Habitação coletiva para idosos independentes na Cidade de Sertãozinho.

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Centro Universitário Moura Lacerda

Vanessa Pagoto

Habitação coletiva para idosos independentes na Cidade de Sertãozinho.

Trabalho de conclusão de curso de Arquitetura e Urbanismo apresentado no Centro Universitário Moura Lacerda sob orientação do Prof. Me. Onésimo Carvalho de Lima.

Ribeirão Preto 2018



Primeiramente agradeço à minha mãe Tânia e aos meus avôs Neuza e José, sem eles eu nunca teria conseguido conquistar essa graduação. Agradeço também às pessoas cоm quem convivi ao longo desses anos, entre eles amigos, professores e colegas de sala, por todo incentivo e ajuda nos momentos difíceis.



SUMÁRIO INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO O crescimento da população da terceira idade O direito de moradia para o idoso e suas formas de morar O conforto e seus diversos níveis O que a cidade de Sertãozinho oferece ao Idoso

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Levantamento do entorno Dados do Terreno

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LEVANTAMENTO

SISTEMA CONSTRUTIVO

PROGRAMA DE NECESSIDADES REFERÊNCIAS PROJETUAIS Vila dos idosos em São Paulo Lar dos idosos Peter Rosegger Lar de idosos em Perafita

38 44 51

O PROJETO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

07 09

18 36 37 38

56 85

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como finalidade a elaboração de um projeto arquitetônico de uma habitação para idosos independentes na cidade de Sertãozinho, será uma instituição de uso público para pessoas com desamparo econômico e social. A proposta inclui além da moradia, espaços coletivos de integração e serviços especializados para atender os usuários. A arquitetura é o principal objeto deste plano de trabalho que prevê a realização de estudos para promover uma moradia que apresente conforto para os residentes, de maneira térmica, acústica, de iluminação, de cores, de utilização dos espaços, entre outras. Podemos observar que, hoje em dia, é um fato que o ser humano aumentou a sua expectativa de vida nos últimos anos. Temos mais tecnologia e avanços na área da medicina, segundo Carlos Alberto Goulart, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos de Saúde (ABIMED), afirmou que “o uso eficiente da tecnologia na área da saúde pode ajudar a reduzir custos em todo setor, além de promover diagnósticos precoces e

tratamentos mais assertivos”. As pessoas começaram a se preocupar mais com a sua saúde e os tratamentos de doenças fatais estão cada vez mais avançados e todos esses fatores fazem aumentar a longevidade do ser humano. Mas a questão é a seguinte: Sabemos lidar com essa enorme parcela da população que chega na terceira idade? Diante disso, este trabalho tem o objetivo de promover uma interatividade do morador com o meio externo de suas residências, deixando para trás o sentimento de solidão e isolamento, tratando-os de forma digna e independente. A edificação proposta é uma Habitação Coletiva para Idosos Independentes na Cidade de Sertãozinho e será pensada de forma a atender o conforto em seus vários níveis de aplicação. A escolha do objeto de estudo foi feita com a intenção de dar uma alternativa de habitação de forma coletiva para idosos independentes, que muitas vezes vivem sozinhos por conta dos familiares terem uma vida agitada, não conseguindo dar atenção devida. O local de implantação do objeto é na cidade de Sertãozinho, que já oferece abrigo para idosos, que funcionam como clínicas geriátricas, dando amparo para aqueles que precisam de suporte e cuidados frequentes por não conseguirem realizar sozinhos suas tarefas diárias. Diferente destes, a proposta é criar uma habitação voltada a atender os idosos que não precisam de cuidados constantes, ou seja, pessoas que atingiram a terceira idade mas que tem independência para realizar suas atividades no

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dia-a-dia. Esse tipo de habitação coletiva voltada a idosos independentes não existe na cidade.

Municipal, que são lugares na cidade de Sertãozinho que já oferece atendimento aos idosos.

Além disso o projeto arquitetônico aborda uma discussão de que a ideia de conforto não é apenas uma questão física do meio ambiente, ou fisiológica do ser humano, mas também está ligada a outros tipos de sensações como as emoções, essas que podem ser trazidas pelas cores ou texturas (SCHMID, 2005). O projeto abrange as possibilidades de conforto em seus diversos níveis, desde o conforto térmico e acústico até o quanto o habitante daquele espaço está se sentindo bem e confortável ao utilizá-lo.

Após analisar as informações coletadas foi feita a escolha do terreno para a implantação do projeto, fazendo um levantamento de dados sobre o local, para isso foram feitas visitas a área escolhida para conferência das metragens e registros fotográficos e leitura do mapa de usos e macrozoneamento de Sertãozinho.

Para atingir o objetivo geral deste trabalho, que é desenvolver projeto arquitetônico para a habitação citada anteriormente, foi necessário atenção em discussões como estudar as possibilidades de conforto que a arquitetura pode oferecer em seus vários níveis, implementar no projeto aspectos ergonômicos nos espaços internos da edificação e criar espaços que possibilitam interação entre os usuários. Para tornar possível a realização dos objetivos, foi feito um trabalho de pesquisa sobre questões voltadas a terceira idade, leituras de textos bibliográficos e pesquisas relacionadas ao local de implantação do objeto. Primeiramente foi feito um levantamento de dados sobre os idosos na cidade de Sertãozinho e no Brasil, buscando informações em órgãos como IBGE e a assistência social da cidade. Os meios utilizados foram pesquisas na internet e visitas ao Asilo São Vicente de Paula e o Centro de Convivência

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Além disso foram feitas leituras de revistas como a “Mais 60”, periódicos publicados pelo Sesc São Paulo que aborda assuntos da terceira idade. Foi feito também a leitura do livro “A idéia de conforto: reflexões sobre o ambiente construído.”, com a intensão de compreender e aplicar alguns dos seus ensinamentos no projeto. Utilizou-se do método de leitura de referências projetuais para melhor entender a organização e espacialização de outros projetos existente do mesmo assunto, estudando suas soluções. Por último, foi desenvolvido o programa de necessidades utilizando as informações citadas acima para assim dar início ao desenvolvimento do projeto apresentado neste trabalho.


REFERENCIAL TEÓRICO

O CRESCIMENTO DA

Segundo o último Censo a população na terceira idade representava cerca de 11% da população total do país. Comparando a cidade de Sertãozinho apresenta um número de 11210 pessoas acima de 60 anos, segundo o panorama do IBGE, total de habitantes da cidade que é 110 mil, obtemos uma porcentagem de 10,2% de população de idosos no município, ou seja, mostram que além de existir uma parcela significativa dessa faixa etária na cidade mostra também que os dados são semelhantes ao do Censo 2010 do país todo, comprovando como essa parcela da população vem crescendo ano a ano. Gráfico 2 – Faixa etária da população sertanezina.

POPULAÇÃ DA TERCEIRA IDADE É um fato que o número da população idosa vem crescendo cada vez mais ao passar dos anos no Brasil, isso também vem acontecendo na cidade de Sertãozinho. Com os dados apresentados pelo IBGE podemos ter uma noção da quantidade de idosos no país: Gráfico 1 – Faixa etária da população brasileira

Fonte:

Fonte: Site Portal da Terceira Idade.

Site IBGE - Panorama Sertãozinho, Censo 2010.

Pesquisas mostram que ao passar dos anos o Brasil está ganhando uma característica que já é comum nos países de primeiro mundo, o envelhecimento da população. Estamos apresentando dados geográficos que a porcentagem de idosos está prestes a ultrapassar a porcentagem de crianças e adolescentes no país, e essa diferença tende aumentar com o passar dos anos.

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Em 2030, o número de idosos já superará o de crianças e adolescentes em cerca de 2,28 milhões, diferença que tenderá a aumentar para 34,6 milhões, em 2050 (66,5 milhões contra 31,8 milhões, respectivamente). Nesse ano, os idosos já representarão 29,4% contra 14,1% de crianças e adolescentes no total da população. (SIMÕES, 2016, p.64).

O IBGE no ano de 2018 publicou dados da projeção populacional, podemos fazer um comparativo com a projeção do crescimento da população idosa ao decorrer dos anos, observando o gráfico 3.

Analisando todos esses fatores, podemos perceber que o crescimento da população idosa é iminente, agora nos resta descobrir como devemos proceder com eles dentro da sociedade, de maneira justa e digna, para poder não apenas atender todas as necessidades básicas, mas também dar atenção aos sentimentos, desejos e qualidade de vida para eles. Diante desses dados, é preciso entender quais alternativas de moradia existem para acolher essas pessoas acima de 60 anos.

O número de jovens do ano de 2060 fica menor em relação aos anos de 2030 e 2018, porém o número de idosos acontece uma inversão na projeção, sendo que em 2018 apresenta uma quantidade menor de idosos e ao decorrer dos anos essa quantia vai aumentando com o envelhecimento da população. Gráfico 3 – Projeção da população brasileira por faixa etária.

Fonte: Site Folha de São Paulo, 2018.

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O DIREITO DE MORADIA PARA O IDOSO E SUAS FORMAS DE MORAR De acordo com o Estatuto do Idoso Lei 10.741/03, Art. 37. “O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada.”. Ramiro Cruz afirma que além do direito de moradia, o Estatuto do idoso trás os seguintes benefícios ao cidadão acima de 60 anos: Veio para aprimorar as ações governamentais, como promover e incentivar as ações nas áreas de cidadania, saúde, educação, transporte, habitação e urbanismo e justiça para todos aqueles que estejam com idade igual ou superior a 60 anos, através de ações no campo da atividade laboral como qualificação ou requalificação profissional, da previdência e assistência social, regulamentando os auxílios para aqueles que não fazem jus ao benefício, intercedendo de forma positiva nas relações familiares em que o idoso esteja à mercê da violência doméstica, seja ela física ou moral, sem estar interferindo nas relações privadas ou de foro íntimo. (CRUZ, 2005).

A moradia para idosos é nominada como instituições de longa permanência para idosos (ILPI) pela ANVISA, descrita na Resolução RDC nº 283 como “instituição de longa permanência para idosos, governamental ou não governamental, destinada à moradia coletiva de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar.”.

Estudos feitos pela Caroline Morais Kunzler, advogada e mestre em Ciências Sociais (Mais 60: estudos sobre envelhecimento, 2016), apontam que além de morar em instituições de longa permanência, existem outros tipos de moradia para o idoso, ela classifica-os como: O idoso que mora sozinho, aquele que tem autonomia financeira e sobre suas atividades vivendo em uma casa própria ou alugada; o idoso que mora com a família, na maioria dos casos o idoso que vai morar com a família ou ao contrário também acontece por questões financeiras ou de necessidade de cuidados e existe o idoso que moram em republica é um tipo de morar para idosos mais ativos, onde entre eles criam-se regras e divisão de tarefas, não costuma ter serviços de alimentação e limpeza contratados. Para moradia coletiva proposta neste trabalho foi selecionado abrigar uma parcela mais autônoma de idosos, classificados pela Anvisa como: “Indivíduo autônomo – é aquele que detém poder decisório e controle sobre a sua vida.”, ou seja, aquele que não apresenta nenhuma dependência para suas atividades diárias e de “Grau de Dependência I – idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de auto-ajuda.” (ANVISA, 2005). Essa escolha foi feita para evitar transformar a habitação em um lugar de reclusão, impedindo o contato do idoso com a cidade, dando ele a autonomia de sair para praticar suas atividades diárias. Também foi escolhido para este presente projeto, que não será construído uma ala médica no edifício, como é comum nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs).

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É comum associar ILPIs a instituições de saúde. Mas elas não são estabelecimentos voltados à clinica ou à terapêutica, apesar de os residentes receberem - além de moradia, alimentação e vestuário - serviços médicos e medicamentos [...] O papel dessas atividades é o de promover algum grau de integração entre os residentes e ajudá-los a exercer um papel social. (CAMARANO, Ana Amélia; KANSO, Solange; 2010).

Importante ressaltar que a convivência no meio urbano de modo coletivo tem vários benefícios para o usuário, como relações de vizinhança, possibilidades de relacionamentos, passeios públicos, lazer comunitários, entre outros. Para os idosos ainda produtivos, poder ter a liberdade de sair para trabalhar também pode se tornar uma terapia que os afugenta da solidão, como dito por Martinez: “a possibilidade de trabalhar é imperativo da dignidade do ser humano, em qualquer idade. Num certo momento poderá ser educativo, noutro o meio de obtenção de subsistência e, no ocaso da vida, se autosuficiente, tornar-se terapia ocupacional, distração recreativa a te prazer físico” (MARTINEZ, 1997).

Deve-se evitar o preconceito gerado entorno dessa parcela da população, não os dando autonomia que é direito perante a lei para cumprir seus afazeres. Diferente disso podemos promover a integração a fim de ajudar a terceira idade a praticar seu papel social.

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O CONFORTO E SEUS DIVERSOS NÍVEIS A “idéia de conforto” (SCHMID, 2005) vai além de apenas do bem-estar térmico e acústico dentro da edificação, é importante que o usuário tenha todos os tipos de sensações de forma positiva que o ambiente possa proporcionar. “O conforto ambiental surge num esforço de se resgatar a arquitetura enquanto abrigo diante de outras intenções como a monumental, a produtiva ou a representativa. Mas é comum que isto ocorra de modo reducionista. O desempenho da casa enquanto abrigo é restrito à soma de algumas funções-objetivo: temperatura, umidade, nível de intensidade sonora. Enfim, aquilo que é possível medir: como se a satisfação humana fosse cabível em algum modelo numérico.” (SCHMID, 2005).

O usuário pode ter diferentes tipos de sensações em um ambiente, diante disso pode-se classificar o conforto da seguinte maneira: “[...]a decomposição do conforto ambiental em três valores essenciais: comodidade (resumidamente, a ausência de dor), adequação (ao desempenho produtivo) e expressividade (elevação de tudo em direção ao prazer).” (SCHMID, 2005).

Perante a essa classificação, para o presente trabalho que apresenta um usuário com idade mais avançada, o ideal seria atingir nas soluções arquitetônicas padrões de conforto que apresente comodidade, livrando o residente de dores e incômodos, porém sempre buscar atingir níveis de forma expressiva, indo direção ao prazer.


Para Schmid, existe noções de comodidade, adequação e expressividade dentro da arquitetura para os sentidos humanos, entre eles olfato, tato, visão, audição; além também de sensações térmicas. Uma maneira muito singela de sensações é o tato, que abre um leque de possibilidades dentro das edificações, no livro ele trás alguns exemplos de como podemos sentir esses ambientes: “a comodidade, para o tato, reúne diversos fatores. Depende de uma sensação térmica não muito acentuada: um mau exemplo é um assento em alumínio, especialmente em clima frio. Depende de uma granulometria adequada, evitando a presença de saliências pontiagudos, como ocorre num papel de lixa. Depende da ausência de vibrações. Depende de um aspecto higienicamente favorável – evitando, por exemplo, que superfícies permaneçam úmidas ou engorduradas, reconheçamos ou não as substâncias ali presentes. Depende da prevenção de texturas causadoras de arrepios como, por exemplo, a lousa.” (SCHMID 2005).

A percepção do ambiente pode ser diferente para cada indivíduo, é uma sensação muito íntima e subjetiva a cada um. “O conforto disputa com a arte o poder de satisfazer as pessoas e parte desta disputa se refere à eficácia emocional.” (SCHMID, 2005).

O QUE A CIDADE DE SERTÃOZINHO OFERECE AO IDOSO Casa Pia de São Vicente de Paulo O município de Sertãozinho possui um asilo chamado Casa Pia de São Vicente de Paulo, localizado no Centro da cidade. Em visita com a Assistente Social responsável, Maria Regina de Souza Rissi, tive a oportunidade de conhecer o espaço e entender seu funcionamento. Atualmente o asilo comporta 36 residentes, os quartos são sempre ocupados por duas ou três pessoas do mesmo sexo, havendo uma divisão física por alas entre homens e mulheres. É um órgão privado, porém recebe apoio dos órgãos públicos, além disso ele recolhe 75 % da aposentadoria dos idosos residentes e recebe doações. Esse dinheiro é responsável por toda manutenção do local e dos idosos, como alimentação, vestimenta, remédios, enfermagem, limpeza, entre outras funções. Em sua visita foi coletada a informação da necessidade de mais uma instituição de moradia para idosos por conta da sua grande demanda, foram apresentados dados pela assistente social uma lista de espera com 166 idosos que procuraram vaga diretamente no asilo. Além disso o asilo em parceria com a Prefeitura Municipal recebe idosos do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), que são casos de idosos que sofreram com algum tipo de problema familiar como

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Figura 1 e 2: Pátio da Ala Masculina e Feminina. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

Figura 3 e 4: Quarto com duas camas e banheiro. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

maus tratos ou negligencia, a lista de espera desse órgão é de aproximadamente 70 idosos.

ao lado que é a sala da Área Limpa, as duas são separadas por uma parede de vidro para não haver contaminação entre elas. A roupa depois de seca vai para a sala para ser passada e guardada, são separadas em guarda-roupas etiquetados com o nome dos residentes.

Muito diferente do projeto proposto neste trabalho, uma quantidade significativa dos residentes do asilo possui necessidades médicas e uma grande dependência para as funções do seu dia-a-dia. Portanto possui uma ala médica com residentes acamados com cuidados constantes, essa área não foi permitida a visita. A lavanderia é separada em Área Suja e Área Limpa. A roupa usada chega na Área Suja e entra em uma máquina de lavar industrial que sai na sala

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O asilo ainda conta com cozinha industrial e o refeitório contém 3 mesas grandes que cabem em média 12 pessoas em casa mesa. Na área da saúde, além da ala médica com os idosos acamados, existe um consultório médico onde um geriatra que faz visitas periódicas aos


Figura 5, 6 e 7: Lavanderia área suja, área limpa e máquina, respectivamente. Figura 8 e 9: Cozinha e refeitório, respectivamente. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

moradores, uma sala de enfermagem que é responsável por realizar pequenos atendimento como ajuda nas doses dos remédios diários, vacinas, medição da pressão ou glicose. A sala de fisioterapia que contém um profissional responsável da área para acompanhar as sessões, quando não está sendo usada esta sala fica fechada.

Figura 10 e 11: Sala de fisioterapia e Posto de enfermagem. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

Para diversão e lazer o local possui um salão de beleza onde vem voluntários para fazer manutenção das unhas e cabelos dos residentes, um salão de festas onde são realizadas as festas do local e festas para arrecadar dinheiro e neste mesmo local os residentes praticam atividades como jogos de cartas, bingo, xadrez; o Asilo apresenta também uma sala de tv que além do seu uso convencional também

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Centro de Convivência do Idoso (CCI)

é usada para palestras.

Outro equipamento voltado para a população da terceira idade é o Centro de Convivência do Idoso, este é um órgão municipal que apresenta diversos tipos de atividades para promover socialização e movimentação com essa faixa etária. Imagem 14: Fachada do Centro de Convivência. Neste equipamento a visita foi feita com a funcionária responsável pela sua administração, Evelyn e ele apresentou o local e suas funcionalidades.

Figura 12 e 13: Salão de beleza e Espaço bem estar.

O Centro de Convivência possui um amplo salão coberto que é utilizado para várias atividades como: Aulas de dança, Yôga, Ginástica, Terapia Ocupacional, Tai Chi Chuan, Terapia em grupo, Trabalhos Manuais e é neste local que é realizado

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

Figura 14: Fachada Centro de Convivência do Idoso. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

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festas. Na área externa encontra-se uma quadra de Vôlei onde são praticados o esporte de forma adaptada para idade e as partidas são divididas por gênero. Além das atividades no local o CCI tem parcerias com outras instituições da cidade, como por exemplo aulas de informática com o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) ou na Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) de Sertãozinho, ambas são instituições de ensino públicas equipadas com computadores para realizar esta atividade. Também fazem uma parceria com uma escola de música particular voluntária que da aula de Musicoterapia e Coral.

Com a análise e as visitas feitas nos equipamentos que a cidade oferece para os idosos, foi possível concluir que há necessidade de mais equipamentos para atender essa população, por conta do grande número de pessoas na lista de espera para moradia, quanto na espera de abrir vaga para o idoso poder fazer uma atividade no centro de convivência especializado.

O Centro de Convivência do Idoso oferece também atendimentos sociais caso necessário encaminhar o idoso para o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), o órgão responsável pela manutenção e administração financeira é a Secretaria de desenvolvimento social e cidadania. São promovidas esporadicamente atividades como palestras, cursos, educação financeira. Importante ressaltar que os idosos que utilizam esse equipamento são pessoas ativas com independência, saem das suas casas para ir ao local fazer exercícios e para lazer. Durante a visita a administradora disse que cerca de 470 pessoas utilizam esse espaço praticando uma ou mais atividades e que acontece de lotar algumas aulas que tem número limitado de inscrição e o idoso tem que esperar abrir vaga.

Figura 15 e 16: Área Externa e Quadra de Vôlei. Fonte: Arquivo Pessoal, 2018.

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LEVANTAMENTO

O bairro escolhido está numa parte da cidade já consolidada e mais antiga, apresentando um fluxo de veículos e pessoas no seu dia-a-dia.

ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de intervenção escolhida está situada na cidade de Sertãozinho, localizada no nordeste do interior do Estado de São Paulo e dentro da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, sendo essa a segunda maior entre 34 municípios em quesitos de população. O terreno fica no bairro Parque dos Ipês (Inocoop I), a 6 minutos do centro e a 5 Minutos da saída mais próxima da cidade de veículos automotivos e essa distância feita a pé para o centro é de 24 minutos.

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Parque dos Ipês (Inocoop I)

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Legenda: Terreno Limite do Bairro

Figura 18: Mapa aéreo de Sertãozinho.

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Figura 17: Localização da cidade no Estado de São Paulo.

Figura 19: Limite do bairro Parque dos Ipês.

Fonte: Wikipédia, 23 de abril 2018.

Fonte: Google Maps, adaptado pelo autor, 2018.


Mesmo estando próximo a uma avenida, existe uma tranquilidade vinda do interior do bairro em que se apresenta. E a área verde agregada ao terreno trás um afastamento do lote com os ruídos vindos da avenida. Esse percurso até o centro é de 2,3 Km, se forem feitos andando o pedestre gastaria cerca de 30 minutos para chegar no seu destino.

MACROZONEAMENTO O terreno está na Zona Mista 2, podendo ter então uma diversidade de usos, não apenas residencial. Olhando a tabela de Coeficientes Lote mínimo e Afastamentos da lei de uso e ocupação do solo da Município de Sertãozinho, podemos perceber que ele apresenta uma taxa de ocupação de 80%. Outro item importante a se observar é o Gabarito Máximo, mostra que é possível apresentar mais que um pavimento no edifício.

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N Figura 22: Mapa da Macrozona. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho.

N Figura 20: Rota do local até o centro. Figura 21: Rota do local até a saída da cidade mais próxima. Fonte: Google Maps, 2018.

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DADOS TOPOGRÁFICOS E DE ESCOAMENTO A área de intervenção está ao lado de fundo de vale, a beira do Córrego Sul, apresenta como qualidade topográfica um caimento favorecendo o escoamento em direção ao mesmo. O terreno se encontra a beira de um fundo de vale, o Córrego Sul. Por isso seu escoamento é feito em direção a esse córrego, vindo dos bairros. Para a drenagem urbana da água da chuva adequada existem bocas de lobos espalhadas ao decorrer da área, além de existir a drenagem natural provinda da APP. O escoamento segue o caimento da topografia e o traçado das ruas em direção ao Córrego Sul, que é a cota mais baixa da área.

Figura 23: Tabela de Coeficientes e afastamentos. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor, 2018.

Figura 24: Boca de lobo. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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SISTEMA VIÁRIO A área de intervenção está próxima a uma via de fluxo intenso, tanto de veículos como de pessoas, trazendo para o projeto possibilidades de locomoção por ter além da rua, uma ciclovia e um caminho arborizado para o pedestre. Na Av. Egisto Sichieri existem dois tipos de passeio, o azul é para pedestres e o vermelho é a ciclovia, vistos na imagem. Entre elas tem um canteiro de vegetação para evitar acidentes e em alguns pontos tem passagens de um lado para o outro.

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Figura 27: Meios de locomoção. Fonte: https:// br.depositphotos.com/, maio de 2018.

Figura 25: Mapa de Drenagem. Figura 26: Córrego Sul. Fonte: Arquivo pessoal e https://www.revide.com.br/editorias/ gerais/risco-iminente-de-queda-no-corrego/, 2018.

Figura 28: Ciclovia na Av. Egisto Sichieri. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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Figura 29: Classificação das vias. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho.

HIERARQUIA FÍSICA Observando o mapa de hierarquia física da área, podemos perceber que ela é servida de três vias arteriais: Av. Egisto Sichieri, Av. Afonso Trigo e Av. Antônio Paschoal. Apenas uma via coletora que é a Rua Hugo Campêlo. E o restante das vias são locais, dando acesso apenas para interior de bairros com predominância residencial, não precisando ser vias largas.

Figura 30: Hierarquia Física. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor.

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Legenda: Via arterial Via coletora Via local Terreno APP Córrego Sul

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HIERARQUIA FUNCIONAL Fazendo uma comparação com a hierarquia física com a funcional podemos perceber que o fluxo está compatível com as larguras das vias. As Avenidas apresentadas na área tem um grande fluxo de veículos principalmente nos horários de pico, e a mais congestionada é a Av. Afonso Trigo por sua ligação com o Distrito Industrial. Outro ponto a se observar é que a via coletora não possui tanto fluxo assim para o seu tamanho e a

Figura 31: Hierarquia Funcional. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor.

Legenda: Grande Fluxo Médio Fluxo Baixo fluxo Terreno APP Córrego Sul

Rua José Tremeschin é muito usada por existir um restaurante muito movimentado instalado nela.

TRANSPORTE PÚBLICO Fazendo leitura da área de estudo foi detectado a ausência de pontos de ônibus que passam próxima a área, a linha que passa mais perto é a Linha 07 – Interbairros, que passa na Av. Afonso Trigo e na Av. Nossa Senhora Aparecida, porém os pontos não são pertos do lote.

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USO DO SOLO A área de estudo apresenta muitos lotes residências mesmo sendo classificado como Zona Mista 2, é uma qualidade que se estende por todo o bairro onde o terreno se encontra. O lote escolhido para a implantação do objeto é um terreno institucional classificado assim pela Prefeitura de Sertãozinho, ele fica ao lado de duas áreas verdes e da escola de ensino infantil E.M.E.I Ana Casaline Abdalla. Ao decorrer da Av. Egisto Sichieri encontra-se uma predominância de serviços da área da construção civil e restaurantes

Legenda: Institucional Residência Serviço Área verde APP Córrego Sul

N Figura 32: Mapa de uso do solo. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor.

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OCUPAÇÃO DO SOLO Gabarito

Figura e Fundo

O entorno imediato do terreno é composto praticamente por casas térreas, havendo apenas algumas casa de mais de um pavimento.

Todos os terrenos do entorno são edificados, com exceção da área verde e o lote escolhido, que se destacam construindo vazios em comparação aos outros lotes . A taxa de ocupação e os afastamentos favorecem para obter essas projeções com espaços no fundo e na frente dos lotes.

Um ponto importante a ser observado é o edifício existente na área verde que esta interligada ao terreno, este possui dois pavimentos e se destaca na paisagem quando o observador passa pela Avenida Egisto Sichieri.

Legenda: 1 pavimento 2 pavimentos Terreno 0 Limite área verde APP Córrego Sul

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0

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50

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Figura 33 e 34: Mapa de gabarito e figura e funda da área, respectivamente. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor, 2018.

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EQUIPAMENTOS Um dos maiores fatores para a escolha do terreno para implantar o objeto foi o fácil acesso aos equipamentos de saúde, estes muito usados pelo usuário do objeto. O percurso para chegar ao Centro de Saúde II e a UBS Cohab III não são longos, possibilitando chegar caminhando. Outro ponto que foi observado é a fácil locomoção das ambulâncias, caso necessário, tanto para Santa Casa quanto para a UPA o caminho é composto predominantemente por avenidas, onde se encontram fluxos rápidos. Na cidade existe mais equipamentos de saúde espalhados nos outros bairros, porém foram levantados apenas os mais próximos do terreno porque a interação será maior. Além disso foram levantados os equipamentos de lazer e as praças mais próximos do local.

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Figura 35: Teatro Municipal.

Figura 36: UPA/SAMU.

Figura 37: Ginásio Docão.

Fonte: Google Street View, 2018.

Fonte: Site Prefeitura de Sertãozinho, 2018.

Fonte: Google Street View, 2018.


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Equipamentos de Saúde UBS Cohab III – Unid. Básica Psicosocial UPA / SAMU UBS – Shangri-lá Centro de saúde II UBS – Santa Casa UBS - Central Equipamentos de Lazer

A Ginásio de Esportes Docão B Complexo Poliesportivo Edgard C

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Legenda: Terreno Equipamentos de saúde Equipamento de lazer Praças

B N

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Dega Gonçalves - Patinódromo Teatro Municipal "Olympia Faria de Aguiar Adami" AAS – Sport Center (Quadra de Futebol) Praças Praça Maurílio Braz Praça Glayds Eside Pascoal Praça Maurílio Pacheco de Souza Praça Antônio Almussa Praça Francisco Magro Praça Juvenal Fernandes Praça Vinte e Um de Abril

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Figura 38: Mapa de equipamentos. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor, 2018.

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VEGETAÇÃO O terreno está ao lado de duas áreas verdes que serão agrupadas ao projeto com a intenção de criar áreas de permanência e descanso, proporcionando lazer e sombreamento. Porém o terreno institucional escolhido também apresenta vegetação existente, conforme vista na imagem, para a implantação do objeto algumas árvores deverão ser retiradas e outras mantidas. A maioria da vegetação do terreno são de porte pequeno e ainda em desenvolvimento do seu caule, nenhuma árvore é de espécie nativa. Um critério de escolha foi a árvore aparentar ter mais idade pelo seu porte e outro critério foi a árvore ser frutífera (mangueira).

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Figura 39 (Acima): Perspectiva via satélite. Fonte: Google Maps, 2018.

Figura 40: Mangueira a ser mantida. Figura 41: Árvore a ser mantida. Figura 42: Árvore da calçada a ser mantida. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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Legenda: Vegetação existente

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Perímetro de área verde Área de APP Equipamento de educação Terreno

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Córrego Sul Figura 43: Mapa de vegetação. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor, 2018.

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MOBILIÁRIO 2 O entorno do terreno é bem servido de mobiliários urbanos, principalmente a iluminação, a cada 30 metros encontra-se um poste de força. Ao lado do terreno tem um orelhão público que ainda funciona perfeitamente e existe bastante sinalização de placas de trânsito e informativas (nome das ruas). O mobiliário que mais falta no entorno é um ponto de ônibus, nenhuma linha passa por lá, por isso não existe esse mobiliário. Porém com esse equipamento de moradia institucional a ser implantado será proposto um ponto de ônibus perto do terreno. Algumas lixeiras são espalhadas pela avenida e em frente de todas as casas também possuem lixeiras. No terreno existe uma rampa de acesso, porém essa se encontra em mal estado, a calçada toda teria que passar por uma reforma. Existe uma ponte que é para pedestre atravessar para o outro lado da avenida, onde chega em uma academia ao ar livre bem conservada, essa ponte se situa próxima ao terreno.

5

3

4 7 1 6

Legenda: Terreno Postes públicos Bocas de lobo Rampa de acesso para cadeirantes Figura 44: Mapa mobiliários urbanos. Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, adaptado pelo autor, 2018

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1

2

Figura 45: Rampa de acesso. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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Figura 48: Orelhão. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

3

Figura 46: Ponte que atravessa o Córrego. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

5

Figura 49: Lixeira ao lado da academia ao ar livre. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

6

Figura 50: Poste elétrico dentro do terreno. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

Figura 47: Academia ao ar livre. Fonte Arquivo pessoal, 2018.

7

Figura 51: Placa indicando a ciclovia. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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LEITURA DO TERRENO O terreno escolhido para a implantação do objeto apresenta quase dois metros de desnível de uma ponta a outra, indo da cota 516,25 até a cota 518,00. Foi feito a medição do terreno que será implantado o objeto e também das duas áreas verdes que serão agrupadas no projeto. Além disso, também foi cotado as medidas das calçadas e das ruas do seu entorno imediato. Como o lote esta numa área mais antiga da cidade, a prefeitura não tinha o levantamento topográfico do terreno, então foi contratado uma empresa de topografia VJ Engenharia e Topografia, profissional responsável: Valter Aparecido Joaquim, para fazer a medição. O método usado foi um levantamento planialtimétrico com GPS Geodésico RTK, que capta as cotas via satélite.

Figura 52: Leitura do terreno.

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Fonte: Produzido pelo autor, 2018.


Projeção do banheiro existente.

Legenda: Terreno

N

Perímetro de área verde

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CORTES DO TERRENO Nos cortes podemos ver a projeção da construção existente na área verde que também será trabalhada no projeto, ele possui dois pavimentos: embaixo tem dois banheiros, um feminino e um masculino, em cima tem uma sala vazia hoje em dia, mas que já foi uma guarita. A construção é pública e a parte dos banheiros é bastante usada pelas pessoas que circulam pela Avenida Egisto Sichieri, percebese que essa parte recebe limpeza e manutenção da Prefeitura. Porém a parte de cima está abandonada, além da sala existe uma parte externa a frente dela que forma tipo um mirante para avenida, em visitas ao local foi detectado o consumo de drogas e de bebidas alcoólicas. Figura 53: Banheiro e guarita existente. Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

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Figura 54: Cortes do terreno. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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SISTEMA CONSTRUTIVO

Para construção do objeto de estudo foi considerado os impactos que vai gerar na vizinhança e no entorno. Por tanto, o sistema construtivo escolhido prevê a possibilidade de entrada e saída de veículos necessário no lote para o carregamento dos materiais utilizando os acessos viários para chegar na área. Existe um espaço amplo para maquinários maiores conseguirem trabalhar sem barreiras no local. Além disso, o sistema construtivo deve apresentar um impacto ambiental menor possível, gerando menos resíduos vindo da construção, ou seja, ele evitará desperdício de material comum na maioria das obras no Brasil. Para isso a estrutura (pilares, vigas e lajes) serão de concreto armado e paredes externas será alvenaria de blocos de concreto, permitindo uma boa sustentação e estabilidade do edifício. A pintura é feita de cimento queimado claro, porém é usado uma tinta que dá esse efeito na parede rebocada e não o próprio cimento queimado utilizado. A cobertura

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será uma laje impermeabilizada com a inclinação de 1%, para assim ser feito a instalação de um sistema de drenagem de água na direção do caimento.


PROGRAMA DE NECESSIDADES

para idosos: O trabalho do arquiteto, arquitetura e cidade da Arquiteta e Urbanista Maria Luisa Trindade Bestetti.

PRÉ-DIMENSIONAMENTO O método usado para o pré-dimensionamento da concepção do edifício é a construção de um programa de necessidade, definido por Carli (2004) como: “Um dos grandes desafios que se apresentam na tomada de decisões de projeto ocorre quando surgem os conflitos relacionados aos usuários, seu comportamento e suas necessidades, e de que forma eles se relacionam ao ambiente construído. A resolução bem sucedida desses conflitos se baseia no claro entendimento das necessidades. Métodos para estabelecimento de prioridades nas decisões, com o reconhecimento e entendimento do comportamento do usuário, são pré-requisitos para a formulação dos objetivos do programa de projeto.” (Carli, 2004)

Para a montagem desse programa de necessidades foram usados de base os projetos de referência analisados, a Resolução da Diretoria Colegiada, 283, de 26 de setembro de 2005 da ANVISA e o trabalho de conclusão de pós-graduação Habitação

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

VILA DOS IDOSOS O presente projeto se encontra na cidade de São Paulo, região sudeste do Brasil. Foi concebido pelo grupo VIGLIECCA&ASSOC, o período de projeto e finalização da construção foi de 2003 a 2007.

UM OLHAR SOBRE UNIDADES DE HABITAÇÃO PARA IDOSOS Neste capitulo, serão analisados projetos que apresentam relação com a habitação para idosos, dando maior atenção na sua organização espacial, mas observando também o seu programa, distribuição dos setores, circulações, entre outros detalhes. Os projetos lidos são: Vila dos Idosos em São Paulo do grupo VIGLIECCA&ASSOC, Lar de Idosos Peter Rosegger na Áustria feito pela equipe Dietger Wissounig Architekten e Lar de Idosos em Perafita em Portugal feito pelo Grupo Iperforma.

O projeto foi feito a pedido da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), que é o órgão encarregado para atender as demandas de habitação social da cidade. Seu público alvo são idosos residentes na cidade. A vila dos Idosos é integrada com a Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo, de forma que se torna um grande diferencial. Por já existir um equipamento público importante apresenta uma excelente acessibilidade às linhas do transporte público. “O objetivo do projeto é promover a maior quantidade e variedade de contatos de vizinhança dentro do conjunto, e entre ele e a cidade.” (Depoimento do escritório VIGLIECCA&ASSOCIADOS). Apresenta um programa distribuído em 4 pavimentos, com 145 unidades (57 apartamentos de um dormitório de 42m² e 88 mono-ambientes de 30 m²). As unidade habitacionais do térreo foram destinadas a pessoas com dificuldades de locomoção. Além disso apresenta três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária.

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Vila dos idosos

Biblioteca Pública Adepha Figueiredo

A divisão dos equipamentos é feita por uma cerca.

Área de intervenção: 7.270 m² Área construída: 8.290 m²

Figura 55: Edifício Vila dos Idosos e biblioteca. Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.

Ponto de ônibus Figura 56: Planta de situação via satélite do Edifício Vila dos Idosos e da biblioteca. Fonte: Google Maps, 2018.

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5

5

5 5

3

6

1

5

Legenda: 1 – Biblioteca 2 – Salão comunitário 3 – Hall/Estar 4 – Espelho d’água 5 – Módulos de serviços 6 – Horta comunitária 7 – Quadra de Bocha 4 – Espelho d’água Circulação livre interna Acessos segundários Acesso principal Circulação vertical Caminho do pedestre Lixo Estacionamento interno

4 2

3 3

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Figura 57: Planta do primeiro pavimento e interação com a biblioteca. Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.


Com essa organização em fita das atividades foi possível criar aberturas, uma voltada para face externa e outra voltada para o corredor de circulação, que possibilitam a ventilação natural cruzada, melhorando as condições térmicas das habitações. Toda a circulação foi pensada para atender bem todos os usuários, inclusive os com dificuldades de locomoção, com espaço suficiente para a passagem de cadeira de rodas. Além disso os corredores de circulação também servem como espaço de convívio, possuindo bancos de concreto na frente de cada unidade.

COZINHA/ LAVANDERIA

QUARTO

W.C

SALA DE TV INTEGRADA

Figura 59: Apartamento de 42 m². Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.

1 Legenda: 1 – Hall/Estar 2 – Salão de jogos Circulação vertical Circulação horizontal Possível elevador

Ao estudar o desenho percebe-se um elevador aqui, mas ele não corresponde no pavimento térreo, como no depoimento dos arquitetos fala da existência de elevadores, acredita-se que é no lugar dessa representação.

QUARTO

SALA DE TV

COZINHA/ LAVANDERIA

W.C

Figura 58: Apartamento de 30 m². Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.

1 1

2

Figura 60:

Planta pavimento tipo.

Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.

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Legenda: Circulação vertical Reservatórios superiores Circulação livre horizontal (atravessa de um lado para outro do prédio)

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Figura 61: Cortes. Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.


Figura 62: Fotos mostrando a passagem livre e a escada externa. Fonte: Site Vigliecca & Associados, adaptado pelo autor, 2018.

Figura 63: Circulação com espaço de convivência. Fonte: Site Arco. Adaptado pelo autor, 2018.

Figura 64:

Esquema de ventilação cruzada.

Fonte: Site Vigliecca & Associados.

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LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER Este projeto foi feito pela equipe Dietger Wissounig Architekten, a maioria da equipe de arquitetos e engenheiros reside na mesma cidade onde foi construído o projeto: Graz, Áustria. Foi construído em 2014 e ganhou vários prémios, entre eles o Prémio Green Building Europeu, por ser uma construção sustentável em termos de consumo de energia. Ele foi construído onde era um antigo quartel, numa parte da cidade onde os usos são bem heterogêneos. Ao lado do Lar de Idosos existe uma praça pública feito pelo munícipio de Graz, além do acesso pela via pública o próprio lote proporciona acessos e passeios para chegar até na praça passando por dentro dele.

atendimento e gerenciamento dos moradores, o edifício foi setorizada em oito centros menores em volta de cada pátio interno, quatro em cada pavimento. E para cada um desses setores existe um enfermeiro responsável. Cada centro habitacional abriga 13 residentes e um enfermeiro e possui cozinha, área comum para refeições, dormitórios e espaço de estar em formato de varandas. Comparando a planta de implantação e a imagem do satélite da área, percebe-se que o projeto da área externa foi construído diferente do projeto.

O projeto foi escolhido como referência principalmente por apresentar uma organização espacial diferente do visto anteriormente, promovendo um estudo amplo das possibilidades. O edifício apresenta uma organização em pátios internos e o programa se distribuem em torno deles. Outra característica importante a se observar é o terreno em que ele se encontra, percebe-se que a topografia não é acentuada, de forma que não apresenta grandes desníveis. Ele possui dois pavimento e tem capacidade de abrigar em cada pavimento 52 idosos, somando no total 104. Para que isso ocorra com o melhor

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Legenda: Praça pública Acessos ao interior do edifício Acesso para praça pública

Figura 65: Planta de situação via satélite. Fonte: Google Maps, adaptado pelo autor, 2018.


Figura 66: Fachada do edifício. Fonte: Site Archdaily, 2018.

Legenda: Aberturas dos átrios Abertura do núcleo central Previsão da praça pública Espelho d’água não construído Figura 67: Implantação. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

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O prédio possui um formato quadrado com eixos assimétricos entre os pavimentos. Apresentam quartos que abrigam uma pessoa de 24 m² e quartos para abrigas duas pessoas de 31,30 m². Os residentes não tem livre acesso ao meio urbano, as áreas abertas do prédio são fechadas com

grades metálicas impedindo a saída. Cada centro possui sua própria escada que chega na área comum de cada um, além de existir uma escada no núcleo do edifício e dois elevadores, um social e um de serviço.

LIXO ACESSO SERVIÇO

Fechado por grade

Fechado por grade

ACESSO VEÍCULOS

ACESSO SOCIAL

Legenda: Dormitórios Serviços Área comum (social) Área médica

Administrativo Vestiários Circulação vertical

Figura 68: Planta pavimento térreo. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor 2018.

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Os acessos são divididos entre social e serviço, para não misturar o fluxo de pessoas em casa função. O lixo fica perto da rua, sem ligação direta com o edifico e é de fácil acesso para sua retirada.

Além disso o projeto apresenta estacionamento subterrâneo e no térreo existem apenas duas vagas para cadeirantes próximo a entrada social, facilitando o acesso para pessoas com dificuldade de locomoção.

Legenda: Dormitórios Serviços Área comum (social) Área médica

Vestiários Circulação vertical

Figura 69: Planta primeiro pavimento. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

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Tanto as varandas e quanto os passeios das galerias, estimulam o usuário a olhar a bela vista lá fora. A área externa apresenta um trabalho paisagístico bem elaborado, contendo diversos tipos de jardim. As janelas dos quartos também provocam esse estimulo de observar o externo por apresentar caixilhos amplos, apresentam também um parapeito baixo e aquecido que serve como banco.

O clima da área favorece as grandes aberturas envidraçadas. Em questões ambientais além do projeto favorecer a ventilação e iluminação natural pelos átrios internos ele deixa bastante área verde no terreno, sendo assim o solo consegue absorver a água da chuva .

Figura 70: Layout interno do quarto. Fonte: Site Archdaily, 2018.

Figura 71: Interior do edifício em painéis de madeira. Fonte: Fonte: Site Archdaily, 2018.

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Figura 72: Circulação vertical vista em dois ângulos diferentes. Fonte: Site Archdaily, 2018


Fig 73: Pilar metรกlico no รกtrio. Fig 74: Trabalho de paisagismo externo e aberturas dos quartos vista de fora. Fig 75: Vigas de madeira vistas na sala de TV e Fig 76: Varandas tipo sacada e trabalho de paisagismo externo. Fonte: Site Dietger Wissounig Architekten, 2018

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O Lar de idosos foi construído como madeira pré-fabricada. Parte da estrutura também foi feito em madeira e existe alguns pilares metálicos. A fachada externa é feita de madeira austríaca não tratada, a maioria dos painéis de madeira utilizados para o interior também é aparente.

Figura 77: Venezianas para proteção contra o sol. Fonte: Site Dietger Wissounig Architekten, 2018.

Figura 78: Área comum de alimentação. Fonte: Site Dietger Wissounig Architekten, 2018.

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LAR DE IDOSOS EM PERAFITA Projeto feito pelo Grupo Iperforma, está localizado no munícipio de Perafita em Portugal no largo da Paróquia de São Mamede de Perafita dentro do Centro Social Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto.

A ligação dos edifícios é feito no nível superior, através de um corpo metálico envidraçado. O residente e funcionários atravessam de forma segura e protegidos caso, por exemplo, esteja chovendo. Além disso é possível acessas ambos edifícios pelo térreo de cada um, porém essa travessia é feita na área externa.

O projeto de referência foi escolhido para dar continuidade na linha de raciocínio dos estudos dos diferentes tipos de organização espacial, neste caso o edifício foi organizado em dois blocos interligados por uma passarela e o programa foi dividido entre os pavimentos, tendo o térreo mais voltado para parte de serviços e social e o primeiro pavimento para os dormitórios.

Legenda: Lar de Idosos

Este projeto foi feito para abrigar 60 usuários. O terreno tem 840 m², mas de área construída apresenta 3 515 m² entre subsolo, térreo e 1º pavimento.

Passarela

Figura 79: Perspectiva dos dois prédios e a passarela interligando. Fonte: Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

Figura 80: Planta de situação via satélite. Fonte: Google Maps, adaptado pelo autor, 2018.

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Bloco B

COZINHA

No pavimento térreo concentram-se todos os espaços sociais: recepção, sala de convívio e atividades, cantina e cozinha, área médica e de enfermagem, salas de reuniões, salas administrativas, banheiro e vestiários para funcionários.

Bloco B

O pavimento superior comporta 40 quartos (duplos ou individuais) distribuídos entre os dois blocos.

Recepção

Legenda: Estacionamento Administração Área social Área médica

Serviços Vestiários Circulação vertical Acessos Caminho pedestre

Figura 81: Planta do pavimento térreo. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

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Legenda: Dormitórios Sala de estar Apoio Vestiários

Circulação vertical Acessos Caminho pedestre

Figura 82: Planta do primeiro pavimento. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.


Neste projeto há uma separação do acesso social e de serviço, pois um dos acessos da direto na recepção e os outros dois acessos das escadas dão direto no pavimento dos dormitórios, utilizado para serviços de lavanderia e limpeza. A organização da parte de serviços e da administração foi planejado deixar no mesmo pavimento do Bloco B para facilitar a movimentação dos funcionários. Além das escadas de acesso ao edifício do Bloco A, existem outras duas escadas no Bloco B para circulação vertical, em conjunto com dois elevadores, um em cada ponta do edifício. Existem também escadas e rampas na área externa por conta das diferenças de níveis causadas pela topografia. Uma característica do projeto é usar as cores

para direcionamento, orientação e setorização; ajudando os usuários a identificar os ambientes com maior facilidade. As cores também são encontradas em caminhos no chão, para servir de guia aos residentes chegarem no seu destino. Nas portas dos quartos é utilizado uma numeração com um tamanho grande para facilitar a identificação. A fachada do Bloco A possui caixilhos grandes, do mesmo tamanho e formam uma sequência, já as aberturas do Bloco B que ficam voltada para o meio dos edifícios são de tamanhos diferentes e não seguem uma sequência. O Bloco B possui um subsolo, porém não foi encontrado nenhuma planta representando-o, porém analisando os texto e o corte, acredita-se que o subsolo é responsável por áreas de interações sociais e por serviços como de lavanderia, cabeleireiro e depósitos.

Subsolo Figura 83: Fachada do Bloco B. Fonte: Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

Figura 84: Corte do Bloco B. Fonte: Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

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Bloco B

Figura 86: Quartos, refeitório e banheiro. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

Bloco A

Passarela

Centro Social Paroquial

Figura 85: Planta de situação. Fonte: Site Archdaily, adaptado pelo autor, 2018.

Figura 87: Vista do espaço entre os dois edifícios. Fonte: Site Archdaily, a 2018. Figura 88: Passarela que liga os dois prédios. Fonte: Site Archdaily, 2018.

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CONCLUSÃO DAS REFERÊNCIAS PROJETUAIS O ponto em comum das três referências lidas é por serem projetos de habitações para idosos, porém cada uma tem suas características e peculiaridades: apresentam terrenos diferentes, programas diferentes, materiais e estruturas diferentes e também estão localizadas em países diferentes. Entretanto, o foco de análise das referências vistas foi a organização espacial do projeto de acordo com o terreno que ele se encontra, observando quais soluções cada arquiteto propôs. Analisando essas referências projetuais, pude perceber a importância do método de analise de outros projetos e o quanto isso aumenta o repertório do projetista. Portanto, posso presumir que os projetos estudados trouxeram clareza para o começo do processo criativo e da construção de um partido arquitetônico. Além disso, trouxe um repertório de dicas como: cores, mobiliários, circulação, acessos, distribuição das atividades, entre outras coisas.

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O PROJETO

PROCESSO CRIATIVO S/ ESCALA

O objeto de estudo é um projeto de Habitação Coletiva para Idosos Independentes localizada no município de Sertãozinho. Para sua concepção foi pensado principalmente na organização dos setores dentro de um terreno institucional de 2420,33 m², onde sua forma contribuiu para a criação do volume, ele é estreito e comprido e seu volume deveria seguir essa forma. Em um primeiro estudo foi mais um estudo de possíveis volumes, o prédio foi separado em três blocos que se uniam: um apenas de habitações, o do meio com serviços de apoio e uso social e o outro com administração, serviços e mais usos sociais. Porém sua forma estava seguindo os recuos do terreno de forma que ultrapassava sua taxa de ocupação de 80% prevista para sua localizada (Lei de uso e ocupação do solo da Município de Sertãozinho). Figura 92: Croqui esquemático do corte do segundo estudo. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 89: Formato do terreno. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 90: Croqui esquemático da implantação do primeiro estudo. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Lado A

Figura 91: Croqui esquemático da elevação do primeiro estudo. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Lado B


Percebe-se que deixado uma passagem do centro do bairro para a Avenida, algo

desdo primeiro estudo foi livre para o pedestre que vem pela Rua Alfredo Floride ir notado nas visitas na área.

Além disso o estacionamento estava coberto pelo prédio, sendo suspenso por pilotis. No segundo estudo podemos perceber pelas fotos (Fig. 92 e 93) que o formato do prédio já havia mudado se adequando a legislação porém a ideia de blocos com usos diferentes ainda se mantinha, criando um Lado A (apenas habitação) e um Lado B (outros usos). Podemos perceber que a ideia de deixar uma passagem livre para o pedestre foi mantida no segundo estudo e nessa etapa já estava sendo analisado a posição solar em relação ao edifício. Também podemos perceber que o estacionamento havia mudado de lugar, saindo de baixo do prédio e ficando mais próximo a Rua Albert Bruce Sabin. Porém esse estudo havia problemas na circulação horizontal por conta dessa quebra entre os lados (Figura 93), não apresentando uma continuidade nos corredores, por isso foi reformulado de maneira que mudasse tanto a posição dos usos quanto sua forma.

Lado A Figura 93: Croqui esquemático da implantação do segundo estudo. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Lado B

PARTIDO ARQUITETÔNICO Os principais fatores que influenciaram no partido arquitetônico foi o formato do terreno e trazer como proposta o uso que os moradores do bairro já dão para o terreno. Ele é utilizado como passagem para Avenida Egisto Sichieri que apresenta espaço para atividade como: caminhadas, ciclismo, academia ao ar livre e playgrounds para as crianças do bairro.

Figura 94: Croqui esquemático da implantação do projeto. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 95: Distribuição dos setores. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Diferente dos estudos anteriores os setores foram separados por pavimento e não por blocos (Figura 95), fazendo uma divisão de áreas mais públicas no térreo e no primeiro pavimento e as habitações que são mais privadas ficando no segundo e terceiro pavimento . O programa cidade ajudaram pré-dimensionado mostrando a área

de necessidades e a demanda da a definir os usos e o tamanho necessário para cada um deles, total prevista a ser utilizada.

MEMORIAL JUSTIFICATIVO O projeto de habitação coletiva para idosos trás além da moradia outros usos para os residentes e também para os moradores da área, apresentando funções públicas e privadas num mesmo edifício. Contendo então no seu programa os seguintes ambientes: - Biblioteca Multimídia: Público. Apresenta livros e computadores para leitura e pesquisa. Prevista a possibilidade de aulas de informática para os idosos. - Centro ecumênico: Público. Destinado orações e meditações de todos as religiões.

a

- Salão de festa: Público. Apresenta um pequeno palco podendo ser usado para palestras internas e festas, além da possibilidade de alugar para terceiros gerando uma renda para a instituição. - Cinema e Auditório. Público. Espaço destinado a palestras e exibição de filmes de forma coletiva. Podendo ser alugado por terceiros para utilização do espaço. - Sanitários: Público. Feitos no térreo para suprir a demanda do uso do sanitário existente na área verde em frente ao terreno, utilizado pelas pessoas que caminham pela Avenida Egisto Sichieri, além de atender visitantes do edifício. - Lavanderia: Privado. Serviço interno de limpeza e organização das roupas dos residentes,

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cada andar de habitação existe uma sala para depositar a roupa suja do dia, os funcionários recolhem toda manhã para lavar, passar, dobrar.

- Administração: Privado. Espaço onde fica a assistente social e a gerente, juntas fazem trabalhos de tesouraria e gerenciamento do edifício.

- Refeitório: Privado. Destinado para refeições de moradores e funcionários.

- Vestiário para os funcionários: Privado. Banheiros destinados aos funcionários com armários para guardar seus pertences.

- Cozinha: Privado. Destinado a armazenamento e preparo dos alimentos, contendo freezer, despensa, banheiro para funcionários e sala de nutricionista responsável pelo cardápio. - Academia: Privado. Contém aparelhos de musculação e aeróbico para os moradores. Tem também uma sala para aulas separada podendo ser usada para dança, yoga, dança de salão, alongamento, entre outras atividades em grupo. - Sala de trabalhos manuais: Privado. Espaço para pratica de atividades em grupo como crochê, tricô, artesanato, pintura. - Salão de beleza: Privado. Usado pelos idosos para manter a estética de cabelos e unhas, podendo ser usado pelos funcionários também. - Secretária: Privado. Destinado a secretária que fará o atendimento de moradores e visitantes e encaminha-los para o profissional solicitado . - Recursos humanos: Privado. Sala com funcionários responsáveis pela contratação e gerenciamento de funcionários, atender as famílias que procuram vagas e fazer uma triagem com os candidatos. - Almoxarifado: Privado. Sala utilizada para guardar arquivos e materiais de escritório.

- Sala da Nutricionista: Privado. Espaço de trabalho da nutricionista que atende os residentes individualmente, fazendo um monitoramento da alimentação e controle do peso. - Sala de fisioterapia: Privado. Sala onde fica a fisioterapeuta que faz consultas aos idosos e também pratica atividades desta função sob supervisão. - Salão de jogos: Privado. Usados pelos idosos e funcionários para diversão, lazer e socialização. - Sala de TV: Privado. Sala com televisão para os residentes se reunirem. - Espaço aberto para convívio: Privado. Utilizado por moradores e funcionários para descanso, socialização, tomar sol e tem um canteiro para plantar. - DML: Privado. Espaços destinado a guardar material de limpeza usados pela equipe de manutenção contratada. - Sala para roupa suja: Privado. Lugar onde os moradores depositaram suas roupas para a equipe da lavanderia levar para lavar. - Apartamentos: Privado. Módulo de habitação que abriga os residentes.

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Módulos de habitação Existem 42 unidades, divididas em 3 tipologia de habitação todas elas tendo um cuidado com a entrada de iluminação e ventilação natural. Podem ser habitadas individualmente e também com duas pessoas, de forma que possa abrigar casais, irmãos, amigos ou apenas uma pessoa. Cada habitação tem banheiro, guarda-roupa, mesa com dois lugares, cama, uma sacada própria e um banco do lado de fora ao lado da porta de entrada no apartamento. Os quartos foram todos pensados para atender pessoas com cuidados especiais se necessário. As dimensões das portas são de 0,80 metros ou 0,90 metros, dessa maneira possibilitanto a passagem da cadeira de rodas, a dimensão do banheiro permite o giro de 1,50 metros da cadeira como preve a legislação. No banheiro também foram instalados barras de apoio no sanitário e no chuveiro, onde foi instalado banco para banho dentro do box.

Apartamento tipo 1: 25 unidades.

Apartamento tipo 2: 7 unidades.

Apartamento tipo 3: 10 unidades.

Total de unidades: 44 unidades. Figura 96: Apartamento Tipo 1. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 97: Perspectiva interna do Apartamento Tipo 1. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Foi projetado um móvel planejado para todos os quartos, adequando seu tamanho de acordo com as dimensões do quarto, ou seja, ele vai ser diferente em questão de dimensionamento para os diferentes tipos mas seu conceito é o mesmo para os três módulos de habitação. Ele contém uma mesa com duas cadeiras, um guarda roupa para armazenar objetos pessoais e uma estante com prateleiras. Existe a possibilidade de instalação de um frigobar na parte de baixo da estante e também a possibilidade de instalação de um Televisão no painel na parte de cima do móvel.

Figura 98: Modelo do móvel planejado criado em perspectiva. Fonte: Produzido pelo autor, 2018. Figura 99: Apartamento Tipo 2. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 100: Perspectiva interna do Apartamento Tipo 2. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Os banheiros foram pensados de forma que atendesse pessoas com dificuldade de locomoção, não apenas cadeirantes, pessoas idosas muitas vezes podem precisar se apoiar na barra para se lavar ou se levantar. Além das barras de apoio foi instalado um banco de transferência metálico próximo ao chuveiro, tanto ele quanto aos outros atributos sanitários tiveram suas dimensões e das altura respeitadas de acordo com a Norma de Acessibilidade NBR 9050.

Figura 102: Apartamento Tipo 3. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 101: Banheiro. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 103: Perspectiva interna do Apartamento Tipo 3. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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MEMORIAL DESCRITIVO Existem duas áreas verde ao lado do terreno onde foi proposto a implantação de duas praças para elas, a área verde maior faz parte da passagem que as pessoas residentes na área fazem para chegar na Avenida Egisto Sichieri, então foi feito uma caminho dando continuidade a essa passagem proposta em projeto, de forma que não houve grandes desníveis ao construir o prédio. O desenho da praça logo a frente foi feito a partir dessa passagem do bairro para a avenida como elemento principal, nela contém também um playgound para as crianças, um playpet para os moradores levarem seus animais de estimação para brincar, uma quadra de Vôlei e um espaço para Food Truck. As duas praças contam com espaços para descanso e permanência. As árvores representadas no desenho (Figura 105) são as escolhidas para serem mantidas por já estarem plantadas quando começou o estudo do local, os demais espaços verdes serão feitos um trabalho de paisagismo posteriormente.

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Figura 104: Perspectiva da Praça com aproximação da Área de Alimentaçãoe Quadra de Vôlei. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.


RI

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RUA ALFREDO RUIZ

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RUA ALBERT BRUCE SABIN

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Figura 105: Implantação. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Mesmo que os idosos são independentes, pode ocorrer deles terem alguma dificuldade de locomoção, para isso serão instalados em todos os corredores barras de apoio do tipo corrimão para o caminhar ser mais seguro para os residentes. Além disso serão instalados piso tátil de alerta na frente dos elevadores e de escadas e piso tátil de direcional para ajudar no percurso a ser seguido por moradores com perca de visão parcial ou total, de acordo com a Norma NBR 9050.

Figura 106: Esquema de utilização do piso tátil. Fonte: Site https://www.angare.com/ blog/conteudo-piso-tatil-o-que-e-etudo-o-que-voce-precisa-saber, 2018.

O terreno apresenta um desnível de 1,25 metro de um lado ao outro, sendo assim necessário a contrução de duas rampas no pavimento térreo, a rampa foi feita de forma a manter a acessibilidade. Esse desnível criou ambientes com diferentes pés direitos apenas no pavimento térreo, sendo o do salão de festa o maior deles, pois nessa parte o terreno é mais baixo. O projeto conta também com um estacionamento para atender o salão de festas e um estacionamento para os funcionários, junto com o estacionamento dos funcionários existe uma entrada de carga e descarga para atender a cozinha e também é o espaço para entrar uma ambulância se necessário, estando perto de uma circulação vertical. O elevador também foi pensado em um tamanho que se necessário entre uma maca de socorro para atendimento dos moradores.

Figura 107: Foto da utilização do piso tátil. Fonte: Site https://www. angare.com/blog/conteudopiso-tatil-o-que-e-e-tudoo-que-voce-precisa-saber, 2018.

Figura 108: Foto da barra de apoio. Fonte: Site https:// www.aecweb.com.br/ guia/p/guardacorpose-corrimaos-em-acoinox_7_292_1925_1_0, 2018.

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Figura 109 e 110: Piso tátil direcional e de alerta. Fonte: Site https://slideplayer.com.br/slide/3271266/, 2018.


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Figura 111: Pavimento tĂŠrreo. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Todas as salas voltadas para a praça são beneficiadas em termos visuais em relação as salas que tem suas aberturas voltadas para a outra fachada, esse benefício proporciona uma paisagem mais agradável durante a execução das atividades desses ambientes, de forma estimulante. Praticamente todo o programa de serviços e administrativos ficou concentrado nesse pavimento, criando uma integração entre os funcionários em um mesmo andar, evitando a locomoção desnecessária pelo edifício. Para isso também temos a presença do vestiário dos funcionários, um espaço aberto a sua frente para respiro e permanência, uma sala de descanso que contém uma mesa para fazer as refeições de maneira mais reservada do que no refeitório, com sofá e poltronas para descansar durante o horário de almoço. Nessa sala e no vestiário existem armários para guardar os pertences.

Figura 112: Perspectiva da fachada voltada para Avenida. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 113: Primeiro Pavimento. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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O segundo e o terceiro pavimento é onde encontra-se os apartamentos, além disso existe também duas cozinhas coletivas, um DML e duas salas para recolher a roupa suja. A modulação das paredes e pilares do prédio foi feito seguindo as paredes e metragens dos apartamentos. Os pilares são replicados em todos os andares de forma que sustente a carga de todo edifício.

Figura 115: Fachada voltada para o bairro. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 116: Segundo Pavimento. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Nesse pavimento encontra-se além dos apartamentos, DML, salas para roupa suja, encontrase também dois espaços abertos de convívio voltados para avenida, trazendo uma interação entre os moradores, ele foi feito voltado para o lado de menor incidência solar. Esse espaço conta com um canteiro de flores para os próprios moradores cultivarem e mesas para socialização, um ponto muito importante é a vista da área de convívio para a praça e a Avenida Egisto Sichieri.

Figura 117: Perspectiva da Área de Convívio. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 118: Terceiro Pavimento. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Neste pavimento existe elementos técnicos como os reservatórios de água, uma casa de máquinas para a manutenção do sistema hidráulico e os painéis de captação de luz solar para geração de energia elétrica para o edifício. Além disso existe uma horta comunitária e espaços de permanência coberto por um pergolado metálico com fechamento de vidro, sendo assim o terraço também pode ser utilizado para o lazer. Para armazenar os equipamentos da horta com segurança foi feito uma sala, assim eles ficam organizados e protegidos da chuva.

Figura 119: Perspectiva da Horta Comunitária. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 120: Pavimento de Cobertura. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 122: Corte 2. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 121: Perspectiva das duas Praรงas criadas. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 123: Corte 1. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 125: Corte 3. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 124: Perspectiva da Área de Convívio com Pergolado do terraço. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 126: Corte 4. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 128: Elevação 2. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

Figura 127: Perspectiva do PlayPet e Playground. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 129: Elevação 4. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.


Figura 130: Elevação 1. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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Figura 131: Elevação 3. Fonte: Produzido pelo autor, 2018.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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IBGE – Censo 2010. Infográfico Faixa etária: 60 anos ou mais. Disponível em <http://www. portalterceiraidade.org.br/horizontais/noticias_ cidadao/anteriores/anterior0242.htm> Acesso em: 28 nov.2017. MARTINEZ, W.N. Direito dos idosos. São Paulo: LTR, 1997. p. 111. Mais 60: estudos sobre envelhecimento / Edição do Serviço Social do Comércio. – São Paulo: Sesc São Paulo, v. 27, n. 64, abril. 2016. Artigo 3: Uma moradia digna para os idosos – ampliando o sentido de dignidade a este direito fundamental, páginas de 48 a 65. SCHMID, Aloísio Leoni A idéia de conforto: reflexões sobre o ambiente construído / Aloísio Leoni. – Curitiba: Pacto Ambiental, 2005. 338 p. : il. ; 23 cm. SIMÕES, Celso Cardoso Silva. IBGE, Demográfico 1970/2010. Rio de Janeiro: Departamento de Pesquisas, 2016. P.63.

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