Jornal da UNISC

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Luciano Pereira

VOZ GAÚCHA EM BRASÍLIA Jornalista Ana Amélia Lemos é patronesse da turma de formandos do curso de Comunicação Social da Unisc PÁG. 7

JORNAL DA

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ADRIANO SILVA NA UNISC Colunista do Jornal da Unisc participa de aula inaugural no dia 17 de março, no auditório da Instituição PÁG. 14

WWW.UNISC.BR

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, ANO XV, NÚMERO 79, MARÇO DE 2008

PROFESSORES AVALIADOS

O INTERCÂMBIO NA UNISC Descansar nas férias? Para cerca de quarenta alunos de diferentes cursos da Universidade, os meses de janeiro e fevereiro foram uma oportunidade para buscar mais experiência e conhecimento por meio do intercâmbio.

Com a participação de 80,96% dos estudantes, avaliação dos docentes consolida a qualidade do ensino PÁG. 3

Além de Argentina e Portugal, também o Projeto Rondon encerrou as atividades em dezembro, no Canadá. Esse tipo de atividade tem na Unisc o apoio da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais PÁGs. 8 e 9 Arquivo Pessoal

Yaskara Ferreira

MEMORIAL DA UNISC Primeiro piso é inaugurado e já conta com o Cepa e o Cedoc PÁG. 10

10 ANOS EM SOBRADINHO Campus da Universidade completa uma década de atuação na região Centro-Serra PÁG. 6 Yaskara Ferreira

VOLTA ÀS AULAS

Cerca de 10 mil alunos de 46 cursos de graduação retornaram às aulas no dia 3 de março, na Unisc. Além de uma série de novidades na infra-estrutura da Instituição, os estudantes dos quatro campi ganham ainda uma Festa Tropical para marcar o início do ano letivo. Em Santa Cruz, o show é com a banda Chimarruts PÁG. 6

EQUIPAMENTO PATENTEADO Produto tecnológico é patenteado pela Unisc com o apoio do Nitt PÁG. 11


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PÁGiNA

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CARTA AO LEITOR

PALAVRA DO REITOR O ano letivo na Unisc inicia com muitas novidades, muita expectativa e também com muitos desafios. Entre os objetivos da Universidade para os próximos anos, e que constam no Plano de Desenvolvimento Institucional, está o de manter a qualidade no ensino, na pesquisa, extensão e gestão, fator que viabilizou o conceito máximo obtido pela Unisc no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), em 2006. Para isso serão mantidos os investimentos em acervo bibliográfico, na instalação e manutenção de modernos laboratórios, na qualificação do pessoal docente e técnico-administrativo e na infraestrutura dos campi. Dessa forma, assegurando a continuidade do desenvolvimento da Instituição, será dado seguimento à adoção de medidas para enfrentar os desafios que se apresentam. Nossa intenção é melhorar e aprimorar cada vez mais nossos serviços, buscando ampliar a inserção social junto às escolas, nos bairros, no meio rural, e junto às empresas, tornando a Unisc cada vez mais protagonista no desenvolvimento da região. A principal novidade para 2008, como consta nesta edição do Jornal da Unisc, é a implementação dos cursos a distância. A Universidade está credenciada para oferecer cursos de pós-graduação/ especialização que vão ocorrer já a partir do segundo semestre deste ano. Estão em formatação 16 cursos. Outro fato que será consolidado ao longo de 2008 é a criação do

Os desafios são muitos, mas a vontade de fazer cada vez mais pela comunidade é ainda maior campus de Montenegro, com previsão de oferta de cursos em 2009. A transferência da área do Estado para o Município já foi finalizada, sendo aprovada pela Câmara de Vereadores a lei prevendo o repasse da área e de recursos para a construção do primeiro módulo do primeiro prédio. As medidas adotadas na Instituição no ano passado, como a redução no valor das mensalidades de diversos cursos, a criação de programas de descontos, e a ampliação das ações de divulgação do vestibular, também contribuíram para que a Unisc tivesse o melhor vestibular de verão dos últimos anos, realizado no mês de dezembro. Em 2008 prossegue o estudo e a implantação da nova matriz curricular dos cursos, desta vez da área da Saúde e das Ciências Sociais Aplicadas, havendo também previsão de instalação de novos cursos na sede e nos campi. Na pós-graduação lato sensu, há previsão de oferta de quase 60 cursos neste ano, considerando as modalidades presencial e a distância, com perspectiva de mais convênios com órgãos governamentais e entidades de classe para oferta de cursos. Na pesquisa e na extensão projetamos ampliar a captação de recursos externos, manter o volume de investimentos próprios destinados aos projetos em andamento e ampliar o volume de bolsas de estudo. Neste ano também continuam os esforços para qualificar os grupos de pesquisa e os programas de stricto sensu, além da implantação do Parque Científico e Tecnológico Regional. Os desafios são muitos, mas a vontade de fazer cada vez mais pela comunidade é ainda maior. Para isso contamos com a união de todos para construirmos um 2008 repleto de realizações. Vilmar Thomé, Reitor da Unisc

O Jornal da Unisc volta em 2008 com o fôlego renovado, com uma nova equipe e a perspectiva de um ano promissor. Muitas novidades devem surgir ao longo desse ano, que também é um ano de consolidação da Unisc no cenário nacional, tendo em vista o credenciamento dos cursos de especialização na modalidade EAD. Gostaríamos também de destacar, neste mês de março, a vinda do nosso colunista Adriano Silva para Santa Cruz do Sul, no dia 17 de março. Ele estará na Unisc para a aula inaugural do curso de Comunicação Social, no anfiteatro do bloco 18. É a chance de conhecermos de perto e interagirmos com o autor de uma das páginas mais lidas do nosso Jornal.

Colunista há cinco anos do Jornal da Unisc, Adriano Silva é jornalista e tem 37 anos. Na Editora Abril, foi editor sênior da revista Exame, entre 1998 e 1999, e diretor de redação da revista Superinteressante, entre 2000 e 2004, quando lançou títulos como Vida Simples, Mundo Estranho e Aventuras na História. Também foi diretor do núcleo de revistas jovens, cuidando de marcas como Capricho, Bizz e Supersurf. Em 2007, transferiu-se para a TV Globo, onde é chefe de redação do Fantástico. Adriano é gaúcho, formado pela Ufrgs em 1991. Fez um MBA no Japão entre 1995 e 1998. Na Unisc, ele abordará o tema O fim do mundo está próximo! A crise na indústria da mídia e como sobreviver a ela. Vale a pena conferir!

Um marco jurídico para o público não-estatal O debate sobre o conceito do público não-estatal no Brasil vem dos anos 1980, e trouxe como resultado mais importante a distinção entre o estatal e o público, no sentido de que o público é mais abrangente que o estatal. Esse conceito foi desenvolvido em dois sentidos. De um lado, autores progressistas e de esquerda, preocupados com a construção de uma esfera pública ampliada, na perspectiva da democracia participativa. A esfera pública foi concebida como instância mediadora entre a sociedade civil e o Estado, incluindo formas de participação dos cidadãos nos assuntos públicos, como os conselhos de políticas públicas, as câmaras setoriais e os orçamentos participativos. De outro lado, o público não-estatal designou a produção de bens e serviços públicos por parte de organizações da sociedade civil, e materializou-se durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado (1995). Nele, as atividades governamentais foram classificadas em quatro setores: núcleo estratégico; atividades exclusivas do Estado; serviços não-exclusivos; e produção de bens e serviços para o mercado. As organizações públicas não-estatais foram incluídas no setor dos serviços não-exclusivos do Estado, na perspectiva da privatização de serviços públicos. Como derivação da Reforma 1995, foram criadas duas figuras jurídicas novas: as Organizações Sociais e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Essas figuras jurídicas não contemplam a maior parte das organizações da

sociedade civil brasileira, como as instituições comunitárias. O Rio Grande do Sul abriga algumas das mais sólidas dessas instituições: as universidades comunitárias e os hospitais comunitários. São instituições de caráter regional, responsáveis pela oferta de serviços de relevante interesse coletivo. Embora não sejam do Estado, têm natureza pública, pois prestam serviços públicos, pertencem às comunidades, nelas não há apropriação privada dos resultados financeiros e em boa parte dos casos têm mecanismos democráticos mais avançados que as instituições estatais. São, portanto, públicas não-estatais no mais autêntico sentido. As instituições comunitárias carecem de um marco jurídico apropriado. A ordem jurídica brasileira trabalha com a restritiva dicotomia do público x privado. O Código Civil só prevê pessoas jurídicas de direito público (pertencentes ao Estado) e de direito privado (todas as outras). No momento em que o país busca os melhores caminhos para o desenvolvimento é imperioso recolocar o debate acerca do público não-estatal e do marco jurídico pertinente. Um debate pautado não pela perspectiva da privatização de serviços prestados pelo Estado e sim pela do aproveitamento das potencialidades da sociedade civil para ampliar a prestação de serviços públicos. Luiz Augusto Costa a Campis1 João Pedro Schmidt2 Pró-reitores de Extensão e Relações Comunitárias1 e de Planejamento e Desenvolvimento Institucional2

Onde encontrar o Jornal da Unisc A Banca Aquarius Hotel Flat Residence Biblioteca Municipal Casa das Artes Colégio Luiz Dourado Escola Ernesto Alves Escola Willy Carlos Fröhlich Escola Goiás Escola Santa Cruz

Galeria Farah Hospital Santa Cruz Iluminura Livraria Café Loja do Posto do Gordo Shopping Center Santa Cruz Sine Virtua House Zaffari

Campus Venâncio Aires Campus Sobradinho Campus Capão da Canoa Campus Santa Cruz: Central de Informações Centro de Convivência Clínica de Fisioterapia Blocos 8, 12, 18 e 53 Reitoria

EXPEDIENTE Conselho Editorial: Reitor: Prof. Vilmar Thomé Vice-Reitor: Prof. José Antônio Pastoriza Fontoura Pró-Reitora de Graduação: Profª Carmen Lúcia de Lima Helfer Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Profª Liane Mählmann Kipper Pró-Reitor de Extensão e Relações Comunitárias: Prof. Luiz Augusto Costa a Campis Pró-Reitor de Administração: Prof. Jaime Laufer Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional: Prof. João Pedro Schmidt Editor: Luciano Pereira, reg. prof. 9234 Reportagem e Redação: Luciano Pereira, reg. prof. 9.234; Yaskara Ferreira, reg. prof. 13.187; Bruna Ortiz Lovato; e Cristiana Mueller Projeto Gráfico e Capa: Agência da Casa Editoração Eletrônica: Assessoria de Imprensa Revisão: Roque Neumann e Beatriz Menezes Sperb JORNAL DA UNISC: Órgão Informativo da Universidade de Santa Cruz do Sul. Entidade filiada ao Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e à Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) Tiragem: 9 mil exemplares Versão On-Line: Erion da Silva Lara Site: www.unisc.br/jornaldaunisc Endereço: Av. Independência, 2293, bloco 3, sala 309. Santa Cruz do Sul/RS. CEP: 96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466. E-mails: yaskarap@unisc. br ou lpereira@ unisc.br Este material é produzido em papel reciclável.


ENSiNO

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A Unisc disponibilizou, em janeiro, os resultados da avaliação do desempenho de professores dos cursos de graduação, realizada com os estudantes da Instituição no período de 22 de outubro a 20 de dezembro de 2007. Os dados encontram-se disponíveis para consulta de alunos e professores no site www.unisc.br, no link avaliação on-line. A Avaliação do Desempenho na Docência da Graduação contou com a participação de 80,96% do total de estudantes aptos a efetuarem a rematrícula, tendo 64,50% dos alunos realizado efetivamente a avaliação e 16,46% optado por não avaliar os professores. A expressiva participação resultou na validação de 100% dos resultados. No total os alunos avaliaram 13 itens, que vão desde o planejamento das aulas até o relacionamento dos professores com os estudantes, incluindo ainda o domínio do conteúdo e a capacidade de contextualização das disciplinas. Em uma escala de 0 a 4, os professores da Unisc ficaram com um média de 3,40, tendo em todos os itens a média ficado acima de

3,30. Para consultar os resultados, alunos e professores devem utilizar o mesmo login e senha de acesso à Biblioteca da Unisc. Segundo o reitor Vilmar Thomé, a satisfação dos alunos com os professores é fruto de um trabalho de qualificação contínua, implantado na Instituição ainda na década de 80. O Programa de Capacitação Docente concede bolsas de afastamento e apoio para a realização de cursos de mestrado e doutorado em universidades do país e do exterior. Na Unisc, mais de 85% dos professores são mestres ou doutores. O Programa de Formação Pedagógica Continuada é outra iniciativa que oportuniza, anualmente, cursos sobre metodologia no Ensino Superior e palestras de atualização. Além disso, incentiva a realização de grupos de estudos por áreas de conhecimento, entre outros. “A qualificação de nossos professores é resultado de uma política institucional de longo prazo, focada na qualificação docente e no estabelecimento das melhores condições de infraestrutura para o desenvolvimento de todos os cursos e atividades”,

Alunos da graduação da Unisc tiveram participação expressiva na avaliação dos docentes, o que resultou na validação de 100% dos resultados

avalia o reitor. “Deve-se destacar, também, o grande investimento que nossa Universidade faz em horas-atividade dedicadas à pesquisa”, conclui. O investimento em pesquisa já iniciou em 1974, com a criação do Cepa. Uma década após, institucionalizaram-se também as atividades de extensão, e ambas tiveram grande impulso a partir de 1993 com o reconhecimento da Universidade. Em 1997, outro incremento

Unisc é credenciada para cursos em EAD

à pesquisa foi a criação do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP). Em 1999, foram ainda criados o Programa de Apoio à Implantação de Grupos de Pesquisa (Progrupe) e o Programa de Apoio aos Projetos e Programas de Extensão (Papeds), além da instalação de um Comitê Assessor Externo para avaliação de projetos de pesquisa e extensão e de programas de extensão. A qualificação docente da Unisc também pode ser medida

pela representatividade dos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos na Instituição. Trabalhos realizados por alunos, sob a orientação de professores da Unisc, têm assumido posições de destaque em seminários, congressos, simpósios, encontros, entre outros eventos, no Brasil e no exterior. Na região, há dezenas de projetos de extensão sendo desenvolvidos junto à comunidade, sob a coordenação de professores.

Divulgação

Avaliação do Desempenho na Docência da Graduação contou com a participação de 80,96% do total de estudantes

Rodrigo / Ag. Assmann

ALUNOS AVALIAM PROFESSORES DA UNISC

Cursos de pós-graduação deverão ser oferecidos já no segundo semestre A Unisc está credenciada para oferecer cursos na modalidade de Educação a Distância (EAD). O parecer foi emitido pelo Conselho Nacional de Educação. A Unisc oferecerá cursos de pósgraduação já a partir do segundo semestre. A graduação está em processo de credenciamento. Em dezembro de 2006, uma comissão do Inep esteve na Unisc avaliando o projeto de EAD e a estrutura do campus de Santa Cruz do Sul. Já no mês de junho de 2007, os avaliadores do Inep visitaram os campi de Venâncio Aires, de Sobradinho e de Capão da Canoa para verificar a estrutura desses locais, que serão os pólos de apoio presencial. “Um dos diferenciais da Unisc é atender à legislação, que exige o credenciamento tanto da Instituição que oferece os cursos, como dos pólos de apoio presencial”, observa o coordenador geral da EAD na

Unisc, Paulo Roberto Marcolla Araújo. Como referenciais de qualidade de cursos a distância, são considerados aspectos como projeto, equipe multidisciplinar, recursos educacionais e infra-estrutura de apoio. Conforme Araújo, frente à realidade, marcada pela velocidade com que as informações se renovam, o modelo de EAD da Unisc se destaca pelo uso de tecnologias de informação e de comunicação, com estímulo à aprendizagem cooperativa e à autonomia. Seguindo essa concepção, o processo educativo ocorrerá em um Ambiente Virtual de Aprendizagem, que funciona como uma sala de aula na internet, disponível 24 horas por dia. Além disso, para cada disciplina, o aluno receberá um conjunto de materiais didáticos criteriosamente elaborados por professores da Unisc. Quem não dispõe de computador com acesso à in-

ternet poderá freqüentar os pólos de apoio presencial da Unisc. Nesses locais, os alunos terão à disposição os recursos tecnológicos, além de biblioteca e de profissionais para auxiliá-los. Na Unisc, os mesmos docentes dos cursos presenciais atuarão nos cursos na modalidade EAD. A EAD na Unisc A Educação a Distância na Unisc começou em 1998, quando foi criada a Comissão de Educação a Distância com o objetivo de realizar estudos sobre essa modalidade de ensino, desenvolver projetos e disponibilizar as primeiras ferramentas de apoio a cursos a distância, via internet. Desde então, houve uma preparação institucional para atuar na EAD, tendo como foco especial a formação docente para o uso das tecnologias próprias da modalidade e a recontextualização da prática pedagógica.

O modelo de EAD da Unisc se destaca pelo uso de tecnologias de informação e de comunicação

Essa trajetória possibilitou a estruturação da modalidade numa perspectiva democrática. Por essa razão, a Unisc teve a seleção desse trabalho, como experiência inova-

dora no Brasil, publicada no livro Distance Learning in Brasil: Best practices 2006, organizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED.

Entenda a EAD Saiba mais sobre a EAD no link www.inep.gov.br/superior/ condicoesdeensino/legislacao_normas.htm. Nele estão as portarias com as normatizações do credenciamento de instituições para oferta de EAD e a lista das instituições e dos pólos de apoio presencial autorizados.


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360º

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Luciano Pereira

MEDICINA A Unisc e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul assinaram, no dia 13 de fevereiro, um termo de cooperação técnica que irá proporcionar aos estudantes de Medicina o desenvolvimento de atividades curriculares em locais de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde. O convênio também permitirá a utilização dos serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo estratégias de saúde da família/ Programas de Saúde da Família, plantões de urgência, unidades

básicas de saúde e centros de atendimento especializados. Segundo o coordenador do curso de Medicina da Unisc, Pedro Lúcio de Souza, o convênio permitirá a interação ativa do aluno com usuários e profissionais de saúde desde o início do processo de formação, proporcionando ao acadêmico lidar com problemas reais. Na área da saúde, somente em 2007 foram realizados mais de 83 mil atendimentos nas clínicas e nos projetos comunitários da Universidade.

APROVADO PELO CNPq I O projeto Formação de recursos humanos para pesquisa e desenvolvimento tecnológico na cadeia produtiva de biocombustíveis, coordenado pelo professor do Departamento de Química e Física da Unisc, Wolmar Alípio Severo Filho, foi aprovado em dezembro pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O valor solicitado foi de R$ 178.064,00 para implementação de pesquisa e extensão no segmento de biocombustíveis. O trabalho é vinculado ao Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo e atendeu ao Edital n.º 31/2007, linha de ação 1. O projeto prevê a realização de cursos seqüenciais ou de extensão tecnológica inovadora para capacitação de recursos humanos relacionados à cadeia produtiva de biocombustíveis. Esse foi o único projeto aprovado nessa linha no Rio Grande do Sul. A empresa Coperfumos é parceira dessa iniciativa.

APROVADO PELO CNPq II O projeto de pesquisa Apoio à implantação da mecanização agrícola nas unidades familiares de produção foi aprovado na íntegra pelo CNPq, conforme o Edital n.º 36/2007. Participam do projeto os professores do curso de Engenharia Agrícola da Unisc, Roberto Lilles Tavares Machado e Mauro Fernando Pranke Ferreira, juntamente com pesquisadores da Ufpel, da Cefet-RS de Pelotas e da Emater. O incentivo será de R$ 145.067,00. O projeto será executado em 30 meses e tem como objetivo dar apoio às associações de agricultores familiares do Estado, como o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), entre outros. O auxílio será dado nas questões pertinentes à necessidade de mecanizar as atividades agrícolas nas unidades familiares de produção.

ENSAIO PREMIADO O livro Aprendizagem de língua e literatura: gêneros e vivências de linguagem, lançado pela Editora UniRitter e organizado pelas professoras Leny da Silva Gomes e Neiva Tebaldi Gomes, recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria Ensaio de Literatura, no dia 13 de dezembro, em cerimônia no Teatro Renascença de Porto Alegre. Esse livro resulta do esforço coletivo de professores e pesquisadores da área de Letras para aproximar estudos lingüísticos e literários das realidades escolares no ensino de língua e literatura. Um dos ensaios presentes no livro – “Vivências poéticas: mobilizando leitores” – é assinado pelos professores Norberto Perkoski e

Ângela Fronckowiak, do Departamento de Letras, e que integram, juntamente com a professora Sandra Richter, do Departamento de Educação, o grupo de pesquisa Estudos Poéticos da Unisc. No ensaio os professores defendem a fruição poética, a partir do enfoque fenomenológico de Gaston Bachelard, como possibilidade de estabelecer outros vínculos, mais produtivos e prazerosos, entre leitor/ aluno e texto poético na sala de aula. O Prêmio Açorianos foi instituído em 1997 pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e é o principal reconhecimento artístico do Estado, envolvendo as manifestações em teatro, dança, música, literatura e artes plásticas.

REUNIÃO GERAL Mais de 800 funcionários, entre professores e técnico-administrativos, participaram, no dia 29 de fevereiro, da Reunião Geral da Unisc, realizada no auditório central da Instituição. O tema central desta edição foi Desafios e Perspectivas do Desenvolvimento Institucional. Na reunião foram apresentadas informações referentes ao presente e ao futuro da Universidade, bem como esclarecidas questões de interesse da comunidade acadêmica.

SACOLA DÁ VIDA Dia 18 de dezembro ocorreu na Unisc o lançamento das sacolas Dá Vida. O objetivo é disseminar o uso de sacolas de pano para reduzir o consumo de plástico, material que leva muito tempo para se decompor. A promoção é do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), da Cooperativa Regional de Agricultores Familiares Ecologistas (Ecovale) e da Rede do

Bem. A Universidade é patrocinadora exclusiva da ação. As sacolas reutilizáveis Dá Vida foram comercializadas no evento por R$ 10, estando disponíveis na Loja e na Livraria da Unisc; nas feiras ecológicas das cidades de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz e também na loja da Ecovale, na rua Thomas Flores. A meta é vender 5 mil sacolas até junho de 2008.

INSTRUTOR DE TRÂNSITO Estão abertas até o dia 28 de março as inscrições para os cursos teórico-práticos de Instrutor de trânsito - Detran/RS e de Atualização para instrutores de trânsito - Detran/RS. As aulas teóricas e práticas serão ministradas por professores da Unisc e colaboradores, como a Brigada Militar. A carga horária é de 130h. As inscrições podem ser feitas na sala 110, bloco 1 da Unisc. Mais informações pelos telefones (51) 3717-7343 ou 3717-7344. Para o curso de Instrutor de trânsito é necessário ter Ensino Médio completo; 21 anos de idade; CNH categoria B por, no mínimo, dois anos. É indispensável apresentar cópia de RG; CPF; CNH e histórico escolar do Ensino Médio. Já para o curso de Atualização de trânsito é preciso ser instrutor de trânsito formado e apresentar cópia do certificado de conclusão do curso de instrutor.

Bolsa Produtividade CNPq O Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq) divulgou os resultados das Bolsas de Produtividade em Pesquisa 2007 (PQ), tendo sido aprovadas 3.380 bolsas no País, o que representa um investimento de R$ 5 milhões. Entre os pesquisadores contemplados com bolsa estão os professores da Unisc Eduardo Lobo Alcayaga, do Departamento de Biologia e Farmácia, e Marcos Artemio Fischborn Ferreira, do Departamento de Ciências Humanas. A bolsa, que será implementada a partir de 1º de março de 2008, terá duração de 36 meses. Lobo foi classificado na área de Botânica Aplicada, e Ferreira na área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia.

Nota máxima Comprovando novamente o ensino de qualidade da Unisc, o curso de Fisioterapia recebeu, em dezembro, nota máxima na avaliação institucional do Ministério da Educação (MEC). Foram avaliados quesitos como corpo docente, organização didático-pedagógica e infraestrutura. Depois de feita a avaliação, que ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro, foi atribuído o conceito cinco ao curso, ou seja, a nota máxima. A PróReitora de Graduação, Carmen Lúcia de Lima Helfer, destaca que “o curso oferece uma clínica para os estágios dos alunos com ótima infra-estrutura, além de um excelente corpo docente”.

Fórum Mundial A edição de 2008 do Fórum Social Mundial (FSM) foi descentralizada. Houve atividades espalhadas por todo o planeta. A culminância foi o Dia de Mobilização e Ação Global, em 26 de janeiro, quando entidades e movimentos sociais promoveram shows, passeatas, encontros, entre outros meios, para chamar a atenção sobre injustiças sociais que ocorrem nos níveis local e global. Em Santa Cruz do Sul também foram organizadas diversas atividades, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc.


360º RESPONSABILIDADE SOCIAL A Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) recebeu em dezembro uma certificação no Prêmio Responsabilidade Social 2007, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. A premiação ocorre entre as empresas e demais entidades que apresentam o seu Balanço Social do exercício anterior. A Apesc participa desde 2001 e foi certificada na categoria Universidades em todos os anos. O certificado foi entregue em sessão solene do Poder Legislativo aos funcionários da Unisc Luciane Rohde e César Rothmund. Para a seleção de empresas certificadas e premiadas são analisados itens

do Balanço Social como folha de pagamento, condições de trabalho, benefícios e investimentos com o meio ambiente, por exemplo. A coordenadora do Setor de Contabilidade da Unisc, Vera Lúcia Eisenkraemer, diz que o Relatório de Responsabilidade Social é uma ferramenta de gestão e um importante instrumento de diálogo entre as partes interessadas. “São divulgadas ações sociais e ambientais à comunidade, bem como investimentos em cidadania. Esse também é um documento que demonstra a consolidação de uma cultura que privilegia a transparência”, pontua.

PROFESSOR DA UNISC NO IMPA O professor Rubén Edgardo Panta Pazos, do Programa de PósGraduação em Sistemas e Processos Industriais - Mestrado (PPGSPI) da Unisc, esteve no Rio de Janeiro no mês de fevereiro participando como Professor Visitante do Programa de Pós-Doutorado em Matemática, no Impa. Ele desenvolveu uma pesquisa em aplicações da teoria de wavelets (processamento de sinais), equações em derivadas parciais, e métodos numéricos na engenharia. O Impa é uma instituição de pesquisa de renome internacional em Matemática e suas aplicações, com um papel de vanguarda no Brasil e na América Latina, tanto pela excelência da sua pesquisa, como pelo seu papel na formação de jovens cientistas e na difusão da Matemática. Mais informações podem ser obtidas no site www.impa.br.

PÓS-DOUTORADO NA ALEMANHA A professora do curso de Direito e do Mestrado em Direito da Unisc, Mônia Clarissa Hennig Leal, concluiu em dezembro o seu pós-doutorado, iniciado em 2006. A titulação foi concedida pela Universidade de Heidelberg, Alemanha. O trabalho, intitulado O status activus processualis como fundamento para a operacionalização do amicus curiae e de uma jurisdição constitucional aberta, já foi recomendado para publicação. A professora também publicou em 2007 três livros da área jurídica: Jurisdição Constitucional Aberta – reflexões sobre a legitimidade e os limites da jurisdição

constitucional na ordem democrática, Introdução à Ciência Política, à Teoria do Estado e da Constituição e Manual de Metodologia da Pesquisa para o Direito. Mônia ainda é autora da obra A Constituição como Princípio. Na Alemanha, a professora teve a oportunidade de ministrar uma aula sobre o sistema de controle de constitucionalidade e de proteção aos direitos fundamentais na constituição brasileira. Além disso, duas orientandas suas, do Programa de Mestrado em Direito, realizaram pesquisas para as suas dissertações no Instituto MaxPlanck, um centro de pesquisa alemão de renome internacional.

DESAFIO EMPREENDEDOR O aluno do 6º semestre do curso de Ciência da Computação da Unisc, Luiz Henrique do Nascimento Souza, participou do Desafio Empreendedor Telefônica, que premia propostas de negócio inovadoras na área de telecomunicações. O acadêmico, que mora em Rio Pardo e trabalha no Departamento de Ciências Contábeis da Universidade, obteve o segundo lugar na categoria estudante. Souza recebeu, além do troféu, um valor em dinheiro como premiação pela idéia de nome Phonedoc. O invento seria um novo modelo de porte e utilização de documentos pessoais, por meio da digitalização das informações e inserção no celular, unindo a tendência de utilização de um dispositivo único pessoal à flexibilidade e praticidade propiciada pelo celular.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional Mestrado e Doutorado da Unisc promoveu sua aula inaugural no dia 6 de março. A palestra Desenvolvimento Regional e Gestão Territorial no Brasil – dilemas políticos e institucionalidade: Um depoimento foi ministrada pelo professor Pedro Silveira Bandeira, da Ufrgs. Bandeira é doutor em Economia pela New School for Social Research, nos Estados Unidos, e Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Regional e Urbana. Desde 1990 atua como professor adjunto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

ENGENHARIA AGRÍCOLA Um trabalho desenvolvido na Unisc irá verificar se as informações fornecidas pelos fabricantes de semeadoras sobre a exigência de força de tração são confiáveis em comparação com as informações obtidas em trabalhos de pesquisa de medição do esforço de tração em campo. As informações sobre a potência necessária para tracionar a semeadora são fornecidas pelos fabricantes por meio de catálogos dos equipamentos. Com o título Força de tração de semeadoras para plantio direto: informações de campo X informações de

catálogo, o trabalho foi desenvolvido pelo professor e pesquisador Roberto Lilles Tavares Machado, do Departamento de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias, em conjunto com outros pesquisadores e alunos do curso de Engenharia Agrícola da Instituição e da Faculdade de Agronomia da UFPel. O conhecimento da força de tração permite uma estimativa da potência necessária para tracionar a semeadora, o que resulta em economia de energia, se determinada de forma precisa, evitando-se assim o uso de fonte de potência maior do que a necessidade.

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO No primeiro semestre deste ano, a Unisc está oferecendo 32 opções de cursos de especialização para profissionais já graduados, que procuram aperfeiçoamento e qualificação para enfrentar o mercado de trabalho. Os cursos se dividem nas diversas áreas do conhecimento. Somente na área do Direito serão oferecidas oito opções, divididas em diferentes enfoques como processo civil, penal e previdenciário, entre outros. Na Enfermagem, há quatro cursos de pós-graduação. Na Odontologia, seis. Áreas como Educação e Gestão também terão cursos iniciando no primeiro semestre. Já em Capão da Canoa serão três opções de cursos. O período de inscrições está aberto. Mais informações podem ser acessadas em www.unisc.br/pg, pelo e-mail posgrad@unisc.br e pelo telefone (51) 3717-7343 ou 3717-7311.

Cursos de Especialização com inscrições abertas Auditoria e Perícia Ensino de Filosofia e Sociologia - Capão da Canoa Gestão de Pessoas - Capão da Canoa Direito do Trabalho, Previdenciário e Processo do Trabalho - 2ª edição Ensino de Filosofia e Sociologia Biocombustíveis Direito do Trabalho, Previdenciário e Processo do Trabalho - Capão da Canoa Direito Penal e Processo Penal - 2ª edição Programa em Odontologia: Especialização em Dentística Programa em Odontologia: Especialização em Endodontia Programa em Odontologia: Especialização em Odontopediatria Programa em Odontologia: Especialização em Periodontia Programa em Odontologia: Especialização em Prótese Dentária Programa em Odontologia: Especialização em Saúde Coletiva em Odontologia Direito Processual Civil Psicopedagogia Clínica e Institucional Ensino de Ciências com Ênfase em Química e Biologia Obs.: Informações completas sobre os cursos acima listados estão disponíveis na página dos cursos no site www.unisc.br/pg.

Espaço Aberto Apoio: Charrua Hotel Local: Centro de Convivência Dia 26 de março - 12h15 às 13h Edson Castanho e Emerson, violão e voz Dia 29 de março - 20h Sarau com professores e alunos da Escola de Música da Unisc Local: Casa das Artes Entrada franca Exposições Exposição permanente Telas e estudos de Regina Simonis Local: Casa das Artes Regina Simonis, 2º piso Visitação: Sexta-feira, das 13h30 às 17h30, e sábados, das 9h às 12h Agendamento para grupos pelo telefone (51) 3056-2086. Até 31 de março Telas de Joe Nunes Local: Saguão do Bloco 1 Cursos e ateliês Programa Uniarte Inscrições até 31 de março Cursos: Ateliê Livre, Desenho e Pintura, Figura Humana, Uniarte Criança, Cerâmica, Gravura, Uniarte Professor e Xilogravura Local: Bloco 53, com exceção do ateliê de cerâmica, que ocorre na Casa das Artes Regina Simonis. Obs.: Bolsas de 30% para estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio da rede pública estadual e municipal, da Escola Educar-se, acadêmicos dos cursos de graduação da Unisc, funcionários da Unisc, do Hospital Santa Cruz, da Escola Educar-se e do Cepro, desempregados, trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e moradores de cidades vizinhas. Escola de Música da Unisc Inscrições até 31 de março Cursos: violão, violoncelo, violino, viola, trompete, trombone, flauta doce, flauta transversa, contrabaixo e teoria e percepção musical Programa Dançar Cursos: dança de salão, dança do ventre, dançar na terceira idade e escola de circo, ginástica e dança Inscrições: Secretaria de Pós-Graduação e Extensão, bloco 1, sala 110. Informações pelos telefones (51) 3717-7346 ou 3717-7343 , pelo MSN centralinfo@unisc.br ou no site www.unisc.br/cultura


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GERAL

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Luciano Pereira

A VOLTA ÀS AULAS Alunos são recepcionados com Festa Tropical nos quatro campi da Instituição Cerca de 10 mil alunos de 46 cursos de graduação retornaram às aulas no dia 3 de março, na Unisc. A principal novidade para este ano é a implementação de cursos a distância. A Unisc está credenciada para oferecer cursos de pós-graduação/especialização, o que deve ocorrer já a partir do segundo semestre. Em termos de infra-estrutura, estão sendo colocadas luminárias no estacionamento do auditório/reitoria, com recursos do BNDES. No ginásio, foi realizada a substituição total da quadra próxima à arquibancada. A outra foi reformada. Também foi inaugurada, no dia 4 de março, a ampliação do bloco 42, do curso de Educação Física. As faixas de segurança do anel viário do campus foram pintadas, assim como houve a restauração e a ampliação do número de placas de sinalização, melhorando

a visualização e a segurança. Estão previstos para este ano, ainda, a inauguração da Central de Tratamento de Resíduos (Ceter) e a conclusão de projetos relativos à energia solar e à captação de águas da chuva. A Unisc também está ampliando a atuação do wireless na Unisc. Esse projeto consiste em um sistema eletrônico dedicado à comunicação em redes de dados sem fio, com o uso das tecnologias de internet. Atualmente o wireless já existe nos laboratórios do bloco 17, na Biblioteca, no Bloco 53 e no auditório central (em eventos). Em março está sendo ampliada para outros pontos principais da Universidade, como os blocos 1, 2, 3 e 4, 52 e 51, 12, 13 e 14, blocos da área da saúde e Centro de Convivência. Segundo o pró-reitor de Administração da Unisc, professor Jaime Laufer, essa é uma solici-

Complexo Esportivo da Unisc teve a ampliação do bloco 42, do curso de Educação Física, e reformas nas quadras externas e no ginásio de esportes (ao fundo)

tação de alunos e professores para qualificar ainda mais as aulas. Recepção A recepção aos calouros da Unisc será no dia 13 de março. Às 9h30, o reitor Vilmar Thomé dará as boas-vindas aos alunos no Auditório Central da Instituição, se-

Unisc terá campus em Montenegro Cursos já devem ser oferecidos no município em 2009 A Unisc deu um importante passo para a construção de um novo campus. Na sessão do dia 20 de dezembro da Câmara de Vereadores da cidade de Montenegro, foi aprovado o projeto de lei que garante o repasse de uma área para a construção de um campus universitário e também recursos para a construção do primeiro prédio. Em outra ocasião, o prefeito, Percival Souza de Oliveira, já havia afirmado que o município optou pela Unisc por sua qualidade e por sua experiência em campi fora de sede, referindo-se às investidas positivas da Instituição nos municípios de Sobradinho, Venâncio Aires e Capão da Canoa. Participaram da solenidade o reitor, Vilmar Thomé, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, João Pedro Schmidt, e a

chefe de gabinete, Maria Hoppe Kipper. O convênio entre a Unisc e o município para a implantação do campus em Montenegro está em tratativas desde o ano passado. O passo seguinte é o encaminhamento do projeto de instalação ao Ministério da Educação (MEC), para análise e aprovação. A chefe de gabinete, Maria Hoppe Kipper, comenta que a Unisc está muito satisfeita com a aprovação do projeto. “Temos a expectativa de fazer um bom trabalho e atender aos anseios da comunidade. Montenegro tem uma grande confiança na Unisc e precisamos corresponder desenvolvendo nossas ações com qualidade”, pontua. O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, João Pedro Schmidt, afirma que a demanda por Ensino Superior em Montenegro deve aumentar. “Do ponto de vista das possibilidades desse campus, o potencial é bastante elevado em vista do rápido crescimento econômico do município. Montenegro ocupa a 21ª colo-

Cursos Serão ofertados quatro cursos no primeiro vestibular, respeitando a pesquisa de opinião que o Núcleo de Pesquisa Social (Nupes) da Unisc realizou em 2006. A pesquisa, sobre a implantação do campus na região, foi aplicada em Montenegro e nos municípios vizinhos. Os cursos mais votados foram Administração, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Pedagogia, Educação Física e Direito.

cação no ranking dos municípios gaúchos quanto ao PIB. Dentro de alguns anos o município deve estar entre os primeiros do Estado”, destaca. Foi autorizado o repasse à Unisc de um total de um milhão e duzentos mil reais para a obra. Desse montante, R$ 400 mil são do orçamento de 2007, visando à construção do primeiro módulo do prédio, ficando o restante para o orçamento de 2008. A coordenação da obra ficará sob a responsabilidade da equipe técnica da Unisc. A Universidade deve ressarcir o investimento do município em 10 anos, mediante prestação de serviços e bolsas de estudo. O objetivo é oferecer os primeiros cursos no Vestibular de Verão 2009. O campus da Unisc em Montenegro também servirá como uma unidade para a Educação a Distância (EAD). No futuro pretende-se formar um pólo de EAD no local.

A obra - Possui seis hectares - Localiza-se no bairro Zootecnia - Prédio com 1.730 metros quadrados, construído em duas etapas - Primeiro módulo do prédio com 1.090 metros quadrados, sete salas de aula, laboratórios de informática, biblioteca e salas de apoio

guida da palestra com Diza Gonzaga, da Fundação Thiago Gonzaga. À noite, às 20h30, será realizada uma Festa Tropical com a Banda Chimarruts, no Centro de Convivência. Neste turno o reitor dará as boas vindas de sala em sala. Nos campi fora de sede, a recepção será nos dias 10, 11 e 12

de março. Dia 10 será em Venâncio Aires, 11 em Capão da Canoa e, dia 12, em Sobradinho. Os calouros terão ainda a oportunidade de plantar mudas de árvores na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Unisc (RPPN), referentes à neutralização do Vestibular de Verão 2008.

Campus em Sobradinho completa 10 anos O campus da Unisc em Sobradinho completou 10 anos no dia 3 de março. Nesse período, a Instituição já formou no município mais de 100 profissionais de diferentes áreas. Atualmente a Unisc oferece em Sobradinho os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Letras, Pedagogia, Sistemas de Informação e Direito, além do Curso Técnico em Informática e da especialização em Intervenções em Saúde Coletiva. O município de Sobradinho localiza-se a cerca de 100 km do campus-sede, em Santa Cruz do Sul, e polariza os treze municípios que constituem a microrre-gião Centro-Serra. Na graduação, a Unisc se faz presente nos municípios da região desde o início de 1998, já tendo, para isso, construído um prédio em parceria com a Prefeitura de Sobradinho, no qual funcionam as atividades acadêmicas e administrativas, com uma área construída de 1.055,20m². A professora Beatriz Schultz Stecker, que coordena o campus de Sobradinho desde a sua implantação, lembra que a Unisc foi procurada pela comunidade para atender a uma demanda de cursos superiores naquela região. “A Unisc passou a oferecer à população desses municípios a chance

de cursar o ensino superior sem precisar se deslocar para outras regiões”, salienta. “A partir daí, passou a atuar também com cursos de pós-graduação, técnicos e de extensão, além de serviços e de projetos voltados à comunidade”, conta a professora. “A Unisc é uma universidade comunitária, que não possui donos nem fins lucrativos, com a missão de trabalhar pelo desenvolvimento social e econômico das regiões em que atua”, reforça o reitor da Unisc, Vilmar Thomé. “Portanto, a implantação do campus em Sobradinho foi uma forma de levar à região cursos qualificados, o que contribui não só para a qualificação profissional em diversas áreas, como também para a construção de uma sociedade mais justa”, afirma. Para o prefeito de Sobradinho, Júlio Miguel Vieira, a Unisc é um diferencial para a região. “Nossa população pode buscar uma formação qualificada sem precisar se deslocar para isso”, destaca. “Nos sentimos felizes por contar com a presença da Unisc em Sobradinho, e o curso de Direito, oferecido desde 2007, é mais uma opção que a Universidade colocou à disposição atendendo a uma demanda da comunidade”, elogia o prefeito.


{ { A pauta pode nascer de um discurso no Congresso, de uma denúncia ou de uma matéria exclusiva de um jornal ou revista e pode surgir de uma conversa com uma boa fonte

LUCIANO PEREIRA Todas as manhãs, a jornalista Ana Amélia Lemos oferece aos gaúchos um panorama geral da política brasileira, diretamente do coração do País. De Brasília, ela é a correspondente do Grupo RBS, com comentários para a Rádio Gaúcha, jornal Zero Hora e RBS TV. Também esteve no Vaticano, de onde acompanhou a morte do Papa João Paulo II. Estudante da primeira turma da Faculdade de Comunicação Social da PUC/RS, graduou-se em jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas. Por tudo isso, foi convidada para ser a patronesse da turma de formandos do curso de Comunicação Social da Unisc, no dia 25 de janeiro. Antes da solenidade, foi recebida pelo vice-reitor da Unisc, José Antônio Pastoriza Fontoura, e concedeu esta entrevista para o Jornal da Unisc. Jornal da Unisc – Como foi sua trajetória no jornalismo? O que a levou a Brasília? Ana Amélia Lemos – Meu primeiro trabalho na profissão foi o Repórter da História, que eu produzi durante um ano na Rádio Guaíba. Antes de me formar fui trabalhar no Jornal do Comércio, de Porto Alegre, cobrindo mercado de capitais. Nessa época (anos 70) também conciliava minha atividade como repórter da sucursal do Jornal Folha da Manhã e correspondente da Revista Visão. Em 1975 fui para a TV Difusora Canal 10 para comentar economia. Em 1977 entrei na RBS, pelas mãos de seu fundador Mauricio Sirotsky Sobrinho. E lá se vão 30 anos na mesma empresa... JU – Como é sua rotina de trabalho nos bastidores da polí-

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Fotos: Luciano Pereira

ENTREViSTA

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NOS BASTIDORES DA POLÍTICA tica brasileira? Quais são suas fontes? Ana Amélia – Com tantos anos de estrada fica mais fácil obter acesso às fontes. Me tornei profissional conhecida porque entrevisto lideranças e autoridades para a Rádio Gaúcha, o Canal Rural e conquistei um espaço de respeito, que é o meu grande patrimônio profissional. Tenho grande preocupação em dar espaço a todas as correntes políticas e, por isso, fiquei muito feliz com a referência que o reitor em exercício da Unisc, José Antônio Pastoriza Fontoura, fez na formatura de Jornalismo sobre esse aspecto da minha atividade profissional em Brasília. Não sou uma profissional engajada com partidos políticos. Sou engajada com as causas de interesse dos gaúchos.

Não sou uma profissional engajada com partidos políticos. Sou engajada com as causas de interesse dos gaúchos

lei muito. Minha rotina de trabalho é pesada, mas gratificante pelos resultados. A monografia feita pela Daniela Azeredo foi um belo presente em 2007. Ela fez um trabalho exaustivo e tenho certeza de que será uma excelente profissional. Bom para a Unisc, que forma bem seus alunos. Um grande exemplo é o Leandro Fontoura, um dos repórteres políticos de Zero Hora.

JU – Com tantos jornalistas trabalhando full time na capital

Tenho acompanhado o esforço que as comunitárias fazem para oferecer ensino de qualidade, como é o caso da Unisc

{ {

JU – Brasília exala diariamente informações de todos os tipos e fontes. Que critério você utiliza, de forma geral, para avaliar o que merece ser notícia? Ana Amélia – A pauta pode nascer de um discurso no Congresso, de uma denúncia ou de uma matéria exclusiva de um jornal ou revista e pode surgir de uma conversa com uma boa fonte. Quando o tema ganha corpo, como agora sobre os cartões corporativos, aprofunda-se a investigação jornalística até o final. Vamos ter, agora, uma CPI e esse assunto vai dominar a agenda política deste primeiro semestre.

{ { JU – Sua vinda à Unisc teve muito a ver, também, com uma pesquisa para monografia feita por uma aluna do curso de Comunicação que, inclusive, foi a Brasília entrevistá-la. Ter o seu trabalho como tema de uma pesquisa acadêmica foi inédito para você? Ana Amélia – Foi uma grande honra. Fiquei muito feliz porque para chegar onde cheguei ra-

canonização.

JU – Que fato foi mais marcante em sua carreira jornalística? Ana Amélia – Sem dúvida foi ter dado, em primeira mão, a notícia da morte do Papa João Paulo II, antes dos grandes veículos internacionais e nacionais. A direção da RBS me escalou e a Rádio Gaúcha foi a única emissora brasileira no Vaticano para aquela cobertura. Foi emocionante porque eu havia estado, algumas vezes, em audiência com Sua Santidade e João Paulo II sempre repetia, quando recebia delegações do Brasil: “Ucho, ucho, ucho, o Papa é gaúcho”. Foi assim por ocasião da canonização da Madre Paulina, em 2002, quando eu estive no Vaticano para a missa campal da

federal, é possível ter exclusividade? Ana Amélia – Sim, especialmente no caso de temas de interesse do Rio Grande do Sul. Como tenho espaços nobres nos veículos da RBS (TV, rádio e jornal) muitas fontes me elegem porque sabem que valorizarei a informação e darei o destaque devido. Quando a Petrobrás anunciou que

faria os navios, em Rio Grande, a ministra Dilma Rousseff me deu a notícia em primeira mão e a repercussão foi grande. JU – Na educação, dá para sentir se os ventos serão favoráveis em 2008? Ana Amélia – Acho que sim. Nunca se discutiu tanto essa questão. Agora, pessoas de boa cabeça, especializados na área, como o Gustavo Iochpe, estão escrevendo coisas muito importantes sobre o ensino superior, médio e fundamental. Não tenho dúvida de que o ensino continuará sendo o principal instrumento de crescimento do país. Os países que mais se desenvolveram nos últimos anos, como a Coréia do Sul e a Irlanda, conseguiram esses resultados graças a investimentos enormes em educação. Tenho acompanhado o esforço que as comunitárias fazem para oferecer ensino de qualidade, como a Unisc, a UCS e a UPF, entre outras. O envolvimento dessas instituições com a comunidade e as respostas que dá para projetos e alternativas ao desenvolvimento regional são fundamentais e relevantes.

Antes da formatura em que foi patronesse, Ana Amélia conversou com o vice-reitor José Pastoriza Fontoura


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CENTRAL

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Fotos: Arquivo Pessoal

UMA EXPERIÊNCIA QUE “VALE A PENA” Nove estudantes da Unisc participaram da terceira edição do Projeto Rondon-RS Unisc/Jeunesse Canada Monde por CRISTIANA MUELLER Dedicação ao trabalho voluntário, organização de atividades em grupo, noções de responsabilidade social, liderança e desenvolvimento sustentável. Motivados por esses objetivos, os 18 participantes da terceira edição do Projeto Rondon-RS Unisc Jeunesse Canada Monde viajaram no dia 24 de setembro para o Canadá com destino à cidade de Terrebonne, onde foi realizada a segunda fase do projeto em 2007. De julho a setembro, eles atuaram em Santa Cruz do Sul. Pelo segundo ano consecutivo, organismos comunitários, poder público municipal, famílias de acolhida e comunidade em geral receberam os nove estudantes da Unisc e nove canadenses. Assim como ocorreu na etapa de 2006, os participantes brasileiros viajaram com o desejo de mostrar um pouco da cultura gaúcha e brasileira e, em troca, compreender e se inserir em hábitos e costumes canadenses. Assim, durante três meses, o bom dia teve de ser substituído pelo bonjour. A janta passou a ser a maior refeição do dia e com horários rigorosos. A paisagem mudou quando todas as folhas das árvores caíram, indicando aos brasileiros o início de um inverno nunca visto antes. Diferente, pois foi o primeiro contato com a neve. “Foi durante a madrugada. Pela manhã, quando acordei, deparei-me com muita neve e, por isso, não precisei ir ao trabalho, pois não havia transporte público e muitas ruas estavam interditadas”, conta o participante Mateus Pereira sobre a primeira tempestade de neve que viu. Mas não foi apenas o frio, de até 23 graus negativos, que surpreendeu os intercambistas. Para a participante Marluce Purper, a estrutura organizacional de Terrebonne também foi um aspecto diferente e positivo, se comparado às cidades brasileiras. O respeito às leis e aos horários, os inúmeros serviços de auto-atendimento e o

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transporte público são o que ela define como uma organização geral “muito boa”. Por outro lado, a participante Adriana da Silveira Motta se surpreendeu com o modo de vida canadense que, para ela, é baseado no consumo excessivo como sinônimo de felicidade. “Percebi que quem eu julgava ter tudo na vida, tinha menos que eu, pois não pude ver o ânimo de viver e o entusiasmo que é perceptível na maioria dos brasileiros”, comenta a estudante de Direito da Unisc. Aprendizagem Diante das diferenças culturais, a adaptação à realidade local foi elemento constante para a compreensão e aprendizagem ao longo do projeto. De acordo com os supervisores, além do esforço de cada integrante, quem também desempenhou um papel fundamental nesse processo foram as famílias de acolhida. Um exemplo é Laurilou Chapleau, que acolheu Joel Haas e Goran Vucetic. Ela conta que na primeira semana foi mais difícil. Assim como seu marido, Olivier Lamarre, ela tinha medo de ter na sua casa, durante três meses, duas pessoas desconhecidas e não sabia se seria compreendida. Depois de três semanas de constantes conversas, dedicação e interesse, a presença dos dois “fi-

Nove estudantes da Unisc, além de uma coordenadora, e dez canadenses realizaram atividades em Santa Cruz do Sul e em Terrebonne (Foto)

lhos” passou a fazer parte da rotina da casa, o que fez com que aumentasse seu interesse em saber mais sobre o Brasil . O resultado disso foi o início de aulas de português na casa, com direito até a quadro-negro. Mesmo tendo realizado muitas atividades com o grupo, o casal destacou que gostaria de ter criado maiores vínculos com os brasileiros, sobretudo pelo interesse que eles demonstravam em conhecer a cultura canadense”. A mãe de acolhida ressalta que, certamente, Joel e Goran foram a melhor dupla para ficar na sua casa e já sente, assim como o marido, muita saudade deles depois que partiram. Quem também compartilhou desse sentimento durante o tempo que esteve longe do Brasil foi Marluce Purper. “Aprendi a sentir saudade e a saber controlá-la”, comenta ao lembrar da primeira experiência que viveu longe de casa. Além disso, considera que

Alunos da Unisc conheceram um pouco da história e da cultura canadense...

durante os seis meses de projeto obteve muito crescimento pessoal e adquiriu maturidade diante de críticas. Para Adriana Silveira da Motta, seus grandes aprendizados baseiam-se em aprender a não pré-julgar ações e costumes, a valorizar a família e a se autoconhecer. De acordo com a supervisora brasileira, que também já partici-

pou do projeto em 2006, a maior gratificação foi poder acompanhar o crescimento pessoal de cada um dos integrantes durante os seis meses. “É como sentir-se parte do processo de desenvolvimento socio-cultural deles, contribuindo para a formação de indivíduos que buscam uma sociedade mais crítica, solidária e justa”, ressalta Cristiana.

Participantes da terceira edição Canadenses: David Bouchard Mathieu Giroux Cody Jack Alex Perron Comerford Goran Vucetic Gabrielle Frappier-Allard Christine Knockaert Allison McKnight Megan Schmidt

Brasileiros da Unisc: Emerson Vogt Mateus Antunes Pereira Joel Eduardi Haas Oliveira Cássio Rosa Jeferson Henn Adriana da Silveira Motta Andressa Pens Lazzari Marluce Purper Patrícia Lucinha Fighera

Supervisor: Martin Roy

Supervisora: Cristiana Verônica Mueller

...e também praticaram o hóquei, principal esporte praticado no país norte-americano


CENTRAL Os resultados e as aprendizagens podem variar muito no mesmo grupo. Um dos locais propícios a isso são os projetos de trabalho. Mas nem sempre é possível atingir as áreas de estudo e os interesses de todos os 18 participantes. Em Terrebonne, por exemplo, os intercambistas atuaram em escolas de Ensino Fundamental e Médio (École Saint-Louis e Armand Corbeil), centro educacional para portadores de necessidades especiais (La Rose Bleue), asilo (CHSLD de la Côte Boisée), centro de defesa dos direitos das mulheres (Centre FAME), centro para apoio a jovens mães e seus filhos (MOMS), centro teatral e jardinagem (Jardin MOORE), restaurante popular (Galilée) e café solidário (Cafe de Rue Solidaire). Como a definição é feita pela supervisão dos locais de onde cada um vai trabalhar, é oportunizado aos intercambistas poder desenvolver atividades extras, os chamados projetos pessoais. No caso de Adriana Motta, estudante de Direito da Unisc, foi possível aliar seu curso com o trabalho. Atuou junto ao Centre FAME em defesa dos direitos femininos e pôde acompanhar uma advogada governamental, que explicou o sistema jurídico canadense e conseguiu participar de uma audiência no Fórum mais próximo. O estudante de Enfermagem Mateus Pereira também se dedicou

Fotos: Arquivo Pessoal

Oportunidade profissional e de vida

O estudante Cássio Rosa, do curso de Engenharia Mecânica, trabalhou na École Saint-Louis com Ensino Fundamental

a outras atividades durante a estada no Canadá. Solicitou auxílio da supervisão antes mesmo de viajar para conseguir realizar um projeto pessoal na área de saúde. Assim, realizou mais de um projeto, sendo um deles junto ao hospital da cidade. “Estar em contato com esta realidade facilitou-me entender a necessidade de investimentos na área de pesquisas no Brasil, pois nosso país possui problemáticas sociais que demandam estratégias públicas na área da saúde voltadas à nossa realidade”, ressalta o estudante, que adquiriu conhecimento suficiente para comparar o sistema de saúde brasileiro ao canadense. Quem destaca esse empenho é o supervisor canadense, Martin

Roy, que relembra, satisfeito, do grande destaque dos alunos da Unisc em Terrebonne. “Eles sempre estavam interessados em poder compreender e acompanhar alguma atividade que agregasse conhecimentos sobre a área que estudam na Universidade”. Esses exemplos despertaram em Martin o desejo de supervisionar novamente um grupo de alunos da Unisc. E, para quem já participou, é difícil definir os seis meses de projeto. Mas, para os alunos dessa terceira edição, as considerações são de uma experiência intensa, de aprendizagem, crescimento pessoal e percepção de que vale a pena se dedicar e ajudar com pequenos gestos que podem significar muito.

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O projeto O Rondon promove o intercâmbio entre estudantes do Brasil e do Canadá por meio de parceria firmada com a Organização Não-Governamental (ONG) Jeunesse Canada Monde. O intercâmbio tem duração de seis meses, sendo três no Brasil e três no Canadá. Os participantes, nove brasileiros e nove canadenses, atuam em duplas de sexo diferente nos projetos e moram em casas de família, também em duplas, mas do mesmo sexo. Em Santa Cruz do Sul, os rondonistas realizaram em 2007 atividades em zonas carentes da cidade. “A expectativa é ter um grande aprendizado, conhecer uma nova cultura e também poder ensinar”, diz Emerson Vogt, um dos participantes do projeto. Segundo Emerson, o projeto é um reflexo do ensino da Unisc, voltado para a qualificação dos alunos com convivência profissional, social e cultural. Os locais beneficiados no município foram a Escola Caic, no bairro Menino Deus; o Asilo do bairro Bom Jesus; a Apae; a Escola Dr. Guilherme Hildebrand, no bairro Santo Antônio do Sul; os Postos de Saúde da Família, nos bairros Pedreira e Menino Deus; a Escola Harmonia e o Centro Social Beatriz Jungblut; a Escola Santuário e o Centro Social de Turno Oposto; e o Programa Prato Forte, no bairro Menino Deus, que, em parceria com a Cozinha Social Gideões, com o Programa de Agricultura Familiar e com a Padaria Municipal, distribui refeições em nove pontos do município.

Para Marluce, experiência serviu também para aprender a controlar a saudade de casa

Um grupo formado por 30 alunos e um professor da Unisc realizou, no início deste ano, uma viagem de estudos internacional. O destino foi a cidade de San Rafael, Argentina, sede do Centro Tecnológico de Desarollo Regional Los Reyunos. A atividade faz parte do convênio firmado entre a Unisc, por meio da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), e a Universidade Tecnológica Nacional. Os alunos são vinculados aos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia de Produção, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental, Engenharia Mecânica e Química Industrial da Unisc. Durante a estada no país, os estudantes participaram de cursos e visitas técnicas, validadas como horas complementares de seus cursos. Na Unisc, cinco estudantes de Engenharia da Universidade Tecnológica Nacional realizaram atividades pelo intercâmbio no mês de fevereiro. Jorge Nicolás Martinéz Araújo, do curso de En-

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Luciano Pereira

Intercâmbio também entre Brasil e Argentina Estudantes de Comunicação da Unisc vão para Portugal

Marcos, Melina, Lucas e Jorge Nicolás, no centro, entre Cristiana Mueller, da AAII, e o professor Jorge Ribas Moraes

genharia Civil, desenvolveu atividades na Suhma Engenharia; Marcos Alfredo López Sela, da Engenharia Eletromecânica, atuou na Philip Morris; e Melina Lourdes Castillo e Lucas Simón Pietrelli realizaram atividades na Rebelli. Em março, a também argentina Gabriela Natalia Coria está trabalhando

junto à Kannenberg. Os estudantes argentinos consideraram válida a experiência e elogiaram a infra-estrutura da Unisc e a receptividade dos brasileiros. Em especial, a estreita relação entre a Unisc e as empresas, facilitando os estágios e a inserção no mercado de trabalho.

Um grupo de cinco alunos e um professor do curso de Comunicação Social da Unisc participaram de um intercâmbio em Portugal, no curso de Comunicação Social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (Esta). As atividades começaram no dia 7 de janeiro e se prolongaram até o dia 6 de fevereiro. O intercâmbio é resultado de um convênio entre as duas instituições, que existe desde 2003. O professor Alexandre Borges e as alunas Giovana Previdi, Nândria Oliveira, Josiléri Cidade, Viliani Turatti e Cíntia Marchi participaram de aulas, desenvolveram atividades junto com os alunos de Jornalismo, Publicidade e Comunicação Empresarial de Abrantes e visitaram a região onde está instalado o distrito de Santarém. Entre os locais visitados estão a TSF - Rádio Notícias e a RPT - Rádio Televisão Portuguesa. O intercâmbio é aberto a alu-

nos de Comunicação da Unisc, sempre no mês de janeiro. Os alunos portugueses, por sua vez, vêm para Santa Cruz do Sul na metade do ano, quando participam de aulas e de atividades extras programadas pela Unisc. Conforme a subcoordenadora do curso, Ângela Felippi, a troca é positiva, uma vez que os alunos brasileiros conhecem a realidade do ensino e da prática de comunicação num país de primeiro mundo e, principalmente, tomam conhecimento das principais discussões teóricas da área, uma vez que os cursos portugueses têm ênfase na teorização. O mesmo ocorre com os portugueses que vêm para Santa Cruz do Sul. Por uma característica do curso da Unisc, eles acabam vivenciando a prática em Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas e Produção em Mídia Audiovisual nos diferentes laboratórios que o curso possui.


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EXTENSÃO

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Memorial Unisc será um dos principais espaços culturais do Rio Grande do Sul Dia 18 de dezembro é a data da inauguração da parte térrea do Memorial da Unisc. O local abriga as novas instalações do Centro de Documentação (Cedoc) e do Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa) da Universidade. A área inaugurada, de 367,61 metros quadrados, divide-se em um local para recepção, sala de reuniões, sanitários, salas de coordenação, laboratório, salas para acervos, sala de pesquisa, entre outros espaços. Segundo o arquiteto Felipe Rauber, as novas instalações do Cepa e do Cedoc serão bem mais amplas que as atuais, tanto no ambiente de trabalho, quanto no espaço para acervo. “Este aumento de espaço físico redunda em melhoria da qualidade das instalações e vai proporcionar melhores condições de atendimento ao público”, comenta. Para o reitor, Vilmar Thomé, este é um importante espaço para o desenvolvimento da cultura e da educação na região. “O espaço que estamos inaugurando destina-se a atividades que vão trazer benefícios aos professores e estudantes. Dessa forma, a Unisc, por meio desse projeto, cumpre um im-

portante papel no resgate histórico e no desenvolvimento cultural. Esperamos para breve poder entregar à comunidade outros espaços do Memorial”. O pró-reitor de planejamento e desenvolvimento institucional, João Pedro Schmidt, enaltece a importância da inauguração, por mostrar que o Memorial está começando a se tornar um fato. “O Memorial está em construção há vários anos e é importante que comece a ser utilizado gradativamente para as suas finalidades. A conclusão do conjunto da obra vai requerer ainda um bom investimento, mas o apoio tende a aumentar com sua ocupação. Quem vê a obra de perto no seu atual estágio entende melhor a sua relevância para o progresso da cultura e da arte na região”, pontua. Já o pró-reitor de extensão e relações comunitárias, Luiz Augusto Costa a Campis, aponta a idéia de dotar a Universidade e o Estado de um espaço que seja referência para a preservação da memória da região, além de servir para receber exposições artísticas e científicas. “O passo dado neste momento significa o vencimento de mais uma etapa no processo de

Yaskara Ferreira

INAUGURADO PRIMEIRO PISO DO MEMORIAL

Campis: Memorial será um espaço de referência para a preservação da memória da região

instalação do Memorial. Esperamos que este novo degrau alcançado sirva de estímulo para que a comunidade se mobilize no apoio à conclusão desta importante obra”, destaca.

hall, lobby, guarda-volumes e recepção. Ainda nesse pavimento estão previstos um bazar e um bistrô com terraço. A sala central do segundo piso, denominada de Salão Nobre, vai possuir sistema máximo de segurança e será estruturada para receber obras de arte de grande valor cultural. Salas para oficinas de restauro, laboratório fotográfico, depósito, sala de conferências e de audiovisual também estarão nesse pavimento.

O projeto O Memorial Unisc será um dos principais espaços culturais do Rio Grande do Sul. O local vai abrigar a memória da região e sediar eventos artístico-culturais. Projetado para uma área de 2.550 metros quadrados, o prédio, que fica entre a piscina e a pista de atletismo da Universidade, vai contar, no pavimento superior, com salas de exposição, Salão Nobre,

Histórico de doações O projeto começou a ser pensado entre os anos de 1999 e 2000. O lançamento aconteceu em

2002, já contando com as primeiras doações. A construção iniciou em 2003, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Na primeira fase, foram captados junto a empresas da região e pessoas físicas cerca de R$ 1,2 milhão. Para o prosseguimento da obra, foi apresentado um novo projeto junto ao Ministério da Cultura, no valor de R$ 1,9 milhão. De 2002 a 2007, as empresas contribuintes foram Souza Cruz, Alliance One Brasil, Eletrobrás, CTA Continental, Kannenberg e Cia. Ltda., Universal Leaf Tabacos e Poliagro. Nesse período, 96 pessoas físicas também contribuíram com a obra. O projeto entra agora na sua segunda fase, visando à conclusão total da obra. Os repasses para o projeto garantem às empresas o abatimento de até 74% do valor na hora de fazer o recolhimento do imposto de renda. As pessoas físicas podem contribuir com até 6% do imposto de renda devido, podendo abater 80% do valor destinado na declaração do imposto de renda. Os contatos para novas contribuições já iniciaram e a expectativa é obter fundos junto a doadores que conheçam o trabalho da Unisc. Informações sobre doações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717-7316, com Rosane.

Oferecer atendimentos odontológicos de qualidade nos bairros de Santa Cruz do Sul e aproximar os acadêmicos da Rede de Serviços de Saúde. Esses são os principais objetivos do Projeto de Reorientação de Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), lançado em dezembro em Santa Cruz do Sul. O então secretário municipal de saúde, Carlos Behm, disse que “é um projeto muito importante para os bairros e para Santa Cruz do Sul. Vai suprir carências na prestação de serviços e qualificar as atividades dos PSFs”. O projeto do curso de Odontologia da Unisc foi selecionado no edital n°1, de 16 de dezembro de 2005, do Ministério da Saúde. A coordenadora do curso de Odontologia, professora Beatriz Baldo Marques, frisou que “uma grande equipe trabalhou por muito tempo neste projeto”. No Brasil, 25 cursos de Odontologia foram beneficiados; já no Rio Grande do Sul somente dois, da Ufrgs e da

Unisc. O valor aprovado para a execução foi de mais de um milhão de reais, além de um incentivo para a prefeitura local. Os gestores municipais elegeram para o investimento da verba a Casa de Saúde Ignês Moraes, mais conhecida como Hospitalzi-

nho, que já está em obras. A implantação do Pró-Saúde tem a duração de três anos. Após esse período, os investimentos passam a pertencer ao município. O reitor, professor Vilmar Thomé, destacou a importância do projeto para desenvolver e qualificar a forma-

Ampliação da Casa de Saúde Ignês Moraes (Hospitalzinho) Recepção Sanitários para pacientes Seis consultórios odontológicos Sala de distribuição Sala de esterilização Anfiteatro para 60 pessoas Sala de reuniões Sanitários para profissionais, alunos e professores Atividades que serão desenvolvidas nesses espaços Estágios curriculares Realização de procedimentos clínicos de disciplinas Atividades de promoção e prevenção da saúde Ações integradas com outros cursos da área da saúde da Unisc Projetos de capacitações

Yaskara Ferreira

Pró-Saúde é lançado oficialmente na Unisc

Beatriz, Behm, Thomé e Jacob Braun, da Apesc, na cerimônia de lançamento do projeto, na Unisc

ção dos acadêmicos. “Assim, contribuímos com o desenvolvimento em sentido amplo, qualificando a formação e a assistência em saúde”, afirma. Em 2008 um novo edital será aberto para cursos da área da saúde e, segundo o reitor, “a Unisc vai apresentar novos projetos, buscando contemplar novas áreas do conhecimento”. A coordenação

do Pró-Saúde é realizada pelas professoras Magda de Sousa Reis, Renita Baldo Moraes e Beatriz Baldo Marques. O evento contou com o patrocínio da Gnatus Equipamentos Odontológicos.

Verba

Total para o projeto: R$ 1.288.377,22 Para o município: R$ 100.000,00


PESQUiSA

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Nitt é o setor da Unisc responsável pela patente Um projeto de pesquisa rendeu à Unisc o depósito de mais uma patente de um produto tecnológico. Depois de cinco anos de testes e estudos, pesquisadores da Universidade chegaram ao eletroflotador/eletrocoagulador para tratamento de efluentes em fluxo contínuo compartimentado com uso alternativo de ozônio, peróxido de hidrogênio e radiação ultravioleta. Esse é um equipamento capaz de tratar efluentes industriais de forma mais limpa e mais econômica. Os autores desse produto inovador são o professor do departamento de Química e Física, Ênio Leandro Machado; o acadêmico do curso de Química Industrial, Jorge Matheus Hoeltz e a mestre em Tecnologia Ambiental pela Unisc, Daniela Mazzarino Jachetti. Durante os cinco anos de pesquisa, as atividades foram financiadas pela Unisc e, a partir de 2005, também pelo CNPq. Para o coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nitt), Rogério Leandro Lima da Silveira, o registro dessa patente demonstra a importância e a qualidade da pesquisa desenvolvida pela Universidade. “Reafirma o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável regional por meio da transfe-

Yaskara Ferreira

Equipamento ecológico é patenteado pela Unisc Como funciona Barras de ferro/aço são utilizadas como eletrodos e horizontalmente dispostas dentro de compartimentos de um tanque; A geometria do tanque permite fluxo ascendente e decrescente, sem turbulência excessiva, preservando os flocos formados; O raspador mecanizado, fixado na parte superior do tanque, possibilita a retirada de lodo para posterior desagüe e secagem.

Hoeltz e Daniela são os autores do eletroflotador/eletrocoagulador junto com o professor Ênio Leandro Machado, do Departamento de Química e Física da Unisc

rência, para a sociedade, de um produto tecnologicamente inovador e economicamente viável”, completa. Segundo Ênio, o primeiro caso de aplicação da pesquisa ocorreu em uma indústria têxtil situada na região do Vale do Rio Pardo. “Verificamos a possibilidade de descolorimento e aumento da biodegradabilidade com o equipamento. Tivemos ganhos operacionais e de insumos químicos, para substituir a forma clássica de floculação/coagulação”, observa. Agora, o plano é efetuar a

transferência ou o licenciamento dessa tecnologia para as empresas interessadas em produzir e comercializar o produto. O equipamento tem baixo custo e é ambientalmente sustentável. Os contatos para empresas que têm interesse em comercializar o produto podem ser feitos pelo telefone (51) 37177516 ou pelo e-mail nitt@unisc.br. Aplicação O eletroflotador/eletrocoagulador é aplicado na redução de custos para empresas que utilizam

Egressos da Psicologia são selecionados em mestrados da PUC/RS e da Ufrgs A ex-aluna do curso de Psicologia da Unisc, Gisele Dhein, foi selecionada em primeiro lugar para o mestrado em Psicologia Social da PUC/RS. Com a colocação, Gisele receberá uma bolsa CNPq, que custeará os créditos do mestrado, e uma bolsa auxílio. Outro egresso do curso, André Moraes, foi selecionado para o mestrado em Psicologia da Ufrgs. Gisele formou-se na Unisc no segundo semestre de 2006. Com a bolsa recebida para o mestrado, ela poderá dedicar-se exclusivamente ao curso. O foco de sua pesquisa será a psicoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), orientada pela professora Neuza Guareschi. Para a futura mestre, a graduação feita na Unisc foi essencial no seu desempenho na seleção do mestrado. “Além da qualificação dos

professores, das oportunidades que o curso oferece e da possibilidade de acesso a várias áreas da psicologia, o contato com a pesquisa foi de fundamental importância”, destaca Gisele. Segundo ela, o trabalho interdisciplinar que a Unisc proporciona também foi importante, pois possibilitou uma discussão mais ampla de assuntos relacionados à área da saúde. “A Unisc é uma das poucas universidades no Brasil que oferece essa discussão, na psicologia, ainda na graduação”, acrescenta. Já André, que também concluiu o curso no segundo semestre de 2006, atuará na área de Psicologia e Neuropsicologia. O mestrado em Psicologia da Ufrgs é um programa de pós-graduação Qualis 7, que é o melhor conceito de avaliação da Capes. André disputou uma das 20 vagas com outros

150 candidatos de todo o Brasil. “O que considero ter sido mais importante na Unisc foi a possibilidade de adesão a diferentes projetos de pesquisa ao longo da graduação”, comenta. “Mesmo na Psicologia, tive possibilidade de trabalhar com professores que demarcaram minhas escolhas futuras quanto às áreas de pesquisa”, completa André, que por dois anos atuou com um professor visitante da Universidade de Bohn, Alemanha. Assim como Gisele, André destaca o trabalho interdisciplinar do curso. “Desenvolvi atividades de pesquisa com um professor do curso de Engenharia de Produção da Unisc, que desenvolvia sua tese de doutorado envolvendo ergonomia, odontopediatria e psicologia”, exemplifica. Na sua pesquisa, André terá a orientação da professora Maria Alice Pimenta Parente.

produtos químicos nas suas atividades. A invenção pode ser adotada por empresas de diferentes áreas como lavanderias, gráficas, serigrafias, hospitais, restaurantes, postos de combustíveis, lavagens de veículos, empresas têxteis, shoppings, indústrias de celulose e papel, entre outras. Produto patenteado O objetivo em patentear os inventos produzidos pela comu-

nidade acadêmica é proteger o conhecimento produzido internamente e efetuar, de uma forma segura para os seus autores, a transferência dessas tecnologias para a sociedade. Com um produto patenteado, a Unisc é certificada como proprietária do invento e, a partir disso, obtém o dever de transferir essas inovações para o setor produtivo. O setor responsável por esse trabalho é o Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nitt), que interage com o setor produtivo no que tange à propriedade intelectual e à transferência de tecnologias produzidas na Instituição. É ele quem viabiliza que as inovações desenvolvidas no meio acadêmico sejam transferidas e aplicadas nas empresas interessadas em aprimorar seus produtos e processos com baixo custo.

Projeto Casadinhos ganha projeção nacional Começou a vigorar no dia 1º de janeiro a lei que torna obrigatória a adição de 2% de biodiesel no diesel (Mistura B2) comercializado nos postos de gasolina. Com isso, cresce a preocupação também com os mecanismos de fraude nesse tipo de combustível. Um projeto de norma para controle elaborado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conta com a participação de um professor da Unisc. Preocupados em desenvolver metodologias de controle que permitam a fiscalização da Mistura B2, a Associação submeteu à consulta pública o projeto de norma Biodiesel - Determinação do teor de biodiesel em óleo diesel por espectroscopia na região do infravermelho médio, elaborada pela Comissão de Estudo Especial da ABNT. Essa comissão tem a participação dos co-

ordenadores do Projeto Casadinhos Biodiesel - Novas Metodologias Analíticas para Avaliação de Misturas Biodiesel/Diesel, professor Marco Flôres Ferrão, da Unisc, e professora Annelise Gerbase, da Ufrgs. O Projeto Casadinhos, aprovado em novembro de 2006, vem sendo desenvolvido por meio de atividades conjuntas entre o Programa de Pós-Graduação em Sistemas e Processos Industriais da Unisc e o Programa de Pós-Graduação em Química da Ufrgs. Para isso são utilizados recursos humanos e de infra-estrutura disponíveis de cada uma delas, bem como financiamentos da Fapergs e da Capes. O projeto de norma se encontra disponível para apreciação pública até a primeira quinzena de janeiro, na página da ABNT. A nova norma deve vigorar ainda este ano.




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GERAL

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Unisc investe em tecnologia aplicada à gestão

Ao longo dos oito anos do EJA na Unisc, 112 funcionários já terminaram o Ensino Fundamental Não importa a idade ou o tempo que passaram sem estudar. Para os funcionários da Unisc que estão freqüentando o Núcleo Municipal de Educação de Jovens e Adultos (Cemeja), o que está fazendo a diferença, agora, é a vontade de aprender. Há um ano a Universidade mantém uma parceria com o núcleo, o que está possibilitando que funcionários continuem e até concluam o Ensino Fundamental, como foi o caso da funcionária Maria de Fátima Ilha Lopes, da Limpeza, que se formou em dezembro. Maria de Fátima estava entre os sete funcionários da Unisc que em 2007 freqüentaram o Ensino Fundamental no Cemeja. Para este ano estão previstos cinco. O Programa Permanente de Capacitação da Universidade existe desde 2000 e oferece aos funcionários a possibilidade de retomarem os estudos. Antes de 2007, as aulas ocorriam dentro do próprio campus. Aos 50 anos, Maria de Fátima diz que na Unisc teve o incentivo que não teve na infância, quando desistiu de estudar na quinta série. Às vésperas da aposentadoria, ela agora já pensa em

Divulgação

Nunca é tarde para aprender

A Unisc passou por uma importante mudança tecnológica neste início de ano. A novidade é referente ao sistema Workflow, que agora está disponível para acessos de fora da Instituição, facilitando o trabalho dos docentes e técnicos administrativos. Pelo sistema é possível acompanhar o fluxo de informações de projetos de pesquisa e de extensão e de compras, bem como o registro de prazos, aprovações e datas das modificações dos trabalhos. Para o Pró-Reitor de Administração, Jaime Laufer, essa atitude demonstra a preocupação da Universidade em informatizar os seus processos e reduzir custos. “O acesso facilitado traz agilidade e economia. A Instituição avalia muitos projetos e solicitações por semestre e esse sistema combate as impressões e o gasto com papel, além de ser extremamente seguro”, afirma. A professora Rosana Schneider, do Departamento de Química e Física, acompanha o sistema desde sua concepção e diz que o acesso em casa facilita muito. “Neste período do ano, por exemplo, os alunos ainda estão obtendo resultados de pesquisas e os professores ficam com todo o trabalho de inserir os relatórios no sistema para os últimos dias. Com

Karoline, Maria de Fátima e Deise: meta para 2008 é estender a capacitação ao Ensino Médio

concluir o Ensino Médio e buscar novas oportunidades de trabalho. “Agradeço à equipe do EJA da Unisc por me dar essa oportunidade de voltar a estudar e completar o curso fundamental”, afirma. Para ela, o programa é uma nova chance de adquirir conhecimento e de buscar algo que incentive a nunca desistir. “Mudei até mesmo na vida pessoal, pois me tornei uma pessoa mais comunicativa e fiz mais amigos”, elogia. A formatura de Maria de Fátima foi acompanhada por Deise Inês Marchi e Karoline Kist, auxiliares da área de Desenvolvimento Humano do setor de Recursos Humanos da Unisc. Cemeja A parceria da Unisc com o Cemeja teve a intenção de integrar os colaboradores a outro ambiente

e a novos colegas. Ao longo desses oito anos do Programa, 112 funcionários já terminaram o Ensino Fundamental por intermédio da Instituição. A meta para 2008 é estender a capacitação ao Ensino Médio, como já ocorreu em anos anteriores na Unisc. “Fazemos um trabalho de sensibilização, destacando o quanto o estudo permite o crescimento pessoal e profissional”, afirma a psicóloga Gabriela Pires Morais, da área de Desenvolvimento Humano do Programa de Capacitação, do setor de Recursos Humanos da Unisc. Para que participem das aulas, a Universidade dispõe ainda de vale-transporte para o deslocamento até o Cemeja, que funciona no prédio da antiga Fisc, e também flexibiliza horários, quando há necessidade.

O que é o Workflow? O Workflow, ou fluxo de trabalho, é uma tecnologia aplicada em organizações com o objetivo de simplificar os processos e diminuir a burocracia. É a automação de um processo, no todo ou em parte, durante o qual documentos, informações ou tarefas são passadas de um participante para outro da ação, de acordo com um conjunto de regras procedimentais. Na Unisc isso ocorre por meio do software Orquestra.

Doação dá certificado ambiental à Unisc na região Sul. “Que eu saiba, só havia um projeto semelhante em São Paulo”, afirma o diretor. “Ficamos contentes em saber do desejo da Unisc em destinar corretamente seus resíduos tecnológicos”, diz. Segundo ele, os equipamentos são recebidos, desmontados, selecionados por tipo de material e, então, destinados aos parceiros devidamente licenciados e que detêm a tecnologia para reciclá-los. As empresas que participam desse projeto enviando seus resíduos, como é o caso da Unisc, recebem um Certificado de Consciência Ambiental. A Peacock é a primeira empresa instalada na Região Sul a receber uma Licença de Operação para receber resíduos eletrônicos. Ela repassará o material plástico para a sua matriz, em Hong Kong, enquanto objetos de metal, placas e monitores serão vendidos a em-

presas da Capital, de Sapucaia do Sul e de São Paulo. Projeto E-Lixo O Projeto E-Lixo consiste no recebimento de equipamentos eletroeletrônicos excedentes, em desuso ou danificados provenientes de indústrias, comércios e de todas as entidades de pessoa jurídica. Esses equipamentos são desmontados, separados por tipo de material e destinados a empresas devidamente licenciadas para reciclagem. Para registro da transação, a empresa cedente irá emitir uma nota fiscal para a Peacock do Brasil Ltda., valorando o material em R$ 0,05 (cinco centavos) por quilograma. Esse valor será pago à empresa cedente no prazo de 30 dias ou, se a empresa assim desejar, o valor será somado a uma parcela do lucro auferido pela Peacock com a venda dos materiais

Luciano Pereira

O lixo eletrônico descartado pela Unisc ganhou um novo destino. Em dezembro, equipamentos sucateados como gabinetes de computador, monitores, impressoras, fontes de alimentação, HDs, memórias RAM, processadores, drives de disquete e de CD ROM e scanners, entre outros materiais em desuso, foram doados para a Peacock do Brasil Ltda., de Porto Alegre. A Peacock é uma firma habilitada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) para receber e reciclar lixo eletrônico, como computadores, aparelhos de tevê, CDs, DVDs e outros objetos que, muitas vezes, demoram séculos para se decompor. O objetivo é minimizar o impacto ambiental provocado por esse tipo de detrito. O diretor da Peacock do Brasil, Cristian Kienzle, ressalta que o trabalho da empresa é inédito

o acesso em casa o trabalho é facilitado, pois podemos acessar à noite e nos finais de semana”, comemora. Para a professora Eunice Piazza Gai, do Departamento de Letras, a idéia é muito boa, pois facilita a elaboração e, principalmente, o acompanhamento dos projetos em curso. Já Daniela Meyer Veiga, funcionária da Central Analítica da Unisc, diz que a iniciativa irá facilitar e ajudar no trabalho do diaa-dia. “Em casa, ou até mesmo quando estiver em viagem, posso fazer e consultar os fluxos”, avalia. O projeto-piloto do Workflow da Unisc começou a ser utilizado em 2004, no encaminhamento de projetos de pesquisa, de extensão e de áreas preferenciais. Logo de início o sistema padronizou e otimizou o processo, unificando os diferentes formulários que existiam para cada tipo de projeto. O Sistema de Gestão de Processos (SGP) elaborado pela Unisc, que trabalha em conjunto com o Workflow, é um modelo na área de gestão. Outras universidades já se mostraram interessadas em adquirir o produto. A tecnologia foi implantada na Unisc pela Assessoria Técnica de Desenvolvimento Organizacional, em parceria com o Setor de Informática.

Lixo eletrônico descartado pela Universidade será destinado à reciclagem em empresas licenciadas

separados e revertido em campanhas sociais a entidades carentes em forma de alimentos ou equipa-

mentos, como nebulizadores para creches, aparelhos de medição de pressão para asilos, entre outros.


E AGORA

REFLEXÕES SOBRE CARREIRA E PROFISSÃO

AO MELHOR CHEFE QUE JÁ TIVE Escrevi esta carta para você há 10 anos. Nunca lhe enviei. Receba essas palavras retrospectivas como um carinho, como um elogio por sua trajetória. E como um agradecimento por tudo o que você me ensinou. “Várias vezes me sinto intimidado por atitudes suas, por seu estilo para lá de decidido. Claro, sou tão responsável por esse sentimento quanto você. A gente tende sempre a jogar a responsabilidade pelas coisas de que não gosta no outro lado da mesa. É difícil reconhecer que a gente também contribui para que elas aconteçam. “Meu grande risco ao trabalhar com você sempre foi virar um yes man, um cara que só diz amém, um pusilânime. Aquele tipo colaborador que suprime a própria consciência para ter menos atritos com o chefe, gerar menos confrontos com a cultura estabelecida, e assim viver com mais tranqüilidade. Só que comprar a condição de estar em boa conta com você com a moeda do meu silêncio medroso, ou da minha aquiescência contrariada, me faz mal. Vai contra tudo o que aprendi e acredito. “Acho que a divergência não pode significar uma declaração de guerra. Nem deve implicar retaliação bélica. Não numa relação profissional madura e produtiva. Às vezes vejo você retirando dos seus interlocutores o espaço para discordância. Como se a sustentação de uma opinião dissonante precisasse sempre desembocar numa animosidade. Em nossa relação específica, especialmente nos momentos mais decisivos, você raramente tem permitido a diferença, a diversidade de visões. Isso empobrece tudo. Fica você numa posição autocrática — que não lhe faz jus — e fica seu interlocutor empurrado a uma posição subalterna, acovardada. E é claro que nenhuma pessoa que valha a pena gosta de se ver vestindo esse casaco. “Você tem essa tendência de aniquilar tudo aquilo que não lhe for espelho. Como conseqüência, não há meio-termo possível quando uma convicção sua, por menor que seja, está em jogo. É uma queda-de-braço infindável e insolúvel: ou seu interlocutor está com você ou está contra você. Um oito-ou-oitenta que só se resolve de um jeito: com a repressão — ou a auto-repressão — de seu interlocutor. Eu nem sempre estarei com você. Mas nunca estive – e jamais estarei, enquanto trabalharmos juntos — contra você. Essa nuança não está disponível entre a gente e eu sinto falta dela. “Eis o que eu sinto mais falta: diálogo. Conversa genuína, desierarquizada, na qual seja possível falar com sinceridade e na qual ambos os lados consigam ouvir de modo sereno e racional. Repito: a responsabilidade por tudo isso é metade minha. Se você forçou a barra, eu também cedi. Ambos temos egos complexos. E para evitar desgaste com você, acabei retrocedendo, me maquiando em vários momentos, deixando de ser eu mesmo. Só que é um projeto inexeqüível jogar bola com a obrigação de tirar sempre a perna das divididas. Por outro lado, pergunto: você precisa entrar sempre rachando? Que tal disputar a bola sem o risco de quebrar a perna do outro (especialmente quando eu não sou um adversário, mas um jogador do mesmo time)? “Muita gente a sua volta tem se calado, deixado de dar importantes contribuições ao negócio que você gere. São pessoas que vão com o tempo perdendo o entusiasmo, o brilho no olho, com medo de tomar porrada, de levar tapa na cara. Esse é o ambiente que você quer construir? “Se você quiser um bando de gente receosa, que não se reconhece como time, sem tesão pelo que fazem ou pelo lugar em que trabalham, que enxergam em você um chefe em permanente ameaça, um muro e um murro, siga em frente. Fale mais do que ouça, não deixe ninguém discordar. Deixe claro que elas só

NÚMERO 79 MARÇO DE 2008

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Adriano Silva é executivo numa grande empresa de mídia brasileira doceoficio@uol.com.br

podem falar aquilo que você deseja ouvir. “Mas se você quiser um time flamante, de pessoas apaixonadas pelo que fazem e pelo lugar em que trabalham, doidas para assumir mais riscos e crescerem junto com o negócio, que enxergam em você um líder, um mentor, um exemplo, então pare e reflita. Baixe a guarda, ouça mais, exponha-se ao diálogo honesto, chame o time para opinar, traga-os mais para perto de você. Acredite: isso não vai enfraquecê-lo. Muito ao contrário. “Imagino que esta sua postura agressiva seja pura defesa. Ansiedade, insegurança. Essas coisas que nos preenchem a todos. Gerenciar talentos, pessoas criativas, que não cabem dentro do quadradinho, é mesmo um fardo. Mas um fardo inevitável para os grandes executivos. E você, não tenho dúvidas, é um deles.” ps. Estarei aí na Unisc – finalmente! – na segunda, 17 de março, com a tremenda responsabilidade de proferir a aula inaugural do curso de Comunicação. A gente se vê!

www.osfiguras.com.br

DICAS PARA LER... Livraria da Unisc

Aos meus amigos, de Maria Adelaide Amaral Editora: Globo Preço: R$ 23 (à vista 10%)

Tem como tema central um dos principais temas da literatura de todos os tempos - a amizade. A história do romance, baseada em fatos reais da vida da autora, se articula em torno de um leito de morte. Na verdade, de um leito de suicídio, o do escritor e publicitário Leo (inspirado em Décio Bar, amigo da escritora, a quem o romance é dedicado). Romance ágil, grandemente baseado em diálogos.

Biblioteca

O livro de Jó, de André Vianco, 384 p. Editora: Novo Século Localização:B869.3V614L2007

O turno da noite - vol. 3 Livro de Jó é o último da trilogia que conta a saga de quatro vampiros na cidade de São Paulo. Paulista, André Vianco é um renomado nome da literatura ficcional brasileira tendo sua obra baseada no terror e suspense. Vampiros, lobisomens e anjos se misturam num conflito onde não sabemos ao certo quem é herói ou quem é bandido.

Edunisc

Comadre corujinha e compadre gavião, de Cleonice Bourscheid e Joana Puglia Preço: R$ 25 (Na Livraria 40%)

O livro recria a história contada por nossos pais e avós, no tempo “em que os bichos falavam”. Quem não recorda da Comadre Corujinha falando com orgulho de sua prole - “os mais belos filhotes da floresta?” Com belíssimas ilustrações da artista plástica naíf, Joana Puglia, conta em forma de versos a história da Comadre Corujinha e do Compadre Gavião.


JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL NÚMERO 79 NÚMERO 79 MARÇO DE 2008 MARÇO DE 2008

ESPORTE

Parceria une três eixos na disputa do Gauchão 2008 A Unisc está apoiando em 2008 as duas equipes de futebol de Santa Cruz do Sul para a disputa do Campeonato Gaúcho. Santa Cruz, na primeira divisão, e Avenida, na segundona, já estão levando o nome da Instituição em seus uniformes desde o início da temporada. Mas a parceria entre a Unisc e o Futebol Clube Santa Cruz vai render frutos também ao meio ambiente. Todos os jogos realizados no estádio dos Plátanos estão sendo neutralizados com o plantio de árvores na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) da Unisc, em atitude ambiental inédita no futebol gaúcho. A Unisc já é pioneira na atitude de neutralizar seus vestibulares com o plantio de árvores desde o ano passado, com a criação do Selo Neutralize. Agora, o selo também vai atuar no futebol, igualmente de forma inédita. O profissional responsável pelos cálculos é o professor do Departamento de Biologia e Farmácia da Unisc, Jair Putzke. Serão contabilizadas todas as ações que causarem impacto ao meio ambiente, como gasto de energia elétrica e de deslocamento, por exemplo. Conforme Putzke, por meio de um levantamento fitossociológico realizado no período de um

Fotos: Luciano Pereira

EDUCAÇÃO, ESPORTE E MEIO AMBIENTE

HANDEBOL A equipe de handebol masculino da Unisc conquistou em fevereiro o tricampeonato da etapa regional do Circuito de Verão do Sesc, na modalidade de handebol de areia. Os jogos foram realizados na Praia dos Ingazeiros, em Rio Pardo, onde a equipe santa-cruzense derrotou os dois times locais. A equipe feminina da Unisc também representou Santa Cruz do Sul na fase final, disputada em Torres nos dias 1º e 2 de março. A Unisc chegou até as oitavas de final nos dois naipes.

FUTSAL

O presidente do Futebol Clube Santa Cruz, Tabajara Ramalho de Andrade, e o reitor Vilmar Thomé assinaram parceria para a disputa do Gauchão 2008

ano na RPPN da Unisc, a quantidade de carbono armazenada por hectare foi estimada. Com base nisso, é possível calcular quantas árvores precisam ser plantadas para neutralizar um jogo de futebol. Os plantios serão feitos em conjunto, ao final de cada fase do campeonato. Na primeira fase o Santa Cruz ainda joga em casa contra o Grêmio, dia 16, e contra o Caxias, dia 26.

O que será neutralizado? Alguns itens que serão neutralizados nos jogos de futebol Q Consumo de papel Q Público no estádio Q Consumo de energia elétrica Q Gasto com combustível e deslocamento dos atletas Q Material de divulgação do evento Q Material comercializado durante o jogo Q Copos plásticos

Uma reserva de preservação Arquivo AI

Em 2005, a Universidade recebeu, por meio de uma doação da empresa Souza Cruz, um espaço destinado exclusivamente à preservação ambiental. É a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), uma área que abrange 385 hectares, incluindo o Salto do Rio Pardinho, no município de Sinimbu, a 48 quilômetros de Santa Cruz do Sul. A área é constituída por 60% de matas virgens, 20% de matas secundárias e capoeiras em regeneração e 20% de terras ocupadas pela agricultura e pecuária em minifúndios. Com fauna RPPN da Unisc fica em Sinimbu, a 48 quilômetros do campus-sede e flora abundantes, a RPPN conta com áreas destinadas à preservação, à pesquisa, a projetos de educação ambiental e a atividades de ecoturismo. Com iniciativas como essa, a Unisc pretende ampliar as atividades de educação ambiental envolvendo universitários, alunos da rede escolar e população em geral, permitindo que a comunidade se integre ao local e entenda a importância da natureza e da sua preservação.

CMYK

Como em 2007, a Associação RioPardense de Futsal (ARPF) terá o apoio da Unisc neste ano. A parceria foi renovada no dia 3 de março pelo reitor Vilmar Thomé e pelo presidente do clube, Herny Marcolla Filho, e prevê apoio maior nesta temporada. Já o trabalho desenvolvido será longo. Debutante na Série Bronze do ano passado, a ARPF disputará a Prata em 2008. O time está na Chave A, com Dois Irmãos, Assoeva, Noiva do Mar, Sobradinho, Alaf, Celeste e Bola na Rede. A estréia será em 26 de abril, contra o Noiva do Mar, em Rio Grande.

GOLFE A Unisc passou a incluir em sua lista de atividades esportivas o golfe. Os golfistas Bruna Spengler e o profissional Fernando Guimarães contam agora com o apoio da Unisc para participar dos principais torneios no Brasil e também de torneios internacionais. Bruna é campeã gaúcha e brasileira juvenil. A idéia de apoiar o golfe local vinha sendo gestada há algum tempo, disse o coordenador da Central Analítica da Unisc, Giovani Mayer. “Somos um setor prestador de serviços, especialmente para o agronegócio e o meio ambiente, com clientes em todo o Rio Grande do Sul e em outros Estados. Percebemos que esse esporte é um bom instrumento para nos dar visibilidade junto aos nossos atuais e futuros clientes”, explicou.

CESTINHA

Reitor Vilmar Thomé, o presidente Paulo Frantz e o pró-reitor Luiz Augusto Costa a Campis

Avenida busca o acesso O Esporte Clube Avenida também terá o apoio da Unisc na temporada 2008. O objetivo, porém, é outro: o acesso à primeira divisão. A parceria foi firmada em janeiro, com a presença do reitor Vilmar Thomé, do pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc, Luiz Augusto Costa a Campis, e do presidente do Avenida, Paulo Frantz. O uniforme foi apresentado no início de março.

O Sesi e a Unisc renovaram, no dia 7 de março, o contrato para mais um ano de parceria no Projeto Cestinha. Criado em 2001, o projeto conta hoje com mais de 900 crianças, de diferente bairros e localidades de Santa Cruz do Sul e de Vera Cruz. Além da prática do basquete, as crianças recebem incentivo aos estudos e recebem aulas de inglês e de informática. Segundo o coordenador Gilmar Weis, a previsão para 2008 é que o número de participantes ultrapasse a marca de mil crianças no projeto.


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