O Mama na Burra, O Bengala de Ferro e as Três Princesas

Page 1



O MAMA NA BURRA, O BENGALA DE FERRO E AS TRÊS PRINCESAS


Título: O Mama na Burra, o Bengala de Ferro e as Três Princesas Autor: Domingos Dias da Silva Edição: Nova Gráfica Ilustrações: Vanessa Branco Impressão: Nova Gráfica, Lda. Tiragem: 1 exemplar


Ao caro amigo Domingos Dias da Silva pela sua dedicação e suor em prol das Artes Gráficas.



CAPĂ?TULO PRIMEIRO O Mama na Burra e o Bengala de Ferro



Numa aldeia do norte de Portugal residia com seus pais, um menino frágil e muito doentinho que muito preocupava os seus progenitores, irmãos, amiguinhos e vizinhos. Para o curarem, aconselharam os seus pais a alimentá-lo com leite de burra pois o povo dizia que era um bom alimento. Nessa aldeia havia muitos animais dessa espécie. Serviam para ajudar nas lidas dos campos mas, o leite desses animais nesse tempo não servia para a alimentação das pessoas, servia apenas para alimentar os filhotes que mamavam na mãe. Os pais que tudo faziam pela saúde e bemestar dos filhos agradeceram os conselhos dos vizinhos e amigos. Daí em diante o menino começou a beber o leite a todas as refeições e à noite antes de se deitar.



Aquele menino, magrinho e frágil, com o leite de burra começou a ficar mais gordinho e começou a perder a sua palidez. Conforme o tempo foi passando, o seu aspecto passara a ser de um menino saudável e forte. Entretanto, como apenas se alimentava de leite de burra, a gente da aldeia em vez de lhe chamar pelo nome próprio começou a chamar-lhe o Mama na Burra. O jovem foi crescendo forte e saudável e começou a ficar envergonhado com a alcunha que lhe tinham atribuído. Tinha já 21 anos, era um homem feito, forte e robusto e com vergonha do tratamento Mama na Burra pensou em emigrar para outras terras e conhecer outras gentes.


10


Pediu aos pais a parte da herança que por lei lhe seria concedida pela morte deles para assim, pôr-se a caminho e correr o mundo. Os pais ficaram muito tristes com a notícia mas, pelo amor que tinham ao filho, entregaramlhe a parte da sua herança, dinheiro na mão. O Mama na Burra dirigiu-se então ao ferreiro - o homem que trabalhava o ferro, o serralheiro daquele tempo e que executava todas as peças em ferro manualmente com o apoio duma forja e de um fole, que soprava o carvão incandescente e fundia o ferro que depois era trabalhado na bigorna pela mão do artista com um maço de ferro – uma espécie de martelo mas mais forte.

11


12


Ali, o Mama na Burra pediu ao ferreiro para lhe executar uma bengala em ferro. O artista cumpriu o desejo do cliente e dias depois, tinha a encomenda pronta conforme tinha prometido. O Mama na Burra ao perguntar-lhe quanto lhe devia, recebeu do ferreiro uma resposta com um sorriso irónico: – A tua bengala está aí, na banca de obra feita. E quanto ao preço, se fores capaz de a levantar não pagas nada. - pensando ele que o Mama na Burra não era capaz de sequer levantar a bengala. O moço pegou na bengala, saiu pela oficina fora balouçando várias vezes a bengala na mão e deixando atrás de si, o ferreiro de boca aberta de tanto espanto. Desde esse dia passou a ser o Bengala de Ferro.

13



CAPĂ?TULO SEGUNDO O Arrasa Montes e o Arranca Pinheiros


16


Percorreu rios e pontes, prados e montes, a pé, pois naqueles tempos não haviam outros meios para se deslocar. Durante a sua caminhada, foi surpreendido por um homem muito forte que se abraçava aos montes e os arrasava. O Bengala de Ferro abeirou-se dele e chamando-o por Arrasa Montes perguntou-lhe: – Ó Arrasa Montes, quanto ganhas? E o homem que abraçava os montes e os arrasava respondeu-lhe: – Eu ganho uma quantia em dinheiro. O Bengala de Ferro ofereceu-lhe ainda mais, na condição de este seguir consigo. E o Arrasa Montes aceitou. Assim caminharam juntos, Bengala de Ferro e Arrasa Montes.

17


18


Ao longe avistaram um pinhal e ao aproximarem-se, qual não foi o seu espanto quando viram os pinheiros de grande porte a serem arrancados pela raiz por um homem com fortes músculos. Os dois viajantes baptizaram-no logo de Arranca Pinheiros. Bengala de Ferro logo lhe perguntou: – Quanto ganhas? – Eu ganho uma quantia em dinheiro. - respondeu o Arranca Pinheiros. O Bengala de Ferro ofereceu-lhe mais dinheiro para os acompanhar e agora, os três, Bengala de Ferro, Arrasa Montes e Arranca Pinheiros seguiam juntos. Bengala de Ferro o seu novo patrão, explicoulhes que iriam correr mundo.

19



CAPร TULO QUARTO O Poรงo Misterioso


22


Chegando a uma planície cercada por montes encontraram um poço misterioso, profundo e sem água. Espantados com esse achado, resolveram descer para descobrir o que se encontrava lá no fundo. Bengala de Ferro ordenou ao Arrasa Montes que descesse ao poço através de uma corda amarrada à cinta e muniu-o com uma campainha. Desciam-no lentamente para ele não se magoar. O Arrasa Montes levava a campainha para tocar em caso de perigo ou de se assustar.

23


24


Conforme ia descendo, foi-se deparando com cavernas medonhas e assustado não chegou ao fundo do poço. Tocou a campainha sem parar e foi içado rapidamente pelos companheiros. Quando chegou à superfície a sua cara estava de tal forma transformada com o susto, que mal podia falar. Agora era a vez do Arranca Pinheiros. O patrão mandou-o descer até ao fundo mas também ele, horrorizado com o que viu durante a descida, nem chegou a metade da viajem e começou desesperadamente aos gritos e a tocar na campainha. Logo o puxaram para cima e para fora do poço. Este com o susto gaguejava tanto que queria falar e não podia.

25


26


Perante estes medricas, o Bengala de Ferro decidiu descer. E então ordenou aos seus colaboradores: – Quanto mais eu tocar a campainha, mais vós me desceis. E assim foi o Bengala de Ferro com a sua bengala, e depressa chegou ao fundo do poço.

27



CAPÍTULO QUINTO As Três Princesas e os seus Encantamentos


30


Lá em baixo deparou-se com uma gruta profunda e bela com muitas cavernas mas diabólica. Caminhando com segurança e sempre confiante na sua bengala viu com espanto uma jovem sentada ao longe, numa cadeira luxuosa. A moça perguntou-lhe sem delongas: – Quem te trouxe aqui? O Bengala de Ferro respondeu: – Foi a minha força e o meu poder. – Então foge que o meu encanto mata-te. – retorquiu ela de imediato. – O que é o teu encanto? – Um Leão! – disse-lhe, estremecendo.

31


32


Nesse momento grunhidos mortíferos de um animal feroz fez-se ecoar através das cavernas. Era o Leão que se aproximava da sua presumível vítima. Com a sua força e o seu poder o jovem levantou a sua bengala de ferro e desferiu no animal, uma pancada fatal que o prostrou imediatamente por terra, morto e bem morto. E assim quebrou o encanto da princesa. Depressa pegou nela e levou-a junto à saída que a iria conduzir de novo à superfície da terra. Bengala de Ferro amarrou-a pela cinta com a corda pela qual ele desceu, deu sinal com a campainha e de imediato ela foi puxada pelos dois homens que esperavam pelo patrão à entrada do poço.

33


34


Surpresa das surpresas! De imediato pensaram que o patrão tinha sido transformado numa linda e muito bem vestida jovem, mas a princesa explicoulhes tudo. Arrasa Montes e Arranca Pinheiros, encantados com esta maravilhosa surpresa, logo pensaram em abandonar O Bengala de Ferro no fundo do poço e fugir com a linda princesa mas ela pediulhes que o não fizessem, pois havia lá na gruta, mais duas irmãs e que ele as iria salvar dos seus encantos. Entusiasmados, eles obedeceram.

35


36


Bengala de Ferro ainda lá em baixo, caminhou pela gruta e encontrou a irmã do meio que lhe perguntou: – Quem te trouxe aqui? – Foi a minha força e o meu poder. Resposta imediata da encantada: – Foge que o meu encanto mata-te. Perguntou o viajante: – O que é o teu encanto? – Uma Cobra de Sete Cabeças! Bengala de Ferro não se assustou mas pensou, sete cabeças? Tenho que acertar com a minha bengala na cabeça principal porque senão serei um homem morto.

37


38


Logo um grande estrondo ecoou pela gruta. Era a cobra de sete cabeças. Um ser medonho aproximava-se. Olhando as sete cabeças da cobra Bengala de Ferro acertou com a sua bengala na cabeça que viu ter mais raiva, era a cabeça principal. E assim matou a cobra. E com ela, mais um encanto quebrado. O homem do poder e da força levou a jovem até à saída que a iria conduzir à superfície da terra e amarrou a corda de novo, à cintura da princesa. Tocou a campainha e esta foi içada de imediato pelos dois impacientes que se encontravam à entrada do poço.

39


40


Se o seu contentamento tinha sido grande com a primeira princesa, este foi muito maior pois jå tinham uma princesa para cada um. Combinaram Arrasa Montes e Arranca Pinheiros, abandonar no fundo do poço o patrão, levando com eles as duas princesas, mas elas lembraram-lhes que havia ainda uma irmã encantada na gruta. Cederam ao pedido, contrariados.

41


42


Entretanto o homem da bengala caminhou novamente gruta a dentro. Satisfeito com o seu trabalho, descobre então outra donzela, a mais nova das três princesas e a pergunta não se fez esperar. – Quem te trouxe aqui? - perguntou espantada. A resposta foi a mesma: – A minha força e o meu poder. – respondeu ele com o peito ainda mais cheio. – Foge que o meu encanto mata-te. – O que é o teu encanto? – É o Diabo! – responde-lhe a moça assustada. Sem que se fizesse esperar logo um estrondo diabólico ecoou ainda mais forte na gruta e línguas de lume vieram em direcção ao protector da moça. À frente do lume vinha o Diabo.

43


44


O homem forte mas assustado levantou a sua bengala e desferiu, na cabeรงa do Diabo, um golpe de mestre que lhe cortou uma orelha. A orelha caiu e o Diabo fugiu, levando o fogo no rabo. O homem que enfrentou o Diabo meteu a orelha ao bolso, enquanto a princesa desfaleceu desamparada, por tudo aquilo que tinha visto. De imediato Bengala de Ferro pegou nela e quando esta acordou e viu o seu protector ao seu lado, enternecida, beijou-o.

45


46


Bengala de Ferro nunca tinha sido beijado por uma mulher. Apenas sua mãe o tinha feito com o amor próprio de uma mãe por um filho. Ficou tão sensibilizado com o gesto da princesa que a levou de imediato à saída da gruta para que esta fosse içada com a corda até à superfície. Assim, amarrou a corda à cinta da jovem e tocou a campainha para que ela se pudesse reencontrar com as suas irmãs lá em cima.

47


48


Assim que alcançaram a terceira princesa, Arranca Pinheiros e Arrasa Montes decidiram fugir com as três princesas e deixar lá no fundo o único e verdadeiro herói. Se o pensaram assim o fizeram. Agora era a vez de puxar a corda para trazer o patrão até à superfície e Bengala de Ferro amarrou-se pela cinta e agarrando com força a sua bengala tocou à campainha para ser içado pelos traidores que a meio do poço largaram a corda e o deixaram cair. No fundo do poço ele caiu e pensando que o tinham morto e bem morto partiram. Apesar da queda o Bengala de Ferro sobreviveu. Arrasa Montes e Arranca Pinheiros levaram as princesas ao palácio e entregaram-nas aos pais convencendo o Rei e a Rainha de que tinham sido eles os heróis que tinham quebrado os encantos das filhas.

49



CAPĂ?TULO SEXTO Bengala de Ferro e o Diabo


52


Enquanto isso, Bengala de Ferro vagueava pela gruta sem ter possibilidade de subir à superfície. Os dias foram passando e a fome chegava. Desesperado, revirou os bolsos e encontrou a orelha que tinha cortado ao Diabo para salvar a filha mais nova do Rei. Levou a orelha à boca e deu-lhe uma dentada. Nesse momento apareceu o Diabo exibindo apenas a orelha que lhe restava e disse: – Dá-me já a minha orelha! Bengala de Ferro, respondeu-lhe destemido: – Dou-te a tua orelha quando me tirares daqui. Logo o Diabo colocou o Bengala de Ferro e sua bengala às costas. Num ápice o levou à superfície da terra para que este pudesse respirar ar puro, mas o cavaleiro do Diabo não lhe devolveu a orelha. O Diabo furioso, desapareceu.

53


54


Caminhou sem destino mas sempre procurando alimento pois apetite não lhe faltava. De repente, avistou ao longe uma grande casa em forma de castelo e dirigiu-se a ela pois a fome devorava-o. Já no portão, tocou na sineta e logo lhe apareceu o porteiro vestido com trajes de mordomo. Bengala de Ferro pediu comida ao porteiro, mas ele respondeu que não podia satisfazer o seu pedido sem ordem do Rei ou da Rainha. O porteiro deixou-o à porta e dirigiu-se ao Rei e à Rainha dizendo-lhes: – Majestades, encontra-se lá fora um romeiro que pede comida.

55


56


Os monarcas estavam atrasados com a mobília dos quartos das duas filhas mais velhas que tinham já casamento marcado com o Arranca Pinheiros e o Arrasa Montes, como sinal de agradecimento por estes as terem salvo dos seus encantos. Então o Rei mandou entrar o romeiro e perguntou-lhe se ele sabia executar duas mobílias de quarto. As duas filhas iam casar no dia seguinte e ainda não tinham mobília. O Bengala de Ferro cheio de fome respondeu: – Eu faço tudo o que Vª. Majestade desejar, logo que me forneça um saco de nozes, um martelo e um garrafão de vinho pois a fome está a matar-me. Dito isto, o Rei ordenou o mordomo que satisfizesse a exigência do romeiro e que o levasse para um armazém onde ele pudesse executar as mobílias.

57


58


No seu novo aposento e com a retirada do mordomo, logo começou a partir nozes com o martelo e a comê-las acompanhadas com o vinho. A noite já ia longa e o novo hóspede do palácio partia as nozes com o martelo com tal força que até se ouvia nos aposentos do Rei e da Rainha. Disse a Rainha ao Rei: – Lá está o homem a executar as mobílias dos quartos das nossas filhas. Ao contrário do que a Rainha pensava, com as nozes e com o vinho que Bengala de Ferro ingeriu, ele ficou bêbado e adormeceu.

59


60


De manhã, o sol já ia alto quando o novo hóspede do Rei acordou. Aflito, com o compromisso das mobílias, meteu a mão ao bolso e tirou a orelha do Diabo, levou-a à boca e ferrou-lhe uma dentada. Logo lhe apareceu Lúcifer. – Dá-me já a minha orelha! - disse enfurecido. – Dou-te a tua orelha se me apresentares duas mobílias de quarto dignas de princesas. E as mobílias apareceram de imediato, obra do Diabo mas, o Bengala de Ferro não lhe devolveu a orelha. A mobília dos quartos estava pronta no dia do casamento.

61



CAPÍTULO SÉTIMO A Corrida de Cavalos


64


O dia do casamento das princesas tinha direito a festa de gala no palácio e diversos divertimentos. Entre eles havia uma corrida de cavalos. Existia uma grande pista para esse fim dentro das muralhas do palácio. Bengala de Ferro quando soube que se ia realizar uma corrida de cavalos em honra do casamento das princesas, lembrou-se da orelha do diabo que ainda possuía no bolso e deu-lhe uma dentada. Logo lhe apareceu o mafarrico a pedir a orelha: – Dá-me a minha orelha! – Dou-te a orelha se me apresentares neste momento, um cavalo diabólico para eu ganhar esta corrida de cavalos. Satanás logo lhe apresentou um cavalo capaz de ganhar a todos os concorrentes.

65



Todos os cavaleiros estavam ansiosos pela corrida e à espera da ordem da partida que era dada pelo Rei. Qual não foi a sua surpresa quando apareceu junto deles um cavaleiro diferente, montado num cavalo diferente, e que eram obra do Diabo. Os cavalos e cavaleiros nervosos movimentavam-se, inquietos, à vista de toda a corte, do Rei, da Rainha, das duas filhas mais velhas e dos seus maridos, Arrasa Montes e Arranca Pinheiros e ainda da Princesa mais nova. O Rei deu o sinal real para a corrida. Espanto dos espantos, havia um dos cavaleiros que se adiantava bastante, deixando todos os outros concorrentes para trás até que, isolado, começou a ser reconhecido pela princesa mais nova, a mesma que o beijou na gruta depois de este lhe ter quebrado o encanto.



Chegando-se ao pé do pai, murmurou-lhe baixinho ao ouvido: – Meu pai, o cavaleiro que se distanciou dos outros, foi o homem que nos salvou. O verdadeiro herói. O Rei surpreso ia perguntar à filha: – Mas não foram…? - mas a filha nem o deixou acabar a pergunta. – Não meu pai. Este homem forte e poderoso é que nos salvou. – revelou ela. Entretanto a corrida de cavalos tinha terminado com a vitória do Bengala de Ferro. O Rei condecorou-o como vencedor e ofereceu-lhe como prémio, a mão da filha mais nova, a Princesa que o tinha beijado depois de ela ter desmaiado quando o viu a lutar com o Diabo para a salvar.



CAPÍTULO ÚLTIMO O Casamento


72


Casamento anunciado e o Mama na Burra mandou procurar os seus pais para que estes pudessem assistir ao seu casamento com a princesa. Aquele menino frĂĄgil e doente que os pais tinham criado com leite de burra, iria ser um prĂ­ncipe casado com uma princesa. Tudo lhes foi contado pela futura nora princesa o que deixou os pais de Mama na Burra agora Bengala de Ferro, muito felizes. Os pais ficaram muito orgulhosos pelo filho, pois este tinha-se pautado pelos ditames da virtude e da honra.

73


74


Casaram-se, e no fim da cerimónia o Bengala de Ferro levantou delicadamente o véu que cobria a cara da princesa, beijou-a e com um ar de ternura disse-lhe: – Como és formosa princesa. E neste momento, apareceu-lhe de novo, o Diabo: – Dá-me já a minha orelha! – disse o mafarrico já deitando fumo enxofrado pelas ventas.

75



E Bengala de Ferro, o homem de força e do poder, meteu a mão ao bolso e tirando a orelha, atirou-a ao ar provocando um trovão tão diabólico que se ouviu no país inteiro e a terra estremeceu debaixo dos pés. No mesmo instante, o Diabo desapareceu.



Passados uns meses e acalmados os ânimos, o feliz casal foi então abençoado com o nascimento de três principezinhos, tão lindos como três beijos.


Este livro foi ilustrado, composto e impresso na Nova GrĂĄfica, durante o mĂŞs de Setembro do ano de 2010.



Uma homenagem merecida sob a forma de uma hist贸ria de encantar intemporal.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.