o ĂŠ dentro da gente
O sertão e suas infinitas possibilidades, suas inesgotáveis referências e incalculáveis formas de beleza. Sua natureza é cenário de transformação, e suas pessoas são símbolo de luta, sofrimento, fé e conquistas.
Tantos grandes já contaram as suas histórias, e não tão menores são os notáveis protagonistas que escrevem o seu grandioso enredo, dia após dia.
Chegou a nossa a hora, de colocar em pauta esse maravilhoso universo, através de criações que mesclam o atual com o atemporal, o popular com o singular, e o consagrado com o novo. Vestindo assim, de orgulho todo o Brasil e prestando reverências à aqueles que nos inspiraram.
deus e terra do No sertão da Bahia, um cara a
frente do seu tempo assinou essa obra prima que é um divisor de águas (e de terras). Glauber Rocha não contou apenas a história do sertanejo e sua luta diária contra a seca, como também deu início a história do cinema novo brasileiro.
e o diabo na o sol
novos baianos
Uma banda, uma comunidade e uma sonoridade totalmente fora da curva . Esses são os novos
baianos, que distribuiram através da música muito amor e boas vibrações nos anos 70. E hoje continuam inspirando muita gente, inclusive nós.
vai v i r a r mar Na música trata-se de um
protesto contra a construção da usina de Sobradinho na Bahia.
A barragem construída no Rio
S. Francisco originou o imenso lago que inundou varias cidades. Conelheiro estava certo, o sertão vai mesmo virar mar. Nosso máximo respeito a causa.
cuitelinho Cheguei na beira do porto Onde as ondas se espáia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Como bom maluco que é, Di Melo nos presenteou com sua música. E da mesma forma que Graciliano, inventou uma palavra que nos chamou a atenção: kilariô. Uma desconstrução de “clareou / raiou o dia”. Gostamos do neologismo e
kilariô ariô resolvemos por em uso.
Tempos atrás, Antônio Conselheiro mobilizou um arraial inteiro por meio da fé por dias melhores no sertão. E ainda há quem diz que a profecia não passava de loucura. verdade é que 1897 ficou marcado na história pela revolta, e Canudos em ruínas para sempre.
ca nu dos
s
ve re das
Guimarães Rosa define: “No sertão fala-se a língua
de Goethe, Dostoiévski e Flaubert, porque o sertão é o terreno da eternidade, da solidão, onde interior e exterior são inseparáveis.”
pernambuco O que dizer desse estado
maravilhoso que tantas coisas boas forneceu ao Brasil? Qualquer adjetivo seria pequeno demais pra quem colocou no mundo o frevo, o maracatu, e nomes que vĂŁo de Francisco Brennand a Chico Science. Obrigado Pernambuco!
mangaba
Segundo Moraes Moreira e todo o resto do mundo, a mangaba é o fruto da mangabeira. Comum no Nordeste e tendo o sertão do Sergipe como maior produtor, a fruta serviu como inspiração para o nosso xadrez.
s. francisco
2830km, 5 estados e 521 municípios, levando esperança, beleza, alegrias e tristezas. O Rio São Chico faz parte do sertão e de nossa existência enquanto brasileiros. sendo assim não podia ficar de fora dessa homenagem.
Lampião roubava comerciantes e fazendeiros, distribuindo parte dos ganhos com os mais pobres. Todavia, seus atos de crueldade lhe valeram a alcunha de Rei do Cangaço. Poesia essa, presente em sua bipolaridade e resistência, e agora estampada no nosso peito.
rei do can ga รงo
vidas secas O cotidiano e o cenário em Vidas Secas, de Graciliano Ramos. De histórias de sofrimento intercaladas com conquistas diárias. De pessoas que ao contrário do clima, possuem um coração encharcado de amor, solidariedade e luta.
folia de reis
Manifestação popular mais linda não há. A folia de reis é um encontro de fé e alegria com uma explosão de cores e estampas.tradicional no nordeste do brasil, eles chegam tocando sanfona e violão os pandeiros de fita carregam sempre na mão.
use m i s t u r a . c o m . b r