Livro lions lauri

Page 1

LAURI CESAR BITTENCOURT Oficial da Policia Militar do Paraná (Major PM RR), formado na Escola de Formação de Oficiais da PMPR. Concluiu o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais(CAO) e foi Comandante do 4. Batalhão PM (1995). Formado em Matemática e Direito pela Universidade Estadual de Maringá. Concluiu a Escola Preparatória à Magistratura no Paraná. Mestre em Direito Penal, professor universitário, advogado, membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/Maringá. Participante de dezenas de Congressos e Simpósios Nacionais de Direito Penal e Processo Penal. Presidente do Instituto da Árvore de Maringá, presidente da Associação de Atletismo de Maringá (2008 a 2014), presidente do Conselho Gestor do Procon/Maringá. No Lions Clube Internacional: é associado há mais de 35 anos, presidente do Lions Clube Maringá Cidade Canção e Lions Clube Maringá Cristal, Vice-Governador e Governador do Distrito LD-6 (2003/2004). Assessor Distrital no Paraná e sul do Brasil. Fundador da Prova Rustica Tiradentes, Corrida da Mulher, Maratona de Revezamento Pare de Fumar Correndo e Meia Maratona de Maringá. Autor de dezenas de artigos publicados em revistas e jornais de Maringá.



O Leonismo " Leonismo é uma associação universal de homens probos e livres, de todas as profissões e credos religiosos, tendo a ética por princípio, amizade e companheirismo por meio e prestação de serviços ao homem e a sociedade por fim".


Copyright © by Lauri Cesar Bittencourt Autor: Lauri Cesar Bittencourt Diagramação / Projeto Gráfico: Vander Marques

2015 Impresso no Brasil É proibida a reprodução total ou parcial deste livro, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação, vídeos ou quaisquer outros sem permissão por escrito do autor. Todos os direitos reservados pelo autor Lauri Cesar Bittencourt


Honestidade, lealdade, transparĂŞncia, honradez, imparcialidade, retidĂŁo, serenidade e sobretudo... Respeito Ă dignidade humana


Dedicatória

Dedico este livro a todos os associados do Lions Clube Internacional do Brasil e dos mais de 200 paises de atuação, que preservam em suas condutas, para um mundo melhor, as virtudes da honestidade, lealdade, transparência, honradez, imparcialidade, retidão, serenidade e sobretudo o respeito à dignidade humana, tendo como valores supremos e imperativos o cumprimento do Codigo de Ética e aos Estatutos Leonisticos e acatamento das leis de seus países, consolidando, assim, a magnitude de Lions Clube Internacional.

“Ser ético é ser cumpridor das leis”


Sumário Introdução

11

RELAÇAO DE EX-GOVERNADORES QUE PRATICARAM CONDUTAS CRIMINOSAS DE DIFAMAÇAO E DE CALÚNIA CONTRA O AUTOR DO LIVRO

13

EX-GOVERNADORES QUE VIOLARAM A CONSTITUIÇAO FEDERAL E/ OU OS ESTATUTOS E O CÓDIGO DE ÉTICA.

13

PARTE I CAPÍTULO 1 - Minha carreira no Lions Clube Internacional

17

CAPÍTULO 2 - Meu trabalho como Governador do Distrito LD-6, na gestão 2003-2004

21

CAPÍTULO 3 - Repercussão nacional e internacional da minha gestão 2003-2004

33

PARTE II DA PRÁTICA DE CONDUTAS CRIMINOSAS E ANTIÉTICAS

44

CAPÍTULO 1 - Recusa de entrega da prestação de contas e documentação da gestão anterior 2002-2003 – responsabilidade dos Ex-Governadores. Antônio Joao Delfino Amalfi, Nilton Kinoshita e Acyr Iwankiw – infração ao art. 26, alínea “q”, do Estatuto – motivo que fez eclodir campanha difamatória e discriminatória contra o autor do livro , por mais de 10 anos, no Distrito LD-6- Paraná.

45

CAPÍTULO 2 - quebra do princípio da confiança e da ética pelo ExGovernador. Antônio João Delfino Amalfi, em plenária de Assembléia Geral em Maringá – 02.08.2003 - constrangimento geral ao autor do livro e demais presentes.

51

CAPÍTULO 3 - Cartas Anônimas contra o autor do livro, pelos ExGovernadores. Antônio João Delfino Amalfi, Nilton Tadanori Kinoshita e Georges El Haouli – condenação judicial – crime de difamação.

55


CAPÍTULO 4 - Renúncia em massa de Assessores contrários à carta “Lealdade” enviada pelo autor do livro.

65

CAPÍTULO 5 - Condenação judicial do Ex-Governador Jorge Carlos Lehmann (do Lions Clube de Rolândia) por ofensas difamatórias na Assembléia Geral em Guaíra, contra o autor do livro – depoimento decisivo do Ex-Governador Ademar Schiavone.

71

CAPÍTULO 6 - LEO CLUBE apresenta prestação de contas na Justiça.

81

CAPÍTULO 7 - Queixa crime no fórum de Guaíra – Paraná – 05 ExGovernadores no banco de réus.

85

CAPÍTULO 8 - Desvio ilegal de dinheiro – isenção ilegal de Taxa Distrital – responsabilidade dos Ex-Governadores Kinoshita, Amalfi e Acyr Iwankiwinfração ao art. 55 do Estatuto – pedido de intervenção a Rosane Vailatti Presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD.

91

CAPÍTULO 9 - Nulidade da eleição de. Ana Aparecida Sinhorini Ferreira, para o cargo de Governadora 2004-2005 na Convenção de Maringá em abril de 2004 - débito da Taxa Internacional.

101

CAPÍTULO 10 - Anulação judicial de Assembléia Geral em Guaíra – falta de quórum – responsabilidade da então Governadora. Ana Aparecida Sinhorini Ferreira e do Assessor Jurídico Antônio João Delfino Amalfi – 26.02.2005. Ação Judicial na 4. Vara Cível de Maringá.

107

CAPÍTULO 11 - Nomeação de Comissão de Finanças– ilegitimidade – Parecer de Finanças fraudulento – responsabilidade dos Ex-Governadores Nilton Tadanori Kinoshita e Paulo Sidney Zambon e da sócia Deisy Liboni (do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia)

117

CAPÍTULO 12 - Autor do livro é acusado falsamente pelo Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi da prática de crime de Apropriação Indébita – art. 168 do Código Penal – e-mail enviado a lideranças de todo o país – crime de difamação e injúria..

123

CAPÍTULO 13 - Moção assinada pelo Ex-Governador AMALFI para Auditoria nas contas da gestão do autor do livro– pedido de exclusão do Autor do livro do Lions Internacional – acusação criminal falsa – crime de


calúnia praticado por Amalfi e Lions Clube de Londrina Independência.

127

CAPÍTULO 14 - A Auditoria nas contas do autor do livro.

133

CAPÍTULO 15 - Pedido de exclusão do autor do livro do Leonismo – insucesso – responsabilidade dos Ex-Governadores Antônio João Delfino Amalfi e Gilberto Leutti (do Lions Clube de Cambé) – infração à Constituição Federal – omissão da ampla defesa e contraditório.

139

CAPÍTULO 16 - Ações Cautelares de Exibição de Documentos nos fóruns de Maringá e Santo Antônio da Platina – responsabilidade dos Ex-Governadores Antônio João Delfino Amalfi e José Barbosa Filho (do Lions Clube de Santo Antônio da Platina) – Sentenças judiciais condenam a Governadoria.

143

CAPÍTULO 17 - A mentira do Ex-Governador Acyr Iwankiw.

147

CAPÍTULO 18 - Projeto Retinopatia Diabética – autor do livro é impedido pela Governadoria 2005/2006 na coordenação e realização do projeto – ação social iria beneficiar mais de 5.000 pessoas com problemas na visão, de Maringá e região – Um crime contra a Humanidade – responsabilidade do Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi.

151

CAPÍTULO 19 - Impunidade no Lions Clube Internacional – pedidos inócuos de expulsão e exoneração de cargos.

161

CAPÍTULO 20 - “AGDL” – Associação de Governadores do Distrito LD-6. Uma organização criminosa?

167

CAPÍTULO 21 - Necessidade de existência de leis da Ficha Limpa e de Tribunal de Ética e Disciplina no Lions Clube Internacional em todos os países.

171

CAPÍTULO 22 - O perfil do Distrito LD-6 – necessidade de crescimento.

175

Considerações Finais

178

Índice Onomástico

179



Uma década de decadência ética e moral 11

Introdução O Lions Clube Internacional é uma instituição global, com sede em Oak Brooks, no Estado de Illinois, Estados Unidos e atua em mais de 208 países e tem mais de 98 anos de existência. Em 2017 completa 100 anos. Sua marca fundamental, seu carro chefe, é o trabalho mundial de prevenção à cegueira e de vários serviços sociais e educacionais, tais como atendimento à saúde, conscientização no trânsito, campanhas na área de Educação, socorro a feridos em catástrofes, etc. É a maior ONG – Organização Não Governamental - do planeta e sua Fundação recebe como doação milhões de dólares, anualmente, de empresas multinacionais e de pessoas físicas, para aplicar na ajuda aos mais necessitados, no combate à fome na África e pelo mundo afora. A confiança que recebe das comunidades é impressionante face aos seus princípios éticos e morais. Por isso é um privilégio pertencer ao Lions Clube Internacional, seja no Paraná ou em qualquer lugar do mundo. O Estatuto Internacional e o Código de Ética são os mesmos seja para brasileiros, americanos, europeus ou asiáticos. Portanto, para ser membro do Lions Clube o cidadão deve ter as qualidades de liderança, a solidariedade em seu coração, ser um homem de bem, ser leal, solidário, honesto, transparente e assim por diante. Para ingressar no Lions Clube não pode ser de iniciativa própria, tem que ser convidado por um sócio, que faz uma seletiva entre os cidadãos de bem em seu círculo de amizades, familiar e profissional, pois a responsabilidade de um padrinho é imensa. Porém, a evolução da humanidade mostra que o homem desvirtua tais qualidades, agredindo seu semelhante, mantendo-se na capa de proteção da corrupção e de ilicitudes, violando a ética e a moral. Pergunta-se então, no mundo moderno, qual a instituição que tem a virtude de ter em seus quadros somente homens éticos e leais? Hoje em dia, nem a Igreja escapa de acusações de desvios de conduta e deturpações das principais virtudes que valorizam um homem de bem e de uma sociedade sadia. O Brasil está navegando firmemente na seara de um mundo antiético e imoral, a partir dos poderes constituídos, seja de nível federal, estadual e municipal. Essa crise ética chegou também no Lions Clube Internacional e vivenciada pelos paranaenses, desde a estão 2002/2003, no Distrito LD-6, que compreende os Lions Clubes da metade do Estado do Paraná, de Santo Antônio da Platina a Guaíra. É a maior crise mundial da história do Lions Internacional e é meu objetivo nesta obra, relatar, percucientemente, o desenvolvimento desses episódios de violação ao Estatuto de Lions Internacional, de agressão ao Código de Ética, de afrontas à Constituição Federal brasileira, que duram mais de 10 anos, uma década! Alguns ex-governadores como o advogado Antônio João Delfino Amalfi (Governador 1978/1979 e era sócio do Lions Clube Londrina Independência), Nilton Tadanori Kinoshita (Governador 2002/2003, do Lions Clube de Apucarana) e ainda Georges El Haouli (Governador 1981/1982, do Lions Clube de Cambé), os quais, no início de minha gestão de Governador 2003/2004, praticaram uma


12 Uma década de decadência ética e moral

conduta criminosa totalmente inexplicável, ao enviarem Cartas Anônimas a inúmeras lideranças leonísticas nacionais, detonaram a crise. Com essa podridão de condutas, esses notáveis ex-governadores jogaram merda no ventilador, rasgaram e jogaram o Código de Ética do leonismo na lata de lixo. Outras condutas antiéticas, difamatórias e discriminatórias ocorreram a partir dessas Cartas Anônimas, envolvendo outros exgovernadores, instalando-se um corporativismo orquestrado inédito e criou-se um mar de lama no Distrito LD-6 e um câncer no Lions Clube Internacional, em que a hipocrisia, a desonestidade e a deslealdade foram bandeiras desfraldadas por esse grupo de malfeitores que cometeram múltiplas condutas de verdadeiros canalhas. Essa crise dura mais de 10 anos no Distrito LD-6 caracterizando-se a maior crise antiética e imoral, protegendo esses indivíduos no véu da impunidade administrativa, cujas transgressões violaram a Constituição Federal, os Estatutos Internacional e do Distrito LD-6 e o Código de Ética, que é a bíblia e o norte das atuações dos Leões em todo o mundo. Essa triste história, um câncer sempre vivo no coração do Lions Clube Internacional, é contada nesta obra. Ressalte-se que dezenas de documentos desta crise, na íntegra, estão publicados no site www.lauribittencourt.com.br, para quem quiser ver. Publico também vários manifestos de órgãos colegiados leonísticos e de sócios, individualmente, os quais denunciam também condutas antiéticas e desonestas, comprovando-se que a Associação Lions Clube Internacional precisa de mecanismos de punibilidade dos maus sócios. Por isso, nos capítulos 19 e 21 analiso a questão da impunidade e a criação de um Tribunal de Ética e Disciplina, no Leonismo. O Autor do livro foi vítima de traições e apunhalado pelas costas várias vezes. Foi difamado e caluniado numa vergonhosa e covarde campanha difamatória e discriminatória. Foi à Justiça com inúmeras ações judiciais e houve 08 (oito) condenações de ex-governadores e da Governadoria do Distrito LD-6, restabelecendo-se parcialmente a dignidade do ser humano.


Uma década de decadência ética e moral 13

RELAÇAO DE EX-GOVERNADORES QUE PRATICARAM CONDUTAS CRIMINOSAS DE DIFAMAÇAO E DE CALÚNIA CONTRA O AUTOR DO LIVRO: - PDG ANTONIO JOAO DELFINO AMALFI (do Lions Clube de Londrina) gestão 1978-1979 - PDG NILTON TADANORI KINOSHITA (do Lions Clube de Apucarana) gestão 2002-2003 - PDG GEORGES EL HAOULI (do Lions Clube de Cambé) gestão 1981-1982 - PDG JORGE CARLOS LEHMANN (do Lions Clube de Rolândia) gestão 1983-1984

EX GOVERNADORES QUE VIOLARAM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E-OU OS ESTATUTOS E O CÓDIGO DE ÉTICA. - PDG ACYR IWANKIW (do Lions Clube de Apucarana) gestão 1973-1974 - PDG PAULO SIDNEY ZAMBON (do Lions Clube de Bandeirantes) gestão 1991-1992 - PDG ANA APARECIDA RODRIGUES FERREIRA (do Lions Clube de Cambará) gestão 2004-2005 - PDG JOSE BARBOZA FILHO (do Lions Clube de Santo Antônio da Platina) gestão 2006-2007 - PDG LIZA CRISTINA GANEM NOVAES (do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) gestão 2008-2009 - PDG GILBERTO LEUTTI (do Lions Clube de Cambé) gestão 2009-2010 - PDG ACIR LUIZ SIQUEIRA (do Lions Clube de Londrina) gestão 2010-1011 - PDG EVILÁSIO BERTOLDO CONRADI(do Lions Clube de Mandaguari) gestão 2014-2015.


14 Uma década de decadência ética e moral


Parte I Lions Clube Internacional DISTRITO LD-6 - PR / BRASIL

“ Uma Década de Decadência Ética e Moral ”


16 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 17

Capítulo 1

Minha carreira no Lions Clube Internacional

Como entrei no Lions Clube - Corria o ano de 1979 e eu era 1º Tenente da PMPR, no 4º Batalhão PM, em Maringá e exercia, dentre outros cargos operacionais, a excelsa função de ser o Oficial de Comunicação Social/Relações Públicas/Porta Voz dessa valorosa Organização Policial Militar. Assim, toda semana eu dava entrevistas, semanalmente, a várias emissoras de rádio, televisão e jornais de Maringá e a nível estadual. Meu nome já era bastante conhecido em toda Maringá, face à responsabilidade e seriedade no trato de divulgar a imagem da Polícia Militar, na área de segurança pública, junto à comunidade maringaense e de toda a região. Além do mais, meu nome era uma unanimidade também na cidade, na área do esporte, haja vista ter sido o Coordenador Geral da Prova Rústica Tiradentes e responsável por sua existência, eis que a criamos em 1975 e hoje, já são mais de 4 décadas de sua realização, um privilégio para Maringá. Por estes motivos fui sondado para integrar o Lions Clube, Rotary Clube e Maçonaria e eis que numa bela manhã, em 1979, em meu departamento de Relações Públicas no Batalhão, apareceram 03 associados do Lions Clube Maringá Cidade Canção (empresário Jefferson Alves Terra e o Diretor Financeiro de uma multinacional Jair Bueno de Almeida) e me convidaram para ser sócio dessa instituição internacional. De plano aceitei o convite, pois se eu já exercia uma liderança na Polícia Militar, num trabalho de interesse público, também poderia fazê-lo assim também no Lions Clube, aproveitando minha experiência na Segurança Pública e poderia colaborar para a realização de muitas campanhas de trânsito, etc., junto a escolas e à comunidade em geral. Portanto, nesse ano ingressei no Lions Club Internacional (uma instituição mundial que presta serviços voluntários à comunidade, presente em mais de 200 países). Mais precisamente, ingressei no Lions Clube Maringá Cidade Canção, do Distrito LD-6 (Paraná). Aceitando o convite e ao longo de vários anos exerci diversos cargos no clube até que fui eleito presidente na gestão 1987/88/89, desenvolvendo uma das melhores gestões leonísticas no Paraná. Na época nomeei o atual prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, como secretário do clube. Após um tempo, me desliguei desse


18 Uma década de decadência ética e moral

clube e ingressei em outro Lions Clube de Maringá, o Lions Clube de Maringá Cristal, um jovem clube e que entendi ser interessante também continuar minha participação nessa organização internacional. Também fui eleito presidente nesse Lions Maringá Cristal na gestão 2001/2002 e destaco 02 importantes projetos ali concretizados: criamos o Banco Ortopédico, para distribuição de cadeiras de rodas e outros aparelhos ortopédicos, para pessoas carentes, e também realizamos (com a participação especial de minha esposa Maria Elisabeth, educadora estadual), o I FORUM ESTUDANTIL, um ciclo de 134 palestras em um só dia, na Escola Estadual Branca da Mota Fernandes, de Maringá, com variados temas de interesses dos estudantes, que foram temas sobre drogas, cidadania, civismo, Conselho Tutelar, relacionamento dos pais e filhos, etc. (ver Anexo 125 no meu site www.lauribittencourt.com.br). Daí, passei a exercer cargos a nível do Distrito LD-6, como Assessor Distrital de Trânsito, de Civismo e a nível de sul do Brasil( Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) exerci o cargo de Assessor de Educação e depois o cargo de Assessor de Penas Alternativas, no âmbito do Distrito Múltiplo LD (que congrega os estados do PR, SC e RS), apresentando vários projetos para que os Lions Clubes os aplicassem em suas cidades. Também participei das Convenções do Lions no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fatos que me projetaram no Paraná e muitos sócios entendiam que eu deveria ser Governador do Distrito LD-6, mais cedo ou mais tarde. Lembro que em uma Convenção, o Ex-Governador Fábio Minghini, passou por mim e disse: “Lauri, você tá com cara de Governador”. Tais estímulos me levaram a escrever matérias na revista Lions Clube/Distrito LD-6, para o fim de que nome fosse ainda mais conhecido dos mais de 1.250 associados do Distrito LD-6. Finalmente, fui lançado a Vice-Governador na gestão 2002/2003, já com a garantia de ser o Governador da gestão 2003/2004. Porém, havia um outro candidato de Maringá, também interessado na eleição, o qual passou a fazer campanha em vários clubes do Distrito. Mas ele teve o apoio somente de um ex-Governador de Londrina e esse candidato de Maringá acabou desistindo da candidatura e fui candidato único, sendo aclamado, portanto, Vice Governador em 2002/2003. Como Vice-Governador e junto com minha esposa Elisabeth, passei fazer uma pesquisa inédita no Distrito LD-6, a fim de elaborar meu plano de trabalho e projetos para minha Governadoria, no ano seguinte. Conversei com dezenas de associados a fim de fazer uma prospecção das necessidades do leonismo, uma vez que havia uma necessidade premente de despertar a motivação nos associados, para aumento de sócios e fundação de novos clubes. Com essa inédita pesquisa, consegui fazer um acervo de 160 (cento e sessenta) ideias de projetos. Depois, analisando cada um deles, elaborei 54 novos e definitivas ações e, ao final de minha gestão de Governador, o Distrito teve um crescimento geral, como eu tinha planejado. Um sócio do Lions clube de Cianorte, me disse que estava esperando a minha gestão de Governador, pois iria se afastar do leonismo, já que estava desmotivado. Ao final de minha gestão, esse associado não só permaneceu no Lions Clube, como também foi padrinho de sua esposa como nova associada. Para mim, foi uma imensa satisfação de


Uma década de decadência ética e moral 19

testemunhar tal fato, pois constatei que meu trabalho valeu a pena como Governador do Distrito LD-6. Em junho de 2003, tomei posse como Governador do Distrito LD-6, do Lions Clube Internacional, na 86 Convenção Internacional, na cidade de Denver, Estado do Colorado, nos Estados Unidos, sendo uma experiência fantástica. Nessa Convenção Internacional participaram os 730 Governadores de Lions Clube do mundo, incluindo os 30 Governadores de Distritos no Brasil. Cerca de 15.000 associados de 200 países participaram da Convenção e tiramos fotos e interagimos com pessoas de vários países, seja da Índia, Estados Unidos, Canadá, China, Coréia, Colômbia. Voltando ao Brasil para então iniciar efetivamente a minha gestão de governador, a partir de 01 de julho de 2003, meu entusiasmo era extraordinário e eu visualizava um crescimento do Distrito LD-6 também extraordinário. Minha gestão foi um sucesso, porém, depois que entreguei o cargo para a nova Governadora esse entusiasmo se tornou uma triste lembrança, pois a inveja de muitos líderes (?) do Distrito LD-6, o seu mau caráter, a agressão à Ética e à Moral, me fizeram uma vítima de uma sórdida campanha difamatória, que eu jamais imaginaria que poderia existir no Lions Clube Internacional, cuja nódoa no coração do leonismo deixou uma marca indelével em sua história, que será contada, com detalhes, nos capítulos desta obra literária. Veja no meu site a matéria “Os Falsos Profetas”, no Anexo 03 e também a minha mensagem inicial como Governador no Anexo 021.


20 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 21

Capítulo 2

Meu trabalho como Governador do Distrito LD-6 na gestão 2003/2004:

Fui eleito Vice-Governador para a gestão 2002/2003 e eleito Governador do Distrito LD-6 para a gestão 2003/2004, na área geográfica do interior do Paraná, entre as cidade de Guaíra e Joaquim Távora, perto da fronteira com São Paulo. E este meu trabalho como Governador foi um dos mais bem sucedidos no Brasil, pois atingiu níveis de divulgação em todos os estados brasileiros. Minha marca ao exercer qualquer função sempre foi o de inovar e jamais ser “apenas mais um” no cargo de Governador que por ali passaram e cumpriam somente o necessário. A minha vida como cadete da Academia Policial Militar do Guatupê, dos 18 aos 20 anos de idade, na Escola de Formação de Oficiais, além de me formar como um verdadeiro cidadão e com essa consciência de cidadania, me ensinou a ser empreendor, a ser inovador. Aliado a esta aura de respeitabilidade, conduzi minha vida na estrada cimentada da lealdade, da ética, da moral, bom caráter, do bom senso, da honestidade, da transparência e da dignidade do ser humano. Assim é que mostrei esses dotes não só na Academia Militar, como também nos 25 anos de Oficial da PMPR, na cidade de Maringá, nos cursos de Matemática, na UEM, curso de Direito, na UEM, escola Preparatória à Magistratura em Maringá, no Mestrado em Direito Penal, na UEM, no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em Curitiba, nos 06 anos em que fui presidente da Associação de Atletismo de Maringá, (de 2008 a 2014 e nesse período, neste cargo no atletismo, recebi e administrei o valor de cerca de R$ 1.450.000,00 (um milhão e quatrocentos e cincoenta mil reais) de convênios com a prefeitura Municipal de Maringá e Caixa Econômica Federal e todas as prestações de contas foram aprovadas pela Prefeitura de Maringá, pela Caixa Econômica Federal e pelo Tribunal de Contas do Estado, conforme se vê no site www.atletismodemaringa.com.br). Conquistei também a respeitabilidade maringaense, do Poder Judiciário e Ministério Público, no exercício da profissão de advogado. Portanto, essa minha atuação escorreita me proporcionou ser admirado e respeitado pelas pessoas em minha cidade e no


22 Uma década de decadência ética e moral

Paraná. Com essa marca de lealdade, assumi o cargo de Governador do Distrito LD-6, em 01 de julho de 2003, com vários desafios à frente: o Lions Clube Internacional vinha perdendo sócios a cada ano, o nosso Distrito LD-6 carecia de motivação, a participação de associados nos Conselhos Distritais vinha minguando inexoravelmente. Minha responsabilidade, destarte, era enorme. Desfraldei a bandeira da lealdade, da honestidade e da transparência e dei largada ao meu mandato de 01 (um) ano à frente do Distrito LD-6. Meu desafio inicial era o de apresentar um plano de ação convincente para atrair a atenção dos cerca de 1.280 associados do Distrito, eis que eu tinha percepção de que eu deveria manter, indubitavelmente, o número de sócios e/ ou aumentar esse número no Distrito, possibilitando o seu crescimento tão desejado pelos Presidentes Internacionais e por toda a comunidade leonística em todo o mundo, ano a ano, além de desenvolver um programa motivacional aos sócios, despertando neles a vontade e a voluntariedade de se empenharem mais no serviço leonístico e fazer do Distrito uma cidadela de verdadeiro companheirismo e amizade, que são as fontes inesgotáveis que motivam os Leões a frequentarem um Lions Clubes, seja na América, seja na África ou na Europa. Vale destacar a premissa: “se estou bem no clube e me sinto feliz por que não continuar?”. Com tais pensamentos, defini o meu lema da minha gestão “Lions a Serviço da Paz e Cidadania”, ou seja, paz entre os Leões e paz no mundo todo e o termo cidadania no sentido de investir e aplicar na comunidade todo o meu programa de ações planejadas, possibilitando o crescimento do ser humano em todos os sentidos, seja na educação, saúde, na moral e na Ética, etc. O lema do nosso Presidente Internacional 2003/2004, Tae Sup Lee, da Coréia era: “Inovação: a Porta de Entrada para o nosso Futuro” (veja sua mensagem internacional no Anexo 026, do meu site). Abracei por inteiro tal recomendação e assim é que meu plano de ação foi elaborado por mim mesmo, rumo à inovação, após uma pesquisa de mais de um ano, entre os associados, no objetivo de descobrir s anseios dos Leões do Distrito LD-6, bem como o Lions Clube Internacional. Depois de prospectar mais de 160 ideias em consultas aos sócios e pesquisas até de âmbito internacional, condensei esse arcabouço inovador e que culminou em 54 projetos. Como se vê no meu site www.lauribittencourt.com.br, tais projetos estão ali contidos na sua inteireza, porém, destaco alguns deles: projeto 01: criação do CEFAL (Centro de Formação de Formação e Aprendizagem Leonística); projeto 03: criação do Forum Leonístico Estudantil (extraído do modelo em que fui presidente do Lions Maringá Cristal quando idealizei e realizei no Colégio Branca da Mota Fernandes em Maringá, esse Forum que teve 134 palestras em um só dia!); projeto 05: Divulgação Leonística (veja adiante sobre a Coluna “LIONS EM DESTAQUE”, publicação que fiz no jornal O Diário do Norte do Paraná.; projeto 06:criação da Copa Integração Leonística (tipo Olimpíadas do Distrito, para agrupar mais os sócios e incentivar a prática desportiva): projeto 07: criação da Comenda “Ordem do Mérito Leonístico” (para homenagear líderes comunitários, instituições e autoridades públicas) quando de minha visita oficial aos Lions, em cada cidade, o que foi um verdadeiro sucesso); projeto 08: criação de


Uma década de decadência ética e moral 23

clubes femininos (foram criados 02: Lions Maringá Helen Keller e Lions Londrina Rachel de Queiróz); projeto 10: criação de Bancos Ortopédicos pelos Lions Clubes (trouxe essa ideia da minha gestão de presidente do Lions Maringá Cristal, gestão 2001/2002); projeto 09: criação de Núcleos Leonísticos: (de forma pioneira no Distrito, criamos o primeiro Núcleo do Distrito na cidade de Cruzeiro do Sul, próximo a Maringá); projeto 13: valorização da mulher (criamos a Associação das Domadoras do Distrito, só de mulheres); projeto 14: prevenção às drogas (em conjunto com o Assessor de Prevenção às Drogas, CL João Batista Leonardo (um antigo sonho seu e de luta de sempre para conseguir tal vídeo ), criamos um vídeo/filme de 02 hs de duração sobre prevenção às drogas e que foi distribuído à rede estadual e particular de ensino, no Paraná e em outros estados) Ver Anexo 27 do meu site sobre o programa antidrogas); projeto 21: bandeiras nas escolas; projeto 22: visão permanente; projeto 34: prêmio Lions de Educação; projeto 36: concurso de redação em escolas; projeto 37: Ética Leonística (para estimular o respeito, o cumprimento dos Estatutos e o pleno exercício da cidadania pelos sócios do Distrito LD-6 e seu reflexo na comunidade); projeto 38: A Mulher no Terceiro Milênio; projeto 40: campanha dos óculos; projeto 48: Escola Lions de Informática; projeto 49: criação de Lions Universitários (meu desejo era criarmos 03 Lions Clubes Universitários: em Maringá, Londrina e Umuarama. Conseguimos criar o Lions Clube Maringá Universitário Integração, na Universidade Estadual de Maringá e tentativa de criação em Londrina); projeto 54: Reuniões Distritais regionais. Portanto, com 54 projetos no plano de ação, não tinha como qualquer dos Lions Clubes omitir seu exercício de crescimento de seus clubes e realizar vários destes projetos. Esse manancial de ideias, inédito no Brasil e quiçá no mundo, gerou um espectro de inveja e ódio que será exposto ao longo dos capítulos deste livro e que culminou na maior crise leonística mundial, com a efetivação de 08 condenações judiciais, tendo como autores de irregularidades e condutas condenáveis, vários ExGovernadores do Distrito e que pertenciam e ainda pertencem à AGDL-Associação de Ex-Governadores do Distrito LD-6, caracterizando a maior vergonha nacional no movimento leonístico. No capítulo 20 deste livro analiso se essa AGDL passou a ser ou não uma associação criminosa. Tomei posse oficialmente no cargo de Governador, em solenidade especial na 86ª Convenção Internacional de Lions Clubes, em Denver (acompanhado de minha esposa Elisabeth), estado do Colorado, Estados Unidos, durante 15 dias no mês de junho de 2003, e lá tive todas as informações e palestras sobre como se conduzir e responsabilidades no cargo de Governador. Uma experiência incrível, eis que lá participaram mais de 15.000 sócios do Lions de mais de 200 países e essa interação nos motivou, de forma inolvidável. Voltando ao Brasil, de imediato me dediquei à realização da 1ª Reunião do Conselho Distrital, tida como largada da minha gestão, cujo sucesso seria o protótipo de meu mandato. Com o apoio dos outros Lions Clubes de Maringá, realizamos uma das melhores reuniões de Conselhos, da história do Distrito. Destaco os principais assessores de confiança que nomeei: para o cargo de Coordenador Geral do Distrito


24 Uma década de decadência ética e moral

nomeei o empresário e empreendedor Manoel Mário de Araújo Pismel, pessoa da mais alta notoriedade e respeitabilidade no mundo dos negócios em Maringá (um porto seguro para mim) e para o cargo de Tesoureiro do Distrito nomeei Elias Gomes Soares, uma estrela de sucesso no Lions Clube Maringá Cristal, também de inquebrantável valor ético e seriedade no trato da coisa pública. Tive um orçamento de pouco mais de R$ 100.00,00 (cem mil reais) para meu mandato, e que logo estigmatizou-se como insuficiente ao que eu queria realizar no Distrito, somado à inadimplência de alguns clubes, do pagamento da Taxa Distrital. Realizamos a 1ª reunião do Conselho Distrital no dia 2 de agosto de 2003, no Centro de Convenções do Aspen Park, de Maringá. Esforcei-me para conseguir o patrocínio da Revista “ O Leão dos Cafezais” para distribuir nessa solenidade. Foi uma bela revista e de qualidade, e mostrou ao que viemos como Governador. Contratei o palestrante deficiente físico Steve Dubner (por orientação do Ex-Governador Jorge Carlos Lehman, o qual garantiu que me ajudaria a arrecadar verba de patrocínio para o pagamento desse palestrante, o que não aconteceu depois), quando vimos esse palestrante em Chapecó, estado de santa Catarina. O tema da palestra foi: “Ele não sabia que era impossível..foi lá e fez!” e achei que seria uma ótima oportunidade para despertar os sócios acerca do serviço humanitário. Seu pagamento seria a doação por nós, de uma cadeira de rodas elétrica no valor de R$ 1.600,00. Quem me prometeu ajudar para arrecadar o dinheiro para tal, não cumpriu tal compromisso e tive que me “virar” para fazer esse pagamento. É assim que acontece com a maioria de quem exerce uma função executiva, ou não e? Assim tive que gastar dinheiro do orçamento que não estava programado. Durante o dia cumprimos a pauta, com a palestra do reitor da Universidade Estadual de Maringá Gilberto Cezar Pavanelli e às 17hs expus o plano de ação para nosso mandato, a todos os presentes. Às 15hs40 estava programada a palavra do Ex-Governador e meu antecessor Nilton Tadanori Kinoshita (que pertence ao Lions clube de Apucarana) e também a entrega de sua Prestação de Contas. Ele discursou belissimamente, como sempre, mas não entregou a Prestação de Contas, contrariando o estatuto Leonístico, eis que uma Comissão de Finanças seria nomeada nessa reunião para aprovar ou não tais contas. Para não criar confusão, já que meu objetivo era terminar o dia com amplo sucesso, deixei a solução desse problema para depois, pois entendo que ele deveria cumprir o Estatuto do Distrito LD-6, um dever indeclinável. Deixei para depois e conforme se vê nos capítulos seguintes, tal problema explodiu no Distrito e que fui vítima de uma campanha difamatória odiosa e sem precedentes no leonismo brasileiro, constituindo uma situação desagradável e inédita e que culminou em várias condenações no Poder Judiciário. Reportando-me ainda sobre esta Reunião do Conselho Distrital em Maringá, programei a entrega dos Certificados de Nomeação dos mais de 30 Assessores, no Jantar festivo da noite, pelo motivo de que a maioria dos sócios vão embora no período da tarde, frustrando os objetivos das Reuniões Distritais e eu tinha que achar uma solução para tal descaso e a solução foi essa: solenidade à noite. Não deu outra. O sucesso foi


Uma década de decadência ética e moral 25

total com as instalações do Centro de Convenções lotada! E fazia um tempão que não se via tantos sócios e familiares e solenidade noturna. Dei graças a Deus! O ponto alto do jantar foi a entrega dos Certificados de Nomeação dos assessores e a outorga da “Comenda Ordem do Mérito leonístico” a quatro importantes homenageados que foram eles: ao pioneiro Aníbal Bianchini, o jardineiro de Maringá; ao empresário Franklin Vieira da Silva, Diretor Proprietário do jornal O Diário do Norte do Paraná, incansável colaborador do leonismo; à TV Cultura Canal 8, Rede Globo, de Maringá, na pessoa de seu Diretor Nilson Tadeu Reis Campos Silva e ao Diretor da Cocamar, Luiz Lourenço. Após estas solenidades, o Assessor Jurídico e ex-Governador, o advogado ANTONIO JOAO DELFINO AMALFI (do Lions Clube de Londrina Independência), lamentavelmente, pediu a palavra, a qual concedi, naturalmente, e pensei que ele iria elogiar a solenidade e o dia especial que estávamos vivenciando. Pelo contrário, ele mostrou que estaria ali, com a sua conduta abrindo uma guerra contra a minha gestão. Inacreditável a sua conduta eis que momentos antes eu lhe entregara o Certificado de Assessor Jurídico em demonstração de minha completa confiança em seu trabalho de me ajudar na condução dos trabalhos na Governadoria, eis que o mesmo, aos 70 anos de idade, possuía em seu currículo uma das mais memoráveis e valiosas experiências no Lions Clube e como advogado com carreira de mais de 40 anos. Adiantando-se ao problema que se avizinhava, o Ex-Governador Antonio Facci (do Lions Clube de Maringá) enviou um recado a mim, por uma outra pessoa e rapidamente, que não entrasse em discussão com o Amalfi, face ao seu gênio conflitante, como, aliás, era conhecido assim no Distrito. Não deu outra: ao pegar o microfone e tendo os holofotes centrados em sua pessoa naquele momento, como sempre agiu e procurou atrair para si a atenção de toda a plateia e ele, de início, não agradeceu a sua nomeação, não elogiou aquele momento tão especial e inesquecível que vivíamos ali, com a lotação do Centro de Convenções. Parece que ele esqueceu o Código de Ética em sua casa e que mais tarde jogaria o esse Código e o Estatuto leonístico na lata do lixo. Para minha frustração, tristeza e transtorno iniciais, o Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi (do Lions Clube de Londrina Independência), me fez uma inquirição em um tom impositivo, autoritário e me perguntando como ficariam as reuniões distritais. Não explicou mais nada. Essa pergunta se referia ao meu projeto de nº 54, em que se estudaria e se votaria no Distrito a possibilidade jurídica de se fazer as reuniões do Conselho Distrital em 02 regiões, separando-se, portanto, as áreas do Distrito. Essa foi uma sugestão do Ex-Governador Antono Facci, experiência que ele conhecia de um Distrito no Brasil. Ressalte-se que as reuniões do Conselho Distrital, são reuniões para votações, com a presença dos membros efetivos do Conselho e com direito a voto. Porém, o que se vê atualmente no Distrito LD-6 e na maioria dos Distritos no Brasil, é um esvaziamento de associados nessas reuniões haja vista uma série de problemas, como por exemplo, o deslocamento de sócios e/ou membros do Conselho a distâncias muito longas e haveria um gasto enorme com combustível, alimentação, hotel, etc., o que estava inviabilizando a presença dos membros do Conselho Deliberativo. Dessa


26 Uma década de decadência ética e moral

forma eu coloquei como projeto, para haver a discussão no Distrito, com todas as lideranças e ao final de minha gestão, consolidar ou não essa mudança. Porém, o ExGovernador Antonio João Delfino Amalfi, que ficou o dia inteiro na reunião em Maringá, não me procurou para discutir inicialmente tal projeto. Ele, como Assessor Jurídico nomeado por mim, simplesmente me ignorou o dia todo e esperou para que, logo após ser empossado no cargo, me causar esse constrangimento, na presença de pessoas e autoridades convidadas, no evento. Por isso, entendo que esse indivíduo, o qual eu tinha acabado de nomeá-lo Assessor Jurídico, que é cargo de confiança, causando-me esse desgaste, burlou o Código de Ética do leonismo, quebrando a confiança que eu depositei em sua pessoa, que tinha um currículo invejável com larga experiência no leonismo e como advogado. Ele agiu, portanto, de forma premeditada e de má-fé. No fundo, ele queria os holofotes sobre sua pessoa e dizer a todos que ele estava ali, fazendo reivindicações aparecendo, enfim, com notoriedade, com tal questionamento. Respondi-lhe secamente, seguindo orientações do Ex-Governador Antônio Facci, de que o Distrito iria se conduzir conforme o Estatuto e nesse momento encerrou-se tal pendenga. Agindo desta maneira, entendi que eu estava certo nesse preciso momento, evitando-se uma discussão acalorada e que iria colocar todos os presentes em situação vergonhosa e ainda, perante convidados não pertencentes ao leonismo. Minha vontade, realmente, era a de exonerá-lo do cargo, ali, na presença de todos os 400 sócios no evento. Mas a grandeza dessa inesquecível noite não me permitia assim anunciar tal exoneração, pois causaria um alarido, principalmente aos seguidores desse indivíduo, o qual, com mais de 40 anos no leonismo teria uma grande frota de amigos ali presentes. Talvez eu devesse então dizer a ele, perante todos, ou então depois, durante o jantar, e em particular que eu estaria esperando o seu pedido de exoneração, por escrito, uma atitude postergativa. Mal sabia eu, que estaria ali, nessa atitude antiética, a semente de discórdia no Distrito, que causou a maior tempestade em um Distrito de Lions Clube, como relato nos capítulos deste livro. Devo destacar ainda que o Ex-Governador Amalfi foi o único dos Ex-Governadores que não me apoiou na minha eleição, uma vez que ele apoiava outro candidato a Governador, também de Maringá, o qual chegou a fazer campanha nos clubes e depois teve que desistir dessa empreitada, e fiquei como candidato único à eleição de Governador gestão 2003/2004. Eu não dormi nessa noite, pois fiquei extremamente contrariado com a atitude antiética do Ex-Governador Amalfi e pensei comigo: tenho que fazer alguma coisa. Se eles pensam que vão fazer o que querem, estão enganados. A minha experiência de vida, como Oficial da Polícia Militar do Paraná e como advogado me deram sustentação para dar uma resposta a esse indivíduo. Todas as minhas decisões eu as compartilhava com meu fiel assessor Manoel Pismel. A reunião foi em um sábado e no domingo elaborei uma carta denominada de LEALDADE (ver a íntegra no Anexo 120, do meu site www.lauribittencourt.com.br) e na segunda feira, enviei a todos os Assessores, pedindo LEALDADE no desempenho do cargo de confiança a que foram nomeados por mim. Essa carta desencadeou uma reação em massa de renúncias aos cargos e o primeiro


Uma década de decadência ética e moral 27

deles a renunciar foi o próprio Ex-Governador. Amalfi e em seguida outros 13 assessores enviaram suas cartas de renúncia e devolução do certificado e medalha de nomeação. Foi uma sequência de tins tins sequenciais dos envelopes que vieram pelo correio. A relação completa dos renunciantes está publicada no capítulo 04 deste livro e no meu site, no Anexo 99. Outro Ex-Governador que renunciou foi o sócio do Lions de Cambé, Georges El Haouli (Governador gestão 1981-1982), o qual, na sequência praticou um dos atos mais abomináveis no leonismo e na vida em sociedade, mancomunado com o Ex-Governador AMALFI e também com Nilton Tadanori Kinoshita (Governador 20022003 e sócio do Lions Clube de Apucarana), meu antecessor, ao enviarem CARTAS ANÔNIMAS objetivando desestabilizar meu trabalho e difamar meu nome junto às dezenas de lideranças dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul. Um ato covarde, traiçoeiro e uma apunhalada nas minhas costas e agindo com má-fé e sem precedentes no leonismo brasileiro, como se vê em detalhes, na Parte II, no capítulo 03 deste livro. Saliento ainda que ao enviarem as Cartas Anônimas, o Ex-Governador. Nilton Kinoshita era o presidente da AGDL-Associação de Ex-Governadores do Distrito LD-6, o Ex-Governador . Georges El Haouli era Diretor e o Ex-Governador Amalfi era o Secretário dessa famigerada AGDL, uma associação destinada a ser guardiã da lisura jurídica, ética e moral do leonismo do Distrito LD-6 e demais Lions Clubes e que agora, mostra as suas garras como sendo uma organização criminosa, como a considero no Capítulo 20, deste livro. Imaginei nesse momento que a AGDL se agigantou contra minha pessoa e que seus membros se organizaram ali, e de forma premeditada, a fim de praticarem atos ilícitos contra mim. Seria essa AGDL, uma organização criminosa?: essa era minha dúvida. Portanto, meu início de caminhada na Governadoria começou dessa forma estremecida e com o manto negro de que alguma tempestade viria sobre minha cabeça. Mas a minha motivação era enorme e minha consciência me dizia que era imperativo a continuação do trabalho e assim me conduzi. Se eles queriam minha renúncia do cargo de Governador do Distrito LD-6, ledo engano!Como se diz: bola pra frente. Era lutar ou correr. Eu lutei! Iniciei minhas visitas oficiais aos clubes e tive problemas estruturais, de início. Nas reuniões em Denver, EUA, conversei com vários Governadores de Distritos do Brasil, que são 30, no intuito de buscar ideias e projetos leonísticos. Soube que Governadores dos Distritos do Rio Grande do Sul, faziam a locação anual de Vans para levar a comitiva da governadoria a essas visitas. Seguindo tal raciocínio e também com a determinação de evitar gastos pessoais dos assessores, passei a locar Vans para nossas visitas. Na quarta visita já notei que não haveria reserva financeira para isso e tive que parar com tais locações e passei a usar meu carro particular e no total rodei mais de 30.000 km durante a gestão, com meu carro. Isso demonstra a fragilidade estrutural do Distrito LD-6. Nas visitas oficiais o maior sucesso era a solenidade de entrega da Comenda Ordem do Mérito Leonístico, a pessoas de real valor humanitário e que era indicado pelos Lions Clubes de suas cidades. Familiares dos homenageados, de várias partes do Brasil compareciam a esse evento a fim de prestigiar o parente,


28 Uma década de decadência ética e moral

prestigiado pelo Lions Clube Internacional. Fizemos visitas às principais atividades dos Lions em suas cidades, seja na parceria e ajuda às APAES, Lar de idosos, apoio a escolas, atividades de preservação da visão, valorização dos jovens, apoio à educação, etc. A visita a órgãos de imprensa era uma obrigação, a fim de se divulgar a presença do Governador do Lions Clube. Na chegada às cidades, os sócios do clube esperavam em caravana e a chegada da comitiva do Governador e em Cruzeiro do Oeste, ficou marcada, indelevelmente tal visita, pois foi feito uma carreata pelo centro da cidade, caracterizando um valor de conduta incomensurável, uma grandiosidade que retratava o papel de destaque deste Lions em sua cidade, cujo agradecimento não me canso de fazer, sempre. Fiquei extremamente lisonjeado. Comumente, os jornais locais davam grande destaque à visita do Governador e em Cruzeiro Do Oeste, páginas inteiras no jornal local mostravam tal visita. Uma conduta de agregação e de importância nas visitas era o discurso do Governador. Tive o cuidado de transmitir em minhas palavras, uma mensagem de otimismo, de fortalecimento familiar, de aperfeiçoamento das relações entre os sócios, o que o Lions Internacional faz no Brasil e no mundo, levando imagens de Leões em trabalhos comunitários na Tailândia, na África, etc., ajudando populações carentes, seja na visão ou na educação ou fornecendo alimentos aos necessitados. Sempre utilizei a transmissão de imagens pelo aparelho retroprojetor levando as imagens de renomados líderes mundiais, como Mahatma Ghandi, Madre Teresa de Calcutá, de Helen Keller (cega e muda desde bebê e que desafiou os Leões do mundo todo a trabalharem na prevenção da visão). Utilizei muitas músicas motivacionais e de cantores nacionais e estrangeiros, tais como Imagine (imaginar que o mundo possa viver em paz), de John Lennon, Amigo, de Roberto Carlos, Círculo da Vida (Elton John), “The Sound Of Silence” (O Som do Silêncio - Paul Simon), “You GottaLove Someone (Você tem que amar alguém, de Elton John) e outras e uma mensagem de notoriedade mundial foi a da águia, a qual, após 30 anos de vida tinha que se regenerar para poder viver mais 40 anos e, para isso, ela se isola em uma montanha, parte para uma renovação de vida, cortando as asas velhas e tirando as unhas, até sangrar, se tornando uma nova ave, para um mundo novo, e esse exemplo serve, na sua inteireza às pessoas. Fiquei muito grato na visita a Jacarezinho, quando, ao final de meu discurso, o Promotor de Justiça local veio falar comigo e disse que minha mensagem seria um norte para a sua vida, dali em diante. A COLUNA LIONS EM DESTAQUE: por conta de meu caráter inovador, consegui uma proeza em Maringá e no Brasil, aproveitando-me de minha amizade com o proprietário do principal jornal O Diário do Norte de Maringá Franklin Vieira da Silva e ele nos cedeu um espaço no jornal, aos sábados, para divulgarmos o Lions Clube, em uma coluna. Eu mesmo fui o redator de todas as matérias e ali coloquei mais de 400 (quatrocentas) fotos do leonismo em geral, durante mais de 02 anos, na coluna denominada LIONS CLUBE EM DESTAQUE. Uma conquista que projetou o Lions Clube Internacional, como nunca se tinha visto em Maringá e região. Ao final de minha gestão, o então presidente da ACIM-Associação Comercial e Industrial de Maringá, o empresário Ariovaldo Costa


Uma década de decadência ética e moral 29

Paulo, falou-me pessoalmente que eu tinha provocado um “boom” do Lions em Maringá. Realmente isso aconteceu, pois todos os sábados eu selecionava e colocava as fotos de sócios, das atividades dos clubes, as atividades do Lions em todo o mundo, as principais mensagens dos líderes leonísticos, etc. Um marco na história do Lions Clube no Distrito LD-6. Isso causou expressiva ciumeira em muita gente, mas o trabalho final era divulgar o Lions e deu certo, logicamente. Tive muitos problemas financeiros que apareceram e não estavam previstos no orçamento do ano, tais como: a inadimplência de vários clubes, no pagamento da Taxa Distrital; tive que autorizar a impressão de 1.000 unidades do Estatuto do Distrito LD-6, a pedido de meu assessor Eurides Moura, do Lions Clube de Rolândia; como não consegui um Secretário voluntário no Lions em Maringá, tive que pagar uma remuneração mensal ao Secretário Executivo Maurício Gonçalves, para exercer esse cargo diariamente no sede do Distrito, de julho de 2003 a janeiro de 2004, e neste mês de janeiro comuniquei-lhe a impossibilidade de continuar com tal despesa e ele em seguida pediu exoneração do cargo. Infelizmente, ele, em audiência no Juizado Especial Criminal, no processo n. 2008.5356-0 (e Réu o Ex-Governador AMALFI), como testemunha, declarou uma inverdade ao afirmar que tinha sido demitido do cargo. Porém, a verdade é que ele pediu demissão e em carta data de 19.04.2004, às vésperas da realização da Convenção em Maringá, ele me entrega sua carta dizendo que estaria desligado irrevogavelmente, a partir daquela data. No Anexo 118 do meu site, vê-se essa carta de desligamento de Maurício Gonçalves, e dessa forma comprovo a verdade de seu afastamento do cargo. Na audiência criminal realizada em 04 de setembro de 2007, ele disse textualmente “O Lauri me procurou dizendo que precisava reduzir despesas e me propôs a redução da jornada de trabalho e do salário para R$ 500,00 (quinhentos reais). Contudo, não me recordo a receber essa remuneração, acredito que não houve acordo e fui dispensado”. Ou seja, eu arrolei Maurício para minha testemunha e me arrependi, pois seu depoimento não foi aquilo que eu esperava. Outro problema foi o desvio de dinheiro, na forma indireta, causado pelo meu antecessor e então Governador Nilton Kinoshita, gestão 2002/2003, o qual, em conjunto com o então Ex-Governador Amalfi e demais diretores, fizeram a isenção do pagamento da Taxa Distrital a vários clubes, contrariando o Estatuto e tal valor não entrou no caixa, na minha gestão (veja no Anexo 123 do meu site, a relação dos Lions Clubes beneficiados com a isenção). Em certo momento tive que fazer um empréstimo bancário em meu nome, para poder pagar as contas do Distrito e fazer também uma promoção no final da gestão para arrecadar mais dinheiro e contei com a presença de vários Lions Clubes. Risco de vida também é inerente ao exercício do cargo de Governador, pois são feitas viagens quase todos os dias, tal como aconteceu em uma ocasião que, ao sair da sede do Distrito, na Zona 2, de Maringá, fui abalroado por um carro, mas saí ileso desse acidente. Outro risco ocorreu após a visita ao Lions Clube de Pérola, e por volta das 00;30 hs saímos dessa cidade para irmos a Guaíra e no trajeto, com aos buracos na pista, meu carro teve 02 pneus estourados instantaneamente e ficamos ali, nessa escuridão,


30 Uma década de decadência ética e moral

esperando alguém parar, para nos socorrer e tendo risco de assalto, evidentemente. Decepção também ocorreu quando em visita oficial aos Lions Clubes de Arapongas, em abril de 2004, durante o jantar festivo e no momento do meu discurso, tive o dissabor de ter que parar minha mensagem e chamar a atenção de 06 sócias do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, as quais estavam rindo e conversando em voz alta, em provocação ao meu trabalho. Pedi que as mesmas colaborassem com o momento tão especial naquele jantar. Se elas queriam ficar alheias ao meu discurso elas deveriam respeitar as 200 pessoas ali presentes e deveriam sair do recinto e ficar lá fora, além de fechar a porta. Destaco que entre elas estavam 02 sócias que eu havia nomeado para minha Assessoria e que elas, renunciaram aos cargos, em 2013, em adesão à então renúncia do Ex-Governador AMALFI. São elas: Liza Cristina Ganem de Novaes e Souza (eu a tinha nomeado para os cargos de Presidente de Divisão “C-3” e Assessora de Aumento e Participação de Sócias Mulheres). Além disso cedi a ela uma página inteira de nossa primeira Revista Leão dos Cafezais, e foi publicada a matéria de sua autoria: “Ser Mulher...Ser Leão” e com isso eu já estava colaborando que a sua imagem se tornasse mais conhecida no Distrito, pois ela já tinha o objetivo de ser tornar Governadora, o que efetivamente aconteceu na gestão 2008/2009) e Deisy S. Liboni (que eu tinha nomeado para o cargo de assistente da Região “C”). Esta última integrou a Comissão de Finanças (não tinha nenhuma isenção de ânimo para essa função, pois havia renunciado ao cargo que lhe nomeei!) que analisou minha prestação de contas e mais uma vez deu mostras de que o revanchismo no Distrito LD-6 era uma realidade, haja vista que o Parecer de Finanças que assinou posteriormente, é marcado por irregularidades e fraude em seu conteúdo e que analiso com muitos detalhes sobre isso, no capítulo 11, neste livro. Outra proeza que consegui em minha gestão: a criação de 03 Lions Clubes, como eu tinha programado em meu plano de ação. Em Maringá criamos o Lions Clube Maringá Universitário Integração (dentro da Universidade Estadual de Maringá) e Lions Maringá Hellen Keller (feminino). Eu fui o fundador destes 02 Lions, pois, por minha iniciativa, como Governador, fiz todos os procedimentos para tal fundação. Normalmente um Lions Clube faz a fundação e é padrinho e responsável pelo novo Lions. Porém, face à omissão dos Lions, (não queriam responsabilidades!) eu mesmo, obcecado pelo crescimento do Distrito, tive a coragem (isso mesmo: coragem!) de criar esses Lions. Para isso, o trabalho foi enorme: pessoalmente tive escolher os novos associados, fazer o convite e convencê-los a ingressar no leonismo, esclarecer os pagamentos das Taxas Distritais e Internacionais, explicar a filosofia e objetivos do Lions Internacional, preparar toda a documentação e a solenidade de posse. Tudo isso eu tive a iniciativa de realizar, coadjuvado por outros sócios, como o Coordenador Geral do Distrito, Manoel Pismel e pela minha esposa Elisabeth. Fiz inúmeras reuniões dentro da Universidade Estadual de Maringá, com Reitores, funcionários e professores, explicando a eles a funcionalidade do leonismo a nível mundial e a sua importância para a comunidade.


Uma década de decadência ética e moral 31

Após 08 anos de fundação esses dois clubes estão cumprindo suas funções em Maringá. O outro Lions criado foi na cidade de Londrina e numa iniciativa do Lions Clube Londrina Centro foi criado o Lions feminino Rachel de Queiroz. Também ali compareci inúmeras vezes dando o apoio necessário para a perfeita condução de fundação desse clube. Destaco a grandeza do trabalho do presidente deste Lions Clube Londrina Centro, o médico Mário Sérgio Azenha de Castro e esposa Márcia. Fiz nada mais nada menos que 08 visitas a esse digno Lions Clube. Uma situação que nunca entendi direito é o fato de que Londrina, a segunda cidade do Paraná com quase 500.000 habitantes, tinha apenas 03 Lions clubes e que deveria ter pelo menos 12 Lions. Fica a questão: faltou interesse dos associados de Londrina e aumentar o número de clubes e associados? Por que? Falta de compromisso? Com tantos Ex-Governadores na cidade? Devo ressaltar ainda mais uma conquista de minha gestão quando idealizei a realização da Maratona de Revezamento Volta de Maringá, hoje denominada de Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima-Pare de Fumar Correndo”. Como Governador, fui visitado pela Reitor da UEM e pelo presidente do Lions Clube Universitário Celso Conegero, os quais queriam o meu apoio para a criação de uma competição de atletismo Pare de Fumar Correndo. Eu lhes expliquei que eu tinha o projeto da Maratona de Revezamento Volta de Maringá e através de um documento outorguei a eles o direito exclusivo de realizarem a corrida, conforme se vê no Anexo 008, do meu site. No final da minha gestão recebi 09 condecorações da Diretoria Internacional, com sede em Oak Brooks, Estados Unidos, as quais foram entregues em solenidade especial no Lions Maringá Cristal. Valorizando meu trabalho como Governador, a então presidente do Conselho de Governadores do DMLD – Distrito Múltiplo LD (sul do país) Rosane Vailatti, nomeou-me Assessor de Penas Alternativas, para a gestão 2004-2005. O que ocorreu a partir de 2006 foi uma enxurrada de processos judiciais que impetrei contra Ex-Governadores e Distrito LD-6, diante do silêncio de todas as lideranças do Paraná, do sul do Brasil e de todo o país. Um silêncio sepulcral, pois notabilizou-se o desinteresse total dessas lideranças em estancar o sangue que derramava das cirurgias obstativas das agressões discriminatórias e difamatórias contra minha pessoa. Não obstante tal sangria, ainda tive forças de elaborar e Projeto Retinopatia Diabética, em Maringá e região, numa área de 700.000 pessoas, em parceria com a Clínica de Olhos e Hospital de Olhos de Maringá. Este, projeto, levado aos Estados Unidos, foi aprovado e autorizada a remessa de U$ 40,800 (quarenta mil e oitocentos dólares). Porém, por incrível que pareça, o grupo de malfeitores do Distrito LD-6 obstou tal realização e excluíram meu nome do projeto de forma irregular e ele não foi realizado. Um crime contra a humanidade, como se vê no capítulo 18 deste livro e toda a documentação desse projeto está publicado em meu site www.lauribittencourt.com.br. Apesar de ser vítima dessa campanha difamatória e discriminatória, minha busca da justiça no Poder Judiciário me deu forças para continuar como associado do Lions Clube, pois sempre acreditei na sua nobreza de finalidade que é o de SERVIR A COMUNIDADE!


32 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 33

Capítulo 3

Repercussão nacional e internacional de minha gestão 2003-2004. “Moral consiste num conjunto de normas de conduta adotado como absolutamente válido por uma comunidade humana numa época determinada”(Antônio Paim, no livro “Tratado de Ética”).

Exercer o cargo de Governador de um Distrito de Lions Clube Internacional é um dos maiores desafios da vida de uma pessoa, eis que seu trabalho é de administrar uma empresa com mais de 50 Lions Clubes e de aproximadamente 1.300 associados. A expectativa é enorme entre todos os envolvidos na vida leonística e que é o primordial: a repercussão desse trabalho é vivida na própria comunidade que é o alvo principal do serviço leonístico, tal qual se expressa o lema do Lions Internacional: NÓS SERVIMOS! Após inúmeros cargos nos clubes e no Distrito, o futuro Governador tem que cumprir os requisitos de cargos e funções exercidas para então ser apresentado pelo Lions a que pertence, a esse tão importante e nobre cargo. Exercendo o cargo de Vice-Governador, o candidato exerce nesse período uma fase de conhecimento e de preparação para seu período de Governador eleito. O último estágio que caracteriza o candidato é sua participação na Convenção Internacional, quando se reúnem milhares de associados do mundo inteiro e momento de dezenas de palestras que habilitam razoavelmente o candidato a ser Governador. Normalmente as convenções internacionais são realizadas nos Estados Unidos e no meu caso, participei da 86 Convenção Internacional em Denver, estado do Colorados, nos Estados Unidos. Foram 15 dias de profícuas atividades. Retornando ao Brasil, o futuro Governador esta apto para enfrentar um ano de trabalho com a finalidade precípua de obter o crescimento do leonismo, essencialmente no tocante à manutenção e aumento de sócios, o maior desafio do leonismo em todo o mundo, uma vez que vários fatores contribuem para o êxodo incompreensível de muitos associados e a luta para o ingresso de novos sócios que tenham as qualidades exigidas para o mister da prática leonística,


34 Uma década de decadência ética e moral

sobretudo o espírito altruístico. Tendo como base o caminho concretado do sucesso que obtive em duas vezes que fui presidente dos Lions Maringá Cidade Canção e depois do Lions Maringá Cristal, encarei essa nova etapa de minha vida com naturalidade. Ao exercer o cargo de Vice-Governador na gestão 2002-2003, fiz uma inédita pesquisa junto aos associados e clubes para prospectar ideias e verificar as soluções para os principais problemas do leonismo, qual seja, a evasão de sócios, bem como a manutenção dos mesmos. Além, tive o cuidado de cumprir a meta do Presidente Internacional, o coreano Tae Sup-Lee, cujo lema era o de Inovação, como sendo portal do futuro (ver sua mensagem no Anexo 026, no meu site www.lauribittencourt.com. br). Segui à risca tais diretrizes. Como disse, fiz a pesquisa e extraí nada menos que 160 ideias e projetos junto aos associados e e condensei-os em 54 projetos que estão, na íntegra, nos Anexos 23 e 24 do meu site. Ao lado dessa pesquisa, imprimi em meus projetos minhas ideias pessoais, como a criação de Lions Clubes Universitários, Lions Clubes femininos, Núcleos de Lions Clubes, além de realizar as primeiras Olimpíadas no Distrito, criação do CEFAL, do Banco Ortopédico, divulgar sobremaneira o movimento leonístico, a criação da Comenda Ordem do Mérito Leonístico, etc. Portanto, dediquei um ano inteiro para que meu trabalho como Governador tivesse o êxito necessário para o crescimento do Distrito LD-6. Deixei de lado minha profissão de advogado e muitas vezes fiquei ausente dos laços familiares, tudo isso em prol do leonismo, uma causa e trabalho que notabiliza e engrandece qualquer ser humano, pois, em última instância, todo esse trabalho objetiva primordialmente, o bem estar das comunidades carentes e a busca das soluções dos problemas de uma cidade, sejam na área social, de transporte, educação, saúde, etc. Vejamos, pois, as dezenas de manifestações de líderes do leonismo do Brasil e de outros países, sobre meu trabalho, aqui, no Estado do Paraná.

a)do Ex-Diretor Internacional MAURO WERNECK, do Lions Clube do Rio de Janeiro: “ Amigo Lauri: aceite milhões de congratulações por seu êxito no campo da Extensão, Afiliação, Conservação de Sócios, combate ao uso de drogas, relações Públicas, etc”.. E ainda, em 16 de fevereiro de 2004, ele disse:” Só esta coluna em O Diário do Norte do Paraná, publicada regularmente, já seria motivo suficiente para todos os encômios de quem ama o Leonismo e vibra quando ele é praticado com proficiência com que você o está administrando neste ano da Governadoria do LD-6”. Em outra data, 12 de dezembro de 2003, ele ainda destacou: “Lauri, cada vez mais admiro sua organização, a preocupação constante com a divulgação, numa linguagem simples, direta para o povo leigo em Leonismo, sem jargões a que estamos acostumados, mas não a Sociedade em geral”. Ele se referiu também ao combate as drogas. Nesse projeto, aliei-me ao nosso Assessor de Prevenção às Drogas, Joao Batista Leonardo, do Lions Clube Maringá Centro, o qual, há muito tempo aspirava lançar um projeto mais vigoroso em relação as drogas.


Uma década de decadência ética e moral 35

Ciente de sua abnegada objetivação, entendi que chegara o momento de dar a esse valoroso companheiro o devido apoio. E assim foi feito. De forma inédita no Distrito LD-6 e quiçá no Brasil, elaboramos um vídeo sobre um problema familiar sobre drogas, com contratação de atores e de uma empresa de filmagem. Mais de 500 vídeos foram distribuídos no Paraná e outros Estados. O trabalho todo foi coordenado pelo Assessor Leonardo e fiz a introdução do filme, enviando uma mensagem aos jovens. Parabéns companheiro Joao Batista Leonardo. Sem dúvida um trabalho inédito no leonismo mundial. Esse emérito líder leonístico se refere ao meu trabalho enviando “milhões de congratulações”. Dessa forma fica patente a multiplicidade dos objetivos da minha gestão, porquanto os 54 projetos do meu plano de ação estavam sendo implementados em sua maioria, causando um impacto mais profundo, na transformação de um leonismo que estava com problemas sérios e permanentes no que pertine ao aumento e manutenção de sócios, ingresso de mulheres no leonismo, a divulgação maciça do nome do Lions Internacional, tec.

b)do sócio ALBERTO KLÁS NETO, do Lions Clube de Ponta Grossa, Paraná, então presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD (que compreende os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul): “ PARABÉNS LAURI. VOCÊ FEZ UM GRANDE TRABALHO DE MARKETING FABULOSO, NUNCA DANTES VISTO NO LEONISMO. VOCÊ NÃO DEU TEMPO PARA PARABENIZÁ-LO TANTO FORAM AS MATÉRIAS PUBLICADAS. O LD-6 E O LD LHE SERÃO ETERNAMENTE GRATOS!” Esse elogio do então presidente do Conselho de Governadores do DMLD – Distrito Múltiplo LD – que congrega os Lions Clubes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – revelou, indubitavelmente, um dos trabalhos mais importantes de divulgação do Lions Clube Internacional que realizei. Ele disse e repito: “um trabalho de marketing nunca dantes visto no Leonismo.” Quando recebi essa mensagem meu coração pulsou mais forte, pois, ao lado de minha esposa Elisabeth (que teve um papel importantíssimo na minha gestão), pude constar que meus projetos estavam sendo reconhecidos pela comunidade leonística. Devo destacar que todos os Presidentes Internacionais que assumem tal cargo a nível mundial, têm em suas mensagens um destaque especial para a divulgação das atividades leonísticas, uma vez que, com a devida divulgação valorizam a imagem e nome da instituição, o que facilita, em muito, a busca de parcerias junto a essa mesma comunidade para a realização de importantes projetos comunitários, sobretudo, os de prevenção e combate à cegueira. O fato do então presidente do Conselho de Governadores Klas Neto divulgar tal mensagem se deve à realização do meu projeto número 05-Divulgação Leonística (ver no Anexo 23, no meu site), de divulgação da Associação. Efetiva e humildemente reconheço que esse meu trabalho ultrapassou os limites de uma compreensão e possibilidades de divulgação


36 Uma década de decadência ética e moral

do leonismo, que em momento algum poder-se-ia pensar em divulgação maciça do leonismo. E assim é que criei a coluna LIONS CLUBES EM DESTAQUE, divulgada todos os sábados no jornal de Maringá (a terceira maior cidade do Paraná) O Diário do Norte do Paraná, de propriedade do nosso amigo Franklin Vieira da Silva, o qual, entendendo os meus propósitos junto ao leonismo e junto a comunidade, me concedeu esse espaço, todos os sábados. A população de Maringá e de toda a região passou a saber o que é o Lions Clube Internacional, pois publiquei na coluna, durante mais de 02 anos, mais de 400 fotos, abordando as atividades dos Lions Clubes de Maringá, do Distrito LD-6 (Paraná) e do Lions em todo o mundo, dizendo dos programas sociais do Lions, na África, na Ásia, na Europa e na América. Entendeu-se, por fim, o que significa o trabalho do Lions Internacional, em todas as paragens do planeta. Mesmo atabalhoado com as atividades do cargo de Governador, ainda tive tempo de dirigir e produzir todas as matérias publicadas nesta coluna leonística.

Ainda, em 7 de junho de 2004, Klas Neto assim se manifestou em relação à minha gestão: sobre a recuperação do número de sócios...o grande campeão é o CL Lauri, com um saldo positivo de 43 novos associados”.

Ao final da minha gestão, o então presidente da ACIM-Associação Comercial e Industrial de Maringá, Ariovaldo Costa, me disse pessoalmente: “Lauri: você deu um booom do Lions Internacional em Maringá”. Sem dúvida, tal trabalhou ecoou fortemente em todo o Paraná e assim cumpri com êxito esse importante projeto, que me valeu o reconhecimento da Diretoria Internacional, enviando-me uma condecoração. Vale ressaltar aqui a mensagem do Presidente Internacional, gestão 2012-2013, Wayne A. Madden: “Fórmulas e equações são uma parte importante de nossas vidas. Elas representam ferramentas indispensáveis para traçarmos o mapa para o sucesso”. Disse ainda: “Quando temos um planejamento e um caminho a percorrer nos tornamos mais eficazes, pois não perdemos tempo com tentativas, podendo chegar à excelência o mais rápido possível”. Por isso a importância do planejamento, que encurta o caminho do sucesso.

c)da Ex-Diretora Internacional e ex-presidente do Conselho de Governadores do DMLD, ROSANE VAILATTI, do Lions Clube de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, em 13.02.2004: ‘Fico mais esperançosa no nosso movimento quando constato o trabalho maravilhoso que vocês estão realizando: parabéns pelo clube e pelas notícias leonísticas na comunidade”. Em 26 de março de 2004, ela ressaltou, em outra mensagem: “Realmente o trabalho de vocês merece nossos aplausos. O grande vitorioso é o movimento leonístico. Fico muito feliz em constatar a evidência do Lions nos meios de comunicação do valoroso Distrito LD-6.” Em 24 de junho de 2004, Rosane novamente


Uma década de decadência ética e moral 37

se manifesta com a seguinte mensagem: “CL Lauri, quanta atividade. Parabéns!”. Tais manifestações me causou verdadeiro sentimento de trabalho leonístico realizado, pois foi um ano de muita dedicação e sacrifícios. Esses elogios, partindo dessa mulher, que é uma das mais importantes e competentes do leonismo mundial, muito me sensibilizou e a minha esposa. Portanto, meu trabalho estava sendo bastante produtivo para o crescimento do Lions Clube Internacional. Em sua mensagem, tenho certeza que Rosane Vailatti estava feliz com meu trabalho de fazer o crescimento da mulher no Leonismo. Vejam bem por que ela tem razão: Em meus 54 projetos coloquei lá como prioridades a fundação de 03 Lions Clubes femininos: Projeto n. 08-Clubes Femininos: a Governadoria quer a criação de cinco clubes femininos, em Maringá, Londrina, Umuarama e outras duas cidades a serem definidas. O Projeto n. 13:Valorização da Mulher, com a criação da Associação das Domadoras do Distrito LD-6 e ainda o Projeto n. 44: Comitê Feminino. Com estes três projetos implementei minha gestão dando prioridade ao incentivo do papel da mulher no Lions Clube. Efetivamente, criamos 02 Lions Femininos na minha gestão: Em Maringá, através de meu trabalho pessoal, ao lado de minha esposa Elisabeth, fui o criador e padrinho do Lions feminino Maringá Helen Keller (veja no meu site o Anexo 126, a vida de Hellen Keller). Em Londrina, o presidente do Lions Clube Londrina Centro, Mário Sérgio Azenha, sensibilizado por esse projeto e vendo a necessidade de crescimento do leonismo em Londrina, criou o Lions Clube Rachel de Queiroz, com 27 novas sócias, com meu total apoio. Em Maringá, juntamente com minha esposa, fomos pessoalmente em busca das novas associadas, um trabalho inédito, eis que nenhuma Governador tem essa iniciativa, pois normalmente cabe a um Lions a responsabilidade de criação de outros Lions. Mas, como eu não vislumbrava nenhuma ação desse tipo nos Lions de Maringá, fui, obstinadamente, na busca de criar tal Lions, o que me valeu uma condecoração da Diretoria Internacional, de um total de 09 premiações, do meu trabalho. Cumprindo o Projeto n.13, esforceime igualmente e criamos a Associação das Domadoras do Distrito LD-6, a fim de que a mulher tivesse voz e vez, no Distrito LD-6. Com esse perfil de criar a participação e valorização da mulher no leonismo, é que fui agraciado pela CaL Rosane Vailatti em seus inúmeros elogios, pelo qual, agradeço, de público, o incentivo dessa nobre e valorosa líder do leonismo.

d)do sócio ROMÁRIO, do Lions Clube de Braço do Norte, Estado de Santa Catarina: “parabenizo pelas atividades realizadas em sua governadoria e deverá ser encaminhado a todos os Distritos pois o leonismo deve ter repercussão na mídia e nas comunidades”. Dessa forma, o CL Romário viu em minhas atividades muitas inovações, principalmente em relação à divulgação, novidade esta que ele entendeu que eu deveria divulgar tais projetos a todos os Distritos no Brasil, que serviriam de instrumentos de valorização da imagem do Lions Internacional.


38 Uma década de decadência ética e moral

e)do sócio SÉRGIO ESTEVES, de Minas Gerais: “ Parabéns GD Lauri: penso que um dos grandes nós do leonismo está inserido no item comunicação. Temos que investir forte na comunicação. Agora você está nos mostrando como. Sucesso!”. Novamente outra expressiva liderança do Lions no Brasil revela o caminho certo que empreendi no Distrito LD-6, com a divulgação e marketing da instituição.

f)do sócio VALDIR BAZZI, de Santa Catarina: “tenho acompanhado nos últimos anos o seu trabalho. O LD-6, através de seu comando vive um ano especial. Suas realizações como Governador foram inúmeras e dignas de referências. Seu Distrito cresceu em quantidade e qualidade. Parabéns pelo trabalho digno e exemplar”. Esse resumo de elogio reflete o meu trabalho nas inúmeras variáveis e objetivos do meu trabalho. Ele disse ser um ano especial. Sem dúvida, minha dedicação ao leonismo foi total na busca de luzes no fim do túnel que mostrasse novos rumos e esperanças ao leonismo, na manutenção e aumento de sócios, o que efetivamente aconteceu.

g)do sócio JOAQUIM DE CASTRO, de Petrolina, Pernambuco: “Tenho acompanhado seu trabalho através de suas informações e nos sentimos satisfeitos pela grande administração que você vem fazendo. Parabéns pelo seu trabalho e sobretudo pela criação do Lions Maringá Helen Keller. De Pernambuco veio essa mensagem que somente nos incentivou a continuar nosso trabalho em prol do crescimento do leonismo e consequências positivas na comunidade.

h)da sócia MARIA CÂNDIDA BARREIRA, Governadora de Distrito de Lions Clube, de PORTUGAL: “Parabéns Lauri, não só pelo seu trabalho, como também pelo ótimo aspecto que apresenta”. Conheci Maria Cândida em Denver, EUA, na Convenção Internacional, o que possibilitou um intercâmbio de amizade e de ideias.

i)do associado e saudoso TÚLIO VARGAS, Governador do Distrito LD-1, gestão 88-89, Ex-Deputado Estadual e ex - membro do Lions de Curitiba e da Academia Paranaense de Letras, Paraná: “Parabéns pelas justas homenagens recebidas. Seu trabalho leonístico tem sido admirável e digno de uma vocação missionária.”. Túlio Vargas, notável cidadão paranaense e de grande respeitabilidade. Para mim, uma honra receber seu elogio.

j)da Revista THE LION, Nº 249, que é Revista dos Lions Clubes do Brasil, com circulação nacional, em sua página 37, que publica o “Reconhecimento Internacional”, da Associação Internacional de Lions Clubes, que enviou 09 (nove) homenagens, pelo


Uma década de decadência ética e moral 39

sucesso da gestão (ver a íntegra, no meu site www.lauribittencourt.com.br).

Recebi as seguintes condecorações da Diretoria Internacional, de OAK BROOKS, estado de Illinois, EUA: 1) prêmio Desafio de Brilhantes, pelo aumento do quadro social no Distrito LD-6; 2) distintivo Unidos em Serviço, pelo ingresso de mais de 100 mulheres no Distrito LD-6 e criação dos Lions Maringá Helen Keller e Londrina Rachel de Queiros; 3) os prêmios Chaves Membership Advancement Key, 4) Builder Key, 5) Senior Builder Key, 6) Master Key e 7) Senior Master Key, por ter apadrinhado pessoalmente, como governador, a admissão de 74 novos sócios. Estas condecorações traduzem, na íntegra, o sucesso de minha gestão, como Governador do Distrito LD-6, gestão 2003-2004.

k) a outorga pelo Comando Geral da Polícia Militar do Paraná (ver Anexo127_no meu site), e pelo Governador do Paraná, ROBERTO REQUIÃO, da MEDALHA CORONEL SARMENTO, em razão dos relevantes serviços em favor da causa pública incluindo aí meu trabalho no Lions Clube internacional;

l)do Ex-Presidente Internacional TAE SUP LEE, em 19 de janeiro de 2005: “Estimado companheiro: É com grande satisfação que lhe envio o Certificado de Apreciação como um agradecimento aos valiosos serviços que o Companheiro prestou durante o ano fiscal 2003-2004. As suas realizações como Governador serviram para engrandecer ainda mais a imagem do Leonismo. Estas realizações passarão para os registros permanentes do seu distrito e da nossa associação. Aceite os meus mais sinceros agradecimentos pelos incansáveis esforços dedicados à Inovação. Juntos, atingimos as nossas metas”. Como Presidente Internacional, Tae Sup Lee acompanhou o trabalho dos 729 Governadores em todo o mundo em mais de 200 países e verificou através dos relatórios que lhe enviei e informação dos seus Assessores, como foi meu trabalho em Maringá e no Paraná, cumprindo seus objetivos tendo como lema “Inovação, Porta do Futuro”. Fiquei feliz com tal manifestação, eis que, inolvidavelmente, minha dedicação e inovação aqui, no Distrito LD-6 e no Paraná, foi uma das referências de inovação para o sucesso do leonismo, em geral. Uma garantia desse sucesso foi a formatação dos 54 projetos apresentados em meu plano de ação, fato que jamais tinha visto no leonismo brasileiro, eis que um universo de ideias e pensamentos que constituíram esse conjunto de projetos é um fato raro no Leonismo mundial. Ainda em relação ao meu trabalho de valorização da Mulher no Lions Clube, Tae Sup lee me enviou, em 01 de dezembro de 2004, a seguinte mensagem (ver a íntegra no meu site www.lauribittencourt.com. br): “Estimado Ex-Governador de Distrito LD-6: Tenho a satisfação de lhe enviar o distintivo “Unidos em Serviço, anexo, em reconhecimento a sua excelente contribuição em favor das mulheres em seu Distrito. Graças aos seus esforços, o seu Distrito registrou um aumento líquido recorde de 25 ou mais sócias Leão durante o ano leonístico 2003-


40 Uma década de decadência ética e moral

2004. A associação alcançou um grande sucesso com esta iniciativa feminina. No exercício passado, mais de 60.100 mulheres ingressaram no Leonismo. Este programa focalizou sua atenção a uma fonte importante para os Lions Clubes e proporcionou oportunidades maiores ‘as mulheres, incentivando seu potencial de liderança. Isso não teria sido possível sem o apoio e trabalho dedicado de Companheiros Leões como você. Mais uma vez parabéns por sua realização. Os seus esforços são sinceramente apreciados.” Cordial e leonisticamente. Dr. Tae Sup Lee – Ex-Presidente Internacional Imediato. São estas condutas de agradecimento e reconhecimento que nos incentivam a continuar na atividade leonística e a proceder novas ações sociais de crescimento humano. Por isso, em 2006, elaborei o Projeto da Retinopatia Diabética que iria atender mais de 5.000 pessoas com esse problema em Maringá e região. Uma atividade inédita no Brasil. Mas fui impedido por um grupo de Ex-Governadores, acometidos do mal da antiética e de estarem na contra mão dos interesses do Leonismo, como se vê neste livro, todos os detalhes.

m)Do Ex-Presidente Internacional, JOAO FERNANDO SOBRAL (do Lions Clube de São Paulo): “estimado PDG Lauri: muito grato pela sua magnífica revista. Adorei recebê-la. Um abraço.”

n)Do CL ARISON LUIZ MORAESs, do Lions Clube de Navegantes, Santa Catarina: “Parabéns pela fundação do novo clube e pela campanha que vem fazendo dentro do Distrito. Só assim podemos divulgar ainda mais o nome e a bandeira do nosso querido Lions Clube”.

o)Do Ex-Governador NEY SANTOS ARRUDA, Governador do Distrito LD-7 (Rio Grande do Sul), ano 88-89:”Cumprimentos pela excelência de sua coluna. É um exemplo a ser imitado pelas lideranças leonísticas em todos os Distritos brasileiros”. Ele se refere a coluna LIONS CLUBE EM DESTAQUE, que foi, sem dúvida alguma, o maior instrumento de divulgação do Leonismo, nos últimos anos. Tudo, graças a amizade que eu tinha com o proprietário do jornal O Diário do Norte do Paraná, Franklin Vieira da Silva, o qual foi agraciado com a Comenda Ordem do Mérito Leonístico, que lhe outorguei, na minha primeira Reunião do Conselho Distrital, em 2 de agosto de 2003, em Maringá-PR.

p)Da associada VERA LOPES, do Lions Maringá Cristal, em 17 de julho de 2004: “Grande Lauri, você é realmente o grande merecedor de toda essa conquista, pois os clubes também seguiram graças a sua força e vontade de vencer e lutar pelo bem da humanidade. Com toda essa garra incentivou-nos a seguir seus passos”.


Uma década de decadência ética e moral 41

q)Do associado BOB, do Lions Clube de Assis-SP:”Prezado Lauri: Parabéns pela sua coluna que recebo semanalmente”.

r)Do associado MARIO CÂMARA, do Lions Clube de São Paulo, em 03 de fevereiro de 2005: “Gov. Lauri: Obrigado pela sua mensagem. De Leões como você, que vivenciam o Leonismo é que se forma essa plêiade de lutadores pelo bem da comunidade”.

s)Do associado QUIRINO RAMOS MAIA, do Lions Clube de Cianorte, Paraná, em 19 de junho de 2005.”Caro amigo e companheiro Governador . Queremos parabenizar pela grande semente que deixou plantada em sua administração neste Distrito LD6...suas informações precisas são usadas na grande maioria dos clubes, inclusive sua música de encerramento foi tocada em Camboriú, na Convenção”.

t)Do casal de associados ADILSON e PATRÍCIA FLORES FERMANN, do Lions Clube de Arapongas-Paraná, em 18 de julho de 2004: “Queridos Lauri e Elisabeth: no final de nossa gestão não poderíamos deixar de agradecer a vocês, pelas vezes em que estiveram conosco e nos ajudaram e de dizer como foi bom tê-los conhecido, pessoas maravilhosas, dedicadas e com grande espírito leonístico. Esperamos ainda por muitos anos poder encontrá-los pelos jantares e reuniões da vida e ter sempre em vocês dois bons amigos, conquistados nesse ano de muito trabalho”.

u)Da escritora DEOLINDA CORNICELLI BUOSI, de Pérola, Paraná, em 03 de novembro de 2003:”Ao Exmo Sr Governador do Lions Clube Lauri Cesar Bittencourt: Quero parabenizá-lo pelo lindo trabalho que presta a esta entidade. Ouvi dizer que Vossa excelência é uma pessoa fabulosa, com grande potencial e carisma...quando ouvi sobre sua pessoa e o que tem feito, senti-me estimulada a prosseguir nesta busca, pois como o poeta diz, “a poesia é indestrutível”.

Essa maravilhosa moldura de efusivas congratulações levarei para sempre em minha consciência de verdadeiro Leão que cumpriu seus objetivos como Governador 2003/2004, possibilitando o crescimento do leonismo no Distrito LD-6, Paraná, Brasil.


42 Uma década de decadência ética e moral


Parte II Lions Clube Internacional DISTRITO LD-6 - PR / BRASIL

“ Uma Década de Decadência Ética e Moral ”


44 Uma década de decadência ética e moral

DA PRÁTICA DE CONDUTAS CRIMINOSAS E ANTIÉTICAS

(“Compete a cada cidadão, nas circunstâncias e ambiente em que vive, construir um país mais ético. Essa é uma tarefa de todo cidadão” (José Maria Ramos, professor de Ética – livro “Ética na Vida das Empresas”, pág. 29)


Uma década de decadência ética e moral 45

Capítulo 1

Recusa da entrega da prestação de contas e documentação da gestão anterior 2002/2003 – responsabilidade dos Ex-Governadores Antônio Joao Delfino Amalfi, Nilton Tadanori Kinoshita e Acyr Iwankiw – infração ao art. 26, alínea “q”, do Estatuto – motivo que fez eclodir campanha difamatória e discriminatória contra o autor do livro , por mais de 10 anos, no DISTRITO LD-6- PARANÁ.

É mister em todas as organizações, principalmente as de caráter pública ou de interesse público, como é o caso do Lions Clube Internacional, quando do encerramento de mandato de administração e início de nova gestão, que ocorra a passagem de cargo conforme determinam os estatutos e, uma condição extrema e indeclinavelmente necessária, é a entrega da documentação e prestação de contas da gestão anterior para a nova gestão. É o que acontece, por exemplo quando a Presidência da República entrega a gestão para a equipe do novo presidente, quando há, inclusive, equipes de transição nas áreas diversas e precipuamente, as dos Ministérios do Planejamento, Educação, Fazenda, etc., a fim de que o novo mandatário nacional tenha completo conhecimento da estrutura e funcionamento de tais organizações, com o fito de fazer esse levantamento funcional de todas as pastas ministeriais e preparar, portanto, as medidas necessárias e urgentes para colocá-las em prática, conforme as necessidades nacionais. Assim também ocorre nas esferas estaduais e municipais, quando os Governadores eleitos e prefeitos eleitos nomeiam comissões de sua confiança para se fazer os levantamento devidos e esclarecedoras dos administradores que deixam o cargo. Isso é uma condição imperativa e inafastável nas esferas públicas. No caso do Lions Clube Internacional ocorre o mesmo, em todo o mundo, haja vista que o Governador eleito, junto com seus Assessores precisam ter conhecimento da estrutura e funcionamento não só da Governadoria do Distrito como também saber do raios X dos Lions Clubes, qual a realidade dos Lions que ora se apresentam, como está um


46 Uma década de decadência ética e moral

determinado Lions, se pagou todas as Taxas Distritais e Internacionais, qual a sua situação de admissão e exclusão de sócios e assim por diante. Destarte, as lideranças leonísticas que deixam os cargos, devem agir com honestidade e ética, e entregar tal documentação ao Governador entrante. Porém, o Governador 2002-2003 Nilton Tadanori Kinoshita (do Lions Clube de Apucarana) e seus Assessores Amalfi (do Lions Clube de Londrina Independência) e Acyr Iwankiw (do Lions Clube de Apucarana) do Distrito LD-6 revelou-se contrário a tais ditames estatutários e se recusaram a entregar tais documentos a mim, na condição de Governador eleito e os mesmos deixaram de cumprir essa importante norma do Estatuto. Diz o art. 26, alínea “q”: “ao final do exercício leonístico, o Governador apresentará ao seu substituto, até 30 dias após o encerramento da Convenção Internacional, relatório e prestação de contas acompanhados dos arquivos e material do Distrito, de modo a tornar possível ao novo Governador, apresentar a referida prestação de contas na primeira Reunião do Conselho Distrital do ano leonístico seguinte, devendo constar da mesma, a quitação das quotas de contribuição ao Conselho Nacional de Governadores”. E o art. 18, diz: “Ao Conselho Distrital cabe, através do voto de sua maioria deliberar e decidir: alínea “a”: examinar e aprovar ou rejeitar contas do Distrito, apresentadas pela administração que termina, e o orçamento para o ano leonístico que se inicia”. Parágrafo Único: “O Conselho Distrital, em sua primeira reunião, necessariamente deve deliberar a respeito dos assuntos constantes das alíneas “a”...” Após participar da Convenção Internacional em Denver, EUA, em julho de 2003, e retornando ao Brasil, de imediato marquei a data de 2 de agosto de 2003 para a realização da minha primeira Reunião do Conselho Distrital, ou seja, uma Assembleia Geral para nomeação dos assessores, prestação de contas da gestão anterior, apresentação do meu plano de ação para a gestão 2003-2004, realização de palestras motivacionais, etc., tornando-se uma das confraternizações mais esperadas pelos associados e clubes. Conforme a pauta agendada (ver na íntegra o Anexo 128, no meu site), no período da tarde, (um sábado) o Governador que deixou o cargo, Nilton Tadanori Kinoshita teria um tempo para seu discurso e entrega da prestação de contas e de toda a documentação do Distrito. Como sempre, a sua fala foi em torno da amizade e companheirismo, ética e honestidade. Porém, o essencial ele não cumpriu, pois não apresentou a prestação de contas e a documentação do Distrito, fato que estranhei inicialmente. Mais tarde, em momento propício questionei-o sobre a documentação e ele respondeu que mandou apenas um relatório financeiro. Porém, eu disse a ele que teria cumprir o estatuto e entregar a documentação, mais cedo ou mais tarde e que deveria ser honesto em seu final de mandato. Ele ficou surpreso com meu questionamento e que iria falar com seus assessores Amalfi e Acyr Iwankiw. Após o término da Assembleia Geral, não obtive nenhuma resposta do Ex-Governador Kinoshita (do Lions Clube de Apucarana). Ao lado da irresponsabilidade do Ex-Governador Kinoshita surgem outras duas lideranças envolvidas nesta irregularidade, quais sejam: o então Secretário do Distrito LD-6, Ex-Governador Acyr Iwankiw, do Lions Clube de Apucarana, responsável direta pela organização de toda a documentação e o Ex-Governador Antônio João


Uma década de decadência ética e moral 47

Delfino Amalfi, Assessor Jurídico, responsável pela legalidade de todos os atos administrativos do Distrito. Essa gravidade da negligência e imprudência destes 03 líderes do leonismo, ao violarem o estatuto do Distrito LD-6 me fez pensar qual é a ética e honestidade da gestão do Nilton Kinoshita, gestão 2002-2003, que deixa o cargo e simplesmente ignora o estatuto, juntamente com seus Assessores Antônio Joao Delfino Amalfi e Acyr Iwankiw. De notar-se que estes dois Assessores – Amalfi e Iwankiw, são Ex-Governadores e deveriam não só dar o exemplo de honestidade e lealdade cumprindo o Código de Ética e Estatutos, como também dar o exemplo de lisura administrativa, apresentando a prestação de contas e explicar a todos na assembleia como se encerrou o mandato, na parte financeira. Além disso, é dever legal da governadoria entrante nomear uma Comissão de Finanças para analisar tal prestação de contas e exarar um Parecer acerca da aplicação de todas as verbas do Distrito, visto que os associados pagam a Taxa Distrital e Taxa Internacional e cujo uso deva ser de conhecimento público. Isso não foi feito por essas lideranças já citadas, embora os mesmos tivessem um currículo de primeira qualidade em suas carreiras no Lions Clubes. E o que é mais constrangedor é que os mesmos - Amalfi e Acyr – de forma permanente exerceram cargos importantes em todas as Governadorias e usaram sempre o microfone nas Assembleias e Convenções para ditarem mandamentos acerca da ética e da honestidade. Um contrassenso, portanto. Ou seja, façam o que eu falo mas não façam o que eu faço. Logicamente fiquei desgostoso com tais fatos, eis que no início da minha gestão me deparei com tais desgastes, o que me deixou preocupado, indubitavelmente, eis que eu deveria, como realmente fiz, obrigar Nilton Kinoshita, Amalfi e Acyr a entregarem a documentação, sob pena de eu, numa autocrítica, ser considerado um covarde. Ou seja. É lutar ou correr. Eu preferi lutar e a luta durou quase dez anos, na Justiça, como se vê em todos os capítulos deste livro. Meses depois eles tiveram que apresentar a prestação de contas e a documentação do Distrito. Em relação a essa entrega de documentação e Prestação de Contas da gestão 2002-2003 os fatos se sucederam assim: surgiu em minha cabeça uma palavrinha chamada de tolerância, a qual foi o sustentáculo para desenvolver todos os meus trabalhos durante o ano leonístico, que terminaria em 30 de junho de 2004. Explico melhor: ate o final de minha gestão sofri vários descalabros como envio de Cartas Anônimas e verifiquei que o grupo de malfeitores do leonismo comandado pelo Ex-Governador Amalfi se dedicaram durante todo o ano e em reuniões na calada da noite, em planejamentos de ações objetivando me derrubarem do cargo de Governador e mesmo causarem problemas após o término de minha gestão. Dito e feito. Mesmo sabendo das tramoias desses ExGovernadores eu não poderia desviar o rumo de minha Governadoria, a qual, como se vê, foi uma das mais bem sucedidas naquele ano de 2003-2004, em todo o Brasil. Por isso fui tolerante muito tempo e assim é que, usando o bom senso e para o bem do leonismo, aceitei receber a prestação de contas e a documentação em uma reunião exclusiva dos membros do Conselho Deliberativo e Ex-Governadores em outubro de 2003, em Maringá. Uma ação típica de minha administração, tentando dar um rumo


48 Uma década de decadência ética e moral

de conciliação e paz no Distrito LD-6. Assim ocorreu. Em setembro de 2003, o ExGovernador Nilton Kinoshita, pessoalmente e com seu carro, compareceu em Maringá e entregou ao meu Tesoureiro Elias Gomes Soares, nada menos que 27 volumes da documentação do Distrito e a prestação de contas. Aí me perguntei por que o Kinoshita evitou minha presença na entrega dessa documentação? No dia 5 de outubro, finalmente, aconteceu a Reunião do Conselho Deliberativo com a presença de inúmeros Ex-Governadores e um quórum suficiente dos membros que tinham direito a voto. Feita a votação tudo foi aprovado. Porém, as coisas não se sucederam mansamente. Nomeei uma Comissão de Finanças com dois membros de Maringá e um de Londrina para demonstrar imparcialidade, honestidade e lealdade aos princípios leonísticos. Um dos membros dessa Comissão me disse que tal prestação de contas, como estava, não poderia ser aprovada ali, naquele momento. Mas eu fui abordado por alguns ExGovernadores, como o Antônio Facci, o qual disse para que eu não causasse problemas naquela circunstância e que fosse aprovada a prestação com louvor, para o bem do leonismo. Mas, eu pensei e fiquei preocupado. Com louvor? E o ressarcimento dos valores desviados na isenção da Taxa Distrital, eles não deveriam fazer? Pois eu já tinha descoberto em setembro mais uma falcatrua do Ex-Governador Kinoshita e de seus assessores Amalfi e Acyr Iwankiw, os quais tinham feito uma isenção irregular da Taxa Distrital a alguns Lions Clubes, violando o Estatuto do LD-6. Porém, esse fato eu não tinha ainda divulgado e ninguém sabia. Poderia eu autorizar ou permitir a aprovação de contas com tal desvio de conduta, desvio de dinheiro da Governadoria? Se eu causasse esta celeuma e denunciasse ali, naquele delicado momento, como ficaria a cara do Kinoshita, Amalfi e Acyr Iwankiw? Não preciso dizer aos nobres leitores que, neste momento da leitura, poder-se-ia desconfiar que havia uma aura de proteção ou de receio da figura do Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi. Isso eu entendi perfeitamente. A maioria dos Ex-Governadores não queriam briga com o Amalfi. Não queriam expô-lo a uma situação ridícula, por sua amizade ao longo do tempo mas, principalmente em função do receio da conduta dele, que era bem conhecida em todo o Distrito, ou seja uma pessoa de difícil temperamento e de trato. Por isso eu disse da minha tolerância, que migrava mês a mês, em minha caminhada de minha Governadoria, no sentido de manter a harmonia dentro do Distrito e sobretudo a paz, que foi uma das palavras de meu lema: “Lions a Serviço da Paz e Cidadania”. Era isso que eu queria na minha gestão. Porém, essa minha tolerância me fez, amargamente, após minha gestão, enxergar que esta minha visão não foi bem avaliada, pois fui vítima da mais covarde campanha difamatória e discriminatória que a história do leonismo mundial já testemunhou. De qualquer maneira, voltando à reunião de aprovação das contas da gestão anterior, mais uma vez cedi ao princípio da tolerância e da preservação da paz no Distrito LD-6 e permiti a aprovação do Parecer de Finanças que a Comissão apresentou e mais, com louvor! Veja na íntegra, no Anexo 15 do meu site, a ata de aprovação dessa reunião, que foi feita manuscrita, pois queriam a aprovação ali, naquele preciso momento. Na verdade a Comissão de Finanças precisaria de pelo menos uma


Uma década de decadência ética e moral 49

semana para apreciar a papelada. Pensei comigo: tudo bem, fazer o quê. De qualquer maneira, a ação irresponsável e contrária aos Estatutos, perpetrada pelo Ex-Governador Kinoshita e por seus Assessores Amalfi (Assessor Jurídico) e Acyr Iwankiw (Secretário), ao desviarem dinheiro da Governadoria, na forma de isenção da Taxa Distrital iria dar muito o que falar, como se vê no capítulo 08 deste livro, eis que, na verdade, a prestação de contas ora aprovada tinha essa mancha, um câncer no acervo do leonismo, que mais cedo ou mais tarde, esses Ex-Governadores teriam que ressarcir os cofres do Distrito LD-6. Essa quantia desviada em 2003, totalizava em fevereiro de 2015, o valor de R$ 11.160,00 (onze mil e cento e sessenta reais). Fica aqui essa dica para que esses ExGovernadores (Kinoshita, espólio do Amalfi e Acyr Iwankiw) sendo devedores dessa quantia compareçam ao Governador em exercício e façam o ressarcimento devido. Será que farão isso, depois desta denúncia? Uma coisa se confirmou: muita canalhice estaria por vir após eu concluir meu mandato de Governador. Muita merda foi jogada no ventilador!


50 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 51

Capítulo 2

Quebra do princípio da confiança e da Ética pelo ExGovernador Antônio João Delfino Amalfi em plenária de Assembleia Geral do dia 02.08.2003, em Maringá. Constrangimento geral ao Autor do Livro e demais presentes. (“Podemos definir a Ética como a busca da excelência em todas as coisas”(Gabriel Chalita, membro da Academia de Letras de São Paulo – Livro: Ética na vida das empresas, pág. 22).

Nesse mesmo dia da Assembleia, no dia 2 de agosto de 2003, em Maringá, cidade em que construí minha vida profissional e leonística, tive ainda o desprazer de ser confrontado pelo Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, do Lions Clube de Londrina Independência, o qual, de forma desleal e covarde, aguardou o dia todo e logo após a cerimônia de posse de assessores e ele, nomeado por mim no cargo de Assessor Jurídico, pediu o uso do microfone. Facultei a ele o uso, pois estávamos em pleno funcionamento da assembleia e eu pensei que ele iria elogiar todo o trabalho desenvolvido, agradecer a sua nomeação no referido cargo, pois vivíamos naquele instante um dos momentos mais preciosos do Distrito LD-6, em que o Centro de Convenções do Aspen Park estava completamente lotado pelos associados esperançosos em novos dias de motivação no Leonismo. Porém, eu estava completamente enganado e, para minha surpresa, o meu Assessor Jurídico Amalfi me fez um questionamento de forma incisiva, autoritária, colocando-me em situação de constrangimento perante todos. Ele questionou-me sobre como ficariam as Reuniões Distritais. Porém, ele não soube explicar tal fato de forma convincente e a plateia não entendeu direito o que ele perguntava. De imediato o Ex-Governador Antônio Facci enviou-me um recado por outra pessoa e pediu que eu não entrasse em conflito com o Amalfi, pois esse era o seu gênio, ou seja, os holofotes deveriam estar sobre a sua cabeça como sempre fez em todas as Reuniões Distritais. Ele queria chamar a atenção sobre sua pessoa. Mas eu me perguntei naquele momento: como é que pode um Ex-Governador


52 Uma década de decadência ética e moral

do Distrito, de 70 anos de idade, que exerceu tantos cargos no Distrito, que exerceu a advocacia em Londrina por mais de 40 anos, e por mais de 40 anos estava como associado do Leonismo, me vem, assim de repente, causar-me um constrangimento exatamente na minha primeira Reunião Distrital, ou seja, ele fez um enfrentamento a um Governador de Distrito do Lions Clube Internacional e naquele momento eu estava ali representando o Presidente Internacional Tae Sup Lee. Será que o Ex-Governador Amafi não teve essa configuração em sua consciência, de que eu era a autoridade da vez, naquela noite? Para evitar maiores celeumas e de forma seca eu lhe respondi que tudo seria feito conforme o estatuto e assim ele se despediu do microfone. Depois eu soube que ele se vangloriou dizendo a alguns associados, de que foi o único a enfrentar o Governador. Destaque-se que nesse dia foi a segunda vez que o Ex-Governador. Amalfi agiu de forma irregular, ou seja, deixou de entregar a documentação e prestação de contas do Distrito e agora, à noite, provocou essa situação inédita, em uma cerimônia de nomeação de Assessores. Eu pensei em anunciar, naquele preciso momento, perante todo o público, a demissão do Ex-Governador Amalfi do cargo de Assessor Jurídico que eu acabara de lhe nomear. Mas eu pensei também na legião de amigos que ele tinha, ali, presentes na Assembleia-Jantar e que os mesmos poderiam apresentar uma retaliação momentânea e se ausentarem do local, o que seria mais constrangedor ainda. Devo salientar que o questionamento do Ex-Governador Amalfi era relativo ao meu Projeto de n.54, em que as Reuniões Distritais poderiam ser realizadas separadamente, ou seja, um Conselho Distrital somente para as regiões A, B e C e outra entre as Regiões D, E e F, de forma a facilitar a participação dos associados, Assessores do Distrito e da Governadoria e também dos presidentes e demais diretores dos Lions Clubes. Isso porque as Reuniões Distritais realizadas tinham poucos participantes, em primeiro lugar pela distância dos locais de realização e depois, dever-se-ia levar em conta os gastos de combustível, hotel, alimentação, etc., o que estava afastando os associados das Reuniões Distritais, ocasião em que eram e são votadas importantes decisões do Leonismo. Esse Projeto foi uma ideia do Ex-Governador Antônio Facci e entendi que era possível aplicá-lo no nosso Distrito LD-6. É importante destacar que todas as ações relativas a essa mudança radical no Distrito LD-6 deveriam ser analisadas pelos Lions Clubes, e depois, ser votada em Assembleia Geral, para aprovação ou não do Projeto. E o que é mais significativo: o próprio Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, como Assessor Jurídico nomeado por mim, é que iria comandar todas as discussões objetivando tal mudança no Estatuto e finalmente tal alteração estatutária deveria ser votada na Convenção Distrital que se realiza anualmente no mês de abril. Parece que o Ex-Governador Amafi esqueceu de tudo isso e que a legalidade dos atos teriam toda essa consistência de debates. Lamentavelmente Amalfi, de forma precipitada e esquecendo-se de seus deveres de lealdade e de sua função de zelar pela legalidade dos atos administrativos tenha culminado nessa triste interferência no momento mais importante de minha vida leonística, ao presidir tal Assembleia Distrital, em Maringá, no dia 2 de agosto de 2003. A noite terminou e eu me deparava com um domingo de sol em minha casa, mas meu


Uma década de decadência ética e moral 53

consciente estava em brasa. Eu tinha que dar uma resposta ao Ex-Governador Amalfi. Eu não sou de deixar para depois e aí tive uma ideia: elaborei uma CARTA LEALDADE e na segunda feira enviei a todos os Assessores, falando sobre lealdade, honestidade, em trabalho conjunto e positivo com o Governador, etc. Isso foi um balde de água gelada na cabeça do Ex-Governador Amalfi. De qualquer maneira mostrei a eles por que fui eleito Governador do Distrito. Mas também não sabia que ali estava, na minha frente, o Ex-Governador Amalfi, a pessoa que mais iria me causar os maiores dores de cabeça e problemas em toda minha vida, pois ele estava começando, nesse dia 2 de agosto de 2003, uma ação demonstrativa de ser o meu mais forte opositor no Leonismo, liderando e coordenando uma campanha difamatória e discriminatória contra meu nome imagem e tentou destruir minha carreira leonística, ao longo dos anos vindouros, como se relata neste livro. Ele desempenhou o mais genuíno papel de algoz. Ele, Amalfi e juntamente com outros Ex-Governadores que integravam a AGDL – Associação de Governadores do Distrito LD-6 engendraram tantas e tantas ações antiéticas e criminosas contra minha pessoa, que passei a considerar essa AGDL, uma organização criminosa dentro do Lions Clube Internacional, conforme relato no capítulo 20. Coincidentemente, parece que eu estava adivinhando o que viria contra mim no Distrito, pois eu elaborei o Projeto n. 37 – Ética Leonística – a fim de estimular o respeito, o cumprimento dos Estatutos e o pleno exercício da cidadania pelos sócios do LD-6 e seu reflexo na comunidade. A imensa maioria dos associados atendeu a esse projeto, mas os Ex-Governadores Nilton Tadanori Kinoshita, Antonio João Delfino Amalfi, Acyr Iwankiw, Jorge Carlos Lehmann e outros, além de não cumprirem os mandamentos fundamentais da Ética Leonística praticaram contra ações antiéticas e/ou criminosas (difamatórias, injuriosas e caluniosas) contra a minha pessoa, e algumas dessas ações nefastas foram praticadas durante o período em que eu exercia o cargo de Governador do Distrito LD-6. Uma vergonha para o Leonismo brasileiro. Deva-se destacar que todos os Presidentes Internacionais, ao assumirem esse importante cargo, proclamam a ética como bússola dos caminhos dos Leões em todo o mundo e também assim o proclamam todos os líderes leonísticos em todos os países onde existe o Lions Clube e o presidente internacional constantemente procura incutir nos associados tal princípio e na REVISTA “THE LION”, nº 48, publicada no Brasil, em novembro/ dezembro 2007, na página 03, o então presidente MAHENDRA AMARASURIYA, da Índia, mais uma vez incentiva os associados a pugnar, sempre, pela ÉTICA, quando diz: “PODEMOS SER LEAIS A NOSSOS IDEAIS BÁSICOS AO MESMO TEMPO EM QUE USAMOS A CRIATIVIDADE PARA NOS ADAPTAR A UM MUNDO EM TRANSIÇÃO”. Tal assertiva, pugnando pela lídima atuação ética, moral e de honestidade, em todo o mundo, foi esquecida e ignorada no Distrito LD-6, Paraná, Brasil, como se vê neste livro.


54 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 55

Capítulo 3

Cartas Anônimas contra o Autor do livro, pelos ExGovernadores Antônio João Delfino Amalfi, Nilton Tadanori Kinoshita e Georges El Haouli – condenação judicial – crime de difamação. “Vivemos, no mundo, e particularmente em nosso país, um momento marcado por grandes escândalos envolvendo o universo corporativo e político. Entristece, especialmente os mais conscientes, que muitos envolvidos nesses episódios escapem ilesos, instalando-se, em cada um de nós, a consciência da impunidade crescente” (Antônio de Pádua L. Tavares, ex-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos-São Paulo – livro Ética da Vida das Empresas, pág.153)

Os leitores podem estar se perguntando sobre estas Cartas Anônimas. Como isso pode acontecer ? No Lions Clube Internacional? Contra um Governador em pleno exercício? Ah não, no Lions não, isso não é possível, não é crível que estas condutas nefastas e condenáveis ocorram por que esta instituição tem como cartilha e caminho cimentado a mais pura amizade e companheirismo entre seus membros e tem ainda o Código de Ética e Estatutos a serem seguidos, como garantidores de uma unicidade de condutas leonísticas! Além disso, existe a forte impressão da comunidade de que o Lions é uma organização mundial em que a honestidade e lealdade são o farol e diretriz central da atuação séria e proba de todos os seus associados. Graças à forte imagem do Leonismo em todo o mundo, pela sua seriedade e transformação na vida das pessoas, é que o Lions Internacional, consegue em várias partes do mundo, a parcerias necessárias para as atividades de serviço desinteressado. Portanto, considerada a maior ONG – Organização Não Governamental - do mundo, o Lions Clube Internacional recebe em doações milhões de dólares de pessoas físicas e de empresas multinacionais, para ajuda internacional a vários países, como a África e Ásia e precipuamente quando acontece catástrofes pelo mundo e o Lions, então, possibilita tal ajuda financeira e de materiais a milhares de vítimas de catástrofes, incluindo também a ajuda a refugiados. Particularmente, no


56 Uma década de decadência ética e moral

meu caso, eu obtive ajuda financeira da Fundação Lions Internacional, para ajuda à população de Iporã, a qual teve problemas sociais com um vendaval. Com a verba vinda da Fundação Lions, foi comprado cobertores e outros materiais de primeira necessidade às vítimas desse infortúnio, aqui no Paraná, perto de Maringá. Ao lado dessa altruística performance do Lions Clube, temos a luta pelo poder interna corporis cuja consequência tem sido as mais negativas possíveis, por que traz como resultado a lesão moral em um ou mais associados, e o Leonismo acaba por perder seus sócios em função destas desavenças. Pois foi exatamente o que ocorreu na minha gestão 2003/2004. Devo lembrar que no mesmo dia em que inaugurei minha gestão com a realização da 1.Reunião Distrital em Maringá, dia 2 de agosto de 2003, tive o desgosto e a apreensão de vivenciar dois momentos de completa inaceitação de condutas de Ex-Governadores, os quais, nominalmente, Nilton Kinoshita, Antônio João Amalfi e Acyr Iwankiw, responsáveis pela gestão anterior, ou seja, Governador, Assessor Jurídico e secretário do Distrito, respectivamente, se recusaram a entregar a documentação do Distrito e a prestação de contas da gestão 2002/2003, violando o Estatuto leonístico. E depois, à noite tive o desprazer de ser enfrentado pelo Ex-Governador Amalfi, o qual me questionou, de forma traiçoeira, na Assembleia, causando-me um constrangimento surpresa, para o qual eu jamais imaginaria que acontecesse. Portanto, na sequência dos atos nefastos e em represália aos meus pedidos de que a documentação e prestação de contas fossem apresentadas pelo Ex-Governador Kinoshita e pelos seus Assessores Amalfi e Acyr Iwankiw, aconteceu o inacreditável no movimento leonístico: foi enviada a inúmeras lideranças do Lions Clube Internacional do sul do país, uma CARTA ANÔNIMA, com o objetivo único de desestabilizar minha gestão como Governador do Distrito LD-6, além de denegrir meu nome e imagem no Leonismo e, com certeza, uma tentativa de me derrubarem do cargo de Governador do Distrito LD-6. Mas, como é compreensível uma atitude covarde deste naipe, dentro do Lions Clube Internacional? Esta Carta foi um soco que atingiu a cara do Presidente Internacional, face à gravidade desta conduta. Foi um soco no estômago de todos os associados do Distrito LD-6. Eu fui atingido de forma extremante grave, eis que, no meu intuito de fazer o melhor pelo Leonismo, de repente, senti que a terra estava cedendo e que queriam me enterrar vivo, numa cova leonística, sem volta. E quem foram os responsáveis por tal conduta estranha, condenável, nefasta, traiçoeira e desonesta? Nada menos que um trio de Ex-Governadores, quais sejam: NILTON TADANORI KINOSHITA, Governador 2002-2003 e então Presidente da AGDL-Associação de Governadores do Distrito LD-6, ANTONIO JOÃO DELFINO AMALFI, secretário da AGDL e Assessor Jurídico da Governadoria 2004-2005 (nomeado pela então Governadora ANA SINHORINI) e GEORGES EL HAOULI, diretor da AGDL. Como eu consegui descobrir a autoria destas Cartas Anônimas? Simples: essa Carta Anônima foi endereçada a todos os Governadores do DMLD – Distrito Múltiplo LD- ou seja, engloba todos os Lions Clubes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e esses Governadores, total de 08, constituíam o Colegiado de Governadores do sul do Brasil, para um trabalho conjunto e decisório dos


Uma década de decadência ética e moral 57

destinos do Leonismo no sul do país. Assim sendo, constata-se que eu estava atuando em parceria e em harmonia com os outros 08 Governadores, num ambiente de paz e de honestidade objetivando o crescimento do leonismo neste três estados sulinos. É assim que acontece todos os anos, em que o Conselho de Governadores do DMLD apregoa o renascimento de novas ideias e projetos para um leonismo mais vigorante e pujante para que o serviço Leonístico seja mais atuante, junto às comunidades e uma ligação forte nos Governos Estaduais e Assembleias Legislativas destes 03 estados. Essas Cartas Anônimas foram endereçadas aos meus colegas Governadores dos 8 Distritos leonísticos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e tinha o objetivo único de me desmoralizar perante meus colegas de colegiado. Essa Carta Anônima foi enviada em setembro de 2003, ou seja, com menos de 02 meses de minha gestão, como Governador. Se eles queriam me derrubar do cargo de Governador, por que não agiram de forma diferente e poderiam me enfrentar cara a cara e dizer de suas angústias, se é que haviam? Mas, preferiam o outro caminho, o caminho da traição, da desonestidade e deslealdade. Assim sendo, os Ex-Governadores Nilton Tadanori Kinoshita (do Lions Clube de Apucarana), Antônio João Delfino Amalfi (do Lions Clube de Londrina Independência) e Georges El Haouli (do Lions Clube de Cambé), exercendo cargos diretivos na AGDL – Associação de Governadores do Distrito LD-6, praticaram um ato extremamente covarde e condenável, um ato violador do Estatutos leonísticos e precipuamente, uma afronta ao Código de Ética. Na verdade, essas três autoridades leonísticas jogaram o Código de Ética na lata do lixo e jogaram também muita merda no ventilador. Iniciaram aí, definitivamente, a maior crise ética e de moralidade já registrada na história dos quase 100 anos de existência do Lions Clube Internacional no mundo, sequenciando-se então ao longo dos anos vindouros mais e mais condutas antiéticas e criminosas. Um quadro caótico de delineou perante o leonismo brasileiro, que acarretou o desprestígio do Lions Clube no Poder Judiciário em função das inúmeras ações judiciais que impetrei, causando vergonha aos Juízes, promotores e funcionários da Justiça. Ou seja, um outro Lions Clube Internacional aparecia, de forma vil e que causou repugnância a todos que vivenciaram tais desmandos, principalmente pelos integrantes do Poder Judiciário do estado do Paraná.. Como eu disse: é lutar ou correr. Eu Lutei! Mas, retornando aos meandros da Carta Anônima, de forma humilde e de apaziguador, preparei-me para a 1. Reunião do Conselho de Governadores do No meio da alegria e ambiente contagiante entre os 9 (nove) Governadores do Distrito LD-DMLD, que seria realizada em setembro, em Ponta Grossa, Paraná. Como foi a Defesa/Contestação dos Réus: na defesa dos Réus, os advogados Amalfi e sua filha Neida apresentaram a respectiva defesa e em linhas gerais, negaram que houve a ocorrência de Cartas Anônimas, que não houve dano moral, etc. De início tentaram isentar Kinoshita de qualquer responsabilidade por que ele não teria assinado carta nenhuma. Usaram o Vocabulário Jurídico “De Plácido e Silva”, para mostrar ao


58 Uma década de decadência ética e moral

Juiz o que significava o verbete Carta Anônima: “Assim se diz da carta que não traz assinatura, não se sabendo quem seja seu autor e responsável pelos conceitos nela expedidos. É a carta de procedência ou de origem desconhecida”. É evidente que, com essa conceituação, ficou ainda mais claro a culpabilidade dos Réus, pois a carta, efetivamente, foi anônima, consistindo em conduta totalmente condenável para quem participa do movimento leonístico. Na sequência os Réus dizem ao Juiz o que significa a palavra LIONS, como sendo: Liberdade, Igualdade, Ordem, Nacionalismo e Serviço. É inequívoco que os Réus pautaram suas condutas contra todo esse significado. Em certo momento alegam ao Juiz que eu estava tratando os Companheiros Leões como comandados subalternos dizendo que sou Major da Polícia Militar do Paraná. Considero isso uma verdadeira piada. Quanto ao fato das cartas terem sido enviadas sem remetente e por correio em Maringá, disseram: “confessam que Haouli postou as cartas na cidade de Maringá”. Portanto, foram Réus confessos. E ainda que não tiveram nenhuma segunda intenção. Oras, como não? Enviaram as cartas para as principais lideranças do Leonismo do sul do Brasil e não enviaram nenhuma para o Distrito LD-6. Onde está a verdade, então? A resposta é simples: Os Réus e seu advogado Amalfi, que considero o verdadeiro culpado desse episódio, queriam sim, de forma intencional, dolosa, maldosa, leviana e desonesta, denegrir o meu nome e imagem perante o leonismo do sul do país. Isso sim é uma conduta de malfeitores do Leonismo. Jogaram merda no ventilador. E outra piada vem à frente, na defesa dos Réus: disseram que foi coincidência a postagem das cartas em Maringá, eis que Haouli estava em viagem a negócios na região e “lembrou” que tinha postar as cartas, que foram escritas de próprio punho pelo Haouli. Uma infantilidade, assinar documentos anônimos com o próprio punho. Entendo assim. De outro lado, indaga-se, por que eles não colocaram as cartas no correio de Arapongas, Apucarana, Jandaia do Sul, Mandaguari ou Sarandi que são cidades que são localizadas entre Cambé e Maringá? Simples: eles precisavam de um cúmplice e essa pessoa seria de Maringá, pois aqui eles tinham um colega de uma amizade de dezenas de anos e então poderiam contar com o sigilo desse indivíduo comparsa. E eu sei quem foi o marginal que colocou as cartas no correio de Maringá e essa pessoa sabe que eu sei. Ponto final. Em fls 39 do processo, os Réus e seus advogados Amalfi e Neida chegam ao abismo de alegações inusitadas, ao afirmarem que eu pretendia governar o Distrito sob o regime ditatorial, como Governador/ Ditador. Oras, será que eles não tomaram conhecimento do sucesso de minha gestão como Governador. A inovação que implantei no Distrito foi um sucesso que é comprovado pelo capítulo anterior sobre os elogios à minha gestão de dezenas de lideranças do leonismo do Brasil e outros países e ainda de autoridades civis de Maringá e outras. Portanto, entendo que os Réus não tinham muito argumento e passaram a tergiversar em suas insanas ilusões, no intuito de ludibriar a boa-fé do Juiz que iria dar a sentença, ao afirmarem que eu era Governador/Ditador. Uma lástima, sem dúvida, tal arrepio à verdade. Assim conclui-se a defesa dos Réus.


Uma década de decadência ética e moral 59

No dia 29 de agosto de 2005, apresentei ao Juiz a minha Impugnação à defesa dos Réus, salientando, de início que os Réus eram Réus Confessos, ou seja, reconheceram a veracidade de minhas acusações. Haouli assumiu o fato de ter escrito o destinatário de punho próprio e confessou que não colocou o remetente. As Cartas foram enviadas aos principais líderes do leonismo do sul do país, às cidades de Foz do Iguaçú (Paraná), Sobradinho, Tramandaí, Santo Ângelo e Tapejara, todas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina foram enviadas as cartas para Florianópolis, Xanxerê e Brusque. Lembro que todas essas cidades foram sede das Governadorias dos Distritos do Lions Clubes, em que os respectivos Governadores tinham residência. Portanto, tal espectro revela a maldade dos Réus e do seu advogado Ex-Governador Amalfi, os quais não mediram esforços para tentarem destruir minha imagem junto aos demais Governadores do meu colegiado 2003/2004. Condutas desleais, desonestas e que jogaram o Código de Ética do leonismo na lata do lixo. Esse colegiado era um grupo de trabalho no sul do Brasil, para colaborar nos projetos e desenvolvimento do leonismo nessa região, para cerca de 600 Lions Clubes e 14.000 associados. Vejam então a minha responsabilidade. E tentaram tirar meu tapete e me jogarem no lodo. Que façanha e ousadia desses indivíduos. Tentaram e perderam e se desmoralizaram perante o Distrito LD-6 e o Leonismo nacional. Conforme afirmei insistentemente ao Juiz, disse que os Réus tinham como único objetivo desestabilizar meu nome perante o Leonismo nacional e que essa conduta deles continha em seu conteúdo a má-fé, a leviandade, a mentira, a falácia. Asseverei ao Juiz, que essa tese dos Réus “talvez não engane nem crianças”, ao alegarem que foi coincidência de Haouli colocar as cartas em Maringá, pois tinha negócios na região. Quando eu li essa tese de defesa deles, não pude conter o riso e pensei: como é que podem alegar tamanha infantilidade? Também relatei ao Juiz que havia sido encetada no Distrito, uma conspiração de Ex-Governadores contra a minha pessoa, em virtude de que eu havia descoberto as irregularidades cometidas pelos mesmos, durante e após a gestão 2002/2003, em que Kinoshita foi Governador, Haouli foi assessor e Amalfi o Assessor Jurídico da Governadoria. Assim, ao colocar as cartas na mesa, os Réus foram pressionados a agirem com ética e moralidade e resolveram então, me desafiar, pois acreditavam que, estando juntos e unidos, criando um maligno corporativismo poderiam acabar com minha carreira no Lions Clube. Perderam e perderam feio. Alertei ao Juiz que Haouli e Amafi como Ex-Governadores e Assessores que eu nomeei na minha gestão, renunciaram aos cargos e levaram mais 12 assessores a também renunciarem, em conduta antiética inédita no Lions mundial. Queriam sim, impedir o meu trabalho de inovação no leonismo. A minha resposta aos Réus foram as 09 (nove) condecorações que recebi da Diretoria Internacional, no final de meu mandato. O sucesso foi conquistado, com a participação de dezenas de clubes e associados que acreditaram no meu trabalho. Resta lembrar também que não houve necessidade de exame grafotécnico da letra do Haouli, pois ele confessou a conduta ilícita e que as provas nos autos já eram suficientes para a condenação dos Réus. Além da violação ao Código de Ética, os Réus infringiram também o art. 28 do Estatuto


60 Uma década de decadência ética e moral

do Distrito LD-6 que diz: “Compete aos integrantes do Comitê Honorário: alínea “a”: zelar para que sejam incrementadas as relações entre os Lions Clubes do Distrito LD-6 e seja preservada a harmonia entre seus associados”. Tanto Kinoshita e Haouli, assim como seu advogado Amalfi eram integrantes desse Comitê Honorário. Logo, as suas ações malévolas se estenderam também a esse rol de princípios protetores da ética e da moralidade no Leonismo. Ao final de minha Impugnação reiterei ao Juiz que seria cabível a condenação dos Réus no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Antes da prolação da sentença, requeri ao Juiz que uma testemunha fosse ouvida em Foz do Iguaçú, a qual recebeu uma das cartas anônimas, para provar definitivamente, a culpabilidade dos Réus. Assim foi feito e no dia 26 de janeiro de 2006, a testemunha IJT, deu seu depoimento ao Juiz Dr Stewalt Camargo Filho, no fórum de Foz do Iguaçú, e tudo foi confirmado, de que essa testemunha recebeu mesmo a tal carta e que isso criou uma situação de constrangimento no Leonismo do sul do Brasil. Dessa forma encerrou-se a fase probatória do processo estando tudo pronto para que a Juíza exarasse a sentença. A sentença condenatória foi assinada pela Juíza do 3. Juizado Especial Cível de Maringá, em 20 de setembro de 2006, que acatou a minha tese de que os Réus tiveram a intenção covarde de desmoralizar meu nome no Leonismo. Pelo envio de Cartas Anônimas. A D. Juíza asseverou que “o próprio réu confessou que postou as cartas em Maringá, o que por si só, abre as portas para acatar as demais provas dos autos”. Salientou a importância do depoimento da testemunha de Foz do Iguaçú, que confirmou a “criação de um ambiente de constrangimento, fato suficiente para provar o dano moral”. E que “há que se frisar que a divulgação de assuntos que não diz respeito, e ainda de forma anônima, não é uma atitude sadia e merece sim, ser reprovada, pois toda pessoa adulta é capaz de ter ciência das consequências de seus atos. E ainda, o documento de fls 18, traz como remetente o primeiro Requerido, já o de fls 19, não traz remetente, portanto, a caligrafia é a mesma nos dois documentos, o que faz atribuir a responsabilidade a este”. Acerca da legalidade, a D. Juíza insere na sentença e fundamentando, cita o art. 5. da Constituição Federal: “Todos são iguais... e o Inciso X, que diz: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Na sequência, a D. Juíza declara o valor da condenação e encerra a sentença. Inconformados com essa sentença, os Réus, impetraram o recurso de Apelação, para que o processo fosse novamente apreciado pelo Tribunal de Justiça, em Curitiba. Embora se respeite os 40 anos de advocacia do Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi e de sua filha advogada Neida Amalfi, esse recurso de Apelação não existe no sistema dos Juizados Especiais e sim o Recurso Inominado. Mas, apesar desse erro, o Tribunal o aceita com o nome de Recurso Inominado. Em 10 de abril de 2006, os Réus protocolaram tal Recurso, para que o Tribunal de Justiça do Paraná,


Uma década de decadência ética e moral 61

através de suas Turmas Recursais apreciassem novamente o processo, objetivando a sua reforma total. Não tiveram êxito, evidentemente, haja vista que as provas dos autos eram contundentes e inequívocas. Nesse recurso alegaram praticamente tudo que foi discutido em Maringá, não acrescentando nenhuma novidade. Eles confessaram novamente a autoria das cartas anônimas, que foram postadas em Maringá, longe da cidade dos Réus. Tentaram provar que as cartas não eram anônimas. Seria possível? Evidentemente que os Juízes em Curitiba não iriam entrar nessa conversa dos Réus. Nas minhas Contrarrazões alertei os desembargadores que, em ultima ratio, os Réus desencadearam contra minha pessoa uma campanha difamatória e discriminatória infamante, os quais usaram o malsinado meio covarde de comunicação, o de cartas anônimas. Os Réus perderam a batalha judicial mais uma vez, pois os 05 Juízes, de forma unânime rejeitaram os argumentos deles. A sentença do Tribunal de Justiça, chamada de Acórdão, teve o número 24.145 e a Ementa assim foi publicada: RECURSO INOMINADO – AÇÃO INDENIZATÓRIA – CARTA ANÔNIMA – OBJETIVO – DENEGRIR A IMAGEM DO AUTOR – DANO MORAL CONFIGURADO – QUANTUM ARBITRADO DE ACORDO COM AS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO – SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Os Juízes assim se manifestaram, em alguns tópicos: APRECIAÇÃO DE PROVA PELO JUIZ SINGULAR: A sentença demonstra, de maneira inelutável, que as cartas anônimas causadoras dos danos morais foram orquestradas pelos Reclamados. Tal se dá porque o Primeiro Réu (Haouli), na Contestação (fls 38) assume que postou a correspondência de que se trata da cidade de Maringá e a testemunha IT fornece indícios que o segundo Réu (Kinoshita) foi coautor do fato, porque dele partiu a iniciativa de mandar cópia da carta ao primeiro Réu com vista a espraiar o documento. Esta aludida testemunha revela ainda, que no encontro dos membros do Lions em Ponta Grossa, muitos já tinham conhecimento do conteúdo da carta, criando-se um clima de constrangimento entre as partes”. Em relação ao DANO MORAL, assim asseveraram os Juízes: “Dano Moral Inerente à própria circunstância: A tal carta anônima não tinha outro objetivo que não denegrir a imagem e reputação do Autor perante os seus pares, sendo certo que tal atitude lhe causou sérios transtornos, porque se viu vexado diante de pessoas que preza e conhece, padecendo, pois, da desagradável desconfiança de sua honradez e honestidade. O dano moral in casu, é inerente à própria circunstância decorrente do constrangimento a que foi submetido o demandante”. Citando a Doutrina, os Juízes assim se manifestaram: “Conforme leciona SERGIO CAVALIERI FILHO, “neste ponto a razão se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano moral está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito em si. Se a ofensa é grave e de repercussão por si só justifica a concessão de uma satisfação de


62 Uma década de decadência ética e moral

ordem pecuniária ao lesado. Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa: deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti que decorre das regras da experiência comum” (obra: Programa de Responsabilidade Civil – 3. Ed. São Paulo: Malheiros, p.92). Esse Acórdão foi assinado em 28 de setembro de 2008, pelos Juízes Moacir Antônio Dala Costa (presidente), Horácio Ribas Teixeira (Relator), Telmo Zaions Zainko, Helder Henrique Taguchi e Cristiane Santos Leite. Já desesperados, e principalmente o advogado e ex-Governador Amalfi. os Réus impetraram novo recurso. E perderam de novo. Impetraram o recurso de Embargos Declaratórios, que foi, de plano, rejeitado pelo Juiz Relator. Ainda desesperados, os Réus impetraram o Recurso Extraordinário, para ser levado a Brasília, ao Supremo Tribunal Federal. E perderam de novo, pois os Juízes não aceitaram tal encaminhamento, eis que os argumentos apresentados pelos Réus, não tinham mais consistência jurídica. Assim, encerrou-se o principal processo judicial que impetrei logo após a conclusão de minha gestão como Governador. Uma coisa ficou em suspense: quando eu me enveredei para o caminho do Poder Judiciário, o que esses Ex-Governadores pensaram? Que poderiam me derrotar na Justiça e abrir caminho para minha exclusão do Leonismo? Mas, como fica a responsabilidade deles, que desviaram dinheiro da governadoria? Que se recusaram a apresentar a prestação de contas? Que se recusaram a entregar todos os documentos do Distrito, como determina o Estatuto? Tais condutas ilícitas desse grupo de Ex-Governadores demonstram, inafastavelmente, a sua verdadeira personalidade em todos os anos que se apresentaram como líderes do leonismo. Uma falsidade de liderança que deixa perplexo todo associado fiel aos Estatutos e ao Código de Ética do leonismo. Isto posto, é inegável que a imoralidade imperou no Distrito LD-6 nas mãos desse grupo de malfeitores. Falando-se em imoralidade, vejamos o que disse o Promotor de Justiça de Maringá, Francisco José de Souza, em matéria publicada no Jornal do Povo de Maringá, em 19 de agosto de 2015, sobre o tema IMPROBIDADE MORAL: Diz ele “que o progresso da humanidade se realiza por saltos cíclicos que demarcam ganhos de intelectualidade e de moralidade. Ninguém duvida que vivemos o auge das conquistas da ciência com repercussão tecnológica que surpreendem dia a dia com novas descobertas e invenções. Ao tempo em que o homem se empanturra de novidades, as angústias e os desesperos lhes assomam a mente, com os vislumbres de imoralidade que campeia solta com total desprezo pela vida e valores mínimos de respeito. O momento assinala um novo ciclo de progresso, do despertar de consciência, quando se verifica que viver fartamente sem o mínimo de dignidade, causa insegurança, o caos se instala e o clima


Uma década de decadência ética e moral 63

é de salve-se quem puder. Atento que o exemplos vêm de cima é justo rever posturas, especialmente dos educadores, dos gestores públicos, das diretrizes básicas da família como célula primeira da sociedade que idealizamos, enfim, o mundo reclama o mínimo de probidade moral para se viver em paz”. Portanto, em relação a esse respeitável pronunciamento, constata-se que os Réus esqueceram-se da existência da probidade moral, mural de sustentação de qualquer sociedade honesta. Que os Réus olvidaram os valores mínimos de dignidade e de respeito ao ser humano e quiçá, seu parceiro de construção de um mundo melhor, no trabalho voluntário no Lions Clube. No mundo moderno em que a ética é prioridade em qualquer atividade humana, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Melo, em matéria divulgada no Jornal O GLOBO, na data de 19 de agosto de 2015, disse ao Brasil que “a corrupção impregnouse no tecido e na intimidade de alguns partidos e instituições públicas e lembrou que em 1954 o opositor Carlos Lacerda declarou “somos um povo honrado governados por ladrões” e disse ainda que a corrupção degradou a própria dignidade da política, fazendo-a descer ao plano subalterno da delinquência institucional.” Face a esse excelente texto e afirmação desse respeitável Ministro do STF, e, mutatis mutandis, relacionado isso tudo com os problemas do Lions Clube, podemos concluir que os Réus e outros Réus futuros, possibilitaram impregnar no tecido e na intimidade do Distrito LD-6 e de seus associados ao Lions em geral, que a violação ao Código de Ética tornou-se tão comum que parece que esse Código nem existia e que o estatuto do Distrito LD-6 e as normativas maiores do Lions Clube Internacional em todo o mundo, seriam tão frágeis que sua violação seriam imperceptíveis. Porém, dei um basta na ação ilícita desses malfeitores do Leonismo e, diante das dezenas de ações judiciais, mostrei a eles, que a Justiça pode tardar, mas não falha! Repito: eles não acreditavam que eu iria à Justiça, por que isso jamais existiu no Leonismo no Paraná e no Brasil. Fui à Justiça e garanti a reparabilidade necessária aos ditames do Código de Ética e Objetivos do Lions Clube Internacional. A permanência desses indivíduos no quadro de associados mostra a fragilidade de investigação e punibilidade aos infratores das normas leonísticas, fatos que analiso nos capítulos 19 (Impunidade), 20 (AGDL-Associação criminosa?) e 21 (Tribunal de Ética e Lei da Ficha Limpa), no final deste livro. Na verdade, o que os Réus e seus outros parceiros das ilicitudes demonstraram uma pobreza de espírito desses falsos líderes que mancharam e criaram um câncer no Distrito LD-6. Uma empreitada de condutas delitivas foi a realidade vivenciada por todos os associados durante 10 anos, de 2002 em diante, até os dias atuais. De qualquer maneira posso afirmar que esses Réus e outros Governadores autores de ilicitudes, passaram a integrar a carruagem de lixo que ofenderam a dignidade do movimento leonístico, com a prática de condutas repugnantes e sórdidas, dignas de reprovação por todo o corpo de 45.000 associados no Brasil. A demonização em atacar a moral e a ética no Lions Clube Internacional, no Brasil, foi a tônica desse grupo


64 Uma década de decadência ética e moral

de malfeitores do Lions Clube, infelizmente, com a mediocrização dessas condutas. Volto a repetir, se tivéssemos um Tribunal de Ética e Disciplina vigente no Lions Clube Internacional, esses Réus, com certeza, já estariam excluídos do movimento leonístico e não haveria a necessidade de se publicar este livro. Uma sepultura leonística foi criada para se enterrar ali, o Código de Ética do Leonismo e os Estatutos Internacionais, na ação e condutas sórdidas desses Réus cujos anseios sempre foram o de infringir os objetivos do Lions Clube.


Uma década de decadência ética e moral 65

Capítulo 4

Renúncia em massa de Assessores contrários à carta Lealdade enviada pelo autor do livro. “Ao longo de nossa história, os Leões têm projetado uma luz, levando saúde e alegria para milhões de pessoas que vivem na escuridão e desespero. Existe uma luz que emana de todos os Companheiros Leões. Você pode vê-la nos seus olhos, no seu sorrido e nas suas ações” (Sid Scruggs – de Carolina do Norte, EUA - Presidente Internacional 2010/2011).

Após passar por vários dissabores logo no início de minha gestão, tais como a conduta antiética do Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, que me questionou em público na Reunião Distrital de Maringá, o fato do meu antecessor Kinoshita se recusar a entregar a documentação do Distrito e sua Prestação de Contas, vir à tona o envio criminoso de Cartas Anônimas, e ainda o desvio de dinheiro do Distrito LD-6, com a isenção ilegal de Taxas Distritais, etc., minha consciência m orientou a escrever e enviar a todos os Assessores, uma carta LEALDADE . Tal carta objetivava cooptá-los a colaborar com minha gestão, a integrar efetivamente o meu mandato 2003/2004, para o bem do Distrito LD-6, objetivando resgatar a motivação dos associados, a criar novos Lions Clubes e implementar toda a inovação que publiquei no meu plano de ações no total de 54 projetos de crescimento do Lions Clube Internacional. Essa carta foi escrita em função daquilo que o Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, na magnífica Reunião Distrital no Centro de Convenções Aspen Park, em Maringá, e logo após ser nomeado Assessor Jurídico de minha gestão, foi ao microfone e me causou um constrangimento incomum. Então me perguntei: para que ter um Assessor Leão de juba larga, como o Amalfi, que tinha 70 anos de idade, 40 anos de advocacia e me aprontava essa? Em público de 400 pessoas? Assessor nomeado em caráter de confiança é para ajudar, construir e não destruir. Depois que enviei as cartas aos Assessores e para minha surpresa, e de forma inédita no Leonismo brasileiro, nada menos que 14 (quatorze) assessores renunciaram aos cargos, exatamente aqueles que pertenciam ao eixo dos


66 Uma década de decadência ética e moral

Lions Clubes de Apucarana, Cambé, Rolândia e Londrina, e que passei a considerar essa região como o eixo do mal do Distrito LD-6, haja vista que meus perseguidores ali estavam como sócios em seus Lions Clubes. Não havia dúvidas que houve uma orquestração de alguns Ex-Governadores desse eixo do mal, que convenceram seus amigos dessa região a renunciarem. Não há a menor dúvida. Na minha sala, na sede da Governadoria do Distrito LD-6, em Maringá, cada carta que eu recebia do correio vinha o tilintar das medalhas de nomeação dos assessores e junto com meu fiel Assessor e Coordenador Geral do Distrito Manoel Pismel, nós já sabíamos: vem aí mais uma renúncia. Todos sabemos que a nomeação de Assessores vem precipuamente do caráter da confiabilidade. É uma atitude de valorizar a pessoa do assessor e contar com sua colaboração na empreitada leonística. É uma honra do associado em ser nomeado para o cargo, notabilizando-se a importância de se juntar forças para o crescimento da instituição. Nessa nomeação estão presentes a moral e a ética, como componentes basilares do trabalho conjunto entre o executivo e seus assessores. Confiança, lealdade, honestidade, é o que se espera do corpo de assessores de qualquer entidade de caráter público e privado. Os assessores que renunciaram foram os seguintes: 1.Ex- Governador Antônio João Delfino Amalfi, do cargo de Assessor Jurídico (sócio do Lions Clube de Londrina Independência) 2.Ex- Governador Georges El Haouli, do cargo de Assessor de Protocolo (sócio do Lions Clube de Cambé) 3.Ex- Governador Rodavlas Lhamas Ferreira, do cargo de Assistente Jurídico (sócio do Lions Clube de Londrina) 4.Maria Helena Gouveia, do cargo de Presidente de região “C” (sócia do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) 5.Doroty do Rocio Ricardo, do cargo de Assessora de Aumento de Sócios (sócia do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) 6.Deisy S. Liboni, do cargo de Assistente da Região “C” (sócia do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) 7.Lisa Cristina Ganen Novaes de Souza, do cargo de Presidente de Divisão “C-3” (sócia do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) 8.Ana Carla Ganen N. Antônio, do cargo de Assistente de Divisão “C-3” (sócia do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) 9.Antônio José dos Santos, do cargo de Presidente de Região “B” (sócio do Lions Clube de Londrina Igapó)


Uma década de decadência ética e moral 67

10.Jorge Luiz Souza Araújo, do cargo de Presidente de Divisão “C-1” (sócio do Lions Clube de Cambé) 11.Luiz Carlos Bazzo, do cargo Assessor de Logopedia, Audição e Trabalho com os Surdos (sócio do Lions Clube de Cambé) 12.Nilton Roberto de Paula, do cargo de Assessor de Divulgação da Região “B” (sócio do Lions Clube de Londrina Independência) 13.Aodilene Pelegrini, do cargo de Assistente de Divisão “C-1” (sócia do Lions Clube de Cambé) 14.Orazília Maria F. dos Santos, do cargo de Assistente da Região “B” (sócia do Lions Clube de Londrina Igapó)

Portanto, concluímos o seguinte: do Lions Clube de Londrina Independência, 03 Assessores renunciaram , sendo esse o Lions a que pertencia o meu mais severo opositor Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi. Portanto, houve orquestração e solidariedade imediata, para as renúncias. Do Lions Clube de Cambé renunciaram 04 assessores. De lembrar que os mesmos também saíram em solidariedade ao ExGovernador Georges El Haouli, do mesmo Lions e que foi autor da conduta delitiva em enviar cartas anônimas ao leonismo brasileiro. Do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia renunciaram 05 assessoras, as quais também saíram em solidariedade ao Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, o mesmo que ejetou leviandades sobre minha pessoa, dentre as quais nada menos que 05 condutas delitivas de calúnia, difamação e injúria, além das irregularidades mencionadas nesta obra. Fiquei surpreso com a renúncia destas mulheres, pois o papel da mulher na sociedade moderna é de mais autonomia em suas decisões e vejam que eu nomeei o maior número de Assessores de um Lions Clube foi esse Lions feminino Apucarana Vitória Régia. Uma lástima, pois confiei sempre nelas e inclusive, eu fui o único Vice-Governador eleito que visitou esse Lions Clube Vitória Régia em Apucarana, para buscar ideias na formação de meu plano de ações leonísticas para minha gestão. Meu trabalho como Governador foi ímpar em relação às mulheres, pois foram criados dois Lions femininos (Lions Clube Helen Keller, em Maringá e o Lions Clube Rachel de Queiros, em Londrina), além disso criei também a Associação das Domadores do Distrito LD-6. Graças a esse meu trabalho de incentivo ao ingresso de mulheres no Lions Clube fui condecorado pela Diretoria Internacional, no final de minha gestão. Pude constatar também em minhas visitas oficiais aos Lions Clubes que as mulheres (Companheiras Leão ou Domadores) tinham um papel decisivo no crescimento dos clubes, pois as mesmas abraçaram meus 54 projetos e os estavam desenvolvendo a contento, inovando em seus clubes, um trabalho digno de elogios. Tive decepção mais tarde, com a sócia Deisy Liboni, que renunciou ao seu cargo, ao integrar a Comissão de Finanças que analisou minha prestação de contas, a qual, com os demais membros dessa


68 Uma década de decadência ética e moral

Comissão, inseriram mentiras e falsidades nesse Parecer de Finanças. Outra decepção foi com sócia renunciante Lisa Ganen, a qual, como Governadora 2008/2009 e aliada aos Ex-Governadores condenados na Justiça, também violou a ética do leonismo, ao excluir meu nome do Comitê Honorário do Distrito, fato que lhe rendeu uma ação judicial, como Ré. Minha confiança na então sócia Lisa Ganen foi mais ampla, pois na maior festividade de minha gestão, a Reunião Distrital em Maringá, no Centro de Convenções do Aspen Park, nomeei-a no importante cargo de Mestre de Cerimônias. Além disso, em minha primeira Revista Leão dos Cafezais, facultei a ela, escrever em uma página inteira, com o título “Ser Mulher..Ser Leão – Exercendo sua Cidadania”. Com todas estas posturas de confiabilidade em seu papel de mulher no Leonismo, fiquei realmente incrédulo ao receber a sua carta de renúncia. Porém, outro episódio que me deixou perplexo em condutas incondizentes à ética e à moralidade no leonismo, por parte das mulheres do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, ocorreu em Arapongas, quando se reuniram os Lions da cidade, para me receberem na visita oficial. No final da reunião, na presença de mais de 200 associados e familiares, durante meu discurso, tive que parar meu pronunciamento e chamar a atenção das associadas do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, as quais, em 06 sócias, estavam em uma mesa conversando, dando risadas, em afronta ao meu desafio de falar aos presentes, em que eu mostrava a finalidade e os objetivos do leonismo e outras mensagens inéditas. Convidei-as a colaborar com a importância do momento ou então que se retirassem do local. Portanto, uma conduta além do que se pode imaginar, em termos de represália ou qualquer outro motivo pelos quais essas mulheres estavam querendo me causar problemas no final de minha gestão. Inesquecíveis, pois, tais condutas antiéticas. A matéria divulgada no site oficial do Lions Clube Internacional, intitulada “Ética – a conduta exemplar de cada um”, fala da presença da mulher no leonismo, com essa mensagem: “O homem anda contagiado pela ambição. O Lions é uma organização de homens e mulheres de bem e como tal conquistou o respeito e a admiração de todo o mundo. O caráter íntegro e honrado dos Leões e Domadoras é a pedra angular em que se assenta a magnitude da nossa instituição e sob esse aspecto não podemos fazer a menor concessão. Por isso seria aconselhável que cada um de nós realizasse periodicamente uma auto análise, visando aferir nossa conduta com o sábio ensinamento de Jesus Cristo: Não desejar ao teu próximo o que você não quer para ti”. Os padrões de ética e conduta, de cidadania, etc. é uma luz e uma face mais importantes da Associação Lions Internacional, que se irradiam pelo mundo afora, através dos respectivos sites. Por exemplo, o site www.instruçõesleonisticas.org.br/instruções, é um verdadeiro manancial reitor de condutas honestas, de lealdade, de transparência e outras virtudes que devem ser ínsitas àqueles que se propõem e privilegiam em ser associado. Não há outro caminho: ou se é ético ou não pode pertencer ao Leonismo. Tive muitas alegrias com o desempenho das mulheres no Distrito LD- (chamadas de CaL - Companheiras Leão e/ou Domadoras- na minha gestão 2003/2004. Uma delas


Uma década de decadência ética e moral 69

foi o cartão dos homens – Companheiros Leão – e mulheres - Companheiras Leão e/ Domadoras - do Lions Clube de Jandaia do Sul, os quais, contagiados pelo meu trabalho, me enviaram a seguinte mensagem: “Ao Governador Lauri e CaL Elisabeth: O Lions Clube de Jandaia do Sul está contagiado por tanta motivação, energia e desejo de continuar um bom trabalho. Sigam em frente e tenham em nós – Companheiros e Companheiras Leão deste clube – apoio, amizade e trabalho. Assinam a mensagem 28 associados e associadas. É isso que se espera de um Lions Clube sério e compenetrado em suas atribuições, não só no atuar humanitário, como também apoiar o Governador na sua árdua missão. Minha maior satisfação foi, efetivamente, verificar que esse Lions Clube de Jandaia do Sul, se constituiu um dos próceres em desenvolver os projetos de nosso plano de ação. Por isso a sua mensagem de grande júbilo.


70 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 71

Capítulo 5

Condenação judicial do ex-governador Jorge Carlos Lehmann (do Lions Clube de Rolândia), por ofensas difamatórias na Assembleia Geral em Guaíra, contra o autor do livro-depoimento decisivo do Ex-governador Ademar Schiavone. “Cumpre-nos como ex-governadores utilizar a experiência do passado, a serviço do presente e do futuro, pois a missão do Governador nunca termina. Cabe-nos eliminar a obsolescência, a omissão, o desinteresse, a acomodação, a inércia que não coadunam com nossa vida Leonística”(Mensagem da AGDL – Associação de Governadores dos Distritos Múltiplos “L”, em junho de 2015).

Os Ex-Governadores Jorge Carlos Lehmann, Nilton Tadanori Kinoshita e Georges El Haouli foram condenados por danos morais, na área cível da Justiça, ou seja, da responsabilidade civil e não penal, embora a conduta ilícita dos mesmos foi a de difamação, razão pela qual foram devidamente condenados e no capítulo 07 relato a queixa crime que impetrei contra todos eles, na comarca de Guaíra, Paraná. Impetrei a ação judicial contra o Ex-Governador Jorge Carlos Lehmann, do Lions Clube de Rolândia, no dia 26 de setembro de 2005, cujo processo foi protocolado no 3. Juizado Especial Cível de Maringá e teve o número 2005.0004040-3/0. Quais foram os motivos dessa nova ação judicial contra Ex- Governadores? Os fatos ocorreram no dia 26 de fevereiro de 2005, na cidade de Guaíra, onde aconteceu a 2. Reunião do Conselho Distrital, tendo como Governadora Ana Sinhorini Aparecida Rodrigues Ferreira, gestão 2004/2005, a qual presidiu a sessão. Nessa reunião estava registrado na pauta a apreciação do Parecer de Finanças sobre a minha prestação de contas da gestão 2003/2004, cuja Comissão presidida por Nilton Tadanori Kinoshita ( o mesmo que praticou a conduta criminosa de difamação, ao enviar Cartas Anônimas contra mim), já tinha elaborado tal parecer e que agora finalmente, iria ser votado pelo


72 Uma década de decadência ética e moral

Conselho Deliberativo do Distrito. Tal Conselho é composto por 23 membros com direito a voto. Tal Assembleia foi conduzida por inúmeras irregularidades administrativas pela então Governadora Ana Sinhorini. Na plateia estavam cerca de 300 associados e representantes de várias instituições públicas e privadas. Tais irregularidades eu analiso no capítulo 10, acerca da ação judicial que impetrei em Maringá, na 4. Vara Cível, e que a sentença do Juiz declarou nula tal assembleia, eis que não havia membros suficientes para instalar e fazer funcionar esse Conselho Deliberativo/Distrital. Um das graves irregularidades desse Conselho foi a apresentação do Parecer de Finanças da Comissão de Finanças presidida por Kinoshita, cujo conteúdo, em vários itens, violavam o Estatuto de Lions Internacional, razão pela qual considerei e assim divulguei-o como sendo uma falácia e repleto de falsidades. Uma falha gritante da então Governadora Ana foi sua omissão em não realizar a reunião preliminar, em local isolado, do Conselho Distrital, somente com os membros que têm direito a voto e os Ex-Governadores, pra se debater os argumentos do Parecer e me possibilitar ampla defesa e contraditório. Nada disso foi feito, afrontando-se o Código de Ética do Lions Clube. Após o Parecer de Finanças ter sido colocado em votação e sido reprovadas as minhas contas, em plenário, na presença, inclusive, de pessoas estranhas ao Leonismo, fui ao microfone e denunciei todo o esquema montado para destruírem a minha carreira leonística. E o que é pior: os mesmos que reprovaram as minhas contas foram aquele que enviaram Cartas Anônimas, renunciaram aos cargos, etc. Por exemplo, Nilton Kinoshita, presidente da Comissão de Finanças foi autor da conduta criminosa de difamação ao enviar Cartas Anônimas e ainda a sócia Deisy Liboni (do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia) , também membro da Comissão foi uma das que renunciaram aos cargos nomeados por mim, no início de minha gestão. Então, perguntei a todos se os membros da Comissão tinham total isenção de imparcialidade para julgar minhas contas? É claro que não tinham. Portanto, essa Comissão foi montada de forma premeditada para causar problemas nas minhas contas e se vingarem de todas as irregularidades que cometeram e que tive que tomar providências durante minha gestão. Foram feridos no âmago e agora queriam represálias. E foi o que aconteceu, nessa assembleia. Após a minha palavra de repúdio a tudo que estava acontecendo, apareceu no cenário da indecência, o Ex-Governador Jorge Carlos Lehmann, do Lions Clube de Rolândia, o qual estava acompanhado de sua esposa Sônia. Ele foi ao microfone e perante mais de 300 associados e representantes de entidades públicas e privadas, assacou ofensas ao meu nome e imagem. E o que é pior: ele fez isso em uma assembleia repleta de erros administrativos e mesmo sabendo disso, manteve-se no silêncio, mancomunando-se com tais gravidades e erros, pois, como Ex-Governador e assim como os demais Ex-Governadores presentes, tinha o dever de apontar as falhas do evento, pois, juridicamente, tal reunião deveriam, estritamente, cumprir o estatuto e sobretudo o Código de Ética. Mas, não, o Lehmann, mancomunado com o grupo de malfeitores do Leonismo do Distrito LD-6, aproveitou essa rara oportunidade em que meu nome estava sendo desmoralizado naquele sofrível


Uma década de decadência ética e moral 73

momento e resolveu dar a pá de cal sobre as asneiras que estavam desabando sobre minha cabeça. Eu tinha Jorge Carlos Lehmann como um aliado a me ajudar na minha Governadoria, mas tive, bem antes desse episódio, decepções com o mesmo, conforme o que se segue. Em Chapecó, ao participarmos de uma Reunião do Conselho de Governadores do sul do país e eu, já Governador eleito, estávamos assistindo a brilhante palestra de Steven Dubner, um deficiente físico e de renome nacional, por sua mensagens de superação. Aí, nesse momento o Lehamnn deu a ideia para contratarmos esse palestrante a fim de participar da minha primeira Reunião Distrital em Maringá. Eu concordei, mas disse a ele: como vamos pagar o palestrante, hotel, viagem aérea, etc.? E o Lehmann, dentro de uma inteira tranquilidade me disse que me ajudaria a conseguir patrocinador. Dito e feito, pois a seguir conversamos com o palestrante e acertamos tudo. Como combinado, Dubner esteve na minha festiva, abrilhantando sobremaneira o evento em Maringá, no Centro de Convenções Aspen Park. Porém, logo após, tive a decepção em relação ao Lehmann, pois ele não cumpriu o que prometera. Tive que me virar sozinho para pagar todas as despesas do palestrante. Quando Lehmann foi presidente do Conselho de Governadores do sul do país, ele me nomeou assessor de Educação. Nesse cargo fiz vários projetos e contribuí para com o sucesso da gestão dele. Mas a recíproca não foi verdadeira, haja vista que o mesmo abandonou-me logo no início de minha gestão, não cumprindo o que me prometera. Um fato engraçado aconteceu ainda em Guaíra, naquela fatídica assembleia em que meu nome foi tripudiado, pois ao sair para ir embora para Maringá, encontrei-me com Lehmann e sua esposa Sônia, no estacionamento de carros. Ele lançou contra mim um olhar fulminante de desprezo. Porém ele mal sabia e nem sua esposa Sônia, que estava ao seu lado, poderia imaginar que em breve seria Réu em ação judicial e condenado por danos morais. A Justiça tarda, mas não falha. Esse foi o contexto que envolveu mais um Ex-Governador na luta para destruir meu nome do Distrito LD-6. Mas não conseguiram, pois o Poder Judiciário é o último porto para o resgate da dignidade das pessoas. Como foi a ação judicial: em minha petição inicial relatei ao Juiz do 3. Juizado Especial Cível de Maringá, como ocorreu minha gestão como Governador 2003/2004, o apoio de todos os Lions Clubes, o sucesso obtido, os 54 projetos espraiados e acatados pelos clubes, as 9 condecorações que recebi da Diretoria Internacional, que fui o único Governador da história do Distrito LD-6 e do Brasil, a criar 02 Lions Clubes e também a orquestração de um grupo de Ex-Governadores, os quais, com inveja de meu trabalho, resolveram causar problemas sobre a minha gestão e relatei, lógico, todas as irregularidades e condutas criminosas, cuja indecência violou o Código de Ética do Leonismo e que sepultava os Estatutos Internacionais, colocando-o na lata do lixo. De lembrar que todos os atos difamatórios e criminosos foram de membros da AGDL-Associação de Governadores do Distrito LD-6 e Lehmann era um dos diretores. Revela-se aí, sem dúvida, a sua vontade feroz de me atacar naquela assembleia. Ele não fez uma crítica normal, mas sim vociferou de forma inédita em uma assembleia


74 Uma década de decadência ética e moral

leonística. Esse foi o seu erro. Expliquei ao Juiz como ocorrera a indecente assembleia de Guaíra, que foi decretada como nula pelo Poder Judiciário. Detalhei a falha incrível da então Governadora Ana Sinhorini, ao colocar de forma totalmente irregular, a votação das minhas contas pelo Conselho Deliberativo e que estava presente ali, uma das mais condenáveis condutas de premeditação e mancomunação de Ex-Governadores. Especifiquei detalhadamente ao Juiz, como meu nome foi desmoralizado naquela assembleia e que o Réu Lehmann, com conduta leviana, intencional, acintosa e irresponsável, assacou ofensas contra meu nome e meu trabalho como Governador. O Código de Ética e os Estatutos foram vilipendiados naquela assembleia e o Réu Lehmann, como autoridade leonística nada fez e, pelo contrário, após seu silêncio sepulcral na reunião, foi ao microfone e praticou o crime de difamação contra mim. Eu disse ainda ao Juiz que o desatino do Réu Lehmann chegou ao extremo ao me acusar, levianamente, de que eu fazia um governo paralelo naquele ano leonístico. Uma mentira das maiores, indubitavelmente. Me acusou ainda de ter uma página de um jornal para divulgar o Lions. Oras, se o próprio Presidente Internacional e todas as lideranças Leonísticas no mundo inteiro pedem pelo amor de Deus que os Leões divulguem o Lions, como é que ele, então, no microfone, me causa mais essa leviana acusação? Deveria agradecer por eu ter divulgado o Lions Internacional, por mais de dois anos, no Jornal O Diário do Norte de Maringá, onde publiquei mais de 400 fotos das atividades leonísticas do Paraná, do Brasil e do mundo. E outra, essa Coluna leonística denominada LIONS CLUBE EM DESTAQUE, não teve nenhum custo, pois eu consegui essa coluna, gratuitamente, graças à minha amizade com o proprietário do jornal, Franklin Vieira da Silva, o qual sempre valorizou o Lions Clube e assim é que outorguei a ele, quando fui Governador, a Comenda “Ordem do Mérito Leonístico”, que idealizei e coloquei em prática na minha gestão e que foi adotada, depois, por vários Distritos no Brasil. Eu asseverei ainda ao Juiz que “o Réu, além de criticar, excedeu-se em sua conduta, vindo a agregar ao sentimento pessoal e terminou violando direito individual do Autor, inerente à preservação da imagem e boa fama e o resultado da inadequação da conduta do Réu, é o sentimento de dor e constrangimento por que passa nos meios leonísticos, onde é conhecido ou possa sê-lo. A conduta do Réu fez incutir nos mais de 300 sócios (que não pertenciam ao Conselho Deliberativo) presentes à reunião e também através da repercussão dos fatos, uma severa repulsa ao comportamento ético e moral do Autor. O Réu teve a intenção de atingir a honra do Autor, imputando a este uma inverdade, violando não só os estatutos de Lions Clubes, como também as normativas constitucional e penal. Portanto, o Réu, de forma intencional, leviana e irresponsável agiu no intuito único de difamar a pessoa do Autor, engrossando a orquestra do grupo de opositores ao seu excelente trabalho demonstrado em sua gestão”. Finalizei minha petição inicial, dizendo ao Juiz: “A conduta do Réu maculou o bom nome do Autor, inclusive no plano funcional do leonismo, o respeito e admiração que alcançou ao longo de 22 anos de vida leonística, período que desempenhou os mais variados e importantes cargos no Distrito LD-6 e no sul do país e que o episódio refletiu na vida


Uma década de decadência ética e moral 75

pessoal e profissional do Autor, pois exerce a advocacia e é Major da Polícia Militar do Paraná, em Maringá, padecendo, pois, da desagradável desconfiança de sua honradez e honestidade diante de todos aquele que o conhecem. Assim sendo, a repercussão dos fatos mostrou-se mais grave.” Pedi ao Juiz a condenação no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O Réu Jorge Carlos Lehmann aduziu em sua Contestação, total inocência e que não teve intenção de denegrir o meu nome, etc. Seus advogados foram o Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi e sua filha Neida Amalfi, que perderam de novo, pois o Réu foi condenado, por danos morais. De lembrar que o advogado Amalfi, já com 70 anos de idade, estava ali a serviço judicial de Lehmann, seu sempre amigo de mais de 30 anos, no Lions Clube. Como eram companheiros e amigos integrantes da AGDLAssociação de Governadores do Distrito LD-6, Amalfi tratou de fazer a defesa de todos os Réus, em mais de 20 ações judiciais. O leitor poderia se perguntar o seguinte: como é que um advogado, com mais de 70 anos, com saúde abalada, se enveredou nessa difícil caminhada de dezenas de audiências em todo o Paraná, contra mim? Eu respondo assim: por que o Ex-Governador Amalfi foi o principal arquiteto de toda a campanha difamatória contra meu nome e, no final, teve que suportar e atuar como procurador judicial em todas as ações, já que ele articulou todas as situações, atuando como Assessor Jurídico da Governadoria nos últimos 20 anos de sua vida no Lions Clube. Uma lástima, sem dúvida, por que ele deveria aproveitar seus últimos anos de vida para ficar com uma imagem positiva no Leonismo. Deu no que deu. O depoimento decisivo do Ex-Governador Ademar Schiavone foi um dos fatores que contribuiu para a condenação do Réu Lehmann. Devo salientar que eu resisti ao máximo em envolver companheiros associados do Distrito como testemunhas, para não colocá-los em situação constrangedora, pois o Leonismo tem como precipuidade, a amizade e companheirismo. Mas o Réu Lehmann resolveu solicitar ao Juiz que intimasse o Ex-Governador Ademar Schiavone, de Maringá e meu vizinho, para depor a seu favor e seu advogado Amalfi assim também concordou. Um certo dia, na semana da audiência, Ademar Schiavone me ligou, irritado, questionando-me o porque de seu nome ser arrolado como testemunha. Eu lhe disse que não tinha nada com isso e que ligasse para o Réu Lehmann e seu advogado Amalfi. Entendo por que Schiavone foi arrolado como testemunha, por que ele tinha uma amizade com o Réu e seu advogado há mais de 30 anos e eu pensei logicamente que estariam arrolando Ademar para ajudá-los na sua defesa. Agora, caros leitores, pensem bem: como é que pode um advogado de 70 anos de idade e 40 anos de advocacia arrolar uma testemunha e não falar com ela antes, perguntar se a mesma poderia colaborar em dar depoimento, como seria esse depoimento, etc.? Como consequência, o depoimento de Schiavone foi decisivo e somente me ajudou. Assim Lehmann foi condenado. A audiência de instrução e julgamento foi realizada no dia 14 de dezembro de 2005, no 3. Juizado Especial de Maringá. Foram colhidos o meu depoimento, o depoimento do Réu Lehmann e da testemunha Ademar Schiavone. Devo parabenizar o Ex-Governador Schiavone pela


76 Uma década de decadência ética e moral

lisura de seu depoimento, o qual relatou em detalhes o que aconteceu em Guaíra, quando meu nome e reputação foram ultrajados pelo Réu Lehmann. Era o que eu esperava de Schiavone, o qual tem uma folha de serviços prestados em Maringá, das mais elogiáveis. Ele cumpriu o seu papel de cidadão responsável e cumpriu o Código de Ética do Leonismo. O seu depoimento foi decisivo para a condenação do Réu Lehmann. Por isso realcei anteriormente quanto á convocação de uma testemunha, pois ela vai relatar em seu depoimento fatos que interessam à parte que lhe indicou. No presente caso, o Réu Lehmann e seu advogado Amalfi deram um tiro no pé, pois o depoimento de Schiavone foi crucial para a condenação do Réu. Na sentença de condenação do Réu Jorge Carlos Lehmann, que foi publicada em 10 de fevereiro de 2006, a D. Juíza “afirma que os fatos imputados ao Réu Lehmann efetivamente denegriram a honra do Requerente”, no caso, a minha honra. Que o Réu confessou todos os ataques à minha reputação. Textualmente disse a Juíza: “O fato é que o Requerido proferiu palavras que feriram a estima íntima do requerente, palavras estas que foram exaradas no bojo da ata da 3. Reunião acima citada, a qual foi assinada pela autoridade maior ali presente ser incontestável (fls 21-22). Ademais, a testemunha confirmou que ouviu o requerido falar acerca de um governo paralelo; que o e-mail do requerente, até hoje, é laurigov, que significa “Lauri Governador”..”. Assevera ainda a D. Juíza em sua sentença: “Destarte, verifica-se que tais afirmações feitas de público pelo requerido em uma reunião leonística, para a qual concorreram várias pessoas, acabaram por violar a honra, a dignidade do requerente, o que caracteriza, sem dúvida, um dano à moral do requerente”. A seguir a D. Juíza explica o que é o dano moral, assim: “Dano Moral, como é cediço, “é todo sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária” (Savatier), “é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou diminua seu patrimônio. É a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem” (Gabba, citado por Agostinho Alvim), “é a dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado, sem repercussão patrimonial” (Arthur Oscar de Oliveira Deda). “Dano Moral, à luz da Constituição vigente, nada mais é do que violação do direito à dignidade (Sérgio Cavalieri Filho). Há, pois, dano moral quando uma pessoa, por ato ilícito de outra sofre lesão na sua estima ou valor pessoal, que pode se manifestar num sentimento íntimo significativo de dor ou tristeza, constrangimento, humilhação ou vexame diante de terceiros ou da sociedade tudo isso redundando num abalo psíquico, estético ou das relações negociais”. Inconformados com mais essa condenação, o Réu e seus advogados Amalfi e Neida Amalfi impetraram Recurso Inominado, para que o caso fosse julgado novamente por Juízes no Tribunal de justiça, em Curitiba. Em 21 de agosto de 2006, apresentei minhas Contrarrazões de recurso, para análise da instância superior e demonstrei ao Tribunal novamente, todos os fatos ocorridos, precipuamente a campanha premeditada , difamatória e discriminatória a que fui submetido por um grupo de malfeitores do Leonismo e que o Réu fazia parte desse grupo haja vista a agressividade com que atacou a minha honra e reputação na cidade de Guaíra. Disse ainda aos Juízes, a inteireza


Uma década de decadência ética e moral 77

da faceta lesiva que atingiu a minha honorabilidade. Relatei ainda a importância do depoimento da testemunha Ademar Schiavone. Afirmei a omissão do Réu, o qual, como autoridade leonística, deveria pelo menos alertar a todos os presentes sobre as irregularidade graves ali registradas. Não o fez por que? Exatamente por que estava preparado de forma premeditada a me atacar pelas costas num momento bastante sofrível para mim, em que meu nome e reputação estavam sendo jogados na lama, no gerenciamento e coordenação do Conselho Distrital, pela então Governadora Ana Sinhorini, a qual passou a integrar esse grupo de malfeitores do leonismo. E finalmente, o Réu é confesso, pois confirmou que disse tudo aquilo na reunião em Guaíra e, portanto, deveria ser mesmo condenado a pagar a indenização para mim, pelos danos causados à minha dignidade. Na reunião em Guaíra o Réu atuou com ferocidade e na audiência atuou como um cordeirinho alegando que nada fez e que não teve a intenção de denegrir o meu nome. Pois é, na companhia de muitos Ex-Governadores teve a coragem de atuar com maledicência e depois, na respeitabilidade de um fórum, perante Juiz, etc., a situação mudou e o Réu teve que suportar o tiro no pé que deu na reunião em Guaíra. Novamente perderam no Tribunal de Justiça, pois o Juiz Relator Edgard Fernando Barbosa, da Turma Recursal, em 18 de dezembro de 2007, acabou com as pretensões do Réu Lehmann e de seu advogado Amalfi, e negou o seguimento do recurso, por ser manifestamente improcedente e ainda delineou todas as situações que ocorreram em Guaíra, sobretudo as palavras e ataques à minha honra e imagem. Além de ser condenado à indenização por danos morais, o Réu Lehmann foi condenado a pagar as custas judiciais e honorários advocatícios. Desesperados o Réu Lehmann e seu advogado Amalfi entraram com recurso de Embargos Declaratórios o qual foi rejeitado, de imediato, pelo Juiz relator. Perderam de novo. Assim como ocorreu na condenação dos Ex-Governadores Nilton Tadanori Kinoshita e Georges El Haouli e agora também com Lehmann, eu dei um xeque-mate e alertei a todos eles que se não pagassem de imediato as indenizações eu iria publicar as sentenças na Folha de Londrina. O que aconteceu? Rapidamente eles fizeram o depósito e pagamento das respectivas indenizações e evitaram assim, a publicação dos fatos nesse jornal londrinense de circulação nacional. Foram duros comigo e fui duro com eles e o resultado foi esse, na Justiça! A par desse mar de leviandades perpetradas por Ex-Governadores neste Distrito LD6, Paraná, Brasil, que conseguiram formular uma faceta horrível e obscura que nada tem com a filosofia do Lions Clube, vale lembrar que o Lions Clube Internacional é uma instituição de um valor universal e incomensurável, tal a sua finalidade de prestar serviços voluntários pelo mundo. Incessantemente, todos os organismos do Lions, vêm a público exaltar as suas excelsas finalidades, como sendo um farol de esperança para milhões de pessoas em todos os continentes. A sua ajuda internacional a pessoas vítimas


78 Uma década de decadência ética e moral

de catástrofes é também uma das marcas de reconhecimento desse valor humanitário que é o Lions Internacional. Eu me sinto extremamente honrado em pertencer a essa organização e estou nela há mais de 30 anos. Esse processo difamatório e de degradação humana que sofri da ação predatória pelos Ex-Governadores aqui citados, em momento algum fez diminuir o meu apreço e admiração pela nossa instituição, por que ela, ancorada na amizade e companheirismo, na ética e na moral, faz avançar um instrumento eficaz de combate à demanda de necessidade que milhões de pessoas espreitam em possível ajuda da Unesco e em tantas organizações mundiais de preservação da dignidade humana. Assim é o Lions Internacional. A sua caminhada e objetivo é, inexoravelmente, a perfectibilidade do ser humano, seja no âmbito material como psicológico. Por isso relato agora, mais uns ensinamentos de Lions Internacional, a respeito de suas verdadeiras finalidades e que é divulgada pelo próprio Lions Clube Internacional. Vejamos o que dizem as líderanças do Leonismo: “ Ética – a conduta exemplar de cada um”: “ é muito penoso estabelecer parâmetros de comportamento para os indivíduos, nesses tempo de tantos escândalos, tanta inversão de valores e tanta corrupção. O Lions nos dá a medida exata quando propaga que a “melhoria da comunidade se dá pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada.”! Conduta exemplar é aquela que as pessoas do nosso universo social aprovam e aceitam como paradigma. Qualquer vantagem advinda de atitudes antiéticas ou in justas, além da ilusória, porquanto mancha a reputação do Leão, é altamente antileonística. Porém, como foi dito no início, nesses tempos de tantos escândalos, tanta inversão de valores, pode ocorrer que alguns de nós seja atropelado pelo “rolo compressor” destas mudanças e acabe em lamentável desvio, completamente afastado de nossos princípios leonísticos e cristãos básicos. O homem anda contagiado pela ambição. Mandar nos outros, dominar suas comunidades, ser servido e reverenciado, discriminar as classes sociais, dar sempre as cartas e ditar todas as leis são as aspirações em nossa sociedade. Mas não seria esta a lógica a vigorar no seio da comunidade Leonística. Lá, uma só ambição deveria ser tolerada: a de servir a todos, a partir dos mais humildes e pequeninos. Uma só primazia deveria ser desejada: a de cada um ser o primeiro em amar e perdoar. O Lions é uma organização de homens e mulheres de bem e como tal conquistou o respeito e a admiração de todo o mundo. O caráter íntegro e honrado dos Leões e Domadoras é a pedra angular em que se assenta a magnitude da nossas instituição e sob esse aspecto não podemos fazer a menor concessão. Por isso, seria aconselhável que cada um de nós realizasse periodicamente uma autoanálise, visando a aferir nossa conduta com o sábio ensinamento de Jesus Cristo: “Não desejar ao teu próximo o que você não quer para ti”. Que tal começarmos por um exame de consciência? Já pensou?. Pois bem, com esse ensinamento de profundidade que campeia no Lions Internacional, fica a pergunta: por que esses Ex-Governadores, com tanta experiência no Leonismo e na vida social, não tiveram a nobreza de pautar suas condutas dentro do que apregoa o Lions Internacional, ou seja, de respeito à dignidade humana? O curioso é salientar


Uma década de decadência ética e moral 79

neste momento é que os Ex-Governadores condenados, em momento algum me procuraram para se retratarem, pedir desculpas, etc. Dessa forma, eles demonstraram ter um caráter que se afastam da filosofia do Leonismo. Então, por que estão ainda nos quadros de associados do Leonismo? Por que não pediram suas exclusões do Lions Clubes; Se houvesse no Leonismo um Tribunal de Ética e Disciplina eles já estariam, inevitavelmente, excluídos da associação. Alguém duvida? O PDG (Past District Governor) Hélio Fáraco de Azevedo, um dos próceres do leonismo brasileiro, convidado para palestrante em um importante evento leonístico proferiu um discurso, e que trago aqui alguns tópicos, pois são de grande valia para se compreender o que é o Leonismo. Disse ele: “A FILOSOFIA DO LEONISMO – ÉTICA – O homem, em realidade, precisa encontrar uma justificativa para a sua existência. Essa justificativa, ele só encontra em sentido amplo no plano mágico. Mas, racionalmente, há princípios de ordem moral, que, emergindo da sua própria natureza, o satisfazem amplamente e lhe dão segurança que é primordial ao viver bem. Nesse sentido existem grandes normas que são expostas e contidas de forma mais sintéticas, por decálogos, por mandamentos e por códigos de ética, mas servem sempre como guia da conduta humana. É o dar a cada um o que é seu. É respeitar o direito alheio. É colocar a verdade acima de tudo. É na dúvida decidir contra si mesmo. É contribuir pessoalmente para o todo social a que nos integramos. Estas são as regras fundamentais da moral, que de forma mais elegante estão contidas pelo nosso Código de Ética. Então se verifica que o Leonismo não apenas adotou o sentido prático e atuante, a filosofia da Escola Solidária, mas fundamentalmente, adotou e dinamizou regras de ética, que são o substratum do pensamento espiritualista. Ocorre todavia, que o Leonismo, com seu surpreendente e maravilhoso desenvolvimento, tem se constituído em fator preponderante e eficaz na divulgação sobretudo no culto destas normas éticas. Milhares de homens que colocavam seus interesses acima de tudo: que não respeitavam senão o que entendiam egoisticamente por seus direitos; que a verdade só cultuavam quando a verdade lhes favorecia e que na dúvida sempre a razão estava com eles. Hoje, integrados no Leonismo, passaram a olhar os outros como seus semelhantes. Hoje, passaram a cultuar princípios de moral que antes desconheciam, desprezavam e até espezinhavam. O Lions passou a ser uma escola de ética. E, por isso, é que nós devemos ser severos no julgamento dos deslizes, das infrações e dos comprometimentos, para não desvirtuar esse patrimônio que os nossos companheiros nos legaram. Não é próprio do Leão a crítica injusta, o julgamento apressado, o descumprimento de compromissos. De um movimento que pretende fazer da ética a sua norma de conduta, não podem participar aqueles que são relapsos, inadimplentes e imorais. O Leonismo precisa sofrer um processo de saneamento, admitindo bem e eliminando aqueles que constituem verdadeiros corpos estranhos. Esse é um procedimento que precisa ser adotado, mais cedo ou mais tarde. Mas precisa ser adotado. Temos que rever a situação: o Leão deve estar mais motivado pela Missão pela Ética, e nunca motivado pela promoção. Pensemos nisso...”. Espero


80 Uma década de decadência ética e moral

que os Ex-Governadores condenados leiam este tópico e finalizem uma autocrítica. Esse indelével discurso revela os anseios de todo o Leonismo, não só no Brasil como em todos os 210 países onde o Lions atua. É amplamente concebido nos Lions Clubes que os associados que vivem distantes ou contrariem o Código de Ética devem ser afastados da Associação. Este brilhante discurso revela uma aspiração fundamental no Leonismo: os que pautam suas condutas por deslizes e das infrações não podem participar do movimento leonístico. O Lions é uma escola da ética e da moral e que não pode participar aqueles que são relapsos, inadimplentes e imorais. O leitor, que até agora tem uma ideia exata dos princípios e filosofia do Lions Clube Internacional, tem alguma dúvida de que os Ex-Governadores condenados Nilton Tadanori Kinoshita, Georges El Haouli e Jorge Carlos Lehmann, pelas suas condutas aqui esmiuçadas, criminosas e infamantes, devem permanecer no movimento leonístico?


Uma década de decadência ética e moral 81

Capítulo 6

LEO CLUBE apresenta prestação de contas na Justiça. “..pois se a verdade nos faz livres, a mentira nos enjaula e amesquinha nosso mundo”(Maria Inês Migliaccio - foi editora da agência Estado – Livro “Ética na Vida das Empresas, pág. 212)

Após a tempestade da realização do Conselho Distrital de Guaíra, em 26 de fevereiro de 2005, quando ficou evidenciado uma plano de desmoralizar meu nome perante o leonismo, passei então ao contra-ataque em relação ao amontoado de irregularidades apresentadas na gestão 2002/2003, em que foi Governador Nilton Tadanori Kinoshita e também acerca das traições e atos de covardia perpetrados por um grupo de exgovernadores que objetivaram, em represália às minhas denúncias, a me excluírem do movimento Leonístico. A minha reação foi de tal envergadura que, tenho certeza absoluta, não existe nada igual na história do Leonismo mundial, nos quase 100 anos de existência da Associação Internacional de Lions Clube. Assim configurou-se em minha mente o meu dever estatutário de cobrar dos responsáveis, a prestação de contas do LEO CLUBE, haja vista que todos os associados pagam uma parcela mensal ao Distrito LEO CLUBE do Distrito LD-6 e a prestação de contas deve ser apresentada legalmente, para ser apreciada por uma Comissão de Finanças. Assim, em 16 de novembro de 2004, enviei uma carta ao presidente do Distrito LEO, Antônio Carlos Cerchiari e solicitei que me apresentasse até o dia 30 de novembro de 2004, a respectiva prestação de contas de sua gestão, para informar aos associados que pagaram as taxas. Relatei a ele que era minha obrigação, como Governador 2003/2004, cumprir o art.26, alínea “q”, ou seja, apresentar ao Governador entrante a prestação de contas de minha gestão, incluído aí, a prestação de contas também do LEO CLUBE. E ressaltei também, que ao assumir o Distrito LEO, em julho de 2003, o mesmo não apresentou as contas da gestão anterior, de 2002/2003, em que foi presidente do Distrito LEO, Wagner Paschoal. Disse ainda a Cerchiari, que em 6 de julho de 2004, enviei à secretária do Distrito LEO, solicitando tal documento e que até então nada foi


82 Uma década de decadência ética e moral

providenciado e que, “considerando que a transparência e a seriedade são atributos e imperativos indispensáveis na vida leoística e leonística”, tal prestação deveria ser entregue para mim, Governador que estava encerrando o mandato. Tal prestação de contas não me foi apresentada, contrariando-se o estatuto. Nessa mesma data de 16 de novembro de 2004, enviei também uma carta ao ex-governador Kinoshita, solicitando que me entregasse a prestação de contas da gestão 2002/2003, do Distrito LEO, cuja presidência foi exercida por Wagner Aurélio Paschoal e que não foi apresentada até essa data, violando-se o estatuto e pedi que me enviasse a prestação de contas do LEO CLUBE gestão 2002/2003, até o dia 30 de novembro. Nada foi feito e o Código de Ética e estatutos foram novamente vilipendiados. Com o conflito estabelecido com os exgovernadores, comecei a impetrar as ações judicias cabíveis e contra o LEO Clube foram duas ações, de n. 2005.0000226-6/0, protocolada em 03 de maio de 2005, em relação à gestão de 2002/2003 em que foram Requeridos o ex-governador Nilton Kinoshita e Wagner Aurélio Paschoal e a ação de n. 2005.0000223-0, também protocolada nessa data, em relação à prestação de contas de minha própria gestão 2003/2004, sendo o requerido o então presidente do LEO CLUBE, Antônio Carlos Cerchiari Junior. As ações foram distribuídas para o 3. Juizado Especial Cível, de Maringá e a audiência preliminar aconteceu dia 6 de junho de 2005, às 14hs, e compareceram todos os envolvidos que se recusaram a prestar as contas. Para a primeira ação judicial da gestão de 2002/2003, concordei que eles apresentassem pronta a prestação de contas, com todas as notas fiscais e recibos. O advogado e ex-governador Amalfi juntamente com os Réus me entregaram tais documentos e concordei com a extinção da ação. Em relação à prestação de contas da minha gestão, houve sentença judicial determinando que o LEO Clube prestasse contas. Igualmente, aceitei a entrega da documentação, e em linhas gerais, a sentença constou o seguinte: “apresentada a Contestação, as partes alegam que tal prestação de contas foi corretamente apresentada, no entanto não juntaram provas... os reclamados Wagner Aurélio Paschoal e Nilton Tadanori Kinoshita trouxeram aos autos a prestação de contas requerida na inicial, o que leva à extinção do feito..”. Dessa forma, resolveu-se a questão de prestação de contas do LEO CLUBE na gestão de Kinoshita, pois trouxeram a mesma aos autos e era o que eu queria, pois poderia, enfim, levar ao conhecimento dos associados. Em relação a Antônio Carlos Cerchiari Júnior, a sentença prescreve “condenando-o a prestação de contas”. Essa sentença foi publicada em 16 de novembro de 2005. Ao final a D. Juíza julgou extintos os processos por serem inadmissíveis no Juizado Especial Cível, eis que de prestação de contas, os processos se tornaram de exibição e documento, o que não se permite no Juizado Especial. Porém, eu consegui o meu objetivo que era receber tais prestações de contas e levá-las ao conhecimento dos associados do Distrito LD-6. De posse de toda essa documentação, em 31 de março de 2006, compareci pessoalmente em Londrina, e mantive contato com a então Governadora do Distrito LD-6, Pedrina Nobre Marques, e através de ofício circunstanciado, forneci a ela as prestações de contas do Distrito LEO Clube, anos 2002/2003 e 2003/2004, que foram entregues na


Uma década de decadência ética e moral 83

Justiça maringaense, nos processos judiciais, para serem analisadas por uma Comissão de Finanças, como forma de dar cumprimento ao art. 26, alínea “q” do estatuto e ainda dar uma satisfação aos associados que pagam essa taxa e que têm o direito de verificar a legalidade e regularidades das contas. Em carta de esclarecimento aos associados do Distrito, expliquei detalhadamente como funciona a obrigatoriedade de prestação de contas do Leo Clube, cuja omissão era uma deficiência da estrutura da Governadoria do Distrito LD-6. Nietzche, já dizia que a “moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a

humanidade”


84 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 85

Capítulo 7

Queixa crime no fórum de Guaíra – Paraná 05 (cinco) ex-governadores no banco dos Réus. “A maior de minhas convicções é que em todos os tempos, em todos os povos e em todas as camadas da sociedade, existiu e sempre existirá sempre um grupo de pessoas que trabalham para construir um mundo melhor” (Lélio Lauretti, professor no IBCG – livro “Ética na Vida das Empresas, pág. 85).

No dia 14 de julho de 2005, impetrei uma no fórum de Guaíra , uma Queixa Crime, de número 008/2006, pela prática dos crimes de Injúria e Difamação, contra 05 (cinco) ex-governadores e também contra a sócia Deisy Liboni. Uma ação radical, inédita no Lions Clube Internacional, em todo o mundo. Mas o que me levou a essa ação extrema? A justificativa é bem simples. Conforme já relatei abundantemente, convivi em minha gestão de Governador 2003/2004, com uma série de condutas irregulares praticadas pelos ex-governadores denunciados neste livro. A série da podridão de condutas dos ex-governadores começou na minha primeira Reunião do Conselho Distrital, com o questionamento vergonhoso que o Ex-Governador me fez, em pleno Centro de Convenções do Aspen Park, com lotação inédita da plateia. Segundo, por que o meu antecessor no cargo, o Ex-Governador Nilton Kinoshita, mancomunado com seu assessor Jurídico Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi e com seu Secretário Acyr Iwankiw, se negaram a me entregar a documentação do Distrito e principalmente, a sua prestação de contas, contrariando o estatuto. Após isso, vieram as condutas criminosas do envio Cartas Anônimas contra minha pessoa. Em seguida 14 Assessores renunciaram. Na sequência descobri que Kinoshita e seus Assessores da gestão anterior, desviaram dinheiro da Governadoria, na modalidade indireta, ao isentarem vários Lions Clubes do pagamento da Taxa Distrital, contrariando todas as normas. Com isso, em toda minha gestão, esses indivíduos urdiram, premeditadamente, em reuniões na calada da noite, uma campanha difamatória e discriminatória, objetivando a minha desgraça, como Governador e depois do mandato, em ações nefastas e levianas. Também outro fato


86 Uma década de decadência ética e moral

que me decepcionou no meu mandato e como se vê no capítulo 09, me vi obrigado a decretar a nulidade da eleição da Vice-Governadora Ana Sinhorini, por violar o Estatuto de Lions Internacional, ao não pagarem a Taxa Internacional, que é requisito para qualquer eleição de Governador de Distrito, não só n o Paraná e no Brasil, como em todos os países que existe o Leonismo. E finalmente, encerrando essa primeira etapa de agressões ao meu nome e meu trabalho como Governador, eis que a então Governadora Ana Sinhorini, nomeia Kinoshita para ser presidente da Comissão de Finanças que iria analisar minhas contas. Aí pensei: é demais, pois com tanta podridão já praticada e comprovada no seio do Distrito LD-6, mais essa conduta antiética, em nomear Kinoshita para tal função. Portanto, mostraram a que vieram, pois Kinoshita foi condenado na Justiça por enviar Cartas Anônimas e agora é lançado na excelsa função na Comissão de Finanças e o objetivo era um só: desmoralizar meu nome perante o Leonismo. Tiveram muita coragem para isso, haja vista que fui tolerante ao máximo possível suportando todas essas ações caóticas, pelo bem do Leonismo. Já que o objetivo desse grupo de malfeitores era destruir meu nome, não tive dúvidas e disse a todos que iria ao Poder Judiciário, doa a quem doer. Não acreditaram, e o resultado está sendo exposto nesta obra inédita, a de denunciar dezenas de ações antiéticas e criminosas praticadas por exgovernadores que contribuíram para desmoralizar o Distrito LD-6 perante o Leonismo brasileiro e perante a Justiça. Lembremos do ditado: não se pode apontar defeito alheio com dedo sujo! Isto posto, passemos à análise do processo criminal de Guaíra e denunciei como Réus os seguintes ex-governadores: 1) Antônio João Delfino Amalfi (Governador 1978/1979, do Lions Clube Londrina Independência); 2) Nilton Tadanori Kinoshita (Governador 2002/2003, do Lions Clube de Apucarana); 3) Jorge Carlos Lehmann ((Governador 1983/1984, do Lions Clube de Rolândia); 4) Paulo Sidney Zambon (Governador 1991/1992, do Lions clube de Bandeirantes); 5) Ana Aparecida Sinhorini Rodrigues Ferreira (Governadora 2004/2005, do Lions Clube de Cambará); 6) associada Deisy Liboni, do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia e em linhas gerais expus ao D. Juiz, os seguintes argumentos: delineei toda a minha gestão de Governador como sendo uma da mais expressivas da história do Distrito LD-6; que esse trabalho de alta positividade no Leonismo criou uma insatisfação nesse grupo de malfeitores do leonismo, os quais passaram a encetar uma campanha difamatória e discriminatória contra mim; que me deparei com uma série de atuações ímprobas desses Réus, os quais decidiram atacar-me em forma de represália e premeditadamente, com leviandade e desonestidade, em um lamaçal de podridão de condutas inéditas no Leonismo mundial; que não tive apoio de ninguém, absolutamente ninguém do Distrito LD-6 e que foi uma luta inglória tipo David e Golias; que, nuclearmente, a tal Comissão de Finanças elaborou um Parecer de Finanças contrário aos Estatutos e Código de Ética e que considerei uma farsa e fraude, notabilizando a presença de Kinoshita, ex-governador do Distrito LD-6, o qual após praticar uma conduta criminosa de enviar Cartas Anônimas, foi elevado às excelsa função de presidente da Comissão de Finanças que iria analisar


Uma década de decadência ética e moral 87

minhas contas; que tais contas foram reprovadas e colocadas em público na Assembleia do Conselho Distrital em Guaíra; que, tal assembleia foi conduzida de forma irregular pela então Governadora Ana Sinhorini, pois não havia quórum suficiente para instalar tal Conselho Distrital. Em ação judicial futura, tal Assembleia foi decretada nula, pelo Juiz da 4. Vara Cível de Maringá, o que confirma minhas acusações. Acusei cada um deles assim: Ana Sinhorinii: conduziu a reunião de forma irregular , contra os Estatutos e contra o Código de Ética ao aceitar um Parecer de Finanças podre em seu conteúdo e colocá-lo em discussão na presença de pessoas estranhas ao Leonismo, além de nomear uma Comissão de Finanças de sua confiança cujos membros já tinham motivos bastantes para atropelar a minha vida; Antônio João Delfino Amalfi: naquele momento era o Assessor Jurídico do Distrito LD-6 e foi conivente com todas as irregularidades; Kinoshita: presidente da Comissão, apresentou um Parecer de Finanças fraudulento e mentiroso; Paulo Sidney Zambon: autor do parecer, praticou uma farsa e fraude: Lehmann, ao final da reunião foi ao microfone e vorazmente, expeliu críticas e ofensas à minha moral e dignidade; Deisy Liboni: contabilista de profissão, colocou no Parecer de Finanças mentiras matemáticas e outras irregularidades. Tudo isso consistiu no crime de difamação, que é descrito pelo Código Penal, em seu art. 139, que diz: Código Penal Brasileiro, art. 139: Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. Pena: detenção, de 03 (três) meses a 01 (um ) ano, e multa. A pena é aumentada de 1/3 se o delito for cometido na presença de várias pessoas. É o caso, portanto, da presente questão. Código penal Brasileiro, art. 140: (Injúria): Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou decoro. Pena: detenção, de 01 (um) a 06 (seis) meses, ou multa. Art. 141: As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes sé cometido:...III- na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, difamação ou injúria. Numa análise superficial dos fatos, constata-se que houve a prática dos crimes aludidos acima, eia que o Parecer de Finanças continha irregularidades e mentiras, conforme se vê no capítulo 11 deste livro. A apreciação e votação da minha prestação de contas foi feita na presença de pessoas estranhas ao leonismo, tais como representantes de autoridade públicas e militares. A condução da votação foi extremamente demonizante pela então Governadora Ana Sinhorini, a qual não identificou os membros com direito a voto, na plateia, de 300 pessoas. É crível esse fato? Foi, realmente um ato insano e desprezível por parte de Ana Sinhorini, a qual teria motivos para “me ferrar” nessa questão, pois declarei a nulidade de sua eleição para Governadora, em Convenção na cidade de Maringá, em abril e 2004, por falta de pagamento da Taxa Internacional, à Diretoria Internacional de Lions Clubes. Ou seja, eles criaram uma série de problemas na minha gestão e eu tive que tomar providências legais como autoridade máxima no Distrito. Foi marcada a data de 10 de julho de 2007, à s14 hs, no fórum de Guaíra para


88 Uma década de decadência ética e moral

a realização de audiência de Instrução e Julgamento. Foi uma audiência única da história do Lions Clube Internacional em todo o mundo, porquanto ali compareceram e sentaram no banco de Réus, nada menos que 05 ex-governadores e mais a sócia Deisy Liboni. Um inaudito retrato leonístico para nunca mais esquecer. Compareceu também no fórum o então Governador do ano Ailton Estel, possivelmente foi lá a pedido dos Réus e estes querendo demonstrar força, com o apoio do Governador do Distrito LD-6. Antes da audiência e na sala de espera, eu pensei comigo: o que será que o então Governador Ailton Estel, ali presente, estaria pensando? Uma audiência criminal tendo como Réus nada menos que 05 ex-governadores! Como Companheiro Leão e admirador de sua pessoa, fui lá e o cumprimentei, pelo fato que de que Ailton Estel era e é um dos mais representativos membros do leonismo, pela sua ética e moralidade sempre bem vistas nas atividades do Lions Clube. Nessa audiência o Juiz explicou como a ação se desdobraria e não houve nenhum acordo. Se os Réus se retratassem talvez eu retirasse a queixa, mas, novamente, queriam o enfrentamento, mas mal sabiam que nos anos seguintes ocorreria nada menos que 08 condenações a respeito dessa crise ética e de imoralidades. Estabelecido o processo criminal, vieram as audiências de interrogatório dos Réus em suas respectivas cidades e também das testemunhas. Os Réus indicaram 12 testemunhas para serem ouvidas em suas cidades e contrataram em Guaíra os advogados Hugo Miranda Mendes da Silva, OAB/PR 33.833 e Edson Eiji Hataoka, OAB/PR n. 33.710, para defendê-los. No dia 9 de julho de 2007, os Réus apresentaram ao Juiz do Juizado Especial Criminal, a sua Defesa Preliminar, alegando inocência. As testemunhas indicadas pelos Réus foram: Eurides Moura, do Lions clube de Rolândia; Paulo Pimpão Silva, do Lions Clube de Altônia; Otávio Siqueira neto, do Lions Clube de Paranavaí; Liza Cristina Ganen N. Souza, do Lions clube de Apucarana Vitória Régia, Ademar Schiavone, do Lions Clube de Maringá; Mauro Sérgio Silva, do Lions Clube de Umuarama; Pedrina Nobre Marques, do Lions Clube de Londrina Igapó; Antônio Marques, do Lions Clube de Londrina; Antônio Garcia, do Lions Clube de Umuarama; Aodilene Pelegrini, do Lions Clube de Cambé e Jorge Luiz S. Araújo, do Lions Clube de Cambé. Com isso, imagine-se quantas audiências seriam realizadas em várias cidades do Paraná. Alguns aspectos interessantes ocorreram durante o processo, por exemplo, no dia 26 de outubro de 2007, comparecei na cidade de Altônia, para participar do interrogatório do ex-governador Paulo Pimpão Silva e o funcionário me disse que não haveria audiência, por que o Juiz estava ausente. Ou seja, desloquei-me de Maringá até Altônia, infrutiferamente, e aí perguntei ao serventuário por que ele não me telefonou avisando desse adiamento? São esses fatos e falhas do Judiciário que causam embaraços aos cidadãos e que protelam os processos que se estendem ao longo do tempo permitindo a prescrição, ou seja, o arquivamento de processos que é o que aconteceu com esta Queixa-Crime (Ação Penal n. 027/2007), causando prejuízos às partes. Igualmente, esse fato similar aconteceu em Cambará, quando lá compareci no dia 22 de junho de 2010, para interrogatório da ex-governadora Ana Sinhorini. Não houve audiência por


Uma década de decadência ética e moral 89

que ela mandou entregar nesse dia, um atestado médico alegando que não poderia estar presente. Foi então marcada nova audiência em 13 de setembro de 2010. Rodei mais 250 km para essa audiência. Chegando na sala de secretaria , os funcionários me disseram que não haveria audiência de novo, pois ela não fora intimada. Aí eu pensei de novo: por que os funcionários não me avisaram antes, evitando a viagem, etc. Por isso e outras situações é que existe uma certa incredulidade dos brasileiros em relação ao Poder Judiciário, que demora demais para concluir processos. Ao longo dos anos os Réus foram interrogados e algumas testemunhas deram depoimento e muitas não foram encontradas, o que favoreceu o protraimento da ação penal, consumando-se a sua prescrição e arquivamento, como se verá na sequência. É interessante frisar a exclusão do processo penal dos Réus ex-governadores Antônio João Defino Amalfi e Paulo Sidney Zambon em função de suas idades. Ocorreu a prescrição em relação a ambos, ou seja, depois de certo tempo de andamento do processo e ele não é concluído, esse processo é arquivado. A prescrição penal, segundo o renomado jurista brasileiro Damásio E. de Jesus, “é a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo...” . Essa matéria é tratada pelo Código Penal, nos artigos: Art. 107. Extingue-se a punibilidade: (...) IV-pela prescrição, (...) (...) Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos parágrafos 1. e 2. do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: V- em 04 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 01 (um) ano, ou, sendo superior não excede a 2 (dois) anos:...(...) Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. Portanto, o prazo para conclusão do processo contra todos era de 04 (quatro) anos, porém, para Amalfi e Zambon era de apenas 02 anos, haja vista que o art. 115 reduz pela metade o prazo de prescrição, lhes beneficiando para excluí-los da ação penal. Foi o que aconteceu, pois o fato ocorreu em 26.02.2005, na cidade de Guaíra, naquela famigerada Reunião do Conselho Distrital e no dia 26 de fevereiro de 2007, esgotou-se o prazo da Justiça para a condenação final de ambos. Como o processo estava ainda em andamento Amalfi e Zambon foram beneficiados e excluídos do processo. Já não eram mais, portanto, Réus, Amalfi aos 77 anos de idade e Zambon com mais de 75 anos de idade, sendo extinta a punibilidade de ambos, com base nos art. 107, inciso IV,


90 Uma década de decadência ética e moral

art. 109, inciso V e art. 115, todos do Código Penal.. Mas os demais Réus tiveram que suportar mais alguns anos, a qualidade de acusados na ação criminal n. 027/2007, que teve origem na Queixa-Crime n. 008/2006. Na verdade eu não estava radiante com essas ações judiciais, mas não tive outro caminho para defender meu nome e dignidade pessoal. De qualquer maneira todos os Réus tiveram uma lição de vida pelas condutas irregulares praticadas em suas funções no Distrito LD-6. Alguns anos depois, esta Ação Penal foi arquivada pois ocorreu a prescrição em relação a todos os indiciados. Imaginese se houvesse, efetivamente, a condenação de ex-governadores, na área criminal? Eles seriam excluídos do leonismo, de imediato? Como ficaria o Distrito LD-6 em relação à Diretoria Internacional e no Leonismo brasileiro, pois, afinal de contas, todos os Réus tinham funções de destaque em todos os anos, no Distrito LD-6, a propagarem a ética e a moralidade em seus pronunciamentos e em participações de eventos leonísticos. Mas a impunidade administrativa não ocorreu, como se vê no capítulo 19, nesta obra, o que mostra a fragilidade do Lions Clube Internacional, no que pertine à não existência de um Tribunal de Ética e Disciplina, para apurar fatos dessa magnitude. É importante salientar também uma questão a respeito da conduta criminosa no envio de Cartas Anônimas pelos ex-governadores Kinoshita, Amalfi e Haouli. O leitor poder-se-ia perguntar o porquê não entrei com ação criminal contra estas pessoas. Naquela ocasião ocorreu a decadência, instituto penal definido em nosso Código Penal, no art. 103, que diz: “o prazo para apresentação de queixa-crime é de 06 (seis) meses, após o fato”. Ou seja, eu tinha o prazo de 06 (seis) meses para processar esses indivíduos, pela prática dos crimes de difamação e injúria. Logo, como eu tive conhecimento da existência das cartas em 16 de setembro de 2003, em Ponta Grossa, na Reunião do Distrito Múltiplo LD (sul do país) meu prazo terminaria em 16 de março de 2004. Porém, eu fui tolerante e não tomei nenhuma atitude mais radical, pois eu sempre pensei que um dia esses malfeitores do Leonismo iriam se retratar, pedir desculpas, etc. Engano meu. Como eu estava em plena atividade e com muito sucesso em minha gestão de Governador eu não quis me incomodar com tal impetração de ações judiciais. Preferi esperar para ver o que aconteceria no futuro, após o meu mandato. Espero assim, ter esclarecido o que significam os institutos penais da decadência e da prescrição penal. Vejamos o paradoxo das condutas dos Réus em relação à finalidade da Associação. O Lions Clube Internacional possui um Hino, que é cantado nos arredores do mundo, onde existe um Lions Clube. Sua letra, nas primeiras linhas diz: “Ser Leão é mostrar atividade. É servir ao seu povo, à sua gente. É viver para o bem da humanidade. É ser bom, é ser puro, e ser decente. Leonismo, a qualquer ser enobrece”. Observamos, pois, que a excelsitude da função do Leonismo nos leva a conviver com tais palavras e significados descritos nesse hino. Porém, todos os ex-governadores envolvidos na podridão de condutas deixaram para trás ou enterraram a palavra “decente”, ao desencadearem uma campanha hipócrita e indecente contra mim, ao longo de vários anos, no Brasil.


Uma década de decadência ética e moral 91

Capítulo 8

Desvio ilegal de dinheiro – isenção ilegal de Taxa Distrital – responsabilidade dos ex-governadores Kinoshita, Amalfi e Acyr Iwankiw – infração ao art. 55 do Estatuto - pedido de intervenção a Rosane Vailatti, presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD. (A ética é uma condição essencial para a realização plena de cada um de nós que prezam a sua honra, a verdade, o caráter e sabem que a opção pelo Bem Comum, por aquilo que humaniza a vida de todas as pessoas que se envolvem direta ou indiretamente, a convivência de diversas empresas dentro de uma associação, é o caminho que tem que ser seguido. (Código de Ética da ABIMAD).

A par das diversas irregularidades praticadas por ex-governadores no início de minha gestão e já mencionadas nesta obra, como as Cartas Anônimas, renúncia de Assessores, recusa na entrega de prestação de contas, etc., mais uma vez me deparei com nova irregularidade de autoria dos dirigentes da gestão anterior, 2002/2003, que teve como Governador Nilton Tadanori Kinoshita, do Lions Clube de Apucarana. Aí eu pensei, refleti e me perguntei: quando terei paz para desenvolver meu trabalho de Governador? Cada dia que passava mais podres apareciam da gestão anterior. Na sequência dessas irregularidades, chegou às minhas mãos, em setembro de 2003, uma relação de Lions Clubes que obtiveram a isenção da Taxa Distrital (ver Anexos 122 e 123, no meu site), oferecida pelo então Governador Nilton Tadanori Kinoshita e também recebi uma cópia do próprio ofício enviado a esses clubes. No meu site www.lauribittencourt.com. br, eu publico esses documentos que mostram exatamente como aconteceu tal desvio de conduta. A ilegalidade desse ato administrativo de Kinoshita e de seus assessores está no Capítulo VIII (Dos Deveres dos clubes) , art. 55 e 56 do Estatuto do Distrito LD-6 que diz: Art. 55: Os Lions Clubes do Distrito LD-6, respeitada a sua autonomia, devem: alínea


92 Uma década de decadência ética e moral

“j”: “pagar em, dia os seus compromissos financeiros com a Associação Internacional de Lions Clubes e como o Distrito”. Dessa forma, vemos, inequivocamente, mais um ato ilegal da gestão anterior, com essa violação ao Estatuto. Ressalte-se que o então Governador Kinoshita não levou esse assunto ao plenário do Conselho Distrital para obter a devida autorização, se é que haveria, e assim, omitindo esse ato junto aos membros que têm direito a voto no Distrito, ele impôs a sua vontade unilateral e de agressão à ética e à moralidade leonísticas. Eu, como Vice-Governador, também não fui consultado para isso. E ademais, todo valor depositado nas contas do Distrito LD-6, deveriam ser entregues à minha gestão. Dessa forma, tive esse prejuízo, que no valor da época girava em torno de R$ 2.500,00 e que em 2015, esse valor atualizado, gira em torno de R$ 12.000,00. Essa dívida, mais cedo ou mais tarde reverá ser ressarcida aos cofres do Distrito LD-6 e os responsáveis para quitarem tal dívida são o então Governador 2002/2003, Nilton Tadanori Kinoshita, o Secretário Geral Acyr Iwankiw e o Assessor Jurídico Antônio João Delfino Amalfi (neste caso, o seu espólio, representado por sua filha Neida Amalfi, também advogada do Distrito LD-6). Por vários anos denunciei essa irregularidade aos Governadores de diversos anos leonísticos e jamais foi feito qualquer ato administrativo visando a reparabilidade desse prejuízo no Distrito. Houve, portanto uma conivência das autoridades leonísticas do Distrito LD-6 envolvidas, para se manter essa conduta antiética e de imoralidade em nossa Associação. Ao longo dos anos tomei várias providências para sanar tal questão e a primeira delas foi uma carta que escrevi à Presidente do CG-Conselho de Governadores do DMLD (sul do país), CaL Rosane Vailatti, que é a organização que supervisiona todos os Distritos do sul do Brasil e o vínculo organizacional para com o Distrito LD-6 e seria, portanto, uma boa medida de reivindicação em busca da solução. Eu mandei essa carta em 04 de abril de 2005, ou seja, dois meses após a fatídica Reunião Distrital de Guaíra onde meu nome foi exposto à desmoralização pública. Solicitei à CaL Rosane Vailatti, a instalação de um Painel de Conciliação, para anular o ato administrativo de Kinoshita na isenção da Taxa Distrital bem como o devido ressarcimento desse valor à tesouraria do Distrito LD-6. Expliquei a ela a obrigatoriedade desse pagamento pelos clubes, como diz os art. 55 e 56 do Estatuto; que o valor inicial foi de R$ 2.522,50 e que, atualizado, nessa data, é de R$ 3.420,38; relatei a ela que o próprio Kinoshita me confessou em evento no Lions Clube de Cianorte, que ele isentou os clubes da Taxa Distrital, para pagarem somente a Taxa Internacional, eis que ele queria ser Governador 100%, perante a Diretoria Internacional, já que queria galgar cargo importantes e superiores no Leonismo do sul do Brasil; que Kinoshita buscou o interesse pessoal em detrimento aos interesses do Leonismo. No final da carta solicitei a instalação de um Painel de Conciliação, para declarar a nulidade dessa isenção e que Kinoshita e seus assessores ressarcissem os cofres do Distrito LD-6, no valor de R$ 3.420,38, a fim de


Uma década de decadência ética e moral 93

que com esse valor fosse paga a 4. parcela devida pela minha gestão ao CG/DMLD e ressaltei a essa emérita autoridade leonística que “assim sendo, a justiça será feita e a normalidade funcional estrutural do leonismo será recuperada, dando-se exemplo a outras lideranças do leonismo, para que o estatuto seja efetivamente cumprido”. Para minha surpresa, Rosane Vailati acolheu o Parecer Jurídico assinado pelo advogado e Ex-Governador Ney Santos Arruda, o qual, em 11 de abril de 2005, diz que o Estatuto do DMLD (Distrito Múltiplo LD) não prevê nenhuma forma de intervenção ou de punição ou de anulação de atos, declaração de nulidade ou condenação de ressarcimento e que, nessas condições, a presidência do Distrito Múltiplo LD não tem poderes recursais, nem legitimidade para processar quem quer que seja. Diz o Assessor Jurídico, finalizando o Parecer: “Os Distritos, no âmbito de sua jurisdição e legitimidade podem solucionar os seus problemas, com base nos próprios estatutos ou até, em último, lamentável e indesejável caso, através do Poder Judiciário”. Ao receber essa resposta do DMLD, finalmente me convenci que o meu caminho era, inderrogavelmente, buscar o Poder Judiciário a fim de que fossem cumpridos o Estatuto e precipuamente, o Código de Ética do Leonismo. Outra dessas denúncias e pedido de ressarcimento que eu providenciei, foi uma carta/ notificação que enviei ao então Governador José Barbosa Filho, gestão 2006/2007, nestes termos: “Maringá, 6 de fevereiro de 2007. Ao CL JOSÉ BARBOSA FILHO-Governador do Distrito LD-6-gestão 2006/2007. Rua Munhoz da Rocha, 491-Santo Antônio da Platina (86.430-000)/PR. Assunto: NOTIFICAÇÃO – ressarcimento de valores dados em isenção de Taxa Distrital. CL GOVERNADOR! Na qualidade de membro do COMITÊ HONORÁRIO do Distrito, cujo art. 28, alínea “a” me autoriza a tomar providências para que haja harmonia e zelar para que as relações entre os Lions Clubes sejam incrementadas dirijo-me a essa Governadoria com a finalidade de expor e solicitar o seguinte: 1.conforme amplamente divulguei no âmbito do Distrito LD-6, após assumir a Governadoria do Distrito, em julho de 2003, constatei várias irregularidades envolvendo a gestão do Governador anterior, CL Nilton Kinoshita, sendo uma delas, a isenção feita a vários Lions Clubes, cujo ato revelou contrariedade ao Estatuto do Distrito e, conforme consta em doc. 01, aí está revelado quais Lions foram beneficiados e o montante respectivo que deixou de entrar para os cofres da Governadoria e consequentemente, tal montante não me foi repassado pelo referido PDG Kinoshita, contribuindo para o


94 Uma década de decadência ética e moral

déficit orçamentário de minha gestão; 2.esse ato de isenção violou os arts. 55, alínea “j” e 56 do estatuto, que dizem: Art. 55: Os Lions Clubes do Distrito LD-6, respeitada sua autonomia, devem: Alínea “J”: “pagar em dia os seus compromissos financeiros com a Associação Internacional de Lions Clubes e com o Distrito”. Diz ainda o art. 56: “ Os clubes do Distrito, além das atribuições devidas à Associação Internacional de Lions Clubes, para a sua manutenção, deverão pagar ao Distrito, a quota anual correspondente ao número de sócios apurados nos meses de junho a dezembro, de dezembro a julho, a jóia e a quota por sócio fundador e sócio novo, nas importâncias que forem fixadas pela Convenção Distrital”; 3.Dessa forma, a Governadoria do Distrito LD-6, gestão 2002/2003, praticou um ato grave e contrário aos Estatutos do Distrito, devendo os responsáveis reembolsarem tal quantia aos cofres do Distrito; 4.Conforme doc. 02, o tesoureiro do Distrito, gestão 2002/2003, em ofício endereçado aos clubes, e especificamente ao Lions Clube Maringá Cidade Canção (considerado na época, o melhor Lions do Brasil), datado de 25 de junho (final da gestão e a apenas cinco dias do encerramento do mandato), diz, textualmente; “Conforme nossa solicitação para pagamento da taxa internacional, estamos DISPENSANDO para esse clube a 2ª parcela da taxa distrital, por esta tesouraria”. Portanto, constata-se que a iniciativa para tal isenção aconteceu pela Governadoria; 5.É interessante ressaltar-se que o PDG Nilton Kinoshita, em sua gestão não nomeou nenhuma Comissão de Finanças, e não solicitou aprovação dessa isenção ao Conselho Deliberativo, razão pela qual torna-se ainda mais ilegítima tal isenção, ou seja, tal isenção foi um ato administrativo que também contrariou a Ética e a Moral e os princípios basilares que norteiam o leonismo no Brasil e no mundo; tal ato de isenção foi feito á escuras e com total falta de transparência; 6.Outrossim, é importante também ressaltar que o próprio PDG Kinoshita confessou mim que deu isenção para que os clubes pagassem a Taxa Internacional e, dessa forma, poderia receber o título de Governador 100%, de Lions Internacional; 7.Destarte, o próprio PDG Kinoshita, assim procedendo, procurou um benefício pessoal (prêmio 100%), em detrimento ao estatuto e aos altos interesses coletivos dos clubes e associados! 8.Foram beneficiados sete Lions Clubes, em detrimento de outros 52 clubes; A responsabilidade do Governador de Distrito está fincada nos art. 15 e 26, do Estatuto do Distrito LD-6, cujas normas o obrigam a supervisionar e orientar todos os clubes, a fim de que cumpram os estatutos e regulamentos vigentes e no presente caso,


Uma década de decadência ética e moral 95

aconteceu o contrário: a Governadoria errou e praticou uma ilegitimidade; O valor total dessa isenção somou à época, R$ 2.522,50, e que hoje, atualizado, gira em torno de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); A responsabilidade desse ato praticado de forma ilegítima cabe ao então Governador Nilton Kinoshita, ao seu então Assessor Especial e advogado PDG Antônio João Delfino Amalfi e ao então Secretário do Distrito, PDG Acyr Iwankiw, os quais, sabendo da irregularidade, participaram em conjunto desse conluio e permitiram que tal ato foi praticado; Pelo exposto, é a presente para NOTIFICAR essa Governadoria, a fim de que coloque a presente questão à apreciação do Conselho Deliberativo a ser instalado neste mês de fevereiro, e que sejam os PDG Kinoshita, Amalfi e Iwankiw, determinados a reembolsarem o valor atualizado da isenção da Taxa Distrital, aos cofres da Governadoria, em atendimento aos princípios éticos e morais que norteiam o movimento leonístico. Caso esse Governador não atenda tal pedido, tomarei as providências administrativas e judiciais para apuração de sua responsabilidade como Governador do Distrito LD-6. Leonisticamente - PDG Lauri Cesar Bittencourt Estando em pleno andamento a crise ética e de imoralidade e já com várias ações na Justiça e agindo com prudência, busquei dentro de instâncias superiores do Leonismo brasileiro orientação para solução de outros casos de agressões à minha honra e de violação contumaz ao Código de Ética, pois inexiste, ainda hoje, um Tribunal de Ética e Disciplina, para fazer frente a esse tipo de desvio de condutas. Se as autoridades leonísticas estavam mancomunadas com os ex-governadores acusados, qual seria a solução do problema? Assim me dirigi novamente à então Diretora Internacional Rosane Vailatti, do Lions Clube de Santa Catarina. Eis o meu pedido: “Maringá, 17 de novembro de 2008. À CaL ROSANE VAILATI - DD Diretora Internacional de Lions Clube Internacional PENHA - SC Prezada Cal Diretora! Na condição de ex-governador do Distrito LD-6 (Governador 2003/2004) e membro integrante do Conselho Consultivo do Distrito LD-6 e do Comitê Honorário, tenho a satisfação de me dirigir à sua presença para que, de forma oficial e leonística, expor e solicitar o seguinte: 1. a partir da gestão 2002/2003, em que foi Governador do LD-6, o CL Nilton Kinoshita e seu Assessor Especial o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, ocorreram inúmeros fatos de violação ao Estatuto do Distrito LD-6 e do Lions Clube Internacional, praticados pelos mesmos e uma outra série de irregularidades (condutas antiéticas e anti-leonísticas), pelo PDG Amalfi, além de outros ex-governadores, que já


96 Uma década de decadência ética e moral

foram condenados na Justiça e a própria Governadoria do LD-6 já foi condenada em duas ações Cautelares de Exibição de Documentos, em detrimento aos meus interesses leonísticos, já que sou sócio ativo e com todos os direitos garantidos pelo Estatuto ; 2. assim sendo, solicito dessa Cal Diretora Internacional o seguinte: 2.1. a Diretoria Internacional pode intervir nessas questões? como? 2.2. face à gravidade de algumas condutas praticadas pelo PDG Amalfi, sobretudo uma tentativa de agressão contra mim, em audiência na OAB, de Maringá, qual o caminho para que eu possa denunciá-lo à Diretoria Internacional e solicitar um procedimento administrativo objetivando a sua exclusão do leonismo? (uma vez que a atual e as últimas governadorias estão protegendo o PDG Amalfi, caracterizando um corporativismo condenável aqui no LD-6). No aguardo de manifestação dessa ilustre Diretora Internacional, subscrevo-me, Leonisticamente, -

PDG Lauri Cesar Bittencourt.

Note-se, portanto, que sempre busquei apoio em entidades superiores do Leonismo inclusive ao Presidente Internacional, para tomada de providências disciplinares. O Distrito LD-6 caminhava em uma superfície de lama e de podridão de condutas, cada vez mais. Em 2015, enviei carta novamente ao Distrito Múltiplo LD, a respeito da ação maléfica dos ex-governadores e principalmente em relação ao ex-governador Nilton Kinoshita, o qual, em outra conduta antiética, causou prejuízos financeiros ao então associado José Manzone Usso, em empréstimos pessoais no valor de R$ 29.623,00 (vinte nove mil seiscentos vinte e três reais), realizados em 2002. Nessa época Kinoshita era o Governador do Distrito LD-6 e Usso o seu tesoureiro. Abusando da condição de companheiros e amizade no mesmo Lions Clube de Apucarana e agora como Governador em relação ao seu assessor Usso como tesoureiro do Distrito, Kinoshita fez vários empréstimos de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, totalizando o valor acima. Kinoshita não pagou tal dívida até os dias atuais, obrigando Usso a entrar na Justiça, cuja ação de Execução tramita na 2. Vara Cível de Apucarana. O valor atualizado dessa dívida, em fevereiro de 2015, é de R$ 115.000,00 (cento e quinze mil reais). Aí eu fico pensando: isto é o Lions Clube? E o Código de Ética, como fica? O que pensam todos os associados do Lions Clube de Apucarana? A falência do leonismo, na parte ética, é cada vez mais flagrante, eis que Kinoshita sempre exerceu cargos importantes no Distrito LD-6 e foi até Presidente do CG-Conselho de Governadores do DMLD (sul do país), na gestão 2012/2013. A impunidade é real, pois inexiste um Tribunal de Ética e Disciplina no Leonismo mundial. Por isso e outros motivos desestimulantes e de desmotivação é que muitos associados pedem exoneração dos quadros de sócios dos Lions Clubes. Interessante ressaltar ainda, que em 2005, ao fazer uma visita ao CL Usso, em Apucarana, eis que o mesmo foi um representante da mais alta estirpe no leonismo, face ao seu companheirismo e amizade a todos, o próprio Usso mostrou-me as várias


Uma década de decadência ética e moral 97

papeletas que registravam os vários empréstimos para Kinoshita e Usso reclamou da conduta de Kinoshita, pois os valores já chegavam a quase R$ 30.000,00 e Kinoshita recusava-se a pagar. Eu disse ao Usso, que, infelizmente, há necessidade urgente de se fazer uma limpeza ética no Leonismo, em todos os níveis. Meses depois Usso faleceu e seus herdeiros, como espólio, continuaram com o processo que tramita até os dias atuais. Vamos então à carta que enviei ao CL Claúdio Rogério Mendes, presidente do CG/ DMLD, gestão 2014/2015, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. “Maringá, PR, 07 de abril de 2015 AO CC-CLÁUDIO ROGÉRIO MENDES DD PRESIDENTE DO CONSELHO DE GOVERNADORES DO DISTRITO MÚLTIPLO LD – gestão 2014/2015 RUA ENGº TITO MARQUES FERNANDES, 578 PORTO ALEGRE - RS Prezado CC CLÁUDIO! Primeiramente quero parabenizá-lo pela brilhante gestão frente ao leonismo sul brasileiro, o que dignifica nosso leonismo nacional. Gostaria de informá-lo de que tramita na 2ª Vara Cível da comarca de Apucarana, PR, uma ação judicial de EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, em que é Réu o PDG Nilton Tadanori Kinoshita e Exequente o sempre querido e finado CL JOSÉ MANSONE USSO, ambos do Lions Clube de Apucarana. Tal dívida foi feita em 2002, a respeito de empréstimos pessoais que Usso fez a Kinoshita, a pedido deste. Deva-se lembrar que Kinoshita era o Governador 2002/2003 e Usso o Tesoureiro do Distrito LD-6. A dívida inicial era de R$ 29.623,70 (vinte e nove mil, seiscentos e vinte e três reais e setenta centavos). Como Kinoshita não pagou tal dívida, ambos fizeram um documento chamado INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, nesse valor e para ser pago em 20 parcelas de R$ 1.481,19. Nenhuma parcela foi paga! Esse documento está registrado em meu site www.lauribittencourt.com.br e será objeto de análise em meu livro “LIONS CLUBE INTERNACIONAL-DISTRITO LD-6PARANÁ-BRASIL: UMA DÉCADA DE DECADÊNCIA ÉTICA E MORAL”, que será brevemente disponibilizado nesse site para venda aos associados e ao público em geral. O valor atualizado da referida dívida que Kinoshita deve ao espólio de José Mansoni Usso, é de R$ 115.890,05 (cento e quinze mil reais e cinco centavos). O referido processo está em fase de penhora de bens. Assim sendo, verifica-se que o PDG Nilton Tadanori Kinoshita utilizou a amizade e


98 Uma década de decadência ética e moral

companheirismo (princípios fundamentais do leonismo) para obter enriquecimento ilícito, eis que a dívida é líquida e certa e se negou a pagar, passados já 13 anos desse famigerado abuso leonístico. Pelo exposto, constata-se, efetivamente, que o Distrito LD-6 está envolvido em um mar de lama, há mais de 10 anos, sem que houvesse uma ação direta de limpeza ética em todos os níveis do Distrito, que justifique dizer que o leonismo no Distrito LD-6 cumpre suas funções insertas no Código de Ética e respeito aos Estatutos e, precipuamente estaria aqui, patentes e preservados, os valores da honestidade, lealdade e respeito à dignidade humana. Vale lembrar que com menos de 02 meses de minha gestão como Governador 2003/2004, o PDG Kinoshita e os também ex-governadores Georges El Haouli (Lions Clube de Cambé) e Antônio João Delfino Amalfi (Lions Clube de Londrina), respectivamente presidente, diretor e Secretário, da AGDL/Distrito LD-6, os mesmos enviaram Cartas Anônimas aos líderes do DMLD, com o objetivo de desmoralizem meu nome e imagem no exercício de Governador 2003/2004! Tal podridão de condutas difamatórias me levou a entrar com ação judicial contra os mesmos e eles foram condenados na Justiça de Maringá-PR. Além disso, Kinoshita e seus assessores tiveram a coragem de ignorar o Estatuto e Código de Ética do leonismo, ao desviarem dinheiro do Distrito, isentando vários Lions do pagamento da Taxa Distrital, no final de sua gestão 2002/2003, e que hoje esse valor, atualizado, soma exatos R$ 11.160,00 , cujo montante revela desaprovação de suas contas de sua gestão 2002/2003 e que deve ser ressarcido aos cofres do Distrito LD-6, mais cedo ou mais tarde. Não somente Kinoshita é responsável por esse ressarcimento, como também o então Assessor Especial ex-governador Antonio João Delfino Amalfi (seu espólio) e também o então Secretário Distrital ex-governador Acyr Iwankiw (Lions Clube de Apucarana). Pasme ainda meu preclaro e ínclito CC Cláudio: Kinoshita, ao entregar a sua gestão para a minha gestão, negou-se a entregar a documentação do Distrito LD-6 bem como também, negou-se a me entregar a sua prestação de contas, contrariando o Estatuto leonístico. E o mais absurdo aconteceu depois quando a então Governadora Ana Sinhorini (gestão 2004/2005) nomeou o PDG Kinoshita como presidente da Comissão de Finanças que apreciou minhas contas. Tudo isso revela, insofismavelmente, o mar de lama que envolveu o Distrito LD-6, nos últimos 10 anos, pois muitas outras situações antiéticas aconteceram e que são objeto de análise e denúncia em meu livro acima citado, já que houve 08 condenações judiciais, no geral, contra os ex-governadores, Distrito LD-6, e nada menos que mais de 30 situações antiéticas, etc. Destarte, com a posição ocupada hoje, pelo PDG Kinoshita na função de Secretário Executivo do Distrito LD-6, atendendo ao chamamento do ínclito Governador do Distrito


Uma década de decadência ética e moral 99

LD-6, para essa excelsa função, constata-se que a própria Governadoria 2014/2015, está preservando valores odiados pelo leonismo, quais sejam: a desonestidade e a deslealdade. Finalmente, esperam os associados e Lions Clubes que o Governador do Distrito LD-6 tome as providências cabíveis para a exoneração imediata do PDG Kinoshita da função de Secretário Executivo do Distrito LD-6, face à sua total insubsistência de permanecer no cargo, conforme determinam as supremas e imperativas normas do Código de Ética e dos Estatutos do Lions Clube Internacional. De outro lado, é estranho e inconcebível o fato do PDG Kinoshita, com toda essa podridão, ter exercido o cargo de Presidente do CG/DMLD, na gestão 2012/2013!, fato que será analisado também, no meu livro. E, de outro lado, espera-se também que o CG/DMLD, a partir de agora e no futuro, preserve sua honorabilidade, e que não permita que o PDG Nilton Tadanori Kinoshita exerça qualquer função a nível desse Conselho de Governadores, em respeito à plenitude e imperatividade impostergável das normas do Código de Ética do leonismo! No meu livro estarei analisando as medidas tomadas pelo CG/DMLD, isto é, se o Código de Ética e os Estatutos serão também respeitados pelo CG/DMLD a respeito dessa podridão de condutas que jogaram o Código de Ética na lata do lixo. Leonisticamente- PDG Lauri Cesar Bittencourt – Governador do Distrito LD-6 2003/2004. A ética é rumo das pessoas honestas, leais, que atuam com transparência e que contribuem para um mundo melhor. Segundo Stephen Robbins e Mary Coulter, a

“Ética refere-se às regras e aos princípios que definem a conduta certa e errada. Muitas decisões tomadas pelos administradores exigem que sejam levadas em conta as pessoas que serão afetadas, tanto em termos do resultado como do processo.” (Ediberto Tadeu Pedroso - autor de livros de Administração - Livro “Ética na Vida das Empresas”, pág. 165). A busca da verdade faz com que as pessoas norteiem suas vidas objetivando a paz, a tranquilidade. Portanto, trago agora a mensagem de Rosana Hermann, publicado em um jornal de Maringá, sobre a verdade, no título “As armas”:

“A única arma que temos na vida é a verdade. Mas a verdade dói. E as pessoas fazem de tudo para evitar a dor. Pena. Porque a dor é uma ferramenta do crescimento e do aprendizado. Ninguém aprende sem dor. E, ao evitar a dor da verdade, as pessoas passam a viver de mentiras e ilusões. As mentiras e ilusões, em princípio, parecem não oferecer dor. Mas oferecem coisa pior: sofrimento. O sofrimento de quem engana e se engana é infinitamente pior do que a dor da verdade. Porque a dor da verdade, dói e passa. O sofrimento da mentira acumula. A única arma que temos na vida é a verdade. Não é preciso temê-la. A verdade dói. Mas é dor de parto: depois que passa gera luz. Vida!”


100 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 101

Capítulo 9

Nulidade da eleição da governadora Ana Aparecida Sinhorini Ferreira para o cargo de Governadora 2004/2005 na Convenção de Maringá em abril de 2004 – débito da Taxa Internacional. “Os homens em geral, julgam antes com os olhos do que com as mãos. Todo mundo vê muito bem o que aparenta por fora, mas poucos percebem o que há por dentro” (Maquiavel)

Não bastassem os inúmeros problemas que os ex-governadores e membros da AGDLAssociação de Governadores do Distrito LD-6, através de condutas levianas, podres e desleais, desta feita me defronto com mais uma irregularidade praticada pela mais nova protagonista de episódios violadores do Código de Ética e dos Estatutos, pois fui obrigado a decretar a nulidade da eleição de Ana Sinhorini, minha sucessora para o cargo de Governadora 2004/2005. Como é sabido no Lions Clube em todo o mundo e também em qualquer associação, para ter direito a voto, é preciso estar quite com a situação financeira. Pois bem, as Convenções anuais do Distrito LD-6 e nos demais Distritos no Brasil, ocorrem no mês de abril, sendo um grande evento festivo de confraternização entre os associados e, conforme o art. 72 do Estatuto do Distrito LD6, tal Convenção tem as seguintes finalidades: Art. 72 – alínea “a”: estimular o companheirismo; alínea “b”- proporcionar oportunidades para instruções leonísticas; alínea “c”: eleger o Governador e o Vice– Governador do Distrito LD-6..; alínea “d”- votar teses, moções e proposições. Quanto à legalidade de inscrição de delegados, o art. 69, determina: “A Convenção Distrital é o órgão supremo dos Lions Clubes do Distrito LD-6, e as suas decisões serão de Delegados devidamente credenciados. Parágrafo 1.: Todo Lions Clube constituído e em pleno gozo de seus direitos perante


102 Uma década de decadência ética e moral

a Associação Internacional de Lions Clubes e perante o Distrito LD-6, goza da prerrogativa de enviar à Convenção Distrital, 01 (um) delegado e um suplente, com direito a voto, para cada grupo de 10 (dez) sócios ou fração igual ou superior a 5 (cinco), de conformidade com os registros da Associação Internacional de Lions Clubes, no primeiro dia do mês em que se realiza a Convenção Distrital. Diz o Parágrafo 4.: “ entende-se por Lions Clubes em pleno gozo de seus direitos”: Alínea “a”: ter sido emitida a sua Carta Constitutiva; Alínea “b” - fizer provas de que está quite com os pagamentos à Associação Internacional de Lions Clubes e ao Distrito, conforme relação apresentada pelo Governador. Além disso, o art. 78 determina a nomeação de uma Comissão de Eleições, para coordenar o processo legal de eleição dos candidatos. Finalizando, diz o art. 81, Parágrafo Único: “Somente os Delegados, cujas credenciais tenham sido aceitas pela Comissão de Credenciais, poderão votar ou se manifestar no plenário, não sendo permitida a representação ou voto mediante procuração. Eis, portanto, o aparato legal e estatutário para se realizar uma eleição ao cargo de Governador e Vice-Governador. Como Vice-Governador estava inscrito o candidato Lino Stuch Neto, do Lions Club de Londrina Independência, o mesmo do ex-governador Amalfi, e que foi indicado por este. Ao final do processo, a eleição da então candidata Ana Sinhorini foi considerada nula, por infringir os art.69, “caput” e Parágrafo 1.; Parágrafo 4., alínea “b” e art. 81, Parágrafo primeiro. Resumindo, explico como a situação ocorreu. Estava eu a presidir a mesa diretora dos trabalhos e não soube de nada do que aconteceu no credenciamento dos delegados, enquanto as Comissões de Credenciamento acolhiam os associados que chegavam e verificavam, assim, a legalidade dos associados que apresentavam os devidos documentos dos Lions Clubes, autorizando-os a exercerem os cargos de delegados. Devo lembrar que a então candidata Ana Sinhorini pertencia e pertence ao Lions Clube de Cambará. Logo, este Lions de Cambará deveria estar em pleno gozo de seus direitos, para apresentar a candidata ao cargo de Governadora e também legitimar seus sócios a se credenciarem como delegados. Porém, este Lions Clube de Cambará não estava quite com suas obrigações financeiras junto à Associação Internacional de Lions Clubes, conforme determina o art. 69, Parágrafo 1. (não estava em pleno gozo de seus direitos perante a Associação Internacional de Lions Clubes) e Parágrafo 4., alínea “b” (não estava quite com a Associação Internacional de Lions Clubes, pois havia um débito para pagamento da Taxa Internacional. E o valor era de cerca de $ 500 (quinhentos dólares e em torno de R$ 1.500,00) Dessa forma, não poderia haver eleição, pois havia pendência financeira do Lions Clube de Cambará, clube a que pertencia a candidata a Governadora e outra: a secretaria da Convenção não poderia receber tal Taxa, pois esse pagamento é feito diretamente na conta da Associação Internacional de Lions Clubes.


Uma década de decadência ética e moral 103

Como ficou então? Houve a eleição e a candidata Ana Sinhorini foi eleita para o cargo de Governadora 2004/2005 e Lino Stuch Neto para o cargo de Vice-Governador. Passada a euforia e encerrada a Convenção no sábado, na segunda feira seguinte tive uma reunião com o Secretário do Distrito e da Convenção, Elias Gomes Soares, para a conferência do desenvolvimento da reunião. Nesse momento é que ele me comunicou os fatos, pois ele tinha em mãos a situação ilegal do Lions Clube de Cambará e disse aos mesmos e à então candidata Ana Sinhorini, que não poderia credenciar seus delegados. Logo, a própria candidata Ana Sinhorini não poderia ser eleita Governadora, pois com tal débito, o Lions Clube de Cambará não poderia participar das votações e muito menos apresentar uma candidata ao cargo de governadora. Eu afirmei então ao Cl Elias, que a eleição é considerada nula, sob todos os aspectos e a Ana Sinhorini não foi eleita Governadora, necessitando de uma nova Convenção para elegê-la, como já acontecera anos antes, em outro Distrito do Paraná. O secretário Elias disse que foi pressionado por inúmeros associados e ex-governadores para aceitar o credenciamento dos delegados do Lions de Cambará e os mesmos queriam fazer o pagamento ali, naquele instante. Porém Elias explicou que não poderia receber, pois o depósito é feito diretamente na conta da Associação Internacional de Lions Clubes. A pressão foi tanta que acabou tolerando o credenciamento dos delegados de Cambará e os mesmos participaram da votação maculando, portanto, tal legalidade, acarretando a nulidade da votação. Fiquei surpreso com tal situação, pois, no dia 23 de abril de 2003, um dia antes da Convenção, exatamente às 12hs08, eu enviei um e-mail ao Secretário e ao presidente do Lions Clube de Cambará, alertando os mesmos de que havia tal débito, conforme relação financeira enviada a mim pela Associação Internacional de Lions Clubes e solicitei que apresentassem o recibo de depósito bancário, na Convenção. O valor exato era de US$ 518.37 (quinhentos e dezoito dólares e trinta e sete centavos). O presidente deste Lions de Cambará, nessa época era CL (Companheiro Leão) José Antônio Cardoso de Oliveira, a secretária era Nair Sizuka Shimizu e o Tesoureiro era Haruo Shimizu, os quais eram os responsáveis diretos pelo controle de regularização das contas junto à Associação Internacional de Lions Clubes. Dessa forma e historicamente, aconteceu o primeiro episódio no Distrito LD-6 de anulação de eleição de uma candidata ao cargo de Governadora. Conforme o que determinam as normas leonísticas, deveria haver uma nova Convenção para a eleição dos candidatos e teria que ser no Rio Grande do Sul, na Convenção em maio de 2004, ou seja, um mês depois. Aí eu pensei comigo e falei para o Elias: como vamos fazer uma Convenção no Rio Grande do Sul? Quantos delegados deveremos levar para a votação? Dois dias depois convoquei uma reunião com o Diretor Geral da convenção, CL Carlos Humberto Leonardo e com o Assessor Jurídico do Distrito, CL Marcos Vieira de Camargo e após discussão, fomos unânimes em reconhecer a nulidade da eleição. Parecia que minha gestão estava fadada a me defrontar até o final com o grupo de ex-governadores de oposição ao meu trabalho e eu já tinha observado que a então candidata Ana Sinhorini estava já fazendo o jogo deles. Pior para mim, sem dúvida, pois eu tinha agora mais uma opositora.


104 Uma década de decadência ética e moral

Qual seria a solução? De imediato, enviei uma carta ao ex-governador Ademar Schiavone, presidente do Conselho Consultivo, cargo que criei na minha gestão e o nomeei presidente, por ser de Maringá e uma pessoa moderada, honesta e de grande capacidade administrativa, além de ser um exemplo de conduta no próprio Leonismo brasileiro. Essa Carta está publicada, na íntegra, no Anexo 129, no meu site. Em data de 30 de abril de 2004, postei no correio essa missiva ao Schiavone, explicando-lhe todas as irregularidades registradas na eleição de Ana Sinhorini, que enviei um e-mail alertando o Lions Clube de Cambará sobre a dívida, que os associados do Lions de Cambará foram credenciados delegados de forma ilegal e depois participaram da votação, caracterizando, indubitavelmente, a nulidade da eleição. E ademais, a própria Ana Sinhorini não poderia ser candidata, pois o seu clube, de Cambará, não estava em gozo de seus plenos direitos para participar de uma Convenção. Considero ainda uma conduta de negligência da então Vice-Governadora Ana, pois não tomou as providências necessárias junto ao clube a que pertencia, para garantir a sua eleição, pois é uma das condições mais que necessárias a quitação da Taxa Internacional, perante a Associação Internacional de Lions Clubes. Foi uma temeridade a sua atitude, pois não se preocupou com tal condição de admissibilidade para candidatar-se ao cargo de Governadora. É uma condição formal e indispensável, sob pena de nulidade, tal qual aconteceu. Na parte final de minha carta ao Ademar Schiavone, eu disse a ele que “face à gravidade da questão e responsabilidade deste Governador perante Lions internacional, solicito manifestação desse CL presidente do Conselho Consultivo e de Planejamento, a respeito desses fatos, para depois enviar a documentação oficial à Assessoria Jurídica de Lions Internacional, em Oak Brooks e ao Presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD, comunicando os fatos sobe tal nulidade”. Agora, vejam bem o que o Ademar Schiavone me respondeu, em 4 de maio de 2004, a respeito dessa nulidade e qual foi minha reação. Ele disse: “...em primeiro lugar devo levar à consideração do nobre CL Governador, que o fato relatado, não é o primeiro e nem será o último a acontecer. Muitas e muitas vezes, delegados votaram em convenções sem que seus clubes estivessem em dia com Lions Internacional; que os delegados de Cambará votaram autorizados pelo secretário da convenção, após tentar efetuar o pagamento diretamente ao tesoureiro da governadoria e que este afirmou não poder receber tal pagamento... diante do exposto ... o companheirismo e a amizade, a compreensão e o respeito mútuo, a tolerância e o perdão, devam sempre ser levados em consideração, antes e acima de tudo, sou de opinião que o estimado companheiro governador deva se abster de informar a Lions Internacional o fato ocorrido, mesmo porque, essa atitude não acrescentaria nada aos ideais leonísticos. Na certeza de que você saberá agir com a sabedoria e magnanimidade de que é possuído, envio em anexo cópia do pagamento efetuado pelo Lions Clube de Cambará e aproveito da oportunidade para reafirmar minha convicção de que, leonismo é a prática sincera e permanente da Amizade sem fronteiras”. Ass: Ademar Schiavone – presidente do Conselho Consultivo.


Uma década de decadência ética e moral 105

Em geral, ocorrem estas manifestações na maioria dos líderes que têm em seu coração o verdadeiro ideal do Leonismo, citando sempre as palavras perdão, respeito mútuo, tolerância, etc. Eu já esperava essa reação desse nobre CL Ademar, eis que o mesmo é portador perene, das relações mais sinceras entre os associados do Leonismo. Assim é o Lions Clube. Porém, o que se vê neste livro é exatamente o contrário do que dizem os verdadeiros líderes do Lions, em que ex-governadores citados e condenados na Justiça, ao invés de protegerem e labutarem para o crescimento do Distrito LD6, acabaram jogando merda no ventilador, com uma sequência história de condutas levianas, os quais pautaram suas atitudes a léguas de distância de tudo o que o CL Ademar Schiavone me relatou, sobre a nobreza e das finalidades do Leonismo e da conduta respeitosa entre os Leões. Porque deveria eu, sendo vítima de Cartas Anônimas e outras condutas levianas, ser tolerante mais uma vez? A livrar novamente condutas contrárias ao estatuto e Código de Ética?. A ser benevolente com meus opositores de sórdidas condutas? Porém, mais uma vez eu fui tolerante com a situação caótica de uma campanha difamatória e discriminatória contra meu nome e imagem leonísticas. Aceitei e refleti sobre as orientações do presidente do Conselho Consultivo e não denunciei os fatos de nulidade à Diretoria Internacional e facilitei a vida do Distrito LD-6, permitindo que uma conduta contrária aos Estatutos Internacionais vigorasse no seio do Distrito LD-6. Eu tentei mais uma vez, com essa minha permissividade, oportunizar aos ex-governadores malfeitores do leonismo que refletissem sobre suas atitudes e me deixassem em paz e se retratassem apresentando desculpas para mim. Porém, a campanha difamatória e discriminatória continuou e a minha luta na Justiça também, envolvendo as principais lideranças do Distrito LD-6 que jogaram o Código de Ética na lata do lixo. Ressalto a conduta obstinada do ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, do Lions Clube de Londrina Independência que, aos 78 anos de idade era o principal líder nessa campanha difamatória que tinha o objetivo de enterrar a minha carreira leonística. Porém, deu tiro no pé inúmeras vezes e encerrou sua carreira leonística da forma mais vergonhosa que se pode imaginar. Em represália a esta minha declaração de nulidade de sua eleição, a então Governadora Ana Sinhorini praticou uma série de condutas condenáveis na cidade de Guaíra, ao presidir o Conselho Deliberativo que analisou a minha prestação de contas, como eu detalho no capítulo 10 deste livro. Nesse episódio, o seu maior pecado foi nomear Nilton Kinoshita para presidir a Comissão de Finanças que apreciou as minhas contas, sendo que Kinoshita foi autor do envio de Cartas Anônimas e condenado na Justiça e de desvio de dinheiro na Governadoria. Por isso, Kinoshita não tinha as mínimas condições éticas e de moralidade de ser membro da comissão, ao se nomeado por Ana Sinhorini. O jogo de xadrez se formava e se confirmava cada vez mais, caracterizando uma conspiração e orquestração que estavam caminhando celeremente, contra a minha presença no Leonismo. Por isso fui à Justiça. E provei as condutas levianas no Poder Judiciário com as condenações relatadas nesta obra.


106 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 107

Capítulo 10

Anulação judicial da Assembleia Geral em Guaíra – 26.02.2005 - falta de quórum – responsabilidade da Governadora Ana Sinhorini e Assessor Jurídico Antônio Amalfi – Ação judicial na 4. Vara Cível de Maringá.

Como já mencionei, a minha gestão de Governador 2003/2004 encerrou-se em 30 de junho de 2004 e em cumprimento ao estatuto, entreguei toda a documentação do Distrito e minha prestação de contas em Cambará, no Conselho Distrital realizado em 31 de julho de 2004. Começou aí, a minha solitária caminhada em defender a minha dignidade, eis que a e então Governadora Ana Sinhorini mostrou que estava mancomunada com o grupo de malfeitores composto por ex-governadores do Distrito LD-6 e que uma conspiração orquestrada já reinava na Governadoria. Foi o início de uma série de irregularidades praticadas pela então Governadora Ana Sinhorini, violando o Estatuto e Código de Ética. Eu já sabia que as ações malignas seriam afloradas nessa Reunião Distrital em Cambará, como uma “bomba”, porque os exgovernadores que me atacaram durante toda a minha gestão com ações traiçoeiras e criminosas, planejaram agora dar um golpe para vilipendiarem meu trabalho. As evidências eram transparentes perante todos os ex-governadores membros da AGDL e também titulares de cargos maiores na Governadoria. O próprio candidato a Vice Governador eleito, Lino Stuch Neto, logo após evento realizado na Universidade Estadual de Londrina, quando me reuni com Reitores da UEL para fundar o Lions Clube Universitário dentro dessa instituição de ensino, Lino ali compareceu e me entregou um documento assinado por ex-governadores membros da AGDL. Lino que pertencia ao mesmo clube do ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, líder das ações maléficas, deixou a entender claramente que estava muito preocupado e entendi que ele estava convivendo uma situação de extrema gravidade nas diversas reuniões na AGDL e no seu Lions Clube Londrina Independência, e constatou pessoalmente que o objetivo da AGDL era destruir meu nome e meu trabalho. Antes de ir embora Lino me confidenciou que “se isso continuasse ele sairia do Lions”. Vejam bem: se um candidato a Vice-


108 Uma década de decadência ética e moral

Governador que estava se preparando para assumir o cargo de Governador no prazo de 2 anos sendo um dos objetivos de sua vida e de sua família e me fala em abandonar o Leonismo, é por que a situação era efetivamente caótica, pois ele viu o trabalho obscuro e traiçoeiro que as más lideranças do Distrito LD-6 estavam premeditando ações que causariam sérios prejuízos à minha carreira leonística. Dito e feito. Lino cumpriu sua afirmação e abandonou o Leonismo, pois nessa reunião de Cambará, era para apresentar pela primeira vez como Vice-Governador eleito, ele não apareceu, não deu satisfações para ninguém e outro Vice-Governador teve que ser eleito, posteriormente. Esse era o espectro que me aguardava na vida nos dias vindouros, a partir dessa reunião de Cambará. Para me resguardar diante da ação infamante dessas más lideranças, eu nomeei uma Comissão de Finanças, composta por lideranças incontestes do Distrito, para analisar minhas contas, em 28 de julho de 2004 e participaram dessa Comissão os ex-governadores Ademar Schiavone (do Lions Clube de Maringá) e Miguel Alves Pereira (do Lions Clube de Terra Boa), além do Assessor Jurídico Marcos Vieira de Camargo (do Lions clube Maringá Coral) e Quirino Ramos ( sócio do Lions Clube de Cianorte). Esteve presente o Tesoureiro do Distrito, CL Elias Gomes Soares que explicou as contas e respondeu todas as questões aventadas. Todos os membros dessa Comissão de Finanças 2003/2004 compareceram e após verificarem toda a documentação de prestação de contas, eles recomendaram que tais contas fossem aprovadas, ou seja, aprovaram as contas. A reunião aconteceu nas dependências do Escritório de Contabilidade Piratininga, em Maringá e que controlou todas as minhas contas durante a minha Governadoria. Com esse Parecer eu esperava que ele fosse aprovado e homologado pelo Conselho Distrital em Cambará, evitando-se futuros problemas e face à minha tolerância diante de tantas irregularidades verificadas até então. Mas os ventos eram contra e tal fato não aconteceu. Pelo contrário, após minha manifestação no parlatório perante 300 associados na Assembleia e também após discurso do tesoureiro Elias, o Parecer de Finanças de minha gestão foi lido na plenária e ignorado e foi nomeada uma nova Comissão de Finanças para apreciar minhas contas. Até aí tudo bem. Mas o grande problema que aí se revelou é que a Governadora Ana Sinhorini nomeou para presidente da nova Comissão de Finanças, o próprio ex-governador Nilton Kinoshita, pois o mesmo não tinha nenhuma condição ética e oral para essa excelsa função. Aliás, ele nem deveria estar mais como sócio do Lions Clube. A minha reação foi imediata e disse não concordar, pois Kinoshita foi autor dos crimes de difamação e injúria, ao enviar Cartas Anônimas contra minha pessoa e eu disse que iria à Justiça, pois eu já imaginava o que viria pela frente. Vejam bem: fui tolerante inúmeras vezes em relação a atos de traição e de violação ao Estatuto e Código de Ética e pelo bem do leonismo permiti a continuidade e desenvolvimento das ações leonísticas no Distrito, atendendo orientações de ex-governadores de minha confiança. Agora me vejo diante de uma situação conflitante, eis que Nilton Kinoshita não reunia as mínimas condições morais e éticas para participar de uma Comissão que iria apreciar minhas contas. Entendi isso como uma palhaçada e um abuso por parte da


Uma década de decadência ética e moral 109

então Governadora Ana Sinhorini. E ainda outro imbróglio: foi nomeada também como membro dessa famigerada Comissão de Finanças a sócia Deisy Liboni, do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, a mesma que renunciou ao cargo que a nomeei, ainda no início de minha gestão. Portanto, também essa sócia Deisy não tinha as mínimas condições de total isenção de imparcialidade. Aí eu me perguntei: qual a verdadeira intenção da Governadora Ana Sinhorini? De qualquer maneira ela passou a participar das ações maléficas contra mim, quando eu declarei a nulidade de sua eleição para Governadora. Entendo que estavam programadas e premeditadas, a partir dessa reunião de Cambará, várias ações nefastas e contrárias ao Código de Ética e Estatutos, tendo como único objetivo: desmoralizar meu nome perante o Leonismo. Apesar de todo o sucesso de minha gestão como Governador e de minha inteira dedicação ao crescimento do Leonismo nesse ano leonístico 2003/2004, tais ações nefastas vinham se concretizando. Minhas inovações causaram muita inveja a muita gente. Na ata de Cambará estão registradas todas as minhas contestações. Em meu discurso falei da inadimplência dos clubes, apesar de eu ter assinado uma portaria permitindo o pagamento da Taxa Distrital em 04 parcelas, beneficiando a todos. Asseverei que possibilitei uma nova etapa financeira da Governadoria, pois apresentei uma Moção que foi aprovada na Convenção de Maringá e foi aumentada a Taxa Distrital de R$ 45,00 para R$ 60,00 e que esta nova gestão teria mais tranquilidade para trabalhar, pois o orçamento Distrital passou de R$ 55.000,00 para R$ 80.000,00. Para comprovar a necessidade de se nomear uma Comissão de Finanças do próprio ano leonístico e que era uma lacuna em nossa associação, o ex-governador Paulo Pimpão Silva apresentou uma proposição de se criar uma Comissão de Finanças nesse ano 2004/2005. Isso comprova mais uma inovação de minha gestão, pois nomeei uma Comissão de Finanças de minha gestão. Com todos estes imbróglios encerrou-se a tal reunião Distrital de Cambará. Na sequência, sob a liderança (?) do ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, agora nomeado pela Governadora Ana Sinhorini para o cargo de Assessor Jurídico, a nova Comissão de Finanças elaborou um Parecer negativo das minhas contas e me convocaram para uma reunião em 27 de novembro de 2004, na cidade de Apucarana. Também convocaram os membros da Comissão de Finanças que nomeei em minha gestão além do tesoureiro Elias Gomes, além do responsável pelo escritório de contabilidade. Em reunião com estas lideranças, os mesmos se negaram a comparecer a essa reunião em Apucarana e eu disse a todos que eu também não iria, pois não concordava com a presença de Nilton Kinoshita na Comissão e com a presença do assessor jurídico Amalfi, os quais foram autores dos crimes de difamação e injúria quando enviaram as Cartas Anônimas. Deixei bem claro que eu estava enojado das condutas desses indivíduos e não suportaria estar na presença dos mesmos e muitos menos ser indagado por eles. Diante dessa situação, em 22 de novembro de 2004, uma semana antes da reunião em Apucarana, enviei uma carta à Governadora Ana Sinhorini, reafirmando o meu descontentamento pela irregular conduta e graves atos praticados pela mesma e


110 Uma década de decadência ética e moral

ressaltei no último item dessa carta o seguinte: “para que seja discutida a referida prestação de contas 2003/2004, entendo que há necessidade, também, da prestação de contas do LEO CLUBE, da gestão de Nilton Kinoshita como Governador e também da minha gestão 2003/2004, de responsabilidade do CLEO Antônio Carlos Cerchiari JR, os quais já foram notificados por este Past Governador, para apresentarem tais contas até 30 de novembro de 2004. Assim sendo, somente com a solução das questões “c”, “d” e “e” é que poderse-á falar em prestação de contas de minha gestão 2003/2004 e, após isso, estarei à disposição de qualquer sócio do LD-6 para prestar qualquer esclarecimentos sobre minha gestão”. Ou seja, eu dei um xeque-mate nas lideranças da Governadoria, pois eu estava denunciando mais um das irregularidades da gestão do Nilton Kinoshita e também a recusa do LEO Clube da minha gestão para prestar contas a mim, pois todos os associados pagam uma Taxa ao Leo Clube e, agora, diante da ousadia da Governadora Ana Sinhorini e demais membros do grupo de malfeitores do Distrito LD-6 em causar problemas à minha gestão, eu reivindiquei a lisura e entrega de prestação de contas do LEO CLUBE das gestões 2002/2003 3 2003/2004, cujos diretores se negavam a entregar a documentação devido, isso tudo sob orientação do sempre e perene assessor Jurídico Amalfi. Eu só não disse à Governadora Sinhorini, nessa carta, que eu jamais iria novamente estar na presença dessas lideranças negativas por estar enojado da atuação dos mesmos, precipuamente, dos ex-governadores Kinoshita e Amalfi. Posteriormente entrei com ações judiciais contra o Leo Clube para apresentar a prestação de contas, como se vê no capítulo 06, neste livro. A reunião marcada para o dia 28 de novembro em Apucarana foi realizada somente com a presença de um dos convocados, a do médico e ex-governador Miguel Alves Pereira, membro da Comissão de Finanças de minha gestão e conforme ata, da atual Comissão de Finanças somente compareceram Nilton Kinoshita, Paulo Zambon e Deisy Liboni. Não compareceram os demais membros Luis Yuki e Maurício Mazzei. Foi assinada a ata com a conclusão de que minhas contas “não devem ser aprovadas”. Quanto aos meus pedidos sobre a prestação de contas do Leo Clube, tal Comissão foi omissa. E ainda, denunciei ao Leonismo brasileiro, no ano seguinte, a fraude com que se revestiu esse Parecer dessa Comissão. Ou seja, o circo estava se desenhando cada vez mais. Eu somente iria dar explicações das minhas contas ao Conselho Deliberativo quando fosse marcada reunião específica para tal, como eu fiz em relação às contas de Kinoshita, em Maringá, no dia 5 de outubro de 2003, com a presença somente de membros que tinham direito a voto e demais ex-governadores. Eu esperava que acontecesse o mesmo comigo, zelando-se pela moralidade e ética leonísticas. Mas isso não aconteceu como se vê a seguir. A reunião de Guaíra: foi colocada na pauta do Conselho Distrital de Guaíra, a ser realizada em 05 de fevereiro de 2005, a apreciação e votação das minhas contas e fui convocado para lá estar e eu teria somente 3 minutos para falar, conforme carta


Uma década de decadência ética e moral 111

que recebi da Governadoria. Esse foi o primeiro erro da Governadora Ana Sinhorini, pois a minha prestação de contas teria que ser discutida com os membros do Conselho Deliberativo, ocasião em que eu iria derrubar tal Parecer, o qual estava eivado de mentiras e fraudes. Era um sábado e eu cheguei bem cedo a Guaíra, distante 270 km de Maringá. Para minha surpresa a então Governadora Ana Sinhorini não reuniu o Conselho Distrital para discutir a minha prestação de contas e colocou a votação diretamente em plenário, com a presença de banda musical, de pessoas estranhas ao leonismo, como representantes de autoridades civis locais, de militares, de associados do Lions Clube do Paraguai, etc. Uma festa de congraçamento do Lions Clube Internacional, sem dúvida. Porém, não poderia, jamais, ser colocada a minha prestação de contas para ser votada nesse plenário. Deveria haver, preliminarmente e em local isolado e somente com a presença dos membros do Conselho Deliberativo e ser elaborada uma ata específica, de tal decisão acerca das minhas contas, exatamente como eu fizera em Maringá, ao permitir aprovação das contas de Nilton Kinoshita e Amalfi, mesmo com irregularidades como a isenção ilegal da Taxa Distrital.. Nada disso foi feito, pois ali estavam presentes, os membros do grupo de malfeitores do Distrito LD-6, os quais, ávidos, esperavam a minha desmoralização pública. Se eu tive o cuidado de realizar uma reunião em Maringá, no dia 5 de outubro de 2003, para aprovação das contas do Kinoshita, por que esse carnaval sendo montado em Guaíra, acerca da votação das minhas contas? Novamente irresignado, fui ao microfone e denunciei as irregularidades. Inexorável em seus desígnios, a então Governadora Ana Sinhorini, providenciou a leitura do Parecer de Finanças que reprovou minhas contas, e na presença de todas as pessoa acima mencionadas, caracterizando-se, sem dúvida um circo armado para minha frustação, ou seja, a guerra judicial estava ali sendo anunciada. Posteriormente entrei com ação judicial que decretou a anulação desse Conselho Distrital de Guaíra, através de sentença do Juiz da 4. Vara Cível de Maringá. E quais foram os motivos para essa anulação? São os seguintes: A Governadora Ana Sinhorini, presidindo a assembleia, em Guaíra, conforme registrado em ata, praticou várias irregularidades na condução do momento crucial de votação das minhas contas. Em primeiro lugar, não realizou a plenária do Conselho Distrital em sala separada e em local isolada, como é de praxe, ocasião em que eu iria contestar o Parecer de Finanças. Em segundo lugar, colocou a votação em plenário, o que é um ato antiético. Em terceiro lugar, não identificou os membros que tinham direito a voto, os quais estavam distribuídos na plateia, não sendo identificados. Em quarto lugar não pediu o voto de cada um deles, especificamente, para que fossem identificados no meio do público de 300 pessoas. Em quinto lugar, ao colocar em votação o Parecer de Finanças, disse o seguinte: “os que forem a favor do Parecer fiquem como estão”. Um silêncio sepulcral se verificou no plenário de 300 pessoas e os membros com direito a voto ficaram em seus lugares, não se manifestando e não foram identificados. Uma palhaçada, sem dúvida alguma. Portanto, não se identificou nenhum membro do Conselho Deliberativo que estavam misturados na multidão, eles


112 Uma década de decadência ética e moral

não foram convidados a se levantar para que todos os presentes pudessem identificálos, uma vez que então Governadora ANA SINHORINI preferiu o silêncio, ao invés de uma verdadeira ação honesta e digna de um administrador: ser transparente e ético na condução de uma reunião administrativa de um Conselho Deliberativo, cuja reunião, na verdade, já estava eivada de irregularidades, como se demonstrou. Outra irregularidade foi constatada: a sócia e membro do Conselho Márcia Gouveia não compareceu e na lista de presenças constava o nome de Lisa Ganem. Mas é proibida a representação ou procuração para votação, conforme diz o art. 20, do Estatuto do Distrito LD-6: “A presença dos membros do Gabinete do Governador e do Conselho Distrital a que se refere o art. 17, é obrigatória, não sendo admitida representação por delegação de poderes”. Ou seja, mais uma irregularidade formal, nesse Conselho de Guaíra. Outra falha gritante da então Governadora Ana Sinhorini: não havia quórum legal para instalação desse Conselho Distrital e, portanto, minhas contas jamais poderiam ter sido votadas nessa reunião e ficou inequivocamente provado na ação judicial que não houve quórum legal (de 23 membro com direito a voto, o mínimo era 13 presenças e havia apenas 12 membros com direito a voto) para instalação do Conselho Distrital em Guaíra. Além, disso, mais outro erro da Governadora Ana Sinhorini: permitiu que um Parecer eivado de erros fosse levado ao plenário. Como autoridade máxima do Distrito, deveria ter o cuidado de observar o cumprimento dos requisitos legais e do Código de Ética, na condução de seus trabalhos nesse importante cargo. Nessa reunião de Guaíra participaram a maioria dos ex-governadores, os quais assistiram a tudo e ficaram em silêncio e permitiram a ação antiética e de contrariedade aos Estatutos. Porém, apenas uma voz se levantou, a do ex-governador Ademar Schiavone, o qual, no microfone, ressaltou o seguinte: “iniciou dizendo que não fazemos o que pregamos e falta-nos grandeza de espírito. ...e que apóia o CL Lauri, dizendo que o mesmo fez muito durante sua gestão, em termos de leonismo, de divulgação do Lions, etc...”. Assim, somente Ademar Schiavone se manifestou a meu favor em relação a todo o conjunto de irregularidades registradas em Guaíra. De outro lado, usaram da palavra para me criticarem os seguintes ex-governadores: Jorge Carlos Lehmann (que assacou ofensas à minha honra e posteriormente foi condenado na Justiça), Antônio João Delfino Amalfi (autor de diversas condutas criminosas contra minha pessoa), Paulo Sidney Zambon (que disse que não havia lisura em minha prestação de contas; como se verá na sequência, Zambon foi autor do parecer assinando inúmeras mentiras e irregularidades). O ex-governador Eurides Moura, do Lions Clube de Rolândia, alertou que quem vota são apenas os membros que tem direito a voto, pois ele viu aquela manobra dos conselheiros que estavam perdidos na plateia. O ex-governador Acyr Iwankiw também aproveitou a oportunidade e em alfinetou dizendo que eu fizesse os esclarecimentos necessários ..se é falta de respeito da nossa parte ou dele? Bastava somente vir aqui e explicar o que foi feito com o dinheiro do Distrito”. Dessa forma Acyr Iwankiw, aos 70 anos de idade teve a ousadia de fazer esse


Uma década de decadência ética e moral 113

pronunciamento, ele, que, como Secretário do Distrito LD-6, na gestão 2002/2003, do Kinoshita, praticou inúmeras irregularidades, dentre as quais recusou a entregar a documentação do Distrito para a minha gestão, participou do desvio de dinheiro ao isentarem ilegalmente vários clubes do pagamento da Taxa Distrital e no capítulo 17 eu analiso a mentira de Acyr Iwankiw, demonstrando que ele também não tinha condições mínimas de ética e moral para me questionar em plenário. A mentira do Ex-Governador Acyr Iwankiw: aproveito este item para manifestar meu repúdio a esse ex-governador que, aos 70 anos de idade e sempre líder e exercendo cargos em todos os anos na Governadoria, amigo inseparável de Amalfi e outros exgovernadores. Acyr, mancomunado com o grupo de malfeitores do Distrito LD-6, participou de inúmeras ações contra minha pessoa e a pior delas aconteceu em episódio de 01 de setembro de 2003. Mas isso está relatado no capítulo 17 desta obra. Voltemos ao assunto de Guaíra. Interessante destacar que eu tive ainda, a nobreza de notificar via Cartório de Registro de Títulos e Documentos a então Governadora Ana Sinhorini em data de 20 de junho de 2005, sobre as nulidades que ocorreram em Cambará e Guaíra, descrevendo a ela todos os aspectos nocivos que violaram o Estatuto do Distrito LD-6, acerca do quórum, da presença obrigatória dos membros votantes, impossibilitando-se a procuração ou representação. Disse a ela que em Guaíra comparecera apenas 10 membros do Conselho Deliberativo e que, de pleno direito, aquela reunião de Guaíra era totalmente nula e que não existiu juridicamente. Ao final, afirmei a ela que, diante dessa grave conduta dessa Governadora, eu estava notificando-a para que, no prazo de 72 horas se manifestasse a respeito dessas nulidades, sendo que, após tomarei as medidas cabíveis a essa situação. Qual foi a resposta da Governadora Ana Sinhorini? O silêncio, apenas o silêncio, o que me oportunizou a impetrar com a ação judicial. A ação judicial que decretou a nulidade do Conselho Distrital de Guaíra. Destaco que a vergonhosa reunião Distrital de Guaíra foi a gota d´agua e definitiva para que eu buscasse o Poder Judiciário do Paraná a fim de demonstrar a ação maléfica de tantos exgovernadores envolvidos numa nefasta e premeditada trama que objetivava a minha desmoralização leonística. Em 19 de junho de 2006 protocolei a Ação Declaratória de Nulidade de Ato Jurídico tendo como Réus a ex-governadora Ana Sinhorini e o Distrito LD-6, no fórum de Maringá e foi cair na 4. Vara Cível e teve o número 0622/2006. Relatei ao Juiz toda a minha carreira leonística e precipuamente o meu trabalho como Governador 2003/2004 e o respectivo sucesso de inovação, delineando todos os elogios que recebi de diferentes lideranças do Leonismo brasileiro; que meu excelente trabalho gerou inveja a muitas lideranças; as irregularidades todas da gestão do Nilton Kinoshita e de seu Assessor Amalfi; a questão da prestação de contas com a aprovação das mesmas pela Comissão de Finanças 2003/2004 e pela reprovação das contas pela gestão 2004/2005; as irregularidades do Conselho Distrital de Guaíra; as normas legais do estatuto do Distrito LD-6; as finalidades e o Código de Ética do Leonismo; comprovei


114 Uma década de decadência ética e moral

a falta de quórum para a instalação do Conselho de Guaíra; o art. 17 do estatuto que regula a instalação dos Conselhos e o quórum necessário para abertura dos trabalhos; os procedimentos para instalação dos Conselhos, sobretudo na identificação dos membros do Conselho Deliberativo e formas de votação; sobre a reunião de Guaíra, especificamente, demonstrei ao Juiz a nulidade do Conselho Distrital, por falta de quórum; a não verificação legal de presença dos membros que tinham direito a voto; o Conselho era composto de 23 membros e o mínimo para funcionar o Conselho era de 13 votos e no plenário só tinha 10 associados com direito a voto. Pedi a condenação das custas judiciais e dos honorários advocatícios. Em 25 de setembro de 2006, os Réus apresentaram sua defesa, tendo sempre como advogado o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi e sua filha também advogada Neida Amalfi. Os advogados Amalfi e Neida justificaram que Kinoshita não apresentou a prestação de contas mas entregou um relatório financeiro e perguntam ao Juiz, assim, em relação às minhas inquirições: “Como pode afirmar que não apresentou sua prestação de contas o Governador Nilton Kinoshita? Amalfi se esqueceu das normas do estatuto do Distrito LD-6 sobre a obrigatoriedade de entrega da documentação. Dessa maneira é que ele tentou justificar o injustificável, em várias situações nas vias judiciais. O advogado Amalfi confessa que não houve verificação do quórum, ao se manifestar assim, ao Juiz: “Entretanto, cabe esclarecer que realmente não constou da ata que tivesse sido feita a verificação do quórum, por certo por uma falha do secretário da Assembleia”. Considero que essa falha é incrivelmente inaceitável, pois é do quórum suficiente e legal que as assembleias podem ter suas aberturas de acordo com os Estatutos, seja no Lions ou em qualquer associação, condomínio, etc. Então, pergunto: por que não houve a verificação do quórum para instalar o Conselho? Simples: a turma de malfeitores do Leonismo estava ali, a todo custo, para enfiar pela goela abaixo, a não aprovação das minhas contas e contou com isso, com a participação da então Governadora Ana Sinhorini, que cometeu esse deslize e outros mais. Uma vergonha. Em 10 de novembro de 2006 apresentei minha Impugnação à defesa dos Réus e reiterei a confissão dos réus que reconheceram que não foi feita a verificação do quórum para a instalação do Conselho, sendo esta uma falha imperdoável e todos os Ex-Governadores ali presentes, como o Lehmann, Acyr Iwankiw, Zambon, etc. por que não se manifestaram sobre o devido cumprimento dos estatutos? Lógico que não iriam se manifestar pois eles estavam ali, para unicamente desmoralizarem o meu nome. O próprio secretário do Distrito, na época era o CL Reinaldo Martins, que tinha direito a voto e não compareceu na reunião. O ponto fundamental da questão do quórum em Guaíra, eu apresentei ao Juiz, em fls 122, do processo, quando comprovei que a então conselheira com direito a voto, Márcia Gouveia (do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia), não compareceu e que a lista de assinaturas dessa reunião o nome de Márcia foi riscado e colocado, manuscritamente, o nome da sua colega de clube, a sócia Lisa Ganem Novaes de Souza, que já fazia parte do grupo de oposição ao meu trabalho e que foi uma das sócias que renunciaram aos


Uma década de decadência ética e moral 115

cargos no início de minha gestão. Expliquei ao Juiz que o art. 20, do estatuto proíbe a representação ou delegação de poderes, ou seja, o conselheiro vota se estiver presente e, caso contrário, ninguém pode substituí-lo. Assim é que se comprovou uma conduta de má-fé, eis que Lisa Ganem estava ali para votar em lugar de Márcia Gouveia e ainda assinou a lista e presença, consistindo numa vergonhosa atitude desonesta. Tal irregularidade, insanável, possibilitou ao Juiz decretar a nulidade do Conselho Distrital de Guaíra. Em 12 de junho de 2007 ocorreu a audiência de conciliação, inexitosa. Em 24 de outubro aconteceu a audiência de instrução e julgamento no fórum de Maringá e, não havendo acordo, o processo teve prosseguimento. Em 02 de julho de 2009 apresentei minhas alegações finais e reiterei ao Juiz o depoimento do associado Amílcar Isherikiyama, do Lions Clube de Cambará, tomado em audiência na cidade de Santo Antônio da Platina, o qual confessa que foi o secretário do Conselho Distrital de Guaíra e que não fez a verificação do quórum, para instalação da reunião. A sentença do Juiz foi publicada em 05 de janeiro de 2010, decretando a nulidade do Conselho Distrital de Guaíra, por falta de quórum. O juiz fundamentou sua sentença, asseverando entre outras situações o fato de que havia lacuna na ata que não menciona se houve contagem de quórum e os Réus, responsáveis pela lavratura da ata tinham o ônus de suprir-lhe a falha com outras provas. Disse ainda o Juiz: “E o documento de fls 114 prova que um dos representantes deliberativos necessários para compor o quórum regulamentar, Márcia Helena Gouveia, não estava lá. Assinou em seu lugar outra pessoa Liza Ganem Novaes de Souza, como a rasura deixa bem claro e que o Conselho foi instalado sem a presença de quórum mínimo regulamentar e, portanto foi nulo. Parte dispositiva da sentença: “Isso posto, julgo procedente em parte o pedido inicial, e declaro nulo o Conselho Distrital realizado em Guaíra em 28 de fevereiro de 2005. Com esta decisão do Juiz e o que foi comprovado em toda a instrução, depoimento das testemunhas, análise de toda a documentação, etc., ficou provado que a Governadoria tentou utilizar, de forma condenável, um subterfúgio antiético, com a presença e assinatura da sócia Lisa Ganem, de forma fraudulenta, eis que a mesma jamais poderia se qualificar com direito a voto, haja vista que ela não pertencia ao Conselho Distrital. Portanto, fica a seguinte questão no ar: a sócia Lisa Ganem usou de má-fé e de conduta fraudulenta, ao assinar a lista de presenças dos membros do Conselho Deliberativo, com direito a voto? Ou também a própria Governadora ANA SINHORINI utilizou-se desse nefasto expediente, escuso e condenável, para garantir o voto de Lisa Ganem, de forma fraudulenta? De qualquer maneira desmascarei a todos e provei na Justiça, que o Distrito LD-6 estava na contramão da verdadeira finalidade do Lions Clube Internacional, cujos princípios estão calcados na honestidade e na lealdade. Tenho dito. Conclusão: com a decretação de nulidade do Conselho Distrital de Guaíra todos os ato jurídicos ali produzidos também foram nulos e para minha satisfação, demonstrei ao grupo de malfeitores do Distrito LD-6, à então Governadora Ana Sinhorini , aos ex-


116 Uma década de decadência ética e moral

governadores que usaram da palavra e que me criticaram e enfim, mostrei a todos os presentes e associados do Distrito LD-6, que a lisura de atos leonísticos devem sempre, ser o farol dos pensamentos e condutas daqueles que se permitem participar dessa nobre missão que é pertencer ao Lions Internacional e que, de forma indeclinável, os Estatutos e sobretudo o Código de Ética devem ser respeitados e cumpridos na sua integralidade. Os ex-governadores integrantes do grupo de oposição ao meu nome e trabalho, montados em suas vastas experiências, tiveram uma lição de cidadania, de respeito às normas leonísticas, de respeito à dignidade humana e sobretudo da preservação do binômio companheirismo e amizade, fundamentos do Leonismo. Eu lutei sozinho contra a cúpula do Distrito LD-6, por vários anos em que o Governador teve ao seu lado, esses Assessores nefastos, que tinham o objetivo de se auto proteger nos altos cargos do Distrito LD-6, sem que ninguém, absolutamente ninguém, tivesse a coragem que eu tive, de confrontá-los e fazer com que a ética e a moralidade imperassem no Distrito LD-6.


Uma década de decadência ética e moral 117

Capítulo 11

Nomeação de Comissão de Finanças – ilegitimidade – Parecer de Finanças fraudulento – responsabilidade dos ex-governadores Nilton Kinoshita e Paulo Sidney Zambon e da sócia Deisy Liboni (do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia. “Se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na terra um canalha a menos”(Millor Fernandes)

Parecer de Finanças mentiroso e fraudulento: conforme premeditaram durante todo o meu ano leonístico, como Governador 2003/2004, o grupo de malfeitores de exgovernadores veio com tudo contra mim, quando entreguei minha prestação de contas, em Cambará, no final de minha gestão. A então Governadora Ana Sinhorini nomeou para compor a Comissão de Finanças a fim de apreciar minha prestação de contas 05 membros. Embora eu já estivesse desconfiado de ações maléficas que viriam, minha primeira surpresa foi a nomeação do ex-governador Kinoshita para presidir a Comissão de Finanças e ao lado dele foram nomeados o ex-governador Paulo Sidnei Zambon, do Lions Clube de Bandeirantes e a sócia Deisy Liboni, do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia. A primeira questão é a seguinte: se o Kinoshita foi autor da conduta criminosa no envio de Cartas Anônimas tipificada como crimes de difamação e injúria (art. 139 e 140, do Código Penal), como pode a então Governadora Ana Sinhorini nomeá-lo para essa importante função? Qual seria a probabilidade de Kinoshita ter completa isenção de imparcialidade nessa situação? Nenhuma, acredito eu. Qual a intenção da Governadora Ana Sinorini, nesse momento? De vingar-se de minha conduta quando eu decretei a nulidade de sua eleição para Governadora, em abril de 2004, em Maringá? Kinoshita não tinha as mínimas condições morais e ética de participar dessa Comissão e muito menos de qualquer outra atividade que me relacionasse com ele. Portanto, a partir dessa nomeação passei a considerar a então Governadora Ana Sinhorini como


118 Uma década de decadência ética e moral

mancomunada e integrante do grupo de ex-governadores, como malfeitores do Leonismo. Não tinha como não pensar assim. Destarte, a Governadora Ana Sinhorini teve uma conduta antiética e imoral ao nomear Kinoshita para essa função. Estava presente nessa atitude de Ana Sinhorini, a verdadeira má-fé, em contrariedade a tudo o que o Lions Clube prega em todo o mundo: a honestidade, a lealdade e o respeito á dignidade humana. De outro lado repudio também a nomeação de Desy Liboni, pois a mesma, além de ter renunciado ao cargo de Assessora de meu Gabinete que lhe nomeei, teve também conduta antiética em evento festivo na cidade de Arapongas, ao advertila e às demais associadas do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, momento em que tive que paralisar meu discurso e convidá-las a se portarem como verdadeiras sócias do Leonismo. Portanto, A partir desses fatos, Deisy Liboni jamais teria qualquer possibilidade de participar de Comissão de Finanças que iria apreciar minha prestação de contas. Por último, fiquei surpreso com a conduta do ex-governador Zambon, o qual participou ativamente de minha gestão, nomeei-o Assessor da Governadoria, foi meu fiel companheiro e ainda lhe dei uma página inteira de minha primeira revista para escrever sobre a Fundação Lions Clube Internacional. Esperava dele ema conduta mais séria, mas sua atuação na referida Comissão foi desprezível, malévola e antiética, pois violaram os Estatutos e Código de Ética ao elaborarem o parecer. Fica aqui, portanto, preliminarmente, o meu total repúdio a esses integrantes da Comissão de Finanças, que tiveram a ousadia de mentir e inserir informações falsas no Parecer. Devo lembrar que também foram nomeados outros dois membros, Luiz Yuki e Maurício Mazzei, mas observei que eles não participaram das deliberações, pois não compareceram em Guaíra, quando aconteceu o circo na votação dessas contas. Passo agora a analisar os itens em que eles reprovaram minhas contas, no fatídico Parecer. Em primeiro lugar acusaram-me de não ter repassado verbas completas para o Conselho de Governadores do DMLD (Distrito Múltiplo LD) referente a 1.340 sócios. Explico melhor: cada associado paga uma parcela mensalmente ao Conselho de Governadores, que supervisiona os Lions no sul do Brasil, para manutenção e sustentabilidade desse órgão. Igualmente me acusaram de não repassar as taxas devidas ao Distrito LEO, também em relação a 1.340 associados, no segundo semestre. O Distrito Leo é uma organização que supervisiona os Leos Clubes (com participação de jovens de 16 a 28 anos de idade, objetivando aprimoramento da cidadania e liderança). A criação e o patrocínio de um Leo Clube é responsabilidade do próprio Lions Clube que o cria. Mesmo assim, cada associado do Distrito LD-6 colabora com uma pequena taxa mensal que deve ser repassada ao Distrito Leo. Muitos associados me questionaram dos motivos que o Distrito Leo deve receber essa verba, por que, na verdade, o responsável por um Leo Clube é o próprio Lions que o cria. Portanto, com essa afirmativa dos membros da Comissão de Finanças veio a primeira


Uma década de decadência ética e moral 119

mentira e falsidade inseridas no Parecer de Finanças, eis que em minha gestão jamais tive 1.340 sócios. Terminei minha gestão com 1.284 associados. Levaram essa mentira para ser apreciada em Guaíra, na presença de 300 associados e pessoas estranhas ao leonismo. Uma conduta desprezível e condenável dos membros da Comissão, em especial de Desy Liboni que fez a leitura ao público, ao Kinoshita e Zambon que estavam presentes naquela reunião. Como se não bastasse tal indecência, eu questionei esses membros da Comissão, nas denúncias que fiz ao Leonismo brasileiro, de onde tiraram esse número de 1.340 sócios? Se eu entreguei a minha prestação de contas no prazo devido, será que essa Comissão não teve a responsabilidade de verificar em todos os documentos e principalmente nos formulários mensais chamado de Informe, onde consta a demissão e admissão de associados? Por que será que ignoraram os documentos da minha prestação de contas? Em audiência na Justiça de Maringá, o exgovernador Zambon, inquirido pelo Juiz, não soube responder a tal questão. Em inúmeras vezes, em esclarecimentos públicos aos associados e nas ações judiciais, eu disse que não houve o total repasse da verba ao Conselho de Governadores e ao Leo Clube, por que ocorreu inadimplência dos Lions Clubes no valor aproximado de R$ 10.000,00 o desvio de dinheiro na isenção da taxa Distrital aos clubes, feitas por Kinoshita. O Parecer me acusa também de que não repassei verba de 10% do orçamento à minha sucessora. Foi repassado a ela uma primeira verba para participações em eventos de preparação à sua Governadoria. A outra verba complementar de que me acusaram para repassar não é obrigatória, pois não está no estatuto. Se tem dinheiro repassa-se e não tem não se repassa. E ademais, minha gestão diferenciou-se das demais gestões, haja vista que minhas ações de inovação me levaram a gastar todo o orçamento, que já era pequeno. Como afirmei linhas atrás, veio a inadimplência dos clubes, além do desvio de dinheiro da Governadoria, feito pelo meu antecessor Kinoshita, cuja verba não me foi repassada e assim por diante. Na minha gestão consegui uma proeza que foi a todo tempo criticada pelo grupo de malfeitores de ex-governadores e até tentaram impedir a votação: apresentei uma Moção para aumento da Taxa Distrital que foi aprovada em Maringá, na Convenção Distrital, possibilitando que a minha sucessora Ana Sinhorini tivesse um aumento expressivo na arrecadação das taxas e com isso, ela poderia fazer os repasses finais para o Leo Clube e Conselho de Governadores. Portanto, dei a solução para a questão dos repasses. Outro item de total reprovação e cometida pelos membros da Comissão de Finanças, Kinoshita, Zambon e Deisy, foi o fato de reprovarem o gasto de R$ 2.584,50, na criação novos Clubes, pois afirmaram, textualmente: “e que no entendimento da presente Comissão, não deveriam ser da alçada da Governadoria”. Ou seja, eu consegui uma proeza no Leonismo brasileiro, ao criar 03 Lions Clubes na minha gestão sendo que dois deles, O Lions Clube feminino Maringá Helen Keller e o Lions Clube Universitário Integração, na Universidade Estadual de Maringá eu mesmo fui o fundador e padrinho dos mesmos, sendo homenageado pela Diretoria Internacional. Na história do Lions Clube no Brasil, jamais um Governador fundou, pessoalmente, 02 Lions Clubes. Meus


120 Uma década de decadência ética e moral

opositores não queriam engolir esta façanha. Ganhei condecoração por fundar estes Lions e a Comissão acusou-me de que eu não poderia ter gasto esse valor com essa inédita conquista de repercussão no Lions nacional. Eu pergunto: qual o lugar no mundo em que o Lions atua e que um Governador criou, pessoalmente 02 Lions Clubes? Acredito que no Brasil não há essa inédita conduta e que no mundo possivelmente também não há. Como Governador, fui padrinho na admissão de 74 novos associados. Qual o Governador de Distrito, no mundo, que fez isso? Por isso minha gestão foi diferente e inovadora. Por isso a inveja saltou para um patamar incrível, no Distrito LD-6, por parte dos ex-governadores que me atacaram de forma traiçoeira, inúmeras vezes. Voltando ao Parecer: a Comissão errou duas vezes: a primeira de que me acusou erroneamente de gastar indevidamente na criação dos clubes, pois outros Governadores também colocaram previsão de gastos com a criação de clubes. E outra, mais grave, é que demonstraram não conhecer o Estatuto de Lions Clube Internacional. Vejam bem: dois ex-governadores da batuta de Kinoshita e Zambon (um baluarte no Leonismo), agiram de forma a desconhecer as regras internacionais. O Estatuto do Lions Clube autoriza a Governadoria a criar Lions Clubes. Será que Kinoshita e Zambon não sabiam dessa regra tão importante? Que vergonha! Com reconhecida experiência no leonismo, eles se deixaram levar pela ignorância dos Estatutos? Ou houve, efetivamente, má-fé? Trago a Kinoshita , a Zambon e a Deisy, e ao grupo de malfeitores de Ex-Governadores do Lions, para clarear as sua mentes, sobre o estatuto Internacional: Capítulo X (Extensão) – item A (critérios para novos clubes. Sub-item 4 (Apadrinhamento de clubes)...alínea “a”: every new club must be sponsored by a club, district cabinet or a district committee(..) um novo clube deve ser apadrinhado por um Gabinete Distrital ou um comitê Distrital, ou seja, Divisão, Região e mesmo outros comitês criados na Governadoria”. Com essa explanação, fica evidenciado que a própria Governadoria pode criar Lions Clubes. O Governador, constatando que nenhum Lions Clube tem o interesse e inciativa de criar Lions, ele mesmo pode ter essa iniciativa e providenciar pessoalmente, tal fundação. E vejam que, no conteúdo desta obra, eu deixo bem claro que estive na Universidade Estadual de Londrina (a segunda maior cidade do Paraná) em várias reuniões, para objetivar a criação de um Lions Universitário dentro dessa instituição. Até isso eu fiz, o que não foi continuado pelas Governadorias que me sucederam. Uma lástima, pois o Leonismo em Londrina é frágil contando com apenas 04 Lions Clubes, numa cidade de 500.000 habitantes e que poderia ter, no mínimo, 12 (doze) Lions Clubes. Eu pergunto, então: onde está a falha dessa situação? Voltando ao tema principal, não só a governadoria pode criar Lions, como também uma Divisão e uma região também podem. Não é somente um Lions Clube é que pode criar outro e ser apadrinhado pelo mesmo. Assim, cai por terra mais uma infundada acusação dos membros da Comissão de Finanças, que falsa e fraudulentamente colocaram estes itens reprovando minhas contas. Evidencia-se, assim, que a Comissão de Finanças tinha que achar possíveis erros de minha gestão para reprovar minhas contas. Porém, foram pelo caminho errado e me expuseram ao público, com essas mentiras. Isso tudo


Uma década de decadência ética e moral 121

eu iria explicar aos membros do Conselho Deliberativo, em Guaíra. Porém, não tive essa oportunidade, eis que a então Governadora Ana Sinhorini, contrariamente aos estatutos, não fez a reunião do Conselho em sala separada somente com os membros com direito a voto e levou diretamente o Parecer de Finanças em plenária, quando cometeu vários deslizes condenáveis, como já mencionei. Ao longo dos anos, requeri a vários Governadores providências para anular tal parecer. Porém, com o grupo de exgovernadores e malfeitores do leonismo, ocupando as principais funções de assessoria da Governadoria, jamais tive sucesso, estigmatizando o Distrito LD-6, com esse câncer, em seu seio. Os ex-governadores desse grupo de malfeitores sempre dominaram a Governadoria exercendo os cargos mais importantes e continuam assim, até os das atuais. Mas a esperança nunca morre e no futuro haverá renovação, para o bem do Leonismo. Por isso, no capítulo 19 eu analiso a impunidade na associação e no capítulo 21 dou sugestão à Diretoria Internacional, para mudar os estatutos, criando um Tribunal de Ética e Disciplina, além de uma lei tipo Ficha Limpa, para evitar que ex-governadores, que praticam condutas antiéticas continuem a exercer cargos nos Distritos. É preciso fazer uma limpeza ética no Leonismo, até os maiores cargos e níveis e de cima para baixo.


122 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 123

Capítulo 12

Autor do livro é acusado falsamente pelo ex-governador Antônio João Delfino Amalfi da prática do crime de Apropriação Indébita – art. 168 do Código Penal – e-mail enviado a lideranças de todo o país - crimes de calúnia e difamação. “O homem se tornará um ser melhor quando mostrardes a ele como ele é” (Anton Tchekho).

Conforme já relatei e denunciei, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi (Governador 1978/1979 e sempre associado do Lions Clube de Londrina Independência) , resolveu fazer de seus últimos anos de vida uma luta contra o meu trabalho no Lions Clube. E o que é pior, ele buscou inexorável e condenavelmente e sem sucesso, a minha exclusão do Leonismo. Ele praticou contra mim nada menos que 05 (cinco) condutas criminosas de calúnia, injúria e difamação, além de muitas irregularidades violando o Estatuto do Distrito LD-6 e Código de Ética. Literalmente, jogou merda no ventilador. Isso tudo, no período dos 70 aos 78 anos de idade, quando veio a falecer. Esse manto negro que abateu-se sobre o Distrito LD-6 foi consentido pelos demais ex-governadores da AGDL (Associação de Governadores do Distrito LD-6) e também outros Governadores em exercício que, mesmo com tantas barbaridades, ainda tiveram a coragem de nomeá-lo Assessor Jurídico, pois, como advogado que militava em Londrina há 40 anos e também com 40 anos de Leonismo, a sua carreira não poderia ser abalada pelas minhas objeções. Incompreensíveis tais condutas do exgovernador Amalfi, já que ele exerceu a excelsa função de membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/PR - Ordem dos Advogados do Paraná - de 1991 a 1993 e depois foi presidente da OAB-Subseção de Londrina, de 1993 a 1995 . Uma carreira jurídica brilhante e que teve um final dos mais tristes face à sua obstinada luta em me destruir, mancomunado com outros ex-governadores. A luta pelo poder estava presente, mais


124 Uma década de decadência ética e moral

do que nunca, no Distrito LD-6. Se ao longo dos tempos, esses ex-governadores e malfeitores do Leonismo subjugaram outros Governadores no término de mandatos, desta feita eles encontraram alguém que os enfrentaria, pois eu jamais me sujeitaria às vontades maléficas desse nefasto grupo de lideranças negativas. Ruim para o Distrito LD-6, péssimo para a Associação Internacional de Lions clubes. Neste episódio, no dia 6 de maio de 2006, o ex-governador Amalfi (também eterno Assessor Jurídico da Governadoria e Secretário e Tesoureiro da AGDL), enviou um e-mail me denunciando que eu praticara o crime de Apropriação Indébita, descrito no art. 168, do Código Penal brasileiro. Tal documento foi enviado a dezenas de lideranças do Leonismo do Brasil e exterior, além de informar tais fatos desabonadores a pessoas que não pertenciam ao Lions Clube. Portanto, uma indecência sem tamanho na vida do Leonismo mundial. O Ex-Governador Amalfi foi longe demais em sua irrefreável corrida para me desmoralizar. Ele já estava a 300 km por hora, numa corrida de Fórmula Um. Os fatos ocorreram em função de que eu informara aos associados que nas ações judiciais o LEO Clube tivera que apresentar os documentos da prestação de contas do Distrito LEO, das gestões 2002/2003 e 2003/2004. Nestas ações eu aceitei que eles entregassem tais documentos, transformando as ações de Prestação de Contas para Exibição de Documentos. Assim, com as referidas prestações de contas em mãos, as entreguei à então Governadora Pedrina Nobre Marques, gestão 2005/2006, para que uma Comissão de Finanças apreciasse as mesmas e desse uma satisfação aos associados, os mesmos que pagaram as taxas ao Leo Clube. Inconformado com tal situação, pois tivera que entregar tais documentos em Juízo, o Ex-Governador Amalfi expôs a todo o Leonismo brasileiro, uma face de revanchismo condenável e intrigante. Em minha gestão deparei-me com um orçamento incondizente com as inovações que consegui e face a dois fatores fundamentais, não pude repassar ao Leo Clube a segunda parcela destinada nesse ano 2003/2004. Esse dois motivos que me impediram fazer tal repasse foram: 1) inadimplência dos Lions Clubes em torno de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 2) o desvio de dinheiro que o próprio ex-governador Amalfi e o então Governador Kinoshita praticaram, pois isentaram ilegalmente vários Lions clubes no pagamento da Taxa Distrital e que essa verba deveria ter sido destinada à minha gestão. Devido à impossibilidade desse não repasse de verba ao Leo Clube, o ex-governador Amalfi, já um pouco desmoralizado no Distrito LD-6, comunicou nesse e-mail que eu praticara o crime de Apropriação Indébita. E ele, como advogado de larga experiência, simplesmente se condenou e deu um tiro no pé, ao afirmar tal mentira aos associados. Ele disse o seguinte: “Receber um valor para Repassar e não fazer é crime de apropriação indébita, conforme consta do art. 168, do Código Penal”. Diz o art. 168, do Código Penal, textualmente: “Apropriar-se de coisa alheia móvel de quem tem a posse ou a detenção”.


Uma década de decadência ética e moral 125

Aumento de Pena: Inciso III- em razão de ofício, emprego ou profissão. Ele fez questão de constar esse aumento de pena. Esse delito diz que o agente tem a devida culpabilidade, se ele “apropriar-se de coisa alheia móvel”, ou seja, se a pessoa apropria-se da coisa móvel , no caso, o dinheiro para ser repassado ao Leo Clube, e o coloca no seu bolso, na sua conta bancária particular ou se coloca o dinheiro na cueca ou na meia da perna, etc., como se viu nas denúncias do mensalão e Petrolão, configurados como a maior corrupção da humanidade, denunciados na Operação Lava Jato, no Brasil. Pois bem, com tal denúncia, o ex-governador Amalfi deveria provar que eu desviei tal verba (cerca de R$ 1.800,00) para minha conta particular ou a de qualquer integrante de meu gabinete. Essa ignomínia e infâmia, o ex-governador Amalfi jamais conseguiria provar, pois em toda a minha vida eu atuei de forma honesta, leal e transparente. E provo isso, pelo seguinte: fui presidente da Associação de Atletismo de Maringá, de janeiro de 2008 a janeiro de 2014, duas gestões de 03 anos cada. Nesse período recebi nada menos que cerca de R$ 1.400.00,00 (um milhão e quatrocentos mil reais) da Caixa Econômica Federal e Prefeitura Municipal de Maringá, para aplicação no crescimento do atletismo de Maringá. Pela primeira vez muitos atletas viajaram de avião para competições no Brasil e exterior. Todas as contas foram aprovadas pela Secretaria Municipal de Fazenda da Prefeitura Municipal de Maringá e pela Caixa Econômica Federal e ainda pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Vejam no site www.atletismodemaringa.com.br, no portal transparência. Como presidente dessa Associação de Atletismo, criei e realizei por vários anos a Corrida da Mulher, e a Meia Maratona de Maringá. Todas as contas foram aprovadas. Como Oficial da Polícia Militar do Paraná (sou Major PM RR), em 1975 fui um dos fundadores da Prova Rústica Tiradentes em homenagem a Tiradentes e organizei essa competição por 20 anos seguidos e administrei toda a verba. Jamais houve qualquer resquício de irregularidades e essa corrida é hoje uma das maiores do país. Como Governador do Distrito LD6, em outubro de 2004, idealizei e elaborei o projeto da Maratona de Revezamento Volta de Maringá , como uma das atividades do Distrito LD-6. A seguir autorizei que essa competição fosse realizada pelo Lions Clube Maringá Universitário Integração e Universidade Estadual de Maringá. Fui um dos fundadores dessa corrida e por cinco anos participei de sua coordenação. Jamais houve qualquer resquício de irregularidades financeiras. Fui Comandante do 4. Batalhão da Polícia Militar em Maringá, no ano de 1995 e administrei todas as verbas oriundas do Governo do Estado. Jamais houve qualquer acusação de irregularidades. Por tudo isso fiquei com pena do ex-governador Amalfi. Indubitavelmente, ele praticou o crime da calúnia, tipificado no art. 138, do Código penal, que diz: Art. 138: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Pena: detenção, de 06 (seis) meses a 02 (dois) dois anos e multa.


126 Uma década de decadência ética e moral

Aumento de pena: Parágrafo 1. : Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. Aí está a verdade dos fatos. Eu me pergunto o seguinte: como é que os demais exgovernadores se omitiram e deixaram Amalfi praticar tal conduta, já que ele agiu como secretário da AGDL e Assessor jurídico da Governadoria.? Ou seja, a situação já estava descontrolada, por que não é possível que um advogado com a carreira do exgovernador Amalfi pudesse chegar a esse aviltamento incomum, no Leonismo brasileiro. Portanto, o lado podre do Distrito LD-6 já tinha repercussão nacional, pois tais fatos foram divulgados nos quatro cantos do Brasil, aos Lions Clubes e principais lideranças. A indecência da conduta do ex-governador Amalfi chegou ao extremo nesse episódio, por que ele enviou o e-mail para dezenas de lideranças do Leonismo brasileiro, dentre os quais: Evangelina (assessora brasileira que atua na Diretoria Internacional, em Oak Brooks, em Illinois, nos Estados Unidos), ex-governadores de Distritos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Guilherme Reinhardt, Helso Weber, Nadir Klein, Décio Caron, Osmar Vailatti, Rosane Vailati, e Sérgio Pallandri); do Estado de Goiás, Zander Campos da Silva (Editor da Revista The Lion), a ex-diretores internacionais: Sebastião Braga (de Minas Gerais), Whady Lacerda (do estado do Mato grosso), Mauro Werneck, (do Rio de Janeiro), aos brasileiros ex-presidentes Internacionais da Associação Internacional de Lions clubes, João Fernando Sobral e Augustin Soliva, ambos do estado de São Paulo; ao escritório brasileiro do Lions Clube Internacional em São Paulo, a médicos oftalmologistas de Maringá e Assis-São Paulo. Ao Assessor da Fundação Lions Clube Internacional, Paulo Henrique Morales, de São Paulo. Portanto, o estrago foi grande. Para mostrar a esse grupo de ex-governadores e malfeitores do leonismo, de imediato, em 14 de julho de 2006, compareci à Delegacia de Polícia de Maringá, onde entreguei uma representação criminal contra o ex-governador Amalfi, requerendo a abertura de Inquérito Policial, a respeito dessa calúnia e difamação, ou seja, acusação falsa de que eu tivesse praticado o crime de apropriação indébita. Requeri também que fosse intimado o então Governador José Barboza Filho, do Lions Clube de Santo Antônio da Platina, com endereço no Sítio São José, bairro Água das Bicas, nessa cidade, para que o mesmo entregasse a minha prestação e contas originais, a fim de ser anexada no Inquérito. Essa denúncia criminal, posteriormente, foi enviada para a delegacia de Polícia de Londrina, para o interrogatório do ex-governador Amalfi. Não sei que destino teve esse Inquérito, pois, na verdade, eu não tinha mais interesse na condenação do ex-governador Amalfi, haja vista que o mesmo já estava desmoralizado perante o leonismo nacional, em virtude tantas condutas antiéticas e indecentes e também eu estava preocupado com o seu estado de saúde, que já era precário. Outras situações ainda surgiriam, como se vê nos capítulos seguintes, demonstrando o total descontrole administrativo, ético e de moralidade no Distrito LD-6, como se fosse uma terra de ninguém.


Uma década de decadência ética e moral 127

Capítulo 13

Moção assinada pelo ex-governador Antônio João Delfino Amalfi para Auditoria das contas do autor do livro – pedido de exclusão do autor do livro do Lions Internacional – acusação criminal falsa – crime de calúnia praticado por Amalfi e Lions Clube de Londrina Independência. “a dignidade humana não é apenas um direito fundamental inscrito na Constituição Federal, em virtude de uma Declaração Universal do século XX ou daquelas do século XVIII, mas por ser intrínseca a todos os homens” (Carlos Aurélio Mota de Souza – membro do Tribunal de Ética da OAB/São Paulo).

Atos de traição e de covardia passaram ser uma sequência de condutas antiéticas e criminosas pelo então ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, meu algoz no Leonismo, com a cumplicidade de outros ex-governadores. Cansei de levar punhaladas em minhas costas. A vida Leonística de Amalfi resumiu-se a um só objetivo: desmoralizar meu nome e dignidade perante o Leonismo e, para isso contou com a solidariedade e cumplicidade de outros também ex-governadores, os quais, de forma organizada e premeditadamente, buscaram minha destruição no Leonismo. Porém, não seria fácil chegar a esse desiderato. Preliminarmente, devo ressaltar que as condutas de Amalfi, desde a gestão 2002/2003, como Assessor Jurídico, passaram ao largo das mínimas considerações de valorização da ética e da moralidade leonísticas. Ferido em seu âmago pelos meus atos de fazê-lo a cumprir o Código de Ética e os estatutos, não aceitou tais intimidações e passou, efetivamente, a uma compostura incondizente com sua permanência no Leonismo e falo dos meus vários pedidos feito aos Governadores durante vários anos, para sua exoneração e expulsão do Lions Clube, no capítulo 19 – Impunidade - neste livro. Vamos agora, porém, analisar mais um episódio de uma agressividade que jamais vivi no Lions Clube e de autoria de Amalfi.


128 Uma década de decadência ética e moral

Desta feita, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, já Réu em ação criminal no fórum de Guaíra, em 7 de março de 2006, elaborou e assinou uma Moção apresentando-a em reunião no seu Lions Clube de Londrina Independência, objetivando a realização de uma Auditoria nas minhas contas e também a minha exclusão do leonismo. Tal Moção foi endereçada ao então presidente deste Lions, o CL Acir Luiz Siqueira, e, sendo aprovada deveria ser encaminhada à 36. Convenção do Distrito LD-6, em abril de 2006, na cidade de Maringá. Ele justificou o seu pedido dizendo que: minhas contas não foram aprovadas em Guaíra; que, face à não aprovação de minhas contas passei a tomar atitudes hostis contra ex-governadores, como o Nilton Kinoshita, o qual teve suas contas aprovadas com louvor em 5 de outubro de 2003, em Maringá (ele só não disse que ele mesmo e o Kinoshita desviaram dinheiro da Governadoria e que até então não tinham feito o devido ressarcimento e que enviaram Cartas Anônimas contra mim – que ironia, que paradoxo!); que entrei com ação contra os ex-governadores Jorge Carlos Lehmann, (afirmando que a ação estava ainda pendente – depois foi condenado); ação contra Kinoshita e Haouli, sobre as Cartas Anônimas (ainda sem decisão – mas houve a condenação futuramente); que entrei com ação criminal em Guaíra contra 05 exgovernadores e Deisy Liboni; que houve as ações contra o LEO CLUBE; que entrei com ação criminal contra Deisy Liboni e Maurício Mazzei, em Guaíra. Disse ainda que todas estas ações propostas por mim “não possuem qualquer fundamento verdadeiro e vem causando imenso mal estar não só entre os envolvidos, mas também em grande número de Companheiros Leões, onde se verifica que as atitudes tomadas por mim, demonstram com clareza cristalina não serem compatíveis com a filosofia de nosso movimento: O LEONISMO”. Colocou nessa Moção que, se aprovada, seja levada ao plenário da Convenção; que seja feita uma Auditoria nas minhas contas; que a Auditoria seja feita por profissionais qualificados e que não pertençam ao leonismo; que o custo da Auditoria seja suportado pela Governadoria do Distrito LD-6; que, se o resultado da Auditoria restar comprovado o não atendimento do estatuto e ou mau uso dos bens financeiros do Distrito, etc., o Governador da época do resultado da Auditoria deverá enviar uma carta ao Lions Clube a que pertenço, no sentido de minha exclusão imediata e que, se o Lions clube não atender o pedido de exclusão, deverá o Governador encaminhar correspondência diretamente a Lions Clube Internacional, relatando os fatos e solicitando a minha exclusão e do meu Tesoureiro Elias Gomes Soares, dos quadros do Leonismo brasileiro e internacional. No final da Moção, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi assina e coloca outra data como sendo: Londrina, 10 de abril de 2006. Lembro novamente o jargão popular: não aponte defeito alheio com dedo sujo! E os dedos de Amalfi, Kinoshita, etc., estavam muito, mas muito mesmo, sujos! Essa Moção foi aprovada pelo Lions Clube de Londrina Independência a que pertencia o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi. E, desde já declaro meu total repúdio ao então presidente Acir Luiz Siqueira e sua Diretoria, por que aceitou denúncias que não foram comprovadas nessa reunião de aprovação da Moção. Aliás, essa Moção continha


Uma década de decadência ética e moral 129

conteúdo da prática de crime de calúnia, praticado pelo ex-governador Antônio João Delfino Amalfi e a Diretoria deste Lions de Londrina, como se verá a seguir e que foram Réus em ações judiciais, também. Essa Moção foi apresentada na Convenção de Maringá, minha cidade de moradia, no dia 29 de abril de 2006 e era Governadora a londrinense Pedrina Nobre Marques, que presidiu a reunião, quando fui desmoralizado perante os Lions de Maringá com mais de 300 associados no interior da Câmara de Vereadores da cidade. Lembro que analiso essa Auditoria no capítulo 14 e que o objeto deste capítulo é unicamente a faceta dessa Moção e o crime de calúnia praticado contra mim, de novo. Foi Mestre de Cerimônias dessa Convenção o ex-governador Ademar Schiavone. Estavam presentes os seguintes ex-governadores: Ana Sinhorini, Paulo Pimpão Silva, José Barbosa Filho, Antônio Facci, Nilton Kinoshita, Valdenyr Bernardi, Maria Calil Zambon, Verdelírio Barbosa, Massaya Konno, Fábio Minghini de Campos, Walter José Progiante, Paulo Sidney Zambon, Miguel Alves Pereira, Jorge Carlos Lehmann, Raymundo do Prado Vermelho, Antônio João Delfino Amalfi, Acyr Iwankiw, Eurides Moura, Ephigênio José Carneiro. Destaco algumas curiosidades que ocorreram quando a Moção foi colocada em discussão. Integraram a Comissão de Moções os seguintes membros: Ex-Governadores Ana Sinhorini, que foi relatora, Miguel Alves Pereira e Paulo Sidney Zambon e ainda o sócio de Lions de Londrina Carlos Roberto de Souza. Constata-se de cara, a conduta antiética da ex-governadora Ana Sinhorini ser membro e principalmente a Relatora, pois eu decretei a nulidade de sua eleição, em abril de 2004, em Maringá. Portanto, ela não poderia ser membro dessa Comissão, face à questão ética. Mas, tudo estava premeditado e programado para a apreciação da moção. Igualmente, também não poderia ser membro da Comissão de Moções o ex-governador Paulo Sidney Zambon, pois era Réu em ação judicial. Assim sendo, o ex-governador Raymundo do Prado Vermelho, advogado, levantou a questão e providenciou que Zambon fosse excluído da comissão, o que foi feito, para que houvesse lisura no Parecer dessa Comissão. Igualmente, assim se conduziu Ana Sinhorini dizendo que era Ré em ação judicial e também foi excluída da Comissão. Finalmente, uma voz se levantou naquele ambiente de mau agouro, quando o Presidente do Lions Clube de Maringá e advogado, Paulo Russo, afirmou a todos os presentes “que o que estava acontecendo não era bom para o movimento leonístico e sugeriu a retirada da pauta a apreciação da Moção”. De imediato, o então assessor Jurídico do Distrito, ex-governador Antônio João Delfino Amalfi (sempre ele! de prontidão para me ferrar!), disse que somente o Lions Clube que propôs a Moção é que poderia retirá-la. O bastante respeitado e associado Carlos Humberto Leonardo, do Lions Maringá Centro, em audiência no 3. Juizado Especial Cível, no dia 14.09.2009, afirmou perante o Juiz, que o sócio Vicente de Paulo Russo, então presidente deste Lions e um dos diretores da Convenção em Maringá, lhe disse que a Moção deveria ser retirada da pauta, pois se tratava de assunto que iria violar o próprio movimento leonístico e que a comissão organizadora da Convenção solicitou que não constasse da pauta a discussão


130 Uma década de decadência ética e moral

da Moção, mas a mesma foi colocada em plenário, causando um clima de insatisfação para todos os presentes”. Sem dúvida foi uma grande desgaste a discussão dessa Moção, haja vista que meu trabalho em Maringá sempre foi valorizado principalmente como Governador e que, agora, com as lideranças de ex-governadores processados na Justiça que eram sócios dos Lions de Apucarana, Londrina, Rolândia, Cambé e Cambará – o eixo do mal do Leonismo - os mesmos estavam ali, na cidade de Maringá, na tentativa de agredir meu nome e imagem e isso ficou extremamente ruim para os associados dos Lions de Maringá. Na verdade foi um acinte dos membros dos Lions destas cidades virem a Maringá praticarem uma ação maléfica para o leonismo desta cidade. Interessante também lembrar que eu elaborei uma Moção dentro do Lions Maringá Cristal a que pertenço e que foi aprovada pelo clube e tinha o objetivo dos presidentes dos Lions Clubes tivessem direito a voto no Conselho Deliberativo, a fim de evitar o domínio da Governadoria sobre os membros com direito a voto. Seriam cerca de 50 novos votantes. A Comissão de Moções declarou que esta Moção do Lions Maringá Cristal e que foi elaborada por mim, estava inviabilizada por falta de formalização. De imediato, o CL Joel Cardoso, presidente do Lions Maringá Cristal questionou tal fato alegando que os documentos foram encaminhados ao Gabinete da Governadoria em tempo hábil. Em seguida foi decidido assim: “diante disso e à vista do extravio momentâneo dos citados documentos, que as Moções fossem recomendadas para apreciação na próxima Reunião Distrital”. Ou seja, na minha opinião, o grupo de exgovernadores que exerciam os cargos mais importantes do Distrito, não deixaram que tal Moção fosse discutida, pois iria causar uma radical mudança na forma de votação do Distrito. Até hoje essa Moção não foi apreciada. É coincidência ou não? No dia dessa memorável e inesquecível Convenção em Maringá, eu estava em viagem aos Estados Unidos, na cidade de Salt Lake City, Estado de Utah, terra dos mórmons e eu não sabia da existência dessa famigerada Moção. A Ata dessa Convenção mostrou-me depois todo o andamento traiçoeiro e covarde de todos aqueles que premeditadamente se utilizaram desse subterfúgio, para me desmoralizar perante o Distrito LD-6. No plenário, algumas vozes se ergueram contrariamente a tudo o que aconteceu e um dos presentes do Lions de Maringá, amigo meu, conseguiu me localizar em Salt Lake City e me disse que iriam me expulsar do Lions Clube. Fiquei preocupado, evidentemente, e na minha volta tomei conhecimento dos fatos e busquei o Poder Judiciário, com novas denúncias e ações judiciais. Na minha opinião, ao ver a Moção, considerei-a uma verdadeira palhaçada, eis que o seu conteúdo é de estarrecer, pois a sua fragilidade era de saltar aos olhos, pois o malfeitores do leonismo estavam me acusando e queriam minha expulsão do Lions como relato a seguir. Ali, na arena do conflito, estavam todos os ex-governadores que praticaram desvios de condutas e estavam sendo processados nas esferas cível e criminal, em várias cidades do Paraná. Ali estavam os ex-governadores que praticaram condutas antiéticas e de violação ao estatuto, como por exemplo, o próprio ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, autor de condutas


Uma década de decadência ética e moral 131

criminosas; o ex-governador Acyr Iwankiw, que o considerei e denunciei como sendo um mentiroso, conforme relato no capítulo 17. Ali estava o ex-governador Jorge Carlos Lehmann, autor de conduta difamatória e que foi condenado na Justiça. Ali estavam também os ex-governadores Nilton Kinoshita e Georges El Haouli, que também foram condenados na Justiça. E também o ex-governador Paulo Sidney Zambon, autor de mentiras no Parecer de Finanças das minhas contas. Afinal, que Distrito é esse? Repleto de indecências! Esse foi o espectro que reinou nessa Convenção, nesse dia de tristeza para o Leonismo brasileiro. O que dizer então dessa Moção? Os meus algozes estavam ali, na ávida e sedenta mobilização para minha exclusão do leonismo. Mas, vejam bem: todos eles foram posteriormente condenados na Justiça! Então, questiono: quem tem razão nessa peleja: eles ou eu? Se eles nunca foram Réus em ações judiciais, desta feita sofreram esse estigma que deve ter doído muito no coração de cada um deles. Derrubei e coloquei todos eles, no chão das sentenças judiciais do Poder Judiciário paranaense. Eu sempre dizia que “quem viver verá”. Foi o que aconteceu. Devo, porém, destacar mais um crime de calúnia praticado pelo ex-governador Antônio João Delfino Amalfi e Diretoria do Lions Clube de Londrina Independência, contido nessa Moção. O ex-governador Amalfi afirmou que eu entrei com processo criminal contra o membro da Comissão de Finanças, Maurício Mazzei, do Lions Clube de Cambé. Considero isso uma heresia, uma tolice, uma irresponsabilidade do então Assessor Jurídico do Distrito LD-6, o ex-governador Amalfi, que tergiversava suas condutas e fora da realidade. Jamais envolvi o sócio Maurício Mazzei em qualquer ação judicial, pois constatei que ele não participou ativamente da famigerada Comissão de Finanças e não esteve presente em Guaíra, na votação de minhas contas. Portanto, eu não sei aonde estava com a cabeça o Ex-Governador Antônio João Delfino Amalfi, que de forma infantil, me acusou falsamente dessa calúnia e que foi confirmada pelo então presidente do Lions de Londrina Acir Luiz Siqueira e seus diretores. Com veemência, aqui declaro meu total repúdio ao Acir Siqueira e seus diretores que aceitaram e aprovaram uma Moção com essa falsidade. O crime de calúnia está esculpido no art. 138, do Código Penal brasileiro. Queriam enfiar goela abaixo na Convenção de Maringá, o pedido de minha expulsão do leonismo, com mais essa mentira e falsidade. Onde estava, no céu do Distrito LD-6, a tão sonhada honestidade, símbolo maior do leonismo em todo o mundo? Evidentemente, com mais esta ação delitiva contra meu nome, denunciei esse fato a todas as autoridades leonísticas do Brasil. Nunca houve eco do Leonismo brasileiro, para se tentar diminuir a repercussão desses fatos, que me enojaram, a cada dia. Entrei com ação judicial contra o Lions Londrina Independência e contra o seu então presidente Acir Luiz Siqueira. O processo de número 2007.3079-4 tramitou no Juizado Especial Cível de Londrina. Em seu depoimento, Acir afirmou que “não sabia se o que constava na Moção é verdadeiro ou não”. Por isso analiso no capítulo19 o fenômeno da impunidade no Lions Clube Internacional e no capítulo 21 a necessidade de criação de um Tribunal de Ética e Disciplina para se fazer uma limpeza ética no Leonismo,


132 Uma década de decadência ética e moral

em todos os níveis. Acontece muitos fatos antiéticos em todo o país, nos Lions Clubes, que acarretam o abandono de muitos associados, face a essa impunidade e controle do poder, em todos os níveis. Até assédio moral acontece. A maioria prefere sair do Lions, ao invés de ajudar a fazer a limpeza ética. Porém, lutar contra o poder não é fácil. Entrei novamente com várias ações judiciais em relação a essa Moção e os Juízes entenderam, muitas vezes, que esse é um problema interno e que deve ser resolvido nas próprias hostes leonísticas, ou seja, interna corporis. Analiso a Auditoria realizada em minhas contas no capítulo 14 e a infrutífera tentativa de minha exclusão do leonismo, no capítulo 15.


Uma década de decadência ética e moral 133

Capítulo 14

Auditoria nas contas do autor do livro – Ineditismo no Distrito LD-6 – Não comprovação de desvios. “A questão ética representa um elemento indispensável para que um país possa se desenvolver tanto em termos de geração e distribuição de riquezas como da evolução do ser humano. A conduta ética do poder público, das empresas e do cidadão em geral consiste num elemento cuja solidez faz a diferença entre uma sociedade rica, saudável e culta e outra onde imperam a miséria, a violência e a injustiça social”. (Marcos Cintra C. de Albuquerque, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, livro “Ética na Vida das Empresas”, pág. 88)

Conforme a Moção analisada no capítulo anterior, apareceu novamente o rolo compressor do grupo de malfeitores de ex-governadores do Distrito LD-6, que veio com tudo pra cima de mim, objetivando a realização de uma auditoria nas minhas contas, embora tenham praticado uma série de podridão de condutas que redundaram em condenações judiciais. Tiveram, pois, tiveram a coragem e ousadia de me atacarem novamente, mesmo sabendo que seriam expostos e desmoralizados perante o Leonismo. Às vezes a teimosia leonística em demasia não faz bem à carreira leonística daqueles que são desmoralizados publicamente. Ao final a auditoria exarou um parecer no sentido de que alguns documentos de minhas contas teriam que ser regularizadas, o que era perfeitamente normal. Mas o essencial dessa investigação especializada de contabilidade é que foi comprovado que não houve nenhuma fraude em minhas contas, nenhum desvio de dinheiro, que nenhuma falsidade de documento, etc. pode ser constatada na minha prestação de contas. Todas as verbas administradas em minha gestão foram aplicadas, centavo por centavo, em prol do leonismo. Devo lembrar que minhas contas foram controladas prelo escritório Piratininga de Contabilidade, de Maringá. Ao contrário, assevero novamente, que as contas de meu antecessor da gestão 2002/2003, governador Nilton Kinoshita (do Lions Clube de Apucarana), o qual, em cumplicidade com seu assessor Jurídico ex-governador Antônio João Delfino


134 Uma década de decadência ética e moral

Amalfi (do Lions clube de Londrina Independência) e seu secretário Acyr Iwankiw (do Lions clube de Apucarana), os mesmos cometeram a prática condenável de desvio de dinheiro do Distrito, ao isentarem ilegalmente o pagamento da Taxa Distrital de vários clubes. Hoje esse valor soma cerca de R$ 12.000,00 (doze mil reais) que deve ser ressarcido pelos mesmos, aos cofres da Governadoria. Isto posto, constata-se que os mesmos que lutaram pela auditoria em minhas contas são esses que desviaram dinheiro já mencionado e nenhuma auditoria do mundo iria aprovar suas contas. Ao final da auditoria não fui notificado para regularizar as pendências e, de forma inconstitucional e criminosa, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, Assessor Jurídico e o então Governador José Barbosa Filho, gestão 2006/2007, enviaram carta ao Lions Maringá Cristal para que fosse providenciada a minha exclusão do Leonismo. Tal pedido foi rejeitado de forma imediata, como relato no próximo capítulo 15 e que valeu a eles figurarem como réus em outra ação judicial, pela violação das normas constitucionais de ampla defesa e contraditório. A Governadoria contratou a empresa Finance Perícia, Auditoria e Consultoria Contábil, tendo como titular Leônidas Gil Benetelo de Almeida, com sede em Londrina, na rua Ibiporã, 379, Jardim Dom Bosco. O relatório final foi assinado pelos peritos Leônidas Gil Benetelo de Almeida , auditor e contador, CRC n. 040.042/O-0-PR e Aurélio Antonelli Fumagali, auditor, contador, CRC n. 042.886/O-8-PR, em 14 de novembro de 2006. Durante a realização dessa auditoria colaborei com os auditores enviando-lhes todas as informações e documentos complementares solicitados. No final da auditoria, fiz um esclarecimento aos associados do Distrito LD-6, tecendo algumas considerações a respeito de contrariedades, falhas, omissões e obscuridades por parte dos auditores, que contrariaram normas técnicas de auditoria e perícia e ainda contestei publicamente tal Parecer e que fiz uma notificação extrajudicial aos auditores para explicarem uma série de tópicos que considerei irregulares, sendo uma delas a denúncia que fiz aos mesmos sobre as irregularidades da isenção da Taxa Distrital da gestão anterior e que tal verba desviada não foi encaminhada à minha gestão. Não obtive resposta dos auditores. Reiterei várias vezes sobre as Normas Técnicas NBCT11, DE N. 11.4.9, sobre o exercício anterior, da gestão do Nilton Kinoshita e os auditores nada fizeram. Omitiram, inclusive, e repito, o desvio de dinheiro da gestão anterior, já que era verba destinada ao meu mandato, os auditores simplesmente ignoraram tal situação. Interessante destacar também que no início das investigações, em 31 de julho de 2006, enviei carta aos auditores e solicitei uma cópia do contrato de auditoria e informaram não ser possível, em carta de 08 de agosto de 2006, face ao Código de Ética do Contabilista. Desse modo, sendo infrutífera a minha intenção em obter a cópia do contrato junto aos auditores, em 12 de agosto enviei também uma carta ao então Govenador José Barbosa Filho, solicitando que me entregasse uma cópia do contrato haja vista que os auditores não puderam fazê-lo. Barbosa me deu uma resposta por e-mail, dizendo, 17


Uma década de decadência ética e moral 135

dias depois: “CL Lauri . Em atenção ao seu pedido de 12 de agosto, informo que referido documento encontra-se na Assessoria Jurídica do Distrito, para onde encaminhei sua solicitação. Sem mais para o momento, reforçando a ideia de que com “Força, Trabalho e Responsabilidade Social”, estaremos contribuindo para um maior crescimento de nossa Associação”. Leonisticamente, CL José Barbosa Filho – Governador do Distrito LD-6 – AL 2006/2007. Diante dessa resposta do Governador, o qual fincava a sua gestão em “Força, Trabalho e Responsabilidade Social” novamente lhe enviei um e-mail datado de 4 de setembro de 2006 e reiterei o pedido e não tive resposta . Constatando essa irresponsabilidade desse Governador, que contrariou os ditames da Constituição Federal e Código de Ética do Lions Clube, haja vista que seu Assessor Jurídico era o Amalfi e que não me enviaram tal contrato, não tive nenhuma dúvida e entrei com mais uma ação judicial “Cautelar de Exibição de Documento”, no fórum de Santo Antônio da Platina. Eles foram condenados e tiveram que entregar tal contrato no cartório da Vara Cível dessa cidade e pagar custas e honorários advocatícios. Nada mal para meus objetivos, contra o trator da discórdia leonística no Distrito LD-6. A auditoria revelou uma série de falhas administrativas e financeiras da própria estrutura do Distrito LD-6, demonstrando que o sistema adotado era arcaico. Veja-se o que os auditores afirmaram em relação ao “Sistema de Informática”; “A associação não possui um sistema de informática administrativo, contábil e financeiro que possibilite acompanhamento das entradas e saídas do caixa e saldo de bancos”. E que, “a ausência de sistema de controle administrativo, contábil e financeiro, como ocorre no presente caso, pode propiciar dificuldades na administração financeira da associação”. Portanto, herdei um Distrito arcaico para administrá-lo, com todas estas deficiências. Consequentemente, todas as gestões de Governadores anteriores também praticaram tais irregularidades, face a essa precária estrutura. Tais falhas e deficiências foram assim definidas pelos auditores: 1) as prestações de contas devem ser trimestrais e não semestrais; 2) implantação de Conselhos Fiscais, com emissão de Parecer de Comissão de Finanças; 3) as receitas deverão compreender exclusivamente o período do mandato; 4) os relatórios de receitas devem ser apresentados através de demonstrativos por clube individualmente onde constem nome dos sócios, valores recebidos e devidos de cada um para controle completo da receita efetivamente recebida e dos inadimplentes; 5) a entidade deve manter arquivo organizado dos contratos e demais documentos;6) que os valores dos repasses obrigatórios fossem segregados em conta corrente ou poupança independentes; 7) para usar um veículo, pedir autorização em ata ou convenção; 8) a contabilização das receitas e despesas, diariamente assinadas pelo contador técnico ou responsável, Governador e tesoureiro; 9) recomenda-se a criação de um plano de contas analítico; 10) regime de caixa; 11) implantação do sistema de informática integrado, devendo ter os módulos de caixa, bancos, contas a pagar, taxas distritais recebidas


136 Uma década de decadência ética e moral

e a receber; 12) implantação de sistema de contabilidade gerencial; 13) os repasses obrigatórios devem separados da conta corrente; 14) o Distrito não tem veículo no seu patrimônio, etc. Com estas recomendações, o trabalho da auditoria foi benéfico para o Distrito LD-6, pois os auditores descobriram nada menos que 26 (vinte e seis) irregularidades dentro do sistema estrutural administrativo e financeiro da associação. Portanto, todas as administrações de Governadorias da história do Distrito LD-6 foram irregulares e suas contas não seriam aprovadas por qualquer auditoria especializada. Agora eu pergunto: os Governadores de 2007 em diante cumpriram tais recomendações? Duvido muito. Há muito tempo o Leonismo é administrado de forma amadora e não profissional. Se fosse implantado um sistema profissional, seu desenvolvimento seria bem diferente. Tanto é que o secretário geral do Distrito e também executivo são associados voluntários que se propõem a dispor parte de seu tempo a favor do Distrito. Outro fator que mostra a fragilidade de nosso Distrito é que não possui carro para o governador usar e nem verba para locação de um veículo Van, em toda a gestão. Conforme os auditores para se usar um carro deve ter autorização do Conselho, pois em caso de sinistro, como ficam as responsabilidades civis? Não me lembro de nenhum Governador ter essa autorização legal e assim todos nós – Governadores - corremos o risco de perder nosso patrimônio particular, nas causas leonísticas. Por exemplo, em uma viagem para visita oficial obrigatória a um Lions Clube ou uma Convenção em Santa Catarina ou Rio grande do Sul e em caso de um sinistro, quem pagaria as despesas médicas, hospitalares e indenização a carros de terceiros, etc.: o próprio Governador? O Distrito? O Lions Clube Internacional? Os associados se permitiriam participar dessa colaboração financeira? quem paga o IPVA e Licenciamento do carro usado pelo Governador? Durma-se com um barulho destes. Por isso foi positiva a instalação de uma auditoria em minhas contas porque que revelou falhas gritantes no sistema do Distrito LD-6. Como o trabalho de auditoria foi extenso e complexo e eu não recebi tal resultado, em 4 de maio de 2007 enviei novo ofício ao Governador Jose Barbosa Filho, notificando-o a me entregar, no prazo de 05 (cinco) dias, o rol de todos as questões que necessitavam de esclarecimentos a serem feitas, a fim de se mostrar a todos os associados que a transparência, a ética e a moral sejam os princípios norteadores do movimento leonístico. Qual foi a resposta do governador? Nenhuma, haja vista que seu assessor jurídico e meu principal algoz no Leonismo era o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, o qual, atuando com permanente objeção aos meus interesses no Distrito, barrava todos os meus pedidos e o Governador sempre o atendia....Ao invés de atuarem com a ética natural de verdadeiros líderes do movimento e cumpridores das leis, eles decidiram enviar o pedido de minha exclusão ao Lions Maringá Cristal, que eu pertenço. Achei isso uma piada jurídica, pois eu deveria, sob o manto e proteção das normas e princípios constitucionais da ampla defesa e direito ao contraditório ter acesso a todos os


Uma década de decadência ética e moral 137

itens do parecer final da auditoria e eu poderia entrar com ação judicial visando anular tal auditoria, pois constatei inúmeras falhas em sua condução. Como líderes de uma associação da envergadura de um Distrito de Lions Clubes, entendi que os Governador José Barbosa Filho e o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, agiram de máfé e esqueceram da existência do Estatuto do Lions Clube, do Código de Ética e da própria Constituição Federal, ao se omitirem quanto ao meu sagrado direito de defesa. Lamentável, mais uma vez essas condutas antiéticas e comezinhas destes dois líderes do Distrito LD-6. Diz a Constituição Federal: Art. 5.:todos são iguais perante a lei.. Inciso LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. No capítulo 15, a seguir, analiso mais detidamente esse pedido de minha exclusão do leonismo. Devo ressaltar ainda que foi motivo da instalação da auditoria, a denúncia de que eu teria desviado verba do Distrito. Tal acusação veio à tona e se tornou pública a todo o leonismo brasileiro, pelo ex-governador Amalfi e teve a conivência da maioria dos exgovernadores, que nada fizeram, como relato no capítulo 12. Assim, um dos objetivos das minhas ações judiciais era extrair do depoimento dos acusados e testemunhas que esse fato não era verdadeiro. E consegui tais confissões. A primeira delas deu-se na confissão do próprio ex-governador Amalfi, em audiência na OAB, de Maringá, em 26.09.2007. Eu fui o Representante (que fiz a denúncia) e ele o Representado (denunciado). Quando interrogado, ele confirmou pessoalmente: “que não tem conhecimento que o representante tenha se apropriado de algum valor do Lions, para fins particulares”. Nessa ocasião, portanto, eu o desmascarei, haja vista que Amalfi tinha me acusado de que eu tinha me apropriado de verba do Distrito praticando o crime de Apropriação Indébita, do art. 168, do Código Penal. Na Justiça ou na OAB, as falsidades são desmascaradas, como acabei de relatar. A segunda oportunidade de extrair confissão da minha inocência aconteceu no depoimento da sócia Deisy Liboni, do Lions Clube de Apucarana Vitória Régia, em 14 de maio de 2008, em audiência presidida pela D. Juíza Márcia Pugliese Yokomizo, às 13hs30, no fórum de Apucarana. Deisy era membro da Comissão de Finanças que apreciou minha prestação de contas. Em seu depoimento, Deisy confirmou a minha inocência, dizendo textualmente a seguinte frase: “A Comissão de Finanças não constatou nenhum desvio ou falta de dinheiro, na gestão do autor”. No Poder Judiciário, a verdade deve aparecer, pois é tipificado pelo Código Penal, como crime, o falso testemunho. Os ex-governadores falaram e fizeram o que queriam, de forma desenfreada, no âmbito administrativo do Distrito LD-6 e no Judiciário, as suas línguas antiéticas foram cortadas, com as respectivas condenações e a busca da verdade.


138 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 139

Capítulo 15

Pedido de exclusão do autor do livro, do Leonismo – Insucesso – responsabilidade dos ex-governadores Antônio João Delfino Amalfi e José Barbosa Filho – infração à Constituição Federal – omissão da ampla defesa e contraditório. (Código de Ética e Disciplina da OAB – art.2. – “o advogado, indispensável à administração da justiça, é defensor do estado democrático de Direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce”).

Relembrando, a Moção assinada pelo meu algoz ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, tinha dois objetivos: primeiro, a realização de uma auditoria em minhas contas. Um fato jamais visto na história do Distrito LD-6. E segundo, em consequência da auditoria que eu fosse excluído do Leonismo, junto com meu Tesoureiro Elias Gomes Soares. De lembrar ainda que se existisse um único ex-governador do Distrito LD-6 que tentasse desmoralizar meu nome e imagem, esse cara não seria, indubitavelmente, o próprio ex-governador e Assessor Jurídico da Governadoria, Antônio João Delfino Amalfi, pois o mesmo não detinha em seu âmago e consciência humanitária qualquer resquício de moralidade e plenitude de ética leonística, eis que o mesmo praticou dezenas de irregularidades jogando na lata do lixo, o Código de Ética do Leonismo, conforme se vê no bojo desta obra. O advogado Amalfi praticou contra minha pessoa, além de liderar uma campanha difamatória e discriminatória, nada menos que 05 (cinco) outras condutas criminosas, quais sejam: 1) participou do envio de Cartas Anônimas (conduta de difamação); 2) acusação falsa na própria Moção, de que eu teria processado criminalmente o sócio Maurício Mazzei (conduta difamatória e caluniosa); 3) acusou-me falsamente de que eu teria praticado o crime de apropriação indébita (conduta caluniosa, difamatória e


140 Uma década de decadência ética e moral

injuriosa); 4) responsável direto pela ilegal exclusão do meu nome do projeto Retinopatia Diabética (conduta difamatória); 5) tentativa de minha exclusão do Leonismo (conduta difamatória e inconstitucional). Com tal cabedal, de podridão de condutas, esse indivíduo tornou sua vida uma obsessividade: eliminar-me dos quadros do leonismo. Não conseguiu. Pelo contrário. Foi desmoralizado perante os associados do Distrito LD-6 e nacional. Com esse desvario de condutas eu sempre me perguntei: como é que os demais ex-governadores permitiram que se chegasse a esse ponto de vergonha no leonismo do sul do Brasil? Isto posto, passo à análise do ofício enviado ao Lions Clube Maringá Cristal, que eu pertencia e ainda pertenço, em que o então Governador José Barbosa Filho e seu assessor Jurídico Amalfi, reivindicaram à Diretoria desse Lions Clube para que providenciassem a minha exclusão do Leonismo. Em certo dia, a Diretoria do Lions Maringá Cristal me convocou para análise desse pedido de exclusão. Feitas as devidos esclarecimentos leonísticos e jurídicos, essa diretoria rejeitou, por completo, tal intenção da Governadoria 2006/2007, por que não havia justa causa para exclusão e ainda pelos seguintes motivos: 1) não havia nenhuma prova de prática de crime por mim praticado, seja desvio de dinheiro, falsidade documental, etc. Nada, absolutamente nenhuma conduta de improbidade; 2) o Governador José Barbosa Filho e seu Assessor Jurídico Amalfi não cumpriram o art. 5, inciso LV da Constituição Federal, pois após a conclusão da auditoria, eu não tive acesso ao parecer final, para esclarecimentos devidos e nem mesmo a qualquer documento e, o que é mais importante, não me facultaram direito de defesa, haja vista o mandamento fundamental da ampla defesa e contraditório, como se vê abaixo: Diz a Constituição Federal: Art. 5.:todos são iguais perante a lei.. Inciso LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Além disso, o art. 57, do Código Civil determina que: “A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto”. Portanto, o então Governador José Barbosa Filho, gestão 2006/2007 e seu assessor Jurídico Amalfi, ou esqueceram da existência destas normas fundamentais ou usaram de má-fé, na tentativa de me excluir do leonismo. De qualquer maneira suas condutas ilícitas são condenáveis, sob todos os aspectos. Portanto, não só o ex- governador Amalfi, como também o próprio Governador José Barbosa Filho, queriam enfiar pela goela abaixo e de forma inconstitucional, a minha


Uma década de decadência ética e moral 141

exclusão do leonismo. Eu relatei aos diretores do Lions Clube Maringá Cristal, essa fragilidade de capacidade e interpretação jurídica de Amalfi e do Governador Barbosa, pois os mesmo deram exemplos negativos de como não se deve comportar como líderes de um movimento da envergadura que é o Lions Clube Internacional. Mais uma vez foram jogadas na lata do lixo, as normas constitucionais e do Código de Ética do Leonismo, e desta feita, de autoria do então Governador José Barbosa Filho e do assessor jurídico Amalfi. Lideranças estas que deveriam zelar pela segurança jurídica nos atos da Governadoria, mas agiram de forma contrária, demonstrando em suas condutas, um desvio condenável e histórico nos anais do Distrito LD-6. Importante realçar neste momento, que a Moção aprovada em Convenção, asseverava o seguinte, em sua parte final: “Não atendido pelo clube o pedido de exclusão, deverá o Governador encaminhar correspondência diretamente a Lions Clube Internacional, relatando os fatos e solicitando exclusão do PDG e seu tesoureiro, se for o caso, dos quadros do leonismo brasileiro e internacional”. Que pérola jurídica esta parte final da Moção! Uma mensagem de degradação leonística se afigurou nessa possibilidade da minha exclusão ser feita pela Diretoria Internacional, em Oak Brooks, nos Estados Unidos. Eu, como advogado, atuando em centenas de ações judicias cíveis e criminais nas comarcas e no Tribunal de Justiça do Paraná, Justiça Federal, etc., teria receio dessa esdrúxula mensagem? Evidentemente que não. E eu sabia de antemão, que nenhum Governador do Distrito LD-6 teria coragem e a ousadia de assinar um documento e enviar à Diretoria Internacional, haja vista, que o tiro sairia pela culatra, ou seja, com todo o lodaçal criado pelos ex-governadores em dezenas de condutas antiéticas, é de se perquirir quem deveria ser excluído do Leonismo. Em primeiro lugar, não se constatou contra mim qualquer ato de improbidade ou desvio de conduta que possibilitasse enviar tal pedido a Lions Internacional. Em segundo lugar, os líderes do Distrito LD-6 contrariaram a Constituição Federal ao não me oportunizar a ampla defesa e contraditório. Por isso, o pedido de minha exclusão não foi enviado a Lions Internacional, por não ter nenhuma consistência leonística e jurídica. Pois, se assim fizessem, toda a podridão de condutas viria à tona no seio da Diretoria Internacional, e com todas as provas de indecências praticadas, seriam acusados por mim todos aqueles que violaram o Código de Ética, os Estatutos, o Código Penal, etc. Cada qual, dentro de sua respectiva ação ilícita e denunciados à Diretoria Internacional, haveria possibilidade concreta de serem excluídos do Leonismo os ex-governadores Nilton Tadanori Kinoshita, Antônio João Delfino Amalfi, Acyr Iwankiw, Jorge Carlos Lehmann, Ana Sinhorini, José Barbosa Filho, Sidney Paulo Zambon e Georges El Haouli. Moldura inolvidável na história do Lions Clube Internacional, sem dúvida. Dessa forma foi dissolvido e enterrado o processo de tentativa de minha exclusão do Leonismo. A minha imagem no Lions Clube continuou a ser como sempre fora: honesta, leal, proba e cumpridora da essencialidade do Código de Ética, dos estatutos e da ordem jurídica, pressupostos fundamentais para permanência do sócio que admira esta associação e que trabalha voluntariamente, no serviço desinteressado.


142 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 143

Capítulo 16

Ações Cautelares de Exibição de Documentos nos fóruns de Maringá e Santo Antônio da Platina – responsabilidade dos ex-governadores Antônio João Delfino Amalfi e José Barbosa Filho (do Lions de Santo Antônio da Platina) – sentenças judiciais condenam a Governadoria. “Podemos ser leais a nossos ideais básicos ao mesmo tempo em que usamos a criatividade para nos adaptar a um mundo de transição...a única coisa que nos impede de crescer somos nós mesmos” (Mahendra Amarasuryia, da Índia, presidente internacional ano 2008/2009).

Demonstrando inequívocas condutas de tentativas de meu isolamento e ao mesmo tempo praticando atitudes contrárias à Constituição Federal e agredindo os ditames do Código de Ética, os ex-governadores, integrantes de um grupo organizado e malfeitores do Leonismo, não se deteve em negarem meus pedidos para que a Governadoria me entregasse documentos essenciais na minha vida leonística, cujo grupo estava sendo liderado pelo ex-governador e eterno assessor jurídico Amalfi, uma sombra em minha vida no Lions Clube Internacional. A nobre missão de Amalfi deveria ser a de zelar pela boa condução jurídica do Distrito LD-6, mas a sua sede de represália e vingança, fez colocar novamente no banco dos réus a própria Governadoria, culminando, neste capítulo, como relato, em mais duas condenações judiciais, contribuindo para que a imagem e nome do Lions Internacional, fossem projetados em situação constrangedora e de total descontrole administrativo, perante Juízes, Promotores de Justiça e os funcionários do Poder Judiciário, além do leonismo brasileiro, pois tais ações foram divulgadas ao Leonismo, de todo o país. Em ação judicial, de nº 297/2007, que tramitou na Vara Cível de Santo Antônio da Platina, e que foi impetrada por mim, a Governadoria do Distrito LD-6 foi novamente condenada na “Ação Cautelar de Exibição de Documento” e foi obrigada a apresentar


144 Uma década de decadência ética e moral

em juízo a ata de Cornélio Procópio, de fevereiro de 2007, quando se realizou ali, o Conselho Distrital. Esse fato se refere ao desvio de verba da Governadoria na gestão do então Governador Nilton Kinoshita e que teve como Assessor Especial o PDG Antônio João Delfino Amalfi, gestão 2002/2003, ocasião em que vários Lions Clubes tiveram isenção do pagamento da Taxa Distrital, contrariando frontalmente o Estatuto do LD-6, já que é obrigação dos clubes fazerem esse pagamento e ainda: tal decisão do então Governador e seu Gabinete não teve autorização do Conselho Distrital para realizar tal isenção: e ainda: com essa isenção tal numerário (cerca de R$ 2.500,00 na época), não foi repassado à minha gestão, como Governador da gestão 2003/2004. Diante disso, busquei solução junto ao Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD e seu Assessor Jurídico Arruda afirmou que o DMLD não tinha competência para interferir nessa questão e que o único caminho era o Poder Judiciário (veja no meu site os Anexos 09, 10,11,12,13 e 14, a íntegra de toda a documentação que enviei ao DMLD –Distrito Múltiplo LD). Diante do parecer jurídico do DMLD, solicitei ao então Governador José Barbosa Filho e seu Assessor Jurídico Antônio João Delfino Amalfi, que entregassem uma cópia dessa Ata de Cornélio Procópio: porém, predominando o “corporativismo” dentro do gabinete do LD-6, essas autoridades leonísticas se negaram a me entregar tal documento e fui obrigado a entrar na Justiça culminando na condenação da Governadoria e a MM Juíza de Direito de Santo Antônio da Platina determinou que a então Governadora Lisa Ganem entregasse em Juízo tal ata, no prazo de 10 (dez) dias. Há que se destacar ainda, que esse processo correu à revelia e que os advogados da Governadoria nesse processo eram o ex-governador Amalfi e sua filha advogada Neida. Em 28 de outubro de 2008, o assessor jurídico da Governadoria Amalfi, teve que se explicar junto à D. Juíza de Santo Antônio da Platina, pois o mesmo não havia encontrado tal Ata no acervo do Distrito LD-6. Ele disse assim “por razões inexplicáveis, não foi possível localizar o volume do arquivo, na sede fiscal onde deveria estar arquivado tal documento, na cidade de Cambé”. O advogado Amalfi, neste momento processual cometeu uma falha jurídica ao não anexar a procuração da nova Governadora Lisa Ganem para que ele pudesse se manifestar nos autos, mas regularizou em tempo hábil, anexando tal procuração no processo. Dias depois a referida ata foi entregue ao Juiz e a mim, cuja cópia estava autenticada conforme determinação da Juíza titular da Vara Cível de Santo Antônio da Platina, Dra Joana Tonetti Biazus. A parte dispositiva da sentença, que é o ato culminante da Juíza, foi assim apresentada: “Diante do exposto,

com supedâneo no art. 798, 803 e 844, II, todos do Código de Processo Civil, julgo procedente o pedido cautelar apresentado por Lauri Cesar Bittencourt em face do Distrito LD-6 de Lions Clube Internacional, para o fim de determinar ao requerido que exiba ao requerente a cópia autenticada, frente e verso, da ata referente à reunião realizada pelo Conselho Distrital de Cornélio Procópio, em fevereiro/2007, que teria rejeitado o pedido do autor de apurar a responsabilidade do ex-governador do Distrito LD-6, gestão 2002/2003, o sr Nilton Kinoshita, e seu Assessor Jurídico, Antônio João Delfino Amalfi, no prazo de 10 (dez) dias.” Portanto, na luta obstinada de Amalfi contra mim, ele teve


Uma década de decadência ética e moral 145

em mais este episódio, outra derrota judicial. A Governadoria foi condenada também a pagar custas judiciais e honorários advocatícios, para mim. Outra Ação Cautelar de Exibição de Documentos fui obrigado a impetrar em Maringá, na 6. Vara Cível, que tramitou sob o n. 917/2006. Desta feita busquei na Justiça o meu direito de verificar o conteúdo do contrato que a Governadoria fez com a empresa de auditoria que avaliou minhas contas. Primeiramente, é lógico, e dentro de um mínimo de conduta ética, solicitei aos auditores e depois à Governadoria que me entregasse uma cópia desse contrato. Ambos se negaram a tal desiderato e não tive dúvidas. Novamente fui à Justiça. Parece que os Governadores e o assessor Jurídico Amalfi estavam administrando o Distrito LD-6, em tempos primitivos, como se não existisse uma ordem jurídica, fundamentada na Constituição Federal a preservar direitos e deveres, na vida civil. Em 11 de janeiro de 2008, o Juiz Belchior Soares da Silva prolatou a sentença condenando o Governador e seu assessor Jurídico Amalfi a apresentarem em Juízo, no prazo de 05 (cinco) dias, a cópia autenticada do Contrato de Prestação de Serviços firmado entre a Governadoria do Distrito LD-6 e a empresa Finance Perícia, Auditoria e Consultoria Contábil. Além disso, a Governadoria foi condenada a pagar as custas judiciais e meus honorários advocatícios. Nova derrota judicial para meu algoz no Leonismo, exgovernador Amalfi, aos 76 anos de idade. Em sua sentença, disse o Juiz: “Não há razão lógica e de direito na negativa do Requerido em apresentar o documento solicitado, que é um contrato de prestação de serviços de auditoria. Se responde o requerente pelos atos de gestão como Governador, tem ele o direito como membro em conhecer o conteúdo desse contrato”. Assim encerrou-se mais uma etapa triste de contrariedade ao Código de Ética do leonismo e à Constituição Federal, produzida pelo Assessor Jurídico Amalfi e o então Governador José Barbosa Filho. Veja a íntegra desta sentença judicial no meu site nos Anexos 100, 101, 102, 103 e 104. Uma terceira ação judicial Cautelar de Exibição de Documento fui obrigado a impetrar, no fórum de Maringá, em março de 2015, que foi protocolada novamente na 6. Vara Cível de Maringá e que tramita sob n. 0016855-60.2015.8.16.0017. São réus nesta mais recente ação judicial, em 2015, o então Governador 2014/2015, Evilásio Bertoldo Conradi e o próprio Distrito LD-6. Neste episódio solicitei ao então Governador Evilásio que me colocasse à disposição, na sede do Distrito, as vias originais de minha prestação de contas. Novamente me vi diante do desvio de conduta dos dirigentes do Distrito, pois me negaram a exibir as vias originais de minha prestação de contas. Indubitavelmente, a Governadoria será condenada pela terceira vez a me entregar tais documentos e ainda será condenada a pagar custas judiciais e honorários advocatícios. Parece que o grupo de dirigentes do Distrito não aprendeu a lição. Sobre estas condenações, em 20 de maio de 2008, enviei carta de esclarecimento aos associados, nos seguintes termos: “a prática do Leonismo não pode, não está e nunca estará acima das leis, da Constituição Federal e do Estatuto do Lions Clube Internacional.


146 Uma década de decadência ética e moral

O Poder Judiciário está aí para corrigir as falhas das condutas humanas. Espero que os ex-governadores condenados façam uma reflexão sobre suas condutas e passem a trilhar o caminho da ética e da moral no leonismo, por que, tais condutas não permitem que pessoas com essa “ética” permaneçam nos quadros do Lions Clube do Brasil. Como afirma o Código de Ética do Lions: “deve-se construir e não destruir”.


Uma década de decadência ética e moral 147

Capítulo 17

A mentira do ex-governador Acyr Iwankiw “É obvio que ao contrário da boa conduta é a má conduta. Ao mesmo tempo temos deixado claro à equipe que a má conduta é inaceitável. Está escrito com muita clareza em nossa Política de Recursos Humanos que a má conduta é um dos motivos de demissão de nossos colaboradores” (Maurício Bellodi, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, sobre “desvio de condutas”. Livro Ética na Vida das Empresas, pág. 118).

O Ex-Governador Acyr Iwankiw (Governador do Distrito LD-6, gestão 1973/1974) foi responsável, por muitos anos, pela coordenação da Mútua do Distrito LD-6. Um trabalho incansável e digno de elogios. Na gestão 2002/2003, foi Secretário Geral do Distrito LD-6 sendo nomeado pelo então Governador Nilton Tadanori Kinoshita. Na minha gestão 2003/2004 também o nomeei coordenador da Mútua. Porém, face ao seu longo tempo de convivência com os demais ex-governadores e amizade bastante fortalecida, Acyr Iwankiw posicionou-se ao lado dos ex-governadores que me criaram os diversos problemas que me levaram buscar na Justiça o resgate de minha dignidade e de minha honra. O ex-governador Acyr Iwankiw, ao lado do então Governador Nilton Kinoshita praticou vários atos que contrariaram o Código de Ética do leonismo e os Estatutos. De início, não cumpriu o art.26, alínea “q”, do Estatuto do Distrito LD6, ao não me entregar toda a documentação do Distrito LD-6, sendo ele Secretário geral, era de sua responsabilidade a guarda e a encadernação de todos os documentos do Distrito e me entregar no dia 02 de agosto de 2003, na minha primeira reunião do Conselho Distrital. Isso não aconteceu e Acyr Iwankiw, juntamente com Nilton Kinoshita praticaram um ato totalmente incoerente com a boa prática leonística. Também, como um dos dirigentes do Distrito, na excelsa função de Secretário, envolveu-se no desvio de verba do Distrito, quando permitiu e/ou participou da isenção de vários clubes do pagamento da Taxa Distrital. Como ex-governador, ele sabia que tal isenção deveria ter a autorização do Conselho Distrital, pois consta no estatuto, a obrigatoriedade dos clubes


148 Uma década de decadência ética e moral

em pagar a Taxa Internacional. Tal isenção foi feita para beneficiar o então Governador Kinoshita, o qual tinha intenções de obter a condecoração de Governador 100%, da Diretoria Internacional e seguir sua carreira leonística e galgar funções superiores no leonismo brasileiro. Portanto, houve ação conjunta de ex-governadores no desvio de conduta nessa isenção de taxa. Como Kinoshita e Acyr Iwankiw não me entregaram a documentação do Distrito, eu fui obrigado a intimá-los a proceder de acordo com o Estatuto e deveriam entregar a documentação Distrital, pois a prestação de contas deveria ser apreciada por uma Comissão de Finanças. Isso causou uma ira a todos os ex-governadores que compunham esse grupo de oposição ao meu trabalho. No dia 2 de agosto de 2003, em Maringá, no Centro de Convenções do Aspen Park, Acyr Iwankiw e Kinoshita me apresentaram um recibo geral de entrega do Distrito e, na boa-fé e para o bem do leonismo, eu assinei tal recibo. Porém, a documentação e a prestação de contas não me foi entregue nesse momento, havendo, pois, uma importante lacuna na transmissão de cargo de Kinoshita para a minha gestão. Demonstrando sua ira contra mim, o ex-governador Acyr Iwankiw, em carta datada de 01 de setembro de 2003, enviou um comunicado a vários ex-governadores, sobre essa omissão de entrega da documentação. Os fatos aconteceram assim: no dia 26 de agosto de 2003 fui a Apucarana para presidir e operacionalizar a 1. Reunião do CEFAL (Centro de Formação e Aprendizagem leonística – uma das inovações de minha gestão) e alguns ex-governadores solicitaram a minha presença para uma audiência privativa. Dessa reunião participaram os ex-governaores Kinoshita, Valdenyr Bernardi, Miguel Alves Pereira, Eurides Moura, o próprio Acyr Iwankiw e Manoel Pismel, meu assessor direto. Após vários assuntos discutidos eu disse a eles que eu nem tinha recebido a documentação do Distrito e questionei os mesmos sobre essa grave irregularidade. Ficaram em silêncio. Eu disse taxativamente, desta forma: “Eu ainda nem recebi o

Distrito, não tenho relação nenhuma, nem sei como ele está, não sei do Lions de Guaíra, não recebi documentação nenhuma..”. Esta frase está registrada na carta de Acyr Iwankiw, dirigida a vários ex-governadores. Na sequência dessa carta, Acyr Iwankiw diz que “ficou, juntamente com Nilton Kinoshita, abismados e sem fala”, quando eu alertei os presentes que houve grave violação do Estatuto, pela não entrega da documentação. No final de sua carta Acyr Iwankiw assim proclamou, mentirosamente: “Ora, não é meu feitio nem hábito, mas sou obrigado a taxá-lo de não cultuador da verdade, diante da

perplexidade que nos deixou no ato, vez que estamos de posse do recibo assinado por ele, quando da entrega de todo o material e de todos os bens do Distrito, conforme cópia anexa, e que lhe foi entregue em tempo hábil, exceção ao computador, autorizado pelo CL Lauri a entregar ao Distrito LEO, atendendo pedido formulado pelo Cleo Antônio Carlos Cerchiari Junior, presidente do Distrito LEO-LD-6 (cópia junto)”. Portanto, Acyr Iwankiw me chamou de mentiroso, alegando que ele tinha o recibo assinado por mim de entrega de toda a documentação do Distrito. Pois bem, mentiroso foi o próprio Acyr Iwankiw, o qual, detentor de uma autoridade de ex-govenador e no alto de seu saber leonístico, praticou uma das condutas mais condenáveis do ser humano, ou seja, faltar


Uma década de decadência ética e moral 149

com a verdade. Isso, por que, ele próprio, sendo Secretário Geral do Distrito LD-6 tinha a obrigação direta de me entregar a documentação do Distrito LD-6 e ele, junto com o ex-governador Kinoshita , descumpriram o art. 26, alínea “q”, do estatuto do Distrito, que determina que o Governador que encerra sua gestão deve entregar toda a documentação ao Governador entrante. Tal atitude, em faltar com a verdade, foi mais um episódio lamentável que envolveu os dirigentes da gestão 2002/2003. Repito uma frase citada pelo próprio Iwankiw em outra carta que ele assinou: “com cobertor curto, ou se cobrem os pés ou a cabeça, os dois juntos, só com economia de espaço”. Conforme consta nesta obra, o ex-governador Nilton Kinoshita, Governador 2002/2003, compareceu em Maringá, no fim de setembro de 2003 e entregou pessoalmente ao meu tesoureiro de minha gestão Elias Gomes Soares, toda a documentação do Distrito LD-6 e a respectiva prestação de contas dos mesmos. Isso provou, inequivocamente, a mentira do ex-governador Acyr Iwankiw. Uma semana depois, em Maringá, em 5 de outubro de 2003, em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo que convoquei e mesmo com várias irregularidades, como a isenção da Taxa Distrital, permiti, pelo bem do Leonismo, que esse Conselho aprovasse, com louvor, a prestação de contas do ex-governador Nilton Kinoshita e que teve como Secretário Geral, Acyr Iwankiw. Ou seja, fui muito tolerante!


150 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 151

Capítulo 18

Projeto Retinopatia Diabética – autor do livro é impedido pela Governadoria 2005/2006 da coordenação e realização do projeto - ação social iria beneficiar mais de 5.000 pessoas com problemas na visão, de Maringá e região – um crime contra a Humanidade – responsabilidade do exgovernador Antônio João Delfino Amalfi. “Como seu presidente, gostaria de pedir que deixe a luz do serviço brilhar, intensamente. Juntos, continuamos a ser símbolos de luz e esperança para os menos privilegiados e para aqueles que estão a procura de um porto seguro e um futuro melhor”. (Sid Scruggs, da Carolina do Norte , EUA, presidente do Lions Clube Internacional, gestão 2010/2011).

Nos 10 (dez) anos de decadência ética e de moralidade no Distrito LD-6, um dos episódios de maior repercussão negativa foi a ação destrutiva da Governadoria do Distrito LD-6, em impedir e enterrar este projeto que beneficiaria mais de 5.000 pessoas em Maringá/Paraná e região. O Programa Sight First (“A Visão em Primeiro Lugar”) de Lions Internacional, visa ampliar o atendimento à saúde ocular aos diabéticos, uma vez que o aumento do número de diabéticos e as devastosas consequências de suas complicações tardias, fizeram do diabetes uma das principais causas de cegueira. Quando tratada em tempo, 90% das causas que cegam o diabético podem ser contornadas preservando a sua visão. Para isso, é necessário exame preventivo do fundo do olho e tratá-los antes que haja perda da visão. Diz esse programa que a proposta de apresentação e elaboração de um projeto de Retinopatia Diabética Sight First, dar-se-á por iniciativa de um ou mais LIONS CLUBES, ou mesmo, pelo próprio Distrito, em parceria com médicos oftalmologistas com capacidade reconhecida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Dentro desses parâmetros é que minha iniciativa em elaborar o projeto, foi perfeitamente legal.


152 Uma década de decadência ética e moral

Fui eu quem elaborou todo o projeto, durante 06 (seis) meses, com médicos e clínicas de Maringá e apoio do médico oftalmologista Paulo Henrique Morales, contratado por Lions Internacional para o cargo de Assessor Nacional de Sight First (trabalho com a visão no Lions). O projeto, de número SF n. 1221/LD-6, foi aprovado pela Fundação Lions Clube Internacional, em Oak Brooks, estado de Illinois, EUA, que autorizou o envio de US$ 40,800 (quarenta mil e oitocentos dólares) (veja os Anexos 109 e 110 do meu site www.lauribittencourt.com.br). Fui eleito pelo Lions Maringá Cristal para coordenar o projeto. Em ação direta e de revanchismo contra minha pessoa, novamente a sombra negativa aparece no cenário de lama e de podridão no Distrito LD-6, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, então assessor jurídico do Distrito LD-6, o qual providenciou a minha exclusão do projeto, e com argumentos mentirosos e enganando os membros do Conselho Deliberativo e a própria Govenadora Pedrina Nobre Marques, do Lions Clube de Londrina Igapó. Vejamos com mais detalhes essa ignomínia avassaladora no Leonismo brasileiro. Mesmo após ter sido desmoralizado na Assembleia Geral/Conselho Distrital/ Deliberativo em Guaíra, meu sentimento de serviço voluntário não foi abatido e continuei minha atividade leonística no Lions Maringá Cristal, ao mesmo tempo em que se descortinava em vários fóruns de comarcas paranaenses, os respectivos processos cíveis e criminais que impetrei contra diversos ex-governadores do Distrito LD-6. Face à minha notoriedade já consolidada em Maringá e no Paraná, em função do sucesso de meu trabalho como Governador do Distrito LD-6, no início de 2005, fui procurado pelo Dr Emerson Oyamaguchi, da Clínica de Olhos de Maringá, o qual me propôs uma ação conjunta com o Lions Clube na realização de um projeto de retinopatia, eis que o mesmo tinha participado de um congresso brasileiro de oftalmologia em São Paulo e gostaria de fazer um trabalho relativo à prevenção de cegueira, pertinente à Retinopatia Diabética. Meus olhos brilharam nesse momento, pois apareceu uma oportunidade rara riqueza de trabalho que o Lions Maringá Cristal poderia oferecer a milhares de pessoas. Não tive dúvida, topei na hora e tive a coragem e a dignidade leonística de enfrentar tal empreitada. Levei a notícia ao meu Lions que autorizou a realização do projeto (ver ata de lançamento nos Anexos 106 e 107, no meu site). Durante 06 (seis) meses dediquei-me à elaboração do projeto e com a aprovação da Fundação Lions Clube Internacional, poderia ser enviado a este projeto o valor de US$ 40,800 (quarenta mil e oitocentos dólares). Em 17 de maio de 2005 enviei um e-mail para o Dr Paulo Henrique Morales, em São Paulo, Assessor Técnico de Lions Internacional, o qual explicou-me como funciona o projeto e destinação da verba. Disse que o projeto segue o padrão Sight First (ou seja, a Fundação Lions Internacional destina milhões de dólares para atendimento às populações carentes em todo o mundo, para cirurgias de cataratas, etc.) e relatou ainda todos os itens necessários para elaboração do projeto. Após as assinaturas de vários dirigentes leonísticos, a sua assinatura seria a última e então o projeto seria encaminhado aos Estados Unidos para aprovação e envio dos dólares. A partir disso, passei a entrar em contato direto com Holly Becker, Coordenadora


Uma década de decadência ética e moral 153

para a América do Sul, da Fundação Lions Internacional, a qual trabalha na sede da associação, em Oak Brooks, EUA. Os contatos com esta coordenadora e com Dr Paulo Henrique, foi possível elaborar o projeto dentro das exigências normativas. Abrimos uma conta bancária, providenciei toda a documentação, confirmei a Holly Becker que o projeto seria realizado no prazo de 18 (dezoito) meses e que seriam atendidas 5.000 pessoas, numa área regional de 700.000 (setecentas mil) pessoas, de Maringá e região. Apresentei os mapas das 30 cidades e habitantes. Os médicos da Clínica de Olhos de Maringá e Hospital Hoftalmar forneceram todos os dados técnicos, produtos, etc., para serem comprados e operacionalizados nessa importante atividade social. Além do Lions Maringá Cristal, convidei para participação, o Lions Maringá Universitário Integração, cujos integrantes são da Universidade Estadual de Maringá, e o projeto ali seria realizado. Convidei para ser secretário do projeto, o então presidente do Lions Universitário, Celso Ivan Conegero e para ser tesoureiro, convidei o então Pró-Reitor de Administração da Universidade, o associado Romildo de Oliveira Moraes, pessoas de alta respeitabilidade dentro da UEM e sócios do Lions Universitário. Conforme os meses se passavam eu já tinha em mente a grandeza do projeto e também a minha responsabilidade em desenvolver esse trabalho que viria a contribuir para a prevenção da cegueira e, sobretudo, para a realização de cirurgias gratuitas a, pelo menos, 500 pessoas infectadas com esse mal nos olhos. Finalmente, em 4 de agosto de 2005, foi feito o lançamento oficial do projeto, em reunião do Lions Clube Maringá Cristal, incluindo-se a parceria com a ADIM (Associação dos Diabéticos de Maringá), com as prefeituras municipais de 30 cidades circunvizinhas a Maringá. Fiz a abertura da reunião e explanei aos presentes como iria funcionar o projeto. O Dr Emerson fez breve relato do projeto, a sua infraestrutura, equipamentos, material de consumo, equipe médica, recursos humanos, treinamento, plano de ação e cronograma do projeto. Participariam também os médicos oftalmologistas: Dr Abenor Moreira Minaré Filho (especialista em retina e vítreo), Dr Paulo Yoshio Takeuti e Dr Masayassu Itikawa. O Projeto seria realizado duas vezes por mês, a partir de fevereiro de 2006, na Universidade Estadual de Maringá. Após a devida discussão, o projeto foi aprovado por unanimidade. Presidiu essa reunião o CL Joel Cardoso, presidente do Lions Maringá Cristal. Em 01 de abril de 2006, o Dr. Paulo Henrique Morales me envia um e-mail, parabenizando minha dedicação, nos seguintes termos: “Caro Lauri: Parabenizo pela

dedicação e espírito de verdadeiro Leão. Você está com uma boa equipe médica e com certeza conseguirá tirar o maior proveito para crescimento do Leonismo e melhora da saúde de sua região. Boa sorte nesta empreitada”. Este elogio somente me fortaleceu para continuar nessa árdua tarefa, a de coordenar o projeto. Em novembro de 2005, entreguei a projeto concluído ao CL Joel Cardoso, presidente do Lions Maringá Cristal, para fazer os devidos encaminhamentos, sobretudo para ser apreciado pela Reunião do Conselho Distrital, em Apucarana, em fevereiro de 2006.


154 Uma década de decadência ética e moral

O meu nome foi confirmado para a Coordenação Geral do projeto em outra reunião de Assembleia Extraordinária do Lions Maringá Cristal, em 8 de junho de 2006, cuja ata foi aprovada por unanimidade, assim como foram nomeados para Secretário o CL Celso Ivan Conegero e para tesoureiro o CL Romildo Moraes, ambos do Lions Maringá Universitário, cuja conta bancária já estava aberta no banco Itaú, agência dentro da UEM. Ao finalizar a reunião, o CL Joel Cardoso, presidente do Lions Maringá Cristal informou que iria enviar o projeto para a Governadora Pedrina Nobre marques, para assinar o documento e também para comunicar oficialmente a Fundação Lions clube Internacional. Em 9 de janeiro de 2006, o Comitê Consultor de Sight First de Lions Internacional, nos EUA, aprova o projeto e autoriza o envio de US$ 40,800 (quarenta mil e oitocentos dólares). De lembrar que o Dr Paulo Henrique Morales, de posse do projeto e verificando a sua excelsitude o encaminhou para os Estados Unidos, para a Coordenadora Holly Becker e ela, também verificando a completude do projeto o enviou, de imediato, para apreciação da Fundação e acabou sendo aprovado, incontinenti. Mas faltava a assinatura da Governadora do Distrito LD-6. Porém, o Assessor Jurídico da Governadoria Amalfi, barrou o projeto e negou-se a incluir na pauta do Conselho Distrital, em Apucarana, em fevereiro de 2006. Em 23 de janeiro de 2006, o presidente da Fundação Internacional, Clement Kusiak, me envia uma carta dizendo da aprovação do projeto, da aprovação do meu nome para Coordenador e também de Romildo e Celso para os cargos de tesoureiro e secretário. E ainda me envia vários formulários para serem preenchidos e enviados à sede internacional. Uma cópia foi enviada à então Governadora Pedrina e outras autoridades leonísticas. Em 9 de março de 2006, a Coordenadora sul americana de Sight First, Holly Becker comunica à Governadora Pedrina, de que fui nomeado coordenador geral do projeto. Em10 de abril de 2006 eu envio toda a documentação necessária a Holly Becker, para o envio dos dólares. Em 3 de maio de 2006, a Governadora Pedrina envia e-mail a Holly Becker, dizendo: a) O Distrito LD-6 aprova o referido projeto; b) confirma os nomes de Lauri Cesar Bittencourt, para coordenar o projeto e confirma também os nomes de Celso Conegero e Romildo Moraes; c) o projeto, devidamente assinado por mim, está sendo encaminhado nesta data para o presidente do Conselho de Governadores do DMLD (sul do país) e para a assessora deste órgão, também para assinarem o projeto (Veja esse documento, na íntegra, no Anexo 105, do meu site). Acompanhando todos estes passos para a viabilização do projeto, pensei comigo: será uma verdadeira ação social que vai ficar na história do Lions Maringá Cristal e Lions Maringá Universitário, vai marcar a gestão da Governadora Pedrina, vai repercutir extremamente e de forma positiva, em Maringá e região, fortalecendo e notabilizando


Uma década de decadência ética e moral 155

o movimento leonístico, além de ser o segundo deste tipo de projeto em todo o Brasil. Uma inédita conquista para o Leonismo nacional. Isso tudo seria concretizado, tal como descrevi até este momento. Tudo estava certo, seja junto à Fundação Lions Internacional como em relação à Governadora Pedrina, a qual ficou exultante com o projeto e ainda confirmou os nomes de coordenação. Para minha surpresa, recebi uma ligação do então Presidente da Fundação Melvin Jones, do Distrito LD-6, o CL José Roberto Lopes, de Londrina, para uma reunião com os Lions envolvidos no projeto e tal audiência aconteceu no Shopping Avenida Center, em 7 de junho de 2006. Percebi, de imediato que havia uma resistência e conspiração contra a minha nomeação ao cargo de Coordenador do projeto. Nessa reunião e tudo explicado por mim, o assessor José Roberto Lopes pediu-me que fosse feita uma nova ata indicando meu nome para a coordenação do projeto. Sem entender direito o motivo da feitura dessa nova ata já que meu nome já tinha sido sufragado legitimamente pelo Lions Maringá Cristal e pelo Lions Clube Internacional, nos EUA, ainda assim providenciei uma nova reunião extraordinária do Lions Maringá Cristal e meu nome novamente foi confirmado para o cargo e no dia seguinte fui a Londrina e entreguei a ata, pessoalmente, ao CL Camilo. Esta era a urgência. Porém, coitado de mim! Fui enganado por esse assessor José Roberto Lopes, o qual estava mancomunado com o ex-governador Amalfi, para a premeditada derrocada do meu nome do projeto. Quanta perda de tempo e quanta ironia meu caro CL José Roberto Lopes, cuja conduta eu repudio, neste momento em que escrevo estas linhas. O motivo desse meu repúdio explico a seguir. Um crime contra a Humanidade. Em 24 de julho de 2006, o ex-governador Amalfi, Assessor Jurídico do Distrito LD-6 e homem de confiança da Governadora Pedrina, providenciou a realização de um Conselho Distrital em Arapongas, com um único objetivo: de expelir meu nome do cargo de coordenador do projeto. E conseguiu, porém, de forma irregular, traiçoeira e nefasta. Nessa reunião simplesmente retiraram meu nome do projeto e nomearam outro, o do CL Celso Conegero, presidente do Lions Universitário e que foi nomeado por mim para o cargo de secretário do projeto. Tal decisão do Conselho contrariou todas as normas do Estatuto de Lions Internacional e do Código de Ética leonístico. Dessa forma, veio a lume novamente a sombra permanente que me seguia e se arrastava por onde eu passava ou agia, no Distrito. Uma sombra de mau agouro, no afã de destruir meus objetivos na vida leonística e essa sombra chamava-se ex-governador Antônio João Delfino Amalfi. É inacreditável o que ele fez, no intuito de continuar a me obstruir no Leonismo. Em primeiro lugar envolveu a então Governadora Pedrina Nobre Marques a desdizer tudo o que confirmara na positividade do projeto, ou seja, Amalfi levou a Governadora a um cartório em Londrina e a convenceu a dar uma declaração no sentido de não concordar com o seguimento jurídico do projeto.


156 Uma década de decadência ética e moral

As consequências desse ato inédito no Lions mundial foram as seguintes: o CL Celso Conegero não aceitou ser o coordenador do projeto conforme carta de 02 de setembro e endereçada ao então Governador José Barbosa Filho, alegando que a Clínica de Olhos não aceitou qualquer mudança no projeto; igualmente, os médicos de Maringá não aceitaram qualquer mudança na coordenação do projeto, eis que meu trabalho de 06 (seis) meses de elaboração foi feito em conjunto com a Srta Holly Becker, na sede de Lions Internacional em Oak Brooks, estado de Illinois, EUA e com o Assessor Técnico da Associação, Dr Paulo Henrique Morales, de São Paulo. Tudo estava concluído e uma mudança desta radicalidade não foi aceita por ninguém e o projeto não foi realizado. Estamos diante, portanto, de um crime contra a humanidade, onde a mesquinharia de um conflito pessoal teve a supremacia sobre os mais altos e nobres princípios altruísticos e humanitários, que são o fundamento da existência do Lions Internacional. Entendo que a Governadora Pedrina Nobre Marques não teve culpa direta nessa bizarra situação, eis que a mesma estava refém do grupo de ex-governadores opositores ao meu trabalho no Lions. Agora explico os motivos da decisão errônea da Governadoria, do ex-governador Amalfi, do Assessor José Roberto Lopes e dos membros com direito a voto, pois todos foram enganados pelo Assessor jurídico Amalfi. Conforme as regras internacionais a Fundação Lions Clube Internacional (LCIF), todos os projetos que solicitam verbas dessa espécie, devem constar uma lista tríplice de associados e com seus currículos, que é enviada à Diretoria Internacional nos EUA. Esse requisito é essencial. Portanto, ao elaborar o projeto eu o fiz de acordo com as normas internacionais e o projeto foi aprovado nos EUA e meu nome, constando da lista tríplice foi escolhido e confirmado pela Diretoria Internacional, haja vista meu excelente trabalho como Governador gestão 2003/2004. A Governadoria do Distrito LD-6 poderia excluir meu nome do projeto dentro das seguintes opções legais e administrativas: a)Já que a execução do projeto era do Lions Clube Maringá Cristal e que me escolheu para a coordenação, o Assessor Jurídico Amalfi, respeitando a autonomia e legitimidade deste Clube deveria solicitar a este Lions a substituição do meu nome. Porém, eles sabiam que isso jamais iria acontecer; b) o Assessor Jurídico Amalfi poderia também pedir a minha substituição junto à Diretoria Internacional, nos EUA. Porém não o fizeram, uma vez que a podridão de condutas e condenações judiciais poderiam ter efeito contrário e eu poderia pedir a expulsão deles do Leonismo, junto à Diretoria Internacional. Resultado: ao excluírem o meu nome do projeto, de forma ilegal e absurda, todos os dirigentes da Governadoria agrediram a autonomia do Lions Maringá Cristal, que seria o executor do projeto. Destarte, é importante ressaltar que a Governadoria não teria nenhuma ação operacional dentro do projeto. O projeto precisava tão somente


Uma década de decadência ética e moral 157

da assinatura da Governadora do Distrito LD-6. Só isso. Conforme os Critérios e Regulamentos para a Concessão de Subsídios Sight First, um projeto pode ser apresentado por um Lions Clube ou Governadoria e que, conforme item 9, o Lions Clube deverá enviar ao escritório de Lions Club International Fundation, uma indicação de três nomes, para os cargos de coordenador, secretário e tesoureiro. Portanto, o projeto seria do Lions Clube Maringá Cristal e não da Governadoria. As biografias das 03 (três) pessoas indicadas são examinadas pelo escritório da Fundação, nos EUA e a escolha final do coordenador do projeto é feita pelo presidente do Conselho Diretor da Fundação Lions Internacional em conjunto com o Comitê Sight First. Assim, meu nome foi avaliado pelo presidente internacional da Fundação, o CL Clement Kusiak e aprovado. Esta é, portanto, a regra fundamental que me legitimou a exercer o cargo de coordenador do projeto e nem o Governador e nem o assessor Jurídio Amalfi e muito menos os votos do Conselho Distrital poderiam me tirar do cargo, de forma arbitrária, traiçoeira e covarde. A Governadoria não tem autoridade para interferir na vida dos clubes, pois estes é que sãos os executores das ações sociais em benefício à comunidade. Um Lions Clube pode subsistir sem a participação da Governadoria, que é apenas orientadora e supervisora. Como a verba de US$ 40,800 dólares viria da Fundação Internacional, o projeto deveria ter a supervisão da Governadoria e eu escolhi como tesoureiro nada mais nada menos que um Pró-Reitor da Universidade Estadual de Maringá, Romildo Moraes e como Secretário o então Chefe de Gabinete do reitor e presidente do Lions Clube Maringá Universitário, Celso Conegero. Então é de se perguntar: a Governadoria teria também receio da presença destes dois assessores, no projeto? Nada disso. A essência da conduta vergonhosa da Governadoria é que eles queriam que eu fosse praticar o leonismo na China e não aqui, no Paraná. O interesse pessoal esteve presente e acima dos elevados e nobres princípios do leonismo em servir a comunidade. Em carta divulgada ao Distrito LD-6, a então Governadora Pedrina Nobre Marques, relata a realização do projeto e indica uma Comissão do projeto com dezenas de associados e ex-governadores, assumindo e sequestrando o papel do Lions Clube Maringá Cristal, sendo uma conduta totalmente desonesta e inconsistente, haja vista que o executor do projeto seria o Lions Cristal e não a Governadoria. Colocaram a carroça na frente dos burros, como se diz no jargão popular. O projeto necessitava apenas e tão somente da assinatura da Governadora e dos dirigentes do DMLD. Nada mais que isso, por que o titular do projeto era o Lions Maringá Cristal e não a Governadoria. Assim entendo que a Governadoria “subtraiu” o projeto, querendo tomar para si a iniciativa e controle total do projeto, o que seria uma ignomínia. Em data de 30 de março de 2006, recebi

um e-mail do Dr Paulo Henrique Morales, Assessor Nacional de Sight First, no Brasil, contratado por Lions Internacional e ele foi categórico em afirmar que o projeto não necessitava ser aprovado em Conselho Distrital, pois já havia sido aprovado pelos clubes. Necessitava tão somente da assinatura do governador e dos dirigentes do DMLD.


158 Uma década de decadência ética e moral

Portanto, com esse documento comprova-se que a Governadoria ultrapassou os limites de sua competência a respeito desse projeto. Mas, na verdade, eles forçaram a criação de um outro caminho, para exata e novamente me desmoralizar publicamente. Achincalhado publicamente pelo grupo de oposição ao meu trabalho no Lions, não tive dúvidas: entrei com nova ação judicial por danos morais e coloquei novamente a Governadoria do Distrito LD-6, no banco dos Réus. E foi condenada. Nova derrota judicial para o meu algoz no Leonismo, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi e de sua filha também advogada Neida Santiago Amalfi, que trabalhou ao lado do pai, na defesa da Governadoria. A Governadoria foi condenada por danos morais. Essa ação judicial tramitou no 3. Juizado Especial Cível de Maringá, sob n. 2009.0002285-0. Em 29 de janeiro de 2010, a advogada Neida Santiago Amalfi de Araújo apresentou um último documento requerendo a improcedência de meu pedido. Suas alegações não tiveram sucesso, com a condenação da Governadoria. Em 4 de setembro de 2009 foi realizada a audiência de instrução e julgamento e ali compareceram o então Governador Gilberto Leutti, como representante da Governadoria e sua advogada Neida Amalfi. Em outra audiência em Maringá, Celso Conegero e Romildo Moraes deram o depoimento e a então Governadora Pedrina Nobre Marques deu seu depoimento no Juizado Especial Cível, em Londrina. A sentença condenatória da Governadoria do Distrito LD-6 foi publicada em 8 de fevereiro de 2010 e a Juíza deixou bem claro que toda a documentação juntada no processo demonstraram e provaram, inequivocamente, que meu nome já tinha sido aprovado pela Diretoria Internacional, nos EUA (e-mails de Holly Becker) e também pela própria Governadora Pedrina, do Distrito LD-6. A Juíza afirmou também que a exclusão do meu nome do projeto causou desconforto e constrangimento, face à aprovação do meu nome e depois me excluíram indevidamente do projeto. Tais condutas são incondizentes com o boa ética no Leonismo. A seguir a Juíza identifica a irresponsabilidade da Governadora Pedrina, nos seguintes termos; “O

e-mail (fls 76) enviado aos membros foi no mínimo precipitado ou demonstra indícios de que não havia qualquer irregularidade insanável, pois houvesse tais irregularidades este não teria sido enviado pela Governadora Pedrina ao Lions Internacional. Logo, se o e-mail foi enviado antes de se receber resposta do Lions Internacional ou da Coordenadoria de Projetos, solicitando regularização, é de se verificar que houve imprudência do corpo diretor, na pessoa da Governadora Pedrina, pois o correto seria aguardar resposta e confirmação do órgão responsável à aprovação do projeto para após comunicar os membros indicados, entre eles o reclamante”. Continuou ainda a D. Juíza a estigmatizar a conduta dos dirigentes da Governadoria, como irregular e contrária às normas leonísticas, assim: “A audiência de instrução e

julgamento demonstrou que princípios norteadores propostos pelo Lions Club não foram observados, gerando, com isso, consequências, dentre elas a exposição do reclamante perante os demais membros, quando recebeu o e-mail confirmando seu nome e depois a notícia de sua exclusão, quando seu nome deveria seguir juntamente com mais dois nomes aos dirigentes do Lions Internacional, conforme documentos de fls 97/99 e 119”.


Uma década de decadência ética e moral 159

Neste ponto, a Juíza entendeu perfeitamente que a Governadoria se precipitou em realizar o Conselho Distrital para me excluir do projeto, pois, conforme os ditames dos critérios para Concessão de Subsídios Sight First, a escolha dos nomes do coordenador, secretário e tesoureiro, são de competência exclusiva da Diretoria Internacional, junto com o Comitê Sight First também da própria Diretoria Internacional. Verificase, pois, que a Governadoria, capitaneada pelo meu algoz, ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, praticou um desvio de conduta condenável. Por isso a condenação da Governadoria, nesta ação judicial. A condenação, por danos morais, foi de R$ 5.000,00, acrescido de juros e correção monetária. Como a Governadoria se recusou a pagar o valor, foi decretada a multa de 10%. E em 11 de maio de 2010, requeri ao Juiz a Penhora on line, no CNPJ da Governadoria do Distrito LD-6. De forma estranha, a Governadoria limpou e zerou a conta bancária para evitar a penhora on line. A seguir, em 30 de junho de 2010, os advogados da Governadoria indicaram vários bens móveis do Distrito para serem vendidos em leilão, como computadores, microfone, impressora jato de tinta, fone-fax, estante de metal, arquivo de aço, cadeiras, bandeiras, tudo no valor de R$ 6.638,43. Em 17 de junho de 2010, enviei um e-mail de notificação ao então Governador Gilberto Leutti, para que pagasse o valor da condenação sob pena de Oficial de Justiça comparecer na sede do Distrito LD-6 em Cambé e fazer a penhora de bens móveis para venda em leilão. No final de meu e-mail eu ressaltei ao Gilberto Letti que “com certeza teremos futuramente um livro especial relatando todos os fatos desta crise leonística, no LD-6”. Portanto, eu já ventilava e vaticinava a tese do lançamento deste livro, em 2010. Em 16 de junho de 2010, a D. Juíza do 3. Juizado Especial Cível de Maringá envia Carta Precatória ao Poder Judiciário de Cambé, a fim de que o Oficial de Justiça comparecesse na sede do LD-6, nessa cidade e fazer a penhora de bens da Governadoria para pagamento do valor da condenação. É de se questionar, de forma veemente, por que essa perseguição ao meu nome e trabalho? Eu fiz uma ótima gestão como Governador gestão 2003/2004, implementei inovações no Leonismo paranaense e de repercussão internacional. Divulguei o Lions Internacional na Coluna “Lions Clube em Destaque” no jornal O Diário do Norte do Paraná, de Maringá, durante dois anos e meio e coloquei lá mais de 400 fotos da atividade leonística no Brasil e no mundo, algo jamais visto no leonismo brasileiro. Tive elogios de dezenas de lideranças do leonismo do Brasil e do exterior e da própria Diretoria Internacional. Finalmente, dediquei-me na elaboração do projeto Retinopatia Diabética por seis meses, causando sacrifícios particulares e com coragem e determinação decidi coordenar o projeto. Fui o responsável por todas as ações de elaboração do projeto, seja junto aos médicos de Maringá, junto ao Assessor Técnico de Lions Internacional, Dr. Paulo Henrique Morales e também um trabalho conjunto com Holly Becker, Coordenadora dos Projetos de Sight First para a América do Sul. E por questões de conflito pessoal causado pelo meu algoz ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, a Governadoria assumiu a sua falsa tese de ilegalidade na minha nomeação para o cargo de coordenador do projeto ou mesmo alegando que minhas


160 Uma década de decadência ética e moral

contas não foram aprovadas pela Auditoria. Mas eu pergunto ainda? E as inúmeras condutas criminosas perpetradas por esse grupo de malfeitores de ex-governadores do Distrito? Como fica? Onde estavam os demais ex-governadores do Distrito LD-6, que ficaram na total passividade em relação às condutas antiéticas e criminosas, criando-se um mar de lama no Distrito? Tudo isso revela mais uma vergonha para o Leonismo do sul do Brasil. E a indevida exclusão do meu nome como coordenador do Projeto Retinopatia Diabética mostra, alhures, a face podre do Distrito LD-6, cujo prócer destas irregularidades foi o exgovernador e advogado Antônio João Delfino Amalfi, que pertencia ao Lions Clube de Londrina Independência. Jogaram merda no ventilador, de novo. Quero, porém, ressaltar que entendo perfeitamente que a então Govenadora Pedrina Nobre Marques foi usada e enganada pelo seu assessor jurídico Amalfi, sendo vítima da obstinada e permanente busca desse indivíduo, em me defenestrar do Leonismo.


Uma década de decadência ética e moral 161

Capítulo 19

Impunidade no Lions Clube Internacional – pedidos inócuos de expulsão e exoneração de cargos. “O sentimento da população brasileira para com a política e os políticos é de profunda indignação e revolta. Infelizmente os desmandos são de tal ordem e número que, além deste sentimento de frustração, as pessoas parecem anestesiadas”(Manifesto à Nação, divulgado pelo Lions Clube de Blumenau Centro, em 15 de julho de 2009).

Essa mensagem do Lions Clube de Blumenau Centro se aplica também aos nefastos episódios que relato nesta obra, em que os desmandos no Distrito LD-6 envergonharam e envergonham a própria instituição como também seus associados. Uma letargia abateu-se, durante anos, sobre os principais e históricos líderes do Distrito, quais sejam, os ex-governadores, um grupo de pessoas de alto saber jurídico e leonístico, portadores do mais profundo sentimento de que o cumprimento das leis é proceder com a eticidade necessária. A carruagem da maldade desfilou por mais de uma década, sem que uma mão se elevasse e alertasse, de forma eficiente, para o cumprimento do Código de Ética e dos Estatutos, do Leonismo, cujo pilar e normatividade de maior excelsitude é “construir e não destruir”. Pelo brilhante significado que tem esse manifesto do Lions Clube de Blumenau Centro, eu o divulgo, na íntegra, nos Anexos 111 e 112, no meu site, à disposição para quem quiser vê-lo, na sua inteireza. A impunidade no Distrito LD-6 e no próprio Lions Clube Internacional revelou-se de forma cristalina e insofismável, nestes 10 anos de decadência ética e de moralidade, haja vista que tomei dezenas de medidas para a punibilidade administrativa dos detratores da ética e da moral leonísticas, consubstanciado na violação sistemática do Estatuto do Distrito LD-6 e do Código de Ética. Busquei soluções no Conselho de Governadores do DMLD (Distrito Múltiplo LD-supervisor do movimento leonístico no sul do Brasil). Recorri ao Presidente Internacional. Denunciei os fatos e reivindiquei medidas junto aos Governadores do Distrito LD-6, ao longo dos anos. Nada foi feito, a nível de Paraná,


162 Uma década de decadência ética e moral

sul do país, e também nas instâncias nacional e internacional. A passividade foi total. Não tive resposta de ninguém. Não houve eco em minhas denúncias. A profusão de irregularidades foi e é um marco cancerígeno na história do Lions Clube Internacional, nos seus quase 100 anos de existência no mundo e que aconteceu aqui, no Paraná, Distrito LD-6, que compreende uma faixa territorial entre as cidades de Guaíra e Santo Antônio da Platina, próxima a fronteira com São Paulo. Por isso a publicação desta obra, como medida de alertar a Diretoria Internacional em Oak Brooks, nos Estados Unidos, para a tomada de medidas de vigor para acabar com a impunidade dos autores de ilicitudes, fato que ocorre com muita incidência em vários Lions Clubes e Governadorias em todo o Brasil e no mundo. Por exemplo, inúmeras lideranças leonísticas nos quatro cantos do país se manifestam para que seja feita uma limpeza ética no Leonismo, até mesmo no último nível, qual seja, o de autoridades maiores, como ex-governadores e outras lideranças. Em maio de 2015, um ex-governador de Distrito do sul do Brasil me enviou em e-mail, ao saber da publicação deste livro, afirmando que é preciso fazer essa limpeza ética, principalmente nos que exercem cargos superiores. Outra associada, em agosto de 2015, também de um Lions Clube do sul do Brasil, entrou em contato comigo, ao saber do livro, a qual queixou-se da existência de conflito envolvendo assédio moral dentro de um Lions Clube, por parte de autoridades maiores leonísticas, tais como ex-governadores. Eu disse a ela que, infelizmente, isso é bastante comum nos Lions, face à luta pelo poder de cargos e funções. Ela disse ainda que o problema é que os associados se calam ou ficam na passividade e os que estão nos cargos mais altos no movimento se acham intocáveis, poderosos e que não precisam responder pelos seus atos. Este é o retrato exato do que aconteceu aqui, no Distrito LD-6, em que os ex-governadores, criaram um corporativismo e de autodefesa, para se manter no poder, numa clausura inexpugnável, para suas proteções, contando com o apoio de todos os Governadores, ano a ano. Não só os Lions Clubes vivem dessa nefasta realidade, como também os Rotary Clubes, a Maçonaria, a Igreja e, enfim, toda e qualquer instituição pública e privada onde o homem esteja presente. De forma geral, o Brasil vive hoje uma situação caótica e de escândalos irrefreados, causando vergonha na população brasileira. A indignação dos brasileiros é de estarrecer diante da falta de ética, da moral e de respeito. Analisemos, preliminarmente e em termos gerais o que é a impunidade. O Brasil é o país da impunidade e da imoralidade. Os escândalos estão sendo desvendados e mostrados ao mundo, como verdade histórica. Do ponto de vista subjetivo, a impunidade consiste na sensação compartilhada entre os membros de uma sociedade no sentido de que a punição de infratores é rara e/ou insuficiente. Disso deriva uma cultura marcada pela ausência de punição ou pela displicência na aplicação de penas. Impunidade é imoralidade. Na área penal, a impunidade se revela como consequência da ineficiência do sistema penal por que a lei penal foi criada como forma de tutelar os bens jurídicos importantes e a falta de punição consubstancia uma afronta à sociedade. A prescrição


Uma década de decadência ética e moral 163

e a decadência, obstruindo a continuação de processos criminais constituem também a impunidade. A não responsabilização significa falta de castigo e estimula a prática de mais ações ilícitas. A lei entende que aquele que a viola deve ser castigado. Dessa maneira, a impunidade é a não aplicação do corretivo do infrator, estimulando atos contrários à lei, à ética, moral e bons costumes. É sabido que a impunidade estimula a delinquência, os vícios e a corrupção. Em um processo criminal na 3.Vara Criminal de Londrina, que impetrei contra o exgovernador Amalfi, em 2009, nada mais nada menos que 04 (quatro) anos depois, em 03.04.2003, ocorreu o primeiro despacho judicial do Juiz, autorizando a abertura de inquérito policial contra Amalfi. Mas, já nessa época estava consumada a prescrição. Impunidade notória. É notória, destarte, a existência da impunidade no Brasil e até mesmo a Human Rights Watch, uma organização dentro do segmento dos direitos humanos, asseverou duramente a impunidade brasileira, mencionando publicamente que os abusos no Brasil são significativos e por isso grassa a impunidade e ainda a falta de acesso à Justiça. Assim, entendo que salta aos olhos, o empobrecimento da ética e da moral nos quatro cantos do Brasil, do Oiapoque ao Chuí. Como bem asseverou o Desembargador Américo Angélico, aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, “há impunidade fiscal, tributária, a da sonegação e a falta de corretivo é uma das matérias primas da impunidade e que contribui como fator destrutivo dos valores humanos políticos e sociais mais elevados, que deveriam nortear a atitude humana, fica no ostracismo”. A Ética é fator imperativo em todos os setores da sociedade civil e o fenômeno que ocorre nas empresas em todo o mundo, nos últimos anos, é o estabelecimento de um Código de Ética, como diretriz de conduta de seus funcionários em relação aos concorrentes e ao mundo do mercado, caracterizando-se como uma norma de importância capital para o sucesso e subsistência das mesmas. No Brasil foi criada a Lei de Improbidade Administrativa, de n. 8.429/1992, com fundamento na Constituição Federal, em seu art. 37, que determina aos agentes públicos a observância e respeito aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Mutatis Mutandis, tais princípios devem ser também de observância inafastável pelos associados do Leonismo, pois embora os mesmos não sejam agentes públicos, pertencem a um Lions Clube que é reconhecido como de utilidade pública, conforme leis federais e estaduais. (A Lei Federal n. 5.575, de 17.12.1969 reconhece como de utilidade pública os Lions Clubes no Brasil). Aí reside, cristalinamente, a responsabilidade dos Leões, pois os Lions Clubes somente cumprem seus papéis de transformadores sociais de uma sociedade através de parceria com os segmentos da sociedade, tais como, escolas, empresas, entidades públicas e deve reinar, nessa parceria, a confiança necessária nos empreendimentos. Essa lei federal de improbidade administrativa, que não é aplicada aos Leões, não prevê punições de caráter penal, mas sim de natureza civil e política, ou seja, incluem a perda


164 Uma década de decadência ética e moral

da função pública, suspensão dos direitos políticos e reparação do dano. No caso do Lions Internacional as normas punitivas, caso existissem a Lei da Ficha Limpa e/ou um Tribunal de Ética e Disciplina, com certeza teríamos uma instituição mais enxuta e mais confiável, com associados realmente trabalhando numa convivência em consonância com as normas do Código de Ética. A probidade administrativa é o dever de honestidade dos administradores públicos e o agir de forma eficiente com o patrimônio público. O Código de Ética e os Estatutos do Lions Internacional são remédios eficazes para o bom desempenho leonístico, se cumpridos, e constituem uma verdadeira cruzada, contra os malfeitores do leonismo. Devo lembrar novamente que um ato de improbidade administrativa foi cometido pelos dirigentes do Distrito LD-6, gestão 2002/2003, quais sejam, Nilton Tadanori Kinoshita (Governador), Antônio João Delfino Amalfi (Assessor Jurídico) e Acyr Iwankiw (Secretário Geral), os quais tiveram um desvio de conduta, ao isentarem ilegalmente, vários Lions Clubes do pagamento da Taxa Distrital e que os mesmos, mais cedo ou mais tarde, deverão ressarcir aos cofres da Governadoria o valor hoje atualizado de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Portanto, improbidade administrativa é aquele ato impregnado de desonestidade e deslealdade; é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da administração pública, cometido por agente público durante o exercício da função pública ou decorrente desta. Neste período de dez anos de decadência ética e moral no Distrito LD-6 e ao longo deste período, busquei a punibilidade dos infratores do Código de Ética e do estatuto, como se vê a seguir. 1. em 4 de abril de 2005, solicitei à então presidente do Conselho de Governadores do DMLD, Rosane Vailatti, providências para instalação de um Painel de Conciliação para o ressarcimento dos valores desviados na maléfica isenção ilegal da Taxa Distrital (veja nos Anexos 09 a 14, a íntegra desses documentos); o Assessor Jurídico deu parecer que esse organismo regional de Lions Clube não tinha competência para tal e o único caminho para solução seria na Justiça; 2. em 23 de março de 2007, enviei carta ao então Governador José Barbosa Filho, para exoneração do ex-governador Amalfi, do cargo de assessor jurídico e de Ana Sinhorini do cargo de secretária do Distrito, por violação ao Código de Ética e Estatutos. Nada foi feito. 3. em 8 de junho de 2007, enviei carta ao Presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LD (sul do país), Orley Eckert, a não nomeação para cargos nesse órgão, dos Ex-Governadores Kinoshita, Amalfi, Lehmann, Haouli, Zambon e Ana Sinhorini. A maioria foi nomeada. 4. em 17 de agosto de 2009, solicitei ao então govenador Gilberto Leutti, a anulação, pelo Conselho Distrital, do Parecer de Finanças que avaliou minhas contas, pela fraude ali apresentada. Nada foi feito. 5. em 12 de junho de 2007, solicitei ao então Governador Ailton Estel, a não nomeação


Uma década de decadência ética e moral 165

dos ex-governadores Nilton Kinoshita, Antônio Amalfi, Georges El Haouli, Jorge Carlos Lehmann, Paulo Sidney Zambon, Ana Sinhorini e a sócia Deisy Liboni, para cargos de Assessores da Governadoria, devido às suas condutas antiéticas e anti-estatutárias. A maioria foi nomeada. 6. em 26 de novembro de 2008, através de intimação de Cartório de Títulos e Documentos, enviei carta de 05 páginas, à então Governadora Lisa Ganem, solicitando a exoneração do ex-governador Amalfi, do cargo de assessor jurídico, por não ter condições éticas e morais para tal. Ele continuou no cargo. 7. em 02 de setembro de 2009, envie carta de 10 páginas ao Governador Gilberto Leutti, solicitando providências legais para nomear uma Comissão Ética Processante com a finalidade a expulsar o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, do Leonismo, por condutas difamatórias. Nada foi feito. 8. em 4 de setembro de 2009, enviei carta ao então Governador Gilberto Leutti, para providenciar Processo Administrativo para apuração de infrações ao Código de Ética dos ex-governadores Kinoshita, Haouli, Lehmann, Zambon, Acyr Iwankiw, Ana Sinhorini e sócia Deisy Liboni. Nada foi feito. 9. em 03 de setembro de 2010, enviei carta ao então Governador Acir Luiz Siqueira, solicitando exoneração do ex-governador Amalfi, do cargo de assessor jurídico, por não ter condições éticas e morais para exercer tal cargo. Nada foi feito. Pelo exposto, constata-se que houve e ainda existe um corporativismo no Distrito LD-6 para blindar e proteger os ex-governadores infratores do Código de Ética, estatutos e ordem jurídica brasileira, principalmente a Constituição Federal. Eles ocuparam, em todos os anos, até hodiernamente, os principais cargos no Distrito. Por isso, o Distrito LD-6 deu um amargo exemplo de desvios de conduta, valorizando a desonestidade, a deslealdade e a agressão aos princípios da legalidade, imparcialidade, impessoalidade e transparência, destruindo a visão magnânima do respeito ao princípio da dignidade humana. Para comprovar a existência de conflitos antiéticos e de imoralidade no Lions brasileiro, recebi, em 2 de abril de 2015, uma carta circular do Distrito Múltiplo LD (que supervisiona os Lions no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), denominada CARTA DE PALHOÇA, Santa Catarina, Brasil, sendo um manifesto aprovado na III Reunião do Conselho de Governadores do DMLD. Esse manifesto é endereçado aos líderes da Associação Internacional de Lions Clubes, aos Leões do Brasil, da Área III e do leonismo internacional. Ou seja, é um manifesto internacional e de grandes proporções. Tal manifesto se refere à candidatura da Ex-Diretora Internacional Rosane Vailatti às eleições para o cargo de 2. Vice-Presidente Internacional da Associação. Tal documento apresenta denúncia, nos seguintes termos: “Nós, Líderes do Distrito Múltiplo LD,

reafirmamos neste manifesto que as melhores práticas devem nortear os trabalhos e os processos que se apresentam em nossa Associação e nesta premissa repudiamos qualquer


166 Uma década de decadência ética e moral

ato que tente de forma ilícita mudar os destinos do leonismo no mundo e do Brasil em especial. Uma candidatura de amplitude internacional não pode ser maculada por estratégias que induzem os associados ao erro. Sentimos que não é dessa maneira que se retira um sonho almejado pelos Leões do Brasil e da Área 3 e não serão atos de imposição duvidosa contrários ao Código de Ética e que desmoralizam a política leonística que retirarão a verdade de uma candidatura consolidada tendo a retidão como referência”. Tal documento rechaça também a conduta de um Diretor Internacional 2013/2015 que radicaliza posições e desune os Leões e que o mesmo tomou atitudes arbitrárias, etc. Portanto, a luta pelo poder no Lions Clube Internacional é um retrato vivo que aparece na brilhante moldura dos mais importantes serviços de voluntariado á comunidade. Veja esse manifesto, na íntegra, no meu site, nos Anexos 113,114,115 e 116.

Dessa forma, com a impunidade no Distrito LD-6, verifica-se que um legado nefasto foi deixado pelos ex-governadores do Distrito LD-6, que rasgaram a Constituição Federal, os Estatutos e o Código de Ética, jogando-os na lata do lixo. Afinal, o Lions é “uma organização mundial de clubes de serviço que se propõe promover os princípios éticos, o bem estar social e o congraçamento fraterno do ser humano, independentemente de sua raça, crença religiosa ou de sua condição social. Fundado por Melvin Jones, nos Estados Unidos, em 1917, seguindo o princípio da voluntariedade e fundamentado num mundo com maior justiça social e maior compreensão entre seus semelhantes”.


Uma década de decadência ética e moral 167

Capítulo 20

“AGDL” – Associação de Governadores do Distrito LD-6: uma associação criminosa? “O mundo não é dos espertos, é de pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza, um dia, é descoberta e vira vergonha. A honestidade se transforma em exemplo para as futuras gerações. Um corrompe a vida, a outra enobrece a alma” (autor desconhecido).

Como já reafirmei várias vezes, a AGDL é a sigla de Associação de Governadores do Distrito LD-6. Todos os Governadores que deixam a Governadoria assumem, automaticamente, esta importante função, que é a de liderar os demais ex-governadores que a compõem. Uma nobre e excelsa tarefa, portanto, de mandato de 01 ano. A AGDL constitui um aerópago de sábios do leonismo, que, ao longo da carreira, se dedicaram ao trabalho voluntário, desempenhando altas funções distritais que os qualificam como líderes amadurecidos e de saber inconteste da cultura e normatividade leonística. O ponto culminante dessa empreitada é a participação na Convenção Internacional de Lions Clubes, que acontece anualmente nos quatro cantos do mundo, seja no Havaí, na China, na Austrália ou Estados Unidos, para tomar posse, perante o Presidente Internacional. Na minha gestão, tomei posse na 86. Convenção Internacional, em Denver, estado do Colorado, Estados Unidos e participam cerca de 20.000 associados do mundo todo. É uma verdadeira confraternização universal, por 15 dias. Inesquecível. Todos os dias são ministradas palestras para dar condições e capacidade aos Governadores para administrarem seus Distritos. Portanto, um Governador ou um ex-governador são líderes mundiais e aptos a conduzirem o movimento leonístico, dentro daquilo que os associados esperam, ou seja, uma caminhada permanente cimentada pela ética, lealdade e honestidade, mostrando a todos os associados a verdadeira face do Lions Clube: uma instituição de respeito mundial. Como ex-governador, sempre recebo informações diretamente enviadas pelo atual Presidente Internacional, estimulando os líderes a exercerem com zelo, as suas funções, para o crescimento do Lions Clube, haja vista que as demissões de associados


168 Uma década de decadência ética e moral

acontecem, inexoravelmente, todos os meses, o que é uma preocupação mundial. Em 8 de maio de 2015, recebi um convite do atual Presidência da AGDL nacional – Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L”, assinado pelo PDG José Varella, para comparecer em Serra Negra, estado de São Paulo, para participar da Convenção Anual da AGDL, que foi realizada em 5 e 6 de junho de 2015 e disse que minha presença

seria imprescindível para o engrandecimento de nossa associação, que, através de suas ideias, críticas e sugestões, teremos o caminho certo para fazer uma entidade cada vez mais forte, respeitada, atraente e produtiva”. O palestrante foi o Dr. Prof. Eliezer Rizzo de Oliveira, renomado especialista em Segurança Pública e segurança nacional. Aí está o verdadeiro papel de uma AGDL, que busca, obstinadamente, o aperfeiçoamento das instituições leonísticas, dentro da ética, da honestidade e lealdade. Porém, como se vê nesta obra, a AGDL do Distrito LD-6, afastou-se totalmente das suas principais finalidades, que é fundamentalmente, “construir e não destruir”, como preconiza, com uma virtualidade impressionante, o Código de Ética. Essa AGDL nunca contou com presença maciça de seus membros, por motivos lógicos, em que um grupo tomou posse de seu corpo diretivo, destacando-se como secretário e tesoureiro permanente, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi. Já começo a explicar e justificar, com a presença de Amalfi, os motivos pelos quais fui vítima diuturnamente de uma campanha difamatória e discriminatória, no Distrito D-6, ao longo de sofríveis 10 anos. Quando eu assumi o cargo de Governador do Distrito LD-6, o ex-governador Nilton Kinoshita assumiu o cargo de presidente da AGDL, com Amalfi sendo seu secretário e tesoureiro. De imediato, orientei Kinoshita e Amalfi a cumprirem o estatuto, eis que se recusaram a me entregar a documentação do Distrito e prestação de contas. Isso foi a gota d´agua, para que eles, de forma criminosa, iniciassem a campanha difamatória contra mim. Além disso, descobri também que praticaram um desvio de dinheiro da governadoria, ao isentarem ilegalmente a Taxa Distrital de vários clubes e os intimei a fazerem o ressarcimento dessa verba aos cofres da Governadoria. Estava declarada a guerra no Lions Clube no Paraná, cuja crise, assim eu entendo, é a pior crise da história do Lions Clube em todo mundo, pois o que aconteceu, jamais ocorrerá em qualquer época de existência do Lions Internacional, seja daqui a mil anos. Foram mais de 20 ações judiciais e ao todo, 08 (oito) condenações. Três ex-governadores foram condenados na Justiça de Maringá (Kinoshita, Haouli e Jorge Carlos Lehmann). A Governadoria foi condenada em duas Ações cautelares de Exibição de Documento, a me apresentar documentos oficiais que me negaram em tê-las, violando este meu direto protegido pela Constituição Federal. Também a Governadoria foi condenada ao me excluir indevidamente do projeto Retinopatia Diabética. Consegui na Justiça, de forma inédita no Brasil, a anulação de um Conselho Distrital. Em ação judicial, o LEO CLUBE, teve que entregar suas prestações de contas. E agora, em 2015, impetrei nova ação judicial tendo como réus o ex-governador 2014/2015, Evilásio Bertoldo Conradi e o próprio Distrito LD-6, quando se negaram a me entregar, para análise, as vias originais de minha própria prestação de contas. A saga antiética continua, ainda, nos dias atuais,


Uma década de decadência ética e moral 169

de lançamento deste livro. Tudo isso ocorreu, nas sombras e recantos da AGDL, a qual foi utilizada pelo grupo de malfeitores do leonismo, para exercerem contra mim, uma premeditada, traiçoeira e covarde campanha difamatória para me desmoralizar perante os associados no Leonismo brasileiro. A comprovação de que a AGDL foi usada para fins criminosos, se deu quando os dirigentes da própria AGDL, gestão 2003/2004 (Kinoshita-presidente, Amalfi-secretário e tesoureiro e ainda o diretor Georges El Haouli), enviaram Cartas Anônimas para várias lideranças do leonismo brasileiro, com a finalidade única de vilipendiar minha imagem e reputação. Foram condenados na Justiça e a AGDL apareceu, portanto, como uma instituição criminosa, sendo usada por seus dirigentes para práticas de ilicitudes, lançando na lata do lixo o Código de Ética e Estatutos do Leonismo. Literalmente, jogaram merda no ventilador. Para mim, era correr ou lutar. E eu lutei durante 10 (dez) anos, na Justiça, percorrendo inúmeras cidades do Paraná, participando de dezenas de audiências, sendo perseguido, ano a ano., pelo meu algoz no leonismo, o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, que exerceu por 40 anos, a excelsa profissão de advogado, que foi membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB do Paraná e também foi presidente da Subseção da OAB, em Londrina. Com esse aparato jurídico, Amalfi deveria ser um dos próceres do crescimento do Distrito LD-6 e zelar pela proteção da ordem jurídica, pertinente a todos os atos legais que elaborou e assinou, seja como Assessor Jurídico da Governadoria, seja como mandatário da AGDL. É inacreditável tudo que ele fez em termos de práticas de irregularidades, agredindo o Código de Ética, contrariando o Estatuto e me agredindo com várias condutas criminosas de calúnia, injúria e difamação e isso tudo, dentro do véu manchado de vermelho da AGDL. Pensei e talvez algum dia vá impetrar uma ação judicial para extinguir essa AGDL no Distrito LD-6, pela nocividade apresentada durante muitos anos, sem que fosse admoestada por qualquer liderança no Paraná. Quem viver verá. Portanto, o Distrito LD-6 esteve e está enfermo, tendo um câncer em seu âmago, que em algum dia terá que ser extraído, ou seja, que a ética e a lealdade voltem a se constituir os pilares de sua sustentação. Jamais, em qualquer dia e momento, nenhum dos indivíduos aqui citados, como autores de violação ao Código de Ética e condenados na Justiça, teve a humildade de se retratar e recolocar o Leonismo nos devidos trilhos, rumo ao crescimento e convivência pacíficos.

O Ex-Diretor Internacional Fabrício de Oliveira Neto, afirmou um dia, durante seu mandato: “Ser Leão é atuar com ética, moralidade e justiça, decidindo contra si mesmo quando necessário, em virtude de estarmos comprometidos com uma melhor condição de vida para nossos semelhantes e as comunidades que prestamos serviços, sem nenhuma recompensa financeira, o que temos feito há décadas”. Como bem disse Paulo Renato Souza, ex-Ministro da Educação, em publicação no Jornal O Estado de São Paulo, em 26.03.2006: “O uso do poder para proteger seus


170 Uma década de decadência ética e moral

membros e apoiadores é intimidar, denegrir, detratar e perseguir seus opositores”. Assim considero a AGDL do Distrito LD-6, uma organização nefasta que foi utilizada por meus algozes para a prática condenável de atos e desmandos plenamente condenáveis pelos associados. A sede da AGDL foi o foco de concentração de ex-governadores que planejaram e premeditaram as ações covardes e traiçoeiras contra minha honra e reputação. A AGDL tornou-se assim, uma associação criminosa?

O Código Penal prescreve em seu art. 288, o crime de Associação Criminosa, que diz o seguinte: “Associarem-se 03(três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena-reclusão, de 1 (um) a 3(três) anos. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente”. Conforme comprovei neste livro, foram condenados os ex-governadores: Nilton Kinoshita, Georges El Haouli e Jorge Carlos Lehmann, além do que o Ex-Governador Amalfi praticou 05 (cinco) condutas difamatórias, caluniosas e injuriosas contra minha pessoa. Portanto, temos mais que três pessoas envolvidas nas condutas difamatórias. As condenações foram na área cível, por danos morais, pois aí existiu condutas difamatórias, descritas na lei penal. Para que fosse provado, efetivamente, a existência do crime de Associação Criminosa, por integrantes da AGDL, teríamos que ter uma sentença condenatória pertinente a essa ação delituosa. Porém, o processo criminal que impetrei em Guaíra contra 5 ex-governadores, foi arquivada face à prescrição e não foi possível chegar-se a esse terrível resultado. Porém, fica a lembrança inolvidável de que, em tese, o crime de difamação teria sido consumado, quando os ex-governadores Kinoshita , Haouli e Amalfi, no pleno exercício de Diretores Executivos da AGDL, enviaram as Cartas Anônimas e, por isso, com a reunião de 3 (três) pessoas para a prática de um ilícito penal, estaria presente nessa situação, a Associação Criminosa.


Uma década de decadência ética e moral 171

Capítulo 21

Necessidade de existência da Lei da Ficha Limpa e de Tribunal de Ética e Disciplina no Lions Clube Internacional. “O Leonismo precisa sofrer um processo de saneamento, admitindo bem e eliminando aqueles que constituem verdadeiros corpos estranhos. Esse é um procedimento que precisa ser adotado, mais cedo ou mais tarde. Mas precisa ser adotado. Temos que rever a situação: o Leão deve estar motivado pela Missão e pela Ética, e nunca motivado pela promoção” (PDG Hélio Fáraco de Azevedo- ex-governador de Distrito do DMLD).

Esta frase do renomado e de saudosa lembrança ex-governador Fáraco, retrata fielmente os acontecimentos no Distrito LD-6, com a eclosão da mais grave crise ética que se viu na história do leonismo mundial e palco aqui, no Paraná. Tal crise foi propalada por todo o Brasil e é de conhecimento da maioria das lideranças brasileiras. Diz o PDG Fáraco: temos que rever a situação, pois o Leão deve estar motivado pela Missão e Ética e nunca motivado pela promoção. A promoção, neste caso, significa que muitos exgovernadores, no afã de se manterem nos altos cargos, se esquecem da existência do Código de Ética e labutam unicamente na sua vida leonística para sua projeção pessoal, seja em garantir o seu status ou se garantir em cargos no alto escalão, anos após anos. É a luta pelo poder. O ex-governador do Distrito LD-1 (do Lions de Ponta Grossa, Paraná), CL Ernesto Martim Barmann, em matéria publicada no jornal O Diário do Norte do Paraná, de Maringá, em 28.02.2010, intitulada “Evitando a Liderança Imprópria”, ressalta que essa liderança imprópria acontece em todos os níveis ou hierarquias dentro do leonismo. Ele diz, em certo trecho o seguinte: “É inevitável que, em qualquer etapa ou fase de nossa vida, toparemos ou encontraremos alguma pessoa ou indivíduo indesejável ou com um posicionamento antagônico que não coaduna com a nossa opinião. Seja por um mau orientador, egocêntrico ou estabelecido num pretenso auto-líder, impositivamente erigindo-se em chefe, enfim, aquele reconhecido “dono da verdade”, “o sabe-tudo”, ou o que vive e representa, sem realmente conhecer, querendo ser notado ou ficar


172 Uma década de decadência ética e moral

meramente em evidência ou sob a luz dos holofotes, noutras palavras e diretamente, aparecer e ser notado”. Veja essa matéria, na íntegra no Anexo 04, do meu site. Alhures e a exemplo da matéria acima citada, muitos líderes do Lions brasileiro tem-se manifestado para a limpeza ética no leonismo, objetivando a eliminação daqueles que agem contrariando o Código de Ética e os Estatutos e quiçá, da prática de condutas covardes e traiçoeiras, como relato nesta obra. Entendo, pois, que é chegada a hora da Diretoria Internacional tomar providências reais e concretas contra supostos líderes que causam vexame público e vergonha ao leão ético, o qual, constrangido pela ação maléfica, acaba saindo do movimento. Ele prefere sair ao invés de lutar pela oxigenação de um quadro social adequado aos fins do Leonismo. Embora existam normas dentro dos Lions Clubes a respeito da demissão de associados, em virtude de práticas antiéticas, é preciso aperfeiçoar tal sistema, pois as lacunas estão aí demonstradas. Especificamente, é preciso normatizar a punibilidade de ex-governadores, que, do alto de suas posições e status sentem-se confortavelmente como sócios em pleno exercício de seus direitos, diante de passividade de todos. Como então transformar essa situação? Eu entendo que o Lions Internacional deve criar um Tribunal de Ética e Disciplina, para poder alcançar a conduta, sobretudo, de ex-governadores e excluí-los da Associação. Por exemplo, o Conselho de Ética e Disciplina da OAB é um paradigma que poderia ser seguido por Lions Internacional. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ao instituir o Código de Ética e Disciplina, norteou-se por princípios que formam a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua conduta, tais como: os de lutar sem receio pelo primado da Justiça; pugnar pelo cumprimento da Constituição Federal e pelo respeito à lei, fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum; ser fiel à verdade; proceder com lealdade e boa-fé, etc. Tais postulados são também correlatos com o Código de Ética do Leonismo, cuja pedra angular é o lema construir e não destruir. O art. 49 e seguintes desse Código de Ética e Disciplina da OAB/Brasil, contem normativas do processo disciplinar e competências do Tribunal de Ética e Disciplina. É o que falta ser definido pelo Lions Internacional. O art. 49, diz, textualmente: “O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética profissional, respondendo às consultas em tese, e julgar os processos disciplinares”. O art. 50 estipula a competência desse tribunal, dentre as quais se sobressaem: a instaurar, de ofício, processo competente sobre ato ou matéria que considere passível de configurar em tese, infração a princípio ou norma de ética profissional. Com isso, mutatis mutandis, o Lions Internacional poderia criar 04 Tribunais de Ética e Disciplina no Brasil, haja vista que nosso território é dividido em quatro regiões, quais sejam: LA (norte do país), LB (Centro-Oeste do país), LC (sudeste do país) e LD (sul do país). Assim, os infratores, sejam ex-governadores ou não, seriam julgados por uma Comissão de outra região, não havendo qualquer suspeitabilidade de influência, no julgamento. Tal como a OAB, o Lions poderia realizar cursos, palestras e seminários a respeito da ética leonística. Haveria, em qualquer processo, a oportunidade ao acusado


Uma década de decadência ética e moral 173

da ampla defesa e contraditório, que são os princípios norteadores de proteção da dignidade humana e ínsitos na Constituição Federal. Portanto, se houvesse no Lions Internacional um procedimento acima mencionado, eu poderia recorrer a esse Tribunal de Ética e Disciplina e não ao Poder Judiciário, evitando-se tanto mal estar e desprestigiamento da imagem do Leonismo, na Justiça.

Devo lembrar que cito nesta obra, a vaticinação do Juiz da 6. Vara Cível de Maringá, o qual, estarrecido com as ações judiciais, nos disse em audiência que jamais entraria no Lions Clube. A Lei da Ficha Limpa: Esta Lei Complementar n. 135/2010, de 4 de junho de 2010, foi criada no Brasil por meio de iniciativa popular, com o intuito de combater a corrupção eleitoral, definindo as hipóteses de inelegibilidade que visam proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. Essa lei contou com 1,3 milhão de assinaturas de cidadãos de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Assim sendo os candidatos enquadrados na Ficha Limpa, têm obstruídos os seus objetivos em se candidatarem a qualquer cargo público. Seriam estas pessoas: os condenados por corrupção eleitoral, que tiverem o mandato cassado ou que renunciar para evitar a cassação, os condenados à suspensão de direitos políticos por ato doloso de improbidade administrativa, os demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, etc. Em suma, essa lei teve objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos. Portanto, essa lei proíbe que políticos condenados em segunda instância, por um colegiado, possam se candidatar, buscando-se a proteção da probidade administrativa, levando-se em conta a vida pregressa dos candidatos. Tais normas, mutatis mutandis e conformando-as no âmbito da vida leonística, poderiam ser também aplicadas no Lions Clube Internacional, impedindo-se que supostas lideranças com vida pregressa inadequadas a exercerem cargos de confiabilidade e lealdade, pudessem ser nomeadas para cargos em diretorias de clubes e de Distritos. E também em qualquer instância leonística, como é o caso do Conselho de Governadores, que detém aproximadamente 30 assessores, para um trabalho a nível regional, no Brasil. No caso destas denúncias que trago no bojo desta obra, os condenados Nilton Kinoshita, Georges El Haouli e Jorge Carlos Lehmann, estariam impedidos de exercer qualquer cargo na Associação, por um período específico, até que conseguissem a reabilitação, para retornarem com seus anseios dentro da mesma. E o que aconteceria então com o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, meu eterno algoz? Além da Ficha Limpa e anteriormente, ele estaria sujeito a um processo disciplinar pelo Tribunal de Ética e Disciplina e seria, inexoravelmente, excluído da Associação, devido a tantas e tantas condutas antiéticas e criminosas praticadas.


174 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 175

Capítulo 22

O perfil do Distrito LD-6 – necessidade de crescimento.

A retenção de sócios tem sido um verdadeiro desafio dos Lions Clubes, em todo o mundo, nos últimos anos. Como fazer ação social com a evasão de sócios, se os clubes se enfraquecem a cada ano? Esse assunto vem à baila, sempre, no início de novos mandatos e nomeação de novas assessorias nos clubes e Distritos. E aí o assessor nomeado, começa a se preocupar com a sua nova função. Vou inovar ou continuar na mesma e ser um a mais? Essa é a dúvida. O que posso fazer para contribuir para a mudança e transformação no Lions Clube? Esse paradigma é que faz a diferença no mundo do Lions Clube. Ou se muda ou se continua no mesmo, e o que é pior, o Distrito sofrerá diminuição em relação a números de clubes e associados? Onde vamos parar? O Lions Internacional exige que cada clube tenha no mínimo 20 associados. Com esta visão de real preocupação, é que o novo assessor de Planejamento do Distrito LD-6, gestão 2015/2016, CL Alberto Horvatich, do Lions Clube de Arapongas, teve coragem e publicou uma mensagem aos associados, na pág. 103, da Revista/ Agenda, em julho de 2015, do novo Governador Ademir Paulino Ferrarini, denominada “Retenção de associados: O desafio da Equipe GMT e Diretorias de Associados”. Nessa matéria Horvatich revela um dos pontos de maior falibilidade dos Leonismo: o desconhecimento pelos associados dos verdadeiros significados das efetivas funções do Diretor de Associados e da Equipe GMT do Distrito, que são responsáveis pela retenção de associados. Horvatich, incrédulo, diz que nos últimos 03 (três) anos o Distrito LD-6 perdeu cerca de 500 (quinhentos) sócios, ou seja, o equivalente a 25 (vinte e cinco) Lions Clubes. E pergunta: O que está acontecendo? Em seus pensamentos preocupantes acerca de sua responsabilidade na sua nova função no Distrito LD-6, ele questiona: “Está aí uma grande imperfeição tanto do Distrito e clubes quanto de suas lideranças. Por que não deixar muito claro, por meio de informações, de instruções leonísticas e outros quem é quem dentro do Distrito e dos Lions Clubes associados”? Diz ainda: “Apesar dos discursos em relação ao aumento de associados, ora falando em conquistar novos por meio dos serviços, ora discursando em torno da busca para atender a


176 Uma década de decadência ética e moral

demanda por dinheiro do LCI (Lions Internacional), ora buscar novos associados por buscar apenas para que aumente o seu número em quantidade, enfim, não se tem visto um efetivo programa ou política em torno da gestão de associados. Pouco se tem feito efetivamente em relação à retenção de companheiros. Este tema ainda é um desafio no Distrito LD-6. E o desafio, se dá, principalmente, entre a Equipe GMT no Distrito e Diretoria de Associados nos clubes, tidos como principais órgãos de diligência em torno desse problema”. Destaca ainda que um associado, com muita simplicidade indagou-o, assim: “Se não temos serviços nem para os que aqui estão, onde vamos encaixar um novo associado?”. Horvatich continua em sua mensagem: “Falta um programa de serviços, aí então falta tudo. E o Governador em seu eloquente discurso pede para convidarmos mais, sem, no entanto, dizer onde serão escalados para trabalhar.”. Finalizando sua mensagem, Horvatich apela dizendo: “Agora, e por oportuno, ao iniciar este novo ano leonístico, nada mais coerente que sejam apresentados o efetivo plano de trabalho da Equipe GMT e respectivos desdobramentos junto às Diretorias de Associados nos clubes filiados”. Veja no meu site www.lauribittencourt.com.br, no Anexo 130 a íntegra da mensagem do CL Alberto Horvatich. Conforme se vê na página 21 dessa Agenda/Revista acima citada, o Coordenador da Equipe CMT do Distrito LD-6, gestão 2015/2016, é o PDG Acir Luiz Siqueira, que terá que levar em conta essa mensagem de Horvatich e tomar as devidas providências. Infelizmente, o Distrito LD-6 é um dos piores do Leonismo do sul do país (DMLD), que engloba os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do sul. Existem no DMLD (sul do país), 09 (nove) Distritos, administrados por um Governador, cada um deles. O Paraná tem 02 Distritos: LD-1 e LD-6; Santa Catarina tem 03 Distritos: LD-5, LD8, LD-9 e o Rio Grande do Sul tem 04 Distritos: LD-2, LD-3, LD-4, LD-7. Nestes 03 Estados, existem, em 30 de junho de 2015, nada menos que 15.302 associados, com 507 Lions Clubes. O Distrito LD-6 é um dos piores do sul do país. Vejamos os dados de Lions Clube Internacional, conforme revela essa Revista/Agenda já citada: a) número de clubes: tem 49 clubes e é o antepenúltimo colocado, perdendo apenas para o LD-5 que tem 45 clubes e o LD-2, que tem 48 clubes. b) número de associados: é o ultimo colocado, com apenas 1.249 sócios, estando em situação irregular, pois Lions Internacional considera Distrito regular somente aqueles que têm acima de 1.250 sócios. Na sequência vem o Distrito LD-5, com 1.319 sócios. O Distrito LD-8, com 2.585, é o grande campeão. c) número de mulheres associadas: é o último colocado, com apenas 440 associadas. A seguir vem o Distrito LD-1, com 553 sócias. O campeão é o Distrito LD-8, com 1.233 sócias. d) clubes com menos de 20 associados: é o penúltimo colocado, com 18 Lions em situação irregular. O pior é o Distrito LD-3, com 21 clubes e o melhor é o Distrito LD-2,


Uma década de decadência ética e moral 177

com apenas 05 (cinco) clubes irregulares. e) unidades familiares: é o pior do sul do país, com apenas 184. O melhor é o Distrito LD-8, com 824 unidades familiares.

Com estas estatísticas, o atual Governador do Distrito LD-6, gestão 2015/2016, Ademir Paulino Ferrarini, do Lions Clube de Cidade Gaúcha, tem uma difícil missão pela frente. Desejo o melhor para ele e sua equipe. Finalizando as estatísticas: A Associação de Lions Clube Internacional, em 30 de junho de 2015, tinha 46.510 (quarenta e seis mil e quinhentos e dez) Lions Clubes e 1.377.913 (um milhão e trezentos e setenta e sete mil e novecentos e treze) associados (sendo 1.005.207 homens e 372.706 mulheres), com atuação em 208 países.


178 Uma década de decadência ética e moral

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A população mundial precisa permanentemente não só dos governos para subsistirem, como também dos segmentos da sociedade civil, como é o caso do serviço voluntário do Lions Clube Internacional, que já atendeu milhões de pessoas afetadas por alguma disfunção. No campo da visão, o trabalho do Lions é extremamente valioso e é seu principal vetor de atendimento às pessoas necessitadas. Milhões de dólares são doados por pessoas e organismos mundiais ao leonismo para sua aplicação nos quatro cantos do mundo. Porém, a degradação humana é cada vez mais profunda, causando um caos, retratado em tantos escândalos de várias matizes e o principal deles é a violação à ética, tida hoje, como base fundamental das relações inter-pessoais e organizacionais. No Lions Clube Internacional a crise ética é uma realidade e seu crescimento depende da permanência de associados em seus quadros, motivados e orgulhosos objetivando o bem estar comum. Portanto, o Lions Clube Internacional somente vai crescer e estar lado a lado com as comunidades, se encarar, com seriedade, a limpeza ética de seus membros infratores do Código de Ética e dos Estatutos. O meu principal algoz que retrato neste livro foi o ex-governador Antônio João Delfino Amalfi, que pertencia ao Lions Clube de Londrina, Paraná. Amalfi foi um dos responsáveis, senão o maior responsável, pela inédita crise da ética e da moralidade no Distrito LD-6, que considero a maior crise ética do Lions Clube Internacional, em toda a sua história de quase 100 (em) anos de existência nos mais de 208 países em que atua. Amalfi nasceu em Curitiba, em 09.01.1932 e faleceu em São Paulo, em 20 de outubro de 2010, aos 78 anos de idade e o atestado de óbito foi expedido pelo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do 34. Subdistrito, de Cerqueira Cesar – São Paulo. Seu corpo foi cremado. Apesar da maldade que me infligiu durante anos, que Deus o tenha!


Uma década de decadência ética e moral 179

Índice Onomástico ABIMAD – Código de Ética - 91 Acir Luiz Siqueira-Governador Distrito LD-6 - 128, 131, 165, 176. Acyr Iwankiw - Governador 1973/1974 - 46 a 49, 53, 56, 91, 92, 95, 112, 113, 131, 134, 141, 147, 148, 149, 164, 165. ADIM-Associação dos Diabéticos de Maringá - 153 Ademar Schiavone - ex-Governador Distrito LD-6 - 75, 76, 77, 87, 104, 105, 108, 112, 129 Ademir Paulino Ferrrarini - Governador LD-6 - 2015/201 - 175, 177 Adilson Fermann - LC Arapongas - 41 AGDL nacional - 71 AGDL Distrito LD-6 - 27, 53, 57, 73, 75, 167, 168, 169, 170 Ailton Estel - ex-Governador do Distrito LD-6 - 88, 164 Alberto Horvatich - Assessor Planejamento LD-6 - 2015/2016 - 175, 176 Alberto Klás Neto - ex-presidente do CG/DMLD 2003/2004 - 35 Américo Angélico - Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo - 163 Ana Aparecida Rodrigues Sinhorini Ferreira - Governadora 2004/2005: 72, 74, 77, 86, 87, 98, 101 a 105, 108 a 115, 117, 118, 121, 129, 141, 164, 165 Ana Carla Ganem - LC Apucarana Vitória Régia - 66 Aníbal Bianchini da Rocha - pioneiro de Maringá - 25 Anton Tcheko - filósofo - 123 Antônio Carlos Cerchiari Júnior - Leo Clube - 81, 82, 110 Antônio de Pádua L. Tavares - ex-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos - 53 Antônio Facci - ex-Governador Distrito LD-6 - 25, 26, 48, 51, 52 Antônio João Delfino Amalfi - ex-Governador 1978/1979 - 25, 26, 27, 29, 30, 46, 47, 48, 49, 51, 53, 55, 57 a 60, 62, 65, 66, 67, 75, 76, 77, 80, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 95, 98,105, 107, 110, 111, 113, 114, 123 a 129,133 a 141, 143, 144, 145, 151, 152, 154, 156, 158, 159, 160, 164, 165, 168, 169, 173, 178 Antônio José dos Santos - LC de Londrina - 66 Antônio Paim - 33 Aodilene Pelegrini - LC Cambé - 67, 88 Ariovaldo Costa Paulo - ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Maringá 28, 29, 36 Arison Luiz Moraes - LC de Navegantes de Santa Catarina - 40


180 Uma década de decadência ética e moral

Associação de Domadoras do LD-6 - 67 Belchior Soares da Silva - Juiz de Direito em Maringá - 145 Bob - LC de Assis - São Paulo - 41 Carlos Aurélio Mota de Souza - Tribunal de Ética da OAB/SP - 127 Carlos Humberto Leonardo - LC Maringá Centro - 103, 129 Carlos Roberto de Souza - LC de Londrina - 129 Carta de Palhoça- CG/DMLD - Santa Catarina - 165 Celso de Mello - Ministro do STF - 63 Celso Ivan Conegero - LC Maringá Universitário - 31, 153, 154, 156, 157, 158 Cláudio Rogério Mendes - Ex-presidente 2014/2015 do CG/DMLD - 97 Clement Kusiak - ex-Presidente Internacional de LCI Código de Ética da OAB - 130 Deisy Liboni - LC Apucarana Vitória Régia - 30, 66, 72, 85 a 88, 109, 110, 117 a 120, 128, 137, 165 Deolinda Corniceli Buosi - escritora de Pérola - Paraná - 41 Doroty do Rocio Ricardo - LC Apucarana Vitória Régia - 66 Edgard Fernando Barboza - Juiz do Tribunal de Justiça - 77 Edilberto Tadeu Pedroso - autor de livro de Administração- 99 Elias Gomes Soares - LC Maringá Cristal - 24, 48, 103, 108, 149 Emerson Oyamaguchi - médico oftalmologista - 152, 153 Ernesto Martin Barmann - ex-governador Distrito LD-1 - 171 Eurides Moura - ex-governador Distrito LD-6 - 29, 88, 112, 148 Evilásio Bertoldo Conradi - ex-governador Distrito LD-6 - 145, 168 Fábio Minghini - ex-governador do Distrito LD-6 - 18 Fabrício de Oliveira Neto - ex-Diretor Internacional - 169 Francisco José de Souza - Promotor Público em Maringá - 62 Franklin Vieira da Silva - proprietário Jornal O Diário de Maringá - 25, 28, 36 Gabriel Chalita - Academia de Letras de São Paulo - 51 Gilberto Leutti - Governador Distrito LD-6 - 158, 164, 165 Georges El Haouli - Governador 1981/1982 - 27, 55, 57 a 61, 65, 66, 67, 71, 77, 80, 86, 90, 98, 131, 141, 168, 169, 170, 173 Haruo Shimuzu - LC de Cambará - 103 Hélio Fáraco de Azevedo - ex-governador de Distrito - 79, 171 Holly Becker - coordenadora Sight First da América do Sul - 152, 153, 154, 156, 158, 159 Hugo Miranda Mendes da Silva - advogado - 88 Joana Tonete Biazus - Juíza de Direito de Santo Antônio da Platina - 144 João Batista Leonardo - LC Maringá Centro - 23,35 João Fernando Sobral - ex-presidente Internacional de LCI - 40 Joaquim de Castro - LC de Petrolina - Pernambuco - 38


Uma década de decadência ética e moral 181

Joel Cardoso - LC Maringá Cristal - 130, 153 Jorge Carlos Lehmann - Governador 1983/1984 - 24, 53, 71 a 77, 80, 86, 112, 131, 141, 164, 165, 168, 170, 173 Jorge Luiz Souza Araújo - LC Cambé - 67, 88 José Antônio Cardoso de Oliveira - LC Cambará - 103 José Barbosa Filho - Governador 2006/2007 - 93, 134, 135, 136, 130, 140, 141, 143, 144, 145, 156, 164 José Manzone Usso - in memorian - LC Apucarana - 96 José Maria Ramos - professor de ética - 44 José Roberto Lopes - presidente da fundação Melvin Jones - 155,156 José Varela - AGDL nacional - 168 Lei da Ficha Limpa - 164, 171, 172, 173 Lélio Lauretti - Prof. IBCG - 85 Leo Clube - 81, 110 Lino Stuch Neto - Vice-Governador eleito LD-6 - 102, 103, 107, 108 Lions Clube de Blumenau - manifesto à nação - 161 Lisa Cristina Ganem Novaes - ex-governadora 2008/2009 - 30, 66, 68, 88, 112, 114, 115, 144, 165 Luiz Carlos Bazzo - LC Cambé - 67 Luiz Lourenço - ex-presidente da Cocamar de Maringá - 25 Madre Teresa de Calcutá - 28 Maendra Amarasurya - Presidente Internacional de LCI - 53, 143 Mahatma Ghandi - 28 Manoel Mário de Araújo Pismel - LC Maringá Pioneiros - 24, 26, 30, 148 Maquiavel - 101 Márcia Helena Gouveia - LC Apucarana Vitória Régia - 66, 112, 115 Márcia Pugliesi - Juíza de Direito de Apucarana - 137 Marcos Cintra C. Albuquerque - Vice-Pres. da Fundação Getúlio Vargas - 133 Marcos Vieira de Camargo - advogado - 103, 108 Maria Cândida - ex-governadora de Distrito em Portugal - 38 Maria Inês Migliaccio - editora da agência Estado - 81 Mário Câmara - Lions Clube de São Paulo - 41 Mário Sérgio Azenha de Castro - LC Londrina - 31 Maurício Bellodi - MBA da Fundação Getúlio Vargas - 147 Maurício Gonçalves - LC Maringá Cidade Canção - 29 Maurício Mazzei - LC Cambé-PR - 110, 118, 128, 131, 139 Mauro Werneck - ex-Diretor Internacional (Rio de Janeiro) - 34 Miguel Alves Pereira - ex-governador do Distrito LD-6 - 108, 110, 129, 148 Millôr Fernandes - escritor - 117


182 Uma década de decadência ética e moral

Nair Sizuka Shimizu - LC Cambará - 103 Neida Santiago Amalfi - advogada - 57, 58, 60, 75, 76, 114, 144, 158 Ney Santos Arruda - assessor jurídico CG/DMLD - 40, 93 Nietzche - filósofo - 83 Nilson Tadeu Reis Campos Silva - advogado em Maringá - 25 Nilton Roberto de Paula - LC de Londrina Independência - 67 Nilton Tadanori Kinoshita - ex-governador 2002/2003 - 24, 27, 29, 46 a 49, 53, 55, 56, 57, 59, 60, 65, 71, 72, 77, 80, 81, 82, 86, 90 a 96, 98, 99, 105, 109, 110, 111, 113, 117, 119, 120, 128, 131, 133, 141, 144, 147, 148, 164, 165, 168, 170, 173 Orazília Maria F. dos Santos - LC Londrina Igapó - 67 Orley Eckert - ex-presidente do CG/DMLD - 164 “Os Falsos Profetas” - 19 Patrícia Flores Fermann - LC Arapongas - 41 Paulo Henrique Morales - médico Assessor de Sight First no Brasil - 152, 153, 154, 156, 157, 159 Paulo Pimpão Silva - ex-governador Distrito LD-6 - 88 Paulo Renato de Souza - ex-Ministro da Educação - 169 Paulo Sidney Zambon - ex-governador Distrito LD-6 - 86, 88, 89, 110, 112, 117, 119, 120, 129, 141, 164, 165 Pedrina Nobre Marques - ex-governadora Distrito LD-6 - 88, 124, 129, 152, 154 a 158 Quirino Ramos Maia - LC de Cianorte - 41, 108 Raymundo do Prado Vermelho - ex-governador do Distrito LD-6 - 129 Revista “The Lion” - 38, 53 Roberto Requião - ex-governador do Paraná - 39 Rodavlas Lhamas Ferreira - ex-governador LD-6 - 66 Romário - LC Braço do Norte - SC - 37 Romildo de Oliveira Moraes - LC Maringá Universitário - 153, 154, 157, 158 Rosane Vailatti - ex-Diretora Internacional - 31, 36, 91, 92, 93, 95, 164 Sérgio Esteves - Lions Clube de Minas Gerais - 38 Sid Scruggs, da Carolina do Norte - EUA - ex-Presidente Internacional - 151 Stewalt Camargo Filho - Juiz de Direito em Foz do Iguaçú - Paraná - 60 Tae Sup Lee - Presidente Internacional 2003/2004 - 22, 33, 39, 52 Tribunal de Ética e Disciplina - 164, 171, 172, 173 Túlio Vargas - ex-governador do Distrito LD-1 - 38 Valdenyr Bernardi - ex-governador Distrito LD-6 -148 Valdir Bazzi - LC de Santa Catarina - 38 Vera Lopes - LC Maringá Cristal - 40 Vicente de Paulo Russo - LC de Maringá Centro - 129 Wagner Paschoal - LEO Clube - 81, 82


Uma década de decadência ética e moral 183


184 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 185


186 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 187


188 Uma década de decadência ética e moral


Uma década de decadência ética e moral 189

Convenção Internacional em Denver, Colorado, USA / 2003 - Os 29 Governadores de Distrito do LCI do Brasil e o Presidente Internacional Tae Sup Lee - Gestão 2003/2004

Na função de Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Maringá, recepciona oficial da Polícia dos Estados Unidos


190 Uma década de decadência ética e moral

Cerimônia na Assembléia Legislativa do Paraná, para outorga da Comenda "Ordem do Mérito Leonistico", ao Parlamento Estadual e à Polícia Militar do Paraná.


Uma década de decadência ética e moral 191

Palestra com Steven Dubner "Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez!"


192 Uma década de decadência ética e moral

Reunião em Londrina, para criação do Lions Clube feminino "Rachel de Queiroz"

Palestrante convidado em conveção do Distrito LC-8, em Bauru, estado de São Paulo


Uma década de decadência ética e moral 193

Entrega de brinquedos de Natal para crianças indígenas, em Tamarana, próximo de Londrina-PR


194 Uma década de decadência ética e moral

Recebendo a Medalha "Coronel Sarmento" a maior condecoração outorgada pela Polícia Militar do Paraná, pelos relevantes serviços de interesse público


Uma década de decadência ética e moral 195

Homenagem no Dia do Meio Ambiente, ao pioneiro e jardineiro maringaense Geraldo Pinheiro da Fonseca, com familiares e placa comemorativa ao lado da maior seringueira de Maringá

Em discurso ao lado de Jaime Lerner, Governador do Paraná


196 Uma década de decadência ética e moral

Confraternização com casal americano, na Convenção Internacional, em Denver, Colorado, EUA.

Reunião da Universidade Estadual de Londrina, para criação do Lions Clube Universitário


Uma década de decadência ética e moral 197

Apresentação da Tese "Peculato - o crime do funcionário público", ao concluir o Mestrado em Direito Penal, na Universidade Estadual de Maringá.

Data: 15/06/2001 Banca Examinadora: Dr. Luiz Régis Prado - Prof. UEM (Maringá) Dr. Luiz Luisi - da UFRS (Porto Alegre) Dr. Rodrigo Rios - da PUC/PR.


198 Uma década de decadência ética e moral

Matéria publicada no jornal O Diário do Norte do Paraná 23/11/2006 "Um cidadão dedicado"

Outdoor em Maringá, anunciando a gestão 2003/2004 como Governador do Distrito LD-6



”O leonismo ‘e uma organização mundial de clubes e serviços e de homens probos e livres, de todas as profissões e credos religiosos, que se propõe a promover os princípios éticos e o bem estar social, tendo a ética por principio, amizade e companheirismo por meio e prestação de serviços ao homem e a sociedade por fim” “Fato curioso é que muitos pregadores da ética já ocuparam cargos de destaque na Associação: talvez pelas suas pregações iniciais e enganosas. Todavia, à frente de certas posições não realizaram por que levaram todo o tempo oferecendo uma falsa imagem e não eram detentores de lideranças e nem, tampouco possuidores de dotes de administradores. Apenas, raposas do leonismo” (EGD Oleno Vieira Ramos, do Lions Clube de Recife, Pernambuco). “Conhecemos muitos casos de pessoas desagradadas com seus lideres, porém não elevam a voz de protesto por receio ou medo de serem mal interpretados ou julgados em forma precipitada” (PDG Ernesto Martin Barman, do Lions Clube de Ponta Grossa/ Paraná). “Um governo sem princípios morais não passa de uma quadrilha de malfeitores” (Papa Bento XVI).

Lions Clube Internacional – Distrito LD-6 – Paraná – Brasil “Uma década de decadência ética e moral” Este livro revela a maior crise mundial da “ética e da moral”, no coração do Lions Clube Internacional, que aconteceu a partir da gestão 2002-2003, no Distrito LD-6, Estado do Paraná, Brasil. O autor do livro, Lauri Cesar Bittencourt (advogado e Major RR da Polícia Militar do Paraná), foi Governador do Distrito LD-6 na gestão 2003-2004 e ao assumir a função deparou-se com varias irregularidades na instituição, desde desvio de dinheiro(isenção ilegal de taxa distrital) até a não prestação de contas. Com isso, atingiu o ego de vários ex-governadores e passou a sofrer represálias, como o envio criminoso de Cartas Anônimas, condutas discriminatórias, difamatórias e caluniosas. Passou a ser apunhalado covardemente pelas costas, no exercício do cargo de Governador do Lions Internacional. Face a impunidade destas condutas caluniosas, injuriosas e difamatórias se viu obrigado a buscar a Justiça, a partir do final de sua gestão e ingressou com inúmeras ações judiciais cíveis e criminais, em Maringá, Londrina, Guaíra, Cambará, Santo Antônio da Platina, Arapongas e Apucarana, culminando em 08 condenações judiciais de Governadores, ex-governadores e da própria Governadoria. O Autor foi vitima precipuamente dos membros da AGDL-Associação de Governadores do Distrito LD-6, que se assemelhou a uma organização criminosa, os quais, violaram a ordem jurídica brasileira, a Constituição Federal, os Estatutos de Lions Internacional e jogaram na lata do lixo o CODIGO DE ÉTICA do Leonismo. Até meados de 2015, reinou uma impunidade total na área administrativa do Distrito LD-6, sem nenhuma penalização dos responsáveis pelas praticas ilícitas e criminosas, contrariando todos os princípios e valores fundamentais do Lions Clube Internacional, que são as virtudes da honestidade, a lealdade, a honradez, imparcialidade, retidão, seriedade, transparência, respeito à “dignidade humana e à ordem jurídica nacional” e que representam a magnitude do Lions Clube Internacional, como uma das instituições mais respeitadas no mundo moderno.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.