3ª edição - Revista Pivot Point

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Editorial

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Palavra do Presidente

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Entrevista

MARCO TÚLIO PAOLINELLI: PRODUTOR DE ÁGUAS

Melhores Práticas

UNIMAQ SE DESTACA COM TRABALHO DE REVISÃO DE PIVÔ CENTRAL

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Visão de Mercado

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News

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SALVOS PELO DÓLAR

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Direto da Fábrica

VALMONT APRESENTA PROJETO FORMAÇÃO DE MONTADORES

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Aconteceu

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IRRIGER COMEMORA 10 ANOS COM NÚMEROS ACIMA DAS EXPECTATIVAS

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Matéria de Capa 5 SAFRAS EM 2 ANOS A GARANTIA DE COLHEITA ATRAVÉS DA IRRIGAÇÃO

Mundo Valley

MEU PRIMEIRO PIVÔ

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Foco do novo

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TESTES APRESENTAM VANTAGENS AGSENSE

Gestão em família

EMPRESAS FAMILIARES: SUCESSO GARANTIDO?

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Feiras

Brasil afora

COPASUL: A COOPERATIVA REVENDA VALLEY

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42 48 52

Por dentro da Irriger

PLANTIO SOB PIVÔS – MÁXIMA PRODUÇÃO E RENTABILIDADE

Conhecimento

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Pergunte a Valley

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Coluna do Professor

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N O T A

D O

EDITOR

Editor

André Ribeiro

Caro leitor, A capa desta edição trata do nosso assunto preferido: a alta produtividade do plantio sob pivô, inclusive Hiran Medeiros nos brinda com um artigo muito informativo sobre o tema, com dados de um amplo estudo feito pela Irriger. Também, para tratar sobre esse tema fomos à região de São Desidério-BA e também de Paracatu-MG falar com: Busato, Zanella, Fava, os Veloso e Galba Vieira Jr. cinco mega produtores, irrigantes e campeões em produtividade na região. Relatamos a experiência do nosso revendedor Unimaq de Taquarituba-SP, que vem se destacando com o serviço de revisão de pivôs que mesmo sendo equipamento muito robusto, depois de algum tempo, para garantir sua eficiência, precisa de uma rigorosa revisão. Amilcar Centeno, profundo conhecedor do agronegócio, nos fala das dificuldades da próxima safra e do alento da taxa de câmbio. Tem também a rica história de umas das maiores cooperativas agrícolas do país, a Copasul, e que, agora, temos a satisfação de anuncia-los como a mais nova revenda Valley no Mato Grosso do Sul. Pelos exemplos trazidos pela nossa reportagem de capa, pode-se pensar que pivô central é coisa para gente grande, mas sabemos que isso não é verdade. Objetivando atingir o pequeno e médio produtor, a Valley e seus revendedores lançam este mês o Programa Meu Primeiro Pivô. Saiba mais na página 34.

Coordenação

Dimas Rodrigues

Jornalista Responsável e Reportagens Karine da Fonseca

Revisão

Suzy Leandro

Fotografia de Capa Mayko Sérgio P. Melo

Fotografias

Mayko Sérgio P. Melo Maurício Araújo Karine Fonseca Babi Magela

Projeto Gráfico Bold Propaganda

Colaboradores

Everardo Mantovani Hiran Moreira Bruna Abdanur Carlos Reiz Elbas Alonso Luiz Pelizzon José Ferreira Júnior Cláudio Kurukawa Glarin Bif Franklin Carvalho Luismael Mutam Costa Marinho Antunes Aldo Fagundes Narici

Ainda sobre o tema, veja o artigo do professor Everardo tratando do manejo de irrigação sob medida para os pequenos e médios produtores. Tenha uma ótima leitura e não deixe de nos enviar sua opinião. André Ribeiro

Entre em contato com a Revista Pivot Point Brasil marketing@valmont.com.br

Pivot Point Brasil é uma publicação da Valmont Indústria e Comércio Ltda.


P A L A V R A

D O

PRESIDENTE

cujos fundamentos estruturais não mudaram, mesmo com toda essa bagunça do primeiro semestre e essa é a boa notícia. O mundo continua preocupado em alimentar uma população que crescerá muito até 2050; o Brasil continuará sendo importante nesse cenário e, vejam só, a irrigação é chave nesse processo. Portanto, em termos conjunturais, o Agro é um setor que sofre menos, ainda temos crédito e

Nas reuniões regionais que fizemos pelo Bra-

temos a missão essencial de alimentar a população.

sil, fiz questão de marcar bem a diferença entre as

Após a acentuada queda neste primeiro se-

questões conjunturais da crise versus nossos fun-

mestre, a produção da nossa indústria estabilizou

damentos estruturais, principalmente os ligados ao

e já temos uma sinalização do mercado - através

agronegócio, em especial à irrigação.

do número de projetos que temos recebido - que

Sem dúvida, passamos por um primeiro se-

ainda este ano voltaremos a aumentar a produção.

mestre complicado, no qual uma conjuntura desfa-

Nossa rede de revendas é sólida, gente que está no

vorável de fatores no cenário político e econômico

mercado a décadas, que já enfrentou outras crises

afetou o agronegócio e a irrigação. Viemos de uma

e que está a postos para encontrar soluções para

eleição complicada, os protestos voltaram às ruas

nossos clientes, adequadas a estes tempos.

e os governantes, mais uma vez, ficaram frente ao

Não vamos parar, vamos buscar energia na

velho dilema fiscal, onde gastar deve ficar dentro da

nossa missão nobre que é alimentar o mundo. Ami-

equação básica de quanto se arrecada e, tudo isso,

go produtor, conte com a Valley, conte com a nossa

dentro de uma confusão política como a muito não

rede de revendas.

víamos. Essa conjuntura nos afetou. Contudo, nosso negócio é especial, pois estamos inseridos dentro de um contexto econômico,

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MARCO TÚLIO PAOLINELLI: PRODUTOR DE ÁGUAS

Engenheiro agrônomo, produtor rural e empresário, Marco Túlio Paolinelli é exemplo de produtividade e sustentabilidade. Há 26 anos à frente da Agronelli – empresa produtora de insumos agrícolas e agroindústria através da produção de madeira de reflorestamento, pecuária e de alimento, além de gestão de tecnologia, ele tem desenvolvido projetos sócio ambientais que não só respeitam o meio ambiente, como auxiliam na sua preservação e na construção da cidadania. Os projetos “Produtor de Águas” e Águas Perenes” baseiam-se na recuperação de nascentes. Há 33 anos e ainda funcionário, começou a fazer acompanhamento da situação de uma mina na região de UberabaMinas Gerais, através de fotografias. Com a documentação, foi gerando conhecimento e, através de análise,

detectou a queda da vasão da água. Há nove anos, com auxílio de estudo científico orientado pela Unesp, percebeu a necessidade de construir curvas de rio, bolsões de água da chuva e fazer o plantio de árvores em 4,5 hectares, fortalecendo assim a nascente. O resultado: onde havia deserto, com as construções e adaptações, passará a ser em cinco ou seis anos uma mina perene. O controle é feito semanalmente. A ideia principal é gerar água durante o período de seca, permitindo recurso para a sustentação dos serviços de abastecimento de águas das cidades e para a irrigação das culturas de inverno. O sucesso do projeto está ultrapassando as fronteiras e outras minas já estão em observação. Com a adoção da ideia em outra propriedade de 275 ha, Paolinelli tem a inten8

Foto de arquivo

Entrevista

ção de construir de 800 a 1000 bolsões que infiltrarão no lençol freático e plantar mais 40 mil árvores. Para tanto, já tem a parceria de empresas que participarão através de cotas anuais, e onde 100% do valor será revertido para ações sócioambientais. Hoje, com quatro unidades distribuídas em Cubatão, Cajati, Timóteo e a matriz em Uberaba, a Agronelli gera 250 empregos e distribui gesso para o Brasil todo. Há 15 anos, o Instituto Agronelli busca levar orientação sócioambiental para a comunidade como um todo. Escolas públicas e o Hospital do Câncer da cidade são os que mais são ajudados com os projetos do Instituto, que alivia a degradação do meio ambiente e consolida a cidadania entre os alunos do município.


Pivot Point - De onde surge o Projeto Agronelli? Marco Túlio - Depois de 11 anos trabalhando na antiga Fosfértil, sendo responsável pela área técnica e agronômica, já sabia como o gesso funcionava e como a ureia podia ser utilizada na aplicação de nitrogênio. A empresa tinha que doar o gesso que sobrava por ficar mais em conta do que depositar. Vendo aquilo, fiz uma proposta de direcionar o gesso para Embrapa pesquisar e divulgar, vender parte para a Agronelli e parte para a Fosfértil. Eles toparam. Era muito mais interessante para o produtor do Mato Grosso, por exemplo, ter conhecimento de como aquele gesso era importante para a terra dele, do que doar sem ele conhecer. Sem o conhecimento, ele não pagaria nem o frete para buscar. No começo, eu era sozinho. Depois, com o tempo, fui montando equipe e chegamos a vender 3 milhões de toneladas de produto no ano. Isso correspondia a uma carreta a cada cinco minutos, saindo 24 horas por dia em um ano. Era muito gesso! Se você me perguntar se eu ganhei muito dinheiro, eu vou te dizer que não, porque gesso é barato. Tem que ganhar no volume. O gratificante é saber que contribuímos para o agronegócio brasileiro, aumentando a produtividade de açúcar, leite, soja, milho, etc. O quanto em milhões um produto que não valia nada contribuiu para a produção e para o meio ambiente. PP - Em 25 anos de trabalho, como foi para o senhor ver a necessidade de contribuir para que o agronegócio brasileiro se tornasse mais produtivo e sustentável? MT - Sempre fui voltado para as ações sociais e ambientais. Como vim de família de agricultores, sabemos o quanto o meio rural precisa ver a necessidade das coisas: de praticar o que meu primo e ex-ministro da agricultura, Alysson Paolinelli, diz fazer a revolução verde. O que eu quero é contribuir com o país. Primeiro, peguei um “lixo” e transformei num produto que contribui com o agronegócio brasileiro. Depois, aumentar a vasão de água de uma mina e para isso o que eu fiz? Plantei árvores! Mais nada. E isso, junto com os bolsões, melhorou o fluxo de água do Rio Uberaba e, consequentemente, o abastecimento. A maioria das empresas contri-

bui com 3 a 5% do lucro, limitando salários. Nós repassamos 20% do lucro dividido para contribuição. PP - Uma das maiores dificuldades do agronegócio é gerar menos conflitos e mais soluções para o setor. Qual ferramenta você acredita ser essencial usar para desenvolver as questões do agronegócio brasileiro? MT - Conscientização. Todo mundo fala que a cana de açúcar acaba com a terra. Como pode haver uma ignorância tão grande como essa? Isso não existe! Hoje, não tem queima mais, e quando tem é porque o produtor não conseguiu recursos para se estruturar. Nenhum fazendeiro quer queimar cana. Ele quer colher e deixar a matéria orgânica para o solo gerar fotossíntese, diminuir erosão e, consequentemente, substituir a gasolina. Mas as pessoas não sabem e não tem noção. O produtor não quer destruir as terras dele. Os que fazem são minoria, porém existe essa minoria. A maioria quer preservar a fazenda, fazer plantio direto. Olha o crescimento do plantio direto no Brasil. Hoje, a Embrapa faz um trabalho respeitado e reconhecido internacionalmente, produzindo e exportando tecnologia para o mundo, e ninguém sabe que somos líderes de produção de tecnologia tropical. Se pegarmos os últimos 20 anos, podemos ver como aumentou consideravelmente a produtividade do Brasil.

“A irrigação vai auxiliar e muito no processo de aceleração da produtividade, e ainda abastecendo o lençol freático. A água não vai embora.” PP - Muito se fala da necessidade de otimização dentro das propriedades rurais brasileiras. Qual é a importância da irrigação no processo de mecanização da produção rural? MT - Vejo que não precisamos mais fazer desmatamento para aumentar a produtividade. E temos que aumentar a produtividade. Como?

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Entrevista

Investindo em tecnologias, variedades mais produtivas, formas de manejo e de conservação do solo em irrigação. A irrigação vai auxiliar e muito no processo de aceleração da produtividade, e ainda abastecendo o lençol freático. A água não vai embora. Vai e volta. Uma fazenda que durante janeiro, fevereiro e março guarda a água das chuvas em uma represa e, que quando chegar a seca, vai irrigar o alimento com essa água, fez que mal? Nenhum! Só fez o bem, porque está inclusive melhorando o lençol freático que está alimentando as minas. É só benefício! PP - O senhor acredita que exista algum caminho estratégico que permita ao produtor em crescimento, seguir investindo de maneira efetiva e adequada? MT - Acredito na orientação. Mas é complicado, porque o pequeno produtor não tem essa orientação fácil. Teria se o trabalho maravilhoso que as Ematers, a Embrapa e a Epamig; no caso de Minas, já fizeram. Essa assistência técnica é muito importante e só tem diminuído. É triste ver a Embrapa sobrevivendo com o dinheiro da iniciativa privada, num país que só tem arroz e feijão de qualidade por conta do trabalho lá atrás, das pesquisas que a Embrapa fez. O que seria do país se não fosse a Embrapa? A gente estaria morrendo de fome. Para o grande é muito mais fácil. O sul de Goiás, o Mato Grosso, o oeste da Bahia, e sul do Maranhão e do Piauí estão numa realidade que mostra outro conceito de agricultura. É muito diferente. Lá, esses produtores já têm a orientação e estão cada vez mais adiante. Nós, empresários e instituições, temos que participar de feiras agrícolas e apresentar campos de demonstrações, fazendo um papel que não seria nosso se houvesse orientação ao homem do cam-

po. Tem que ajudar de alguma forma.

pouco significativo.

PP - Durante muitos anos, a agricultura brasileira cresceu de forma horizontal, ou seja, mais área para fazer mais. Hoje, o desafio é fazer mais com menos, ou seja, usando as técnicas de irrigação, armazenagem e agricultura de precisão para melhorar as produtividades dentro da porteira. Como você acredita que o agricultor pode encarar esse desafio: fazer mais com o mesmo?

PP - Observando a atual condição econômica mundial e brasileira, quais são suas perspectivas em relação às safras de 2015 e 2016?

MT - Ele já está fazendo. Existe um mundo diferente, onde muita gente produz muito. Se não fossem esses grandes agricultores, a gente não estaria onde está, com PIB sustentando a economia do país. PP - Apesar do setor do agronegócio crescer nos últimos anos, tendo sido fundamental no resultado do PIB e balança comercial, a população urbana tem dificuldade de entender o papel do produtor e das empresas ligadas ao agronegócio. Como mudar essa percepção da população urbana sobre a importância do agronegócio brasileiro? MT - Divulgar. Todo mundo fala, mas nada acontece. A CNA, Confederação Nacional da Agricultura, começou a fazer alguma coisa há um tempo atrás, mas não continuou. Se depender dos outros nada vai acontecer. É a classe rural, através de ações e divulgando essas ações, que vai mudar e mostrar o que a sociedade não enxerga. PP - O senhor acredita que o agronegócio brasileiro pode ser afetado pela baixa economia que atinge o país hoje? MT - Não acredito. O agronegócio vai sobreviver. Para ele, é representativo. Se acontecer, será muito

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MT - Acredito que vamos crescer em torno de 8%. Muita gente pode achar pouco, mas se compararmos com o crescimento dos Estados Unidos, subimos mais de sete pontos que os americanos, que têm uma base de 1, 2% ao ano. Mas, se juntarmos toda nossa produção, de todos os grãos, equivale ao que os EUA produzem só de milho. Em termos de expansão, a eficiência de produção da nossa soja é maior que a americana. Temos condições de competir com eles em tecnologia. Com apenas 50 milhões de hectares de área depauperada, onde não há pastagem e só degradação, sem desmatar uma única árvore, podemos recuperar e muito o meio ambiente, auxiliando na produção de chuva e podendo ainda aumentar a nossa colheita em mais 100 milhões de toneladas, dos 208 que produzimos. PP - Quais os principais desafios da agricultura brasileira nos próximos 10 anos? MT - O maior problema nosso é a falta de infraestrutura. Temos péssimas formas de escoamento. Esse é 90% do problema. Levar a soja do Mato Grosso para Santos é muito mais caro que o custo da soja nos Estados Unidos. Para minimizar esse problema é investir agora em ferrovias, rodovias e portos. Um caminhão ficar semanas esperando na fila do porto de Santos para descarregar é um absurdo. Se não resolver isso agora, não tem nem como produzir mais, porque o problema vai ser muito mais sério daqui 10 anos.


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Melhores Práticas

UNIMAQ SE DESTACA COM TRABALHO DE REVISÃO DE PIVÔ CENTRAL Um dos serviços de extrema importância para o agricultor oferecidos pelas revendas Valley é o redimensionamento do pivô central. A Valley vem reforçando através de campanhas essa importante prática que contribui para aumentar a vida útil da máquina, prevenir paradas e aumentar a eficiência do pivô. Quando realizado o redimensionamento, os pivôs centrais passam a operar com o máximo de eficiência, promovendo o

uso dos recursos hídricos e energéticos de forma cada vez mais racional. A sessão Melhores Práticas desta edição mostra o trabalho de redimensionamento de pivô desenvolvido pela Unimaq - uma das revendas Valley, localizada no Estado de São Paulo, que consiste em avaliar os pivôs para se certificar que estão operando, utilizando as quantidades exatas de água e energia e se o recurso está sendo aplicado exatamente onde deve. 12

Segundo Ricardo Augusto da Silva, coordenador de irrigação da Unimaq, os principais motivos que levam o cliente a procurar este serviço é o aumento no custo de energia; desgastes e vazamentos nos kits e pendurais, aparecimento dos chamados “anéis” em áreas com déficit ou excesso de água; arrendamento de equipamento, entre outros. Em relação ao uso eficiente da água, o desgaste com os aspersores


Etapas da Revisão do Pivô

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Vendedores identificam os clientes com pivôs de mais de 5 anos e marcam uma visita.

É enviado um técnico capacitado a campo para fazer um levantamento detalhado das condições locais e do equipamento, inclusive com relatório e fotos.

Checagem da captação, do conjunto moto-bomba, passando pela adutora, chegando à parte aérea e observando cada aspersor e sua distribuição.

Os dados são levados ao escritório. São realizados cálculos e estudos dos equipamentos que estão sendo avaliados e gerado um relatório.

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O relatório é aprovado e/ou ajustado.

Orçamento é enviado ao cliente.

Realizado o serviço, após aprovação do cliente.

Por último, é realizada a aferição do redimensionamento junto com o cliente.

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Vantagens da revisão periódica do pivô

Em relação à produtividade, é possível conseguir maior uniformidade do estande da cultura, maior eficiência na aplicação de nutrientes via pivô e maior produtividade.

Em relação ao consumo de energia, é possível um bombeamento mais eficiente, menor tempo de utilização e menor custo de energia, conseguindo aplicar uma mesma lâmina. As revisões do pivô mantêm um histórico atualizado do equipamento na revenda e facilita o acompanhamento por parte do revendedor da performance das máquinas dos clientes, possibilitando corrigir eventuais quedas de produtividade de forma preventiva.

é um dos problemas mais comuns, quando se realiza um redimensionamento. Com o tempo de uso, o kit de aspersão tende a ter um desgaste natural, principalmente nos reguladores de pressão, prejudicando sua função. A não uniformidade de aplicação pode causar em um mesmo equipamento excesso ou déficit de água ou as duas situações simultaneamente. De acordo com Ricardo,

um aspersor tem vida útil de cinco a sete anos, dependendo da qualidade da água. Durante o trabalho de redimensionamento é possível detectar problemas no pivô, sejam eles elétricos, mecânicos ou hidráulicos. Sabendo da importância desse trabalho, tanto para a revenda quanto para o cliente, a Unimaq já não espera mais o cliente procurá-la. Com um trabalho 13

ativo a Unimaq desenvolve uma atividade contínua de esclarecimento aos clientes da importância da revisão. “Para Unimaq é um diferencial, conseguimos realizar um atendimento programado e de qualidade. Para o produtor, o equipamento vai estar apto para trabalho no momento que necessitar, não prejudicando a produtividade durante a safra”, finaliza Ricardo.


Visão de Mercado

SALVOS PELO DÓLAR Por Amilcar Silva Centeno - Centeno Consultoria Ltda.

Muitas vezes reclamamos dos

R$3,20. Quem deixou para depois,

nossos velhos Reais e exaltamos o

já vai negociar a um dólar acima dos

valor do Dólar. Pois é exatamente a

R$3,40. Felizmente, de acordo com

fraqueza do Real e a força do Dólar

estimativas da ANDAV (Associação

que está salvando nossa agricultu-

Nacional de Distribuidores de Insu-

ra, em meio a essa crise da econo-

mos Agrícolas), até o final de julho

mia mundial!

já haviam sido comercializados 80%

Muitas coisas estão dificultan-

do volume de fertilizantes estimados

do a próxima safra: estoques de vi-

para a próxima safra, 80% das se-

rada recordes; preços internacionais

mentes e 50% dos defensivos.

em queda; juros altos; inflação alta

Já pelo lado da receita, as pro-

e muitas incertezas políticas e eco-

jeções dos principais bancos apon-

nômicas.

tam para um dólar em torno dos

Mesmo o crédito agrícola em

R$ 4,00 para o próximo ano. Caso

volume recorde, 20% a mais do que

isso se confirme e as cotações inter-

em 2014, num total de R$ 187,7

nacionais dos grãos se mantenham

bilhões, não anima muito, pois em

nos patamares atuais, aqueles que

torno de 30% são oferecidos a juros

to, o aumento na taxa de câmbio pode-

adquiriram seus insumos com an-

de mercado, geralmente acima da taxa

rá ter um efeito positivo nos resultados

tecedência deverão alcançar margens

básica, hoje em 14,25%, nada atraente

da próxima safra.

positivas e muito próximas às da última

Para o agronegócio, mais impor-

safra. Não fosse essa variação da taxa

Enfim, o único fator que compen-

tante do que a cotação atual do dólar, é

de câmbio, as margens teriam uma

sa parte dessas perdas é a taxa de

a sua variação entre a época de forma-

queda de mais de 50%.

câmbio.

ção dos custos e o momento da comer-

Mas é preciso ter consciência de

De uma maneira geral, a dispa-

cialização da safra. Sempre que a mo-

que toda moeda tem dois lados, inclu-

rada da moeda norte-americana, que

eda norte-americana se valoriza nesse

sive o dólar!

subiu 10,16% só no último mês, é um

período, há uma melhora na margem

desastre para a economia, principal-

líquida da agricultura.

para a atividade agrícola.

O aumento da taxa de câmbio que irá nos ajudar nesta safra, pode-

mente para aqueles que dependem de

Embora pese em boa parte dos

rá determinar um desastre na safra

insumos importados, como a agricultu-

custos de produção, o dólar impacta

seguinte, caso a tendência se inverta.

ra. Aproximadamente 40% dos custos

na totalidade da receita obtida com as

Neste caso, faríamos nossos custos a

de produção da soja estão atrelados

commodities internacionais, principal-

um dólar alto e comercializaríamos a

à cotação da moeda norte-americana.

mente milho e soja. Afinal, o preço que

safra a um dólar baixo, aumentando as

Em relação à safra passada, os cus-

o agricultor recebe na fazenda é aproxi-

despesas e reduzindo a receita. Caso

tos com fertilizantes aumentaram entre

madamente o preço em dólar posto no

isso não ocorra simultaneamente a um

20% e 32%, dependendo da cultura. Os

porto, multiplicado pela taxa de câmbio,

aumento significativo nos preços inter-

preços mais altos dos defensivos agrí-

menos frete e prêmio. Quanto mais alto

nacionais, a pressão sobre as margens

colas, sementes, combustíveis e ener-

o dólar, mais reais no bolso do agricul-

seria enorme.

gia elétrica também pesam no bolso do

tor!

Portanto, aproveitem esta safra,

agricultor. De modo geral, os custos to-

No lado dos custos, aqueles agri-

tais de produção estão de 25% a 30%

cultores que adquiriram seus insumos

mais altos do que na safra passada.

antes do final de julho, negociaram

Porém, em um segundo momen-

a um dólar cotado entre R$3,00 e

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pois sabe-se lá o que nos reserva a próxima!


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News

Senado obriga União a priorizar investimentos em irrigação O plenário do Senado aprovou no dia 04 de agosto, proposta de emenda à Constituição-PEC, que obriga a União a priorizar até 2028, investimento em irrigação com recursos públicos nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do País. O texto foi aprovado em primeiro turno, tendo ainda que passar por nova votação. Apresentado também à Câmara, a proposta altera o artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), ampliando em 40 anos o prazo em que a União vai aplicar os recursos destinados à irrigação, sendo que 20% da verba devem ser destinados para o Centro-Oeste e 50% para o Nordeste – preferencialmente para o semiárido. Até 2003, o texto original da Constituição deu prioridade para investimentos em irrigação com validade de 15 anos, que foi promulgado por emenda constitucional em 2004, ampliando para 25 anos. Após esse prazo, a União não precisa priorizar tais recursos para as duas regiões.

Vietnã investe em sistemas de irrigação Cerca de US$ 712 milhões em sistemas de irrigação: é o que o Vietnã pretende aplicar até 2020 em melhoramentos e investimentos em sistemas de irrigação. A intenção é levar tecnologia para a principal região produtora de café do país – a província de Dak Lak, responsável pela maior produção do grão, com 460 mil hectares e apenas um quarto de sua área irrigada. A maior parte do investimento virá do Estado, seguindo de títulos governamentais, de empréstimos de credores estrangeiros e por empresas locais, conforme informou o governo vietnamita, em julho. Segundo maior produtor mundial de café, o Vietnã perde somente para o Brasil, com 2.256 milhões de hectares. A produção do café por commodities no país asiático tem frequentemente prejuízos na lavoura, por conta do enfrentamento de seca.

Valley – Top of Mind De acordo com pesquisa desenvolvida pela Revista Rural, a marca Valley é a marca mais lembrada quando se fala em irrigação. Em sua 18ª pesquisa, a Revista Rural publicou os números atingidos por empresas de vários segmentos do setor agrícola e pecuário, onde a Valley atingiu 25,45% das respostas. Na edição de 2015, foram realizadas 1.633 entrevistas, constituídas de 1.032 com agricultores e 601 pecuaristas, sendo 44% da pesquisa realizada na região Sudeste, 29% no Centro-Oeste, 17% no Sul, 7% no Nordeste e 3% no Norte.

Cristalina é exemplo sustentável em irrigação Considerada exemplo no Brasil e na América Latina, a cidade de Cristalina-GO destaca-se com o uso sustentável da água para a irrigação agrícola. Cerca de 52 mil hectares são irrigados na região com 680 pivôs e 142 irrigantes. De acordo com levantamento recente feito pelo IBGE, graças ao seu modelo de irrigação, Cristalina registrou o maior valor bruto de produção em 2013 (R$ 2 bilhões), ficando atrás apenas da cidade de Sorriso-MT. Aliada à alta tecnologia com o uso dos pivôs, a sustentabilidade ganhou espaço essencial. Os agricultores de Cristalina utilizam água para irrigação através da captação de chuvas, por meio de 170 barramentos. A técnica é responsável pela manutenção dos pivôs em funcionamento, garantindo fluxo da água no sistema e a sustentabilidade hídrica ao município. Dessa forma, a irrigação garante produção o ano todo, amenizando as características do Cerrado, já que a região concentra chuvas no verão e forte estiagem entre maio e setembro. Cidades como Formosa (GO) e Unaí (MG) já seguem o exemplo de Cristalina, onde os produtores também notam que o sistema de irrigação em barragens pluviais, garante abastecimento de água o ano todo.

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Direto da Fábrica

VALMONT APRESENTA PROJETO FORMAÇÃO DE MONTADORES A irrigação deve ser considerada como parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção econômica de uma determinada cultura, com adequados manejos dos recursos naturais, devendo ser levado em conta os aspectos de sistemas de plantios; de possibilidades de rotação de culturas; de proteção dos solos com culturas de cobertura; de fertilidade do solo; de manejo integrado de pragas e doenças; mecanização, dentre outros, perseguindose a produção integrada e a melhor

inserção nos mercados. Paralelamente, os projetos de responsabilidade social das grandes empresas é ponto de extrema importância para a construção de valores, gerando mecanismos para o fortalecimento do setor através de ações que alavanquem o conhecimento, a profissionalização e o trabalho. Assim, foi criado o Programa de Formação de Montadores Valmont. Projeto importante dentro da Valmont Indústria, o programa teve sua aula inaugural apresentada na tarde de

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24 de junho – quarta-feira, na sede da Fundação de Ensino Técnico Intensivo – Feti/Uberaba. Ao todo, 30 adolescentes de 15 a 18 anos foram inscritos no programa. Visto pela empresa através de seu diretor João Rebequi, como importante não apenas para a formação de mão de obra, mas, principalmente, pela capacidade de criar novos profissionais, gerando conhecimento e oportunidades, o programa é engrenagem essencial para a relação entre indústria e comunidade.


Abrindo a aula inaugural, João Rebequi disse aos alunos: “Em 1994, eu participei de um programa parecido do governo estadual do Rio Grande do Sul, chamado Guri Trabalhador. Como muitos de vocês, minha família também tinha poucas condições para que eu pudesse estudar, ou fazer cursos. Todos nós sabemos da importância do estudo e do trabalho.” “O objetivo do projeto é oferecer aos jovens assistidos pelas instituições parceiras, no caso da Feti, um treinamento de formação em montagem, capacitando os mesmo para atuarem como assistentes de montagem de equipamentos de irrigação do tipo pivô”, explica a Recursos Humanos da Valmont e geradora do projeto, Bruna Abdanur. Além do diretor João Rebequi, estavam presentes os gerentes: Carlos Reiz – Comercial, Luiz Pelizzon – Industrial e Elbas Ferreira – Engenharia e Serviços. Desde que o projeto foi apresentado ao governo municipal da cidade de Uberaba, em março deste ano, quando simultaneamente foi aprovado, um verdadeiro time de profissionais da indústria abraçaram a ideia, sendo parceiros e participantes do programa através de aulas ministradas. Gestores Valmont tirarão tempo em suas agendas para levar aos alunos o aprendizado necessário para se tornarem novos profissionais do setor. Cada aluno recebe da Valmont material didático e apostila, além do cronograma das aulas. Todas as aulas serão ministradas da Feti, quinzenalmente, exceto os módulos de parte

prática, que serão feitos na fábrica. A intenção é dar aos jovens facilidade em acompanhar as aulas, evitando o deslocamento de todos até o Distrito Industrial, situado longe dos limites centrais da cidade. O curso encerra em dezembro deste ano. Para João Rebequi, “com estudo e aprendizado é muito difícil não ter emprego. Nossas revendas Valley precisam de profissionais. Vemos isso todos os dias. Falta mão de obra, como também faltam cursos preparatórios. Essa é uma alternativa de pelo menos serem auxiliares. Os mais destacados podem através de outros cursos, serem projetistas e, quem sabe, engenheiros de irrigação”.

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Aconteceu

IRRIGER COMEMORA 10 ANOS COM NÚMEROS ACIMA DAS EXPECTATIVAS Há dez anos, a Irriger – empresa de base tecnológica dedicada à prestação de serviço em gerenciamento de irrigação – surgiu no mercado brasileiro para dar suporte à agricultura irrigada, com profissionais especializados em engenharia e manejo de irrigação. Em 2005, nascia dentro da Universidade Federal de Viçosa, como linha de pesquisa da instituição, o “Manejo da Irrigação”, uma marca que vem conquistando o mercado de forma sólida e crescen-

te, sendo hoje, líder de mercado no segmento. Fundada pelo Professor Everardo Mantovani, a Irriger identificou em 2010, que partindo para uma estrutura definida no mercado de irrigação, atingiria o foco de seu serviço: equilibrar uma necessidade de aumento da área irrigada para produzir alimento e rentabilidade –, fundamental para o desenvolvimento das populações, utilizando eficientemente a água e a energia.

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Dentro deste princípio, surge a fusão com a Valmont – multinacional com sede nos EUA e filial no Brasil, líder no mercado de irrigação por pivôs centrais. Parceira dos projetos do Professor Everardo desde 1983, a Valmont adquire o controle acionário da empresa e inicia um processo de aprimoramento da estrutura administrativa, possibilitando assim, a aceleração do crescimento da nova empresa de forma segura e mantendo a qualidade do serviço.


“A parceria com a Valmont abriu portas para a Irriger. Entramos num mercado muito forte, onde a marca Valley é líder de vendas de pivôs, com enorme satisfação do cliente”, resume Professor Everardo – sócio consultor da empresa. Para comemorar uma data tão importante, toda equipe da Irriger se reuniu em Uberaba – Minas Gerais e sede da Valmont Brasil, em evento que aconteceu nos dias 27 e 28 de maio. Além dos sócios Irriger, Everardo Mantovai e Hiran Moreira, seus gerentes e supervisores regionais, estiveram presentes o Diretor Presidente Valmont, João Rebequi, os Gerentes de Desenvolvimento de Rede e Comercial, André Ribeiro e Carlos Reiz, e a Coordenadora de Recursos Humanos, Bruna Abdabur. Foram dois dias de celebrações e trocas de conhecimentos, através de palestras e cursos. Uma década de trabalho em prol de um agronegócio mais sustentável As primeira ideias de um sistema de gestão de irrigação surgiram dentro de uma das aulas que o Professor Everardo ministrava na Universidade de Viçosa. Tratava-se de um tanque cortado, de onde surgiram ideias e formas de execução dos processos de gerenciamento de irrigação. A aceitação do serviço da Irriger no princípio foi lenta; a questão ambiental, o valor da água e da energia naqueles anos não eram tratados de forma tão efetiva quanto hoje, mas com o tempo o produtor se voltou para essas preocupações. Além disso, com o mercado cada vez mais competitivo, principalmente para a questão do custo de produção, ficou cada vez mais necessário baixar o custo de produção, sem perder produtividade nem qualidade. “Em 1980, ninguém acreditava no potencial de irrigação no Brasil. Nem mesmo eu, naquela época, acreditaria que hoje estaríamos gerenciando uma área irrigada tão grande. Muitas vezes, o que parece estranho num primeiro momento, torna-se essencial em outro. Foi assim que aconteceu com a irrigação no Brasil. Há 20, 30 anos, irrigar era uma coisa complexa, com custo muito elevado de um lado e um produtor com menor poder aquisitivo do outro. Paralelamente, a irrigação foi se tornando mais compe-

Professor Everardo em palestra no evento de 10 anos. titiva. Hoje, a realidade é outra: temos um produto rentável e sustentável, para um produtor consciente e com facilidades de compra”, explica Professor Everardo. A base de construção da Irriger sempre foi a possibilidade de produzir alimento de forma equilibrada. O uso da água na produção de comida e renda, através do gerenciamento de irrigação, torna-se eficaz, somado à geração de renda, emprego e diminuição do êxodo rural. Para a equipe do Professor Everardo, a ir-

“Nem mesmo eu, naquela época, acreditaria que hoje estaríamos gerenciando uma área irrigada tão grande.” rigação é fundamental para o desenvolvimento das populações, da atividade agrária e para a segurança alimentar. Tudo muito bem utilizado. Nesse sentido é que nasce o gerenciamento da irrigação desenvolvido pela Irriger. Utilizando o conceito de competitividade sustentável, a Irriger mostra ao cliente não apenas como gerenciar sistemas de irrigação, mas 21


Aconteceu

a garantia de se posicionar ao público interessado como irrigante sustentável. “Nossa missão é gerar soluções tecnológicas para a agricultura irrigada, promovendo sustentabilidade ambiental e rentabilidade”, acrescenta o Diretor Executivo, Hiran Moreira. Os números mostram que o conceito é aplicável e determinante: 97% dos clientes Irriger renovaram seus contratos. Após a fusão com a

“Nossa missão é gerar soluções tecnológicas para a agricultura irrigada, promovendo sustentabilidade ambiental e rentabilidade.” Valmont, a Irriger cresceu anualmente, em média, 28 mil hectares, dobrando seu faturamento anual. Ao todo são 250 mil hectares gerenciados, que produzem safras correspondentes a 400 mil ha/ano. Além do Brasil, o sistema Irriger gerencia lavouras de diversas culturas na Índia, Rússia, Sudão e México.

em irrigação, existe um cálculo contrário aos que são apresentados na maioria das cidades brasileiras: diminuição do êxodo rural desordenado; maior disponibilidade de alimento a baixo custo; geração de renda e emprego; crianças em sala de aula e menores índices de violência. Tudo isso por conta dos melhores salários pagos nas fazendas irrigadas e geração de empregos indiretos, o que mostra que as regiões irrigadas no Brasil têm forte alto nível”. E completa: “A agricultura irrigada significa segurança alimentar! Estamos vivendo um momento de crise hídrica e são nestes momentos de crise que a gente cresce mais. Se existe uma crise hídrica, nosso trabalho de gestão de irrigação se torna muito importante. Se a energia dispara, nosso trabalho é muito importante. Se a água está valorizada, ou se a irrigação é essencial para a produção de alimentos, nosso serviço é essencial. Se hoje gerenciamos 400 mil ha/ ano, imagino que os próximos 10 anos vamos atingir índices mais elevados, sempre tratando com consciência e coeficiência a agricultura irrigada brasileira.”

NÚMEROS DA IRRIGER

+ de 356

Os próximos 10 anos

Fazendas atendidas simultaneamente

A Irriger vê o futuro com bons olhos, além das questões de sustentabilidade e rentabilidade, para o Professor Everardo a irrigação tem uma participação grande nas questões sociais que vemos estampadas nos jornais do Brasil. “Temos estudos que mostram que nas regiões de agricultura irrigada, os problemas urbanos são muito menores. Nas cidades que investem

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+ de 2.192 Pivôs centrais

+ de 224.909 ha

Irrigados e monitorados simultaneamente

1.053.000.000 m³

de água monitorados anualmente

534.323 MWh/ano

de energia elétrica monitorada


Aconteceu

Reuniões Regionais Entre os meses de junho e julho aconteceram as reuniões regionais das Revendas Valley. Em cada etapa, os encontros aconteceram em dois dias. No primeiro dia de encontro foram abordados assuntos comerciais, produtos, concorrentes, desenvolvimento de revendas e práticas de vendas. No segundo dia, as revendas participaram do treinamento “Prospecção - A chave do desempenho em vendas”, ministrado por Silvana Goulart - Academia de Vendas. Este ano, a Valley ainda realiza a convenção anual dos revendedores, que acontece em dezembro. Os eventos fazem parte de uma série de ações da Valley, que promovem o desenvolvimento e melhoria contínua das revendas, para que o agricultor continue contando com uma rede de revendedores altamente capacitados.

Cléber conquista pódio O colaborador da Valmont, Cléber Luís das Chagas, brilhou na prova de corrida de rua Track Field Run Series, etapa Uberaba. Na corrida, que aconteceu dia 02 de agosto, Cléber subiu ao pódio e conquistou a 4ª posição no percurso de 10 Km. O atleta completou a prova com o tempo de 38 minutos e 08 segundos. O circuito de corridas de rua é composto por 60 etapas, em 30 cidades brasileiras; em Uberaba, a prova contou com 750 atletas inscritos. Cléber segue treinando para participar de futuras provas de corrida e ciclismo.

João Rebequi na Dinheiro Rural A edição da revista Dinheiro Rural de agosto traz a história de vida do Presidente da Valley, João Rebequi. A matéria intitulada “Como um rapaz da periferia de Porto Alegre alcançou a presidência da americana Valmont”, mostra detalhes da carreira de João Rebequi, sua característica de liderança e também fala sobre o comprometimento com seu atual desafio: aumentar a participação da irrigação por pivôs centrais no País.

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Aconteceu

Campanha: Revise seu Pivô A Valmont apresenta sua mais nova campanha “Revise seu Pivô”. A ação, que é realizada pelas revendas Valley, reforça os serviços diferenciados de pós-venda e oferece descontos especiais na compra de peças originais Valley. Os serviços exclusivos garantem a produtividade do cliente, economia de água e energia e a possibilidade de produzir o ano todo, com menos riscos de reparos emergenciais. A campanha é um grande estímulo para uma irrigação mais eficaz e confirma o legado de inovação e compromisso da marca com o seu cliente. Consulte a revenda da sua região e saiba se ela já aderiu à campanha, Revise seu Pivô.

Site AgSense em português A Valmont Brasil, este mês, apresentou o site AgSense em português. Além de um novo projeto gráfico, mais moderno e dinâmico, as informações foram organizadas para levar até o público o que há de mais atual no mundo da irrigação. O objetivo foi deixar o site mais atraente e fácil de navegar, além de contribuir para a atualização e produção de conteúdos mais relevantes para os produtores, revendas e profissionais irrigantes. O novo site AgSense Brasil também foi desenvolvido para levar um entendimento mais claro sobre as funcionalidades do FieldCommander, AquaTrac e WagNet. É possível saber mais sobre a característica do produto, como funciona, e todos os detalhes desta ferramenta, que proporciona maior controle para a sua irrigação. Acesse o site utilizando o leitor QR-Code do seu celular

Acesse: www.agsense.com.br

Lançamento vídeos Pergunte a Valley Está disponível no canal do youtube da Valley, o primeiro filme da série de vídeos “Pergunte a Valley”. Os vídeos consistem em um breve bate papo entre um irrigante e um profissional de irrigação. Além de uma abordagem simples e didática, a conversa tem um conteúdo técnico que responde às principais dúvidas de produtores irrigantes. Assine nosso canal do youtube e fique atento às próximas novidades. Todo mês, um novo vídeo com conteúdo exclusivo Valley.

Veja os vídeos utilizando o leitor QR-Code do seu celular

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MatĂŠria de Capa


Cézar Busato, plantação de algodão, São Desidério-BA

5 SAFRAS EM 2 ANOS A GARANTIA DE COLHEITA ATRAVÉS DA IRRIGAÇÃO Visitamos duas regiões irrigadas do Brasil, buscando trazer informações específicas sobre a capacidade real da produção agrícola que cresceu, e muito, nas últimas três décadas.

Na região de São Desidério, na Bahia, encontram-se as maiores produções agrícolas do Brasil. Distante 878 km de Salvador, até a década de 1980, o município sobreviveu da agricultura de subsistência, com pequenas produções e comércio quase inexistente. A partir de 1985, a região toma impulso com a chegada de migrantes do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, atraídos pelos baixos preços das terras e a possibilidade de plantio, com o manejo do cerrado e a riqueza hídrica da região. A realidade da cidade hoje é completamente oposta. Em 30 anos, a agricultura de São Desidério se destaca, atingindo o ranking de maior PIB do estado e chegando em 2012 como o município brasileiro com maior valor de produção agrícola, quando atingiu R$ 2,33 bilhões, disputando o pódio com Sorriso-MT. A irrigação é a maior garantia dessa megaprodução. Vizinha de São Desidério, fica Luiz Eduardo Magalhães, que há 15 anos era apenas uma vila e, hoje, tem mais de 80 mil habitantes. Toda essa riqueza no oeste da Bahia é gerada basicamente da agricultura irrigada, transformando a condição da região, que conta com índices pluviométricos entre 800 a 1200 mm.

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Família Busato Em 1988, Júlio Cézar Busato e o pai, Hélio Busato, saem do Rio Grande do Sul a procura de novas terras para agricultura nos estados da Bahia e do Mato Grosso. Paralelamente à expansão da agricultura no Cerrado baiano, novas fronteiras são abertas. Logo que conhece a região, o patriarca da Família Busato decide ficar, mesmo sem conhecer a realidade das terras mato-grossenses. Viu ali, a chance que procurava. Com um sol firme durante todo o ano e o fácil manejo hídrico, a questão da irrigação já era muito discutida. Em busca de melhores preços do feijão, viram a oportunidade de produzir fora de época, para atingir melhores preços. Logo, os outros três filhos do Sr. Hélio vieram para Barreiras, seguindo a tradição de gerações de agricultores. A princípio, começam irrigando 50 hectares com um pivô em sociedade com um vizinho. Em 1992, a família adquire mais dois equipamentos, investindo assim anualmente na aquisição de pivôs. Para o sr. Hélio, a irrigação é algo importante; ele a vê como uma ferramenta fundamental para dar segurança e produtividade. Mesmo com o Estado da Bahia não tendo tecnologia na época, e passar por complicações ora por conta dos veranicos, ora por conta das interrupções do


Matéria de Capa

regime climático, com a irrigação não teria dificuldade em colher. Teria sim, um ano tranquilo, com boa colheita e safra descasada com pico de produção. “Essa é uma forma de não ter dificuldade com a lavoura e dar sustentabilidade ao negócio. Esse foi o grande lance de irrigar nestes 25 anos”, garante a nova geração de irrigantes da família, o Engenheiro Agrônomo Cézar Busato, filho de Júlio Cézar, neto do sr. Hélio e quem recebeu a equipe Pivot Point Brasil, na Fazenda Busato I. No começo, os Busato irrigaram basicamente feijão, soja e milho. Na propriedade já produziram mais de 12 culturas diferentes, desde hortaliças, como cebola e tomate, até amendoim, milho pipoca, milho convencional, testes com alfafa, cana de açúcar e fumo. A produção de 2 a 2,5 safras/ano, depende do conjunto. Já

“Na irrigação o ciclo nunca acaba. Sempre há safra. Isso gera renda, melhor fluxo em caixa e máquinas muito mais eficientes, com tecnologia de ponta.” foram feitas até três safras/ano, mas viram 2,5 ser um ótimo número. “Não atemos a uma cultura. Sempre buscamos coisas novas para tentar integrar e agregar o sistema de irrigação.” Em 2003, a Fazenda Busato foi pioneira na adoção do sistema de manejo de irrigação da Irriger. “Uma das propriedades, a Fazenda Busato II, fica próxima ao Vale do São Francisco. Tem um solo muito manchado, pois sob um mesmo pivô temos variações de mais de 30 pontos de argila, em um ponto 3% e em outro 33%. Para conseguir irrigar um solo tão complexo, exigiu-se conhecimento e tecnologia. “Através do Professor Everardo – grande referência em irrigação no Brasil – apostamos que o programa auxiliaria muito no trabalho, além de poder saber o que foi gasto e com sustentabilidade. Ao longo do tempo, conseguimos ganhar

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confiança. A Irriger, além de dar um parâmetro, nos dá segurança de que estamos fazendo um bom trabalho, diminuindo ainda a incidência de doenças e aumentando o volume do produto final.” A produção atual da Família Busato é trabalhando com soja precoce; seguindo de algodão, para escapar do período mais frio e finalizando com milheto, para manejo e conservação de solo. O grupo familiar, como preferem chamar, colhe média de 65 sacas de soja, 180 de milho e 300 arrobas de algodão por hectare. Cada membro do grupo cuida de uma área: financeira, agrícola, técnica, administrativa, mecanização, logística e infraestrutura. Além disso, Júlio Cézar Busato é o atual presidente da Associação Baiana de Irrigantes e Agricultores. Ao todo, nas nove propriedades, ou nove módulos gerenciais como titulam, 41 mil hectares de área, 46 pivôs e 4.500 ha são irrigados. “A pessoa tem que estar preparada para um time muito mais apertado, para um nível de organização um pouco maior e ver a fazenda como um sistema diferente do sistema sequeiro, onde os ciclos acabam. Na irrigação, o ciclo nunca acaba. Sempre há safra. Isso gera renda, melhor fluxo em caixa e um dimensionamento de máquinas mais eficientes, com tecnologia de ponta”, completa Cézar Busato. Grupo Decisão Nessa propriedade, fomos recebidos pela nova geração da família tradicional de agricultores, Ariel Zancanaro Zanella. O grupo é liderado pelos Zancarano, onde o avô Nelsir e os quatro filhos cuidam de toda a rotina do Grupo Decisão. A chegada da família na Bahia tem início no estado natal, Rio Grande do Sul, seguindo para a cidade de Cascavel-PR, onde buscavam novas oportunidades. Depois de décadas, a família vai para Unaí-MG, onde o pai Celestino Zanella e o tio João ficam por 20 anos, até decidirem ir para a Bahia, mais precisamente para São Desidério. Na cidade mineira começam a irrigar em 1990. “Pivô significa diferencial.” A vantagem de se utilizar o sistema já era conhecida pelos tios,


SAFRA 1

SAFRA 2

SAFRA 3

GRUPO

CULTURA

PERÍODO

CULTURA

PERÍODO

VELOSO

Soja

1/10 a 30/01

Milho Semente

GALBA

Soja

1/10 a 30/01

Milho Semente

SAFRA 4

CULTURA

PERÍODO

10/02 a 10/06

Feijão

15/06 a 30/09

10/02 a 10/06

Soja Semente

15/06 a 30/10

CULTURA

SAFRA 5

PERÍODO

CULTURA

PERÍODO

Soja

20/10 a 20/2

Feijão

15/04 a 30/08

Milho Semente

10/10 a 30/03

Feijão

15/04 a 30/08

FAVA SEMENTES

Soja

1/10 a 30/01

Batata

15/2 a 15/07

Milho Semente

30/07 a 15/12

Soja

25/12 a 30/04

Feijão

15/05 a 30/09

GRUPO BUSATO

Soja

Outubro-fevereiro

Algodão

Fevereiro-Agosto

Milheto

Agosto-Outubro

Soja

Outubro-fevereiro

Algodão

Fevereiro-Agosto

GRUPO DECISÃO

Milho Semente

Agosto-Janeiro

Algodão

Janeiro-Junho

Feijão

Junho-Agosto

Soja

Outubro-fevereiro

Milho comercial

Março -Julho

que continuaram irrigando em Unaí, tendo a opção de comprar área para ser irrigada na Bahia. Com duas unidades distintas, o Grupo tem uma área em sequeiro, mas para aproveitamento de terra. Em Unaí, produzem café, feijão, trigo, soja e milho. Já a unidade de São Desidério, cultiva soja, feijão, milho e algodão, aproveitando da altitude e temperatura na Bahia, garantindo assim a produção. “A irrigação nos permite toda essa gama de culturas diferentes numa mesma área.” Utilizando alguns pivôs para 02 safras/ano e outros com 03 safras/ ano, onde fazem milho, soja e feijão, sempre levantando a importância do manejo. Com planejamento adequado, trabalham em ciclos onde em um mesmo pivô, a mesma cultura não volta antes de passar por todas as outras. “Cada cultura tem sua peculiaridade e vantagem. Às vezes, duas culturas proporcionam mais do que as 03 que fazemos em outro pivô. Depende do ano, da safra e da época.” E é o planejamento a palavra de ordem do Grupo Decisão. Tudo gira em torno de reuniões com os líderes e responsáveis pelas propriedades. Principalmente com o planejamento de rotação de culturas: “Visualizamos a parte financeira? Sim! Mas o nosso foco é agronômico. Nós não plantamos uma cultura em determinado pivô somente porque naquele

ano ela vai ser financeiramente mais lucrativa. Tem toda uma rotação de cultura com a parte agronômica atrás. Ou seja, nós vamos continuar plantando feijão, soja, algodão e milho. As áreas mudam 200, 300 hectares por conta da própria rotação de cultura. Sentam as pessoas que decidem pela fazenda e planejam a base.” Experts no manejo de 03 safras/ ano plantam 11 meses/ano e colhem 11 meses/ano – não necessariamente em sequência, havendo sempre o tempo de um mês. “A parte operacional é muito mais ativa. Enquanto que no sequeiro existem 06, 07 meses em que há funcionários contratados e depois essa mão de obra não é mais necessária; irrigando, trabalha-

mos com esse quadro de funcionários o ano todo. A parte operacional é muito mais rápida e o planejamento tem que ser muito bem feito: se atrasa um pouquinho numa cultura, perde consequentemente na outra. Isso gera mais dinamismo e renda.” Outra importante opção do Grupo é o plantio de milheto e crotalária como lavouras de cobertura. O Decisão não se limita apenas ao milho para a palhagem de solo e acredita que essa é a solução para as áreas da Bahia. O objetivo da rotação, além de limitar pragas, é a matéria orgânica. Quanto mais matéria orgânica, mais micro-organismos que vão competir com as nematoides. “Esse é mais um plus da irrigação.” Pioneiros também na implanta-

Ariel Zancanaro Zanella, plantação de algodão - São Desidério-BA

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Matéria de Capa ção do sistema Irriger desde 2006, tiveram dúvidas quando o programa foi implantado. Após o relatório de safra, perceberam que podiam produzir mais com menos 28% de água, só no primeiro ano. “A planta tem uma necessidade hídrica para cada momento. A Irriger mostra e prova que é eficiente. Se não tiver acompanhamento, pode ser tomada decisão errada. E o custo do serviço? “Se paga fácil, além de menor aplicação de fungicida e melhor fitossanitário: outro plus da irrigação.” A decisão pelo equipamento Valley veio pela confiança adquirida e pelo suporte adequado. Ao todo, o Grupo conta com três propriedades na Bahia e uma em Minas Gerais, totalizando 3.299 hectares irrigados com 29 pivôs. Para o futuro, a intenção é irrigar mais sete mil hectares. “Se a irrigação não fosse vantagem, não teríamos conseguido chegar até aqui. Sem a irrigação, a gente teria conseguido trabalhar por um ou dois anos. Nos outros anos, a perda seria de 60 a 70%, senão total. A região de São Desidério é de 800 a 1200 mm de chuva, ou seja, não teríamos conseguido.” Localizado na região noroeste de Minas Gerias, Paracatu fica a 500km da capital Belo Horizonte. Conhecida por ser a maior produtora de grãos do estado, a mesorregião é a maior produtora de feijão do país. O clima quente proporciona veranicos severos, com possibilidade de sucesso na colheita das lavouras com a irrigação. Há 30 anos, a região se beneficiava apenas de pecuária de extensão e da prática do garimpo de exploração. Com a chegada da irrigação, o aspecto da região mudou, principalmente nos últimos 15 anos. Hoje, a cidade tem a economia voltada para a agricultura, coisa que não seria imaginável com temperaturas altas e

a grande presença de veranicos. No maior município irrigado da América Latina, algo em torno de 400 mil hectares, conforme a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Noroeste de Minas (Adesnor), visitamos três propriedades, cada uma com sua peculiaridade, mas todas com uma característica: de duas a três safras/ano bem definidas. Família Veloso Há 20 anos, Danilo, Dalmir e Décio Veloso chegaram a Paracatu, deixando a cidade natal de Carmo do Paranaíba, também em Minas Gerais, onde eram pecuaristas de leite, em busca de crescimento e inovação. Na época, adquiriram área para plantio de milho para silagem em sequeiro. Não demorou muito para entrar na atividade agrícola como irrigante, seguindo os conselhos de um amigo, e entrar de fato no ramo da agricultura, podendo assim aproveitar e adquirir grandes áreas em oferta na região, que sofria crise econômica. Era o momento de entrar no negócio. Começaram com dois pivôs e foram

abrindo área. “Já entramos no segmento com a intenção de produzir com uma meta estipulada, que dependeria exclusivamente de irrigação, tecnologia e escolha de semente”, diz Danilo Veloso. Hoje, são nove equipamentos, onde dos 1.550 hectares de área, 530 ha são irrigados. A produção em sequeiro ainda é realidade em uma das três propriedades, por conta da dificuldade em utilizar recursos hídricos. Irrigando, conseguem plantar soja em outubro, colher em fevereiro; entrar com o milho em março, colher em junho e, logo, plantar feijão, que é colhido em setembro. “Sempre deu certo”, garante. Outra produção é milho semente, o que na região é feito com a parceria com sementeiras, que aproveitam o clima agregado à irrigação por pivô central. Com o projeto de irrigar mais 270 hectares em breve, Danilo Veloso diz convicto: “É melhor ser irrigante do que não ser. A frustação com o sequeiro é muito grande. Quando a planta precisa de água e não tem chuva, não se pode fazer nada. Com a irrigação, a gente decide a hora certa. É um prazer plantar com irriga-

Danilo Veloso, plantação de milho - Paracatu-MG

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ção. Produzir alimentos assim é fácil. Hoje é inviável plantar sem irrigação. Tenho área de sequeiro e não quero mais plantar. Se não for irrigado, vou dar murro em ponta de faca.” Fazenda Santo Aurélio Galba Vieira Cordeiro Jr. é daqueles protagonistas de uma história de sucesso. Filho de uma tradicional família de pecuaristas de Paracatu, recém-formado em Administração de Empresas, chega até o pai e faz uma proposta não esperada: utilizar as terras para a agricultura. O pai logo viu com estranheza o pedido do filho, já que a região castigava as lavouras por conta do clima quente e a falta de chuvas. Apesar de não ter experiência com agricultura, remodelou a fazenda e, mesmo não tendo o apoio total do pai, seguiu adiante. “Com a necessidade, meu pai vendeu parte da fazenda. Vi que tinha que tecnificar o que tinha sobrado.” Junto à irmã, decidiu em 2004, não só plantar, mas irrigar. Via que essa era a alternativa certa para a adequação, além de ser um nicho de mercado. Na primeira aposta, adquiriu dois pivôs que irrigavam 130 hectares. Com o lucro da safra, comprou mais dois equipamentos. E assim foi crescendo dentro do segmento: “O que sobrava investia”, lembra. Hoje, são 40 pivôs e 2.500 hectares irrigados, em uma área de 4 mil ha. “Não tem como mensurar o que aconteceu nos últimos 11 anos. A irrigação trouxe uma prosperidade muito grande.” Com 35 funcionários diretos, a produção é basicamente de soja, milho e feijão. A média é de 2,6 safras/ano, que só não é maior por um déficit na região: a falta de fluxo de colheita, pois não há onde guardar e sacar. Aproveitando a oportunidade, utiliza campo de semente para o in-

Galba Vieira Jr, produção de feijão

verno. A garantia que as sementeiras dão, possibilita um giro maior e certo. “Usei na fazenda, que nada mais é que uma empresa a céu aberto, o que aprendi na faculdade.” Fava Sementes A Fava Sementes tem apenas três anos de mercado. Mas a experiência com agricultura do proprietário, Luiz Fava Jr., é muito maior, sendo 28 anos de irrigação. Com propriedades em Minas Gerais, onde a produção é feita com milho sementes; em Goiás e Bahia cultivam soja, feijão, milho, algodão e café.

Ao todo, nos três estados, são 12 mil hectares de área, onde 2.853 são irrigados por 15 equipamentos. Sete outros estão em andamento. Um dos pilares da propriedade é o café irrigado na Bahia: projeto de irrigação grande, com maiores recursos disponíveis. A produção nas propriedades gira os 12 meses do ano, onde é possível fazer 2,5 safras/ano. Cliente Irriger, Luiz Fava Neto, nova geração da Fava Sementes, diz que o sistema é o equilíbrio da irrigação. “A agricultura com irrigação é mais eficiente e não está refém das condições climáticas.” A ideia é irrigar mais 5 mil hectares em Minas e Goiás e mais 3 mil na Bahia. Por conta da baixa lâmina d’água na região de Minas Gerais, onde estão instalados, a irrigação é a salvação e os pivôs são ligados nos veranicos. Mesmo assim, a fazenda gira o ano todo, empregando 130 funcionários, e diminuindo o custo operacional de pessoas. “A fazenda encaixou como uma luva na irrigação. Não tem funcionário ocioso. Antes, havia uma rotatividade muito grande. Hoje, podemos formar equipe, o que agrega qualidade no manejo da fazenda.”

Washigton Ribeiro - Gerente de Produção e Luiz Fava Neto, em Paracatu-MG

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Mundo Valley

MEU PRIMEIRO PIVÔ Segundo dados apresentados pelo Ministério da Integração Nacional, através do Retrato da Irrigação no Brasil, o país possui em torno de 5 milhões de hectares irrigados atualmente, e mais 30 milhões de hectares com potencial para irrigação de Norte a Sul. O levantamento indica que investir na agricultura irrigada significa agregar ganhos em produtividade, aprimorando a economia do país e podendo despontar como potência mundial na produção agrícola sustentável. Observando essa importância, a Valmont lança a partir do segundo semestre de 2015, o projeto “Meu

Primeiro Pivô Valley”. O objetivo é apresentar, junto com a parceria das revendas de cada região, os caminhos para a aquisição do primeiro pivô; informações gerais sobre irrigação; legislação; financiamento e instalação aos novos irrigantes. Para o diretor presidente da Valmont Brasil, idealizador da campanha, esse é o caminho mais curto para que o projeto de irrigação possa virar realidade. Essa é uma forma de viabilizar de maneira efetiva as vantagens da irrigação através de números, experiências e resultados com o potencial de produtividade, desmistificando a complexidade

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em se adquirir, implantar e manter o equipamento. Personagem importante para a implantação do projeto Meu Primeiro Pivô Valley, o revendedor Valley foi escalado para atuar e levar aos novos clientes, as respostas para as dúvidas mais comuns, quando procuram entender um pouco mais do mundo da irrigação. A revenda é quem mais conhece a realidade em cada região e quem está preparado para auxiliar, desde o início do projeto, da instalação do pivô, suporte pós-vendas e manejo da irrigação.


Veja os eventos confirmados em quatro diferentes regiões do Brasil: 26’AGO Naviraí-MS

Fazenda Marialva (Revenda Copasul)

11’SET

Fazenda Dois Irmãos (Revenda Produtividade)

15’SET

Fazenda Nossa Senhora da Aparecida (Revenda Unimaq)

23’SET

Fazenda Monte Alegre (Revenda Pivotec)

Campo Novo do Perecis-MT Santa Cruz do Rio Pardo-SP Rio Verde-GO

O evento O Dia de Campo organizado pela revenda em propriedade de um cliente Valley, trará o novo irrigante para conhecer de perto o pivô e a captação d’agua, permitindo que as dúvidas possam ser tiradas in loco. Os potenciais clientes de irrigação convidados participarão de palestras relativas ao projeto de irrigação, outorgas e licenças e outras questões técnicas e comerciais. Além do revendedor, técnicos da Valley estarão presentes, como também equipe Irriger – empresa de manejo de irrigação da Valmont, e o Valley Finance, que esclarecerá dúvidas a respeito de financiamento. No final, churrasco de confraternização, para que os novos irrigantes se sintam cada vez mais integrados ao mundo da irrigação.

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Foco no novo

TESTES APRESENTAM VANTAGENS AGSENSE Atualmente, algumas regiões do Brasil contam com equipamentos AgSense em teste, são elas: Guaíra, Paracatu, Uberaba, Perdizes, Luís Eduardo Magalhães, Cristalina e Unaí. A Irriger, empresa que pertence a Valmont e faz manejo de irrigação,

Aquatrack envia dados da umidade do solo

está acompanhado os testes. Neste período de testes, a Irriger vem observando algumas vantagens dos equipamentos AgSense, entre elas: - Informação em tempo real permite saber se o pivô desarmou, ato-

Recebe os dados em seu dispositivo móvel através do WagNet

Produtor analisa os dados e toma a decisão de irrigar ou não e envia o sinal para Field Comander

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lou, parou de rodar ou teve queda de energia. - Possibilidade de acompanhar o funcionamento de todo o parque de pivôs em uma tela. - Custo mais baixo do que de um colaborador para monitorar o Pivô.

Operacionaliza remotamente o acionamento ou não do pivô


Conheça os produtos: Field Comander - Preço acessível. - Ativação e desligamento do pivô remotamente. - Acionamento de todos os pivôs ao mesmo tempo. - Aumento da eficiência no uso noturno. - Aumento da eficiência do uso de energia. - Atuação de forma imediata onde tiver problema.

- Ajudar o cliente monitorar de forma confiável a umidade do solo, se a planta não está sofrendo estresse hídrico ou excesso de água. WagNet - O que tem chamado mais atenção dos clientes que estão testando o produto é a facilidade de entendimento e uso do software. - Indica onde há algum problema com o pivô e onde deve atuar. - Reúne as informações de toda a operação de um ou mais pivôs, dos níveis de umidade de solo em um histórico que pode ser consultado para auxiliar na tomada de decisão.

Aquatrack - Não há necessidade de ir no campo para ler a umidade, o equipamento envia as informações direto no celular ou computador. - Consegue representar bem a tendência de umidade do solo.

Os produtos AgSense estão disponíveis em todas as revendas Valley no Brasil. A instalação é simples e rápida e as revendas já estão treinadas pela fábrica para fazer a instalação e treinar o cliente. Veja mais informações no site: www.agsense.com.br

Tela do Wagnet, no dispositivo móvel e no computador

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Gestão em família

EMPRESAS FAMILIARES: SUCESSO GARANTIDO?

Tudo dependerá do mercado e, sobretudo, da eficiência em gestão Por Marinho Antunes

Em recente estudo realizado pela Universidade de St. Gallen, na Suíça, listou-se as 500 maiores empresas familiares do mundo, por receita. O Brasil está representado por 15 companhias, sendo que, destas, 2 estão entre as 25 primeiras colocadas: o Itaú Unibanco (18ª posição), dos Moreira Salles, e a JBS (24ª), da família Batista. Para esta análise, resolvemos separar as Empresas Familiares em dois grupos: as Empresas Familiares com Gestão Familiar (Amadora) e as Empresas Familiares com Gestão Profissionalizada. O primeiro grupo, infelizmente, representa a grande maioria das organizações empresariais do Brasil. As empresas com gestão familiar (amadora) têm alguns métodos de gestão ultrapassados e que, quando não corrigidos, fazem muito mal ao negócio. É comum encontrarmos empresas que possuem uma estrutura organizacional composta pelo marido responsável pelo Comercial, a esposa responsável pelo Financeiro e um filho responsável pelo Setor de Compras. Isso não seria problema nenhum se todos fossem capacitados para exercer tais funções e, além disso, trabalhassem de maneira totalmente profissional, deixando de lado os laços e problemas familiares. Como consultor de empresas de diversos segmentos, posso garantir a vocês que situações parecidas como a ilustrada aqui são sim muito corriqueiras. As empresas familiares de gestão amadora não estão preparadas para o momento de crise que estamos vivendo. Essa é a realidade! Muitos podem discordar e dizer que conhecem algum negócio que vem perdurando por anos e a direção é composta por membros da família e que todos eles não possuem experiência em outras empresas e nem mesmo estudo para exercer tal função. Podemos até concordar que existem muitas empresas de “sucesso” nessa situação, mas será que esse negócio enfrentará a crise de maneira inteligente e planejada? Se a empresa é lucrativa, será que ela seria mais lucrativa ainda caso houves-

se nela uma gestão profissional e orientada para os resultados? Os resultados estão sendo medidos para que os problemas sejam identificados e, até mesmo, antecipados, evitando surpresas desagradáveis? Poderíamos ficar aqui fazendo diversos questionamentos reflexivos, porém, este não é o intuito. O que desejamos é demonstrar o quanto se pode ganhar com uma gestão profissional e orientada para resultados. Não estamos dizendo que qualquer membro da família não pode cuidar do Financeiro, mas, se assim for, que ele seja capacitado para fazer isso. É preciso muito mais do que apenas disposição e força de vontade. Existem diversas formas de se capacitar, e isso é fundamental. Vamos a alguns exemplos: - Cursos Superiores: se a função exercida não é uma aventura passageira, por que não fazer um curso superior e se tornar especialista naquilo que se propôs a fazer na empresa? - Cursos Técnicos: existem diversos cursos técnicos bons e que podem ser o que está faltando na formação de muito profissional. - Cursos via internet: a rede disponibiliza uma infinidade de cursos e outros materiais. Pesquisando corretamente dá para

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conseguir coisas boas. - Leituras direcionadas: existem diversos livros, revistas, artigos, estudos de caso. Enfim, basta pesquisar e saber escolher os melhores materiais que você poderá, desse modo, se aperfeiçoar. - Contratação de Consultoria e Assessoria: um bom consultor pode, além de organizar a empresa, treinar as pessoas a trabalhar da maneira correta. Pode ser que, ao analisar as maneiras sobre como ser um profissional mais qualificado e, dessa forma, fazer com que sua empresa tenha uma gestão profissional, você chegue à conclusão de que não está animado ou não é capaz de fazer isso por mãos próprias. Se for assim, a sugestão é que você contrate pessoas que possam tocar a sua empresa da melhor forma, ou seja, realizando trabalhos profissionais, com estratégias e controles bem definidos. Essa contratação deve seguir critérios bem rigorosos, para que problemas semelhantes não voltem a surgir. Com pessoas qualificadas trabalhando nos lugares corretos, a chance de sucesso aumenta muito, contudo, mesmo que se tenha na empresa pessoas preparadas, é imprescindível que o empreendedor tenha o mínimo de qualificação para poder gerir alguns indicadores e controlar a organização com qualidade. Trocando em miúdos: o dono da empresa não precisa saber fazer um Fluxo de Caixa, mas precisa ter quem faça e precisa saber interpretá-lo e tomar decisão com base nele, por exemplo. Nosso desejo é que as empresas familiares prosperem e se sobressaiam. Profissionalizar a gestão, assim como ter boas estratégias comerciais, ter plano de sucessão, etc., é fundamental. O mercado está cada vez mais competitivo e, a cada dia que passa, fica mais difícil seguir sendo amador e guiado por onde o vento leva. É preciso ser dono do próprio destino e uma das formas de se fazer isso, enquanto empresários, é tendo uma gestão que pode até ser familiar, mas que seja de qualidade e extremamente profissional.


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Feiras

Agrishow: Conectividade é destaque de lançamentos da Valley Irrigação De 27 de abril a 01 de maio, em Ribeirão Preto-SP, a Agrishow 2015 foi palco de exposição de produtos de todos os setores agrícolas, com marcas de 800 empresas, nos 440 mil m² de área. Movimentando cerca de R$ 1,9 bilhão e um público de 160 mil pessoas, a Agrishow, Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, apresentou novidades. No estande Valley, nos cinco dias de feira, o público visitante pôde conhecer o lançamento Valmont: o Agsense. Com dois sistemas avançados de monitoramento, que trazem a conectividade aos pivôs agrícolas – o Field Commander e o Aqua Trac, a proposta é reduzir os custos operacionais e usar os insumos de maneira ainda mais eficiente, agora disponibilizado para o mercado brasileiro. Durante a Agrishow, a Valley fez também o lançamento da 2ª edição da Pivot Point Brasil. O ex-ministro, Roberto Rodrigues, entrevistado da edição, conferiu e parabenizou a equipe, referindo-se ao material focado ao irrigante. Na foto, com o diretor presidente, João Rebequi.

AgroBrasília A AgroBrasilia - Feira Internacional dos Cerrados, aconteceu entre os dias 12 e 16 de maio, e totalizou um volume de negócio de R$ 627 milhões. Nos 500 mil m² de feira, a organização estimou um público de 98.000 pessoas, que pode conferir de perto as novidades dos setores de máquinas e equipamentos. Com a participação da revenda Valley Pivot, na AgroBrasília, 420 expositores estiveram presentes no evento, gerando negócios.

Bahia Farm Show A Valley esteve mais uma vez presente na Bahia Farm Show, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do país. No evento, realizado em Luís Eduardo Magalhães, entre os dias 02 a 06 de junho, as revendas Valley Pivodrip, Brasmáquinas e Multigragãos estiveram presentes expondo os destaques da marca. Os números finais da feira registraram um total de 63 mil visitantes, 210 expositores, e o volume de negócios deste ano ultrapassou a marca dos R$ 972,2 milhões.

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Expo Café A importante Feira do agronegócio do Sul de Minas Gerais, destacou-se por sua programação inédita e excelentes parcerias, além do 6º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira e dinâmicas de campo. A exposição aconteceu de 01 a 03 de julho, e a revenda Valley Lavras Irrigação esteve presente, levando informação e apresentando as novidades ao irrigante visitante.

Fenacampo – Pivotec A Pivotec Irrigação esteve presente na Fenacampo 2015, realizada em São Gotardo-MG. A revenda participou da feira, levando informações e mostrando a região como destaque no potencial produtivo. Além disso, a revenda montou um pivô de exposição como atrativo para clientes e produtores, que pretendem irrigar. A feira aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de julho e recebeu os produtores rurais de toda a região, promovendo novos contatos entre produtores e empresas fornecedoras, e a realização de bons negócios.

Fersucro Em um espaço amplo, moderno e climatizado, os visitantes puderam conferir a apresentação e desenvolvimento de novas tecnologias do setor, além da exposição de equipamentos, serviços e produtos. A edição da FERSUCRO, aconteceu de 08 a 10 de junho de 2015, em Maceio (AL). A revenda Valley Asbranor esteve presente no evento acolhendo os visitantes da feira.

Próximas feiras Expointer – Esteio/RS – 29/08/2015 a 06/09/2015 Expo São Luiz – São Luiz Gonzaga/RS – 30/09/2015 a 04/10/2015 Irrigashow – Campos de Holambra/SP – 16/09/2015 e 17/09/2015

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Brasil Afora

COPASUL: A COOPERATIVAREVENDA VALLEY

Conheça a história de uma das maiores cooperativas do país, agora representando a Valley e levando a irrigação para a região de Naviraí-MS Em dezembro de 1978, a Copasul surge na cidade de Naviraí, no Mato Grosso do Sul, com a ideia de beneficiar a produção de algodão feita na região por pequenos e médios produtores. 27 deles, liderados pelo japonês Sakae Kamitami, perceberam que a cooperativa para a qual enviavam a produção não trabalhava como era preciso ser, pois não compartilhava do princípio de cooperativismo. A família do sr. Sakae, junto com mais 200 famílias japonesas vieram para o Brasil em 1934, quando ele tinha apenas quatro anos. O auge do café trouxe imigrantes para fortalecer o país, que precisava alavancar sua produção. Os contratos entre japoneses, duravam em média um ano e meio. A primeira colônia que trabalhava foi na cidade paulista de

Guarantã. De lá, foram mudando, passando pelo Paraná, onde cultivaram hortelã por dez anos; chegando a Naviraí em 1961. Com a família grande e muitos colonos, surgiu a necessidade de buscar novas terras. Continuaram a cultivar hortelã por dois anos, quando já vendiam o óleo da planta para a indústria de pasta dental. Com o tempo, o hortelã usado foi alterado por produto químico e o preço caiu. “Na época que o hortelã esteve bom de preço, a gente colhia mil quilos de hortelã. Compramos uma ‘mercedinha’ daquelas de sete mil quilos.” Com a queda nas vendas, começaram a plantar algodão por quatro anos e depois plantavam capim para entregar a propriedade. Devagar e sempre, o sr. Sakae tinha como sócios alguns colonos e, juntos, foram 42

construindo suas vidas, plantando algodão e colaborando com a economia do país. Inteligente, estudou só até o segundo ano, na escola rural; quis entrar no ginásio, mas a diretora disse que tinha que fazer o exame de admissão. “Estudei dois meses na escola da fazenda e ainda passei em primeiro lugar”, conta dando risada. Esse era só o início do que ele ainda viria a conseguir. Quando resolveram, o sr. Sakae e os outros 27 cooperados, a erguerem a Copasul, a empreitada foi grande. Além do beneficiamento do algodão, era preciso montar máquina de beneficiamento e, posteriormente, a fiação. As expectativas eram boas, pois queriam crescer juntos. No começo não tinham nada. Alugaram uma máquina de algodão no primeiro ano e, no segundo, já montaram a


Foto de arquivo

mês, e indústria de fécula de mandioca – produzindo diariamente 600 toneladas. Percebendo a valorização de algumas práticas, a Copasul leva aos cooperados as necessidades de valorização e preservação do meio ambiente, orientando o trabalho no campo para maior produção e menor impacto ambiental. Responsável, ainda tem projetos de apoio ao

“Eu procuro ver as coisas de forma para melhorar a vida de todo mundo”

Alguns membros fundadores da Copasul

mais moderna usina de algodão do Brasil. Assessorados, financiaram 80% como indústria e 20% por antecipação por cota capital. Plantando exclusivamente algodão, a produção da Copasul era de 500 a 600 mil arrobas por safra, em média 400 arrobas/alqueire. “No começo, eu era vendedor de algodão, agrônomo, dava assistência e fazia de tudo. A nossa produção para a época era muito boa.” O auge de mais de 20 anos do algodão na região teve seu declínio a partir da década de 1980. Com a queda, os cooperados começaram a plantar soja e depois milho. Sorgo e trigo também foram cultivados. Hoje, a Copasul, com quase 800 cooperados, sete unidades armazenadoras distribuídas estrategicamente nas cidades de Deodápolis, Itaquiraí, Maracaju, Dourados, Novo Horizonte do Sul, além de Naviraí, tem capacidade de 420 mil toneladas de grãos. Atendendo a demanda da região, conta ainda com duas unidades industriais: fiação de algodão – com capacidade de 650 toneladas/

esporte, com o Beisebol e Softbol nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, com atletas participando de competições internacionais. A importância da cooperativa foi estampada nas páginas do Anuário da Revista Época, sendo reconhecida como a melhor empresa do Mato Grosso do Sul. Toda essa potência presidida pelo sr. Sakae, hoje com 84 anos, agora vê a oportunidade de dar um novo passo: introduzir a irrigação na vida dos cooperados e não cooperados e a representação da marca Valley foi o

Sakae Kamitami - fundador e presidente da Copasul

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Brasil Afora

primeiro passo. “Acho que o futuro da agricultura de nossa região precisa ser irrigado. Depender de sol e chuva é muito difícil. Tem ano que dá, mas tem ano que não dá e aí o prejuízo é grande. A tendência é irrigar a produção.” Dizendo-se satisfeito, mas com muita coisa para fazer ainda, o simpático sr. Sakae dá mais exemplo: “Eu procuro ver as coisas de forma para melhorar a vida de todo mundo. Como não tenho mais energia de tocar a roça, só dou opinião”.

O “sojeiro” que apostou certo O senhor Nelson Antonini é produtor, irrigante, diretor da cooperativa e foi ele quem propôs a representação Valley dentro da Copasul. Viu ser de suma importância ter uma revenda de pivôs na região, principalmente para garantir assistência técnica rápida e de qualidade para os irrigantes, que assim como ele, estavam começando. “Precisávamos de segurança para quem é irrigante e para quem vai investir no negócio. E precisava ter junto, um nome de total confiança como é a Copasul para a gente: nosso braço, direito, esquerdo e nossas pernas.” Fato comum em fazendas de todo o país, Nelson começou a dedicar-se ao trabalho na roça muito cedo. “Minha vida na agricultura começa aos sete anos de idade, plantando soja e arrancando café.” Em Marialva-PR, onde vivia com os pais e irmãos, preferia a tarefa no sítio que a da escola. “Trabalho não mata ninguém.” Ali cresceu, casou e foi construindo a vida. Como ele, os irmãos foram seguindo seus destinos, passados por gerações, de serem agricultores. Em 1988, visitando um primo

na região de Naviraí, conheceu terra boa e com preço baixo. Sabendo da pequena expectativa para todos da família, que estava só crescendo no Paraná, 60 dias depois, vendem 11 alqueires na cidade natal e conseguem com o dinheiro comprar 80 no MS. “Para nós foi um passo enorme.” Começaram plantando soja: “a gente sempre foi ‘sojeiro’ e aqui tinha muito pouca soja. Algodão era o carro chefe”. Em três anos, conseguiram aumentar para 150 alqueires. Além de soja no verão, faziam safrinha de milho e de trigo no inverno. Apesar do risco com a geada, não paravam, pois já estavam acostumados a driblá-la no Paraná. Perdeu lavoura por conta dos veranicos e bolsões típicos do clima da região. Da sua propriedade, via o pivô de um vizinho e sonhava em irrigar. Vendo que o preço do equipamento era próximo do valor das terras baratas em Naviraí, foi preferindo adquirir terras. “Quando você quer uma coisa, você vê a parte boa do negócio e quando você não quer,

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você só vê a parte ruim. Uma das coisas que não me deixavam ir para a irrigação era esse pensamento. Pensava que se eu plantasse dois mil hectares, por quê ia adiantar irrigar só 100 ha? Com o tempo, comecei a enxergar isso de outra maneira. Vi que se eu não começasse com um pivô, eu não teria nem cinco, nem dez, nem 20. Consegui superar os entraves que eu tinha.” Prestes a completar dois anos de irrigação e seis safras, Nelson Antonini vê que a irrigação é mais vantajosa do que ele imaginava: “o que eu achei mais fantástico é o poder que a gente tem de programar e poder cumprir todas as etapas da programação que fazemos na lavoura. Isso é a maior tranquilidade e não tem preço”. Hoje, irrigando 300 hectares em dois pivôs de 14 lances, os planos são de gente grande: mais oito pivôs e 1.050 ha irrigados em uma propriedade, e mais quatro pivôs irrigando 370 ha em outra. A ideia é produzir além de soja, milho e trigo, que de-


pois de muitos anos voltou a cultivar – fazendo 03 safras/ano, está em teste com melancia irrigada, irrigar capim para gado de elite como rotação de cultura, fugindo do alto valor do confinamento. Outro grande nicho que percebeu foi o cultivo de semente de soja: “já estou fazendo minha própria semente – registrada. O que economizei só esse ano com a compra de semente, praticamente pagou os dois pivôs”. Já na quarta geração no MS, Nelson, os irmãos, filho, genro e sobrinhos fazem parte de uma empresa familiar, onde cada um tem sua responsabilidade e autonomia. Para ele, essa parceria acontece pela determinação e paixão de todos. “Aprendemos com nosso pai. Se centralizássemos só na gente o trabalho, os mais novos perdiam o interesse. Tem que dar oportunidade para eles irem crescendo também.”

O irrigante pioneiro de Naviraí Sukesada Takehara é a figura importante que despertou o sonho de irrigação em Nelson Antonini. Naturalizado brasileiro, veio para o Brasil em 1958, com apenas 18 anos de idade. Seu país de origem – o Japão, encontrava-se em séria crise econômica e tentava se reerguer do estrago da Segunda Guerra. Atrás de oportunidade, veio sozinho com mais 800 imigrantes japoneses, em um navio, sem saber ao certo o que ia fazer no Brasil. No porto de Santos soube que seguiria para uma fazenda de gado holandês. Sem falar uma única palavra em português, o sr. Takehara começou sua trajetória no Brasil tirando leite no interior paulista. Ao todo foram três anos. Apesar de ser de uma família do campo, viu que por aqui as coisas na fazenda eram completamente diferentes. Até sair do Japão, tinha praticamente só estudado e viu a vida difícil do produtor rural. Não pensou em desistir, pois tinha que cumprir o contrato que assinara. Vencendo o contrato em São Paulo, foi para o Paraná, onde ajudou no plantio de algodão. Foi conhecendo a família do sr. Sakae, que estava plantando hortelã em Naviraí, que

foi para o Mato Grosso do Sul. Logo começou a trabalhar com o algodão como funcionário e depois em sociedade com o próprio sr. Sakae. “Um grande líder! Conseguiu montar muita coisa e, hoje, estamos todos bem, graças a Deus.” Com a abertura da Copasul, as coisas foram melhorando até para o sr. Takehara, que ainda era funcionário. Em 25 anos de trabalho braçal no Brasil, adquiriu a primeira porção de terra. “Para requerer terra tem que ter volume de dinheiro. Sempre comprei pouco a pouco, igual a galinha que enche o papo de grão em grão.” Começou com algodão, depois soja, milho e feijão. Sua paciência não impossibilitou de ver um grande investimento e, logo que adquiriu terra, viu a necessidade de fazer a aquisição do primeiro pivô na região, em 1985. “Decidi pela irrigação porque temos veranicos e secas a partir do fim de dezembro. As poucas chuvas não-

“Decidi pela irrigação porque temos veranicos (...) As poucas chuvas não davam safra satisfatória. Achei que se irrigasse teria safra normal, ou maior” davam safra satisfatória. Achei que se irrigasse teria safra normal, ou maior.” Com 1.370 ha, sendo 400 irrigado com soja e milho, o sr. Takehara faz duas safras/ano. Por conta da grande presença de chuvas na região, liga os pivôs mais nos veranicos. Por causa da má qualidade energética disponível, faz o funcionamento com óleo diesel, vendo que na média anual, vale mais a pena: evitando gastos com demanda, multas e problemas com descarga de energia e queima de equipamento. Essa é a realidade dos irrigantes da localidade. “A parceria Copasul/Valley é muito válida, pois agora a revenda está perto do usuário, proporcionando assistência próxima da lavoura.”

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Brasil Afora

Sukesada Takehara Considerando ser patrão, administrador e chefe de equipe, toca a lavoura com a ajuda de funcionários. Casado e pai de quatro filhos, sendo o único homem agrônomo, prefere trabalhar separado, vendo essa ser uma alternativa para crescimento do filho, e diz dar conselhos apenas quando é solicitado. “Para meu filho ser bom na profissão, tenho que ser exemplo, porque criança segue olhando as costas do pai. Quando meu filho disse que ia estudar agronomia, fiquei contente.” Quanto à maior diferença entre brasileiros e japoneses, diz: “Quando vim para o Brasil era o meu país do futuro. Trabalhando honestamente, com seriedade e trabalho, todo mundo tem oportunidade para crescer. Tem que fazer a sua parte. Não adianta só reclamar do governo, senão não vai para frente. O trabalhador no Bra-

sil precisa ter cultura e educação, como no Japão. Quando cheguei, assustava ver tanta gente trabalhando na zona rural analfabeto.” A história da Copasul não é mais nem menos importante que a de muitos, mas merece reconhecimento e louvor. São homens como o sr. Sakae, Takehara e Antonini, e muitos outros que buscaram o sonho de trabalhar em equipe, focados na base da cooperação, que fortalecem o exemplo de que os méritos do sucesso e da propriedade da terra se dão por conta de uma só ação: o trabalho.

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Fotos de arquivo monstram forma de escoamento da produção via Rio Paraná


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Por dentro da Irriger

PLANTIO SOB PIVÔS – MÁXIMA PRODUÇÃO E RENTABILIDADE POR ÁREA Comparando com o sistema de produção de sequeiro, ou seja, sem a utilização da tecnologia da irrigação, as áreas irrigadas propiciam forte aumento da produção por hectare, maximiza a eficiência do uso da terra e da rentabilidade do produtor. Alguns números são impressionantes: 18% das áreas de produção são irrigadas, sendo responsáveis por 44% da produção mundial de alimentos.

Especificamente no Brasil, segundo estimativa da ANA, temos cerca de 5,8 milhões de hectares irrigados; levantamentos oficiais da ANA e SENIR (Secretaria Nacional de Irrigação) indicam que o potencial de irrigação no Brasil é de 29 milhões de hectares, ou seja, utilizamos apenas 21% do potencial que dispomos. Devido à adaptabilidade, eficiência de operação e fácil manutenção,

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o uso de equipamentos tipo pivôs centrais tem se consolidado cada vez mais no Brasil. Atualmente, é o sistema de maior expansão em novas áreas instaladas no país, cobrindo, em média, mais de 100.000 novos hectares/ano, nos últimos três anos, segundo dados da ABIMAQ-CSEI. É importante enfatizar o conceito de agricultura irrigada. Agricultura irrigada não é “sequeiro + água”. A


adoção da irrigação promove forte transformação no planejamento agrícola, gestão financeira, treinamento e preparo da equipe e padrão tecnológico adotado. Os critérios técnicos precisam ser repensados, desde o preparo de solo, definição da cultura e material, maquinário, recomendação de adubação, operação de plantio, de aplicação de adubos e defensivos, manejo integrado de pragas e doenças, etc. De início, a grande vantagem que se tem em adotar a irrigação é a garantia de não haver quebra de safra durante a safra de “verão”, pois, na maior parte das regiões produtoras de grãos do país, devido à irregularidade de chuvas, ocorre, pelo menos, um veranico que provoca significativa perda produtiva a cada quatro anos. Um estudo realizado pela Irriger em áreas de produção de soja do oeste da Bahia e altiplano de Brasília, submetidas à gestão de irrigação do sistema Irriger, comparando produtividade em áreas de sequeiro e irrigada, produzidas no período chuvoso, apresentou os seguintes resultados: produtividade média das áreas de sequeiro foi de 49 sc/ha, enquanto que a produtividade média das áreas irrigadas foi de 67 sc/ha. Além de produzir quase 18 sc/a a mais, as áreas irrigadas apresentaram maior estabilidade.

Normalmente, os produtores de sequeiro conseguem fazer a “safrinha” entre 30% e 60% da área total cultivada. Logo, é possível realizar, no máximo 1,5 ciclos/ano. Ainda assim, o segundo ciclo tem potencial de produção de, no máximo, 50% a 70%, se comparado com a primeira safra, com muito maior probabilidade de haver forte restrição hídrica ao longo do ciclo (de fevereiro a junho) e a produtividade baixar muito.

Agricultura irrigada não é “sequeiro + água” Utilizando pivôs centrais, a perspectiva de produtividade do segundo ciclo passa a ser potencial, há várias estratégias viáveis em termos de rotação de culturas, quando inclui a irrigação. De modo geral, vários produtores atendidos pela Irriger conseguem realizar de 2 a 2,5 ciclos por ano sob pivôs. Alguns preferem priorizar melhores janelas de produção e culturas de maior valor agregado, como feijão, sementes de milho, algodão e hortaliças (batata e tomate, principalmente), e outros preferem trabalhar com culturas que apresentam menor risco de produção.

Fazenda

Cultura

Área

Utilização

Redução

Produtividade

(ha)

Irrigação

Etpc (%)**

Media (sc/ha)

A

Soja

1452,00

Sim

15,14%

65,36

B

Soja

1203,00

Sim

13,11%

73,02

C

Soja

389,49

Sim

9,75%

72,94

D

Soja

616,74

Sim

8,44%

60,69

E

Soja

850,00

Sim

20,35%

67,49

14,20%

67,82

F

Soja

8084,33

Não

24,63%

57,34

4511,22 G

Soja

9171,92

Não

21,75%

47,27

H

Soja

5610,30

Não

27,38%

44,35

I

Soja

1366,36

Não

26,14%

35,03

24,26%

49,26

24232,91

Tabela 01: Levantamento de produtividade média de soja sob irrigação e sequeiro, monitoradas pela Irriger entre os anos de 2009 e 2011, no altiplano de Brasília e Oeste da Bahia*. * Elaborado por Faos Pereira Lopes, Gerente Regional da Irriger e apresentado como trabalho de conclusão de curso de MBA da FGV. **% da redução da evapotranspiração potencial da cultura: stress hídrico acumulado ao longo do ciclo. % do que a cultura deixou de consumir água em relação ao seu potencial de demanda. 49


Por dentro da Irriger Jan

Fev

Mar

Abril

Maio

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Ano 01

Soja

Soja

Soja

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 02

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 03

Soja

Feijão

Feijão

Feijão

Feijão

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Ano 04

Soja

Soja

Soja

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 05

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 06

Soja

Feijão

Feijão

Feijão

Feijão

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Ano 07

Soja

Soja

Soja

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 08

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Soja

Ano 09

Soja

Feijão

Feijão

Feijão

Feijão

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Ano 10

Soja

Soja

Milho

Milho

Milho

Milho

Milho

Soja

Soja

Tabela 02: Plano de sucessão de plantios sob pivôs adotado em diversos polos de produção irrigada do cerrado brasileiro. As culturas consideradas como prioritárias são de milho semente e soja (respeitando-se o vazio sanitário).

Ciclos

Feijão

3

Soja

10

Milho

10

Total

23

Média (ciclos/ano)

2,3

Milho Semente

Soja

Feijão

Produtividade planejada (sc/ha)

170*

65

50

Custo (R$/ha)

2624,67

2150,45

3718,63

Preço (R$/sc)

23,00

62,00

125,00

Produtividade (sc/ha)

170,00

65,00

50,00

Receita (R$/ha)

3910,00

4030,00

6250,00

Margem (R$/ha)

1285,33

1879,55

2531,37

Margem (%)

33%

47%

41%

Tabela 03: Margem de rentabilidade para produção sob pivôs. *Pagamento do mínimo garantido pelas sementeiras.

Soja

Milho

Produtividade Planejada (sc/ha)

50,00*

90,00*

Custo (R$/ha)

1773,27

1879,92

Preço (R$/sc)

62,00

23,00

Produtividade (sc/ha)

50,00

90,00

Receita (R$/ha)

3100,00

2070,00

Margem R$/HA

1326,73

190,08

Margem (%)

43%

9%

Tabela 04: Margem de rentabilidade para produção de sequeiro. *Produtividades considerando média de produtividade de 05 anos.

50


INDICADORES

Pivôs central

Sequeiro

Elétrico

Tempo de retorno do capital (anos)

3,4

Valor presente líquido (R$/ha/10 anos)

R$ 14,141,21

R$ 4,413,44

Taxa interna de retorno (%)

29,31%

IBC

2,48

Relação de viabilidade (pivôs centrais elétricos e sequeiro)

3,2

Tabela 05: Indicadores financeiros da análise de viabilidade considerando o plano de sucessão de cultivos apresentados na tabela 02.

Logo, o tempo de retorno do investimento em pivôs centrais é de 3,4 anos. Comparando com o sequeiro, a área irrigada resulta em 3,2 vezes mais rentabilidade em dez anos de projeção. Além disso, há vários ganhos correlatos que precisam ser considerados, tais como: 1) O investimento em pivôs centrais poder realizado com juros subsidiados (7,5%/ano). 2) Valorização do preço da terra. 3) Segurança no investimento por garantir suprimento de água às culturas. 4) Produção de sequeiro apresenta menos opção de culturas, as-

sim como restringe muito as janelas de plantio. 5) Possibilidade de diversificação e promover implantação de culturas de maior valor agregado, como sementes, feijão, tomate, hortaliças e algodão. Outro aspecto relevante para a decisão de se investir em pivôs centrais é o desconhecimento de como manejar o dia a dia desses equipamentos. Além dos sistemas de automação, que permitem controlar e monitorizar à distância o funcionamento, os irrigantes têm adotado sistemas de gerenciamento de irrigação disponíveis no mercado e que permitem

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estimar diariamente a necessidade hídrica das culturas, fazendo com que a decisão de irrigação seja realizada adotando-se critérios técnicos. Com isso, evitam-se irrigações excessivas, suprindo adequadamente a demanda hídrica, reduzindo doenças, diminuindo as perdas de nutrientes do solo por lixiviação e garantindo maior produtividade e qualidade da produção. Assim, mesmo o irrigante inexperiente poderá alcançar alto desempenho em termos de gestão de equipamentos, utilizando equipamentos com recursos tecnológicos e a prestação de serviços especializada.


Conhecimento

III Inovagri International Meeting | de 31/08 a 03/09 2015 Fortaleza-CE Observando a situação atual do Brasil, referente à agricultura que vive momento de transformação, e sendo hoje uma das maiores potências para a expansão da área irrigada, acontece o III Inovagri International Meeting – uma realização do Instituto Inovagri e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI). O evento contará com a participação de diversos palestrantes nacionais e internacionais, levantando a questão da irrigação, salinidade e recursos hídricos: http://www.inovagri.org.br/meeting.

Curso Projeto Pivot Central | 12 e 13/09 de 2015 - Brasília-DF Promover a educação em projetos adequados e acrescentar o desenvolvimento profissional, além de aumentar o conhecimento de técnicos de conservação de água: essa é a ideia do curso de dois dias que será ministrado pelo Engenheiro Victor Nunes. Informações: http://www. irrigacao.net/cursos/curso-projeto-pivot-central/.

III Simpósio de Irrigação – Tecnologias e Automação | de 02 a 03/10 de 2015 -

Piracicaba-SP

Coordenado pelo Grupo de Práticas em Irrigação e Drenagem da ESALQ/USP, o simpósio tem como objetivo discutir e apresentar técnicas atuais relacionadas às tecnologias dos diversos tipos de sistemas de irrigação. Informações: http://fealq.org.br/.

XXV CONIRD – Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem de 08 a 13/11 de 2015 - Aracaju-SE

Com o tema “Agricultura Irrigada no Semiárido Brasileiro – O Rio São Francisco que deságua no mar”, o XXV CONIRD tem como principal objetivo fortalecer em favor do desenvolvimento sustentável dos agronegócios calcados na agricultura irrigada e constituído pela ABID – Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem. O CONIRD utiliza exemplos de diversas cadeias produtivas voltadas para a maior segurança alimentar, bioenergética, para a produção de fibras e para a conquistas dos mercados interno e externo. A principal estratégia é dedicar intensamente ao trabalho cooperativo, tendo como princípio fortalecer, sendo o produtor elo central desse processo. Mais informações, acesse: www. abid.com.br.

Curso de Manejo de Sistemas da Irrigação | de 16 a 18 de novembro de 2015 - Viçosa-MG Voltado para todos os profissionais que possuem relação com a agricultura irrigada, e que tenham o interesse em conhecer as características, aplicações e operação dos principais sistemas de irrigação, definição do momento e da lâmina a ser aplicada em cada irrigação, bem como a importância e estratégias para alta eficiência de uso de água e energia. O curso envolve aulas teóricas e de práticas de campo; o tema é dividido em quatro seções. Durante o curso serão disponibilizados e utilizados softwares de apoio à decisão ManejoPlus e Irrisimples, com prática de campo sobre coleta de informações para utilização dos softwares. Mais informações: www.irriplus.com.br.

Curso de Projeto de Sistemas de Irrigação| de 19 a 21 de novembro - Viçosa-MG O curso se destina a profissionais que tenham conhecimentos básicos dos sistemas de irrigação por aspersão convencional, aspersão mecanizada e sistemas localizados, características de funcionamento e operação e, queiram se aprofundar nos aspectos relacionados ao projeto completo, envolvendo a motobomba, tubulações, acessórios e emissores. O curso é dividido em duas partes, e tem como objetivo capacitar técnicos e engenheiros agrônomos, agrícolas e de outras áreas afins para projetar sistemas de irrigação por aspersão e localizada de forma técnica e operacional, com a utilização de planilhas (ProjectPlus) os principais assuntos relacionados aos projetos de irrigação (parte agronômica e engenharia), desde a determinação da demanda de água, passando pelos dimensionamentos dos principais componentes. Mais informações no site: www.irriplus.com.br.

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Pergunte a Valley

Por Franklin Carvalho

COMO CALCULAR A ABERTURA DA LÂMINA D’ÁGUA DURANTE O PROCESSO DE IRRIGAÇÃO DOS PIVÔS VALLEY? Quando o irrigante ainda não conhece a metodologia de quanto irrigar, a primeira coisa que tem que ser feito é o manejo de irrigação. O agricultor precisa entender como funciona a caixa d’água de sua cultura, que é o solo de sua propriedade. É importante saber quais são as características que o solo tem, qual cultura vai ser programada durante os 12 meses do ano e quando o produtor vai plantar. A partir dessas informações, avaliar quais os fatores climáticos que vão ser enfrentados. Nós da Valley fazemos uma previsão, mas isso não quer dizer que vai ocorrer um acerto real. De acordo com

essa previsão, fazemos uma programação da lâmina. Muito importante lembrar que a cultura, como qualquer ser vivo, se desenvolve em estágios. Quando um grão está germinando, saindo de semente, ele necessita de uma quantidade de água mínima. Quando a planta está dando o fruto e enchendo o grão, ou seja, no ápice da produção, a quantidade de água deve ser muito maior, e quando ela já está no ponto de colheita, quase não há irrigação. O produtor precisa entender o ciclo da cultura que está plantando e o ciclo da climatologia da região onde ele atua e, assim, calcular a lâmina de irrigação. 54

Não existe uma lâmina para a região Nordeste e outra para o Sul. O que existe é uma lâmina para aquele local específico onde está a cultura. Hoje, o agricultor precisa estar informado e, para isso, ele deve buscar auxílio de uma consultoria da área agronômica, para entender o ciclo da cultura que está plantando. Outra importante informação é ter uma análise físico-química do solo e conhecer o que o seu solo contém para irrigação. Em cima de todas essas informações, executar seu plano de irrigação.


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Coluna do professor

O DESAFIO DA GESTÃO DA IRRIGAÇÃO EM PEQUENAS E MÉDIAS ÁREAS Por Everardo Mantovani - Professor Titular DEA-UFV e Sócio e Consultor da Irriger

A importância da agricultura irrigada na produção de alimentos, fibras e agroenergia tem sido cada vez mais reconhecida e o uso da tecnologia da irrigação é uma condição básica para o atendimento das demandas de produtos agrícolas por parte da sociedade, tanto para consumo quanto para exportação. Por outro lado, sabemos que, por utilizar insumos de alto valor ambiental e estratégico como água e energia e, por exigir investimentos elevados na implantação da infraestrutura necessária, o crescimento e o desenvolvimento da agricultura irrigada tem que ser feito em bases sustentáveis, ou seja, economicamente viável, ambientalmente responsável e socialmente justa. A importância de uma boa gestão de irrigação está disseminando. Aliada à maior conscientização da importância ambiental do uso eficiente da água, influenciam muito os fatores econômicos relacionados ao custo da energia, mão de obra e outros insumos, como também os aspectos legais relacionados à lei das águas, onde a outorga tem sido um importante instrumento de gestão e controle. Em propriedades com grandes áreas irrigadas, a gestão técnica da irrigação tem sido implantada com grande sucesso. Além da conscientização citada anteriormente, o tamanho da área e a capacidade de investimento têm possibilitado a contratação de consultorias, que implantam e promovem o funcionamento do sistema de gestão, treinando o pessoal técnico da fazenda na condução do processo no dia a dia. E em áreas irrigadas de pequeno e médio porte, como anda a situação? Nessas propriedades observam-se as maiores deficiências em utilização de sistemas técnicos de controle da irrigação e que, sem dúvida, necessitam de

soluções ao mesmo tempo técnicas e operacionais, viabilizando sua implantação. A grande limitação tem sido os sistemas pouco operacionais, que exigem permanentemente grande quantidade de medidas diárias, sensores de alto custo e pessoal especializado, o que dificulta a adoção da tecnologia. A experiência de longo tempo trabalhando no tema, permite pontuar que o sucesso da implantação de um programa de gestão da irrigação e a sua continuidade ao longo dos anos, depende de alguns requisitos básicos, onde se destacam: avaliação e ajuste do sistema de irrigação; levar em consideração as condições locais de solo; planta e clima e, a disponibilidade de água, equipamento e energia, considerando em todo processo a estratégia da condução da lavoura da propriedade; o sistema de produção; as metas de produção e produtividade; com a adequada conscientização e treinamento do pessoal envolvido. Fechase o ciclo com o acompanhamento periódico e um foco em resultados, a serem comprovados no final da safra. Trata-se de um processo que exige tecnologia, dedicação e foco, sendo que

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o ideal é uma implantação em etapas, permitindo a incorporação gradativa dos processos e benefícios e, quanto mais pontos forem atingidos, maiores os benefícios econômicos e ambientais relacionados à maior produtividade, menor consumo de água, energia, mão de obra e do equipamento. O sucesso na implantação e continuidade depende de que o processo de manejo seja feito pelo próprio pessoal da fazenda, o que exige um sistema técnico e ao mesmo tempo operacional, capaz de ser conduzido nestas condições. Como interagem solo, água, planta, sistema de irrigação e fatores operacionais, é fácil concluir que não existe uma receita e o uso de sistemas que prometem soluções simples e de fácil implantação e, sem um acompanhamento técnico, podem até ser bem intencionadas, mas são despreparadas tecnicamente e são frequentemente abandonadas em um curto espaço de tempo. Visando atender as especificidades das pequenas e médias propriedades, desenvolvemos um sistema simples e eficiente a ser utilizado por técnicos qualificados que atuem na assistência técnica. Trata-se do sistema Irrisimples®, uma ferramenta que permite gerar tabelas que definem a quantidade de água evapotranspirada pela cultura, ou seja, a quantidade de água retirada do solo pela planta e que deve ser reposta, em mm ou em tempo de irrigação em cada área irrigada. Toda tecnologia está inserida em um sistema que envolve treinamento; software de simples instalação e uso; utilização de informações técnicas objetivas das culturas e dos sistemas de irrigação e o uso de uma estação meteorológica simples, que pode ser manual (artesanal) ou automática (digital). Você poderá ver produtos, tabelas e mais detalhes disponíveis na página da Irriplus (www.irriplus.com.br).


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