Residencial Serra Verde - Modelo de autogestão habitacional de interesse social

Page 1

CHAMADA: ENCOMENDA

RSV RESIDENCIAL SERRA VERDE – MODELO DE AUTOGESTÃO HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

CEDEPLAR – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA UFMG

OUTUBRO DE 2009


Equipe Técnica Coordenadora Geral do RSV: Maria Lúcia Malard

Unidade de Operação de Economia Solidária Prof. Dr. Roberto Luis Monte-Mór – Coordenador Bernardo Silame Ibrahim de Castro – Estagiário Fernando Batista – Estagiário de Pós-Graduação Júlio Carepa de Souza – Estagiário e Estagiário de Pós-Graduação Marcel Stenner dos Reis – Estagiário Marcelo Silva Borges de Andrade – Estagiário Marcos Simão de Souza Júnior – Estagiário

2


SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO

05

2

PRIMEIRA FASE

06

3

SEGUNDA FASE

09

4

TERCEIRA FASE

13

5

ECONOMIA POPULAR E SOLIDÁRIA

14

5.1

Economia Popular

14

5.2

Economia Solidária

15

6

CONCLUSÃO

16

7

BIBLIOGRAFIA

18

ANEXOS ANEXO A – QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO

20

Anexo A.1 – 1º Questionário

20

Anexo A.2 – 2º Questionário

27

ANEXO B – BASE DE DADOS SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS

38

Anexo B.1 – Dados do Titular

38

Anexo B.2 – Membros da Família

42

Anexo B.3 – Mercado de Trabalho

57

Anexo B.4 – Qualidade de Vida Familiar

63

Anexo B.5 – Patrimônio Familiar

67

Anexo B.6 – Acesso ao Mercado de Crédito

69

Anexo B.7 – Informática

71

ANEXO C – HABILIDADE E INTERESSES

73

ANEXO D – QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO E RESULTADOS

89

Anexo D.1 – 1º Questionário

89 3


Anexo D.2 – 2º Questionário

91

Anexo D.3 – Sistematização dos Questionários

97

ANEXO E - RELATÓRIOS DAS VISITAS RALIZADAS Anexo E.1 – Vila Acaba Mundo

103 99

Anexo E.2 – SLU

101

Anexo E.3 – Centro Público de Economia Solidária

102

Anexo E.4 – OCEMG

106

ANEXO F – MAPEAMENTO DO ENTORNO

110

Anexo F.1 – Levantamento via Catálogo

110

Anexo F.2 – Mapeamento do Bairro Serra Verde

113

ANEXO G - ARTIGO APRESENTADO NO XIII SEMINÁRIO DE ECONOMIA MINEIRA EM AGOSTO DE 2008 115

4


1

Introdução

- O que é o projeto RSV? Qual a inserção do Cedeplar no projeto? O que é o projeto RSV? Qual a inserção do Cedeplar no projeto? O objetivo do Projeto Residencial Serra Verde – RSV é elaborar um modelo, em escala piloto, que viabilize a construção de moradias de interesse social pelo regime de auto-gestão, incorporando princípios da economia solidária, da participação comunitária, da inclusão digital e da sustentabilidade sócio-econômica e ambiental. O projeto resultará na construção de 77 moradias para famílias de baixa renda, vinculadas à Associação dos Sem Casa do Bairro Betânia e Regiões de BH, ASCA-BH, com recursos majoritariamente federal, proveniente do Programa Crédito Solidário e administrado pela CAIXA, em terreno da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - PBH. O projeto se constitui numa parceria entre UFMG (através dos departamentos DESA, da Escola de Engenharia, PRJ, da Escola de Arquitetura e do Cedeplar), PUCMinas, Secretaria de Habitação - PBH, ASCA-BH, Caixa Econômica Federal e Ministério de Desenvolvimento Social e Ministério das Cidades, como gestores do Programa Crédito Solidário. O objetivo deste projeto é construir um empreendimento habitacional articulando, de um lado, o conhecimento técnico e científico desenvolvido na UFMG e na PUCMinas e, de outro, a política habitacional da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que visa a participação popular na construção de suas próprias moradias, através do Programa de Autogestão da Secretaria de Habitação. Na Autogestão, é firmado um convênio com uma Associação Habitacional por meio do qual a Prefeitura de Belo Horizonte se compromete a liberar os recursos necessários para a realização do empreendimento e fiscalizar a realização do mesmo e a Associação Habitacional se compromete a executar e administrar o empreendimento com auxílio de uma Assessoria Técnica por ela contratada e que responda aos critérios estabelecidos pela PBH. (PBH, 2008)

Com o apoio financeiro da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos, foi possível contratar técnicos vinculados à Universidade Federal de Minas Gerais para executar o empreendimento e ao mesmo tempo sistematizar as etapas deste processo visando elaborar um modelo de construção de habitações populares autogestionários, passível de ser replicado em outras situações. Como o projeto envolve a participação de diversos parceiros, decidiu-se por estruturá-lo em Unidades de Operação temáticas - UO, cada qual com uma sub-coordenação e articuladas horizontalmente por uma Coordenação Geral - CG. Essa estrutura terá o encargo de executar, as diversas atividades que resultarão nos objetivos específicos propostos e na construção do empreendimento piloto RSV, assegurando: a efetiva participação da comunidade beneficiária nas decisões relativas ao planejamento físico da área e ao projeto das moradias; a capacitação profissional de jovens e adultos; a inclusão digital; a associação cooperativa para a geração de emprego e renda; o desenvolvimento comunitário; a sustentabilidade habitacional; o exercício pleno da cidadania. O projeto conta com as seguintes Unidades de Operação: I - Unidade de Operação de Projeto Executivo, sob a coordenação da Profa. Maria Lucia Malard, do PRJ/EAUFMG. II - Unidade de Operação Instrucional Informatizada, sob a coordenação do Prof. José dos Santos Cabral Filho, do PRJ/EAUFMG. III - Unidade de Operação de Saneamento Ambiental, sob a coordenação do Prof. Carlos Augusto Chernicharo, do DESA/EEUFMG. 5


IV - Unidade de Operação de Assessoria à Execução das Obras, sob a coordenação da Profa. Margarete Maria Araujo Silva, da PUCMinas. V - Economia Solidária em Apoio à Autogestão e à Geração de Renda, sob a coordenação do Professor Roberto Luís Monte-Mór do Cedeplar/FACE/UFMG. VI - Unidade de Operação de monitoramento da execução e assistência ao pós-morar, sob a coordenação da arquiteta Mônica Cadaval Bedê, da PBH/SH. Os objetivos da UO Economia Solidária definidos no projeto eram: identificar os potenciais comunitários para geração de renda; desenvolver atividades voltadas à produção cooperativa de componentes construtivos para obras; explorar, juntamente com a Assistência Técnica, as oportunidades de produção cooperativa do canteiro, para a organização de cooperativas de serviços, no âmbito da construção civil; e desenvolver ações educacionais para o trabalho cooperativo, incluindo os aspectos gerenciais do processo. 2

Primeira Fase: -

Questionário Sócio Econômico e Primeiras Visitas de Campo

A primeira iniciativa da equipe do Cedeplar foi aplicar um questionário às famílias a fim de ampliar o conhecimento sobre a realidade sócio-econômica dos beneficiários do programa. O questionário representou um levantamento das condições das famílias abrangendo aspectos como: sexo, idade, escolaridade, composição familiar, mercado de trabalho (ocupação, renda, posição, etc); moradia e qualidade de vida; acesso ao mercado financeiro; habilidades das pessoas e interesses em relação a outros trabalhos. (Vide questionário em anexo) Inicialmente, os questionários foram aplicados durante workshops realizados na Escola de Arquitetura da UFMG e nos encontros programados em espaços próximos das residências dos usuários na Betânia e/ou no bairro São Geraldo. Porém, quando a CEF exigiu alterações radicais na lista das famílias participantes, considerando a incapacidade cerca de 50% da famílias iniciais para aprovação do crédito solidário, os questionários tiveram que ser re-aplicados aos novos participantes no próprio ambiente do Cedeplar. Como algumas famílias (cerca de 10%) não foram localizadas ou não tinham disponibilidade para a entrevista, estas foram excluídas da análise. Dos resultados finais da pesquisa1, destaca-se alguns pontos principais: a composição populacional mostra que 127 pessoas são do sexo feminino e 125 do masculino. São 98 os jovens e crianças que freqüentam a escola e 17 crianças que ainda não têm idade escolar; são 12 os aposentados. Assim, os que se encontram em condições de participar do mercado de trabalho (PIA – População em Idade Ativa) são 138, devido ao fato de dois dos aposentados ainda trabalharem e 12 dos jovens já terem começado a trabalhar, juntamente com os estudos. Com base nos dados obtidos, não há grandes discrepâncias socioeconômicas. 28 indivíduos se declararam desempregados (cerca de 10%). Outros 23 estão em condições de subemprego, fazendo bicos ou outras atividades, cuja remuneração é muito baixa e inconstante; 54 são empregados com carteira de trabalho assinada (dos quais 32 são chefes de família); 26 são os empregados sem carteira de trabalho assinada, além dos 13 não-contratados sendo, portanto, classificados como autônomos.

1

Atualmente 11 famílias desistiram formalmente do empreendimento.

6


Gráfico I – Pirâmide Etária

Gráfico II – Mercado de Trabalho

80 anos ou mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos -30

40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00%

-20

-10

0

10

20

30

carteira

sem carteira

assinada

assinada

autônomos

sub-emprego desempregados

Homem Mulher Fonte: elaboração própria a partir dos dados coletados no questionário com as famílias

O diferencial de renda média2 entre as diferentes categorias é pouco significante, sendo a renda média familiar de R$ 489,87 para os assalariados com carteira, R$ 453,46 para os assalariados sem carteira, e R$ 522,31 para os autônomos. Em termos de escolaridade, os 56 indivíduos que têm até 4ª série não apresentam grandes diferenças em relação aos rendimentos dos que tem até a 8ª série, ou mesmo os que têm segundo grau completo, de modo que esses níveis de escolaridade se encontram distribuídos entre as categorias de emprego e renda e não indicam relação causal entre as variáveis. Primeiras visitas de campo A fim de conhecer o local do empreendimento, assim como a área do entorno, foram realizadas três visitas ao campo em datas distintas antes do início da obra (novembro de 2005, julho de 2006 e setembro de 2006). Destas visitas ressalta-se a presença do conjunto União, ‘vizinho de porta’ do Residencial Serra Verde. Atualmente, o conjunto se encontra muito diferente da forma que foi entregue aos moradores, os quais em sua grande maioria continuam os mesmos. Percebe-se que as famílias completaram as moradias, invadindo o espaço público (rua) e os espaços coletivos dentro do próprio conjunto. Pode-se dizer (e é dito popularmente) que houve um processo de favelização do conjunto. A segunda visita de campo compreendeu o entorno do local do projeto. A intenção era entender a acessibilidade, a situação comercial e a oferta de serviços aparentes, dentre outras características gerais do bairro e adjacências. Parte majoritária da região é de uso residencial marcada, especificamente, por conjuntos habitacionais, muitos dos quais voltados à população de baixa renda. A infra-estrutura de serviços é aparentemente deficitária, donde alguns núcleos de atividades básicas (principalmente comércios de pequeno porte) voltadas ao mercado local mais imediato. A ultima visita foi realizada em setembro de 2006 e objetivou uma investigação especificamente voltada às atividades econômicas e aos principais equipamentos presentes no bairro Serra Verde. Para tal, foi feito um levantamento prévio dos serviços listados nas páginas amarelas do catálogo telefônico

2

Em valores de 2006.

7


(em anexo). A intenção era verificar não só os tipos de serviços disponíveis, mas também algum outro fator que viesse a ajudar na caracterização dos mesmos. Através da visitação, foi possível perceber o grande número de atividades não listadas (salões de beleza, oficina de veículo, pequenos mercados, bares), o que caracteriza o já percebido quadro de informalidade da economia local. Esse foi o resultado observado na Rua Antônio de Paiva Meirelles, o principal acesso pavimentado à Rua Mar Vermelho (local onde será construído o RSV). Os serviços presentes são de pequeno porte, atendem somente à demanda local e apresentam pouco dinamismo. Apenas um supermercado existe no bairro, localizado na Avenida Leontino Francisco Alves. Essa avenida representa o centro econômico do Serra Verde, abrigando pontos de uso comercial e de serviços. É nela também que se concentram os fluxos de entrada e saída do bairro. Por fim, pode-se notar a carência por espaços comunitários. As praças e parques, identificados em mapas oficiais são simplesmente áreas desocupadas e não aparentam abrigar o uso proposto. No que diz respeito à educação, existem duas escolas José Maria Alkmim (municipal), de ensino fundamental e Getúlio Vargas (estadual). de ensino médio e fundamental. Para o atendimento de saúde à comunidade, existe uma Casa de Saúde da Prefeitura Municipal. Outra iniciativa que visou à compreensão da situação da economia urbana bairro e adjacências foi o diagnóstico da região. No entanto, foi uma iniciativa feita através da análise de dados estatísticos secundários, a partir do Censo Demográfico de 2000 (IBGE) e de indicadores de contas públicas. Com base em ambas análises dos dados (qualitativos e quantitativos) concluiu-se que a região em questão é marcada por uma população pobre, de baixo conhecimento formal, frágil organização sócio-política e carente de apoio social para mobilização política para seu próprio desenvolvimento, que implica um novo padrão de produção do espaço urbano e regional, consoante com princípios da contemporaneidade. Apesar de Belo Horizonte concentrar 77% do PIB do setor terciário de toda a RMBH, pouco dessa dinâmica está presente nessa porção norte de BH. A região de estudo desempenha o papel de bairros-dormitório, onde a concentração residencial de baixa renda é grande e, majoritariamente, composta por conjuntos habitacionais. Constitui-se, de tal maneira, a referida precariedade no quadro sócio-econômico local. Bazar de Trocas Como já tinha sido identificado anteriormente, era fundamental que os futuros moradores tomassem conhecimento de questões básicas de economia solidária, cooperativismo e outras iniciativas cujo interesse somente lhes poderia ser despertado, não imposto. Para tal fim, foi apresentado um vídeo informativo sobre economia solidária e geração de renda. O que se pretendia era que as pessoas começassem a atentar para tais questões, a ponto de começarem a pensar como lhes poderiam ajudar, não por lhes serem ditas, mas por assim entenderem com base nas informações apresentadas. Para auxiliar nesse processo, e voltado mais para a questão do trabalho e da geração de renda, um bazar de trocas solidário foi realizado pela equipe. Através do bazar, os indivíduos deveriam avaliar seus produtos bem como o dos outros – a partir da criação de uma “moeda social” própria - aprendendo assim a valorizar, principalmente o trabalho, tanto seu como o do próximo. Divulgar o trabalho realizado por cada um também pareceu uma forma interessante de estimular o contato entre os participantes, levando-se em conta a possibilidade de cooperação que poderia vir a surgir entre os mesmos. Esta iniciativa, entretanto, surtiu algum efeito imediato mas não constituiu uma prática que pudesse ser repetida e transformada em atividade regular. Considerando que as famílias habitavam espaços distantes do empreendimento em construção, foi difícil manter a mobilização em torno de ações conjuntas visando a inserção em uma prática solidária que envolvesse a maioria da população.

8


Figura I – Moeda de Troca Utilizada no Primeiro Bazar

3

Segunda Fase

Diretrizes estabelecidas O trabalho da equipe do Cedeplar, no segundo momento do projeto e com a obra já iniciada, pautou-se em quatro diretrizes principais: 1) mobilização social; 2) estudo do território onde o projeto está inserido; 3) aproximação do movimento de economia solidária em Belo Horizonte e; 4) exploração da literatura disponível sobre o assunto. A primeira iniciativa tomada pela equipe do Cedeplar foi identificar, junto com demais integrantes da acessória técnica e moradores, com base na análise dos questionários e no diagnóstico realizado da região, atividades econômicas potenciais para gerar renda,trabalho e eventualmente emprego para moradores do RSV. As atividades levantadas foram: 1) Produção de Esquadrias: pensada para atender ao próprio Projeto RSV e à construção civil ora dinamizada no seu entorno, potencializada por grandes obras de infra-estrutura, novas atividades econômicas e construção do novo Centro Administrativo de Minas Gerais. A pesquisa mostrou a necessidade de grande espaço físico para a fábrica, de investimento inicial elevado e mão-de-obra especializada. Os atrasos no cronograma da obra também comprometeram a produção local. A princípio, não vemos viabilidade para dar início a essa atividade. 2) Reciclagem de lixo: A equipe do Cedeplar fez uma visita à Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) – Divisão de Venda Nova a fim de se informar melhor sobre o serviço de limpeza pública de Belo Horizonte, assim como as parcerias com cooperativas que atuam no segmento. Foi feita uma apresentação para os futuros moradores sobre a possibilidade de trabalharem com tal atividade e de se instalar um galpão de reciclagem junto ao conjunto, visto que a prefeitura apresentou interesse nesse sentido. Entretanto, a reação foi muito negativa e a idéia foi imediatamente descartada pelos futuros moradores. 3) Cozinha e horta comunitária (agricultura urbana): o mutirão aos domingos organiza equipes para os diversos trabalhos. A equipe da cozinha – a mesma desde o inicio das obras – compõe-se de 10 pessoas responsáveis por organizar e preparar o almoço no fim de semana. Uma pesquisa realizada pela equipe com os grupos mostrou maior entrosamento desta equipe, gerando possibilidade de se fomentar

9


uma atividade econômica duradoura, respondendo a seu interesses neste sentido; iniciou-se um trabalho com esse grupo. Foi discutida com a equipe de cozinha e com outros futuros moradores, que já mostraram interesse informal na questão, a possível criação de lanchonete, padaria, fornecedor de marmitas e/ou outros empreendimentos ligados à produção de alimentos para atender ao mercado local, que devem se intensificar particularmente a partir do início da construção do CAMG – Centro Administrativo de Minas Gerais. Porém, as discussões formais sobre a real possibilidade de criar um empreendimento foram pouco produtivas, visto que encontros com as pessoas só aconteciam aos domingos de 15 em 15 dias e no final das atividades de mutirão em que o cansaço e a vontade de ir para casa das pessoas prevaleciam. Posteriormente, o regulamento da obra sofreu uma alteração diante um acordo entre mutuários e assessoria técnica, e os mutirões passaram a acontecer somente na parte da manhã, não havendo mais necessidade de um grupo para a cozinha, e a idéia e o entusiasmo se perderam. A equipe Cedeplar também atualizou o mapeamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços da região imediata, para uma percepção melhor do entorno onde se insere o RSV. Pretendia-se ampliar este estudo para melhor pensar as áreas de mercado possíveis na região de Venda Nova e outros municípios, incorporando também uma pressão das demandas futuras advindas da implantação do CAMG. Além da visita realizada a SLU-Divisão Venda Nova, a equipe do Cedeplar entrou em contato com outras instituições que trabalham com Economia popular e Solidária. Passou-se a realizar visitas sistemáticas ao Centro Público de Economia Solidária (CPES), uma estrutura viabilizada pela Prefeitura para dar apoio a trabalhadores, grupos de trabalho e cooperativas que trabalham seguindo os princípios da economia popular e solidária. Todas as terceiras terças-feiras do mês é realizado no CPES o Fórum de Economia Solidária, onde os diversos trabalhadores, grupos de trabalho, se encontram para discutir, propor, articular, trocar idéias, constituir parcerias para que empreendimentos de cunho popular e solidário tenham condição de sobreviver e prosperar. A equipe Cedeplar também estabeleceu contato com o Pólos Cidadania, programa de extensão da Faculdade de Direito da UFMG. O Pólos Cidadania é um projeto interdisciplinar que trabalha junto a comunidades carentes, fomentando grupos de trabalho com o objetivo de gerar renda, tendo como princípio a economia solidária. Visitou-se, junto com uma representante do Pólos, dois grupos que o projeto apóia, ambos localizados na Vila Acaba Mundo, situada no Bairro Sion, a fim de conhecer grupos que já existem e trabalham solidariamente, além de absorver a experiência do Pólos, projeto existente há mais de 12 anos. A equipe Cedeplar tem estado presente nos mutirões para manter contatos mais diretos com os futuros moradores, conhecer suas potencialidade e identificar pessoas que tiveram interesse em montar negócios. A presença nos mutirões é importante para criar vínculos e aprofundar as relações com os moradores. A preocupação com as expectativas e satisfação dos moradores em relação a sua futura moradia e à região em que estará localizada levou à elaboração de dois questionários abordando algumas questões sobre o tema (em anexo o questionário e os principais resultados); pretendia-se dar continuidade para saber a opinião das pessoas com o passar do tempo. A equipe Cedeplar esteve presente também nas reuniões semanais, para melhor entender os problemas da obra e buscar, com a assessoria técnica, soluções e maior entrosamento com as demais assessorias. Outra atividade regular foi identificar oportunidades de cursos e treinamentos para qualificação de mão-de-obra, oferecidos por instituições como o Núcleo Integrado de Apoio ao Trabalhador (NIAT), que encaminha pessoas para cursos no Senac, Senai, Sebrae, UFMG, C.P.E.S, entre outros. Instituições dedicadas a apoiar empreendimentos solidários têm também sido objetos de pesquisa. A maior dificuldade encontrada pela equipe UOES/Cedeplar para levar a cabo seus objetivos foi a baixíssima mobilização dos futuros moradores, sendo constante a discussão com a assessoria técnica de modos para despertar nos mutuários o interesse nos assuntos tratados pela economia solidária. Tanto 10


nas apresentações feitas pelo Cedeplar, como nos questionários de opinião sobre a obra, percebeu-se grande falta de interesse da maioria, apesar de muito interesse entre poucos. De maneira geral, o que se observa é que poucas pessoas se engajam nesse processo, enxergando uma oportunidade de aprendizado técnico e crescimento humano, enquanto a maioria está mais preocupada com tamanho do apartamento e demonstra insatisfação geral com a situação. Respaldo e sugestões da FINEP Em uma apresentação feita à FINEP em março de 2008, uma consultora em Economia Solidária fez comentários e sugestões em relação ao trabalho desenvolvido pelo Cedeplar. Sobre suas ponderações, destaca-se: − Trabalho em mutirão não é economia solidária. Economia solidária é atividade econômica. − Não se deve buscar processos de economia popular, mas sim de economia solidária. − Para a formação de um grupo produtivo solidário é necessária a criação de ambiente favorável. − Trabalhar a existência de ambiente favorável e trabalhar os conceitos envolvidos (conceitos de autogestão e trabalho cooperativo) “introjeta” a questão na comunidade e levanta possibilidades para diversas atividades. − Recomenda-se: efetuar estudo da economia solidária naquela região; levantar empreendimentos e entidades de apoio e assessoria já existentes; aproximar-se do movimento da economia solidária em BH e na região do empreendimento; criar movimento para viabilizar a inserção da comunidade RSV em grupo e/ou movimentos já existentes; viabilizar a troca de experiências entre grupos com a visão de complementaridade (grupos isolados não se tornam viáveis, segundo a experiência das incubadoras de empreendimentos econômicos solidários); identificar possíveis grupos (especialmente desempregados, em situação de precariedade ou informalidade do emprego), as habilidades e oportunidades de mercado, a partir dos próprios grupos. − Perfil levantado: Evidencia-se número de pessoas pequeno para formar grupos de empreendimentos solidários. Por exemplo: são aproximadamente 30 desempregados ou sem carteira assinada. Este número não é suficiente para construir grupos formalizados e reconhecidos legalmente. − É muito difícil viabilizar empreendimentos isolados. O público alvo do estudo na UO Economia Solidária deve ser extrapolado para além da comunidade RSV. Reunir informações sobre o que já existe no campo da Economia Solidária e viabilizar ações conjuntas. Reforça-se uma vez mais: Fazer este movimento junto com as ações de Economia Solidária que já existem na região. Verificar o que está em andamento e levar estes experimentos para o grupo RSV. Trabalhar também com a perspectiva de fortalecer algum empreendimento que já exista na região, buscando a complementaridade (produtos/ serviços encadeados/redes/cadeias/complexos cooperativos para se viabilizar em conjunto). Nesse conjunto, inserir os jovens, considerando as atividades adequadas às respectivas idades. − Enfatiza-se ainda sobre a importância e necessidade de: Formação mais ampla da comunidade nos conhecimentos sobre Economia Solidária. Realização de oficinas trazendo exemplos de outros empreendimentos existentes na região. Transmitir conceitos sobre cultura da autogestão, de trabalho cooperativo. − Desafio: motivar quem não está mobilizado.

11


Considerando os comentários e recomendações anteriores será necessário readequar as definições metodológicas das atividades da UO Economia solidária em função das recomendações apontadas.

Antes de continuar a apresentação das demais atividades desenvolvidas pelo Cedeplar, deve-se levar em consideração dois entraves para a dinâmica da autogestão e conseqüentemente para a economia solidária: o financiamento e a dificuldade de mobilização dos moradores. Financiamento da obra O Projeto RSV está entre os projetos do programa de Autogestão da Prefeitura de Belo Horizonte que são financiados por recursos do Governo Federal via Crédito Solidário. O programa Crédito Solidário foi criado para atender um dos objetivos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) – vinculado ao Ministério das Cidades – que é reduzir o déficit habitacional nas cidades brasileiras, assim como melhorar a qualidade de moradias populares e estimular o cooperativismo habitacional. Os recursos do FDS não financiam projetos de entes públicos, logo, o recurso do Programa Crédito Solidário é repassado diretamente às famílias, que necessariamente devem estar organizadas em torno de um agente organizador (Associações, Cooperativas e Entidades da Sociedade Civil). Além dessa condição, para se caracterizar como beneficiário potencial do financiamento, as famílias atendidas devem ter um rendimento bruto mínimo de R$ 1.050,00 (hum mil e cinqüenta reais) ou superior a isso, tendo como limite a renda de R$ 1.750,00 (hum mil e setecentos e cinqüenta reais). O financiamento ocorre a partir da proposta aprovada pela Caixa Econômica Federal. Depois da aprovação do empreendimento pela CAIXA, serão providenciadas as pesquisas cadastrais, as análises de capacidade de pagamento e as entrevistas com os beneficiários apresentados pelo Agente Organizador, de acordo com a documentação pessoal e de renda. Assim, o processo conta com três participantes, denominados por agentes, são eles: o agente organizador, Associações, Cooperativas e Entidades da Sociedade Civil, responsável basicamente por organizar a participação de todos os envolvidos durante a execução do empreendimento, a fim de assegurar a sincronia da implementação do projeto; o Ministério da Cidade na qualidade de Gestor do programa e; Caixa Econômica Federal como o agente operador e financeiro. Além da Prefeitura de Belo Horizonte, que participa com a concessão do terreno, parte do financiamento (aproximadamente 25% do valor total) e com uma equipe de acompanhamento e fiscalização da obra. Como agente operador e financeiro, a Caixa tem como atribuição zelar pelo contrato assinado pelas famílias. Chama-se atenção para este aspecto por que se acredita que o formato do financiamento é um complicador para a dinâmica autogestionária e conseqüentemente para o desenvolvimento de atividades que tem como princípio a economia solidária. Vale ressaltar algumas características contratuais que prejudicam o andamento da obra. Em primeiro lugar, o valor da obra que foi definido no ano de 2005 não prevê nenhum reajuste monetário ao longo do tempo, nem mesmo o mínimo para proteger o empreendimento de qualquer inflação, ou seja, é um valor fixo. Em segundo lugar, a liberação do financiamento acontece por etapas da seguinte maneira: parcelas subseqüentes do financiamento só são liberadas quando o percentual de obra executado previsto no cronograma para a etapa anterior for cumprido. Essa forma de operar o financiamento se torna um complicador quando o mercado de construção civil está aquecido, como no caso de Belo Horizonte, e o preço dos insumos está muito mais alto do que no período em que foram previstos no planejamento de custo da obra e quando foi definido o montante total para o financiamento. A conseqüência que isso implica é o não cumprimento das etapas previstas no cronograma físico-financeiro da obra e a não liberação da parcela seguinte. Para manter o andamento da obra, a prática utilizada é o endividamento com fornecedores. Porém essa prática tem um limite claro e de curto prazo. A partir do momento que os fornecedores não receberem pela dívida feita anteriormente, cessa o crédito. 12


As famílias: futuros moradores Pela a análise do questionário socioeconômico feito na primeira etapa do projeto, percebe-se que o público atendido pelo projeto inclui pessoas de baixa renda que, em sua maioria, já se dedicam a uma atividade econômica regular durante a semana; a maioria dos mutuários possui carteira assinada. O formato do financiamento é um complicador para a dinâmica do modelo autogestionário no RSV, pois devido ao congelamento do fundo disponível para o projeto, o aquecimento do mercado de construção civil e a forma de liberação dos recursos, resulta um empenho muito grande por parte da assessoria técnica em priorizar o trabalho de mutirão em detrimento de aperfeiçoar a prática autogestionária a fim de compensar com trabalho mutirante a defasagem financeira. Muitas pessoas, por motivo de sobretrabalho, não se empenham no trabalho de mutirão, assim como não participam de forma ativa nas discussões colocadas em torno da autogestão por se dizerem cansadas, gerando um fator desagregador entre as pessoas e um ambiente pouco propício para discussão sobre economia solidária. Como reflexo desses problemas implícitos no projeto, percebe-se o baixo comprometimento das famílias com o empreendimento. No início da obra, freqüentavam os mutirões, em média representantes de 43 famílias, sendo que 14 famílias nunca compareceram. Nos últimos meses, a média de representantes de famílias que freqüentam os mutirões passou a ser de aproximadamente 25. 4

Terceira Fase:

Diante das dificuldades identificadas, e recentemente com a paralisação da obra (desde maio deste ano) a estratégia da equipe do Cedeplar foi focar o trabalho, junto com demais membros da assessoria técnica, na consolidação da autogestão do empreendimento, sem abandonar as demais atividades que vinham sendo realizadas (estudo do território, literatura e acompanhamento do movimento de economia solidária). A razão desta opção é que, na literatura sobre economia solidária, o formato mais comum de gestão desses empreendimentos solidários é a autogestão. Tendo esse conceito consolidado entre as famílias, junto com a experiência de execução da obra neste formato de gestão, acredita-se que fomentar um empreendimento com as características de uma atividade econômica solidária teria mais possibilidade. Somado a isso, a maioria dos mutuários possui trabalho regular; se consideramos aqueles que freqüentam o mutirão, praticamente todos estão ocupados em alguma atividade e, logo, há pouco interesse no que tange em constituir uma atividade econômica solidária. Outro motivo que justifica esse esforço em consolidar a autogestão, é que se observa uma grande preocupação das famílias com o andamento da obra e o prazo de entrega de suas moradias, dado os problemas com o financiamento. Portanto, supõe-se que o mais importante diante do contexto vivido é tentar formar essas pessoas para que elas consigam entender e lidar com esses problemas que se tornaram rotineiros em suas vidas. Devido à falta de recursos, um dos mutuários teve a idéia de realizar um bazar para arrecadar dinheiro e fazer um fundo de caixa para a obra. Junto com o bazar, também surgiu a idéia de vender caldos, cachorro-quente e refrigerante. A atividade foi uma ótima oportunidade para observar a interação do grupo diante uma atividade que geraria renda para o coletivo. Por um lado foi bom, pois houve uma arrecadação razoável e as pessoas que participaram estreitaram os vínculos de convivência. Por outro lado, foi muito pequena a participação na organização e execução da atividade, contando somente com algumas pessoas, demonstrando novamente o pequeno engajamento das pessoas. Sendo assim, o maior empenho em apoiar a autogestão veio como uma estratégia de conscientizar as pessoas da importância de se organizarem em torno de um objetivo comum. Criada essa mentalidade e dada a experiência vivida na execução da obra, acreditava-se que poderia haver mais espaço para discutir a temática economia solidária no futuro. 13


5

Economia Popular e Economia Solidária

A atuação do Cedeplar sempre foi pautada pela discussão das duas vertentes da “economia dos setores populares”: a Economia Popular, enfatizando a questão de geração de trabalho e renda, focando principalmente em estimular que os mutuários procurassem entidades vinculadas ao poder público, que oferecem programas de capacitação de mão-de-obra visto que grande parte das pessoas envolvidas no processo já estão inseridas no mercado de trabalho; e a Economia Solidária, procurando, de forma articulada com os demais membros da assessoria técnica, mobilizar o grupo, ainda sem laços comunitários constituídos, para ações coletivas, atentas principalmente aos jovens e desempregados, público privilegiado da Economia Solidária. Segue abaixo uma definição sucinta dos dois conceitos: 5.1

ECONOMIA POPULAR

Para Coraggio (2000), a economia popular emerge das rupturas contínuas impostas ao cotidiano popular pela reconstrução global do capital. Kraychete (2000, p. 15) resume essa definição de economia popular (ou, como ele faz uso do termo, “economia dos setores populares”) de Coraggio como as atividades que: “possuem uma racionalidade econômica ancorada na geração de recursos (monetários ou não) destinados a prover e repor os meios de vida, e na utilização de recursos humanos próprios, agregando, portanto, unidades de trabalho e não de inversão de capital.”

Assim, a célula da economia popular são as unidades domésticas que dependem principalmente do exercício de seu trabalho para conseguir reproduzir-se biologicamente e culturalmente, de forma ampliada. A unidade doméstica moderna tem como objetivo último a reprodução ampliada da vida de seus membros. “Ampliado” significa que não tem um nível básico dado de necessidades que, uma vez alcançado, esgota o impulso da atividade econômica, sem que para todos os efeitos práticos, haja uma busca de melhoria da qualidade de vida sem limites intrínsecos, em boa medida pela criação de valores e pela construção social das necessidades impulsionadas pela propaganda mercantil e pelos movimentos culturais da sociedade moderna (CORAGGIO, 1994). O principal recurso que os fluxos internos e externos de uma agregação de unidades domésticas urbanas dispõem para produzir e pôr em circulação uma considerável corrente de bens e serviços produzidos para o mercado, como o faz, é o capital humano. Assim, sua principal forma de contribuição à economia urbana é a reprodução e oferta de força de trabalho, mediante a um salário real (que é talvez o elemento principal em suas transações externas com outros subsistemas da economia urbana) (CORAGGIO, 1994). Mas esse capital humano não pode ser visto como um objeto externo – que se pode explorar como recurso produtivo, subordinando-o a uma lógica de acumulação – mas sim como uma peça inseparável da pessoa, da unidade doméstica e, por extensão, da comunidade e da sociedade, cujo desenvolvimento eficaz inclui de maneira imediata a melhoria da qualidade de vida de seus membros (CORAGGIO, 1994). E como esse é um subsistema econômico regido pela reprodução ampliada de seu capital humano (e pela acumulação do capital monetário), seu desenvolvimento – e sua contribuição ao desenvolvimento de outros setores da economia – dependerá da qualidade desse capital (CORAGGIO, 1994). Promover uma economia popular supõe utilizar todos os recursos disponíveis, não regidos pela maximização do lucro, para alcançar a transformação do conjunto das atividades econômicas populares em um subsistema que se realimente com sua própria dinâmica e no contato com os outros subsistemas econômicos, devendo também modificar as relações de intercâmbio entre a economia empresária 14


capitalista e a popular. Enfim, que se canalize os recursos públicos de modo que se revertam eficientemente e com equidade para o desenvolvimento da economia popular (CORAGGIO, 1994). 5.2

ECONOMIA SOLIDÁRIA

O modo de produção capitalista, baseada na reprodução e acumulação do capital, traz conseqüências perversas à sociedade. As conseqüências no mercado de trabalho ficaram mais evidentes a partir da crise do regime de acumulação fordista nos anos 70, em que o compromisso social entre capital e trabalho, viabilizado pelo “Welfare State” e que permitia uma progressão do salário real (BERTUCCI & FERREIRA, 2004), dá lugar à proposta política liberal-conservadora, em que o capital prevalece sobre o trabalho em prol de um objetivo maior: o lucro. “Verificou-se, em particular, desde então, um movimento de degradação da condição social estável que vigorava para a grande massa dos trabalhadores dos países industrializados e de deterioração da harmonia precária que existia entre a esfera econômica e a esfera social, chegando ao ponto de se configurar uma situação de conflito agudo entre estas duas esferas” (FERREIRA & BERTUCCI, 2004, p.8).

Assim, caiu por terra a teoria keynesiana de pleno emprego e se iniciou o processo de “desestabilização da condição social do emprego” do pós-fordismo. Os resultados são as atuais condições de desemprego estrutural e de marginalização do trabalho vivenciados pelas sociedades capitalistas contemporâneas. Em resposta a esse quadro, surgem “alternativas econômicas em nível local”, articuladas no âmbito da sociedade civil organizada e apoiadas ou não pelo poder público (MONTE-MÓR, 2008). Segundo Bertucci & Ferreira (2004), as ações desses movimentos sociais: “partem de uma perspectiva emancipatória dentro da própria população excluída e se articulam entre diversas camadas da sociedade, tendo apoio de organizações não governamentais e de governos comprometidos com as causas populares. Necessariamente, esses empreendimentos se fundamentam, seja por um planejamento consciente ou não, em atividades não-capitalistas de produção e reprodução” (FERREIRA & BERTUCCI, 2004, p.11).

E, como o capitalismo se mostra incapaz de integrar à sociedade a massa de excluídos, a busca por essas outras estratégias se amplia e se torna relevante dentro desse contexto. Segundo Singer (1997, p. 13), “a construção da economia solidária é uma dessas outras estratégias. Ela aproveita a mudança nas relações de produção provocada pelo grande capital para lançar as bases de novas formas de organização da produção à base de uma lógica oposta àquela que rege o mercado capitalista”. Há ainda um grande debate acerca das abordagens conceituais desses vários modos de produção não-capitalistas, mas muitos autores entendem que o termo Economia Solidária é mais abrangente nesse sentido. Para Bertucci (2005, p. 40), a Economia Solidária é “formada por diversas unidades que desenvolvem atividades econômicas e criam redes em expansão”, sendo constituída “por empreendimentos formais e informais, caracterizados pela autogestão e pela socialização dos meios de produção e distribuição”. Formalmente, as unidades básicas são encontradas sob a forma de cooperativas, associações, etc., sem que haja distinção entre capital e trabalho, “sendo que tais empreendimentos se diferenciam tanto na sua forma de organização interna quanto no seu modo de articulação com a sociedade, ou com a comunidade em que atuam” (BERTUCCI, 2005, p. 40). Para Bertucci (2005, p. 41), um empreendimento de Economia Solidária tem as seguintes características: 15


“1) Um empreendimento de ES é uma associação coletiva (formal ou informal) onde há socialização dos meios de produção; ou seja, não há hierarquia entre patrão e empregado, nem exploração do trabalho, pois todos são donos do negócio; 2) Há autogestão, quando as decisões técnicas e gerenciais são tomadas de forma coletiva, por meio de reuniões e assembléias. Deve haver participação ativa dos atores envolvidos; e 3) A ES não é uma associação a serviço apenas de seus sócios, mas de toda a comunidade. Há um engajamento sobre questões políticas como o meio ambiente, o consumo ético, e a reprodução de novos valores sociais e culturais.”

Para Carvalho (2004, p. 3), a autogestão é: “um modelo de organização em que o relacionamento e as atividades econômicas combinam propriedade e/ou controle efetivo dos meios de produção com participação democrática da gestão. Autogestão também significa autonomia. Assim, as decisões e o controle pertencem aos próprios profissionais que integram diretamente a empresa.”

Singer (2002) faz uma ressalva ao dizer que “o maior inimigo da autogestão é o desinteresse dos sócios, sua recusa ao esforço adicional que a prática democrática exige”. A falta de uma formação democrática, segundo ele, pode fadar a prática autogestionária ao insucesso ao conduzir a maioria dos membros do empreendimento solidário à lei do menor esforço (SINGER, 2002). Portanto, a livre iniciativa é uma marca importante da ES; o surgimento de um empreendimento sob as bases da ES deve ocorrer através de atitude espontânea da sociedade marginalizada, sem que o poder público ou a sociedade civil alheia à situação imponha regras e limites e pressione essa parcela da população para um determinado caminho de forma não natural. 6

Conclusão

Os objetivos propostos para a atuação da UO Economia Solidária no Projeto RSV passam, dentre outros aspectos, pelo diagnóstico dos potenciais das famílias assistidas pelo Projeto e pelo desenvolvimento de ações educacionais voltadas para as diretrizes autogestionárias que norteiam os empreendimentos solidários. Tendo-se isso em vista, podemos fazer uma avaliação do trabalho realizado e dos resultados obtidos confrontando a realidade encontrada no Residencial Serra Verde com os conceitos de Economia Solidária e as condições necessárias implicadas por eles. A sugestão de condução dos trabalhos, feita pela FINEP, incluía a viabilização do processo de institucionalização de uma ou mais atividades econômicas calcadas em bases solidárias. Isso representa preparar o campo para a construção de um sistema cooperativo para o exercício dessa(s) atividade(s) não só como um empreendimento fechado em si próprio, mas como uma organização social que, apesar de ser composta por indivíduos que se voltam paras os mesmos interesses coletivos internos, deve se articular com as diversas esferas da sociedade, em especial com o que chamamos de Rede, com a comunidade local e com o poder público. Além disso, era de fundamental importância para o sucesso do projeto que a autonomia das pessoas e do grupo como um todo fosse preservada e que se pudesse promover a ampliação do exercício de cidadania delas. E essa construção devia ser feita em concomitância com o envolvimento das famílias com a obra e, se possível, explorar essas questões no próprio contexto do canteiro. Assim, para fazer os devidos apontamentos sobre o trabalho, valer-nos-emos das pesquisas feitas junto à literatura sobre Economia Solidária e às experiências registradas de trabalhos assemelhados a esse, que nesse casso são de algumas ITCP’s (Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares). Sobremaneira, estabeleceremos um paralelo entre as peculiaridades do RSV e as questões suscitadas pelas pesquisas. 16


Problemas relativos ao grupo de famílias: - a maioria não é público-alvo (padrão socioeconômico “elevado” para ES): Viabilizar uma atividade econômica geradora de renda e emprego não é primordial para as pessoas que estão fazendo parte do projeto. As famílias do RSV, para que pudessem ter acesso ao financiamento da casa própria via Crédito Solidário, precisaram comprovar uma renda estável. Logo, em sua grande maioria, são pessoas assalariadas, prevalecendo, portanto, tão somente a necessidade de adquirir a casa própria. Vimos que a Economia Solidária é uma alternativa encontrada por setores da sociedade civil que se encontram em situação marginal a ela, muito como em resposta ao sistema que lhos impõe essa condição. Dessa maneira, é impossível pensar que pessoas imbuídas nesse sistema se mobilizem em torno de conceitos de autogestão e empreendimentos solidários; a condição dita “estável” dessas pessoas não é compatível com as idéias da Economia Solidária. Pela avaliação do questionário socioeconômico aplicado às famílias foi possível identificar pessoas desempregadas e jovens até 24 anos que estão fora do mercado de trabalho que poderiam constituir um público para a economia solidária, porém, o contato com essas pessoas não aconteceu, visto que não compareciam aos mutirões, momentos em que acontecia o encontro entre assessoria técnica e mutuários. Ainda assim, o quadro de desemprego desses indivíduos nem sempre refletem a sua real condição de vida; o contexto familiar dita em parte essa condição. Além disso, o processo de substituição de famílias ocorrido algumas vezes comprometeu todo o levantamento feito das famílias em torno da identificação do grupo de pessoas que poderia compor o público-alvo do Projeto. - falta de coesão no grupo de famílias (pessoas pouco se conheciam e predominava a heterogeneidade profissional/etária) A fragilidade (ou mesmo a inexistência) de laços comunitários entre as pessoas, além da distribuição etária (marcada pela presença de muitos jovens em idade escolar), combinada com a heterogeneidade profissional da população economicamente ativa e do processo de substituição de famílias ocorrido mais de uma vez durante toda a obra, foram um entrave importante para a constituição de um grupo cooperativo no RSV. Segundo Cruz (2004), são raras as experiências de incubação de cooperativas com trabalhadores que não tenham se organizado previamente, sendo que se sabe de apenas três Incubadoras em todo o Brasil (ITCP’s da USP, UNEB e FURB) que admitem organizar grupos como uma etapa do trabalho, em determinados casos. Ainda assim, segundo Oliveira (2002), o processo de incubação em que a mobilização dos trabalhadores constitui a etapa de préincubagem demanda que haja uma distribuição multidisciplinar entre os membros da incubadora e um interesse prévio dos indivíduos envolvidos. Vimos que a Economia Solidária nasce necessariamente dentro da própria parcela da sociedade que se encontra marginalizada e emerge para se articular com as outras camadas da sociedade; em um grupo em que o contato entre as pessoas (que constituem o público-alvo do projeto) é mínimo, o vínculo desejado para que a mobilização em torno do pensar uma Economia Solidária se tornou impossível de alcançar. - Pouco contato da equipe da acessória técnica com as famílias Os encontros que ocorriam geralmente a cada duas semanas e, novamente, as substituições das famílias ocorridas durante o Projeto, dificultaram bastante o trabalho da UO Economia Solidária. Segundo Cruz (2004), o processo de incubagem de uma cooperativa popular nas ITCP’s brasileiras leva entre 2 a 4 anos, dependendo da incubadora e do processo em que está envolvida. Se fizermos um paralelo desse levantamento com o trabalho da equipe do CEDEPLAR/UFMG (que não foi propriamente de incubagem, mas pode-se dizer que foi similar a ele) e levando-se em consideração a falta de coesão do grupo de pessoas exigiu um esforço de mobilização muito maior, seria difícil pensar 17


no cumprimento dos objetivos no curto prazo, sendo viável talvez apenas no pós-morar. Dentro disso, conquistar a confiança das pessoas e solidificar o trabalho da equipe constituem um processo que, ao nosso ver, é de longa duração. - centralização do foco na obra (preocupação com o andamento e finanças do Residencial) O problema com financiamento via Programa Crédito Solidário chegou a ponto de paralisar as obras por falta de dinheiro. Com o objetivo principal do projeto comprometido, a discussão de outros temas torna-se praticamente inviável, inclusive, porque esse fato levou a algumas famílias desistirem do empreendimento e a freqüência aos mutirões reduziu de forma significativa. Assim, a maior parte do trabalho passou a ser entender o programa, o contrato assinado, discutir o mesmo com demais parceiros do projeto, a Associação (ASCA) e Caixa Econômica Federal e repassar as informações para os mutuários e responder, quando possível, as dúvidas das famílias. Paralelamente, houve um esforço por parte da assessoria técnica social em trabalhar autogestão com a participação do Cedeplar. A temática economia solidária ficou em segundo plano diante deste contexto A alternativa da Economia Popular se baseou em incentivar pessoas a se inscreverem em cursos de qualificação profissional e pensar alternativas de economia para o futuro condomínio como, por exemplo, aquecedor de água com garrafa PET e desenvolvimento de um programa de agricultura urbana. Essas iniciativas também surtiram pouco efeito. Apenas uma pessoa dentre os mutuários freqüentou cursos de capacitação e passou a atuar na obra do próprio RSV. O aquecedor de água era uma possibilidade, mas com a paralisação da obra não se discutiu mais o assunto. Quanto à agricultura urbana, há uma pequena horta no canteiro de obra que atende os trabalhadores em dias de semana e há espaços possíveis, no RSV, mas o assunto não foi discutido sistematicamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CORAGGIO, José Luis. Economia Urbana: La Perspectiva Popular. Quito: Instituto Fronesis, 1994. CORAGGIO, José Luís. Da Economia dos Setores Populares à Economia do Trabalho. In: KRAYCHETE, Gabriel et al. (orgs), Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia, Petrópolis: Vozes (2000). KRAYCHETE, Gabriel, Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia. In: KRAYCHETE, Gabriel et al. (orgs), Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia, Petrópolis: Vozes (2000). BERTUCCI, Jonas de Oliveira. A Economia Solidária do Pensamento Utópico ao Contexto Atual: Um Estudo Sobre Experiências em Belo Horizonte (Dissertação de Mestrado), 2005. Belo Horizonte: Cedeplar, UFMG. MONTE-MÓR, Roberto L. M. Urbanização Extensiva e Economia dos Setores Populares. In: OLIVEIRA, M.P.; COELHO, M.C.N.; CORRÊA, A.M. (orgs.) O Brasil, a América Latina e o Mundo – Espacialidades Contemporâneas. Rio de Janeiro: Lamparina Editora, 2008 pp 128-140. BERTUCCI, Jonas de Oliveira; FERREIRA, Cândido Guerra. A Economia Popular Solidária em Belo Horizonte. 2004. Disponível em: http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20255.pdf. Acesso em 26/Maio/2008. 18


SINGER, Paul. Economia Solidária: Geração de Renda e Alternativa ao Liberalismo. Rio de Janeiro: Proposta, ano 26, n. 72, março/maio 1997, p 6-13. SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002. CARVALHO, Ricardo Augusto Alves de. Programa de Incubadora Teconológica de Economia Solidária (Empreendimentos Solidários-ES) – UFMG. Anais do 7º Encontro de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais. 2004. Disponível em: http://www.ufmg.br/proex/arquivos/7Encontro/Trabalho19.pdf Acesso em: 15/06/2008. OLIVEIRA, Adriana Lucinda de. A Atuação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Regional de Blumenau: a Economia Solidária no Debate Acerca do Desenvolvimento Regional (Dissertação de Mestrado), 2002. Blumenau: Centro de Ciências Humanas e Comunicação, Universidade Regional de Blumenau. Disponível em: http://proxy.furb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=65. Acesso em: 03/03/2008. CRUZ, Antônio. É Caminhando que se Faz o Caminho – Diferentes Metodologias das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares no Brasil. Mérida: Revista Venezolana de Economía Social. Ano 4, n. 8, dezembro de 2004. Disponível em: http://www.saber.ula.ve/bitstream/123456789/18679/2/articulo4-8-2.pdf Acesso em: 14/05/2008. PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, Secretaria adjunta de habitação. http://portal2.pbh.gov.br/pbh/index.html?idNv1=9&idConteudoNv1=&emConstrucaoNv1=N 02/04/2008).

Em: (em

19


ANEXO A – QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO Anexo A.1 – 1º Questionário

Escola de Arquitetura da UFMG Projeto FINEP / RSV

CADASTRO DAS FAMÍLIAS PARTICIPANTES

1. DADOS DO TITULAR: 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6. 1.7.

1.8. 1.9. 1.10. 1.11. 1.12.

Nome: Data de Nascimento: Cidade de nascimento: Endereço: Telefone: RG: CPF: Núcleo: ( ) ASCA – Betânia ( ) ASCABAL ( ) ASS DOS SEM CASA CRISTO LUZ DO POVO ( ) SÃO PEDRO Data em que foi incluído no OPH: __/____ Já trabalhou ou morou na roça? ( ) sim ( ) não Quando (entre quais anos)? Quando mudou para Belo Horizonte? Já fez ou faz parte de alguma outra associação ou sociedade?

( ) sindicato: _____________ ( ) associação comunitária: ________________ ( ) movimentos sociais: ____________________ ( ) igreja ou grupos religiosos ( ) partido político ( ) grupo de jovens ( ) grupo de mulheres / mães ( ) outro _______________________

20


2. DIAGNÓSTICO DA COMPOSIÇÃO FAMILIAR ATUAL: Sobre pessoas que moram na casa atual: Nome

Idade Sexo: M/F

Data de Nascimento

Cor / Raça**

Escolaridade Freqüenta Relação com Anos de (última série atualmente responsável estudo concluída) escola? S/N pela casa*

Profissão Ocupação atual

Vai Carteira de residir Local de Trabalho no trabalho (bairro/ Renda Assinada: RSV? S/N cidade) Mensal S/N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

*1) responsável pela casa; 2) marido/ mulher; 3) filho/ filha; 4) genro/ nora; 5) sobrinho; 6) neto; 7) cunhado; 8) enteado; 9) mãe / pai; 10) sogro; 11) irmão; 12)avô; 13) tio; 14) afilhado; 15) amigo; 16) outro. ** 1) branca; 2) preto; 3) pardo; 4) indígena; 5) amarelo (descendência de países do oriente)

21


Sobre outros moradores da futura casa, não incluídos acima. Nome

Idade Sexo: M/F

Data de Nascimento

Cor / Raça**

Escolaridade Freqüenta Relação com Anos de (última série atualmente responsável estudo concluída) escola? S/N pela casa*

Profissão Ocupação atual

Carteira de Trabalho Local de trabalho (bairro/ Renda Assinada: cidade) Mensal S/N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

*1) responsável pela casa; 2) marido/ mulher; 3) filho/ filha; 4) genro/ nora; 5) sobrinho; 6) neto; 7) cunhado; 8) enteado; 9) mãe / pai; 10) sogro; 11) irmão; 12)avô; 13) tio; 14) afilhado; 15) amigo; 16) outro. ** 1) branca; 2) preto; 3) pardo; 4) indígena; 5) amarelo

22


3. TRABALHO (Responsável pelo sustento da família) Profissão Ocupação atual (inclusive desemprego): Há quanto tempo está nessa ocupação (ou desempregado)? Quais foram suas ocupações nos últimos dois anos? Já trabalhou com Carteira de Trabalho Assinada? ( ) sim ( ) não Por quanto tempo? _______ Possui Carteira de Trabalho Assinada na atual ocupação? ( ) sim ( ) não Qual o meio de transporte utilizado para se deslocar ao trabalho: ( ) ônibus: qual tipo? ____ ( ) metrô ( ) carro ( ) carona ( ) a pé ( ) outro: _________ Qual o custo diário para o deslocamento para o trabalho (ida e volta): ________________ Qual o tempo médio gasto com deslocamento de casa para o trabalho: ______________ Você tem alguma estimativa quanto aos futuros gastos (tempo e dinheiro) na nova residência do Serra Verde? - Tempo - Dinheiro

MORADIA ATUAL Há quanto tempo você mora na sua casa? Em quantas casas você morou nos últimos 05 anos? Há quanto tempo você mora no seu bairro? Como você mora atualmente: ( ) em uma casa própria ( ) em uma casa alugada ( ) de outra forma (especificar):

( ) em uma casa cedida

Alguém da sua residência tem carro? ( ) sim ( ) não 23


Pretende ter? ( ) sim ( ) não Quanto você gasta por mês com as seguintes contas: - Água: - Luz: - Gás: ( ) Não sabe

- Telefone (fixo):

Alguma pessoa da sua casa tem algum tipo de deficiência, dificuldade para caminhar, subir escadas ou faz uso de medicamento controlado?

5. BENS DURÁVEIS 5.1 Vocês têm na casa os seguintes bens? Discriminação 1. Geladeira 2. Televisão 3. Rádio 4. Tanquinho 5. Máquina de lavar roupa 6. Vídeo cassete 7. Aparelho 8. Telefone fixo 9. Telefone celular 10. Computador 11. Bicicleta 12. Moto 13. Máquina de costura

Resposta ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim

( ) não

6. MERCADO DE CRÉDITO a. O responsável pelo sustento da família possui conta bancária? ( ) Sim ( ) Não b. A família utiliza crédito para realização de compras em lojas e supermercados? ( ) sim ( ) não De que forma? ( ) crediário, ( ) fiado, ( ) cheque pré-datado, ( ) cartão de crédito (qual?) _________ 24


c. Já tentou conseguir crédito em bancos? ( ) sim ( ) não d. Qual era a finalidade do empréstimo? ( ) Problema de Saúde ( ) compra de mercadorias ( ) compra de terreno/ imóvel ( ) pagamento de dívida ( ) outro_____________________ e. Obteve sucesso? ( ) sim ( ) não f.

Utiliza (ou utilizou) outro tipo de crédito (empréstimo)? De que instituição?

( ) amigos e familiares ( ) agiotas ( ) financeiras (ex: Losango) ______________ ( ) microcrédito (ex: banco do povo): _________ ( ) outro: _______________________

( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje

( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado

g. Qual a taxa de juros média dos empréstimos já feitos? ( ) valor aproximado (% am):________ ( ) não se lembra

7. HABILIDADES E CONHECIMENTOS 7.1 Você ou alguma pessoa da sua residência já utilizou o computador? ( ) sim ( ) não Quem?_________________________ 7.2 Que tipo de atividade essa pessoa tem habilidade para fazer no computador? ___________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 7.3 Você ou alguma pessoa da sua residência usa a internet? ( ) sim ( ) não Quem?____________________ 7.4 Com qual freqüência? ( ) todos os dias ( ) todos os meses

( ) todas as semanas ( ) de vez em quando

7.5 Você ou alguma pessoa da sua residência conhece alguma experiência de mutirão ou autogestão?

25


8. QUADRO DE HABILIDADES DOS MEMBROS DA RESIDÊNCIA Habilidades Quem tem essa habilidade na residência?

Atividades ou produtos que a pessoa faz

Ganha renda com Vê a oportunidade Aprendizado formal (fez atividade? para futuros curso?): s/n s/n ganhos? s/n

1 pedreiro 2 servente 3 carpintaria 4 pintura 5 marcenaria 6 mecânico 7 eletricista 8 artesanato 9 fiar/ tecer 10 costura 11 bordar ou tricotar 12 fazer doce/ licores 13 fazer salgado 14 jardineiro 15 música 16 informática 17 fazer sabão 18 vendas e negociações 19 20 21 22 23

cuidar de horta criar animais manicure cabeleireiro bijuteria

9. Existe alguma habilidade (citadas ou não acima) que interessaria a você ou a alguém de sua residência? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________

26


Anexo A.2 - 2º Questionário

Escola de Arquitetura da UFMG Projeto FINEP / RSV

CADASTRO DAS FAMÍLIAS PARTICIPANTES

2. DADOS DO TITULAR: 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.6.

2.7.

2.8. 2.9. 2.10. 2.11. 2.12. 2.13.

Nome: Data de Nascimento: Cidade de nascimento: Endereço: Telefone: RG: CPF: Estado Conjugal: ( ) solteiro(a) ( ) casado (a) ( ) união estável (amigado...) ( ) separado(a) judicialmente ( ) divorciado(a) ( ) viúvo Núcleo: (X) ASCA – Betânia ( ) ASCABAL ( ) ASS DOS SEM CASA CRISTO LUZ DO POVO ( ) SÃO PEDRO Data em que foi incluído no OPH: __/____ Já trabalhou ou morou na roça (meio rural)? ( ) sim ( ) não Quando (entre quais anos)? Quando mudou para Belo Horizonte? Já fez ou faz parte de alguma outra associação ou sociedade? ( ) sim ( ) não Qual?

( ) sindicato: _____________ ( ) associação comunitária: ________________ ( ) movimentos sociais: ____________________ ( ) igreja ou grupos religiosos ( ) partido político ( ) grupo de jovens ( ) grupo de mulheres / mães ( ) outro _______________________ 27


3. DIAGNÓSTICO DA COMPOSIÇÃO FAMILIAR ATUAL: Sobre pessoas que moram na casa atual: Nome

Idade Sexo: M/F

Data de Nascimento

Cor / Raça**

Escolaridade (última série Freqüenta concluída/ ensino atualmente Relação com fundamental, médio escola? responsável S/N ou superior) pela casa*

Profissão

Ocupação atual (todas)

Vai Carteira de residir Trabalho no Local de trabalho (bairro/ Renda Assinada: RSV? S/N cidade) Mensal S/N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

*1) responsável pela casa; 2) marido/ mulher; 3) filho/ filha; 4) genro/ nora; 5) sobrinho; 6) neto; 7) cunhado; 8) enteado; 9) mãe / pai; 10) sogro; 11) irmão; 12)avô; 13) tio; 14) afilhado; 15) amigo; 16) outro. ** 1) branca; 2) preto; 3) pardo; 4) indígena; 5) amarelo (descendência de países do oriente) 28


Sobre outros moradores da futura casa, não incluídos acima. Nome

Idade Sexo: M/F

Data de Nascimento

Cor / Raça**

Escolaridade (última série concluída): ensino Freqüenta fundamental, médio atualmente ou superior escola? S/N

Relação com responsável pela casa*

Profissão Ocupação atual

Carteira de Trabalho Local de trabalho (bairro/ Renda Assinada: cidade) Mensal S/N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

*1) responsável pela casa; 2) marido/ mulher; 3) filho/ filha; 4) genro/ nora; 5) sobrinho; 6) neto; 7) cunhado; 8) enteado; 9) mãe / pai; 10) sogro; 11) irmão; 12)avô; 13) tio; 14) afilhado; 15) amigo; 16) outro. ** 1) branca; 2) preto; 3) pardo; 4) indígena; 5) amarelo 29


3. TRABALHO (Responsável pelo sustento da família) Profissão Ocupação atual (inclusive desemprego): Há quanto tempo está nessa ocupação (ou desempregado)? Quais foram suas ocupações nos últimos dois anos? Já trabalhou com Carteira de Trabalho Assinada? ( ) sim ( ) não Por quanto tempo? Especificar (anos/ meses):_________________ Possui Carteira de Trabalho Assinada na atual ocupação? ( ) sim ( ) não Seu rendimento provém de quais fontes (valor em R$)? ( ) salário: valor (R$)________ ( ) empreendimento próprio: (R$)_______ ( ) pensão(R$) _______

( ) aluguel (R$)________ ( ) aposentadoria (R$)__________ ( ) outras (especificar) (R$):__________

Qual o meio de transporte utilizado para se deslocar ao trabalho: ( ) ônibus: qual tipo? Linha/ cor ____ ( ) metrô ( ) carro ( ) moto ( ) carona ( ) a pé ( ) bicicleta ( ) outro (transporte da empresa): _________

Qual o custo diário para o deslocamento para o trabalho (ida e volta): ________________ 30


Qual o tempo médio gasto com deslocamento de casa para o trabalho: ______________ Você acha que vai ter de gastar mais ou menos (tempo e dinheiro) com transporte quando for morar no Serra Verde? - Tempo - Dinheiro

MORADIA ATUAL Como você classifica sua residência atual? ( ) casa ( ) barraco ( ) barracão ( ) apartamento ( ) cômodo ( ) outro:_____________________ Você mora atualmente: ( ) em uma residência própria ( ) em uma residência cedida

( ) em uma residência alugada. Custo do aluguel (R$):_______________ ( ) de outra forma (especificar):

Há quanto tempo você mora na sua residência atual? Em quantas residências você morou nos últimos 05 anos? Há quanto tempo você mora no seu bairro? Alguém da sua residência tem carro? ( ) sim ( ) não Pretendem ter? ( ) sim ( ) não Quanto você gasta por mês na sua residência com as seguintes contas: - Água: - Luz: - Telefone (fixo): - Gás (tempo de durabilidade de um botijão): ( ) Não sabe Alguma pessoa da sua casa tem algum tipo de deficiência, dificuldade para caminhar, subir escadas ou faz uso de medicamento controlado? Quem? 31


8. BENS DURÁVEIS 5.1 Vocês têm na casa os seguintes bens? Discriminação 1. Geladeira 2. Televisão 3. Rádio 4. Tanquinho 5. Máquina de lavar roupa 6. Vídeo cassete 7. Aparelho de dvd 8. Telefone fixo 9. Telefone celular 10. Computador 11. Bicicleta 12. Moto 13. Máquina de costura

Resposta ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não

9. MERCADO DE CRÉDITO a. O responsável pelo sustento da família possui conta bancária? ( ) Sim ( ) Não b. A família utiliza crédito para realização de compras em lojas e supermercados? ( ) sim ( ) não De que forma? ( ) crediário, ( ) fiado, ( ) cheque pré-datado, ( ) cartão de crédito (qual?) _________ c.

Já tentou conseguir crédito em bancos? ( ) sim ( ) não. Obteve sucesso? ( ) sim ( ) não 32


d. Qual era a finalidade do empréstimo? ( ) Problema de Saúde ( ) compra de mercadorias ( ) compra de terreno/ imóvel ( ) melhoria/ reforma do imóvel ( ) pagamento de dívida ( ) outro_____________________ e. Já usou Cheque Especial? ( ) sim ( ) não f.

Utiliza (ou utilizou) outro tipo de crédito (empréstimo)? De que instituição? ( ) amigos e familiares ( ) agiotas ( ) financeiras (ex: Losango) ______________ ( ) microcrédito (ex: banco do povo): _________ ( ) outro: _______________________

( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje ( ) tenho hoje

( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado ( ) fiz no passado

g. Qual a taxa de juros do último empréstimo feito? ( ) valor aproximado (% am):________ ( ) não se lembra

10.

HABILIDADES E CONHECIMENTOS

7.1 Você ou alguma pessoa da sua residência já utilizou o computador? ( ) sim ( ) não Quem?_________________________ 7.2 Que tipo de atividade essa pessoa tem habilidade para fazer no computador? ( ) redigir texto ( ) fazer contas ( ) programas estatísticos / matemáticos ( ) jogos ( ) brincadeiras ( ) outros ______________ 7.3 Onde utiliza com mais freqüência? ( ) residência ( ) trabalho ( ) escola ( ) outro:________________ 7.4 Essa pessoa fez curso especializado em informática? ( ) sim ( ) não Que tipo de curso?____________ 7.5 Você ou alguma pessoa da sua residência usa a internet? ( ) sim ( ) não Quem?____________________ 7.6 Com qual freqüência? ( ) todos os dias

( ) todas as semanas 33


( ) todos os meses

( ) de vez em quando

7.7 Alguma pessoa da sua residência conhece alguma experiência de mutirão ou autogestão? ( ) sim ( ) não Quem já participou?_________________________________ Que tipo de experiência (mutirão rural, construção habitacional...)? 8. QUADRO DE HABILIDADES DOS MEMBROS DA RESIDÊNCIA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Habilidades pedreiro servente carpintaria pintura marcenaria mecânico eletricista bombeiro hidráulico almoxarifado apontador auxiliar de escritório contabilidade artesanato fiar/ tecer costura bordar ou tricotar fazer doce/ licores fazer salgado

Ganha Vê Aprendizado renda com oportunidade Quem tem formal (fez a para futuros atividade? ganhos? essa habilidade Atividades ou produtos que curso?): s/n na residência? a pessoa faz s/n s/n

34


19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

cozinha babá de crianças passadeira faxina vendas e negociações jardineiro fazer sabão cuidar de horta criar animais manicure cabeleireiro bijuteria teatro música

33 34 35

35


9. Existe alguma habilidade (citada ou não) que interessaria a você ou a alguém de sua residência aprender como forma de desenvolver uma atividade econômica?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Habilidades pedreiro servente carpintaria pintura marcenaria mecânico eletricista bombeiro hidráulico almoxarifado apontador auxiliar de escritório contabilidade artesanato fiar/ tecer costura bordar ou tricotar fazer doce/ licores fazer salgado cozinha babá de crianças passadeira faxina vendas e negociações jardineiro

Quem tem interesse por essa habilidade na residência?

Atividade econômica ou produtos que a pessoa tem interesse em aprender

Como essa habilidade poderia ser aproveitada para uma ocupação econômica

36


25 26 27 28 29 30 31 32

fazer sabĂŁo cuidar de horta criar animais manicure cabeleireiro bijuteria teatro mĂşsica

33 34 35

37


ANEXO B - Base de dados Anexo B.1 – Dados do Titular DADOS DO TITULAR NOME

Nascimento

Cidade de origem

Endereço

Adnaldo Salvador de Souza

26/2/1971 Belo Horizonte

R. José Nivaldo Alves 33 - Castanheira 1

Adonéia Júlia de Deus

26/6/1959 Mantena

R. Polo VIII - 142 - Barreiro de Baixo

Alessandra Pereira da Silva

17/6/1981 Belo Horizonte

R. Pavão - 175 - Vila Conceição

Amintas Alves dos Santos

14/9/1979 Jacaré itinga

Rua Silva Viana 70 A - Salgado Filho

17/5/1982 Belo Horizonte

R. Francisco de Castro Júnior 160 - Betânia

Ana Paula Alves Januário Antonia de Souza Cruz Leite

26/10/1955 Sapucais de Guanhães

Antônio Marcelo Lage Diniz

16/1/1966 Nova Lima

Aparecida das Neves Silva

14/10/1958 Caratinga

Arlete Reis de Souza

6/1/1961 Belo Horizonte

R. Venério Caetano de Fonseca - 100 - Palmeiras R. Sertanejo No: 100 - Barreiro de Baixo Rua Itapuã 106 - Nova Glória R. Júlio Klein Teixeira - 48 - Betânia

Bernadete Aparecida Marçal

21/9/1957 Belo Hoizonte

Av. Agenor de Paula Estrela - 654 - Jaqueline

Célio Ribeiro Pires Junior

1/11/1964 Contagem

R. Doce Master 120 - Flávio Marques Lisboa

Cléria Marta da Silva

4/3/1964 Belo Horizonte

Conceição das Dores Rodrigues Miranda Edmilson de Souza Ednéia Moura Martins Eliana Aparecida de Sousa Elza Elizabeth Batista Enedir Soares Amaral

24/9/1970 Buritizeiro -

3/6/1971 Belo Horizonte 27/6/1972 Rio Casca 16/12/1958 Morada Nova de Minas 3/3/1971 Salinas

R. Francisco Castel Nau - 40/ap.206 - Ermelinda R. Tubarão - 36 - Urucuia R. Coronel Siveriano Rua Ítalo de Neli - Beco Jander 45 - Bairro Independência Av. Perimetral - 163 - Vila Pinho R. Júlio de Castilho - 209 - Betânia Rua amanda 660 casa 6 - Betânia

Eunice Lopes Martins

11/3/1956 Frei Serafim

R. Pinto Martins - 123 - Vila Oeste

Geraldo Carlos Alves Pereira

31/8/1962 Curvelo

R. Rubin 103 - Srano/ São Gotardo

Hadano Soares Barbosa

7/11/1957 Teófilo Otoni

R. Santa Tereza de Ávila 285 - Vila Santa Rita

Ivonete Marques Franco

16/5/1969 Belo Horizonte

Av. Deputado Antônio Lunard 280

Izaque Alves Pamplona

21/5/1984 Paredão de Minas

R. Moacir Justino 140 - Cardoso

Jerri Adriano Cardoso Sá José Carlos dos Santos José Luciano Fonseca José Pereira da Costa Josil Martins do Nascimento Leonardo Pádua Diniz Leonisia Simões Pereira

30/12/1974 Itambacurí 10/3/1958 Aimorés 10/12/1947 Piedade do Paraopeba 11/3/1958 Salinas abr/83 BH 15/6/1986 Contagem 7/2/1951 Governador Valadares

R. Alameda Itália 45 - Cardoso R. Cipriano de Carvalho - 278 - Betania R. Três Marias - 210 - Miramar (Barreiro de Cima) R. 8 80 - Palmeiras Rua augusto Muniz 81 Alameda África 26 R. 12 de maio 310 - Vila Leonina - Jardim América

38


Lindaura Lopes dos Santos

25/11/1957 Córrego da Fumaça

R. Vereador Geraldo Pereira 785 - Padre Eustáquio

Lucinda Maria de Jesus

8/6/1961 Mantena

R. Campo Formoso 483 - Salgado Filho

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

8/6/1953 Cônego João Pio - MG

Av. Bráulio Gomes Nogueira 821 - Tirol

Márcia Alves Flor

2/9/1973 Belo Horizonte

R. Heráclito 105 - Nazaré

Margarida Maria Ferreira

18/10/1951 Dom Silvério MG

Av. Teresa Cristina 5209 casa 3 - Salgado Filho

Margarida Rodrigues de Oliveira

14/10/1961 Córrego Novo

R. Diógenes - 86 - Nazaré

Maria Adélia Alves Maria Afra Ramos da Silva Maria Aparecida de Freitas Lessa Maria Aparecida Luzia

24/7/1964 Santa Bárbara

R. Maria de Lourdes - 122 - Novo das Indústrias

23/5/1959 Novo Cruzeiro

R. 1 Conj. Bonsucesso - 11 - Bonsucesso

29/12/1953 Belo Horizonte

Rua Carlos Muzi 200 - Bairro Palmeniras

10/6/1963 Córrego Novo

R. Capitão Enéas 338 - Milhonários

Maria Aparecida Martins Rocha

2/7/1965 Belo Horizonte

rua José de Melo, 156

Maria da Conceição Teodoo

2/8/1951 Dores do Indaiá

Rua Olavo Bernardes, 51 - Nova Barroca

Maria das Dores Machado Maria das Graças Lopes Maria Edna Conceição da Silva Maria Noeme Marques Figueiredo Marisa Antunes da Silva Marlene Gomes de Freitas Marta Pereira de Souza Neiriston Alexandre Santana Noemi Oliveira da Costa

23/8/1966 Vermelho Novo 8/5/1950 Frei Serafim 29/5/1978 Itabuna - BA 22/10/1954 Cordisburgo 26/7/1966 Rio Vermelho 4/2/1950 Itabirito 21/4/1959 Ibirapoã 1/1/1983 Piedade do Paraopeba 19/6/1964 Salinas

R. Santa Tereza de Ávila 304 - Vila Santa Rita R. São Geraldo - 255 - Cabana Av. Baleares - 486 - Jardim Europa (Venda Nova) Rua Patos de Minas 158 - Betania R. Desembargador Reis Alves - 1220 - Novo das Indústrias Rua dos Americanos - 1169 Av. Penambuco 212 - Svilha de Ribeião das Neves R. Três Marias 210 - Miramar R. 8 - 80 - Palmeiras

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

3/5/1956 Caratinga

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

29/6/1967 Veredinha

R. João Campos - 153 - Castanheira II

Rogério Martins Gomes da Costa

23/3/1974 Belo Horizonte

R. Dário Faria Tavares, 242 - Bairro das Indústrias

Ronilda Lopes de Aquino Freire Rosangela Fátima Moreira Roseli Fernandes Onofre

4/5/1963 Conselhiro Pena - MG 14/8/1967 Belo Horizonte 5/2/1983 Três Corações

R. Sonia - 115 - 1º de Maio

Av. Senador Levindo Coelho 1011 - B. Independência R. Sebastião Brochado - 151 - Novo das Indústrias Al. Itália - 47 - Urucuia

Rosemira Maria de Souza

30/3/1965 São Domingos do Prata Av. Pres. Costa e Silva

Rosilaine Salvador Souza

19/8/1974 Belo Horizonte

R. Maria do Carmo 56B - Miramar

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

22/4/1945 Araçuai

R. Francisco Braga 95A - Estrela D'alva

Solange Aparecida de Carvalho

14/9/1968 Belo Horizonte

R. Maria Augusta 22 - Tirol

Teresa da Costa Reis Terezinha Ribeiro Ferreira Tilda Siqueira Martins

2/7/1951 Belo Horizonte 23/6/1971 Peçanha 15/10/1960 Luz

R. Gloriosa - 300 - Jardinópolis (Nova Gameleira) Av. Henrique Badaré Portugal - 148 - Palmeiras Rua Coronel Bernardino 192 - Palmeiras

Valdinei Ferreira Gonçálves

28/8/1983 Teófilo Otoni

R. Camanducaia 49 - Salgado Filho

Vilma de Souza Carvalho

31/3/1955 Sabará

R. Desembargador Reis Alves 46 - B. das Indústrias

Webert Lopes Nascimento

28/2/1980 Belo Horizonte

R. Professor Luiz Pompeu 141 - Bairro das Indústrias

39


DADOS DO TITULAR NOME

Contato

RG

CPF

Estado conjugal solt cas uni est

Adnaldo Salvador de Souza

3336-2285 e 8803-5246

MG 5671443

745494996-72

Adonéia Júlia de Deus

9107-0939

M-2.707.271

793.088.216-00

Alessandra Pereira da Silva

3381-0090 (favor)

MG-12.467.593

057.945.136-40

Amintas Alves dos Santos

3374-2589 / 9265-4346

M-9.069.863

039257246-05

Ana Paula Alves Januário

3322-7250

MG-10019008

50452656-10

Antonia de Souza Cruz Leite

3374-4945

M-4.888.605

052.885.426-78

1

Antônio Marcelo Lage Diniz

8446-2049

M-7.438414

001455877-70

1

Aparecida das Neves Silva

3473-7477

Arlete Reis de Souza

3383-3042 / 3383-5206 / 9929-3042

M-2.893.496

Bernadete Aparecida Marçal

3454-8580

MG-4119230

69301700620

1

Célio Ribeiro Pires Junior

3322-5635

MG-3.867.397

852.043.156-91

1

Cléria Marta da Silva

3425-0256

MG-3.104.937

716.936.456-53

1

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

3222-6915 (irmã)

M-5.426.694

079.385.706-30

1

Edmilson de Souza

99180178

Ednéia Moura Martins

8825-8524

M-7.866.847

85099449620

Eliana Aparecida de Sousa

3221-2547 (até 17:00)

M-7.106.088

012.837.006-89

Elza Elizabeth Batista

3312-2403

M-3.428.449

430.424.066-87

Enedir Soares Amaral

92070617 - 33865100(vizinha)

Eunice Lopes Martins

3322-3276 (irmã)

M-5.805.934

478.742.576.87

Geraldo Carlos Alves Pereira

3354-0372

Hadano Soares Barbosa

9693-9462

MG-1.846.032

Ivonete Marques Franco

3321-9063(casa) e 3284-2283(serviço)

M-65564146

Izaque Alves Pamplona

3322-7024

MG 11354096

069748346-08

Jerri Adriano Cardoso Sá

3321-8682/ 8405-9368

MG 6378797

050799086-29

José Carlos dos Santos

3374-1630

m-3.174.355

653.084.257-87

José Luciano Fonseca

3383-8462

m-2.451.567

436.061.056-49

José Pereira da Costa

3377-6646

mg-3.412.779

802.973.236-87

Josil Martins do Nascimento

3336-5074

Leonardo Pádua Diniz

3381-4340

MG 10 722 039

072.342.586-80

Leonisia Simões Pereira

3373-4273

m-8.833.437

027.072.656-08

Lindaura Lopes dos Santos

3413-5615 / 4009-5116 / 9797-6196

m-1.673.514

310.841.416-04

Lucinda Maria de Jesus

3312-0470

m-2.311.477

613.360.686

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

3082-2537(casa)/ 3088-6328 (trab)

Márcia Alves Flor

3434-4663

MG 14.572.382

081.441.106-17

separ judic

divorc viúvo(a)

1 1 1 1 1

1 1

1 1 1 1 1 1 1 392.256.076-87

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 não judicial 1 1 1

40


Margarida Maria Ferreira

3374-4782

Margarida Rodrigues de Oliveira

3437-3915 / 3435-5341

mg-8.563.895

024.049.616-75

1

Maria Adélia Alves

3322-3759

mg-7.124.481

028.771.406-36

1

Maria Afra Ramos da Silva

3383-2164

M-5351296

808.049.426-68

1

Maria Aparecida de Freitas Lessa

3374-5447

Maria Aparecida Luzia

3336-0119

mg-7.442.711

992.998.016-49

Maria Aparecida Martins Rocha

3072-4117 / 91049135

M-63730315

55023606600

Maria da Conceição Teodoo

9118-2115

M-8.686.480

063215136-60

Maria das Dores Machado

3385-5103

m-4.385.534

027.835.426-25

Maria das Graças Lopes

3322-3276

mg-9.160.009

308.605.126-48

Maria Edna Conceição da Silva

3458-5604

Maria Noeme Marques Figueiredo

9277-3608

não sabe de cor

não sabe de cor

Marisa Antunes da Silva

3386-9252

mg-5.661.157

842.260.056-00

Marlene Gomes de Freitas

3381-0057

m-8.919.880

Marta Pereira de Souza

3624-4895/8801-8321

MG - 8.869.553

55245498634

Neiriston Alexandre Santana

3383-8462 (mãe)

mg-4.343.610

703.749.966-87

Noemi Oliveira da Costa

3352-1147/3284-5624

mg-3.571.523

030.624.346-60

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

3088-0429/3423-3546

es-427.457

558.361.357-20

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

3331-4607

mg-5.191.642

Rogério Martins Gomes da Costa

3383-2248

6779757

Ronilda Lopes de Aquino Freire

3331-5343

m3295533

Rosangela Fátima Moreira

3383-3118(mãe)/9287-0086

m-3.336.190

Roseli Fernandes Onofre

3322-6937

mg-12.68.1811

Rosemira Maria de Souza

3386-7749

m-4.920.971

761.547.266-00

Rosilaine Salvador Souza

3389-0945 / 9687-5601

mg-6.337.481

033.977.556-46

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

9258-3548 (filha) / 3011-5006 (irmã)

mg-12.658.367

347.803.516-34

Solange Aparecida de Carvalho

9706-7721

m-3.977.259

029528726-25

Teresa da Costa Reis

8873-7141

mg-662.423

461.654.796-34

Terezinha Ribeiro Ferreira

3374-1880

mg-6.363.228

657.103.396-87

Tilda Siqueira Martins

9797-2786

MG 3826763

050322086-80

Valdinei Ferreira Gonçálves

3374-5273

Vilma de Souza Carvalho

3321-0202

m-917.521

373.409.306-63

Webert Lopes Nascimento

3362-4439 e 9751-9898

MG 10785680

046322346-21

1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 979.133.086-72

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

41


Anexo B.2 – Membros da família

NOME

Sexo

Idade

Nascimento Cor/Raça

MEMBROS DA UNIDADE FAMILIAR Freqüenta Escolaridade Parentesco Escola

Profissão

Ocupação Atual

Roseni

1

36

26/1/1971

2

13

1

2 segurança

desempregada

Ademir

0

37

17/12/1969

2

6

0

1 estofador

mesma

Tandara

1

17

19/10/1989

2

8

1

3 atendente

atendente/estudante

Tamara

1

16

10/1/1991

2

7

1

3 -

estudante

Adonéia

1

46

26/6/1959

3

7

0

1 diarista

mesma

Joice

1

14

9/6/1991

3

7

1

3 estudante

mesma

João Batista

0

47

7/11/1960

2

4

0

2 desenhista e impressor

mesma

Jarbas

0

22

22/7/1983

1 ?

0

2 operador de caixa

mesma

Yuri

0

1

23/10/2004

1 -

0

3 -

-

Alessandra

1

Amintas

0

27

14/9/1979

1

1 marceneiro

marceneiro

Antônio

0

63

3

0

9 porteiro

porteiro

Flora

1

57

3

9 dona de casa

dona de casa

José vilson

0

30

1

13

0

Jorge Eustáquio

0

28

23/1/1979

2

13

0

2 auxiliar de serviços gerais

mesma

Cauã

0

4

20/1/2003

2

0,1

1

3 -

-

Ana Paula

1

24

17/5/1982

2

13

0

1 operadora de telemarketing

mesma

Antonia

1

50

3

4

0

1 doméstica

mesma

Maria das Dores

1

95

0

9 trabalhou na roça

aposentada

Rodrigo

0

Ronan

0

Luiz Roberto

Família da Amiga

3

7

0

11 comércio

comércio

27/3/1920

3 -

26

22/5/1978

3

13

1

3 estudante e estagiário

estágio na Fiat

10

11/10/1995

3

2

1

3 estudante

mesma

0

50

9/12/1955

1

3

0

2 vidraceiro

mesma

Antônio

0

40

16/1/1966

3

13

0

1 eletricista

eletricista

Rosângela

1

24

5/2/1983

3

13

0

2 cascadeira

cascadeira

Taynah

1

8

3/11/1998

3

1

1

3 Estudante

Estudante

Alice

1

80

23/4/1927

3

3

0

4

aposentada

Aparecida

1

48

14/10/1958

2

4

0

2 costureira

mesma

José Antônio

0

48

30/7/1959

2

13

0

1 almoxarife

mesma

Bruna Rafaela

1

20

21/8/1985

2

13

0

3 recepcionista

mesma

Arlete

1

44

6/1/1961

1

13

0

1 autônoma

vendedora e cabeleireira

Alexandro

0

26

22/2/1979

1

13

0

3 manobrista

mesma

José Oliveira

0

50

2/9/1955

1

4

0

2 autônomo

lavador de carros

42


Bernadete

1

49

21/9/1957

3

4

0

Carlos

0

25

1/10/1981

4

13

0

Ademostro

0

46

24/7/1961

3

8

0

Célio

0

41

1/11/1964

3

3

0

1 caseiro

mesma

Rodrigo

0

16

14/5/1989

1

7

1

3 estudante

mesma

Vitor

0

12

8/5/1993

3

5

1

3 estudante

mesma

Clésia

1

41

3

13

0

1 esteticista

mesma

Pedro Henrique

0

11

3

5

1

3 estudante

mesma

Conceição

1

36

1

12

0

1 serviços gerais

mesma

Lucas

0

9

1

3

1

3 estudante

mesma

Ataíde

0

68

1/4/1937

3

0

0

1 lavrador

aposentado

Maria Emiliana

1

66

11/9/1939

2

8

0

2 do lar

aposentada

Ednéia

1

35

3/6/1971

3

8

1

1 Camareira

mesma

Taís

1

12

1/3/1995

3

5

1

3 estudante

estudante

Mateus

0

9

28/7/1997

3

2

1

5 estudante

estudante

Eliana

1

33

3

5

0

1 doméstica

mesma

Jenifer

1

13

24/10/1992

3

6

1

3 estudante

mesma

Bruno William

0

7

4/5/1998

3

1

1

3 estudante

mesma

Elza

1

1

1

13

0

1 auxiliar de escritório

artesã

Francisco

0

52

27/6/1952

3

20

0

2 TV Gazeta-CE

artesão

Vismar

0

13

3/6/1992

1

7

1

3 estudante

mesma

Linda

1

11

8/12/1994

1

4

1

3 estudante

mesma

Karla

1

7

10/1/1998

1

0,3

1

3 estudante

mesma

Mariana

1

5

21/11/2000

1

0,1

1

3 estudante

mesma

Enedir

0

36

3/3/1971

3

1

0

1 Pdreiro

Pedreiro

Maria de fátima

1

32

30/4/1974

3

5

0

2 Doméstica/diarista

Doméstica

Edgar

0

6

25/8/2000

3 pré

Eunice

1

Geraldo

0

44

Gilda

1

Carlos Henrique Poliana Cristina

9/2/1994

Serviços Gerais 3 Pomotor de vendas 11 Mestre de obras

Seviços Geais Instrutor de Moto-escola Tabalho em construção civil

1

3

3

8

0

1 Doméstica

mesma

31/8/1962

1

7

0

1 Vigilante

Porteiro

47

22/6/1958

3

8

0

2 Doméstica

Doméstica

0

18

set/88

3

13

0

3 Separador Bretas (depósito)

Separador

1

21

fev/86

3

13

0

3 Comerciante

Desempregada

arlos Augusto

0

18

2

11

1

Almira

1

48

3

13

0

1 auxiliar de enfermagem

desempregada

Hádano

0

21

15/11/1983

3

13

0

3 técnico em raio-x

promotor de empréstimos

Jeison

0

20

25/4/1985

3

13

0

3 atendente

mesma

Ivonete

1

37

16/5/1969

2

13

0

1 técnica em enfermagem

mesma

14 Separador Bretas (depósito)

(Bretas)

43


Roberto

0

39

28/7/1967

2

8

0

2 pedreiro refratário

mesma

Jéssica

1

Hiago

0

14

8/9/1992

2

8

1

3 estudante

mesma

7

30/8/1999

2

1

1

3 estudante

Izaque

0

22

mesma

8

0

1 recepcionista

mesma

Iana

1

23 ?

Jerri Adriano

0

32

Maria

1

Antônio Daiane

21/5/1984 4(?) 3(?)

13

0

2 baixa de cartão de crédito

mesma

2

6

0

3 borracheiro

mesma

55

2

0

2 dona de casa

mesma

0

56

2

0

1 borracheiro

mesma

1

15

2

8

3 -

-

Amanda

1

13

2

8

3 -

-

Tatiane

1

20

2

12

3 -

-

Henrique

0

10

2

3

3 -

-

Romildo

0

28

2

5

3 borracheiro

mesma

Kátia

1

25

2

13

3 faxineira

mesma

José Carlos

0

47

3

8

0

1 vigilante

porteiro

Maria de Fátima

1

36

1

5

0

2 doméstica

mesma

Graziane

1

12

21/10/1994

3

5

1

3 estudante

mesma

Márcio

0

41

29/6/1964

3

12

0

3 motorista

mesma

Irene

1

58

1

3

0

1 costureira

mesma

JoséLuciano

0

48

28/5/1957

1

4

0

11 cortador de calçados

desempregado

Terezinha

1

50

6/6/1955

1

4

0

11 faxineira

toma conta da mãe

Francisca

1

47

25/4/1958

1

3

0

11 não trabalha (tem desmaios)

-

Antônio

0

52

1/4/1954

1

6

0

11 cortador de calçados

desempregado

José Pereira

0

47

11/3/1958

3

1

0

1 servente

mesma

Nilma

1

48

11/4/1957

1

2

0

2 diarista

mesma

Josil

1

24

2

5

0

11 copeira

copeira

Márcia

1

25

2

5

0

11 faxineira

desempregada

Poliana

1

19

2

12

1

11 babá

babá

Paloma

1

17

2

8

1

11 estudante

estudante

Júlia

1

48

2

5

0

9 doméstica

doméstica

Vânia

1

49

2

0

13 Doméstica

Doméstica

Deivson

0

12

2

4

1

16 Estudante

Estudante

Marcos

0

26

22/3/1981

2

13

0

1 comprador

comprador

Carollina

1

20

11/5/1987

1

12

1

2 vendedora

desempregada

Marina

1

3

11/11/2003

1

0

0

8 -

-

Gabriel

0

3

11/11/2003

1

0

0

8 -

-

Leonisia

1

54

3

5

0

1 doméstica

mesma

30/12/1974

1

44


Rogério

0

54

5/2/1951

3

4

0

2 pedreiro

mesma

Bruno

0

26

5/12/1978

1

13

0

3 auxiliar de escritório

mesma

Juliana

1

19

30/3/1986

3

12

1

3 estudante

mesma

Lindaura

1

49

25/11/1957

2

5

0

1 serviços gerais

diarista e serviços gerais

Lucinda

1

44

1

4

0

1 diarista

mesma

Roberta

1

23

9/3/1982

1

13

1

3 estudante

mesma

Giovanni

0

22

24/7/1983

1

12

1

3 estudante

mesma

Luzia

1

53

8/6/1953

1

13

0

1 doméstica

mesma

Onofre

0

51

2/8/1956

1

4

0

2 mecânico de maq

aposentado (invalidez)

Rosalvo

0

20

24/8/1986

1

13

0

3 Pintor de carro

mesma

Maryangela

1

18

1/1/1988

1

11

1

3 estudante

mesma

Márcia

1

33

2/9/1973

2

6

0

2 salgadeira

mesma

Otevaldo

0

55

15/10/1951

3

1

0

1 carregador de explosivo

mesma

Carlos Magno

0

12

10/10/1994

2

5

1

3 -

estudante

João Vitor

0

6

1/3/2001

1

3

1

3 -

estudante

Margarida

1

56

18/10/1951

3

2

0

1 serviços gerais

limpeza

Rosemeire

1

23

31/8/1983

3

8

0

3 laboratório

mesma

Rosimara

1

20

23/10/1986

3

12

0

3 Vendedora

1

3 venda/negociação

estágio

26/5/1979

superior 1 incomp.

Alexandre

0

28

Margarida

1

44

1

2

0

1 doméstica

mesma

Sinval Lucas

0

20

12/6/1985

3

13

1

3 auxiliar financeiro

desempregado

Laurinete

1

16

1/1/1989

1

12

1

3 estudante

mesma

Ilacir

1

74

10/3/1935

1

0

0

9 aposentada

mesma

Maria Adélia

1

41

3

2

0

1 doméstica

mesma

José Dias

0

53

27/2/1952

3

5

0

2 pedreiro

mesma

Jerry Adriani

0

17

27/2/1988

3

11

1

3 estudante

mesma

Fernanda

1

15

6/3/1990

3

8

1

3 estudante

mesma

Maria Afra

1

46

3

2

0

1 doméstica

mesma

Adenilson

0

55

13/8/1950

3 -

2 servente de pedreiro

aposentado

Daniela

1

19

17/9/1986

3

7

0

3 balconista

mesma

Aline

1

16

26/1/1989

3

7

0

3 babá

mesma

Julio Cesar

0

11

17/10/1994

3

6

1

3 estudante

mesma

José Maria

0

9

21/7/1996

3

3

1

3 estudante

mesma

Maria Aparecida

1

54

29/12/1953

2

4

0

1 faxineira

do lar/ faxina

Eliana

1

29

7/10/1977

1

13

0

3 secretária

secretária

Ariana

1

22

7/7/1984

1

8

0

3

do lar

Tiago

0

8

2/4/1999

2

1

1

6

-

45


Robert

0

7

5/9/2000

1

0,3

1

6

Éder

0

Ederson

0

24

7/7/1982

1

6

0

3 loja de cosméticos

31

29/3/1976

2

4

0

Erica

1

3 Biscateiro/artesanato

autônomo

27

23/12/1980

2

8

0

3 Coladeira gráfica

mesma

Ítalo Maria Aparecida

0

6

20/1/2001

2

1

1

6

1

44

10/6/1963

3

3

0

1 aposentada

mesma

Gilberto

0

22

19/3/1985

3

1

3 estagiário

mesma

Deivison

0

19

12/4/1988

1

8

1

5 borracheiro

mesma

Wesle

0

21

22/6/1986

3

7

1

3

Jonattan

0

17

19/4/1990

3

1

1

3 estudante

Maria Aparecida

1

41

2/7/1965

3

13

0

1 cabelereira / serv gerais

mesma

Marcos Aurélio

0

42

23/8/1964

3

13

0

2 gerente de loja

mesma

Marcos Aurélio Júnior

0

20

1/8/1986

3

13

0

3 operador de carga

mesma

Edilene

1

18

3

12

1

4 doméstica

mesma

Marcel

0

14

15/5/1992

3

8

1

3

Marina Agnes

1

11

19/2/1996

3

5

1

3

Maria

1

55

3

4

0

2 Doméstica

Jordania

1

17

24/4/1989

3

13

0

3 Manicure

george

0

45

3/7/2007

3

4

0

1 Mecânico

Mecânico

Maria das Dores

1

39

3

4

0

1 doméstica

desempregada

Maria Lúcia

1

78

1/1/1928

9 pensionista

mesma

Adriano

0

17

13/11/1987

3

11

0

3

desempregado

Patrícia

1

12

30/5/1993

1

6

1

3 estudante

mesma

Mateus Vitor

0

6

14/2/1999

3

0,3

1

3 estudante

mesma

Paola Aparecida

1

2

2/8/2003

3 -

-

Maria

1

56

Adriana

1

17

26/7/1988

Antonio

0

59

17/12/1945

Antonio

0

41

22/8/1964

3

Maria Edna

1

27

29/5/1978

Igor

0

8

Erick

0

1

Maria Noeme

1

52

22/10/1954

3

Vanei

0

29

31/5/1976

Silvana

1

25

2/11/1982

Maria da Consolação

1

39

Adalton

0

36

3 -

-

1 -

-

faxina e limpeza

3

4

0

1 doméstica

mesma

2

12

1

3 estudante e auxiliar de escritório

mesma

0

2

faz bicos

4

0

1 lanterneiro

mesma

3

6

0

2 dona de casa

mesma

1/5/1997

3

2

1

3 estudante

mesma

1/2/2004

3 -

0

3 -

-

5

1

1 auxiliar de serviços gerais

mesma

3

13

0

11 pedreiro

desmpregado

3

13

0

11 auxiliar de serviços gerais

vendedor de cosméticos

3

8

0

2 auxiliar de produção

dona de casa

1

8

0

1 vigilante

afastado por acidente

31/3/1971

2 -

46


Camila

1

13

12/2/1993

1

5

1

3 estudante

mesma

Adalton Filho Marlene

0

9

16/7/1996

3

2

1

3 estudante

mesma

1

55

3

4

0

1 costureira

mesma

Priscila

1

12

6/5/1993

3

6

1

3 estudante

mesma

Marta

1

47

21/4/1959

3

5

0

1 pensionista

dona de casa

Renato

0

24

30/1/1982

1

8

0

3 motorista

desempregado

Graziele

1

27

14/4/1979

3

12

1

3 promotora de vendas

desempregado

Daniel

0

21

26/3/1986

3

5

0

3 n/a

Fábio

0

32

16/ago

3

0

4 porteiro

Marcos

0

9

15/9/1997

3

4

1

6

Murilo

0 0,166666667

5/2/2007

1

Maria

1

77

15/3/1928

1

2

0

9

aposentada

Maria Aparecida

1

42

1

8

0

1 costureira

mesma

Neriston

0

18

16/1/1987

1

12

1

3 estudante e costureiro

mesma

Ewerton

0

16

1/2/1989

1

11

1

3 estudante e costureiro

mesma

Emerson

0

15

15/4/1990

1

8

1

3 estudante e costureiro

mesma

Daniel

0

9

15/2/1996

1

3

1

3 estudante

mesma

Giovanni

0

5

19/6/2000

1

0,2

5

3 estudante

mesma

Camila

1

2

7/5/2003

3

0

0

3 -

-

Noemi

1

41

2

4

0

1 doméstica

mesma

Marconi

0

17

3

12

1

3 repositor

estudante

Norma

1

49

3

12

0

1 monitora em creche

aposentada

José

0

54

13/4/1951

3

6

0

2 pedreiro

serralheiro

Wanderson

0

13

1/8/1993

3

6

1

3 estudante

mesma

Weliton

0

11

10/6/1994

3

5

1

3 estudante

mesma

Aline

1

8

1/11/1997

3

1

1

3 estudante

mesma

Pedro

0

49

3

6

1

1 operador de empilhadeira

mesma

Rita

1

30

28/2/1975

1

13

0

2 telemarketing

mesma

Lucas

0

12

27/8/1993

3

6

1

3 estudante

mesma

Helen

1

7

1

2

1

3 estudante

mesma

Lorena

1

6

3

1

1

3 estudante

mesma

Rogério

0

33

23/3/1974

2

13

0

3 auxiliar de logística

mesma

Adulsa Maria

1

67

27/2/1939

1

8

0

9 funcionária pública

aposentada

Martins

0

66

16/7/1940

1

8

0

9 conferente

aposentado

Ronilda

1

44

4/5/1963

1

6

0

1 serviços gerais

ajudante de cozinha

Sara

1

20

25/7/1986

3

8

0

3 garçonete

desempregada

Lara

1

2

19/6/2005

3

26/11/1988

Porteiro

6

6

47


Nilda

1

65

8/5/1942

1

4

0

9 aposentada

aposentada

Rosangela

1

38

Marcos

0

41

31/5/1964

2

7

0

2 do lar

bordar

2

4

0

1 oficial de manutenção

Marcos Jr.

0

14

trabalha em hospital

17/8/1991

2

8

1

3 estudante

mesma

Dayane

1

13

29/10/1992

2

8

1

3 estudante

bordado

Roseli

2

1

1 dona de casa

mesma

Alzonia

2

1

10

Vitor

1

1

10

Julio Cesar

1

1

2

Jonatan

3

0

7

Walter

3

0

7

Julie

1

0

7

Rosemira

1

40

3

4

0

Luana

1

15

1 serviços gerais

mesma

18/7/1989

3

11

1

3 estudante

mesma

Adilson

0

Rosilaine

1

30

10/10/1975

3

3

0

2 isolador

mesma

30

19/8/1974

2

13

0

2 -

Gleison

0

32 193/1973

desempregada

1

13

0

1

aposentado

Mateus

0

9

14/11/1995

Gabriel

0

6

20/5/1999

1

3

1

3 estudante

mesma

1

0,2

1

3 estudante

Ane

1

3

21/10/2002

mesma

1

0

1

3 estudante

mesma

Sebastiana

1

61

Valéria

1

17

3

0

0

1 doméstica

vendedora e babá

3

7

1

6 estudante

Ivo Camilo

0

50

estagiária (comunicação)

2

0

0

15 carpinteiro

vigia

Vanessa

1

18

Solange

1

38

14/9/1968

3

13

0 0

15 manicure 1 Aux. Contábil

mesma recepcionista

Givaldo

0

34

21/10/1971

1

6

0

2 Caminhoneiro

motorista

william

0

12

14/4/1994

3

6

1

3

estudante

wendel

0

14

9/6/1995

3

4

1

3

estudante

Teresa

1

54

2

13

0

1 cozinheira

mesma

Daniel

0

21

1

3 estudante

faz bicos

Terezinha

1

34

3

4

0

1 doméstica

mesma

Eduardo

0

29

3

3

0

2 ajudante de bate-estaca

mesma

Fernanda

1

9

23/4/1996

3

1

1

3 estudante

mesma

Renan

0

7

24/8/1999

3

0,3

1

3 estudante

mesma

Tilda

1

46

15/10/1960

1

8

0

1 serviços gerais

mesma

Átila

0

19

4/9/1988

3

13

1

3 estudante

mesma

Michele

1

27

11/4/1980

3

13

0

3 caixa

secretária/recepcionista

15/2/1989

1

20/11/1983

2

48


Alexander

0

30

28/4/1977

1

13

0

4 comtador técnico

mesma

Valdinei

0

23

28/8/1983

2

13

0

1 Técnico em agro indústria

balconista

Josimara

1

24

4/2/1983

3

13

0

2 do lar

mesma

Áurea

1

49

14/5/1957

2

8

0

10 costureira

mesma

Vilma

1

51

1

2

0

1 doméstica

mesma

Fábio

0

23

16/7/1982

1

12

0

3 professor de tênis

mesma

Webert

0

27

28/2/1980

3

8

0

1 balconista

balconista/garçom

Cleonice

1

31

24/12/1975

3

13

0

2 camareira

mesma

Daneile

1

13

24/9/1994

3

6

1

3

estudante

Chefe da família

MEMBROS DA UNIDADE FAMILIAR NOME

Local de Trabalho

Renda Mensal

Carteira Assinada

Residirá no RSV

-

não

sim

Cidade Nova

540 não

sim

Tirol

250 sim

sim

Roseni

-

Ademir Tandara Tamara

-

Adonéia

vários

Joice

Barreiro de Baixo

João Batista

sob demanda

630 não -

400 não

Família da Amiga

sim sim sim sim

-

Jarbas

Estoril

Yuri

-

392 sim -

Alessandra

sim

-

sim

-

sim

Amintas

palmeiras

700 sim

sim

Antônio

buritis

500 sim

sim

Flora

-

sim

José vilson

salgado Filho

650 sim

sim

Jorge Eustáquio

Cidade Jardim

700 sim

sim

Cauã

-

Ana Paula

Prado

525 sim

sim

Antonia

Palmeiras

600 não

sim

Maria das Dores

-

300 -

sim

-

-

sim

49


Rodrigo

Buritis e Betim

500 -

sim

Ronan

Palmeiras

Luiz Roberto

sob demanda

-

-

sim

variável

não

Antônio

sim

Barreiro

960 sim

sim

Rosângela

Prado

380 sim

sim

Taynah Alice

-

sim

350 -

sim

Aparecida

Califórnia

460 sim

sim

José Antônio

São João Batista

700 sim

sim

Bruna Rafaela

Nova Glória

180 não

sim

Arlete

Betania

600 não

sim

Alexandro

Santo Antonio

300 sim

sim

José Oliveira

Betania

250 não

sim

Bernadete

Ermelinda

420 sim

sim

Carlos

Venda Nova

Ademostro

BH

Célio

Acuruí

Rodrigo

-

-

-

sim

Vitor

-

-

-

sim

Clésia

vários

Pedro Henrique

-

sim não

300 sim

sim

600 não -

Conceição Lucas

600 não 1000 sim

360 sim

sim sim

-

sim

Ataíde

380 -

sim

Maria Emiliana

380 -

sim

780 sim

sim

Ednéia

-

sim

Floresta

Taís

-

sim

Mateus

-

sim

Eliana

Anchieta

674 sim

Jenifer

Santa Luzia

-

sim

Bruno William

Santa Luzia

-

Elza

em casa

700 não

sim

Francisco

em casa

400 não

sim

Vismar

Salgado Filho

-

-

sim

Linda

Betânia

-

-

sim

Karla

Betânia

-

-

sim

Mariana

Betânia

-

-

sim

-

sim

-

sim

50


Enedir

BH

600 sim

sim

Maria de fátima

Palmeiras

300 não

sim

Edgar

-

sim

Eunice

Nova Suiça

560 sim

sim

Geraldo

Bonfin

530 sim

sim

Gilda

Conjunto Celso Machado

350 sim

sim

Carlos Henrique

Ressaca

350 sim

sim

não

sim

arlos Augusto

Ressaca

350 sim

sim

Almira

-

340 não

sim

Hádano

Centro

500 não

sim

Jeison

Kennedy

500 sim

não

Ivonete

Sion

550 sim

sim

Roberto

Volta Redonda-RJ

300 não

sim

Jéssica

-

-

-

sim

Hiago

-

-

-

sim

Izaque

Barro preto

450 sim

sim

Iana

Barro Preto

380 sim

sim

Jerri Adriano

Betania

597 sim

sim

Maria

em casa

Antônio

Betania

Daiane

-

-

-

não

Amanda

-

-

-

não

Tatiane

-

-

-

não

Henrique

-

-

-

não

Romildo

Eldorado

não sabe

sim

não

Kátia

Cardoso

não sabe

não

não

José Carlos

Barreiro

700 sim

sim

Maria de Fátima

Jardim América

300 sim

sim

Graziane

Salgado Filho

Márcio

Trans Nazaré - Mannesman

600 sim

não

Irene

em casa

300 não

sim

JoséLuciano

-

-

-

sim

Terezinha

em casa

-

-

sim

Francisca

-

-

-

sim

Antônio

-

-

-

sim

José Pereira

Buritis

Poliana Cristina

-

633 sim

-

-

336 sim

não não

sim

sim

51


Nilma

Palmeiras

300 não

sim

Josil

centro

380 sim

sim

não

sim

Prado

380 sim

sim

não

sim

Júlia

Pe Eustáqui

380 sim

sim

Vânia

Prado

380 sim

não

não

não

Floresta

800 sim

sim

não

sim

Márcia Poliana Paloma

Deivson Marcos Carollina Marina

-

-

-

sim

Gabriel

-

-

não

sim

Leonisia

Nova Suiça

300 não

sim

Rogério

sob demanda

300 não

sim

450 sim

sim

Bruno Juliana

-

Lindaura

Jaraguá

Lucinda

vários

-

sim

640 sim

sim

750 não

sim

Roberta

-

-

sim

Giovanni

-

-

sim

Luzia

Barreiro

350 sim

sim

350 -

sim

Eldorado

525 sim

sim

Márcia

Nazaré(em casa)

380 não

sim

Otevaldo

Sabará

750 sim

sim

Carlos Magno

-

-

-

sim

João Vitor

-

-

-

sim

Margarida

Betânia

430 sim

sim

Rosemeire

Santa Efigênia

430 sim

sim

Rosimara

Barro preto

350 não

sim

Alexandre

Santa Efigênia

300 não

sim

Margarida

Serra

600 sim

sim

Sinval Lucas

-

-

-

sim

Laurinete

-

-

-

sim

Ilacir

-

600 -

sim

Maria Adélia

Betania

653 sim

sim

Onofre Rosalvo Maryangela

-

sim

52


José Dias

Belvedere

600 sim

Jerry Adriani

-

-

-

sim

Fernanda

-

-

-

sim

Maria Afra

Betânia

417 sim

sim

Adenilson

-

300 não

sim

Daniela

Conjunto Bonsucesso

100 não

sim

Aline

Conjunto Bonsucesso

-

-

sim

Julio Cesar

-

-

-

sim

José Maria

-

-

-

sim

Maria Aparecida

Santo André

787 não

sim

Eliana

Centro

350 sim

sim

120 não

sim

Ariana

não

Tiago

-

sim

Robert

-

sim

Éder

Centro

Ederson Erica

Sagrada Família

350 sim

sim

350 não

sim

350 sim

não

Ítalo

-

não

Maria Aparecida

380

sim

Gilberto

380 sim

sim

380 sim

sim

Deivison

Milhonários

Wesle Jonattan

-

sim

200 -

sim

Maria Aparecida

aeroporto/casa

600 sim

sim

Marcos Aurélio

caiçara

600 sim

sim

Marcos Aurélio Júnior

liberdade

630 sim

sim

Edilene

santa Rosa

200 não

sim

Marcel

-

sim

Marina Agnes

-

sim

Maria

Betânia, nova suíça, palmeias

500 não

sim

Jordania

Casa

george

Prado

não

sim

500 sim

Maria das Dores

-

300 -

sim sim

Maria Lúcia

-

300 -

não

Adriano

-

-

-

sim

Patrícia

-

-

-

sim

Mateus Vitor

-

-

-

sim

53


Paola Aparecida

-

-

Maria

Sion

560 sim

sim

Adriana

Vista Alegre

150 não

sim

Antonio

-

380 -

sim

Antonio

Floramar

480 não

sim

Maria Edna

-

-

-

sim

Igor

-

-

-

sim

Erick

-

-

-

sim

Maria Noeme

Betania

Vanei

-

Silvana

Betania

Maria da Consolação

-

Adalton

-

Camila

Cidade Jardim

-

Adalton Filho

Cidade Jardim

-

Marlene

em casa

Priscila

-

420 sim -

viajando

Daniel Funcionários B.H.

Marcos Murilo

sim sim sim sim

-

sim

-

sim

600 não

Graziele Fábio

1143 sim

-

sim

sim 150 não

-

Marta Renato

-

-

sim sim

940 não

sim

não

sim

não

sim

não

sim

sim

sim

não

sim

não

Maria

-

-

Maria Aparecida

casa e galpão

1190 não

sim

Neriston

casa e galpão

não

sim

Ewerton

casa e galpão

não

sim

Emerson

casa e galpão

não

sim

Daniel

-

-

-

sim

Giovanni

-

-

-

sim

Camila

-

-

-

sim

Noemi

Sion

600 sim

sim

Marconi

Riacho

300 sim

sim

Norma

-

700 -

sim

José

Arão Reis

600 não

sim

Wanderson

1º de Maio

-

-

-

não

sim

54


Weliton

1º de Maio

-

-

sim

Aline

1º de Maio

-

Pedro

São Francisco

700 sim

-

sim sim

Rita

São João Batista

560 sim

sim

Lucas

-

-

sim

Helen

-

-

sim

Lorena

-

-

sim

Rogério

riacho das pedras

800 sim

Adulsa Maria

-

600 não

Martins

-

600 não

Ronilda

lourdes

600 sim

sim

sim

Sara

-

sim

Lara

-

sim

Nilda

380 -

não

Rosangela

em casa

170 não

sim

Marcos

Santo Agostinho

700 sim

sim

Marcos Jr.

-

-

sim

Dayane

-

-

-

sim

Roseli

residência

-

-

sim

Alzonia

-

não

Vitor

-

não

Julio Cesar

-

sim

Jonatan

-

não

Walter

-

não

Julie

-

não

Rosemira

Pampulha

Luana

B. Novo das Indústrias

Adilson

Barreiro

Rosilaine Gleison

300 sim -

-

sim sim

470 sim

sim

-

0 não

sim

-

1200 não

sim

Mateus

-

-

sim

Gabriel

-

-

sim

Ane

-

-

sim

Sebastiana

casa

Valéria

Mário Werneck

400 não

sim

80 não

Ivo Camilo

sim

Buritis

300 não

sim

Vanessa

Buritis

360 não

não

55


Solange

Tirol

700 sim

sim

Givaldo

Tirol

500 não

sim

william

-

sim

wendel

-

sim

Teresa

Santa Luzia

450 sim

sim

Daniel

Nova Gameleira

200 não

sim

Terezinha

Palmeiras

470 sim

sim

Eduardo

Palmeiras

450 não

sim

Fernanda

Palmeiras

-

-

sim

Renan

Palmeiras

-

-

sim

Tilda

Carlos Prates

Átila

Barreiro

Michele

Barro preto

Alexander

Carlos Prates

Valdinei

Salgado Filho

850 sim não sabe

Josimara

sim sim

600 sim

sim

sim

sim

421 sim

sim

-

sim

não

sim

Áurea

Salgado Filho

Vilma

Gutierrez

450 sim

sim

Fábio

Olhos d'água

450 sim

sim

Webert

B. das Indústrias

500 sim

sim

Cleonice

Centro

400 sim

sim

Daneile

-

-

-

sim

Chefe da família

56


Anexo B.3 – Mercado de Trabalho MERCADO DE TRABALHO (chefe de família) Tempo na ocupação

Titular

Responsável

Profissão

Adnaldo Salvador de Souza

Ademir

estofador

mesma

Adonéia Júlia de Deus

Adonéia

diarista

diarista

Alessandra Pereira da Silva

Jarbas

operador de caixa

operador de caixa

Amintas Alves dos Santos

Amintas

Marceneiro

Marceneiro

7

Ana Paula Alves Januário

Jorge

auxiliar de serviços gerais

mesma

7

Antonia de Souza Cruz Leite

Antonia

doméstica

doméstica

8

Antônio Marcelo Lage Diniz

Antônio

Eletricista

Eletricista

22

Aparecida das Neves Silva

José Antonio

almoxarife

mesma

22

Arlete Reis de Souza

Arlete

autônoma

cabeleireira, auxiliar de salão e vendedora

1,5

Bernadete Aparecida Marçal

Carlos

Promotor de vendas

Instrutor de moto-escola

Célio Ribeiro Pires Junior

Célio

caseiro

caseiro

2

Cléria Marta da Silva

Clésia

esteticista

autônoma

4

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Conceição

auxiliar de serviços gerais

auxiliar de serviços gerais

3

Edmilson de Souza

Ataíde

lavrador

aposentado

Ednéia Moura Martins

edneia

camareira

camareira/ trabalha em salão

Eliana Aparecida de Sousa

Eliana

doméstica

doméstica

Elza Elizabeth Batista

Elza

auxiliar de escritório

artesã

Enedir Soares Amaral

Enedir

Pedreiro

pedreiro

Eunice Lopes Martins

Eunice

doméstica

doméstica, copeira

24

Geraldo Carlos Alves Pereira

Geraldo

Vigilante

Porteiro

23

Hadano Soares Barbosa

Hádano

técnico de raio-x

promotor de empréstimos

Ivonete Marques Franco

Ivonete

Técnico de enfermagem

mesma

10

Izaque Alves Pamplona

Izaque

recepcionista

mesma

4

Jerri Adriano Cardoso Sá

Jerri Adriano

borracheiro

mesma

20

José Carlos dos Santos

José Carlos

vigilante

porteiro

José Luciano Fonseca

Irene

costureira

costureira

20

José Pereira da Costa

José Pereira

servente

servente

10

Ocupação Atual

10 12 0,67

0,16

4 4 16 9

1

4

Josil Martins do Nascimento

Julia

Doméstica

Doméstica

3

Leonardo Pádua Diniz

Marcos

comprador

comprador

1

Leonisia Simões Pereira

Rogério

pedreiro

pedreiro

5

Lindaura Lopes dos Santos

Lindaura

serviços gerais

serviços gerais e diarista

3

57


Lucinda Maria de Jesus

Lucinda

faxineira

diarista

10

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Luzia

doméstica

doméstica

10

Márcia Alves Flor

Otevaldo

carregador de explosivos

mesma

25

Margarida Maria Ferreira

Margarida

serviços gerais

limpeza

8

Margarida Rodrigues de Oliveira

Margarida

doméstica

doméstica

10

Maria Adélia Alves

Maria Adélia

doméstica

doméstica

15

Maria Afra Ramos da Silva

Maria Afra

doméstica

doméstica

5

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Maria aparecida

Faxineira/ trab c/ pintura/ babá

faxina/ pintura

Maria Aparecida Luzia

Maria parecida

aposentada

aposentada (agente comunitário)

Maria Aparecida Martins Rocha

Maria Aparecida

Cabelereira / Srv gerais

mesma

Maria da Conceição Teodoo

Maria

doméstica

Doméstica

10

Maria das Dores Machado

Maria Lúcia

pensionista

pensionista

15

Maria das Graças Lopes

Maria

doméstica

doméstica

13

Maria Edna Conceição da Silva

Antonio

lanterneiro

lanterneiro

Maria Noeme Marques Figueiredo

Maria Noeme

auxiliar de serviços gerais

mesma

Marisa Antunes da Silva

Adalton

vigilante

afastado por acidente

Marlene Gomes de Freitas

Marlene

costureira

costureira

Marta Pereira de Souza

Marta

Atendente odontológica

desempregada

Neiriston Alexandre Santana

Maria Aparecida

costureira

costureira

12

Noemi Oliveira da Costa

Noemi

doméstica

doméstica

25

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Norma

monitora de creche

aposentada (agente comunitário)

7

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Pedro

serviços gerais

empilhadeira

4

Rogério Martins Gomes da Costa

Rogério

auxiliar de logística

mesma

2

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Ronilda

serviços gerais

ajudante de cozinha

Rosangela Fátima Moreira

Marcos Antonio

oficial de manutenção

serviços gerais de ajuste

Roseli Fernandes Onofre

Julio Cesar

servente de pedreiro

servente de pedreiro

Rosemira Maria de Souza

Adilson

isolador

isolador

2

Rosilaine Salvador Souza

Gleison

aposentado

4

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sebastiana

doméstica

vendedora de Avon, roupas íntimas/babá

3

Solange Aparecida de Carvalho

Solange

Aux. Contábil

recepcionista

Teresa da Costa Reis

Teresa

cozinheira

cozinheira

20

Terezinha Ribeiro Ferreira

Terezinha

doméstica

doméstica

10

Tilda Siqueira Martins

Tilda

serviços gerais, vendedora, cuidadora de idosos

servicos gerais

Valdinei Ferreira Gonçálves

Valdinei

balconista

mesma

1

Vilma de Souza Carvalho

Vilma

doméstica

mesma

15

Webert Lopes Nascimento

Webert

balconista

balconista/garçom

11

10 2,33

6 ? 3 25 2

9 18 0,08

4

4

58


MERCADO DE TRABALHO (chefe de família) Tempo Carteira de Carteira Carteira assinada assinada assinada atualmente

Titular

Responsável

Adnaldo Salvador de Souza

Ademir

mesma

1

1

0

Adonéia Júlia de Deus

Adonéia

-

1

5

0

Alessandra Pereira da Silva

Jarbas

atendente de restaurante

1

1,5

1

Amintas Alves dos Santos

Amintas

mesma

1

8,5

1

Ana Paula Alves Januário

Jorge

mesma

1

8

1

Antonia de Souza Cruz Leite

Antonia

-

0 -

Antônio Marcelo Lage Diniz

Antônio

Eletricista

1

20

1

Aparecida das Neves Silva

José Antonio

-

1

27

1

Arlete Reis de Souza

Arlete

embaladora, auxiliar de serv. Gerais

1

12

0

Bernadete Aparecida Marçal

Carlos

Pomotor de vendas/ corte de luz - CEMIG

1

10

0

Célio Ribeiro Pires Junior

Célio

-

1

15

1

Cléria Marta da Silva

Clésia

-

1

5

0

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Conceição

-

1

10

1

Edmilson de Souza

Ataíde

Ednéia Moura Martins

edneia

1

15

1

Eliana Aparecida de Sousa

Eliana

-

1

9

1

Elza Elizabeth Batista

Elza

-

1

15

0

Enedir Soares Amaral

Enedir

Pedreiro

1

9

1

Eunice Lopes Martins

Eunice

-

1

10

1

Geraldo Carlos Alves Pereira

Geraldo

1

23

Hadano Soares Barbosa

Hádano

atendente, estagiário

0 -

Ivonete Marques Franco

Ivonete

mesma

1

10

1

Izaque Alves Pamplona

Izaque

mesma

1

4

1

Jerri Adriano Cardoso Sá

Jerri Adriano

mesma

1

7

1

José Carlos dos Santos

José Carlos

-

1

9

1

José Luciano Fonseca

Irene

-

1

15

0

José Pereira da Costa

José Pereira

-

1

20

1

10

1

Ocupação nos últimos 2 anos

0

1

1 -

Josil Martins do Nascimento

Julia

Limpeza/ conservadora

1

Leonardo Pádua Diniz

Marcos

Vendedor

1

1

Leonisia Simões Pereira

Rogério

-

1

0

Lindaura Lopes dos Santos

Lindaura

-

1

Lucinda Maria de Jesus

Lucinda

-

1

0

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Luzia

1

1

16

1

59


Márcia Alves Flor

Otevaldo

-

1

30

1

Margarida Maria Ferreira

Margarida

-

1

33

1

Margarida Rodrigues de Oliveira

Margarida

-

1

11

1

Maria Adélia Alves

Maria Adélia

-

1

15

1

Maria Afra Ramos da Silva

Maria Afra

-

1

20

1

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Maria aparecida

mesmas

0

Maria Aparecida Luzia

Maria parecida

mesma

1

5

0

Maria Aparecida Martins Rocha

Maria Aparecida

1

2,33

1

Maria da Conceição Teodoo

Maria

0

Maria das Dores Machado

Maria Lúcia

-

0 -

Maria das Graças Lopes

Maria

-

1

Maria Edna Conceição da Silva

Antonio

-

1

Maria Noeme Marques Figueiredo

Maria Noeme

lavadeira, passadeira, costureira, vendedora de roupas e cosméticos

1

6

1

Marisa Antunes da Silva

Adalton

-

1

16

1

Marlene Gomes de Freitas

Marlene

-

0 -

Marta Pereira de Souza

Marta

Desempregada

1

13

0

Neiriston Alexandre Santana

Maria Aparecida

-

1

0,5

0

Noemi Oliveira da Costa

Noemi

-

1

25

1

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Norma

-

1

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Pedro

ajudante (outra empresa)

1

Rogério Martins Gomes da Costa

Rogério

mesma e estoquista

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Ronilda

Rosangela Fátima Moreira

Marcos Antonio

Roseli Fernandes Onofre Rosemira Maria de Souza

0 35

1 0

0

5 21

1

1

8

1

1

17

1

-

1

17

1

Julio Cesar

atual e desempregado

1

Adilson

-

1

Rosilaine Salvador Souza

Gleison

-

1

9 -

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sebastiana

doméstica

1

9

Solange Aparecida de Carvalho

Solange

Teresa da Costa Reis

Teresa

-

Terezinha Ribeiro Ferreira

Terezinha

-

Tilda Siqueira Martins

Tilda

Valdinei Ferreira Gonçálves

Valdinei

Vilma de Souza Carvalho

Vilma

Webert Lopes Nascimento

Webert

1

1 10

1

1 0 1

1

20

1

1

17

1

1

6

1

1

4

1

-

1

25

1

operador de máquinas e auxiliar de produção

1

5

1

1

60


MERCADO DE TRABALHO (chefe de família)

Fonte de renda

Titular

Responsável

salário

aluguel

empr própr

aposentad

pensão

outras

Valor

Adnaldo Salvador de Souza

Ademir

1

540

Adonéia Júlia de Deus

Adonéia

1

630

Alessandra Pereira da Silva

Jarbas

1

392

Amintas Alves dos Santos

Amintas

1

700

Ana Paula Alves Januário

Jorge

1

Antonia de Souza Cruz Leite

Antonia

1

Antônio Marcelo Lage Diniz

Antônio

1

Aparecida das Neves Silva

José Antonio

1

Arlete Reis de Souza

Arlete

Bernadete Aparecida Marçal

Carlos

1

Célio Ribeiro Pires Junior

Célio

1

Cléria Marta da Silva

Clésia

1

1

829

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Conceição

1

1

650

Edmilson de Souza

Ataíde

Ednéia Moura Martins

edneia

1

Eliana Aparecida de Sousa

Eliana

1

Elza Elizabeth Batista

Elza

Enedir Soares Amaral

Enedir

1

Eunice Lopes Martins

Eunice

1

Geraldo Carlos Alves Pereira

Geraldo

1

Hadano Soares Barbosa

Hádano

1

Ivonete Marques Franco

Ivonete

1

Izaque Alves Pamplona

Izaque

1

Jerri Adriano Cardoso Sá

Jerri Adriano

1

1

1397

José Carlos dos Santos

José Carlos

1

1

702

José Luciano Fonseca

Irene

José Pereira da Costa

José Pereira

1

336

Josil Martins do Nascimento

Julia

1

380

Leonardo Pádua Diniz

Marcos

1

800

Leonisia Simões Pereira

Rogério

1

Lindaura Lopes dos Santos

Lindaura

1

Lucinda Maria de Jesus

Lucinda

1

750

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Luzia

1

350

700 1

300 960 700

1

600 600 300

1

380 1 1

1

780 674

1

795

1 ( bolsa familia)

615

1

230 530 1

500 550 450

1

300

300 1

640

61


Márcia Alves Flor

Otevaldo

1

Margarida Maria Ferreira

Margarida

430

750

750

Margarida Rodrigues de Oliveira

Margarida

1

Maria Adélia Alves

Maria Adélia

1

Maria Afra Ramos da Silva

Maria Afra

1

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Maria aparecida

1

Maria Aparecida Luzia

Maria parecida

Maria Aparecida Martins Rocha

Maria Aparecida

1

Maria da Conceição Teodoo

Maria

1

Maria das Dores Machado

Maria Lúcia

Maria das Graças Lopes

Maria

1

Maria Edna Conceição da Silva

Antonio

1

Maria Noeme Marques Figueiredo

Maria Noeme

1

Marisa Antunes da Silva

Adalton

Marlene Gomes de Freitas

Marlene

Marta Pereira de Souza

Marta

Neiriston Alexandre Santana

Maria Aparecida

Noemi Oliveira da Costa

Noemi

1

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Norma

1

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Pedro

1

Rogério Martins Gomes da Costa

Rogério

600

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Ronilda

1

600

Rosangela Fátima Moreira

Marcos Antonio

1

700

Roseli Fernandes Onofre

Julio Cesar

1

215

Rosemira Maria de Souza

Adilson

1

Rosilaine Salvador Souza

Gleison

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sebastiana

Solange Aparecida de Carvalho

Solange

1

700

Teresa da Costa Reis

Teresa

1

450

Terezinha Ribeiro Ferreira

Terezinha

1

Tilda Siqueira Martins

Tilda

1

Valdinei Ferreira Gonçálves

Valdinei

1

415

Vilma de Souza Carvalho

Vilma

1

450

Webert Lopes Nascimento

Webert

1

500

430 600 1

1

653

1

417

1

787

1

380

1

1

944 500

1

300 560 480 1

770

1

1143

1

600 1

1

940

1

1190 600

1

730 700 1 - motorista

800

470 1

1200 1

1

430

470 1

850

62


Anexo B.4- Qualidade de vida familiar QUALIDADE DE VIDA FAMILIAR

TIPO DE MORADIA

TITULAR CASA Adnaldo Salvador de Souza

1

Adonéia Júlia de Deus

1

BARRACO

Amintas Alves dos Santos

CÔMODO

OUTRO

PRÓPRIA

ALUGADA

CUSTO

1

350

1

1

160

1

1

230

1

Antonia de Souza Cruz Leite Antônio Marcelo Lage Diniz

APTO

CEDIDA

1 1

1

1

1

Aparecida das Neves Silva

1

1

Arlete Reis de Souza

1

1

Bernadete Aparecida Marçal

1

1

Célio Ribeiro Pires Junior

1

Cléria Marta da Silva 1

150

1

250

1 1

1 1

1

Eunice Lopes Martins

1

Geraldo Carlos Alves Pereira

1

Hadano Soares Barbosa

1

130

1

160

1

260

1

Ivonete Marques Franco

1

1

Izaque Alves Pamplona

1 1

1

1

215

1

José Carlos dos Santos

1

1

1

José Pereira da Costa

1 1

Josil Martins do Nascimento

1

Leonardo Pádua Diniz

1

Leonisia Simões Pereira

1

com pagto.

1

Elza Elizabeth Batista

José Luciano Fonseca

1

1

Eliana Aparecida de Sousa

Jerri Adriano Cardoso Sá

1

1

Ednéia Moura Martins

Enedir Soares Amaral

1 1

Conceição das Dores Rodrigues Miranda Edmilson de Souza

OUTRA

1

Alessandra Pereira da Silva Ana Paula Alves Januário

BARRACÃO

g. COMO MORA ATUALMENTE

1

120 1 com a mae

1

250

63


Lindaura Lopes dos Santos

1

Lucinda Maria de Jesus

1

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

1

Márcia Alves Flor

1 1

1

170

1

180

1

150

1

240

1

130

1

350

1

300

1

130

1

150

1

1

1

Maria Aparecida Luzia

1

Maria Aparecida Martins Rocha

1

Maria da Conceição Teodoo

1

Maria das Dores Machado

1

Maria das Graças Lopes

1

1

Maria Edna Conceição da Silva

1

Maria Noeme Marques Figueiredo

1

1

1

1

Marlene Gomes de Freitas

1

Marta Pereira de Souza

1

Neiriston Alexandre Santana

1

Noemi Oliveira da Costa

1 1

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

1

Rogério Martins Gomes da Costa

1

Ronilda Lopes de Aquino Freire

1

1

170

1

180 1

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

1

150

1

130 1 com os pais

1

Rosangela Fátima Moreira Roseli Fernandes Onofre

234

1

1

Maria Afra Ramos da Silva

Marisa Antunes da Silva

1

1

Maria Adélia Alves Maria Aparecida de Freitas Lessa

160

1

Margarida Maria Ferreira Margarida Rodrigues de Oliveira

1

1

1

1

Rosemira Maria de Souza

1 1

1

180

Rosilaine Salvador Souza

1

1

180

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

1

1

190

Solange Aparecida de Carvalho

1

Teresa da Costa Reis

1

1

Terezinha Ribeiro Ferreira

1

1

Tilda Siqueira Martins Valdinei Ferreira Gonçálves Vilma de Souza Carvalho Webert Lopes Nascimento

1 185

1

1

1

1 1 1

1

150

1

195

64


QUALIDADE DE VIDA FAMILIAR e. QUANTO TEMPO MORA NA CASA ATUAL

f. EM QUANTAS CASAS MOROU (ULT. 5 ANOS)

Adnaldo Salvador de Souza

0,0192308

7

2

1

Adonéia Júlia de Deus

14

-

14

0

Alessandra Pereira da Silva

0,8

4

0,8

0

Amintas Alves dos Santos

5

1

5

Ana Paula Alves Januário

4

2

Antonia de Souza Cruz Leite

15

-

Antônio Marcelo Lage Diniz

30

Aparecida das Neves Silva Arlete Reis de Souza

TITULAR

QUANTO TEMPO NO BAIRRO

i. h. POSSUI PRETENDE CARRO POSSUIR

ÁGUA

LUZ

TELEFONE

GÁS

n. DEFICIÊNCIA FÍSICA, LOCOMOÇÃO OU MEDICAMENTO CONTROLADO

35

70

-

1,5

problema no joelho

1

46

60

60

1

1

1

21

15

-

2

0

0

1

50

40

29

1

1

4

1

1

54

18

58

2

0

35

1

-

30

35

60

1

2

1

30

0

1

30

30

1,33

1

21

-

46

0

1

30

60

65

2

0

12

-

44

0

1

26

27

50

2

1

Bernadete Aparecida Marçal

34

1

34

1

35

31

80

1,3

0

Célio Ribeiro Pires Junior

2

3

2

0

0

Cléria Marta da Silva

3

2

25

0

1

12

25

6

0

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

0,33

2

0,5

0

1

200

25

-

2

0

46

Edmilson de Souza

0

1

5

0

0

18

40

1

0

Ednéia Moura Martins

4

2

25

0

1

36

10

1,5

0

Eliana Aparecida de Sousa

1,5

4

12

0

1

25

25

1

1

Elza Elizabeth Batista

15

-

30

0

0

55

90

1

0

Enedir Soares Amaral

3

2

3

0

0

26

60

1,5

0

Eunice Lopes Martins

1

5

1

0

1

27

11

-

6

0

Geraldo Carlos Alves Pereira

3

2

35

0

1

65

45

58

1

0

Hadano Soares Barbosa

7

1

7

0

1

33

71

-

1,5

0

Ivonete Marques Franco

14

1

37

0

1

80

50

-

1,5

0

Izaque Alves Pamplona

1

2

5

0

1

12

15

-

2,5

0

Jerri Adriano Cardoso Sá

6

1

6

1

1

278

260

70

0,5

0

José Carlos dos Santos

5

-

20

0

1

17

10

-

3

-

José Luciano Fonseca

27

-

27

1

30

150

10

0,5

2

50

65


José Pereira da Costa

10

-

10

0

0

15

11 120

1,5

0

1

0

Josil Martins do Nascimento

3

2

3

0

1

120

25

Leonardo Pádua Diniz

7

4

7

1

0

50

50

Leonisia Simões Pereira

1,5

3

10

0

1

incl

incl

50

1

0

Lindaura Lopes dos Santos

6

-

13

0

1

30

12

52

5

0

Lucinda Maria de Jesus

23

1

23

0

1

30

10

42

1

0

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

4

2

10

0

0

32

90

21

1

0

Márcia Alves Flor

5

1

5

0

1

29

22

60

1,5

0

Margarida Maria Ferreira

26

1

26

0

1

33

11

50

1,33

1

Margarida Rodrigues de Oliveira

0,1

3

0,1

0

1

15

15

47

2

0

Maria Adélia Alves

5

-

20

0

0

60

40

70

1

1

Maria Afra Ramos da Silva

16

-

16

1

0

38

40

58

1

1

Maria Aparecida de Freitas Lessa

6

8

0

1

22

65

35

1

0

Maria Aparecida Luzia

0,5

3

5

0

1

18

110

62

1

1

Maria Aparecida Martins Rocha

1,58

2

65

0

1

70

175

55

2

1

Maria da Conceição Teodoo

1,5

2

1,5

1

40

60

2

1

Maria das Dores Machado

20

-

20

0

1

50

77

50

1

0

Maria das Graças Lopes

4

2

13

0

1

27

70

70

2

0

Maria Edna Conceição da Silva

6

-

6

0

1

20

12

40

2,5

0

Maria Noeme Marques Figueiredo

2,5

4

3

0

1

18

22

-

2

1 - hipotireóide

Marisa Antunes da Silva

11

-

11

0

1

30

80

20

1

1

Marlene Gomes de Freitas

5

-

12

0

0

11

52

50

2

0

Marta Pereira de Souza

3

2

2

1

1

50

12

70

1

0

Neiriston Alexandre Santana

0,5

2

5

0

1

30

140

35

0,5

Noemi Oliveira da Costa

3

3

17

0

1

12

15

-

3

0

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

8

-

18

0

1

15

20

20

35

0

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

12

-

12

0

1

35

60

80

2

0

Rogério Martins Gomes da Costa

30

1

30

0

1

10

10

20

1

0

Ronilda Lopes de Aquino Freire

8

1

15

0

0

50

52

2

Rosangela Fátima Moreira

17

-

28

0

0

16

4

-

0,8

0

Roseli Fernandes Onofre

2

3

2

0

0

60

60

60

1

1

Rosemira Maria de Souza

11

-

23

0

1

30

60

45

1,5

0

Rosilaine Salvador Souza

6

-

25

0

1

25

90

50

1,5

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

2,5

3

20

0

1

20

20

-

1,5

2

Solange Aparecida de Carvalho

5

1

38

0

1

24

50

25

2

0

Teresa da Costa Reis

1

5

20

0

1

22

8

-

2

0

Terezinha Ribeiro Ferreira

2

3

17

0

0

35

42

43

1

0

não sabe

66


Tilda Siqueira Martins

6

Valdinei Ferreira Gonçálves

2

1

8

0

24

1

0

40

1

57

35

-

1

40

Vilma de Souza Carvalho

4

2

4

0

1

23

32

80

6

Webert Lopes Nascimento

5

1

26

0

1

12

45

60

3

Anexo B.5 - Patrimônio Familiar PATRIMÔNIO FAMILIAR GELADEIRA TV

RÁDIO TANQUINHO MAQ. LAVAR ROUPA

VCR

DVD

TELEFONE FIXO

CELULAR

PC

BICICLETA

MOTO MAQ. COSTURA

Adnaldo Salvador de Souza

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Adonéia Júlia de Deus

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Alessandra Pereira da Silva

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Amintas Alves dos Santos

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Ana Paula Alves Januário

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Antonia de Souza Cruz Leite

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Antônio Marcelo Lage Diniz

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Aparecida das Neves Silva

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Arlete Reis de Souza

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Bernadete Aparecida Marçal

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Célio Ribeiro Pires Junior

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Cléria Marta da Silva Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Edmilson de Souza

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Ednéia Moura Martins

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Eliana Aparecida de Sousa

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Elza Elizabeth Batista

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Enedir Soares Amaral

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Eunice Lopes Martins

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Geraldo Carlos Alves Pereira

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Hadano Soares Barbosa

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Ivonete Marques Franco

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Izaque Alves Pamplona

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Jerri Adriano Cardoso Sá

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

José Carlos dos Santos

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

José Luciano Fonseca

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

TITULAR

67


José Pereira da Costa

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

-

-

-

Sim

-

Sim

-

-

-

-

Josil Martins do Nascimento

Sim

Sim

Leonardo Pádua Diniz

Sim

Sim

Leonisia Simões Pereira

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Lindaura Lopes dos Santos

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Lucinda Maria de Jesus

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Márcia Alves Flor

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Margarida Maria Ferreira

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Margarida Rodrigues de Oliveira

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Maria Adélia Alves

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Maria Afra Ramos da Silva

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Maria Aparecida Luzia

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Maria Aparecida Martins Rocha

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Maria da Conceição Teodoo

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Maria das Dores Machado

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Maria das Graças Lopes

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Maria Edna Conceição da Silva

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Maria Noeme Marques Figueiredo

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Sim

Marisa Antunes da Silva

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Sim

Não

Não

Sim

Não

Não

Marlene Gomes de Freitas

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Marta Pereira de Souza

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Neiriston Alexandre Santana

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Noemi Oliveira da Costa

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Rogério Martins Gomes da Costa

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Rosangela Fátima Moreira

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Não

Roseli Fernandes Onofre

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Rosemira Maria de Souza

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Rosilaine Salvador Souza

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sim

Não Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Solange Aparecida de Carvalho

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Teresa da Costa Reis

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Terezinha Ribeiro Ferreira

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Não

68


Tilda Siqueira Martins

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Valdinei Ferreira Gonçálves

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Vilma de Souza Carvalho

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Webert Lopes Nascimento

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

ANEXO B.6 – Acesso ao Mercado de Crédito MERCADO DE CRÉDITO

Titular

POSSUI CONTA BANCÁRIA

JÁ TENTOU CONSEGUIR CRÉDITO EM BANCO

UTILIZA CREDIÁRIO CRED

FIADO Sim

CHEQ PRÉ

CARTÃO

OUTRO

OBTEVE SUCESSO

Adnaldo Salvador de Souza

Não

Sim

Adonéia Júlia de Deus

Não

Sim

Alessandra Pereira da Silva

Sim

Amintas Alves dos Santos

Sim

Ana Paula Alves Januário

Sim

Antonia de Souza Cruz Leite

Não

Antônio Marcelo Lage Diniz

Sim

Aparecida das Neves Silva

Sim

Arlete Reis de Souza

Não

Bernadete Aparecida Marçal

Não

Célio Ribeiro Pires Junior

Não

Cléria Marta da Silva

Sim

Sim

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Sim

Sim

Edmilson de Souza

Sim

Ednéia Moura Martins

Sim

Eliana Aparecida de Sousa

Sim

Elza Elizabeth Batista

Não

Enedir Soares Amaral

Sim

Eunice Lopes Martins

Não

Geraldo Carlos Alves Pereira

Sim

Sim

Não

Hadano Soares Barbosa

Sim

Sim

Não

-

Ivonete Marques Franco

Sim

Não

-

Izaque Alves Pamplona

Sim

Não

-

Jerri Adriano Cardoso Sá

Não

Não Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

-

-

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

-

Sim

Sim

Não

-

Não

-

Sim

Sim

Não

-

Não

-

Sim

Sim

Não Sim

Sim

Não Não

-

Sim

Não

Não Não

Não Sim

-

Não

69


José Carlos dos Santos

Não

Sim

José Luciano Fonseca

Sim

José Pereira da Costa

Sim

Josil Martins do Nascimento

Sim

Leonardo Pádua Diniz

Sim

Leonisia Simões Pereira

Não

Sim

Lindaura Lopes dos Santos

Sim

Sim

Lucinda Maria de Jesus

Não

Sim

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Não

Sim

Márcia Alves Flor

Sim

Sim

Não

Margarida Maria Ferreira

Sim

Sim

Não

Margarida Rodrigues de Oliveira

Sim

Não

-

Maria Adélia Alves

Sim

Sim

Não

Não

Maria Afra Ramos da Silva

Não

Sim

Não

-

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Sim

Maria Aparecida Luzia

Sim

Maria Aparecida Martins Rocha

Sim

Maria da Conceição Teodoo

Não

Maria das Dores Machado

Sim

Maria das Graças Lopes

Sim

Maria Edna Conceição da Silva

Sim

Maria Noeme Marques Figueiredo

Sim

Marisa Antunes da Silva

Sim

Marlene Gomes de Freitas

Não

Marta Pereira de Souza

Sim

Neiriston Alexandre Santana

Sim

Noemi Oliveira da Costa

Sim

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Sim

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Sim

Rogério Martins Gomes da Costa

Sim

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Sim

Rosangela Fátima Moreira

Sim

Roseli Fernandes Onofre

Sim

Rosemira Maria de Souza

Sim

Rosilaine Salvador Souza

Sim

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sim

Sim

Solange Aparecida de Carvalho

Não

Sim

Sim

-

Não

-

Não

-

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

-

Sim

Sim

Não

-

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Não Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não Não

-

Não

-

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

-

Sim

Sim

Não

-

Sim

Não

-

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

-

Sim Sim Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Não

Sim Sim

Não

Não Não

Sim Sim créd consig

Não

-

Não

-

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

-

Não

70


Teresa da Costa Reis

Sim

Sim

Terezinha Ribeiro Ferreira

Não

Sim

Tilda Siqueira Martins

Sim

Sim

Não

Valdinei Ferreira Gonçálves

Não

Sim

Não

Vilma de Souza Carvalho

Não

Sim

Não

Webert Lopes Nascimento

Sim

Sim

Não

Sim

Não

-

Não

-

-

Anexo B.7- Informática Informática

Titular

j. QUE TIPO DE ATIVIDADE Conhecimento em Informática Texto Conta Progr Est Jogos Brinc Outros

Adnaldo Salvador de Souza

Nao

Adonéia Júlia de Deus

Sim

Alessandra Pereira da Silva

ONDE UTILIZA Todos Casa Trabalho Escola Outro

Fez curso

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Nao

Amintas Alves dos Santos

Nao

Ana Paula Alves Januário

Sim

Antonia de Souza Cruz Leite

Sim

Antônio Marcelo Lage Diniz

Sim

Sim

Aparecida das Neves Silva

Sim

Sim

Arlete Reis de Souza

Sim

Bernadete Aparecida Marçal

Sim

Célio Ribeiro Pires Junior

Nao

Cléria Marta da Silva

Sim

Conceição das Dores Rodrigues Miranda

Nao

Nao

Edmilson de Souza

Nao

Nao

Ednéia Moura Martins

Nao

Eliana Aparecida de Sousa

Nao

Elza Elizabeth Batista

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao

Sim - não utiliza mais

Nao Nao

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao

Sim

Sim

Enedir Soares Amaral Eunice Lopes Martins

Nao

Geraldo Carlos Alves Pereira

Sim

Sim

Hadano Soares Barbosa

Sim

Sim

Ivonete Marques Franco

Sim

Sim

Izaque Alves Pamplona

Sim

Sim

Jerri Adriano Cardoso Sá

Nao

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim Sim lan house

Sim

Nao Sim Nao

71


José Carlos dos Santos

Nao

José Luciano Fonseca

Nao

José Pereira da Costa

Nao

Josil Martins do Nascimento

Sim

Leonardo Pádua Diniz

Sim

Leonisia Simões Pereira

Sim

Lindaura Lopes dos Santos

Nao

Lucinda Maria de Jesus

Sim

Sim

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Sim

Sim

Márcia Alves Flor

Sim

Margarida Maria Ferreira

Sim

Sim

Sim

Margarida Rodrigues de Oliveira

Sim

Sim

Sim

Maria Adélia Alves

Sim

Sim

Maria Afra Ramos da Silva

Sim

Sim

Maria Aparecida de Freitas Lessa

Nao

Maria Aparecida Luzia

Sim

Sim

Maria Aparecida Martins Rocha

Sim

Sim

Maria da Conceição Teodoo

Sim

Maria das Dores Machado

Sim

Maria das Graças Lopes

Nao

Maria Edna Conceição da Silva

Nao

Maria Noeme Marques Figueiredo

Sim

Sim

Marisa Antunes da Silva

Sim

Sim

Marlene Gomes de Freitas

Nao

Marta Pereira de Souza

Sim

Sim

Neiriston Alexandre Santana

Sim

Sim

Noemi Oliveira da Costa

Sim

Norma Lúcia da Rocha Barbosa

Nao

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Sim

Sim

Sim

Rogério Martins Gomes da Costa

Sim

Sim

Sim

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Sim

Sim

Rosangela Fátima Moreira

Sim

Sim

Sim

Sim

Roseli Fernandes Onofre

Nao

Rosemira Maria de Souza

Sim

Sim

Sim

Sim

Rosilaine Salvador Souza

Sim

Sebastiana Rodrigues de Oliveira

Sim

Sim

Solange Aparecida de Carvalho

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Nao Sim

Sim Sim

Sim

Sim

.

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Nao

Sim

Sim

Nao Sim

Sim Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Nao

Sim

casa do amigo Sim Sim Sim planilhas

Nao

Sim Sim Sim

Sim

Sim Sim

Sim Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Sim

Sim Nao

Sim

Sim

Sim

Sim

72


Teresa da Costa Reis

Sim

Sim

Terezinha Ribeiro Ferreira

Nao

Tilda Siqueira Martins

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Valdinei Ferreira Gonçálves

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Vilma de Souza Carvalho

Nao

Webert Lopes Nascimento

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

ANEXO C – Habilidade x Interesses

Nome Titular

Adnaldo Salvador de Souza (Roseni Salvador Vieira)

Nome da pessoa

Roseni

ESCOLARIDA DE

IDADE

36

PROFISSÃO

13 segurança

OCUPAÇÃO ATUAL

RENDA MENSAL

desempregada

-

RESIDIRÁ NO RSV

O QUE SABE FAZER?

ATIVIDADE PARA EXPLORAR ECONOMICAM ENTE

1 -artesanato -faz salgado -cuida de horta -bijuteria

Ademir

37

6 estofador

mesma

540

1

-pintura -marcenaria

Adonéia Júlia de Deus

Tandara

17

8 atendente

atendente/estud ante

Tamara

16

7 -

estudante

250

1 1 -Bordar ou tricotar

Adonéia

46

7 diarista

mesma

630

1 -Vendas e negociações -culinária

Joice

14

7 estudante

mesma

-

1

73


João Batista

47

desenhista e 4 impressor

-Artesanato mesma

400

1 -Vendas e negociações

Família da Amiga Alessandra Pereira da Silva

-fazer salgado Jarbas

22 ?

operador de caixa

mesma

392

-fazer doces

1 -cozinha

Yuri

1 -

-

-

-

1

Alessandra Ana Paula Jorge Alves Januário Eustáquio

Cauã

Ana Paula

1

28

4

24

auxiliar de 13 serviços gerais

0,1 -

operadora de 13 telemarketing

mesma

-

700

-

mesma

-carpintaria

-jardineiro

-cuida de horta

-cuidar de horta

-pintura

-bordar/tricotar

-fiar/tecer

-vandas e negociação

1

1

525

1

-faz salgado

Antonia de Souza Cruz Leite

-fazer doces/licores Antonia

50

4 doméstica

mesma

600

1 -faz salgados

Maria das Dores

95 -

trabalhou na roça

aposentada

300

1

estágio na Fiat

500

1

Rodrigo

26

estudante e 13 estagiário

Ronan

10

2 estudante

mesma

-

1

Luiz Roberto

50

3 vidraceiro

mesma

variável

1

74


Antônio Marcelo Lage Diniz

Antônio

40

13 eletricista

eletricista

960

1

Rosângela

24

13 cascadeira

cascadeira

380

1

-costura -bordar ou tricotar -fazer doces/licores -fazer salgados

Taynah Alice

8 80

1 Estudante

Estudante

3

aposentada

1 350

1 -Fiar/tecer

Aparecida das Neves Silva

Aparecida

48

4 costureira

mesma

460

1 -cozinha

Arlete Reis de Souza

Arlete

44

13 autônoma

Alexandro

26

13 manobrista

José Oliveira

50

4 autônomo

vendedora e cabeleireira

600

-cozinha

-artesanato (confecção)

-vendas e negociações

-bijuteria

1

mesma

300

1

lavador de carros

250

1

-pintura -cuida de horta

Bernadete Aparecida Marçal

-fazer doces/licores Bernadete

49

4 Serviços Gerais

Seviços Geais

420

1 -fazer salgado -cuidar de horta

Carlos

25

Promotor de 13 vendas

Instrutor de Moto-escola

600

1

75


-carpintaria Ademostro

46

Mestre de 8 obras

Trabalho em construção civil

1000

0 -cuidar de horta

Célio Ribeiro Pires Junior

Célio

41

3 caseiro

mesma

300

1

Rodrigo

16

7 estudante

mesma

-

1

Vitor

12

5 estudante

mesma

-

1

Sabrina

15

6 estudante

mesma

-

1 -fazer sabão

Cléria Marta da Silva Cléria

41

13 esteticista

mesma

600

bijuteria

1 -pintura

Edmilson de Souza

-faz sabão Ataíde

68

0 lavrador

aposentado

380

1 -cuidar de hota -costura

Maria Emiliana

66

8 do lar

aposentada

380

-fazer sabão

1 -cozinha -faz sabão -cuidar de horta

Ednéia Moura Martins

Ednéia

35

8 Camareira

mesma

780

1 -Cozinha

-Artezanato -Fiar/tecer

-Bordar/tricotar -Fazer doces/licor -Fazer salgado -Cozinha -Cuidar de horta Taís

12

5 estudante

estudante

1

76


Mateus

9

2 estudante

estudante

1 -contabilidade

Elza Elizabeth Batista

auxiliar de 13 escritório

Elza

artesã

700

1 -artesanato -vendas e negociações -faz sabão -cuida de horta -bijuteria -carpintaria

Francisco

52

20 TV Gazeta-CE

artesão

400

1 -marcenaria -artesanato -vendas e negociações -bijuteria costura

Eunice Lopes Martins

Eunice

Geraldo Carlos Alves Pereira Geraldo Gilda

44

8 Doméstica

mesma

560

1

7 Vigilante

Porteiro

530

1

47

8 Doméstica

Doméstica

350

1

Carlos Henrique

18

Separador Bretas 13 (depósito)

Separador

350

1

Poliana Cristina

21

13 Comerciante

Desempregada

18

Separador Bretas 11 (depósito)

(Bretas)

Carlos Augusto

-fazer salgado

-bordar ou tricotar

1

350

1

77


Ivonete Marques Franco

-fazer salgado (não economicament e) Ivonete Roberto

37 39

técnica em 13 enfermagem pedreiro 8 refratário

mesma

550

1 -Cuida de horta

mesma

300

1 -bijuteria

-pintura (artesanato)

Jéssica

14

8 estudante

mesma

-

1 -bordar ou tricotar -fazer doces -fazer salgado -cozinha

Izaque Alves Pamplona

Hiago

7

Izaque

22

1 estudante

mesma

8 recepcionista

mesma

-

1

450

1 -bijuteria

Iana

23

baixa de cartão 13 de crédito

mesma

380

1 -faz doce e licores

Josil Martins do Nascimento Josil

24

5 copeira

copeira

380

-bordar ou tricotar

1 -vendas e negociações

Márcia

25

5 faxineira

Poliana

19

Paloma

17

8 estudante

estudante

Júlia

48

5 doméstica

doméstica

380

1

Vânia

49

Doméstica

Doméstica

380

0

Deivson

12

4 Estudante

Estudante

12 babá

desempregada babá

1 380

1 1 -bijuteria

0

78


Leonisia Simões Pereira

-Costura Leonisia

54

5 doméstica

mesma

300

-artesanato

1 -Faz doce e salgados

Lindaura Lopes dos Santos

Rogério

54

4 pedreiro

mesma

300

1

Bruno

26

auxiliar de 13 escritório

mesma

450

1

Juliana

19

12 estudante

mesma

-

1

-artesanato (brinco) -faz doce/licores

Lindaura

49

5 serviços gerais

diarista e serviços gerais

640

1 -faz salgados -cozinha -vendas e negociações -costura

Luzia Célia de Assis Bicalho Lana

Luzia

53

13 doméstica

mesma

350

1 -fazer salgado -cozinha

Onofre

51

mecânico de 4 maq

aposentado (invalidez)

350

1

Rosalvo

20

13 Pintor de carro

mesma

525

1

Maryangela

18

11 estudante

mesma

-pinta (carro)

Márcia Alves Flor

Márcia

33

6 salgadeira

mesma

1

380

-faz doce/licores

-fazer doces/licores

-faz salgados

-cuidar de horta

1

-cozinha

79


-venas negociações

Otevaldo

55

carregador de 1 explosivo

mesma

Carlos Magno

12

5 -

estudante

-

1

6

3 -

estudante

-

1

João Vitor Margarida Maria Ferreira

750

1

-faz doce/licores Margarida

56

2 serviços gerais

limpeza

430

1 -faz salgado

Rosemeire

23

8 laboratório

Rosimara

20

12 Vendedora

mesma

430

1

350

1

-costura -contabilidade

Alexandre

superior 28 incompleto

venda/negociaç ão

estágio

300

1 -auxiliar de escritório -faz salgados

Margarida Rodrigues de Oliveira

Margarida

44

2 doméstica

mesma

600

1 -cozinha

Sinval Lucas

20

auxiliar 13 financeiro

-cozinha desempregado

-

1 -cozinha

Maria Adélia Alves

Laurinete

16

12 estudante

mesma

-

Ilacir

74

0 aposentada

mesma

600

1

Maria Adélia

41

2 doméstica

mesma

653

1

José Dias

53

5 pedreiro

mesma

600

0

Jerry Adriani

17

11 estudante

mesma

-

-fazer salgado

1 -cozinha

Carpintaria

1 Fazer sabão

Fernanda

15

8 estudante

mesma

-

1

80


Maria Afra Ramos da Silva

-cuida de horta Maria Afra

46

Adenilson

55 -

Daniela

19

Aline Julio Cesar

2 doméstica

mesma

417

1

aposentado

300

1

7 balconista

mesma

100

1

16

7 babá

mesma

-

1

11

6 estudante

mesma

-

1

servente de pedreiro

-fazer doce/licores José Maria

9

3 estudante

mesma

-

1 -fazer salgado -cozinha

Maria Ilda Talisson Maria Aparecida Luzia

21

11 desempregada

2 -

-

desempregada

-

1

-

-

1 -cozinha

Maria Aparecida

44

3 aposentada

mesma

380

1

Gilberto

22

estagiário

mesma

380

1

Deivison

19

8 borracheiro

mesma

380

1

Wesle

21

7

Jonattan

17

1 estudante

-costura

1 200

1 -costura

Maria Aparecida Martins Rocha

Maria Aparecida

41

cabelereira / 13 serv gerais

mesma

600

1 -fazer doces/licores -bijuteria -vendas e negociações

Marcos Aurélio

42

13 gerente de loja

mesma

600

1

81


-capintaria

Maria da Conceição Teodoo

Marcos Aurélio Júnior

20

operador de 13 carga

mesma

630

1

Edilene

18

12 doméstica

mesma

200

1

Marcel

14

8

1

Marina Agnes

11

5

1 -artesanato

Maria

55

4 Doméstica

faxina e limpeza

500

-artesanato

1 -costura -fazer doce/licores -cozinha

Maria Edna Conceição da Silva

Jordania

17

13 Manicure

1

george

45

4 Mecânico

Mecânico

500

1

Antonio

41

4 lanterneiro

mesma

480

1

Maria Edna

27

6 dona de casa

mesma

-cozinha -

1 -vendas e negociações -cuidar de horta

Igor

8

Erick

1 -

2 estudante -

mesma

-

1

-

-

1 Pintura

José Antônio

Bruna Rafaela

48

20

13 almoxarife

13 recepcionista

mesma

mesma

700

180

1 -faz doce/licores

-fazer

-faz salgados

-fazer salgados

doce/licores

1

82


-costura Maria Noeme Marques Figueiredo

Maria Noeme

52

auxiliar de 5 serviços gerais

mesma

420

-costura

1 -cozinha -vendas e negociações -cuidar de horta -pintura

Vanei

29

13 pedreiro

desmpregado

-

1 -cuidar de horta -costura

Silvana

25

auxiliar de 13 serviços gerais

vendedor de cosméticos

150

-contabilidade

1 -cozinha -vendas e negociações -cuidar de horta -costura

Marlene Gomes de Freitas

-bordar ou tricotar -cuidar de horta

Priscila Marta Pereira de Souza

12

6 estudante

mesma

-

1

bijuteria -fazer doces/licors

Marta

47

5 pensionista

dona de casa

940

1 -fazer salgados -vendas e negociação

Renato

24

8 motorista

desempregado

1

-vendas e negociação

83


Graziele

27

promotora de 12 vendas

desempregado

-artesanato

-contabilidade

-bordar ou tricotar

-artesanato

-vendas e negociações

-bordar ou tricotar

1

-vendas e negociação -bijuteria Daniel

21

5 n/a

1

-padeiro

-cozinha -jardineiro

Fábio

Noemi Oliveira da Costa

32

Marcos

9

Murilo

-

porteiro

Porteiro

1

4

1 -Bordar e tricotar

Noemi

41

4 doméstica

mesma

600

1 -Fazer doces/licores -Fae salgados

Marconi

17

12 repositor

estudante

300

1 -carpintaria

Pedro Murilo Ferreira dos Santos

Pedro

49

operador de 6 empilhadeira

mesma

700

1 -pintura -cuidar de horta -contabilidade

Rita

30

13 telemarketing

mesma

560

1 -vendas e negociações

84


Lucas

12

6 estudante

mesma

-

1

Helen

7

2 estudante

mesma

-

1

Lorena

6

1 estudante

mesma

-

1 -cozinha

Ronilda Lopes de Aquino Freire

Ronilda

44

6 serviços gerais

ajudante de cozinha

Sara

20

8 garçonete

desempregada

Lara

2

Nilda

65

1 1 1

4 aposentada

aposentada

380

0 -bordar ou tricotar

Rosangela Fátima Moreira Rosangela

38

7 do lar

bordar

170

1

Marcos

41

oficial de 4 manutenção

trabalha em hospital

700

1

Marcos Jr.

14

8 estudante

mesma

Dayane Roseli Fernandes Onofre

600

13

8 estudante

Roseli Alzonia

-

-

-

1

bordado

-

1

dona de casa

mesma

-

1

-

-

-

0

-bordar ou tricotar

-costura (roupas) -bordar ou tricotar (roupas)

Rosilaine Salvador Souza

Vitor

-

-

-

-

-

0

Julio Cesar

-

-

-

-

-

1

Jonatan

-

-

-

-

-

0

Walter

-

-

-

-

-

0

Julie

-

-

-

-

-

0 -artesanato

Rosilaine

30

13 -

desempregada

0

-artesanato

1 -bordar ou tricotar

85


-fazer salgado -cozinha vendas e negociação -desenho Gleison

32

13

aposentado

1200

1

-pintura -desenho

Mateus

9

3 estudante

mesma

-

1

Gabriel

6

0,2 estudante

mesma

-

1

Ane

3

0 estudante

mesma

-

1 -contabilidade

Solange Aparecida de Carvalho

Solange

38

13 Aux. ContĂĄbil

recepcionista

700

1 -faz salgado -cozinha -pintor industrial

Givaldo

34

6 Caminhoneiro

motorista

500

1 -cuida de horta

william

12

6

estudante

1 -cuida de hota

wendel

14

4

estudante

1

Vismar

13

7 estudante

mesma

-

1

Linda

11

4 estudante

mesma

-

1

Karla

7

0,3 estudante

mesma

-

1

Mariana

5

0,1 estudante

mesma

-

1 -faz salgados

Teresa da Costa Reis

Teresa

54

13 cozinheira

mesma

450

1 -cozinha (profissĂŁo)

Daniel

21

estudante

faz bicos

200

1

86


Tilda Siqueira Martins

Tilda

Átila

Michele

46

19

27

8 serviços gerais

13 estudante

13 caixa

mesma

mesma

850

-

secretária/recep cionista

-artesanato

-artesanato

-fiar/tecer

-fiar/tecer

-bordar ou tricotar

-bordar ou tricotar

-fazer doces/licores

-fazer doces/licores

-faz salgados

-faz salgados

-venda e negociações

-venda e negociações

-artesanato

-auxiliar de escritório

-fiar/tecer

-bijuteria

-bordar ou tricotar

-artesanato

-faz oces/locor

-fiar/tecer

faz salgado

-bordar ou tricotar

-venda e negociações

-fazer doces/licores

-bijuteria

-faz salgados

1

1

600

1

-venda e negociações

Alexander Vilma de Souza Carvalho

Vilma

30

51

comtador 13 técnico

2 doméstica

mesma

mesma

não sabe

-contabilidade

-contabilidade

-bordar ou tricotar

cozinha(fonecer marmitex)

1

450

1

87


-fazer doces e licores -fazer salgados -cozinha (marmitex) -cuidar de horta

FĂĄbio

23

Marlene

55

professor de 12 tĂŞnis 4 costureira

mesma

450

1

mesma

600

1

-fiar/tecer

-bijuteria

88


ANEXO D – Questionários de percepção e resultados Anexo D.1 – 1º Questionário CEDEPLAR – 01/10/2007 Serra Verde 30/09/07 – Mutirão Avaliação de trabalho em equipe No dia 30 de setembro de 2007, a equipe do Cedeplar (Bernardo Silame e Marcelo Borges) aplicou questionário a algumas pessoas que freqüentaram e freqüentam o mutirão que acontece desde março deste ano a fim de avaliar a percepção que as pessoas tem sobre as atividades realizadas nesse encontro. Com os resultados obtidos pensa-se em formular atividades que estimulem o trabalho em equipe e a união do grupo. Cada questionário foi aplicado a mais de uma pessoa ao mesmo tempo para podermos observar a manifestação das pessoas dentro de um grupo. Antes de fazer uma análise dos resultados, algumas observações devem ser feitas. Durante a aplicação do questionário, percebeu-se que algumas pessoas se afastaram do grupo que estava reunido para responder o questionário, algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, enquanto outras responderam espontaneamente. Um dos que participou da entrevista alertou para as chuvas de final de ano que poderia interromper a obra, logo deveriam trabalhar mais enquanto não chove. Outra observação, é que os integrantes do grupo da cozinha já estão bem mais entrosado entre si do que os demais. As tarefas estão divididas, tem quem faz as compras, assistentes de cozinha e cozinheiras. Todas ajudam na limpeza da cozinha. Já apresentam uma demanda por cursos de culinária e pensam em passar a cozinha, que atualmente funciona no CEVAE, para o canteiro de obra. Visam montar um negócio juntas, explorando uma das quatro lojas que estará à disposição dos habitantes do Residencial Serra Verde quando a obra estiver concluída. Visto isso, observa-se que a percepção dos componentes do grupo da cozinha destoa do restante das pessoas. Segue a baixo os resultados de acordo com as perguntas. 1 Grupo de Trabalho: 2 Quantas Pessoas: Concreto – 4 grupos; 10 pessoas Almoxarifado – 1 grupo; duas pessoas Betoneira – 1 grupo; três pessoas Cozinha – 1 grupo; nove pessoas Grupo de mulheres aleatório – 1 grupo; sete pessoas. 3 Qual o objetivo estabelecido para a atividade (meta, periodicidade, rotina). O intuito dessa pergunta é saber se há uma certa homogeneidade sobre os objetivos das pessoas em comparecer ao mutirão. Obtivemos oito respostas diferentes: construir a casa própria (22%); a Leta fala os objetivos; forçado a ir ao mutirão; ter apartamentos melhores; entrosar com 89


as pessoas; acompanhar a obra; ver a obra ficar pronta o mais rápido possível, sendo 11% para cada resposta. Para o grupo da cozinha o objetivo é fazer uma comida que agrade a todos. 4 Qual a(s) dificuldade(s) para realizar a atividade Quanto as dificuldades em realizar as atividades do mutirão, 33% respondeu que a maior dificuldade é o sol forte na hora do trabalho. Outras dificuldades apontadas foram: trabalho pesado; reunir todas as famílias; inconstância do pessoal; desânimo das pessoas. O grupo da cozinha respondeu que a maior dificuldade tem sido a falta de panela, bacia e as vezes a reclamação as outras pessoas quanto a comida. 5 Nível de dificuldade A maioria das pessoas classificou as dificuldades como muito difíceis e de dificuldade mediana, enquanto uma minoria pensa que a dificuldade é pequena, que, no caso, é o grupo da cozinha. 6 Sugestão para resolver a dificuldade As sugestões para minimizar as dificuldades foram: dividir as pessoas em grupos; se houvesse dinheiro contratar equipamentos para agilizar o andamento da obra; falta vontade das pessoas; trabalhar só até o meio-dia; trabalhar para acompanhar o prazo da obra; o trabalho é pesado para as mulheres; trabalhar todo mundo junto, unido; trazer as famílias que ainda não foram ao mutirão para conhecer a obra. 7 Qual a habilidade da equipe para realizar o trabalho Quanto a qualificação das pessoas para executar as atividades propostas, 42,85% consideraram como boa a qualidade das pessoas, 28,57% como mediano, 14,28% como ruim e 14,28% como muito bom (cozinha). Observação: algumas pessoas relataram que o muro teve que ser feito três vezes devido falta de qualificação técnica das pessoas. Alguns chegam a desconfiar quanto a qualidade de suas moradias. 8 Como é planejado as atividades (em grupo, uma pessoa planeja e passa para os outros?) Quanto ao planejamento das atividades 57,14% daqueles que responderam ao questionário disseram que as atividades são planejadas pela assessoria técnica, 14,28% responderam que as atividades são apenas repassadas para eles, e outros 14,28% disseram que não sabem como as atividades são planejadas. O grupo da cozinha respondeu que eles quem planejam as atividades, desde as compras ate o preparo das refeições. Observação: algumas pessoas manifestaram a vontade de participar do planejamento das atividades. 9 Como é executado (tem tarefas estabelecidas para cada integrante) A pergunta com o intuito de tentar entender a forma de execução das atividades e os procedimentos. As respostas obtidas foram: as pessoas fazem as mesmas coisas; já esta préestabelecido o que vai ser feito; José passa a lista para cada um com as atividades a serem realizadas; as tarefas realizadas são para completar o que foi feito durante a semana. 90


Grupo da cozinha divide as tarefas entre os integrantes do grupo, tem assistentes de cozinha, cozinheiras e as responsáveis pelas compras. 10 Esta sendo satisfatório realizar a atividade? A maioria das respostas para a pergunta quanto a satisfação de estar trabalhando no mutirão foram positivas (57,14%), enquanto que 28.57% responderam não estarem satisfeitos e 14,28% não souberam responder. O grupo da cozinha, além de achar satisfatório a realização da atividade, disseram que se tornaram amigas. 11 Como o resultado do trabalho pode ser classificado Quanto ao resultado do trabalho realizado no mutirão, 57,14% responderam que o trabalho esta bom, 28,57% que o trabalho esta ruim e 14,28% como muito bom e 14,28% não souberam responder. Relatou-se também que o resultado podia estar melhor, pois falta a conscientização de alguns. 12 O desempenho do trabalho tem melhorado ao longo do tempo? Por que? Quanto a avaliação das pessoas sobre o desenvolvimento do trabalho no mutirão, a grande maioria respondeu positivamente por diversos motivos: todo mundo ta trabalhando pesado; as pessoas com o andar da obra vão ficando mais animadas; o pessoal está participando mais. Algumas pessoas responderam que o desempenho está melhorando, mas não souberam justificar. Os que responderam negativamente justificaram que apesar de muitas famílias se manterem fiéis ao mutirão, outras estão desistindo de participar. O grupo da cozinha relatou que nos primeiros encontros receberam muitas reclamações. Disseram ser compreensível por não terem experiência em cozinhar para muitas pessoas. Mas agora melhoraram e se organizaram e, conseqüentemente, as reclamações diminuíram. É de consciência da equipe do Cedeplar que o número de pessoas que participou do questionário é pequeno, mas suficiente para se ter uma avaliação. Os dados foram colocados em porcentagem por que se acredita que com as respostas obtidas, é possível ter uma idéia de como as pessoas, em geral, avaliam o mutirão, assim como as proporções retratadas pelas porcentagens colocadas no relatório. Anexo D.2 – 2º Questionário CEDEPLAR – 09/01/2008 Serra Verde 16/12/07 – Mutirão Avaliação de final de ano No dia 16 de dezembro de 2007, a equipe do Cedeplar (Marcelo Borges) aplicou questionário a algumas pessoas que freqüentaram e freqüentam o mutirão que acontece desde março deste ano a fim de avaliar a percepção que as pessoas tem sobre as atividades realizadas nesse encontro, o local onde irão morar e a assessoria técnica em geral. Para aplicar os questionários foi aplicado o método de grupo focal (sugerido pela Jô). Grupo focal é uma técnica de pesquisa qualitativa cuja proposta é o desenvolvimento de 91


entrevistas grupais, que no caso serviu para obter informações das pessoas assim como promover um debate, troca de informações e opiniões. Antes de descrever o resultado obtido algumas observações devem ser feitas. O método de grupo focal exige que haja alguma homogeneidade do grupo a ser entrevistado, portanto optou-se por um grupo de mulheres e outro de homens, dois grupos no total. Durante a aplicação do questionário com as mulheres, percebeu-se que a maioria delas estavam dispersas ou não demonstraram interesse e mal escutaram o que era perguntado, algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, ao passo que outras respondiam de forma espontânea. No grupo dos homens as pessoas estavam mais concentradas e a entrevista ocorreu mais tranqüila, embora dois dos integrantes do grupo que mais opinaram, enquanto que os outros, na maioria das vezes apenas concordavam. O grupo das mulheres estava bem mais numeroso que o dos homens, o que pode ser uma razão para diferença de comportamento entre os grupos. Para a demonstração do resultado obtido da pesquisa chamarei o grupo das mulheres de GRUPO 1 e o dos homens de GRUPO 2 a fim de diferenciar as respostas dadas pelos grupos. Segue a baixo os resultados de acordo com as perguntas. A – PERCEPÇÃO DO MUTIRÃO 1

O que vocês fazem? o que é a atividade?

GRUPO 1: Além do pessoas da cozinha e das comissões que têm um trabalho a parte, as outras pessoas trabalharam no canteiro. A partir de janeiro vai mudar, vai haver revezamento de funções. GRUPO 2: Vem pra fazer o que tiver que fazer, trabalhar em conjunto. 2

Qual o objetivo do mutirão?

GRUPO 1: Acompanhamento da obra, conhecer as famílias. Uma das pessoas levantou o fato de que há uma pessoa que recebe dinheiro para gasolina mas que não sai para comprar as coisas quando precisa (houve concordância de alguns). Mais de uma pessoa manifestou que gostariam de ter esclarecimentos sobre o que vai ser feito com o muro. Houve perguntas quanto ao prazo da obra, se está atrasada ou não. GRUPO 2: Conhecer os vizinhos, conhecer os procedimentos, comportamento de cada um 3

Periodicidade do trabalho?

GRUPO 1: De 15 em 15 dias, quando tem feriado repõe. GRUPO 2: De 15 em 15 dias. Um dos entrevistados sugeriu que fosse toda semana para a obra render mais e compareceria que tivesse disponibilidade (não houve discórdia). 4

Qual a(s) dificuldade(s) / problema(s) de realizar o trabalho proposto no mutirão? 92


GRUPO 1: Uma das pessoas, era a primeira vez desta no mutirão, falou que era a organização. Houve muita discordância, a maioria discordou dessa opinião e não vêm dificuldades. GRUPO 2: As pessoas fazem corpo mole. Uns trabalham muito e outros não. Uma das pessoas que foi ao mutirão pela primeira vez concordou com a opinião dos demais. 5

Nível de dificuldade

GRUPO 1: nenhuma GRUPO 2: muito. Pra quem não quer trabalhar, não tem solução. 6

Qual a capacidade da equipe para realizar o trabalho

GRUPO 1: Não souberam classificar a capacidade das pessoas, mas disseram que falta disciplina nas pessoas. GRUPO 2: Classificaram como Bom apenas 50% das pessoas que freqüentam o mutirão e os demais estão ruim. 7

Como são planejadas as atividades (em grupo, uma pessoa planeja e passa para os outros)

GRUPO 1: Tem uma ordem de serviço GRUPO 2: José chega com a ordem de serviço pronta. Antes era melhor porque eram formados grupos de trabalho, mas não funciona por que as pessoas faltam muito. Hoje as pessoas escolhem. 8

Como é executado (tem tarefas estabelecidas para cada integrante)

GRUPO 1: GRUPO 2: Tem duas ordens de serviço, opta pela que estiver mais apto a realizar. 9

Por que são realizados os mutirões?

GRUPO 1: GRUPO 2: Conhecer os vizinhos, participar. 10 Esta sendo satisfatório realizar a atividade? GRUPO 1: Algumas pessoas responderam que Sim, outras Não e ainda tiveram as que responderam mais ou menos. 93


GRUPO 2: Sim. 11 O que mais motiva em vir aos mutirões nos domingos? GRUPO 1: Ver a obra, conhecer os vizinhos, amizade GRUPO 2: A assessoria técnica incentiva. O convívio com as famílias, já tem mais intimidade. 12 O que mais desanima? GRUPO 1: Quando chegam na obra e ver que as coisas estão caminhando de forma lenta. A prestação de conta: não está sendo satisfatório, ficam muitas dúvidas. GRUPO 2: Conversação demais, falta de entendimento, falta das famílias, discussão inútil. 13 Como o resultado do trabalho pode ser classificado GRUPO 1: GRUPO 2: Bom. 14 O desempenho do trabalho tem melhorado ao longo do tempo? Por que? GRUPO 1: Sim. A obra está evoluindo, mas o mutirão não está produzindo mais que antes. GRUPO 2: Rende-se mais, mas poderia estar melhor, rendendo mais ainda. 15 Gostaria de fazer alguma crítica à forma que está sendo conduzido o mutirão e/ou obra? GRUPO 1: GRUPO 2: A associação não esta sabendo cobrar. Falta de flexibilidade da associação e a obra. Às vezes falta material. Para cobrar tem que ter condições. 16 Quais sugestões gostaria de fazer em relação ao mutirão e/ou obra? GRUPO 1: Rodízio de trabalho. Uma equipe para avaliar o contrato. Iniciar a convenção do condomínio para todos terem conhecimento. GRUPO 2: Parar de cobrar muito, não sabem cobrar. Ouvir mais os futuros moradores. B – PERCEPÇÃO DO EMPREENDIMENTO 1

Quais os pontos positivos de se morar no RSV? 94


GRUPO 1: A casa própria, o bairro esta melhorando, localização. Alguns destacaram positivamente a localização, outros destacaram de forma negativa (acham o bairro longe, ruim). GRUPO 2: Não há pontos negativos. Ta tudo bem ate agora. 2

Quais os pontos negativos

GRUPO 1: O bairro União, deveria melhorar, arrumar. GRU PO 2: 3

Quais são as expectativas de morar no RSV?

GRUPO 1: Boa convivência, mais calma, conhecer melhor as pessoas, melhorar a convivência em grupo. Ressaltou-se a importância do estatuto dos moradores, leis que devem ser respeitadas. GRUPO 2: Serem muito unidos, tentar melhorar a convivência, ampliar a boa convivência com demais vizinhos da região. 4

Desde quando a obra começou?

GRUPO 1: Abril GRUPO 2: Final de Abril. C – ASSESSORIA TÉCNICA 1

Descreva o que você sabe sobre a atuação da assessoria técnica na obra e mutirão:

GRUPO 1: A assessoria técnica não é paga pelo RSV e sim pela FINEP. Não têm mais reclamações, tinham da Marina, mas não tem mais. Houve consenso na defesa dessa. Uma das pessoas disse que há muita reclamação da obra e colocam a culpa na assessoria. Sugeriu levar as pessoas para conhecerem as outras obras. Essa futura moradora esteve em outras obras para poder comparar e surpreendeu-se, julgando o RSV bem melhor que as demais, principalmente no quesito desperdício. Houve pessoas que reclamaram que a obra esta muito devagar, pois o recurso só é liberado com medição e acham que deve ter equipe para fazer a medição. GRUPO 2: Um dos participantes é contratado na obra e relatou que o convívio com a assessoria é muito bom, “Nota 10”. O relato geral é que são exigentes e bom de trabalhar junto. 2

Avalie a atuação da assessoria técnica:

GRUPO 1: A maioria das pessoas não souberam responder. Essas relataram que a obra está muito devagar e que a assessoria não houve as famílias. Outro grupo de pessoas classificou como Regular e relataram que se a assessoria inclui a associação, então está ruim. Disseram também 95


que falar com o Guilherme é caso perdido e que ele nem vem mais na obra e que não pode sacrificar apenas a equipe da Leta. GRUPO 2: Muito Boa. Não sentem falta de nada. Dão boas explicações em relação ao trabalho que esta sendo feito, ouvem e aceitam as opiniões, dão muita atenção. 3

Aponte como a assessoria técnica colabora para o sucesso do empreendimento

GRUPO 1: GRUPO 2: Idéias, opções e botam a mão na massa 4

Avalie o relacionamento da assessoria técnica com as famílias

GRUPO 1: A assessoria não houve as famílias. Ex: a questão do muro. GRUPO 2: Tranqüilo. A coordenadora Leta faz de tudo para ter a participação de todos. Estão chateados com a questão do muro. Estão muito satisfeitos com a alvenaria. 5

O que as famílias esperam da assessoria técnica:

GRUPO 1: Esperam melhora, que acatem as decisões das famílias e que dêem mais explicações sobre o que ocorre com o projeto. GRUPO 2: Não esperavam que fosse tão boa. Nada a reclamar. 6

Sugira ações para aprimorar o relacionamento entre a assessoria técnica e as famílias:

GRUPO 1: Ceder um pouco mais, entrosar mais com as pessoas, promover união. GRUPO 2: Está muito bom. A Marina estava grossa, mas melhorou. Tem que ter convívio social. Acreditam que a Marina teve orientação da Leta para melhorar. A Leta é extraordinária, muito dedicada. Não deixou nada a desejar. Após a realização do questionário foi pedido que se as pessoas quisessem acrescentar algo que não foi perguntado, que o fizesse. Assim: GRUPO 1: Demonstraram preocupação com a Caixa Econômica Federal. Precisam de melhores esclarecimentos. Consenso em defesa da Marina. Demonstraram curiosidade sobre a função da Norma, dizem não saber o que ela faz. Rodízio de equipes para as pessoas se conhecerem. Passeios para jovens e adolescentes. Socializar as pessoas para evitar as panelas. Fazer cumprir o que foi combinado no inicio do projeto. Achar uma forma de trabalhar e socializar. 96


GRUPO 2: A questão do muro que não está resolvida, disseram que o pessoal foi induzido a votar em algo que não queriam. As pessoas estão satisfeitas com a obra. Os atrasos da obra não foram culpa da assessoria nem da associação e sim da prefeitura e Caixa, falta de equipamentos, quando chega equipamentos a obra alavanca. Tem pessoas que não acreditam que a obra ficara pronta em Julho, outras acreditam. Ouviram falar que o bairro União vai ser desapropriado, e o bairro é uma das principais preocupações (houve discórdia quanto a preocupação). De 60 dias pra cá a assessoria e a associação estão rachadas: o que deveria estar unido esta dividido e está influenciando os moradores; a associação tem melhor relacionamento com uns e a assessoria com outros; tudo deve ser discutido em grupo (houve discórdia sobre as influencias de assessoria e associação sobre os moradores). Houve sugestão de mais confraternizações para se estabelecer uma relação pessoa-pessoa e não pessoa-assessoria, pessoa-associação, associação-assessoria, etc. Foi possível perceber que algumas pessoas estão melhor informadas que outras, logo estão mais aptas a expor suas opiniões. Uma das vantagens de se aplicar questionário utilizando o método grupo focal foi que a exposição de alguns dos entrevistados teve o papel de divulgar informações para as pessoas que detinham menos conhecimento sobre alguns assuntos do projeto que foram abordados na entrevista. Outro ponto que deve ser destacado é que um dos objetivos desse método é promover o debate e troca de opinião e como foram poucas as pessoas que se manifestavam espontaneamente, esse quesito ficou a desejar, tendo pouco diálogo entre os entrevistados. Anexo D.3 – Sistematização dos Questionários O primeiro questionário aplicado com os mutuários do RSV, no dia 31 de setembro de 2007, foi realizado no sentido de avaliar a percepção das pessoas em relação ao mutirão. Além desse objetivo principal, teve a intenção de observar o comportamento das pessoas enquanto grupo, participação e grau de interesse e informação das pessoas diante do processo autogestionário. Do primeiro relatório, destaca-se: •

• • •

Durante a aplicação do questionário, percebeu-se que parte das pessoas se afastaram do grupo que estava reunido para responder o questionário e algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, muitas vezes não demonstrando interesse e atenção às perguntas. Entretanto outras (minoria) responderam espontaneamente e se demonstraram bastante interessadas. Os integrantes do grupo da cozinha já estão bem mais entrosado entre si do que os demais. As tarefas estão divididas, tem quem faz as compras, assistentes de cozinha e cozinheiras. Ou seja, a identificação de um grupo de fato. Reclamação das pessoas quanto o grau de dificuldade das atividades realizadas no mutirão, principalmente no que se refere a condições físicas para a realização de determinados trabalhos. O planejamento das atividades é feito pela assessoria técnica e distribuída as atividades para as pessoas no dia do mutirão. Algumas pessoas manifestaram interesse em participar desses planejamentos. 97


Por volta de 60% das pessoas entrevistadas disseram estar satisfeitas em realizar o trabalho de mutirante.

Como conseqüência dos resultados obtidos nessa primeira pesquisa algumas mudanças ocorreram. Primeiro, o CEDEPLAR passou a ser mais freqüente no canteiro de obra, procurando conhecer mais as pessoas e identificar principais atritos e motivos de apatia dos futuros moradores diante do processo. Quanto ao grau de dificuldade do trabalho apontado por algumas pessoas a divisão de trabalho passou a ser por atividade, ou seja, a assessoria determina atividades que devem ser feitas no dia do mutirão e as pessoas escolhem dentre essas atividades aquela que julgar que melhor de adapta. Iniciou-se, após algum tempo da identificação do grupo, um trabalho de organização dos integrantes da cozinha para fomentar um possível empreendimento, visto que os próprios integrantes desse grupo demonstraram interesse nesse sentido. Em um momento posterior alguns (duas pessoas) dos mutuários passaram a participar do planejamento dos mutirões. O segundo questionário foi elaborado para dar continuidade ao primeiro, observar evolução da postura das pessoas diante do processo, e abordar outras questões que se fez necessário devido atritos e insatisfações identificados durante esse intervalo de aplicação dos questionários. O segundo questionário foi aplicado utilizando o método Grupo Focal, sugerido por uma integrante da assessoria responsável pela assistência social do projeto. Grupo focal é uma técnica de pesquisa qualitativa cuja proposta é o desenvolvimento de entrevistas grupais, que no caso serviu para obter informações das pessoas assim como promover um debate, troca de informações e opiniões entre os participantes. O método de grupo focal exige que haja alguma homogeneidade do grupo a ser entrevistado, portanto optou-se por um grupo de mulheres e outro de homens, dois grupos no total. Sendo assim os pontos que merecem destaque no resultado obtido do questionário são: •

Durante a aplicação do questionário com as mulheres, percebeu-se que a maioria delas estavam dispersas ou não demonstraram interesse e mal escutaram o que era perguntado, algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, ao passo que outras respondiam de forma espontânea, uma mulher em específico demonstrou maior interesse nas questões abordadas. O grupo das mulheres estava bem mais numeroso que o dos homens, o que pode ser uma razão para diferença de comportamento entre os grupos.

No grupo dos homens as pessoas estavam mais concentradas e a entrevista ocorreu mais tranqüila, embora dois dos integrantes do grupo opinaram mais, enquanto que os outros, na maioria das vezes apenas concordavam.

Falta de interesse de parte das pessoas que comparecem ao mutirão, trabalham pouco e encaram isso como uma dificuldade, acham complicado motivar essas pessoas.

98


Ao mesmo tempo em que a obra esta em um estágio mais avançado animar as pessoas, o fato do andamento da obra está lenta, desanima outras. O atraso gerou especulações sobre o andamento de outras obras que estão acontecendo.

As pessoas têm muitas dúvidas sobre o que acontece na obra. O por que de atrasos, lentidão, e acontecimentos como, por exemplo, a demissão de um funcionário da obra que gerou dúvidas e especulações sobre as atitudes da assessoria.

Há desentendimentos entre famílias.

O rendimento do trabalho do mutirão não está satisfatório

O conjunto União (vizinho) foi destacado como um ponto negativo na localização das novas moradias.

Há expectativas positivas em relação ao pós-morar visto que as pessoas já estão se conhecendo.

Quanto à avaliação da assessoria técnica, de maneira geral, foi positiva. Houve queixa de que a assessoria não respeita a opinião dos mutuários, mas houve discordância nesse ponto.

Preocupação com a Caixa Econômica Federal.

Foi possível perceber que algumas pessoas estão melhor informadas que outras, logo estão mais aptas a expor suas opiniões. Uma das vantagens de se aplicar questionário utilizando o método grupo focal foi que a exposição de alguns dos entrevistados teve o papel de divulgar informações para as pessoas que detinham menos conhecimento sobre alguns assuntos do projeto que foram abordados na entrevista. Outro ponto que deve ser destacado é que um dos objetivos desse método é promover o debate e troca de opinião e como foram poucas as pessoas que se manifestavam espontaneamente, esse quesito ficou a desejar, tendo pouco diálogo entre os entrevistados.

Diante do quadro retratado algumas medidas foram tomadas: Como havia pessoas pouco motivadas a trabalhar e o trabalho no mutirão não estava com rendimento satisfatório, foi proposto grupos de trabalho permanentes. Foram formados grupos e indicados responsáveis por esses grupos, um líder ou coordenador, que teria o papel de incentivar demais componentes do grupo a trabalhar na função definida pela assessoria e alguns moradores, agora participando também do planejamento do mutirão (vale lembrar que são dois moradores que chegam mais cedo e ajudam nessa tarefa de planejar). Para dar maiores esclarecimentos às duvidas dos moradores quanto ao atraso da obra, decisões tomadas pela assessoria técnica, e incentivar maior participação dos mutuários no processo autogestionário foi determinado que quinzenalmente, nas quintas-feiras a tarde, haverá uma reunião entre assessoria técnica, associação e moradores para dar esclarecimentos sobre o como a obra está sendo conduzida, problemas enfrentados etc. Além disso, foi reiterado o convite para que as famílias participem da reunião assessoria, associação e Prefeitura que também ocorre quinzenalmente as quintas-feiras. Ou seja, todas as quintas há reuniões no canteiro de obra. 99


Outro acontecimento foi a ‘visita’ a outros empreendimentos que estão no mesmo processo de construção, organizada pela assessoria e associação, em que os mutuários do RSV puderam conhecer outras obras e comparar, alem de conhecer demais famílias que estão neste processo autogestionário.

ANEXO E – Relatórios de Visitas Realizadas Anexo E.1 – Vila Acaba Mundo Vila Acaba Mundo 18/10/07 Avaliação de trabalho em equipe A visita na Vila Acaba Mundo ao grupo de trabalho Retalhos da Vila foi acompanhado por representantes do Pólos de Cidadania, programa de extensão vinculado à faculdade de Direito da UFMG, que realiza trabalho com à comunidade no intuito de promover a cidadania, através de oficinas, programas e outras atividades, sempre utilizando a metodologia de Pesquisa-ação, que na definição das pessoas do Pólos, significa uma troca de sugestões e experiências, e construir o sentido de cidadania junto com as pessoas, e de acordo com o rítimo e realidade da comunidade. A atuação do Pólos ganhou maior dimensão quando uma condicionante ambiental foi imposta pelo COMAM - Belo Horizonte (Conselho Municipal de Meio Ambiente) que exigiu medidas mitigadoras por conta das ações das mineradoras, Magnesita e Lagoa Seca, que atuam do outro lado da Serra do Curral e geram impactos sobre a Vila. O diagnóstico socioeconômico encomendado pelas mineradoras identificou entidades atuando na Vila, inclusive o Pólos, e as demandas que essas entidades julgavam necessárias para melhorara as condições de vida da população. A partir de então, foi criado o Fórum de Entidades do Entorno da Área de Mineração do Acaba Mundo – FEMAM3. Hoje em dia já institucionalizado. O Fórum foi constituído para se discutir as principais demandas da comunidade. Dentro do Fórum foi elaborado um Plano de Ação para ser apresentado às mineradoras que financiariam as ações conforme previa a condicionante ambiental. Dentro do Plano de Ação, está previsto incentivar a criação e o desenvolvimento de atividades produtivas dentro da Vila valorizando a produção local. Uma das decisões do Fórum foi realizar reuniões com a temática Geração de Renda. As reuniões tinham o intuito de reunir pessoas interessadas no tema e discutir idéias. Depois de algumas reuniões, e estudos de viabilidade econômica, que inclusive contou com a participação do Marcel Stener, aluno da FACE e ex-bolsista do projeto RSV, o resultado foi a proposta da criação de uma cooperativa dentro do conceito de Economia Solidária.

3

Entidades Formadoras do FEMAM: Associação dos Moradores da Vila Acaba Mundo; Lideranças Comunitárias da Vila Acaba Mundo; Casa Bem-Me-Quer, Projeto Querubins, Creche Terra Nova; Pastoral da Igreja do Carmo; Programa Pólos Cidadania Faculdade de Direito UFMG; Associação dos Moradores do Bairro Anchieta; Associação de Moradores da Rua Monte Azul; e Urbel.

100


O Pólos de Cidadania, com o apoio das demais entidades, promoveu um curso de cooperativa, porem não obteve um resultado esperado. De acordo com as informações do próprio Pólos, não houve quorum desejável, e as pessoas que freqüentavam eram idosos ou crianças. Mas foi a partir desse curso que surgiu o Grupo de Trabalho Retalhos da Vila. O grupo foi criado em abril deste ano (2007). O grupo começou com duas pessoas. Após curso de costura ministrado na própria Vila chegou a ter 12 e hoje em dia são apenas cinco mulheres. Os recursos para máquinas de costura estavam contemplados no Plano de Ação elaborado pela FEMAM, logo são recursos provenientes das mineradoras. O intuito da visita foi conhecer um grupo que realiza atividade econômica com os princípios de Economia Solidária, o mesmo principio que pretende-se construir junto com os futuros moradores do Residencial Serra Verde. Com o objetivo de entender melhor o trabalho realizado pelo grupo, foi aplicado um questionário. Segue nas próximas páginas o questionário e as respectivas respostas. Antes de entrarmos no questionário, vale lembrar que estão sendo realizadas duas obras na Vila Acaba Mundo, a construção da sede do FEMAM e a reforma do Centro Comunitário. Ambas obras estão sendo geridas a partir do modelo de autogestão e com o apoio do Escritório de Integração da PUC. A utilização do modelo de autogestão nessas obras foi mais uma intervenção do Pólos Cidadania, visto que as obras seriam feitas por uma empresa particular e a entidade conseguiu convencer as empresas mineradoras a optar por esse tipo de gestão, que possibilita maior entrada de renda na comunidade, além de gerar empregos. Diante disso, o Pólos promoveu um curso de pedreiros a fim de qualificar trabalhadores da comunidade para que esses pudessem trabalhar nessas obras. 1

Grupo de Trabalho: RETALHOS DA VILA

2

Quantas Pessoas : 5

3

Qual o objetivo estabelecido para a atividade?

Não tem uma base certa, produzem mais por encomenda 4

Qual a(s) dificuldade(s) cumprir esses objetivos

Dificuldades em fazer o acabamento dos trabalhos. Estão sem professores. Começa um trabalho e não termina. 5

Nível de dificuldade

Classificaram a dificuldade como muito difícil. 6

Sugestão para resolver a dificuldade

Mais integrantes para o grupo para dar mais agilidade para o trabalho 7

Qual a capacidade da equipe para realizar o trabalho 101


Classificaram como bom. Justificaram que as habilidades são diferentes, umas bordam melhor, outras são melhores na máquina. 8

Como são planejadas as atividades (em grupo, uma pessoa planeja e passa para os outros)

As atividades não são planejadas. Tem coisa pra fazer, fazem. Estão entrando na fase de planejamento. Realizam dinâmicas para introduzir essas idéias e trabalhar as mesmas com o grupo 9

Como é executado (tem tarefas estabelecidas para cada integrante)

Todas contribuem para os trabalhos. As que tem mais habilidade com a máquina , trabalham mais com a máquina e quem tem mais habilidade com trabalho manual, trabalham mais manualmente. 10 Esta sendo satisfatório realizar a atividade? Acham satisfatório realizar a atividade. 11 Como o resultado do trabalho pode ser classificado Muito bom. Quando as pessoas elogiam o trabalho acabam que acham que o resultado ficou bom. Mas como vêem o trabalho todos os dias acabam enjoando e nem acham bonito seus trabalhos. 12 O desempenho do trabalho tem melhorado ao longo do tempo? Por que? Sim. Melhoram as habilidades manuais para realizar os trabalhos. Esperam melhorar cada dia mais, agregar mais pessoas para o grupo, melhorar a capacidade técnica.

Anexo E.2 – SLU Superintendência de Limpeza Urbana – SLU. Gerência de Venda Nova. 12/09/07 Reunião: Lígia (Prefeitura) Norma (RSV) Jhonny e José Antonio (SLU Venda Nova) Bernardo e Marcelo (CEDEPLAR) Lígia colocou o problema de disposição de entulho em terreno do RSV, e que esta impedindo de começar a horta.

102


Quanto ao trabalho de coleta seletiva de lixo, já existe uma cooperativa no bairro, que tem orientação da SLU e um braço da CUT. Essa cooperativa trabalha com um volume de lixo de uma tonelada por dia e possui um galpão em adaptação para fazer a triagem do lixo. Pensamos que além de um espaço considerável e necessidade de equipamentos para realização do serviço, o volume de lixo que trabalham por dia é considerável, porém engloba poucas pessoas para que a renda seja compensatória, tornando a iniciativa de implementar esse tipo de trabalho junto as comunidade RSV pouco viável.

Anexo E.3 – Centro Público de Economia Solidária Belo Horizonte dia 18 de Março de 2008 Fórum Metropolitano de Economia Popular e Solidária O Fórum é um espaço que reúne diversos empreendimentos, pessoas, entidades, representantes de gabinetes de vereadores, que acreditam e participam do ‘movimento’ economia solidária e é realizado no Centro Público de Economia Solidária. Atualmente o Fórum Metropolitano está se articulando para alcançar objetivos considerados mais importantes∗, a constituição de redes de empreendimentos do mesmo ramo, aprovar marco legal no município de Belo Horizonte e conquistar um espaço permanente para a comercialização de produtos solidários. Para isso foram criados Grupos de Trabalho que são compostos por pessoas, empreendimentos e coordenação do Centro Público. Para planejar e executar esses objetivos os seguintes grupos foram formados (também denominados como eixos de atuação): ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒

Capacitação e Formação Produção, Comercialização e Consumo Finanças Gestão e Organização Interna Comunicação Marco Legal

Nesse mesmo dia, o Cáritas fez uma apresentação sobre o Fundo Rotativo Solidário, vinculado com o eixo Finanças. Resumo sobre o Fundo Rotativo:  

É um instrumento de crédito para atender a todos que precisam. O recurso para iniciar o Fundo pode ser proveniente de várias fontes, como poupança daqueles que desejam constituir essa parceria, doações, etc.

o objetivo final é que os grupos andem “com próprias pernas”.Há uma assessoria forte, podendo destacar o movimento sindical e outros movimentos como o Cáritas, cooperativas ente outros. ∗

103


Funciona da seguinte forma: há X reais no Fundo, empresta-se X/Y reais para atender empreendimentos que necessitam tal volume. Assim que as pessoas vão pagando seu empréstimo, tendo combinado a forma de pagamento (não necessariamente monetária) e juros dentro do grupo, outras pessoas vão sendo beneficiadas também. Outra coisa que deve ser definida de acordo com as características do grupo é a finalidade do Fundo Rotativo. Por exemplo: o Fundo vai servir para financiar capital de giro e auxiliar no transporte quando houver feiras em outros municípios e/ou estados.

Algumas entidades parceiras levantadas nesse dia: CONDIM UNISOL BRASIL INSTITUTO MARISTA CÁRITAS OUTRAS (disponível no site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária) Está se estabelecendo uma parceria com a Rede Lê – UFMG, que funciona no mesmo espaço físico do Centro Público, para cursos de inclusão digital em software livre.

Belo Horizonte, dia 15 de abril de 2008 Apresentação do que os GTs produziram no mês. O grupo que está discutindo o marco legal propôs identificar os deputados e vereadores que realmente se interessam pela causa, visto que poucos comparecem nas reuniões em câmara ou assembléia para se discutir a legislação específica, apesar de que muitos ‘assinam’ como interessados em discutir tal pauta. Outra proposta do grupo foi elabora um Plano de Ação e propor em audiência pública as demandas do movimento. O GT de produção elaborou uma lista com diversos insumos e matérias-prima para que os grupos ‘marquem’ aqueles que utilizam para realizar sua produção e assim facilitar a constituição de redes de consumo. Demais grupos não manifestaram. Há uma chamada nacional de projetos do SEBRAE para incentivar projetos de comercio justo e solidário, que deve ser enviado até dia 30/05. Proposta de discutir a elaboração de um projeto e ‘concorrer’à verba. _____________//_____________ O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) – Plenária de 2008 104


O FBES é a entidade (não instituição, não tem CNPJ) que organiza o movimento da economia solidária no Brasil, no sentido de definir qual economia solidária o movimento pretende construir. São nas plenárias nacionais que são deliberadas diretrizes para a organização e articulação do movimento nas demais esferas, estadual e municipal. Realizado em março deste ano a IV Plenária, foi discutido mais de 540 deliberações do movimento de Economia Solidária diferenciadas por bandeira ou Eixo. Os eixos de atuação definidos no Fórum Brasileiro são os mesmo discutidos no Fórum Metropolitano. No site http://www.fbes.org.br/plenaria2008/ é possível ter acesso às deliberações.

Belo Horizonte, dia 17 de Junho de 2008.

FÓRUM DE ECONOMIA POPULAR E SOLIDÁRIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ⇒ Votação dos artigos para o Regimento Interno do Fórum de Economia Popular e Solidária da Região Metropolitana de Belo Horizonte.  Critério: com a aprovação de 2/3 dos presentes, o artigo proposto é aprovado. 1. Logomarca do Fórum – na próxima reunião as pessoas vão trazer sugestões para votar. 2. No país a expressão é Economia Solidária, Popular está subentendido pela carta de princípios. Decidiu-se que permanece o popular, pois o termo EPS é daqui de Minas, as pessoas se referem ao movimento dessa maneira.  Decidido pela sigla FEPS/RMBH → Fórum de Economia Popular e Solidária da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 3. O Fórum não é institucional e segue as diretrizes do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e Fórum Mineiro de Economia Popular e Solidária (FMEPS) 4. Objetivo Geral: representar o movimento de economia popular e solidária. 5. Objetivos Específicos: Desenvolvimento e Sustentabilidade a) Promover estratégias para o desenvolvimento e sustentabilidade de empreendimentos solidários b) Fomentar redes c) Apoiar a formação de cooperativas

105


d) Contribuir para a criação e de incentivos para empreendimentos solidários → critérios estabelecidos na 4ª Plenária. e) Espaços permanentes f) Incentivos a feiras, etc. Formação g) pessoal, social, acadêmica, técnica, ética, cultural, de valores de trabalho e da economia solidária h) educar para economia solidária e cooperação na produção, comercio e consumo justos, éticos e solidários. i) Estimular a capacitação de gestores públicos com atuação economia solidária Financiamento j) identificar fontes de financiamento e divulgá-los k) incentivar a criação e permanência de Fundos regionais e municipais de Economia Popular e Solidária l) articular com agentes públicos e financeiros o acesso de credito e apoiar a criação de bancos solidários Cidadania e Construção Social Alternativa m) n) Participar na condução de política Estadual de fomento a Economia Solidária (Lei 15.028/2004) o) Propor e acompanhar a criação de legislação de incentivo e fomento a EPS p) Fomentar diálogo, intercambio e articulação ⇒ INFORMES 1) Recurso do EMATER de R$ 350 mil para o movimento de economia solidária de Minas Gerais. O FMEPS vai realizar 10 feiras regionais com essa verba. Data: meados de outubro. A idéia é que tenha no mesmo espaço empreendimentos urbanos e de agricultura familiar. 2) Cursos de EPS. Vao acontecer para grupos formados → CEDESE ou CEDESB 3) Convite ao FEPS/RMBH para participar da audiência de formulação da Lei de Diretrizes Orçamentárias → Plano Plurianual de Ação Global → Lei Orçamentária, na Assembléia. 4) Página da Internet do Fórum, em criação – GT de comunicação. 5) FBES vai convidar todos os 22 mil empreendimentos a montar sai página na Internet. OBS: software livre. 6) Mobilização para criar a lei municipal de ES. → comissão para elaborar proposta de lei, a partir da lei estadual. Proposta de conteúdo. 106


7) Reunião da rede de artesanato da UNISOL. Quinta-feira, 14hs. ⇒ Encerramento com uma apresentação teatral CAES NA VIZINHANÇA, do grupo Utopia. Anexo E.4 – OCEMG

OCEMG SESCOOP / MG 07/03/08 Palestra sobre cooperativismo: Nemízio - Crescimento econômico que não absorve todos os trabalhadores. A organização cria novas formas de organização. (SACHS). - Faculdades não ensinam empreendedorismo. Quem deu inicio foi Fernando Dolabela (Oficina do empreendedorismo). Gargalos na educação. Ex: não se prepara para as ONG’s por exemplo. - Valorização do conhecimento, exclusão daqueles que não tem acesso. - Nova realidade que os produtos não se adaptam a essa nova realidade, não sabem o que é custo fixo e variável. - Criar formas e modelos de organizações que possibilitam o desenvolvimento humano e econômico, dentro de suas próprias regiões. Não formar jovens para sair da comunidade, mas sim para implementar os negócios das famílias locais - Características comuns dos grupos: - Não há grupos e sim muitas pessoas querendo ganhar de imediato. 1º desafio é formar um grupo coeso, explicando a personalidade jurídica da cooperativa. DESCONHECIMENTOS: - Tributação diferenciada nas bases de cálculo - Heranças de mercado: as pessoas são competitivas – “quero o meu e não o nosso”, mudar de cultura. → Organização de grupo, inserção política, representação, capacidade de se organizar para exercer cidadania. Cooperativismo: forma de organização socioeconômica, essencialmente democrática, que visa ao desenvolvimento integral e solidário das pessoas, mediante um empreendimento econômico. → cooperativismo é um movimento popular e não uma doutrina científica, é uma ideologia. Cooperativa: onde se exerce o cooperativismo VALORES: (educação cooperativista) 

Democracia 107


      

Igualdade Solidariedade Equidade (retidão) Honestidade Transparência Responsabilidade social, pessoal e mútua Altruísmo (amor ao próximo)

Grande Desafio: educar as pessoas para o cooperativismo rompendo com a cultura materialista. PRINCÍPIOS: 1. Adesão voluntária e livre: previsto em estatuto 2. Gestão democrática dos membros: capacidade dos membros de entender o empreendimento 3. Participação econômica dos membros: responsabilidade dos cooperados tanto na perda quanto nos ganhos 4. Autonomia e Independência: não há intervenção estatal, previsto na constituição 5. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO 6. INTERCOOPERAÇÃO: consumo e trocas entre cooperativas 7. Interesse pela comunidade: como melhorar as condições do entorno COOPERATIVA:

Associação de pessoas → mínimo 20 pessoas (projeto social) Empreendimento Econômico (projeto econômico)

→ TEM QUE HAVER CONFIANÇA. COMO ESTABELECER ESSA RELAÇÃO? Convívio Obs: não tem caráter econômico, não pode emitir notas.

108


Assembléia Geral

Diretoria ou Conselho de Administração

Diretor Vice Presidente

Diretor Presidente

Conselho Fiscal

Diretor Secretário

Gerencia Geral ou Superintendência Departamento A

Departamento B

Departamento C

Passos para constituição da cooperativa: 1 Reunir pessoas com objetivos comuns; e que tenha atividades comuns. 2 Realizar reuniões com interessados, esclarecendo sobre o funcionamento de uma cooperativa e as condições mínimas necessárias para que a cooperativa seja viável. Refletir juntos:    

A necessidade é sentida por todos necessários por todos interessados? A cooperativa é a solução mais adequada? Ou a associação poderia ser o primeiro passo? Cooperativas na redondeza que já atuam no ramo? Os interessados

3 4

Analisar com será a atuação junto ao mercado Fazer um planejamento financeiro - Investimento fixo, k - Investimento financeiro, dinheiro em caixa → profissionalizar - Investimento pré-operacionais; registros que custam taxas, aluguel, pintura de imóvel

5

Discutir sobre as atribuições dos órgãos administrativos e fiscais 109


6 Elaboração do estatuto social → assembléia gera de constituição em que aprova-se o estatuto. Reunião registrada em ata. 7 Convocar, através de edital de convocação, todos os interessados (mínimo de 20 pessoas) para assembléia gera de constituição (fundação) da cooperativa 8 Proceder os registros nos órgãos competentes Cota-parte: valor que cada integrante entra para constituir a cooperativa. O total das quotas é o chamado Capital Social.

110


ANEXO F – MAPEAMENTO DO ENTORNO Anexo F.1 – Levantamento via catálogo Rua, Avenida, Alameda

Bairro

Atividade 1

Atividade 2

Augusto F. Santos

Serra Verde

Divina da Saúde Gonçalves

Igreja do Evangelho Quadrangular

Benigno da Silva

Serra Verde

EM José Maira Alkimim

Carmelito M. Reis

Jd. Europa

177, Comercial M Santos Ltda.

Cel. M. Assunção

Serra Verde

102, Lajes Milão

Dr. Roberto Las Casas

Serra Verde

290, Gesso Cajamar F. Decorações Ltda

Guido Leão

Serra Verde

Restaurante Te Encontro

Interligação

Serra Verde

10, Cia. Brasileira de Bebidas

João Batista Fernandes

Serra Verde

86, Alinhamento Policar;

52, José Machado

João C. Barros

Serra Verde

50, PBH JM Miriam Brandão

Probase Empreendimentos

José Lourival Silva

Serra Verde

174, Century Telecom Ltda

José Maria Alkimim

Serra Verde

1276, Refrija Refrigeração e Bobinamento de Motores

Julita Nunes Lima

Minas Caixa

53, Escola Municipal Dora Tomich Laender

1700, Rádio Metropolitana 147, Assoc. Com. Mor. Cj. Minas Caixa e Mov. Sem Casa

Leontino Francisco Alves

Serra Verde

111, Lanchonete São Judas Tadeu

115, Padaria Pão da Serra

Leontino Francisco Alves

Serra Verde

241, Supermercados BH

251, Bazar Novo de Novo

Leontino Francisco Alves

Serra Verde

275, Leandro O Santos

275, Pizzaria Petiqueria V Delivery

Leontino Francisco Alves

Serra Verde

325, Drogaria Gran Farma Bairro SV

421, Felipe C Carvalho

Leontino Francisco Alves

Serra Verde

628, Atelier do Cabelo

Manoel Miranda dos Santos

Serra Verde

146, Panificadora K Pão

Maria P. Nicolau

Serra Verde

40, Igreja Batista Maanaim de Belo Horizonte

N

Serra Verde

35, Silvia S. Rodrigues

121, WRE Comércio de Calçados Ltda.

Nenen Lara Rocha

Serra Verde

162, Central Norte Gás

185, Escola Infantil Banca de Neve Ltda.

Nenen Lara Rocha

Serra Verde

195, Silvana S Magalhães

195, WD Vídeo Club

Nenen Lara Rocha

Serra Verde

235, Auto Chave

247, Enxovais Serra Verde Ltda.

Nenen Lara Rocha

Serra Verde

280, Salão Tendencia de Estilo

299, Padaria

Nenen Lara Rocha

Serra Verde

320, Academia Olimpus

320, Casa do Pão

Pedro F Carvalho

Serra Verde

Salão Luz da Vida

Cesalbino P Oliveira

150, Depósito Milão PBH: CS Serra Verde

111


Professor Lício Assad

Serra Verde

22, Edimilson D. Monteiro

Professora Míriam Silvestre Rodovia Prefeito Américo Gianetti MG10

Serra Verde

450, Crep Consertos, Reformas Elétricas e Pintura Ltda.

Serra Verde

km 15, Moto Escola Jockey

km 15, Posto Boa Esperança

Rodrigo Fernandes

Serra Verde

56, Antônio L Rocha

171, Capela Santa Edwiges

Salamanca

Jd. Europa

100, Retengrol Ltda.

610, Julifer Contruções e Material de Construção

Salamanca

Jd. Europa

865, Sérgio G. Amorim

900, São João Materiais de Construção

Sebastião G. Pereira

Serra Verde

PBH: Centro de Vivência Agroecológica SV

Rua, Avenida, Alameda

Atividade 3

Atividade 4

Augusto F. Santos Benigno da Silva Carmelito M. Reis Cel. M. Assunção

172, Bar e mercearia Juicinel Ltda

Dr. Roberto Las Casas Guido Leão

Escola Estadual Getúlio Vargas

Interligação João Batista Fernandes João C. Barros José Lourival Silva José Maria Alkimim Julita Nunes Lima

271, Polícia Militar de MG

572, Marcelo R. Gonçalves

Leontino Francisco Alves

163, Sacolão Legal,

231, Agro Veterinária Paraiso Animal

Leontino Francisco Alves

271, Bela Vista Loteria

Leontino Francisco Alves

285, Elle e Ella Perfumaria

271, Frigorífico Seta Alimentos 315, ComprovetComércio de Rações e produtos Veterinários

Leontino Francisco Alves

506, Raimundo L Campos

586, Abastecer Serra Verde

Leontino Francisco Alves Manoel Miranda dos Santos Maria P. Nicolau

112


Nenen Lara Rocha

187, Pedra Angular

187, Salã Limas Cabeleireiros

Nenen Lara Rocha

225, Elaine Tomás

229, Mobiliadora Novo Horizonte

Nenen Lara Rocha

260, Soares Cabeleireiro

270, Bar Self Service Tia Elcy Delivery

Nenen Lara Rocha

300, Disk Água Ingá

300, Material Para Construções

Nenen Lara Rocha

325, Festão

Pedro F Carvalho Professor Lício Assad Professora Míriam Silvestre Rodovia Prefeito Américo Gianetti - MG10

km 16, Agrojockey

km 16, Tarcísio S. N. Braga

776, FlashGás, Via Norte Gás

786, Vanecir A S Cruz

Rodrigo Fernandes Salamanca Salamanca Sebastião G. Pereira

113


Anexo F.2 Mapeamento do entorno


115


ANEXO G – Artigo apresentado no XIII Seminário de Economia Mineira em Agosto de 2008

RESIDENCIAL SERRA VERDE: POLÍTICA HABITACIONAL DE BELO HORIZONTE NA CONCEPÇÃO DA TEORIA DO PLANEJAMENTO

Marcelo Silva Borges de Andrade4 Bernardo Silame Ibrahim de Castro5

RESUMO: O Residencial Serra Verde é um empreendimento de habitação popular em construção que atenderá a demanda por moradia de 77 famílias de baixa renda que fazem parte do Programa de Autogestão da Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura de Belo Horizonte. É centrado na autogestão, nos princípios de participação comunitária e sustentabilidade sócio-econômica e ambiental. Um dos objetivos é tentar entender, a partir da teoria do Aprendizado Social, como se dá o processo autogestionário durante a obra e outras dinâmicas deste processo. PALAVRAS CHAVE: RSV, autogestão, Aprendizado Social SEÇÃO TEMÁTICA: D5

4 5

Graduando do curso de Ciências Econômicas da UFMG e estagiário do projeto RSV. Graduando do curso de Ciências Econômicas da UFMG e estagiário do projeto RSV.

116


SUMÁRIO (nova numeração para adequar ao relatório)

1.Introdução..........................................................................................................................118 2. Aprendizado Social: a união entre o conhecimento e a ação............................................118 3. A política habitacional de Belo Horizonte: o programa de Autogestão...........................120 4. O Projeto Residencial Serra Verde 4.1. A localização do projeto.................................................................................... 121 4.2. O financiamento do projeto............................................................................... 122 4.3. As famílias......................................................................................................... 123 4.4. Dinâmica da Autogestão no RSV.......................................................................126 5. Conclusão..........................................................................................................................128

117


1. Introdução O presente trabalho é fruto de uma avaliação do Projeto Residencial Serra Verde - RSV Modelo de Autogestão Habitacional de Interesse Social, um estudo multidisciplinar que se encontra em andamento e que tem como objetivo elaborar um modelo, em escala piloto, para viabilizar a construção de moradias de interesse social pelo regime de autogestão, incorporando princípios da economia solidária, da participação comunitária, da inclusão digital e da sustentabilidade sócio-econômica e ambiental. O projeto resultará na construção de 77 moradias para famílias de baixa renda vinculadas à Associação dos Sem Casa do Bairro Betânia e Regiões de BH, ASCA-BH, com financiamento do Fundo de Desenvolvimento Social, via Crédito Solidário, em terreno da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – PBH. O projeto se constitui numa parceria entre UFMG (através dos departamentos DESA da Escola de Engenharia, PRJ da Escola de Arquitetura e Cedeplar da Faculdade de Ciências Econômicas), PUCMINAS, PBH/SH, ASCA-BH, Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades, gestor e provedor do Programa Crédito Solidário, e Secretaria de Habitação de Belo Horizonte. Como o projeto envolve a participação de diversos parceiros, decidiu-se por estruturá-lo em Unidades de Operação temáticas - UO, cada qual com uma sub-coordenação e articuladas horizontalmente por uma Coordenação Geral - CG. Essa estrutura tem o encargo de executar, com o apoio financeiro da FINEP e suporte administrativo da Fundep, as diversas atividades que resultarão nos objetivos específicos propostos e na construção do empreendimento piloto RSV. O Programa de Autogestão Habitacional de Belo Horizonte se diferencia por incentivar a maior participação dos beneficiários no processo de construção da obra que, com o apoio técnico de profissionais de diversas áreas, contribui para maior formação pessoal e profissional dos envolvidos, configurando uma parceria no processo de execução dos projetos, em que as famílias beneficiadas pelo Programa participam de forma ativa no planejamento do empreendimento. Dessa forma, o Programa adotado na cidade pode ser caracterizado como uma prática do ‘aprendizado social’6, uma das tradições dentro da linha do Planejamento, abordados por John Friedmann no livro “Planning in the public domain: from knowledge to action” de 1987, em que conhecimento técnico e o saber popular dialogam na tentativa de atingir o melhor resultado da política pública. O objetivo deste trabalho é apresentar a Política Municipal de habitação de Belo Horizonte, dando enfoque para o Programa de Autogestão e as características socioeconômicas do público alvo da política, tendo o projeto RSV como um resultado em curso do Programa. O trabalho divide-se em três partes além desta introdução. A primeira apresenta de forma sucinta as principais características do planejamento baseado no aprendizado social. Segue-se com a apresentação da política habitacional de Belo Horizonte como um exemplo desse modelo de planejamento e; por fim, uma abordagem de como se dá esse processo na prática, tendo como estudo a experiência no Residencial Serra Verde. 2. Aprendizado Social7: a união entre o conhecimento e a ação O Aprendizado Social como modelo de planejamento, de acordo com Friedmann (1987), teve como principal influência o filósofo norte americano John Dewey, que acreditava que o aprendizado só poderia ser construído através da interação entre o conhecimento teórico e a experiência prática, não havendo divisão entre as duas coisas durante o processo. 6

Tradução do termo Social Learning. O Social Lerning, ou Aprendizado Social, é um modelo de planejamento que teve origem a partir de dois outros modelos: o Social Reform, Reforma Social, que da ênfase à importância do conhecimento técnico-científico para planejamento e formulação de políticas públicas e; o Social Mobilization, ou Mobilização Social, que enfoca a importância dos movimentos populares para concepção das políticas publicas, visto que esses movimentos representam o público alvo dessas políticas. 7

118


In its primary integrity, experience recognizes no division between act and material, subject and object, but contains both in a unanalyzed totality (Dewey 1958, 8; orig.1929. Em Friedmann 1987)

A implicação desse pensamento para o Planejamento foi a de construir uma teoria que conecte o conhecimento à ação, tendo como resultado final o aprendizado. O objetivo dessa prática seria a possibilidade das pessoas serem sujeitos da ação de mudança de sua realidade, no sentido de se desenvolverem como pessoas e cidadãos atuantes. De acordo com Friedmann(1987), a ação é quando o ator assume o rumo de sua vida, não na ação cotidiana, mas em uma ação que tem um sentido de mudança histórica. O sujeito da ação, o ator, podem ser pessoas, pequenos grupos, organizações humanas ou movimentos sociais, em que ator e aprendiz são coincidentes no processo de aprendizado. Friedmann (1987) diz que o aprendizado se manifesta numa mudança da atividade prática. Em primeiro lugar, é preciso uma mudança direta da prática social, em que sistematizações e articulações em linguagem formal e discurso científico devem ser evitados. Em segundo lugar, o aprendizado social deve envolver uma mudança nos agentes que guiam o ator no processo de ação sobre a realidade. Esses agentes devem trazer certos conhecimentos técnicos para incentivar as práticas sociais dos seus ‘grupos clientes’. Para ser efetivo, os agentes da mudança devem desenvolver uma pratica de ‘negociação’ com seus clientes, conduzindo para um aprendizado mútuo, na troca de conhecimentos técnico e saber popular, transformando em uma estratégia de ação para resolver o desafio em questão, desenvolvendo uma nova concepção de realidade, valor e crenças dos atores. It requires a major cognitive restructuring that will have far-reaching practical consequences for self-image, human relations, formal authority, and ultimate distribution of the costs and benefits of action. (Friedmann, 1987. p.186)

Todo aprendizado, porém, precisa de uma teoria para processar a informação gerada no curso da ação. Friedmann (1987), no que ele chama de história prática, define dois tipos de teoria: a teoria da realidade e a teoria da prática. A primeira divide-se em (i) uma teoria da história, que é como o ator está acostumado a ver o mundo; e (ii) a teoria da situação, a forma como o ator entende a situação específica em que ele está envolvido. A teoria da prática remete ao comportamento do ator em lidar com determinadas regras (burocráticas, políticas, comerciais, etc), e são trabalhadas de acordo com a expectativa de se ter um comportamento adequado diante dessas regras. No aprendizado social, então, é imprescindível que a teoria da realidade e a teoria da prática seja uma influenciada pela outra. A teoria que envolve o AS remete também ao aprendizado prévio do ator, construído da sua experiência de vida, classe social de origem, experiências de trabalho e educação formal. Essa experiência adquirida ao longo da vida do ator carrega consigo uma série de préconceitos e valores que não são facilmente mudados. Para haver um rompimento com esses valores já construídos pela experiência prévia, é necessário um enorme esforço no sentido de reeducar essas pessoas, o que envolve não só uma mudança no campo das idéias, mas também na forma de se comportar diante das situações impostas. (Friedmann, 1987).

119


3. A política habitacional de Belo Horizonte: o programa de Autogestão A Política Municipal de Habitação de Belo Horizonte faz parte das políticas públicas do município que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda. O modelo do programa de habitação de Belo Horizonte se destaca por ter diretrizes e instrumentos criados junto com a participação popular. Os recursos próprios da Prefeitura e outros captados em programas de financiamento do Governo Federal têm garantido a execução dos projetos de habitação. (PBH) Dentro desta política habitacional, está inserido o Orçamento Participativo de Habitação, que surgiu em 1996, fruto da reivindicação do movimento popular por moradias de melhor qualidade. A participação de associações populares foi decisiva neste contexto, e inclusive, se faz necessária também, para que os financiamentos habitacionais sejam melhor distribuídos entre as populações de diversos pontos no território municipal, visto que as famílias atendidas pelo programa, normalmente, são representadas por associações de moradores sem casa, cadastrados na Prefeitura, situados em diversas regiões da cidade. A construção das habitações conquistadas se faz por duas formas de gestão: a Gestão Pública e a Autogestão. Na Gestão Pública, todas as fases de implementação do empreendimento é administrado pelo Poder Público seguindo a legislação pertinente. Na Autogestão, é firmado um convênio com uma Associação Habitacional por meio do qual a Prefeitura de Belo Horizonte se compromete a liberar os recursos necessários para a realização do empreendimento e fiscalizar a realização do mesmo e a Associação Habitacional se compromete a executar e administrar o empreendimento com auxílio de uma Assessoria Técnica por ela contratada e que responda aos critérios estabelecidos pela PBH. (PBH).

O Programa de Autogestão é uma modalidade de construção no âmbito do Orçamento Participativo de Habitação. Os empreendimentos autogestionários têm como objetivo fornecer moradias dignas às famílias de baixa renda juntamente com uma formação pessoal e profissional dos envolvidos. É característico desses empreendimentos uma participação direta das famílias envolvidas na obra, o uso de mão-de-obra mutirante, ou seja, uma mobilização coletiva não remunerada em prol da comunidade que trabalham durante os finais de semana, orientado pela assessoria técnica, para complementar o trabalho que é feito durante a semana. A mão-de-obra mutirante se envolve nos empreendimentos em regime de sobretrabalho, uma vez que trabalham no período que lhes é destinado ao lazer e descanso. Estas participações também podem e devem ser feitas contratando as pessoas como trabalhadores remunerados durante a semana. Muitas vezes se torna confusa a distinção entre mutirão e autogestão. De acordo com Lopes e Rizek (2007), há sem dúvida, uma pluralidade de significados sobrepostos, que acontece tanto na abordagem dos gestores públicos, quanto dos movimentos, assim como no meio acadêmico. Entretanto, cada significado, mesmo tendo suas distinções, são conduzidos muitas vezes a uma confusa e muitas vezes submissão de um termo a outro. A autogestão aparece como uma visão alternativa aos modos de organização orientadas pelo mercado, o que leva a um resgate dos valores eqüitativos, solidários e democráticos, representando uma possibilidade concreta de emancipação social dos excluídos. Segundo Misoczky et. al. (2004), a autogestão consiste na gestão dos meios de produção e organização social onde todas as entidades de base (indivíduos, grupos, movimentos populares) têm direitos e participação iguais, pautando-se nos princípios da liberdade e igualdade. De acordo com Allain e Bourdet (1976), a autogestão parte do principio da igualdade das pessoas, não podendo alienar ou submeter homem algum, devendo-se repousar no princípio da igualdade absoluta de todos os membros que a compõe e, mais ainda, sobre a liberdade inteira de cada um. 120


Nota-se que os custos totais de construção do mutirão são aproximadamente 30% inferiores aos do processo convencional. Temos que a grande diferença observada entre o custo incidente do processo convencional e o custo incidente do mutirão explica-se não somente pelos menores custos de mão-deobra mutirante, mas também pela economia em gastos indiretos como encargos financeiros, bonificação, alimentação, transporte, despesa com escritório, etc, além da compra criteriosa dos materiais de construção que além de reduzirem os custos da obra, garantem edificações de qualidade. (Abiko e Coelho, 2007). No Programa de Autogestão de belo Horizonte o recurso para a construção da obra é repassado às Associações. O Programa é acompanhado por uma comissão da autogestão e por uma coordenação executiva da Secretaria Municipal de Habitação. Profissionais das diversas áreas de trabalho são integrados na fiscalização e acompanhamento do empreendimento. Para que uma família seja atendida pelos Programas Habitacionais significa passar uma série de procedimentos, que começa na participação do movimento popular. As famílias organizam-se em torno de associações, normalmente aquelas próximas do local onde moram. Estar vinculado a uma dessas associações é de fundamental importância para as famílias que almejam ser atendidas pelo programa de habitação da Prefeitura, visto que essa é uma condição mínima para que essas associações pró-moradia indiquem as famílias à prefeitura de Belo Horizonte. Outros critérios seletivos como tempo de participação no movimento, presença em eventos da associação, numero de filhos na família, entre outros, também determinam a indicação da família para o programa. O Programa de Autogestão da PBH, atualmente, é responsável direto e indiretamente pela conclusão do Conjunto Urucuia (202 unidades), o Conjunto Deuslene (8 unidades), Fernão Dias (144 unidades), Serrano (192 unidades), Vilarégia (57 unidades), Residencial das Flores (280 unidades) e Jardim Leblon (192 unidades). (PBH) 4. O Projeto Residencial Serra Verde 4.1 A localização do projeto A região onde está inserido o Projeto Residencial Serra Verde (RSV), Bairro Serra Verde, distrito de Venda Nova, em Belo Horizonte, é caracterizado pelo baixo dinamismo econômico quando comparado com demais regiões do município, o que, conseqüentemente, também é marcado por um alto nível de desemprego, além de pouca articulação político-popular. Apesar disso, comparado com a região de entorno, possui uma das maiores médias salariais8. De acordo com Sousa (2006): Com base nas análises dos dados, conclui-se que a região em questão é marcada por uma população local pobre, de pouco conhecimento, de frágil organização sócio-política e muito carente de apoio social e mobilização política para seu próprio desenvolvimento e tem-se um novo padrão de produção do espaço urbano e regional, consoante com alguns princípios da contemporaneidade. Apesar de Belo Horizonte concentrar 77% do PIB do setor terciário de toda a RMBH, pouco dessa dinâmica está presente na porção mais ao norte de BH. À cargo da região de estudo fica o papel de bairros dormitório, onde a concentração residencial é grande e, majoritariamente, composta por conjuntos habitacionais. Constitui-se, de tal maneira, a referida precariedade no quadro sócio-econômico local.

O Bairro Serra Verde é predominantemente residencial e todo urbanizado (rede de esgoto, rede elétrica, ruas pavimentadas, coleta regular de lixo e linhas de ônibus), sendo o comércio local pouco

8

Informações sobre as características econômicas do Bairro Serra Verde foram retiradas da monografia de graduação “Habitação em economia solidária: uma discussão sobre sustentabilidade em autogestão” do bacharel do curso de Economia da Faculdade de Ciências Econômicas Julio Carepa de Souza, que também atua no Projeto RSV.

121


diversificado. Os equipamentos públicos presentes são duas escolas, uma municipal e outra estadual atendendo primeiro e segundo grau do ensino básico; um posto de saúde; e o Centro de Vivencia Agroecológica – CEVAE, que tem o objetivo viabilidade da melhoria da qualidade de vida socioambiental de assentamentos urbanos de periferia com a participação popular. Em relação ao entorno imediato, vale chamar atenção para o Conjunto União, ‘vizinho de porta’ do projeto RSV. Esse conjunto é resultado de um acordo entre o Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte e Caixa Econômica Federal para assentamento de 65 famílias que estavam morando de forma precária em outra região da cidade, por volta de doze anos atrás. A população do Conjunto União destaca-se por ser predominantemente jovem, com baixa renda e escolaridade. Apesar de ter ocorrido acompanhamento dessas famílias por parte da Prefeitura, percebe-se que o perfil socioeconômico da população foi um complicador para a organização das famílias após o assentamento. Atualmente, o conjunto se encontra completamente diferente da forma que foi entregue aos moradores, que em sua grande maioria continuam os mesmos. Percebe-se que as famílias completaram as moradias invadindo o espaço público (rua) e espaços coletivos dentro do próprio conjunto. Pode-se dizer que houve um processo de favelização. Porém, a região vem passando por várias ações de planejamento e intervenção pública com a construção da Linha Verde, a transferência dos vôos do aeroporto da Pampulha para o aeroporto de Confins e, principalmente, a futura transferência do CAMG (Centro Administrativo de Minas Gerais) para a região. Nota-se, à primeira vista, uma imensa valorização imobiliária tanto nos bairros mais próximos quanto nos municípios vizinhos. Entretanto, a posteriori, não há como saber ao certo qual será o real impacto da nova dinâmica sócio-econômica sobre os agentes envolvidos nesse processo de transformação do espaço urbano na região metropolitana de Belo Horizonte. 4.2 O financiamento do projeto O Projeto RSV está entre os projetos do programa de Autogestão da Prefeitura de Belo Horizonte que são financiados por recursos do Governo Federal via Crédito Solidário. O programa Crédito Solidário foi criado para atender um dos objetivos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)9 – vinculado ao Ministério das Cidade – que é reduzir o déficit habitacional nas cidades brasileiras, assim como melhorar a qualidade de moradias populares e estimular o cooperativismo habitacional. Os recursos do FDS não financiam projetos de entes públicos, logo, o recurso do Programa Crédito Solidário é repassado diretamente às famílias, que necessariamente devem estar organizadas em torno de um agente organizador (Associações, Cooperativas e Entidades da Sociedade Civil)10. Além dessa condição, para se caracterizar como beneficiário potencial do financiamento, as famílias atendidas devem ter um rendimento bruto mínimo de R$ 1.050,00 (hum mil e cinqüenta reais) ou superior a isso, tendo como limite a renda de R$ 1.750,00 (hum mil e setecentos e cinqüenta reais). O financiamento ocorre a partir da proposta aprovada pela Caixa Econômica Federal. Depois da aprovação do empreendimento pela CAIXA, serão providenciadas as pesquisas cadastrais, as análises de capacidade de pagamento e as entrevistas com os beneficiários apresentados pelo Agente Organizador, de acordo com a documentação pessoal e de renda. Assim, o processo conta com três participantes, denominados por agentes, são eles: o agente organizador, Associações, Cooperativas e Entidades da Sociedade Civil, responsável basicamente por organizar a participação de todos os envolvidos durante a execução do empreendimento a fim de assegurar a sincronia da implementação do projeto; o Ministério da Cidade na qualidade de Gestor do 9

O FDS também financia projetos voltados para saneamento básico, infra-estrutura e equipamentos comunitários. O Crédito Solidário é considerado uma conquista pelo movimento popular pró-moradia

10

122


programa e; Caixa Econômica Federal como o agente operador e financeiro. Além da Prefeitura de Belo Horizonte que participa com concessão do terreno, um pequeno percentual do valor do financiamento (5%) e com uma equipe de acompanhamento e fiscalização da obra. Como agente operador e financeiro, a Caixa tem como atribuição zelar pelo contrato assinado pelas famílias. Chama-se atenção para este aspecto por que se acredita que o formato do financiamento é um complicador para a dinâmica autogestionária. Vale ressaltar algumas características contratuais que prejudicam o andamento da obra. Em primeiro lugar, o valor da obra que foi definido no ano de 2006 não prevê nenhum reajuste monetário ao longo do tempo, nem mesmo o mínimo para proteger da inflação, ou seja, é um valor fixo. Em segundo lugar, a liberação do financiamento acontece por etapas da seguinte maneira: parcelas subseqüentes do financiamento só são liberadas quando o percentual de obra executado previsto no cronograma para a etapa anterior for cumprido. Essa forma de operar o financiamento se torna um complicador quando o mercado de construção civil está aquecido, como no caso de Belo Horizonte, e o preço dos insumos está muito mais alto do que no período em que foram previstos no planejamento de custo da obra e quando foi definido o montante total para o financiamento. A conseqüência que isso implica é o não cumprimento das etapas previstas no cronograma físico-financeiro da obra e a não liberação da parcela seguinte. Para manter o andamento da obra, a prática utilizada é o endividamento com fornecedores. Porém essa prática tem um limite claro e de curto prazo. A partir do momento que os fornecedores não receberem pela dívida feita anteriormente, cessa-se o crédito. 4.3 As famílias Na tentativa de obter uma melhor compreensão do público atendido, foram aplicados questionários sócio-econômicos às famílias incluídas no projeto habitacional Residencial Serra Verde, visando um levantamento das atuais condições de vida das mesmas, abrangendo a composição familiar, condições atuais de trabalho, moradia, bens duráveis que possuem, acesso ao mercado financeiro e de crédito, habilidades e escolaridade dos membros da família. Devido tanto à desistência de algumas famílias de aceitarem o beneficio do programa quanto a não disponibilidade de outras só foi possível a aplicação de 61 questionários referentes às 77 famílias, abrangendo um total de 205 pessoas. Mesmo assim, assumimos que 61 famílias mostram ser uma amostra significativa para analisarmos o grupo como um todo. Vamos destacar algumas características da população que se mostram mais importante para o trabalho. Em relação ao sexo dos futuros moradores, observamos que 48% da população é composta por homens e 52% por mulheres. Temos que a razão de sexo na população é de 1,08. De acordo com Carvalho (1994), “este índice é sempre muito estável dentro da mesma população, e normalmente varia entre 1,02 e 1,06. No Brasil, está em torno de 1,05”. Assim, vemos que este valor é bem próximo dos níveis estáveis da distribuição de sexos, mostrando que há uma distribuição semelhante de homens/mulheres quando comparamos a população em questão com as populações em geral. Para analisar as idades dos indivíduos da população dividimos estas em faixas etárias de 10 anos. O gráfico abaixo mostra como se dá a essa distribuição etária da população.

123


Gráfico 1: Distribuição Etária 25,00%

Freqüência relativa

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

0-9

10-19

20-29 30-39 40-49 50-59

60-69

70-79 80-89 90-99

Faixa etária (em anos) Fonte: Elaboração própria a partir dos questionários sócio-econômicos.

A partir dos dados, vemos que há uma dominância de uma população mais jovem, sendo que 38,18% da população tem de 0-19 anos, ou seja, 38,18% do total da população é composta por crianças e adolescentes e a população situada entre 20 e 59 anos representam 57,51% do total. A população de 60-99 anos representa 3,63% da população total. Analisando os dados relativos a trabalho, a partir da população parcial de 161 trabalhadores11, 60,19 % possuem carteira assinada. Temos que 13 (8,07%) deles são aposentados, 98 (60,87%) possuem renda maior que um salário mínimo12, 30 (18,63%) possuem renda menor que um salário mínimo e 20 (12,42%) são desempregados.

11 12

Inclui-se além dos trabalhadores, aposentados e desempregados. O salário mínimo à época da pesquisa era de R$ 300,00.

124


Gráfico 2 : Emprego

70.00%

60.87%

60.00% 50.00% 40.00% 30.00% 20.00% 10.00%

18.63% 12.42%

8.07%

0.00% Aposentados

Renda maior que um salário

Renda menor que um salário

Desempregados

Fonte: Elaboração própria a partir dos questionários sócio-econômicos.

Nos chama atenção o fato de haver uma maior concentração de pessoas que recebem mais de um salário mínimo representando mais da metade dos trabalhadores. Entretanto, não podemos afirmar que este fato garante a eles altos níveis de renda. Sobre as informações referentes à escola, temos que da população parcial de 205 pessoas, 82 (40%) freqüentam a escola e 123 (60%) não freqüentam. Analisandos os dados de escolaridade, temos que 8 pessoas (4%) completaram do 1º ao 3º período da Educação Infantil; 59 (29%) completaram da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental; 74 (36%) completaram da 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental; 20 (10%) tem Ensino Médio incompleto; 43 (21%) tem Ensino Médio completo; e 1 indivíduo (0,5%) possui Ensino Superior completo. Gráfico 3: Escolaridade 1; 0,49% 8; 3,90% 43; 20,98%

1º ao 3º período EB 59; 28,78%

1ª a 4ª série EF 5ª a 8ª série EF

20; 9,76%

EM incompleto EM completo Superior completo 74; 36,10%

Fonte: Elaboração própria a partir dos questionários sócio-econômicos.

Sabe-se da importância da educação na determinação dos níveis de renda, havendo na maioria dos casos uma relação direta entre a primeira e a segunda variável, ou seja, quanto maiores os níveis 125


educacionais de um individuo maiores são as chances deste ter maiores níveis de renda. Assim, podemos ver que os baixos níveis de renda podem ser explicados em parte pela baixa escolaridade da população. A sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico está diretamente associada à velocidade e à continuidade do processo de expansão educacional. Essa relação direta se estabelece a partir de duas vias de transmissão distintas. Por um lado, a expansão educacional aumenta a produtividade do trabalho, contribuindo para o crescimento econômico, o aumento de salários e a diminuição da pobreza. Por outro, a expansão educacional promove maior igualdade e mobilidade social, na medida em que a condição de “ativo não-transferível” faz da educação um ativo de distribuição mais fácil do que a maioria dos ativos físicos. (Barros, Henriques, Mendonça, 2002)

4.4 A dinâmica da Autogestão no RSV O ideal da autogestão seria que cada proprietário do empreendimento pudesse participar de cada decisão, em forma de assembléia, votando na proposta que lhe parecesse ser melhor solução para si e todo o coletivo. O modelo de autogestão deve ser entendido como aquele capaz de promover a igualdade de poder decisório (um membro = um voto) que reitera a associação de iguais e fundamenta-se na propriedade coletiva que é garantido através do estabelecimento prévio em assembléia geral das regras (...). Portanto, este sistema garantiria a cooperação e solidariedade dos grupos. (Rosefield, 2004).

No RSV, por se tratar de um empreendimento habitacional, decisões de obra que têm que ser tomadas a todo momneto13, e mais o fato que os proprietários são os futuros moradores que em sua maioria trabalha durante o dia em outras partes da cidade, é impossível que todos participem de todas as tomadas de decisão. O mutirão, em que há o encontro das famílias para trabalharem na obra, torna-se o espaço mais democrático desse processo. Por isso, muitas questões são levantadas durante esse encontro para serem discutidas e votadas entre os mutirantes, que no caso do RSV acontece nos domingos quinzenalmente. A prestação de contas, que ocorre mensalmente, é o principal espaço em que a ‘assembléia’ de moradores se manifesta. Por se tratar de como o dinheiro está sendo gasto, muitas dúvidas surgem e o debate acontece. A prestação de contas torna-se um momento muito importante no contexto da autogestão do RSV por dois motivos: primeiro pelo efeito ‘assembléia’ que surge em torno dela; e segundo por causa do modelo de financiamento explicitado na seção 4.2, em que o uso do dinheiro deve ter prioridades para o melhor andamento da obra, visto que não é suficiente, e as famílias, como donos do empreendimento, devem estar a par da situação para manifestarem opiniões neste sentido. Uma decisão tomada pelos moradores durante uma assembléia, por exemplo, foi priorizar o pagamento de funcionários da obra. Para decisões mais corriqueiras de canteiro de obra, a assessoria técnica do Projeto Residencial Serra Verde propôs que se formassem comissões para representar o grupo em algumas situações. As pessoas apresentaram-se voluntariamente para fazer parte das comissões. Assim foram formadas quatro comissões, envolvendo onze pessoas: 13

Um exemplo de decisão tomada em obra que pode gerar controvérsias após decidido e executado é a compra de matérias mais caros e melhoras em contra partida de um mais barato.

126


  

Apontadoria: tem como objetivo fazer o controle de faltas das famílias no mutirão. Uma forma de estimular a presença no mutirão é pontuar as presenças das famílias, para que no futuro esse seja um critério para a escolha do apartamento. Comissão de Finanças: são responsáveis em acompanhar os gastos da obra e fazer a prestação de contas para demais pessoas. Comissão de obra: são futuros moradores que foram empregados como funcionários da obra, portanto têm condições de acompanhar o cotidiano da obra e se posicionarem diante dos problemas que surgem. As reuniões com essa comissão ocorrem todas quintas-feiras, sendo que quinzenalmente conta com a presença de um representante da Prefeitura. Almoxarifado: responsável pelo controle de saída e entrada de materiais em dia de mutirão.

Para tentar captar a compreensão das pessoas sobre o processo autogestionário que elas estão vivenciando foram elaborados e aplicados dois questionários de percepção de trabalho em grupo em datas distintas. O primeiro questionário foi aplicado no dia 31 de setembro de 2007 a grupos de pessoas que, nesse dia, estavam executando a mesma função no canteiro de obra, no sentido de avaliar a percepção das pessoas em relação ao mutirão. Além desse objetivo principal, teve a intenção de observar o comportamento das pessoas enquanto grupo, participação, grau de interesse e o nível de informação das pessoas da situação em que se encontrava o empreendimento. Antes de entrar nos resultados do questionário, chama-se atenção para a média de famílias presentes nos dias de mutirão, que são entorno de 43, sendo que 14 nunca compareceram aos mutirões, o que ilustra de certa forma, baixo grau de comprometimento das pessoas com o grupo. Do primeiro questionário, destaca-se os seguintes resultados: 

  

Durante a aplicação do questionário, percebeu-se que parte das pessoas se afastaram do grupo que estava reunido para responder o questionário e algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, muitas vezes não demonstrando interesse e atenção às perguntas. Entretanto outras (minoria) responderam espontaneamente e se demonstraram bastante interessadas. A pergunta feita sobre o grau de dificuldade das atividades realizadas no mutirão, as respostas mais comuns foram referentes ao esforço físico para a realização de determinados trabalhos. O “sol forte” também foi apontado como um complicador. O planejamento das atividades é feito pela assessoria técnica e distribuída para as pessoas no dia do mutirão. Algumas pessoas manifestaram interesse em participar desses planejamentos. Por volta de 60% das pessoas entrevistadas disseram estar satisfeitas em realizar o trabalho mutirante.

O segundo questionário foi elaborado para dar continuidade ao primeiro, observar evolução da postura das pessoas diante do processo, e abordar outras questões que se fez necessário devido à percepção de atritos e insatisfações principalmente no que se refere ao local do empreendimento e postura da assessoria técnica. O segundo questionário foi aplicado no dia 16 de dezembro de 2007 utilizando o método Grupo Focal, sugerido por uma integrante da assessoria técnica responsável pela parte social do projeto. Grupo focal é uma técnica de pesquisa qualitativa cuja proposta é o desenvolvimento de entrevistas grupais, que no caso, serviu para obter informações das pessoas assim como promover um debate, troca de informações e opiniões entre os participantes. O método de grupo focal exige que haja alguma homogeneidade do grupo a ser entrevistado, portanto optou-se por um grupo de mulheres e outro de homens, dois grupos no total. Sendo assim, sobre o resultado obtido da aplicação do questionário, o que merece destaque é: 127


          

Durante a aplicação do questionário com as mulheres, percebeu-se que a maioria delas estavam dispersas ou não demonstraram interesse e mal escutaram o que era perguntado, algumas não manifestaram sua opinião mesmo quando indagadas, e outras só responderam quando a pergunta foi lhes dirigida especificamente, ao passo que outras respondiam de forma espontânea. Uma mulher em específico demonstrou maior interesse nas questões abordadas. O grupo das mulheres estava bem mais numeroso que o dos homens, o que pode ser uma razão para diferença de comportamento entre os grupos. No grupo dos homens as pessoas estavam mais concentradas e a entrevista ocorreu mais tranqüila, embora dois dos integrantes do grupo opinaram mais, enquanto que os outros, na maioria das vezes, apenas concordavam. A principal dificuldade apontada pelos entrevistados foi a falta de interesse de algumas famílias que vão ao mutirão que não colaboram para a realização das atividades propostas para aquele dia. O fato de a obra estar em estágio mais adiantado anima algumas pessoas, mas a lentidão do andamento da obra desanima outras. As pessoas têm muitas dúvidas sobre o que acontece na obra, referentes a atrasos do prazo, lentidão e acontecimentos como, por exemplo, a demissão de um funcionário da obra que gerou dúvidas e especulações sobre as decisões da assessoria técnica. Há desentendimentos entre famílias. O rendimento do trabalho do mutirão não está satisfatório O Conjunto União (vizinho) foi destacado como um ponto negativo na localização das novas moradias. Há expectativas positivas em relação ao pós-morar visto que as pessoas já estão se conhecendo. Quanto à avaliação da assessoria técnica, de maneira geral, foi positiva. Houve queixa de que a assessoria não respeita a opinião dos mutuários, mas houve discordância nesse ponto. Preocupação com a Caixa Econômica Federal devido à falta de recursos. Foi possível perceber que algumas pessoas estão mais bem informadas que outras, logo estão mais aptas a expor suas opiniões. Uma das vantagens de se aplicar questionário utilizando o método grupo focal foi que a exposição de alguns dos entrevistados teve o papel de divulgar informações para as pessoas que detinham menos conhecimento sobre alguns assuntos do projeto que foram abordados na entrevista. Outro ponto que deve ser destacado é que um dos objetivos desse método é promover o debate e troca de opinião e como foram poucas as pessoas que se manifestavam espontaneamente, esse quesito ficou a desejar, tendo pouco diálogo entre os entrevistados.

5. Conclusão Pela experiência autogestionária do Projeto Residencial Serra Verde percebe-se que o aprendizado social se dá de maneira complexa, em que vários fatores influenciam nesse processo. Como a própria teoria expõe, é preciso quebrar preconceitos e valores que as pessoas incorporaram ao longo de suas vidas, num processo de reeducação. Políticas públicas, como a política habitacional de Belo Horizonte, que atendem exclusivamente a população de baixa renda acabam por selecionar na maioria dos casos um público de baixa instrução, sendo um desafio para o Programa de Autogestão, pois é mais difícil a compreensão das pessoas sobre a situação em que estão inseridos. O grupo de famílias do RSV se caracterizou como um grupo de pessoas que têm um trabalho formal durante a semana, o que age como um fator não agregador, uma vez que muitas pessoas não se 128


empenham no trabalho de mutirão, assim como não participam de forma ativa nas discussões colocadas em torno da autogestão por se dizerem cansadas, um problema do sobretrabalho14, o que não deixa de ser verdade. O formato do financiamento também é um complicador para o funcionamento de um modelo autogestionário no RSV. Como já explicado, devido ao congelamento do fundo disponível para o projeto, o aquecimento do mercado de construção civil e a forma de liberação dos recursos, resulta num empenho muito grande por parte da assessoria técnica em priorizar o trabalho de mutirão em detrimento de aperfeiçoar a prática autogestionária. Por outro lado, existem pessoas mais engajadas, uma minoria, que se dedicam no trabalho de mutirão, assim como participam de reuniões de forma ativa criando relações mais próximas com membros da assessoria técnica, e já enxergaram nesse processo a possibilidade do aprendizado técnico via trabalho de mutirão e de atuar ativamente na construção de sua futura moradia, contribuindo com propostas e opiniões durante a execução da obra no sentido de favorecer todo o grupo. O fato de haver uma predominância de pessoas jovens no grupo também é um fator que favorece a prática do aprendizado social, uma vez que estes, por estarem num processo de formação humana tendem a serem menos resistentes a novas práticas. Aos poucos a idéia do coletivo e da autogestão vai se formando na cabeça de mais pessoas. Isso se torna perceptível pelo maior empenho quando comparado ao inicio da obra. Mais pessoas estão participando de forma ativa nas reuniões nos dias de semana e nas ‘assembléias’ em dias de prestação de conta, assim como no trabalho no canteiro de obra. Embora haja complicadores, o Programa de Autogestão, em especifico o Projeto Residencial Serra Verde, pode ser caracterizado como uma prática do aprendizado social. À medida que mais pessoas começam a perceber a situação que os envolve e como sua atuação individual pode ser importante para o bem coletivo, o diálogo entre técnica e saber popular se aprimora e ganha maior dimensão, e assim, o processo autogestionário tende a se consolidar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ABIKO, Alex; COELHO, Leandro. Procedimentos de gestão de mutirão habitacional para população de baixa renda. IN: CARDOSO, Adauto (Coord.). Habitação Social nas Metrópoles Brasileiras: uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no final do século XX. Porto Alegre: Habitare, 2007. BARROS, Ricardo; HENRIQUES, Ricardo; MENDONÇA, Rosane. Pelo Fim das Décadas Perdidas: Educação e Desenvolvimento Sustentado no Brasil. Texto para discussão nº 857. Rio de Janeiro: IPEA, 2002. CARVALHO, José Alberto; SAWYER, Diana; RODRIGUES, Roberto. Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em demografia. São Paulo: Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 1994.

14

Muitas pessoas se queixam e às vezes se indignam por terem que trabalhar no mutirão nos finais de semana.

129


FRIEDMANN, John. Planning in the public domain: from knowledge to action. Princeton: Princeton Press, 1987. LOPES, João; RIZEK, Cibele. O mutirão autogerido como procedimento inovador na produção da moradia para os pobres: uma abordagem crítica. IN: CARDOSO, Adauto (Coord.). Habitação Social nas Metrópoles Brasileiras: uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no final do século XX. Porto Alegre: Habitare, 2007. MINISTÉRIO DAS CIDADES, Secretaria Nacional de Habitação. http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao (em 01/04/2008).

Em:

MISOCZKY, Maria; et. al. Reflexões sobre a autogestão a partir da experiência da Cidade das Cidades. Organização e Sociedade. Salvador. 2004 PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, Secretaria adjunta de habitação. http://portal2.pbh.gov.br/pbh/index.html?idNv1=9&idConteudoNv1=&emConstrucaoNv1=N 02/04/2008).

Em: (em

ROSEFIELD, Cínara L. A autogestão e a nova questão social: repensando a relação indivíduosociedade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sócias, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal 2004. SOUSA, Julio Carepa de; Habitação em economia solidária uma discussão sobre sustentabilidade em autogestão. Monografia. Universidade Federal de Minas Gerais. 2006 48 f.

130


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.