Revista ArteDesign

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REVISTA

EDIÇÃO ESPECIAL

Guia completo sobre Linguagem Visual

Objetos Exclusivos e Sustentáveis

Descubra o Tom correto

Mais formas e linhas nas suas artes


O estilo sustentável de Valesca Candida em Formas Inusitadas

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Faça você mesmo seu lustre

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Tablóide especial Linguagem visual

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SUMÁRIO

ENTREVISTA COM SAULO CAZÉ


EDITORIAL

Valesca Candida Estudante de Design Gráfico Estácio-Idez

DIAGRAMAÇÃO E CRIAÇÃO Valesca Candida COLABORADORES: Saulo Cazé - Thiago Victor Julia lopes - Vanessa Quintremil CONTATO: valescaquintremil@hotmail.com (83) 8612-9670

CAROS LEITORES,

Criatividade , talento e mão de obra. Estas são peças indispensaveis para artesãos e designers. Mas desenvolver trabalhos com aquilo que é descartado ou jogado fora e utilizados por artistas que fazem desta profissão um cultivo de obras de artes, valorizam a cultura regional e contribuiem para a sustentabilidade do nosso planeta. Nesta primeira edição, alguns trabalhos que envolveram mais que uma profissão, mas a capacidade criativa materializada. 1


Entrevista Formado em Marketing e profissional de vendas a mais de 15 anos, paraibano e representante da JKZ Alimentos fabricante dos produtos Açaíto e Granola da Boa, Saulo Cazé fala sobre o design desenvolvidos para as embalagens dos produtos fabricados pela JKZ.

Saulo Cazé

CEO na Empresa JKZ Alimentos

AD: Qual a importância de se aplicar o design nas embalagens? SC: A embalagem é a identidade da empresa a qual ela representa e em muitos casos é o único meio de comunicação do produto para muitos consumidores e o objeto que identifica simbolicamente o produto. AD: O senhor acha que é possível estimular visualmente o consumidor a partir do formato das embalagens? SC: Sem dúvidas. Não é só uma simples embalagem, mas algo que lhe proporcione um estímulo visual interessante e que identifique o produto de uma forma clara. AD: Qual foi o método utilizado para o desenvolvimento das embalagens? SC: O formato arredondado de nossas embalagens é uma referencia ao formato do Açaí principal ingrediente do nosso carro chefe Açaíto creme. São embalagens que vão além de uma observação estética mas que proporcionam segurança e a inviolabilidade do produto até o consumidor. Já especificamente para o Açaíto Suco, criamos um formato mais volumoso na parte superior da garrafa com a intenção de criar um visual robusto e “musculoso” já que existe um grande público consumidor de nossos produtos na área fitness que conhecem seus benefícios a saúde.


Que tal transformar pallets e meteriais inutilizados em móveis lindos e exclusivos? A criativa Valesca Candida dá idéias e dicas de como reciclar e transformar objetos para decorar a casa com muita originalidade e bom gosto.


CABECEIRA

VALESCA CANDIDA PROFUSÃO/REGULARIDADE

Uma ótima solução para as camas box que hoje em dia são vendidas sem as épicas cabeceiras que evitam o contato direto da cabeça com a parede. Além de proteção e conforto a cabeceira valoriza qualquero ambiente. Feito com chapas de compensado, espuma de alta densidade e tecido impermeável, a cabeceira foi uma execução totalmente artesanal.

Os pallets como muitos já sabem é a reutilização desses objetos que são feitos de madeira geralmente de pinus usados na industria em geral. Há um bom tempo artistas e designers de interiores vem incorporando o uso dos pallets em composições decorativas simplesmente fantásticas.

PUFF PALLETS VALESCA CANDIDA LINHAS/FORMAS


Puff Carretel Valesca Candida equilibrio/espontaneidade

A idéia é simples: dar um novo uso para aquela peça que provavalmente iria pro lixo!! Existem algumas idéias bem legais! Pra começar temos este pufe feito com carretel de madeira, geralmente utilizado para transportar fios, que são descartados após seu uso. Bastou uma pintura bem feita e a aplicação de um estofamento com um bonito tecido, para nascer uma bela peça! +

#ficadica# Faça você mesmo! Passatempo para dias de criativos cola PVA e barbante de Sizal

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PONTO Sinal gráfico mínimo e

elementar, caracteriza-se por uma localização em um espaço, quando colocados em fila, criam a idéia de uma linha. Multiplicados, ampliam seu poder de comunicação e expressão, bem como, sua disposição, distanciamento e cor sobre uma superfície, sugerem idéias, sensações, movimento , ritmo, luz, sombra e volume.


LINHAS É uma marca contínua ou com aparência de contínua, também pode ser definida como um ponto em movimento, quando traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica. As linhas definem as formas e as figuras, é o sinal mais versátil e essencial do desenho, pois pode sugerir sentimentos, movimento, ritmo, velocidade


FORMAS Em artes visuais, existem três formas básicas: o quadrado, o círculoe o triângulo equilátero. Cada forma possui característicasespecíficas e a cada uma delas se atribui grande quantidade de significados. Todas as formas básicas são figuras planas e simples, a partir da combinação e variações dessas três formas derivamos todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana.


DIREÇÃO Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.


TOM

Intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista, perceptível graças à presença ou ausência relativa de luz.


COR Na natureza a cor é um fenômeno físico, não existe emsi, é gerada pela luz, ou seja o que percebemos como cor éuma forma de reflexo. De acordo com o físico Isaac Newton, aparentemente branca, a luz solar ou artificial se decompõe emsete cores, mesmo fenômeno que percebemos no arco-íris. À cor também são atribuídos inúmeros significados simbólicos, escolhemos a cor de nosso ambiente e de nossas manifestações.


SATURAÇÃO É a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é simples, quase primitiva e foi sempre preferida pelos artistas populares e pelas crianças. As cores menos saturadas levam uma neutralidade cromática sendo sutis e repousantes.


TEXTURA É o elemento visual que serve para substituir as qualidades do tato, é caracterizada pelo entrelaçamento das fibras que compõem uma superfície. Apresenta variações podendo ser enrugada, ondulada, granulada, acetinada, aveludada, etc.


DIMENSÃO A dimensão existe no mundo real, não só podemos senti-la,mas também vê-la com o auxílio de nossa visão. As representações da dimensão em formatos visuais podem serbidimensionais (comprimento e largura definem conjuntamente uma superfície plana) e tridimensionais (comprimento, largura e altura).


ESCALA Os elementos visuais são capazes de se modificar e se redefinir uns aos outros, esseprocesso é conhecido porescala. Em outras palavras, “o grande não pode existir sem opequeno”. A escala não apresenta valores absolutos, pois variações podem ser livremente estabelecidas entre o tamanho relativo das pistas visuais, com o campo e com o meio ambiente.


MOVIMENTO Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra mais frequentemente implícitodo que explícito no modo visual. O movimento enquanto tal só existe no cinema, na televisão, em móbiles ou onde quer que alguma coisa criada e visualizada tenha um componente demovimento. Entretanto, a sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas está implícita em tudo que vemos e deriva da nossas experiências de vida, essa ação se manifesta na informação visual estática.


MOVIMENTO

O movimento como conhecemos não se encontra no meio decomunicação, mas no olho do espectador, através da “persistência da visão”, fenômeno no qual uma série de imagens imóveis com ligeiras modificações vistas pelo homem a intervalos de tempo apropriados, fundem-se mediante um fator remanescente da visão, criando a sensação de movimento. Um quadro, uma foto ou um tecido podem ser estáticos, mas a quantidade de repouso que compositivamente projetam pode implicar movimento.


CONTRASTE DE FORMAS É uma técnica que usa a força compositiva antagônica, de forma a chamar a atenção do observador, destacando a forma irregular, imprevisível, justaposta com a forma regular, simples e resolvida. A principal função do contraste de forma é aguçar, através do efeito dramático. Mas, também pode proporcionar requinte às sensações que envolvem uma manifestação visual.


CONTRASTE DE ESCALA Inspirado no construtivismo russo, no início do século XX, é um recurso muito usado em propaganda impressa para gerar impacto. Muitos layout não provocam impacto por usarem as escalas de forma proporcional. Ao mudar a escala dos objetos ou mesmo criando uma sensação de profundidade, o layout provoca um efeito dinâmico e inquisidor, aumentando a significação das imagens expostas.


CONTRASTE DE TOM É a justaposição entre matizes totalmente saturados. Basicamente, é o que nos faz distinguir e reconhecer cada tom individualmente. O contraste entre as cores primárias é tão forte quanto entre o preto e o branco. Quando as cores são separadas por uma faixa branca ou preta, o efeito é acentuado.


CONTRASTE DE COR

Quando duas cores diferentes entram em contraste direto, o contraste intensifica as diferenรงas entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferenรงa e maior for o grau de contacto, chegando a seu mรกximo contraste quando uma cor estรก rodeada por outra.


EQUILÍBRIO:

depois do contraste é o elemento mais importante das técnicas visuais. Ele baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual. Seu oposto é a instabilidade. No equilíbrio existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. A INSTABILIDADE é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora.

SIMETRIA

é o equilíbrio axial. É uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado. Trata-se de uma concepção visual caracterizada pela lógica e pela simplicidade absolutas, mas que pode tornar-se estática, e mesmo enfadonha. Na ASSIMETRIA, o equilíbrio é obtido com a distribuição desigual dos pesos na página, utilizando ainda o branco como elemento visual. Assim é criada uma impressão de movimento.


REGULARIDADE:

uniformidade dos elementos e o desenvolvimento de uma ordem baseada em algum princípio ou método constante e invariável. Seu oposto é a IRREGULARIDADE, que, enquanto estratégia de design, enfatiza o inesperado e o insólito, sem ajustar-se a nenhum plano decifrável.

SIMPLICIDADE:

técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre de complicações ou elaborações secundárias. Já a COMPLEXIDADE compreende um material visual constituído por inúmeras unidades e forças complementares e resulta num difícil processo de organização do s ignificado no âmbito de um deteminado padrão.


UNIDADE:

equilíbrio adequado de elementos diversos em uma totalidade que se percebe visualmente. A função de muitas unidades deve harmonizar-se de modo tão completo que passe a ser vista e considerada como uma única coisa. A FRAGMENTAÇÃO é a decomposição dos elementos e de unidades de um design em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam seu caráter individual.

ECONOMIA:

a economia é uma organização visual parcimoniosa e sensata na utilização dos elementos. A PROFUSÃO é uma técnica de enriquecimento visual, associada ao poder e à riqueza, seus elementos atenuam e embelezam através da ornamentação.


MINIMIZAÇÃO:

procura obter do observador a máxima resposta a partir de elementos mínimos. O EXAGERO, para ser visualmente eficaz, deve recorrer a um relato profuso e extravagante, ampliando sua expressividade para muito além da verdade, em sua tentativa de intensificar e amplificar.

ATIVIDADE:

como técnica visual deve refletir o movimento através da representação ou da sugestão. A ESTASE (representação estática) é feita através do equilíbrio absoluto, apresenta um efeito de repouso e tranqüilidade.


NEUTRALIDADE:

um design que parecesse neutro, seria quase uma contradição, mas há ocasiões em que a configuração menos provocadora de uma manifestação visual pode ser o procedimento mais eficaz para vencer a resistência do observador. Muito pouco da atmosfera de neutralidade é perturbada pela técnica da ÊNFASE, em que se realça apenas uma coisa contra um fundo em que predomina a uniformidade.

TRANSPARÊNCIA:

as polaridades transparência e OPACIDADE definem-se mutuamente em termos físicos: a primeira envolve detalhes visuais através dos quais se pode ver, de tal modo que o que lhes fica atrás também nos é revelado aos olhos; a segunda é exatamente o contrário, ou seja, o bloqueio total, o ocultamento dos elementos que são visualmente substituídos.


ESTABILIDADE:

é a técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abordagem temática uniforme e coerente. Se a estratégia da mensagem exige mudanças e elaborações, a técnica da VARIAÇÃO oferece diversidade. Na composição visual, contudo, esta técnica reflete o uso da variação na composição musical, no sentido de que as mutações são controladas por um tema dominante.

EXATIDÃO:

é a técnica natural da câmera, a opção do artista. Nossa experiência visual das coisas é o modelo do realismo das artes visuais. Já a DISTORÇÃO adultera o realismo, procurando controlar seus efeitos através do desvio da forma regular e, em alguns casos, até mesmo da forma verdadeira.


PLANURA:

junto com a PROFUNDIDADE ou pela ausência de perspectiva, e são intensificadas pela reprodução da informação ambiental através da imitação de efeitos de luz e sombra característicos do claro-escuro, com o objetivo de gerir ou de eliminar a aparência na-

SINGULARIDADE:

é regida pelo uso

equivale a focalizar, numa composição, um tema isolado e independente, que não conta com o apoio de quaisquer outros estímulos visuais, tanto particulares quanto gerais. A mais forte característica desta técnica é a transmissão de uma Ênfase específica. A JUSTAPOSIÇÃO exprime a interação de estímulos visuais, colocando, como faz, duas sugestões lado a lado e ativando a comparação das relações que se estabelecem entre elas.


SEQÜENCIALIDADE:

No design, uma ordenação seqüencial baseia-se na resposta compositiva a um projeto de representação que se dispõe numa ordem lógica. A ordenação pode seguir uma fórmula qualquer, mas em geral envolve uma série de coisas dispostas segundo um padrão rítmico. Uma técnica casual (ou do ACASO) deve sugerir uma ausência de planejamento, uma desorganização intencional ou a apresentação acidental da informação visual.

AGUDEZA:

como técnica visual está estreitamente ligada à clareza do estado físico e à clareza de expressão. Através da precisão e do uso de contornos rígidos, o efeito final é claro e fácil de interpretar. A DIFUSÃO é suave, preocupa-se menos com a precisão e mais com a criação de uma atmosfera de sentimento e calor.


REPETIÇÃO:

corresponde às conexões visuais ininterruptas que têm importância especial em qualquer manifestação visual unificada. No cinema, na arquitetura e nas artes gráficas, a continuidade não se define apenas pelos passos ininterruptos que levam de um ponto a outro, mas também pode ser a força coesiva que mantém unida uma composição de elementos díspares. A técnica de EPISODICIDADE indica, na expressão visual, a desconexão, ou pelo menos, aponta para a existência de conexões muito frágeis. É uma técnica que reforça a qualidade individual das partes do todo, sem abandonar por completo o significado maior.



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