ESTUDOS URBANOS: INVESTIGAÇÕES DE DESENHO URBANO

Page 1

VOLUME 01 ORGANIZAÇÃO

marco antonio suassuna lima

INVESTIGAÇÕES DE DESENHO URBANO

es tu


Organização do livro e diagramação: Marco

SUASSUNA

Data:

ABRIL 2019 Equipe urbanicidade: Marco Suassuna (Co-fundador e organizador) Alana Maluf Mariana Medeiros Bárbara Meurer Rayssa Galvão Dayse Luckwu Sávio Vale Gabriela Costa Sônia Matos Gabriel Lucas Vívian Gama Lúcio Ismael Revisão Gráfica: Mariana Medeiros Revisão ortográfica: Tereza Eliete Ribeiro Tradução: Alana Maluf Apoiadores:

Parceiros: PB SUL

Editora do CCTA

Ficha catalográfica elaborada na Biblioteca Setorial do CCTA da Universidade Federal da Paraíba=

= E82

Estudos urbanos: investigações de desenho urbano / Organização: Marco Antonio Suassuna Lima. - João Pessoa: Editora do CCTA, 2019. v. 1 : 67 p. : il. ISBN: 1. Arquitetura e Urbanismo. 2. Planejamento Urbano. 3. Urbanização ¥ Altiplano ¥ João Pessoa. 4. Meio Ambiente. 5. Mobilidade Urbana. 6. Urbanicidade. I. Lima, Marco Antonio Suassuna.

UFPB/BS-CCTA

CDU: 72+711


VOLUME 01 organização Marco Antonio SUASSUNA Lima

EDITORA do CCTA JOão PESSOA 2019



SUMÁRIO

1 2 3 4

MEIO AMBIENTE

ÁREAS VERDES NO ALTIPLANO

pedestrianismo

PASSARELA TREVO DAS MANGABEIRAS

quadra híbrida

QUADRA HÍBRIDA NOS BANCÁRIOS

ciclovias

CICLOVIAS BAIRROS ZONA SUL

15

23

35

49



PREFÁCIO Na última década, vem ganhando espaço nos debates e nas políticas governamentais, o tema da cidade como espaço privilegiado dos pedestres, das caminhadas, das relações humanas e da convivência democrática. O projeto dos espaços públicos ganha dimensão na pauta dos arquitetos e urbanistas, mas principalmente, junto à sociedade civil que reconhece, cada vez mais, a importância de retomar seu lugar nas ruas e praças. O olhar privilegiado para o transporte individual imposto pelo modelo rodoviarista adotado no Brasil, a partir dos anos 1950, resultou na desconstrução das nossas cidades na escala humana; vias expressas, viadutos, túneis e todos os conjuntos de infraestruturas voltadas para aumentar a velocidade dos carros, rompem a lógica do pedestre para o qual restaram as alternativas das passarelas de longa distância e os diminutos espaços das calçadas. Tal modelo resultou em um aumento exponencial do número de mortes em acidentes, na poluição do ar e na perda progressiva de espaço públicos que vão sendo transformados em áreas de circulação de veículos ou estacionamentos. Como consequência desse modelo, as cidades foram perdendo suas identidades em nome de um visão de futuro lastreada na velocidade dos deslocamentos, que acumula passivos urbanos para as jovens gerações. Daí o surgimento de uma verdadeira revolução urbana, que vem ocupando os espaços públicos, reivindicando a prioridade de uso para os pedestres e retirando do carro individual o protagonismo que exerceu nas últimas décadas. Chegada a hora da substituição desse protagonismo, um arsenal imenso de instrumentos urbanísticos precisam ser desenvolvidos para redesenhar as cidades de modo a recuperar espaços maltratados e divididos pelas avenidas expressas, viadutos e toda a infraestrutura construída com o fim de facilitar o deslocamento dos automóveis. Visto isso, a publicação Estudos Urbanos: Investigações de Desenho Urbano, organizada pelo movimento Urbanicidade, aparece em boa hora, apresentando quatro trabalhos que tem como linha comum, a revisão de uma forma de projetar, agora privilegiando o pedestre, a mobilidade ativa e a moradia integrada à cidade. São quatro estudos, que enfrentam essas novas temáticas e se desenvolvem com a participação ativa da sociedade,


a maior interessada na transformação ou ativação dos seus espaços. O primeiro deles propõe uma forma voltada para a recuperação do Meio Ambiente do Altiplano; dois outros - Pedestrianismo e Ciclovias desenham alternativas de circulação sobre a perspectiva da mobilidade ativa com vistas a facilitar e estimular a utilização dos dois modais e integrá-los na malha da cidade; e, finalmente, uma proposta para o desenho de uma quadra urbana que integra a moradia com o cotidiano da cidade, rompendo com a tradicional quadra dividida em lotes isolados. São estudos que nos mostram ser possível implantar novas estruturas urbanas com o intuito de corrigir as disrupturas da cidade existente, e, a partir da arquitetura e do urbanismo de uma nova era, reconectar territórios antes fragmentados. A proposta dos estudos aqui apresentados é a de contribuir com o debate e apresentar alternativas para tornar as cidades mais amigáveis e generosas para seus usuários em escala humana. Com certeza a cidade de João Pessoa tem muito a aprender com as contribuições aqui apresentadas.

Elisabete França

Arquiteta (FAU-UFPR) Mestre em Estruturas Ambientais Urbanas (USP) Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie Professora Titular Doutora FAAP


SOBRE O URBANICIDADE

URBANICIDADE

O

Urbanicidade é um movimento coletivo e independente que pensa as cidades paraibanas de forma propositiva e foi criado em 2013 por um grupo de arquitetos e urbanistas, artistas, e voluntários. O grupo atua questionando os seguintes aspectos: Que cidade nós queremos? Você pode contribuir para a melhoria espacial do seu bairro? É possível construir ideias democráticas que possam apoiar a governança compartilhada? Visando responder essas questões formamos um coletivo com o intuito de contribuir com a elaboração de ideias, utilizando-se do instrumento de desenho urbano participativo e investigativo. Premissas que norteiam nossas ações: Escolher áreas de pequena e média escalas em bairros variados; Debater ideias espaciais simples, porém importantes para as pessoas; Definir ideias práticas onde ajam demandas e oportunidades; Investir em ideias catalisadoras; Disseminar as ideias junto aos usuários; Divulgar os estudos em espaços públicos; Desburocratizar o processo de debate das ideias a partir do espírito voluntário do grupo; Encaminhar as ideias para os governantes a fim de contribuir com a gestão compartilhada.

9


10

URBANICIDADE Arquitetos reunidos durante o evento “Olho no Futuro” promovido pela Sinaenco, em 2013. Momento do surgimento do Urbanicidade, a caminho da mobilização social com outras categorias e profissões.

Matéria publicada no Jornal Correio da Paraíba, em 22 Janeiro de 2014. Na ocasião, a população foi convidada à debater sobre o projeto urbano para o Parque Solon de Lucena, conforme princípios básicos da gestão participativa divulgada pelos governantes.

Em 2014 o Urbanicidade convidou a população para opinar sobre o Parque Sólon de Lucena. Juntamente com outros movimentos e ativistas, mostramos a importância de se debater a cidade e suas obras de forma participativa. Agora, estamos retomando esse processo, convidamos todos que queiram se unir nesta luta.


URBANICIDADE Marco SUASSUNA ARQUITETO E URBANISTA cau- a28729-6 co-fundador e ORGANIZADOR

Sônia MATOS

ARQUITETA E URBANISTA cau- a14683-8

Dayse luckwu

ARQUITETA E URBANISTA cau- 299413

Lucio ismael

ARQUITETO E URBANISTA cau- a94220-0

11

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (1998) e mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2004). Professor adjunto do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) e do Centro Universitário Unifacisa Campina Grande-PB. Professor do curso de Especialização "Planejamento e Gestão de Cidades" no Unipê. Co-fundador do Urbanicidade. Conselheiro suplente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo-PB 2018-2020. Doutorando do PPGAU UFRN Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2004). Trabalhou no Governo do Estado da Paraíba, no período de 1982 até 2016, exerceu a função de analista ambiental na Superintendência Estadual de Administração do Meio Ambiente – SUDEMA. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa. Professora do curso de Especialização "Planejamento e Gestão de Cidades" e ''Paisagismo Sustentável'' do Unipe. Conselheira suplente do Conselho de Arquitetura e Conselho de Arquitetura e Urbanismo - PB 2018-2020. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (1999) e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Alagoas (2003). Doutorado pelo Programa de Pós graduação em Desenvolvimento Urbano MDU da Universidade Federal de Pernambuco (2018). Atualmente é pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba. Foi coordenadora do curso de pósgraduação em Planejamento Urbano e Gestão de Cidades do UNIPÊ. Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo do IESP e Unifacisa em Campina Grande.

Arquiteto e Urbanista graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) em 2013, especialista em Arquitetura e Cidade pela faculdade UnyLeya – DF em 2016.

EQUIPE Mariana Medeiros

ARQUITETA E URBANISTA cau- 213879-4

Alana maluf

ARQUITETA E URBANISTA cau- a139228-0

Arquiteta e Urbanista graduada pela Universidade Federal da Paraíba em 2018, pesquisadora do LAURBE -UFPB (Laboratório do Ambiente Urbano e Edificado) em 2015-2016. Estagiária na Divisão de Projetos da Prefeitura Universitária - UFPB e do Urbanicidade em 2017. Formada em Professional e Life Coaching pelo Instituto BCC em 2019. Uma das autoras do livro “Vila Mocó: Uma experiência em projeto de habitação de interesse social na cidade de Itaporanga-PB”.

Arquiteta e Urbanista graduada pelo Centro Universitário de João Pessoa (Unipê). Atualmente estudante de pós-graduação em Gestão de Cidades e Planejamento Urbano pela Universidade Cândido Mendes. Trabalhou no escritório NOMA Arquitetos.


12

URBANICIDADE

Rayssa GALVÃO

Estudante de arquitetura e urbanismo

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário de João Pessoa. Trabalhou na empresa Alliance Empreendimentos, com aulas de capacitação por meio do CIEE (Centro de Ocupações Administrativas). Com habilidades em Modelagem 3D de projetos de interiores, residenciais e urbanismo; Atualmente estagiária do Urbanicidade.

Vívian GAMA

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), integrante na pesquisa de extensão pelo laboratório LM+P e com experiência de estágio nos Estados Unidos. Atualmente estagiária do Urbanicidade.

Sávio Vale

Graduando em arquitetura e urbanismo (7º período) pelo Centro Universitário de João Pessoa UNIPÊ. Participa atualmente do projeto de extensão "Uso do Geoprocessamento na Análise da Qualidade Ambiental da Cidade de João Pessoa PB como Ferramenta para Intervenções Urbanísticas".

Bárbara Meurer

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ desde 2014. Membro do Urbanicidade desde 2017. Atualmente estagiária do Urbanicidade.

Estudante de arquitetura e urbanismo

Estudante de arquitetura e urbanismo

Estudante de arquitetura e urbanismo

EQUIPE Gabriela costa

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitario de Joao Pessoa - Unipê. Estagiou na Divisão de arborização e reflorestamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente SEMAM/ PMJP; atualmente, trabalha na Diretoria de Controle Ambiental da mesma e é estagiária do Urbanicidade.

Gabriel lucas Gabriel

Graduando em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário de João Pessoa Unipê. Diretor Regional da FENEA, Atualmente estagiário do Urbanicidade.

Estudante de arquitetura e urbanismo urbanismo

Estudante de arquitetura e urbanismo urbanismo


breve contextualização

URBANICIDADE

Desde o período da industrialização no país, no início do século xx, o processo

de urbanização somado ao crescimento acelerado das cidades tem causado danos severos à qualidade de vida dos cidadãos e ao meio ambiente. Ocupações desordenadas, poluição dos rios intraurbanos, congestionamentos, acidentes de trânsitos, insegurança, segregação sócioespacial, poluição, inundações, violência urbana são alguns dos graves problemas que afligem as cidades brasileiras, hoje com mais de 85% da população (sobre)vivendo nelas. O paradigma do automóvel vem ditando as intervenções das cidades impulsionando as construções de autoestredas, estacionamentos, viadutos e trevos. Espaços públicos de qualidade são exceções, quando deveriam ser predominantes e há muita desigualdade e contrastes nas paisagens citadinas. Em suma, os pedestres são colocados em segundo plano piorando as trocas sociais nos espaços públicos e nos bairros. Para atenuar o quadro, por vezes, gestores tomam decisões equivocadas a partir de projetos urbanos ineficientes e desarticulados, com obras que não atendem as reais demandas da população. Outras vezes dão prioridade aos bairros de alta renda em detrimento de outros, mais carentes e com problemas de moradia digna, mobilidade urbana, opções de lazer, educação, geração de emprego e renda. A gestão democrática preconizada no Estatuto da Cidade EC (Lei Federal 10.257/2001) não se confirma na prática, salvo raras exceções. Tais aspectos, se apresentam como grandes desafios a serem superados visando a qualidade urbana para o futuro próximo. Por outro lado, se dá pouca ou nenhuma importância ao desenho urbano participativo no processo de planejamento das cidades, e se acentuam as gestões tecnocráticas e pseudoparticipativas ao longo dos anos. Há muita desinformação sobre boas práticas em arquitetura e urbanismo, e a população, de uma forma geral não é crítica para exigir dos governantes obras oficiais de boa qualidade. Por isso é preciso fomentar discussões a respeito da gestão democrática das cidades a partir de bons projetos interdisciplinares, percebendo a importância do desenho urbano na qualidade dos espaços públicos, na promoção do planejamento urbano nos bairros e na condução de políticas públicas associadas as espacialidades de fato. Ninguém mora em leis, normas e teorias, embora elas sejam importantes para a compreensão do fato urbano ambiental, mas as pessoas vivem nas cidades, ocupam os espaços e é preciso planejamento para organizar o território e promover a escala humana no dia a dia. As ferramentas para se gerenciar os conflitos sociais inerentes as cidades vão desde a concepção de planos urbanos (que são interrompidos quando muda de gestão a cada 04 anos), passando por negociações entre o poder público e o setor privado, pela revisão de legislações obsoletas, ou ao cumprimento de medidas

13


14

URBANICIDADE legais já avançadas, a exemplo dos instrumentos de combate a especulação imobiliária contidas no EC. O direito à cidade para todos ainda está longe de ser alcançado, mas é possível, desde que seja com planejamento e gestão urbana integrados. No âmbito local, os estudo urbanos contidos nesse trabalho são investigações espaciais preliminares que utilizam as simulações projetuais como discurso e visam contribuir com a gestão compartilhada da cidade, focando em algumas problemáticas identificadas nos bairros da Zona Sul da Cidade de João PessoaPB, que atualmente se encontram em um processo de crescimento urbano sem planejamento, e cujas expansões ou transformações não atendem de forma satisfatória a população, principalmente no que diz respeito à mobilidade urbana, verticalização planejada e qualidade dos espaços públicos. Tais estudos estão sendo desenvolvidos para fomentar debates e discussões com a população, conselhos profissionais, universidades, entidades e órgãos públicos, a fim de propor melhorias para alguns bairros da capital paraibana. O coletivo Urbanicidade tem a convicção que se fosse respeitado os bons projetos urbanos concebidos de forma participativa no processo de planejamento as cidades seriam melhores. E com este livro, passamos a dar nossa contribuição!


MEIO AM BI EN TE


16

MEIO AMBIENTE

URBAN GROWTH IN CONSERVATION OF THE PRESERVATION OF THE GREEN AREAS: Study of ALTIPLANO - CABO BRANCO, PB -Brasil

The article objective the discusion of relations between urban planning and the environment taking as case study the reality of the urban fragment placed among the coastal cliff of Cabo Branco and the permanent preservation area of the valey of the rivers Timbó and Jaguaribe, located in the city of João Pessoa, Paraíba, that consists the district of Altiplano Cabo Branco. The study case contributes for a discussion starting from the historical analysis of the development of the district above, based on the changes occurred on the urban zoning, town and state acts Through the overlay of images of the area (years of 1978 and 2016) and the study of the changes on the zoning, it was evaluated the pressure atop this protected areas. The Public Power, answering the pressure of the real state market, changes the legislation applied to this study, diminishing the percentage of environmental protected areas, and consequently of the atlantic forest fragments and the permeable areas, compromising the unique character of the landscape, its social-environmental role of the lowland and bioclimatic standards of the burgh.

CRECIMIENTO URBANO EN CONTRATACIÓN DE LA PRESERVACIÓN de las áreas verdes: estudio de altiplano - CABO BRANCo, PB - BRASIL

El artículo discute las relaciones entre planificación urbana y medio ambiente tomando como estudio de caso la realidad del fragmento urbano situado entre el acantilado costero Cabo Branco y el área de preservación permanente del valle de los ríos Timbó y Jaguaribe ubicado en la ciudad de João Pessoa, Paraíba, que comprende el barrio Altiplano Cabo Branco. El estudio de caso contribuye a una discusión partiendo del análisis histórico del desarrollo del barrio citado, basándose en los cambios ocurridos en los zumbidos urbanos, decretos municipales y estatales. A través de la superposición de imágenes del área (años 1978 y 2016) y el estudio de los cambios en la zonificación, se observó la disminución del porcentaje de las áreas de protección ambiental. El Poder Público, atendiendo a la presión del mercado inmobiliario, modifica la legislación aplicable al área de estudio, disminuye el porcentaje de áreas de protección ambiental, y consecuentemente de los fragmentos de mata atlántica y de las áreas permeables, comprometiendo el carácter impar del paisaje del tablero, la función socioambiental de la várzea y los patrones bioclimáticos del barrio.


MEIO AMBIENTE

Estudo

CRESCIMENTO URBANO NA CONTRAMÃO DA PRESERVação das áreas verdes: estudo dO altiplano - cabo branco, João pessoa - PB Data

agosto 2016 Autores

MATOS Dayse luckwu Alana Maluf Sônia

Localização

altiplANO e bairros do entorno - JOÃO PESSOA-PB BRASIL - PARAÍBA

JOÃO PESSOA-PB

ALTIPLANO -ÁREA DE INTERVENÇÃO

FOTOMONTAGEM COM ORTOFOTOCARTAS DE 1998 DIRETORIA DE GEOPROCESSAMENTO E CADASTRO-PMJP

17


18

problemática

MEIO AMBIENTE

Este trabalho aprofunda a análise do processo de ocupação do Altiplano Cabo

Branco, e apresenta dados sobre as mudanças na legislação aplicável ao uso do solo na área, que diminui do percentual de áreas de proteção ambiental e, consequentemente dos fragmentos de mata atlântica e das áreas permeáveis, desconsiderando a fragilidade ambiental do tabuleiro costeiro e a importância da várzea do rio Timbó, como reservatório natural, reduzindo o impacto das cheias. A área em estudo abrange os bairros do Altiplano Cabo Branco e Portal do Sol, ilustrada abaixo, localizada na Zona Leste da Cidade de João Pessoa, cujos bairros limites são: a Leste, o Cabo Branco; a Oeste, o Castelo Branco; ao Norte, os bairros de Miramar e Cabo Branco; e ao Sul, o bairro dos Bancários e a Sudeste Ponta do Seixas. Os mapas abaixo ilustram a flexibilização da verticalização no bairro, intensificada a partir do decreto nº 5.844/2007, o qual delimita a poligonal da ZAP – Zona de Adensamento Prioritário, e permite construções com aproveitamento até quatro vezes o tamanho do terreno. Como também o decreto nº 5.363/2005 que delimita o SAA – Setor de Amenização Ambiental ao longo da Av. Panorâmica e no perímetro do Parque Cabo Branco, permitindo edificações de até três pavimentos e podendo ocupar 40% do terreno. MIRAMA R CASTEL O BRANCO CABO BRANC O ALTIPLAN O CABO BRANC O

BANCÁRIOS

PORTAL DO SOL JARDIM CIDAD E UNIVERSITÁRIA

MANGABEIR AC

PONTA DO SEIXAS

OSTA DO SOL

O mapa inferior a esquerda mostra a localização ampliada da área de estudo, com destaque para o zoneamento de 2012, obtido através da base de mapas em formato .PDF da Diretoria de Geoprocessamento da PMJP – Prefeitura Municipal de João Pessoa, com edição do grupo de pesquisa. O mapa abaixo a direita representa uma ampliação do mesmo mapa de zoneamento, porém com a delimitação da poligonal da ZAP definida pelo decreto de 2007. Tal zona pode ser identificada pelo intenso processo de verticalização que vem ocorrendo no Altiplano, o qual desconsidera a Várzea do Rio Timbó e exerce forte pressão sobre os recursos naturais, como a vegetação, o solo e os recursos hídricos. ZEP2

ZEP2

ZEP2

SAA

SAA


MEIO AMBIENTE

19

Através da formação da linha do tempo da alteração da legislação, decretos estaduais, municipais e o Plano Diretor, referentes a área de estudo, sintetizou-se a evolução dos interesses propostos para a região do Altiplano Cabo Branco. Foi possível identificar nos decretos, a sensível evolução do interesse especulativo na área, pressionando assim os poderes públicos, em maximizar a potencialidade da construção civil. Consequentemente, perceber como as áreas verdes foram tomando papel coadjuvante no local que primeiramente eram tratadas como protagonistas. Antes conhecido por grandes porções de massa vegetativa, a mudança no perfil do solo e da região, devido a sua evolução, é perceptível através da diminuição do percentual de fragmentos da mata atlântica (1978 – 43,50% e 2012 – 25,8%) e da redução de 48% dos limites das zonas especiais de preservação – ZEP-2 (1992 – 126 hectares e 2012 – 65 hectares ), além do crescimento de áreas com maior índice de ocupação, consequentemente, áreas pavimentadas e edificações verticais. ALTERAÇão da legislação - mapas

0.0087% 43,5%

0.016% 0.009%

0.15% 0.0083%

0.0071%


20

MEIO AMBIENTE

O Altiplano é parte significativa de um dos mais expressivos cenários paisagísticos

e turísticos da cidade de João Pessoa. Está localizado sobre o tabuleiro costeiro, que é margeado ao leste pela falésia do Cabo Branco, e ao oeste pelo vale do rio Timbó. É ainda recoberto por fragmentos de Mata Atlântica, perfeitamente visível a partir da orla por trás dos prédios de baixo gabarito do Cabo Branco. Segundo o Plano Municipal de Conservação e Recuperação de Mata Atlântica, 2010, o Altiplano vivencia, atualmente, uma urbanização acelerada, e um processo de verticalização intenso. Analisando os dados obtidos e sobreposto os mapas de zoneamento dos Planos Diretores de 1992 e 2012, observa-se uma significativa diminuição das áreas verdes na poligonal estudada.

ÁREAS SEGUNDO MACROZONEAMENTO/TEMPO

20.00

20.00

20.00

160.00m

20.00

62.50m

A Zona Especial de Preservação dos Grandes Verdes 2 permite usos Institucional Regional, Industria Urbana de Pequeno Porte e Residenciais. O lote mínimo para todos os usos é de 10.000m² com ocupação máxima de 10% do terreno e altura máxima de dois pavimentos. Conforme ilustrado ao lado, os recuos de 20m e a simulação de uma construção de 1.000m²

SIMULAÇÃO LOTE no saa 20.00m

SIMULAÇÃO LOTE NA ZEP2

62.50m 3

5 5

10

Na simulação do Setor de Amenização Ambiental, um mesmo terreno de 10.000m², pode ser fragmentado em oito lotes de 1.250m² (62,5mX20m). Tal uso permite desde setor hoteleiro, até instituições religiosas, comércio e condomínios residenciais. Podendo chegar até 3 pavimentos, a simulação ao lado representa uma ocupação máxima de 40% e recuos estabelecidos.


proposta Av. José Américo Rio Jaguaribe

MEIO AMBIENTE

A proposta de simulação de uso e ocupação apresentada através de cenários, se concentra no entorno do rio Timbó, o qual já sofreu algumas alterações no Plano Diretor de 2012, uma vez que parte da ZEP foi transformada em SAA, e cuja implementação pode comprometer os padrões de uso e ocupação do solo com reflexos na permeabilidade e recarga de sua várzea. Foram elaborados cenários de adensamento de acordo com as prerrogativas exigidas pelo zoneamento de 1992 e de 2012, os quais permitem avaliar o impacto na paisagem.

''Não há como aceitar a ideia simplista de que determinados espaços ecológicos devem corresponder a espaços econômicos, numa sobreposição plena e totalmente ajustável''. Ab'saber, 1989.

SItuação atual

Na foto acima é possível visualizar a densa massa vegetativa existente na várzea do rio Timbó. Porém, foi identificada uma clareira dentro dessa massa, a qual foi desmatada irregularmente e manteve apenas uma faixa vegetativa no limite leste da gleba. Percebese que esta iniciativa é um alerta sobre o avanço da especulação imobiliária na área, cujo padrão de ocupação pode sofrer alterações similares às do decreto 5.844/2007.

21


22

MEIO AMBIENTE cenário zep2

O cenário acima mostra a aplicação dos índices urbanísticos na ZEP2 - várzea do rio Timbó. Neste cenário a proporção da área permeável se sobrepõe a área adensada, permitindo que o rio cumpra sua função de reservatório natural e que a vegetação nativa seja preservada. Os usos permitem ainda a ocupação para finalidades culturais, parques e áreas de lazer, além de realocação para habitações de interesse social.

cenário SAA

No Setor de Amenização Ambiental é possível identificar o alto adensamento, uma vez que os lotes mínimos podem ser até oito vezes menores que a ZEP2, além de permitir edificações com até 3 pavimentos. Os usos estão sob a ressalva de preservação da paisagem natural e uma taxa de impermeabilidade que não ultrapassa 50%, porém o conjunto adensado prevalece neste cenário, não permitindo que a massa vegetativa se desenvolva naturalmente.

Ao diminuir o percentual da Zona Especial de Preservação – ZEP, e em substituição aumentar o percentual do Setor de Amenização Ambiental – SAA, a Prefeitura Municipal de João Pessoa desconsidera a Constituição do Estado da Paraíba, o Plano Diretor de João Pessoa e o Código Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa, os quais destacam o valor paisagístico, turístico e cultural do Altiplano. Há de se entender o funcionamento dos sistemas urbanos, a tarefa do urbanismo consiste em desenvolver novas formas de mediação entre as qualidades da experiência urbana e as possibilidades dos elementos naturais. O arquiteto deve ter o discernimento de saber quando constrói e de quando não constrói. A não construção as vezes é mais importante do que a construção. A relação entre o ambiente, a terra, o solo, a árvore e a construção é um desejo de equilíbrio procurado.


PE DES TRIA NISMO


24

pedestrianismo PEDESTRIAN PATHWAY This Project study proposes a construction of a foot bridge in the area where nowadays is the Mangabeira Intersection – limit between the Mangabeira and Cidade Universitária neighborhoods in João Pessoa – PB, by evidenciating the necessity of thinking about people, or in over 1000 pedestrians that circulate every day at the location. That way, it contrasts the highway urban planning that aims only to solve issues of traffic, forgetting about pedestrians. Thereby, an investigation was made for the possibility of the foot bridge to supply the mobility of pedestrian and wheelchair users in a safe and confortable way, because the only passage today is insecure, undersized and inadequate, above all to wheelchair users. The methodology based itself in field trips, data search, theme maps, photographic registration, dialogues with passers-by analyzing the demand and, the elaboration of a project study of the footbridge, and the placement of two parks, each at the entrances of the bridge. Thus, there were elaborated boards A2 sized that translate the analysis of the area and spatially simulate through virtual perspectives of several angles. Like this the intervention is to show the work to the community and to responsible governmental parts interested in achieving its accomplishing. Undersignments were collected to help in the solicitation and legitimation of the proposal. Lastly, the city of João Pessoa needs of more spaces that enable the freedom of coming and going of the pedestrians. The proposal study bounces the importance of implementing in the city a system of public spaces that support more people than cars. Therefore, it is jussive to render the urban spaces more accessible, safe and comfortable for the social exchanges in their daily lives.

PASARELA para peatones

Este estudio proyectual propone la construcción de una pasarela en el área donde actualmente se encuentra el Trevo das Mangabeiras - límite entre el barrio de Mangabeira y Ciudad Universitaria, en João Pessoa -PB, al evidenciar la necesidad de pensar en las personas, o en más de 1000 peatones que circulan todos los días en el lugar. De esta forma, se contrapone al urbanismo carretero que sólo trata de solucionar problemas de congestión de tránsito, olvidándose de los peatones. Así, se buscó investigar la posibilidad de la pasarela proporcionar la movilidad de los peatones y sillones de forma segura y confortable, ya que hoy el único paso es insegura, subdimensionada e inadecuada, sobre todo para los sillones. La metodología se basó en visitas de campo, levantamiento de datos; mapas temáticos; el registro fotográfico, las conversaciones informales con los transeúntes analizando la demanda y por fin, la elaboración del estudio proyectual de la pasarela, y la inserción de dos plazas en los extremos del recorrido. De esta forma, se elaboraron tablas en el tamaño A2 que traducen el análisis del área y simulaciones espaciales a través de perspectivas electrónicas de varios ángulos. De esta forma, la intención es mostrar el trabajo a la comunidad y al órgano gubernamental responsable a fin de lograr su realización. Los abajo firmantes ya fueron recogidos para auxiliar a la solicitud y la legitimidad de la propuesta. Por último, la ciudad de João Pessoa necesita más espacios que posibiliten la libertad de ir y venir de los peatones. Este estudio propuesto resalta la importancia de implementar en la ciudad sistemas de espacios públicos que favorezcan más a las personas que los coches. Por lo tanto, se hace necesario hacer los espacios urbanos cada vez más accesibles, seguros y cómodos para los intercambios sociales en su cotidiano.


pedestrianismo

Estudo

PASSARELA NO TREVOS DAS MANGABEIRAS, JOão Pessoa - PB Data

abril 2017 Autores Marco

SUASSUNA

Bárbara MEURER Sávio

Vale MEDEIROS

Mariana

Localização

MANGABEIRA - JOãO PESSOA-PB

Localização

extra

BRASIL - PARAÍBA

cehap

RUA walfredo MAcedo BRANDao

bancários e bairros do entorno - JOÃO PESSOA-PB

AV.HILTON SOUTO

unimed

JOÃO PESSOA-PB

MANGABEIRA - ÁREA DE INTERVENÇÃO

25


26

pedestrianismo

problemática

O Trevo das Mangabeiras foi executado com a promessa de beneficiar mais de

200 mil pessoas, visando reduzir congestionamentos e melhorar o fluxo viário na região, na obra foram investidos mais de R$25 milhões. A área de intervenção encontra-se no limite do bairro de Mangabeira, sendo um importante acesso para os bairros dos Bancários e Cidade Universitária, na cidade de João Pessoa, PB. A criação do Trevo das Mangabeiras, substituindo a antiga rotatória, desafogou o trânsito, no entanto, criou uma zona de conflito com os pedestres. O uso e ocupação do solo é variado na região, porém nota-se um maior número de comércio e instituições próximas às vias principais. Devido ao número elevado de escolas na área, subentende-se que há grande fluxo de estudantes a pé, comprovado com as visitas e entrevistas in loco. O trevo se configura como uma barreira física para os pedestres e ciclistas, dificultando a transição entre os bairros dos Bancários e Mangabeira. O local de estudo possui grande fluxo de pedestres, porém, a estrutura urbana não proporciona a caminhabilidade adequada à demanda. O percurso previsto para atravessar a pé é disposto no meio de duas avenidas, delimitado por tela aramada e muro de concreto tornando inseguro, desconfortável e conflitante. As outras alternativas do trajeto são mais longas, e realizadas pelas extremidades do trevo, pelas calçadas estreitas, depredadas e sem acessibilidade sendo incompatíveis com o percurso natural das pessoas daquele espaço urbano.

o trevo Em númEros

Fotos que ilustram as possibilidades de percursos pelos pedestres entre os bairros dos Bancários e Mangabeira. À esquerda calçada estreita, com mato, barreiras físicas e areia. Fonte: Urbanicidade durante as visitas in loco.

Passagem estreita projetada para os pedestres, mas que é insegura e desconfortável situada entre as duas vias de alto tráfego no Trevo das Mangabeiras. Fonte: Urbanicidade durante visistas in loco.


pedestrianismo

Observase a apropriação por ambulantes que comercializam No lado do Bairro Mangabeira, notase um espaço produtos alimentícios de lanches e “quentinhas”, servindo subutilizado, servindo de estacionamento para aos trabalhadores das oficinas locais. Esta característica caminhões de frete e carga/descarga. sócioespacial foi considerada na concepção da proposta.

O estudo se alinha a Lei n⁰ 12.257/12 no seu art. 5⁰ : Acessibilidade universal; Eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; Segurança nos deslocamentos das pessoas; Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; Equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros. Ao lado da CEHAP, muitas pessoas fazem esse percurso por ser mais seguro e iluminado a noite. No entanto, ao final do trajeto, para ir ao outro lado do bairro Mangabeira as pessoas tem que atravessar a Av. de tráfego rápido Hilton Souto Maior mas é preciso andar cerca de 500 metros a mais para ser realizada a travessia.

27


28

pedestrianismo

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

1 2 3 4 5 6 7


proposta

pedestrianismo

Este

estudo projetual propõe a construção de uma passarela na área onde atualmente encontra­-se o Trevo das Mangabeiras, ­limite entre os bairros de Mangabeira, Bancários e Cidade Universitária, em João Pessoa,­ PB. Evidencia a necessidade de se pensar nas pessoas, ou em mais de 1500 pedestres que circulam todos os dias no local, e cerca de 1000 ciclistas. Desta forma, se contrapõe ao urbanismo rodoviarista que visa apenas solucionar problemas de congestionamento de trânsito, esquecendo­ -se dos pedestres. Investigar a possibilidade da passarela proporcionar a mobilidade dos pedestres e cadeirantes, de forma segura e confortável, já que hoje a única passagem é insegura, subdimensionada e inadequada, é o seu principal objetivo. A equipe realizou visitas de campo, levantamento de dados; mapas temáticos; registro fotográfico, conversas informais com os transeuntes analisando a demanda, para posteriormente desenvolver o estudo projetual da passarela, que arremata com a proposta de inserção de duas praças nos extremos do percurso. Foram elaborados desenhos urbanísticos que traduzem a proposta e simulações espaciais através de perspectivas eletrônicas de vários ângulos. Visa ainda mostrar o trabalho à comunidade e ao órgão governamental responsável a fim de conseguir a sua realização. Abaixo-­assinados já foram recolhidos para auxiliar à solicitação e a legitimidade da proposta. Toda cidade, a exemplo da capital paraibana, precisa de mais espaços que possibilitem a liberdade de ir e vir dos pedestres em harmonia com os espaços públicos qualificados.

MENORES DISTÂNCIAS RESPEITO AO PEDESTRE Vista esquemática da proposta. Nos extremos, praças de convivência, na Avenida Sérgio Guerra, onde existe a passarela estreita e insegura de pedestres, é proposto uma ciclovia devidamente projetada para essa via, solicitação antiga dos cicloativistas. Fonte: Urbanicidade a partir do Google.

29


30

pedestrianismo

Substituição dos quiosques por food truck, mantendo as atividades preexistentes.

Proposta de construção de uma praça de convivência na área subutilizada de estacionamento de caminhões.

Passarela proporcionando menores distâncias e mais segurança para a travessia cotidiana.

Transposição acessível, gerando inclusão social e respeito ao cadeirante.

´ Área Á́rea de convivência com banco sob árvores,sendo um espaço de permanência e descanso.

Passarela inserida no contexto urbano. Treliça em estrutura metálica para vencer o s 40m de vão, piso e coberta e m placas cimentícias pr é moldadas e impermeabilizadas, o conformam os materiais pretendidos. O fechament f sugerido é em tela aramada e a pintura verde folha (escuro), da mesma cor do peitoril existente.

implantação implant


pedestrianismo Pracinha de convivência, food truck para lanches e refeições para os trabalhadores das oficinas mecânicas do entorno, complementam o programa de necessidades da proposta.

Do lado dos Bancários, próximo á CEHAP, pracinha com banco sob árvore e tratamento do paisagismo valorizam a intervenção. Ambulantes podem aproveitar o movimento de transeuntes e comercializar seus produtos.

31


32

pedestrianismo A passarela pode beneficiar mais de 1500 pessoas que passam pela área diariamente. Cadeirantes, jovens, adultos, crianças e idosos poderão fazer a travessia com segurança e conforto

Os food trucks, além de ser um atrativo para os usuários, servem para gerar renda e atrair movimento de pessoas, contribuindo para a animação urbana do lugar.


outras propostas estéticas

pedestrianismo

Foram investigadas outras alternativas de fechamento lateral, neste caso, chapas perfuradas metálicas e vazios do vão central posicionados de forma assimétrica, preenchidos com perfis dispostos espontaneamente. A intenção é alcançar um linguagem contemporânea como marco na paisagem.

Na proposta abaixo, chapas em placas cimentícias perfuradas com círculos de diâmetro variados, provoca movimento e identidade ao desenho da passarela.

33



QUADRA Conjunto Nacional em São Paulo. Desenho Eduardo Bajzek. Projeto Arquitetônico David Libeskind 1955

HÍ BRI DA


36

HYBRID BLOCK - alternative to verticalization without planning quadra híbrida The Master Plan of João Pessoa-PB is being revised, but with timid participation of civil society. Among the many issues to be discussed, the transformations in the neighborhood scales deserves a concern of the public managers, especially the unplanned verticalization with socio-spatial impacts in the life of the residents. About this matter, as a reflection and spatial investigation, the neighborhood of the Banks was chosen, located in the South region, still with margin to be densified, and inserted in the Non-Priority Zone, near two important higher education institutions (Federal University of Paraíba and Centro Universitário de João Pessoa-PB), banking services, shopping centers, schools, day care centers, squares, primarily concentrated on the main avenue of Avenida Emp. João Rodrigues Alves neighborhood. The urban landscape of the neighborhood has been transformed quickly, derived from the process of verticalization without planning and the intense interest of the real estate market in speculating the soil and the commercialization of the space. This reality is common in several districts of the capital of Paraíba, with harmful impacts now perceived or with a tendency to be accentuated such as traffic congestion, monofunctionalism, natural ventilation impairment, a relationship of denial between buildings and public spaces, and sense of insecurity. cuadra híbrida - alternativa a la verticalización sin planificación El Plan Director de João Pessoa-PB está siendo revisado, pero con tímida participación de la sociedad civil. Entre los innumerables temas a ser debatidos, las transformaciones en las escalas de los barrios deben merecer una preocupación de los gestores públicos, sobre todo la verticalización sin planificación con impactos en la vida de los moradores. En el caso de los países de la Unión Europea (UE), la mayoría de los países de la Unión Europea (UE) , de servicios bancarios, shoppings, escuelas, guarderías, plazas, pero concentrados prioritariamente en la principal avenida del barrio Emp. Juan Rodrigues Alves. La dinámica urbana del barrio viene siendo transformado rápidamente, derivado del proceso de verticalización y del intenso interés del mercado inmobiliario en especular el suelo seguido de la mercantilización del espacio sin regulación del poder público. Esta realidad es común en varios barrios de la ciudad, con impactos dañinos ya percibidos o con tendencia a ser acentuados tales como congestión en el tráfico, monofuncionalismo, comprometimiento de la ventilación natural, relación de negación entre las edificaciones y los espacios públicos, y aumento de la sensación de inseguridad en las cuadras intra-barrio debido a la falta de movimiento en las aceras.


quadra híbrida

Estudo

quadra híbrida - alternativa à verticalização sem planejamento Data

agosto 2017 Autores

SUASSUNA TAIGUARA Bárbara MEuRer Lúcio ismael Sávio vALe Marco Abel

Localização

bancários e bairros do entorno - JOÃO PESSOA-PB BRASIL - PARAÍBA

JOÃO PESSOA-PB Escola Municipal Aruanda

10 pavimentos

04 pavimentos

Rua

Rua

Wag n

er A

lexa

Wald

ema

r Me

squit

a Ac

yoli

ndri

no B . Ja

pyas

04 pavimentos

04 pavimentos

su

04 pavimentos

io

ton

Rua

n c. A Ban

into Jac

de

za

Sou

04 pavimentos

37


38

Problemática

quadra híbrida

O bairro dos Bancários vem sendo transformado, nos últimos 10 anos, pela verticalização sem planejamento e pelo uso habitacional multifamiliar restrito, com evidentes sintomas no espaço urbano. As casas térreas estão sendo demolidas e substituídas por prédios de três pavimentos nos lotes 12X30m. No entanto, essas mudanças não contribuem para a qualidade de vida coletiva no bairro, pois prioriza a escala privada e os investidores do capital imobiliário que lucram com os altos preços dos imóveis sem regulação do poder público. Com uso apenas habitacional na maioria das quadras, as demandas cotidianas dos moradores em termos de provisão de comércios e serviços não são atendidas. Desta forma, é preciso o uso do automóvel ou caminhar longas distâncias para fazer compras e acessos aos serviços básicos na principal Avenida do Bairro Emp. João Rodrigues Alves. Tanto as tipologias de casas quanto de edifícios multifamiliares adotam os muros que separam fisicamente o público do privado. Como consequência, calçadas desertas com pouco movimento de pedestres causam sensação de insegurança em toda quadra e entorno imediato.

VERTICALIZAÇÃO/ADENSAMENTO NA QUADRA 40 40

ATUAL densidade hab. - 255hab/ha índice aprov. - 1,30í

102 132

CARROS

GÊNESE densidade hab. - 98hab/ha índice aprov. - 0,50

Verticalização térreo+2pavimentos

TENDÊNCIA densidade hab. - 497hab/ha ndice aprov. - 1,60

199 210

RESIDÊNCIAS X CARROS

Muro que isola e segrega

impactos negativos na quadra fechada - muro muros cegos / desertificação nas calçadas / sensação de insegurança / aridez

RESIDÊNCIAS


quadra híbrida

Um dos impactos mais danosos nessa lógica da verticalização e adensamento sem planejamento, é o aumento vertiginoso da frota de automóveis particulares. Estima­-se que em 2025 a quadra estudada abrigará mais de 200 veículos ou a proporção de 05 carros por lote de 12x30m. Poluição, congestionamento, acidentes no trânsito, custos de manutenção, são alguns dos problemas dessa externalidade negativa.

+ 55% na frota de veículos - externalidade negativa até 2025 mais de 200 veículos na quadra estudada

INFOGRAMA MURO Tanto na tipologia de casas quanto de edifícios verticais, o paradigma do muro vem prevalecendo.

Por outro lado, são inúmeros os comércios espontâneos construídos de forma aleatória no bairro, mas que atendem as necessidades cotidianas dos moradores, demonstrando uma vocação de usos misturados com o uso habitacional nas quadras. Casa TIPO «B» a venda. Em breve mais u m edifício multifamiliar será construído. Ao fundo, em destaque, a verticalização que vem mudando a paisagem e a dinâmica do bairro.

39


40

quadra híbrida Pela proximidade entre os prédios, 3,00m apenas, sacrifica­-se o conforto ambiental e a privacidade dos moradores que pagam mais de R$ 180.000 por um apartamento de dois quartos com 60,00m². O preço/m² no bairro é de mais de R$ 3501,00 (Agente imóvel, 2018).

uSO r8

3METROS

?

Nos Bancários, observa-­se a tendência da verticalização que vem mudando a paisagem e a dinâmica urbana no bairro. Os lotes continuam sendo fechados por muros, com reflexo na desertificação das calçadas e ausência de comércios no térreo para o atendimento das necessidades cotidianas dos moradores.


quadra híbrida

A

quadra aberta híbrida se mostra como uma alternativa ao habitar da quadra fechada, na medida em que promovem espaços de convivência mais democráticos, fachadas ativas no térreo, uso misto (residencial e comercial) para aproveitar a ocupação do solo, que juntos contribuem para a fruição urbana nos bairros. Na prática, para auxiliar também na efervescência da economia local, os térreos podem ter farmácias, padarias, mercadinhos, livrarias, cafés, bares, lanchonetes, restaurantes, correios, bancos eletrônicos, lojas de roupas, salão de beleza, chaveiros, bancas de revistas e demais usos conforme necessidade e vocação para cada caso. Para termos cidades mais humanas, é preciso ter bairros mais atraentes e seguros. Deste modo, o combate à sensação de insegurança perpassa, inclusive, por um redesenho da quadra, da sua oferta de usos aos moradores, repercutindo na movimentação de pessoas e na animação urbana dos espaços públicos, interferindo, portanto, na sensação de segurança tão almejada nos dias de hoje.

o remembramento proposto

Vista aérea do processo de mudança na quadra a partir dos remembramentos de dois lotes de 12x30m. Aumenta- se inclusive a taxa de solo permeável e as distâncias entre as hoje com apenas 3,00m.

41


quadra híbrida

situação proposta

situação atual

?

?

calçada

30.00

calçada

30.00

42

12.00

x

24.00

Verticalização e segregação

Rembramento e uso misto

Na situação atual dos lotes de 12x30m, a predominância é pela demolição de casas que são substituídas por prédios de 03 pavimentos, e 08 apartamentos de 02 e 03 quartos. Continua a segregação com as c alçadas por portões no limite do lote.

É proposto o remembramento de dois lotes (24x30m), com uso comercial no térreo e portão recuado que separa o público do privado. Desta forma se incentiva a adoção de fachadas ativas, o uso misto na quadra e indução de mais movimento de pessoas nas calçadas proporcionando maior sensação de segurança. A s distâncias entre o s edifícios s ão maiores, f avoráveis para melhor porosidade dos ventos.

DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA - edifício híbrido EXPANSIBILIDADE

Pouco usual nas plantas dos apartamentos, a expansibilidade foi prevista, podendo alcançar até 4 quartos nos apartamentos. Isso favorece o planejamento familiar e a diversidade de arranjos espaciais internamente.

40 PAV.

APARTAMENTOS 1,2,3 QUARTOS/ TERRAÇO PARA EVENTOS

30 PAV.

apartamentos expansíveis

APARTAMENTOS/COWORKING

apartamentos, coworking, moradia estudantil

20 PAV. APARTAMENTOS/MORADIA ESTUDANTIL

TÉRREO

COMÉRCIO, APARTAMENTOS

loja, mercadinho,serviços, apartamentos adaptados


quadra híbrida

influência da quadra

R. Wa

ldem ar

entorno raio 500m - pedestrianismo

43

Mesq uita A

.

100,00m

a quadra híbrida MORAR / COMPRAR / TRABALHAR / LAZER

a da

igue

s Alv

Paz

,00m

Praç

Rodr

500

João

m

mp.

,00

300,00m

200

Av. E

es.

Habi

bs

Shop

ping

Sul

01

pela quadra híbrida e seus c omércios e s erviços previstos tais c omo farmácias, lanchonetes, restaurantes, padarias, salão de beleza , chaveiro, mercadinhos, sorveterias, cafés, entre outros, conforme a demanda local. As curtas distâncias para serem percorridas a pé (até 500m), incentiva a caminhada, desestimula o uso do automóvel particular, incrementa a e conomia local e pode gerar maior movimento de pessoas nas calçadas.

400 famílias BENEFICIADAS

As transformações na quadra podem ocorrer, ao longo dos anos, conforme a dinâmica do mercado imobiliário, mas conciliando viabilidade econômica com qualidade de vida urbana. Tipologias variadas podem ser concebidas, desde que se mantenha o mesmo princípio de multifuncionalidade e pedestrianismo. Neste sentido, o pavimento térreo com comércios (farmácia,mercadinho, lanchonetes, bares, salão de beleza, lojas,etc.) equilibradamente espalhados nas quadras, são fundamentais para a animação urbana e interações sociais.

00m


44

quadra híbrida

quadra híbrida FACHADAS ATIVAS

escola municipal e ginásio de esportes existentes

apartamentos, coworking, moradia estudantil

FACHADAS ATIVAS

FACHADAS ATIVAS

loja, mercadinho,serviços,

apartamentos adaptados

mercadinho, farmácia, informática apartamentos adaptados

implantação proposta

FACHADAS ATIVAS

FACHADA ATIVA

bar, café, lanchonete, salão de apartamentos 1,2, 3 quartos,

restaurante

Rua Waldemar Mesquita Acyoli

v

ângulo da imagem

Rua Wagner Alexandrino B. Japyassu Escola Municipal Aruanda

0

25M

bar, café, lanchonete, salão de apartamentos 1,2, 3 quartos, FACHADAS ATIVAS

mercadinho, farmácia, chaveiro apartamentos adaptados

apartamentos, coworking, moradia estudantil

FACHADAS ATIVAS

FACHADAS ATIVAS

A proposta preliminar visa à conciliação da presença inevitável do mercado imobiliário com os instrumentos de gestão urbana capazes de conter o , crescimento verticalizado danoso para os moradores, através de outra maneira de se construir na quadra. Assim, acreditase que as quadras híbridas têm um poder catalisador para as mudanças positivas nos bairros se forem bem articuladas com a legislação urbanística de uso e ocupação do solo da cidade.

loja, mercadinho,serviços, FACHADAS ATIVAS

Cenário virtual que demonstra ser possível outra relação do edifício com o espaço público (calçadarua). Comércio no térreo, moradias e coworking nos pavimentos superiores, e mantendo o mesmo gabarito.


quadra híbrida 45 Outro questionamento do recuo frontal, foi elaborado, propondo a substituição das vagas de veículos particulares por mesas de apoio para lanchonetes, bares, estimulando as pessoas a tomar um café, um suco, ou um bate papo vendo a vida passar, proporcionando uma relação mais amigável com a cidade. Nota-­se também o banco, sob árvore como mais uma gentileza urbana prevista.

Rnder: Renê Venâncio


46

quadra híbrida

os reflexos na escala do bairro

No bairro em estudo (e conforme os critérios de escolha das quadras híbridas , estratégica localização, potencial e influência), pode­-se definir pelo menos cinco quadras situadas de forma descentralizada no espaço urbano do bairro, ao alcance de uma caminhada que varia entre 350m e 500m. Acredita-­se que com a implementação do uso híbrido/misto nessas quadras, se poderia impulsionar outras transformações na vitalidade urbana, na economia local, nas trocas sociais e na sensação de segurança do bairro, de forma a beneficiar mais de 1800 famílias diretamente e cerca de 2500 famílias indiretamente. Isto porque comércios podem ser criados, rendas geradas, ofertas de empregos, trabalho, lazer, encontros, trocas sociais, empreendedorismo. Juntos com os espaços públicos e comunitários (praças, campos de esportes, associações de bairro), as quadras híbridas podem contribuir decisivamente para a animação urbana e qualidade de vida tão almejada pelos moradores. Ela­ ,a quadra híbrida, ­é uma relevante ferramenta no processo de planejamento de bairro que pode ser incorporada ao Plano Diretor Municipal, por ora em revisão. Ressalva-­se que cada bairro tem seu tecido urbano peculiar, e a distribuição das quadras híbridas depende das suas vocações sócioespaciais devidamente compreendidas.

Mapa dos Bancários e a localização das quadras híbridas propostas ( em destaque). In uência no entorno pelo poder catalisador das transformações positivas no bairro.


REFLEXÕES FINAIS

quadra híbrida

O Urbanicidade acredita que os bairros podem ser melhores de se viver, valorizando o pedestrianismo, as trocas socias e as relações de vizinhança. Entende também que a forma urbana interfere na vida das pessoas, e a arquitetura no sentido amplo, aquele que incorpora a cidade, o urbanismo, - lugar e a urbanidade, podem colaborar para as relações a geografia do saudáveis no espaço urbano, desde que bem compreendidos e planejados. No âmbito da espacialidade, nos alinhamos com as reflexões de Sérgio Magalhães, arquiteto carioca, professor e ex-­presidente nacional do IAB­DN quando discorre: Abaixo, projeto dos arquitetos Djanira A. Jaramillo Quispe, Jean Paul Sihuenta Otiniano “Estrategias de ocupação urbana para (re)habitar as encostas”, Lima­ Peru, que conquistou este ano o primeiro prêmio na categoria de tese de graduação da XVIII Bienal de Arquitetura do Peru. Interessante projeto e referência para todos os arquitetos e urbanistas que se preocupam com o habitat humano nas cidades.

«Ao invés de serem estudados o s espaços públicos serem que se e, daí, desejam os volumes dos edifícios, constroem - se os edifícios conforme o interesse imobiliário dos terrenos. I sto

que, quando nos abstemos de

projetar para o espaço urbano em benefício de índices, estamos transferindo para o lote, para a propriedade privada, a

da forma urbana, a

MAGALHÃES,Sérgio, 2015. https://www.archdaily.com.br/br/90751 4/estrategias de ocupacao urbana para reabilitar as encostas de lima

do

espaço público. Mas, paradoxalmente, é a dos volumes e dos espaços públicos, na busca pela melhor cidade, o que legitima o Estado na função de legislar urbanisticamente, de determinar o que se pode construir, onde e em que condições».

47



ci clo vias


50

ciclovias

BICYCLE PATHWAY

This Project study poposes the implantation of a bicycle pathway and cycle track that conects the two biggest university campus in the city of João Pessoa: Federal University of Paraíba – UFPB and University Center of João Pessoa – UNIPÊ. The cycle modality presents itself in this case as an importante alternative of displacement between the neighborhoods close to the universities, that thanks to the intense flow of people that work and study in these locations, have been suffering with the increase of traffic, undersize of the paths destinated to automobiles, increase of traffic acidentes, and consequently contributing to the environmental polution. That way, this study has the intention to investigate the possibility of the implementation of bicycle pathways and bicycle path delimitation as an alternative for the reduction of numbers of automobiles that transit daily in the area, along with the possibility of the displacement between close distances in a healthy and safe way. The metodology based itself in local visits, data research, theme maps, photographic registration, dialogue with passersby and eventually, the elaboration of the Project study of the bicycle pathway; Such analysis and proposals where made based in infograms and electronical perspectives that simulate the implementation of the proposal. Thus, the intention is to show the work to the community and the responsible department in the intetion to accomplish it. The city of João Pessoa, in special the South Zone, needs alternative pathways the enable the displacement between neighborhoods in a way that is safer and more efficient and provide more health to the users, vitality to the streets and progress to the environment.

CICLOVIAS

Este estudio proyectual propone la implantación de una ciclovía y ciclofaixa que conecte los dos mayores campus universitarios de la ciudad de João Pessoa: Universidad Federal de Paraíba -UFPB y Centro Universitario de João Pessoa - Unipê. El modo cicloviario se presenta en este caso, como importante alternativa de desplazamiento entre los barrios cercanos a las universidades, que gracias al flujo intenso de personas que trabajan y estudian en esos locales, vienen sufriendo con el aumento de congestión, subdimensión de las vías destinadas a los automóviles, aumento de accidentes de tránsito, y consecuentemente contribuyendo con la contaminación ambiental. Así, se buscó investigar la posibilidad de la implantación de ciclovías y ciclovías (según particularidades de cada vía) como alternativa para reducción del número de automóviles que transitan en el área diariamente, además de posibilitar el desplazamiento entre pequeñas distancias de una forma más sana y segura. La metodología se basó en visitas de campo, levantamiento de datos; mapas temáticos; registro fotográfico, conversaciones informales con los transeúntes analizando la demanda y por fin, la elaboración del estudio proyectual de la ciclovía; tales análisis y propuestas fueron explicadas a partir de la creación de infogramas y perspectivas electrónicas que simulan la implantación de este modal. De esta forma, la intención es mostrar el trabajo a la comunidad y al órgano gubernamental responsable a fin de lograr su realización. Por último, la ciudad de João Pessoa, en especial la Zona Sur, necesita de modales alternativos que posibiliten el desplazamiento entre los barrios de forma más segura y eficiente, además de proporcionar más salud a los usuarios, vitalidad a las calles y mejoras para el medio ambiente.


ciclovias Estudo

«CICLOVIAS DO CONHECIMENTO» Data

AGOSTO 2018 Autores Marco SUASSUNA

MEURER Gabriela DIONISIO Gabriel LUCAS Lúcio ismael Rayssa NUNES Vivian gama Bárbara

Localização

bancários e bairros do entorno - JOÃO PESSOA-PB BRASIL - PARAÍBA CASTELO BRANCO

UFPB

BANCÁRIOS

UNIP

JOÃO PESSOA-PB

bancários E BAIRROS DO ENTORNO - ÁREA DE INTERVENÇÃO

51


52

problemática

ciclovias

Os bairros da Zona Sul da cidade de João Pessoa­-PB, sobretudo Bancários,

Mangabeira, Água Fria e Castelo Branco, vem passando por transformações no seu uso e ocupação do solo com reflexo na dinâmica dos deslocamentos e na mobilidade urbana. O processo de verticalização com maior oferta de vagas de garagens privativas, combinado com o aumento da frota de veículos vem ocasionando o congestionamento no tráfego, acidentes de trânsito, o aumento no tempo dos deslocamentos entre moradia e os locais de trabalho, e a elevação da poluição atmosférica. O paradigma do automóvel como meio predominante de modal de transporte, apresenta­se como principal desafio a ser superado em busca de uma mobilidade urbana mais sustentável. Nos bairros em estudo, a existência de equipamentos urbanos, entre eles, escolas, supermercados, shoppings centers, bares, restaurantes, lanchonetes, e universidades atuam como pólos geradores de tráfego. Estima-­se que nos horários de fluxo intenso, aproximadamente 15.000 veículos transitam nas principais vias de acessos aos referidos bairros. Neste contexto, no tecido urbano do entorno, duas instituições de ensino tem importante influência nos deslocamentos de veículos automotores, são elas: Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).

327 mil veículos

Em João Pessoa, cidade com 805 mil habitantes e 327 mil veículos em circulação, o crescimento da frota na última década deu-se no patamar de 8% ao ano, superior em quatro vezes o aumento populacional, em torno de 2%/ano. Para cada grupo de três pessoas, há um carro nas ruas. Fonte:DETRAN PB


ciclovias Todos os dias, no trajeto entre as moradias (origem) e a UFPB/UNIPÊ (destino), uma considerável frota de veículos particulares contribuem para o aumento do fluxo do trânsito nas vias de acessos a esses estabelecimentos de ensino. A continuar com esse modelo de transporte onde o carro predomina, a tendência será a saturação do sistema viário, necessitando portanto, de outras alternativas de transportes mais eficientes, ecológicos, seguros e saudáveis para enfrentar o cenário atual. Atualmente, os congestionamentos na Rua João Rodrigues Alves, Bancários é um dos trechos mais críticos com tendência de saturação no futuro breve. Construções de supermercados, centros empresariais, comércios, verticalização do uso habitacional sem um estudo de impacto de vizinhança e no sistema viário, agrava o quadro.

Fotos: Walter Paparazzo/G1 PB

53


54

ciclovias

proposta

Este estudo projetual propõe a implantação de ciclovias e ciclofaixas (conforme

particularidade espacial da via) que conecte vias dos bairros Bancários, Mangabeira, Água Fria e Castelo Branco às duas principais universidades da região (UFPB e UNIPÊ), como alternativa do modal cicloviário nos deslocamentos cotidianos dos usuários desses equipamentos urbanos. As maiores distâncias entre os bairros abordados e as universidades não ultrapassam 4km, sendo considerada tolerável para o uso da bicicleta nos trajetos, além deste modal ser mais saudável e menos poluente. Acredita­ -se que a redução da quantidade de veículos particulares devido a mudança gradual de hábito (do carro para a bicicleta) pode melhorar o fluxo viário, diminuir os congestionamentos em horários de “pico”, e melhorar a condição de deslocamentos das pessoas que transitam todos os dias nesses espaços.

Mapa geral das ciclovias propostas conectando os bairros dos Bancários, Altiplano, Água Fria (e entorno imediato) a UFPB e ao UNIPÊ. No final da Rua Waldemar M. Acioli, popularmente conhecida como «três ruas», há a possibilidade de ser construída uma ciclovia elevada por dentro da Mata Atlântica na UFPB, com baixo impacto ambiental se na execução for utilizada estrutura metálica e materiais ecológicos. Fonte: Urbanicidade a partir do Google


ciclovias

55

A implantação de mais de 8.4km de extensão de ciclovias e ciclofaixas em vias estratégicas intra­bairros e nas principais vias de acessos conforme demonstrado no estudo preliminar, pode ser um contraponto ao atual sistema de mobilidade viária cujo automóvel individual apresenta­se como o mais ineficiente e insustentável. Combinadas com outras medidas de mobilidade urbana sustentável tais como acessibilidade nas calçadas, qualidade dos transportes públicos e planejamento do uso e ocupação do solo, as ciclovias/ciclofaixas propostas são um caminho para alcançar a mobilidade urbana mais humana e sustentável nos bairros estudados. A proposta visa ainda colaborar com a gestão compartilhada da cidade, estando a disposição dos órgão públicos para o diálogo, apresentação do estudo à população usuária e a possíveis parcerias em projetos urbanos para a cidade.

Extensão aproximada DAS cicloviaS propostas : 8,4 Km CICLOVIAS TRECHO 01

POSSÍVEL CICLOVIA ELEVADA

ângulo da imagem

v ângulo da imagem

v


56

ciclovias rua antônio belarmino ferreira - bancários

Foto montagem nna a Rua Bancário AAntônio ntôni o Jacinto de Souza. À direita Creche Municipal CREI Antônio Belarmino Ferreira. Ciclofaixa mão dupla duplacom 2.50m de largura.

ciclovia elevada - conecta bancários a ufpb

o A .C

ntô

no

d

C as

ida

de

s Rua W

aldem

bancários Proposta de Ciclovia elevada por dentro da Mata Atlântica. Materiais de baixo impacto ambiental como estrutura metálica e reciclados, pode viabilizar a construção.

ar M.

Acioli


ciclovias av.contôrno das cidades - ufpb

Foto montagem trecho UFPB, Av. Contôrno das cidades. Possibilidade de conexão com os Bancários, através de ciclovia elevada por dentro da Mata Atlântica.

A Ciclovia elevada por dentro da Mata Atlântica pode propiciar uma experiência sensorial interessante a partir do contato com as árvores, a sombra, o micro­clima, sendo mais do que um simples percurso de bicicleta. Como auxílio à segurança, iluminação pública, agentes municipais que poderiam permanecer nos dois acessos da ciclovia, e câmaras de monitoramento nos acessos.

57


58

ciclovias

CICLOVIAS TRECHO 02

v

ângulo da imagem

rua josé firmino ferreira

4.00m

Percurso em direção ao UNIPÊ, onde circulam milhares de carros diariamente. Em horário de intenso fluxo, a rua congestiona. A ciclofaixa pode oferecer uma alternativa aos deslocamentos dos estudantes e funcionários, com possível redução de veículos nessa rua.

1.40

6.00

3.40


ciclovias

ângulo da imagem

v

v

ângulo da imagem

cond. paulo miranda

ângulo da imagem

v

Zona de conflito, requer demarcação específica no asfalto para evitar acidentes entre ciclistas e veículos.

Ciclofaixas na Rua Luiz Gonzaga de Andrade dos dois lados e com 1.20m de largura, distribui a ocupação na via de forma equilibrada e de acordo com o uso e ocupação do solo preexistente.

rua luiz gonzaga de andrade

59


ciclovias

waldemar m. accioly - bancários (»AS TRÊS RUAS»)

rua rosa lima dos santos - bancários

rua w alde

mar

m.ac

ioly

ângulo da imagem

s santos

do rua rosa lima

v

As ciclovias e ciclofaixas foram previstas em vias que apresentaram melhor conectividade e opção de deslocamentos entre os bairros e as universidades UFPB e UNIPÊ. Na primeira fotomontagem, ciclovia na Rua Waldemar Mesquita Accioly, e em seguida, Rua Rosa Lima dos Santos, ciclofaixa separada por taxões no asfalto para auxiliar na segurança dos ciclistas.

v

60

ângulo da imagem


ciclovias PIRÂMIDE DIAGRAMA INVERTIDA DO TRÁFEGO. POR ELABORADO BICYCLEINNOVATIONLAB.DK

INFOGRAMA - ONU ELEGE A BICICLET A COMO TRANSPORTE MAIS ECOLÓGICO DO PLANETA - Portal The City Fix Brasil

34% 24% 16% 8%

7% 1%

https://viatrolebus.com.br/2013/04/infografi co-o-uso-da-bike-nas-grandes-cidades/

1%

1%

A ONU ELEGEU A BICICLETA COMO O TRASNPORTE ECOLOGICAMENTE MAIS SUSTENTÁVEL DO PLANETA

O portal The City Fix Brasil, publicou um infográfico sobre o uso da bicicleta nas grandes cidades. Os benefícios do uso da bicicleta em comparação com outros modais, a relação de espaço comparado ao carro particular, o ranking mundial das cidades que mais utilizam as bikes nos deslocamentos diários (Amsterdam é a Copenhague a o Rio de Janeiro está em lugar), as extensões de ciclovias nas cidades brasileiras, entre outras informações importantes que podem auxiliar à conscientização da população para usarem cada vez mais as bicicletas.

61


62

ciclovias

QUADRO CICLOVIAS PROPOSTAS E DIMENSÕES

RUA / AVENIDA

DIMENSÕES

Rua Eugênio Carneiro Monteiro (a partir do contorno)

326 m

Rua Tenente Francisco Antônio Pereira

343 m

Rua Luiz Gonzaga de Andrade

182 m

Rua Waldemar M. Accioly

1530 m

Rua Rosa Lima dos Santos (a partir da rua de acesso ao contorno inicial)

1050 m

Rua Antônio Jacinto de Souza

515 m

Rua José A. de Lira (até a R. Silvino X. Pimentel)

296 m

Rua Silvino Xavier Pimentel 1

63 m

Rua Antônio Miguel Duarte

170 m

Rua Empresário João Rodrigues Alves

189 m

Via Expressa Padre zé

193 m

Rua Tab. Stanislau Eloy (Até a entrada do bloco de Odontologia da UFPB) 7

60 m

Rua Francisco .T de Sousa

612 m

Rua das Seringueiras

254 m

Avenida Flamboyant

502 m

Rua Antonio Leopoldo Batista

257 m

Rua Joaquim Borba Filho

398 m

Rua José Firmino da Silva

600 m

Na cidade de João Pessoa­,PB a rede cicloviária está sendo ampliada, e as ciclovias propostas podem ser incorporadas nesse planejamento. A participação da população na concepção dos projetos também é fundamental para a satisfação dos usuários e, a eficiência dos investimentos em obras de mobilidade urbana. João Pessoa tem 40,70 Km de malha cicloviária e é a 15ª capital com menor malha cicloviária do país.




REFERÊNCIAS AB’SÁBER, Aziz et al. Projeto Floram e desenvolvimento sustentável. Estudos Avançados. São Paulo, IEA/USP, n.27,maio/agosto.1996 ACIOLY, Cláudio; DAVIDSON, Forbes. Densidade Urbana: um instrumento de planejamento e gestão urbana. Rio de Janeiro. Mauad. 1998. BARBOSA, Adalto Gomes, Produção do espaço e transformação urbana no litoral sul de João Pessoa. Natal-RN, 2005. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade e Legislação Correlata. – 2. ed., atual. – Brasília: Senado Federal Subsecretaria de Edições Técnicas, 2002. 80p. BRASIL. Senado Federal Subsecretaria de Edições Técnicas. Brasília, DF. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. CALVINO, Italo, As cidades invisíveis, Trad. José Colaços Barreiros, 13ª edição, Editorial Teorema, Lisboa, 2002. 169pp. CAMPOS FILHO, Candido Malta. Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento de sua cidade. São Paulo: Ed.34, 2003. CAVALCANTE, Iluska. Maior bairro da capital tem obras do governo da Paraíba. 2015. <https:// auniao.pb.gov.br/noticias/caderno_paraiba/maior-bairro-da-capital-tem-obras-do-governo-daparaiba>. Acesso em: maio de 2017 DANTAS, Maria Grasiela de Almeida. Planejamento Urbano e Zoning. 1.ed. João Pessoa. Editora Universitária/ UFPB. 2003. DEL RIO, Vicente. Introdução ao desenho urbano no processo de planejamento – São Paulo, Pini, 1990. DUARTE, Fábio. Planejamento Urbano. Curitiba: Ibpex, 2007. FERNANDES, Maria ANDREÍNA MOREIRA, Reprodução Do Espeço Urbano No Bairro Do Altiplano, João Pessoa, 2010. FIGUEROA, M. Habitação coletiva e a evolução da quadra. Vitruvius, Arquitextos. Texto Especial 357, fevereiro de 2006. Disponível em < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/06.069/385> Acesso em: 17 out de 2017. GEHL, J. Cidades para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, disponível em: http://www.ibge.gov.br IPHAN- Mapa Cartográfica de 1978, Do Bairro do Altiplano, Cidade De João Pessoa. JACOBS, Jane. Morte e Vida das Grandes Cidades. 3. ed. São Paulo> Martins Fontes, 2011. LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001 LEITE, Carlos. Instrumentos Urbanos Inovadores. Revista Arcoweb, 2016. Disponível em: https://www. arcoweb.com.br/noticias/artigos/carlos-leite-instrumentos-urbanos-inovadores. Acessado em 04 de Abril de 2018. LIMA, Marco Antonio Suassuna Lima. Comentários na Página do Fórum Plano Diretor Participativo. Facebook, 06-10-2018. LIMA, Marco Antonio Suassuna Lima; ISMAEL, Lúcio. Desenhando a quadra híbrida no cotidiano dos bairros. Revista Projetar. V.2. N.2. Agosto 2017. LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1980.


MAGALHÃES, Sérgio. Estratégias projetuais na arquitetura brasileira. Arkhé: Revista de arquitetura e urbanismo. V.2, Itajaí-SC. Ed. da Universidade do Vale do Itajaí, 2015. NÓBREGA, Maria de Lourdes C.C. “Por um espaço público cidadão: o encontro do edifício com a rua”. Recife: Publicações SENGE, 2014. Prefeitura de João Pessoa, Plano Diretor 1992. Disponível em: < http://www.joaopessoa.pb.gov.br/ portal/wp-content/uploads/2012/04/PMJP-PlanoDiretor.pdf?x92016> Acesso em: 25/09/2016 Prefeitura de João Pessoa, Zoneamento 2012. Disponível em: < http://geo.joaopessoa.pb.gov.br/ digeoc/mapas/macrozoneamento_2012.pdf> Acesso em: 25/09/2016 Prefeitura Municipal de João Pessoa Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. Disponível em: < http://transparencia.joaopessoa.pb.gov.br/devel/download/plano-municipal-deconservacao-e-recuperacao-da-mata-atlantica> Acesso em: 25/09/2016. ROGERS, Richard. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona, Editora Gustavo Gili, 1997. SILVA, G.J.A. da; Silva, S. E. Silva; Nome, C. A. Densidade, dispersão e forma urbana. Dimensões e limites da sustentabilidade habitacional. Arquitextos - São Paulo. 189.07 urbanismo ano 16, fev. 2016. SILVEIRA, Débora. Anteprojeto arquitetônico de uma passarela para pedestres na BR 230. 2012. 84f. Monografia de graduação – UNIPÊ, João Pessoa, 2012. SPECK, Jeff. Cidade Caminhável. Tradução Anita Dimarco, Anita Natividade. 1.ed. São Paulo. Perspectiva, 2016.


“É fundamental que haja informação sobre como uma cidade pode ser melhor para que a sociedade exija as coisas certas. Enquanto exigirem mais ruas para dirigirem seus carros, as cidades vão continuar crescendo do jeito errado.” Jan Gehl, 2011

As boas práticas em Arquitetura e Urbanismo precisam ir para a rua...

dd urbani cidade


“O livro Estudos Urbanos: Investigações de Desenho Urbano do grupo Urbanicidade é uma surpresa na reflexão em torno das boas práticas no desenho da cidade. Ricamente ilustrado o livro traz à tona uma importante questão sobre a necessidade de investigação projetual no trato do espaço urbano e põe à prova a prática da gestão urbana com base apenas em leis, planos e decretos, de natureza ‘abstrata’ que não ajudam nas especulações materiais e humanas das problemáticas urbanas. Quatro investigações projetuais situadas em bairros da cidade de João Pessoa, colaboram para a reflexão de possibilidades que priorizam o pedestre e o meio ambiente.”

Amélia PANET - Arquiteta e Urbanista, Prof. Dra. da Universidade Federal da Paraíba- UFPB, Conselheira

IAB-PB

“A partir de uma análise crítica propositiva sobre os problemas atuais das nossas cidades, o coletivo URBANICIDADE nos apresenta nesta publicação possíveis soluções para diferentes trechos urbanos da capital paraibana João Pessoa. Os resultados alcançados impressionam não apenas por contribuirem de forma consistente e madura no debate sobre o Desenvolvimento do Desenho Urbanístico participativo e investigativo, mas também por demonstrarem com clareza a viabilidade da metodologia proposta, apoiada na Gestão Compartilha da cidade. Ou seja, destaca a importância de se estabelecer o necessário diálogo e de se envolver na construção desse rico processo e todos os seus agentes: desde os arquitetos e urbanistas, artistas e voluntários engajados, até os gestores públicos e investidores privados; não antes porém de se valorizar seus atores principais — as comunidades locais. O que significa, sobretudo, promover de fato e de direito a democracia cidadã e inclusiva, condizente com o momento social, político e cultural que este tempo de vida nos cobra e impõe rever, recriar e ressignificar.” Cristina Evelise - Arquiteta e Urbanista; Conselheira Federal do CAU/BR e assessora de Arquitetura da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba

“ Há tempo que os países desenvolvidos abandonaram o planejamento normativo e assumiram uma postura mais propositiva na construção de suas cidades. No Brasil, continuamos reféns do tradicional plano diretor, um conjunto de leis que raramente aborda a escala humana na sua essência. Neste livro, encontramos uma alternativa a esse modelo de planejamento, com o desenho urbano atuando de forma simples e objetiva na melhoria da qualidade de vida da população.” Zeca BRANDÃO - Arquiteto e Urbanista; Prof. Phd. Universidade de Pernambuco (UFPE).

O livro “Estudos Urbanos: investigações de desenho urbano” aborda uma série de estudos propositivos nos bairros de João Pessoa-PB, usando o desenho urbano como discurso e ferramenta para alcançar uma cidade melhor. A escolha das áreas de estudos e dos bairros se deu em função da observação ora empírica ora erudita das transformações urbanas, por vezes, sem planejamento urbano, carecendo de discussões para amenizar os impactos nocivos para a sociedade no futuro breve. O volume 01 começa com abordagens da Zona Sul da cidade, na qual vem sendo modificado a sua paisagem e dinâmica urbanas de forma mais intensa desde os anos de 1990. Visa através desses ensaios, aproximar técnicos, usuários e cidadãos da gestão compartilhada, prevista no Estatuto da Cidade, Lei Federal, N⁰ 10.257-2001 e no Plano Diretor do município. Marco Suassuna

Co-fundador e organizador do URBANICIDADE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.