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UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE ASUNCIÓN FACULTAD DE CIENCIAS HUMANISTICAS Y DE LA COMUNICACIÓN MAESTRÍA EN CIENCIAS DE LA EDUCACIÓN

INCLUSÃO DIGITAL: USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL HÁGAQUÊ E SUA INFLUÊNCIA NA METODOLOGIA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA SANTO ANTÔNIO – RECIFE-PERNAMBUCO

Valéria Maria Tavares

Asunción, Paraguay 2014


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Valéria María Tavares

INCLUSÃO DIGITAL: USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL HÁGAQUÊ E SUA INFLUÊNCIA NA METODOLOGIA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA SANTO ANTÔNIO – RECIFE-PERNAMBUCO

Tesis presentada y defendida para la obtención del título de Máster en Ciencias de la Educación de la Universidad Autónoma de Asunción (UAA)

Orientador: Prof. º Dr. Antonio Hernández Fernández

Asunción, Paraguay 2014


Tavares, V. M. 2014. Inclusão Digital: Uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na Metodología do Professor da Educação Infantil da Escola Santo Antônio – RecifePernambuco. Valéria Maria Tavares. 137 páginas.

Tutor: Prof. Antonio Hernández Fernández

Dissertação Acadêmica em Ciências da Educação (Maestría). UAA, 2014.


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Valéria María Tavares

INCLUSÃO DIGITAL: USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL HÁGAQUÊ E SUA INFLUÊNCIA NA METODOLOGIA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA SANTO ANTÔNIO – RECIFE-PERNAMBUCO

Esta tese foi avaliada e aprovada em ___/___/____ para a obtenção do titulo de Maestria em Ciências da Educação pela Universidad Autónoma de Asunción - UAA

Aprovada pelo Comitê Examinador em Asunción – Paraguay _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________


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Dedico este trabalho à minha família, meus filhos, amigos e colegas de trabalho, que alegram a minha existência. Principalmente o meu esposo, que sempre me ajudou e incentivou a concretizar meu sonho.


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Agradeço a Deus pelo dom da vida, que me inspirou todos os conceitos e ideias que luto e que acredito, aos meus filhos, Otávio, Pedro, Armando e Janaína que representam uma luz na minha vida, aos meus netos que se espelhem nesse trabalho como uma forma de buscar e adquirir conhecimento, pois o conhecimento é uma joia preciosa que não é roubada, ao esposo Renato que incentivou-me a não desistir nas horas de desespero,a minha amiga, companheira Kati De Recalde que tanto me ajudou em Asunción, ao Professor Antonio Hernández com sua sabedoria e paciência transbordou seu bálsamo de serenidade e a todos os Professores que ajudaram direta e indiretamente pela minha conquistada elaboração deste trabalho e finalmente aos meus pais in Memória (Otávio e coralina), foi através deles que tudo começou e aonde estejam que toda a luz seja voltada para eles.


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Uma das grandes contribuições do computador é a oportunidade de crianças vivenciarem a emoção de buscar os conhecimentos que eles realmente querem. (Seymour Papert)


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SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ........................................................................................ ix LISTA DE TABELAS ......................................................................................... x LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... xi LISTA DE GRÁFICOS ....................................................................................... xii LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................. xiv RESUMEN ........................................................................................................... xv RESUMO ............................................................................................................. xvi INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1 Problema da Pesquisa ................................................................................. 2 Perguntas da Pesquisa ................................................................................. 2 Objetivo Geral ............................................................................................ 3 Objetivos Específicos ................................................................................. 3 Variáveis da Pesquisa ................................................................................. 3 Metodologia ............................................................................................... 3 Hipótese do trabalho ................................................................................... 4 Justificativa ................................................................................................ 4 1. REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 7 1.1.

Histórico ................................................................................................ 7

1.2.

Política e Legislação da Educação Infantil.............................................. 10

1.2.1. Lei de Diretrizes e Bases (LDB) ...................................................... 13 1.2.2. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil ................ 14 1.3. Educação Infantil e Desenvolvimento........................................................ 16 1.3.1. O desenvolvimento infantil: Piaget, Vygotsky, Wallon .................... 16 2. SOFTWARE

EDUCATIVO:

SOFTWARE

HÁGAQUÊ

FERRAMENTA PEDAGÓGICA ................................................................. 22 2.1. Software Educativo ................................................................................... 22 2.2. Percursos da História em Quadrinhos ........................................................ 25


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2.3. Software Hágaquê ..................................................................................... 28 2.4. Paradigma de Avaliação da Interface Gráfica do Hágaquê ......................... 31 2.4.1. Interface do Software Hágaquê........................................................ 32 3. INCLUSÃO DIGITAL................................................................................... 36 3.1. Trajetória da Informática na Educação no Brasil ....................................... 39 3.2. Inclusão Digital do Professor..................................................................... 41 4. PERCURSO METODOLÓGICO ................................................................. 47 4.1. Dados sobre o Estado de Pernambuco ....................................................... 48 4.2. Universo da Pesquisa ................................................................................ 50 4.3. Sujeitos da Pesquisa .................................................................................. 51 4.4. População.................................................................................................. 51 4.5. Delineamento Metodológico ..................................................................... 52 4.6. Características da Pesquisa ........................................................................ 53 4.7. Técnica de Resolução de Dados ................................................................ 54 4.8. Coleta de Dados ........................................................................................ 56 4.9. Procedimentos ........................................................................................... 57 5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA .... 59 5.1. Análise e Discussão dos Resultados da Investigação ................................. 59 DISCUSSÃO FINAL ........................................................................................... 86 RECOMENDAÇÕES .......................................................................................... 92 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 94 APÊNDICE .......................................................................................................... 99


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LISTA DE QUADROS Quadro 1: Perfil dos serviços de atendimento na educação infantil ....................... 11


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LISTA DE TABELAS Tabela 1: Relação entre os paradigmas educacionais, características e modalidades de Software Educacional ................................................................... 24 Tabela 2: Operacionalização da pesquisa .............................................................. 48 Tabela 3: Operacionalização da Construção do Questionário ................................ 55


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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Dimensões constitutivas do homem ....................................................... 20 Figura 2: Tela de apresentação do Software Hágaquê ........................................... 33 Figura 3: Tela de aplicabilidade dos recursos do Software Hágaquê ...................... 33 Figura 4: História em quadrinho com o uso do software Hágaquê ......................... 34 Figura 5: Figuras retiradas do computador usando os recursos gráficos do software ................................................................................................................. 34 Figura 6: Perfis do professor que trabalha com tecnologia..................................... 46 Figura 7: Mapa de Pernambuco ............................................................................ 49


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LISTA DE GRÁFICOS Gráfico - 1 A utilização do Software Educacional Hágaquê atende metodológicamente a Educação Infantil? ............................................................... 60 Gráfico - 2 Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê na Educação Infantil ................................................................................ 62 Gráfico – 3 O Software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da Educação Infantil............................................. 63 Gráfico – 4 O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula da Educação Infantil .............. 65 Gráfico - 5 O uso do software está adequado para integrar o material didático de Ensino de educação infantil ............................................................................... 66 Grafico – 6 A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil ............................................. 67 Gráfico – 7 Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola............................................. 68 Gráfico - 8 Independente da solicitação por parate dos docentes, a instituição procura discutir a proposta de formação do uso do software Educacional Hágaquê................................................................................................................. 70 Gráfico – 9 A proposta de formação de docente para o uso do software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil ............................................. 71 Gráfico – 10 Qual a frequênia que as formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil ................................................................................................................... 73 Gráfico - 11 A escola dispõem de recursos tecnólogico para o uso do software Educacional Hágaquê............................................................................................. 74 Gráfico - 12 Qual a frequência com que utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil ...................................................................................... 75 Gráfico – 13 A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o software Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil ............... 76 Gráfico – 14 O recurso tecnológico da escola atende quanto ao uso do


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software Hágaquê .................................................................................................. 77 Gráfico -

15 A escola disponibiliza recursos tecnologicos que ajudam a

promover um ensino de qualidade na educação infantil .......................................... 78 Gráfico – 16 O software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica dentro da sala de aula .......................................................................... 79 Gráfico – 17 No que diz respeito a sua prática pedagógica o software educacional atende as suas necessidades como professor de educação infantil........ 80 Gráfico - 18 O uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica ....................................................................................... 81 Gráfico - 19 O software Educacional Hágaquê pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensino-aprendizagem ............................................................................................. 82 Gráfico - 20 Como você avalia sua prática pedagógica na Educação Infantil ........ 83 Gráfico - 21 A Proposta Pedagogica é discutida com os Professores..................... 84 Gráfico – 22 A pratica Pedagogica do Professor está vinculada a metodologia da escola ................................................................................................................ 85


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LISTA DE ABREVIATURAS CNPQ – CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFCO E TECNOLÓGICO COEDI – COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DITEC – DEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURA FINEP – FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS FLs – FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO FUNDEF – FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL FUNDEF- FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTODA EDUCAÇÃO BÁSICA E DA VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO HQ – HISTÓRIAS EM QUADRINHO ISO\IEC – CERTIFICADO DE QUALIDADE DADO A UMA EMPRESA LBA – LEGIÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA NTE – NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL OMEP – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL PARA A EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PNE – PLNANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PROINFO – PROGRAMA NACIONAL DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO RCNEI – REFERÊNCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL SEED – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SEI – SECRETARIA ESPECIAL DA INFORMATICA SESI – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO TIC – TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


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RESUMEN Esta investigación tiene como tema inclusión digital : el uso de software educativo hagaque y su influencia em la metodologia del professor de educación infantil de la Escuela Estadual San Antonio Recife-Pernambuco. El objetivo general se formula de la siguiente manera: analizar el uso del software educacional Hágaquê, y como infuencia em la metodología utilizada por los profesores de la Educación infantil de la Escuela Estadual San Antonio Recife-Pernambuco; por su parte, los objetivos específicos son planteados como sigue: identificar si el uso del software educacional contribuye metodológicamente en la educación infantil; identificar si en la escuela son ofrecidos a docentes cursos de capacitación para el uso pedagógico del software educacional Hágaquê; detectar si existe disponibilidad de recursos tecnológico para el uso Del software educacional Hágaquê; y detectar si los docentes perciben que el software educacional les proporciona mayor eficiencia en su práctica diaria en el aula. Se ha trabajado con la siguiente hipótese de trabajo: El software educacional meyora la metodología y práctica pedagógica del profesor de educación infantil de la escuela estadual San Antonio – Recife-Pernambuco San Antonio – Recife-Pernambuco. Con el objetivo de afirmar o negar esta hipótesis de trabajo, se adoptó una metodología con enfoque mixto (cuali y cuantitativo), del tipo descriptivo, paradigma interpretativo con una muestra probabilística. La técnica de recolección de datos há sido la encuesta y como instrumentos ha sido utilizado cuestionario con preguntas abiertas y cerradas. El procesamiento de datos arroja los siguientes resultados: el 60% dos docentes afirma que sí utilizó el softwware educativo Hágaquê, y que la institución promueve subsidios para que los profesores puedan desarrollar su capacidad de análisis, de interpretación y reflexión respecto a su práctica. El 25% indicó que sólo se promueve en parte, y 15% dice que no se promueve. Con relación a la pregunta de si software puede ser utilizado de manera multidisciplinar en el aula de educación infantil, se tiene que el 75% de los profesores afirmó que sí, y 25% dijo que en parte. Con los resultados de la investigación fue posible detectar que la hipótesis afirmativo tiene mayor sustento. Dentro de este marco, puede recomendarse que la escuela tomada como caso de estudio promueva la formación continua de sus profesores en lo que a la utilización del software educacional se refiere, además de otros recursos tecnológicos y que sean promovidas reuniones periódicas para discutir las propuestas pedagógicas de la institución. Palabras clave: Software educacional; Educación infantil; Profesores; Metodología.


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RESUMO A pesquisa tem como tema, Inclusão Digital: Uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na metodologia dos Professores da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco. Tendo como objetivo geral: Analisar o uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco, bem como atende os objetivos específicos: Identificar se uso do Software Educacional contribuí metodologicamente na Educação Infantil; Identificar se na escola é oferecido aos docentes curso de formação para o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê; Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do software Educacional Hágaquê na escola; e Detectar se os professores percebem eficiência do uso do Software educacional hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula. Trabalhou-se com as seguinte hipótesi: O software educacional melhora a metodologia e a pratica pedagógica do professor da educacão infantil da escola estadual Santo Antônio- Recife-Pernambuco. Com o objetivo de afirmar ou negar esta hipótese, adotou-se uma metodologia científica referendada no enfoque misto (quali-quantitativo) do tipo descritivo, paradigma interpretativo com amostra probabilística, utilizando a técnica de coleta de dados aplicados aos professores, utilzando a tecnica da enquete.O método da pesquisa é através de levantamento de dados .Mediante o resultado encontrado na pesquisa , 60% dos docentes afirmaram que sim o uso do Software Educacional Hágaquê

promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica e 25% que em parte promove e 15% não promove.porém foi

perguntado se software Educacional Hágaquê pode ser

utilizado multidisciplinar em sala de aula da educação infantil, observou-se que 75% dos professores pesquisados afirmaram sim, 25% firmaram que em parte, já 0% por não. Com base nos dados da pesquisa, foi possível detectar que a hipótese afirmativa teve uma melhor sustentabilidade diante dos resultados apresentados. Recomenda-se que a escola Santo Antônio promova formações continuadas aos professores quanto ao uso do Software Educacional e outros recursos tecnológicos e promova reuniões periódicas para discutir as propostas pedagógicas da escola Palavras - Chave: Software Educacional; Educação infantil; Professor; Metodología.


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INTRODUÇÃO A história do desenvolvimento tecnológico e seu papel nas sociedades ocidentais é um tema fundamental na atualidade. A geração presente, já tendo nascido sob o signo das vertiginosas mudanças que a tecnologia acarretou, não tem, em geral, a noção de como todo esse processo é muito recente e que caminhos a humanidade percorreu para chegar à atual situação. Entretanto, vivemos num mundo que herdamos, resultado de um longo e complexo processo histórico que trouxe muitas mudanças que à vida do homem, especialmente após o nascimento da filosofia, na antiga Grécia, onde encontramos as raízes do pensamento e da cultura ocidentais, e certamente a partir do século XVII, quando se constrói o conceito moderno de ciencia e tambem de tecnologia. O sistema educacional vive um tempo revolucionário, carregado, por isso mesmo, de esperanças e incertezas. Isso se manifesta na aproximação entre educação e novas tecnologias. Em torno dessse contato, existe hoje um verdadeirfervilhar de conceitos e iniciativas, de politícas e práticas, de associações e organismos, de livros. As esperanças se misturam com as frutações; as utopias, com as realidades. Os governos medem seu grau de sintonia com a sociedade da informação baseando-se no número de escolas conectadas e na proporção de computadores por alunos. Os especialistas avaliam e criticam, os professores têm que se adptar a exigências

até entao desconhecidas e o mercado

educacional cada vez mais dinâmico e amplo. A educação Infantil como parte da educação básica é algo muito recente, dentro das proposição de grupos de educadores que históricamente pleiteiam mudanças na forma de entender e de tratar este segmento Educacional. A própria Educaçaõ infantil foi adotada recentemente em nosso pais, consagrada nas disposições da constituição de 1988, assim como a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, de 1996. A sociedade tem passado tem passado por um processo de grandes transformações sociais, políticas e econômicas e culturais, umas das marcas da transformação tem sido chamada Era Digital. O papel da escola neste novo contexto de aprendizagem, inclui novas ferramentas de aprendizagem e que, não nasceram na era virtual e digital e tem que se atualizar constamente e transformar seus métodos pedagógicos. O presente trabalho investigativo tem como tema a Inclusão Digital: uso do Software Educacional hágaquê e sua influencia na metodologia do Professor da Educação Infantil da


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Escola Santo Antônio – Recife – Pernambuco, a mesma foi desenvolvida em Recife, capital de Pernambuco. Embora alguns recursos tecnológicos enham ganhado, progressivamente, espaço no cotidiano escolar, constatamos que no Brasil, infelizmente, ainda existe alguma resistência dos educadores em incluir no curriculo escolar as atividades realizadas com o auxílio de meios virtuais. Alguns apresentam uma reação de quase horror à inclusão de novas tecnológias nas escolas – provenientes do desconhecimento das nesmas, ou do velho medo de que as máquinas ocupem o lugar dos professores no processo-aprendizagem. Outros sentem-se inseguros para a utilização de tais estratégias, pela familiaridade de que têm com elas. A atitudes preconceituosas citadas, é o desenvolvimento de novas competências, antes desconhecidas, nas práticas educativas reaizadas por nossas escolas e professores.inserção da tecnologia no cotidiano escolar parece-nos irreversível. A psequisadora teve como foco o interesse em analisar e estudar como o uso do software educacional hágaquê está impactando a metodologia e a sua prática pedagógica no âmbito da educação infantil. Vislumbramos que, no cenário atual e Educação infantil compreende como uma modalidade de ensino, que ao longo do tempo vem se destacando no cenário educacional, desde da Constituição de 1988, e que a criança passou a ser vista como cidadã, portadora de direitos. Vários estudos confirmam que é na idade da educação infantil que surgem as primeiras “ janelas de oportunidades”, na terminologia de Cunha (2006, p.23), para a obtenção de um conjunto de saberes e competências básicas indispensáveis a futuras aprendizagens formais. Problema da Pesquisa O problema a ser abordado nesta temática será : Qual a influência do Software Educacional Hágaquê na metodologia dos Professores da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco? Perguntas da Pesquisa 1.

O uso do Software Educacional contribuiu metodologicamente na Educação

Infantil? 2.

A escola tem oferecido aos docentes cursos de formação para o uso


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pedagógico do Software Educacional Hágaquê? 3.

Há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do software

Educacional Hágaquê na escola? 4.

Os professores percebem eficiência do uso do Software Educacional

Hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula? Objetivos do trabalho A dissertação elaborada contará com um objetivo geral e 4 (quatro) específicos, tendo como meta de atingir o objetivo geral. Objetivo Geral Analisar o uso do Software Educacional Hágaquê e como influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco. Objetivos Específicos 1.

Identificar se uso do Software Educacional contribuí metodologicamente na

Educação Infantil. 2.

Identificar se na escola é oferecido aos docentes curso de formação para o

uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê. 3.

Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do

software Educacional Hágaquê na escola. 4.

Detectar se os professores percebem eficiência do uso do Software

educacional hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula. Variáveis da Pesquisa •

Uso do software

Metodologia do professor

Metodologia Enfoque quali-quanti, desenho não experimental e tipo descritivo. Para coleta dos dados utilizaram-se: questionários aplicados aos e professores


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Hipótese do trabalho A hipótese poderá implicar possiveis respostas ao problema formulado nas pesquisa, por este viés, este trabalho apresenta duas hipóteses que poderão ser confirmadas ou não. Partindo dessa inquietação, foi possível formular a seguinte hipótese: O software Educacional melhora a metodologia e a prática pedagogica do professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio – Recife-Pernamboco Justificativa Utrapassamos o novo milênio onde inúmeras transformações já se fizeram sentir, assinalando que o novo tempo apresenta-se repleto de modificções e que o homem a cada dia, vai se modificando à luz desta nova realidade. A educação nunca foi tão valorizada como agora, quando tem, ao mesmo tempo, de enfrentar um dos mais formidáveis desafios. Os conceitos de “escola” como local de aprendizagem, “mestre” como fonte do saber, “aluno” como objeto do aprendizado e as tradicionais “disciplinas” nunca foram tão questionadis. Por este motivo, o enfoque da educação tecnológica tem que complementar a capacitação tecnológica e a valorização do ser humano no processo, mais do que o enfoque na tecnologia de ponta. O interesse em pesquisar sobre o tema inclusão digital: Uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na formação do professor na educaçaõ infantil da escola Pública , surgiu a partir da experiência profissional que a pesquisadora tem de 15 anos como professora multiplicadora do NTE e trabalhar com formações de professores na rede pública e o incomôdo ao observar que as tecnológias estão sendo introduzidas no contexto escolar da escola pública sem a instrumentalização do docente, ocasionando uma fragilidade na sua prática pedagógica e metodologica diante de uma sociedade nova e com alunos nativos no uso das tecnologias. Logo, é fundamental reconhecer que a tecnologia por si só não garante a qualidade educacional, pois sua utilização depende da intencionalidade pedagógica que ampara o processo-aprendizagem, e reconhecendo o potencial do uso dos HQs na educação associando com o software educacional hágaquê, poderá ser um instrumento de grande valia na formação do docente para o uso da tecnologia na educação Infantil da escola pública.


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Este trabalho tem como objetivo principal analisar o uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco; e pretende Identificar se uso do Software Educacional contribuí metodologicamente na Educação Infantil; Identificar se na escola é oferecido aos docentes curso de formação para o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê; Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do software Educacional Hágaquê na escola; Detectar se os professores percebem eficiência do uso do Software educacional hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula. A metodologia utilizada foi de enfoque quali-quanti, desenho não experimental e tipo descritivo. Para coleta dos dados utilizaram-se: questionários aplicados aos e professores. Esta pesquisa será de grande grande valor para a Educação Infantil e para a Escola Santo Antônio e para a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, pois noteará os educadores que trabalham com a Educação Infantil a se apropriarem com mais segurança sobre o uso do software nas suas aulas e na promoção de uma educação com mais qualidade e voltada para o contexto real das necessidades dos estudantes. O estudo compõe-se de cinco capítulos. Na Introdução se faz um breve relato da váriavel; do problema; da hipótese; dos objetivos, da justificativa e da metodologia utilizada na pesquisa; o primeiro capítulo faz referência sobre as

Reflexões sobre

Educação Infantil englobando a visão histórica com um olhar sobre os teóricos que deram embasamento neste trabalho, entrelaçando com os fundamentos legais do atendimento à criança

na visão politica e sob o ângulo da legislação, pincelando a

perspectiva

pedagógica e psicologica da criança como ator principal do trabalho investigativo. No segundo capítulo, tendo como título, Software Educacional Hágaquê: Caminhos e Percursos, abrimos um preâmbulo, um breve histórico do software educacional desde o surgimento até os conteúdos que devem atender o público infantil, tivemos como base a teoria construtivista, defendida por Piaget (1990) e Vygostsky (2007). Neste processo de estudo foi enfatizado os percursos da história em quadrinho e a inserção do software hágaquê como instrumento metodológico da Educação Infantil como mediador no prática pedagógica do professor.


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No terceiro capítulo abordaremos a metodologia docente, onde iremos apresentar algumas abordagens de teóricos que enfatizam a importancia metodológica em aglutinar a tecnologia digital com a prática pedagógica do professor na sala de aula. No quarto capítulo será enfocado o Percurso metodológico, apresenta a metodologia da pesquisa: variáveis, amostra, técnicas para coleta dos dados, procedimentos no qual se descreve a investigação, considerando o universo, os sujeitos, os instrumentos, o modelo da pesquisa. No quinto capítulo trata da Apresentação e análise dos resultados da pesquisa, nesta seção serão tabuladas, processadas e interpretadas as informações obtidas no trabalho investigativo. Foram utilizados questionários para coleta de dados aplicados aos professores do Ensino Infantil da Escola Estadual Santo Antônio. Na última parte do trabalho investigativo exibir-se a a Discussão Final e Recomendações da investigação realizada. Apresenta-se as referências, os apêndices e por fim os anexos.


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1. 1.1.

REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL

Histórico

Durante o século XIX, a escola tinha características de prisão cruel, com castigos e penas, para os insubordinados, os tutores eram frios e distantes das crianças, as crianças eram colocadas ali, para aprenderem e não para brincar, muitos traumas foram desenvolvidos nesse tipo de escola, até que a modalidade de instituição infantil, denominada como jardim de infância ou Kindergarten foi apresentada por Frederico Guilherme Froebel, em 28 de julho de 1840, em Bad Blankenburg, na Alemanha, como estabelecimento especificamente educativo (Kisimoto, 1998). Segundo Arce (2002, p. 108), Frederico Froebel foi um dos primeiros educadores a se preocupar com a educação de crianças pequenas, e a importância de sua obra nos é demonstrada sempre que passamos diante de um jardim-de-infância, um kindergarten (em alemão, kind significa criança e garten significa jardim). Inspirados na proposta do alemão Friedrich Froebel (1782-1853) surgiram os jardins de infância. Para ele, o ser humano não era uma esponja que apenas absorvia o que lhe ofereciam, mas um sujeito ativo do conhecimento. Assim, a criança deveria ser educada por meio de jogos, brincadeiras, cantos etc., uma vez que seria uma flor que, livre e ativa, naturalmente cresceria, desde que regada pelas jardineiras ou educadoras. Portanto, os poucos jardins de infância educavam e formavam, ademais de cuidar, mas atendiam apenas as crianças das classes mais abastardas, demonstrando que a existência de diferentes classes sociais repercutia em diferentes práticas institucionais educativas. Isso ocorria em desrespeito à infância moderna, que passou a ter um tratamento desigual nas creches e nos jardins de infância, apesar do princípio da igualdade defendido na Declaração Universal dos Direitos do Homem e Cidadão, de agosto de 1789 (Piletti; Rossato, 2010, p. 75). Sobre a Educação Infantil, Kohan (2003, p. 52) assinala que:


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No pensamento filosófico educacional da tradição ocidental, educar a infância é a melhor e mais sólida maneira de introduzir mudanças e transformações sociais. A infância, entendida em primeira instância como potencialidade é, afinal, a matéria-prima das utopias, dos sonhos políticos dos filósofos e educadores. Os primeiros passos da Educação Infantil no Brasil se deram com a idéia da criação de jardins-de-infância de Joaquim Teixeira de Macedo, em 1883. Este autor compreendeu que seria necessária a educação para o fortalecimento do espírito de nacionalidade do povo brasileiro (Nóvoa, 1991). No fim do século XIX, o ensino pré-primário destinava-se praticamente só aos segmentos mais ricos da população, uma vez que o jardim-de-infância era, quase na totalidade, de caráter particular, sendo considerada escola cara, de elite. Com a publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando Azevedo em 1932, em seu item oito que se referia especificamente à criação de instituições de educação e assistência física e psíquica à criança em idade pré-escolar (de zero a seis anos), previu-se a organização de jardins-de-infância (Nóvoa, 1991). Para a organização da educação pré-escolar, esse período trouxe várias outras contribuições, como a fundação de instituições para a proteção materno-infantil. A primeira instituição foi a Legião Brasileira de Assistência (LBA), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Social do Comércio (SESC), Organização Mundial para a Educação Pré-escolar (OMEP), esta última é uma organização internacional. O contexto histórico do papel que a Educação Infantil tem assumido nos países em desenvolvimento tem revelado uma divergência de ênfase, no que se refere às funções da mesma. Inicialmente, o atendimento proposto às classes populares foi médico e sanitário; e em seguida, passou a incorporar o aspecto nutricional e social, e só mais recentemente inclui uma preocupação educacional. O peso das concepções médico-higienistas na sociedade particularmente na assistência à infância durante as primeiras décadas deste século acaba por encobrir, á primeira vista, a influência de outras concepções. Kramer (1984) atribui ao período inicial do atendimento infantil, chamado por ela de “fase pré 1930 um caráter de atendimento médico e sanitário”. Essas funções, por um lado,


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acompanham as profundas transformações sociais que os países em desenvolvimento vêm enfrentando e, por outro, são influenciadas pelas descobertas da Psicologia e da Pedagogia Modernas, no que se refere ao processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança. Outra questão refere-se à polarização médico-higienista ou assistencial versus educacional. Para Kramer (1984) há uma segunda fase na história da pré-escola no Brasil, no período que vai de 1930 a 1980, onde o atendimento passa a ser assistencial, chegando a compor, no presente, além da assistência médico-sanitária-nutricional e da social o plano educacional. Kishimoto (1988) preocupa-se em assinalar que algumas iniciativas são educacionais, distinguindo-as das demais. Com a chegada do século XX, ocorre no Brasil, a migração em direção as grandes cidades industrializadas, as precárias condições de vida a que as famílias de baixa renda estavam submetidas e a crise do sistema educacional, que não consegue cumprir a sua função de escolarizar as crianças na época adequada, são alguns dos fatores que influenciaram diretamente o modo como a sociedade desenvolveu expectativas em relação às funções da pré-escola. É possível ver que educação pré-escolar começou a ser reconhecida como necessária a partir da década de 30, pois o seu principal objetivo era o de garantir emprego aos professores, enfermeiros e outros profissionais e, simultaneamente, fornecer nutrição, proteção e um ambiente saudável e emocional estável para as crianças de dois a cinco anos. A pré-escola é encarada por alguns educadores, como forma de encarar a miséria, a pobreza e a negligência da família. A Segunda Guerra Mundial provocou um novo impulso ao atendimento pré-escolar, voltando-se principalmente para as crianças cujas mães trabalhavam nas indústrias ou naquelas em que substituíam o trabalho masculino. De acordo com Kramer (1995) surgia, assim, a preocupação com as necessidades emocionais e sociais da criança. Depois da Guerra, tornou-se evidente a influência da teoria psicanalítica e das teorias da criança na prática pré-escolar. A atenção dos professores volta-se para as necessidades afetivas da criança (agressão, frustração, ansiedade) e para o papel que o professor deveria assumir. Foi, portanto neste tempo que se descobriu os trabalhos de teóricos como, Montessori, Piaget e Vygostsk, durante os anos 50.


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No início dos anos 60, as pesquisas que tinham como tema a educação pré-escolar estavam centradas nos estudos sobre o pensamento da criança e da influência da linguagem no rendimento escolar. Os anos 60 são marcados pela importância que se dá as questões do sucesso/fracasso escolar das crianças filhos de imigrantes e dos negros, nos Estados Unidos e dos imigrantes internos no caso do Brasil. 1.2.

Política e Legislação da Educação Infantil

Quanto à legislação específica de pré-escola, tem-se o primeiro decreto relativo a este tipo de educação em 1947 (Decreto n. 17.698, de 26 de novembro de 1947), que afirma “[...] a finalidade das escolas maternais oficiais é a de receber filhos das operárias” e o objetivo das escolas maternais segundo o artigo 130 é o “[...] de oferecer às crianças da primeira infância oportunidade de desenvolvimento harmônico, em ambiente tanto quanto possível igual ao lar”. Em seguida, em 1961, surgiu a Lei 4024 que no art. 23. Declarava que a educação préprimária destina-se aos menores até sete anos, e será ministrada em escolas maternais ou jardins-de-infância. A Lei n. 5.692/1971 contém um artigo dedicado às crianças menores, no qual está definido: “Os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade inferior a sete anos recebam conveniente educação em escolas maternais, jardins de infância e instituições equivalentes”. Esta foi a primeira vez que a educação pré-escolar ocupou espaço na legislação educacional do Brasil. A Lei n. 9.394/1996 inclui legislação específica à educação infantil com atendimento às crianças brasileiras na faixa de zero a seis anos no sistema educacional de ensino, como será visto adiante. Nele há referência aos jardins-de-infância “[...] que haja oportunidade de cada aluno praticar a auto-direção e o autocontrole, desenvolvendo a coordenação de esforços e interesses com seus companheiros” (Drovet, 1990, p. 58). Esse decreto orientou o ensino pré-escolar até 1961. Neste ano a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 9.394/1996), refere-se à educação pré-primária especificando que a mesma “será ministrada em jardins de infância e escolas maternais”, que se destina a menores de sete anos. O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001 reforça esse entendimento e destaca que a educação infantil inaugura a formação escolar dos indivíduos. Como tal, deve estabelecer


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as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida emocional e da socialização, tendo como pressuposto que as primeiras experiências da vida são as que marcam mais profundamente a pessoa. Entendo isto, a Lei nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 09 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 06(seis) anos de idade. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) elaborou um conjunto de documentos denominado Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) em 1999, enfocando a questão da criança no quadro global do seu desenvolvimento integral. É um documento que provoca inovações e avanços na educação das crianças em creches e préescolas. Portanto, a partir dessas mudanças a Educação Infantil para crianças abaixo de 6 anos é um direito constitucional no Brasil. De acordo com a Constituição, os municípios são responsáveis pelo provimento da educação dessas crianças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação definiu a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, com atendimento a crianças de 0 a 6 anos. Essa lei reconheceu as creches como serviços para crianças de 0 a 3 anos e as pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos, e, embora não obrigatórias, que fossem consideradas instituições educacionais. A lei determinou ainda que todos os serviços de atendimento educacional para a primeira infância fossem integrados ao sistema educacional e que as políticas para este segmento fossem coordenadas pela área educacional. A Educação Infantil, como especifica a lei, é dividida em creches para crianças de 0 a 3 anos e pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos. Quadro 1: Perfil dos serviços de atendimento na educação infantil

Fonte: Parâmetros para educação básica do Estado de Pernambuco 2012.


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De acordo com a legislação em vigência alguns municípios onde o ingresso na escola primária era feito com a idade de 6. A lei restringiu a educação pré-escolar para crianças de 4 e 5 anos, e reduziu para 5 anos a idade de ingresso na primeira série em todo o país. Embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação tenha atribuído ao Ministério da Educação a responsabilidade governamental pela educação infantil, persiste uma disputa entre as áreas educacional e de assistência social pela gestão e financiamento das préescolas e creches. A Coordenação Geral de Educação Infantil, do Ministério da Educação, é o órgão administrativo federal responsável pela educação infantil. Cada estado e cada município possuem uma Secretaria de Educação. Conselhos de Educação nos três níveis de governo elaboram procedimentos e normas para o setor. Como a Constituição é baseada em princípios democráticos e descentralizadores, a responsabilidade pela educação é partilhada entre as três esferas de governo, e cada uma pode implantar seu próprio sistema educacional, com a colaboração das demais. O fornecimento de educação infantil é responsabilidade dos municípios, que têm autonomia de ação. Portanto, qualquer município pode criar administrar e supervisionar seu próprio sistema de educação infantil (e primária), ou optar por seguir o sistema estadual. Os estados são responsáveis pela regulamentação e supervisão de quaisquer serviços existentes nos municípios que não implantaram seu próprio sistema. Os estados também são responsáveis por oferecer cursos de formação para professores de educação infantil. De acordo com o MEC (2009) Em razão do FUNDEF, a educação infantil é oferecida pela esfera municipal com os recursos não investidos no Ensino Fundamental. Um Projeto de Emenda à Constituição foi apresentado ao Congresso Nacional estabelecendo uma nova forma de financiamento para a educação. Denominado FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O novo fundo deverá estabelecer gastos mínimos por aluno em todos os três níveis de educação básica, incluindo a educação infantil (exceto da faixa etária de 0 a 3 anos). Esta PEC, preparada pelo governo federal, foi encaminhada ao Congresso em 14 de julho de 2005. Preparado de acordo com as recomendações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Plano Nacional de Educação, projetado para dez anos, foi anunciado em 2001.


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Depois da aprovação da LDB que determinou a sua elaboração, o primeiro plano Nacional de Educação vigorou de 2001 a 2010. Segundo estudo elaborado por pesquisadores de universidades federais, até 2008 haviam sido cumpridas apenas 33% das 294 metas estabelecidas pelo PNE aprovado em 2001, com vigência até 2010 (Pinho; Guimarães, 2010). Das cinco importantes metas relativas à educação básica, apenas duas haviam sido conseguidas: a)

Alcançar a taxa de 80% de crianças de quatro a seis anos matriculadas em

escolas (o resultado foi de 79,8% em 2008); b)

Universalizar o ensino fundamental (a taxa de matricula chegou a 97,6% em

2007). Já as metas não atingidas fora colocar 50% das crianças de até três anos em creches (em 2008 só 18% recebiam atendimento); c)

Erradicar o analfabetismo (entre 2000 e 2008, a taxa caiu de 13,6% para

10%); d)

Diminuir a evasão no ensino médio em 5% ao ano (entre 2006 e 2008,

índice subiu de 10% para 13,2%). No decorrer de 2010 a proposta de um novo PNE (Indicações para substitui a construção do Plano Nacional de Educação 2011-2020) foi apresentada pelo Conselho Nacional de Educação e discutida na Conferência Nacional de Educação (CONAE). Entre as metas a serem atingidas até 2020, repetiu-se a da erradicação do analfabetismo (condição de 14 milhões de brasileiros ainda em 2010) e foi acrescentada a da elevação dos investimentos em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que, em 2007, dado mais recente disponível, o percentual ficou em 5,1% ou 4,7%, dependendo da fórmula de cálculo (Pinho; Guimarães, 2010B). 1.2.1.

Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

Quando fala em educação, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) não está querendo antecipar a vida escolar da criança. Está sim, querendo falar sobre os aspectos educativos e dos cuidados cotidianos, que toda criança precisa e tem direito de receber como cidadã. A educação infantil propõe-se, de forma ampla, a desenvolver a criança e esse desenvolvimento deve ser de tal forma que o educando receba uma formação comum que venha a permitir- lhe a inclusão, como cidadão, na vida em sociedade. Essa formação é a


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base igualmente para a aquisição de meios que o façam progredir no trabalho e em estudos posteriores (Carneiro, 1998). Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementação a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996). De acordo com Carneiro (1998), a LDB reconhece aqui a necessidade de uma proposta cujo objetivo seja claramente o desenvolvimento integral. Nesse sentido, a LDB está bastante harmônica com a filosofia do Estatuto da Criança e do Adolescente e com as atuais normas em relação à infância. Além disso, neste artigo outra questão é essencial: a discussão sobre o papel da família, ou seja, não substitui a educação familiar. Ela a complementa. Assim, nem tudo pode ficar sob a responsabilidade das instituições de educação infantil. Fica clara a importância de um bom relacionamento entre a família e essas instituições. Nesse sentido, Carneiro (1998) afirma que as questões trazidas pelas famílias podem mostrar características importantes da comunidade. Sim, com a LDB, cada instituição passa a ser responsável pela sua própria proposta pedagógica. Isso significa uma descentralização de tarefas, uma distribuição de responsabilidades e uma maior aproximação com a população atendida. A LDB assegura autonomia também a parte administrativa para responder as questões específicas da comunidade em que está inserida. 1.2.2.

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

O RCNEI surgiu com o objetivo de integrar a Educação infantil nos diversos níveis escolares, proporcionando o direcionamento desta para a formação crítica e analítica dos cidadãos consciente do seu papel na sociedade, firmando a base real e concreta da educação. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) é um documento oficial (COEDI-MEC, 1998). Contém um capítulo introdutório, que apresenta concepções e princípios sobre o desenvolvimento e educação infantil. Na Segunda parte, o Referencial apresenta o brincar, a identidade e o meio como determinantes das interações humanas. No final, os autores opinaram pôr indicar as bases que asseguram a construção de uma proposta pedagógica para cada faixa etária.


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De acordo com Bonetti (2005, p.1): O RCNEI propõe uma prática a ser desenvolvida com crianças nas diversas áreas do currículo, oferecendo-lhes espaço para o desafio e a construção do conhecimento através da problematização dos fatos cotidianos e do trabalho com conceitos de várias áreas do currículo, com vistas à construção de sua identidade e autonomia. Sua importância é ressaltada, principalmente para que todos os educadores possam se orientar sobre os aspectos mais relevantes na busca de um atendimento de qualidade na educação infantil. Esse documento é uma conquista recente. Elaborados por iniciativa do MEC, sua proposta principal é servir de base para a produção de programações pedagógicas, planejamento e avaliações em instituições e redes dos municípios. É preciso ressaltar, que ele é apenas um referencial, pois cada município e cada instituição deverá elaborar sua proposta pedagógica de acordo com as características de sua realidade. Claro, respeitando sempre o que está propondo a LDB sobre os princípios e fins da educação nacional. O Artigo 30 estabelece que, a educação infantil será oferecida em: I- creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II- pré-escolas para as crianças de quatro a cinco anos de idade. Ao deixar claro que a denominação das instituições se dá de acordo com a faixa etária da criança, a lei abre uma possibilidade de discussão sobre o nome e o tipo de instituição em relação às classes sociais. Creche pública ou particular é a instituição para crianças de zero a seis anos, e pré-escola, pública ou particular, para crianças de quatro a seis anos, independente do bairro em que está instalada, da forma de contrato estabelecida entre a família e a instituição ou da classe social das famílias atendidas. A lei tenta garantir que tanto as instituições particulares como públicas tenham o mesmo nível de qualidade, fazendo valer esse direito de cidadania. O Artigo 31 estabelece que, a educação infantil a avaliação se fará mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. A lei apresenta uma proposta nova de avaliação, mesmo para crianças maiores. Propõe a criação de um processo de avaliação contínua. Acabam as provas que determinam se a


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criança será promovida ou não. A criança deverá ser acompanhada mais de perto pelo professor, ajudando-a em suas dificuldades antes que sua aprendizagem fique prejudicada. Bonetti (2005) afirma que é válido ressaltar que na educação infantil, então, é mais importante ainda que essa avaliação não seja usada em classificações ou como critério para a passagem para o ensino fundamental. Além disso, deve-se avaliar também o próprio atendimento que é oferecido, a organização do trabalho, dos espaços, da programação etc. a avaliação, portanto, não deve ser da criança, mas de todo o atendimento, de forma globalizada. 1.3.

Educação Infantil e Desenvolvimento

1.3.1.

O desenvolvimento infantil: Piaget, Vygotsky, Wallon

De acordo com Felipe (2001) Piaget, Vygotsky e Wallon tentaram mostrar que a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas entre o sujeito e o meio. As teorias sociointeracionistas concebem, portanto, o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, pois as crianças não são passivas, meras receptoras das informações que estão à sua volta. Através do contato com seu próprio corpo, com as coisas do seu ambiente, bem como através da interação com outras crianças e adultos, as crianças vão desenvolvendo a capacidade afetiva, a sensibilidade e auto-estima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem. A articulação entre os diferentes níveis de desenvolvimento (motor, afetivo e cognitivo) não se dá de forma isolada, mas sim de forma simultânea e integrada. Felipe (2001) esclarece que embora nem sempre concordantes em todos os aspectos, os estudos desses teóricos têm possibilitado uma nova compreensão do desenvolvimento infantil, influenciando de forma importante as ações em muitas das escolas infantis brasileiras. No entanto, é preciso ter claro que a compreensão de infância, criança e desenvolvimento tem passado por inúmeras transformações, principalmente a partir do final do século passado. O avanço de determinadas áreas do conhecimento como a medicina, a biologia e a psicologia, bem como a vasta produção das ciências sociais nas últimas décadas (sociologia, antropologia, pedagogia etc.) produziram importantes modificações na forma de pensar e agir em relação a criança pequena. Portanto, a abordagem sociointeracionista demonstra que as dimensões cognitivas e afetivas no ser humano se integram (Nascimento apud Carrara, 2004). Essa abordagem


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enfatiza os determinantes culturais, históricos e sociais da condição humana, permitindo pressupor, segundo Luria (apud Sheey, 2006), que grande parte dos conhecimentos e habilidades do homem se forma por meio da assimilação da experiência de toda a humanidade. Ou seja, a aprendizagem é um elemento social que interage com elementos culturais. A afetividade tem uma compreensão múltipla, envolvendo um número de manifestações, sentimentais (psicológica) e emoção (biológica). A afetividade se faz presente na evolução da criança, quando surgem os elementos simbólicos (Nascimento apud Carrara, 2004). Os primeiros sistemas de reações organizadas sob a influência do ambiente, as emoções, tendem tão-somente a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidades entre indivíduo e os que o cercam. Elas podem sem dúvida, ser encarada como a origem da consciência, porque, pelo jogo de atitudes determinadas, elas exprimem e fixam para o próprio sujeito certas disposições específicas de sua sensibilidade. Porém, elas só constituem o ponto de partida da sua consciência pessoal por intermédio do grupo onde elas começam por fundilo e do qual receberá as fórmulas diferenciadas de ação e os instrumentos intelectuais sem os quais ser-lhe-ia impossível operar as distinções e as classificações necessárias ao conhecimento das coisas e dele mesmo (Wallon, 1995, pp. 276-7). Assim como Wallon (1995), Vygotsky (1984) não fazia distinção entre afeto e cognição. Ao abordarem o tema da afetividade, percebe-se que estes estudiosos apresentam pontos comuns. Tanto Wallon quanto Vygotsky apresentam o caráter social da afetividade. Onde são construídos os fenômenos afetivos. Wallon ainda chama atenção para as seguintes características das emoções: são de caráter contagioso e nutre-se com a presença de outros; traz em si tendência para reduzir a eficácia do funcionamento cognitivo (da razão). No início do processo de escolarização a intervenção do professor é mais intensa na definição de suportes de tempo e forma, de abordagem do conflito, cuidados físicos, estabelecimento ou etapas para a realização de atividades. Também é preciso considerar tanto o trabalho individual como o coletivo-cooperativo. O individual é potencializado


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pelas exigências feitas aos alunos para que a organização pessoal e coletiva traga bons resultados em sala de aula para um bom envolvimento com o objeto de estudo. Vygotsky (1984) afirma que primeiro aprendemos em interação com os outros e somente depois individualmente num processo de internalização. Considera-se, igualmente, que a qualidade dessas relações sociais influi na relação do indivíduo com os objetivos, lugares e situações. Todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito. A criança se constitui como ser humano, através de experiências com outro. A construção do real acontece, através de informação e desafios sobre as coisas do mundo, e o aspecto afetivo é muito presente. Wallon e Vygotsky ressaltam que a aprendizagem envolve sempre a construção do eu do outro, entrelaçada à construção do conhecimento. “[...] em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a idéia de aprendizagem inclui a interdependência dos indivíduos no processo” (Sheey, 2006). Piaget (1981) dedicou-se exclusivamente ao estudo do desenvolvimento cognitivo, especificamente à gênese da inteligência e da lógica. Com as conclusões dos seus estudos, verificou quatro estágios do desenvolvimento da inteligência. Em cada estágio há características privativas pelas quais a criança constrói o seu conhecimento: Sensório-motor (ou prático) - 0 - 2 anos: trabalho mental: estabelecer relações entre as ações e as modificações que elas provocam no ambiente físico, exercícios dos reflexos, manipulação do mundo por meio da ação, ao final constância/permanência do objeto. Pré-operatório (ou intuitivo) - 2 - 6 anos: desenvolvimento da capacidade simbólica (símbolos-mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes), explosão lingüística, características

do

pensamento

(egocentrismo,

intuição,

variância),

dependem das ações externas. Operatório concreto - 7-11 anos: capacidade de

ação

interna:

operação.

Características

operação:

reversibilidade/invariância - conservação (quantidade, constância, peso, volume, descentração), capacidade de seriação, capacidade de classificação. Operatório formal (abstrato) - 11 anos - a operação se realiza através da linguagem (conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo (levantamento de hipóteses, realizações de deduções) (Neves-Pereira, 2007, p. 35).


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Essas características de cada fase do desenvolvimento da criança, segundo o autor, não é estática, pode variar conforme a realidade que está criança está inserida. Wallon (1998) dá maior dimensão à afetividade na teoria psicogenética. O autor deixa de forma clara a diferença entre afetividade e emoção. Galvão (1998, p. 61) ao analisar suas teorias, compreendia a obra de Wallon: As emoções, assim como os sentimentos e os desejos, são manifestações da vida afetiva, na linguagem comum costuma-se substituir emoção por afetividade, tratando os termos como sinônimos. Todavia, não o são, a afetividade é um conceito mais abrangente no qual inserem várias manifestações. Wallon (1998) não separou o aspecto cognitivo do afetivo. As emoções sempre estão presentes em suas obras como composição mediadora entre o corpo, sua fisiologia, suas conseqüências, na qual pode ser vista como adaptação à psíquica. O processo de socialização do homem, assim como sua experiência em instituições de ensino, constitui vivências repletas de desafios, situações-problema, opções e escolhas. Nem sempre este sistema se apresenta para o sujeito em concordância com seus desejos e aspirações. Muitas vezes, socializar-se e educar-se são experiências difíceis, que demandam auxílio constante dos pares sociais mais experientes e nem sempre a escola ou a família estão prontas para ofertar este auxílio. Em situações como esta é muito provável o surgimento de dificuldades que podem se expressar tanto no processo de desenvolvimento do sujeito como em sua aprendizagem. Na figura 1. Identificam-se as dimensões por meio das quais um ser humano se constitui como sujeito e que podem originar distintos fatores impeditivos à aprendizagem, a

saber:

(a)

biológicas/genéticas;

(b)

físicas/orgânicas;

(c)

psicológicas;

(d)

escolares/institucionais; (e) socioeconômicas; (f) ideológicas; (g) ecológicas, (h) culturais/históricas. Uma breve investigação de cada uma destas dimensões é necessária para clarear o processo de construção destes fatores impeditivos da aprendizagem e suas interações com todo o sistema que cerca o sujeito.


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Figura 2: Dimensões constitutivas do homem.

Biológicas genéticas

Físicas orgânicas

Psicológicas

Escolares/instrucionais

Sócio-econômicas Ideológicas

Ecológicas Históricas/culturais

Fonte: Neves-Pereira (2007, p. 17). Como se pode notar na figura, embora seja necessária, a afetividade não é suficiente na formação da estrutura que na cognição acontece de forma autônoma, considera-se primeiro que a afetividade antecede funções das estruturas cognitivas. Pode-se compreender que os estágios da afetividade correspondem detalhadamente aos estágios de desenvolvimento da estruturas, ou seja, são correspondentes e não sucessivos. A afetividade, assim como o conhecimento, se constrói através da vivência. O ser humano está sempre em busca de sua felicidade, eis uma verdade universal. Em todos os momentos e tempos sempre se almejou a felicidade. Ser feliz é um objetivo ao


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mesmo tempo simples e complexo, simples porque depende de mera decisão (embora decidir seja angustiante, a decisão é individual, depende do querer). É também complexo porque o ser humano é único, é genial, especial e aprende, ensina, evolui e cresce. E por causa disso tudo não se satisfaz com qualquer coisa. É mutável. É sempre visível. De qualquer forma, quando consegue canalizar seu potencial para o bem, suas obras são fantásticas. A tarefa de todo educador, não apenas do professor, é a de formar seres humanos felizes e equilibrados. Tendo o professor, tamanha importância na vida dos pequeninos, e acreditando que estes devem estar preparados emocional e profissionalmente para levar a diante a formação desses cidadãos a LDB determinou, porém emas disposições transitórias, que em dez anos, ou seja até 2007, somente seriam admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamentos em serviços.


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2. SOFTWARE EDUCATIVO: SOFTWARE HÁGAQUÊ FERRAMENTA PEDAGÓGICA 2.1.

Software Educativo

O uso do software educacional tem a década de 40 como marco inicial, pesquisadores americanos desenvolveram simuladores de voo, dando inicio a um protótipo de software. Em 1997 com a chegada do computador pessoal, os usuários começaram a desenvolver software sem precisar de instituições privadas ou públicas. No inicio dos anos 80, surgiram empresas sem fins lucrativos e começaram a desenvolver software educativo. Segundo Girrafa (1999) “todo programa que utiliza uma metodologia que o contextualize no processo ensino aprendizagem, pode ser considerado educacional”. Logo, o software educacional é um programa criado por diferentes classes para serem utilizados no processo educacional que tem a preocupação em atender

áreas de

aprendizagem que aprecie conteúdos diversos tendo como alvo principal promover o processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que o aluno construa determinado conhecimento relativo a um conteúdo didático.a informática. A criação de um software precisa necessariamente atender aos objetivos educacionais e, visando aspectos pedagógicos e sociais. Sabendo que o ciclo de vida dos softwares perpassa por várias fases:

Concepção - explicitando assuntos e objetivos tangíveis

Escolha do paradigma pedagógico – escolhe de que forma será a integração

desse software relacionado à aprendizagem do aluno.

Analise interdisciplinar – buscar um elo de diferentes ares de conhecimento.

Implementação – escolher o paradigma que melhor adéquo ao uso do

software.

Validação – testes para comprovar sua usabilidade pedagógica

Implantação – distribuição nas instituições de ensino.

Sabe-se que os softwares educativos hoje, se apresentam com diversas atribuições. Logo, estudos de Skinner (Behaviorismo), do construtivismo ou mesmo do sócioconstrutivismo de Vygostsky é possível elaborar tais formas de avaliação do processo ensino-aprendizagem.


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É importante ter nitidez quanto aos objetivos do software, sua utilização e se seus componentes curriculares estão concisos dentro da proposta pedagógica que esta sendo referido. Segundo Ramos e Mendonça (2005), geralmente os especialistas ligados às questões técnicas têm um papel importantíssimo na hora de concepção e desenho dos produtos enquanto que os especialistas de conteúdo e pedagogia são decisivos quanto à utilização. Pinto (1999) e Lopes, Pinto e Veloso (1998) afirmam que não é suficiente saber lidar com o computador ou com um determinado software, sendo necessário, ainda, compreender quais as vantagens de sua utilização para a organização do pensamento e a socialização da criança, e também inserir a tecnologia em uma abordagem interdisciplinar. Logo, o uso do computador, juntamente com os softwares deve ser bem contextualizado no processo ensino-aprendizagem, não se deve introduzir um software por modismo ou por está na mídia, precisa-se ter um referencial pedagógico e compreender de que forma pode-se utiliza-lo e quando utiliza-lo e sua utilização é compatível com o objeto de estudo. Assim sendo, no mercado atualmente há uma finidade de software educacional que apresenta conteúdos diversos. Contudo, Almeida (2008) alerta que a escolha desses softwares deve ocorrer levando-se em consideração as diferentes teorias de aprendizagem de cada ambiente educacional, precisamos saber que a caracterização do software é fechado ou aberto. No processo avaliativo do software educacional encontram-se divergências nas taxionomias. Desta forma, ficou conceituado no aspecto pedagógico que o software educacional segue duas linhas: o paradigma comportamentalista (tido fechado, com enfoque algoritmo) e o paradigma construtivista (tido aberto, enfoque heurístico). Por esse viés, o software fechado segue uma linha mais tradicionalista, com exercícios pré- determinados, não floresce no aluno a capacidade de criação, esta linha de software segue o paradigma behaviorismo (fundamentado nos estudos de Skinner), em contra partida o software aberto proporciona ao aluno uma maior liberdade de criação, uma interação e o aluno programa as suas ações dento do ambiente, este segmento segue a linha construtivista.


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Tabela 1: Relação entre os paradigmas educacionais, características e modalidades de Software Educacional Paradigma Educacional

Visão da natureza humana

Comportamentalista

Empirista e Racionalista

Interacionalista

Quanto ao direcionamento na utilização do software

Modalidades de software Educacional

Algorítimo

Duras

Tutorias, Exercitação e Prática

Heurístico

Branda

Simulação, Jogos

Quanto à atividade do aprendiz

Construtivista

Fonte: Edla Maria Faust Ramos. Análise ergonômica do sistema HiperNet buscando aprendizado da cooperação e da autonomia. Tese de Doutorado. UFSC. Florianópolis, 1996.

Comentando a tabela acima, entender-se que os dois paradigmas estão presentes nas modalidades dos softwares educacionais. Na visão do aprendiz, o software caracteriza-se por ser algorítimo ou heurístico. No software algorítimo a sequencia está bem planejada, o aluno é levado a um determinado conhecimento pré-existente. Entretanto, no heurístico existe um ambiente a ser desbravado, o aluno vai atrás, não existe um conhecimento préexistente, ele vai sendo construído. Quanto ao direcionamento, encontram-se dois direcionamentos a dura e a branda. Ficando assim, a dura os planos são compactos e resumem-se a responder perguntas fechadas, e tem por finalidade contabilizar os erros. Na abordagem branda, existe uma interação entre o aluno máquina software. E os erros são levados em consideração, sendo fontes de reflexão e desenvolvimento de novos trabalhos bem planejados (Ramos, 1996). Partindo

das

características

dos

paradigmas

educacionais

(construtivista

comportamentalista) os softwares educacionais são classificados de acordo com a função que vem desempenhar como: tutoriais, exercitação, investigação, simulação, jogos, editores de textos, bancos de dados, planilhas eletrônicas, software gráficos, software de autoria, software de apresentação, software de programação. O computador pode ser um recurso para promover a passagem da informação ao usuário ou para promover a aprendizagem. No entanto, da análise dos softwares, é possível entender que o aprender não deve estar restrito ao uso deles, mas deve estar restrito à


Inclusão Digital: uso do Software... 25

interação

professor-aluno-software.

Alguns deles apresentam características que

favorecem à atuação do professor, como no caso da programação; outros, em que certas características não estão presentes, requerem um maior envolvimento do professor para auxiliar o aluno a aprender, como no caso do tutorial (Valente, 1998). Diante de toda esta explanação, a escola e os professores precisam estar preparados pedagogicamente e metodologicamente para se apropriarem das novas tecnologias inseridas no contexto escolar, entrelaçando o saber do ensino tradicional com o modelo atual. A escola é um ambiente de aprendizagem e todos devem estar nessa teia, aprendendo e ensinando professore e aluno, pois a educação urge de mudanças no seu contexto. 2.2. Percursos da História em Quadrinhos De acordo com Cagnin (1997) a origem das histórias em quadrinhos vem desde a época da civilização, com as inscrições rupestresnas em cavernas pré-históricas, no qual já se evidenciava a necessidade de registros. Segundo Cruz (2008, p.1), Nos 15 primeiros anos da segunda metade do século XIX, houve um grande desenvolvimento da indústria gráfica (jornais, livros, revistas, etc.). Já havia surgido a caricatura, que passou a ser presença constante em publicações diárias ao redor de todo o mundo. Derivada destes desenhos, nas páginas de jornais e revistas, foi que nasceu a grafia desta nova forma de arte narrativa. Complementando a citação acima destacam Iannone; Iannone (1994, p.30): [...] a partir de 1890, os enredos passaram a apresentar as características essenciais das histórias em quadrinhos: a narrativa em sequencia de imagens, a manutenção dos personagens nessas sequencias e os diálogos inseridos nos quadros. Cruz (2008, p.2), observa que: [...] na primeira década do século XX, mais exatamente no ano de 1905, surgiu a primeira HQ propriamente dita, que definiu a linguagem de articulação de signos gráficos, visuais e verbais dos quadrinhos. Diante de, toda esta ebulição de postulados, vislumbramos, que as

histórias em

quadrinhos (HQs) são narrativas produzidas por meio de desenhos sequenciais, quase sempre no sentido horizontal, acompanhados de textos curtos de diálogo e algumas descrições da situação, apresentados no interior de figuras chamadas "balões", sendo


Inclusão Digital: uso do Software... 26

difundida pelo mundo, e principalmente pelo Japão e Europa, surgindo, assim, celebres cartunista no inicio do século XX. De acordo, com Iannone; Iannone (1994, p.21). A melhor definição para a história em quadrinhos está em sua própria denominação: é uma história contada em quadros (vinhetas), ou seja, por meio de imagens, com ou sem texto, embora na concepção geral o texto seja parte integrante do conjunto. Em outras palavras, é um sistema narrativo composto de dois meios de expressão distintos, o desenho e o texto. Para alcançar na compreensão das histórias em quadrinhos. Iannone; Iannonne ressaltam que: [...] a partir de 1910, duas correntes foram se firmando no cenário dos quadrinhos: enquanto os caricaturistas insistiram no caráter inocente e cômico, os intelectuais aderiram gradualmente ao novo gênero, com muitos desenhistas explorando todas as formas e possibilidades (Iannone; Iannone 1994, p. 39). A partir da década de 1930, os quadrinhos foram evoluindo. Em 1933 surgiu a primeira revista americana de quadrinhos, a Funnies on Parade. Depois vieram a Famous Funnies, Tip Top Comics, King Comics, Action Comics (onde Jerry Siegel e Joe Shuster criaram o Super-Homem) e Detective Comics (onde Bob Kane, em 1939, criou o Batman). A história em quadrinhos é marcada por uma periodização e que coloca o período de 1929-1939, como sendo a "época dos heróis", da "aventura" ou da "explosão” dos quadrinhos. Na verdade, trata-se de um período das HQ que marca o surgimento de um novo gênero, a aventura e, ao mesmo tempo, um novo papel para elas. No Brasil as historias em quadrinho surgiram em meados do século XIX e início do século XX. Segundo Cruz (2008, p.1). Dando início, assim, a primeira historia em quadrinho brasileiro, publicada pela revista vida fluminense, do Rio de Janeiro. Conforme afirmam Iannone; Iannone (1994, p.48): [...] acredita-se que a revista brasileira “O Tico-Tico” tenha sido a primeira do mundo a apresentar histórias em quadrinhos completas. Lançada em 1905, trazia traços cômicos, contos, textos informativos e curiosidades sobre assuntos destinados, principalmente, às crianças.


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Em 1960, a Empresa gráfica “O Cruzeiro” passou a publicar “O Pererê”, uma revista totalmente brasileira. Criação de Ziraldo Alves Pinto (o Ziraldo), que enfocava a figura do personagem folclórico o saci pererê. Esta revista saiu de circulação em 1964. Depois Ziraldo conquistou o público com “O menino Maluquinho”. Outros artistas, segundo Iannone; Iannone (1994, pp.52,53) [...] como o desenhista Jaguar com o ratinho Sig, (1964-1984) e o cartunista Henrique filho, o Henfil (1944-1988), com a criação dos fradinhos, fazem parte da nossa história. Henfil tem sido considerado um dos melhores quadrinistas brasileiros, pela crítica aos costumes. Embora não seja um autor brasileiro, é impossível não falar de Walt Disney (19011966), quando se trata de histórias em quadrinhos no Brasil. Seus heróis são muito conhecidos, como Mickey Mouse (1928); O Pato Donald (1950). O autor brasileiro Maurício de Sousa, foi o criador da turma da Mônica no final de 1959, um dos maiores sucessos em nosso país. Criou também vários outros personagens, como: Cebolinha, Bidu, Chico Bento e Horácio, entre outros, todos conhecidos internacionalmente. Ainda, conforme Iannone; Iannone (1994, p.54); “[...] “foi o único artista brasileiro a receber em 1971, o prêmio Yellow Kid, o “Oscar” das histórias em quadrinhos”. Vargas (2002, p. 13) afirma que: Quando lemos uma HQ, notamos o poder com que a imagem interfere no modo de pensar das pessoas e em seu imaginário. A composição do desenho, nesse tipo de texto, ganha uma espécie de carga narrativa, exigindo a leitura em sequência, da esquerda para a direita e de cima para baixo: as partes superiores e da esquerda representam o antes; as inferiores e da direita, o depois. Portanto, para compreender uma história, não basta que os leitores leiam o que esta escrita, é preciso ter compreensão que as imagens são representativas, do lugar que se passa ou dos personagens que estão inseridos, geralmente os desenhos das historias em quadrinho vem delimitadas por linhas retas, e, essas linhas podem ser bem definidas, apresentando os acontecimentos como elementos da realidade ficcionais, ou fatos


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registrados na memória, portanto, as histórias em quadrinho são estruturados essencialmente por dois canais de comunicação a imagem (desenho) e o texto (narração). Os dois intercalados compõem o sentido da história. É importante destacar que muitas escolas e instituições de ensino já estão empregando as histórias em quadrinhos como um recurso a mais para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Rely (2003) coloca a importância da ‘ imagem’ como instrumento mediador de aprendizagem, afirmando seu valor semiótico que muitas vezes e subestimado. Assim sendo, as historias em quadrinhos deixaram de ser vistas somente como instrumento de diversão e passaram a integrar o material pedagógico de escolas, não apenas de educação infantil, mais também de outras modalidades de ensino. Logo, Freire (2003) conclui que do ponto de vista educacional [o trabalho pedagógico com HQs] convoca a aplicação de vários conhecimentos e demanda a construção de outros tantos novos. 2.3.

Software Hágaquê

Na sociedade da informação todos estão aprendendo a conhecer, a comunicar-se por meio de mudanças nos processos metodológico da aprendizagem, atualmente vivemos numa sociedade do conhecimento e da tecnologia, mas que ainda se defronta com práticas retrógadas que fragmentam ensino e aprendizagem, este paradigma, no entanto precisa ser superado na perspectiva de contribuir com novas formas significativas de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. Num momento em que passamos por grandes transformações sociais no mundo inteiro, em que a globalização aproxima as informações por meio das tecnologias, o emprego de Histórias em Quadrinhos nas escolas como mediadora no processo de ensino e aprendizagem está sendo utilizada cada vez mais como forma de superar antigas práticas pedagógicas. Um dos benefícios de se usar a tecnologia está em poder acompanhar, com maior precisão, as tarefas executadas pelos alunos e, consequentemente em relação aos erros cometidos. Outro fator que deve ser considerado é poder ter apresentações de informações


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em multimídia, com uso de recursos de sons e animações, de maneira que o professor, que usa métodos tradicionais não conseguiria fazê-lo no quadro negro, mesmo que ele tenha giz colorido e seja um exímio comunicador baseado em Valente, (1997). É nessa, perspectiva que abordaremos neste capitulo o Software Hágaquê e seus aplicativos dentro de uma abordagem construtivista do processo construtivo da educação infantil e seu entrelace com a tecnologia educacional. O software Hagáquê foi implementado em Borland Delphi, não é um software de código aberto, porém tem sua distribuição livre e que pode ser baixado na internet por download no site: http//www.nied.unicamp.br/~hagaque/. O programa foi criado a partir de um projeto de iniciação cientifica (Tanaca e Bim, 2000) e parte da dissertação de Sílvia Amélia Bim (2001), tendo como apoio os pesquisadores da Unicamp, da FAPSEP e do CNPQ. Segundo Amaral (2008), um ponto positivo do software certamente é a autoria que quando aplicada a criança é exatamente motivadora dando liberdade ao aluno para que o mesmo possa criar sua história. Portanto, o Hágaquê é um editor de histórias em quadrinhos desenvolvido para crianças em processo de alfabetização, utiliza- se de atividade lúdica para transmitir algum conhecimento e contribuir para o desenvolvimento cognitivo e o lúdico da criança. Foi desenvolvido principalmente para estimular o uso da língua escrita, possui uma interface acessível e atraente, o qual possibilita à criança criar sua própria HQ ,que possui um banco de imagens com os diversos componentes para construção de histórias e vários recursos de edição de imagens. O som (disponível no software e\ou gravado pela criança) é outro recurso oferecido para complementar à história criada no computador. Por este motivo a utilização de histórias em quadrinhos, em sala de aula pode proporcionar, além de facilidades de compreensão de conteúdos, o desenvolvimento da criatividade por parte dos alunos, pois as apresentações em figuras são mais interativas, levando a um melhor desempenho da memória (Frizzo e Bernardi, 2001). Assim sendo, o educador utiliza a técnica da leitura e a escrita relacionada à alfabetização aliada à informática aplicada a educação, pois ao inserir cenários, personagens e balões, além de vários recursos possibilita o usuário, professor ou aluno,


Inclusão Digital: uso do Software... 30

contextualizar uma história aproximando a realidade do virtual, intercalando temas intermultidisciplinares. De acordo com Tanaka (2004) as histórias em quadrinhos podem também estimular a imaginação e a criatividade e, fundamentalmente, despertar o interesse pela leitura e escrita contribuindo para produção de textos, uma vez que usam a linguagem próxima da língua falada, contendo gírias, expressões regionalizadas e neologismo aliado a imagens e sons. Neste contexto, sabe-se que os quadrinhos são capazes de apresentar finalidades instrutivas se forem entendidos como um veículo de aprendizagem, pois abordam assuntos e noções diversificados. Seus efeitos e benefícios podem abranger uma variedade múltipla, influenciando a estrutura mental da criança de maneira diferente da que ocorre com os conhecimentos mecânicos, formais e fragmentados, aos quais as crianças são apresentadas e que desvinculados da realidade delas. Em suas constantes adaptações e aprendizagens, a criança tem necessidade de adquiri novos conhecimentos, aprender coisas novas, ou seja, desenvolver-se mentalmente. Os quadrinhos vêm ao encontro desses anseios, despertando o interesse, seduzindo sua imaginação e ampliando os horizontes de conhecimento da criança. De um modo geral, o Hágaqué interage com situações desafiantes, e criam verdadeiras heurísticas a partir da intencionalidade pedagógica do professor não se adequando aos currículos herméticos. Este software abre portas para a transdisciplinaridade, não só através da produção textual, mas através da liberdade de expressão que permite construir de forma contextualizada o seu conhecimento aproximando o mundo real com o mundo virtual. Segundo Ribeiro (2008, p.1), para tanto, o professor deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. Por estes motivos, a utilização do software Hágaquê, em sala de aula deve ser vista como parte integrante do processo de significação, pois ela auxilia o aluno a compreender o texto, pois a criança não lê apenas as palavras em um livro, mas “lê”, ou atribui sentido, também considerando as ilustrações, bem como o contexto social em que a leitura se dá.


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O software Hágaquê exibe um conjunto de ferramentas, comuns a outros editores de desenho como, por exemplo, aumentar e diminuir figuras, selecionar, apagar, pintar através da palheta de cores; possui um banco de imagens de personagens, cenários e objetos, tanto colorido quanto em preto e branco (e que podem ser coloridos no próprio software), possui também as imagens de balões e onomatopeias, como também possibilita inserir novas imagens, fotos e/ou capturadas na Internet podendo no próprio software aumentar e diminuir o tamanho, girar e inverter modificando posições e direções. Caruso (2003) e Carvalho (2002) “indicam o uso de histórias em quadrinho como mecanismo para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem”. O uso dos HG são utilizadas, pois se tornam uma forma visual de trabalhar com conteúdos em textos e em diversos casos são aplicados como metáforas pelos professores no processo de alfabetização. Este recurso permite a partir da intencionalidade pedagógica uma infinidade de possibilidade interdisciplinar, não só através da produção textual, mas através da liberdade de expressão permite construir de forma contextualizada o seu conhecimento aproximando a realidade do virtual com os temas inter-multidisciplinares. Nessa ocasião a formação do professor torna-se fundamental, pois uma ferramenta computacional requer que o professor conheça com propriedade, tanto o conteúdo quanto a ferramenta computacional para tal, para que se faça o uso eficaz do computador e dos softwares

educativos

nas

escolas,

e

possam

desenvolver

a

integração

da

interdisciplinaridade através seu do fazer pedagógico (Tajra, 2012).

2.4.

Paradigma de Avaliação da Interface Gráfica do Hágaquê

Para avaliar estes softwares utilizou-se o paradigma da qualidade ISO/IEC 9126-1 (1991). Ao utilizar os critérios necessitou-se definir algumas características relacionadas ao potencial pedagógico do produto, estabelecendo um olhar sobre as necessidades dos professores de apropriarem-se da ferramenta, para que se envolvam num processo de exploração e de reflexão sobre as suas potencialidades pedagógicas, de adequação ao currículo ou de promoção da aprendizagem (Stables, 1997; Gálvis, 1997; Castañon, 1997; Dekker, 1996). Neste contexto, aplicaram-se cinco características, dentro do conjunto estabelecido pela norma

ISO/IEC

9126,

em

manutenibilidade e portabilidade.

1991:

funcionalidade,

usabilidade,

confiabilidade,


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Funcionalidade: Elementos gráficos, multimídia, ferramentas e outras

funcionalidades características de um software de autoria. Oferece possibilidades para construção de atividades interativas podendo associar com a prática diária da escrita do aluno.

Usabilidade: Constitui-se de uma Interface Contextualizada com a proposta

dos desenvolvedores, colorida, chama a atenção do usuário, tem uma representação de funções com botões e controles de navegação de fácil manuseio e reconhecimento pelo usuário, possui Quantidade de informações adequada para a faixa etária sugerida, crianças. Observam-se alguns erros significativos no feedback ao usuário e possui ferramentas e recursos multimídia disponíveis, disponibilizando Ajuda contextualizada com o com o software, alto nível de detalhamento, voltada para operacionalização das ações no ambiente, possuindo um manual próprio com orientações ao usuário claras e fáceis de compreender.

Confiabilidade: Possui ferramentas de fácil utilização, mas com restrições,

tendo como desafio a produção escrita que é restrita, porém e desafiadora porque estimula a criatividade.

Manutenibilidade:

não

correções

disponíveis,

existem

versões

atualizadas.

Portabilidade: A sua instalação é no sistema operacional Windows não

podendo ser usado no sistema operacional Linux, possui como fatores positivos de avaliação a objetividade, o detalhamento da característica do produto e a eficiência, tendo como fatore negativos de avaliação, não foi possível avaliar, pois não existem produtos semelhantes.

2.4.1. Interface do Software Hágaquê O Hagáquê apresenta uma interface adaptada às limitações e necessidades do usuário (crianças em processo de alfabetização) e com recursos facilitadores para que o aluno tenha liberdade de expressão, oferecendo a possibilidade de compor os mais diferentes personagens como em uma HQ (história em quadrinhos)


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Figura 2: Tela de apresentação do Software Hágaquê

Fonte: Tanaka, 2004. Na figura 2 (dois) apresenta-se a interface inicial do software hágaquê, onde todos os aplicativos estão disponíveis aos usuários, podendo inserir textos, balões, com características da conversação natural entre os personagens, a partir das imagens que sugerem situações de compreensão dos elementos visuais expostos na sequência de imagem disponibilizada no programa para trabalhar diferentes expressões dos personagens nos diferentes quadrinhos, abrindo um leque para explorar os diferentes recursos disponibilizados pela internet e pelas ferramentas digitais Figura 3: Tela de aplicabilidade dos recursos do Software Hágaquê

Fonte: Tanaka, 2004


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Na figura 3 (três) acima é apresentada a tela do software Hágaquê, com os posicionamentos das barras de aplicação, no centro da tela, delimitado por quadros azuis está à área destinada à edição dos conteúdos das HQs Localizada à esquerda esta a barra de ferramentas de edição e as barras de imagens que podem ser inseridas nas HQs. Na parte superior e inferior encontra-se na a paleta de cores para edição dos elementos inseridos na história. No canto inferior da pagina do lado direito encontra-se os botões de navegação da página. Figura 4: História em quadrinho com o uso do software Hágaquê

Fonte: Tanaka, 2004 Figura 5: Figuras retiradas do computador usando os recursos gráficos do software

Fonte: Própria


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Nas figuras 4 e 5 são apresentados historias já prontas para serem publicadas por mídias escritas ou digitalizadas ou publicadas na internet. A HQ constitui-se em um recurso excelente que une imagem e texto para trabalhar a linguagem. Independente de saber ler, a criança consegue fazer a “leitura” de uma história. O fascínio pela imagem pode fazer com que as crianças, ainda não alfabetizadas compreendam um texto pela simples observação da sequência de imagens. A interface do software hágaquê, pode ser utilizada como uma ferramenta no processo de ensino-aprendizagem e baseada no referencial teórico esboçamos algumas observações sobre a usabilidade da interface do software educacional que serão descritas a baixo: • Os termos utilizados devem estar no mesmo idioma que os usados na interface do produto e as mensagens devem ser explicadas; • As orientações dadas pelo software sobre sua utilização são claras e fáceis de serem entendidas; • A quantidade de informação em cada tela é apropriada ao que se destina o software, de fácil leitura e não possui err; • A animação, o som, as cores e outras mídias são utilizadas com equilíbrio, evitando poluição sonora e visual; • A linguagem está em um nível de compreensão para o aluno e os conceitos embutidos estão corretos; • Contribui para despertar o interesse do aluno pelo assunto a ser trabalhado; • Apresenta uma síntese do que foi trabalhado, após o término de cada sessão; • Verificar se o software apresenta uma grande interação com o aluno; • Possui dificuldades gradativas adequadas, caminhando do básico ao complexo de forma suave; • Apresentação dos desafios, verificar se o software utiliza ao máximo os recursos da máquina (som, imagem, animação, etc.) e permite que o aluno desenvolva estratégias de ação que lhe permitam ganhar com mais frequência ou facilidade; • O software, de alguma forma, motiva o questionamento, estimula a fantasia e a curiosidade; • Os enunciados permitem que o aluno entenda o que está sendo pedido.


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3. INCLUSÃO DIGITAL O conceito de inclusão digital está intimamente relacionado ao contexto social, político, econômico e ético em que vivemos e, portanto, trata-se de tema estratégico para as organizações da era do conhecimento.

Desta forma, um grupo

de

pesquisadores baianos do Gepindi publicou artigo sobre o assunto que chega à seguinte assertiva: “ele [conceito de inclusão digital] está, irrecusavelmente, inserido no ‘espírito do nosso tempo’, isto é, constitui-se como fruto do que se denomina sociedade da informação, baseada nas redes digitais, ou sociedade do conhecimento, que privilegia o saber perante o fazer.” (Sathler, 2006). O computador como recurso educacional funciona como instrumento que permite a interação entre os alunos, entre alunos e objeto e entre aluno e professor e, sabemos que é nesta interação do homem com o objeto inserido no seu ambiente, que ocorre a aprendizagem (Mercado, 1999). Com a evolução da temática, que migrou da questão do acesso à rede para o potencial da rede como ferramenta de desenvolvimento – processo no qual a capacitação e apropriação por parte do usuário se tornam imprescindíveis – o conceito usado passou a ser o de “inclusão digital” (Mercado, 1999). O termo faz referência ao conceito de “digital divide”, que em português poderia ser traduzido como “brecha digital”, ou a defasagem (hiato) que existe entre aqueles que podem se beneficiar das tecnologias digitais e os que não podem. Suas origens também remontam à teoria do “Knowledge Gap Hypothesis” (Hipótese da Lacuna de Conhecimento), formulada por Tichenor, Donohue e Olien, professores da Universidade de Minnesota, na década de 1970, conforme conta Ricardo Kobashi em sua coluna Cidadão Digital, publicada no Jornal “O Estado de São Paulo” de 3 de maio de 2005. Ainda segundo o grupo, isto quer dizer que, na atualidade, o sucesso pessoal e profissional é condicionado à aprendizagem contínua e à educação globalizante. Outro aspecto importante sobre políticas de inclusão digital é que não basta apenas oferecer o acesso às ferramentas para obter as informações via informática/Internet, é necessário que os agentes para a inclusão digital forneçam meios para que os beneficiados por esses programas transformem essa informação em conhecimento relevante para


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sua vida pessoal e profissional. O ponto de partida para a inclusão digital seria o acesso à informação dos meios digitais e o ponto de chegada é a assimilação da informação e sua reelaboração em forma de conhecimento relevante para o usuário, visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas (Sathler, 2006). Amadeu (2003, p. 33) compreende a inclusão digital como a “universalização do acesso ao computador conectado à Internet, bem como, ao domínio da linguagem básica para manuseá-lo com autonomia”. Pode-se dizer, também, que a inclusão digital está diretamente relacionada conceito

de

direitos

humanos,

que

ele

está

relacionado

ao

aos direitos

fundamentais dos cidadãos. A classificação desses direitos como fundamentais diz respeito aos direitos que devem ser reconhecidos, protegidos e promovidos quando se pretende

preservar

a

dignidade

humana

e

oferecer possibilidades de

desenvolvimento aos cidadãos (Sathler, 2006). O conceito de inclusão digital parece se adaptar a diferentes cenários e a evoluir com o tempo, de acordo com os desafios que se apresentam à sociedade. Warschauer (2002), por exemplo, critica a divisão binária da sociedade entre aqueles que têm acesso à Internet e aqueles que não têm, ou a divisão entre os ricos em informações e os pobres em informação, definições muito comum para a brecha digital na literatura norte-americana e nos relatórios produzidos por agências de desenvolvimento internacional. Para ele o conceito é mais amplo, envolvendo o tema da inclusão social de populações excluídas mediante o uso das novas tecnologias digitais. Há ainda muito preconceito sobre a discussão de conceitos como cidadania, educação e sua relação com direitos humanos. Durante toda a história da humanidade, as desigualdades sociais constituem a base dos privilégios da elite e que, por isso, mantém interesse particular em preservá-las ignorando a discussão sobre estes conceitos. Segundo Dallari (2004, p. 21), “é precisamente da parte daqueles que gozam de privilégios decorrentes das desigualdades sociais que encontramos as maiores resistências à discussão dessa temática; e essas resistências se manifestam principalmente por meio de uma postura de desmoralização da própria expressão direitos humanos”. O uso efetivo do computador, das demais ferramentas de tecnologia da informação e do acesso à Internet para incluir digitalmente as populações marginalizadas, de baixa


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renda, pode fazer toda a diferença neste início de século. Mas o que vem a ser inclusão digital? A preocupação em relação ao conceito se origina da discussão sobre o serviço universal, ou seja, basicamente o acesso às redes de comunicação. Os direitos humanos são direitos universais, ou seja, comuns a todo ser humano, decorrentes do reconhecimento de sua dignidade a partir do momento de seu nascimento. O conjunto dos direitos humanos é classificado em três dimensões: direitos civis (as liberdades individuais, advindas do liberalismo, como a liberdade de ir e vir, propriedade, segurança, entre outras), direitos sociais (ligados ao mundo do trabalho, como o direito ao salário, férias etc. e também os direitos de caráter social mais geral, como direito à educação, saúde, habitação etc.; são os direitos advindos da luta dos trabalhadores e no Brasil são mais conhecidos como direitos do cidadão) e os direitos coletivos da humanidade (ligados à defesa do meio ambiente, à paz etc.). Logo, o direito ao acesso ao mundo digital pode ser relacionado ao direito à educação, ao emprego, acesso à informação (inclusive sobre legislação e serviços sociais do Governo e empresas) e o direito a liberdade de expressão de opiniões (participação em grupos de discussão, sites de relacionamento, entre outros canais da Internet) (Satthler, 2006). Segundo Garnham (1997), o conceito de serviço universal – também denominado acesso universal ou universalização do acesso - nasceu nos Estados Unidos, no início do século passado, cunhado por Theodore Vail, então presidente da AT&T, ao convencer o governo norte-americano na época que o monopólio seria mais eficiente para a expansão dos serviços de telecomunicações. Em outros países, sobretudo nos europeus, a definição de serviço universal não foi objeto de discussão até o início dos anos 80, com a chegada da liberalização no setor (OECD, 1991), dado que a rede de telecomunicações até então era controlada por empresas estatais, e a oferta do serviço de telefonia básica para a população – enquanto serviço público – era considerada uma obrigação do governo para com seus cidadãos, portanto prescindia de regulação pelos princípios do serviço universal. Para Mercado (1999), a entrada das tecnologias nas salas de aula facilita a criação de projetos pedagógicos, trocas inter-individuais, comunicação à distância, redefinindo o relacionamento estabelecido entre professor-aluno. Neste contexto, os professores deixam de ser líderes oniscientes e os materiais pedagógicos evoluem de livros-texto


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para programas e projetos mais amplos. As informações são mais acessíveis, os usuários escolhem o que querem e todos se tornam criadores de conteúdos. De certa forma, podemos afirmar que o analfabetismo digital dá origem à outra palavra: o excluído digital, que é aquele individuo que mesmo com os avanços da tecnologia da informação se vê em uma situação de abandono, que não possui acesso a esse mundo cibernético. Isso, atualmente, se constitui como um problema, visto que a maioria dos processos nas empresas exigem conhecimentos básicos de informática. Assim, conclui-se que a inclusão digital se faz cada vez mais em uma geração que se destaca pelas inovações tecnológicas, resultando em um panorama preocupante no que diz respeito à inclusão dos alunos a sociedade digital.

3.1. Trajetória da Informática na Educação no Brasil Os autores que estudam o processo de implantação de uma cultura de informática educativa no Brasil (Moraes, 1997; Valente e Almeida, 1997) situam na década de 1970 as primeiras iniciativas foram em instituições de ensino superior do Rio Grande de Sul e de Campinas. Nessa mesma época, o governo brasileiro começou a pensar em políticas públicas voltadas para a informatização da sociedade e criou órgãos como a Secretaria Especial de Informática (SEI), um órgão executivo do conselho Nacional de Segurança Pública. Com relação às ações do governo federal na busca pela informatização da sociedade brasileira, segundo a professora Maria Cândida Moraes, o Brasil, a partir de meados da década de 1970, estabeleceu políticas públicas voltadas para a construção de uma indústria própria, objetivando uma maior garantia de segurança e desenvolvimento da nação. Tais políticas condicionaram a adoção de medidas protecionistas. A busca de alternativas capazes de viabilizar uma proposta nacional de uso de computadores na educação, que tivesse como princípio fundamental o respeito à cultura, aos valores e aos interesses da comunidade brasileira, motivou a constituição de uma equipe intersetorial. Esta equipe contou com a participação de representantes da SEI, do ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


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Tecnológico (CNPQ) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), como responsáveis pelo planejamento das primeiras ações na área. Em dezembro de 1981, foi divulgado o documento “subsídios para implantação do programa nacional de informática na educação”, que apresentou o primeiro modelo de funcionamento de um futuro sistema de informática na Educação Brasileira, elaborado por aquela equipe. Este documento recomendava que as iniciativas nacionais devessem estar centradas nas Universidades e não diretamente nas Secretarias de Educação, pois era necessário construir conhecimentos técnico-cientificos para depois discuti-los com a sociedade brasileira. Buscava-se a criação de centros formadores de recursos humanos qualificados, capaz de superar os desafios presentes e futuros então vislumbrados. A partir da visão de que o equacionamento adequado da relação informática e educação seria uma das condições importantes para o alcance do processo de informatização da sociedade brasileira, o MEC assumiu, em 1982, o compromisso de criar instrumentos e mecanismos que possibilitassem o desenvolvimento de estudos e o encaminhamento de questão, colocando-se à disposição para a implementação de projetos que permitissem o desenvolvimento das primeiras investigações na área. Em janeiro de 1983, foi criado, no âmbito da SEI, a comissão especial em 11\1983. Essa comissão tinha por finalidade, entre outros aspectos, conforme Maria Cândida Moraes, propor a orientação básica da política de utilização das tecnologias da informação no processo de ensino-aprendizagem, observando os objetivos e as diretrizes do Plano Setorial de Educação, Cultura e Desportos, da Política Nacional de Informática e do Plano Básico de Desenvolvimento Científico e tecnológico do país, além de apoiar a implantação de centros-pilotos, funções essas intimamente concernentes ao âmbito educacional. A partir desse momento, o MEC assumiu a liderança do processo de informatização da Educação Brasileira, procurando organizar-se para o cumprimento de suas novas obrigações. Um dos argumentos utilizados para a transferência do projeto Educom para o MEC era, de acordo com Maria Cândida Moraes, enfatiza é que a informática na educação deve ser tratada como uma questão de natureza pedagógica relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem e que esteja envolvendo escolas Públicas Brasileiras e Universidades, na busca de subsídios para uma futura política para o setor educacional.


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Segundo Valente e Almeida (1997), a implantação do programa de informática na Educação no Brasil inicia-se com o primeiro e o segundo Seminário Nacional de informática na Educação, realizados, em Brasília para implantação do Programa Nacional de Informática na educação. Em abril de 1997, foi criado pela Portaria nº 522\MEC, o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) para promover o uso pedagógico da informática na rede Pública de ensino Fundamental e médio. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O Proinfo funciona de forma descentralizada. Sua coordenação é de responsabilidade federal, e a operacionalização é conduzida pelos estados e municípios. Em cada unidade da Federação, existe uma coordenação estadual do Proinfo, cujo trabalho principal consiste em introduzir as Tecnologias de Informação e comunicação (TIC) nas escolas Públicas de Ensino Fundamental e Médio, além de articular os esforços e as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Para apoiar tecnologicamente e garantir a evolução das ações do programa em todas as unidades da Federação. Os NTEs são locais dotados de infraestrutura de informática e comunicação que reúnem educadores e especialistas em tecnologia para instrumentalizarem os professores a utilizarem as mídias disponíveis na escola. Atualmente os multiplicadores como são chamados os especialistas que trabalham nos NTEs, desempenham a função de orientar e instrumentalizar os profissionais em educação quanto ao uso adequado das seguintes mídias que se encontram nas escolas: Louça Digital, Projetor Multimídia, Table, Software que são disponibilizados pelo MEC. Além de, promover todas as formações dentro da escola para utilizarem as tecnologias tem a função de gerar o desenvolvimento humano não apenas na escola, mas em toda a comunidade, otimizando os resultados do processo educacional. 3.2. Inclusão Digital do Professor Vivemos em mundo altamente baseado em tecnologias digitais. O avanço tecnológico traz em seu bojo alguns termos até então não empregados e outros com


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sentido dúbio. Como “imigrante digital” e “nativo digital”. A geração presente, já tendo nascido sob o signo das vertiginosas mudanças que a tecnologia acarretou, não tem, em geral, a noção de como todo esse processo é muito recente e que caminhos a humanidade percorreu para chegar à atual situação. Entretanto, vivemos num mundo que herdamos resultado de um longo e complexo processo histórico que trouxe mudanças à vida do homem, especialmente após o nascimento da filosofia, na antiga Grécia, onde encontramos raízes do pensamento e da cultura ocidentais, e certamente a partir do século XVII, quando se constrói o conceito moderno de ciência e também de tecnologia. A inclusão da tecnologia na educação tem dimensões profundas. Não se pode simplesmente informatizar a escolar por modismo utilizando tecnologias de ultima geração, se esta tecnologia não estiver dentro do contexto do projeto pedagógico e substancialmente pautado da visão metodológica de como a escola irá trabalhar essas mídias e de que como elas irão contribuir para o ensino-aprendizagem do professor e do aluno. “A integração do computador ao processo educacional, depende principalmente da atuação do professor e do envolvimento e apoio de toda a comunidade para que se devem se elaborados coletivamente” (Almeida, 1998). As autoras Sampaio e Leite (1999) fazem uma reflexão sobre a alfabetização tecnológica do professor e as transformações ocorridas durante ao longo do tempo. Para melhor compreende a alfabetização tecnológica do professore necessário perceber que ao transformar, ao longo do tempo, as formas de produzir os meios de sua própria sobrevivência, o ser humano modificou também suas relações humanas com a natureza. As tecnologias que criou (desde a roda ate o computador) geraram transformações na maneira de se comunicar, produzindo meios de comunicação cada vez mais complexos, assim aconteceu com o surgimento da escrita, da imprensa e da informatização (Sampaio e Leite, 1999, p.13). Portanto, a escola precisa mudar para acompanhar as transformações rápidas da sociedade, o momento atual precisa-se de uma escola includente e de professores que tenha uma capacidade de desenvolver sua capacidade critica reflexiva, saindo do ensino tradicionalista em que o educando é visto como um repetidor e depositário das informações contidas na escola e no professor.


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Lévy (2001) nos propõe um novo estilo de pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede. Nesse viés de pensamento o educador e considerado um multifacetador de ideias coletivas, deixando de lado o tradicionalista armazenador conteúdista para se tornar um dispensador de conhecimento junto com o aluno. Segundo Perrenoud (2003) “o objetivo agora não é só passar conteúdos, mas preparar todos para a vida na sociedade moderna”. Dessa forma, entende-se a utilização das mídias digitais pelos professores, como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem, pode servir de inovação pedagógica. Mas, para que isso aconteça, é fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as possibilidades do recurso tecnológico, para poder utilizá-lo como instrumento de aprendizagem. Sobre isso, Mercado (2002, p.21) afirma que com as novas tecnologias, novas formas de aprender, novas competências são exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico são necessárias e fundamentalmente, é necessário formar continuamente o novo professor para atuar. Nessa perspectiva, o pensar pedagógico, remete-se a um novo olhar sobre a formação do professor estabelecendo novas saberes e a dicotomia entre a formação e sua atuação, vem sendo estudado por vários estudiosos, como: Perrenoud (1997), Nóvoa (1995 e 1997). Todos esses estudiosos e outros, tem sugerido uma formação ao professor que contemple a prática reflexiva, onde não tenha uma separação do seu pensar e o seu fazer pedagógico. Para Silva (2000) a pedagogia interativa é uma proposta que valoriza o papel do professor como mediador de novas e recorrentes interações e encorajadora rede de conhecimentos de novas competências comunicativas. Logo, as necessidades do homem e da vida contemporânea, porém, ultrapassa em muito os estritos caminhos limites da reduplicação de procedimentos e do armazenamento de informações, à medida que tais processos foram sendo compilados ao longo da história humana, delegados às máquinas. O preparo dos docentes brasileiros para a utilização de mídias e objetos digitais como materiais didático-pedagógicos ainda é insipiente. Lévy (1993) salienta a importância da utilização da multimídia na educação. O autor reforça que todo conhecimento é mais facilmente aprendido e retido quando a pessoa se envolve mais ativamente no processo


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de aquisição de conhecimento. Portanto, graças à característica reticular e não linear da multimídia interativa atitude exploratória é bastante favorecida. “É, portanto, um instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa” (Lévy, 1993, p.40). Nesse sentido, os processos educacionais que levariam ao pleno desenvolvimento do individuo passariam, necessariamente, pelo desenvolvimento cognitivo do sujeito, o que ocorre, preferencialmente, pela interação como o mundo que o cerca; assim, na relação com os outros e com o mundo, o homem encontra sua possibilidade de devenir. Não existe um processo educacional neutro. A educação ou funciona como instrumento usado para facilitar a integração da geração mais jovem na lógica do sistema atual e trazer conformidade à mesma, ou então torna-se a prática da liberdade ou meio através do qual homens e mulheres lidam critica e criativamente com a realidade e descobrem como participar da transformação de seu mundo. (Freire, 1987.p. 37). Portanto, a aprendizagem no ambiente de educação, requisita, necessariamente, uma ação contextualizada dos atores do processo, em um ambiente interativo, no qual se inscreve o conhecimento construído coletivamente, compartilhado, no relativismo e na dialética. As novas tecnologias midiáticas fizeram ingressar nos ambientes tecnológicos de treinamento e ensino um poderoso instrumental interacional para os educadores a incorporação de ferramentas de integração (FLs) em ambientes virtuais de aprendizagem transformando-se, desta forma, num mecanismo fundamental na construção de proposta educacional. O que se percebe, entanto, é que ainda falta um balizamento para o uso das ferramentas, porém, dependendo das necessidades comunicacionais, o professor pode ou não fazer uso destas ferramentas metodologicamente e ao fazer uso dessas ferramentas tem o poder de ampliar seu leque com aulas interativas com o objetivo de atender ao aluno nas mais diferentes situações de aprendizagem e situações geográficas. Nesse viés de interatividade, surgiu outra modalidade de interação entre professor e aluno a Educação a Distância, que se trata de uma modalidade de estudo alicerçada na utilização de novas tecnologias, no estimulo às estruturas cognitivas operatórias


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flexíveis em métodos pedagógicos que permitem que as condições inerentes ao tempo, espaço, ocupação e idade, não sejam condicionantes ou impeditivos para a aprendizagem. Nessa modalidade de aprendizagem são muitas as denominações recebidas pelo professor: tutor; professor acompanhante; mediador; facilitador, e com certeza outras surgirão. Nessa modalidade de ensino, há a demanda de procedimentos, estratégias e competências, iremos nos adentrar de algumas no segmento deste trabalho. Mesmo reconhecendo ser bastante complexa a definição das competências acima descritas para o exercício das atividades do professor no âmbito do acompanhamento a distancia no que se concerne aos resultados dos alunos, alguns autores, propõem que os docentes assumam as seguintes competências em relação a estes acompanhamentos a seus alunos. As ferramentas de interação (FLs) são delimitadas de acordo com ser contorno e como se apresenta em: Ferramentas Síncronas que são (sala de aula virtual, sala de trabalho em grupo, café virtual, ICQ interno, tutor online) e Ferramentas Assíncronas (lista de discussão mural, debate virtual, e-mail, perfil, biblioteca virtual, portfólio). Em relação ao exposto a cima, podemos discuti-la, partindo do seguinte esboço abaixo:

Nas discussões assíncronas – permitir aos alunos o tempo necessário à

reflexão, manter as discussões vivas e produtivas e arquivar os dados resultantes das discussões, para o uso posterior;

Nas discussões síncronas – estabelecer regras básicas para que as

discussões aconteçam precisam-se estimular as interações com o mínimo de intervenção ou diretividade, perceber como as mensagens textuais são recebidas pelo aluno e estar atento às diferenças culturais. O professor desempenha uma nova função na educação atualmente, devido à internalização dos recursos midiáticos, o de se constituir-se como um “parceiro dos


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estudantes no processo de construção do conhecimento, isto, é em atividades de pesquisa e na busca da inovação pedagógica” (Belloni, 2001, p.81). Segundo, Belloni, os docentes apresentam três dimensões de saberes: a pedagógica, que congrega conhecimentos do campo especifica da pedagogia e que envolve as atividades de orientação; a tecnológica no âmbito da qual estão as relações entre a tecnologia e a educação, e envolve a produção , avaliação e a definição de estratégias de uso de materiais pedagógicos; e finalmente, a didática, que envolve a formação especifica do professor em determinados campos científicos, com necessidade constante de atualização. Figura 6: Perfis do professor que trabalha com tecnologia

Formador Função pedagógica Tecnólogo educacional

professor

Especialização tecnología

Perfil do Professor Recurso didático

Tutor

Pesquisador

Monitor

Fonte: Belloni-2001 Estando na era da tecnologia, informação, comunicação e conhecimento, Perrenoud, teórico das competências. Afirma: “O objetivo agora não é só pensar conteúdos, mas preparar todos para a vida na sociedade moderna” (Perrenoud, 2003). Nessa perspectiva, podemos avaliar que a tecnologia isoladamente não garante uma qualidade educacional, pois a sua intencionalidade pedagógica que sustenta o processo ensino-aprendizagem, vai além das paredes das escolas ou instituições de ensino, tem como meta prioritária de inclui todos digitalmente e socialmente, talvez seja hoje o maior desafio do sistema educacional.


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4. PERCURSO METODOLÓGICO Inclusão Digital: Uso do software Educativo Hagáquê e sua Influência na Metodologia do Professor da Educação Infantil da Rede Pública é o objetivo da investigação no âmbito Recifense, visto que a sociedade tem passado por um processo de grandes transformações sociais, políticas, e econômicas e culturais, uma das marcas da transformação tem sido chamada da Era Digital. O papel da escola neste novo contexto de aprendizagem inclui Ferramentas de aprendizagem e observamos que ainda há uma grande resistência por parte dos educadores, visto que, não nasceram na era virtual e digital e tem que se atualizar constantemente e transformar seus métodos pedagógicos A pergunta de investigação fica assim formulada: Qual a influência do Software Educacional Hágaquê na metodologia dos Professores da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco? Os objetivos desta pesquisa são: Objetivo geral: Analisar o uso do Software Educacional Hágaquê e como influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco. Objetivos específicos:

Identificar se uso do Software Educacional contribuí metodologicamente

na Educação Infantil.

Identificar se na escola é oferecido aos docentes cursos de formação para

o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê.

Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do

software Educacional Hágaquê na escola.

Detectar se os professores percebem eficiência do uso do Software

educacional hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula.


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Hipótese de trabalho A hipótese poderá implicar possiveis respostas ao problema formulado nas pesquisa, por este viés, este trabalho apresenta duas hipóteses que poderão ser confirmadas ou não. Partindo dessa inquietação, foi possível formular a seguinte hipótese: O Software educacional melhora a metodologia e a prática pedagógica do professor da Educação Infantil da Escola estadual Santo Antônio-Recife-Pernambuco. A metodologia tem como enfoque quali-quanti, desenho não experimental, tipo descritivo. Para coleta dos dados utilizaram-se: questionários aplicados aos professores. As variáveis da pesquisa foram:

Uso do Software

Metodologia do professor

Tabela 2: Operacionalização da pesquisa VARIAVEIS

Uso do Software

Metodologia do professor

CONCEITUALIZAÇÃO

Programa de computador

Fundamentos e pressupostos de um estudo

INDICADORES

Interatividade

Aulas mais dinâmicas

Fonte: Elaboração própria

4.1.

Dados sobre o Estado de Pernambuco

Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil, Centro-leste da região Nordeste do Brasil, tem uma área territorial de 98.938 km2, seu relevo com Planície litorânea, Planalto Central, Depressões à Oeste e à Leste e principais, banhadas por bacias hidrográficas que correspondem ao rio São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú, Jaboatão e possuem uma vegetação característica diversificada como o Mangue (litoral), Floresta tropical (zona da mata), Caatinga (agreste e sertão) e possui um Clima Tropical atlântico (litoral), semiárido (agreste e sertão), tendo 184 municípios e


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território de Fernando de Noronha. O presente trabalho foi desenvolvido na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Figura 7: Mapa de Pernambuco

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=mapa+de+pernambuco&tbm=isch&hl=ptBR&biw=1008&bih=441&sei=b3sLUt6hGMrq2AWFnICICw Recife atualmente possui uma sucursal de rede educacional tanto na educação Básica que se constitui Educação infantil, Fundamental e Médio, bem como um conglomerado de Universidades tanto do âmbito Federal, Estadual e Privadas. Atualmente é detentora do maior Porto digital do Brasil, onde emergem empresas incubadoras de avanços na área tecnológica. O objeto de estudo foi embasado em procedimento metodológico, com a meta prioritária de atingir o problema exposto na pesquisa subsecutivando os objetivos delimitados, e, por conseguinte as respostas que serão obtidas no processo dependerão de fatores externos no qual influenciarão nos resultados obtidos. Portanto, o presente capítulo abordará o percurso metodológico, que será esmerado neste estudo, partindo do seguinte problema: Qual a influencia do Software Educacional

Hágaquê na

Metodologia dos professores da Educação Infantil da escola Estadual Santo Antonio Recife -Pernambuco? Logo assim, para esclarecer o desenvolvimento do estudo, passaremos a apresentar a estrutura metodológica da investigação, começando pelo universo espacial e administrativo da Escola Santo Antônio, e seus sujeitos informantes, a população, a


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amostra, os instrumentos aplicados e a coleta de dados. Conforme Pádua (2002) “a busca de uma explicação verdadeira para as relações que ocorrem entre os fatos, quer naturais, quer sociais, passa, dentro da chamada teoria do conhecimento, pela discussão do Método (p.16). Portanto, este estudo sobre o uso do Software Hágaquê e sua influência na Metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio, surgiu ao observar que o computador, muitas vezes, vem sendo inseridos no contexto escolar, porém a prática docente não tem sido compatível com a nova demanda da sociedade. Neste enfoque, é fundamental reconhecer que a tecnologia por si só não garante a qualidade educacional, pois sua utilização depende da intencionalidade pedagógica que ampara o processo-aprendizagem, e conhecendo o potencial de uso dos HQs na educação em geral, eclodiu uma preocupação em investigar a utilização metodológica do Software Hágaquê e se esta utilização reflete em mudanças na formação do Professor e consequentemente na promoção de sua prática Pedagógica que permeiam a Escola. 4.2.

Universo da Pesquisa

A Pesquisa foi realizada na Escola Estadual Santo Antônio de Ensino Fundamental no primeiro semestre do ano de 2013 e contou com a participação de professor pertencente ao quadro efetivo da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco-PE. A escola onde a pesquisa aconteceu localiza-se num subúrbio da cidade do Recife, na rua cantora Clara Nunes, s\n, bairro da Torre. Ocupa um espaço físico de 4.0200m², conta com 10 salas de aulas, 01 biblioteca, 01 secretaria, 01 sala de professores, 01 auditório, 02 laboratório de informática, 01 sala de gestão, 04 banheiros com acessibilidade, 02 banheiros para professores e funcionários, 01 quadra poliesportiva. O espaço administrativo e pedagógico da escola corresponde num contingente de 22 professores, 03 coordenadores pedagógicos, 06 agentes administrativos, 02 gestores, 03 coordenadores de biblioteca, e 01 firma contratada para serviços gerais. Os alunos que a Escola Santo Antônio atende vêm dos bairros circunvizinhos, em sua maioria, oriundos de classe economicamente desfavorecida vivendo basicamente dos incentivos do governo, como a Bolsa escola e o projeto renda mínima. A escola


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atende em contingente de 500 (mil e quinhentos) alunos distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite, oferecendo as modalidades de ensino fundamental I que corresponde a Educação Infantil e o fundamenta II de 5º a 8º série. A comunidade escolar tem o seu quadro profissional comprometidos com ação pedagógica e que se identificam com o trabalho que realizam, além de acreditarem em mudanças significativas e numa nova construção do momento histórico-social, a gestão realiza um trabalho conjunto, estabelecendo um elo de parceria entre a comunidade escolar e os membros da comunidade visando atingir uma meta consistente que é uma educação sociocultural e política dentro do contexto escolar. 4.3.

Sujeitos da Pesquisa

A educação infantil reconhecida como parte da Educação Básica é muito recente dentro das proposições de grupos de educadores que historicamente pleiteiam mudanças na forma de entender e de tratar este segmento educacional. Esta pesquisa tem como atores, os Docentes da Educação Infantil da escola Estadual Santo Antônio, os quais participaram, dando sua contribuição respondendo aos questionários. Ressaltamos que, dentro desse processo investigativo nesta pesquisa os Professores são considerados como peça-chave, pois a partir dos dados gerados pelos questionários, podem-se medrar mudanças significativas na Metodologia do docente da Educação Infantil. 4.4. População Contemplando-se com a conceituação de Hernández Sampieri (2010) “população é o conjunto de todos os casos que concordam com uma serie de especificações” (p.252). A população refere-se aos docentes da Educação Infantil da Escola Santo Antônio – Recife- PE – Para análise concreta da problemática, fez-se necessário ter como objeto de estudo os professores da educação infantil, buscando verificar o uso do software educacional Hágaquê e sua influencia na metodologia dos professores da educação infantil.


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Vislumbrando o enfoque acima, a população que deu norte a este trabalho de pesquisa foram 22 professores da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio. Desta forma, percebe-se que este trabalho de pesquisa tem um perfil de amostra probabilística, porque o principal objetivo desse modelo “é reduzir ao mínimo de erro, que é chamado erro-padrão’’ (Kish,1995, apud Hernández Sampieri et.al. 2010, p.256). A pesquisa foi feita na totalidade da população, assim sendo a amostra e população são iguais. Baseando-se que, a amostra probabilística é o subgrupo da população no qual todos os elementos o possuem a mesma possibilidade de serem escolhidos (Ibid). Este levantamento de dados aconteceu no primeiro semestre de 2013, mais precisamente na primeira quinzena do mês de maio. Participaram da pesquisa 22 professores da educação infantil da Escola Estadual Santo Antônio. Os critérios de seleção para os professores participarem da pesquisa foram: Ensinar na Instituição de Ensino; ser professor da educação infantil da rede estadual de Recife; trabalhar no horário matutino ou vespertino. 4.5.

Delineamento Metodológico

Ao escolher o método de pesquisa, optou-se pelo quali-quanti a fim de fazer uma observação direta e interpretação descritiva do uso do software educacional hágaquê e sua influencia na metodologia do professor da educação infantil de forma a analisar e interpretar os mesmos e quantificar em dados se o uso deste software contribui para melhoria da metodologia do professor em sala de aula. Essa pesquisa tem uma abordagem de caráter quali-quanti. O caráter quali-quanti é definido quando ambos se combinam durante o processo de pesquisa. Hernández Sampieri (2007) caracteriza-se quando a pesquisa oscila entre os esquemas do pensamento indutivo e dedutivo e realiza-se uma vinculação de informações qualitativas com informações quantitativas, denominando-se como um enfoque misto de investigação. Mediante os objetivos e finalidades desse estudo, do ponto de vista da abordagem optou-se por realizar uma pesquisa de caráter descritivo, procuram especificar as propriedades, as características e os perfis importantes de pessoas, grupos, comunidades


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ou qualquer outro fenômeno que se submete à analise (Danhke,1989). Eles medem, avaliam ou coletam dados sobre diversos aspectos, dimensões ou componentes do fenômeno a ser pesquisado. Do ponto de vista cientifico descrever é coletar dados (para os pesquisadores quantitativo, medir; para os qualitativos, coletar informações). Isto é, em um estudo descritivo seleciona-se uma serie de questões e mede-se ou coleta-se informações sobre uma deles, para assim descrever o que se pesquisa (Hernández Sampieri, 2010). Finalmente, a pesquisa tem desenho não experimental, porque trata de um estudo em que não manipula de forma intencional a variável independente para depois analisá-la. Como ressalta Hernandez Sampieri et.al. (2010, p.224), “em um estudo não experimental não se constrói uma situação, mas se observam situações já existentes, não provocadas intencionalmente pelo observador”. 4.6. Características da Pesquisa Este trabalho investigativo teve como eixo gerador o levantamento de dados gerados pelos sujeitos da pesquisa, tendo como meta objetar as questões levantadas, vislumbrando os pontos expostos dos objetivos da investigação, visando atender ao objetivo proposto, o corpus discursivo desta pesquisa emoldura-se com enfoque qualiquanti, pois, a linha focada neste trabalho, trata-se, portanto, de uma pesquisa mista, como bem aborda Hernández Sampieri (2010), “O modelo misto constitui o maior nível de integração entre os enfoques qualitativos e quantitativos, no qual ambos se combinam durante todo o processo da pesquisa” (p.18). Dentro dessa perspectiva, é importante enfatizar que este trabalho de pesquisa proporcionou trabalhar com dados colhidos do próprio lócus da realidade, o que abre um enraizamento do que foi proposto na investigação abrindo o leque para delimitação do tema proposto margeando os objetivos e abrindo uma ramificação para a constatação das hipóteses formuladas no processo investigado, tendo como características primordiais a precisão e o controle estatísticos. Partindo do viés que permeiam os objetivos do trabalho investigativo esta pesquisa emoldura-se com o estudo do tipo descritivo, porque “procuram especificar as propriedades, as características e os perfis de pessoas, grupos, comunidades ou qualquer


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outro fenômeno que se submeta a analise (Danhke, 1989, Apud, Hernández Sampieri, 2010, p.101). Mas segundo Rampazzo (2005, p.54) “os estudos descritivos, trata-se do estudo e da descrição das características, propriedades e relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada.” Nesse contexto, realçamos que os subsídios e as ocorrências foram obtidos da própria realidade. 4.7. Técnica de Resolução de Dados A técnica utilizada para o trabalho investigativo tem consistência no uso da enquete e o instrumento que auxiliou foi o questionário.

“Um questionário consiste em um

conjunto de questões com relação a uma ou mais variáveis a serem medidas” (Hernández Sampieri, et.al. 2010, p.325). O agente da utilização do questionário se deve ao fato, de que o problema levantado na investigação e os objetos que se pretendem alcançar são mais fáceis de serem entendidos e os resultados tornam-se mais fáceis de serem entendidos e os resultados ficam mais visualizados para serem tabulados, segundo Buendia (1997) o questionário tem a característica de ausência de manipulação ou de intervenção por parte do investigador. De acordo com Lacartos e Marconi (2007), Questionário é um instrumentos de coleta dados, constituídos por uma série ordenadas de perguntas, que devem ser respondidas por escritos e sem a presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou um portador; depois de preenchidos, o pesquisado devolve-o do mesmo modo (p.203).


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Tabela 3: Operacionalização da Construção do Questionário

Fonte: Própria Esse questionário foi elaborado, com questões fechadas “As questões fechadas contêm categorias ou alternativas de respostas que foram delimitadas, isto é, são apresentadas as possibilidades de respostas aos indivíduos e eles devem limitar-se a estas” (Hernández Sampieri, 2010, p.36). O foco das perguntas dos questionários foram construídos tendo por base o objetivo – geral e os específicos, tendo o cuidado de não fugir da temática desta investigação, procurando utilizar perguntas diretas e objetivas para evitar ambiguidades e desinteresse por parte dos entrevistados. Os questionários dos professores (ver apêndice. 3) apresentam 20 perguntas fechadas, pois, ´´As questões fechadas são fáceis de codificar e preparar para sua analise’’ ( Ibid). Para Baechle e Earl (2007, pp. 277-278 Apud José A. torres Gonzalez, Antonio Hernandez Fernandez, Claudia de B.Camargo, 2013, p.37) “a validação é o grau em que uma prova, ou item de uma prova mede o que se propõe a medir, é a característica mais importante de uma prova”. Portanto, a validação dos questionários foi aferida por 8 professores (doutores), sendo 4 professores Brasileiros e 4 professores Espanhóis, para averiguarem se cada item proposto apresenta coerência e coesão com os objetivos proposto da pesquisa . O resultado destas avaliações ocasionou mudanças pouco significativas, e uma vez corrigido os questionários, realizou-se uma prova piloto, a um grupo pequeno de


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professores que não pertence ao grupo que foi pesquisado, porém que possuem as mesmas características da população do objeto de estudo. 4.8. Coleta de Dados A construção de um corpus requer uma escolha deliberada do pesquisador na coleta dos dados, portanto, como menciona Bauer e Arts (2002) a escolha consiste em uma conveniente seleção dos dados, porém, ainda dentro de uma alternativa racional e sistemática nesta busca. Enfim, o estado do conhecimento na presente investigação está assentado em parâmetros relacionados à investigação cientifica, tendo como suporte teórico pesquisas bibliográficas, dissertações, livros e artigos científicos que deram aporte para motivar que tipo de população seria estudado. De acordo com, Rampazzo (2005), as técnicas de investigação são os procedimentos utilizados por uma ciência determinada. O conjunto dessas técnicas constitui o método. Cada ciência tem o seu método especifico. Existe, porém, um “denominador comum metodológico” idêntico para todas as ciências (p.50). Tomando por base o autor acima, o pesquisador carece utilizar técnicas especializadas e abordagens metodológicas que melhor entrelaçam dentro do perfil de sua investigação. Neste enfoque, nossa pesquisa tem como silhueta o estudo descritivo e enfoque quanti-quali, tendo como paradigma interpretativo, o qual “não pretende fazer generalizações a partir do objeto estudado”. Seu propósito culmina na elaboração de uma descrição ideográfica a seu respeito, de acordo com as características que o identificam e o individualizam (Jose A. torres Gonzalez, Antonio Hernandez Fernandez, Claudia de B. Camargo, 2013, p.49). Foi utilizado como método de investigação ou ferramenta o questionário. Material este que previamente construído com questões objetivas e subjetivas, sendo direcionado um ao professor, com objetivo de adquirir e conhecer os dados para a pesquisa, onde o próprio sujeito responderá as perguntas sobre o problema (uso do software educacional hágaquê e metodologia). É notório que a técnica do questionário, o caráter das perguntas bem como o seu estilo de redação e de sucessão são de especial importância para os resultados da pesquisa, sendo o mesmo claro conciso e compreensível, devendo


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traduzir fielmente as opiniões das pessoas interrogadas, neste caso, professores onde a precisão da resposta do entrevistado deve ser previamente controlada pelo investigador quando da elaboração da mesma. Sendo colocadas perguntas onde os entrevistados possam ter a oportunidade de manifestarem as atitudes e ideias relevantes para o entendimento dos seus comportamentos, e ao mesmo tempo tranquilizando-os sobre o anonimato e a confidencialidade das respostas (Gil, 1999). Para os professores foi construído um questionário, constituído por vinte (20) perguntas, relacionadas aos objetivos específicos. Os questionários foram validados por quatro doutores brasileiros e quatro estrangeiros. Uma cópia dos respectivos questionários e a prova da validação está inserida nos anexos. 4.9. Procedimentos A população envolvida neste trabalho de pesquisa foram os docentes da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio, localizada em Recife, Pernambuco. O contato inicial com a Instituição de Ensino foi efetivado através de oficio 001\13 e 002\13 direcionado a gestão da escola. Logo após, ao parecer favorável da gestão da instituição de Ensino, entramos em contato com os educadores e iniciamos nosso processo investigativo, fazendo reuniões e explicando como seria efetuado todo o processo. Utilizamos como processo inicial um questionário piloto com 10 professores que possuíam as mesmas características da amostra do estudo. Esta prova pilota tem como finalidade primordial de avaliarem e observarem se o questionário apresenta problemas de compreensão ou dificuldades de respostas. A aplicação da prova piloto ocorreu nos dias 13 e 14\05\13, em seguida, os questionários foram entregues a coordenação da escola, envelopados e lacrado. Foi adotado um processo sigiloso para que os atores participantes ficassem no anonimato, desse modo, os dados obtidos terão mais veracidade, gerando assim a certeza que poderíamos aplicar o questionário. O instrumento foi aplicado com 22 professores, sendo, 10 do turno matutino, 11 do turno vespertino, resultado dos cálculos para a mostra. Foi efetuada a pesquisa dos professores sempre em horário de aula, e no turno que trabalhavam onde foi entregue o


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documento aos professores e os mesmos respondiam imediatamente e o devolviam para a compilação dos dados. Todos os professores que receberam o referido questionário responderam e o devolveram imediatamente, pois, tiveram em média vinte minutos para fazê-lo após orientação dada pelo pesquisador. Para técnica de analise dos dados obtidos, optou-se através das orientações de Bardin (1994, apud Gil , 1999, p.95) que a organiza em três fases: “a pré-análise; a exploração do material; o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação”. A pré-análise objetiva a sistematização e o desenvolvimento da temática, desde a seleção da literatura para o referencial teórico, as informações obtidas até a composição dos dados sobre os quais se pretende conceituar. A exploração e a organização implicam a administração dos referenciais e das informações selecionadas à temática com vistas à análise que, gradativamente, perfaz a significação do objeto pesquisado. De acordo com Mertens (2005, apud Hernandez Sampieri, 2010, p.33), tais instrumentos permitem “uma análise do conteúdo através de categorias pré-estabelecidas contrastando os resultados com a teoria e as hipóteses”. Para mensurar os resultados utilizamos como técnica a enquete, e os instrumentos o questionário e os resultados foram analisados através de gráficos.


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5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Os caminhos a trilhar em um estudo investigativo podem ser diversos, visto que as opções teóricas que fazemos e os conceitos com os quais trabalhamos vão sendo balizados e arquitetados na própria história de interação com o método científico. Porém, estas escolhas teóricas não são feitas de forma arbitrária, pois são elas que orientam as possibilidades metodológicas do estudo. Neste capítulo apresentaremos o resultado e a interpretação da pesquisa Inclusão digital: Uso do Software Hágaquê e sua influência na Metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio- Recife-Pernambuco. Utilizou-se como instrumento de estudo: o questionário que foi aplicado aos professores objetivando colher indicadores que permitissem traçar um perfil identitário dos sujeitos pesquisados, (Santos, 2006), bem como configurar o contexto em que emergem os significados, as crenças e os valores elaborados por eles, que serviram para instrumentalizar suas concepções referente à temática estudada, bem como coletamos dados e informações sobre o uso do software educativo e importância metodológica, pedagógica e tecnológica no âmbito da Educação Infantil. As análises obedecerão aos padrões cientifico, de forma coerente e interpretada tendo como marco de referência os objetivos desta pesquisa, sendo representados quantitativamente por meio de gráficos, pois desta forma, se tem uma melhor visualização e leal do cumprimento das respostas do questionário proposto neste trabalho investigativo. Para Best (1972), a análise dos resultados, ‘‘representa a aplicação da lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação’’. A importância dos dados está não em si mesmo, mas em proporcionarem respostas as investigações (Best, 1972, p.52 Apud Lakatos e Marconi, 2007, p.169). 5.1. Análise e Discussão dos Resultados da Investigação Este procedimento de análise e discussão terá como elo com cada critério que foi exposto neste trabalho investigativo, assim, sendo, sedimentará ou refutará a nossa hipótese abalizada na introdução desta pesquisa.


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A pesquisa iniciou buscando levantar dados pedagógicos e metodológicos dos docentes que atuam na Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antonio, tivemos como atores que participaram da pesquisado cerca de 22 (vinte e dois) professores. A utilização do Software Educacional na Educação infantil tem permitido a criação de várias oportunidades de ensino, deve-se reconhecer que atualmente as metodologias do ensino mudaram sua forma linear de construções de saberes, emergindo para construir outra configuração educacional que integre os novos espaços de conhecimento em uma proposta de renovação da escola. Portanto, para atingir esses novos espaços de aprendizagem, introduziram-se na escola, novos ambientes de aprendizagem a partir do uso de tecnologias digitais, cuja novidade consiste em uma concepção de educação segundo a qual deve concentra-se em promover o desenvolvimento das competências necessárias para o aprendizado permanente. Do ponto de vista metodológico, essa nova configuração do conhecimento não pode estar centralizado no professor nem no espaço físico e nem no tempo escolar, porém, deve ser visto como um processo em permanente transição, progressivamente construído. Com base neste contexto, os professores são indagados com a seguinte pergunta: A utilização do Software Educacional Hágaquê atende metodologicamente a Educação Infantil? As respostas serão aferidas conforme o gráfico n° 1 (um) Sendo que o citado questionamento basear-se-á no primeiro objetivo especifico. Gráfico

-

1

A

utilização

do

metodologicamente a Educação Infantil?

Fonte: Questionário do docente

Software

Educacional

Hágaquê

atende


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Avaliando o gráfico acima, percebem-se que 50% dos professores afirmaram que a utilização do Software Educacional atende totalmente a Educação infantil, 30% responderam que atendem parcialmente e que 20% não atende. Compreender-se que as opiniões dos entrevistados ficaram divididas, talvez, alguns fatores externos podem ter contribuído para que os professores não fossem unânimes em responder que o software atende metodologicamente à educação infantil. Naturalmente, que a tecnologia só por si não basta, precisa-se emergir uma nova pedagogia inovadora, assentada na suscetibilidade das instituições escolares e educadores propensos a didáticas renovadas. Os movimentos da sociedade da informação em favor das “inovações tecnológicas” apontam para a necessidade das instituições educacionais acompanharem os movimentos de mudança que estão conformando esta sociedade, sob pena de se tornarem obsoletas (Pinto, 1996; Levy, 1999, Franco e Sampaio, 2004). Em função desta verificação, para Piaget, o conhecimento não é transmitido. Ele é construído progressivamente por meio de ações e coordenações de ações, que são interiorizadas e se transformam. “A inteligência surge de um processo evolutivo no qual muitos fatores devem ter tempo para encontrar seu equilíbrio” (Piaget, 1972, p.14). Atualmente, ainda é notória a dificuldade que muitos professores têm em apostar em modificações na sua metodologia de ensino, continua utilizando-se ainda de aulas ditas tradicionais. E as novas tecnologias vêm para demudar uma aula predominante expositiva em interativa. Em relação ao segundo questionamento, indagar-se ao professor: Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê na Educação infantil? Tal questionamento fundamenta-se no primeiro objetivo especifico. As respostas dos pesquisados estão expressas, conforme o gráfico a seguir:


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Gráfico - 2 Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê na Educação Infantil

Fonte: Questionário do docente Analisando o gráfico, entende-se que 75% dos professores questionados afirmaram que seu uso pedagógico é muito bom, 25% responderam que é bom 0% responderam que era ruim e 0% muito ruim. Logo, pode-se afirmar que os professores aprovam o uso do software educacional como um recurso pedagógico a mais na escola, porém, deve-se salientar que o objetivo do software educacional consiste em complementar os componentes curriculares. Podemos destacar que o professor ao avaliar o software não pode jamais se deixar induzir pelo seu domínio de encantamento, pois o fato de aditar sons, textos, imagens e animações bem como fazer interligação de dados em séries não lineares (multimídia, hipermídia e hipertexto) não quer proferir que ele proporciona um enfoque educacional novo e muito menos a tão aspirada qualidade pedagógica. Alguns programas mostram-se criativos, visualmente agradáveis e bonitos e, no entanto, permanecem configurando como um protótipo educacional instrucionista, conservador, sem conjeturar sobre a importância de uma nova prática pedagógica utilizando para isso uma nova ferramenta de trabalho. Os professores da Educação


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Infantil necessitam ter clareza que por trás de um software educativo está marchetado um modelo de educação. E que pelo fato dele esta fazendo uso da mídia digital em sua prática pedagógica não quer dizer que ele estar sendo um professor inovador. É o que ratifica as discussões de Valente (1998) e Campos (2007). Porém, que fique claro que pelo fato do professor lançar mão do software educativo, isto não quer dizer que o mesmo não irá utilizar mais o quadro, o giz, os livros, mapas, documentos etc., mas acredita-se que os softwares educativos estão mais adaptados ao mundo atual. Para que se tenham bons resultados pedagogicamente, deve-se lançar mão de bons softwares, principalmente aqueles que trabalham com as representações virtuais de forma coerente. Transmite entusiasmo, sentimento de exaltação e tensão ao usuário e despertam envolvimento emocional. Contribuindo desta forma, para a formação da criança fazendo com que haja respeito mútuo, obediência às regras, responsabilidade, iniciativa grupal e individual, consequentemente a criança aprende a agir, adquirindo mais iniciativa e autoconfiança (Campos, 2007). Gráfico – 3 O Software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da Educação Infantil

Fonte: Questionário do docente


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No que se refere ao terceiro questionamento, investigar-se do professor a seguinte indagação: O software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da educação infantil? O questionamento mencionar-se ao primeiro objetivo especifico sendo abalizado através do gráfico. Quando solicitados a responderem o questionário, observou-se que 75% dos professores pesquisados afirmaram sim, 25% firmaram que em parte, já 0% por não. Entendemos que, nesse questionamento foi quase a totalidade dos professores afirmando que o uso do software pode ser utilizado de forma multidisciplinar. Percebe-se, entretanto que a adequação da multidisciplinaridade em relação aos aspectos pedagógicos é uma prática que se faz pouco compreendida, na percepção dos professores, pois partindo desse preâmbulo, a multidisciplinaridade, caracteriza por uma ação simultânea envolvendo diferentes disciplinas em torno de um tema comum, nesse caso, os conhecimentos disciplinares estão no mesmo nível hierárquico e se apresentam de forma estanques, não existe nenhuma relação e cooperação entre eles. Quando foi referida neste questionamento, percebeu-se que os professores utilizam de forma estanques, desvinculado de sua real nomenclatura. Fica evidente assim, que dentro do corrente sócio- interacionista, o conhecimento não está no sujeito cognoscitivo e muito menos no objeto, e sim na interação entre ambos. Rego (1995) vem confirmar que tanto Piaget como Vygostsky privilegiam a interação, sendo ela muito mais que uma ação, ou seja, trata-se de um processo bidirecional de produção e interferência de mudanças recíprocas. Em se tratando do sistema educacional, a organização dos conhecimentos escolares ainda funciona no sistema multidisciplinar. Só na década de 90 que se começou a discutir a interdisciplinaridade no âmbito da prática escolar, que potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento , assim como a integração de varias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Por esta razão é que a interdisciplinaridade deveria sobrepor à multidisciplinaridade no ambiente educacional.


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Gráfico – 4 O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula da Educação Infantil

Fonte: Questionário do docente Em relação ao quarto questionamento, indagar-se do docente a seguinte pergunta: O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensinoaprendizagem em sala de aula da educação infantil? Esta pergunta refere-se ao primeiro objetivo especifico, no qual esta sendo aferindo através do gráfico acima. Avaliando o gráfico, entender-se que 85% dos professores, responderam que sim, 15% afirmaram em parte e 0% não. Diante deste cenário, os docentes tiveram uma totalidade ao afirmarem que o software Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula. Corroborando esta visão, que com este percentual de aprovação os professores estão preparados em aplicar pedagogicamente as metodologias do de ensino aprendizagem frente às novas tecnologias, incorporando desta forma novo paradigma educacional. É o que Valente (1998) e Ramos (1999) fazem referência. No entanto, percebe-se em muitos que trabalham com Educação o esforço e o desejo de mudanças no sistema de ensino-aprendizagem. Acredita-se que a utilização do software educacional possa contribuir para esse fim. Acredita-se mesmo que ele possa provocar essa necessidade de mudanças em determinados casos: quando a postura de


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simplesmente informar perde o sentido diante das informações disponíveis nos diferentes meios de comunicação da atualidade; quando a adoção de livros para o cumprimento do currículo deixa a desejar na preparação do cidadão do amanhã, imerso numa sociedade tecnologicamente avançada e pluralista em termos culturais; quando o espaço limitado da sala de aula asfixia a visão de mundo e o contato com os demais integrantes do planeta; quando torna-se vital o desabrochar de novas ideias; quando o aprendizado passa de unilateral (professor ensina ao aluno) a bilateral (ambos aprendem, um com o outro) e mesmo plurilateral (todos aprendem com todos). Tudo isso conduz para um novo reenpensar nesta nova ferramenta que esta sendo agregada na nova concepção do uso da mídia como um fomentador do ensino e aprendizagem para educação infantil. Gráfico - 5 O uso do software está adequado para integrar o material didático de Ensino de educação infantil

Fonte: Questionário do docente No que diz respeito ao quinto questionamento, indagar-se do docente a seguinte pergunta: O uso do Software Educacional Hágaquê está adequado para integrar o material Didático da educação infantil? Esta pergunta refere-se ao primeiro objetivo especifico. Em relação ao gráfico 5 (cinco), quando solicitados a responderem a referida questão, observou-se que 80% dos profissionais afirmaram que sim está adequado, 15% afirmaram em parte e 5% não está adequado.


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Diante do exposto, observamos que pelas respostas dadas pelos docentes, intuir-se que o uso do software educacional esta adequado para integrar o material didático da educação infantil. Observamos que, houve um elo de coesão entre o questionamento 4 (quatro) e o 5 (cinco) com as respostas dos professores. De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino fundamental e médio, presentes na LDB, “a organização curricular será orientada pelos valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática, bem como aos que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca”. No sentido de atingir os preceitos acima, propõe-se que os currículos sejam coerentes com princípios estéticos, políticos e éticos, que incluam “uma Estética da Sensibilidade, uma Política da Igualdade e uma Ética da Identidade” [CNE 98]. Com a abertura e a flexibilidade da nova proposta referente à questão curricular, em que não existe mais o currículo mínimo, mas sim diretrizes curriculares relacionadas a valores desejáveis para a formação do aluno, cresce a possibilidade de utilização do software como instrumento de apoio ao desenvolvimento de projetos pedagógicos interdisciplinares. Grafico – 6 A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil

Fonte: Questionário do docente


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No que diz respeito ao 6 (sexto) questionamento, levantou-se a seguinte indagação A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil? Este questionamento está referido-se ao segundo objetivo especifico, o qual será analisado através do gráfico. Ficou evidente no gráfico, que 90% dos educadores afirmaram que a proposta de formação quanto ao uso do Software educacional não contempla a educação infantil, já 10% afirmaram que contempla totalmente e 0% que contempla parcialmente. Com base nestes dados podemos perceber , que a proposta de formação de docentes precisa ter uma releitura e uma nova interpretação sobre os aspectos do procedimento pedagógico e metodológico por parte das Instituições que formentam estas formações. Ampliando o foco percebe-se que os educadores buscam mais ferramentas e que sua formação não se constrói no vazio, mas se traduz na construção de saberes e implica na troca de experiências, interações e aprendizagens, numa demonstração de que a prática de cada um é a soma do cruzamento de diversas vivências. Gráfico – 7 Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola

Fonte: Questionário do docente


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Analisando o 7 (sétimo ) questionamento, pergunta-se : Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola? A pergunta investigativa está relacionada com o segundo objetivo especifico, e será mensurada os resultados através do gráfico acima. Diante do cenário exposto, percebemos que 50% dos professores responderam que não foram intrumentalizados e 15% que desconhece esta instrumentalização e que 35% afirmaram que sim, foram instrumentalizados. Percebe-se através das respostas dadas dos docentes, que os educadores não foram instrumentalizados para utilizarem o software educacional, vislumbrando estes resultados, recorremos a Valente (1993, p.115) considera que o conhecimento necessário para que o professor essa posição “ não é adquirido através do treinamento. É necessário um processo de formação” permanente, dinâmico e integrador, que se fará através da prática da reflexão sobre essa prática- da qual se extrai o substrato para a busca da teoria que revela a razão de ser a prática. Porém, é importante destacar que não se trata de uma formação apenas na dimensão pedagógica nem de uma acumulação de teórias e técnicas. Trata-se de uma formação que articula a prática, a reflexão. A investigação e os conhecimentos teóricos requeridos para promover uma transformação na ação pedagógica do professor. Assim, em nossa análise dos dados, sobre o questionamento que foi aferido aos docentos sobre a intrumentalização da proposta de inclusão do software educacional na escola, que o professor necessita de uma formação que contemple aspectos cognitivos e habilidades, atitudes e valores que possam contribuir para a construção da sua práxis, possibilitando-lhe “[...] estabelecer uma sintonia entre o capital de saberes adquiridos nessa formação e a realidade em que vai desenvolver sua prática” (Santos, 2006, p. 58).


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Gráfico - 8 Independente da solicitação por parate dos docentes, a instituição procura discutir a proposta de formação do uso do software Educacional Hágaquê

Fonte: Questionário do docente Com relação à questão 8 (oito), o questionamento fundamenta-se no segundo objetivo especifico e indaga-se aos docente a seguinte proposição: Independente da solicitação por parate dos docentes, a instituição procura discutir a proposta de formação do uso do Software Educacional Hágaquê? Para a maioria dos docentes, 90% as vezes a instituição procura discutir a proposta de formação, já 10% responderam que nunca e que 0% sempre procuram discutir. Vislumbrando esta mensuração do resultado obtido, percebemos a unanimidade dos docentes em emergir que a escola não discute a proposta de formação do uso do software educacional. Entendemos que a escola Santo Antonio necessita-se rever seus paradigmas no que se concerne ao seu papel de formentadora do processo de ensino. Aproveitando o espaço para fazer também alguma reflexão sobre o questionamento acima, discursamos que o dialogo entre instituição e educadores provoca uma reflexão sobre as práticas pedagógicas, desse modo, quanto mais oportunidades houver de se tomarem decisões com a participação de todos os tipos de atores envolvidos, maior a possibilidade de se construirem acordos em torno do que vai ser ensinado.


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Gráfico – 9 A proposta de formação de docente para o uso do software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil

Fonte: Questionário do docente Considerando o 9 (nono) questionamento, foi perguntado aos professores, se a proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil. A intenção da pergunta era instigar para o pensamento e reflexão quanto a importância da formação do professor e se o uso dessa formação contempla a educação infantil. A pergunta investigativa está relacionada com o segundo objetivo especifico, e os resultados serão abalizados através do gráfico acima. Analisando as respostas dos educadores envolvidos, percebe-se que 90% afirmaram que a proposta de formação dos docentes quanto ao uso do software educacional contempla parcialmente sendo que 10% não contempla e 0% contempla parcialmente. Sob essa ótica, tornar-se importante refletir que tipo de educação que sendo articulada dentro da Instituição, pois os dados nos mostram que a proposta de formação dos professores para o uso do software educacional está atendendo parcialmente a educação infantil, issto é um dado preocupante diante da base curricular que a instituição oferece, foi também percebido que no gráfico 8 (oito) a deficiência é consiste e faz uma interligação com o gráfico 9 (nove). Ressalte-se a necesidade de ampliar a contenda sobre a temática da proposta de formação dos professores porque esses eixos ou essas linhas temáticas não podem ser esquemas fechados, impostos de


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cima para baixo, mas deverão ser objetos de ampla discussão na instituição de ensino as quais refletirão, à luz dos enfoques teórico-metodológicos que deverão ser desenvolvidos, evitando a dispersão conceitual e a fragmentação do conteúdo na educação infantil. A preocupação com a introdução ou o reforço das novas tecnologias no sistema educacional também está expressa em diversos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96 [LDB 96], quando se refere à Educação relacionada ao uso tecnológico em todos os níveis e modalidades de ensino. Pode-se ainda observar que as medidas de políticas do MEC para essa área, bem como a nova legislação federal, têm um ponto em comum: pressupõem a existência de profissionais de Educação capazes de dar conta das responsabilidades concernentes à introdução de novas tecnologias no cotidiano escolar. Essa preocupação com a formação dos docentes está presente tanto na Lei nº 9.394/96 que estabelece, em seu art. 87, § 3º, III, a efetivação de “programas de capacitação para todos os professores em exercício”. Nesse contexto, No que diz respeito aos conteúdos, além da necessidade de discutir e compreender melhor a própria área e o papel da Educação e das novas tecnologias na sociedade contemporânea é importante propiciar a reflexão sobre as ”características e implicações da crise dos paradigmas no campo da Educação e na construção do conhecimento” [Brandão, 1994]. Em se tratando de Educação, exige uma reflexão profunda. Não se trata de escolher o software a ser utilizado na escola por puro modismo, ou seja, porque muitos o estão usando. Precisa-se repensar o seu uso na educação infantil, de acordo com os dados colhidos no questionário, não está atendendo na sua plenitude. Inicialmente, sugere-se que a escola Santo Antônio reflita sobre o conceito, o significado do adjetivo “educativo” ou “educacional” aplicado ao software dentro da educação infantil.


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Gráfico – 10 Qual a frequênia que as formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil

Fonte: Questionário do docente Quanto a 10 (décima) questão, a mesma fundamenta-se com o segundo objetivo especifico. Considerando as resposta dos docentes sobre

qual a frequênia que as

formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil, os atores questionados responderam que 80% que as formaçoes deveriam ser feitas uma vez por semana, já 15% nunca e 5% uma vez por mês. Refletindo sobre análise dos docentes quanto a necessidade das formações continuadas uma vez por semana, entender-se que a a as respostas enfatizam a necessidades das formações contínuadas escola deveria viabilizar a formação do uso do software educacional, de forma que tenha um sentido de aprender a aprender, integrar o sujeito

aos

meios

tecnologicos

visando

sua

formação,

conhecimento

e

consequentemente a inclusão digital no contexto escolar. E para Perrenoud (1997, p. 149) o professor precisa de uma sólida formação teórica que adquire na sua formação contínua. Que o acompanhará por toda a carreira, porém deve ser articulada à prática profissional, ajudando o professor a dar sentido a sua atuação e formular hipóteses interpretativas e abrindo-lhe os olhos para os fenômenos que ocorrem diariamente no contexto de sua sala de aula.


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Nesta perspectiva, o pensar pedagógico nos remete a pensar em uma nova formação e uma nova postura do professor em relaçao a sua ação pedagogica e metodologica para se estabelecer os saberes.A dcotomia entre a formação e atuação do docente é algo que vem sendo apontado por diversos estudiosos que foram mencionados aqui neste trabalho investigativo, entre eles Nóvoa (1995 e 1997), Perrenoud (1997). Gráfico - 11 A escola dispõem de recursos tecnólogico para o uso do software Educacional Hágaquê

Fonte: Questionário do docente Em relação à questão 11 (onze) , quando perguntado se a escola dispõem de recursos tecnnólogico para o uso do software educacional Hágaquê, os professores responderam conforme o gráfico acima. Sendo que a referida pergunta fundamenta-se no terceiro objetivo específico. Quando solicitados a responderem a referida questão, observou-se que 80% dos professores pesquisados afirmaram que sim, a escola dispõem de recursos tecnológicos para o uso do software hágaquê, já 15% afirmaram que às vezes e 5% afirmaram que não. Portanto, na mensuração dos dados acima entende-se que a a maioria dos docentes afirmaram que a escola dispõem de recursos tecnológicos que atende ao uso do software educacional, porém é necessário ter em mente que a incorporação de recursos tecnológicos não pretende substistuir “as velhas” ou “convencionais”, que ainda são – e continuarão sendo- utilizadas. O que se busca, na verdade, é complementar ambos os tipos de tecnologias a fim de tornar mais eficazes os processos de ensino e


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aprendizagem. Não há um recurso que responda a todas as necessidades.Cada um tem caracteristicas específicas que deverão ser avaliadas pelos docentes na hora de selecionar os mais adequados para a consecução dos objetivos educacionais, de acordo com suas condições e necessidades. Gráfico - 12 Qual a frequência com que utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil

Fonte: Questionário do docente Em analogia à questão 12 (doze), o gráfico será analisado, sendo que, a mesma basear-se no terceiro objetivo especifico. Constatou-se que 65% dos educadores pesquisados utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil uma vez por semana, já 15% utilizam uma vez por mês, outros 20% afirmaram que sempre utiliza, ficando 0% que nunca utiliza. Para a maior parte dos professores pesquisados, é notório que os recursos tecnológicos estão na escola e os docentes os utiliza. Uma análise mais contundente dos gráficos 7 (sete) e 12 ( doze) explicitam o descompasso e a dicotomia entre a formação e implementação da proposta do uso do software educacional na educação infantil do professor para o uso das tecnologia.


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Gráfico – 13 A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o software Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil

Fonte: Questionário do docente Em relação à questão 13 (treze), o gráfico será avaliado, partindo do questionamento: A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o Software Educacional Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil ? tal questionamento faz menção ao terceiro objetivo especifico. Num universo de 21 professores questionados, 70% responderam que sim, escola está preparada com recursos tecnológicos para trabalhar com o software educacional hágaquê, porém 30% rebateram que às vezes está preparada, ficando 0% que não está preparada. Diante desse expressivo percentual de aprovação em que nomeiam que a escola esta preparada com recursos tecnológicos vislumbrou que a principio as tecnologias foram introduzidas nas atividades administrativas para agilizar o trabalho da secretaria. Posteriormente, adentraram no ensino e na aprendizagem, sem uma real integração às atividades de sala de aula, sim, como uma atividade adicional e, com certa frequência, como aula de complementação ou, numa perspectiva mais inovadora, como projetos extraclasses desenvolvidos com a orientação de professores, de sala de aula e apoiados por professores coordenadores.


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Essa evolução levou a tomada de consciência da importância de incorporar as tecnologias à prática pedagógica e ao contexto de sala de aula. Ao atingir esse patamar, levou a escola a prover condições para o uso efetivo das tecnologias dentro do contexto escolar, permitindo, assim uma melhor interação pedagógica dos professores com o uso do software educacional. Gráfico – 14 O recurso tecnológico da escola atende quanto ao uso do software Hágaquê

Fonte: Questionário do docente Ao analisar a questão 14 (quatorze), o questionamento refere-se ao terceiro objetivo especifico, o qual será refletido no gráfico. Objetivando as respostas dos docentes, quando indagados, se os recursos tecnológicos da escola atende quanto recursos atende 90% só às vezes e que 10% que sim e os outros 0% que não. A importância da análise da incorporação das tecnologias na escola reside na explicitação da evolução das práticas e de seu momento atual, suas dificuldades e seus avanços; na verificação dos caminhos percorridos e a pecorrer na criação de comunidades de prendizagem; no emprego das tecnologias para a melhoria de qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Logo, percebe-se que a escola Santo Antônio possui avanços significativo o que concede aos recursos tecnológicos, porém segundo os educadores, estes recursos só


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atendem ás vezes. Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar no trabalho pedagógico com o aluno, seja em atividades de programação de rotinas e processos; de organização , registro ou manipulação de aplicativos como utilização de software, porém a escola precisa rever rever sua metodologia no concerde a usabilidade dos recursos tecnologicos vinculados ao software educacacional. Gráfico - 15 A escola disponibiliza recursos tecnologicos que ajudam a promover um ensino de qualidade na educação infantil

Fonte: Questionário do docente Em relação a questão 15 (quinze ), o gráfico fundamenta-se no terceiro objetivo especifico,

quando questionados, se a escola disponibiliza recursos tecnologicos que

ajudam a promover um ensino de qualidade na educação infantil, 50% dos docentes afirmaram que sim, já 25% que não e 25% que em parte. Por este viés, baseado nas proposicões dos docentes, entendemos que um percentual muito pequeno realçou que a escola precisa se adequar com os recursos tecnológicos que permeia a qualidade do ensino na educação infantil. Logo, a introdução da tecnologia na educação infantil deve integrar a realidade dos alunos, ele também é visto como um recurso interdisciplinar, onde o professor ao lançar mão dele estará inovando suas aulas, oportunizando aos alunos diversas atividades, bem como projetos educacionais, que expressa Lévy (1993), Mrech (2005).


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Porém, Fleischmann, 2004, em seus estudos faz um alerta quanto à integração da criança ao meio informatizado, principalmente sendo uma tarefa da educação infanti hoje. Não esuecendo é lógico, que no momento em que se cria através dos recursos tecnológicos, nesse momento há um redimensionamento de interação entre a criança e a máquina. Piaget (2007) e Vygostsky (1999) vão além quando fazem referência a interação social, sendo ela responsáveis pela as funçoões psicológicas superiores vinculada ao desenvolvimento\aprendizagem\ ensino. Interação esta que ocorre entre criançax criança x adulto, criança x máquina. Gráfico – 16 O software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica dentro da sala de aula

Fonte: Questionário do docente Avaliando a questão 16 (dezesseis), sua proposição refere-se ao quarto objetivo especifico, sendo referendado pelo gráfico acima. Perguntamos ao professor, se o software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica dentro da sala de aula, Foi observado que 60% dos professores explanaram que sim, 35% que às vezes e 5% que não. Diante desse cenário de exposição, ficou determinante que os educadores aprovam o uso do software educacional como propulsionador da instrumentalização da sua prática pedagógica.


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Gráfico – 17 No que diz respeito a sua prática pedagógica o software educacional atende as suas necessidades como professor de educação infantil

Fonte: Questionário do docente A utilização do software educacional no âmbito educacional no que se refere a educação infantil tem permitido a criação de várias oportunidades de aprendizagem, sendo que o professor é o articulador, e o mediador do ensino. A questão 17 (dezessete) aludir-se ao quarto objetivo especifico, sendo referendando pelo gráfico acima. Com base nas respostas, percebe-se que 50% dos professores asseveraram que no que diz respeito a sua prática pedagógica o software educacional atende as suas necessidades como professor de educação infantil e 20% que não, e outros 30% atende parcialmente. Diante desse cenário de exposição, ficou determinante que os educadores aprovam o uso do software educacional como propulsionador da instrumentalização da sua prática pedagógica, porém reafirmam que o software educacional atendente parcialmente suas necessidades pedadógicas, como pode ser percebido nas respostas do questionamento dos docentes, reafirma-se a necessidade de que seja dada a importância devida à formação inicial dos professores quanto ao uso e aplicabilidade do software educacional no que concerne a educação infantil.


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Gráfico - 18 O uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica

Fonte: Questionário do docente Numa nova perspectiva educacional, na qual o software educacional é inserido como recurso pedagógico na educação infantil o educador assumi uma nova postura no processo de ensino-aprendizagem. A questão 18 (dezoito) faz referência ao quarto objetivo especifico, sendo expresso pelo gráfico acima. Logo, pode-se afirmar que de acordo com as respostas dos docentes, 60% afirmaram que sim o uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica e 25% que em parte, promove e 15% não promove. Contextualizando os resultados do gráfico acima, entendemos que os educadores asseguraram que o uso do software educacional promove subsídios para desenvolver sua prática pedagógica integrando a tecnológia como instrumento pedagógico.


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Gráfico - 19 O software Educacional Hágaquê pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensinoaprendizagem

Fonte: Questionário do docente A concepção de conhecimento coerente com uma teoria em movimento é mesma da rede de teorias, ou seja, uma teia formada por nós e relações significativas em contínua transformação, atualização e evolução. A questão 19 (dezenove) faz alusão ao quarto objetivo especifico, sendo propagado pelo gráfico acima. Baseado nas informações colhidas dos professores 90% asseverou que o software Educacional Hágaquê às vezes pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensino-aprendizagem, ficando 10% com sim e 0% não. Entende-se, nessa ótica que a utilização do software no âmbito da educação infantil tem permitido inspiração de várias oportunidades de aprendizagem, o qual o educador é o articulador, e o mediador do processo- ensino aprendizagem.


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Gráfico - 20 Como você avalia sua prática pedagógica na Educação Infantil

Fonte: Questionário do docente As ponderações dos educadores acerca de sua prática pedagógica não podem voltarse para teorias geradas em outros ambientes; devem ser construídas por eles mesmos, à medida que refletem sobre sua prática e sobre condições contextuais que a permeiam. Diante desse panorama, a questão 20 (vinte) faz menção ao quarto objetivo especifico, sendo difundido pelo gráfico acima no qual será avaliado. Como pode ser visto, sob o olhar dos educadores 65% consideram que sua prática pedagógica na educação infantil é muito bom, sendo que 15% consideram bom e 10% muito ruim e 10¨% ruim. Entende-se nesse viés, que a relação entre teoria e prática é dialética. A teoria estrutura a prática, supera-a, aponta seus limites, revelando todo o movimento de transformação e de crescimento do sujeito. “A instância organizadora de uma explicação coerente realiza-se na teoria (...) a teoria legitima-se na prática, mas uma prática sem o constante aprofundamento teórico rapidamente perde a consistência” (Becker,1993, pp.139,147). Reafirmando as preposições de Becker, considera-se que as reflexões dos professores sobre sua prática não podem voltar-se para teoria gerada em outros ambientes; devem ser construídas por eles mesmos, à medida que refletem sobre sua prática e sobre as condições contextuais que a permeiam.


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Gráfico - 21 A Proposta Pedagogica é discutida com os Professores

Fonte: Questionário do docente A proposta pedagógica no âmbito educacional no que se refere a educação infantil tem permitido a criação de várias oportunidades de aprendizagem, sendo que o professor é o articulador, e o mediador do ensino. A questão 21 (vinte e um) aludir-se ao quarto objetivo especifico, sendo referendando pelo gráfico acima. Em relação à questão 21 (vinte e um) , quando perguntado se a proposta pedagogica é discutida com os Professores, as respontas segue conforme o gráfico acima. Sendo que a referida pergunta fundamenta-se ao quarto objetivo específico. De acordo com os professores 90% afirmaram que as vezes a proposta pedagogica é discutida e que 10% nunca discute e 0% sempre. Baseado neste percentual gritante em que a escola não procura discutir a proposta pedagogica com os professores, percebe-se a dualidade entre o discurso da escola e a pratica aplicado do professor.


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Gráfico – 22 A pratica Pedagogica do Professor está vinculada a metodologia da escola

Fonte: Questionário do docente As conceituações dos professores acerca de sua prática pedagógica não podem voltar-se para só para os referenciais teóricos. Precisa vincular-se também a realidade o qual esta inserida, tendo sim, o aporte teórico como base de sustentação. Devem ser construídas por eles mesmos, à medida que refletem sobre sua prática e sobre condições contextuais que a permeiam. Diante desse panorama, a questão 22 (vinte e dois ) faz menção ao quarto objetivo especifico, sendo difundido pelo gráfico acima no qual será avaliado. Compreende-se-, numa perspectiva ampla que a pratica no âmbito da educação pedagógica esteja vinculada a metodologia da escola. A concepção de educação é uma participativa é um processo novo dentro da escola e precisa ser discutida com os professores para dar um norteamento da sua pratica inserida com a metodologia. A questão (vinte e dois) faz alusão ao quarto objetivo especifico, sendo propagado pelo gráfico acima. Baseado nas informações colhidas dos professores 80% asseverou que a prática pedagógica sim esta vinculada a metodologia da escola e 15% às vezes e 5% que não.


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DISCUSSÃO FINAL Neste capitulo, apresentaremos interpretação dos dados obtidos através da aplicação dos questionários aos docentes da escola Estadual Santo Antônio. Além disso, os dados compilados são relacionados às citações dos teóricos do marco de referência e com os objetivos da pesquisa. Na visão histórica a Educação Infantil esteve ao encargo exclusivo da família durante séculos, porque era na convivência com os adultos e outras crianças que ela participava das tradições e aprendia as normas e regras da sua cultura. Na sociedade atual, a criança convive num ambiente de socialização, convivendo e aprendendo sobre sua cultura mediante diferentes interações com o meio que interagem. Para Best (1972), a análise dos resultados, “representa a aplicação da lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação”. A importância dos dados está não em si mesmo, mas em proporcionarem respostas às investigações (Best,1972, p.152 apud Lakatos e Marconi, 2007, p.169). Dessa maneira, o presente trabalho investigativo tem como objetivo traçar a trajetória histórica da educação infantil no Brasil, analisando, criticamente, os avanços e retrocessos dessa modalidade educacional e sinalizando para os desafios que se colocam na busca pela qualidade na organização do trabalho pedagógico. No Brasil desde a lei de Diretrizes e Bases (LDBEN\1996), o currículo da educação infantil está mais estruturado para uma educação mais pedagógica e menos cuidadora, porém a característica cuidadora continua, só com outro perfil, menos casuístico. Atualmente a criança inicia muito cedo sua escolarização, trazendo consigo uma bagagem cultural. A educação tem um compromisso com a transmissão do saber sistematizado, por um lado ela deve conduzir à formação do educando fazendo-o capaz de viver e conviver na sociedade, participar de sua vida na relação com o outro. Não podemos então separar tecnologia do homem tanto no sentido de possuir conhecimentos e saberes para produzila, mas saber como essa tecnologia vai e pode influir na sua subjetividade. O que dificulta ainda mais esse papel na educação é que este saber não mais existe de forma


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linear e hierárquica; ele se produz em redes de conhecimento que estão disponíveis dentro e fora da escola, onde sistematicamente ocorre a educação. Está subjacente à criação e a utilização da tecnologia um conjunto de conhecimentos, crenças, hábitos valores que se amálgama no interior do indivíduo construindo a sua própria subjetividade. Podemos acrescentar nesse contexto onde a tecnologia é produzida e consumida a questão cultural da aquisição da mesma e da complexidade da sua utilização. Contemplando esse cenário, procurou-se avaliar, neste trabalho investigativo, a Inclusão digital: Uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na Metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo AntônioRecife- Pernambuco. Contemplando a explanação acima, nesta seção todas as informações que serão comentadas foram obtidas a partir dos questionários aplicados aos educadores e os dados foram compilados através dos gráficos, o qual será analisado e interpretados de forma coerente e com rigor cientifico. Discorrendo sobre o objetivo geral: Analisar o uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco. Em resposta ao objetivo geral constatouse que os professores estão preocupados com a sua metodologia e como aplica-la para melhorar sua pratica pedagógica dentro da sala de aula, porém no trato escola e gestão precisa-se haver uma troca de conhecimentos, ficando bem delimitado nas resposta dos questionários, que os professores ainda estão presos aos paradigmas fixos da escola objetivando assim um clima de tensão entre os professores e a gestão no que se refere as proposta curriculares que se de certa maneira não atende na sua totalidade ao publico infantil. Discursando sobre o primeiro objetivo especifico, pretende Identificar se o uso do software Hágaquê contribui metodologicamente na Educação Infantil. Baseado no referencial teórico e análise de dados verificou-se que o uso do software educacional trouxe um grande benefício no referencial metodológico para os professores. Pois, as grandes partes dos educadores pesquisados afirmam que o uso desse software melhorou sua didática no sentido de ampliar seu domínio tecnológico usando o software como um instrumento mediador das relações professor x aluno. Dentro da concepção atual de uma


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metodologia mais próxima da realidade do educando, não se pode criar redes de conhecimentos, é absurda a ideia de elaborar planos que estipulem conteúdos hierarquicamente distribuídos e definam pré-requisitos ou fixem percursos para a construção do conhecimento durante determinado período. Observou-se que setenta e cinco por cento dos professores afirmaram que o software educacional hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula e vinte e cinco por cento afirmaram que em parte e os outros zero por cento não, diante desse dados, podemos esboçar que o software educacional é um instrumento de grande valia metodologicamente para que o educador se aproprie desse recurso intercalando no seu planejamento de forma multidisciplinar. Em analogia ao segundo objetivo especifico que é Identificar se aos docentes é oferecido curso de formação pela instituição mantenedora da escola para o uso pedagógico do software Hágaquê. Com base nas informações da pesquisa, conclui-se que a instituição escolar precisa repensar seu curso de formação para o uso pedagógico do software, pois, de acordo com os dados estatísticos os docentes clamaram por serem instrumentalizados no sentido de como usar o software num ambiente escolar. Desse modo, permite-nos emitir um parecer desfavorável, pois, diante dos dados, este segundo objetivo especifico não foi alcançado sua meta. O docente ao ser pesquisado, ficou evidente que noventa por cento dos educadores afirmaram que a proposta de formação quanto ao uso do software educacional não contempla a educação infantil, e dez por cento afirmaram que contempla e zero por cento que contempla parcialmente, com base nesses dados pode-se afirmar que a instituição precisa rever seus conceitos sobre os cursos de formação continuada, pois ampliando o foco, percebe-se que os professores almejam essa instrumentalização, porém precisam buscar o foco de formação dentro da sua própria instituição, que é nela aonde trocam construção de saberes, experiências e fomentação de aprendizagem. Em relação ao terceiro objetivo especifico que é, Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do software educacional hágaquê na escola. Logo, com base nos dados da investigação, é possível finalizar, que escola possui recursos tecnológicos que dão suporte ao uso do software educacional. Com a utilização dos recursos tecnológicos é possível realizar variadas ações, como se comunicar, fazer pesquisas, redigir textos, criar desenhos, efetuar cálculos e simular fenômenos. As


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utilidades e os benefícios dos recursos tecnológicos representam um aliado do professor no processo de ensino-aprendizagem. Constatou-se que sessenta e cinco por cento dos educadores utilizam os recursos tecnológicos nas aulas uma vez por semana, quinze por cento utilizam uma vez por mês, outros vinte por cento afirmaram que nunca utilizam. Percebe-se que os educadores tem essa percepção de unir as mídias escritas com a tecnológica, isto é um ganho real para os alunos, pois diante dessa expressividade de dados positivos quanto ao uso dos recursos tecnológicos da escola, os educadores fazem uma interligação com os processos de ensino aprendizagem, incorporando dentro do contexto escolar. E finalizando com o quarto objetivo específico, o qual se relaciona em Detectar se os professores percebem eficiência na aplicação do software hágaquê na sua prática pedagógica. Portanto, é possível concluir, com base nos dados estatísticos da pesquisa, que os educadores percebem que sua prática pedagógica teve uma melhora substancial com o uso do software educacional. Diante do exposto, conclui-se que o objetivo específico foi alcançado. Portanto, chegam-se à conclusão baseando-se nos dados estatístico que sessenta por cento dos professores afirmaram que sim o uso do software educacional hágaquê promove subsídios para que o professor desenvolva sua capacidade de analise, interpretação e reflexão de sua pratica pedagógica e vinte e cinco por cento que em parte promove e quinze por cento não promove. Diante desse cenário entende-se que os educadores percebem que o software hágaquê promove subsídios para melhorar sua pratica pedagógica dentro de uma concepção construtivista intercalando seus saberes com a tecnologia fazendo dessa um instrumento dialético em que as ciências se interpolem dentro de uma nova perspectiva educacional inserida como recurso na educação infantil, fazendo com este educador transcenda espaços colônias da educação para uma nova educação progressista neste mundo atual conectado com as mídias da tecnológica dentro da nova postura no processo ensinoaprendizagem. O problema da pesquisa levantado foi: Qual a influencia do Software Educacional Hágaquê influência na metodologia dos Professores da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife–Pernambuco?


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A inquietação dessa pesquisadora sobre o tema tecnologia transcende a um universo maior, ao perceber durante varias formações com educadores a necessidade desses professores a utilizar as mídias tecnológicas e o fato que estes educadores sentiam-se como imigrantes digitais e seus alunos como nativos digitais, floresceu o espirito investigativo de abordar este tema, pois atualmente as escolas da Rede Pública do Estado de Pernambuco estão sendo equipadas com tecnologias de ponta, tanto para o professor como para o aluno, desse florescer tecnológico dentro da escola, pergunta-se se o professor este realmente instrumentalizado a se apropriar dessa revolução tecnologia que invadiu a escola com os equipamentos e os softwares educacionais para serem utilizados como ferramenta pedagógica. Diante dessas inquietudes, busquei investigar se este software educacional hágaquê influencia na metodologia desse professor que esta emergindo na era digital, diante de todo o estudo e embasamento teórico e dados compilados neste trabalho investigativo, pode-se afirmar que o problema em questão obteve parecer favorável, pois de acordo com os professores o Software Educacional contribuiu para uma reestruturação metodológica e pedagógica do ensino da educação infantil propiciando uma releitura da prática pedagógica desse educador. Neste trabalho investigativo apresentou a seguinte hipótese: O Software Educacional Hágaquê melhora a Metodologia e a prática pedagógica do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio-Recife-PernambucoPernambuco. A inclusão da tecnologia na educação tem dimensões profundas. Não se pode simplesmente informatizar a escolar por modismo utilizando tecnologias de ultima geração, se esta tecnologia não estiver dentro do contexto do projeto pedagógico e substancialmente pautado da visão metodologia de como a escola ira trabalhar essas mídias e de que como elas irão contribuir para o ensino-aprendizagem. Dessa forma, entende-se a utilização das mídias digitais pelos professores, como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem, pode servir de inovação pedagógica. Mas, para que isso aconteça, é fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as possibilidades do recurso tecnológico, para poder utilizá-lo como instrumento de aprendizagem. Pois as novas tecnologias vislumbram uma novas formas de aprender, novas competências são exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico são


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necessárias e fundamentalmente, é necessário formar continuamente o novo professor para atuar. Nessa perspectiva, o pensar pedagógico, remete-se a um novo olhar sobre a formação do professor estabelecendo novos saberes e a dicotomia entre a formação e sua atuação, vem sendo discutidas amplamente nos centros acadêmicos. Partindo-se dos percentuais dos dados expostos, podemos afirmar que a hipótese confirmou-se: O software Educacional hágaquê melhora a metodologia e a pratica do professor Educação infantil da escola Estadual Santo Antônio- Recife- Pernambuco. Pois, o desempenho do professor em sua metodologia e na sua pratica pedagógica tiveram um ganho substancial, no sentido da aprendizagem dos seus alunos na sala de aula e os professores tiveram outra silhueta no que se refere aos métodos tradicionais de ensino, tomando por parâmetros os novos desafios que enfrentaram a lidar com a tecnologia, pois, os professores são vistos como imigrantes tecnológicos. Desta forma, reafirma-se, a referida hipótese, haja vista que nos objetivos específicos tivemos um percentual elevado nas metas a qual se pretendia alcançar. Este trabalho abrirá portas para futuras investigações e para o desenvolvimento de novas técnicas no âmbito da sociedade cientifica, espera-se que o estudo das tecnologias inserida no contexto escolar, abra um leque de discursão do repensar metodológico e fazer pedagógico inserido no contexto escolar com os novos recursos midiáticos em que a escola esta sendo impulsionada nesta era digitalizada. Os recursos tecnológicos vieram para enriquecer a educação e não para sobrepor, precisamos de profissionais capazes de manusear as novas tecnologias para serem uteis no desenvolvimento humano.


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RECOMENDAÇÕES Esperar-se que a concretização deste trabalho signifique uma referência para o desenvolvimento de outras pesquisas no que se concerne na implementação das novas tecnologias voltada para o uso de software educacional no bojo da Escola Pública incorporando-as aos recursos Metodológicos que propiciam a aprendizagem. A Educação Infantil deve ser entendida num sentido amplo, pois na esfera global envolve todas as modalidades educativas e herança culturais vividas pelas crianças no âmbito familiar e na comunidade, antes mesmo de atingirem a idade da escolaridade obrigatória. A progressiva e assustadora evolução da era digital passa a exigir mudanças significativas nas escolas e consequentemente às discussões ficam mais profícuas de como empregar estas tecnologias nos processos educativos e na formação do professor. Portanto, a tecnologia só por si não basta, precisa-se emergir uma nova pedagogia inovadora, assentada na susceptibilidade de educadores propensos a didáticas renovadas, nesse entendimento de renovação da prática pedagógica e de novas metodologias fica inconcebível uma atuação docente com boa qualidade se o educador não caminhar em direção ao desenvolvimento reconhecendo a necessidade de se colocar dentro do seu tempo, e construir seu conhecimento e saber empregar numa realidade pedagógica. Diante do exposto, recomenda-se que a Instituição mantenedora, que no caso é a Secretaria de Educação de Pernambuco (S.E), amplie o processo de capacitação dos professores com a finalidade de englobar conhecimentos básico de informática, usando como ponte de apoio os NTE’s, sendo assim, o educador será capaz de incorporar a informática como recurso pedagógico, planejando com segurança aulas mais criativas e dinâmicas, em que haja integração da tecnologia com a proposta de ensino. Além disso, poderá utilizar os recursos do computador como apoio na elaboração de aulas usando o Software Educacional como recurso no processo ensino aprendizagem do aluno. Recomenda-se também que a escola estadual Santo Antônio, fomente junto com os educadores formações continuada, realizações de reuniões periódicas e a utilização de outros canais diários de comunicação com o propósito de discutir as proposta pedagógica, pois a troca de experiências e de informações entre educadores envolvidos no processo educacional é importante na busca de melhorias e de soluções para os


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problemas enfrentados no ambiente da escola, bem como no planejamento das atividades a serem desenvolvidas e na definição dos objetivos a serem alcançados. Para isso, necessita-se que a escola promova a revisão das teorias de aprendizagem, didáticas e projetos multi, inter e transdisciplinares e gerenciamento de sala de aula com os novos recursos tecnológicos que envolvem o uso do software educacional hágaquê.


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APÊNDICE


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SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA A PESQUISA Ofício 001\2013 Recife, 02 de fevereiro de 2013.

Estimados Sres: Soy Antonio Hernández Fernández, profesor de la Universidad de Jaén (España), del Departamento de Pedagogía y perteneciente al Área de Didáctica y Organización Escolar. Soy el Orientador y tutor de la alumna Dª Valéria Maria Tavares que realiza el curso de postgrado: Maestría de Ciencias de la Educación, en la Universidad Autónoma de Asunción (Paraguay). Dª Valéria Maria Tavares está realizando una investigación que esperamos culmine en la lectura de su Tesis Doctoral, para completar su investigación necesitaría realizar algunas encuestas en su centro, por lo que solicitamos su autorización, queremos aclarar que en todo momento se mantendrán la confidencialidad de los datos y el anonimato de los mismos. Agradeciéndole su interés, le saluda atentamente:


Inclusão Digital: uso do Software... 101

SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS Oficio 002\2013 Recife, 20 de março de 2013. Senhora, Gestora da Escola Estadual Santo Antônio,

A dissertação de Educação da faculdade de ciências Humanas e Educação, da Universidade Autônoma de Assunção, intitulada Inclusão Digital: Uso do Software Educacional Hágaquê e sua influência na metodologia do Professor da Educação Infantil da Escola Estadual Santo Antônio – Recife – Pernambuco, de minha autoria, contempla esta instituição de ensino. Além dos aspectos qualitativos de toda investigação científica, esta pesquisa apresenta cunho quantitativo e requer a coleta de informações. O objetivo do trabalho consiste na investigação da opinião dos docentes em relação ao uso do software Educacional hágaquê e sua influência na metodologia do Professor da educação Infantil. Para atingir os objetivos proposto, reponde às perguntas e testar ou refutar as hipótese apresentadas na dissertação, alguns questionários devem ser aplicados aos docentes. Após a aplicação dos questionários, os resultados serão tabulados e tratados estatisticamente. A análise e a interpretação qualitativa dos dados serão divulgados depois da defesa da dissertação e publicação da obra. Certo do aval de V. Sª, para a realização desta etapa do meu trabalho subscrevo-me apresentando protesto de estima e apreço. Atenciosamente Prof. Valéria Maria Tavares


Inclusão Digital: uso do Software... 102

Questionário de validação

Prezado (a) Professor (a),

Este formulário destina-se à validação do instrumento que será utilizado na coleta de dados da pesquisa de campo cujo tema é: INCLUSÃO DIGITAL: USO DO SOFTWARE

EDUCACIONAL

HAGAQUÉ

E

SUA

INFLUÊNCIA

NA

METODOLGIA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA ESTADUAL SANTO ANTONIO-RECIFE-PERNAMBICO. Para isso, solicito sua análise no sentido de verificar se há adequação entre as questões formuladas e os objetivos referentes a cada uma delas, além da clareza na construção dessas mesmas questões. Caso julgue necessário, fique à vontade para sugerir melhorias utilizando para isso o campo de observação. A numeração na coluna I corresponde ao número de questões e será utilizado para a aprovação de cada questão, o mesmo para a coluna II. As colunas com SIM e NÃO devem ser assinaladas com (X) se houver, ou não, coerência entre perguntas, opções de resposta e objetivos. No caso da questão ter suscitado dúvida assinale a coluna (?) descrevendo, se possível, as dúvidas que a questão gerou na observação. Sem mais para o momento antecipadamente agradeço por sua atenção e pela presteza em contribuir com o desenvolvimento da minha pesquisa.

Nome pesquisador: Valéria Maria Tavares


Inclusão Digital: uso do Software... 103

Questões Objetivos da Pesquisa

OBJETIVO DA QUESTÃO

Questionário do professor

Objetivo 1

Coerência

Sim

Não

Clareza

?

Sim

1- A utilização do Software Educacional Hágaquê atende metodologicamente a Educação Infantil? ( ) Atende totalmente, ( ) não atende

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

( ) atende parcialmente. 2- Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Identificar se uso do

Hágaquê na Educação Infantil

Software Educacional contribuí

( ) bom; ( ) muito bom; ( ) muito

metodologicamente na

ruim; ( ) ruim

Educação Infantil 3- O Software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da Educação Infantil ( ) sim; ( ) não ; ( ) em parte 4-. O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula da Educação Infantil ( )sim; ( ) não ; ( ) em parte 5- O uso do software está adequado para integrar o material didático de Ensino de educação infantil. ( ) sim, está adequado; ( ) não está adequado; ( ) em parte está adequado

Não

?


Inclusão Digital: uso do Software... 104

Objetivo 2

Questões

Sim

Não

?

Sim

6- A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil ( ) contempla totalmente; ( ) não

x

x

x

x

x

x

x

x

contempla; ( ) contempla parcialmente

7- Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola. ( ) não foram instrumentalizados; ( ) desconheço esta instrumentalização; ( Identificar se na escola

) sim foram instrumentalizados

é oferecido aos docentes cursos de

8- Independente da solicitação por

formação para o uso

parate dos docentes, a instituição

pedagógico do

procura discutir a proposta de

Software Educacional

formação do uso do software

Hágaquê

Educacional Hágaquê. ( ) sempre; ( ) às vezes ; ( ) nunca

9- A proposta de formação de docente para o uso do software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil. ( ) contempla totalmente; ( ) não contempla; ( ) contempla parcialmente

Não

?


Inclusão Digital: uso do Software... 105

10- Qual a frequencia que as formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil.

x

x

( ) uma vez por semana; ( ) uma vez por mês; ( ) nunca

Objetivo 3

Questões

Sim

Não

?

Sim

11- A escola dispõem de recursos tecnólogico para o uso do software Educacional Hágaquê.

x

x

x

x

x

x

x

x

( ) sim; ( ) não ; ( ) às vezes

12- Qual a frequência com que utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil Detectar se há

( ) sempre utilizo ; ( ) uma vez por

disponibilidade de

semana; ( ) uma vez por mês ; ( )

recursos tecnológicos

nunca utilizo

para o uso do software Educacional Hágaquê na escola.

13- A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o software Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil. ( ) sim, está prepara; ( ) às vezes está preparada; ( ) não está prepara 14- o recurso tecnológico da escola atende quanto ao uso do software Hágaquê

Não

?


Inclusão Digital: uso do Software... 106

( ) sim; ( ) não ; ( ) às vezes

15- A escola disponibiliza recursos tecnologicos que ajudam a promover um ensino de qualidade na educação infantil

x

x

( ) sim; ( ) não; ( ) em parte

Objetivo 4

Questões

Sim

Não

?

Sim

Não

16- O software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica Detectar se os

dentro da sala de aula.

professores percebem eficiência do uso do

x

x

x

x

( ) sim; ( ) não ; ( ) às vezes

Software educacional hágaquê na sua prática

17- No que diz respeito a sua prática

pedagógica no di-a-dia

pedagógica o software educacional

na sala de aula

atende as suas necessidades como professor de educação infantil. ( ) atende totalmente; ( ) não atende; ( ) atende parcialmente

18- O uso do software 18- O uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica ( ) sim, promove; ( ) não promove; ( ) em parte, promove

x

x

?


Inclusão Digital: uso do Software... 107

19- O software Educacional Hágaquê pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensino-aprendizagem

x

x

x

x

( ) sim; ( ) não ; ( ) às vezes

20- Como você avalia sua prática pedagógica na Educação Infantil ( ) bom; ( ) muito bom ( ) muito ruim; ( ) ruim

21- A proposta Pedagogica é discutida com os professores x

( ) sempre ( ) às vezes ( ) Nunca

x

22- A Prática Pedagógica está vinculada a metodologia da escola ( ) sim ( ) não ( ) às vezes

x

x


Inclus達o Digital: uso do Software... 108

ASSINATURAS DOS PROFESSORES BRASILEIROS


Inclus達o Digital: uso do Software... 109

ASSINATURAS DOS PROFESSORES ESTRANGEIROS


Inclusão Digital: uso do Software... 110

Questionário Aplicado aos Professores Prezado (a) Professor (a),

UNIVERSIDAD AUTONÓMA DE ASUNCIÓN DIRECCIÓN DE POSTGRADO FACULTAD DE CIENCIAS HUMANISTICAS Y DE LA COMUNICACIÓN Curso de Posgrado en Ciencias de la Educación SEGMENTO INVESTIGADO: DOCENTE Este questionário tem a finalidade de coletar dados para serem analisados e constituírem parte integrante de uma pesquisa científica, intitulada, INCLUSÃO DIGITAL: USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL HAGAQUÉ E SUA INFLUÊNCIA NA METODOLOGIA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA ESTADUAL SANTO ANTONIO - RECIFEPERNAMBUCO.

Esta pesquisa se refere ao curso de Mestrado em Ciências da

Educação, pela Universidade Autônoma de Asunción-Paraguay. Devendo marcar apenas uma opção por cada questionamento Não precisa se identificar. Os questionários serão distribuídos e recolhidos em envelopes lacrados. O sigilo de suas informações será mantido. A sua colaboração é importante para desempenho e sucesso do trabalho. Desde já agradeço sua participação. Obrigado.

Pesquisadora: Valéria Maria Tavares


Inclusão Digital: uso do Software... 111

Possui curso de Pós- Graduação

Sim

Não

Professor (a) do quadro Permanente Situação Profissional: Professor (a) Contratado 1- A utilização do Software Educacional Hágaquê atende metodologicamente a Educação Infantil? ( ) atende totalmente ( ) não atende ( ) atende parcialmente. 2- Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê na Educação Infantil ( ) bom ( ) muito bom ( ) muito ruim ( ) ruim 3- O Software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da Educação Infantil ( ) sim ( ) não ( ) em parte Porque______________________________ 4- O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula da Educação Infantil ( ) sim


Inclusão Digital: uso do Software... 112

( ) não ( ) em parte Porque_____________________________ 5 - O uso do software está adequado para integrar o material didático de Ensino de educação infantil. ( ) sim, está adequado ( ) não está adequado ( ) em parte está adequado 6. A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil ( ) contempla totalmente ( ) não contempla ( ) contempla parcialmente 7- Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola. ( ) não foram instrumentalizados ( ) desconheço esta instrumentalização ( ) sim foram instrumentalizados 8- Independente da solicitação por parate dos docentes, a instituição procura discutir a proposta de formação do uso do software Educacional Hágaquê. ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca


Inclusão Digital: uso do Software... 113

9- A proposta de formação de docente para o uso do software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil. ( ) contempla totalmente ( ) não contempla ( ) contempla parcialmente 10- Qual a frequencia que as formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil. ( ) uma vez por semana ( ) uma vez por mês ( ) nunca 11. - A escola dispõem de recursos tecnólogico para o uso do software Educacional Hágaquê. ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque_________________________________________ 12- Qual a frequência com que utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil nas aulas de educação infantil ( ) sempre utilizo ( ) uma vez por semana ( ) uma vez por mês ( ) nunca utilizo


Inclusão Digital: uso do Software... 114

13- A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o software Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil. ( ) sim, está prepara ( ) às vezes está preparada ( ) não está prepara 14- o recurso tecnológico da escola atende quanto ao uso do software Hágaquê ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque____________________________________________________________ 15- A escola disponibiliza recursos tecnologicos que ajudam a promover um ensino de qualidade na educação infantil ( ) sim ( ) não ( ) em parte Porque____________________________________________________________ 16 - O software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica dentro da sala de aula. ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque____________________________________________________________


Inclusão Digital: uso do Software... 115

17- No que diz respeito a sua prática pedagógica o software educacional atende as suas necessidades como professor de educação infantil. ( ) atende totalmente ( ) não atende ( ) atende parcialmente 18 - O uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica ( ) sim, promove ( ) não promove ( ) em parte, promove 19- O software Educacional Hágaquê pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensino-aprendizagem ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque______________________________________________________________ 20- Como você avalia sua prática pedagógica na Educação Infantil ( ) bom ( ) muito bom ( ) muito ruim ( ) ruim


Inclusão Digital: uso do Software... 116

21- A proposta Pedagogica é discutida com os professores ( ) sempre

( ) às vezes

( ) Nunca

22- A Prática Pedagógica está vinculada a metodologia da escola ( ) sim

( ) não

( ) às vezes


Inclusão Digital: uso do Software... 117

TABELA DE OPERACIONALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO Objetivo Especifico

Junto a quem perguntar

Questões Elaboradas 1- A utilização do Software Educacional Hágaquê atende metodologicamente a Educação Infantil? ( ) atende totalmente ( ) não atende ( ) atende parcialmente. 2- Como você define o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê na Educação Infantil ( ) bom ( ) muito bom ( ) muito ruim ( ) ruim

Identificar se uso do Software Educacional contribuí metodologicamente na Educação Infantil

3- O Software Educacional Hágaquê pode ser utilizado multidisciplinar em sala de aula da Educação Infantil ( ) sim Professor

( ) não ( ) em parte Porque______________________________ 4- O Software Educacional Hágaquê pode ser considerado uma ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula da Educação Infantil ( )sim ( ) não ( ) em parte Porque_____________________________ 5 - O uso do software está adequado para integrar o material didático de Ensino de educação infantil. ( ) sim, está adequado ( ) não está adequado ( ) em parte está adequado.


Inclusão Digital: uso do Software... 118

6- A proposta de formação de docente para o uso do Software Educacional Hágaquê contempla a Educação Infantil ( ) contempla totalmente ( ) não contempla ( ) contempla parcialmente 7- Os docentes foram istrumentalizados para utilizarem a proposta de inclusão do software Educacional Hágaquê na escola. ( ) não foram instrumentalizados ( ) desconheço esta instrumentalização ( ) sim foram instrumentalizados Identificar se na escola é oferecido aos docentes curso de formação para o uso pedagógico do Software Educacional Hágaquê

8- Independente da solicitação por parate dos docentes, a instituição procura discutir a proposta de formação do uso do software Educacional Hágaquê. Professor

( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca 9- A proposta de formação de docente para o uso do software Educacional Hágaquê contempla a Educação infantil. ( ) contempla totalmente ( ) não contempla ( ) contempla parcialmente 10- Qual a frequencia que as formações contínuadas dos docentes devem se oferecidas quanto ao uso do Software educacional na Educação infantil. ( ) uma vez por semana ( ) uma vez por mês ( ) nunca

Detectar se há disponibilidade de recursos tecnológicos para o uso do software Educacional Hágaquê na escola

11. - A escola dispõem de recursos tecnólogico para o uso do software Educacional Hágaquê. ( ) sim Professor

( ) não ( ) às vezes Porque_________________________________________


Inclusão Digital: uso do Software... 119

12- Qual a frequência com que utilizam os recursos tecnológicos nas aulas de educação infantil nas aulas de educação infantil ( ) sempre utilizo ( ) uma vez por semana ( ) uma vez por mês ( ) nunca utilizo 13- A escola está preparada com recurso tecnológicos para trabalhar com o software Hágaquê os conteúdos curriculares da Educaçaõ Infantil. ( ) sim, está prepara ( ) às vezes está preparada ( ) não está prepara 14- o recurso tecnológico da escola atende quanto ao uso do software Hágaquê ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque_________________________________________________________ 15- A escola disponibiliza recursos tecnologicos que ajudam a promover um ensino de qualidade na educação infantil ( ) sim ( ) não ( ) em parte Porque_________________________________________________________

Detectar se os professores percebem eficiência do uso do Software educacional hágaquê na sua prática pedagógica no dia-a-dia na sala de aula

16 - O software Educacional Hágaquê auxilia na sua prática pedagógica dentro da sala de aula. ( ) sim Professor

( ) não ( ) às vezes Porque_________________________________________________________


Inclusão Digital: uso do Software... 120

17- No que diz respeito a sua prática pedagógica o software educacional atende as suas necessidades como professor de educação infantil. ( ) atende totalmente ( ) não atende ( ) atende parcialmente 18 - O uso do Software Educacional Hágaquê promove subsídios para que o Professor desenvolva sua capacidade de análise, interpretação e reflexão de sua prática pedagógica ( ) sim, promove ( ) não promove ( ) em parte, promove 19- O software Educacional Hágaquê pode ser considerado como uma ferramenta a mais na sua prática pedagógica no que diz respeito ao ensino-aprendizagem ( ) sim ( ) não ( ) às vezes Porque______________________________________________________ 20- Como você avalia sua prática pedagógica na Educação Infantil ( ) bom ( ) muito bom ( ) muito ruim ( ) ruim 21- A proposta Pedagogica é discutida com os professores ( ) sempre ( ) às vezes ( ) Nunca 22- A Prática Pedagógica está vinculada a metodologia da escola ( ) sim ( ) não ( ) às vezes


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