Luz, Câmara e Produção

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Índice

Criatividade e linguagens

Como ser mais criativa

Na Prática - Chuva de ideias

Linguagem digital

Produza o seu conteúdo - Parte 1

Elementos narrativos

O que é um roteiro

Na Prática - Meu roteiro, minha história

Na Prática - Roteiro visual (storyboard) 3. 13. 22. 04. 06. 08. 14. 20. 21. 23. 29. 31.

Produza o seu conteúdo - Parte 2

Preparo e gravação

Pós-produção

CRIATIVIDADE E LINGUAGENS

CRIATICADE E LINGUAGENS

Agora vamos explorar temas muito interessantes: o poder da criatividade e como diferentes linguagens podem te ajudar a produzir conteúdos mais interessantes.

E você sabia que a criatividade é algo que podemos desenvolver ao longo do tempo? Criatividade vem de criar soluções, resolver problemas, e isso nós fazemos o tempo todo!

Por isso, a seguir, apresentaremos estratégias que te ajudarão a ser mais criativa. Se liga nos temas deste capítulo:

Como ser mais criativa?

Na Prática - Chuva de ideias Linguagem digital

COMO SER MAIS CRIATIVA

Ser criativa parece algo difícil, muito distante das nossas tarefas do dia a dia. Mas você é criativa o tempo todo com coisas simples do cotidiano! Por exemplo, reorganizar sua rotina, pensar em uma make, dar o seu tempero em uma receita, planejar o roteiro de uma viagem… em todos esses momentos você está exercendo a sua imaginação e criatividade!

Afinal, tudo o que você aprende e vivencia forma a sua bagagem de vida e, quanto mais diversa ela for, mais ricas serão as suas ideias. Você não precisa ficar restrita a um único universo quando buscar inspirações. Faça novas amizades, ouça músicas que nunca escutou, leia sobre assuntos diferentes, frequente novos ambientes e questione tudo ao seu redor!

Outro caminho para desenvolver o seu lado criativo é misturar e experimentar. Sabe quem faz isso muito bem? As crianças! Elas inventam palavras, mudam nomes, transformam objetos em brinquedos e exploram novas cores. Pintam o céu de rosa e o mar de amarelo. Uma mente criativa é uma mente aberta e curiosa, livre, sem medo de julgamentos!

Agora, vou te propor um desafio para que estimule o seu pensamento criativo. É simples, rápido e divertido. Vamos lá:

Construa um poema usando as três primeiras palavras que vierem à sua mente;

Desenhe um animal que não existe; Invente uma nova palavra e dê a ela um significado;

Exercícios desse tipo nos ajudam a desbloquear a percepção e nos tira do “modo automático”. Mas ter bloqueios criativos é algo bem comum, dado que ter novas ideias constantemente não é uma tarefa fácil. Então, para te ajudar em seu processo criativo, explicaremos o que é a chuva de ideias (também chamada de toró/tempestade, brainstorm ou brainstorming). Vem fazer esse Na prática!

NA PRÁTICA #

CORRE

O principal objetivo dessa técnica é deixar o julgamento de lado para que a criatividade floresça. Por isso, existem algumas regras para a chuva de ideias:

É proibido criticar e julgar; Não existe certo ou errado; Quanto mais sugestões, melhor.

O processo ficará mais rico se você puder reunir algumas pessoas para pensarem junto com você. Mas se não for possível, tudo bem, cumpra as seguintes etapas sozinha:

Para iniciar, defina qual é o problema que você precisa solucionar. Por exemplo: criar o nome da sua marca.

Em seguida, determine um tempo e crie o máximo de ideias que puder nesse período. Aqui é muito importante que você apenas deixe a sua imaginação fluir, sem julgar se é uma ideia boa ou ruim. Anote tudo, não descarte nada!

Já na segunda rodada, é o momento de filtrar e refinar as sugestões. Analise cada ideia e aponte aspectos positivos e negativos sobre ela. Isso irá te ajudar na tomada de decisão.

Observe o exemplo na tabela a seguir:

Apresente a questão a ser solucionada e determine um tempo. Escolha alguém para anotar o que surgir nas rodadas. 1ª rodada 2ª rodada

> Todos devem compartilhar ao menos uma proposta;

> Nesta fase, é proibido julgar, criticar ou debater;

> Uma sugestão dada por uma pessoa pode ser completamente diferente da outra;

> Quanto mais ideias, melhor.

> Pode ser feita uma votação para definir as ideias que serão descartadas e aquelas a serem debatidas;

> Proponha que todos apresentem pontos positivos e negativos sobre cada uma;

> Para chegar a uma conclusão, o time pode contabilizar aquelas com mais aspectos positivos até chegar a uma ideia principal.

Aposto que você vai se surpreender com os resultados!

Para aprofundar seus conhecimentos, assista ao vídeo a seguir, escaneando o QR Code ao lado.

E para anotar as ideias incríveis que você tem no dia a dia, indicamos o aplicativo Google Keep, que pode ser usado no celular e no computador.

LINGUAGEM DIGITAL

Agora que você já é uma especialista em criatividade, vamos falar sobre a linguagem digital. O filósofo e linguista Ludwig Wittgenstein tem uma frase que diz assim: “Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo!”. Essa frase conecta bem a importância de ter diferentes contextos e referências para ampliar a nossa forma de ver o mundo e de se comunicar com ele.

E digo ‘“comunicar’” porque não são apenas as palavras e sinais que usamos para criar conversas. Fotos, memes, músicas, emojis, por exemplo, são formas de se expressar. Com o surgimento das tecnologias digitais, essas linguagens estão juntas e misturadas nas redes sociais e com fácil acesso através do celular.

Para ampliar o seu repertório nesse tema, listamos algumas possibilidades criativas de conteúdos multimídia que você pode experimentar:

Texto

Imagem

Além de seu uso em legendas e imagens, é possível brincar com as palavras criando vídeos e animações compostos principalmente com letras e frases. Acompanhe este modelo publicado pela marca TRUSS, do grupo O Boticário:

Aqui não falamos somente de fotos. Memes, figurinhas e gifs (uma sequência de imagens em movimento rápido) entram nessa categoria. A colagem digital, por exemplo, é uma técnica que mistura figuras, texturas e outros elementos visuais. Há ainda os infográficos, que envolvem informações com gráficos, ícones, imagens e textos, para tornar a compreensão de um tema mais fácil e rápida.

Você pode criar os seus próprios memes neste site, escaneie o QR Code abaixo:

Escaneie o QR Code abaixo e se liga nesta dica para elaborar gifs:

As famosas figurinhas podem ser produzidas por meio de vários aplicativos. Escaneie o QR Code abaixo e confira uma sugestão:

E para fechar, confira o que é um infográfico:

Indicamos esta referência para elaborar uma colagem usando o site Canva, escaneie o QR Code abaixo:

Vídeo POV

Stories e Reels

É a linguagem mais popular da internet, pelo seu dinamismo e capacidade de incorporar outras formas de expressão, como demonstrado nos exemplos anteriores. Atualmente, a tendência são os vídeos curtíssimos, com menos de um minuto de duração, como os Shorts, disponibilizados pelo Youtube. Além da duração, a linguagem audiovisual permite a aplicação de técnicas variadas: animação, videocolagem e videografismo (com ilustrações, formas geométricas e textos).

Veja como os Shorts são bem rapidinhos e funcionam para transmitir uma mensagem curta e objetiva:

Assista a um exemplo de vídeo que mistura colagem, animação e textos. Escaneie o QR Code ao lado:

É uma abordagem que vem sendo tendência em redes sociais. A sigla significa ponto de vista. É quando uma narrativa é contada sob a perspectiva de quem está gravando o vídeo. Vem assistir esse P.O.V, escaneie o QR Code ao lado:

A página de criadores do Instagram indica alguns caminhos para você usar esses recursos com sabedoria. Acesse os QR Codes abaixo:

Reels:

Sigla para Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano, busca criar sensações agradáveis por meio de estímulos sensoriais. Alguns exemplos são vídeos focados na sonorização de ações, como folhear um livro, comer salgadinhos ou abrir embalagens de maquiagem. Escaneie o QR Code ao lado e veja este exemplo: Essas linguagens são específicas do Instagram. Os stories consistem em um conteúdo de poucos segundos, em que é possível incluir imagem, vídeo, áudio, texto, figurinhas e interação. Depois de 24 horas, o material desaparece do seu perfil, a não ser que você salve no campo de destaque. Já os reels são vídeos de até 90 minutos que permitem a combinação com outros vídeos, filtros, sobreposição de áudios, entre outros.

Stories:

Uau, existem muitas possibilidades, né?

Falando em criatividade, vem checar a Dica da Influ

Stephanie Alves:

Criatividade não vem só de dentro para fora, mas também de fora para dentro. Eu não crio do zero. Acho importante coletar referências, conhecer as tendências, pesquisar, assistir filmes, séries e outros vídeos nas redes sociais. A partir disso, eu desenvolvo o meu conteúdo com a minha estética e autenticidade.

@styolds_

Importante: quando for produzir o seu conteúdo, lembre-se de respeitar os direitos autorais. Isto significa que você não pode usar criações de outras pessoas sem que elas autorizem. Busque por bancos de conteúdo multimídia (imagens, vídeos e áudios) que permitam o uso gratuito, desde que citada a autoria e o link do site. Seguem algumas recomendações que, além de acessíveis, são pautadas pela diversidade:

Nappy - (Em inglês, mas você pode habilitar a tradução em seu navegador de celular ou computador) - fotografia de pessoas negras em variadas situações;

Unsplash - Foco na produção mais artística;

Ygb - Retrata exclusivamente mulheres negras;

Affect - (Em inglês) - especializado em fotos e ilustrações de pessoas com deficiência nos seus mais variados jeitos de ser e existir;

The Gender Spectrum Collection - Disponibiliza imagens de modelos trans e não-binárias.

Produza o seu conteúdo

Parte 1

No conteúdo a seguir você terá a oportunidade de identificar os elementos principais de uma narrativa para aprimorar a sua habilidade de contar histórias. Trataremos dos temas:

Elementos narrativos

O que é um roteiro

Na Prática - Meu roteiro, minha história

Antes de começar, quero que você pense em uma história que você adora! Lembrou aí? O que essa história apresenta que faz com que você se emocione e se conecte com ela?

Há histórias por todos os lados e, usando apenas um celular, é possível criar narrativas que misturam sons, vídeos, textos e imagens.

Tudo isso de maneira rápida, quando não instantânea, e de qualquer lugar. E você, sabe como contar a sua história?

ELEMENTOS NARRATIVOS

Histórias são contadas, compreendidas e compartilhadas desde o início da humanidade. Seja por meio da fala, por sinais, pela escrita, do cinema ou até mesmo uma fofoca! É algo do ser humano e tem grande importância na construção de nossa identidade, afinal, todos nós temos história.

A arte de narrar é muito mais do que um emaranhado de informações. Boas histórias são estruturadas a partir de uma sequência coerente entre os acontecimentos e possuem começo, meio e fim, não necessariamente nessa ordem.

Parece complexo, mas essa lógica está presente em filmes, livros, novelas, propagandas… e na nossa vida! Por isso, uma narrativa bem contada desperta emoções diversas e é capaz de envolver.

#FAZteuCORRE

Se você se interessar pelo assunto, vale a pena conhecer a Jornada do Herói, que é uma estrutura narrativa composta por ciclos e derivada da mitologia de acordo com os estudos do escritor americano Joseph Campbell (19041987). Sua obra “O herói de mil faces” (1949), que apresenta a sua teoria da jornada, até hoje é uma referência e inspira desde projetos cinematográficos a peças publicitárias. Acesse o QR Code abaixo e saiba mais:

Mas sabemos que a história não é feita só pelos homens, não é mesmo! E foi partindo desse incômodo que a escritora americana Maureen Murdock escreveu a sua versão da teoria colocando a mulher como protagonista. Confira uma análise sobre essa obra:

E para que uma história faça sentido, é essencial criar um enredo, ou seja, uma sequência lógica de ações. Isso significa que cada coisa que acontece na narrativa não é por acaso; tudo se conecta de forma planejada. O enredo é um fio que une todos os eventos, fazendo com que a história seja compreensível e prenda a nossa atenção.

Em uma narrativa clássica, começamos com a apresentação do contexto, um cenário inicial que oferece ao público um ponto de partida para o entendimento do que vem a seguir. Além dessa estrutura, há pelo menos cinco elementos essenciais a serem considerados: personagem, espaço, tempo, ponto de virada e ponto de vista.

Você vai conhecer um pouco sobre cada um deles na figura a seguir:

1. Personagem: não necessariamente é uma pessoa, pode ser um objeto, animal ou até um elemento mais abstrato. É essa figura que vai conduzir os acontecimentos. Afinal, a gente sempre conta a história de alguém ou de algo, não é mesmo?

É possível apresentar um shampoo, tendo como principal personagem o cabelo. Ele pode inclusive ser humanizado expressando alguns sentimentos e opiniões. Seria divertido!

2. Espaço: é onde a narrativa se desenrola, sendo o cenário físico ou até mesmo um ambiente imaginário. Todo enredo acontece em algum lugar, e o roteiro deve explicar como será esse local. O espaço contribui para a compreensão da história, enriquecendo a experiência do público.

Imagine que rico seria fazer um vídeo sobre fragrâncias dentro de uma fábrica de perfumes!?

3. Tempo: indica quando a história se desenrola. Às vezes isso não é explícito, mas sempre influencia a trama. Também é possível brincar com jogos de tempo, como lembranças (os flashbacks) ou visões de futuro, que adicionam camadas à narrativa. Esses recursos mostram diferentes perspectivas temporais, proporcionando uma experiência mais completa e intrigante.

Você pode criar uma história que se passa no tempo de sua avó e brincar com a ideia de que a vida dela seria mais simples se houvesse um determinado produto ou serviço.

4. Ponto de virada: é um elemento surpreendente que movimenta a trama de maneira inesperada. Essa reviravolta mantém o interesse do público, estimulando a curiosidade e contribuindo para a dinâmica da narrativa, quebrando as expectativas e aumentando o envolvimento emocional da audiência.

5. Ponto de vista: no capítulo sobre criatividade, demonstramos o POV (ponto de vista) como uma técnica que vem sendo bastante utilizada nas redes sociais. Mas, determinar um ponto de vista, é mais complexo do que apenas gravar uma história a partir da visão de alguém ou algo. Apresentar perspectivas diversas envolve um olhar empático para tentar entender visões de mundo que você não conhece. Vamos exemplificar: “você criou um roteiro para demonstrar um perfume que acabou de ser lançado. Mas, de repente, você esbarra nele e…!” Com certeza o seu público ficará apreensivo com o que pode acontecer. E aqui você tem a oportunidade de criar um desfecho inesperado conectando o acontecimento com uma característica importante do produto que está anunciando. E aí, qual final você escreveria para essa história?!

Por exemplo, imagine apresentar uma maquiagem a partir do ponto de vista de uma mulher que vive numa região muito quente do Brasil. Ou falar sobre um esmalte considerando a vivência de outra mulher que trabalha o dia todo lavando louça. Isso dá um roteiro maravilhoso!

E FIQUE ATENTA

sempre se questione sobre a maneira que está conduzindo a sua narrativa, cuide para que ela não seja ofensiva ou reforce algum preconceito e estereótipo.

Neste vídeo , a escritora nigeriana Chimamanda

Adichie alerta para o perigo das histórias serem contadas apenas sob um ponto de vista e como essa visão única pode ser preconceituosa e ofensiva.

Embora o áudio original esteja em inglês, você pode ativar as legendas em português no rodapé do vídeo. Recomendamos muito!

“ ROTEIRO

Uma vez definida a essência da história que você irá contar, a próxima etapa é escrever o que será dito ou mostrado no vídeo. Por mais que você possa improvisar durante as gravações, o ideal é não contar com a sorte, já que gravar sem planejamento consome muito mais tempo.

Não há um modelo único de roteiro, o ideal é você ir adaptando de acordo com as suas necessidades. Para te ajudar com isso, tenho uma ótima Dica da Influ Cah Costa para você:

Que tal simplificarmos o processo de criação de roteiros? Um excelente exercício é roteirizar ações, acontecimentos e atividades cotidianas trabalhando a observação.

Então, pegue papel ou até mesmo o bloco de notas do seu celular. Sente próximo a uma janela, no metrô, restaurante... onde quiser, desde que seja seguro, e comece descrevendo se é dia, tarde ou noite; se o ambiente é interno ou externo.

Escolha um personagem e dê um nome a ele. Ou melhor, esse personagem também pode ser você! Quando o exercício estiver mais fluido, experimente complementar essa descrição do que observa com a sua imaginação. Crie movimentos, falas e quem sabe um ponto de virada para dar mais emoção à história.”

NA PRÁTICA #

CORRE

Agora que você já tem uma boa noção de como construir um roteiro e sabe quais os elementos básicos de uma narrativa, chegou a hora de colocar tudo em prática!

Faça um roteiro para um vídeo de até três minutos, contando a sua história. Certamente será emocionante!

Apenas tente descrever exatamente o que você deseja que o seu público acompanhe no vídeo, como no exemplo:

ÁUDIO (música, voz, ruídos)

Mulher, de cabelo longo e cacheado, aparece de costas para a câmera. Ela está de frente para uma parede vermelha digitando no computador, mas nem a tela e nem suas mãos são visíveis. Apenas notamos a luz da tela.

Som de digitação no computador.

CENAS

Produza o seu conteúdo

Parte 2

Veja agora como se preparar tecnicamente para produzir seus vídeos e fotos com qualidade, sem precisar de muitos equipamentos. Esta trilha é composta por:

Preparo e gravação

O que é a pós-produção

Como fazer um roteiro visual

Você acha que o que faz um bom conteúdo é o equipamento? Muitas vezes ficamos com essa ideia na cabeça, de que só se tivermos um celular de última geração ou uma câmera profissional é que vamos conseguir gravar com qualidade. Porém, isso está longe de ser verdade. Boas ideias e, principalmente, preparação e planejamento, são os diferenciais para você se destacar.

GRAVAÇÃO

Antes de sair gravando, há preparativos e elementos essenciais na criação de um bom vídeo ou foto. São eles: cenário, iluminação, som, enquadramento e captação. Você vai conhecer cada um a seguir.

Cenário

É o local onde você irá gravar o seu vídeo. Seja em um estúdio, em uma avenida ou no seu quarto. Adapte o ambiente às suas necessidades e ao estilo da mensagem que deseja transmitir. Pense bem sobre o que deve ou não aparecer em cena, reparando nos detalhes, como: fios, tomadas, cores que destoam. Lembre-se de que os seguidores têm olhos atentos e qualquer elemento estranho vai desviar sua atenção.

Iluminação

Outro ponto essencial é a luz. Mesmo sem equipamentos profissionais, como o famoso Ring Light, é possível criar uma iluminação incrível. É a iluminação, muitas vezes, que dá o tom do conteúdo. Você pode usar a luz natural do sol ou luminárias. Um fundo escuro com um ponto único de luz, por exemplo, traz um tom bem dramático. Já a luz do sol no fim de tarde, traz um tom mais alegre. Use a iluminação junto com as configurações certas do celular para o seu objetivo.

Som

Sempre grave em um local silencioso quando o foco for você falando. Amenize ruídos, evitando espaços com eco e piso frio, como os banheiros e cozinhas. Lugares com cortinas e tapetes garantem um som de melhor qualidade. E se você não tiver um microfone externo ou fones de ouvido, fale perto do celular.

Teste, improvise, mas não deixe de tentar, tá bom?

Enquadramentos

Uma imagem pode ser captada sob diferentes ângulos e distâncias e essa escolha depende do que decidimos mostrar na tela. Temos sete tipos principais de enquadramento:

O grande plano geral apresenta todo o ambiente, a câmera fica distante e não foca em nenhum elemento. É usado para registrar paisagens.

O plano geral é escolhido quando queremos mostrar uma ou mais pessoas, e parte do cenário.

O plano médio é quando alguém é filmado ou fotografado da cintura até a cabeça.

O primeiro plano, também chamado de close, ocorre quando há foco no rosto. Nesse caso, a pessoa ganha destaque e o fundo quase não aparece em cena.

Já no plano detalhe, a câmera se aproxima muito e o elemento a ser filmado ocupa toda a tela. Ele é usado para demonstrar algo muito pequeno ou parte de algo, por exemplo, um brinco na orelha.

O plongée: chamado também de ângulo alto ou mergulho, ocorre quando posicionamos a câmera de cima para baixo. A depender do contexto, nos transmite um sentimento de opressão.

O Contra-plongée sugere o oposto. Ele acontece quando a câmera está em um ângulo baixo e aponta para cima. Essa posição pode expressar grandeza e poder.

Prefira aproximar o seu equipamento em vez de usar o zoom, pois esse recurso deixa a imagem borrada.

Esses foram apenas alguns tipos de enquadramento, existem vários outros e você não precisa se prender a eles. Combine as possibilidades e encontre o seu melhor ângulo. Agora é luz, câmera e ação!

CAPTAÇÃO?

Até pouco tempo, o padrão era utilizar a câmera na horizontal. Essa é uma herança das salas de cinema e da televisão, e ainda é muito usada para a criação de conteúdos direcionados para o Youtube.

Hoje, como o celular é usado quase sempre em pé, a gravação na vertical é o mais comum. Mas essa escolha vai depender do seu objetivo e da rede social em que o conteúdo será postado.

Na hora de gravar é bom usar algo para não tremer e estabilizar a imagem. Pode ser um tripé ou um objeto improvisado. Outra dica é evitar roupas com listras ou estampas quadriculadas, elas causam um efeito visual desagradável para quem assiste.

Falando em criatividade, vem checar a Dica da Influ Stephanie Alves para você

Para que o seu vídeo não fique tremendo, apoie o aparelho em algum lugar. E não se esqueça de limpar a câmera. E vou te dar mais uma dica: a câmera traseira do seu celular tem sempre melhor qualidade. Quando você toca na tela aparece uma moldura para focar, e um “solzinho” para adequar a luz ao ambiente. Chique, né!?”

E agora um conselho final:

eu sei que o medo de ser julgada em frente às câmeras pode ser paralisador, mas não deixe que as opiniões alheias te impeçam de realizar os seus projetos. Todo mundo começa de algum lugar e para aprender você precisa praticar.

Agora que você já passou pelas fases de preparação e gravação, é o momento da pós-produção, a última fase de desenvolvimento de um vídeo ou foto.

Pós-produção

Este é o momento em que o material que você gravou é editado. Nele você pode tirar partes que não ficaram muito boas e erros de gravação, e pode adicionar imagens extras, filtros, sons e o que a sua imaginação permitir.

Para editar, você pode usar os recursos oferecidos nas redes sociais ou um outro aplicativo. Lembrando que novas ferramentas surgem constantemente, enquanto outras são descontinuadas. Logo, é preciso se atualizar. Apontamos alguns apps para você testar, escaneie os QR Codes abaixo:

É na pós-produção que são inseridas as legendas.

É muito importante tornar o seu conteúdo acessível para todas as pessoas, e fazer isso tem sido cada vez mais simples. As principais redes sociais geram legendagem automática. Porém, verifique se nesse modo as legendas apresentam muitos erros, pois o recurso ainda não é preciso.

Também faça uma descrição da imagem e/ou vídeo e inclua as hashtags #pracegover, #pratodosverem, #prageralver e outras variáveis. Elas facilitam que pessoas com deficiência visual encontrem o seu conteúdo. Por exemplo:

Temos a foto de uma jovem. Ela está em frente a um fundo de cor bege, de frente para a câmera, aplicando um rímel nos cílios com a mão direita. A jovem é parda, tem os cabelos castanhos, lisos e compridos com a franja presa para trás. Ela usa maquiagem em toda a face, com blush nas maçãs do rosto, brilho nos lábios e um delineado gráfico de cor roxa ao redor dos olhos. Também usa brincos de argola na cor lilás e uma blusa sem mangas na cor azul-claro. No pulso direito, uma pulseira de contas na cor salmão. Na mão direita, a base do pincel aplicador de rímel tem um engrossador. O acessório tem um formato de estrela, com as pontas arredondadas e cor azul. No centro, próximo ao pincel aplicador, os textos: “Alonga pincéis” e “Ajuda na firmeza e na pega dos produtos”.

NA PRÁTICA #

CORRE

Um storyboard é um roteiro visual para vídeos. Esse documento parece uma história em quadrinhos, com ele você consegue planejar os enquadramentos antes da gravação.

Em nosso exemplo, a cena 1 apresenta ao fundo um parque e no primeiro plano uma mão segurando um celular. Observe como fica no roteiro:

Cena 1

Insira uma imagem de referência ou faça um desenho do que vai ser mostrado no vídeo.

Descrição da cena

Contextualize, descrevendo informações que considere importantes.

Ao fundo um parque e no primeiro plano uma mão segurando um celular.

Agora é a sua vez! Faça um esboço de como seria a primeira cena de um vídeo de sua autoria. Lembre-se das etapas de preparação, pense em qual é o melhor enquadramento. E arrase na pós-produção, editando e deixando o conteúdo mais acessível. E se precisar de mais referências, acesse o QR Code abaixo e dê uma olhada nestes modelos de roteiro visual:

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