TFG Coletivo 342 | Complexo Híbrido de Escritórios (Belas Artes)

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Coletivo 342 Complexo Híbrido de Escritórios

Valeria S. de Souza



VALERIA S. DE SOUZA

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo para obtenção de grau de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo

Orientador: Mario Biselli

SÃO PAULO 2020



À minha mãe e minhas irmãs que sempre acreditaram e tiveram orgulho de mim. A todos os professores que passaram pelo meu caminho, especialmente, ao professor Mario Biselli, que me conduziu durante este percurso, sem ele, isto não seria possível. Aos meus amigos que a arquitetura me deu, dos quais sempre lembrarei com carinho, principalmente, Alice Martins, Anna Bona e Danilo Freitas, vocês foram fundamentais neste processo, gratidão por tudo o que passamos juntos, sempre levarei cada um de vocês comigo. Foi um prazer dividir essa jornada com cada um de vocês, muito obrigada!


RESUMO O Complexo Híbrido de Escritórios consiste em um ambiente plural e democrático onde o programa de necessidades permite alcançar esferas que não se limitam ao setor corporativo. Um local onde é possível unir torres de espaços corporativos convencionais e de espaços de trabalho compartilhados, a lojas colaborativas,

biblioteca, auditório e à galeria de arte e fotografia, além disso, a praça torna-se o elemento capaz de conectar todos estes âmbitos, e principalmente, as pessoas. Palavras-chave: Edifício híbrido, compartilhamento, conexões.


Coletivo 342

ABSTRACT

The Hybrid Office Complex consists of a plural

and democratic place, where the permission program allows reaching ranges that are not limited to the corporate sector. A place where it is possible to join towers of corporate spaces and shared workspaces, collaborative stores, library, auditorium and art and photography gallery, in addiction, a square becomes the element capable of connecting all these members, and especially the peoples. Keywords: Hybrid building, sharing, connections.


SUMÁRIO

01. Justificativa

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Espaço corporativo como resultado de comportamentos sociais Geração Y

02. Objetivos e Metodologia

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Geral Específico Métodos

03. Conceitos

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Flexibilidade Espaço de Transição Quadra aberta

04. Contextualização do Local

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Localização O que é a Vila Madalena? Contexto Histórico

05. Legislação Zoneamento, índices urbanísticos, Plano Diretor Estratégico

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06. Programa de Necessidades

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Quadro de Áreas Diagrama de usos

07. Referências Projetuais

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Edifício Corujas Paris Rive Gauche Escritório Todos Arquitetura

08. Partido

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Gabarito de altura Diversificação de usos Espaço de transição Sistema construtivo Diversificação de usos

09. O Projeto

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Peças gráficas

10. Bibliografia e Referências

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01 JUSTIFICATIVA

O espaço corporativo como resultado

dos comportamentos sociais Geração “Y”


O ESPAÇO CORPORATIVO COMO RESULTADO DE COMPORTAMENTOS SOCIAIS Os espaços corporativos são os resultados dos comportamentos sociais e dos interesses ligados a cada época em questão. As empresas que tinham estruturas funcionais simplificadas, hoje possuem estruturas multifuncionais, o trabalho, de base manual/operacional, era composto por atividade individual e muitas vezes repetitiva, passando a ser, hoje, muito mais criativo realizado por equipes com suas ideias e inovações, o controle hierárquico e centralizado cede lugar ao participativo e integrado, e a existência de uma economia globalizada, com as empresas atuando em mercados cada vez mais competitivos e de dimensões intercontinentais exige

maior mobilidade e agilidade nas tomadas de decisão. (ANDRADE, 2207, P.90) As transformações nos ambientes corporativos se dão por meio dos mais variados aspectos, os quais estão ligeiramente ligados aos pensamentos, conceitos e valores de cada geração, e estes ambientes apenas reproduzem cada época em discussão. No século XX, onde encontramos as primeiras formas de organização dos espaços corporativos, conceitos como, hierarquização das formas e divisões de tarefas eram mais pertinentes do que em relação aos dias atuais. Portanto, os espaços evidenciavam a divisão

entre o trabalho manual e o intelectual manifestadas através da teoria taylorista idealizada por Frederick Wislow Taylor. Partia-se da premissa de extrair o máximo da capacidade humana de produzir, foi possível constatar que através desta, havia grandes chances de atingir este objetivo, além disto, este sistema não acompanhava as evoluções tecnológicas. No que tange aos aspectos relacionados ao layout e suas formas organizacionais, nota-se que a segregação era utilizada como meio de ratificar as diferenças hierárquicas,

influenciando a competição e a individualidade entre os colaboradores, em virtude do sistema capitalista industrial, baseada na produção máxima para a obtenção do lucro. O layout desprendia rigidez e repetição de padrões. Os pavimentos superiores, os espaços confortáveis e dotados de iluminação natural eram destinados às pessoas que ocupavam grandes cargos, consequentemente, os cargos inferiores se utilizavam dos salões centrais.

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Figura 01 – Larking Building, NY – Frank Lloyd Write

Fonte:ARQTEORIA, 2013.

GERAÇÃO Y A Geração do Milênio, ativa no mercado de trabalho, possui o domínio da tecnologia, alta qualificação, são criativos e inovadores, estão ligados à uma cultura colaborativa, onde os aspectos relacionados à sustentabilidade são levados com uma maior preocupação, além disto, possuem uma relação de troca com a empresa e participam das tomadas de decisões. Perante isto, é de suma importância promover a atualização dos ambientes corporativos, de maneira que atendam às necessidades de nossa época. Conceber ambientes criativos, multifuncionais, para que um mesmo espaço possa ser utilizado para a realização de diferentes tarefas, proporcionando flexibilidade para o local, minimizando as diferenças hierárquicas, fazendo com que as pessoas possam compartilhar ideias e que haja uma relação de troca e integração nos espaços corporativos. É de suma importância, atrelarmos estes aspectos à variedade de usos, de modo com que se possa garantir a vitalidade e segurança urbana, como também, a diversidade no ambiente contemporâneo.

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Promover, garantir e fortalecer múltiplos modos de organização socioeconômica, diversidades étnicas, de raças, de gêneros, de crenças, de usos, de alimentos, enfim, de culturas, parece ser um princípio central para a construção da emancipação social com base no urbano-utopia[...] (MONTEMOR, 2015, p. 68)

Figura 02 – Geração “Y”

Fonte: CQCS, 2019.

Dada a relevância das informações em questão, há a necessidade de produzir um

ambiente corporativo capaz de unir o modelo convencional de escritórios ao de coworking e englobar neste programa, elementos capazes de incluir as atividades públicas, unidas por meio de uma praça central, elemento catalizador do projeto. Os espaços corporativos são uitlizados por uma única empresa, sendo esta, de médio/grande porte, na qual, existe a necessidade de se obter investidores interessados na locação do edificio corporativo. Já os espaços de trabalho compartilhado, são geridos por startups e por administradores que alugam estes locais para outras startups, freelancers e até mesmo para

pequenos empreendedores que estão començando seu próprio negócio, considerando o custo-benefício, já que, facilidades como: recepção, internet e estrutura do espaço em si, estão inclusas no contrato de locação. A ideia central, consiste na fuga do modelo padrão de edificio corporativo visto atualmente, isolado, monofuncional e que se perde da escala humana e atingir o ideal de edificio que proporciona conexões e se abre para a cidade, criando novas possibilidades de usos. 14


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OBJETIVOS E METODOLOGIA

Geral Específico Métodos


OBJETIVOS GERAIS Incentivar a troca de ideias e o compartilhamento de informações através da criação de um ambiente democrático, flexível e humanizado, como forma de minimizar as relações hierárquicas e proporcionar o sentimento de equipe e de integração, bem como, definir ambientes que representem o local em que está inserido, para que possa se estabelecer o conceito de Complexo Híbrido.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1) Respeitar a escala humana para favorecer o sentimento de pertencimento ao local; 2)Produzir um ambiente agradável, tecnológico e multifuncional; 3)Incorporar ao projeto espaços comuns que promovam a conexão, a integração entre as pessoas e o networking; 4) Captar as características primordiais, bem como, a cultura do local, para fazer com que estes ideais reflitam no projeto como um todo; 5)Criar espaços de transição, fazendo com que o projeto seja um elemento conector entre ruas, de forma a alcançar a acessibilidade;

MÉTODOS Compreender as questões legais que implicam no terreno abordado, junto aos órgãos governamentais através de consultas, de forma a fazer com que o projeto atenda a todas estas questões.

Buscar respaldo através de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de dominar o assunto e aprofundar o conhecimento. Levantar referências projetuais, de maneira que se possa compreender, captar e estabelecer o Programa de Necessidades com a finalidade de entender as soluções adotadas nos objetos projetuais.

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CONCEITOS Flexibilidade Espaço de transição Quadra aberta


FLEXIBILIDADE A Flexibilidade na Arquitetura consiste no edifício que pode ser transformado e/ou adaptado para receber novas funções e usos, isto pode ser garantido através dos elementos estruturais e das técnicas construtivas. É necessário assegurar a possibilidade de mudança de ciclo em um edifício, fazendo com que este possa se transformar, é necessário entender que tudo o que está na cidade é dinâmico e mutável e que os interesses de uma sociedade podem sofrer alterações ao longo das décadas. Se no século XX, o layout era baseado na racionalização dos espaços, assim como sua padronização e rigidez no local de trabalho para que sua forma espacial instigasse a

competição e evidenciasse o sistema hierárquico, hoje podemos observar que as relações humanas passaram por transformações e estes conceitos podem ser trocados por: compartilhamento, espaços múltiplos e colaborativos, para que o sentimento de equipe seja favorecido, alcançado assim, a sinergia. Para que todas estas características possam ser incorporadas ao projeto, é primordial que o espaço corporativo capture todos estes elementos. Para que seja um ambiente plural, capaz de proporcionar a troca de informações, a criatividade e a integração, é importante que este seja um edifício flexível, capaz de promover a transformação dos espaços. “A arquitetura flexível consiste em edifícios projetados para responder facilmente a mudanças ao longo da vida.” (KRONENBURG, 2007, p.13). Ao longo do tempo, a flexibilidade tem sido um tema de interesse para os arquitetos. [...] O resultado foi, nos anos que se seguiram, o aparecimento de muitos edifícios com planta livre e modificável, em torno de um núcleo fixo de serviços. Pensou-se que uma maior indeterminação espacial era boa para permitir

maiores alterações de ocupação e uso (MACCREANOR, 1998, p. 40).

Porém, é válido ressaltar que a flexibilidade não se restringe apenas a ideia de conceber um edifício com núcleo rígido que possa ser transformado ao longo do tempo, mas é de suma importância garantir que um mesmo ambiente tenha mais de um uso e maior versatilidade, onde por exemplo: duas salas de reunião, separadas por uma divisória retrátil, um elemento móvel capaz de unir e integrar as duas salas, para comportar um número maior de pessoas, de forma a atender as necessidades que poderão surgir, são formas de como podemos tornar a arquitetura mais flexível. 18


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Atualmente, essa palavra está associada a algo móvel, quando na realidade implica em uma maior variedade de uso e maior versatilidade, e a última não está necessariamente associada a partições dobráveis, retráteis, deslizantes ou acordeão. A flexibilidade é, antes, uma questão de potencialidade (MONTEYES E FURTES, 2001, p. 50).

Dada as questões levantadas por Monteys e Fuertes, podemos perceber que projetar um edifício flexível não se restringe apenas aos materiais e técnicas empregadas no projeto,

mas trata-se de garantir a versatilidade para o objeto.

ESPAÇO DE TRANSIÇÃO Os espaços de transição consistem em espaços semipúblicos ou semiprivados, capazes de conduzir os transeuntes pelo ambiente. Para configurar um espaço de trabalho, é importante preocupar-se com elementoschave, que são as ideias centrais do projeto, tais como, proporcionar um ambiente conectado, integrado, múltiplo, colaborativo e criativo. Essas características se tornariam limitantes se fossem restringidas apenas ao edifício, visto que este poderia se tornar um objeto isolado, desta forma, deve-se considerar que estes adjetivos abranjam a escala do lote, proporcionando a estes, um espaço de transição. Quando falamos em espaço de transição, compreendemos que um sentido de temporalidade está implícito. Nesta expressão, contamos com dois polos distintos e um intervalo espacial, que pode ser mais ou menos

dilatado no tempo – conforme a proposição que o projeto desenvolva, de acordo com a arquitetura geradora do ambiente. O espaço de transição, em projeto, é utilizado para conferir uma gradação, cadenciar uma passagem que, de outa forma, se daria de forma abrupta. (BALSINI, 2014, p. 18).

Quando é feita de maneira adequada, essa interface é uma zona de transição: ela aumenta a conexão entre interior e exterior, incentiva a formação de grupos de pessoas cruzando estes limites espaciais, encoraja

os deslocamentos [...] e permite que variadas atividades surjam em torno ou dentro da própria zona de transição. (ALEXANDER et al, 2013, p. 754).

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Temos evidencias empíricas que corroboram a importância desse contraste: aparentemente as pessoas gostam de estar nos espaços de transição entre os interiores e exteriores – e quando estes espaços são humanos, as pessoas se apegam a eles com persistência(ALEXANDER et al, 2013, p. 753).

Partindo dos raciocínios abordados acima, a proposta será de implantar o complexo híbrido em um terreno que seja capaz de criar conexões de uma rua a outra, fazendo com que o objeto de estudo seja um local de passagem, e que não se restrinja apenas aos trabalhadores do escritório, além de proporcionar integrações entre o interno e externo, porém tendo as funções públicas e privadas bem definidas através de barreiras físicas e/ou visuais. O principal intuito com a criação de espaços de transição, é fazer com que as pessoas adquiram o sentimento de pertencimento ao local, fugindo dos padrões dos escritórios encontrados nas Avenidas Faria Lima e Berrini, que são representados por edifícios isolados, padronizados e que se perdem da escala humana, além não haver múltiplas formas de uso nestes territórios.

QUADRA ABERTA O conceito de quadra aberta, consiste na utilização do espaço interior, de forma que possa ser liberado para o público, ou seja, incentivar a permeabilidade espacial, para que aquela área do terreno possa ser integrada com a cidade. Isso incentiva as dinâmicas urbanas, facilitando a relação entre, edifício, população e entorno. Ao atrelarmos este conceito com a diversificação de usos, podemos potencializar ainda mais estes resultados.

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“A quadra aberta é por essência um elemento híbrido conciliador. Permite a diversidade, a pluralidade da arquitetura contemporânea. Ela recuperar o valor da rua e da esquina da cidade tradicional, assim como entende as qualidades da autonomia dos edifícios modernos. A relação entre os distintos edifícios e a rua se dá por alinhamentos parciais, o que possibilita aberturas visuais e o acesso mais generoso do sol. Os espaços internos gerados pelas relações entre as distintas tipologias podem variar do restritamente privado ao generosamente público, sem desconsiderar as nuances entre o semipúblico e o semiprivado.”

(VITRUVIUS, 2006).

Perante as definições abordadas, pode-se concluir que: A quadra aberta pode ser validada de forma positiva com a presença da diversificação e pluralidade de usos, de forma contrária, obteremos apenas a obsolescência do espaço urbano.

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CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL Localização O que é a Vila Madalena? Contexto Histórico


LOCALIZAÇÃO O local escolhido para a implantação do Complexo Híbrido de Escritórios, fica na

região oeste de São Paulo, no bairro da Vila Madalena, a qual faz parte da subprefeitura de Pinheiros. O terreno está localizado entre as Ruas Aspicuelta, Fidalga e Girassol. Próximo aos metrôs Faria Lima, Fradique Coutinho, Sumaré e Vila Madalena, contam em média com uma distância de 1,0 km, totalizando 15 minutos em um percurso a pé.

Figura 03 – Subprefeitura de Pinheiros

Fonte: Gestão Urbana, 2016.

O QUE É A VILA MADALENA? Para implementar o projeto no contexto urbano da Vila Madalena, foi primordial

compreender sua essência e suas principais características, com o objetivo de fazer com que o projeto abstraia todos os conceitos que este lugar carrega consigo, para que assim, o espaço projete em si mesmo a cultura local, fazendo com que este se torne parte com o todo, e principalmente, que faça sentido que este objeto coexista com os demais. Foram traçadas três palavras-chaves, sendo estas: Economia colaborativa, apropriação dos espaços e a arte. São características de suma importância, que foram levadas em conta para diversas tomadas de decisões acerca do projeto.

Mas, para isso, é importante que compreendamos brevemente os motivos que levaram a Vila Madalena a ser como conhecemos hoje. 24


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CONTEXTO HISTÓRICO A Vila Madalena era conhecida como Vila dos Farrapos, habitada por índios vindos da região central de São Paulo, após a fundação da cidade em 1554. O dono das terras era um português de alto poder aquisitivo, cujo suas três filhas chamavam-se: Beatriz, Ilda e

Madalena, que mais tarde tornam-se nomes de bairros que conhecemos hoje. Os imigrantes portugueses, espanhóis e italianos, caracterizam-se por suas primeiras origens, de classe média-baixa, com ofícios ligados ao comércio e à marcenaria. Com investimentos e planos urbanos feitos pela Companhia Light, a partir de 1910, iniciou-se a construção de linhas de bondes na Vila Madalena, pois as pessoas começaram a morar distantes do centro histórico, desta forma, era necessário traçar linhas de transporte para fazer conexões entre o centro e as regiões “extremas” da cidade. Com a desativação das

linhas de bonde, o bairro foi considerado de difícil acesso para o centro da até o início de 1980. Entre as décadas de 1920 e 1930, deve-se considerar que houve pouco desenvolvimento na região, o local era tranquilo, e visto como uma espécie de área rural. Figura 04 – Rua Wisard

Fonte: acervo do Portal da PMSP

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Em virtude de sua proximidade com a USP, a partir da década de 1970, o local

passou a ser ocupado por estudantes e artistas, e consequentemente, em 1980 deu-se o surgimento de bares e comércios, tornando o local como ponto atrativo das pessoas, em geral. Em 1990, começa o boom imobiliário, onde se reconhece o potencial de crescimento do local, trazendo prédios de luxo e a valorização da área. Hoje, a Vila Madalena é o epicentro da arquitetura de vanguarda em São Paulo, a construtora Idea! Zarvos foi a responsável pelo pontapé inicial, com a criação de diversos

edifícios que fogem dos moldes do que pode ser visto no restante da cidade. Edifícios coloridos, inovadores, que trazem consigo o conceito de flexibilidade, integrando o projeto com a cidade a partir de seus jardins abertos e com as grades recuadas. Figura 05 – Edifício Por Madalena, Rua Madalena

Fonte: Archdaily, 2015.

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Uma das vertentes marcantes mencionadas acima, é a arte, presente de forma

intrínseca na Vila, a arte urbana pode ser facilmente encontrada em todos os cantos, bem como galerias de arte presentes ao longo da região. A mais famosa delas é o Beco do Batman, considerado como uma Galeria de Arte a céu aberto, e que se transformou em um ponto turístico da região. Figura 06 – Beco do Batman

Fonte: Google Imagens.

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As formas de ocupação também ganham destaque, é possível notar que as pessoas reconhecem e se apropriam do espaço físico, isso é facilitado por meio dos gabaritos de altura, das fachadas recuadas e a escala humana cria o sentimento de familiaridade, fazendo com que os indivíduos se identifiquem com o local, além da presença dos bares, que servem para facilitar toda essa questão.

Figura 07 – Bar do Beco, Rua Aspicuelta

Fonte: Bar do Beco.

Sendo um local de vanguarda, a Vila Madalena é um dos polos da economia colaborativa, que é baseada no compartilhamento das coisas. Os espaços de trabalho e as lojas colaborativas, ambientes integrantes dessa proposta de trabalho, fazem parte desta categoria e podem ser vistos de maneira representativa na Vila Madalena. A economia colaborativa, vem como forma de se atentar para as questões referentes a sustentabilidade e ao consumo consciente. Levantada todas estas questões, a Vila Madalena é o ideal representativo de todos os conceitos que fazem parte da idealização deste objeto projetual, sendo o local mais

apropriado para sua implantação.

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05

LEGISLAÇÃO Zoneamento, índices urbanísticos e plano diretor estratégico


ZONEAMENTO, ÍNDICES URBANISTÍCOS E PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO Figura 08 – Zoneamento

Devido ao boom imobiliário observado na Vila Madalena nas últimas décadas, o novo Plano Diretor Estratégico estabeleceu o Coeficiente

de

Aproveitamento

Máximo como 2.0, justamente para preservar a escala do bairro e manter as características do local.

Zona Mista Fonte: GESTÃO URBANA. Autora: Elaborado pela autora, 2020.

O terreno está localizado em uma Zona Mista, que pertence à Zona de Qualificação Coeficiente de Aproveitamento: Mínimo: 0,3| básico: 1,0| Máximo: 2,0 Taxa de Ocupação: 0,7 Taxa de permeabilidade: 15% Gabarito máximo de altura: 28m Recuos: Frente 5m, fundos e laterais 3m. A fachada ativa, instrumento do Plano Diretor, será utilizada para a implementação de atividades voltadas para o âmbito público e semipúblico.

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06

PROGRAMA DE NECESSIDADES Quadro de รกreas Diagrama de usos


QUADRO DE ÁREAS Tabela 1 – Quadro de áreas

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Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figuras 09, 10 e 11 – Diagrama de usos

As atividades voltadas para o público estão localizadas nos 03 níveis do subsolo e no pavimento térreo. Nestes andares,

é

possível

encontrar

lojas

colaborativas, galeria de arte e fotografia, auditório,

espaço

para

eventos

e

a

biblioteca. Do 1º ao 4º pavimento foram implantadas as funções ligadas ao setor corporativo, estando distribuídas em dois edifícios, uma para escritórios e o outro para espaços de trabalho compartilhados.

Fonte: Criado pela autora, 2020.

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07 REFERÊCIAS PROJETUAIS

Edifício Corujas Paris Rive Gauche Escritório Todos Arquitetura


EDIFÍCIO CORUJAS Projeto: FGMF Arquitetos Ano: 2014 Local: Rua Natingui, 442, Vila Madalena – São Paulo Figura 12 – Edifício Corujas

Fonte: Archdaily, 2016.

Edifício corporativo, com a proposta de levar a humanização dos espaços de trabalho. Com gabarito de altura de 09 metros, o edifício configura consigo, horizontalidade, e possui dois volumes edificados, um dos principais partidos adotados foi a criação de varandas para serem utilizadas como espaços de reunião ao ar livre, além de

jardins, fazendo com que o ambiente de trabalho seja mais livre e proporcione maior conforto. Um aspecto forte no projeto, é a valorização da iluminação natural, evidenciada pelos materiais empregados e também a abrangência dos campos de visão, através do desmembramento do edifício em duas partes, que permite observar o que acontece nas outras direções do edifício. Por estar localizado na Vila Madalena, o Edifício Corujas conta com muitas áreas comuns, estabelece o convívio entre as pessoas por meio destes espaços, estimulando a

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interação e a troca de experiência entre os indivíduos, como, o respeito à escala do pedestre evidenciada em primeiro plano, fugindo da maioria dos padrões e ideias adquiridas de um escritório. A estrutura do edifício possui baixo custo benefício pois é concebida em pré-

moldado de concreto aparente, trechos em estrutura metálica, e grandes aberturas para enfatizar a dinâmica entre o edifício e o entorno. Figura 13 – Edifício Corujas

Fonte:Archdaily, 2016.

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PARIS RIVE GAUCHE Projeto: Atelier Parisien d’Urbanisme Ano:1994 Local: Paris

Figura 14 – Paris Rive Gauche

Fonte: Archdaily, 2016.

Operação urbana, sendo a primeira a aplicar a Carta de Concertação do Ministério do Meio Ambiente de 1996. Compreende uma área de 130 hectares, localizada entre o rio Sena e a linha férrea, onde o uso predominante era o industrial e compreende os bairros Austerlitz, Tolbiac e Masséna. O objetivo é criar a conexão entre os bairros e o Rio Sena, além disso, busca promover o desenvolvimento do polo econômico, não só atraindo empresas do ramo, mas também, utilizando a geração de empregos para atrair pessoas, consequentemente, propondo a miscigenação e a diversificação. As diretrizes do projeto consistem em: Propor traçado viário paralelo ao Rio Sena, delimitação de gabarito de altura para os edifícios, proteger e reabilitar os edifícios históricos, incentivo ao uso de transporte público, proporcionar equipamentos públicos de

infraestrutura, entre outros.

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Alguns pontos do planejamento foram revistos de acordo com os novos ideais e demandas que foram surgindo durante o processo, porém, os pontos citados acima, denotam a essência do projeto. No que tange aos aspectos voltados para a escala da quadra e do lote, de acordo com a certificação ISO 14001, instituída pela Semapa, era necessária a existência de espaços para que as pessoas pudessem se apropriar e conviver, através da praça localizada no térreo, como também a presença do telhado verde, voltando-se para a preocupação com as questões relacionadas à sustentabilidade, além disso era necessário que se permitisse a entrada de luz natural nas edificações, de forma a racionalizar o uso de equipamentos

para essas

finalidades, bem como, a diversificação de usos, a utilização de áreas verdes, como também, o conceito de quadra aberta empregada em Mássera. O projeto possui forte identidade cultural, capaz de captar a essência do local a qual

pertence e transpassar esses aspectos para o plano urbano. Figura 15 – Paris Rive Gauche

Fonte: Archdaily, 2019.

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TODOS ARQUITETURA Projeto: Todos Arquitetura Ano:2019 Local: Rua Haddock Lobo, 347, Consolação – São Paulo Figura 16 – Escritório Todos Arquitetura

Fonte: Archdaily, 2019.

O escritório Todos Arquitetura, possui o conceito de Open Space para estimular as relações humanas e o compartilhamento. Apesar do conceito empregado, todos os espaços tem suas funções claramente demarcadas, onde é possível notar através da diferenciação dos elementos e materiais empregados, ou até mesmo por barreiras físicas, mas que liberam a permeabilidade visual. Devido aos padrões de mudança no que tange à consciência ambiental, os escritórios tendem a utilizar e se aproveitar da iluminação natural, principalmente em um ambiente de longa permanência, estas características são evidenciadas pelas grandes aberturas e as cores

claras aplicadas nas paredes. Dada a compreensão do layout do escritório, podemos estabelecer que este pode ajudar a amenizar as hierarquias, pois este termo não é imprescindível para geração Y, que busca por equidade e o compartilhamento de informações, valores estes, que trazem mais significado para a geração do milênio.

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08

PARTIDO Gabarito de altura Diversificação de usos Espaço de transição


GABARITO DE ALTURA O gabarito máximo de altura é de 28 metros, desta forma, 03 níveis do subsolo foram ocupados, para atender a demanda do programa de necessidades, além disso, o edifício possui configuração periférica, capaz de liberar o centro para a ocupação da praça. Devido a este posicionamento periférico, tornou-se primordial observar as questões relacionadas à sensação de segurança, pois sem nenhum tratamento, o edifício por si só, criaria espécies de "paredões" para quem vê da calçada, para isto, foram aplicadas aberturas ao longo do

projeto, aberturas estas que, além de efetivar a sensação de segurança, criam conexões entre o ambiente interno e externo, entre a praça e o escritório.

ESPAÇO DE TRANSIÇÃO A quadra a qual o edifício pertence, possui 220 metros no sentido longitudinal. Como forma de minimizar esta distância, o terreno é utilizado como espaço de transição, capaz de conectar ruas e percursos. Um dos grandes potencias do presente terreno, é proporcionar espaços de transição, de modo com que o local de trabalho não se restrinja apenas aos colaboradores, mas que seja utilizado pela comunidade local, fazendo com que os moradores adquiram o sentimento de pertencimento. Figura 17 – Diagrama de acessos

Figura 17 – Diagrama de acessos principais principais

RUA GIRASSOL

RUA FIDALGA

RUA ASPICUELTA Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Acessos principais


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Circulação vertical

RUA FIDALGA

RUA GIRASSOL

Circulação/ conexões

RUA ASPICUELTA Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

SISTEMA CONSTRUTIVO É primordial que nestes espaços sejam observadas questões capazes de proporcionar flexibilidade ao projeto, principalmente tratando-se de espaços corporativos, sendo essencial prever as grandes transformações que estes podem sofrer ao longo das décadas, trabalhando

com as técnicas e elementos capazes de garantir a flexibilidade. Os elementos estruturais foram modulados, a fim de levar em conta as questões ambientais, além do mais é utilizado componentes de baixo custo, dada a utilização dos prémoldados de concreto. Para vencer o vão de 17,95m no último pavimento dos espaços de trabalho compartilhados, é utilizada a estrutura de treliça metálica.

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Projeção treliça metálica

Pilares de concreto

RUA GIRASSOL

RUA FIDALGA

Figura 19 – Diagrama de estrutura

RUA ASPICUELTA Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

As fachadas permitem a conexão com o ambiente externo, a passagem de luz natural, tal como, a ventilação cruzada, garantindo a salubridade do ambiente. Entretanto, para fins de proteção solar, foram aplicados brises móveis ao longo da fachada, que por si só, garantem o dinamismo desta, fazendo com que se obtenha inúmeras configurações nas

fachadas. De forma a estimular as interações humanas, foram criados espaços de reuniões ao ar livre, e lindeiro a eles, teto jardins foram empregados, como também nas lajes dos últimos pavimentos de cada volume, de sorte com que o microclima possa ser reduzido. Ao longo dos escritórios, é possível contar também com diversos espaços comuns, interativos e de descompressão.

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DIVERSIFICAÇÃO DE USOS No subsolo e no térreo estão voltadas as atividades para o público, como as lojas colaborativas direcionadas para os pequenos empreendedores, configurando a fachada ativa, a galeria de arte e fotografia, destinada para os artistas locais com o propósito de destacá-los, onde trará grande simbolismo para a Vila Madalena, assim como a biblioteca e o auditório. Todos estes elementos serão conectados por meio da praça localizada no miolo de quadra, este será um membro capaz de unir as pessoas e dar sentido para que todas estas atividades aconteçam. Figura 20 – Programa

Biblioteca Auditório

RUA GIRASSOL

RUA FIDALGA

Galeria Loja colaborativa Escritórios Espaço de trabalho compartilhado

RUA ASPICUELTA Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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O PROJETO Peรงas grรกficas



Coletivo 342

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Coletivo 342

Criação de espaço de transição em virtude da extensão de 220,00 metros de extensão da quadra em questão

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 24: Planta 3º subsolo – Cota 755,00

Fonte: Produzido pela autora, 2020. Figura 25: Planta 2º subsolo – Cota 759,00

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Dado o posicionamento das lojas colaborativas no subsolo, foi necessário pensar em estratégias capazes de proporcionar a chegada de iluminação natural nestes ambientes. Para isto, foi adotada a utilização de praças enterradas, que além de garantir estes aspectos, são pontos atrativos. No 2º subsolo, encontra-se um espelho d’água que convida os visitantes a molharem os pés. Figura 26: Detalhamento – Praça enterrada

Figura 27: Situação – Praça enterrada

Fontes figuras 26 e 27: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 28: Planta 1º subsolo – Cota 763,00 Figura 28: Planta 1º subsolo

Fonte: Produzido pela autora, 2020. Figura 29: Planta – Pavimento térreo – Cota 767,00

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Coletivo 342

No pavimento térreo, pode-se observar a permeabilidade espacial sendo aplicada na prática, todos os acessos ao edifício, bem como, a praça central, são acessíveis através das rampas que permitem esta conexão, além disso, os caminhos e o desenho empregado no paisagismo instigam os visitantes a percorrerem por dentro do edifício, criando caminhos alternativos. O espaço de transição recebe tratamento, de forma para

destacar a importância deste elemento no projeto. Ademais, a galeria de arte e fotografia, bem como o auditório, são independentes do restante do programa, garantindo o livre acesso a partir das programações oferecidas. Figura 30: Detalhamento – Espaço de transição.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 31: Planta 1º Pavimento Cota 771,00

As salas de reuniões estão localizadas nos primeiros pavimentos de ambos os edifícios. Como forma de trazer o conceito de flexibilidade para o projeto, foi adotada a aplicação de divisórias retráteis, com o objetivo de transformar o espaço, fazendo com que uma sala possa aumentar seu tamanho, prevendo assim, as demandas espaciais que poderão surgir ao longo do tempo. No 2º pavimento, no coworking, estão situadas as áreas de convívio e nos escritórios, a presença de espaços comuns. O layout está voltado para a janela, para que a paisagem seja observada. Figura 32:: Planta 2º Pavimento Cota 755,00

Fonte figuras 31 e 32: Produzido pela autora, 2020.

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Coletivo 342

Figura 33: Detalhamento: Salas de reuniões

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

Figura 34: Detalhamento: Áreas de convívio

FONTE: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 35: Planta 3º Pavimento Cota 779,00

No 3º e 4º pavimento, ficam localizadas mais estações de trabalho, bem como, salas privativas para os escritórios compartilhados. O layout possui conceito Open Space e também, conta com elementos leves e flexíveis, para que caso seja necessário, o edifício possa passar por devidas transformações que forem desejadas, podendo até mesmo, receber

um outro uso. No edifício dos escritórios corporativos, foi empregado um terraço voltado para a face oeste, para que seja possível a observação do pôr do Sol ao final do expediente.

Figura 36:: Planta 4º Pavimento Cota 783,00

Fonte figuras 35 e 36: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 37: CORTE A/A

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 38: CORTE B/B

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 39: CORTE C/C

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 40: CORTE D/D

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 41: Corte detalhado

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 42: Situação - Corte detalhado

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Coletivo 342

Figura 44: Situação - Corte detalhado

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Coletivo 342

Figura 46: Situação - Corte detalhado

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 47: Fachada Leste

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 48: Fachada Norte

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 49: Fachada Oeste

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 50: Fachada Sul

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 51: Rua Girassol, vista para galeria e auditรณrio.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 52: Rua Fidalga, vista para os espaços de transição.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 53: Rua Aspicuelta x Rua Girassol.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 54: Praça central, vista para a quadra central, praças enterradas e edifícios corporativos.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 55: Vista para a praça central e espelho d’agua abaixo do auditório.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 56: Praรงa central.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 57: Rua Fidalga x Rua Aspicuelta.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 59: Vista superior da praรงa central.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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Figura 60: Vistas do edifĂ­cios corporativo e coworking a partir da Rua Fidalga.

Fonte: Produzido pela autora, 2020.

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LISTA DE FIGURAS Figura 01: Larking Building, NY – Frank Lloyd Write

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Figura 02: Geração “Y”

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Figura 03: Subprefeitura de Pinheiros

24

Figura 04: Rua Wisard

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Figura 05: Edifício Pop Madalena, Rua Madalena

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Figura 06: Beco do Batman

27

Figura 07: Bar do Beco, Rua Aspicuelta

28

Figura 08: Zoneamento

30

Figura 09: Diagrama de usos

35

Figura 10: Diagrama de usos

35

Figura 11: Diagrama de usos

35

Figura 12: Edifício Corujas

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Figura 13: Edifício Corujas

39

Figura 14: Paris Rive Gauche

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Figura 15: Paris Rive Gauche

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Figura 16: Escritório Todos Arquitetura

42

Figura 17: Diagrama de acessos principais

44

Figura 18: Diagrama de circulação

45

Figura 19: Diagrama de estrutura

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Figura 20: Programa

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LISTA DE FIGURAS Figura 21: Mapa de Gabaritos

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Figura 22: Planta de Situação

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Figura 23: Planta de Implantação (Cobertura)

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Figura 24: Planta 3º subsolo – Cota 755,00

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Planta 25: Planta 2º subsolo – Cota 759,00

54

Figura 26: Detalhamento – Praça enterrada

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Figura 27: Situação – Praça enterrada

55

Figura 28: Planta 1º subsolo – Cota 763,00

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Figura 29: Planta – Pavimento térreo – Cota 767,00

56

Figura 30: Detalhamento – Espaço de transição

57

Figura 31: Planta 1º pavimento – Cota 771,00

58

Figura 32: Planta 2º pavimento – Conta 755,00

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Figura 33: Detalhamento: Salas de reuniões

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Figura 34: Detalhamento: Áreas de convívio

59

Figura 35: Planta 3º pavimento – Cota 779,00

60

Figura 36: Planta 4º pavimento – Cota 783,00

60

Figura 37:Corte A/A

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Figura 38: Corte B/B

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Figura 39: Corte C/C

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LISTA DE FIGURAS Figura 40: Corte D/D

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Figura 41: Corte detalhado

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Figura 42: Situação - Corte detalhado

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Figura 43: Corte detalhado

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Figura 44: Situação – Corte detalhado

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Figura 45: Corte detalhado

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Figura 46: Situação – Corte detalhado

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Figura 47: Fachada leste

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Figura 48: Fachada norte

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Figura 49: Fachada oeste

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Figura 50: Fachada sul

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Figura 51: Rua Girassol, vista para galeria e auditório

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Figura 52: Rua Fidalga, vista para os espaços de transição.

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Figura 53: Rua Aspicuelta x Rua Girassol

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Figura 54: Praça central, vista para praças Enterradas e edifícios corporativos

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Figura 55: Vista para a praça central e Espelho d’agua abaixo do auditório

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Figura 56: Praça central

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Figura 57: Rua Fidalga x Rua Aspicuelta

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Figura 58: Acesso para o edifício através das Escadarias localizadas na Rua Aspicuelta

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Figura 59: Vista superior da praça central

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Figura 60: Vista dos edifícios corporativo e Coworking a partir da Rua Fidalga

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LISTA DE TABELAS Tabela 01: Quadro de áreas

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107


BIBLIOGRAFIA ALEXANDER, Christopher, et al. Uma linguagem de padrões. Porto Alegre: Bookman, 2013. BALSINI, André. Espaços de transição: entre a arquitetura e a cidade. 2014. 297 p.

Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014. FONSECA, Juliane. A contribuição da ergonomia ambiental na composição cromática dos ambientes construídos de locais de trabalho de escritório. 2004. 292p. Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. GUEDES, Sara. Lote da Estação Velha – Ensaio sobre arquitetura evolutiva, flexível e adaptável. 2016. 134p. Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Porto, 2016. KRONENBURG, Robert. Flexible: Architecture that responds to change. London: Laurence King, 2007. MACCREANOR, Gerard. Adaptability. A+T Magazine, pp. 40 - 45. Artigo. 1998 MONTEYS, Xavier e FUERTES, Peres. Un ensayo sobre la arquitectura de la casa. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 2001. NETO, Egydio. Cor e iluminação nos ambientes de trabalho. Porto Alegre: Livraria, ciência e tecnologia, 1980. PANERO, Julius. Dimensionamento humano para espaços interiores. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 2002. PIRES, Nayara. As manifestações da flexibilidade na arquitetura. 2018. 177 p. Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019. PORTZAMPARC, C. A terceira era da cidade. In: Revista Óculum, n. 9, Fau Puccamp, Campinas,1997.

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Coletivo 342

REFERÊNCIAS FIGUEROA, M. Habitação coletiva e a evolução da quadra. Vitruvius, Arquitextos 069. Texto

Especial

357,

fevereiro

de

2006.

Disponível

em:<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp357.asp>. Acesso em: 04 de junho de 2020.

FGMG ARQUITETOS. Archdaily: Edifício Corujas / FGMF Arquitetos. 2016. Página inicial. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/787289/edificio-corujas-fgmfarquitetos>. Acesso em 13 de nov. de 2019.

PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Lei nº 16.050 de 31 de julho de 2014.

2016.

Disponível

em:

<https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-

content/uploads/2015/01/Plano-Diretor-Estrat%C3%A9gico-Lei-n%C2%BA-16.050-de-31de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf>. Acesso em 23 de ago de 2019.

TODOS ARQUITETURA. Archdaily: Escritório Todos Arquitetura/ Todos Arquitetura. 2019. Página inicial. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/921974/escritoriotodos-arquitetura-todos-arquitetura?ad_source=search&ad_medium=search_result_all>.

Acesso em 26 de out. de 2019.

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