artes Colégio Luiz Dourado Escola Ernesto Alves Escola Willy Carlos Fröhlich Escola Goiás Escola Santa Cruz

Galeria Farah Hospital Santa Cruz Iluminura Livraria Café Loja do Posto do Gordo Shopping Center Santa Cruz Sine Virtua House Zaffari

Campus Venâncio Aires Campus Sobradinho Campus Capão da Canoa Campus Santa Cruz: Central de Informações Centro de Convivência Clínica de Fisioterapia Blocos 8, 12, 18 e 53 Reitoria

EXPEDIENTE Conselho Editorial: Reitor: Prof. Vilmar Thomé Vice-Reitor: Prof. José Antônio Pastoriza Fontoura Pró-Reitora de Graduação: Profª Carmen Lúcia de Lima Helfer Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Profª Liane Mählmann Kipper Pró-Reitor de Extensão e Relações Comunitárias: Prof. Luiz Augusto Costa a Campis Pró-Reitor de Administração: Prof. Jaime Laufer Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional: Prof. João Pedro Schmidt Editor: Luciano Pereira, reg. prof. 9234 Reportagem e Redação: Fernanda Mallmann, reg. prof. 10.208; Luciano Pereira, reg. prof. 9.234; Bruna Ortiz Lovato; Eliana Stülp; e Greice Guilhermano Projeto Gráfico e Capa: Agência da Casa Editoração Eletrônica: Assessoria de Imprensa Revisão: Roque Neumann e Beatriz Menezes Sperb JORNAL DA UNISC: Órgão Informativo da Universidade de Santa Cruz do Sul. Entidade filiada ao Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e à Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) Tiragem: 11 mil exemplares Versão On-Line: Erion da Silva Lara Site: www.unisc.br/jornaldaunisc Endereço: Av. Independência, 2293, bloco 3, sala 309. Santa Cruz do Sul/RS. CEP: 96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466. E-mails: fernandm@unisc. br ou lpereira@ unisc.br Este material é produzido em papel reciclável.


ENSiNO / EXTENSÃO

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Luciano Pereira

FIES RECEBE INSCRIÇÕES Interessados devem acessar o site www.mec.gov.br até 28 de setembro Estão abertas até o dia 28 de setembro as inscrições para o processo seletivo do Financiamento Estudantil (Fies) 2007/2, do Governo Federal. Na Unisc foram solicitadas, no termo de adesão, 800 novas vagas. As inscrições devem ser feitas no site www.mec.gov.br. Podem se candidatar ao Fies os estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação da Unisc. O candidato deve preencher a ficha de inscrição, disponibilizada no site, imprimir o protocolo em duas vias e entregá-lo no Setor Financeiro – Atendimento ao Aluno, sala 616, bloco 6 do campus de Santa Cruz do Sul. O protocolo deve ser entregue até o dia 1º de outubro para que a inscrição seja validada no Sistema do Financiamento Estudantil da Unisc. No dia 5 de outubro será divulgada a relação dos inscritos no processo seletivo do Fies 2007/2. Após o período de análise e confirmação de eventuais recursos, será divulgada a relação final dos inscritos, no dia 15 de outubro. No dia 22 sairá a lista dos alunos pré-classificados chamados para entrevista, que deverá ocorrer entre os dias 22 de outubro e 23 de novembro. Entre os destaques do Fies está o percentual de financiamento, que é de 50% independente

do número de créditos matriculados. O prazo máximo de utilização é igual ao período remanescente para a conclusão do curso pelo estudante, à época do seu ingresso no Programa, observada a duração regular do curso, podendo ser dilatado por dois semestres. Além disso, a taxa de juros está fixada em 3,5% a 6,5% ao ano, de acordo com o curso pretendido. O prazo de restituição é de até uma vez e meia o tempo de utilização e, no primeiro ano de devolução, o alu-

no paga o valor equivalente à mensalidade (parte não financiada) que pagou para a Unisc no último semestre em que utilizou o financiamento. A concessão do financiamento Fies é retroativa ao mês de julho de 2007. Mais informações podem ser obtidas no Setor Financeiro – Atendimento ao Aluno, sala 616, bloco 6 do campus de Santa Cruz do Sul, telefones (51) 3717-7434 e 3717-7436 e e-mail núcleo@unisc.br.

Fique atento para os prazos Até 28 de setembro: inscrições no site www.mec.gov.br Até o dia 1º de outubro: entrega do protocolo de inscrição na Unisc 5 de outubro: divulgação da relação dos inscritos De 8 a 10 de outubro: recursos de estudantes inscritos e não confirmados De 8 a 11 de outubro: análise e confirmação dos recursos 15 de outubro: divulgação da relação final dos inscritos 22 de outubro: lista de alunos pré-classificados para entrevista De 22 de outubro a 23 de novembro: entrevistas com os classificados De 26 de novembro a 7 de dezembro: entrevistas com os reclassificados De 22 de outubro a 14 de dezembro: contratação

Outros financiamentos e bolsas na Unisc Financiamentos com recursos externos: Programa Estadual de Crédito Educativo (Procred) e Crédito Municipal Venâncio Aires (Credim/VA) Financiamento institucional: Crediunisc Bolsas de Ensino (Prolab e Probae), de Pesquisa (Puic) e de Extensão (Probex) A Unisc também aderiu ao Programa Universidade para Todos (ProUni)

No dia 3 de agosto, foram encerradas as atividades da primeira turma do Projeto Inclusão Social, oferecido pelo Programa Unisc-Escola. Segundo a coordenadora do Programa, Liane Roos, o objetivo principal é preparar alunos do ensino médio para o Exame Nacional de Ensino Médio. “A intenção é que esses alunos tenham um bom desempenho no Enem, condição necessária para ingressar na universidade por meio do Prouni”, ressalta Roos. O convite foi feito para alunos de 3° ano do ensino médio das escolas estaduais de Santa Cruz do Sul. Cada escola estabeleceu um critério de seleção para os estudantes participarem do Projeto. Foram contemplados 22 alunos que participaram, desde o dia 20 de abril, de um total de 15 encontros. “Não podemos deixar de ressaltar a importância dos professores da Unisc que ministraram as aulas voluntariamente”, diz Roos. A estudante Aline Weiss, uma das participantes do projeto,

Bruna Ortiz Lovato

A primeira turma do Unisc-Escola

Projeto Inclusão Social formou 22 alunos em sua primeira turma, que encerrou as atividades em agosto

considera a iniciativa boa. “É muito bom nós termos este contato com a Unisc; além de aprender muito, também possibilitou vermos como funciona uma universidade. Penso que este projeto deve ser feito outras vezes para dar oportunidade para outros alunos”. Já a estudante Débora Ferreira afirma que o aprendizado foi válido. “Sinto-me mais preparada, os

professores são ótimos e me ajudaram na hora de relembrar conteúdos importantes para o vestibular”, ressalta. No encerramento os alunos fizeram um Unisc-tour, para conhecerem a Instituição, e após tiveram um coquetel com a fala do pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc, Luiz Augusto Costa a Campis. (B.L.)

Rocha, à esquerda, Thomé e Ilse, à direita, descerraram a fita de inauguração do Telecentro Comunitário

Inclusão digital em Rio Pardo Cerca de 900 crianças e adolescentes de baixa renda do município de Rio Pardo terão a oportunidade de fazer parte do universo virtual. Por meio de uma parceria firmada entre a Prefeitura, a Unisc, o Banco do Brasil e o Governo Federal, foi inaugurado, no dia 15 de agosto, o Telecentro Comunitário São Francisco, no centro de Rio Pardo. O projeto é uma iniciativa local que contou ainda com o apoio de empresas e entidades do município, responsáveis pela disponibilidade do espaço físico e pela doação de 10 computadores. O Setor de Informática da Unisc presta a assistência técnica, configurando o servidor com um projeto de terminal gratuito por meio de software livre. O Telecentro Comunitário atenderá a uma média de 32 crian-

ças e adolescentes por dia, podendo se estender, futuramente, para a terceira idade. “Agradecemos à Unisc pela gentileza e pela total disponibilidade prestada desde os primeiros contatos que tivemos com a Instituição”, elogiou a secretária municipal Ilse Pritsch. Para o reitor da Unisc, Vilmar Thomé, colaborar para o desenvolvimento da região é o principal papel da Universidade. “Sempre que tivermos que prestar um serviço que leve qualidade e desenvolvimento a Rio Pardo, estaremos à disposição da comunidade”, enfatizou. A solenidade também contou com a presença do pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc, Luiz Augusto Costa a Campis, e do coordenador de Extensão, Ângelo Hoff.

Engenharia de Produção recebe nota máxima O curso de Engenharia de Produção da Unisc recebeu nota máxima (5) na avaliação periódica realizada em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. A renovação de reconhecimento da graduação é feita a cada quatro anos. O outro curso da Unisc avaliado este ano, o Superior de Tecnologia em Assistência e Segurança Prisional, atual Gestão da Segurança Privada, foi reconhecido com nota 4. Na avaliação periódica do Inep/MEC, assim como na avaliação de reconhecimento dos cursos de graduação, são analisados três aspectos: corpo docente, infra-estrutura e projeto pedagógico. O curso de Engenharia de Produção da Unisc obteve a nota 5 nos três itens. A visita dos dois integrantes da comissão de avaliação do Inep ocorreu no final de junho.

O coordenador do curso na Instituição, professor Flávio Thier, atribui o sucesso do curso, principalmente, à qualificação do seu corpo docente. Dos 22 professores da graduação, 13 são mestres e nove são doutores. “Grande parte desses professores atuam também fora da Instituição, na iniciativa privada, e estão sempre em contato com profissionais da área”, afirma Thier. Outro ponto destacado pelo professor é a infra-estrutura do curso da Unisc, que conta com oito laboratórios específicos. “Também é importante dizer que, geralmente, os alunos já saem do curso empregados, pois a maioria já começa a realizar estágios ou trabalha como auxiliar durante o curso”, acrescenta Thier. “Muitos profissionais graduados aqui estão colocados no mercado de trabalho em diversos estados”, conclui.


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360º

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Eliana Stülp

PRÊMIO PARA A MEDICINA O professor Luciano Nunes Duro, do curso de Medicina da Unisc, foi premiado em 1º lugar no 2º Congresso Gaúcho de Medicina de Família e Comunidade e com a Menção Honrosa no Epiprêmio 2007, promovido pelo Ministério da Saúde, na categoria Dissertação de Mestrado. A Menção Honrosa será entregue durante a 7ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), em Brasília, entre os dias 21 e 23 de novembro. A dissertação premiada foi defendida no Mestrado em Epidemiologia, em novembro de 2006. Basicamente, o trabalho avaliou a adequação da solicitação dos exames de colesterol,

e suas frações, em uma amostra representativa da população de Pelotas, de acordo com algumas variáveis, comparando essa adequação entre o Sistema Público e o privado/convênios. “Era perguntado às pessoas se, nos três anos anteriores, algum médico solicitou exames de colesterol para elas”, explica o professor. “Depois eu as separava em grupos com riscos de doenças do coração e analisava se as solicitações ou não-solicitações foram adequadas”, acrescenta. Como resultado, Luciano concluiu que pelo SUS pede-se menos os exames, mas, quando se faz, há menos erros, se comparados aos particulares ou conveniados.

FESTIVAL DE BANDAS DA UNISC ITUNISC NA EXPOINTER A Incubadora Tecnológica Unisc (Itunisc) esteve presente na Expointer deste ano, de 25 de agosto a 2 de setembro, por meio da Sigma – Rastreabilidade e Sistemas Agropecuários Ltda., empresa incubada na unidade da Itunisc em Vera Cruz. A Sigma é uma empresa que une agronegócios e tecnologia de informação. Em 2004, a empresa desenvolveu o software Sigma-Agro para atender à demanda por rastreabilidade bovina, com funcionalidades que gerenciam as demais atividades da propriedade rural. A Itunisc participou da Expointer por meio do apoio de um projeto aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com o Centro de Empreendimentos do Instituto de Informática da Ufrgs (CEI-Ufrgs).

CICLO DE PALESTRAS SOBRE A DOR O curso de Medicina da Unisc promoveu, de 28 a 31 de agosto, o 1º Ciclo de Palestras Liga da Dor. O evento teve como objetivo divulgar os novos conhecimentos sobre dor crônica e enfocar a importância do atendimento multiprofissional no seu tratamento, incluindo fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e odontólogos, além de médicos das diversas espe-

cialidades clínicas e cirúrgicas. O ciclo buscou ainda entender o grau de limitação provocado pela dor crônica, promover a divulgação dos novos conceitos de dor como o quinto sinal vital, compreender os mecanismos gerais da gênese da dor na criança e no idoso e da dor relacionada ao câncer e conhecer algumas formas de condutas e tratamento da dor crônica.

UNISC-ESCOLA O Programa Unisc-Escola está com duas novas turmas desde agosto. Os objetivos principais do projeto são constituir um espaço permanente de atividades de apoio, para alunos de 3º ano do Ensino Médio, nas diferentes áreas do conhecimento, visando a um bom desempenho nas provas do Enem e de outros processos seletivos, além de oportunizar aos alunos visitação em diferentes cursos da Unisc, para que conheçam o perfil de cada curso. Mais informações pelo telefone (51) 3717-7686 ou pelo e-mail ikurtz@unisc.br.

AULA INAUGURAL EM SOBRADINHO Desde 1º de julho, a Lei Complementar 123/06 permite aos pequenos e microempresários aderirem ao Simples Nacional, regime diferenciado de tributação. Para falar sobre a nova regulamentação, o curso de Ciências Contábeis promoveu, no dia 4 de setembro, uma aula inaugural para os cursos do campus de Sobradinho. A palestrante foi Célia Regina

Domingues Mendonça, que é contabilista, advogada, consultora de empresas, ex-consultora na área de Imposto de Renda e Contabilidade, instrutora de cursos da Legislação Fiscal e palestrante do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. O tema da aula foi O Impacto do Simples Nacional e o evento ocorreu na Câmara de Vereadores de Sobradinho.

A banda Sexto Sentido, de Sobradinho, foi a campeã do 5º Festival de Bandas da Unisc, realizado no dia 26 de agosto. O júri, formado por profissionais da música e convidados, fez seu julgamento a partir de critérios como arranjo, afinação, ritmo, interpretação, equilíbrio sonoro, entrosamento e harmonia/acordes. A Sexto Sentido é composta por Elisauer (vocal), Alan (bateria), Luciano (guitarra) e Patrick (contrabaixo). Ao ritmo de Led Zeppelin, com a música Immigrant Song, e da canção própria Vale a pena, o grupo conquistou a premiação de R$ 1,5 mil. O 2º lugar, Outhouse Birinight Band, de Santa Maria, recebeu a quantia de R$ 800, e o 3º lugar, banda Easy, também de Santa Maria, de R$ 500. O júri ainda escolheu como melhor instrumentista o baterista Felipe Kuentzer, da banda Sistem, de Santa Cruz do Sul. Já Elisauer Lopes, que comandou a banda campeã, foi eleito o melhor vocalista. Cada um recebeu R$ 200.

REVISTA DO DIREITO É QUALIS A A Unisc, por meio do Programa de Pós-Graduação em Direito Mestrado, teve a Revista do Direito classificada como Qualis A pela Capes. Concebida para atender às necessidades específicas de avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação, Qualis é o resultado do processo de classificação dos veículos utilizados para a divulgação da produção intelectual de docentes e de alunos dos programas de pósgraduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Tal classificação passa por processo anual de atualização. Os veículos de divulgação citados pelos programas são enquadrados em categorias indicativas da qualidade - A, B ou C - e do âmbito de circulação dos mesmos - local, nacional ou internacional. As combinações dessas categorias compõem nove alternativas indicativas da importância do veículo utilizado e, por inferência, do próprio trabalho divulgado.

LINGUAGEM, CULTURA E COGNIÇÃO O Programa de PósGraduação em Letras - Mestrado estará promovendo, no dia 14 de setembro, o workshop Linguagem, cultura e cognição, com o professor Chis Sinha. O ministrante é professor de Psicologia da Linguagem na Universidade de Portsmouth, Inglaterra, e lecionou nos Departamentos de Educação, Psicologia, Linguagem e Comunicação no Reino Unido, na Holanda e na Dinamarca. Possui vasta publicação nas áreas de Antropologia,

Lingüística, Educação, Biologia Evolutiva, Psicologia Cultural e do Desenvolvimento. O workshop será realizado na sala 5328, bloco 53, das 8h30 às 10h30 e das 14h às 16h, com tradução simultânea. À noite, o professor Sinha ministrará palestra aberta aos alunos da graduação e comunidade acadêmica com o tema Linguagem nas Ciências Cognitivas, das 19h30 às 21h. Mais informações pelo e-mail luizaw@unisc.br ou pelo telefone (51) 3717-7322.

Unisc TV A Unisc TV esteve presente na 35ª edição do Festival de Cinema de Gramado. As estagiárias Fernanda Almeida, Mariane Selli, Poliana Pasa e Roseane Bianca Ferreira, e os cinegrafistas Junio Nunes e Rodrigo Bilheri, subiram a Serra para cobrir o evento, que ocorreu de 12 a 18 de agosto. O estande da equipe estava instalado, juntamente com os demais veículos da imprensa, no Centro de Eventos da Ufrgs. Foram produzidas matérias e entrevistas diárias e o trabalho final foi veiculado no Unisc Notícias especial de Gramado, dia 24 de agosto.

Enfermagem De 27 a 30 de agosto, a Unisc promoveu a 1a Jornada Acadêmica de Enfermagem, com o tema A Enfermagem no contexto atual. O evento trouxe profissionais que atuam em diversos campos, desde a docência até enfermeiros que trabalham em hospitais, programas de saúde da família e em cargos de coordenação de ações de saúde. Entre os assuntos discutidos estavam temas como a autonomia do enfermeiro, a residência multiprofissional, as perspectivas do trabalho em saúde, entre outros.


360º UNIARTE COMPLETA 10 ANOS Um espaço destinado à prática e ao pensar em artes visuais na região - isso é o Uniarte. O programa, desenvolvido pela Unisc por meio do Departamento de Educação e da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias, está completando 10 anos neste segundo semestre. Nesses 10 anos, o Uniarte já matriculou mais de 2 mil alunos e realizou mais de 100 exposições. Nos ateliês, os alunos são incentivados não só à prática - individual e coletiva -, mas também à análise das

pesquisas de outros artistas. Nesse sentido, são promovidas discussões teóricas e visitas a museus, galerias de arte e exposições, como a 27ª Bienal de São Paulo, em dezembro de 2006. O programa investe ainda na organização de mostras e de exposições de trabalhos de alunos em diferentes espaços. Para comemorar os 10 anos, por exemplo, o Uniarte promoveu, em agosto, exposições no Memorial das Artes de Santa Cruz do Sul (Masc) e na Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre.

Luciano Pereira

CONVÊNIO UNISC E CORE/RS

O reitor da Unisc, Vilmar Thomé, e o presidente do Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado do Rio Grande do Sul (Core/RS), Uriel Canarim, assinaram, no dia 10 de agosto, um termo particular de convênio entre as duas instituições. O objetivo é implantar e executar cursos superiores de formação específica, em uma ou mais áreas do conhecimento, com ênfase na atividade de representação comercial. Os cursos irão envolver programas de cooperação acadêmica, tecnológica, científica e pedagógica entre a Unisc e o Core/RS nas áreas de atuação e de interesse comuns. Esses programas serão definidos em termos aditivos ao convênio, estabelecendo os objetivos específicos e o planejamento dos trabalhos a serem desenvolvidos. A estrutura curricular e o projeto pedagógico dos cursos serão elaborados pela Unisc. Também participaram da solenidade o professor Vanderlei Becker Ribeiro, e o tesoureiro do Core/RS, Roberto Salvo.

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

Já estão abertas as inscrições para o 4º Congresso SulBrasileiro de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (Sulbrafir), que ocorrerá na Unisc de 5 a 7 de outubro. O evento é realizado pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (Assobrafir) e é promovido a cada dois anos. Paralelamente ao congresso, também ocorrerá a 5ª Jornada Gaúcha de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, vinculada à Assobrafir, regional Rio Grande do Sul.

Os eventos contam com a participação de renomados palestrantes que vão tratar de temas como fisioterapia hospitalar, reabilitação pulmonar, músculos respiratórios e fisioterapia respiratória ambulatorial. Também serão discutidas evidências rumo à integralidade e à qualidade de vida. As inscrições podem ser feitas até 5 de outubro no site www.unisc.br/sulbrafir2007. Para envio de resumos, a data limite é 20 de agosto. Mais informações e a programação do evento podem ser obtidas também no site.

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DESAFIO EMPREENDEDOR O aluno do 6º semestre do curso de Ciência da Computação da Unisc, Luiz Henrique do Nascimento Souza, participou do Desafio Empreendedor Telefônica, que premia propostas de negócio inovadoras na área de telecomunicações. O acadêmico, que mora em Rio Pardo e trabalha no Departamento de Ciências Contábeis, foi selecionado entre os 20 participantes de todo o Brasil que concorrerão na 2ª fase. O julgamento foi realizado na sede da Telefônica e contou com a presença de três executivos da empresa e de dois convidados externos, todos especialistas em negócios em estágios preliminares. Os 20 melhores projetos selecionados, em cada categoria, deverão entregar o plano de negócios completo até o dia 15 de outubro. Os participantes selecionados também têm direito ao curso elearning do A+ Elaborando um Plano de Negócios, da Harvard Business School. Os aprovados na 2ª fase serão premiados em evento a se realizar no início de dezembro.

ITUNISC E PMT/VRP

A Unisc foi convidada para participar, no dia 8 de agosto, da Reunião do Comitê MetalMecânico dos Vales do Taquari e do Rio Pardo, realizada nas depedências da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul. O objetivo foi apresentar aos participantes a Incubadora Tecnológica da Unisc (Itunisc) e os projetos do Pólo de Modernização Tecnoló-

gica do Vale do Rio Pardo (PMT/ VRP). Estiveram presentes na reunião o reitor, Vilmar Thomé; a pró-reitora de Pesquisa e Pósgraduação da Instituição, Liane Mählmann Kipper, que representou o PMT-VRP; e Luciane Dahmer, coordenadora da Itunisc. Também estavam presentes os sócios da empresa incubada Supernova Playware, Rafael Burgos e Paulo Albrecht.

PORTAL A4 NO FESTIVAL DE GRAMADO

Thomé e Canarim assinaram termo que possibilitará a oferta de cursos com ênfase em representação comercial

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O Portal A4, da Agência Experimental do Curso de Comunicação Social da Unisc, realizou a cobertura on-line do 35º Festival de Cinema de Gramado, de 12 a 18 de agosto. O site era atualizado diariamente com notícias, galerias de fotos e depoimentos em áudio. A cobertura foi feita por alunas do curso de Comunicação que estagiam na A4, com supervisão do professor de Jornalismo On-line, Paulo Pinheiro. Participaram da cobertura as alunas Daniela Baroni e Fernanda Zieppe. O Portal também acompanhou todos os detalhes da 15a edição do Gramado Cine Vídeo, considerado o mais completo evento do audiovisual do país.

CURSOS DE GESTÃO PÚBLICA

O Núcleo de Planejamento Urbano (NPU) promoverá seis cursos de extensão para a qualificação da gestão pública. O objetivo é capacitar e trocar experiências técnicas e profissionais, voltadas à gestão pública, nas áreas de Administração, Contabilidade, Cultura, Direito, Habitação, Saneamento, Saúde, Serviço Social, Planejamento Urbano e Gestão Participativa. O público-alvo são gestores e técnicos municipais, estudantes e profissionais das áreas de

Administração, Arquitetura, Engenharia, Direito, Sociologia, Geografia e Serviço Social. Ao fim de cada curso, será conferido um certificado para os alunos. As inscrições podem ser feitas em www.unisc.br ou na Secretaria de Pós-Graduação e Extensão, que fica no bloco 1 do campus, sala 110. Mais informações na Secretaria de Pós-Graduação e Extensão pelo telefone (51) 3717-7343 ou pelos e-mails spge@unisc.br e centralinfo@unisc.br.

Cursos e prazos de inscrição

Planejamento e saneamento ambiental Inscrições até 6 de setembro Cadastro mobiliário Inscrições até 21 de setembro Introdução à restauração do patrimônio arquitetônico Inscrições até 11 de outubro Diagnóstico rápido urbano e econômico participativo – Druep Inscrições até 11 de outubro Avaliação de imóveis urbanos Inscrições até 1º de novembro Controle interno e externo da administração pública Inscrições até 16 de novembro

Espaço Aberto Apoio: Charrua Hotel Local: Centro de Convivência Dia 19 de setembro Angela Karl Piano Música Dia 15 de setembro - 20h Orquestra Jovem Unisc Local: Casa de Cultura Érico Veríssimo, em Capão da Canoa Entrada Franca Dia 29 de setembro - 20h Orquestra Jovem Unisc Local: Igreja Matriz Santa Teresa, em Vera Cruz Entrada Franca Dia 28 de setembro - 20h Sarau com professores e alunos da Escola de Música da Unisc Local: Capela do HSC Entrada franca Exposição De segunda a sábado - 9h às 12h Telas e estudos de Regina Simonis Exposição permanente Casa das Artes Regina Simonis Agendamento para grupos: telefone (51) 3056-2086 De 11 a 28 de setembro Unisc: um olhar para o passado Local: bloco 1 da Unisc Feiras De 12 a 15 de setembro Feira de Livros de Rio Pardo Local: Centro de Rio Pardo De 19 a 21 de setembro Feira de Livros da Arquitetura e das Engenharias Local: Bloco 53 da Unisc Poesia Todas as quartas-feiras - 18h às 19h Encontros com a Poesia XVI Módulo Local: Sala de Conferências da Biblioteca Central Realização: Grupo de Pesquisa Estudos Poéticos Abertos à comunidade Entrada franca Cursos e Ateliês Escola de Música da Unisc Programa Uniarte 10 anos Programa Dançar Inscrições: Secretaria de Pós-Graduação e Extensão, sala 110, bloco 1 do campus de Santa Cruz do Sul Informações: telefones (51) 37177346 ou 3717-7343, site www.unisc.br ou MSN centralinfo@unisc.br


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GERAL

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NOVO CONVÊNIO LEVA ALUNOS A PORTUGAL favorecer a formação, pois representa a possibilidade de professores e de alunos, das duas instituições, durante um período letivo, realizarem suas atividades acadêmicas na outra instituição. O Ispa oferece curso de graduação, mestrados e doutorados em Psicologia. Experiência internacional Em setembro, também o acadêmico do 8º semestre do curso de Ciências Econômicas, Joseph Laughinghouse, 21, viajará para Portugal para estudar por um período de seis meses. Joseph cursará um semestre na Faculdade de Economia e Gestão, da Universidade Nova de Lisboa. “Acho que será uma oportunidade para aprender e compreender sobre Economia Internacional. Como sou americano, conheço a realidade do meu país. Também conheço a realidade brasileira. Em Portugal terei contato com uma nova situação e visão”, acredita. Além de Portugal, três alunos da Unisc também farão intercâmbio com a Univerdidade de Tübingen, na Alemanha. Adilson Hirsch, estudante do 5º semestre do curso de Direito, e Fabrício Kappel, do 5º semestre de Engenharia Ambiental, viajarão para a Alemanha em setembro. Já a acadêmica do 5º semestre de Administração, Caroline Fernandes de Oliveira, irá para Tübingen no mês de outubro. Os acadêmicos farão disciplinas em Tübingen que serão equivalentes àquelas que cursariam na Unisc. Atualmente, a Unisc mantém convênio com 21 instituições de ensino superior, em nove países.

Para onde é possível ir Alemanha Eberhard Karls Universität Tübingen Chile Centro de Ecologia Aplicada (Santiago) e Universidad Tecnológica Metropolitana – UTEM (Santiago) Espanha Universidad da Curuña (La Coruña), Universidad de Murcia (Murcia), Universidade de Sevilla e Asociación Andaluza de Derecho, Médio Ambiente y Desarrollo Sostenible (Sevilla) Estados Unidos Purdue University (Indiana) Itália L´Università degli Studi di Lecce, L´Università degli Studi di Napoli, L´Università degli Studi di Roma Tre e

L´Università degli Studi di Salerno México Universidad Autonoma de Tlaxcala (Tlaxcala) e Universidade Nacional Autônoma de México Portugal Instituto Politécnico de Tomar – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (Tomar e Abrantes), Universidade de Lisboa (Lisboa), Universidade Nova de Lisboa (Lisboa), Instituto Superior de Psicologia Aplicada – ISPA (Lisboa) Uruguai Instituto de Marketing del Uruguay – IMUR e Universidad de Montevideo Paraguai Universidad Nacional de Assunción – UMA

Edna, do curso de Psicologia, e Joseph, de Ciências Econômicas, viajam em setembro para Portugal, onde realizarão intercâmbio

Thomé é eleito 1º vice-presidente da Abruc A Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) elegeu, em agosto, o seu novo presidente e a nova diretoria. O reitor da Universidade São Francisco (USF), de São Paulo, Gilberto Gonçalves Garcia, foi eleito presidente da entidade. Já o reitor da Unisc, Vilmar Thomé, ocupará o cargo de 1º vice-presidente da associação e o reitor do Centro Universitário de Votuporanga (Unifev), Marcelo Lourenço, o de 2º vice-presidente. A eleição e posse dos novos diretores ocorreu em Belo Horizonte, na sede da PUC Minas. A eleição foi durante a 15ª Assembléia Extraordinária da Abruc e reuniu reitores e representantes das Instituições de Ensino Superior (IES) filiadas. Atualmente, 52 universidades comunitárias de todo país compõem a Abruc. Conforme o reitor da Unisc, entre as metas da nova gestão está trabalhar por programas que favoreçam os alunos e as instituições comunitárias. Entre os objetivos, a Abruc irá buscar a defesa e a melhoria do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a ampliação no número de vagas do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), para que mais alunos possam ser beneficiados. Em relação à avaliação das IES, Thomé salienta que as universidades comunitárias apóiam a continuidade de processos como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Assessoria de Comunicação da Abruc

Os alunos e professores do curso de Psicologia da Unisc têm uma nova oportunidade para adquirir ou para complementar conhecimento. A Universidade, por meio da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), vai firmar convênio para intercâmbio com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Portugal (Ispa). E a primeira parceria com o Ispa ocorre já no mês de setembro. A aluna do 3º semestre de Psicologia Edna Lima, 20 anos, irá para o instituto, onde deve ficar estudando por um ano. “É uma oportunidade. Vou para um país europeu para estudar, para conviver com uma nova cultura. Acho que essa experiência que terei como estudante e como pessoa vai fazer toda a diferença na minha formação”, afirma Edna. Para a coordenadora do curso de Psicologia da Unisc, Edna Linhares Garcia, a importância da nova parceria está na possibilidade de conhecer a formação em Psicologia numa cultura e sociedade diferentes, observando o que aproxima e o que diferencia em relação à estrutura curricular, a pesquisas e projetos de extensão, do “fazer Psicologia”. “Trabalhamos com a idéia de uma Psicologia transformadora da realidade social. Nesse sentido, os intercâmbios viabilizam a socialização de experiências, favorecem novas propostas de trabalho. Nossa idéia de intercâmbio vai além do ‘conhecermos e darmo-nos a conhecer´. Pretendemos criar parcerias para trabalhos interinstitucionais”. A professora destaca ainda que o convênio com o Ispa deve

Fernanda Mallmann

Universidade firmará parceria com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa

Eleição ocorreu durante a 15a Assembléia Extraordinária da Abruc, em Minas Gerais

Quanto à Reforma Universitária, a Abruc deverá permanecer acompanhando o processo, especialmente os capítulos que fazem referência às universidades comunitárias. “Em todas as metas, a Abruc irá apresentar sugestões e contribuições junto ao MEC. Trabalharemos para auxiliar a qualificar ainda mais o trabalho que já vem sendo feito”, ressalta o reitor. A nova diretoria da Abruc

permanecerá à frente da associação pelos próximos dois anos. No cargo de 1º vice-presidente da associação, Thomé estará representando o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), composto por 12 instituições do Rio Grande do Sul, que abrangem mais de 400 municípios em suas áreas de influência e possuem, aproximadamente, 120 mil estudantes.

Sobre a Abruc A Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), fundada em 1995, tem sede em Brasília e reúne, atualmente, 52 instituições de Ensino Superior sem fins lucrativos, voltadas para ações educacionais de caráter social. Com esse perfil, elas destinam parte de sua receita a atividades de educação e de assistência social, como bolsas de estudo, atendimento gratuito em hospitais, clínicas odontológicas, assistência jurídica, entre outras. Essa forma de atuar é o fundamento principal das filiadas à Abruc, na medida em que estabelecem um compromisso social dos seus estudantes e professores com a comunidade onde estão inseridas.


ENTREViSTA

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{ { GREICE GUILHERMANO Vencendo desafios e conquistando o Everest. Este foi o tema da palestra promovida pelo Projeto Diálogos Universitários, da empresa Souza Cruz, e pela UniJr com Waldemar Niclevicz, o primeiro brasileiro a escalar o Everest, o K2 e os sete cumes do mundo. No dia 22 de agosto, o alpinista, fotógrafo e escritor, que já ministrou mais de 200 palestras para grandes empresas, esteve na Unisc para contar um pouco das experiências emocionantes que teve e para tratar de temas como superação de desafios, planejamento estratégico, gerenciamento de riscos e espírito de equipe para se chegar ao topo, relacionando a vida com as alegrias e os imprevistos encontrados numa grande escalada. Em entrevista coletiva, antes da palestra, ele revelou ser um apaixonado pela natureza: “eu procuro entender a natureza e levar para as pessoas o entendimento dessa natureza, como ela funciona”. Jornal da Unisc - De onde e quando surgiu a idéia de escalar montanhas? Waldemar Niclevicz - Eu nasci no meio do mato, onde não tem montanhas. Era um típico menino do interior, adorava a natureza e, com 12 anos, nos mudamos pra Curitiba. Aí eu fui morar numa cidade, mesmo, e fui reencontrar a natureza quando peguei o trem que sai de Curitiba e vai até Paranaguá, e desci na estação do Marumbi que fica bem no meio da Serra do Mar. Lá eu me deparei com a minha primeira montanha, o Pico do Marumbi. Talvez eu tenha herdado da minha infância esse gosto pela aventura, pelo desafio, e a primeira coisa quando olhei pro Marumbi foi: “Puxa, será que eu consigo chegar lá em cima? Dá pra

Luciano Pereira

Todo mundo tem um Everest na sua vida, que pode ser o seu negócio, a sua profissão, a sua família. E a primeira coisa que temos que pensar é: “qual é o seu Everest?”

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CONQUISTANDO O SEU EVEREST chegar até lá? Alguém chega lá em cima?” Aos poucos eu fui ingressando nas técnicas do alpinismo e comecei a viajar em busca das montanhas. JU - Mas o que exatamente o levou a enfrentar esse tipo de desafio? Niclevicz - Eu gosto de estudar o homem no seu meio, principalmente o homem na montanha que é o que me atrai. A montanha é o lugar onde a natureza se manteve intacta, e onde ela não está intacta ela está bem preservada. Da mesma forma, o homem que vive na montanha está com sua cultura preservada, seus costumes, suas tradições. E eu gosto disso, eu acho isso fantástico. JU - Como é ter o título de primeiro brasileiro a escalar o Everest?

Toda pessoa deveria investir na sua motivação. Uma pessoa que não estiver motivada não chega a lugar nenhum

{ { Niclevicz - Eu nunca quis ser o primeiro brasileiro. Eu fui o primeiro aqui e ali porque nunca outro brasileiro esteve lá antes. Se algum brasileiro já tivesse ido escalar uma montanha na Georgia eu iria continuar querendo muito es-

calar, nem que eu fosse o segundo, o décimo, o centésimo brasileiro. Eu não estava lá para ser o primeiro, e sim porque eu tenho uma paixão mesmo pelas montanhas e pela natureza. JU - Quais as principais lições que você tirou dos desafios que enfrentou para sua vida pessoal? Niclevicz - Que toda pessoa deveria investir na sua motivação. Uma pessoa que não estiver motivada não chega a lugar nenhum. Ela não vai ter ânimo para terminar a faculdade, nem para buscar sucesso na sua carreira, ou pra salvar o seu relacionamento. Ela tem que estar sempre motivada, entusiasmada por aquilo que ela está fazendo. Assim conseguimos agregar as coisas boas à nossa atividade. JU - Que paralelos você traça entre o desafio de uma escalada e os desafios da vida pessoal e profissional? Niclevicz - A vida, por si só, é uma grande escalada, é uma grande montanha. Então a tua vida, a tua profissão, a tua família ou o teu negócio, pra quem tem ou sonha em ter o seu próprio negócio, são grandes montanhas. E o sucesso é o topo da montanha. Quem não gostaria de chegar lá no alto, de cravar a sua bandeira no alto dessa grande montanha que é a vida? Como chegar lá? Eu tento mostrar nas palestras como eu cheguei no Everest e como você pode chegar por meio de uma analogia da minha escalada e da escalada do seu Everest. Todo mundo tem um Everest na sua vida, que pode ser o seu negócio, a sua profissão, a sua família. E a primeira coisa que

temos que pensar é: “qual é o seu Everest?”. Onde você quer chegar, o que você quer para a sua vida, em quanto tempo você quer chegar lá? Defina primeiro isso, depois você vai fazer o planejamento estratégico, vai imaginar cada parte dessa escalada, definir e atingir metas, traçar tarefas, ge-

Eu não estava lá para ser o primeiro, e sim porque eu tenho uma paixão mesmo pelas montanhas e pela natureza

{ { renciar uma série de ações. Enfim, vai ter um plano estratégico e um plano de ação. São as regras do ABC do planejamento estratégico. JU - Depois de todo o esforço e da concentração na subida, o que você pensou quando chegou ao topo do Everest? Niclevicz - A dificuldade é natural, então eu encaro tudo isso com naturalidade. Eu sei que as pedras fazem parte do caminho, e às vezes as pessoas falam: são os ossos do ofício. Enfim, tudo isso faz parte,

não é fácil. Eu gosto de quebrar o mito do Everest. Para muitas pessoas é um mito, mas não é, é apenas uma montanha. É muito difícil chegar lá, mas não é impossível. Depois de toda essa trajetória, passar por todas as fases que inevitavelmente tem que passar pra chegar lá, você consegue. Você realiza esse seu sonho, escala sua montanha, e é extremamente gratificante. É indescritível falar o que eu sinto. Cada montanha é uma montanha diferente. JU - Do que você se orgulha hoje? Niclevicz - Hoje, eu olho pra trás com muita satisfação e vejo tudo o que eu fiz . Sempre fui muito criterioso. Eu sou disciplinado, sou perfeccionista. Até em minhas viagens mais simples, como em 1985, para a Bolívia, eu tinha um roteiro, sabia onde eu tinha que ir, que ruas seguir, que mercados, enfim, eu sempre fui muito metódico para poder aproveitar ao máximo cada experiência, pra poder trazer pra casa tudo isso que vivenciei.


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Base de dados moderniza o acesso

REVITALIZAÇÃO DA HISTÓRIA Projeto da Unisc restaura e informatiza um dos mais importantes acervos documentais do Estado, com cerca de 120 mil peças BRUNA ORTIZ LOVATO LUCIANO PEREIRA

Arquivo Por estar intrinsecamente ligada à história do Rio Grande do Sul e do Brasil, Rio Pardo guarda documentos, arquivos e objetos desse período de lutas e conquistas. E um dos mais importantes acervos documentais do Estado, com cerca de 120 mil peças, encontra-se no Arquivo Histórico do Município, guardião de documentos datados desde 1760 com uma variedade de tipologias que incluem registros oficiais da Câmara Municipal de Rio Pardo, mapas, plantas, periódicos, iconografia, cartas, registros sobre a escravidão e legislações imperiais. “Esse é, com certeza, um patrimônio incontestável para a memória e a cultura brasileiras”, destaca o professor José Martinho Rodrigues Remedi, coordenador do projeto Memória, história e educação patrimonial: revitalização do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo. Desenvolvido por professores e estudantes dos departamentos de História e Geografia e de Comunicação Social da Unisc, o projeto tem como objetivo pesquisar as formas de identificação, de inventário, de restauração, de conservação, de catalogação do acervo e de criação de mecanismos de divulgação e de educação patrimonial. Para isso, segundo Remedi, foi necessário realizar o levanta-

mento e o diagnóstico do acervo documental para atribuição de valor à massa documental, seguida de inventário e catalogação do acervo em base de dados informatizada. Atualmente o trabalho se encontra na fase de elaboração e implantação de sistema de informação e de difusão em mídia impressa e eletrônica. “O projeto visa ainda estabelecer práticas e rotinas conservacionistas no trato e armazenamento da documentação do acervo, além da seleção dos documentos com problemas físicos para restauro”, acrescenta o professor. Alunos do curso de Comunicação Social estão trabalhando ainda na pesquisa e criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo Histórico, com criação de site na internet e elaboração de material de divulgação e de material didático. A última etapa, explica Remedi, será a implantação de um programa de educação patrimonial, destinado a pesquisadores e à comunidade regional. O espaço ganhou ainda móveis novos, como prateleiras, mesas de pesquisa e de limpeza do acervo, dois computadores, um scanner, impressora, entre outros. Mas conforme o professor, a falta de um espaço físico apropriado e definitivo é o principal desafio que se apresenta para o futuro do arquivo.

Como uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul, Rio Pardo esteve envolvida, de alguma forma, em todos os processos de formação do que viria a ser hoje o Brasil. A região foi ponto estratégico nas lutas entre os impérios espanhol e português, sediando batalhas e assinaturas de acordos diplomáticos, militares e políticos. Nos séculos 17 e 18, o município compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território gaúcho, de onde se desmembraram mais de 200 municípios. A área era habitada pelos índios tapes, que foram depois civilizados pelos jesuítas espanhóis das Missões Orientais, por volta de 1633. Em 1715 chegaram à cidade os primeiros colonizadores portugueses avulsos. A construção do Forte Jesus Maria José, em 1752, marcou a chegada dos primeiros açorianos, que foram povoando a cidade, inicialmente, em volta do forte. Em 1807 foi criada a Capitania de São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, por meio do Decreto Real assinado por D. João VI, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, a vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade. Além da importante participação na conquista da região das Missões, o município se destacou na Revolução Farroupilha (18351845) e na Guerra do Paraguai (1865). Construída devido ao valor estratégico da cidade, a Fortaleza Jesus Maria José sofreu vários ataques no decorrer de sua história, aos quais sempre resistiu bravamente, nunca tombando em poder de inimigos. Por isso, ficou conhecida pela legenda Tranqueira Invicta, que permanece presente no escudo do município de Rio Pardo. Em 1754, para reforçar a defesa dessa fortificação, foi enviado de Rio Grande - ocupada pelos portugueses em 1737 - um contingente do Regimento de Dragões sob o comando do coronel Thomaz Luiz Osório. Esse regimento permaneceu na cidade por mais de 80 anos, celebrizando-se com a denominação de Regimento de Dragões de Rio Pardo.

O Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo está localizado na Travessa Matheus Simões, 134, no Centro.

Restauração de acervo documental exige trabalho minucioso

Curso de Comunicação é parceiro no projeto Um dos grandes apoiadores do projeto para manter o Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo vivo é o Departamento de Comunicação Social da Unisc. Os professores envolvidos são Leonel Aires e Rudinei Kopp, juntamente com dois acadêmicos do curso, Felipe Faleiro e Lázaro Fanfa. Segundo Kopp, o trabalho principal foi de pesquisa e criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo Histórico, visando orientar os visitantes; de elaboração de material de divulgação e de material didático; de criação do logotipo do Arquivo; de divulgação nos meios de comunicação; de criação do site; e de outros meios de manter a comunidade mais inteirada sobre o Arquivo Histórico. Kopp ressalta ainda a importância desse projeto. “Nós não tivemos apenas a preocupação com o tratamento técnico, mas também queremos que o arquivo fique mais interessante”, esclarece o professor. “Cada detalhe foi pensando para que o acervo ficasse atraente e de fácil compreensão, para ser útil à comunidade e que ela tenha interesse em visitar o local”. O professor cita ainda o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo. “Os textos serão compreensíveis e, quando estiver pronto, terá um link no endereço eletrônico da Unisc”, afirma. Outro trabalho importante foi o dos acadêmicos que trabalharam de forma voluntária no projeto. Lázaro Fanfa, aluno do 6º semestre de Publicidade e Propaganda da Unisc, atuou durante um ano e ajudou a criar a identidade do Arquivo. “Foi um trabalho útil, um bom investimento”, avalia. “O mais legal foi que envolveu a minha área e pude aprender mais, o que foi fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico”, acrescenta o estudante.

Fábia, à esquerda, é estagiária do arquivo histórico de Rio Pardo desde 2004

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A história estava à beira de ser esquecida. Em 2003, quando foram feitos os primeiros contatos entre a Prefeitura de Rio Pardo e a Unisc, as condições materiais e técnicas do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo eram precárias. O acervo não apresentava nenhum tipo de organização técnica arquivística, com graves problemas de conservação física. A história precisava ser revitalizada. A partir de um breve diagnóstico realizado no primeiro semestre daquele ano, por uma equipe técnica composta por historiadores do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo e do curso de História da Universidade, constatou-se a necessidade de uma total reformulação e revitalização da estrutura e do funcionamento do acervo. Um convênio firmado entre a Prefeitura e a Unisc deu, então, início ao projeto, que tem ainda o apoio do Procoredes, da Fapergs e da Secretaria de Estado da Cultura. A acadêmica do 6º semestre do curso de História, Fábia Wink, é estagiária do Arquivo Histórico de Rio Pardo desde 2004. Ela afirma que a base de dados irá facilitar a pesquisa ao acervo de livros e documentos. “Estamos finalizando a base de dados da biblioteca e, em seguida, iniciaremos a parte documental”, explica. “Esta deverá levar mais tempo, pois são mais de 100 mil documentos, uma grande parte manuscritos, que exigem um trabalho mais minucioso”. Fábia diz ainda que o software da base de dados possui padrão internacional, dividido em dois tipos: para a documentação manuscrita e para a biblioteca, que possui diversos livros raros e bastante antigos, que podem ser consultados apenas no local. “A previsão é de que em dois meses o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo esteja no ar, permitindo a busca de livros por meio da base de dados”, adianta a estudante. Ela também está elaborando um guia do acervo, com a ajuda de um arquivista e de um historiador. Para a aluna Melina Kleinert Perussatto, que em breve irá concluir o curso de História, o trabalho de um ano no projeto originou a sua pesquisa para o trabalho de conclusão do curso. “Foi uma oportunidade única. Lá iniciei minha pesquisa sobre a legislação do período colonial”, destaca. “Outros bolsistas do projeto já desenvolveram pesquisas a partir da documentação do acervo”, conta Melina. As estudantes Melina e Fábia já apresentaram, inclusive, o projeto do Arquivo Histórico de Rio Pardo no Seminário Nacional de História, realizado no início de 2007, em São Leopoldo, e em outros seminários e congressos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em 2005 e 2006, o projeto foi apresentado no Seminário de Iniciação Científica da Unisc. Conforme o coordenador José Marti-nho Rodrigues Remedi, uma média de quatro a cinco alunos estão envolvidos no trabalho a cada semestre.

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Base de dados moderniza o acesso

REVITALIZAÇÃO DA HISTÓRIA Projeto da Unisc restaura e informatiza um dos mais importantes acervos documentais do Estado, com cerca de 120 mil peças BRUNA ORTIZ LOVATO LUCIANO PEREIRA

Arquivo Por estar intrinsecamente ligada à história do Rio Grande do Sul e do Brasil, Rio Pardo guarda documentos, arquivos e objetos desse período de lutas e conquistas. E um dos mais importantes acervos documentais do Estado, com cerca de 120 mil peças, encontra-se no Arquivo Histórico do Município, guardião de documentos datados desde 1760 com uma variedade de tipologias que incluem registros oficiais da Câmara Municipal de Rio Pardo, mapas, plantas, periódicos, iconografia, cartas, registros sobre a escravidão e legislações imperiais. “Esse é, com certeza, um patrimônio incontestável para a memória e a cultura brasileiras”, destaca o professor José Martinho Rodrigues Remedi, coordenador do projeto Memória, história e educação patrimonial: revitalização do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo. Desenvolvido por professores e estudantes dos departamentos de História e Geografia e de Comunicação Social da Unisc, o projeto tem como objetivo pesquisar as formas de identificação, de inventário, de restauração, de conservação, de catalogação do acervo e de criação de mecanismos de divulgação e de educação patrimonial. Para isso, segundo Remedi, foi necessário realizar o levanta-

mento e o diagnóstico do acervo documental para atribuição de valor à massa documental, seguida de inventário e catalogação do acervo em base de dados informatizada. Atualmente o trabalho se encontra na fase de elaboração e implantação de sistema de informação e de difusão em mídia impressa e eletrônica. “O projeto visa ainda estabelecer práticas e rotinas conservacionistas no trato e armazenamento da documentação do acervo, além da seleção dos documentos com problemas físicos para restauro”, acrescenta o professor. Alunos do curso de Comunicação Social estão trabalhando ainda na pesquisa e criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo Histórico, com criação de site na internet e elaboração de material de divulgação e de material didático. A última etapa, explica Remedi, será a implantação de um programa de educação patrimonial, destinado a pesquisadores e à comunidade regional. O espaço ganhou ainda móveis novos, como prateleiras, mesas de pesquisa e de limpeza do acervo, dois computadores, um scanner, impressora, entre outros. Mas conforme o professor, a falta de um espaço físico apropriado e definitivo é o principal desafio que se apresenta para o futuro do arquivo.

Como uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul, Rio Pardo esteve envolvida, de alguma forma, em todos os processos de formação do que viria a ser hoje o Brasil. A região foi ponto estratégico nas lutas entre os impérios espanhol e português, sediando batalhas e assinaturas de acordos diplomáticos, militares e políticos. Nos séculos 17 e 18, o município compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território gaúcho, de onde se desmembraram mais de 200 municípios. A área era habitada pelos índios tapes, que foram depois civilizados pelos jesuítas espanhóis das Missões Orientais, por volta de 1633. Em 1715 chegaram à cidade os primeiros colonizadores portugueses avulsos. A construção do Forte Jesus Maria José, em 1752, marcou a chegada dos primeiros açorianos, que foram povoando a cidade, inicialmente, em volta do forte. Em 1807 foi criada a Capitania de São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, por meio do Decreto Real assinado por D. João VI, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, a vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade. Além da importante participação na conquista da região das Missões, o município se destacou na Revolução Farroupilha (18351845) e na Guerra do Paraguai (1865). Construída devido ao valor estratégico da cidade, a Fortaleza Jesus Maria José sofreu vários ataques no decorrer de sua história, aos quais sempre resistiu bravamente, nunca tombando em poder de inimigos. Por isso, ficou conhecida pela legenda Tranqueira Invicta, que permanece presente no escudo do município de Rio Pardo. Em 1754, para reforçar a defesa dessa fortificação, foi enviado de Rio Grande - ocupada pelos portugueses em 1737 - um contingente do Regimento de Dragões sob o comando do coronel Thomaz Luiz Osório. Esse regimento permaneceu na cidade por mais de 80 anos, celebrizando-se com a denominação de Regimento de Dragões de Rio Pardo.

O Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo está localizado na Travessa Matheus Simões, 134, no Centro.

Restauração de acervo documental exige trabalho minucioso

Curso de Comunicação é parceiro no projeto Um dos grandes apoiadores do projeto para manter o Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo vivo é o Departamento de Comunicação Social da Unisc. Os professores envolvidos são Leonel Aires e Rudinei Kopp, juntamente com dois acadêmicos do curso, Felipe Faleiro e Lázaro Fanfa. Segundo Kopp, o trabalho principal foi de pesquisa e criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo Histórico, visando orientar os visitantes; de elaboração de material de divulgação e de material didático; de criação do logotipo do Arquivo; de divulgação nos meios de comunicação; de criação do site; e de outros meios de manter a comunidade mais inteirada sobre o Arquivo Histórico. Kopp ressalta ainda a importância desse projeto. “Nós não tivemos apenas a preocupação com o tratamento técnico, mas também queremos que o arquivo fique mais interessante”, esclarece o professor. “Cada detalhe foi pensando para que o acervo ficasse atraente e de fácil compreensão, para ser útil à comunidade e que ela tenha interesse em visitar o local”. O professor cita ainda o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo. “Os textos serão compreensíveis e, quando estiver pronto, terá um link no endereço eletrônico da Unisc”, afirma. Outro trabalho importante foi o dos acadêmicos que trabalharam de forma voluntária no projeto. Lázaro Fanfa, aluno do 6º semestre de Publicidade e Propaganda da Unisc, atuou durante um ano e ajudou a criar a identidade do Arquivo. “Foi um trabalho útil, um bom investimento”, avalia. “O mais legal foi que envolveu a minha área e pude aprender mais, o que foi fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico”, acrescenta o estudante.

Fábia, à esquerda, é estagiária do arquivo histórico de Rio Pardo desde 2004

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A história estava à beira de ser esquecida. Em 2003, quando foram feitos os primeiros contatos entre a Prefeitura de Rio Pardo e a Unisc, as condições materiais e técnicas do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo eram precárias. O acervo não apresentava nenhum tipo de organização técnica arquivística, com graves problemas de conservação física. A história precisava ser revitalizada. A partir de um breve diagnóstico realizado no primeiro semestre daquele ano, por uma equipe técnica composta por historiadores do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo e do curso de História da Universidade, constatou-se a necessidade de uma total reformulação e revitalização da estrutura e do funcionamento do acervo. Um convênio firmado entre a Prefeitura e a Unisc deu, então, início ao projeto, que tem ainda o apoio do Procoredes, da Fapergs e da Secretaria de Estado da Cultura. A acadêmica do 6º semestre do curso de História, Fábia Wink, é estagiária do Arquivo Histórico de Rio Pardo desde 2004. Ela afirma que a base de dados irá facilitar a pesquisa ao acervo de livros e documentos. “Estamos finalizando a base de dados da biblioteca e, em seguida, iniciaremos a parte documental”, explica. “Esta deverá levar mais tempo, pois são mais de 100 mil documentos, uma grande parte manuscritos, que exigem um trabalho mais minucioso”. Fábia diz ainda que o software da base de dados possui padrão internacional, dividido em dois tipos: para a documentação manuscrita e para a biblioteca, que possui diversos livros raros e bastante antigos, que podem ser consultados apenas no local. “A previsão é de que em dois meses o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo esteja no ar, permitindo a busca de livros por meio da base de dados”, adianta a estudante. Ela também está elaborando um guia do acervo, com a ajuda de um arquivista e de um historiador. Para a aluna Melina Kleinert Perussatto, que em breve irá concluir o curso de História, o trabalho de um ano no projeto originou a sua pesquisa para o trabalho de conclusão do curso. “Foi uma oportunidade única. Lá iniciei minha pesquisa sobre a legislação do período colonial”, destaca. “Outros bolsistas do projeto já desenvolveram pesquisas a partir da documentação do acervo”, conta Melina. As estudantes Melina e Fábia já apresentaram, inclusive, o projeto do Arquivo Histórico de Rio Pardo no Seminário Nacional de História, realizado no início de 2007, em São Leopoldo, e em outros seminários e congressos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em 2005 e 2006, o projeto foi apresentado no Seminário de Iniciação Científica da Unisc. Conforme o coordenador José Marti-nho Rodrigues Remedi, uma média de quatro a cinco alunos estão envolvidos no trabalho a cada semestre.

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PESQUiSA

MESTRADO EM EDUCAÇÃO É APROVADO A Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão responsável pelo reconhecimento e pela avaliação de cursos de pós-graduação stricto sensu - Mestrado e Doutorado - recebeu, em 2007, em torno de 400 pedidos de novos cursos. Na área de Educação, foram aprovados três em todo o Brasil, sendo um deles o da Unisc. Os outros são os cursos da Universidade Federal de São João del Rei (MG) e da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). A Unisc atendeu a exigências da Capes para aprovação, como infra-estrutura, proposta do curso, produtividade docente e consolidação da capacidade de pesquisa, entre outras. A aprovação do curso insere Santa Cruz do Sul e a região no mapa gaúcho e brasileiro dos cursos de mestrado em Educação. No Estado, são nove universidades que oferecem o curso. O professor Moacir Fernando Viegas é o coordenador do novo curso. Doutor

em Educação, Viegas é co-autor do livro Fundamentos Filosóficos da Educação e autor de diversos artigos. O professor ainda participa dos grupos de pesquisa Trabalho e Tempo Livre: educação, trabalho e humanização, na Unisc, e Formação de Professores no Cone Sul/Mercosul, na Ufrgs. A Capes e o MEC farão o acompanhamento e a avaliação anual do curso. Para o reconhecimento de um mestrado é necessária a construção de uma ambiência de pesquisa, o que se expressa numa trajetória de oferecimento de cursos de especialização, desenvolvimento de projetos de pesqui-

professores com doutorado e publicações qualificadas e contínuas. A conquista do reconhecimento pela Capes resulta, para o aluno, na garantia de realização de um curso que atenda aos critérios avaliativos da pós-graduação stricto sensu, bem como a validade do diploma alcançado. O mestrado em Educação é o sexto programa reconhecido na Universidade. Os demais são os

Fernanda Mallmann

Curso da Unisc é um dos três recomendados no Brasil

Viegas é o coordenador do novo mestrado da Unisc

sa, criação e desenvolvimento de grupos de pesquisadores, consolidação de linhas de pesquisa,

Inscrições abertas para mestrados e doutorado Estão abertas as inscrições para os processos seletivos dos mestrados e do doutorado da Unisc. A Universidade possui um programa de pós-graduação em nível de doutorado, em Desenvolvimento Regional. Em nível de mestrado, a Universidade oferece seis programas: Desenvolvimento Regional, Direito, Letras, Sistemas e Processos Industriais, Tecnologia Ambiental e Educação. Mais informações no site www.unisc.br. Desenvolvimento Regional – 1º de setembro a 14 de novembro Direito – 6 de agosto a 26 de setembro Letras – 3 de setembro a 31 de outubro Sistemas e Processos Industriais – 3 de setembro a 31 de outubro Tecnologia Ambiental – 3 de setembro a 7 de janeiro Educação – 3 de setembro a 8 de novembro

mestrados em Letras, Direito, Tecnologia Ambiental, Sistemas e Processos Industriais e Desenvolvimento Regional, que oferece também o nível de Doutorado. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 37177373 e (51) 3717-7543 ou pelo email pgedu@unisc.br. Em sua primeira edição, o curso oferecerá 20 vagas. As inscrições já estão abertas.

Linhas de Pesquisa Aprendizagem, Tecnologias e Linguagens na Educação Estudos da aprendizagem, das tecnologias e linguagens no campo da educação. Transformações e repercussões da leitura-escrita, da experiência poética e da complexidade do par autonomia-rede na construção do conhecimento/sujeito. A aprendizagem como processo vital. Educação, imaginação, tecnologias e sentidos na invenção de si e do mundo: inseparabilidade do conhecer e do viver. Educação, Trabalho e Emancipação Estudos sobre as relações entre trabalho e educação na perspectiva da emancipação humana e suas interfaces sociológicas e filosóficas, envolvendo o domínio da filosofia da ação e do conhecimento, bem como da história da ética e do pensamento utópico. Identidade e Diferença na Educação Estudos sobre a produção da identidade-diferença no campo da educação. Problematizações sobre a educação matemática, currículo e poder, identidade e etnicidade e inclusão das diferenças na formação docente e nos demais espaços educativos.


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Grupos mostram o que é pesquisado na Unisc De 20 a 24 de agosto, a Unisc fez com que professores, alunos e comunidade interagissem com a pesquisa que é feita dentro da Instituição. A Universidade promoveu o 1º Seminário de Grupos de Pesquisa. A avaliação do evento foi positiva e a realização da segunda edição já está marcada. A abertura do evento foi feita com a participação da pró-reitora de Pós-Graduação da Ufrgs, Valquíria Linck Bassani, e do próreitor de Pesquisa da Ufrgs, Cesar Augusto Zen Vasconcellos. Os dois professores também são líderes de grupos de pesquisa na Ufrgs. O reitor da Unisc, Vilmar Thomé, destacou na solenidade o investimento e os resultados da pesquisa na Unisc. “As condições de pesquisa são um diferencial na Unisc em favor do aluno, do seu aperfeiçoamento, e da comunidade que é beneficiada pela pesquisa”. Durante os dias do evento, os 42 grupos de pesquisa existentes da Universidade, apresentaram os seus estudos. “Os grupos puderam se conhecer melhor e analisar os seus pontos de conver-

Bruna Ortiz Lovato

Unisc realizou o 1º Seminário de Grupos de Pesquisa, no mês de agosto

Iniciação científica O contato com a pesquisa, para a maioria dos estudantes, ocorre quando ingressam no Ensino Superior. Para incentivar os alunos à pesquisa e ao trabalho de campo, a Unisc promove o 13º Seminário de Iniciação Científica e a 12ª Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão. Os dois eventos vão de 1º a 5 de outubro e irão divulgar a produção científica, as atividades de extensão e as atividades dos laboratórios de ensino da Unisc e de outras instituições, promovendo a interação entre pesquisadores e extensionistas de diferentes áreas do conhecimento. Os trabalhos inscritos estão divididos nas áreas de Ciências Humanas; Sociais Aplicadas; Exatas, da Terra e Engenharias; e Biológicas e da Saúde. Eles estão ainda separados nas categorias de Iniciação Científica; Extensão; e Graduação. Em todas as categorias, os alunos poderão concorrer ao prêmio Honra ao Mérito, que é uma premiação aos trabalhos que se destacarem no seminário e na jornada.

Programação Reitor da Unisc destacou o investimento e os resultados da pesquisa na Instituição

gência, buscando formas de aproximação”, ressalta o coordenador de Pesquisa da Unisc, Rogério Lima da Silveira. Os grupos estão separados em quatro grandes áreas do conhecimento: Ciências Humanas; Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Sociais e Aplicadas. Conforme Silveira, o seminário também foi importante para os acadêmicos, que puderam partici-

par das apresentações e saber mais sobre temas referentes às suas áreas de interesse. Além de alunos, o evento também teve a participação de pessoas da comunidade. O próximo Seminário de Grupos de Pesquisa da Unisc será em 2009, mantendo uma periodicidade bianual. Para as próximas edições, o evento deverá discutir também as políticas de pesquisa e de pósgraduação.

Dia 1º Tarde: Oficina de elaboração de pôsteres Noite: Conferência sobre Inovação e empreendedorismo nos cursos de graduação/Inserção e formação de profissionais para o século XXI Dia 2 Apresentação de trabalhos Dia 3 Apresentação de trabalhos Círculo de debates para bolsistas (tarde) Dia 4

Manhã: Painel sobre Empreendedorismo e Inovação Tarde: Apresentação de bolsistas e de trabalhos Noite: Sessão de Pôsteres Dia 5 Manhã: Painel Olhares da Comunidade sobre as Atividades de Pesquisa, Extensão e Graduação Tarde: Oficina de elaboração de relatórios e apresentação de trabalhos Noite: Apresentação de trabalhos


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EXTENSÃO

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EMPRESAS QUE TRABALHAM EM REDE Programa Redes de Cooperação realizou o 1º Seminário de Avaliação e Integração. Em seis anos de trabalho, 22 associações já foram criadas nas regiões dos vales do Rio Pardo e do Taquari Fernanda Mallmann

Um balanço do que foi feito nos seis anos em que existe o Programa Redes de Cooperação foi apresentando a autoridades e participantes de redes, no dia 29 de agosto. Foi realizado, na Unisc, o 1º Seminário de Avaliação e Integração das Redes de Cooperação. O programa é desenvolvido pela Unisc, em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai). No seminário, foram apresentadas as ações e os resultados obtidos pelo Redes de Cooperação para desenvolver a cultura associativa entre micro, pequenas e médias empresas. O programa tem como objetivo fomentar a cooperação entre empresas, estimular o empreendedorismo e fornecer o suporte técnico para a formação, consolidação e o desenvolvimento das redes. Por meio da Sedai, e em conjunto com dez universidades, o programa disponibiliza metodologia específica e consultores que orientam a formação e a evolução da rede empresarial.

Com a parceria com a Unisc, já foram desenvolvidas, nas regiões dos vales do Rio Pardo e do Taquari, 22 redes empresariais, envolvendo aproximadamente 450 empresas, que geram 4 mil postos de trabalho. Além das redes desenvolvidas, foram expandidas, na região, quatro redes de outras universidades parceiras no projeto. O seminário teve a presença de autoridades, entre elas a do representante da Sedai, Carlos Alberto Hundertmarker. Ele destacou o papel da Universidade para a formação das redes. “São redes que faturam, que empregam, que geram desenvolvimento. O Estado, apesar das dificuldades, mantém esse programa pela sua importância”, destacou. Segundo o reitor da Unisc, Vilmar Thomé, a Universidade quer continuar a parceria. “São trabalhos conjuntos que terminam por beneficiar a comunidade. E a Unisc sempre busca essa interação com a comunidade”, ressaltou Thomé. No Estado, por meio do programa, já foram criadas 220 redes, envolvendo mais de 4,7 mil empre-

Foram apresentados, durante o seminário, as ações e os resultados do Programa Redes de Cooperação

sas, que geraram cerca de 47 mil postos de trabalho e que apresentam um faturamento de R$ 5 bilhões anuais.

No mês de agosto, o programa passou a contar com duas novas redes. No dia 24, foi criada a Rede Reparasul, uma associação de oficinas reparadoras de veículos constituída por nove empresas do segmento de funilaria e pintura dos vales do Rio Pardo e do Taquari. Já no dia 29, foi lançada a Rede Mel, composta por cinco associações apícolas dos municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Rio Pardo, Venâncio Aires e Encruzilhada do Sul. A Rede Reparasul é o resultado de um ideal lançado por empresários do setor, há mais de dois anos. Por meio do Programa Redes de Cooperação, o projeto começou a ganhar forma no ano de 2005. Desde então, empresários do ramo das cidades de Lajeado, Estrela e Santa Cruz do Sul participam da iniciativa. Fazem parte da Reparasul as empresas Novacor Chapeação e Pintura, Estrela Serviços, Chapeação Lauri e Luis, PJ Veículos, Topeva Veículos, Auto Mecânica Wandré, Renovale, César Pinturas e Pinturas Renato. A rede é pioneira dentro do setor de chapeação e de pintura. Entre os objetivos estão realizar compras em conjunto, padronizar serviços prestados, capaci-

Divulgação

Duas associações lançadas em agosto

Balanço do Programa Nos Vales do Rio Pardo e do Taquari Redes formadas: 22 Empresas envolvidas: aproximadamente 450 empresas Postos de trabalho gerados: em torno de 4 mil As Redes: Agametal (Serralherias) Apil (Laticínios) Asflores (Produtores de Flores) Artevales (Turismo) Sulvest (Confecções) Unimate (Ervateiras) Agaeletro (Lojas de Material Elétrico) Agrocon (Conservas) Aflor (Floriculturas) Beleza (Instituto de Beleza) Central Sul (Supermercados) Criança (Escolas Infantis) Farmavale (Farmácias) Hotel (Hotelaria)

Movat (Indústrias de Móveis) CasaNova (Lojas de Material de Construção) Rede do Bem (Entidades Sociais) Ponto Pão (Panificadoras) Reparasul (Oficinas de Chapeação e Pintura) Rede Mel (Apicultores) - Uma rede de academias e uma de lojas de móveis serão lançadas em breve. Além das redes desenvolvidas, também foram expandidas, na região, quatro redes de outras universidades parceiras no projeto que são: Redefort, Auto Legal, Redemac e Rede Construir.

Rede Reparasul foi criada no último mês, assim como a Rede Mel

tar mão-de-obra, balizar preços dos serviços e expandir a rede. A Rede Mel é a mais nova das propostas de rede e nasceu da necessidade dos seus associados em conquistar objetivos comuns, implementado uma nova forma de trabalho das associações de apicultores. Eles trabalham há mais de um ano numa metodologia específica para o associativismo. Fazem parte da Rede Mel a Associação Santa-cruzense de Apicultores (ASA), Associação

Hannemann de Apicultores de Rio Pardo (AHARP), Associação Venâncio-airense de Apicultores (AVA), Associação de Apicultores de Vera Cruz (AAPIVERC) e a Associação Encruzilhadense de Apicultores (ASEAPIC). A rede, que conta com mais de 200 apicultores, pretende implementar ações conjuntas como marketing compartilhado, qualificação de produtores, gestores e colaboradores, inovações em técnicas, produtos e equipamentos, entre outras.

No Estado Redes formadas: 220 Empresas envolvidas: aproximadamente 4,7 mil Postos de trabalho gerados: em torno de 47 mil Faturamento anual: cerca de R$ 5 bilhões Universidades envolvidas: Unisc, Unijuí, UFSM, UCS, Unicruz, Unisinos, UCPel, URI, PUC e Feevale

Informações Informações sobre o Programa Redes de Cooperação podem ser obtidas na Unisc pelo telefone (51) 3717-7663 ou diretamente na sala 106a, bloco 1 do campus de Santa Cruz do Sul.


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ViDA DE ALUNO

ATÉ A VENEZUELA PARA REPRESENTAR O BRASIL Fotos: Divulgação

Aluno e funcionário da Unisc começou a jogar basquete aos 9 anos, em um projeto de inclusão social para crianças surdas. No mês agosto, ele defendeu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Surdos, na Venezuela O mês em que se festeja a Pátria começou agora, em setembro. Mas, o estudante de Direito da Unisc e funcionário da Biblioteca da Universidade, Pablo Tavares Schwelm, 25 anos, já deu sua demonstração de patriotismo, no mês de agosto. Pablo fez parte da seleção de basquete que representou o Brasil nos 4º Jogos PanAmericanos de Surdos, de 17 a 19 de agosto, na cidade de Carabobo, na Venezuela. O gosto pelo basquete começou aos 9 anos, quando Pablo morava em Cachoeira do Sul, e começou a praticar o esporte em um projeto de inclusão social para surdos. Depois, continuou a jogar pela Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul. Os anos de treino, somados à paixão pelo esporte, fizeram de Pablo um dos selecionados, em uma eliminatória que ocorreu no mês de abril, para a formação do time de basquete de atletas surdos. Da confirmação da sua classificação até a competição, Pablo enfrentou outra maratona: conseguir patrocínio para poder participar. A ajuda não veio, mas Pablo foi competir pelo Brasil com o apoio da família. Na Venezuela, em quadra, a sensação de que valeu a pena a dificuldade para ter chegado lá. “Me senti muito feliz de representar o Brasil e de

encontrar surdos de diferentes países. É uma coisa que vou levar para a vida toda”, diz, com a ajuda da intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), Ivanice Ferreira Azeredo, que trabalha junto ao Núcleo de Apoio Acadêmico (NAAC), da Unisc. Ao final dos jogos, o basquete do Brasil ficou em quarto lugar, atrás da Venezuela, dos Estados Unidos e do México. O resultado não classifica o Brasil para a Olimpíada de Surdos, que ocorrerá em Taiwan, na China, em 2009. “Eu não tenho vergonha de ter ficado em quarto lugar, de não ter conseguido medalha. Eu sinto vergonha é da falta de apoio que o nosso país dá para atletas surdos. Lá, vimos atletas de outros países que conseguiram apoio e patrocínio com facilidade”, afirma. Mas não é porque o seu esporte não se classificou para a Olimpíada nem porque é difícil conseguir patrocínio, que No mês de abril, Pablo participou de uma seleção para a formação do grupo que foi à Venezuela, na modalidade de basquete Pablo não sonha estar em Taiwan, daqui a dois anos. Como também luta judô, é por meio desse esporte que ele pretende defender o Brasil em 2009. “Vou treinar muito”, antecipa. No entanto, a vontade de estar lá é mais uma causa do que um compromisso. “Não tenho interesse em ser atleta profissional, mas quero mostrar que os surdos têm direitos, que eles precisam ter espaço e podem conseguir as coisas”. Fernanda Mallmann Se quer incluir os surdos pela força do esporte, Pablo pretende o mesmo com as suas ações do dia-a-dia. Ele está no 3º semestre de Direito, curso que escolheu porque entende que poderá fazer a diferença. “Eu acho que é o melhor que eu posso fazer. Quero focar meu trabalho para os surdos”. Além da faculdade e dos esportes, outra atividade de Pablo é pesquisar na internet as comunidades de surdos. Ele se junta a elas e procura incluir outros que, assim como ele, não ouvem, mas buscam o seu espaço. “Eu acho importante esse contato com os outros. A inclusão é cheia de dificuldades, mas minha preocupação é que se dê estímulo, principalmente para as crianças surdas. É preciso que se percebam os surdos”, destaca. Pablo já os percebeu, é um deles, e está ajudando a formar a pátria dos incluídos. Pablo é aluno do curso de Direito e trabalha na Biblioteca da Unisc


E AGORA

REFLEXÕES SOBRE CARREIRA E PROFISSÃO

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Adriano Silva é executivo numa grande empresa de mídia brasileira

QUE VENÇA O PIOR!

doceoficio@uol.com.br

Tem um estilo de liderança que antecipa as situações. Planeja os andamentos, acompanha as execuções, dá retorno sobre os desempenhos, se importa com o desenvolvimento das coisas e dos sentimentos na equipe, administra os conflitos. Projeta os obstáculos e redefine os caminhos, abre as informações e as faz circular, prima por falar e escutar muito.

pensando. Há um norte declarado, um caminho que permite a todos marchar em uníssono, com senso de time. Esse estilo atrai gente que sabe jogar em equipe, que assume responsabilidades, que não tem interesse em subir na vida de qualquer jeito. Gente que prima por combinar o jogo, por prometer e cumprir, por jogar limpo.

Tem um outro estilo de liderança que deixa as coisas rolar. Não quer saber dos conflitos, deixa que as pessoas se virem, estimula a competição e muitas vezes o degringolar das relações por força da omissão, não se importa com os meios que as pessoas estão usando para atingir os fins propostos. E não planeja – prefere deixar tudo acontecer para só então agir.

O segundo estilo, aparentemente mais solto e flexível, costuma gerar, contraditoriamente, ambientes de trabalho caóticos, inconstantes, lugares ótimos para foras-da-lei e para todo tipo de caráter fraco ou inexistente. Basicamente porque, ao deixar tudo solto, sem regra, sem uma orientação mais clara, esse estilo permite o florescimento de gente que se aproveita da falta de controle para se esparramar, gente que prefere pouca transparência para poder operar na freqüência obscura das eminências pardas, gente que não gosta de jogar em time porque não move uma palha em nome do coletivo, gente que não gosta de assumir responsabilidades em público para não ter de prestar contas. Gente que não perde oportunidade de dar uma sujada no jogo em benefício próprio.

O curioso é que o primeiro estilo, que tende a ser mais compulsivo, controlador, costuma gerar ambientes de trabalho mais íntegros e integrados. Basicamente porque, ao mesmo tempo em que é um jogo mais controlado, também é um jogo mais transparente. Todos sabem o que todos estão fazendo, sentindo,

Com isso, a regra que se estabelece no escritório é a do predador: vence quem tiver a mordida maior, ganha quem tiver os dentes mais afiados, leva quem tiver o comportamento mais parecido com um tubarão. A regra passa a ser: que vença o pior. São dois estilos de chefe: um que pode sufocar pela presença. E outro que pode sufocar pela ausência. No primeiro caso, o seu problema será o chefe em si. E o esquema montado por ele. Sobretudo, seu problema será visível. No segundo caso, o seu problema não será o chefe – mas, www.osfiguras.com.br potencialmente, todos os outros profissionais do escritório. Você precisará olhar para todos os lados, ao mesmo tempo, porque a lei é da selva e você nunca vai saber de onde virá o golpe. E o seu problema, como quase tudo naquele ambiente, estará dissimulado, diluído, difícil de identificar e resolver. Perceba o estilo do lugar em que você trabalha ou está considerando trabalhar. Defina que ambiente se afina mais ao seu estilo. E boa sorte.

DICAS PARA LER... Livraria da Unisc

O valor do amanhã, de Eduardo Giannetti Editora: Cia. das Letras Preço: R$ 47 (à vista 10%)

Os juros aparecem tanto nas discussões sobre o crescimento econômico da nação como em aspectos miúdos do dia-a-dia. Neste livro, o autor defende que a questão dos juros não se restringe ao mundo das finanças, mas atinge as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida. É desta maneira original que ele analisa o tema.

Biblioteca

Aprender a viver, de Luc Ferry, 302 p. Editora: Objetiva Localização: 100 F399a 2006

O livro foi escrito para quem gosta de filosofia ou quer saber o que é filosofia, mas não tem tempo de ler os clássicos. O grande desafio para o homem do século 21 é superar os medos, principalmente o medo da morte, e aprender a amar. Luc Ferry acredita numa nova sabedoria do amor como um dos elementos fundadores de um novo humanismo.

Edunisc O antigo Grupo Gedai, hoje Instituto Eco-Existir, contribui de forma relevante para a reflexão jurídico-ambiental no Brasil. Constrói, assim, uma lente diferenciada para a observação do Direito e meio ambiente. O livro Ecodireito: o Direito Ambiental numa perspectiva sistêmicocomplexa é uma possibiliEcodireito, organizado por dade para a construção de Luiz Ernani Bonesso de novos horizontes para a Araújo e João Telmo pesquisa de Direito Vieira, 255 p. Preço: R$ 32 Ambiental no país.


JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL NÚMERO 75 NÚMERO 75 SETEMBRO DE 2007 SETEMBRO DE 2007

ESPORTE

Fabiano Peçanha e Sabine Heitling disputam Mundial de Atletismo em Osaka, no Japão Dessa vez não veio o ouro, por apenas sete centésimos de segundo. Mas Fabiano Peçanha trouxe de Bangkok, na Tailândia, a prata nos 800 e o bronze nos 1.500 metros rasos da Universíade. Campeão da prova dos 800 metros na edição anterior realizada na Turquia, em 2005, Fabiano viu o ouro escapar por pouco para o iraniano Ehsan Mohajersho Jaei. O atleta da Unisc fez o tempo de 1min 46seg11, contra 1min46seg04 de Jaei. O bronze ficou com o italiano Livio Sciandra, com 1min46seg19. Segundo o técnico e pai Jorge Peçanha, o clima foi um fator determinante na prova. “Os adversários eram fortes, mas o Fabiano também correu cinco provas desgastantes em cinco dias, com temperaturas perto dos 48 graus na pista”, justificou. Apesar disso, garantiu o treinador, o filho está satisfeito com as duas medalhas conquistadas nesta Universíade. Fabiano Peçanha é o único gaúcho a ganhar medalhas no atletismo na história da competição. A prata nos 800 e o bronze nos 1.500 metros somam-se ao ouro de 2005 e aos dois bronzes de 2003. Mundial Da Tailândia Fabiano Peçanha viajou para o Japão, onde disputou os 800 metros do Mundial

de Atletismo. Lá também estava a campeã pan-americana dos 3 mil metros com obstáculos, Sabine Heitling. Eles foram dois dos 43 brasileiros convocados para o Campeonato Mundial de Atletismo, em Osaka, ao lado de nomes como Jadel Gregório, Maurren Maggi, Keila Costa, Fabiana Murer e Fábio Gomes, entre outros. O Mundial reuniu cerca de 2 mil atletas de 200 países. Para Sabine, o objetivo era estar entre as 12 finalistas, mas ela não passou da disputa eliminatória dos 3 mil metros com obstáculos. O que não deve pesar para a atleta, que tem apenas 20 anos. “As quenianas e as etíopes eram as favoritas, mas eu estava tranqüila. Corri como no Pan, sem pressão”, conta a atleta. “Não deu, mas aproveitei o alto nível das adversárias para tentar melhorar meu tempo e obter experiência”. A paulista Zenaide Vieira, bronze no Pan, também foi eliminada na primeira fase. Fabiano Peçanha disputou no Mundial a prova dos 800 metros rasos. Ele chegou à semifinal, mas não conseguiu se classificar e terminou na 15a colocação, com o tempo de 1min45seg95. Por ironia, a medalha de ouro foi conquistada com o tempo de 1min47seg09, pelo queniano Alfred Kirwa Yego. Fernanda Mallmann

RENOVAÇÃO DE CONTRATO Ainda em julho, a atleta da Unisc Sabine Heitling e o reitor Vilmar Thomé assinaram a renovação do contrato da atleta por mais um ano, seu oitavo na entidade. Thomé aproveitou a ocasião e desejou boa sorte nos desafios que ela enfrentaria em agosto. “Depois de um bom resultado, as cobranças aumentam. Mas o esporte e a vinculação com a educação fizeram da Sabine uma pessoa madura. Com isso e com a sua habilidade, os resultados serão uma conseqüência”, afirmou o reitor.

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CBAt

A UNISC NO OUTRO LADO DO MUNDO

PALESTRAS COM SABINE Poucos dias após a conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos PanAmericanos do Rio de Janeiro, em julho, a atleta Sabine Heitling, da equipe de atletismo da Unisc, iniciou um ciclo de palestras em escolas para contar às crianças um pouco de sua trajetória vitoriosa. A primeira palestra foi na Escola Educar-se, onde Sabine concluiu o Ensino Médio para, posteriormente, ingressar no curso de Ciências Biológicas da Unisc. O ciclo de palestras com Sabine Heitling terá seqüência e escolas interessadas devem entrar em contato com a Assessoria de Marketing Esportivo da Universidade, telefone (51) 3717-7485.

HANDEBOL A segunda etapa do Campeonato Gaúcho Masculino de Handebol Adulto 2007 será realizada em Santa Maria, nos dias 29 e 30 de setembro. A chave da Unisc tem ainda os times da UFSM, campeã de 2006, e do 15 de Novembro/Feevale, de Campo Bom. Uma vitória nessa etapa pode levar a equipe santa-cruzense à inédita semifinal da competição.

VÔLEI

Fabiano Peçanha ganhou duas medalhas na Universíade de Bangkok, na Tailândia

Unisc é destaque em Copa Estadual de Judô No dia 18 de agosto ocorreu mais uma etapa das copas estaduais promovidas pela Federação Gaúcha de Judô, desta vez no ginásio do Colégio Oliveira Castilhos, em Venâncio Aires. A competição contou com cerca de 250 atletas das categorias pré-mirim (56 anos) até super-master (acima de 36 anos). A equipe da Unisc, representada por 38 atletas, foi a campeã no masculino e vice-campeã no feminino da classe especial. Dos judocas da Unisc, foram campeões em suas categorias Maurício Hinterholtz, Pedro Juan Rodrigues, Henrique Silva, Cristine Pfaffenseler e Carlos Eurico Pereira; vice-campeões: Vinícius dos Santos, Alexandre Baungarten, Lucas Soares, Dyonnathan da Rosa, Tanara Simon, Milena Rachor, Franciele Machado e Juliano Campos; e terceiros lugares: Tiago Souza, Igor Hoelser, Elvis da Silva, Diego do Nascimento e Jonathan Linhares. Nos pódiuns dos absolutos,

onde não existe limite de peso, houve presença marcante dos professores da Unisc, com Henrique Silva, campeão, e Juliano Campos, vice-campeão, da classe open masculino (17-30 anos de idade). No feminino, a professora Cristine Pfaffenseler ficou com a terceira colocação, enquanto na classe master (+ 30 anos) masculino o professor Carlos Eurico Pereira foi o campeão. Com essa competição, a equipe da Unisc já contabiliza 15 participações em eventos em 2007, tendo conquistado medalhas em todas elas, o que assegurou a presença de seus atletas entre os dez primeiros de suas classes no ranking estadual divulgado pela Federação Gaúcha de Judô. Os atletas que fazem parte dessa lista são Maurício Hinterholtz (3º do ranking infanto-juvenil, 10-11 anos), Henrique Silva (7º no senior, 20-30 anos), Carlos Pereira (1º no super-master) e Franciele Machado (8º no infanto juvenil feminino).

A equipe de vôlei feminino da Unisc foi a campeã do Torneio da Liga Jovem realizado no dia 28 de agosto, no Colégio Mauá. Ao todo, 99 atletas de 10 equipes participaram do evento, que tem caráter beneficente e deverá ser repetido no próximo ano.

TORNEIO DE FUTSAL Estão abertas as inscrições para o Torneio de Futsal comemorativo aos 14 anos da Unisc. Podem participar alunos, professores e funcionários da Universidade, da Escola Educar-se, do Cepro e do Hospital Santa Cruz, além de prestadores de serviços terceirizados. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de setembro, junto ao Setor de Piscinas, no campus sede. Os jogos serão no Ginásio da Unisc e a primeira partida está marcada para o dia 15 de setembro, às 13h. As equipes classificadas em 1º, 2º e 3º lugares receberão medalhas. Também serão premiados o goleiro menos vazado, o goleador e o destaque da competição. Mais informações pelo telefone (51) 37177629.

JUDÔ NA COPAME No dia 27 de agosto a Universidade confirmou a presença do Projeto Unisc Judô na Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor (Copame), de Santa Cruz do Sul. As aulas já são oferecidas também no bairro Cohab e na Sociedade Ginástica.


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