CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
Andressa Diaz Rossini Julyane Lima dos Santos José Renato Ramos Junior Patricia Henrique Ferreira Vanessa Ebinger Garcia de Oliveira
PROJETO SINALIZAÇÃO OLIMPÍADAS RIO 2016 - MARACANÃ
SÃO PAULO 2013
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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
Andressa Diaz Rossini Julyane Lima dos Santos José Renato Ramos Junior Patricia Henrique Ferreira Vanessa Ebinger Garcia de Oliveira
PROJETO SINALIZAÇÃO OLIMPÍADAS RIO 2016 - MARACANÃ
Monografia final para o curso de Design, Tema: Design e Esporte Orientador: Prof. Luís Porto e Profª. Erica Ribeiro
SÃO PAULO 2013
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Andressa Diaz Rossini Julyane Lima dos Santos José Renato Ramos Junior Patricia Henrique Ferreira Vanessa Ebinger Garcia de Oliveira
Monografia Sinalização nas Olimpíadas 2016
Monografia final para o curso de Design, apresentado
à
Faculdades
Metropolitanas Unidas como requisito parcial
para
obtenção
bacharel em Design.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________ Prof. LUIS CARLOS PEREIRA PORTO – FMU
___________________________________________________ Prof. EUCLIDES ARMANDO SANTOS – FMU
___________________________________________________ Prof. FABIO FERREIRA GOULART - FMU
do
título
de
4
EPÍGRAFE
“Você pode ser analfabeto em todas as línguas e ainda assim se deslocar pelos ambientes, desde que não seja daltônico.” - The New York Times (1968).
5
Agradecemos primeiramente a Deus, aos nossos familiares, professores e amigos.
6
RESUMO
Esse projeto tem como premissa desenvolver e criar uma nova sinalização para os Jogos Olímpicos que ocorrerão no Rio de Janeiro em 2016. Com o uso de pictogramas, o trabalho visa modos a utilizá-los com clareza e manter o conceito base já criado pela comissão de arte responsável sobre o evento, como a tipografia, cores e formas. Desta maneira, o projeto inicia-se a partir de pesquisas sobre as sinalizações de Olimpíadas passadas, suas histórias e como o Design as influenciou, analisando as inúmeras formas que os pictogramas podem ser utilizados e com isso foi adaptado as diferentes culturas, trazendo ao Brasil um conceito inovador, porém com fundamentação teórica e prática. Palavras- chave: Sinalização. Pictogramas. Jogos Olímpicos. Design.
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ABSTRACT
This project is premised develop and design a new flag for the Olympic Games that will take place in Rio de Janeiro in 2016. With the use of pictograms, the work seeks ways to use them clearly and maintain the basic concept ever created by the art commission in charge of the event, such as typography, colors and shapes. Thus, the project starts from research on the signs of past Olympics, their stories and how the Design influenced by analyzing the many ways that the pictograms can be used and how it was adapted to different cultures, bringing to Brazil an innovative concept, but with theoretical and practical. Key Words: Signaling. Pictograms. Olympic Games. Design.
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LISTA DE IMAGENS
Esportes na Grécia Antiga Figura 01..................................................................................28
Inauguração do Maracanã Figura 02..................................................................................33
Rolos de grama já foram todos instalados no Maracanã Figura 03..................................................................................34
Pictogramas utilizando a mascote do Pan-americano Figura 04..................................................................................41
Pictogramas do Pan-americano Figura 05..................................................................................41
Medalha do Pan-Americano Figura 06..................................................................................42
Estádio do Maracanã Figura 07..................................................................................42
Jogos Paraolímpicos 2016 Figura 08..................................................................................43
Logo dos Jogos Paraolímpicos 2012 Figura 09..................................................................................44
Jogos Paraolímpicos em Londres Figura 10..................................................................................44
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Piso podotátil para corrimão de escadas e placa com aplicação de Braille Figura 11..................................................................................46
Placa de rua Figura 12..................................................................................51
Placas de trânsito Figura 13..................................................................................51
Totem Figura 14..................................................................................52
Sinalização para a copa Figura 15..................................................................................52
Sistema ISOTYPE Figura 16..................................................................................53
Pictogramas das Olimpíadas de 1964 Figura 17..................................................................................54
Pictogramas dos Jogos Olímpicos de Munique, 1972 Figura 18..................................................................................54
Vaso antigo grego Figura 19..................................................................................55
Pictogramas das Olimpíadas de Atenas Figura 20..................................................................................56
Pictogramas funcionais das Olimpíadas de Atenas Figura 21..................................................................................56
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Inscrições chinesas Figura 22..................................................................................57
Pictogramas das Olimpíadas de Pequim Figura 23..................................................................................57
Pictogramas em preto e branco das Olimpíadas de Londres Figura 24..................................................................................58
Mapa Subterrâneo de Londres Figura 25..................................................................................59
Pictogramas coloridos das Olimpíadas de Londres Figura 26..................................................................................59
Pictogramas em vetores coloridos das Olimpíadas de Londres Figura 27..................................................................................60
Sinalização na sala de imprensa Figura 28..................................................................................60
Pictogramas retro iluminados são utilizados para separar a imprensa de cada esporte Figura 29..................................................................................61
Saída da estação Stratford Figura 30..................................................................................62
Fotos da estação Charing Cross Figura 31..................................................................................62
Sinalização no Estádio Olímpico Figura 32..................................................................................63
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Sinalização dos assentos no Estádio Olímpico Figura 33..................................................................................64
Pictograma para o sanitário feminino no Estádio Olímpico Figura 34..................................................................................64
Entrada para o Estádio Olímpico Figura 35..................................................................................65
Totem criado pela Surface Architects Figura 36..................................................................................65
Sinalização dentro do Estádio Figura 37..................................................................................66
Sinalização fora do Estádio Figura 38..................................................................................66
Mapa do Estádio Figura 39..................................................................................67 Projeto – BRACOR Figura 40..................................................................................68 Projeto Copa 2014 – Minas Arena (Mineirão) Figura 41..................................................................................68
Manual de Identidade dos Jogos de 1964 Figura 42..................................................................................69
Manual de Identidade dos Jogos de 2004 Figura 43..................................................................................69
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Pictogramas através dos anos Figura 44..................................................................................70
Selo Produção Limpa Figura 45..................................................................................79
Análise do público alvo Figura 46..................................................................................88
Análise da problemática Figura 47..................................................................................89
Análise da problemática e consequências Figura 48..................................................................................90
Logo criado para as Olímpiadas de 2016 Figura 49..................................................................................94
Painel Semântico Figura 50..................................................................................99
Painel Iconográfico Figura 51................................................................................100
Planta do pavimento térreo do maracanã Figura 52................................................................................101
Planta do 1º pavimento do maracanã Figura 53................................................................................101
Planta do 2º pavimento do maracanã Figura 54................................................................................102
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Planta do 3º pavimento do maracanã Figura 55................................................................................102
Planta do 4º pavimento do maracanã Figura 56................................................................................103
Planta do 5º pavimento do maracanã Figura 57................................................................................103
Tipografia Figura 58................................................................................104
Paleta de cores Figura 59................................................................................105
Rafes Pictogramas Figura 60................................................................................108
Placas para a sinalização fora e dentro do Maracanã Figura 61................................................................................110
Placas para a sinalização das arquibancadas do Maracanã Figura 62................................................................................110
Placas suspensas Figura 63................................................................................111
Totens estáticos para a sinalização do Maracanã e estações ferroviárias Figura 64................................................................................111
Totem interativo Figura 65................................................................................112
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Placa dos banheiros aplicados nas portas Figura 66................................................................................113
Placas suspensas Figura 67................................................................................113
Chapa Ecotech Figura 68................................................................................114
Dimensões das placas que ficarão nas portas Figura 69................................................................................115
Dimensões das placas que ficarão suspensas Figura 70................................................................................116
Madeira Biosintética Figura 71................................................................................117
Dimensões dos totens estáticos Figura 72................................................................................118
Dimensões dos totens interativos Figura 73................................................................................119
Papelaria para o projeto Figura 74................................................................................120
Arte para o envelopamento do metrô Figura 75................................................................................121
Adesivos indicativos nas proximidades nos estádios Figura 76................................................................................121
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Ingresso com o conceito do projeto Figura 77................................................................................122
Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens. Figura 78................................................................................123
Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens. Figura 79................................................................................124
Cartilha explicativa do projeto Figura 80................................................................................124
Mapa dos Arredores Figura 81................................................................................125
Painéis para pontos de ônibus Figura 82................................................................................126
Painéis para estações de metrôs Figura 83................................................................................126
Painéis para estações de metrôs Figura 84................................................................................127
Painéis para os metrôs Figura 85................................................................................127
Cartilha explicativa do projeto Figura 85................................................................................128
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LISTA DE TABELAS
Brasil nas Olimpíadas Tabela 01..................................................................................31
Análise SWOT Tabela 02..................................................................................91
Cronograma do Projeto Tabela 03..................................................................................95
Budget Tabela 04................................................................................106
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LISTA DE GRÁFICOS
Faixa Etária Gráfico 01.................................................................................80
Grau de escolaridade Gráfico 02.................................................................................81
Frequência com que visita estádios e parque Gráfico 03.................................................................................81
Frequência com que visita estádios e parque Gráfico 04.................................................................................82
Quais lugares possuem sinalização precária Gráfico 05.................................................................................82
Quais lugares possuem sinalização precária Gráfico 06.................................................................................83
Problemas mais impactantes Gráfico 07.................................................................................83
Maiores dificuldades em relação a sinalização Gráfico 08.................................................................................84
Sinalização unificada Gráfico 09.................................................................................84
Problemas futuros se manter a sinalização atual Gráfico 10.................................................................................85
Sinalização em ambientes públicos Gráfico 11.................................................................................85
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 22 1.1. Objetivos ......................................................................................................... 23 1.1.1. Objetivos Gerais ....................................................................................... 23 1.1.2. Objetivos Específicos................................................................................ 23 1.2. Justificativa...................................................................................................... 24 1.3. Metodologia..................................................................................................... 24 1.4. Delimitação ..................................................................................................... 25 1.5. Estrutura da Dissertação ................................................................................. 26 2. A HISTÓRIA DOS ESPORTES, SINALIZAÇÃO, SEMIÓTICA E DESIGN: OS PILARES TEÓRICOS. .............................................................................................. 27 2.1. A HISTÓRIA DOS ESPORTES....................................................................... 27 2.1.1. História das Olímpiadas ............................................................................ 29 2.1.1.1. Brasil nas Olimpíadas ............................................................................ 30 2.1.2. História do Maracanã ................................................................................ 31 2.1.2.1. Projeto da Copa 2014 no Rio de Janeiro ............................................... 33 2.1.2.1.1. Obras no Maracanã ............................................................................ 33 2.1.2.3. Sinalização para a Copa 2014 ............................................................... 35 2.1.3. Olimpíadas 2016 ....................................................................................... 36 2.1.3.1. Locais de competição ............................................................................ 38 2.1.4. EVENTOS ESPORTIVOS PARALELOS .................................................. 40 2.1.4.1. Jogos Pan-Americanos .......................................................................... 40 2.1.4.2. Jogos Paraolímpicos.............................................................................. 42 2.1.4.2.1. Acessibilidade e Sinalização ............................................................... 44 2.1.4.2.2. Ergonomia da Informação ................................................................... 47 2.2. SINALIZAÇÃO E SEMIÓTICA ........................................................................ 48
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2.2.1. Sinalização ............................................................................................... 50 2.2.1.1. Exemplos de uso da Sinalização ........................................................... 51 2.2.2. Pictogramas .............................................................................................. 53 2.2.3. Sinalizações nos Jogos Olímpicos............................................................ 53 2.2.3.1. Olimpíadas 2004 .................................................................................... 55 2.2.3.2. Olimpíadas 2008 .................................................................................... 57 2.2.3.3. Olimpíadas de Londres 2012 ................................................................. 58 2.2.3.3.1. Sinalização Inteligente ........................................................................ 61 2.2.3.3.2. Sinalização do Estádio Olímpico......................................................... 63 2.2.3.3.3. Sinalização da Área Externa ............................................................... 64 2.2.4. Utilização da sinalização em Estádios ...................................................... 65 2.2.5. Concorrentes ............................................................................................ 67 2.2.5.1. Kojima .................................................................................................... 67 2.2.5.2. Hardy Design ......................................................................................... 68 2.3. DESIGN .......................................................................................................... 69 2.3.1. O Design através das Olimpíadas ............................................................ 69 2.3.2. Aplicações de Pictogramas ....................................................................... 70 2.3.3. Design e Sustentabilidade ........................................................................ 71 2.3.3.1. Produtos Sustentáveis ........................................................................... 71 2.3.3.2. Ecodesign .............................................................................................. 71 2.3.3.4. Produção gráfica sustentável ................................................................. 74 2.3.3.5. Tendências sustentáveis ....................................................................... 75 2.3.3.6. Sinalização ecológica ............................................................................ 78 3.1. PESQUISA DE CAMPO .................................................................................. 80 3.2. METODOS PARA SE DESENVOLVER O PRODUTO ................................... 86 4. RESULTADOS E ANÁLISES DAS PESQUISAS DE CAMPO ............................. 87 4.1. Análise SWOT................................................................................................. 91
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4.1.1. Análise SWOT: Sinalização dos arredores do Maracanã ......................... 92 4.2. Atributos e benefícios ...................................................................................... 93 5. MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................... 94 5.1. Processo Criativo ............................................................................................ 94 5.1.1. Cronograma de desenvolvimento do Projeto (Fevereiro a Maio – 2012) .. 94 5.2. Briefing ............................................................................................................ 97 5.2.1. Apresentação ............................................................................................ 97 5.2.2. Problemática ............................................................................................. 97 5.2.3. Objetivo ..................................................................................................... 97 5.2.4. Público Alvo .............................................................................................. 98 5.3. Painel Semântico ............................................................................................ 98 5.4. Iconografia ...................................................................................................... 99 5.5. Peças necessárias no estádio do Maracanã ................................................. 100 5.6. Tipografia ...................................................................................................... 104 5.7. Paleta de Cores ............................................................................................ 105 5.8. Plano de Comunicação ................................................................................. 105 5.8.1. Problema que a comunicação deve resolver .......................................... 105 5.8.2. Público-Alvo ............................................................................................ 106 5.8.3. Concorrência .......................................................................................... 106 5.8.4. Budget .................................................................................................... 106 5.8.5. Objetivos de Comunicação ..................................................................... 107 5.8.6. Estratégia de Comunicação .................................................................... 107 5.8.7. Objetivo da Propaganda ......................................................................... 108 5.8.8. Estratégia de Criação ............................................................................. 108 5.8.9. Roughs Iniciais........................................................................................ 108 5.9. Peças principais do projeto ........................................................................... 109 5.9.1. Conceito .................................................................................................. 109
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5.9.2. Placas de sinalização ............................................................................. 109 5.9.3. Totens ..................................................................................................... 111 5.9.4. Aplicações .............................................................................................. 113 5.9.5. Técnicas utilizadas.................................................................................. 114 5.9.5.1. Placas .................................................................................................. 114 5.9.5.2. Totens .................................................................................................. 116 5.10. Peças secundárias do projeto ..................................................................... 119 5.10.1. Conceito ................................................................................................ 119 5.10.2. Papelaria ............................................................................................... 120 5.10.3. Envelopamento do metrô ...................................................................... 121 5.10.4. Adesivos indicativos nas proximidades nos estádios............................ 121 5.10.5. Ingresso ................................................................................................ 122 5.10.6. Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens. ................ 123 5.10.7. Cartilha explicativa do projeto ............................................................... 124 5.10.8. Mapa dos arredores .............................................................................. 125 5.10.8. Aplicações ............................................................................................ 126 5.10.9. Técnicas utilizadas................................................................................ 129 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 132 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 134 9. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 139 APÊNDICE A – Formulário 1 – Pesquisa de Campo ........................................... 140 APÊNDICE B – Plantas do Maracanã ................................................................... 143
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1. INTRODUÇÃO
O projeto tem como objetivo trazer uma sinalização para as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, utilizando como base os Pictogramas, que usa a teoria da Bauhaus onde “menos é mais”, como exemplo temos os pictogramas desenhados em 1972 para as Olimpíadas de Munique, criados pelo alemão Otl Aicher1. Os desenhos reduzem a figura humana aos elementos mais básicos e até hoje são admirados pela sua linguagem universal. Em um evento de uma magnitude como os Jogos Olímpicos, em que pessoas de todo o mundo (as quais não sabem o idioma local e como se locomover pela mesma) estão se deslocando para uma única cidade, esta deve estar preparada para recebê-los e para isso é necessário um tipo de linguagem que todos possam entender. Os pictogramas começaram a ser aplicados como meio de sinalização nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, e a partir desse ano, todos os Jogos posteriores passaram a usá-los, e a cada ano que passava os países começaram a, além de passar a mensagem necessária, também mostrar seus valores e culturas nos próprios Pictogramas, sejam-nos das modalidades olímpicas como também a sinalização dos estádios, com inspirações indo de vasos antigos, como ocorreu nas Olímpiadas de Atenas em 2004, como até em mapas das linhas subterrâneas da cidade, no caso das Olímpiadas de Londres em 2012. Por isso a criação de uma sinalização que apenas mostre uma mensagem tem que ser fundamental. Em um país com tantos valores únicos como o Brasil, tem que transmitir algo além do óbvio, tem que usar todas as belezas naturais e criadas pelo homem pra mostrar ao mundo como realmente é este país. Para isso é necessário não só estudar como o Brasil se comporta nas Olimpíadas, mas também estudar as passadas, como estas usaram seus meios de sinalização, seus pontos fortes e fracos. Assim, esta monografia se concentrou na
1
Imagens dos Pictogramas dos Jogos Olímpicos de 1972 podem ser encontradas na seção 2.2.3.
Abc
Design.
O
PORQUÊ
DO
DESIGN
-
MENOS
É
MAIS.
Disponível
em:
<
http://abcdesign.com.br/por-assunto/historia/o-porque-do-design-menos-e-mais/ >. Acesso em: 18 de mar. de 2013
23
História das Olimpíadas e como o Design se comportou nelas, principalmente nas três últimas. Também foi preciso um estudo sobre a própria Semiótica e como a Sinalização se comporta de diversas formas. Sem um estudo abrangente desta e dos pictogramas nos Jogos fica impossível ter uma base para a preparação para a criação de algo novo. Todos os conhecimentos adquiridos foram indispensáveis e trouxeram uma riqueza a mais para o desenvolvimento do projeto gráfico. As Olimpíadas tem como base a união de milhares de pessoas com um único propósito e estas duas semanas tem que ser inteiramente pensadas para dar o máximo de conforto a seus participantes, turistas e cidadãos. O primeiro passo será assim a comunicação entre os povos, e a identificação deles com o meio, tornando a sinalização a união de pessoas de todas as partes do globo.
1.1. Objetivos 1.1.1. Objetivos Gerais
Criar uma sinalização de fácil entendimento, independente de cultura ou classe social, e inovadora para as Olimpíadas que ocorrerão no Rio de Janeiro em 2016. Desta forma, manter as cidades sedes e os locais onde ocorrerão os jogos bem sinalizados e organizados, para que o Brasil passe uma imagem positiva e tenha uma marca dentro da história das Olimpíadas e seu design.
1.1.2. Objetivos Específicos
1.
Criar uma sinalização de fácil entendimento e inovadora para as
cidades sedes e arenas olímpicas; 2.
Definir um padrão de sinalização para todo o evento, criando apenas
uma identidade visual a ser replicada em todos os materiais de sinalização e comunicação; 3.
Trazer o conceito de sustentabilidade e sinalização sustentável,
apresentando isso como marca de nosso país; 4.
Fazer com que os estrangeiros de diversas culturas que estarão no
Brasil se sintam confortáveis e bem localizados; 5.
Marcar as Olimpíadas do Rio 2016 na história do evento;
24
6.
Manter
a
sinalização
de
forma
permanente
mesmo
após
o
encerramento do evento; 7.
Contribuir para os aspectos econômicos e sociais do Brasil, de forma a
criar uma imagem positiva perante os demais países.
1.2. Justificativa
Através das pesquisas realizadas ao decorrer desse projeto foi possível analisar a deficiência do nosso país em relação a sinalização dos locais públicos e privados. E em virtude de que em alguns anos o país receberá pessoas de diversas nacionalidades e culturas diferentes, o projeto busca uma maneira de resolver esse problema para que o Brasil transmita uma imagem positiva diante dos demais países. Para isso, este trabalho busca implantar um novo método de sinalização, inovando no design para que ela seja a marca do país no evento, porém de maneira simples, proporcionando facilidade de entendimento. Visando isso, essa sinalização trará o conceito da cultura brasileira, através de suas cores e formas e será realizado através de pictogramas, um método universal de comunicação visual. Buscando agregar valor ao projeto e a imagem do país, todo o material utilizado será sustentável, de forma a deixar claro a preocupação do Brasil para com o meio ambiente e mostrando o valor da sustentabilidade e formas de agregá-la ao dia a dia, já que esta sinalização será permanente mesmo após o encerramento do evento. Para o design, esse projeto apresenta grande importância, pois entrará para a história das Olimpíadas, sendo um marco para o nosso país. E como um evento de grande porte, influenciará diretamente para a imagem do Brasil e sua economia, visando aumentar a busca pelo nosso país, tornando-o ainda mais turístico e organizado.
1.3. Metodologia
Este projeto tem como objetivo a resolução de um problema de aspecto social, partindo do principio que o Brasil possui uma grande deficiência de sinalização nos ambientes públicos e privados em geral.
25
Com a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica para os jogos de 2016 (realizada pelo Comitê Olímpico Internacional – COI), a necessidade de que esse problema seja sanado se torna cada vez maior, pois a imagem do país estará perante diversas culturas, o que poderá afetar de forma positiva ou negativa o país como um todo: social, econômica e culturalmente. Visando isso, o projeto tem como foco principal criar uma nova sinalização para o evento, com uma identidade visual inovadora e que seja clara, atendendo a necessidade e agregando valor ao evento e ao país. Para
isso,
o
projeto
iniciou-se
em
pesquisas
históricas
para
sua
fundamentação, afim de que houvesse uma base de conhecimento a partir de análises de olimpíadas que ocorreram nos últimos anos e como o design pode afetar em projetos semelhantes a este. A partir disso, também foram realizadas pesquisas de campo, comprovando a problemática de forma a buscar a melhor maneira de resolvê-la e definir o público alvo principal que será atingido com este projeto. Tendo em vista a necessidade a ser sanada, a definição das peças e sua identidade visual foram feitas com base em pesquisas dos ambientes públicos e privados em geral, tendo também como referencia o que já havia sido criado pelo comitê olímpico, como tipografia, logo e cores. A partir disso, foi feito o recorte do projeto piloto, onde foi escolhido o Maracanã devido ao fato de ser o estádio que realizará a abertura e o encerramento do evento. As peças criadas para ele servirão como referencia para os demais locais, havendo apenas sua replicação e adaptação, se necessário.
1.4. Delimitação
Essa pesquisa delimita-se ao projeto de sinalização para as olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Como projeto inicial, o foco será o estádio do Maracanã, onde ocorrerá a abertura e encerramento dos jogos olímpicos. Para isso, será criado um novo modelo de sinalização, que buscará um design inovador através de pictogramas e, se necessário, pequenas descrições – em português, inglês e espanhol. O design criado a partir desse projeto inicial será a base para a identidade visual de todo o projeto, servindo de referência na criação das demais sinalizações de outras sedes olímpicas, sendo, portanto, replicáveis aos demais.
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Quanto aos seus objetivos, o projeto buscará criar uma identidade visual que traga o conceito da cultura brasileira através de suas formas e cores, com materiais sustentáveis e produzidos de forma ecologicamente correta, fazendo com que o ambiente seja bem sinalizado e que o visitante tenha facilidade de se localizar, de uma forma agradável independente de sua cultura, desta maneira, criando uma imagem positiva do Brasil diante dos demais países e buscando marcar a história das olimpíadas mundialmente. A pesquisa e seus objetivos foram baseados na problemática encontrada através de pesquisas, onde se pode notar a deficiência do Brasil em relação a sinalização dos ambientes públicos e privados, assim como os que sediarão os jogos olímpicos. Delimita-se, então, a busca da resolução desse problema de forma inovadora, trazendo conceito agregado ao design e a imagem do país.
1.5. Estrutura da Dissertação
Esta redação está estruturada da forma que se segue. No capítulo 2 (dois) encontra-se a fundamentação teórica, que possui como temas principais a História dos Esportes, História das Olimpíadas, o Brasil nas Olimpíadas, a História do Maracanã, o projeto já iniciado pelo governo para as Olimpíadas do Rio 2016 e os projetos que ocorrerão em paralelo. O capítulo 3 (três) apresenta a história da sinalização e suas referências na semiótica. No capítulo 4 (quatro), abordam-se os conceitos de Design, Design no Esporte e nas Olimpíadas e a relação entre o Design e a Sustentabilidade. No capítulo 5 (cinco) e 6 (seis) encontram-se as pesquisas de campo, a metodologia utilizada na produção do produto em questão, os resultados e as análises dessas pesquisas, sucessivamente. O capítulo 7 (sete) descreve o processo criativo e o desenvolvimento do produto, na parte prática. No capítulo 8 (oito) apresentam-se as considerações finais e as propostas dos autores para o futuro deste projeto. E, ao final, encontram-se as referências utilizadas ao decorrer do projeto em questão.
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2. A HISTÓRIA DOS ESPORTES, SINALIZAÇÃO, SEMIÓTICA E DESIGN: OS PILARES TEÓRICOS.
2.1. A HISTÓRIA DOS ESPORTES O esporte é o grande desafio do ser humano. O esporte ajuda a moldar a personalidade e o caráter, dando-lhes mais força. O esporte ensina que não existem super-homens, mas apenas humanos. O esporte é uma constante lição de vida. O esporte é entretenimento. O esporte é lazer. O esporte é recuperação. O esporte é cultura. (DUARTE, pág. 11)
As práticas esportivas ocupam um lugar muito importante na história da humanidade. São encontrados, desde as civilizações mais primitivas, registros semelhantes às atividades físicas que podemos caracterizar como os esportes dos dias de hoje. O esporte ainda pode ser caracterizado como interdisciplinar por manter nítidas as ligações entre diversas áreas da sociedade, como saúde, educação, turismo, arte, cidadania, etc. Para descrever mais sobre a importância do esporte, é preciso, inicialmente identificar as percepções e estudos sobre a origem do termo “esporte”. Tubino (1999) afirma que a origem do termo esporte data do século XIV, quando os marinheiros utilizavam as expressões “desportar-se” ou “sair do porto” para justiçar seus passatempos que envolviam as habilidades físicas. Barbieri (2001) aponta que a palavra esporte origina-se do inglês sport, que se refere a exercício físico, prazer, distração, brincadeira e repouso corporal. Desde o tempo dos primatas o ser humano pode estar relacionado com a prática de atividades esportivas, quando lutava pelo seu território e caçava animais para o seu sustento, tornando o esporte uma de suas atividades mais antigas.
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Há milhares de anos para se preparar para as guerras e formar seus exércitos, povos como os egípcios por volta de 2700 a.C. já praticavam a luta corpoa-corpo e com espadas, na China há mais ou menos cinco mil anos para desenvolver e aprimorar o físico dos soldados nasceu a prática do Kung-fu. Essas atividades mostram que já existia uma espécie de academia onde pessoas se exercitavam em conjunto para um determinado objetivo. É na Grécia Antiga, onde nasceram os Jogos Olímpicos, que o esporte começa a ser destacado e a educação física deixa de ser um privilégio dos soldados e se expande para a sociedade grega em geral que cultuava a juventude e a beleza do físico buscando a perfeição estética e intelectual. Em 456 a.C os Jogos Olímpicos começaram a entrar em declínio dando lugar a competições violentas pela influência dos Romanos que tinham acabado de conquistar a Grécia, assim, a última Olimpíada da Era Antiga foi realizada em 393 d.C, logo depois o imperador romano Teodósio proíbe a realização de festas para adoração de deuses. Figura 01: Esportes na Grécia Antiga
Fonte: Retirada do site http://esporte.hsw.uol.com.br/tocha-olimpica1.htm
Com o crescimento do Cristianismo na Idade Média, o esporte é deixado de lado e fica estagnado principalmente no ocidente, onde dá lugar para as práticas que visam à purificação da alma. Nessa época a Educação Física que era adotada na Grécia quase desapareceu e só alguns pequenos grupos isolados a praticavam. Com o surgimento do Humanismo, nos séculos XVI E XVII a retomada dos esportes acontece gradualmente e as pessoas redescobrem a importância das atividades físicas.
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O esporte moderno e suas bases começam a surgir na Europa do século XVIII e a Educação Física volta a ser sistematizada. No século seguinte começam a serem criadas as definições das regras para os novos Jogos Olímpicos em Oxford na Inglaterra, juntamente com a reforma dos conceitos desportivos e padronização dos regulamentos para ajudar na internacionalização do esporte. Surgem então três linhas doutrinárias para as atividades físicas: a ginástica médica, voltada para fins terapêuticos e preventivos praticada na Suécia; a ginástica nacionalista, que valoriza o patriotismo, praticada na Alemanha; e o movimento inglês do esporte, que introduziu a concepção moderna e impulsionou a restauração dos Jogos Olímpicos levando a realização da primeira Olimpíada Moderna em 1896, em Atenas. Ainda com o crescimento lento, essa fase do esporte é marcada pelas crises e guerras mundiais que impediram a realização de dois Jogos Olímpicos e dificultaram o acontecimento de competições e viagens das equipes. Nessa época em que o esporte estava um pouco parado nos Estados Unidos, a Associação Cristã de Moços (ACM) inova e cria novas modalidades esportivas como o basquete e o vôlei que são amplamente praticadas em todo mundo nos dias atuais. Entre 1950 e 1990 a prática do esporte deixa de ser para diversão e entra em foco a profissionalização dos atletas para melhorar seus resultados em busca de recordes e reconhecimento internacional. Então organizações internacionais intervêm denunciando e alertando para o Estado garantir que o esporte seja democratizado para a população em geral. Idosos e deficientes são inseridos nesse contexto e tem mais atenção nas atividades físicas, ampliando assim o conceito de quem pratica esporte. Percebendo o potencial de sucesso que praticantes de alto nível poderiam ter, o mercado vem transformando atletas das modalidades mais populares em astros e campeonatos em grandes espetáculos que mobilizam ampla cobertura da mídia e alto público de fãs e interessados. 2.1.1. História das Olímpiadas
As Olimpíadas surgiram na Grécia por volta de 2500 a.C., onde os gregos homenageavam seus deuses com a realização de competições. Porém, foi somente
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em 776 a.C. que ocorreu pela primeira vez os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias cidades do país. Esses atletas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas, como atletismo, luta boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores dessas disputas eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros para simbolizar. Os jogos tinham como intuito a religiosidade e também a paz e harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Também mostrava a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável. No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidas pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo. Após isso, apenas em 1896, os Jogos Olímpicos foram retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido como o barão de Coubertin. A primeira Olimpíada da chamada “Era Moderna” teve a participação de 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro em um ramo de oliveira. A partir de então, a cada quatro anos, atletas vários países começaram a se reunir e em um país sede para disputarem os Jogos em diversas modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união dos povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, amizade e o bom relacionamento entre os povos e o espírito olímpico são os princípios dos Jogos Olímpicos.
2.1.1.1. Brasil nas Olimpíadas
O Brasil iniciou sua participação nas Olimpíadas a partir de 1920, onde suas primeiras participações foram em: Atenas (1886); Paris (1900); Saint Louis (1904); Londres (1908) e Estocolmo (1912). O desempenho que obtivemos desde então, podemos visualizar na tabela que segue abaixo onde é possível fazer uma comparação entre todos os anos em que o Brasil participou em cada uma destas competições.
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Tabela 01: Brasil nas Olimpíadas
Fonte: Portal das Olímpiadas no Ig, 2012 <Disponível em: www,olimpiadas.ig.com.br/201208-16/infografico-medalhas-do-brasil-nas-olimpiadas.html>.
2.1.2. História do Maracanã
Construído para sediar a Copa do Mundo de 1950, o estádio localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro se destaca como um símbolo do futebol para o país. O nome oficial Estádio Jornalista Mário Filho é uma homenagem ao falecido jornalista carioca que fundou o Jornal dos Sports e era irmão de Nelson Rodrigues. O nome Maracanã foi originado devido ao nome de uma ave que se encontra em alguns municípios do Rio de Janeiro e é uma espécie considerada em extinção, o nome da ave é originado á (chocalho) com 31R (semelhante) e foi dado por causa de seu canto, que lembra muito o som de um chocalho. Em 1947, visando o estado frágil que se encontrava a Europa no período pósSegunda Guerra Mundial, o Prefeito do Distrito Federal do Rio de Janeiro, General Ângelo Mendes de Moraes, abriu concorrência pública para o projeto arquitetônico
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do estádio. A equipe de arquitetos formada por Waldir Ramos, Raphael Galvão, Miguel Feldman, Oscar Valdetaro, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro venceu a licitação. No ano seguinte, o engenheiro Paulo Pinheiro Guedes iniciou a execução das obras, faltando apenas 22 meses para a abertura da Copa do Mundo. O estádio foi inaugurado em 16 de junho de 1950, e recebeu milhares de cariocas para assistir às solenidades que tiveram a presença das maiores autoridades e bandas militares. Após a cerimônia de inauguração, houve um amistoso entre as seleções do Rio de Janeiro e de São Paulo que inaugurou o gramado. O meio de campo Didi, bicampeão pela seleção brasileira, marcou o primeiro gol para os cariocas. No entanto, os paulistas viraram o jogo com três gols. Ainda inacabado, o Maracanã sediou os jogos da Copa do Mundo, onde, apesar de uma boa atuação do futebol brasileiro, a seleção não conseguiu erguer a taça de campeão, sendo derrotada pelo Uruguai e marcando a história do futebol e do próprio estádio, que teve sua conclusão em 1965. Em 1999 o Maracanã teve sua primeira grande reforma que tinha como objetivo sediar o Mundial de Clubes FIFA em 2000. A reforma contemplou a instalação de assentos individuais no anel superior e reduziu a capacidade para 103.022 pessoas. No aniversário de 50 anos, foi inaugurada a Calçada da Fama. Em 2005, o estádio entrou em reformas mais uma vez, quando o Rio de Janeiro conquistou a posição de ser a cidade sede dos Jogos Pan-Americanos em 2007. Desta vez, houve a troca por placares mais moderno e a colocação de telões atrás das balizas. O campo foi rebaixado em 1,60m, a famosa “Geral” foi extinta e unida a arquibancada inferior. Foram instaladas por assentos individuais para proporcionar um maior conforto. Com isso, o estádio diminuiu sua capacidade para 87.101 mil lugares. A cabine da imprensa, vestiários, banheiros e bares também foram modernizados para o evento. Em 2007, o Maracanã sediou a cerimônia de abertura e o encerramento dos Jogos Pan-Americanos, semifinais e finais das partidas de futebol masculino e feminino. E agora, ele sediará também a abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, tendo mais uma marca em sua história.
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Figura 02: Inauguração do Maracanã
Fonte: <http://www.maracanario2014.com.br/historia-do-maracana/>
2.1.2.1. Projeto da Copa 2014 no Rio de Janeiro
Em 2014 o Brasil será sede da Copa, já recebendo turistas de todo o mundo para assistir aos jogos de seus times. Dentre os estados que sediaram esses jogos, encontra-se também o Rio de Janeiro. Visando isso, algumas mudanças e melhorias já vêm sendo realizadas para que estejamos prontos no próximo ano, e essas mudanças influenciarão diretamente nas Olimpíadas de 2016, pois vários dos estádios, assim como o Maracanã, estarão dentre os locais de competição nos dois eventos. Desta forma, para complementação deste projeto, foram levadas em conta diversas obras que visam deixar o estado e os estádios sedes prontos para receber o evento e, assim, as Olimpíadas também.
2.1.2.1.1. Obras no Maracanã
No mês de março de 2013 foram implantados nove mil metros quadrados de grama, a obra foi realizada pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop). Segundo Ícaro Ribeiro, presidente da empresa, o gramado será definitivo, necessitará apenas dos cuidados de manutenção normais.
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Figura 03: Rolos de grama já foram todos instalados no Maracanã
Fonte: Erica Ramalho
Também estão sendo feitas obras na cobertura do estádio, que utilizará peças de lona de fibra de vidro e teflon, cobrindo os assentos do estádio fluminense. "Esta obra é espetacular. O Maracanã é único e ímpar. Vamos entregar um estádio muito lindo e dos mais modernos do mundo que certamente dará muito orgulho a todos os brasileiros" disse, empolgado, o secretário de Obras do Rio, Hudson Braga. Contando com 6,5 mil operários na obra, o Maracanã deve ser concluído em abril e entregue à FIFA um mês depois. Na Copa das confederações, a arena vai receber três partidas, entre elas a final. O custo da reforma é de R$ 808 milhões. Além das reformas, o governo do Rio de Janeiro definiu um novo sistema de iluminação do palco que será implantado para a Copa 2014, a previsão é de 396 projetores focados no novo gramado. Esse projeto de iluminação, de acordo com a GE (empresa parceira que colocará os projetores), proporcionará uma visibilidade perfeita de qualquer área do campo. Cada projetor, do tipo EF200, tem 2 mil watts de potência. O sistema permite ainda controlar o ofuscamento da luz e reduz a dispersão luminosa, o que ajuda a concentrar o faixo de luz no campo. "A escolha da solução apresentada pela GE Iluminação levou em consideração a melhoria da qualidade da luz neste que será o maior estádio
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brasileiro, palco da final da Copa do Mundo", disse Carlos Zaeyen, representante do Consórcio Maracanã Rio 2014. O novo sistema irá também garantir a qualidade das transmissões de TV, principalmente em HD. O mesmo procedimento foi adotado na Riverbank Arena, onde foram disputadas as partidas de hóquei dos Jogos Olímpicos e de futebol de cinco e de sete dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, além de outros estádios na Europa, Estados Unidos e América Latina.
2.1.2.3. Sinalização para a Copa 2014
Visando a importância da sinalização turística para visitantes locais e estrangeiros, a equipe da Coordenação Geral de Operações Rodoviárias do DNIT apresentou, em reunião em Brasília, os projetos do Programa de Sinalização e Segurança Rodoviária – BR Legal, referentes à sinalização turística. O BR Legal vai atuar na implementação da sinalização adequada aos usuários das rodovias federais, garantindo acessibilidade aos diversos destinos turísticos. As vias de acesso às cidades-sedes receberão indicações especiais em Inglês e Espanhol. A sinalização ostensiva vai ajudar o usuário de longa distância da rodovia a perceber que o trecho requer uma atenção diferenciada, minimizando seu tempo de reação a algum fator de risco. Já a sinalização rotineira vai implantar e manter a sinalização horizontal, vertical, suspensa, e dispositivos de segurança em um alto padrão de desempenho, melhorando as condições de deslocamento do usuário. Com previsão de contemplar toda a malha rodoviária federal sob a responsabilidade do DNIT com contratos de cinco anos de duração, o BR Legal terá investimento de aproximadamente R$ 4 bilhões, e essa sinalização será permanente, sendo utilizada também para as Olimpíadas de 2016. A cidade de São Paulo também já está trabalhando na implementação da sinalização turística para a Copa 2014. Os turistas e moradores da capital paulista terão novas placas de sinalização turística para pedestres a partir do segundo semestre de 2013. O Ministério do Turismo liberou R$ 700 mil para o projeto, uma parceria do governo federal com a prefeitura de São Paulo, para facilitar a visita de pedestres a pontos turísticos da cidade.
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Serão três tipos de placas: as direcionais, as interpretativas e as placas externas, para apontar direções e oferecer informações de 72 atrativos da região central da capital paulista. As direcionais serão fixadas em locais de distribuição de fluxos e indicarão o caminho para os pontos turísticos; as interpretativas de região serão implantadas em áreas de grande circulação de visitantes com um mapa indicativo; e as placas externas dos monumentos ficarão nas fachadas das atrações, com um exclusivo QR Conde, código que permite ao turista ter acesso – via aplicativo de celular - a curiosidades, imagens internas, site e outras informações sobre o local. As placas trarão as informações em três idiomas: português, inglês e espanhol. “As sinalizações em três idiomas facilitam o trânsito dos turistas nacionais e internacionais que visitarem a cidade. O próximo passo será estudar investimentos em obras de sinalização para a Arena de Itaquera (um dos 12 estádios do Mundial de 2014)”, adianta o gerente de projetos de infraestrutura do Ministério do Turismo, José Helder Pereira. Vendo em um aspecto geral, foi liberado pelo Ministério do Turismo um valor total de R$ 56 milhões voltados para sinalização turística, acessibilidade e centros de atendimento ao turista para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Sendo beneficiadas nove cidades-sedes. Entre elas, todas as contempladas com jogos da Copa das Confederações: Belo Horizonte (R$ 648,6 mil), Brasília (R$ 693 mil), Fortaleza (R$ 17 milhões), Recife (R$ 3 milhões), Rio de Janeiro (17 milhões), Salvador (R$ 7,5 milhões). As outras três beneficiadas foram Curitiba (R$ 5,19 milhões), Porto Alegre (R$ 4,25 milhões) e São Paulo (R$ 874 mil)
2.1.3. Olimpíadas 2016
Em 2016, o Brasil sediará os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que dois dos maiores eventos esportivos e acontecerão pela primeira vez na América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro. A candidatura do país para as Olimpíadas de 2016 foi motivada pelo desejo de associar o poder dos esportes Olímpicos e Paralímpicos ao espírito festivo dos brasileiros, com o objetivo de trazer desenvolvimento sustentável e gerar novas oportunidades. Para os cariocas, residentes de onde acontecerá o evento, esse desenvolvimento seria associado à transformação da cidade, com o surgimento de uma nova infraestrutura urbana, novas iniciativas ambientais, físicas e sociais, além
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de vantagens e oportunidades para todos. De acordo com a CEBRASSE (2009), outra motivação foi a possibilidade de estimular com os Jogos o crescimento contínuo da economia e do turismo no país, trazendo para o Brasil um novo nível de reconhecimento internacional e reforçando a reputação do país em certos pontos, como a receptividade dos brasileiros para com os turistas. Além disso, sempre foi parte da visão de longo prazo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e de seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, vislumbrar na organização de grandes eventos no Brasil como a melhor forma de acelerar o desenvolvimento do esporte no país. O lugar carinhosamente chamado como cidade maravilhosa, possui mais de quatrocentos anos de história. Foi descoberta em janeiro de 1502, durante a segunda expedição exploratória portuguesa, comandada por Gaspar Lemos, que chegou à baía de Guanabara e avistou o que para ele seria a foz de um rio, e deu-se o nome à região de Rio de Janeiro. Escolhida tanto pelo seu valor histórico quanto devido aos pontos turísticos, a cidade sediará os jogos durantes seus 27 dias de competições. Para a escolha da cidade como sede, utilizaram-se propostas técnicas e alguns pontos decisivos na escolha foi a união dos três níveis de governo, o fato de os Jogos nunca terem sido realizados na América do Sul e de o povo brasileiro ser conhecido mundialmente por sua forma de celebrar o esporte. Além disso, o Comitê Olímpico Internacional percebeu o poder de transformação que estes Jogos significam para o Rio, para o Brasil e para a América do Sul. Para os Movimentos Olímpicos e Paralímpicos, essa decisão significou abrir uma nova e promissora fronteira e inspirar 65 milhões de jovens com menos de 18 anos no Brasil, 180 milhões por todo o continente. Esta decisão foi anunciada dia 02 de outubro de 2009, pelo presidente do COI, Jacques Rogge, e envolve toda a população brasileira, pois será um grande desafio para nosso país e, consequentemente, trará muitas oportunidades a todos. De acordo com o FETHERJ (2012), a infraestrutura necessária para a realização dos Jogos será pensada em cada detalhe, com 100 mil pessoas envolvidas diretamente na organização, incluindo 70 mil voluntários e milhões impactados na cidade, no país e no continente. São esperados mais de 10.500 atletas de cerca de 210 nações ao redor do mundo, além de milhares de profissionais de imprensa. Também há uma análise referente ao programa de sustentabilidade e de meio ambiente dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, apoiado pelos três níveis de governo, que contribuirá para avanços em questões
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ambientais ligadas a conservação da água, energia renovável, gestão do lixo e responsabilidade social. Um conjunto abrangente de ferramentas de gestão será utilizado para o monitoramento e supervisão dos objetivos traçados pelo programa. A abertura dos Jogos será realizada no dia 5 de agosto e a cerimônia de encerramento no dia 21 de agosto, ambas as cerimônias acontecerão no Estádio do Maracanã, que está sendo totalmente reformado e modernizado. Sua capacidade será de 82.000 espectadores. Para receber todos estes convidados, o Rio de Janeiro passará por uma transformação, com diversos projetos que garantem a segurança e moradia para os residentes da cidade. Porém há muitos críticos, que acreditam que o Brasil deveria ter outras prioridades ao invés de gastar bilhões com as Olímpiadas de 2016. "O Brasil tem outras prioridades e carências sociais para serem resolvidas, como educação, saúde, esporte para todos, habitação", diz o advogado Alberto Murray Neto (2009), ex-membro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), árbitro do Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne (Suíça), e um dos principais críticos da realização da Olimpíada no Rio. Alguns dos problemas mais apontados por críticos são: o alto custo calculado em mais de R$ 25 bilhões, as carências na infraestrutura do Rio em áreas como transporte e habitação e o temor de que estes investimentos não se revertam em benefícios mais duradouros para a população futuramente. 2.1.3.1. Locais de competição2
Zona Barra - Centro Olímpico de Treinamento: basquetebol, handebol, judô, lutas e taekwon-do - Centro Olímpico de Hóquei: hóquei sobre a grama - Centro Olímpico de Tênis: tênis - Velódromo Olímpico do Rio: ciclismo de pista - Centro Aquático Maria Lenk: polo aquático e saltos ornamentais - Estádio Olímpico de Desportos Aquáticos: nado sincronizado e natação
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RIO 2016. Mapa de Competições. Disponível em: < www.rio2016.org/os-jogos/mapa-de-
competicoes >. Acesso em: 18 de mar. de 2013
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- Arena Olímpica do Rio: ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim - Riocentro: badminton, halterofilismo e tênis de mesa e boxe. - Condomínio Reserva Uno: golfe.
Zona Deodoro - Centro Nacional de Hipismo: hipismo - Centro Nacional de Tiro: tiro esportivo - Parque do Pentatlo Moderno: pentatlo moderno - Arena de Deodoro: esgrima - Parque Radical: BMX, canoagem slalom e mountain bike.
Zona Maracanã - Estádio do Maracanã: cerimônias de abertura e encerramento e finais do futebol. - Estádio Olímpico João Havelange: competições de atletismo. - Praia de Copacabana: sede da maratona aquática, do voleibol de praia e do triatlo. - Ginásio do Maracanãzinho: voleibol - Sambódromo da Marquês de Sapucaí: tiro com arco e chegada da maratona - Estádio São Januário: rúgbi de sete
Zona Copacabana - Lagoa Rodrigo de Freitas: canoagem velocidade e remo - Praia de Copacabana: maratona aquática, voleibol de praia e triatlo - Marina da Glória: vela - Parque do Flamengo: ciclismo de estrada e marcha atlética.
Áreas não esportivas - IBC/MPC - Praia Olímpica - Vila de Mídia - Vila Olímpica
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2.1.4. EVENTOS ESPORTIVOS PARALELOS
2.1.4.1. Jogos Pan-Americanos
Os Jogos Pan-Americanos é um evento de várias modalidades esportivas, que tem como base os Jogos Olímpicos e são organizados pela ODEPA. Funcionam como uma versão das Olimpíadas modernas, nos quais participam os países do continente americano. Nos Jogos, são disputados esportes incluídos no Programa Olímpico e outros não disputados em Olimpíadas. Acontecem a cada quatro anos e, tradicionalmente, seguem um rodízio entre as três regiões do continente: América do Sul, Central e do Norte. A primeira edição foi realizada em Buenos Aires, capital da Argentina, em 1951. Em 2007 os Jogos foram disputados no Rio de Janeiro e com isso foi feita uma identidade visual nova para o evento: A Marca Rio 2007 tem os movimentos e os ângulos de todos os esportes. O arrojo do voo e da superação. A precisão da dança. Remete ao conceito de equipe, à concentração em torno de um objetivo. Por outro lado, é mergulho, explosão; a festa da vitória. O pássaro, elemento-chave da marca, é inspirado nos recortes da paisagem do Rio e tem no contorno do seu corpo o Pão de Açúcar, um dos cartões-postais da cidade. A repetição desse elemento, em movimento, com cores, tamanhos e posições diferentes, representa a igualdade na reunião das várias culturas das Américas, irmanadas e integradas. O símbolo é orgânico. Vivo. Jovem. Tem a simpatia e a espontaneidade do carioca, a alegria do papel picado e as cores da natureza e do verão do Rio. (...) O logotipo, por sua vez, tem o ritmo e o claro-escuro dos calçadões da orla do Rio. É urbano. Tem a modernidade da linguagem digital dos cronômetros e dos placares. E faz com os algarismos 2, 0 e 0, na vertical uma alusão à marcação do tempo, das raias, das pistas e das quadras. Um recurso para dar peso à palavra Rio e destacar o 7, quase um troféu. O resultado é de grande impacto. Conjuga um símbolo que tem uma forte carga emocional com um logotipo racional/tecnológico, no mesmo equilíbrio dinâmico em que estas duas vertentes têm que coexistir no esporte hoje. Além disso, a Marca Rio 2007 é bonita por natureza, carismática, e tem um forte apelo à confraternização. Como se a liberdade abrisse as suas asas sobre o Rio, em revoada, para a humanidade celebrar, através do esporte, um tempo de paz. (Ney Valle e Claudia Gomboa, Design Brasil, 2007).
Para a sinalização do evento foram criados dois tipos de pictogramas para os esportes: um com a mascote Cauê e outro funcional, para se ter uma maior divulgação do evento.
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Figura 04: Pictogramas utilizando a mascote do Pan-americano
Fonte: <http://www.designbrasil.org.br/entrevista/ney-valle-e-claudia-gamboa
>
Figura 05: Pictogramas do Pan-americano
Fonte: <http://www.designbrasil.org.br/entrevista/ney-valle-e-claudia-gamboa
>
Os Pictogramas Rio 2007 foram inspirados nos mosaicos dos calçadões das praias do Rio, nas famosas escadas de Santa Teresa [bairro do Rio] e nos vitrais, que marcaram a nossa arquitetura. Todos eles são formados por cacos coloridos que constroem a figura do atleta no fundo branco, num jogo de fundo-figura inverso ao que existe na Marca Rio 2007, onde o contorno da asa do pássaro tem a forma do Pão de Açúcar, cartão-postal do Rio. Além da figura do atleta, usamos grafismos auxiliares, que nos permitiram, por exemplo, representar as cinco modalidades do pentatlo, coisa que não encontramos em nossas pesquisas, em pictos de outros jogos. (Ney Valle e Claudia Gomboa, Design Brasil, 2007).
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A identidade visual criada foi aproveitada na maior das peças do evento, tanto em suas medalhas como até em seus estádios. Figura 06: Medalha do Pan-Americano
Fonte: <http://www.designbrasil.org.br/entrevista/ney-valle-e-claudia-gamboa
>
Figura 07: Estádio do Maracanã
Fonte: <http://www.designbrasil.org.br/entrevista/ney-valle-e-claudia-gamboa
>
2.1.4.2. Jogos Paraolímpicos
Os Jogos Paraolímpicos ou Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo pessoas com deficiência. Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, têm sua origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as
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primeiras competições esportivas para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares atingidos na Segunda Guerra Mundial. O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido crescimento ao movimento paraolímpico, que em 1976 já contava com quarenta países. Os Jogos de Barcelona, em 1992, representam um marco para o evento, já que pela primeira vez os comitês organizadores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos trabalharam juntos. O apoio do Comitê Olímpico Internacional após os Jogos de Seul, em 1988 proporcionou a fundação, em 1989, do Comitê Paraolímpico Internacional. Desde então os dois órgãos desenvolvem ações conjuntas visando ao desenvolvimento do esporte para deficientes. O próximo evento será no Rio de Janeiro em 2016, sendo que o programa desta edição será revisto e que novos esportes serão adicionados ao programa final desta edição. Figura 08: Jogos Paralímpicos 2016
Fonte: <http://www.rio2016.com/>
A última Paralimpíada foi realizada em 2012 pela segunda vez em Londres . Seu slogan foi “Inspire a Generation” (Inpire uma Geração) e seu logo foi o mesmo dos Jogos Olímpicos, tendo diferenças em sua cor e na substituição dos Anéis Olímpicos pelos Agitos (símbolo dos Jogos).
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Figura 09: Logo dos Jogos Paralímpicos 2012
Fonte: <http://www.london2012.com/paralympics/sports/>
2.1.4.2.1. Acessibilidade e Sinalização
O termo acessibilidade significa proporcionar a participação em atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação às pessoas que possuem algum tipo de deficiência, visando sua adaptação e inclusão na sociedade. Nos Jogos Olímpicos de Londres, a mobilidade e acessibilidade não foram apenas para os atletas, mas sim para a população como um todo. Tal evento serve de exemplo para as melhorias do que deve ser planejado e feito no Rio de Janeiro, sede dos próximos Jogos. Figura 10: Jogos Paralímpicos em Londres.
Fonte: Getty Images
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O Brasil tem “um longo caminho a percorrer em termos de inclusão social para deficientes”, admitiu em Londres Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. Os desafios são muitos: falta de estruturas e rampas para receber cadeirantes, falta de sinalização para deficientes visuais, os semáforos não possuem som, entre outros. “A realização das Paralimpíadas no Rio vem para evidenciar a necessidade de qualificação e infraestrutura, mas essa ação é muito mais abrangente, é para que todo e qualquer turista ou morador possa usufruir o que o Rio de Janeiro oferece”, destacou o subsecretário de Estado de Turismo, Audir Santana. Audir Santana ainda comentou que a cidade do Rio de Janeiro não oferece totalidade acessível em nenhum espaço, um quadro que deve ser revertido com a ajuda da prefeitura, que já está se mobilizando para tal. O estado disponibilizou um orçamento de R$150 milhões aprovado para as principais ações turísticas que incluem a acessibilidade, afirma o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Turismo, Marcos Pereira. “A sinalização turística vai respeitar todas as leis vigentes de acessibilidade, além disso, já está disponível uma verba de R$4 milhões para investir no primeiro semestre de 2012 em qualificação para o mercado de trabalho turístico que capacitará profissionais deficientes ou não para trabalhar com todos os públicos”, afirmou Marcos Pereira. A sinalização tem como função principal comunicar uma mensagem pelo caminho direto, seja ela gráfica (visual), tátil ou sonora. Sendo assim, as funções da sinalização podem ser classificadas em identificar, direcionar e advertir (Follis e Hammer, 1979). Para Bins Ely (2005), pessoas com algum tipo de deficiência – sensorial, cognitiva, físico-motora ou múltipla – enfrentam diariamente dificuldades para obter informações, deslocar-se, comunicar-se e utilizar equipamentos públicos, ainda que tenham o direito à igualdade, sem nenhuma forma de discriminação, garantido pela Constituição Brasileira de 1988. Invariavelmente, um ambiente e seu projeto de sinalização, quando bem desenvolvidos devem atender a todo tipo de usuários. Desta forma, compreendendo as necessidades de pessoas com deficiência, o profissional de design tem a oportunidade de visualizar as necessidades dos mais diversos tipos de usuários. Desta forma, os designers têm um grande desafio pela
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frente ao projetar de acordo com os condicionantes legais, compreensão do espaço ao seu redor e de seus usuários enquanto desenvolvem um sistema de sinalização que satisfaça a todos os grupos e esta é uma habilidade que todos os designers devem dominar (Berger, 2009). De acordo com Bins Ely (2005), pessoas que possuem algum tipo de deficiência – sensorial, cognitiva, físico-motora ou múltipla – passam diariamente por dificuldades para obter informações, comunicar-se, deslocar-se e utilizar ferramentas e equipamentos públicos, ainda que tenham o direito à igualdade, sem nenhuma forma
de
discriminação,
garantido
pela
Constituição
Brasileira
de
1988.
Obrigatoriamente, um ambiente ou projeto devem ser bem desenvolvidos para atender a todo tipo de usuários. Tendo consciência disto, os designers possuem um grande desafio ao projetar de acordo com os condicionantes legais um sistema de sinalização que satisfaça a todos os grupos. Segundo Berger (2009), atualmente existem muitas estratégias que podem ser exploradas para vir a resultar em benefícios para todos os tipos de usuários. Tais estratégias podem incluir a investigação de sistemas de sinalização e ambientação completos, incluindo centrais de informação com som, assim como pequenos elementos com informação sonora através do toque, informações táteis como mapas táteis, utilização de Braille juntamente com a aplicação de informação textual também tátil, trazendo assim informações eficientes através da audição, tato e visão. Ainda, um sistema de sinalização completo deve contemplar entre seus elementos gráficos, por exemplo, pictogramas desenvolvidos para atender/beneficiar não apenas os usuários totalmente habilitados, mas também os milhões de pessoas com deficiência mental, lesões cerebrais traumáticas, doença de Alzheimer, déficit de aprendizagem e também o número ainda maior de usuários analfabetos funcionais. Figura 11: Piso podotátil para corrimão de escadas e placa com aplicação de Braille.
Fonte: http://www.signosinal.com.br/novo2/_img/novaGaleria/thumbs/braille_a5.jpg
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De acordo com Berger (2009), até o século XX, a ideia de usuários deficientes, especialmente deficientes visuais, utilizarem com autonomia um ambiente, como as edificações públicas, não recebia a devida atenção. Em 1929, com a criação da primeira escola de cães-guia do mundo em Nashville, Tennesse, o deficiente visual começou a conquistar a possibilidade de orientar-se sozinho, principalmente em ambientes externos. Quase não existiam sistemas de sinalização que abrangessem as necessidades destes usuários. Tecnologias começaram a ficar disponíveis no mercado a partir dos anos 70. Designers começaram a desenvolver os primeiros sistemas de sinalização em Braille e aumentaram as informações escritas para possibilitar a leitura também.
2.1.4.2.2. Ergonomia da Informação
A comunicação através da sinalização engloba tudo o que influencia a informação, orientação, ambiente no qual está inserida e tomada de decisões do usuário. Tal comunicação oferece a informação ao usuário através de signos: visuais: placas, totens, telas; auditivos: campainhas, alarmes e sons; olfativas – odores; palatais – gosto doce, salgado, ácido; áteis – sensação de contato mecânico, térmicas, vibrações; cinestésicas (sentido pelo qual se percebem os movimentos musculares, o peso e a posição dos membros) – trepidações, deslocamentos; sinestésicos (relação subjetiva que se estabelece espontaneamente entre uma percepção e outra que pertença ao domínio de um sentido diferente, como, por exemplo, cor da chama e temperatura).
O homem recebe os sinais, decodifica–os e age. Padovani apud Bormio (2005) estabelece alguns critérios, ou princípios gerais para o projeto de sistemas de informação: 1) Quantidade de informação: o sistema deve prover toda informação necessária à realização de cada atividade da tarefa no momento em que ela é
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realizada e ainda deve evitar prover informação não relacionada com a tarefa que desvie a atenção do usuário. 2) Conteúdo informacional: clareza, precisão e especificidade, ainda, correção e sem ambiguidade. 3) Organização da informação: deve ser estruturada de forma familiar ao usuário. 4) Representação de informação: diferenciação da informação de acordo com sua hierarquia ou importância. Apresentação em caracteres visíveis, simples, utilizando combinação de cores adequada e os ícones devem ser compreensíveis ao usuário. Os textos devem possuir boa legibilidade. 5) Acesso à informação: informação deve estar visível (considerando o campo de visão e leitura confortável) e o acesso à informação deve ser fácil e rápido.
2.2. SINALIZAÇÃO E SEMIÓTICA
A Semiótica é o estudo dos signos e suas ações. Signo é tudo que representa algo para alguém, podendo ser objetos, símbolos, palavras, entre muitos outros. Eles representam e transmitem alguma informação, ou várias informações, para nós. A semiótica não se reduz apenas para o campo verbal, mas se expande para qualquer sistema de signos como, por exemplo, Artes Visuais, Música, Fotografia, etc. Os primeiros estudos sobre a semiótica podem ser vistos pela história desde a Grécia Antiga, pensadores como Platão, por exemplo, já estudavam alguns problemas ligados ao estudo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, o estudo geral dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência. Ao longo dos seus estudos, C. S. Peirce a integrou como uma teoria geral de todos os tipos possíveis de signo, emergindo então, uma teoria filosófica, lógica e cientifica da linguagem, denominando-a como Semiótica. Charles Sanders Peirce foi um dos pioneiros da Semiótica e segundo ele, o Homem
significa
tudo
que
o
cerca
numa
visão
triádica
(primeiridade, secundidade e terceiridade), e é nestes pilares que toda a sua teoria se baseia. Primeiridade: é ligada a qualidade, algo que falamos ou sentimos;
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Secundidade: é ligada a existência, é algo que existe em algum lugar, e tem uma relação com alguma coisa; Terceiridade: ligada a lei, representamos e interpretamos o todo, ao nível simbólico. É a representação de algo com os nossos sentimentos. Por sua teoria há três tipos de signos: Símbolo: Ele é um signo que é representado através de convenções, regras da sociedade; Ícone: É um signo que tem alguma semelhança com o objeto representado, suas qualidades se assemelham com as do objeto, Índice: Transmite continuidade ao objeto, não precisa necessariamente deste para existir.
Segundo Santaella, doutora em Teoria Literária e pesquisadora de teoria e aplicações no domínio da semiótica para as mais diversas áreas do conhecimento, por meio da teoria “peirceana”, a Semiótica possibilitou o desenvolvimento de muitas outras Semióticas especiais, originando a aplicação de diversos processos e produtos de linguagem como: arte, uma nota musical, poemas, música, teatro, um objeto, etc. Quando alguma coisa se apresenta em estado nascente, ela costuma ser frágil e delicado campo aberto a muitas possibilidades ainda não inteiramente consumadas e consumidas. Esse é justamente o caso da Semiótica, algo nascendo e em processo de crescimento. Esse algo é uma ciência, um território do saber e do conhecimento ainda não sedimentado, indagações e investigações em progresso. (Santaella, 1999, p.8)
De acordo com a pesquisadora, pode-se concluir que sendo a Semiótica uma ciência que investiga as linguagens existentes, infiltra-se nas pesquisas e estudos sobre as diversas ciências, porém não contando com o objetivo de se apoderar do saber e da investigação especifica de outras ciências, mas sim de que seja desvendada sua existência enquanto linguagem, ou seja, sua ação em termos de signo.
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2.2.1. Sinalização
A Sinalização se consiste no ato de sinalizar, mostrar alguma informação. Ela é usada e aplicada de diversas formas, como gestos, escrita, símbolos, figuras e sinais. Ela pode ser dividida em três tipos de acordo com o sentido que ela está ligada: Visual: é composta de elementos que passam informações através de sinais e objetos. Tátil: é composta de elementos, que passam a informação através do tato. Tem grande benefício às pessoas cegas ou de baixa-visão. Sonora: é composta de elementos, que passam a informação através do meio auditivo (sons). Uma sinalização também pode ser identificada por sua forma. Ela pode ser: Interna: qualquer tipo e forma de sinalização aplicada na área interna de qualquer ambiente. Externa: são colocadas nas áreas externas dos ambientes. Sinalização Horizontal e Vertical: Possuem as mesmas formas e aplicações das anteriores, porém mudam somente a forma como são aplicadas.
A sinalização, por último, pode ser definida por outras quatro categorias, de acordo com sua função: Direcional: Indicada para dar direção de um percurso ou distribuição espacial em uma edificação. Associa setas, textos, figuras e símbolos. Na forma tátil utiliza linhas-guia e pisos táteis. Emergencial: Indica rotas de fuga e saídas de emergência em edificações, espaços e ambientes urbanos. Alerta para perigos iminentes. Permanente: Identifica espaços e elementos de um ambiente ou edificação, com função definida; Temporária: Indica informações ou mensagens provisórias ou com alterações frequentes.
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2.2.1.1. Exemplos de uso da Sinalização
O uso de sinalização é visto diariamente. Ela está em ruas, lojas, escolas, sempre tendo a funcionalidade de trazer às pessoas um melhor entendimento do ambiente. Figura 12: Placa de rua
Fonte: <http:// oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/03/21/ novo-modelo-de-placas-de-rua-chega-zona-norte-275806.asp>
Uma das sinalizações mais comuns é a própria placa de rua. Ela se tornou uma forma eficaz de ajudar as pessoas a se localizarem nas cidades. Outra forma muito comum de sinalização são as placas de trânsito. Seus símbolos são facilmente reconhecidos e de fácil memorização. Figura 13: Placas de trânsito
Fonte: <http://www. wiki2buy.com.br/Servicos_de_Sinalizacao>
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A sinalização pode ser utilizada em vários modos. Um grande exemplo são os totens, muito utilizados em hospitais, feiras, entre outros. Eles geralmente trazem várias informações, podendo utilizar várias formas de sinalização. Figura 14: Totem
Fonte: <http://www.arcomodular.com.br/ portugues/produtos/sistemas/arco-modular>
Nos próximos anos o Brasil sediará importantes eventos: a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para um evento que traz milhares de pessoas de vários países é necessário uma sinalização que todos possam entender com facilidade, assim uma especial precisa ser criada para as cidades sedes. Figura 15: Sinalização para a copa
Fonte: <http://jc3.uol.com.br/blogs/blogdotorcedor/canais/copa2014 /2012/06/15/copa_do_mundo_tera_sinalizacao_especial_132682.php>
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2.2.2. Pictogramas
É um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenhos figurativos. Teve sua origem na antiguidade, com a escrita cuneiforme e hieróglifos. Atualmente, o uso de pictogramas está cada vez mais frequente, como para diferenciar os sexos, para sinalização de locais públicos, entre outros. O primeiro sistema de representação pictórica internacional foi desenvolvido pelo movimento ISOTYPE, que teve início nos anos de 1920, por Otto Neurath, em Viena. Os desenhos dos pictogramas modernos são uma evolução das gravuras de Gerd Arntz que participou do ISOTYPE trabalhando para Otto Neurath. Figura 16: Sistema ISOTYPE
Fonte: <http://thesis.armina.info/node/51>
2.2.3. Sinalizações nos Jogos Olímpicos
Como as Olimpíadas trazem pessoas de diversos países é preciso uma forma de comunicação que englobe a todos. Assim, o modo escolhido foi o uso de Pictogramas, mantendo uma linguagem mais universal e prática. Os pictogramas começaram a ser usados nas Olimpíadas em Londres na edição de 1948, porém foram aplicados apenas para a identificação das modalidades esportivas. Foi em 1964 nas Olimpíadas de Tóquio que eles foram realmente utilizados como um meio de sinalização, focando em sua tipografia, paletas de cores e símbolos. A equipe de designers que criou estes pictogramas foi liderada por Katsumi Masaru, que se inspirou pelo desenvolvimento da linguagem de design que estava
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acontecendo em Viena, por Otto Neurath e Gerd Arntz. A simplicidade e padronização da linguagem ISOTYPE foi uma forte influência para os pictogramas dos jogos seguintes, 1968 no México e 1972 em Munique. Em 1972, Oli Aicher criou um novo conjunto de pictogramas paras os Jogos com um design mais limpo e simplificado, para uma melhor compreensão do público. Até 1990 eram utilizados apenas pictogramas similares a estes, mas a partir dessa década alguns designers começaram a se afastar desse padrão simplificado, trazendo referenciais da cultura das cidades sedes. Figura 17: Pictogramas das Olimpíadas de 1964
Fonte: < http://zooart-zooblog.blogspot.com.br/2009/07/cartazes-olimpicos-p3.html>
Figura 18: Pictogramas dos Jogos Olímpicos de Munique, 1972
Fonte: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/img/revistas/aeq/n19/n19a09f2.jpg>
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2.2.3.1. Olimpíadas 2004
Para a sua sinalização foram criados 35 pictogramas representando os 28 esportes e algumas Disciplinas. Eles foram inspirados por elementos da Grécia antiga. A simplicidade da forma da arte Cicládica3. As expressões artísticas dos pictogramas derivam dos vasos com figuras pretas, onde formas sólidas pretas representam o corpo humano e uma única linha define o detalhamento da forma. As figuras dos pictogramas também são sólidas e desenhadas em um fundo similar a de fragmentos de um vaso antigo. Figura 19: Vaso antigo grego
Fonte: <http://www.tocadacotia.com/cultura/arte/vasos-gregos>
3
A arte cicládica foi a arte produzida durante a civilização cicládica. Higgins (1967, p. 53)
Civilização cicládica é uma cultura da Idade do Bronze do mar Egeu que abrange nominalmente de aproximadamente 3000 - 2 000 a.C., embora tenha subsistido até 1 100 a.C. Foi proposta pelo arqueólogo Christos Tsountas no final do século XIX, após as diversas descobertas nas ilhas Cíclades. Bleu (1998, p. 202)
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Figura 20: Pictogramas das Olimpíadas de Atenas
Fonte: Imagem retirada do The Official report of the Athens 2004
Outro grupo de pictogramas foi criado para acomodar as necessidades do sistema usado nos Jogos, os pictogramas Funcionais, usados em placas, mapas e publicações. Estes foram redesenhados para deixá-los ainda mais visíveis e reconhecíveis para o público. Figura 21: Pictogramas funcionais das Olimpíadas de Atenas
Fonte: Imagem retirada do The Official report of the Athens 2004
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2.2.3.2. Olimpíadas 2008
Para os Jogos de Pequim a sinalização também possuiu um grande apelo de suas tradições. Eles foram chamados de “Beauty of Seal Characters” por remeter as inscrições antigas vistas na China, mas ainda procurando ser moderna para deixálos mais reconhecíveis para o público, trazendo o contraste preto e branco e também o uso de forma que dão a sensação de movimento dos atletas. Figura 22: Inscrições chinesas
Fonte: <http://institutolohan.com.br/novidades/a-caligrafia-chinesa/>
Figura 23: Pictogramas das Olimpíadas de Pequim
Fonte: Imagem retirada do The Official report of the Beijing 2008
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2.2.3.3. Olimpíadas de Londres 2012
Para os Jogos de Londres foram apresentados 38 pictogramas, sendo que estes foram usados tanto em campanhas promocionais como nos ingressos. Sua principal função, porém, foi nortear os espectadores durante a competição. “Os pictogramas serão uma maneira vital de os espectadores se acharem durante os Jogos e vão se tornar bem reconhecíveis até 2012”, declarou Sebastian Coe, presidente do comitê organizador. Foram criadas três versões para os pictogramas, sendo em que uma delas há apenas a silhueta de um atleta, a segunda, utilizando as cores da bandeira britânica e linhas que fazem referência ao mapa do metrô de Londres. Já a trouxe a ideia dos vetores que se encaixassem com o “look and feel” do projeto. Os pictogramas possuem referência também da criação de Otl Aicher, foi em 1948 a primeira vez que um pictograma foi utilizado, e a partir de 1964, em Tóquio, eles já se tornaram característicos desse evento, e a cada edição das Olimpíadas um novo conjunto são desenhados conforme o conceito da marca. “Os pictogramas de uma Olimpíada são um elo único entre a cidade-sede e os esportes envolvidos”, avaliou Denis Oswald, membro do comitê. “Os pictogramas dos Jogos de Londres são uma forte e dinâmica representação dos esportes de 2012 e são imediatamente associados ao visual londrino”. Figura 24: Pictogramas em preto e branco das Olimpíadas de Londres
Fonte: LOCOG
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Figura 25: Mapa Subterrâneo de Londres
Fonte: LOCOG
Figura 26: Pictogramas coloridos das Olimpíadas de Londres
Fonte: LOCOG
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Figura 27: Pictogramas em vetores coloridos das Olimpíadas de Londres
Fonte: LOCOG
Cerca de 250.000 itens de design foram produzidos pela equipe de 40 designers da LOCOG para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2012. Até mesmo os locais não esportivos como, por exemplo, o centro de imprensa recebeu o mesmo tratamento. Figura 28: Sinalização na sala de imprensa
Fonte: <http://sinalizarblog.com/2012/08/01/jogos-olimpicos/>
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Figura 29: Pictogramas retro iluminados são utilizados para separar a imprensa de cada esporte.
Fonte: <http://sinalizarblog.com/2012/08/01/jogos-olimpicos/>
O escritório responsável pelo projeto, o norte-americano Populous, citou: “Sabíamos que tínhamos de criar um conjunto de princípios gráficos que fosse flexível o suficiente para ser aplicado a diferentes locais, garantindo clareza e consistência, que fosse também inclusivo e elegante”. E finalizou também dizendo que: “Para que ele funcione, ele ainda teria que ser visivelmente diferente do olhar altamente colorido do resto da comunicação”. Desta maneira foi projetado um conjunto simples e adaptável, que poderia ser rapidamente trabalhada à especificidade de cada local. A informação é em preto e branco, principalmente na forma de pictogramas e números. Utilizando o mínimo de texto possível, porém quando o mesmo mostrou-se necessário, usou-se a fonte FS Dillon (compacto simples, de letras construídas para maior clareza e economia de espaço, e com números claros). Nos locais de uso temporário, muitos dos sinais foram pintados diretamente nas paredes. Já nas instalações permanentes, combinaram-se os materiais da sinalização aos da arquitetura. O resultado é coerente e ao mesmo tempo um sistema de sinalização integrado, mas com uma identidade única para cada local.
2.2.3.3.1. Sinalização Inteligente
Para facilitar ainda mais a vida dos turistas na cidade de Londres, todas as estações de trem e metrô estavam muito bem sinalizadas, com as indicações do trajeto a ser percorrido rumo a todas as instalações olímpicas. Estas mesmas
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informações apareciam com destaque no desembarque dos aeroportos e em pontos estratégicos de toda a cidade. Até mesmo pelas calçadas os visitantes eram guiados com a ajuda de grandes adesivos coloridos indicando os trajetos. Dentro do Parque Olímpico havia também placas que mostravam o tempo que se levaria entre as instalações dos jogos, facilitando a programação e o fluxo dos espectadores. Figura 30: Saída da estação Stratford
Fonte: <http://miblogito.blogspot.com.br/2012/07/londres-2012-venham-estamosprontos.html>
Figura 31: Fotos da estação Charing Cross
Fonte: <http://miblogito.blogspot.com.br/2012/07/londres-2012-venham-estamosprontos.html>
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2.2.3.3.2. Sinalização do Estádio Olímpico
Já no início do projeto de sinalização sabia que seria necessário que o mesmo funcionasse igualmente bem durante e após os jogos. Seria importante criar um sistema atemporal e duradouro, ainda que sutilmente referenciasse as olimpíadas. A Populous citou: “Encontramos uma paleta de elementos arquitetônicos marcantes na estrutura monocromática de vigas de aço e pilares de concreto. Ficamos animados com as possibilidades oferecidas pelo vidro colorido que circunda o edifício e partimos para o desafio de levar cor para a sinalização, sem contrariar o esquema de cores preto e branco estrito das informações wayfinding”. Foi projetado então usando elementos com uma forma de C (seção transversal), referenciando as vigas estruturais. A face do sinal contém informação em preto e branco, enquanto a parte interna refere-se à cor local, já na borda do elemento existe um detalhe padrão que ecoa o estilo visual dos jogos: específica para os Jogos de 2012, mas não forte o bastante para o após os jogos. A sinalização do estádio é materialmente sofisticada e variada, o sistema como um todo é coerente e unificado pela simplicidade da informação em preto e branco e sua usabilidade agradável. Figura 32: Sinalização no Estádio Olímpico
Fonte: <http://ndga.wordpress.com/2013/02/05/imagens-sinalizacao-londres-2012/>
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Figura 33: Sinalização dos assentos no Estádio Olímpico
Fonte: <http://ndga.wordpress.com/2013/02/05/imagens-sinalizacao-londres-2012/>
Figura 34: Pictograma para o sanitário feminino no Estádio Olímpico
Fonte: <http://ndga.wordpress.com/2013/02/05/imagens-sinalizacao-londres-2012/>
2.2.3.3.3. Sinalização da Área Externa
O escritório Surface Architects de Londres foi designado para trabalhar com o LOCOG - comitê das Olimpíadas de Londres – e a ISG – companhia internacional de serviços de construção – para a concepção e entrega de grandes estruturas wayfinding para o Parque Olímpico de 2012. As propostas combinaram vetores já conhecidos e as influências gráficas que se encaixassem com o projeto “Look and feel” da LOCOG. As sinalizações de formas angulares e os “totens” ficaram espalhados pelo parque e nas entradas e áreas externas do Parque Olímpico. "Cada forma incorpora retro iluminação LED, criando um campo de balizas iluminadas em todo o Stratford Park. Foram construídas seis balizas de 7m, cinco de 15m e duas de 12m para a entrada. Todas as peças foram projetadas a partir de
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fontes sustentáveis e serão desmontadas, recicladas e reutilizadas após os jogos.” (Surface Architects, 2012). Figura 35: Entrada para o Estádio Olímpico
Fonte: Surface Architects
Figura 36: Totem criado pela Surface Architects
Fonte: Surface Architects
2.2.4. Utilização da sinalização em Estádios
O uso da sinalização em estádios proporciona para o público uma melhor noção para se localizar em algum grande evento. Para cada evento uma sinalização específica é utilizada, podendo ser mais funcional ou mais estética, dependendo de sua localização, tamanho e público. Um
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exemplo de uma sinalização mais funcional pode ser visto abaixo, um show no Estádio Morumbi em São Paulo. Figura 37: Sinalização dentro do Estádio
Fonte: <http://www.miroarte.com.br/category/sem-categoria/>
A sinalização procurou ser mais objetiva, focando em trazer a informação ao público sem passar um lado mais artístico dela. Suas cores e tipografias não foram muito trabalhadas fora do lado funcional e seus pictogramas também foram mantidos em suas formas mais comuns. O maior benefício de uma sinalização assim é que o público tem uma maior facilidade para compreender conteúdo transmitido, pois já possui um grande contato com ela. Figura 38: Sinalização fora do Estádio
Fonte: <http://www.miroarte.com.br/category/sem-categoria/>
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Diferente do resto da sinalização foi criado um mapa para o público se localizar e este foi criado valorizando-se sua função estética, mantendo sua funcionalidade, porém também trazendo um conceito mais limpo. Figura 39: Mapa do Estádio
Fonte: <http://www.miroarte.com.br/category/sem-categoria/>
2.2.5. Concorrentes
2.2.5.1. Kojima
A Kojima iniciou-se no mercado trabalhando com a área metalúrgica, onde fornecia caixas e gabinetes para equipamentos eletrônicos e computadorizados. Seu primeiro passo dentro da área de sinalização foi quando começou a oferecer serviços para empresas de sinalização computadorizadas, que estavam chegando ao Brasil por volta de uma década. Atualmente a Kojima atende escritórios de arquitetura, agências de propaganda, escritórios de design e construtoras, contando com uma vasta equipe de apoio. Sua mão de obra é especializada e com formação técnica, trabalhando com modernas tecnologias. Com 20 anos de mercado na área de comunicação visual, a Kojima investe na sinalização verde, desenvolvendo projetos preparados pelos conceitos do eco design e certificações de construções sustentáveis (Selo LEED = eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos, qualidade ambiental interna, espaço sustentável; inovações e tecnologias; créditos regionais).
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Figura 40: Projeto – BRACOR
Fonte: Imagem retirada do site <http://www.kojima.com.br/>
2.2.5.2. Hardy Design Fundada em 2004, pela atual dona, Mariana Hardy – designer com formação em arquitetura – a Hardy Design trabalha com toda a área da comunicação, desde o marketing e a parte visual, realizando todo o planejamento. Apesar de ser uma empresa jovem, a agência já adquiriu um amplo reconhecimento no mercado, sendo publicada em diversos livros e revistas nacionais e internacionais. Figura 41: Projeto Copa 2014 – Minas Arena (Mineirão)
Fonte: Imagem retirada do site <http://www.hardydesign.com.br/>
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2.3. DESIGN
2.3.1. O Design através das Olimpíadas
Desde a volta dos Jogos Olímpicos em 1896 o Design sempre esteve presente, mesmo que em apenas algumas peças, mas foi somente por volta de 1960 que ele se tornou uma parte importante para sua divulgação. O primeiro manual de identidade visual para as Olimpíadas foi criado em 1964para os Jogos de Tóquio. Figura 42: Manual de Identidade dos Jogos de 1964
Fonte: <http://www.theolympicdesign.com/deu/ olympic-collection/classification/design-manuals/>
Figura 43: Manual de Identidade dos Jogos de 2004
Fonte: <http://www.theolympicdesign.com/deu/ olympic-collection/classification/design-manuals/>
Atualmente todas as peças do evento são projetadas no intuito de se adicionar os valores e conceitos que o país deseja transmitir, conforme sua marca, indo desde a medalha até seus estádios.
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2.3.2. Aplicações de Pictogramas
Os pictogramas têm como principal função proporcionar uma comunicação clara ao público. Para eventos que trazem muitas nações reunidas em um só local é necessário a sua utilização para que o público de fora possa se localizar tanto quanto o local. Como foi visto anteriormente, as Olimpíadas utilizam os pictogramas não só em sua sinalização, mas também em sua divulgação. Desde o início de uso nas Olimpíadas de Tóquio em 1964, a cada evento eles são trocados. Na figura abaixo é possível notar as mudanças a cada ano em alguns dos pictogramas: Figura 44: Pictogramas através dos anos
Fonte: <http://www.brzcomunicacao.com.br/pictogramas-olimpicos/>
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2.3.3. Design e Sustentabilidade O que é sustentabilidade? Sustentabilidade é um conceito relacionado com os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. Propondo-se ser um meio de mudança na civilização e nas atividades humanas, de tal forma que a sociedade e seus membros possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial medindo as consequências de seus atos, de forma a preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de uma forma que vise atingir pró-eficiência na manutenção desses ideais. A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
2.3.3.1. Produtos Sustentáveis
São caracterizados como produtos sustentáveis aqueles produtos que de forma direta ou indireta contribuem para a sustentabilidade do planeta, considerando as cinco dimensões do desenvolvimento sustentável: ambiental, social, cultural, espacial e econômica.
2.3.3.2. Ecodesign
O Ecodesign é uma determinante necessária para atingir o desenvolvimento sustentável, aparecendo na atualidade como uma forma nova de projeto. Conforme Hollis diz em seu livro “Design gráfico, uma história concisa”, que design gráfico é “a arte de criar/projetar ou escolher marcas gráficas (como linhas de um desenho ou os pontos de uma fotografia), combinando-as numa superfície qualquer para transmitir uma ideia” (2005:01). Ou seja, podemos considerar que o ecodesign atua como uma ampliação desse conceito, partindo do pressuposto de conservação do meio ambiente, projetar se preocupando com o impacto que o produto possa causar, ajudando assim a orientar a direção das decisões de design. O conceito de Ecodesign parte do princípio de que as empresas devem ter total controle sobre o projeto de seus produtos, seja ele gráfico ou não, tendo em
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vista um menor impacto ambiental em todas as etapas do projeto. Segundo o IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, cujo conceito também prevalece para a área gráfica, Ecodesign é definido como “Hoje a importância dada ao meio ambiente difere muito de empresa para empresa, mas isso poderá mudar à medida que se adquire maior experiência. O Ecodesign pode se tornar um dos elementos básicos para a condução das decisões estratégicas de qualquer empresa. Pressupomos que certamente levará algum tempo, mas o futuro avança para isso, só depende das áreas de desenvolvimento, marketing, e das políticas de investimentos em novas tecnologias e inovação dos produtos. A ferramenta de projeto utilizada para o desenvolvimento de serviços e produtos, cujos processos não resultem em impactos sobre o meio ambiente, com a minimização no consumo de matérias-primas, redução na emissão de poluentes e efluentes e na geração de resíduos” (2009). Os elementos básicos para o desenvolvimento sustentável têm como ponto crucial o ciclo de vida do produto, fazendo uma escala em relação ao que necessita atingir. A ligação entre Ecodesign, gerenciamento ambiental e tecnologias mais limpas para a área gráfica, aparecem de forma mais evidente, a partir do momento em que a empresa avança em atividades ambientalmente orientadas. Quanto maior o investimento em manter uma posição sustentável, mais prevenção ela terá que ter, dando o enfoque necessário aos problemas ambientais. A ideia básica consiste em que quanto mais alta for a posição da empresa/setor na escala, mais básico e mais preventivo será o enfoque dado aos problemas ambientais (Nehme 2006). Esse investimento
começa
internamente,
fazendo
campanhas
de
gerenciamento
ambiental, para introduzir na mente dos funcionários a necessidade da mudança e a partir disso começar os investimentos externos. Devemos considerar que ele abrange todos os requisitos do ciclo de vida do produto, analisando sempre os impactos ambientais que são gerados em sua produção. Esses impactos surgem desde a extração e transporte das matériasprimas (escolhendo materiais de baixo impacto ambiental, menos poluente, não tóxico ou de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação), passa pelos processos de produção e o modo de embalar (tentando atingir cada vez mais uma eficiência energética, utilizando os processos e materiais menos poluentes e com menos gastos de energia), proporcionando uma qualidade e durabilidade maior (produzindo produtos que durem mais tempo e funcionem melhor
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a fim de gerar menos lixo) e também pensando em sua distribuição, uso, manutenção, reutilização e tratamento de seus resíduos e descarte final do produto (propor objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de outros objetos, projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida ou pensando em peças que possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo). Todos os impactos ambientais provocados ao longo de seu ciclo de vida devem ser levados em conta. Especificamente na área de produção gráfica, o ecodesign pode atuar de maneira considerável, já que o processo de produção gera muitos resíduos. Como citado em seu artigo “O design gráfico e o desenvolvimento sustentável” Gomez e Braun (2007) dizem que: “O designer pode ser uma das chaves para se alcançar um desenvolvimento sustentável, atuando na utilização de matérias-primas naturais renováveis e dispondo de tecnologias e processos de produção menos impactantes. Em contra partida a indústria, incluindo o setor gráfico, deve fazer parte da solução quanto às ações pertinentes a concepção de um produto, onde em cada uma de suas fases deve aplicar critérios possíveis de redução do impacto ambiental”. As fases de confecção de um impresso consistem em planejamento, préimpressão, impressão, acabamento. O pensamento do designer para um ecodesign atinge todas essas fases. A escolha de uma gráfica que tenha um pensamento sustentavelmente correto é muito importante, pois é através do seu gerenciamento ambiental que se pode garantir que o mínimo de resíduos gerados seja devolvido a natureza, tentando fazer ao máximo uma reutilização dos mesmos. Elementos-Chave do Ecodesign: a) Integrar variáveis ambientais no processo tradicional de design de produtos;·. b) Equilibrar requisitos econômicos e ecológicos durante o desenvolvimento de produtos;·. c) Induzir melhorias nas práticas de produção e de consumo;·. d) Auxiliar, pelo processo de design, as empresas a anteciparem custos ambientais e sociais referentes ao ciclo de vida de produtos. É possível aplicar o ecodesign em seu produto visando sua melhoria, de forma a trazer uma inovação ao produto que traga o conceito e ao mesmo tempo desperte a curiosidade do consumidor final a entender o que está acontecendo e se interessar
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pela ideia de um produto sustentável e o que isso poderá agregar a sua vida e na sociedade em geral.
2.3.3.4. Produção gráfica sustentável
A constante procura por materiais impressos faz com que a produção gráfica busque uma atualização constante. De vinte anos pra cá muita coisa se modificou, principalmente com o avanço da tecnologia e a popularização dos computadores. Os antigos profissionais que montavam os impressos de forma manual, os ‘pestapistas’, trocaram suas pranchetas pelos computadores, tendo que se adaptar com um novo conceito que surgiu, o Desktop Publish (uso de computadores pessoais para desenhar, compor, e imprimir peças gráficas com qualidade profissional). Hoje em dia, todo processo de produção é feito através do computador (ressalva algumas gráficas que mantém um processo manual para fazer alguns poucos tipos de impressos, como convites de casamento, por exemplo). Os conhecimentos sobre produção gráfica, além de ter o produtor gráfico, se faz necessário entre todas as pessoas que trabalham com artes gráficas, inclusive os designers, para um bom andamento do trabalho. Produção gráfica, segundo a definição de Baer em seu livro Produção Gráfica, é “o fio condutor do conjunto das operações que compõe esse processo e geram o impresso acabado” (1999:12), sendo “esse processo” como qualquer sistema de impressão, pois todos os sistemas se utilizam desse conjunto de operações, que são o planejamento / criação, pré-impressão, impressão e acabamento / pós-impressão. Prevalece essa definição para todos os sistemas de impressão. A constante preocupação das gráficas com o meio ambiente e a grande quantidade de impressos industrializados faz com que essas operações evoluam para uma tecnologia cada vez mais correta. Para conseguir uma boa imagem no mercado, as gráficas estão adequando os seus processos, afim de que eles se enquadrem em políticas ambientais corretas e com
isso
sejam
concedidas
as
certificações
de
preservação
ambiental,
comprovando a existência da preocupação e responsabilidade com o meio ambiente. As principais certificações são:
75
A. FSC Brasil - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal Segundo o site da própria fundação, o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil) é uma organização não governamental, independente e sem fins lucrativos, reconhecida como uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e com cadastro no CNEA (Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas). A missão do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal é difundir e facilitar o bom manejo das florestas brasileiras conforme Princípios e Critérios que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. B. RoHS - Restriction of Certain Hazardous Substances (Restrição de certas substâncias perigosas) De acordo com uma das gráficas certificadas no Brasil, RoHS são diretivas europeias que estabelecem procedimentos para que tanto as matérias-primas utilizadas no processo produtivo quanto os produtos finais estejam isentas ou em percentuais toleráveis de substâncias tóxicas como o cádmio, mercúrio e chumbo.
2.3.3.5. Tendências sustentáveis Consumidores exigentes, mais comunicação. Expandindo-se em todo o mundo, esse é um movimento que traz uma resposta ao crescente interesse dos consumidores e às demandas. O estudo sobre marcas verdes ImagePower (Cohn&Wolfe, Landor Associates e Penn Schoen Berland, em parceira com a Esty Environmental Partners), realizado em 2010 com 9 mil entrevistados em 8 países, incluindo o Brasil, revelou que 60% dos consumidores querem comprar produtos de empresas sustentáveis. Inovação puxa comunicação de produtos A valorização da sustentabilidade já é uma vantagem competitiva que tem levado cada vez mais empresas a comunicar não só aspectos convencionais como reciclagem, mas também inovação dos produtos para chamar a atenção dos consumidores, mostrando como a sustentabilidade pode afetar o consumidor e a sociedade no geral.
76
A comunicação valoriza o desempenho do produto, o bolso do consumidor e a contribuição para o planeta. O desempenho do produto pode ser aliado ao conceito da sustentabilidade, ou seja, a tendência já não é apenas adotar um tom institucional ao conceito sustentável, mas sim transmitir uma ideia de um benefício para o consumidor que optar por produtos sustentáveis. Simples é melhor Considerando-se as maneiras de comunicação e marketing na venda do produto, a tendência atual é simplificar a mensagem, transmitindo rapidamente e de forma clara o conceito de sustentabilidade e o que isso agrega para a sociedade, fortalecendo o vinculo da marca com o consumidor. Um exemplo ilustrativo disso é a Marks&Spencer, a rede britânica implantou uma campanha chamada: Plano A, na qual transforma 100 compromissos em cinco pilares (Mudanças Climáticas, Resíduos, Matéria-Prima Reciclável, Parcerias Justas e Saúde), devidamente identificados por ícones. “Cinco anos. Cinco compromissos. 100 coisas para mudar. Porque temos apenas um mundo. E o tempo está acabando”. Selos de certificação É importante sempre usá-los como base, pois atualmente os consumidores se orientam quase que exclusivamente pelos selos de certificação já existentes. Então o ideal é que a empresa esteja dentro deles para chamar a atenção e mostrar o seu compromisso com a ideia proposta. Redes sociais Cada vez mais empresas vêm utilizando as ferramentas de mídia social para dialogar com públicos de interesse e ampliar o alcance de sua comunicação da sustentabilidade. Sustentabilidade no esporte Empresas privadas, órgãos governamentais, ONGs e outras procuram a cada dia empregar novos conceitos de gerenciamento e também de desenvolvimento
77
sustentável. Os termos sustentabilidade e desenvolvimento sustentável vêm sendo muito divulgados e utilizados no mundo atual. Com as mudanças que vêm ocorrendo, sejam climáticas, econômicas, culturais ou sociais. As pessoas e as organizações já estão tomando atitudes, visando sanar e evitar problemas futuros. Como as mudanças são mundiais, as entidades esportivas também devem se adequar a esses conceitos, contribuindo assim para a renovação dos recursos naturais e práticas sustentáveis. Atualmente, visando os conceitos modernos de administração e gerenciamento, os clubes e instituições esportivas têm adotado a prática da sustentabilidade no seu cotidiano. Num primeiro momento o esporte demorou a adotar o desenvolvimento sustentável, enquanto empresas vêm adotando essa prática há anos, portanto ainda carece de muito estudo e aperfeiçoamento nessa área.
Exemplos de sustentabilidade no esporte: As camisas que as seleções do Brasil, Austrália, Holanda e Portugal utilizarão na Copa do Mundo da FIFA 2010 são feitas 100% com material reciclado. São utilizadas oito garrafas plásticas recicladas para fabricação de cada uniforme. A malha Take®, fabricada pela Santaconstancia Tecelagem, foi criada a partir da fibra de bambu, dispensa a utilização de agrotóxicos e contribui com a renovação do ar. O tecido tem propriedade bacteriostática, que evita o odor do suor, e ajuda a manter a temperatura ideal do corpo durante a atividade física. O ginásio Richmond Olympic Oval, local onde foram disputadas as provas de patinação de velocidade nos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver 2010, foi construído com madeira reaproveitada, tem capacidade de armazenar água da chuva para usar nos sanitários e irrigar árvores e de utilizar o calor das máquinas de fazer gelo para gerar energia. A academia EcoFit, em São Paulo, é uma academia com preocupação e responsabilidade social. Intitulada a única academia ecológica do Brasil, possui uma estrutura física voltada à otimização e preservação dos recursos naturais. Nos vestiários, foram instalados chuveiros com arejadores e
78
de timer para medir o tempo dos banhos e promove campanhas de reciclagem e desperdício. O economista americano Ian McKee e o arquiteto brasileiro Vicente de Castro Mello idealizaram e escreveram o Projeto Copa Verde, que inclui as EcoArenas e planos que envolvem todos os serviços a serem prestados aos brasileiros e visitantes durante a Copa do Mundo da FIFA em 2014. Copa Verde é a competição pela sustentabilidade. Por exemplo, os estádios de futebol têm vida útil que varia entre 50 e 70 anos, com isso, necessitam da implantação de sistemas de uso racional de água e fontes de energia renováveis. O Clube Esportivo Helvetia utiliza a energia solar para aquecer suas piscinas e os chuveiros dos vestiários. Com o uso dessa tecnologia, além do ganho ambiental, o clube teve um ganho econômico. Economizou, em um ano, 9% nas contas de água e 29% nas contas de energia elétrica. O Esporte Clube Pinheiros possui um Sistema de Gestão Ambiental. Tem como meta reduzir continuamente o impacto dos serviços que causem prejuízo ao meio ambiente, sendo respaldada pelos seguintes princípios: Preservação é dever de todos os diretores, empregados e colaboradores do clube; buscar a atuação preventiva como forma prioritária de ação; sensibilizar o público frequentador para o respeito ambiental; atender aos requisitos legais aplicáveis e outros subscritos pela organização relacionada ao meio ambiente.
2.3.3.6. Sinalização ecológica
Atualmente podemos encontrar projetos de comunicação visual sustentáveis, porém isso ainda é mais comum em materiais gráficos do que impressos. Esse projeto tem como intuito trazer a sinalização esse conceito de sustentabilidade, para que o Brasil possa ser um exemplo nessas olimpíadas de como unificar o conceito de produtos sustentáveis, esporte e ecodesign na própria sinalização. Visando isso, o projeto procura se encaixarem no que conhecemos por Selo LEED (eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos, qualidade ambiental interna, espaço sustentável; inovações e tecnologias; créditos regionais) que são: utilização de materiais de fontes renováveis, recicláveis com baixo impacto
79
ambiental diminuindo o consumo de recursos naturais, produção limpa (limpeza e pintura de peças a seco, impressão de imagens com cura de tinta pelo processo UV sem dispersão de solventes), utilização de produtos não nocivos ao meio ambiente, peças de fácil manutenção, desmontagem e limpeza. Figura 45: Selo Produção Limpa
Fonte: <http://www.kojima.com.br/producao_limpa.html>
80
3. METODOLOGIA DE PESQUISA DE CAMPO
3.1. PESQUISA DE CAMPO
Para saber como a sinalização afetariam as pessoas, foi feita uma pesquisa de campo com 13 perguntas sobre como a sinalização influencia no cotidiano, as dificuldades encontradas em diferentes locais e seus pontos fortes e fracos. O questionário pode ser visto no Apêndice A. Gráfico 01: Público Alvo
Qual sua faixa etária? 10 a 15 anos
15 a 20 anos
20 a 30 anos
30 a 40 anos
40 a 50 anos
Acima de 50 anos
1% 0% 6% 8%
17%
68%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
81
Gráfico 02: Grau de escolaridade
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Gráfico 03: Frequência com que visita estádios e parque
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
82
Gráfico 04: Frequência com que visita estádios e parque
Quando você está em um lugar público costuma ter problemas com a sinalização para se localizar? (Placas de sanitários, saídas e etc) Sempre tenho problemas para me localizar nesses locais De vez em quando tenho problemas Nunca tive problemas para me localizar, pois a sinalização é boa Nunca tive problemas para me localizar, pois tenho facilidade, independente da sinalização. 10% 9% 2%
79%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Gráfico 05: Quais lugares possuem sinalização precária
Dentre os lugares que você frequenta, onde já percebeu que a sinalização é mais precária? Parques Estádios de Futebol
Ginásios Não costumo frequentar esses locais Outras áreas esportivas 10% 5% 18%
6%
61%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
83
Gráfico 06: Quais lugares possuem sinalização precária
Na sua opinião, a falta de qual tipo de sinalização impacta mais? Sanitários Saídas
Saídas de Emergência Espaços referentes para pessoas com deficiênci Telefones públicos
Outros 2% 5%
14%
37%
17% 25%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Gráfico 07: Problemas mais impactantes
Qual dos problemas abaixo você acha que impacta mais? Quando a sinalização está mal posicionada, em lugares que não sejam de fácil visualização Quando o tamanho ou a distância impactam na visualização clara do que está na placa Quando as imagens não são claras com o que a sinalização quer dizer Não considero que nenhum desses itens seja um real problema 4% 20% 12%
64%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
84
Gráfico 08: Maiores dificuldades em relação a sinalização
Sua maior dificuldade em relação à sinalização é: Entender o símbolo e seu conceito Achar onde estão as placas com sinalização
Encontrar a localização do que a placa está indicando Nunca tive problemas com sinalização 5% 7%
33% 55%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Gráfico 09: Sinalização unificada
Você acha que transformar a sinalização para todos os lugares que sediarão as Olimpíadas em 2016 com símbolos universais e unificados ajudará a organização para o evento? Sim Não Ajudará, porém não é prioridade na organização
Creio que é indiferente 0%
1% 12%
87%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
85
Gráfico 10: Problemas futuros se manter a sinalização atual
Você acha que se mantermos a sinalização igual está hoje nas Olimpíadas de 2016 poderá causar problemas? Pensando no fato de que teremos pessoas de diversas nacionalidades em nosso país. Sim, teremos problemas de organização. Não, não teremos problemas de organização. Talvez haja problemas, porém acho indiferente. 2%
11%
87%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Gráfico 11: Sinalização em ambientes públicos
Você acha que hoje temos um projeto de sinalização bem elaborado em ambientes públicos? Sim
Não
Não frequento lugares públicos 3% 10%
87%
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
86
3.2. METODOS PARA SE DESENVOLVER O PRODUTO
Primeiramente foram analisados os dados da pesquisa, quais são as maiores dificuldades dos visitantes de estádios, e quais as melhorias que poderiam ser utilizadas no projeto. A maioria dos visitantes possuem dificuldades em encontrar as placas de sinalização, principalmente para os sanitários e saídas, tudo isso graças ao mau posicionamento das mesmas.
87
4. RESULTADOS E ANÁLISES DAS PESQUISAS DE CAMPO
Pelas respostas pode-se ver que ocasionalmente as pessoas têm problemas para se localizar usando a sinalização e que um dos lugares com pior uso dessa são os parques. Para as pessoas as sinalizações mais impactantes são as de sanitários e as referentes para deficientes e estas têm seus maiores problemas quando estão mal posicionadas, em lugares que não possuem uma fácil visualização. A maioria acha importante ter uma sinalização com símbolos universais para as Olimpíadas, já que a maioria acha que a utilizada atualmente não é bem elaborada e uma nova poderia evitar problemas com a organização do evento. As respostas podem ser vistas no Apêndice A. Na figura é possível visualizar o público alvo que frequentam os estádios, não somente que irão frequentar as olímpiadas, já que a sinalização do projeto tem como projeção continuar no local após os eventos.
88
Figura 46: Análise do público alvo
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
89
Figura 47: Anรกlise da problemรกtica
Fonte: desenvolvida pelos prรณprios integrantes do projeto
90
Figura 48: Análise da problemática e consequências
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
91
4.1. Análise SWOT Tabela 02: Análise SWOT
FORÇAS
FRAQUEZAS
1. Evento
conhecido
mundialmente;
orçamento total do projeto;
2. Grande quantidade de turistas; 3. Parceria
entre
os
setores
públicos, privados e sociais;
desenvolvido,
o
turista vai se sentir muito mais bem
recebido
aos turistas que não falam
usadas nas sinalizações;
5. Com o conceito de boas-vindas design
2. Não ter estrutura para atender
nenhumas das três línguas
4. Interesse público;
do
1. Dificuldade em dimensionar o
e
vai
querer
voltar outras vezes ao país;
3. Serviço de transporte público insuficiente para população e turistas; 4. Violência
crescente
com
o
turista e com a população
6. As sinalizações serão em três
local;
idiomas diferentes (português,
5. Ausência de sinalização para
inglês e espanhol) para atender
outros pontos turísticos da
o maior público possível;
cidade;
7. Preocupação no uso e descarte de materiais, onde as placas gerais
continuarão
porém
os
em
que
uso, forem
relacionados diretamente com o evento serão descartados, com
exceção
interativo,
que
do
totem
ficará
no
maracanã lembrando o marco que teve na história do país; OPORTUNIDADES 1. Disponibilidade
AMEAÇAS de
grande
1. Dificuldade do posicionamento
quantidade de investimento em
das
dinheiro;
cidade, pois até 2016 pode haver
2. Crescimento
do
sinalizações
muitas alterações;
em
toda
a
92
desenvolvimento
turístico
da
cidade e do Brasil;
de
de
preocupação
investimento
3. Preocupação mundial com a utilização
2. Falta
materiais
sustentáveis; 4. Oportunidade de receber outros grandes eventos na cidade
para
preservar
os
manter
em e
patrimônios
públicos; 3. Ocorrência de desastres naturais, impedindo
a
visitação
dos
turistas; 4. Aumento da violência com os turistas e com a população;
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
4.1.1. Análise SWOT: Sinalização dos arredores do Maracanã
FORÇA: Bolsão para carros que chegam da avenida poderem parar em frente à entrada com segurança. Sinalização clara indicando a entrada principal do estádio. Grandes quantidades de bilheterias.
FRAQUEZA: Falta de sinalização para pedestres próximos aos pontos de ônibus. Placas com pouca visibilidade ou falta das mesmas nas bilheterias. Faixas e placas diferentes uma das outras indicando os portões, sem padronização. Pouca sinalização na calçada para os pedestres localizarem bilheterias e pontos de entradas próximos. Sinalização sem segunda língua.
OPORTUNIDADE: Fácil acessibilidade ao estádio. Bom fluxo para carros e pontos de ônibus próximos.
93
Praças próximas ao estádio, atraindo famílias a passearem pelas redondezas.
AMEAÇA: Avenida movimentada e com poucas faixas de pedestres, dificultando sua chegada e podendo afastar o público que não tem transporte particular. Poucas vagas para carros nos arredores do estádio, podendo dificultar o transito local. A pouca sinalização, falta de padronização e falta de tradução em inglês nas placas fora do estádio, podem confundir os visitantes, e acabar afastando os turistas.
4.2. Atributos e benefícios Atributos Em um evento tão grande que nem os Jogos Olímpicos, pessoas de todo o mundo vão para uma única cidade, sendo que a maioria não sabe o idioma local e como se locomover pela cidade. Assim, esta tem que estar preparada para recebê-los e para isso é necessário um tipo de linguagem que todos possam entender. Sendo assim, concluímos que é imprescindível uma boa sinalização tanto no estádio como em seus arredores. Benefícios Para que as Olímpiadas de 2016 sejam bem sucedidas, uma boa sinalização para o público é totalmente indispensável, já que esta cidade irá receber milhares de turistas que falam diversas línguas diferentes, além dos três idiomas adotados pelo projeto, os símbolos como os pictogramas são essenciais para que todos entendam oque a sinalização quer mostrar e não tenha confusão na hora do evento.
94
5. MEMORIAL DESCRITIVO
5.1. Processo Criativo
A criação do conceito principal da sinalização foi o primeiro item a ser finalizado, primeiramente criamos vários exemplos de placas e totens, levando em consideração o conceito da marca Rio 2016™, criada pela agência Tátil Design (2012), que segundo a mesma: desperta a mente para a receptividade do povo brasileiro, lembra três pessoas se abraçando em comemoração, ao mesmo tempo em que segue as linhas de contorno do pão de açúcar onde se é possível enxergar a palavra rio. Figura 49: Logo criado para as Olímpiadas de 2016
Fonte: <http://www.rio2016.org/>
5.1.1. Cronograma de desenvolvimento do Projeto (Fevereiro a Maio – 2012)
Para exatidão do projeto com finalização em tempo hábil, incluindo a etapa de criação gráfica e também da teórica, foram traçados os objetivos e prazos para cada integrante do grupo.
95
Tabela 03: Cronograma do Projeto
CRONOGRAMA TGI 2013 - SINALIZAÇÃO RIO 2016 DATA
ATIVIDADE
RESPONSÁVEL
STATUS
Painel semântico (referências)
José
concluído
Sustentabilidade (tendências e tecnologias)
Patrícia
concluído
Deficientes/Parolimpíadas
Vanessa
concluído
Projetos Gráficos - Londres
Julyane
concluído
Análise SWOT
Andressa
concluído
Planta/Projeto Maracanã
Todos
concluído
Como atender diferentes culturas (sinalização)
Julyane
concluído
Órgãos Públicos responsáveis
José
concluído
Projeto Copa
Patrícia
concluido
Como resolver os pontos fracos
Andressa
concluído
Brandbook Rio 2016
Todos
não disponível
História dos Esportes
Vanessa
concluído
Signos (Semiótica) - Lúcia Santaella
Julyane
concluído
Brasil nas Olimpíadas
Andressa
concluido
História das Olimpíadas
Andressa
concluido
Painel semântico e Iconográfico
José
concluido
Quais empresas/agências fazem sinalização
Patricia
concluido
Rafs das sinalizações
Todos
concluído
Rafs do material gráfico
Todos
concluído
Definição de ideias
Todos
concluído
07/03 à 11/03
12/03 à 21/03
TÉRMINO DAS PESQUISAS
16/03 à 05/04
96
20/03 à 25/04
Finalização da parte gráfica (vetorização, aplicação, brandbook, etc)
Todos
concluído
18/04 à 25/04
Painel para as estações de Metrô, Aplicações erradas das placas (qual a altura mínima na porta etc)
Andressa
concluído
18/04 à 25/04
Envelopar o Metrô
Patricia e José
concluído
18/04 à 25/04
Ingressos, Papelaria, Folheto para o comitê olímpico
Patricia
concluído
Julyane
concluído
18/04 à 25/04 Sinalização da saída do metrô, Totem interativo
18/04 à 25/04
Aplicação nos locais, Pictogramas/Placas, Público-alvo (Perfil)
José
concluído
18/04 à 25/04
Totem estático e aplicação do conteúdo no book
Vanessa
concluído
25/04 à 26/04
Impressão do miolo do book
José
concluído
25/04 à 29/04
Finalizar a monografia
Julyane
concluído
26/04 à 30/04
Apresentação em PPT, separar as falas etc.
Todos
concluído
26/04 à 30/04
Impressão da capa do book e encadernação em wire-o
Todos
concluído
29/04 à 30/04
Impressão e encadernação da monografia
José
concluído
30/04 à 02/05
Treinar apresentação para pré-banca, decorar falas, meditação e muita oração!
Todos
concluído
06/05 à 13/05
Efetuar as pequenas alterações necessárias na monografia e book
Julyane e Vanessa
concluído
13/05 à 27/05
Finalizar book e monografia conforme os novos conteúdos propostos pelos professores
Todos
concluído
27/05 à 31/05
Melhorias na apresentação em PPT
Todos
concluído
97
28/05 à 31/05
Impressão do book, monografia, folhetos etc.
José
concluído
01/06 à 02/06
Separar falas e se reunir para ensaiar apresentação
Todos
concluído
03/06 à 06/06
Finalização de todo o material gráfico, treinar falas e muita oração
Todos
concluído
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.2. Briefing
5.2.1. Apresentação
Este trabalho tem como premissa criar uma nova sinalização para as Olimpíadas de 2016, tendo como projeto inicial o Maracanã, que sediará a abertura e o fechamento dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Utilizando pictogramas, procuramos modos de apresentá-los com clareza, mantendo o conceito já criado para este evento esportivo, que reunirá pessoas de todas as culturas e etnias ao redor do mundo.
5.2.2. Problemática
Durante o período do evento, o Brasil receberá visitantes de diversas nacionalidades, tornando essencial uma comunicação clara e organizada para que esses turistas, e também a população local, possam se localizar com facilidade, tanto nas cidades quanto nas sedes olímpicas dos jogos. Para isso será feita uma pesquisa que tenha como base pictogramas de formas universais, que sejam claros para todas as culturas, porém que tragam um conceito de inovação com a “cara” do Brasil, seguindo o padrão de design já adotado em outros conceitos das olimpíadas, como na tipografia. 5.2.3. Objetivo
Criar um projeto que tenha uma abrangência universal e seja inovador, onde todos possam se localizar com facilidade dentro dos locais e cidades que sediaram as olimpíadas e veja a identidade brasileira através do design, como projeto inicial o
98
foco será o Maracanã, criando assim um padrão a ser aplicado, posteriormente, nos demais locais.
5.2.4. Público Alvo
O público principal são pessoas que gostam e admiram os esportes. Tendo em vista que essa sinalização será permanente e poderá ser reutilizado após o evento das Olimpíadas, o público é focado em torcedores de futebol que frequentam o local regularmente e turistas do mundo todo que visitam o Maracanã como um ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro. Inovação A sinalização será feita de acordo com os padrões pré-estabelecidos por lei, seguindo uma ordem de placas a serem criadas - sinalização fixa - e também totens para a sinalização móvel. Para isso será usado como critério uma forma de pictograma universal, porém com curvas, linhas e cores que remetam ao tema “Brasil” e “Rio de Janeiro”. Os textos e frases aplicados serão em português, inglês e espanhol, mantendo o padrão que já foi definido pelo governo para as rodovias das cidades. Além disso, o material utilizado na produção dessas sinalizações será sustentável, focando em um projeto com os padrões do ecodesign, isso será um diferencial para o Brasil nessas olimpíadas. Análise dos concorrentes Em uma vasta pesquisa, foi visto que o mercado de sinalização com foco no ecodesign é muito pequeno, visando isso, o projeto consiste em trazer esse conceito e mostrar os benefícios gerais que isso trará para a sociedade como um todo, provando que é possível trazer algo inovador e de bom gosto para nosso país e ainda se preocupar com nosso meio ambiente.
5.3. Painel Semântico
Para mostrar o conceito em que o trabalho se centraliza, foi feito um Painel Semântico composto de fotos que apresentam referências a: Olimpíadas, Estádios, Torcida, Pictogramas, Rio de Janeiro e Alegria. Todos estes se encaixam no que o conceito de 2016 busca: paixão pelo país, felicidade e a torcida pelos seus atletas.
99
Para poder fazer uma sinalização para um evento assim, não se pode apenas considerar o material, a população brasileira é que trará o verdadeiro conceito para a sinalização, já que se trata de um povo alegre, apaixonado por esporte e bastante hospitaleiro. Figura 50: Painel Semântico
Fonte: Imagens retiradas do site <http://www.rio2016.org/>
5.4. Iconografia
Para o projeto, o conceito da sinalização foi baseado no mesmo já criado pela agência paulista Tátil Design, que criou o logo do Rio 2016. A decisão de manter esse conceito veio da ideia de buscar uma identidade visual única, que seja a marca do Brasil perante a história olímpica. Este conceito baseia-se na proposta de coletividade e cultura, onde as imagens buscam transmitir de forma subconsciente a ideia de receptividade, comemoração, movimento e personalidade carioca. Para transmitir isso de maneira universal, todo o trabalho foi realizado através de pictogramas, inovando-os nas
100
curvas, que transmitem a imagem da própria cidade, baseando-se, por exemplo, pelas calçadas e o pão de açúcar, e nas cores, que transmitem calor e alegria, características ligadas à cultura brasileira e seu povo. Figura 51: Painel Iconográfico
Fonte: Imagens retiradas do site <http://www.rio2016.org/>
5.5. Peças necessárias no estádio do Maracanã
O projeto foi baseado através da planta do Estádio do Maracanã, disponibilizada no site oficial do CREA-RJ4, e foi através dela que definimos quais placas para sinalização seriam necessárias, além de também poder se aproximar de um número total de peças como, por exemplo, existem 58 sanitários no total em todo o estabelecimento. As visualizações das imagens maiores se encontram no Apêndice B. 4
CREA-RJ: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro
101
Pavimento Térreo Figura 52: Planta do pavimento térreo do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
1º Pavimento Figura 53: Planta do 1º pavimento do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
102
2º Pavimento Figura 54: Planta do 2º pavimento do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
3º Pavimento Figura 55: Planta do 3º pavimento do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
103
4º Pavimento Figura 56: Planta do 4º pavimento do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
5º Pavimento Figura 57: Planta do 5º pavimento do maracanã
Fonte: Retirada do site <http://www.crea-rj.org.br/>
104
5.6. Tipografia
Foram escolhidas duas famílias tipográficas, a Futura, que foi utilizada na criação das placas, pois é uma fonte de fácil visualização, e a Champagne & Limusines que utilizamos em alguns textos no Totem e no Brand book. Figura 58: Tipografia
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
105
5.7. Paleta de Cores Figura 59: Paleta de cores
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.8. Plano de Comunicação
5.8.1. Problema que a comunicação deve resolver
O foco principal do projeto é sinalizar e organizar essa sinalização para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, porém, trazendo inovação no conceito para que haja uma identidade visual nesse evento que marque a história do Brasil no mesmo, demonstrando o espírito brasileiro. Visando isso, todo o material criado durante o projeto tem como intuito transmitir, através de formas e cores, a imagem do Brasil como um país receptivo, alegre e acolhedor.
106
Como este projeto não trabalha com um produto de venda, o plano de comunicação foi baseado em mostrar para todo o público o foco do projeto com este conceito, vendo que as placas e demais sinalizações somente demonstram isso de maneira subliminar, ou seja, o plano de comunicação deverá transmitir de maneira clara a ideia do projeto para que o público em geral entenda e se conscientize do propósito cultural e econômico deste produto.
5.8.2. Público-Alvo
Todo o público nacional e internacional que frequenta ambientes públicos e privados, com interesse em esportes e nas olimpíadas.
5.8.3. Concorrência
Como o projeto busca trazer uma imagem positiva para nosso país perante as demais culturas, a principal concorrência vista foram as olimpíadas dos demais países. Desta forma, durante a fundamentação teórica do projeto, foi pesquisado como ocorreram as últimas olimpíadas e qual foram os projetos realizados por cada país, dentre isso analisando os pontos positivos e negativos, buscando fazer o melhor para que o Brasil seja marcado na história dos jogos. Como concorrência secundária, analisamos também outras empresas que trabalham com sinalização para ambientes públicos e privados, e como são realizados esses projetos no quesito criação, custo e materiais.
5.8.4. Budget Tabela 04: Budget
Peças
Categoria
Valor Unitário*
OBS:
Painel Super – Nas estações
Mídia de Metrô
R$ 5.300,00
Período de um mês
Painel
Clássico
–
Nas Mídia de Metrô
R$ 2.672,00**
estações Painel estações
Período de um mês
Escada
–
Nas Mídia de Metrô
R$ 2.850,00**
Período de um mês
107
Painel
de
Trem
–
Nos Mídia de Metrô
R$ 4.968,00**
Período de um
vagões
mês
Adesivação de trens
Mídia de Metrô
R$ 43.919,00***
Período de um mês
Painel – Ponto de Ônibus
Mobiliário
R$ 4.900,00
Período de um
Urbano
mês
Envelope Grande
Papelaria
R$ 0,88
Envelope Ofício
Papelaria
R$ 0,59
Ingressos
Papelaria
R$ 0,97
Papel Timbrado
Papelaria
R$ 0,14
Capas de CD
Papelaria
R$ 0,82
CD’s
Papelaria
R$ 1,80
Cartão de Visita
Papelaria
R$ 0,40
Cartilha Explicativa
Papelaria
R$ 1,52
Mapa dos Arredores
Papelaria
R$ 1,89
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
*Valor de apenas uma unidade, podendo variar de acordo com a quantidade total. (As peças da Papelaria tiveram seu valor calculado com base em 1.000 unidades de cada) **Valor válido com base em quantidades mínimas, que podem ser encontradas no item 5.10 desta monografia, de acordo com as especificações de cada peça. ***Valor máximo e por vagão (primeiro ou último), podendo ter um custo menor para os vagões do meio.
5.8.5. Objetivos de Comunicação
Fortalecer a identidade visual do evento, transmitir o conceito desenvolvido para os produtos e conscientizar o público da ideia que o projeto deseja transmitir.
5.8.6. Estratégia de Comunicação
Alocar painéis com mensagens de receptividade em lugares públicos como metrô e outdoors nas ruas (dentro das leis vigentes em cada cidade/estado). Criar materiais
de
comunicação
como
papelaria
(envelopes,
papéis
timbrados,
embalagens de CD) com a identidade da campanha. Adaptar ingressos, folders para
108
essa identidade e criar uma cartilha explicativa com o conceito do projeto, a partir dos tópicos “O que é?”, “Por quê?”, “Objetivo” e “Aplicação”.
5.8.7. Objetivo da Propaganda
Transmitir o conceito criado através da identidade visual para o evento, que visa fortalecer a imagem do Brasil como um país receptivo, alegre e acolhedor.
5.8.8. Estratégia de Criação
Toda a criação do projeto será baseada no conceito principal e na identidade visual do evento, buscando alocar essas peças nos principais locais públicos e em materiais que serão distribuídos durante o evento.
5.8.9. Roughs Iniciais
Foram realizados pelos integrantes do grupo, várias rafes para o desenvolvimento do projeto. Foram através de todas elas que chegamos a uma ideia principal para todas as peças do projeto, sejam elas as placas, totens ou até mesmo a papelaria. Figura 60: Rafes Pictogramas
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
109
5.9. Peças principais do projeto
5.9.1. Conceito Para a criação das peças principais – placas e totens – utilizamos o mesmo conceito de base da iconografia, mantendo assim uma forma em que toda a comunicação conversasse entre si, com clareza, porém passando o conceito de cor, movimento e receptividade, com os pictogramas criados nessa identidade visual. Além dos pictogramas, nas placas de sinalização que tem a necessidade de um texto explicativo, foi inserido o mesmo em três idiomas: português, inglês e espanhol. Esta escolha visou reforçar a receptividade brasileira e sua preocupação com as demais culturas, mantendo também o padrão estabelecido pelo governo para as sinalizações nas rodovias e demais áreas de transito. Para os totens, foram utilizadas as cores e a mesma identidade visual das demais peças. Dentre eles, haverão totens de sinalização, com indicações assim como as das placas, tendo o mesmo objetivo de ajudar o público a se localizar. Também terão totens interativos, onde o público poderá movimentá-lo (girar a peça localizada no meio) e lá encontrarão informações como curiosidades, mapa, história do maracanã e das olimpíadas. Essa sinalização terá também o objetivo de ser fixa para o período após as olimpíadas, como um marco do evento na história do Rio de Janeiro e do estádio do Maracanã.
5.9.2. Placas de sinalização
Foram desenvolvidas as placas para a sinalização para as Olímpiadas de 2016, porém, como o foco é o Maracanã, somente finalizamos as placas que serão utilizadas neste mesmo local. Como por exemplo, a sinalização para a bilheteria, lanchonete, imprensa, achados e perdidos, sala de som, sala do comitê olímpico, sanitários e também para a única modalidade que será competida no local: o futebol. No maracanã não haverá outras competições esportivas, somente as cerimônias de abertura e encerramento, porém também foram desenvolvidos alguns pictogramas para outras modalidades olímpicas.
110
Figura 61: Placas para a sinalização fora e dentro do Maracanã
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Figura 62: Placas para a sinalização das arquibancadas do Maracanã
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
111
Figura 63: Placas suspensas
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.9.3. Totens
Também foram projetados dois tipos de totens, um estático visando somente a sinalização e que possui a mesma aparência das demais placas, e outro interativo, que permite que o visitante dos estádios interaja com o mesmo, girando sua face central, onde possui informações sobre mapa de assentos, curiosidades sobre o local, um pequeno texto explicando o conceito da sustentabilidade e um infográfico bem com informações bem precisas sobre a história das olímpiadas. Ambos foram desenvolvidos para continuar nos estádios após o término das Olímpiadas, simbolizando ali o marco que foi este evento no país. Figura 64: Totens estáticos para a sinalização do Maracanã e estações ferroviárias
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
112
Figura 65: Totem interativo
Fonte: desenvolvida pelos pr贸prios integrantes do projeto
113
5.9.4. Aplica莽玫es Figura 66: Placa dos banheiros aplicados nas portas
Fonte: desenvolvida pelos pr贸prios integrantes do projeto
Figura 67: Placas suspensas
Fonte: desenvolvida pelos pr贸prios integrantes do projeto
114
5.9.5. Técnicas utilizadas
5.9.5.1. Placas Material Para a produção das placas de sinalização será utilizada a Chapa Ecotech, que é composta de plásticos reciclados e revestida por dupla camada de alumínio, o que a torna mais resistente. A chapa possui alta resistência a impacto, é leve e pode ser curvada sem afetar sua qualidade, desta forma facilitando sua instalação e manuseio. Além disso, ela possui uma grande variedade de cores e acabamentos, o que facilitará na produção das peças. Produção A produção de cada peça é realizada com resíduos recuperados da natureza, ou seja, materiais reciclados. Com a chapa Ecotech, a impressão das imagens e texto é realizada diretamente no material, não precisando do uso de adesivos, com a cura da tinta pelo processo UV, isenta de solvente e a base de pigmentos orgânicos. Figura 68: Chapa Ecotech
Fonte: Retirada do site http://www.ecoview.ind.br
Informações Técnicas a) Placas portas a. 80x35cm b. Espessura: 1 cm
115
b) Placa suspensa – Seta lateral a. 100x36cm b. Espessura: 2 cm c. Parte de cima: 80x36cm d. Vão: 3x36cm e. Parte lateral: 17x36cm c) Placa suspensa – Seta pra baixo a. 80x55cm b. Espessura: 2 cm c. Parte de cima: 80x35cm d. Vão: 80x3cm e. Parte de baixo: 80x17cm 1) Aplicação em portas5 Figura 69: Dimensões das placas que ficarão nas portas
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5
Foi usado como padrão o tamanho de portas convencionais, caso haja necessidade de instalar a
placa em uma porta diferente, será realizada a adaptação proporcional.
116
2) Sinalização Suspensa Figura 70: Dimensões das placas que ficarão suspensas
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.9.5.2. Totens Material Para a produção dos totens será utilizada Madeira Biosintética, este material é composto de plásticos reciclados e fibras naturais, produzidos em formas adaptadas especialmente para sinalização. Possui diversas cores e tem uma durabilidade superior a madeira convencional. Este material não exige manutenção, possui baixo
117
índice de degradação por bactérias, mofos e fungos, não absorve umidade e também é resistente ao sol. Possui uma excelente estrutura física e mecânica, além de não formar farpas pelo corte ou envelhecimento, tornando-o mais seguro. Produção A produção dos totens será feita através do corte da madeira Biosintética, ela permite que seja cortada através de máquinas especiais ou serrada. A impressão é feita de forma digital UV diretamente no substrato, e, caso haja necessidade, o acabamento pode ser feito com massa plástica, resina ou o próprio resíduo da madeira plástica. Esse material permite ser parafusado ou mesmo fixado com encaixe e cola. Figura 71: Madeira Biosintética
Fonte: Retirada do site http://sustentabille.com.br/deck-de-madeira/deck-modulado-madeiraplastica-biossintetica/
Informações Técnicas
Cada um dos totens (estático e interativo) possui suas dimensões específicas, de acordo com suas necessidades.
118
Visando estar sempre na altura dos olhos, foi calculado a sua altura e posicionamento dos objetos baseando-se no tamanho médio de um adulto, que varia entre 165 cm e 170 cm6.
1) Totens Estáticos Figura 72: Dimensões dos totens estáticos
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
6
Retirado do site <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/por-dentro-das-celulas/a-medida-do-homem>
119
2) Totens Interativos Figura 73: Dimensões dos totens interativos
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.10. Peças secundárias do projeto
5.10.1. Conceito
As peças secundárias estão divididas por papelaria, comunicação, ingressos e todos os demais materiais que não serão usados para sinalização, porém terão
120
como objetivo reforçar o conceito da identidade visual criada e passar ao público esse conceito de forma clara e apresentando o que isso irá agregar ao evento e para o país. Visando a sustentabilidade, todos os materiais utilizados para a criação dessas peças, como os papéis para impressão, serão certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council - Conselho de Manejo Florestal/Conselho de Gestão Florestal) através de empresas que realizam a produção desses materiais e possuem esse selo.
5.10.2. Papelaria Figura 74: Papelaria para o projeto
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
121
5.10.3. Envelopamento do metrô Figura 75: Arte para o envelopamento do metrô
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.10.4. Adesivos indicativos nas proximidades nos estádios Figura 76: Adesivos indicativos nas proximidades nos estádios
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
122
5.10.5. Ingresso
Nos ingressos, além de estar aplicado todo o conceito gráfico, também levará o conceito da sustentabilidade, informando ao seu portador que este foi fabricado com materiais reciclados. Figura 77: Ingresso com o conceito do projeto
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
123
5.10.6. Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens. Figura 78: Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens.
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
124
Figura 79: Painéis para pontos de ônibus, estações de metrôs e trens.
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
5.10.7. Cartilha explicativa do projeto Figura 80: Cartilha explicativa do projeto
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
125
5.10.8. Mapa dos arredores Figura 81: Mapa dos Arredores
Fonte: desenvolvida pelos pr贸prios integrantes do projeto
126
5.10.8. Aplicações Figura 82: Painéis para pontos de ônibus
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Figura 83: Painéis para estações de metrôs
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
127
Figura 84: Painéis para estações de metrôs
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
Figura 85: Painéis para os metrôs
Fonte: desenvolvida pelos próprios integrantes do projeto
128
Figura 86: Cartilha explicativa do projeto
Fonte: desenvolvida pelos pr贸prios integrantes do projeto
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5.10.9. Técnicas utilizadas
Painel Super – Nas estações - Medidas: 216 cm x 107 cm - Quantidade mínima: 4 painéis - Impressão digital em vinil adesivo aplicado sobre placa Duraplac branca fosca de 217,5 cm x 109 cm x 0,3 cm. Painel Clássico – Nas estações - Medidas: 73 cm X 112 cm - Quantidade mínima: 4 painéis - Impressão digital em vinil adesivo aplicado sobre placa Duraplac branca fosca de 85 cm x 122 cm x 0,3 cm Painel Escada – Nas estações - Medidas: 41 cm x 61 cm - Quantidade mínima: um lado completo da escada - Impressão digital com laminação (vinil adesivo) ou offset com laminação (papel duplex 250g). Painel de trem – Dentro dos vagões - Medidas: 41 cm x 61 cm - Quantidade mínima: 24 painéis - Impressão em offset com laminação (papel duplex 250g) ou impressão digital com laminação (vinil adesivo). Adesivação de trens - Área mínima: 1470000 cm² 4 carros do meio - Área máxima: 2132000 cm²: 6 carros (todos os carros) - Impressão digital em vinil adesivo. Nos vidros utilizar adesivo perfurado com 50% de transparência e visibilidade.
130
Painel – Ponto de Ônibus - Medidas: 100 cm x 153 cm - Impressão digital com laminação (vinil adesivo) ou offset com laminação (papel duplex 250 gr). Envelope Grande - Medidas: 25 cm x 35 cm (formato fechado) - Impressão em Offset, papel ofício branco 90g. Envelope Ofício - Medidas: 11,5 cm x 23 cm (formato fechado) - Impressão em Offset, papel ofício branco 90g. Papel Timbrado - Medidas: 21 cm x 29,7 cm (formato A4 fechado) - Impressão em Offset, papel ofício branco 90g. Ingressos - Medidas: 7,5 cm x 17,5 cm - Impressão em Offset, papel de arte (cartão) 200g (Acabamento Semi-Corte – para destacar). Capas de CD - Medidas: 12,4 cm x 12,8 cm - Impressão Offset em papel reciclado 90g CD’s - Impressão Silkscreen U.V. Cartão de Visita - Medidas: 9 cm x 5 cm - Impressão Offset em papel couchê 300g (Pantone) + Aplicação de Verniz Localizado
131
Cartilha Explicativa - Medidas: 21 cm x 29,7 cm (formato A4 – fechado) - Impressão Offset em papel couchê 150g + Aplicação de Verniz Localizado (Acabamento em dobra) Mapa dos Arredores - Medidas: 21 cm x 29,7 cm (formato A4 aberto) - Impressão Offset em papel couchê 115g (acabamento em dobra)
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com busca em uma base conceitual e histórica no esporte olímpico, o projeto teve como visão principal a criação de uma sinalização clara, porém inovadora, de acordo com a evolução do evento e do design voltado para essa área. Durante o planejamento teórico e as pesquisas realizadas, foi possível analisar uma constante adaptação do design ao esporte e a importância das olimpíadas de forma cultural e econômica. Iniciando-se em 2500 a.C, os esportes olímpicos passaram por diversas mudanças e acompanhou a evolução do mundo, se tornando uma parte importante na história. Analisando isso, o foco da pesquisa foi analisar a evolução do design através desses anos, juntamente ao evento, onde foi visto que até 1896 o mesmo não possuía um desenvolvimento nessa área, ou seja, pouco era trabalhado em seu design e comunicação. Porém, posteriormente, com o passar dos anos a produção e divulgação de cartazes, ingressos e outros materiais começou a aumentar e atualmente são indispensáveis para que o evento seja bem sucedido. Essa evolução é o ponto principal desta monografia, onde o projeto consiste na criação de uma sinalização para as Olimpíadas de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro. O tema partiu da necessidade que nosso país ainda possui para se comunicar internamente em locais públicos e também alguns locais privados, a problemática foi descrita no projeto através de pesquisas de campo realizadas com pessoas que frequentam espaços como os que sediarão o evento e sentem essa deficiência. Como um evento de grande porte, as Olimpíadas receberão povos de diversas culturas e países diferentes, portanto o Brasil ficará exposto e certamente será analisado de forma a passar uma imagem que pode ser positiva ou não. Por isso, o projeto visa fazer com que essa imagem seja positiva e que os locais sejam organizados e bem sinalizados, de forma que todos, estrangeiros ou não, tenham facilidade em entender e se localizar independente de onde estiverem. Partindo desse ponto, o projeto de sinalização Rio 2016 trabalhará com pictogramas, escolhidos por serem formas universais de comunicação visual. Porém, estes serão redesenhados, mantendo seu conceito e inovando para que criem uma
133
identidade visual característica de nosso país, através de cores e curvas, sendo referência como uma marca do evento mesmo após seu encerramento. Portanto, o projeto focará em trazer uma sinalização clara, inovadora e que trará dentro de si a cultura brasileira, fortalecendo a imagem do país e deixando uma marca na história das Olimpíadas.
134
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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139
9. BIBLIOGRAFIA
a) Livros:
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c) Revista TIME MAGAZINE, New York: Time Inc., 1923-. Semanal. ISSN 0040-781X
d) Trabalho de Graduação Interdisciplinar AGUIAR, Fabiano Oliveira. Reflexão Ecológica: Ecodesign. São Paulo: Trabalho de Graduação Interdisciplinar. UNIFMU. 2002.
140
APÊNDICE A – Formulário 1 – Pesquisa de Campo
Questionário: 1. Nome Completo:
2. Qual a sua faixa etária?
- De 10 a 15 anos - De 15 a 20 anos - De 20 a 30 anos - De 30 a 40 anos - De 40 a 50 anos - Acima de 50 anos
3. Qual seu grau de escolaridade:
- Ensino Fundamental Completo - Ensino Médio Completo - Ensino Superior Cursando - Ensino Superior Completo
4. Você costuma frequentar espaços públicos como parques, estádios e ginásios com que frequência?
- Uma a duas vezes no mês - Três a cinco vezes no mês - Mais que cinco vezes no mês - Quais nunca
5. Quando você está em um lugar público costuma ter problemas com a sinalização para se localizar? (Placas de sanitários, saídas e etc.)
- Sempre tenho problemas para me localizar nesses locais
141
- De vez em quando tenho problemas - Nunca tive problemas para me localizar, pois a sinalização é boa - Nunca tive problemas para me localizar, pois tenho facilidade, independente da sinalização.
6. Dentre os lugares que você frequenta, onde já percebeu que a sinalização é mais precária?
- Parques - Estádios de Futebol - Ginásios - Outras áreas esportivas - Não costumo frequentar esses locais
8. Em sua opinião, a falta de qual tipo de sinalização impacta mais?
- Sanitários - Saídas - Saídas de Emergência - Espaços referentes para pessoas com deficiência - Telefones públicos - Outros 9. Qual dos problemas abaixo você acha que impacta mais?
- Quando a sinalização está mal posicionada, em lugares que não sejam se fácil visualização - Quando o tamanho ou a distância impactam na visualização clara do que está na placa - Quando as imagens não são claras com o que a sinalização quer dizer - Não considero que nenhum desses itens seja um real problema
10. Sua maior dificuldade em relação a sinalização é:
- Entender o símbolo e seu conceito
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- Achar onde estão as placas com sinalização - Encontrar a localização do que a placa está indicando - Nunca tive problemas com sinalização
11. Você acha que transformar a sinalização para todos os lugares que sediaram as Olimpíadas em 2016 com símbolos universais e unificados ajudará a organização para o evento?
- Sim - Não - Ajudará, porém não é prioridade na organização - Creio que é indiferente
12. Você acha que se mantermos a sinalização igual está hoje nas Olimpíadas de 2016 poderá causar problemas? Pensando no fato de que teremos pessoas de diversas nacionalidades em nosso país.
- Sim, teremos problemas de organização - Não, não teremos problemas de organização - Talvez tenham problemas, porém acho indiferente 13. Você acha que hoje temos um projeto de sinalização em ambientes públicos bem elaborado?
- Sim - Não - Não frequento lugares públicos
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APÊNDICE B – Plantas do Maracanã
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FONTE: Retirada do site http://www.crea-rj.org.br/wp-content/uploads/2011/07/Maracana-2014-EmopICARO-MORENO-07-06-2011.pdf
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