Trimestral IMF - Abril 2011

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Análise Trimestral

Análise Macroeconómica Mercado Cambial Monetário Mercadorias Evolução de Mercados Abril 2011

China – Os próximos 10 anos


Índice 3

Análise Macroeconómica Economia mundial Indicadores avançados Barómetro Tabelas Portugal

Mercado Monetário e Obrigações

16

Commodities

18

Energia Algodão Metais Alimentares

Análise Técnica

24

Quadro de Variações

31

IMF - Informação de Mercados Financeiros, SA Edifício Mota Galiza, Rua Júlio Dinis 247 - 6º - Sala E9 4050-324 Porto Tel. 22 609 58 88 - Fax: 22 609 59 33 imfporto@imf.pt Avenida da Liberdade, 245 - 5º B 1250 - 143 Lisboa Tel. 21 324 12 04 - Fax: 21 355 80 76 imflisboa@imf.pt

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Análise Macroeconómica China – Os próximos 10 anos A espectacular performance da economia chinesa nos últimos anos levou a que a China seja já a segunda maior economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, reflexo de um crescimento médio anual de 10% nos últimos 30 anos. A China é hoje, simultaneamente, o maior exportador mundial e o segundo maior importador de mercadorias. Mais importante do que descrever todo o processo de crescimento, vale a pena atentar no carácter planificado da economia chinesa e das alterações previstas para os próximos 10 anos. Os objectivos de longo prazo de transformação da economia chinesa foram definidos em 1978 num plano estratégico de desenvolvimento de “três passos”. O primeiro passo, ou objectivo, consistia na duplicação do produto a observar em 1980 e garantir que toda a população teria roupa e alimentação em quantidade suficiente e foi atingido no final da década de 80. O segundo passo – quadruplicar o produto de 1980 até ao final do século XX – foi atingido logo em 1995. Finalmente, o terceiro objectivo – o actual – passa por elevar o produto per capita para o nível médio dos países desenvolvidos até 2050. Nessa altura, os objectivos de modernização estarão cumpridos e o povo chinês terá um nível de vida consistente com os padrões mundiais. Dentro destes objectivos, há planificações de prazo mais curto e é sobre estas que gostaríamos de centrar a nossa intenção. Há a intenção de alterar

de

forma

dramática

o

padrão

de

desenvolvimento do país e que se expressa em termos de opções de politica. Consultamos várias análises,

mas

escolhemos

a

que

nos

foi

apresentada num seminário da EGP-UPBS pela fundadora da Asia Megatrends, Foong Wai Fong há algumas semanas, e que se podem resumir a seis pontos, todos interligados: 1. De PIB nominal para PIB per capita: Esta alteração decorre do objectivo de fundo desde o ano 2000 e significa que, se até agora era importante trabalhar as contas do país, passa agora a ser importante aumentar a distribuição do rendimento,

harmonizar

o

desenvolvimento

regional e melhorar as condições de vida em geral. É importante notar que este trabalho do PIB per capita não se resume ao valor avaliado em dólares nominais, mas também (e talvez sobretudo) em paridades de poder de compra.

3

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

2. De Exportações para Procura Interna: Este é um objectivo coerente com o anterior, mas pode ter um impacto muito importante na economia mundial. Se resto, é algo que já se tem vindo a fazer sentir nos últimos anos, nos quais o excedente comercial chinês se tem vindo a reduzir.

Até

recentemente,

a

principal

preocupação do governo era tornar a economia o mais competitiva possível, com vista a exportar o máximo e recolher divisas. O objectivo é agora o de dinamizar a procura interna, o que pode significar muito mais atenção no desenvolvimento de mercados e menos ênfase na competitividade via preço. Esta é uma alteração relevante e passa também pela dotação de infra-estruturas de todo o tipo. 3. De “Fábrica do Mundo” a “Fábrica da China”: Mais uma vez, trata-se de uma mudança relacionada com a ideia de uma China mais preocupada com os chineses. Nas últimas décadas, a China tentou adaptar-se à procura mundial, construindo competitividade-preço, produzindo em larga escala, imitando e, numa segunda fase, produzindo os produtos do resto do globo ao gosto e à medida desses consumidores. Com o foco no mercado interno, e sem esquecer que o país já conta com quase 5 milhões de famílias “ricas”, prevê-se que o output chinês seja cada vez mais orientado internamente, nomeadamente em termos de design, R&D e criação de mercados. Obviamente, a China não se fechará totalmente e continuará a olhar para o resto do mundo como um mercado, mas a mudança

de

“focus”

levará

a

alterações

significativas nos processos produtivos e nos próprios produtos. 4. De “Gato Preto” para “Gato Verde”: A imagem que o mundo tem da China é o de um país

altamente

poluente

e

com

pouca

responsabilidade e sensibilidade ambientais. Não é uma fama injusta dada a pouca eficiência energética das suas indústrias, o recurso a combustíveis fósseis e as notícias que vão chegando de desastres ambientais. Seja por consciência ecológica, seja por necessidade de atingir

patamares

de

maior

sustentabilidade

ambiental e económica, a China está a promover uma “revolução energética”, em favor das renováveis, que levará o país a produzir 25% da energia “verde” a nível mundial.

4


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

5. De “Desempenhar papéis mais relevantes” a “Escrever novas regras”: Trata-se da vontade de aumentar a influência da China no mundo. A frase em inglês é particularmente feliz: “From bigger world roles to writing new rules”. Nas últimas décadas, a China tem tentado conquistar o seu espaço e influência a nível mundial. Alguns exemplos dessa estratégia foram a emergência do G20, a compra de dívida americana, os Jogos Olímpicos, a maior participação e influência nas resoluções da ONU, entre outras. O país pretende agora saltar um degrau e afirmar-se como uma verdadeira super potência. Não pretende apenas “mostrar-se”, mas moldar o mundo, reescrevendo as suas regras. 6. De “Fábrica do Mundo” para “Escritório do Mundo”: Trata-se de um objectivo difícil de concretizar no curto prazo, mas já sabemos como o oriente encara o tempo de outra forma. Pretende-se terciarizar a economia, o que tem que ser entendido como um viés, uma tendência. Há poucas décadas, a agricultura era o principal sector da economia. Actualmente, o sector representa 9.6% do produto, acima da média dos países desenvolvidos, mas ainda ocupa 39.5% da força de trabalho! A China tem-se industrializado (46.8% do PIB), mas os serviços estão a ganhar peso na economia (43.6% do PIB para 33.2% do emprego). O objectivo é que a China possa vir a prestar serviços ao resto do mundo com o mesmo sucesso que conseguiu ao nível dos produtos industrializados. IMF com Foong Wai Fong (Megatrends Ásia)

Europa – Crise da dívida soberana não está resolvida No início deste ano, o fim da União Económica e Monetária pairava nas mentes (e talvez desejos) de muitos analistas, economistas e políticos. Passados três meses não se pode dizer que a situação esteja resolvida, mas parece-nos que tem havido vontade política de debelar o problema. Com Portugal a recorrer agora a ajuda externa oficial – mesmo que já antes fosse apoiado através do BCE – é natural que as atenções se voltem então para Espanha, mesmo que nesta altura o país vizinho se esteja a financiar de forma muito satisfatória. Suspeitamos que essa questão esteja bem presente no espírito dos responsáveis europeus, que devem tornar claro o que vai acontecer até 2013, caso algum país tenha dificuldades de financiamento. O mercado espera que o Fundo Especial de Estabilização Financeira possa ser alargado, e efectivamente financiado, de forma a desencorajar algum movimento especulativo.

5

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

De uma forma geral, a Europa tem mostrado vontade em defender o euro e em encontrar soluções, mas que são sempre demoradas e por vezes tardias. Compreende-se que não deve ser fácil chegar a entendimentos entre os vários países, mantendo a soberania dos países, num sistema de equilíbrios frágeis. Mesmo assim, alguns consensos parecem ter emergido até agora e que serão, em princípio, para se manter, nomeadamente: A defesa do euro. A salvaguarda de depósitos (obrigacionistas e accionistas de bancos e empresas podem correr riscos). O garantir a não insolvência de países da zona euro.

O não fomentar de especulação em torno de CDS de países, evitando-se a existência de eventos de crédito como a reestruturação de dívida soberana, o que tem até agora sido conseguido, mas já se discute o caso grego.

Tentar deixar o BCE à margem da resolução dos problemas – o que não tem sido conseguido. No último Conselho Europeu foi apresentado o ESM – European Stability Mechanism – que pretende começar a enquadrar os mecanismos de ajuda a países em dificuldades apartir de 2013, mas é provável que possa sofrer algumas alterações. Ainda por conseguir, mas igualmente importante, seria um regulamento mais específico para cumprimento de metas macroeconómicas ou um outro modelo de governo que torne claras as responsabilidade de cada país em fazer parte da zona euro. Finalmente,

gostaríamos

de

deixar

algumas

ideias

adicionais e que reiteram o que já fomos escrevendo há alguns meses atrás. Em primeiro lugar, a nossa perspectiva é que o euro se confunde com o projecto europeu e não é do interesse dos europeus em geral e da a Alemanha em particular arriscar nem um nem outro. Por outro lado, continuamos com a opinião que a posição alemã sairá reforçada desta crise, surgindo como o único e verdadeiro líder da União Europeia. Finalmente, esta crise mostra que a actual solução de governo da União Europeia não é sustentável no longo prazo. A questão de fundo é que os europeus têm que decidir se querem mais ou menos união, sendo nesta altura mais provável que se caminhe para uma solução federalista. (IMF)

6


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Ciclo Económico INDICADORES AVANÇADOS APONTAM PARA EXPANSÃO ESTÁVEL Os Composite Leading Indicators (CLI) para Janeiro de 2011, publicados em 14 de Março, continuam apontar para uma expansão na maioria dos países da OCDE. Os CLIs para a Alemanha, Japão e EUA, continuam a apontar para uma robusta expansão. Sinais de recomeço do momentum de crescimento caracterizaram os CLIs da França e Canadá. O CLI para o Reino Unido sugere um lento mas estável ritmo de expansão, enquanto que para a Itália os indicadores apontam para uma moderada desaceleração. Os CLIs para as outras principais economias pouco modificaram face à análise do mês anterior. O CLI para a China continua a indicar a possibilidade de uma moderada desaceleração. Para o Brasil os indicadores permanecem neutrais, enquanto que para a Índia estes indicam um abrandamento do ciclo. Para a Rússia, os CLIs continua apontar para uma forte expansão. Composite Leading Indicators Os CLI da OCDE são calculados para fornecer precocemente sinais dos pontos de viragem dos ciclos económicos. Quatro fases cíclicas constituem a base desta abordagem qualitativa: Expansão – CLI crescente e acima dos 100; Desaceleração – CLI decrescente e acima dos 100; Abrandamento – CLI decrescente e inferior a 100; Recuperação – CLI crescente e abaixo dos 100.

7

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Composite Leading Indicators Rácio de tendência, amplitude ajustada (Média de longo prazo = 100) 2010 Outubro 102.1 102.9

Novembro 102.4 103.1

Dezembro 102.8 103.3

101.5

101.6

101.7

101.8

102.1

102.5

102.9

Canadá França Japão Alemanha Itália Reino Unido EUA

101.2 102.0 102.5 104.4 102.5 102.0 101.5

101.3 102.2 103.2 104.5 102.4 102.0 101.9

Brasil China Índia Rússia

99.6 101.6 100.3 104.0

99.8 101.7 100.0 104.6

OCDE Zona Euro 5 Maiores economias da Ásia1 G7

2011 Janeiro 103.1 103.4

Variação face ao último mês (pontos) 2010 Outubro 0.2 0.1

Novembro 0.3 0.2

Dezembro 0.3 0.2

0.2

0.1

0.1

103.4

0.2

0.4

101.6 102.4 103.9 104.7 102.3 101.9 102.5

101.9 102.6 104.7 105.0 102.2 101.9 103.2

0.0 0.2 0.5 0.1 -0.1 -0.1 0.3

100.0 101.7 99.7 105.0

99.9 101.6 99.3 105.4

0.2 0.2 -0.2 0.6

2011 Janeiro 0.4 0.2

Variação year-onOutlook para o year clico económico2 (pontos) Último mês 2.1 1.4

Expansão Expansão

0.1

-0.4

Desaceleração

0.4

0.5

2.5

Expansão

0.1 0.2 0.6 0.2 -0.1 0.0 0.5

0.2 0.2 0.7 0.2 -0.1 0.0 0.6

0.3 0.2 0.8 0.3 -0.1 0.0 0.6

-0.3 -1.3 5.0 4.1 -1.6 -1.8 3.3

Expansão Expansão Expansão Expansão Desaceleração Expansão Expansão

0.2 0.1 -0.3 0.6

0.2 0.0 -0.3 0.5

0.0 -0.1 -0.4 0.3

-0.5 -1.9 -2.2 6.8

Neutral Desaceleração Abrandamento Expansão

1. China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia 2. As fases cíclicas do CLI são definidas da seguinte forma: expansão (crescente acima dos 100 pontos); desaceleração (decrescente acima dos 100 pontos); abrandamento (decrescente abaixo dos 100 pontos), recuperação (crescente abaixo dos 100 pontos)

Fonte: OCDE

Performance histórica do CLI e pontos recentes de viragem cíclica Performance histórica CLI Ano de Desvio Mediana início Padrão

Pontos de viragem confirmados nas séries de referência Fundo

Topo

Fundo

Topo

Fundo

OCDE

1961

6

3.5

Janeiro 02

Fevereiro 08

Maio 09 P

Zona Euro 5 Maiores economias da Ásia1 G7

1963

7

3.1

Julho 03

Março 08

Maio 09 P

1983

8

5.8

Dezembro 01

Janeiro 08

Março 09 P

1959

6

3.7

Janeiro 02

Março 08

Maio 09 P

Canadá

1956

8

3.7

Novembro 01

Agosto 07

Junho 09 P

Maio 04

Junho 05

França

1962

7

4.9

Julho 03

Fevereiro 08

Abril 09 P

Japão

1959

6

4.5

Dezembro 01

Março 08

Abril 09 P

Julho 03

Alemanha

1961

5

4.0

Itália Reino Unido EUA

1973

7

5.8

1958

7

5.2

Abril 03

1955

5

3.4

Dezembro 01

Brasil

1989

5

2.3

Junho 03

China

1990

6

4.9

Janeiro 02

Índia

1994

4

2.7

Abril 03

Rússia

1993

3

2.3

Julho 02

Abril 04

Outubro 04

Junho 04

Março 08

Maio 09 P

Fevereiro 05

Março 08

Maio 09 P

Agosto 05

Fevereiro 08

Junho 09 P

Fevereiro 08

Maio 09 P

Agosto 06

Setembro 05

Topo

Abril 10 P

Junho 10 P

Maio 08

Abril 09 P

Abril 10 P

Janeiro 08

Fevereiro 09 P

Janeiro 10 P

Março 07

Fevereiro 09 P

Fevereiro 10 P

Abril 08

Maio 09 P

1. China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia P – Provisório

Fonte: OCDE

8


AnĂĄlise Trimestral p IMF p Abril de 2011

TendĂŞncia em vigor

9

9


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

PIB (Variação % face ao ano anterior) Estimativa

Projecções

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Alemanha

0.9

3.6

2.8

0.7

-4.7

3.4

2.2

2.4

Austrália

3.5

2.4

5.0

2.1

1.2

3.3

3.7

3.0

Áustria

2.8

3.5

3.7

1.9

-3.8

1.8

2.0

2.1

Bélgica

2.0

2.7

2.8

0.8

-2.7

2.0

1.0

1.6

Brasil

3.1

3.9

6.1

5.1

-0.6

7.6

4.5

5.2

Canadá

3.0

2.8

2.2

0.5

-2.5

2.9

2.5

3.1

Chile

5.6

4.8

4.7

3.4

-1.4

5.0

6.0

4.5

Índia

9.2

9.7

9.9

6.4

5.7

8.4

8.2

8.4

China

11.3

12.7

14.2

9.6

9.1

10.1

8.9

9.0

Coreia

4.0

5.2

5.1

2.3

0.2

6.2

4.5

4.7

Dinamarca

2.4

3.4

1.7

-0.9

-4.7

1.4

1.8

2.0

Eslovénia

4.5

5.9

6.9

3.7

-8.1

0.6

2.4

3.1

Espanha

3.6

4.0

3.6

0.9

-3.7

-0.7

0.4

1.0

Finlândia

3.0

4.4

5.3

1.0

-8.1

2.6

3.0

2.5

França

2.0

2.4

2.3

0.1

-2.5

1.6

1.2

1.3

Grécia

2.3

4.5

4.3

1.3

-2.3

-4.8

-3.6

0.1

Holanda

2.0

3.4

3.9

1.9

-3.9

1.8

1.5

2.4

Hungria

3.2

3.6

0.8

0.8

-6.7

0.8

2.5

3.5

Irlanda

6.0

5.3

5.6

-3.6

-7.6

-1.0

-0.9

1.5

Islândia

7.5

4.6

6.0

1.0

-6.8

-3.4

0.5

0.5

Itália

0.8

2.1

1.4

-1.3

-5.1

1.3

1.1

1.2

Japão

1.9

2.0

2.4

-1.2

-5.2

2.7

1.1

1.4

Luxemburgo

5.4

5.0

6.6

1.4

-3.7

3.2

2.0

2.6

México

3.2

4.9

3.3

1.5

-6.1

5.0

3.4

3.5

Noruega

2.7

2.3

2.7

0.8

-1.4

1.0

2.4

2.2

Nova Zelândia

3.1

2.3

3.1

-0.5

-0.4

2.7

2.4

3.0

Polónia

3.6

6.2

6.8

5.0

1.7

3.6

4.2

5.5

Portugal

0.8

1.4

2.4

0.0

-2.5

0.8

-0.9

0.2

Reino Unido

2.2

2.8

2.7

-0.1

-5.0

1.8

2.1

2.6

Rép. Checa

6.4

7.0

6.1

2.3

-4.0

2.0

2.0

3.0

Rép. Eslovaca

6.7

8.5

10.6

6.2

-4.7

3.8

3.5

4.0

Rússia

6.4

8.2

8.5

5.2

-7.9

3.9

3.7

3.9

Suécia

3.1

4.6

3.4

-0.6

-5.1

4.3

3.4

3.0

Suíça

2.6

3.6

3.6

1.9

-1.9

1.8

1.9

2.2

Turquia

8.7

6.8

4.9

0.5

-4.8

7.4

4.6

5.0

EUA

3.1

2.7

1.9

0.0

-2.6

2.6

2.2

2.8

Fonte: Nações Unidas – World Economic Situation and Prospects– Publicado em 18 de Janeiro de 2011

10


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Inflação (Variação % face ao ano anterior) Estimativa

Projecções

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Alemanha

1.9

1.8

2.3

2.8

0.2

1.1

1.4

1.5

Austrália

2.7

3.5

2.3

4.4

1.8

1.3

1.4

1.6

Áustria

2.1

1.7

2.2

3.2

0.4

1.7

1.8

1.7

Bélgica

2.5

2.3

1.8

4.5

0.0

2.3

2.7

2.4

Brasil

6.9

4.2

3.6

5.7

4.9

5.0

4.6

4.5

Canadá

2.2

2.0

2.1

2.4

0.3

1.8

2.3

2.2

Chile

3.1

3.4

4.4

8.7

1.5

2.0

3.0

3.0

Índia

4.2

5.8

6.4

8.4

10.9

11.4

7.4

6.7

China

1.8

1.5

4.8

5.9

-0.7

3.3

3.2

3.0

Coreia

2.8

2.2

2.5

4.7

2.8

3.1

3.0

3.1

Dinamarca

1.7

1.9

1.7

3.6

1.1

2.3

1.9

1.0

Eslovénia

2.5

2.5

3.6

5.7

0.9

1.2

1.5

2.3

Espanha

3.4

3.6

2.8

4.1

-0.2

1.7

1.6

1.8

Finlândia

0.8

1.3

1.6

3.9

1.6

1.6

1.9

2.0

França

1.9

1.9

1.6

3.2

0.1

1.7

1.4

2.0

Grécia

3.5

3.3

3.0

4.2

1.4

4.7

1.2

-0.6

Holanda

1.5

1.7

1.6

2.2

1.0

0.8

1.5

2.0

Hungria

3.6

3.9

7.9

6.1

4.2

4.5

3.6

2.5

Irlanda

2.2

2.7

2.9

3.1

-1.7

-1.0

0.6

0.9

Islândia

1.4

4.6

3.7

12.7

16.3

5.5

5.5

4.0

Itália

2.2

2.2

2.0

3.5

0.8

1.6

1.6

1.4

Japão

-0.3

0.2

0.1

1.4

-1.4

0.3

0.1

1.0

Luxemburgo

3.8

3.0

2.7

4.1

0.0

2.1

2.0

2.0

México

4.0

3.6

4.0

5.1

5.3

4.3

3.5

3.5

Noruega

1.5

2.5

0.7

3.4

2.3

1.7

2.3

2.6

Nova Zelândia

3.0

3.4

2.4

4.0

2.1

2.5

4.0

2.4

Polónia

2.1

1.1

2.4

4.3

3.8

2.6

2.5

2.5

Portugal

2.1

3.0

2.4

2.7

-0.9

1.0

1.2

0.9

Reino Unido

2.1

2.3

2.3

3.6

2.2

3.1

2.7

1.8

Rép. Checa

1.8

2.5

2.9

6.4

1.0

1.5

1.9

2.0

Rép. Eslovaca

2.7

4.5

2.8

4.6

1.6

1.0

1.8

1.8

Rússia

12.7

9.7

9.0

14.1

11.7

6.8

8.4

6.4

Suécia

0.8

1.5

1.7

3.4

1.9

1.8

0.9

1.2

Suíça

1.2

1.1

0.7

2.4

-0.5

0.7

0.8

1.0

Turquia

10.1

10.5

8.8

10.4

6.3

7.9

6.5

5.4

EUA

3.4

3.2

2.9

3.8

-0.4

1.4

1.4

1.6

Fonte: Nações Unidas – World Economic Situation and Prospects– Publicado em 18 de Janeiro de 2011

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11


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

PORTUGAL Desde o início da crise soberana que temos vindo a insistir numa ideia que tem sido algo difícil de passar, mas que ganha cada vez mais força. O ano de 2011 pode ser positivo para as empresas, nomeadamente as empresas exportadoras, dado que o ciclo económico mundial continua a ser positivo. Deste modo, insistimos que, apesar dos vasos comunicantes entre as empresas e o Estado e as maiores dificuldades de financiamento para as empresas, não se deve confundir a crise de dívida do Estado com a saúde das empresas

portuguesas.

É

evidente

que

se

esperam

dificuldades, nomeadamente no acesso e preço ao crédito (algo que já acontece nesta altura), aumento da carga fiscal e dotação orçamental nas empresas públicas, mas o pedido de ajuda externa ajudará a estabilizar o quadro económico. Por outro lado, do lado mais importante da actividade das empresas exportadoras – as vendas – o cenário continua a ser positivo. Claro está, a procura interna estará condicionada. Se observarmos os mais recentes dados e projecções do Banco de Portugal, verifica-se que desde 2009 que são as exportações que estão a “puxar” pelo crescimento do PIB, o que deverá continuar a acontecer – um indicador saudável para a economia. Analisando um pouco mais em pormenor, percebe-se que não só 2011 será um bom ano para o crescimento das exportações, como será ainda melhor em 2012. Sem querer mascarar a realidade em que o país vive, há que reconhecer diferenças em como o actual contexto impacto nas diferentes empresas, rejeitando as leituras meramente negativistas. (IMF)

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

ESTATÍSTICAS DE BOLSO – GABINETE DE ESTRATÉGIA E ESTUDOS Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento Publicado em 5 de Abril de 2011

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

ESTATÍSTICAS DE BOLSO – GABINETE DE ESTRATÉGIA E ESTUDOS Publicado em 05 de Abril de 2011

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Mercado Monetário O ano de 2011 começou com uma redução significativa na liquidez do sistema interbancário europeu. Como resultado, os volumes transaccionados diariamente à taxa de absorção de 0.25% foram-se reduzindo, levando a uma maior aproximação dos prazos curtos à taxa de referência de 1%. Começaram a surgir sinais de inflação, com a subida dos preços da energia nos mercados internacionais a fazer sentir-se nas economias europeias. Os preços no consumidor registaram uma subida anual de 2.4% em Fevereiro. Na Alemanha, único país com o emprego em alta e com a economia dinâmica, os sindicatos começaram a exigir aumentos de salários acima de 3%. Esta situação levou o BCE a alertar para a necessidade de um ajustamento nas taxas de referência. Ao mesmo tempo foi sensível à difícil situação da banca nos países da periferia, adiando por mais 3 meses a limitação do montante a ceder nos seus leilões. As perspectivas quanto à evolução da taxa de referência do BCE alteraram-se significativamente nos últimos meses. Em Janeiro debatia-se se, no final do ano, a taxa ficaria estável em 1% ou subiria para 1.25%, enquanto nesta altura se discute se a mesma ficará pelos 1.50% ou subirá para 1.75%. Alguns membros do BCE quando confrontados com a hipótese de 1.75% afirmaram que tal não é um cenário irrealista e após a subida de 8 de Abril, é o cenário mais provável. As Euribor começaram a antecipar o movimento, fechando o trimestre acima dos 1.20% a 3 meses e dos 1.50% a 6 meses. A primeira subida de taxas em Abril, a evolução nos próximos tempos do custo da energia e de outras matériasprimas, e as negociações salariais na Alemanha, são alguns dos aspectos mais importantes a ter em conta nos próximos 6 meses em matéria taxas de mercado monetário. Nos EUA, a Fed adoptou um discurso que não sugere qualquer subida da taxa de referência este ano. As pressões inflacionistas neste país são apenas as associadas às matérias-primas, uma vez que o emprego, o imobiliário e mesmo o consumo interno se mantêm deprimidos. A maior preocupação em estimular o crescimento face ao controlo da inflação, leva a que não se estranhe esta postura por parte da Fed, e possivelmente resultará numa taxa de referência inalterada. (IMF)

ESTIMATIVA IMF PARA TAXAS DE JURO EM 2011 BCE

Euribor 3m

Fed

BoE

BoJ

Taxas Actuais

1.00%

1.20%

0.25% 0.50%

0.10%

2º Trim. 2011

1.25%

1.35%

0.25%

0.75%

0.10%

3º Trim. 2011

1.50%

1.65%

0.25%

0.75%

0.10%

4º Trim. 2011

1.75%

1.90%

0.50%

1.00%

0.10%

1º Trim. 2012

2.00%

2.15%

1.00%

1.25%

0.10%

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Mercado de Obrigações e de Taxa Fixa A clara alteração de postura do BCE face às taxas de curto prazo, levou a que toda a curva de rendimentos se deslocasse em alta, em especial os prazos mais curtos. O trimestre termina com a referência alemã a 2 anos nos 1.75% e a de 10 anos a 3.30%, acentuando a tendência de alta iniciada no último trimestre de 2010. Algumas situações pontuais, como o terramoto do Japão ou os receios associados à situação no Médio Oriente e Norte de África, originaram uma fuga de capitais para títulos do tesouro alemão, provocando oscilações nesta tendência, mas foram sempre situações que duraram poucos dias. Em Portugal e nos demais países europeus em dificuldades, os diferenciais face à Alemanha continuaram a subir. Há a destacar o facto de a Espanha ter melhorado significativamente as condições de financiamento no mercado obrigacionista, dando a entender que estará já fora da necessidade de qualquer plano de ajuda. Nos EUA, a queda dos títulos foi menos evidente. A vontade demonstrada pela Fed em manter as taxas de referência perto de 0% levou a que a taxa a 2 anos se mantivesse abaixo dos 2%, com os 10 anos praticamente ao nível da Alemanha. A forma como o BCE irá continuar a conduzir a sua política monetária, será o factor mais importante na determinação da evolução das taxas de longo prazo. Os títulos de dívida pública alemães deverão continuar a beneficiar de um estatuto de refúgio. Para a Grécia, Irlanda e Portugal, não antevemos uma melhoria significativamente das condições de acesso ao mercado. A Irlanda continua a braços com um grave problema no seu sistema financeiro, conseguindo neste final do mês mais um mecanismo de ajuda promovido pelo BCE para que a situação não se deteriore ainda mais. Para Portugal e Grécia, será determinante a forma como os governos irão lidar com o controlo do défice público, no meio de ondas de contestação popular. O facto de a Espanha e a Itália estarem agora numa melhor situação, deixa os responsáveis da UE numa posição mais cómoda para lidar com os problemas dos 3 países em crise. Os fundos disponibilizados para ajuda serão mais que suficientes para lidar com a situação, contrariamente ao que sucederia se espanhóis ou italianos necessitassem de recorrer aos mecanismos de apoio. Nos EUA, a situação é bem menos clara. Por um lado a postura da Fed incentiva a que os títulos entre os 2 e os 4 anos se mantenham com rendimentos baixos. Por outro, e olhando para o programa de financiamento do Estado norte-americano este ano, será de esperar a possibilidade de subida dos rendimentos nos prazos mais longos. Até Junho o Tesouro dos EUA tem ao seu dispor o programa de recompra de títulos até um total de $600 mil milhões por parte da Reserva Federal. A partir de então, se não se entrar noutro programa do género, as emissões ficarão dependentes do interesse dos investidores. Sabendo-se que os japoneses são tradicionalmente os maiores compradores externos desta dívida, questiona-se a sua presença, dado a necessidade de fundos para reconstrução dos estragos provocados pelo terramoto e maremoto. Caso tal se confirme, as taxas dos prazos mais longos terão que subir para atrair interesse externo. (IMF)

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Commodities MATÉRIAS - PRIMAS

PETRÓLEO O sismo no Japão, que resultou depois numa crise nuclear, afectou significativamente o mercado de crude. A perda de procura devido ao encerramento de refinarias e unidades petroquímicas, pressionou os preços. Estima-se que tenham sido perdidos entre 1.4 – 1.7 milhões barris por dia de capacidade de refinação no Japão. A preocupação com a consequente diminuição da actividade económica é outro factor de pressão nos preços no curto/médio prazo. Entretanto, o escalar de tensões no Médio Oriente e a preocupação com possíveis interrupções de produção e fornecimento de petróleo a partir de países

produtores da região, continuam a ser sustentadores. No entanto, no longo prazo, a procura por petróleo deverá beneficiar com a perda de capacidade nuclear de geração de electricidade e a crescente preocupação com a energia nuclear. Na ausência de uma recessão, o impacto desta perda de capacidade poderá levar mesmo a um aumento adicional da procura por petróleo. Apesar do clima de incerteza, não vemos uma queda significativa no preço do petróleo a não ser que se observe o estabilizar da situação geopolítica.

GÁS NATURAL

Apesar do frio intenso que se fez sentir em muitos países europeus nos primeiros 2 meses de 2011, os stocks de gás nunca caíram a níveis preocupantes, pelo que os preços não indexados ao petróleo se mantiveram estáveis durante grande parte do trimestre. A subida do Brent, resultante das tensões do Médio Oriente determinou desde já valores de gás indexados ao semestre anterior, com ganhos de 15% a 20% para o segundo e terceiro trimestre deste ano. O terramoto do Japão levou a que também os preços não indexados subissem significativamente em Março. Por um lado há a ideia que a paralisação das centrais nucleares levará a um consumo acrescido de gás liquefeito (GNL) para suprimir o défice de produção de energia. Para os próximos meses será determinante a forma como o Japão irá lidar com a sua situação energética. Para já os preços do gás naquela região pouco subiram, uma vez que existe oferta global mais que suficiente para as necessidades adicionais que se estimam naquele país. No que respeita aos preços indexados ao Brent, estão praticamente determinados até ao final do Verão, pelo que uma baixa só poderá vir a registar-se no último trimestre. Para tal será decisivo que a situação no Médio Oriente se não deteriore e que o consumo de petróleo global abrande para os níveis recorde em 2008.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

ALGODÃO Os preços do algodão tiveram um primeiro trimestre de 2011 atribulado. Apesar da fibra ter iniciado o ano em alta, alcançando inclusivamente um novo

recorde

de

2,27$/lb,

alguns

acontecimentos

mundiais,

nomeadamente tensões políticas no Médio Oriente e Norte de África e um sismo e crise nuclear no Japão, alteraram o panorama do mercado. Tem sido assim visível uma grande volatilidade de preços, o que tem ocorrido devido à possibilidade das circunstâncias mundiais comprometerem o crescimento económico global. Apesar disso, desde Janeiro que o algodão em NY valorizou mais de 40%. Esta evolução de preços deverá ter um efeito incentivador num aumento da área destinada ao cultivo da fibra nos EUA, este ano. As estimativas de analistas privados apontam a maior área dos últimos cinco anos. No que diz respeito à relação entre oferta/procura desta matéria-prima, as últimas estimativas do USDA, relativas a 2010/11, divulgadas no início deste mês, indicam uma produção global de 115MMf e um consumo global de 116,6MMf. Apesar da instabilidade actual, os preços do algodão deverão continuar a negociar em alta nos próximos meses, uma vez que é esperada uma continuação de um consumo robusto.

METAIS Ao contrário do que se tinha assistido em 2010, os diferentes metais tiveram comportamentos díspares. A subida dos stocks em grande parte dos casos travou os intuitos de se levar preços para valores recorde. A China tem comprado menos que o esperado, mas mantêm-se intactas as expectativas da maioria dos analistas no aumento do consumo global de metais em 2011. O terramoto do Japão trouxe sentimentos contraditórios. Num primeiro momento os preços caíram, reagindo à paragem de parte da indústria do país. Numa segunda fase, assumiu-se que a reconstrução das infraestruturas afectadas poderá implicar um aumento no consumo de alguns metais, contribuindo para uma recuperação do preço dos mesmos.

COBRE

O cobre manteve no início a tendência altista que vinha do ano anterior, atingindo novo máximo histórico nos $10200, indiferente à subida dos stocks e a sinais de abrandamento do consumo chinês. Para este ano o mercado cota com um défice de produção de 400.000 toneladas, mas o facto é que desde o fim de 2010 os stocks no LME já subiram 16.5% para 440.000 toneladas. O consumo na China tem andado abaixo do esperado, não se sabendo até que ponto esta situação é ou não passageira. O terramoto do Japão levou a uma liquidação de posições de investimento que precipitou um recuo até aos $9000, mas desde então os preços recuperaram para perto dos $9500 com que fecharam 2010.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

A instabilidade no Médio Oriente, a subida de stocks e a ameaça de nova subida de taxas por parte da China, que poderá condicionar a economia do país, são alguns dos factores que limitam a subida do cobre. Se a situação se mantiver nestas três vertentes, aumentará a probabilidade de mais uma onda de liquidação de posições de investimento, que poderão levar os preços para baixo dos $9000. Se pelo contrário os stocks pararem de subir, ou houver sinais de um aumento global do consumo, podemos assistir a nova tentativa de levar as cotações a novos máximos.

ALUMÍNIO O alumínio foi dos poucos metais do LME que não só subiu, como fechou o trimestre perto dos máximos de 2 anos e meio nos $2650. Curiosamente isto sucede numa altura em que os stocks do LME passaram novamente às 4.6 milhões de toneladas, estando muito perto do recorde acumulado em Janeiro de 2010. A subida dos stocks verificada neste trimestre em 7.5% reflectiu o aumento de produção e a atractividade para os produtores de depositarem metal nestes armazéns. Segundo o International Aluminium Institute, a produção global anualizada de alumínio atingiu em Fevereiro

um novo recorde de 42.41 milhões de toneladas. Os fundamentais parecem-nos cada vez piores para este metal, com os preços em alta, o incentivo para os produtores reduzirem a produção é mínimo. A subida dos custos de energia poderá de alguma forma compensar, reduzindo a atractividade, mas também não será benéfica para o consumo de produto final. Nesta conjuntura, é possível que se assista a um teste a $2700, mas se nada se alterar em termos de stocks e produção, mais tarde ou mais cedo os preços terão que recuar para o intervalo $2100-$2300.

ZINCO

Os preços do zinco oscilaram entre os $2250-$2600 ao longo do trimestre, fechando muito perto dos valores com que havia iniciado, ou seja no intervalo $2400-$2450. Neste período os stocks subiram mais 7% até 735.000 toneladas, volume não acumulado desde 2004. O facto de os preços se manterem elevados não incentiva a que produtores fechem ou reduzam as suas operações. Este é um dos casos em que os fundamentais apontam claramente para uma descida de preço, sendo praticamente unânime que o mercado acredita num novo excedente de produção em 2011. A China continua a aumentar a sua capacidade de exploração mineira neste metal, não dando mostras de abrandamento. Seriam necessários valores próximos de $2000 para que se começasse a assistir a alguma contenção na oferta. Em circunstâncias normais, consideramos que não há condições para subidas sustentadas acima de $2600 e que mais tarde ou mais cedo a acumulação de excedentes irá forçar a um recuo para perto de $2000.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

NÍQUEL

Depois de uma subida em Fevereiro a máximos de 34 meses de $29500, o níquel recuou para $27000. Ao contrário do sucedido noutros metais, os stocks no LME caíram 8% para 124.000 toneladas, mas existe expectativa de um grande aumento de produção, tendo em conta o número de projectos que estão prestes a entrar em actividade. Este é mais um caso em que apenas a convicção de um crescimento económico elevado impede que os preços recuem significativamente. Os stocks, apesar de mais baixos estão ainda bastante elevados, esperando-se para este ano um aumento da produção de 10% face a 2010. A indústria de aço inox continua a recorrer a “pig iron” como substituto, condicionando a capacidade de aumento da procura de níquel. Os $30000 constituem uma barreira que em princípio só será passada num contexto de forte subida de todos os metais. Atendendo aos actuais fundamentais, parece-nos provável uma descida nos próximos meses para o intervalo $20000-$25000.

AÇO O mercado global de aço continua a enfrentar os mesmos problemas que há meses têm condicionado uma potencial evolução ascendente de preços, pois a procura pelo metal continua deficitária, o que elimina as tentativas de aumentos de preços por parte dos principais produtores. Acima de tudo, a forte produção chinesa não tem sido benéfica para o mercado. Depois de no final do ano passado os produtores chineses terem sido obrigados a conter a sua produção, devido a restrições energéticas, o país voltou aos níveis de produção excessivos. É sob estes

fundamentais que os preços têm permanecido estáveis ou com ligeiras subidas. Mais recentemente, o desastre que atingiu o Japão causou alguma volatilidade, porém menor do que o esperado. O impacto que a situação do país poderá ter neste mercado é por enquanto incerto, embora não se espere que seja significativo. Para o próximo trimestre, não são previsíveis melhorias acentuadas nos preços do metal havendo uma forte probabilidade de os preços do primeiro trimestre se manterem.

ALIMENTARES Em grande parte das matérias-primas agrícolas, os preços iniciaram o ano com ganhos significativos, impulsionados por forte interesse investidor juntamente com fundamentais sustentadores, como os inventários de variadíssimos produtos em níveis baixos, e riscos que condições de tempo adversas venham a afectar negativamente a produção. Contudo, os preços estabilizaram, tendo em alguns casos anulado parte dos ganhos iniciais, pressionados por novos receios com o ritmo de crescimento da economia global. Tensões geopolíticas no Médio Oriente, a crise de dívida na UE e a devastação causada pelo sismo no Japão e a consequente crise nuclear, levaram os investidores a reduzir a exposição a activos de risco.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

SOJA

As matérias-primas agrícolas tiveram um excelente desempenho no segundo semestre de 2010, sustentadas por fortes fundamentais e problemas relacionados com condições de tempo. Com o aumento de procura e diminuição de inventários nos cereais, a competição por área de plantação em 2011/12 deverá ser enorme. Nos EUA, a área de soja deverá estabilizar ou mesmo ser inferior à da época passada em detrimento de outras culturas, como o milho e o algodão, que aos actuais preços trazem maior rendibilidade aos produtores. Apesar de se esperar produções recorde na América do Sul, um crescimento sustentado da procura e a ameaça de condições de tempo adversas, deverão manter os inventários globais em níveis reduzidos durante 2011/12 e sustentar os preços da soja. Apesar de poder ser difícil ver novamente o preço em máximos de 2008 na ordem dos $16.60/bushel, pensamos ser realístico um movimento com o objectivo de $15.50/bushel.

ÓLEOS VEGETAIS

Os óleos vegetais continuam a encontrar suporte na ideia de maior procura global, em parte devido aos elevados preços no complexo de energia que levam a expectativas de uma subida significativa na produção global de biodiesel. Apesar de grandes produções sul-americanas, recentemente têm-se verificado condições de tempo adversas, o que juntamente com problemas nas culturas de colza em vários pontos do globo e uma redução na produção de girassol, fornecem suporte adicional ao mercado de óleos vegetais Relativamente ao óleo de soja, estima-se um aumento de 34%/ano nas exportações globais do óleo nesta época para máximos de três anos de 5.1 milhões de toneladas. O óleo de soja aumentou a sua quota de mercado na primeira metade desta campanha, que iniciou em Setembro, beneficiando de menores produção e exportações no óleo de palma. A incerteza com as áreas de plantação em 2011 e a actual instabilidade politica continuam a influenciar o mercado.

MILHO

O preço do milho iniciou o ano com uma tendência de subida a predominar, batendo inclusivamente novos recordes. Todavia, no início de Março, várias questões mundiais despoletaram um processo de correcção. Neste momento, o mercado começa a estabilizar e a restaurar a propensão de subida dos preços. O principal factor responsável pela elevada valorização do cereal foi o forte consumo, e as perspectivas de stocks reduzidos para os EUA em 2010/11, que segundo o USDA serão os mais baixos dos últimos 15 anos. Apesar da queda recente dos preços, os investidores no próximo trimestre deverão direccionar novamente as suas atenções para fundamentais respeitantes à oferta e procura do cereal, podendo levar a novas subidas dos preços. Os últimos dados do USDA, reportados no início de Março, apontam para uma produção global de 813,78MMT e para um consumo de 835,18MMT.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

TRIGO Desde meados de Fevereiro que o preço do trigo tem estado sob pressão de baixa, anulando os ganhos significativos conseguidos nos dois meses anteriores. Os stocks globais de trigo diminuíram significativamente em 2010, muito devido a condições meteorológicas adversas em várias regiões de produção. O foco de mercado vira-se agora para o ano comercial de 2011/12, havendo ainda um elevado grau de incerteza

relativamente à produção de trigo e à possibilidade de restabelecer os volumes de exportação, nomeadamente na Rússia e Ucrânia, depois da enorme queda de 2010. Devido a condições de tempo favoráveis, é esperada uma recuperação. No entanto, pode acontecer algum desapontamento, sobretudo vindo dos EUA, onde algumas das projecções de área de plantação são bastante optimistas. Ainda que os preços estejam abaixo dos $7,6/bu, o potencial de subida é elevado.

AÇÚCAR

Um forte ciclone na região de produção de açúcar na Austrália, levou os preços deste produto em NY a novos máximos das últimas 3 décadas atingindo 36 cents/lb. A International Sugar Association voltou a rever em baixa a produção da campanha de 10/11, apontando para um pequeno excedente de produção de 200.000 toneladas, insuficiente para inverter a forte redução dos stocks observada nas duas campanhas anteriores. Actualmente o rácio entre stocks e consumo global está no mínimo dos últimos 20 anos, tornando o mercado muito susceptível a problemas na campanha 11/12. A antecipação de uma enorme colheita brasileira, a autorização de exportações por parte da Índia e uma elevada produção na Tailândia, levaram a uma redução no consumo nas últimas semanas, implicando um recuo das cotações em NY para os 27 cents/lb. Nos próximos meses será determinante a dimensão da produção brasileira e a forma como irá decorrer a estação das monções na Índia. O Brasil já iniciou a sua colheita, estando a sofrer um problema de execesso de chuva que poderá prejudicar o rendimento da cana. Se tudo correr dentro do normal há expectativas que se atinja novo recorde, quer por uma subida do rendimento quer pelo facto de uma maior percentagem de cana ser destinada ao açúcar em detrimento do etanol, face ao ano anterior. Ainda assim haverá que contar com os estrangulamentos nos portos brasileiros que em 2010 dificultaram o escoamento do produto e levaram a uma subida acentuada dos preços no Verão. Mesmo que tudo decorra dentro do normal no capítulo da oferta, a actual situação de stocks não deverá dar espaço a quedas em NY abaixo dos 20 cents/lb. (IMF)

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Análise Técnica CENÁRIO TÉCNICO CAMBIAL – ABRIL DE 2011

EURO/DÓLAR (EUR/USD)

O Euro continua a beneficiar de um cenário técnico positivo de médio/longo prazo, consolidando nas últimas semanas pouco abaixo dos 1.4250 dólares. O facto deste valor não ter sido ainda rejeitado demonstra que o interesse comprador está presente, o que suporta a continuidade do movimento de alta. Objectivos técnicos encontram-se na zona dos 1.4550 dólares e a seguir os 1.4800 dólares. Enquanto o euro estiver suportado acima dos 1.3980 dólares, o cenário é positivo.

DÓLAR/IENE (USD/JPY)

As últimas semanas mostram níveis de volatilidade extremos no Usd/Jpy, com novos mínimos abaixo dos 78 ienes por dólar a serem rejeitados. A quebra da linha de tendência descendente de longo prazo que se seguiu, abriu espaço para uma apreciação do dólar para os próximos meses. Consideramos que o Usd/Jpy deverá caminhar para a resistência dos 87/90 ienes por dólar. Enquanto acima dos 80 ienes , o Usd/Jpy deverá manter um cenário positivo.

EURO/IENE (EUR/JPY)

Após a consolidação entre os 114.50 e os 105 ienes por euro, o Eur/Jpy conseguiu finalmente quebrar esta zona

de

congestão.

Encontrando-se

a

testar

a

importante resistência dos 120 ienes, consideramos que o cenário de médio prazo do Eur-Jpy é construtivo, sendo possível a progressão em alta até à zona de resistência dos 127 ienes. Apenas a rejeição dos actuais níveis e um fecho do gráfico semanal abaixo dos 114 ienes invalida o actual cenário de alta no Eur/Jpy.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

EURO/LIBRA (EUR/GBP)

Após várias tentativas, o Eur/Gbp conseguiu finalmente ultrapassar a barreira imposta pela linha de tendência descendente de longo prazo, transaccionando já acima das 0.88 libras por euro. A importância desta quebra em alta poderá ter implicações mais significativas a longo prazo, contudo para os próximos meses será expectável a visita à importante resistência das 0.8980 libras por euro. A prazo, esperamos a progressão deste movimento de alta, com objectivos potenciais na zona das 0.9180 libras por euro. No sentido descendente o suporte é óbvio na casa das 0.86 libras por euro.

EURO/REAL (EUR/BRL)

O Eur/Brl consolida entre os 2.40 e os 2.20 reais há praticamente um ano, mostrando níveis de volatilidade invulgarmente baixos. Do ponto de vista de tendência nada se altera, continuando

a

ser

esperado

que

lenta,

mas

ordeiramente, o euro perca terreno até ao suporte de muito longo prazo na casa dos 2.00 reais por euro.

DÓLAR/KWANZA (USD/AOA)

A tendência de alta do Usd/Aoa permanece intacta, com novos máximos de 10 anos acima das 95 kwanzas a serem registados no início de 2011. O cenário técnico de longo prazo permanece desta forma inalterado, com a barreira psicológica dos 100 kwanzas por euro a representarem ainda o nosso objectivo. Apenas a perda das 75 kwanzas, algo que nos parece improvável, poderá sinalizar a quebra da tendência ascendente de muito longo prazo.

25

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

EURO/RAND – ÁFRICA DO SUL (EUR/ZAR)

A zona de suporte psicológico dos 9 rands, conseguiu absorver a pressão vendedora de euros e o euro acabou

por

conseguir

recuperar

a

zona

de

consolidação dos 9.27/10 rands. A forma como este movimento se concretizou traça no gráfico mensal um possível padrão de “Head&Shoulders” invertido, que caso seja activado pela quebra dos 10 rands, projecta uma apreciação do euro até aos 11 rands por euro. Contudo, é provável a consolidação do câmbio com os 9.50 rands a representarem a zona de equilíbrio.

EURO/FRANCO SUÍÇO – (EUR/CHF)

A tendência descendente no Eur/Chf continua a mostrar níveis de “momentum” muito acentuados, com

qualquer

tentativa

de

recuperação

a

ser

rapidamente rejeitada. Mantemos um cenário negativo para o Eur/Chf, sendo provável novos mínimos abaixo dos históricos 1.24 francos suíços por euro. Apenas a recuperação acima dos 1.35 francos suíços neutraliza o actual cenário negativo, mas não o suficiente para estabelecer uma nova tendência de alta.

EURO/COROA NORUEGUESA – (EUR/NOK)

O Eur/Nok estabeleceu um importante suporte na cada das 7.70 coroas, valor que voltou a servir de suporte no início deste ano. Como se pode verificar no gráfico semanal, as linhas de tendência encontram-se de tal forma próximas que será inevitável a quebra deste padrão de congestão. Na nossa opinião o sentido descendente continua a ser o sentido mais provável para o médio/longo prazo, com as 7.40/7.45 coroas a representarem o nosso objectivo.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

EURO/COROA SUECA – (EUR/SEK)

A linha de tendência descendente de longo prazo no Eur/Sek continua a controlar as movimentações no câmbio,

mantendo

uma

tendência

descendente

tecnicamente perfeita. Continuamos negativos no Eur/Sek, esperando que o suporte de curto prazo dos 8.80 acabe por ceder ao longo dos próximos meses. Apenas um fecho mensal acima dos 9.10 invalida a actual tendência de queda, abrindo espaço a uma rápida recuperação do euro até aos 9.60.

EURO/ZLOTY – (EUR/PLN)

O

Eur/Pln

encontra-se

num

movimento

de

consolidação com os 4.00 zlotys como ponto de equilíbrio, tendo para já mantido os máximos e mínimos de 2010 intactos. O Eur/Pln continua num claro cenário técnico neutral, sendo necessária a quebra em alta dos 4.22 ou a quebra em baixa dos 3.80 zlotys para que este cenário se altere. Em alta a quebra dos 4.22 zlotys inicia uma tendência de alta com objectivos nos 4.60 zlotys. No sentido descendente, e embora seja um cenário menos provável, a quebra dos 3.80 zlotyz abre espaço a uma queda acentuada do Eur/Pln até aos mínimos de 2008 nos 3.20 zlotys.

EURO/DÓLAR CANADIANO – (EUR/CAD)

O Eur/Cad continua a utilizar o importante suporte dos 1.26 dólares canadianos para estabelecer um fundo de longo prazo. De momento será necessária a quebra em alta dos 1.4480 dólares canadianos para que este padrão de inversão se confirme, algo que a acontecer estabelece os 1.52 dólares canadianos como objectivo imediato. Enquanto abaixo dos 1.4480 dólares e acima dos 1.2600, o cenário técnico de médio prazo é neutral, sendo esperada a consolidação de preços em torno dos 1.3500 dólares canadianos.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

CRUDE OIL ($)

O crude renovou máximos do ano acima dos 108$, mostrando finalmente algum incremento nos níveis de “momentum” de longo prazo. A quebra da resistência psicológica dos 100$ é significativa, abrindo espaço para a progressão do movimento de alta até junto do limite superior do canal ascendente, de momento nos 118$. Enquanto acima dos 98$ por barril, o cenário técnico do crude permanece positivo, sendo no entanto provável um incremento ainda mais significativo dos níveis de volatilidade.

OURO ($) – GRÁFICO MENSAL

Nada de novo no ouro do ponto de vista técnico, com o metal precioso a renovar máximos históricos, já acima dos 1450$. No gráfico mensal, que nos permite analisar o movimento num prazo mais largo, verificase que a tendência de alta é muito consistente. Enquanto as cotações se mantiverem dentro desta figura, nada muda em termos técnicos, mesmo que se considere que a evolução dos preços está a acontecer a um ritmo demasiadamente rápido e por isso insustentável no longo prazo.

PSI 20

O Psi-20 é de momento um dos índices europeus com o gráfico menos positivo. A zona dos 8000 pontos tem vindo a travar todas as tentativas de retoma da tendência de alta enquanto em baixa todos os movimentos abaixo dos 7500 pontos foram rejeitados. Tendo em conta este facto, fica claro que o Psi-20 se encontra de momento “preso”, sendo necessária a quebra de um dos limites acima referidos para que se possa considerar um novo cenário técnico de médio prazo. Até que tal suceda, o cenário do Psi-20 permanece neutral para o médio/longo prazo.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

DAX 30

O índice alemão acelerou ainda mais a tendência de alta de 2010, transaccionando já acima dos 7250 pontos. Tendo em conta as figuras técnicas efectuadas ao longo do movimento de alta, consideramos haver ainda espaço para mais movimentos de alta no DAX. Contudo, considerando a relevância dos actuais níveis – os níveis máximos de 2008 – é expectável alguma “luta” e consolidação de preços. Objectivos potenciais no Dax para o longo prazo encontram-se nos máximos de 2007, bem acima dos 8000 pontos.

DOW JONES

Tendência de alta perfeita do ponto de vista técnico no índice norte-americano Dow Jones, com a zona dos 12 mil pontos a não conseguir travar o elevando interesse comprador. Apenas a zona dos 13 000 pontos pode vir a gerar alguma resistência ao Dow Jones, valores que remontam a 2008. Caso este valor seja quebrado, não nos parece provável que o índice venha a registar máximos recorde, acima dos 14 mil pontos. Apenas a quebra dos 11 mil pontos invalida a tendência de alta do Dow Jones.

GRÃO DE SOJA

A anterior zona de resistência dos 13$ mostra-se agrora uma importante zona de suporte, gerando sustentabilidade à forte tendência de alta de médio prazo. Enquanto acima deste suporte, mantemos um cenário positivo para ao grão de soja, sendo provável a visita à barreira dos $14.9/$15 durante o segundo trimestre de 2011. Acima deste valor, é possível a renovação de máximos históricos acima dos $16, contudo tendo em conta o padrão técnico de longo prazo, parece-nos menos provável uma aceleração dos preços do grão de soja sem que antes se verifique um longo período de consolidação.

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

FARINHA DE SOJA

A farinha de soja continua a transaccionar balizada por importantes linhas de tendência de longo prazo, com a zona dos 320$ a representarem um ponto de equilíbrio. Enquanto entre os 380$ e os 250$, mantemos um cenário neutral de longo prazo para a farinha de soja. Numa visão de mais curto prazo, esperamos um teste à linha de tendência descendente, que se encontra de momento nos 365$.

TRIGO

O trigo conseguiu quebra a linha de tendência descendente de longo prazo no início do deste ano, contudo ao contrário do que se verifica no restante complexo de grãos, o momentum ascendente no Trigo é menos significativo. A zona dos $7.40 representa um importante suporte e enquanto acima deste valores continuamos a considerar os $9.62/65 como o objectivo para a primeira metade de 2011. Apenas a quebra e fecho mensal abaixo dos $6.60 invalida este cenário positivo.

MILHO

O Milho mostra um ângulo e velocidade de subida de preços

que é

impressionante

mesmo para uma

commoditie, com os preços a testar os anteriores máximos de 2008. No Outlook anterior tínhamos estabelecido novos máximos como objectivo, contudo considerando o incremento de momentum no Milho, consideramos que os preços podem vir a acelerar ainda mais para valores acima dos $10 durante 2011. O Milho perderá momentum ascendente na quebra dos $6.1, contudo este não é um movimento que nos pareça provável para os próximos meses. (IMF)

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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Quadro Variações Índices 31-Mar-11 PS I 20

7753.5

1 Mês -2.77

XE TR A DAX IB E X 35 CAC 40 AT HE NS GE NE RA L DOW J ONE S S &P 500 BOVE S PA INDE X NIK KE I AS X 2 00 S HANGHAI S E COMPOS IT E

7041.3 1 0576.5 3989.2 1535.2 1 2319.7 1325.8 6 8586.7 9755.1 4837.9 2928.1

-1.95 -0.63 -1.12 -2.21 2.10 1.33 1.94 -7.03 0.72 0.49

Variação % 3 Mes es 0.64

6 Mes es 2.89

0.74 6.96 2.26 8.14 5.56 4.24 -1.97 -6.18 2.01 2.65

14.79 1.86 9.30 3.12 14.59 16.60 -2.55 3.99 4.60 6.91

52 S emanas Minimo Máximo 6624.3 8344.3 5670.0 8669.8 3331.3 1354.6 9686.5 1022.6 58192.1 8605.2 4222.1 2363.9

7426.8 1 1523.5 4157.1 2095.0 1 2391.3 1343.0 7 2995.7 1 1339.3 5001.9 3166.2

Mercado Cambial* 31-Mar-11

1 Mês

Variação % 3 Mes es

6 Mes es

52 S emanas Minimo Máximo

E UR/US D E UR /C HF E UR/J PY E UR/GBP E UR /S E K E UR /NOK E UR/CA D E UR /B RL E UR/AUD E UR/CNY E UR /PL N

1.4207 1.3005 117.61 0.8837 8.9329 7.8330 1.3785 2.3058 1.3736 9.3036 4.0106

2.88 1.61 3.78 4.23 2.29 1.70 2.46 0.47 0.86 2.51 0.66

6.44 4.33 8.20 2.60 -0.05 0.68 4.18 4.49 4.98 5.77 1.33

3.66 -2.42 3.08 2.09 -3.32 -2.45 -1.52 -0.09 -2.95 1.45 1.58

1.1942 1.2459 106.19 0.8104 8.7090 7.7020 1.2486 2.1749 1.2975 8.1558 3.8349

1.4244 1.4408 127.42 0.8926 9.8310 8.2080 1.4300 2.3971 1.5135 9.4915 4.1950

US D/CNY

6.5564

-0.26

-0.98

-1.89

6.5564

6.8284

1 Mês

Variação % 3 Mes es

6 Mes es

*Fixing do BCE

Commodities 31-Mar-11

52 S emanas Minimo Máximo

Pe tró leo Gás n atural Alg o dão

106.79 4.39 200.23

4.46 14.96 -2.06

16.65 -5.61 40.81

31.08 17.76 100.67

68.01 3.29 77.06

106.79 5.19 215.15

S o ja Óleo de S oja Milh o T rigo A çúcar Co bre A lu mínio Zinco Níqu el Aço

1 410.25 58.78 693.25 763.25 27.11 9 428.00 2 648.00 2 362.00 26095.00 38.12

1.66 0.88 -2.91 -1.74 -10.76 -4.67 1.73 -4.76 -8.76 1.17

2.92 2.96 11.72 -5.25 -12.55 -1.59 6.60 -4.37 3.74 -4.29

33.80 36.38 47.03 17.92 17.92 16.91 12.06 5.92 8.10 6.09

930.50 35.84 325.00 428.00 13.67 6101.00 1867.50 1628.00 17950.0 0 27.43

1 451.00 59.74 729.75 886.00 35.31 10160.00 2 648.00 2 615.00 29300.00 43.62

31-Mar-11

Variação (Po ntos percentu ais ) 1 Mês 3 Mes es 6 Mes es

Taxas de J uro - E uro E u ribo r 3 mes es E u ribo r 6 mes es E u ribo r 1 ano

1.239 1.546 1.996

0.144 0.165 0.221

0.2 38 0.3 22 0.4 92

0.286 0.355 0.528

52 S emanas Minimo Máximo 0.635 0.945 1.214

1.210 1.521 1.953

Taxas de J uro - Dólar 31-Mar-11 L ib or 3 mes es L ib or 6 mes es L ib or 1 ano

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0.303 0.460 0.783

Variação (Po ntos percentu ais ) 1 Mês 3 Mes es 6 Mes es -0.007 -0.002 -0.004

0.0 00 0.0 04 0.0 02

0.012 -0.004 0.005

52 S emanas Minimo Máximo 0.284 0.442 0.755

0.539 0.761 1.224

31


Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011

Mercados IMF e Contactos

Equipa IMF

MERCADOS IMF

Carlos Balula

Cambial

Filipe Garcia

Spot, Forward, Opções, Swaps

Gil Araújo

Apoio à Auditoria

Hugo Lima

Valorimetria de Derivados e Testes de Eficácia

Ricardo Marques Sónia Mota

Taxas de Juro e Monetário FRA, IRS, Cap, Floor, Papel Comercial

Sónia Rodrigues

Metais

Contactos Tlf. Porto: +351 226 095 888 Fax Porto: + 351 226 095 933 Tlf. Lisboa: + 351 213 241 204 Fax Lisboa: + 351 213 558 076

Cobre, Alumínio, Níquel, Zinco, Aço, Estanho, Chumbo

Agrícolas Algodão, Soja, Óleos Vegetais, Trigo forrageiro e panificável, Milho, Açúcar, Cevada, Corn Glúten, Farinha de colza, Palmiste, Polpa de Citrinos, Farinha de Girassol, Farinha de peixe, Cacau

Energia imfporto@imf.pt imflisboa@imf.pt

Twitter: www.twitter.com/imfsa Facebook: www.facebook.com/imfmercados MSN: imfporto@imf.pt

www.imf.pt m.imf.pt

Petróleo, Gás Natural, LPG, Nafta, Álcool, Gasolina, Gasóleos, CO2

Químicos Plásticos (LLDPE e PP), Pasta de Papel (Kraft e NBSK)

Economia Estudos Macroeconómicos Apoio em mercados financeiros de países emergentes: Brasil e América Latina, Europa de Leste (Polónia, Hungria, Roménia), África (Angola, Gana, Moçambique)

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