Anteprojeto da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto

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ESCOLA POPULAR DE AGROECOLOGIA E A G R O F LO R E S TA | E G Í D I O B R U N ET T O BAHIA | PRADO | 2015


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ESCOLA POPULAR


ESCOLA POPULAR DE AGROECOLOGIA E AGROFLORESTA EGテ好IO BRUNETTO


APRESENTAÇÃO A Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto surge a partir da organização popular de trabalhadores e trabalhadoras do campo visando construir um espaço de educação que contribua com a melhoria de vida no meio rural. O sonho de aliar o conhecimento histórico das populações tradicionais ao conhecimento científico da humanidade (uma necessidade da história social de nosso tempo) perspectiva construir um modelo de produção sustentável adaptada às condições de vida e ambiental de nossa sociedade. Um projeto de agroecologia e agroflorestal que se constrói coletivamente e se distingue da agricultura convencional, a Escola Popular se propõe a ser uma Escola referência do bioma Mata Atlântica e um espaço especializado em sistemas agroecológicos que pretende desenvolver sistemas florestais em sintonia com atividades extrativistas da agricultura familiar sustentável. Para construção e implementação desta proposta a Escola Popular dispõe de apoio e parceria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo – ESALQ/USP atra- vés do Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão em Educação e Conservação Ambiental (NACE-PTECA-PPDARAF) e da OCA – Laboratório de Política e Educação Ambiental e do Instituto Federal Baiano. O Projeto Político Pedagógico da Escola se orienta a partir dos princípios da Educação popular e Educação do campo tendo como missão contribuir para o projeto de agroecologia e agroflorestal construído por diversos sujeitos. Para o desenvolvimento da espacialização do Projeto Político Pedagógico na forma de Anteprojeto de arquitetura os(as) coordenadores(as) da Escola Popular firmaram uma parceria com a USINA – Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado, assessoria técnica interdisciplinar. Assumindo o compromisso de projetar os espaços da Escola Popular em conjunto com os seus membros, ao compreender a localização e disposição dos espaços em sintonia com os usos, e que esses precisam representar os anseios e as necessidades conscientes e determinadas pelos sujeitos que dela vão se apropriar. A materialização desse sonho é passo importante para instrumentalizar a Escola Popular no seu mais amplo sentido: potencializar a produção consciente e sustentável da vida.


ÍNDICE 01 . Bases para o anteprojeto

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02 . Contexto territorial

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03 . O sítio

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04 . Programa

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05 . Implantação

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06 . Equipamentos

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Eventos e desportos Refeitório Ciranda Alojamentos Casas

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07 . Estudo Orçamentário

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08 . Ficha Técnica

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Diagramas de estratégias de sustentabilidade Biblioteca Salas de aula e audiovisual


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ESCOLA POPULAR


01. BASES PARA O ANTEPROJETO DA ESCOLA POPULAR

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O Projeto Político Pedagógico se construiu com referência ao resgate dos saberes populares, somando-os aos conhecimentos acumulados no contexto da agricultura de base sustentável para contribuir com a reestruturação dos territórios e assentamentos no campo. Alinha-se a compreensão da Via Campesina da agricultura camponesa sustentável, na construção de um modelo de produção socialmente justo, que respeite a identidade e os conhecimentos das comunidades, dê prioridade aos mercados locais e nacionais e reforce a autonomia das pessoas e das comunidades. Os primeiros diálogos para estruturação de um projeto de Assentamentos Agroecológicos ocorreu em 2011, momento em que se planejou a construção e o início da atuação da Escola Popular. Ancorou-se nos princípios da agroecologia e baseou-se em três eixos principais: 1º) parte da realidade concreta dessas populações, compreendendo o modelo de produção que predomina no campo e a necessidade de mudança; 2º) enfatiza a mudança nas relações de trabalho, ao buscar a superação da precariedade do trabalho, da exploração do homem sobre o homem e da inserção às vezes perversa de trabalhadores no processo produtivo; e 3º) reconhece as relações sociais e ambientais que compõe esta mudança, a cultura que os trabalhadores detêm, a relação que estes estabelecem com o entorno e com o meio ambiente e a necessidade de superação do processo histórico de degradação através de um processo de apropriação dos meios (saber, técnica, trabalho) e produto (sistemas agroecológicos e agroflorestais). O objetivo geral da Escola Popular Egídio Brunetto é o de contribuir para a formação técnica, organizativa e política com base agroecológica de camponeses pesquisadores e de outros sujeitos sociais comprometidos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, fortalecendo as organizações populares envolvidas e impulsionando o desenvolvimento de comunidades sustentáveis e apropriadas.

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“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” Paulo Freire


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A apropriação, entretanto, apresenta-se como dimensão fundamental nos processos de concepção e produção também do espaço construído. A opção pela agroecologia e pela pedagogia freirana fundamentam o Projeto Político Pedagógico da Escola Popular, que expressa a luta das populações e comunidades que exigem uma educação com intencionalidade e criticidade diante das contradições e conflitos sociais de nossa sociedade. Assim sendo, a concepção do projeto arquitetônico da Escola Popular levou em consideração que mudanças no modo de produção implicam em mudanças na maneira de se produzir o espaço, e este precisa permitir ensaios de outras relações sociais de produção e de vida. A Escola Popular, portanto, nasceu de um processo histórico atrelado a um projeto de educação e produção sustentável, e foi concebida sob as matizes de um Projeto Político Pedagógico cujo eixo reúne a concepção de Reforma Agrária Popular, uma nova matriz tecnológica de assentamentos agroecológicos e agroflorestais. A referência pedagógica baseia-se em uma educação transformadora, na formação do povo com o povo. A proposta é reunir o conhecimento científico e o popular na formação de novos sujeitos, com equipes multidisciplinares que tragam o cotidiano concreto em sua relação de capilaridade com os Assentamentos e comunidades tradicionais. Desde o início, a concepção de espaço da Escola Popular não se resume ao espaço físico, mas em sua relação de capilaridade de Assentamentos que constituem parte do Projeto Político Pedagógico. O enlace para uma apropriação ampliada da Escola Popular se iniciou na concepção do seu espaço por meio do projeto arquitetônico, que se fundamentou em um processo participativo de construção coletiva do conhecimento mediante as práticas e teorias sociais dos sujeitos envolvidos. Foi então que se definiram princípios e diretrizes dos espaços com base nos seguintes pontos: conforto térmico e lumínico; respeito à técnicas construtivas e produção local, aproveitamento dos recursos naturais disponíveis com uso consciente e manejo responsável, garantir a acessibilidade ampla e irrestrita a todos os equipamentos, multifuncionalidade dos espaços e integração dos ambientes internos/externos, estética arquitetônica que não esconda o trabalho, tudo isso desenvolvido a partir de atividades participativas com a participação da equipe da escola.


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Os Assentamentos da região do extremo sul da Bahia estão situados em um ambiente que predomina o cultivo da monocultura e a intensificação da concentração fundiária. Tal reestruturação produtiva rural gerou impactos sobre o acesso à terra e à produção agrícola, uma vez que o aumento do preço da terra foi um dos mais imediatos reflexos da ampliação da agroindústria. Uma das monoculturas que ganhou bastante espaço no campo brasileiro foi o plantio do eucalipto que, em larga escala, formou os consagrados “desertos verdes”. Incide drasticamente na perda da biodiversidade local até os reflexos socioculturais mais diversos (êxodo rural, diminuição de espaços diversificados de cultivo da população local) influem no território e na vida do campo. A relação de aprendizagem e de produção de conhecimento da Escola Popular propõe a integração entre ensino, pesquisa e extensão em um processo que reúne os setores de produção e educação. O ensino parte da necessidade de apropriação de saberes populares e científicos que permitam a formação de técnicos agroecológicos dos próprios Assentamentos, que possam simultaneamente aprender e produzir nas áreas produtivas. A proposta de produção implica em pesquisa frequente e desenvolvimento de técnicas que permitam garantir a diversidade na produção de alimentos orgânicos saudáveis e uma relação adequada de uso e reaproveitamento do solo. Para tanto, esta prática-pedagógica se estende ao cotidiano dos Assentamentos. Os Assentamentos em questão são: Abril Vermelho; Antônio Araújo; Bela Manhã; Herdeiros da Terra; Jaci Rocha; José Martí; e São João. A distribuição territorial dos Assentamentos implica em uma metodologia de aprendizagem que prevê o tempo comunidade de ensino e produção. No momento em que os trabalhadores assentados estiverem nos Assentamentos pretende-se que possam produzir nos espaços de cultivo os aprendizados adquiridos durante o tempo de ensino na Escola Popular. Dessa maneira, a proposta de ensino reúne a intencionalidade produtiva que se espera para essa região marcada por monocultura, concentração de terra e produção para fora do território, e reestabelecer uma relação entre a produção e o consumo local de alimentos agroecológicos que respeitem a biodiversidade e o uso sustentável e racional da terra.

ASSENTAMENTOS LOCAIS - ÁREAS DE EXTENSÃO

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01.1. RELAÇÃO E EXTENSÃO COM OS ASSENTAMENTOS LOCAIS


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01.2. AGROECOLOGIA E AGROFLORESTA A opção por agroecologia e agroflorestal implica no desenvolvimento de novas práticas e novos valores que fundamentem as relações dos camponeses na relação entre a produção e o consumo, o que requer a criação de diferentes estratégias de organização e comercialização com base na solidariedade, na ética e na sustentabilidade. Busca-se com isso estabelecer uma aliança entre produtores e consumidores que seja socialmente justa e ambientalmente sustentável. No processo de uso da terra por práticas agroindustriais convencionais resulta em sua degradação e desgaste pelo uso intensivo de produtos agroquímicos, maquinário pesado, mecanização excessiva, o que faz com que se apresente a perda da biodiversidade funcional causada pelo uso indiscriminado dessas tecnologias da chamada “Revolução Verde”. Diante desta realidade, os trabalhadores camponeses precisam cotidianamente, para conquistar uma vida digna, experimentar, aprender e ensinar formas de manejar e recuperar os solos e os agroecossistemas severamente danificados. Em tal contexto, a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto busca resgatar os saberes populares, somando-os aos conhecimentos acumulados no contexto das agriculturas de base sustentável, ao visar a reestruturação dos territórios camponeses. Nessa busca pela sustentabilidade dos sistemas, a Escola Popular utiliza como estratégia para melhoria dos Arranjos Produtivos Locais, o aumento da agrobiodiversidade, ressaltando a melhoria no equilíbrio do ecossistema com enfoque na coevolução entre espécies. Por exemplo, o uso da adubação verde que, considerando o plantio de coquetéis de adubação verde, utiliza grande diversidade de espécies que contribuem para a melhoria das qualidades químicas, físicas e biológicas do solo, para o controle de gramíneas e ervas espontâneas, abrigo de inimigos naturais que realizam controle natural de pragas, barreira natural para doenças, bioremediação para pragas e doenças de solo, atração de polinizadores, produção de mel e produção de sementes. Outra forma de trabalhar a agroecologia é seguindo os princípios da Permacultura, com a intencionalidade de interagir com o ambiente onde está localizada, no exercício de observação dos elementos naturais que compõe a região. Se aproveitar de conhecimentos vernaculares de observação do tempo (dos ventos, tempestades), os


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A modelagem de um SAF exige um conhecimento interdisciplinar sobre solos e sua microfauna e microflora, função ecofisiológica dos organismos que constituem os vários estratos, sucessão ecológica. Usa a dinâmica de sucessão de espécies da flora nativa para trazer as espécies que agregam benefícios para o terreno assim como produtos para o agricultor. A agrofloresta, nesse sentido, recupera antigas técnicas de povos tradicionais de várias partes do mundo, unindo a elas o conhecimento científico acumulado sobre a ecofisiologia das espécies vegetais, e sua interação com a fauna nativa. Para realizar esse projeto articulado entre agroecologia e agroflorestal, os objetivos específicos da Escola preveem as seguintes ações: -Desenvolver tecnologias apropriadas à agricultura camponesa em convívio com os diversos biomas brasileiros e em especial com a Mata Atlântica. -Estimular, apoiar e realizar processos educadores (ou educativos) voltados à capacitação de famílias e de comunidades na produção visando a transformação do território com bases e princípios da agroecologia. Contribuir na construção de referências regionais de produção agroecológica e de sistemas agroflorestais que possibilitem a consolidação de assentamentos no extremo sul da Bahia e em outras regiões. -Estabelecer canais de diálogo com a população da região, a partir da experiência concreta de produção agroecológica e de sistemas agroflorestais diversificados com os acampamentos, assentamentos e parceiros. -Desenvolver processos de formação integral, dialógica, política e ideológica que eduquem a partir do exemplo. -Construir e apoiar processos de formação-educação técnicos profissionalizante para áreas de Reforma Agrária. -Contribuir com a experiência de educação do campo, estimulando, apoiando e realizando processos formativos em escolas de áreas de Reforma Agrária. -Enraizar ações da Escola Popular a partir do estabelecimento de espaços físicos próprios ou em parcerias e alianças, que possibilitem ações construtoras de processos educadores. -Estimular e apoiar atividades educadoras com as instituições de Ensino da região. -Promover Educação Ambiental em parceria com Instituições da região.

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caminhos do sol e seu desenho na paisagem e a topografia do terreno e desta forma fazer um desenho planejado para estabelecer padrões e conexões na construção dos lotes, dos assentamentos, da Escola Popular, espaços humanos que sejam habitáveis e interligados com a natureza. Por sua vez, a Agrofloresta ou Sistema Agroflorestal (SAF) é um sistema que reúne as culturas agrícolas com as culturas florestais, resultante da prática de estudo de agrossilvicultura. Os SAFs expressam a reprodução no espaço e no tempo da sucessão ecológica verificada na colonização de áreas novas ou deterioradas. Não representa como prática a reconstrução da mata original, por incluir algumas plantas de interesse econômico, permitindo colheitas sucessivas de produtos diferentes em períodos distintos de plantio.


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A região do extremo sul possui um perfil heterogêneo. Com uma superfície de 30.678 km² e 21 municípios. A zona centro onde a Escola Popular se localiza, é integrada pelos municípios de Teixeira de Freitas, Eunápolis e Itamaraju, é a mais povoada e faz parte de sua formação a construção da BR 101, o ciclo de extração e exportação de madeira, a pecuária com o predomínio de grandes propriedades e os monocultivos de eucalipto para produção de celulose. Em seu conjunto, a região do extremo sul tem se convertido em uma das mais importantes economicamente para o estado da Bahia, por ser sede de grandes projetos industriais e de investimento nas áreas da silvicultura e celulose, pecuária e o turismo, projetos que se integram à economia nacional e internacional. Na configuração atual, com as mudanças recentes da região, mais da metade das terras ainda são ocupadas por pastagens, 55.87%. Apesar disso, foi registrada redução das áreas de pastagem por conta do avanço das áreas de plantios de eucalipto, que compõe 21,54% das terras da região, seguidos dos remanescentes florestais que representam 14,24%, sendo estes uma mescla de matas secundárias degradadas e matas primárias principalmente localizadas em topos de morros e reservas legais. As demais culturas como cacau, café, cana-de-açúcar e mamão, representam 6,61% da área total. Há inegáveis impactos ambientais gerados com o desmatamento da Floresta da Mata Atlântica, principalmente após abertura da BR-101, com as madeireiras que se instalaram na região, derrubando a floresta e abrindo caminho para produção extensiva de gado e do reflorestamento de eucalipto para fins industriais. O investimento privado com fins agroindustriais aumentou a concentração de terra e diminuiu a demanda de mão de obra assalariada na região. Isso ocasionou profundas transformações na estrutura agrária e consequentes desequilíbrios regionais através da tendência à reconcentração da terra, principalmente a norte e a sul.. A implantação de atividades rurais menos intensivas em demanda de mão de obra, como a silvicultura, tem favorecido a expulsão do “homem do campo” mudando a estrutura fundiária, com destaque para as unidades familiares, diminuindo a produção de alimentos na região.

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02. REGIÃO DO EXTREMO SUL DA BAHIA


O grande volume de investimentos públicos e privados direcionados para o dinamismo da economia regional de celulose, pecuária e o turismo aumenta as desigualdades na educação, saúde, saneamento básico e distribuição da renda no setor rural. Entender este contexto de intensas mudanças na configuração do território do extremo sul da Bahia, desde a década de 70, é fundamental para poder influenciar em sua transformação. Desta forma, é importante destacar que o êxodo rural, as desigualdades sociais e a concentração de terra propiciaram o nascimento da organização de camponeses que buscam uma reforma agrária justa e digna, expressadas em aproximadamente 8 mil famílias acampadas em mais de 46 ocupações na região, além dos 30 assentamentos já consolidados.

BRASIL

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BAHIA

PRADO EXTREMO SUL


CARTOGRAFIA APROPRIADA Os aspectos físicos, políticos e econômicos serviram de base para se compor a etapa regional do participativo de maneira à criar um entendimento coletivo da espacialização dos fatores humanos e ambientais que influenciam no contexto de inserção da Escola Popular em seu sítio. Nesta base, formado pelos municípios de Alcobaça, Prado, Itamaraju e Teixeira de Freitas, é possível reconhecer alguns elementos físicos como reservas florestais e áreas de preservação, áreas agriculturáveis, aglomerações humanas, rios e estradas, os quais foram identificados com bandeirolas e linhas coloridas marcando também os trajetos oficiais e não oficiais (caminhos) além dos principais cursos d’água. Deste modo, a Cartografia Apropriada pelos trabalhadores que constroem esta luta se transforma em instrumento de aproximação, análise e organização frente à conjuntura enfrentada. ITAMARAJÚ

PRA DO

ESCOLA POPULAR | PARTICIPATIVO

E SCOLA POPULA R

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TEI X E IRA


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ESCOLA POPULAR | CONTEXTO TERRITORIAL


03. O SÍTIO DA ESCOLA POPULAR O terreno da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto está localizado junto ao assentamento Jaci Rocha, na cidade de Prado - BA. A BR 101 dá acesso à escola e também é um de seus limites imediatos. Tem como um marco importante da paisagem o Monte do Pescoço, que impressiona por ter uma formação rochosa desenhando suntuosa forma no horizonte. Cortam o terreno no sentido norte-sul as torres de alta tensão e é recomendado que não hajam construções de permanência humana num raio de 30m a partir das linhas de força. O seccionamento do terreno que isso ocasiona levou o coletivo a indicar as novas instalações da Escola Popular na porção mais oeste do terreno. A estrutura atual da escola conta com a antiga sede da fazenda, algumas casas e áreas de implementação do participativo. X X X

X X X

X X X X

X

X X X

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X

ESCOLA POPULAR | O SÍTIO

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IMPLANTAÇÃO ATUAL ESCALA 1:5000


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ESCOLA POPULAR | O SÍTIO


CARACTERIZAÇÃO DO SÍTIO

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ESCOLA POPULAR | PARTICIPATIVO

Nessa etapa do participativo as condicionantes do terreno, através do desenho de fluxos e zoneamentos, nos levam a compreender o terreno e basear nossa escolha de implantação nas condições objetivas das diretrizes apontadas. Foram identificados os ventos predominantes, a direção das tempestades, o caminho do sol e os limites físicos do terreno. A BR 101 além de ser o acesso é um elemento importante por se tratar também de um importante ponto de visualização da escola, se tornando a Escola Popular um importante marco na paisagem de viajantes e moradores da região junto com as áreas de preservação permanente que estão em processo de recuperação.


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ESCOLA POPULAR | O SÍTIO


04. PROGRAMA DA ESCOLA POPULAR

refeitório

1.500 refeições/ dia

ciranda biblioteca e secretaria administrativa alojamentos salas de aula/ laboratórios e secretaria pedagógica audiovisual e mini auditório oca

ginásio

campo de futebol

casas

postos de trabalho áreas (m²) 10 trabalhadores

760

10 educadores

786

60 crianças de 0 a 10 anos 50.000 exemplares

4 trabalhadores

_

10 trabalhadores

224 pessoas

6 trabalhadores

2.650

200 educandos

22 educadores

1.550

6 educadores

418

3 trabalhadores

1.400

3 trabalhadores

1.000

_

5.305

_

660

20 pessoas 95 lugares 500 lugares na platéia quadra oficial poliesportiva 300 lugares na arquibancada campo de várzea (60mx90m) 700 lugares na arquibancada 7 casas (30 pessoas)

1.292

ESCOLA POPULAR | PROGRAMA

capacidade

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equipamentos


PERSPECTIVA DA IMPLANTAÇÃO GERAL

7

6

3

7

4

5 1 2

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ESCOLA POPULAR | PROGRAMA

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1. BIBLIOTECA

5. CIRANDA

2. SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

6. ALOJAMENTOS

3. EVENTOS E DESPORTOS

7. CASAS

4. REFEITÓRIO

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O projeto da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto vem construindo o seu programa de necessidades em consequência dos debates do seu Projeto Político Pedagógico ao longo dos últimos quatro anos. A fim de tornar mais profundo o debate sobre as relações e espacialização entre os pontos do programa de necessidades, a dinâmica desse participativo se propôs a começar por formas mais abstratas de organização, fluxos e hierarquias dos espaços edificáveis e seus vazios. Sendo assim o programa nos levando à espacialização e não o contrário. Os triângulos de papel colorido foram nomeados com os respectivos ambientes em pedaços coloridos de acordo com sua setorização: pedagógicos, produtivos, de serviço, habitacionais, administrativos e de lazer. A escolha do formato geométrico triangular proporcionou-nos uma liberdade maior e maior possibilidades de configurações. A cozinha e refeitório estão no coração da Escola Popular, assim como a questão da produção de alimentos está na centralidade da luta pela terra. Os outros equipamentos tiveram suas locações a partir dos desdobramentos desse centro, suas relações, os fluxos cotidianos, os caminhos de trabalho, estudo e contemplação. A partir desse coração pulsavam as atividades místicas, festejos das tradições culturais e sendo assim a praça central e a oca foram colocadas próximas ao refeitório. A biblioteca também tem um caráter prático e simbólico de emancipação através do conhecimento e por isso foi colocada junto ao coração. Com essa parte disposta ao centro foi a vez de passar para o bloco pedagógico. Conectado ao centro por uma haste, o bloco pedagógico tem em seu formato de caracol tendo um “pátio” próprio, vislumbrando uma área mais reservada da movimentação para a concentração necessária nos tempo aula e na prática dos laboratórios. A ciranda e alojamento tiveram suas localizações indicadas de modo ao coração ficar entre esses equipamentos e as salas de aula, compreendendo assim a dinâmica dos fluxos. O camping, o campo de futebol, os vestiários e ginásio foram colocados próximos ao alojamento e à oca.

ESCOLA POPULAR | PARTICIPATIVO

ESPACIALIZAÇÃO DO PROGRAMA: DESCONSTRUINDO PRÉ-CONCEITOS


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ESCOLA POPULAR | PROGRAMA


05. IMPLANTAÇÃO

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ESCOLA POPULAR | IMPLANTAÇÃO

“Como pensar a agroecologia nisso tudo? Como estamos concebendo a agroecologia dentro da biblioteca, com vamos fazer o elo dos laboratórios, da vida, pra não ficar assim: agora, temos uma sala, que é a sala onde vamos conceber o teórico, porque a gente vive dizendo que a nossa concepção de educação se baseia na ideia de que a vida ela é a educação que e a gente acredita. Como a gente não formaliza certos espaços como sendo os ‘espaços do saber’ e o ‘espaço do experimental’, o ‘espaço do agroecológico’. Como que nós não separamos tanto os espaços, apesar das normas? Teremos o laboratório de solos, biologia, química e tal, mas a química é a vida, né? Então o desafio de nossa escola é quebrar os paradigmas”. Educadora Dionara


IMPLANTAÇÃO

X X X

NORTE

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LINHA DE TRANSMISSÃO

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X X X

X X X

ACESSO A OUTRAS FAZENDAS

X X

CAMINHO DO SOL X X X

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X X X

X

X

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ESCOLA POPULAR | IMPLANTAÇÃO

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BR-101

ACESSO APP

VENTOS PREDOMINANTES

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ESCALA 1:5000


LOCALIZAÇÃO DO PRODUTIVO

X X

HORTA

X

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QUINTAL PRODUTIVO

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X

SAF

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POMAR POLICULTIVO

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MINHOCÁRIO

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COMPOSTEIRA

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X X X

TRATAMENTO DE RAÍZES

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BIODIGESTOR

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PEQUENOS ANIMAIS GADO LEITEIRO CURRAL AGROINDÚSTRIA

ESCOLA POPULAR | IMPLANTAÇÃO

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GALINHEIRO

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ESCALA 1:5000


ESCOLA POPULAR | IMPLANTAÇÃO

X

X

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X

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ESCALA 1:2500


AUTO-REGULAÇÃO DO SISTEMA Para conectar de forma coerente os ambientes edificados e não edificados, é importante entender os fluxos que serão gerados pelas diferentes atividades desenvolvidas. Como metodologia foram utilizados pictogramas dos elementos e discriminados seus insumos, produtos e resíduos e conectá-los com seus respectivos destinos e origens. O princípio ecológico de autorregulação é o que buscamos com o sistema. Ou seja, que os insumos e produtos venham e se destinem a elementos internos do sistema o máximo possível. Todas as necessidades não supridas pelo sistema geram um custo e trabalho excessivo e todos os resíduos não absorvidos pelo sistema geram o que chamamos de poluição. Num sentido mais amplo, a autorregulação não se restringe aos limites territoriais da Escola Popular. Ela se torna cada vez mais plena a medida que os assentamentos desenvolvem, juntamente com os educandos e corpo técnico da Escola Popular, uma técnica consciente de produção profícua e sustentável.

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Para especializar o produtivo ao invés de utilizar base plana do terreno foi trazido um elemento importante de implantação: a topografia representada em maquete. Os elementos foram marcados nos locais e as interações marcadas na atividade anterior serviram para o desenho dos caminhos com base nos percursos de trabalho e pesquisa prática. Também nessa etapa do produtivo foram apontadas as estratégias de captação de água e saneamento geral que serão mostradas a seguir nesse caderno com os desdobramentos de cada equipamento. Sendo apontados como principais pontos a captação de águas pluviais, o reuso de águas cinzas e o tratamento de águas negras por bacias de evapotranspiração e tratamento de raiz (o que leva as águas usadas de volta ao ambiente depois de limpas).

ESCOLA POPULAR | PARTICIPATIVO

ESPACIALIZAÇÃO DOS FLUXOS PRODUTIVOS


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ESCOLA POPULAR | IMPLANTAÇÃO


06. EQUIPAMENTOS DIAGRAMAS DE ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE

pré-moldados de cimento e estruturas metálicas Possibilitam a viabilidade da obra (tendo localmente empresas e trabalhadores especializados), racionalização pelo uso de modulação, redução de desperdícios de materiais e mão de obra e uma maior possibilidade de segurança do trabalho pelo emprego desta tecnologia.

alvenaria e telha cerâmica Possibilitam a viabilidade da obra (tendo localmente empresas e trabalhadores especializados), colaboram com o conforto térmico dos equipamentos por seu alto índice de inércia térmica, além de ser uma tradição construtiva local.

madeira As madeiras devem ser de manejo sustentável, retiradas de forma racional e controlada, regulamentadas e fiscalizadas pelo IBAMA. Neste projeto é usada nos edifícios principalmente nas estruturas dos telhados, esquadrias e decks. Apresenta boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica.

telha termoacústica (tipo sanduíche) A telha metálica com isolante térmico proporciona grande conforto, contribui para um canteiro de obras mais ágil e limpo. É uma material leve e de fácil instalação. Como pode vencer grandes vãos foi utilizada em equipamentos que indicavam o uso de plantas mais livres

As estratégias de conforto térmico visam suprir a satisfação e bem estar dos que habitam os ambientes construídos. A partir do estudo do clima da região e a correta aplicação dos elementos arquitetônicos, é possível conseguir esse conforto com baixo consumo energético.

avarandados A região possui clima tropical, quente e úmido com cobertura vegetal de floresta, ou seja, as temperaturas médias mensais são altas e não há um só mês com índice pluviométrico médio inferior a 60mm. As áreas avarandadas e beirais dos telhados criam áreas sombreadas e proteção para as fortes e constantes chuvas. Além de criar em si um espaço confortável, ainda ajudam a controlar melhor as temperaturas internas.

ventilação O vento predominante na região é sul e para aproveitá-lo a fim de conseguir uma temperatura interna agradável as aberturas foram orientadas nesta direção, os espaços dispostos em ambientes fluídos para ventilação cruzada e aberturas superiores para a saída do ar quente.

iluminação O uso de iluminação natural sem a incidência de sol direto é uma estratégia de se aproveitar a luz natural o máximo possível sem o ônus da absorção do calor advindo do sol direto. As orientações das aberturas, o uso de cobogós e as aberturas superiores (sheds) são elementos estratégicos nesse quesito.

placas solares Os grandes panos de telhados dos equipamentos possibilita a instalação de placas solares para gerar energia elétrica e/ou aquecimento de água para o consumo de banho.

ESCOLA POPULAR | ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE

O processo de racionalização da construção civil é necessária para garantir boa qualidade e agilidade na execução dos edifícios. Para isso foram estudados elementos construtivos que usam conceitos atuais aliados ao resgate de técnicas e tradições vernaculares de construção.

ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS

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SISTEMA CONSTRUTIVO


SANEAMENTO Entendendo a estrutura como um exemplo pedagógico temos como princípio ecológico reger o desenvolvimento cotidiano na busca pela autorregulação do espaço. Assim compreender o que cada equipamento, como parte do todo, pode produzir e absorver desse sistema complexo gerando assim uma menor produção de resíduo. Os sistemas convencionais de tratamento de esgotos provocam impactos ao meio ambiente e à saúde das populações. A segregação das águas negras (provenientes do vaso sanitário) das águas chamadas cinzas (não contaminadas com fezes) permite o tratamento simplificado e descentralizado dos diferentes tipos de efluentes domésticos, possibilitando o reuso de água e nutrientes contidos no esgoto.

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ESCOLA POPULAR | ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE

restos para alimentação de pequenos animais Alguns restos de alimentos cozidos ou crus e restos de lavoura podem ser utilizados para complementar a alimentação de pequenos animais.

lixo reciclável A coleta de lixo reciclável ainda não é prática na cidade de Prado, mas a separação desse material visa a reutilização de materiais como vidros de conserva e garrafas, o fomento de cooperativas de reciclagem de papéis, e o incentivo às prefeituras da região a iniciarem essa prática.

descarte comum Descarte de resíduos gerais não recicláveis.

valetas de evapotranspiração Este método de tratamento de esgoto pode ser utilizado para o tratamento de águas cinzas e como o primeiro passo do tratamento de águas negras que continuam o processo através das fossas de raiz.

fossas de raiz Consiste em um tanque impermeabilizado, preenchido com diferentes camadas de substrato e plantado com espécies vegetais de crescimento rápido e alta demanda por água (por exemplo a bananeira). O sistema recebe o efluente dos vasos sanitários, que passa por processos naturais de degradação microbiana da matéria orgânica, mineralização de nutrientes, absorção e evapotranspiração pelas plantas. Por suas características técnicas foram implantadas descentralizadas para atender aos diferentes conjuntos de equipamentos.

biodigestor É um reservatório onde se coloca a biomassa misturada com água para ser fermentado. Biomassa são restos orgânicos encontrados na natureza, que podem ser usados na produção de biogás, tais como: excrementos ( bovino, suíno, equino, etc.); folhagem; restos e esgotos residenciais. Essa fermentação dá origem ao biogás que pode ser utilizado principalmente em fogões e para aquecimento de água. O biodigestor tem como resíduo o biofertilizante que pode ser usado como adubo orgânico tomando os devidos cuidados com a acidez.

composteira A compostagem é um processo biológico de transformação de material orgânico em adubo natural, através do qual os microrganismos transformam matéria orgânica como estrume, folhas, papel e restos de comida em um material semelhante ao solo que passa a ser chamado de composto.

minhocário Possui princípios parecidos com o da compostagem, porém produz uma outra qualidade de composto.


EXEMPLO DE A P R E S E N TA Ç Ã O DE EQUIPAMENTO

localização | 1:10.000

O uso de um eficiente sistema de captação e drenagem preza por uma distribuição e uso mais consciente de água, permitindo o respeito aos mananciais e a sobrevivência continuada das micro bacias. Isso será aliado à recuperação da vegetação das nascentes nas áreas de preservação permanente dentro do sítio dos assentamentos e da Escola Popular.

molhada seca avarandada total 10,9m²

8,43m²

cozinha

quarto

16,8m² varanda

26,00 87,40

capacidade 5 habitantes

O reaproveitamento das águas cinzas produzidas no próprio equipamento, ou em equipamento em uma cota mais alta, é estratégia para diminuir o consumo de água potável para uso de descargas, limpeza e rega de plantas.

sistema construtivo

captação de água da chuva As calhas dos grandes panos de telhado, agregados ao sistema de drenagem estrutural dos espaços livres levam a água da chuva à reservatórios para uso como águas cinza.

conforto

poço Captação de água potável de poço artesiano dentro do terreno da Escola Popular.

15,00 46,40

saneamento Planta perspectivada do anteprojeto | sem escala

contém A presença das estratégias de sustentabilidade é marcada em cor. não contém Quando o equipamento não adotar uma das estratégias, ela aparece acinzentada.

ESCOLA POPULAR | ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE

reaproveitamento de águas cinzas

áreas (m²)

água 31

ÁGUAS

Localização do equipamento na implantação geral.


32

ESCOLA POPULAR | ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE



34

ESCOLA POPULAR | ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE


tanto à Secretaria quanto à Biblioteca.Todo conjunto dispõem-se em cerca de 1.293 m². A biblioteca tem papel basilar na Escola Popular. Mais do que apenas oferecer abrigo ao acervo de 50.00 exemplares, é um espaço de pesquisa e estudo incentivador da busca pelo conhecimento e aprofundamento das questões levantadas da prática. No

A secretaria administrativa está conectada diretamente à Biblioteca através de

volume destinado ao espaço da biblioteca temos recepção, sala de recebimento e qua-

uma marquise comum aos dois blocos de edifícios formando um pátio coberto. O pri-

rentena dos livros, mapoteca, espaço de leitura, computadores para pesquisa e leitura

meiro espaço abriga a função de cuidar da administração geral da Escola Popular. A

digital, acervo e espaço lúdico de literatura infanto-juvenil e acervo geral.

secretaria está próxima à Praça Central para recepcionar educandos recém ingressos e

A varanda se configura em espaço para leitura e estudos em grupos e é abrigada

atuar no cadastro de pessoas vindas para eventos. Conta com balcão de atendimento,

do sol direto e da chuva. Tem vista para paisagem da área de preservação da nascente,

sala de projetos, sala de reuniões e almoxarifado, além dos sanitários que atendem

ao sul do terreno.

35

“Aqui não é conhecimento (batendo com os dedos na cabeça); conhecimento é quando a gente passa pros outros.” Neca Lopes, mestre de obras

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA

BIBLIOTECA E SECRETARIA


36

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA


10,9m²

10,9m²

copa

almoxarifado

16,8m² praça coberta

33,6m² recebimento

33,6m² mapotecas

33,6m² infantil

265,8m² acervo

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

81,24 750,04 491,03 1.292,31

capacidade 50.000 exemplares 10 a 15 funcionários sistema construtivo

44,84m²

51,3m²

54m²

54m²

recepção

sanitários

leitura

recepção

pesquisa

saneamento

água 37

51,04m²

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA

conforto


38

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA

esquema de ventilação natural | sem escala

esquema de proteção solar | sem escala


B

C

A

A

B

C

PLANTA

FACHADA SUL

Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Biblioteca escala | 1 : 250

folha 1 | 2

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado

39

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500


FACHADA NORTE

FACHADA LESTE

CORTE B

CORTE C

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Biblioteca escala | 1 : 250

folha 2 | 2

41

FACHADA OESTE

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA

CORTE A



44

ESCOLA POPULAR | BIBLIOTECA


“Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde.”

necessária de um espaço de aprendizagem”, o avarandado das salas é uma extensão

Florestan Fernandes

do espaço de aprendizagem, assim como as salas de aula são a extensão da apren-

co que possui cerca de 1400 m², organizado em módulos. O desenho quadrado desses módu- los, além de facilitar o processo de construção, cria uma linguagem comum ao setor dedicado às atividades educativas e coletivas. O espaço pretende também permitir

diferentes configurações do mobiliário, como grupos maiores ou menores, cír-

culo ou plenário. Foi pressuposto do projeto que as salas de aula pudessem se abrir para o espaço externo, rompendo a ideia de que o exterior “atrapalha a concentração

dizagem prática. Para isso foram desenhados caixilhos pivotantes que podem integrar a varanda ao cotidiano das aulas, ampliando-as. Os laboratórios de química, física, biologia e solos conformam junto às salas um pátio em patamares, sugerindo espaços livres para grupos de estudo ou estar. A administração pedagógica encontra-se junto à sala de professores, sala de reuniões, almoxarifado de místicas e bloco de sanitários. Por fim, o bloco audiovisual, com cerca de 420m², conta com salas de informática, gravação, edição, e comunicação educativa, além de um auditório com capacidade para 95 pessoas.

45

As salas de aula, os laboratórios e a administração pedagógica compõem um blo-

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL


46

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL


58,1m²

12,3m²

60,84m²

secretaria

sanitários

laboratórios

45,25m² audiovisual

155m² auditório

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

248,35 1098,88 410,8 1.758,03

capacidade 20 audiovisual 95 mini auditório

conforto

6,7m²

43,7m²

60,84m²

copa

sanitários

salas

68,45m² educomunicação

saneamento

água 47

8,43m² sala de prof.s

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

sistema construtivo


48

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

esquema de ventilação natural | sem escala

esquema de proteção solar | sem escala


49

corte esquem谩tico do audit贸rio| sem escala ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL


IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

B

D

C

114,20

114,20 114,20

A

A

114,20

114,20 114,20

113,35

113,60 112,50 112,50

112,50 112,50 mística

educadores

reunião

C

D

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015

FACHADA SUL

Anteprojeto de arquitetura Salas de aula e audiovisual

escala | 1 : 250

folha 1 | 2

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

B

51

PLANTA


FACHADA NORTE

FACHADA LESTE

CORTE B

CORTE D

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 CORTE C

Anteprojeto de arquitetura Salas de aula e audiovisual

escala | 1 : 250

folha 2 | 2

53

FACHADA OESTE

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL

CORTE A


54

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL



56

ESCOLA POPULAR | SALAS DE AULA E AUDIOVISUAL


A estrutura esportiva da Escola Popular foi pensada para atender eventos regionais, muito importantes para toda a comunidade de Prado e região, ao tornar possível campeonatos com melhor infraestrutura, pois quadra e campo de futebol possuem medidas oficiais. Desta maneira, optou-se por implantá-los próximos à entrada da Es-

A Oca é um grande espaço coberto e de múltiplo uso, localizado em ponto estratégico, ao lado do Refeitório, na Praça Central da Escola Popular. Foi assim chamada

cola Popular, permitindo que as atividades tenham certa autonomia de realização em relação ao funcionamento de todo o complexo.

por sua forma circular e a planta livre com cerca de 740m². Sua configuração de te-

A estrutura de sanitários e vestiários atende os equipamentos esportivos e su-

atro de arena semi-circular tem capacidade para grandes públicos de até 500 pessoas,

prem a demanda do camping e da Oca. O posicionamento estratégico dessa estrutura

podendo abrigar eventos como exposições, feiras, peças, filmes, assembleias, missas

otimiza o sistema hidráulico tanto de abastecimento como de esgoto, além da reuti-

campais, etc.

lização de águas cinzas e captação de águas pluviais.

57

“Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma.” Augusto Boal

ESCOLA POPULAR | EVENTOS E DESPORTOS

EVENTOS E DESPOR TOS


58

ESCOLA POPULAR | EVENTOS E DESPORTOS


sanitários

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

158,62 878,22 155,04 1.191,88

capacidade 300 pessoas arquibancada da quadra 500 pessoas na platéia da oca sistema construtivo

conforto

35,53m²

saneamento

vestiarios

ESCOLA POPULAR | EVENTOS E DESPORTOS

quadra

35,53m²

água 59

748,14m²


60

ESCOLA POPULAR | EVENTOS E DESPORTOS

esquema de ventilação natural e proteção solar da Oca | sem escala

esquema de proteção solar da quadra | sem escala

perspectiva explodida da Oca | sem escala


B

C

FACHADA OESTE A

A

CORTE B B

C

PLANTA IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

FACHADA NORTE

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Ginásio escala | 1 : 250 CORTE C

CORTE A

folha 1 | 2

ESCOLA POPULAR |EVENTOS E DESPORTOS

FACHADA SUL

61

FACHADA LESTE


A

FACHADA OESTE

B

B

FACHADA LESTE

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

A PLANTA

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015

CORTE B

FACHADA NORTE

Anteprojeto de arquitetura Oca escala | 1 : 250

folha 2 | 2

ESCOLA POPULAR |EVENTOS E DESPORTOS

FACHADA SUL

63

CORTE A



66

ESCOLA POPULAR | EVENTOS E DESPORTOS


pequenos animais e abastecer as composteiras e minhocário. Funcionará durante os três turnos representando, portanto, um importante centro de convivência para alunos e trabalhadores. Nos aproximadamente 760 m² é possível produzir 500 refeições por período e

O momento da alimentação foi entendido pelo grupo como central em todo o pro-

acomodar até 250 pessoas sentadas na área interna e mais 144 pessoas na área exter-

cesso produtivo da Escola Popular. Não à toa, o edifício do refeitório é considerado o

na. A cozinha segue todas as normas recomendadas pela ANVISA e permite o trabalho

“coração” do projeto, inserido na Praça Central, entre a Oca e a Biblioteca. Ele será o

de até dez funcionários. Está dividida em setores funcionais organizados espacialmente

elemento fundamental dentro do sistema de autorregulação do complexo, pois, além

para facilitar o cotidiano de ações como pré-higienização, preparo de vegetais, carnes,

de preparar e servir o alimento produzido na horta e nos policultivos da Escola Popu-

sucos e sobremesas, despensa e câmaras frias, além de separar e encaminhar todos

lar e dos Assentamentos, fornecerá parte de seus resíduos orgânicos para alimentar

os descartes.

67

“Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.” Carlos Drummond de Andrade

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO

REFEITÓRIO


68

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO


vestiários

entrada alimentos

35,7m² armzenamento

123m²

22m²

cozinha

lixeiras

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

112,06 471,22 177,22 760,50

capacidade 1.500 refeições/ dia 250 pessoas por turno sistema construtivo

conforto

saneamento 177,2m² refeitório

29,5m² lavagem de pratos

8,43m² sanitários

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO

33,64m²

água 69

33,64m²


70

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO

esquema de ventilação natural | sem escala

esquema de proteção solar | sem escala


FACHADA NORTE

FACHADA OESTE

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

C 117,50

FACHADA LESTE 117,50

A

A

B

B CORTE A 117,50

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Refeitório escala | 1 : 250

CORTE B

folha 1 | 1

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO

FACHADA SUL

CORTE C

71

C PLANTA


72

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO



74

ESCOLA POPULAR | REFEITÓRIO


fantasia, vinculando as vivências do cotidiano, as relações de gênero, a coo- peração, a criticidade e a autonomia. São espaços educativos intencionalmente planejados, nos quais as crianças aprendem, em movimento, a ocupar o seu lugar no mundo. É muito mais que espaços físicos, são espaços de trocas, aprendizados e vivências coletivas.

Rosane, 14 anos, RS

O programa do edifício inclui administração, copa infantil, lavanderia, berçário, espaço externo para parquinho, palco de arena, salas multiuso, brinquedoteca e espaço para

A ciranda é um edifício de função primordial, geralmente negligenciada em es-

soneca. Com aproximadamente 780m², tem capacidade para abrigar até 60 crianças,

paços educacionais. Possibilita a participação integral de pais e mães educandos e

com idades entre 0 e 10 anos. Seus espaços são ladeados por grandes varandas que

educadores. Um espaço educativo organizado, com objetivo de trabalhar as várias di-

contribuem fundamentalmente para o conforto térmico natural do edifício e permitem

mensões de ser criança Sem Terrinha, como sujeito de direitos, com valores, ima-ginação,

recreação em área externa com segurança.

75

“Na minha escola vou aprender A contar histórias do meu povo Semear as sementes do amanhã E também colher.”

ESCOLA POPULAR | CIRANDA

CIRANDA


76

ESCOLA POPULAR | CIRANDA


15,66m² copa

16,82m²

70m²

48m²

administração

espaço multiuso

rampas

57m² soneca

51m²

16,24m²

berçário

lavanderia

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

64,38m² 448,40m² 230,86m² 743,64m²

capacidade 60 crianças de 0 a 10 anos sistema construtivo

saneamento

sanitários

70m² espaço multiuso

pátio

28m²

108m²

anfiteatro

pátio

água 77

33,64m²

ESCOLA POPULAR | CIRANDA

conforto


78

ESCOLA POPULAR | CIRANDA

esquema de ventilação natural | sem escala

esquema de proteção solar | sem escala


C

121,50

B

B

121,50

120,50

120,50 120,50

120,50

A

A

C IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

FACHADA OESTE

FACHADA LESTE

PLANTA

FACHADA SUL

CORTE A

FACHADA NORTE

CORTE B

CORTE C

Anteprojeto de arquitetura Ciranda escala | 1 : 250

folha 1 | 1

79

Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015

ESCOLA POPULAR | CIRANDA

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado


80

ESCOLA POPULAR | CIRANDA



82

ESCOLA POPULAR | CIRANDA


resguardados em um ambiente fechado, e as pias e um tanque para lavar pequenas

cação Josué de Castro) adotado em vários dos cursos organizados pela Escola Popular

peças ficam na área comum da varanda. No térreo do bloco de menor permanência

consiste em dividir os tempos dos educandos em tempo aula e tempo comunidade. Esse

encontra-se a lavanderia com máquinas de porte industrial.

método de formação de turmas, assim como formações de menor duração e eventos,

No segundo bloco, encontram-se os dormitórios de alunos de longa permanência.

exigem da Escola Popular uma estrutura de alojamentos capazes de prover espaços de

Os núcleos têm o mesmo programa, apenas um pouco menores, já que cada quarto

estar, estudo e descanso em diferentes escalas de público e tempo.

abriga 4 leitos em beliche.

Os alojamentos foram divididos em dois blocos que abrigam dormitórios para

A área construída de cerca de 2.900 m², tem capacidade para abrigar 224 pes-

diferentes períodos de permanência. No bloco para curta permanência, os quartos

soas: 96 em quartos de curta permanência e 128 em quartos de longa permanência.

dispõem de 8 leitos em beliches. A cada dois quartos, configura-se um núcleo com uma

Entre os núcleos foram incluídos espaços de convivência e áreas de estudos com me-

varanda e um conjunto de banheiros compartilhados, os sanitários e chuveiros ficam

sas, espaço para computadores e copa para pequenas refeições.

83

O regime de alternância (método pedagógico desenvolvido pelo Instituto de Edu-

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

ALOJAMENTOS


84

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS


230,75m² varanda

22,14m² convivência

16,56m² sanitários

10,8m² quarto

38,16m² módulo

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

437,76 912,62 631,44 1.981,60

capacidade primeiro pavimento

alojamentos de longa permanência

16 módulos 64 pessoas sistema construtivo

saneamento térreo

convivência

401,26m²

22,14m²

varanda

convivência

água 85

20m²

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

conforto


ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

esquema de ventilação natural | sem escala

86

espaços de conecção entre os SAFs | sem escala


37,05m² convivência

129,82m²

19,44m²

23m²

62m²

varanda

quartos

sanitários

módulo

localização | 1:10.000

áreas (m²)

primeiro pavimento

molhada seca avarandada total

252,00 481,22 356,00 1.089,22

capacidade 6 módulos 96 pessoas

alojamentos de curta permanência

sistema construtivo

térreo saneamento

lavanderia

226,16m² varanda

20m² convivência

água 87

57,10m²

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

conforto


B

B

118,00

118,00

116,50

119,50

120,50

117,50

118,00

116,50

117,50

119,50

117,50 119,50 116,50

118,00

A

IMPLANTAÇÃO | ALOJAMENTOS DE LONGA PERMANENCIA ESCALA 1:500

116,50

117,50

120,50

119,50

B

A

A

118,00

117,50

119,50

B

B PLANTA | TÉRREO

120,50

PLANTA | PAVIMENTO SUPERIOR

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Alojamentos escala | 1 : 250

folha 1 | 3

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

117,50

89

116,50


123,50

120,50

122,00

122,00

123,50

A

119,00

119,50

120,50

A

119,00

119,50

123,50

IMPLANTAÇÃO | ALOJAMENTOS DE CURTA PERMANENCIA ESCALA 1:500

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Alojamentos escala | 1 : 250

folha 2 | 3

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

PLANTA | PAVIMENTO SUPERIOR

91

PLANTA | TÉRREO


FACHADA NORTE

FACHADA SUL

CORTE A

FACHADA LESTE

Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Alojamentos escala | 1 : 250 CORTE B

folha 3 | 3

93

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS

FACHADA OESTE



96

ESCOLA POPULAR | ALOJAMENTOS


As seis residências, com cerca de 70m² de área útil cada, vão abrigar alguns dos trabalhadores da Escola Popular. Para que as vilas formadas pelos conjuntos de casas aproveitassem de maneira mais eficiente insolação e ventilação, foram projetadas duas tipologias diferentes (uma com dois e outra com três dormitórios). Estas vilas possuem uma quarta construção, que se destina ao abrigo de veículos e churrasqueira

Gandhi

para pequenas confraternizações.

97

“Não quero minha casa murada de todos os lados, nem janelas fechadas. Quero que as culturas de todas as nações soprem por toda minha casa o mais livremente possível. Mas nego-me a ser carregado por qualquer uma delas.”

ESCOLA POPULAR | CASAS

CASAS


98

ESCOLA POPULAR | CASAS


3 vagas

9,84m²

garagem

cozinha

9,36m²

4,10m²

6,82m²

sala

11,04m²

banheiro

sala

quarto

localização | 1:10.000

áreas (m²) molhada seca avarandada total

1

2

19,68 24,48 32,54 36,88 18,34 26,00 70,56 87,36

capacidade 7 casas 30 pessoas sistema construtivo

casa 1

casa 2

9,75m²

4,10m²

8,77m²

11,18m²

6,56m²

8,43m²

quarto

banheiro

quarto

cozinha

quarto

quarto

saneamento

água 99

19,5m² convivência

ESCOLA POPULAR | CASAS

conforto


100

ESCOLA POPULAR | CASAS

esquema de tratamento de águas negras sem escala

esquema de implantação em vilas sem escala


TIPO 1

FACHADA SUL

FACHADA OESTE

FACHADA NORTE

FACHADA LESTE

CORTE A

CORTE B

TIPO 2 TIPO 1 IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500 B

A

PLANTA | TIPO 2

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 PLANTA DE COBERTURA | TIPO 1

PLANTA DE COBERTURA | TIPO 2

Anteprojeto de arquitetura Casas escala | 1 : 200

folha 1 | 2

ESCOLA POPULAR | CASAS

B PLANTA | TIPO 1

101

A


IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

FACHADA SUL

FACHADA OESTE

FACHADA NORTE

FACHADA LESTE

CORTE A

CORTE B

TIPO 3 B

A

A PLANTA | TIPO 3

PLANTA DE COBERTURA | TIPO 3

Escola Popular de Agroecologia e AgroÁoresta Egídio Brunetto Prado, Bahia maio . 2015 Anteprojeto de arquitetura Casas escala | 1 : 200

folha 2 | 2

103

USINA | centro de trabalhos para o ambiente habitado

ESCOLA POPULAR | CASAS

B


105

ESCOLA POPULAR | CASAS


106

ESCOLA POPULAR | CASAS


07. ESTUDO ORÇAMENTÁRIO A estimativa de custo de projeto executivo e de construção foi realizada a partir de valores médios estabelecidos pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). O custo de construção foi estimado com base no Custo Unitário Básico (CUB) fornecido pelo CAU para diferentes tipos de construção, de forma a considerar as especificidades construtivas dos equipamentos. O custo de projeto executivo foi estimado com base em valores de honorários fornecidos pelo CAU, considerando também as especificidades de cada equipamento. Os custos estão sujeitos às oscilações da inflação na construção civil, assim como às variações territoriais de preço de insumos e mão-de-obra.

CUSTO ESTIMADO DE PROJETO EXECUTIVO ¹ (R$)

CUSTO ESTIMADO DE CONSTRUÇÃO ² (R$)

COZINHA

760,00 86.762,00 2.300.413,00

CIRANDA

786,00 32.889,00 1.554.951,00

BIBLIOTECA

1.292,00 98.693,00 3.910.703,00

ALOJAMENTOS

2.650,00 54.844,00 3.258.016,00

SALAS DE AULA + LABORATÓRIOS

1.550,00 57.103,00 3.066.380,00

AUDIOVISUAL

418,00 31.964,00 1.003.200,00

OCA

1.400,00 46.089,00 2.118.200,00

GINÁSIO

1.000,00 18.670,00 935.270,00

CASAS TOTAL EDIFICADO

660,00 14.539,00 811.430,00 10.516,00 441.553,00

18.958.563,00

IMPLANTAÇÃO/INFRAͲESTRUTURA

23.050,00 125.375,00 3.700.000,00

TOTAL

33.566,00 566.928,00 22.658.563,00

¹ estimado sobre base de honorários fornecidos pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) específicos para cada tipo de projeto. ² estimado com base nos Custos Unitários Básicos (CUBs) fornecidos pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) específicos para cada tipo de construção.

ESCOLA POPULAR | ESTUDO ORÇAMENTÁRIO

ÁREA (m²)

107

EQUIPAMENTO



08. FICHA TÉCNICA USINA ctah | Assessoria técnica

Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto

Flávio Higuchi Maiári Cruz Iasi Sandro Barbosa de Oliveira Tamires Lima Wagner Germano

Ana Paula Capello Rezende

Jovenilton Silva

Daniel Alfonso León

Júlia Lopes

Dionara Ribeiro

Waldete Oliveira Santos

Colaboração: Paula Constante; Carolina Laiate; Cecilia Lenzi; Gabriela Paz; José Thiesen

Eliane Oliveira Anny Elielson Loures João Dagoberto dos Santos João Portella Sobral


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