Universidade de Brasília - UnB | Faculdade de Arquitetura e urbanismo - FAU | Departamento de Projetos, Expressão e Representação - PRO | Trabalho Final de Graduação | dez/2017
Requalificação Urbana das Quadras Econômicas Lúcio Costa Vanessa Cristine Silva Cardoso
Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU Departamento de Projetos, Expressão e Representação - PRO
Vanessa Cristine Silva Cardoso Orientadora: Gabriela de Souza Tenorio
(Re)qualificação Urbana das Quadras Econômicas Lúcio Costa
Trabalho Final de Graduação submetido à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília como parte integrante dos requisitos necessários à obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Brasília, 2017
Agradecimentos A Deus, por todas as oportunidades e graças, por me dar forças nos momentos infelizes e por me ajudar a enfrentar as barreiras com muita fé. Aos meus pais, Antônio e Sônia, exemplos de vida, por todo apoio, carinho, amor e preocupação. Ao meu irmão Hítalo, minha avó Luzia, minhas tias Simone, Solange (in memória), Sueli (in memoria) e meus tios Paulo e Wallisson que sempre me encorajaram a seguir minha trajetória neste curso. À professora Gabriela Tenório, pelo grande entusiasmo com o tema, empenho em orientar e transmitir seus ensinamentos, dedicação e paciência. Em especial, por todas as vezes em que me guiou da melhor forma possível, respeitando minhas ideias e contribuindo de forma esplêndida para minha formação acadêmica e para este trabalho. Aos professores componentes da banca examinadora, pelas valiosas contribuições e discussões. Aos meus amigos, por todo amparo nas horas difíceis, pela admiração a cada passo, pelas palavras de afeto e por
POR QUÊ REQUALIFICAR? A requalificação urbana dita uma nova estética em função do desenho já existente de um local levando em conta sua marca individual formada ao longo do tempo. Traz uso para os locais subutilizados ou esquecidos e formula uma nova estética, planejada para ser funcional e de qualidade.
Requalificação da Orla Marítma de Salvador
“Assim emerge uma nova visão de cidade, em que a qualificação e integração dos distintos espaços contribuem de forma decisiva para uma dinâmica funcional urbana mais inclusiva, coerente e sustentável” (SILVA, 2011, p.6).
participarem direta ou indiretamente deste trabalho. Aos engenheiros e arquitetos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em especial à Divisão de Fiscalização (DIFISC), por terem compartilhado comigo suas experiências, transmitido seus conhecimentos, contribuído com opiniões e incentivos para este trabalho. Aos servidores do CODES da Administração do Guará (gestão de 2017), por toda atenção e assistência prestadas com a bibliografia necessária. Aos moradores das Quadras Econômicas Lúcio Costa, pela boa vontade em auxiliar com a documentação particular, abrir suas casas para visitação e colaborar com seus relatos pessoais, colaborando qualitativamente com grande parte deste projeto, tornando-o uma realidade. Requalificação Urbana da Avenida Annakhil em Rabat — Marrocos
INTRODUÇÃO AO TEMA
As Quadras Econômicas Lúcio Costa (QELC) localizam-se no Guará, Região Administrativa X (RA X), às margens da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), e são um projeto de habitação popular elaborado pelo arquiteto Lucio Costa em 1972 e inaugurado em 1987. Apesar de ter sido usado para atender às necessidades de expansão e preservação do Plano Piloto (previstas no documento Brasília Revisitada), o projeto era direcionado à população de baixa renda de Alagados, em Salvador, mas nunca foi construído lá. Então, o próprio arquiteto teve a ideia de utilizá-lo em áreas que ficassem ao longo das vias de conexão do Plano Piloto com as RAs. Seu desenho urbano – formado basicamente por losangos compostos de edifícios de apartamentos e pequenas “praças” – se repete de maneira semelhante no Cruzeiro Novo e no chamado Sudoeste Econômico, algumas das áreas previstas para expansão. Dentro da QELC também se encontra a Vila Tecnológica (construída entre 1999 e 2002), projeto de habitações populares de baixo custo destinadas a servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) residentes no Guará e inscritos em programas habitacionais do Instituto de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (IDHAB), hoje renomeado como Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB). Essa Vila tinha o propósito de funcionar como um grande mostruário de casas com tecnologias alternativas e sustentáveis, de boa qualidade e conforto, com materiais inovadores – como entulhos de construções, resíduos plásticos e isopor. Entretanto, assim como as QELC, a Vila Tecnológica também é um projeto pouco conhecido e se parece com as quadras de casas comuns do Guará.
LEGENDA 1 - Colônia Agrícola Vicente Pires - CAVP 2 - Jóquei Clube de Brasília 3 - Quadras Econômicas Lúcio Costa - QELC e Vila Tecnológica 4- Reserva Ecológia do Guará 5 - Setor Residencial Indústria e Abastecimento - SRIA I (Guará I) 6 - Setor de Oficinas Sul - SOF/SUL 7 - Setor de Garagens e Concessionárias de Veículos - SGCV 8 - Colônia Agrícola Águas Claras - CAAC 9 - Setor Residencial Indústria e Abastecimento - SRIA II (Guará II) 10 - Parque do Guará 11 - Setor de Múltiplas Atividades Sul - SMAS Trechos 1 e 2 12 - Pólo de Modas 13 - Colônia Agrícola Bernardo Sayão - CABS 14 - Colônia Agrícola IAPI - CAIAPI
Vicente Pires
METRÔ
N
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
Requalificação das Quadras Econômicas Lúcio Costa a fim de se obter uma maior integração com o Guará e demais regiões, além de uma maior autonomia para o local. A partir da análise do lugar, sanar problemas de estruturação espacial; otimizar fluxos; valorizar as potencialidades e incluir novos usos e funções para uma melhoria da qualidade do espaço para os moradores.
O fato que impulsionou a realização deste trabalho foi, primeiramente, a carência de estudos e o desconhecimento sobre o local, o qual já tem exatos 30 anos de existência. Concomitantemente, a relação de dependência das QELC em relação ao Guará é uma questão motivadora para se trabalhar melhor a interação das duas áreas, de modo que a EPTG não seja mais uma barreira, e sim o principal ponto de integração entre elas. Nesse sentido, é coerente requalificar as QELC uma vez que no local tem grande potencial e espaço para novos usos, os quais podem se tornar um grande atrativo que inclua não só as pessoas que moram lá, mas também de outras regiões. Além disso, a área criada por Lucio Costa é um testemunho histórico de um trecho de Brasília Revisitada e deveria ser melhor valorizada por conta de seu interesse patrimonial.
Planta de situação RA X (Guará) com entorno, áreas de preservação e principais acessos em destaque. Fonte: Plano Diretor do Guará (com alterações).
15 km
LEGENDA Jóquei Clube de Brasília Reserva Ecológica e Parque Colônias Agrícolas Setor Residencial Indústria e Abastecimento - SRIA I (Guará I)
MÉTODOS
Primeiramente, será feita a coleta e a atualização dos dados gráficos e textuais sobre o local, como legislações (Plano Diretor de Ordenamento Territorial PDOT, Plano Diretor Local do Guará - PDL, Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade - PDTU, Lei de Uso e Ocupação do Solo - LUOS e Estatuto da Cidade), memorial descritivo, proposta urbana do projeto, mapas e fotos. Após análise dos dados coletados e caracterização do lugar, será feito um diagnóstico dos problemas e das potencialidades, a fim de gerar uma avaliação sobre os principais aspectos de intervenção do projeto. A partir dessa avaliação, serão adotadas diretrizes, ações e metas que constituirão a proposta preliminar do projeto de requalificação urbana.
Setor Residencial Indústria e Abastecimento - SRIA II (Guará II) Quadras Econômicas Lúcio Costa - QELC e Vila Tecnológica
N
Planta de localização das Quadras Econômicas Lúcio Costa e Vila Tecnológica com entorno imediato. Fonte: Plano Diretor do Guará (com alterações).
PARTE 1 - CONTEXTO HISTÓRICO: LUCIO COSTA E A EXPANSÃO DO PLANO PILOTO Habitação em Brasília ................................................................................................................... 6 O projeto inicial das Quadras Econômicas (1972) .................................................................... 7 As Quadras Econômicas Lúcio Costa (QELC) ............................................................................ 8 A Vila Tecnológica ....................................................................................................................... 12 Diretrizes do Plano Diretor do Guará ......................................................................................... 13 A Linha Verde da EPTG ............................................................................................................... 14 A Reserva Biológica do Guará .................................................................................................... 15 O Jóquei Clube ..............................................................................................................................16 PARTE 2 - CARACTERIZAÇÃO: AS QUADRAS ECONÔMICAS LÚCIO COSTA
Sumário
Contexto metropolitano e caracterização da população ................................................... 18 Mapa hierarquia viária ................................................................................................................ 19 Caracterização das vias ............................................................................................................. 20 Mapa operacional ...................................................................................................................... 21 Mapa funcional ........................................................................................................................... 22 Seções viárias ............................................................................................................................... 23 Mapa uso do solo ........................................................................................................................ 26 Equipamentos públicos/mobiliário urbano .............................................................................. 27 Mapa de gabarito ....................................................................................................................... 28 Tipos edilícios ................................................................................................................................ 29 Mapa permeabilidades e barreiras .......................................................................................... 31 Mapa de abrangência ............................................................................................................... 32 Mapa de uso noturno ................................................................................................................. 33 PARTE 3 - DIAGNÓSTICO: ANÁLISE, PROBLEMAS E POTENCIALIDADES Dimensão funcional ..................................................................................................................... 35 Dimensão bioclimática ............................................................................................................... 42 Dimensão sociológica ................................................................................................................. 43 Dimensão econômica ................................................................................................................ 44 Dimensão topoceptiva ............................................................................................................... 45 Dimensões estética, simbólica e afetiva .................................................................................. 46 Problemas e potencialidades .................................................................................................... 47 Diretrizes, ações e metas ........................................................................................................... 48 PARTE 4 - PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO: NOVOS USOS, INTEGRAÇÃO E FUNCIONALIDADE A nova QELC ............................................................................................................................... 50 A nova via paisagística ............................................................................................................... 51 Mapa hierarquia viária ................................................................................................................ 53 Caracterização das vias ............................................................................................................. 54 Mapa operacional ...................................................................................................................... 55 Mapa funcional ........................................................................................................................... 56 Mapa uso do solo ........................................................................................................................ 57 Mapa de abrangência ............................................................................................................... 58 Mapa permeabilidades e barreiras ........................................................................................... 59 Mapa de gabarito ....................................................................................................................... 60 Seções viárias ................................................................................................................................ 61 Novos tipos edilícios ...................................................................................................................... 68 Vistas antes e depois ................................................................................................................. 69
CONTEXTO HISTÓRICO: LUCIO COSTA E A EXPANSÃO DO PLANO PILOTO
Habitação em Brasília Croquis originais de Lucio Costa para as superquadras. Fonte: Relatório do Plano Piloto, 1957.
No instante em que dois eixos cruzados em ângulo reto formaram o sinal da cruz...
700 400 Asa Sul
Casas isoladas (Lago Sul)
Nascia uma cidade moderna, viva e de caráter monumental;
Asa Norte
Casas isoladas (Lago Norte)
N
Projeto do Plano Piloto que foi construído posteriormente após alterações.
Uma cidade planejada para atrelar cultura, governo e administração.
Croquis originais de Lucio Costa para Plano Piloto de Brasília. Fonte: Relatório do Plano Piloto, 1957.
Em seu “Relatório do Plano Piloto”, Lucio Costa assinalou as diretrizes da concepção do núcleo urbano de Brasília, entre elas a determinação clara de onde seriam os setores habitacionais do local, a chamada escala residencial. Ela é formada basicamente de grandes quadras – as superquadras – dispostas ao longo do eixo arqueado, o rodoviário-residencial, e circundadas por um cinturão verde intensamente arborizado. Bairros residenciais com casas isoladas para habitações individuais também foram previstos, preferencialmente longe da orla do lago afim de preservá-lo, fato que não se consolidou nos dias atuais. Passados 25 anos da inauguração da nova capital, foi realizado o estudo “Brasília 57-85: do plano-piloto ao Plano Piloto”, feito pela Secretaria de Viação e Obras juntamente com a Terracap em 1985. O trabalho se propôs a descrever e analisar as mudanças do projeto inicial de Lucio Costa para o que realmente foi consolidado na construção do Plano Piloto de Brasília. Dentre as mudanças na escala residencial, destacam-se o deslocamento de toda a área urbana do Plano Piloto para leste e a fim de diminuir o espaço vazio entre a água e a cidade, com a justificativa de que aquela área poderia ser propícia a invasões. Além destas alterações, foi criada mais uma linha de superquadras econômicas do lado leste (as 400), às margens da L-2, composta por blocos retangulares com gabarito de três pavimentos e também a construção de casas geminadas a oeste da W-3 Sul (as 700). O estudo observou que a formação das cidades-satélites (hoje denominadas Regiões Administrativas - RAs) ocorreu muito antes do previsto pelo autor do projeto: em tese, elas deveriam após a completa ocupação do Plano Piloto, como uma forma de abrigar a população que extrapolava as moradias das superquadras. Entretanto, isso não ocorreu e rapidamente as autoridades transformaram as favelas surgidas próximas aos canteiros de obras em pequenas cidades satélites. Essa falta de previsão dos órgãos da administração contribuiu com a rápida urbanização do entorno do Plano Piloto. Fato é que o Plano Piloto
Mapas com possíveis lugares para implantação das quadras econômicas. Acima, o primeiro estudo; abaixo, o estudo final com QELC em destaque. Fonte: www.jobin.org/lucio.
foi ocupado pela classe média e para onde se destinariam as pessoas que não se encaixavam nos padrões de ocupação do centro da cidade? Neste contexto, surge “Brasília Revisitada” em 1987. Esse documento trouxe à tona a reflexão acerca da complementação, preservação, adensamento e expansão do Plano Piloto. Também serviu de base para a inscrição de Brasília como Patrimônio Cultural e seu Tombamento Nacional. Como citado por Lucio Costa em seu Relatório, o Plano Piloto serviria como ponto base para o planejamento regional, pois a partir dele as cidades se desenvolveriam e se consolidariam. Isso de fato aconteceu, porém ao separar e garantir a pureza do desenho modernista de Brasília, uma faixa verde circundou o núcleo central, impedindo desta forma a aproximação de seus bairros mais pobres. Em Brasília Revisitada, Costa reconhece este paradoxo em decorrência dessa forma de ocupação e, na tentativa de oferecer mais moradias, propôs a construção de quadras populares ao longo das vias de ligação do Plano piloto com as cidades-satélites. Essas quadras teriam habitações mais simples e econômicas do que as das superquadras e seriam destinadas aos 2/3 da população que não se encaixava no perfil econômico do Plano Piloto. As vantagens eram anunciadas como forma de compensar as distâncias: dispor da proposta inovadora de "morar em apartamento" das superquadras, com chão livre e extensa área verde. Solução pensada para convenientemente “não estabelecer continuidade de ocupação com o Plano Piloto, mas ao mesmo tempo propiciar ligação viária franca com o centro urbano” (LEITÃO, 2009, p.67).
O projeto inicial das Quadras Econômicas (1972)
Croquis da ideia geradora para as Quadras Econômicas. Fonte: COSTA, 1995.
Croqui com o desenho urbano final para as Quadras Econômicas (paralela à via e com intensa arborização, assim como nas superquadras). Fonte: MDE 66/87 Croquis exemplo da tipologia dos blocos das Quadras Econômicas. Fontes: COSTA, 1995.
A proposta urbana das quadras econômicas foi inicialmente elaborada para a cidade de Alagados, em Salvador. Entretanto, não foi construída lá e o projeto, apelidado de “pré-moldado urbano”, foi aproveitado para o contexto de expansão de Brasília. Como foi criado posteriormente à construção do Plano Piloto, Lucio Costa quis incorporar ao desenho da quadra algumas características das superquadras – como pilotis, prédios com baixo gabarito e muita arborização, a fim de disseminar esse novo modo de morar. Além disso, as quadras foram pensadas para que pudessem ser implantadas em grande escala, com baixos custos de infraestrutura e construção, e tinham o propósito de criar uma “cortina arquitetônica urbanisticamente integrada ao longo das vias”, de forma a aproximar as diferentes classes sociais – segundo palavras do próprio arquiteto. A ideia geradora do desenho urbano das quadras econômicas é formada por um losango inscrito em um retângulo de 160 por 320 metros. Os caminhos oblíquos dos losangos formam pequenas praças em cada vértice e dão direcionamento à disposição dos blocos. Cada quadra conta com área de 5 hectares e 30 blocos, todos com três pavimentos de 2,50m (piso a piso) sobre pilotis livre de 2,20m de pé-direito. Para comparar o projeto das quadras com um parcelamento de lotes de casas geminadas de 6m de testada, Lucio Costa diz que com implantação de 28 blocos, caberiam 504 apartamentos e a população estimada seria de 2520 habitantes. Para as casas geminadas, no mesmo tamanho de área, caberiam apenas 270 unidades e 1300 habitantes (LUCIO, 1995). Cada edifício tem apartamentos de 52m² (4 por andar) ou 26m² (8 por andar), ambos pensados para futuro crescimento familiar e
distribuídos de forma alternada, para que a quadra fosse ocupada tanto por moradores de classe média como por moradores de classe baixa. Assim, 50% dos blocos devem ter apartamentos maiores e 50% dos blocos, apartamentos menores – ideia de Lucio Costa para evitar qualquer tipo de segregação social. As fachadas dos edifícios foram pensadas para serem simples e simétricas, com o mesmo padrão, feitas em concreto aparente com acabamentos de cal, além de esquadrias, vigas e pilares modulados. A urbanização da quadra reduz-se a pista de mão dupla e locais para retorno. O acesso dos carros aos blocos se faz sobre o terreno pela parte traseira dos edifícios e o sistema de calçadas obedece uma trama regular, acompanhando as vias. Alguns dos princípios usados nas superquadras foram aproveitados para as quadras econômicas: além dos edifícios com três pavimentos construídos sobre pilotis, o conjunto de quatro quadras constituem uma Unidade de Vizinhança e tem população aproximada de quatro superquadras. Além disso, o projeto adota para as novas quadras o mesmo critério de vender apenas as projeções dos blocos, e não o terreno, para que o pilotis continue tendo seu significado de público. Nesse sentido, o interior da quadra (também denominado de entrequadra) foi pensado para ser um “quintal comum”, onde devem onde devem estar os equipamentos de apoio como escola classe, jardim de infância, creche, serviço social, alpendres para velhos e jovens, áreas arborizadas e separadas para recreio de crianças. O comércio local fica nas pracinhas que articulam as quadras e pode ser facilmente acessado a pé; na via contorno ficam as escolas, mercados, posto de saúde, templos e quaisquer outros equipamentos de interesse comunitário, que necessitariam da via para se manter. a construção de casas geminadas a oeste da W-3 Sul (as 700).
Apartamento favelado
Apartamento proletário Croquis exemplo da ocupação do pilotis e da tipologia dos partamentos. Fontes: COSTA, 1995.
Croqui disposição dos blocos residenciais e equipamentos no losango. Fonte: COSTA, 1995.
As Quadras Econômicas Lúcio Costa (QELC)
QE 01, a quadra modelo
Foto panorâmica da época de construção das QELC. QE 1 consolidada. Fontes: Arquivo Público do DF.
Antes chamadas de Quadras Econômicas da EPTG, as Quadras Econômicas Lúcio Costa foram inauguradas em 29 de julho de 1987. Elas tinham o propósito de servir como experimento urbano da ideia de Lucio Costa, a fim de estudar se sua implantação seria mais vantajosa do que as que já haviam ocorrido nas primeiras RAs. A QELC é formada pelo conjunto de quatro losangos (uma Unidade de Vizinhança) e desses quatro, somente a QE 1 possui todos os equipamentos e diretrizes que foram propostas por Lucio Costa no projeto original. Essa QE foi a primeira ser construída e serviria de base para as outras, fato que não foi consumado, pois os apartamentos e blocos das outras são maiores e possuem caixa de escada sobressalente na fachada, além de acabamentos mais refinados do que o proposto pelo arquiteto. De modo geral, ela é a que mais tem aparência de habitação para baixa renda, tanto no formato dos edifícios, quanto dos apartamentos – é a única quadra que não possui varandas. Alguns aspectos previstos no projeto original foram descartados ao longo dos anos de existência da QELC. A maioria de suas quadras não permaneceu com a intensa arborização; os equipamentos das outras 3 entrequadras não foram implantados da forma prevista; não houve a divisão igualitária dos apartamentos menores e maiores, pois cada edifício ficou responsável pelos seus apartamentos (assim como nas superquadras) e as pracinhas são na verdade grandes terrenos vazios - em duas delas foram implantadas quadras poliesportivas apenas, mas nada que configure uma praça de fato. Um dos princípios primordiais do projeto também não foi levado adiante: todos os pilotis foram cercados para servirem de garagem para os blocos, interferindo no fluxo de pedestres, os quais são obrigados a andar adjacente às vias. Inclusive, alguns blocos possuem becos entre as grades, mas na maioria das vezes as passagens são totalmente cercadas.
Disposição das quadras da QELC, com destaque para a QE 1, a qual seguiu o projeto original. Fontes: TOMÉ, 2009 e Arquivo Público do DF.
Contraste entre o antes e depois das QELC. À esquerda, edfícios da QE 01; à direita, edifícios das QEs 2 e 3. Fontes: Arquivo Público do DF.
QE 01 - A quadra modelo de Lucio Costa
“Pracinhas” e “quintal comum” interior às quadras
Evolução da quadra
1991
2009
2013
2016
+ Vale Alto Concreto (DF) - Sistema PEP: painéis estruturais pré-fabricados; forro de painéis de concreto com argamassa e telha cerâmica tipo plan. + Vale Alto Madeira (DF) - Kit de madeira: painéis de madeira estruturais com encaixes macho e fêmea no sentido horizontal; forro de madeira e telha cerâmica. + Projeto & Cia (SP) - Painéis de madeira com interior de poliuretano rígido, revestidos com argamassa epóxi; forro de aglomerado com revestimento acrílico e telha cerâmica. + Syanpreco (DF) - Painéis em concreto pré-moldado com casca de arroz mineralizada (juntas macho e fêmea); forro de laje pré-moldada e telha cerâmica tipo plan. + Grande Piso (PR) - Paredes estruturais de concreto armado; forro de madeira com espaço de ventilação da cobertura, telhamento cerâmico. + NOVACAP (DF) - Estrutura em concreto armado pré-fabricado e painéis de argamassa armada pré-moldada; forro de laje pré-moldada e placas em argamassa armada e telhas de fibrocimento. + Sical Industrial (RS) - Painéis de concreto celular; forro de madeira, câmara de ar com ventilação e telha cerâmica. + Borges Teixeira - Painéis monolite de poliestireno expandido (isopor) entre telas de aço, revestidos com argamassa estrutural; forro de painéis monolite revestidos com argamassa na face inferior e concreto na face superior, com telhamento cerâmico. + Zárya (DF) - Blocos de concreto estrutural feitos com entulho reciclado; telha de fibrocimento ondulada branca. + Tocantins (MT) - Painéis de concreto celular; forro de madeira, câmara de ar com ventilação e telha cerâmica.
A Vila Tecnológica
Planta de mapeamento das tecnologias e respectivas empresas construtoras. Fonte: a autora.
Planta de locação QELC, Vila Tecnológica, Reserva do Guará e Guará. Fonte: a autora Tipologias casas da Vila Tecnológica. Casas geminadas em concreto pré-fabricado, casas isoladas em madeira de lei, concreto com EPS e sistema PEP.
Planta de lzoneamento da Vila Tecnológica. Fonte: Administração do Guará.
Margeando o perímetro norte e leste da QELC, estão as casas da
Para suprir o acréscimo de novas unidades habitacionais no local,
Vila Tecnológica do DF, inauguradas em 2002. O projeto da Vila pertenceu
foram projetadas áreas destinadas ao comércio ao longo da via principal, a
ao Programa de Difusão de Tecnologia para Construção de Habitação de
partir de duas tipologias de ocupação: a primeira com comércio local em
Baixo Custo (PROTECH) - criado no governo Itamar Franco (1992-1995) e
volta de uma praça – a fim de preservar a vegetação existente; a segunda,
extinto no governo sucessor de Fernando Henrique (1995-2002). Ele tinha por
com pequenos blocos comerciais, situados acima das QELC, tendo em vista a
finalidade estimular a construção de habitações utilizando tecnologias
integração com elas. A nova área residencial foi formada por quadras de
econômicas e sustentáveis. Dentre essas tecnologias estão painéis em
habitações unifamiliares isoladas e geminadas de um ou dois pavimentos e
concreto celular, painéis em concreto com casca de arroz, painéis
coletivas. Assim, o parcelamento do solo comportou 103 unidades
monolíticos, tijolo e tijolito, madeira, bloco sílico-calcário, argamassa
residenciais,
armada. A Vila é formada por três conjuntos de casas térreas (QE 1, 2 e 3) e
aproximadamente 200 m², complementando o projeto das QELC.
com
tipologias
construtivas
diferentes,
em
lotes
de
um conjunto de casas geminadas com um pavimento (QE 4). Foi inserida
Dentre as características comuns a todas as casas, estão as
imediatamente atrás da QELC a partir da criação de uma via contorno,
esquadrias metálicas, a maioria do tipo veneziana de correr; os telhados de
sendo ela a principal integradora dos espaços.
duas águas cobertos por telha cerâmica; a presença de câmara de ar
A concepção da Vila Tecnológica foi feita a partir de quatro
ventilada entre forro e telhado a fim de melhorar o conforto térmico; a
etapas: desenvolvimento do projeto urbanístico; pesquisa e discussão dos
predominância das fundações rasas, sendo a maioria do tipo Radier; na
critérios para avaliação e acompanhamento das tecnologias; estudos para
maioria
compor a clientela a ser atendida; divulgação do projeto e cadastramento
independentes; as fachadas são austeras e semelhantes; os layouts são
das tecnologias escolhidas. De acordo com o Memorial Descritivo (MDE
parecidos, compostos apenas pelo programa básico para uma habitação e
108/94), a proposta urbana inicial previa a criação de quarteirões definidos
a implantação no meio do terreno, com recuos dos quatros lados. Ao final, o
a partir de um sistema viário principal e secundário, apresentando lotes com
que deveria ser um projeto inovador de experiência para a construção
áreas diferenciadas para habitações coletivas e individuais. O programa de
habitacional tornou-se apenas mais um conjunto de casas, sem a devida
necessidades foi formado basicamente por equipamentos públicos, áreas
atenção tanto do GDF quanto dos moradores.
institucionais, comércio e área residencial.
dos
sistemas
construtivos,
vedação
e
estrutura
não
são
Projetos Estruturais Integradores - PEI PEI 1 - diversificação de uso do solo em áreas contíguas às paradas de transporte coletivo de linhas troncais – Via EPTG, com o nível máximo de restrição de uso igual a R4 (residencial); PEI 6 - rever elaboração de projeto para requalificação urbana das Quadras Econômicas Lúcio Costa - QELC, incluindo a Vila Tecnológica, com as seguintes diretrizes: a) implantar e recuperar equipamentos públicos comunitários; b) recuperar a infraestrutura de espaços públicos; c) rever o parcelamento e o sistema viário da Vila Tecnológica; d) aplicar os instrumentos urbanísticos da parceria público-privada e da operação urbana consorciada;
Diretrizes do Plano Diretor do Guará - dez/2006
Projetos Especiais da Rede Estrutural Viária - PEV (Realizado) PEV 2 - criação de Marginais às vias EPTG e EPCL, de acordo com o proposto no Programa de Transportes do Distrito Federal. PEV 7 - criação de via de acesso ao QELC com ligação ao Guará I. Projetos Especiais da Rede de Transportes Coletivos (Realizado) PTC 1 - criação de paradas de linhas troncais na via EPTG, de acordo com o previsto no Plano Diretor de Transportes do Distrito Federal, incluindo novo ponto de parada. Projetos especiais da rede estrutural ambiental PEA 1 - revisão da poligonal da Reserva Ecológica do Guará de forma a incluir em seu perímetro o campo de murundus localizado em sua divisa norte. PEA 5 - criação de faixa verde na porção leste do Setor Jóquei Clube, com característica de parque, na sua divisa com o STRC e QELC, com área arborizada dotada de infraestrutura e mobiliário urbano para usufruto da população. PEA 8 - criação de área verde entre as quadras QI 8, QE 4 e QE 2 do Guará I e a EPTG, a fim de consolidar área de prática de esportes, por meio da criação de área especial de interesse urbano ambiental mediante legislação específica. Mapa projetos especiais previstos no PDL do Guará.
Mapa de uso do solo previsto no PDL do Guará.
Mapa do projeto Brasília Integrada alterações nas principais estradas parque do DF.
A Linha Verde da EPTG - 2009/2010
Mapa projeto Linha Verde - EPTG. Fonte: DER
Renderizações de como ficaria o projeto final da Linha Verde. Fonte: DER.
A Reserva Biológica do Guará De acordo com a Lei Complementar 827/2010, a Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. Ela é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições estabelecidas por este, bem como àquelas previstas em regulamento. A Reserva Biológica do Guará, tem a finalidade de proteger, conservar e manejar de forma sustentável todo o complexo florestal e ambiental ali existente, desde espécies vegetais, animais, cursos d’água e demais elementos dos componentes do acervo da área. É considerada uma Área de proteção integral (API) e forma um importante corredor ecológico entre o parque do Guará, Jardim Zoológico, área de preservação do Riacho Fundo e Lago Paranoá, permitindo o trânsito dos animais entre essas áreas.
LEGENDA Cerrado Mata Campo Cultura
Mapa de tipos de vegetação existentes. O local onde se encontra o Córrego do Guará é cercado por uma densa mata com árvores de grande porte. Os locais um pouco mais afastados são formados predominantemente por cerrado e campo. Fonte: Geoportal.
QELC
Mapa de conectores ambientais (seta verde). Os córregos se juntam e desembocam no Lago Paranoá, formando um importante corredor ecológico de interligação da fauna e da flora do local. Fonte: Geoportal.
O Jóquei Clube De acordo com o Estudo Técnico nº 04/2017, o Setor Habitacional Jóquei Clube – SHJC tem área de aproximadamente 272,56 hectares e está localizado na Região Administrativa do Guará – RA-I. Sua área está limitada ao norte pela Estrada Parque Ceilândia – EPCL; ao sul pela Estrada Parque Taguatinga – EPTG; ao oeste pela Estrada Parque do Vale – EPVL, e ao leste pelo Setor de Transportes Rodoviários de Cargas – STRC, Setor de Inflamáveis – SIN, Reserva Biológica do Guará, linha férrea e pelo núcleo urbano Quadras Econômicas Lucio Costa. A área do SHJC era destinada à atividade desportiva de corridas de cavalos, sendo objeto de uma antiga concessão de direito real de uso da TERRACAP para o Jóquei Clube. A atividade foi desativada e, no ano de 2005, a área foi retomada para possibilitar seu parcelamento, visando suprir a demanda de novas áreas habitacionais da região. Este Estudo propõe diretrizes para o novo desenho urbano do local, buscando-se a associação entre planejamento urbano e conforto ambiental; distribuição equilibrada de usos e atividades no tecido urbano; oferta de habitação; e criação de espaços públicos. Assim, as diretrizes de uso e ocupação do solo para o setor foram definidas por zonas. A Zona A corresponde às centralidades, destinadas a atividades que promovam a atratividade de grande número de pessoas e encontro social, com usos comercial, prestação de serviços, institucional, comunitário, industrial (pequeno e médio porte) e uso misto. A Zona B é destinada, preferencialmente, ao uso residencial multifamiliar e deve comportar também os usos institucional, comercial e de serviços de abrangência local. Na Zona D admite-se os usos institucionais e misto, além de comércio e serviços regionais. Os ELUP devem estar distribuídos nas áreas em estudo ocupando, no mínimo, 10% da área parcelável da poligonal objeto destas diretrizes. Eles correspondem às áreas verdes, parques urbanos e praças a serem criados como elementos geradores de conforto ambiental e de diferenciação na paisagem urbana.
Tanto a QELC quanto o Jóquei se encontram fora da área de Tombamento. A Portaria nº 68/2012 do IPHAN estabelece que todas as intervenções na área de entorno do Conjunto Urbanístico de Brasília garantam a leitura do traçado e a preservação do espírito, concepção e ambiência do Plano Piloto; a visibilidade do horizonte a partir da área tombada e a visibilidade do Plano Piloto a partir dos mirantes naturais existentes na cumeada da Bacia do Lago Paranoá. A Portaria ainda divide a área de entorno em seis setores, sendo a QELC e o Jóquei inseridos no Setor de Entorno 02 (Guará, Águas Claras, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Setor de Oficinas Su (SOFS), Vicente Pires e Núcleo Bandeirante). Para esses locais, há o limite de 10 pavimentos ou 34 metros de altura (para cotas inferiores a 1090 metros de altitude); 7 pavimentos ou 21 metros (para cotas entre 1090 e 1175 metros de altitude) e 4 pavimentos ou 12 metros (para cotas superiores a 1175 metros de altitude). Projetos acima desses valores devem ter aprovação do IPHAN.
CARACTERIZAÇÃO: AS QUADRAS ECONÔMICAS LÚCIO COSTA
Contexto metropolitano e caracterização da população Tipo de domicílio 45,8%
54,2%
Pirâmide etária da população + 100 anos 95 a 99 anos 90 a 94 anos
~730 m
85 a 89 anos 80 a 84 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos
Casas
65 a 69 anos
Blocos de apartamentos
60 a 64 anos 55 a 59 anos
~470 m
50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos
16,2%
25 a 29 anos
EPTG
Situação do domicílio
20 a 24 anos
48,3%
15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos
0 a 4 anos
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A região administrativa do Guará foi fundada no dia 5 de maio de 1969 com o objetivo inicial de abrigar funcionários públicos do Governo do Distrito Federal. Com o crescimento populacional, tornou uma das regiões administrativas com a maior renda per capita do DF, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2015/16, feito pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A população estimada foi calculada a partir de observações in loco do número de apartamentos presentes em cada prédio mais o número de casas. Dessa forma, multiplicou-se o número de apartamentos e casas por 3, que foi a média calculada de habitantes por domicílio (segundo o Censo 2010).
35,5%
Quitado Em aquisição Alugado
0,9%
População residente estimada: 7.330 habitantes 41,86%
Composição da população por etnia
6,7%
23,1% 50,1%
11,7%
Renda per capita por domicílio
14,5%
18,2%
Moradores por tipo de domicílio
Número de domicílios: 2.441 103 casas 2.338 apartamentos Área total aproximada: 343.100 m² (34,3 ha) *QELC + Vila Tecnológica estão inscritos em um retângulo de aproximadamente 730 por 430 metros equivalente a 2,6 superquadras de Brasília no lado maior e 1,6 no lado menor.
Densidade QELC e Vila Tecnológica: 213,7 hab/ha Distância até rodoviária do Plano Piloto: aprox. 15 km (20 minutos de carro) URB e MDE 66/87; normas urbanísticas regidas pelo PDL do Guará.
16,2%
0,4% 6,7%
24,1%
Brancos
Até 1 salário mínimo
Pardos Negros Amarelos
1 a 2 salários mínimos 2 a 3 salários mínimos 3 a 5 salários mínimos
Indígenas
5 a 10 salários mínimos + de 10 salários mínimos
85,5%
Apartamento Casa
Vista antes e depois - Vias locais
Vista antes e depois - Nova via transversal
Vista antes e depois - Praça condomĂnio
Vista antes e depois - Praรงa Lucio Costa
Vista antes e depois - Estacionamento creche
Vista antes e depois - Praรงa da Histรณria
Vista antes e depois - Passarela subterrânea
- ADMINISTRAÇÃO DO GUARÁ. Plano Diretor do Guará. Brasília, 1995. ______________. Memorial descritivo Quadras Econômicas (MDE 66/87). Brasília, 1987. ______________. Memorial descritivo PROTECH. Brasília, 1995. ______________. Memorial descritivo Vila Tecnológica do DF (MDE 108/94). Brasília, 1994. ______________. Relatório de Atividades do PROTECH. Brasília, 1995. ______________. Termo de referência PROTECH. Brasília, 1995. ______________. URB 66/87. - COSTA, Graciete Guerra da. As Regiões Administrativas do Distrito Federal de 1960 a 2011. Dissertação Doutorado – Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pesquisa e Pós-graduação, 2011. - COSTA, Lucio. Brasília Revisitada. Decreto nº 10.829/1987, Anexo I, GDF, 1985/87. ______________. Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. ______________. Relatório do Plano Piloto de Brasília. Brasília, CODEPLAN, 1991.
Referências
- COSTA, Maria Elisa; LIMA, Adeildo Viegas de. Brasília 57 – 85: Do plano-piloto ao ‘Plano Piloto’, Brasília, TERRACAP, 1985. - FERREIRA, Marcílio Mendes; GOROVITZ, Matheus. A Invenção da Superquadra: O Conceito de Unidade de Vizinhança em Brasília. Brasília: Superintendência do Iphan no Distrito Federal, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2008.
- LEITÃO, Francisco (org.). Brasília 1960 - 2010: Passado, Presente e Futuro. Brasília, 2009. - MOURA, Dulce; et.al. A revitalização urbana: contributos para a definição de um conceito operativo. In: Cidades, Comunidades e Territórios, n.0 12/13, 2006, pp. 13- 32. - TOMÉ, Candice de Albuquerque. Avaliação pós-ocupação da Quadra Econômica Lúcio Costa em Brasília- DF: estudo das alterações ocorridas na quadra e nos edifícios. Dissertação Mestrado – Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pesquisa e Pós-graduação, 2009. - SILVA, Ana Marina Ribeiro. Requalificação urbana: o exemplo da intervenção Polis em Leiria. Dissertação Mestrado – Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, 2011. - Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT. - Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade – PDTU. - Entrevistas com os moradores, reportagens do Correio Brasiliense e Jornal do Guará e observações do local.
FAUNB | 2017