Recife

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& suas Belezas

Boa Viagem tem aproximadamente 7 km de extensão; ela é delimitada pela Praia do Pina em um lado e pelas praias de Piedade do outro.

Uma das pontes mais lindas é a ponte Velha de 1921, com seus lampiões e proteções de ferro bordadas.

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Recife

edição nº 01 23 de setembro de 2009 R$ 5,00

O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o GALO DA MADRUGADA

Veneza Brasileira

www.recifeesuasbelezas.com.br

Recife


Indice

Conteúdo Historia............................. 3 e 4 Atrações........................... 5 e 6 Carnaval........................... 7 e 8 Praias............................... 9 e 10

As belas pontes do Recife PAG. 06

O carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval PAG. 07

Toda a praia de Boa Viagem é protegida por uma barreira de recifes naturais PAG. 09

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História

A

História da região inicia-se em 1534, quando Portugal criou as capitanias hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi dada a Duarte Coelho Pereira; no mesmo ano de 1534, foram fundadas as vilas de Igaraçu e Olinda. Pernambuco foi uma das poucas capitanias que prosperaram, graças à boa adaptação que a cana-de-açúcar teve ao solo da região. Desde cedo, a cultura da região baseouse na mistura de três povos: europeus, índios e negros; de início, os portugueses tentaram utilizar mão-deobra escrava índia; entretanto, após sucessivos levantes indígenas, optouse por importar mão-de-obra africana (o que, por si só, constituia-se num grande negócio). Recife, por décadas, foi apenas o porto utilizado para escoar a produção local e receber peças da metrópole; o nome Recife deriva da faixa de recifes que acompanha boa parte do litoral da região. Essa situação alterou-se a partir de 1630, quando os holandeses (atraídos pela riqueza da cana-deaçúcar) ocuparam Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Acostumados que estavam às terras planas da Holanda, os holandeses

preferiram estabelecer-se em Recife. Em 1637, o conde Maurício de Nassau assume o governo das possessões holandesas no Brasil. Culto, Nassau conduziu uma revolução urbanística na cidade: ruas foram planejadas e traçadas, várias pontes foram construídas; Nassau trouxe da Europa grandes arquitetos, engenheiros e paisagistas que deram um ar de metrópole à cidade do Recife. Várias das obras urbanísticas dos tempos de Nassau são ainda visíveis na cidade; alguns dos quadros pintados pelo holandês

Frans Post no Brasil são

hoje importante documentos que retratam o país naquela época. Quando os holandeses foram expulsos, em 1654, Recife tinha-se tornado importante entreposto comercial. A rivalidade entre os senhores de engenho, que tornaram a ocupar Olinda, e a emergente classe comerciante que se formara em Recife resultou na Guerra dos Mascates (Mascate era forma pejorativa de se referir àqueles que se dedicavam ao comércio), no início do século 18. Ainda fundada na cultura de canade-açúcar e na pujança do porto, Recife continuou desenvolvendo-se, tanto econômica como intelectual e 3  ●  Recife & suas belezas


culturalmente, durante os séculos 18 e 19. A Faculdade de Direito do Recife é uma das mais antigas do Brasil; vários importantes jornais foram publicados no Recife - atualmente, o Diário de Pernambuco, com mais de 150 anos de circulação contínua, é o jornal mais antigo da América Latina. Recife teve papel importante nos mais importantes momentos históricos do Brasil. Em 1817, Pernambuco tentou proclamar-se independente de Portugal, mas o movimento foi derrotado. A Revolução Praeira (1848) questionava o regime monárquico, e já pregava a República. Joaquim Nabuco, um dos maiores símbolos do Abolicionismo, iniciou suas pregações no Recife. A cidade consolidou sua posição como pólo comercial e cultural de toda a região Nordeste ao norte da Bahia. Os sucessores dos mascates tornaram Recife um centro distribuidor; comerciantes de várias cidades vinham ao Recife comprar mercadorias para revender localmente. Durante o século 20, principalmente após a criação da SUDENE, em 1950, a economia da região ganhou novo impulso, dessa vez com o fomento de indústrias. Grandes empreendimentos foram instalados em pólos industriais de Recife; ainda hoje, o setor industrial é o mais importante na economia da cidade. Mais recentemente, uma nova tendência tem sido observada: o crescimento do setor de serviços. Recife tem hoje o segundo maior pólo médico do Brasil, com grande concentração de hospitais e médicos especialistas. Com a criação do Porto Digital, Recife está assumindo também papel de ponta no setor de tecnologia da informação no Brasil.

Recife, Olinda e outras cidades de Pernambuco: o turismo. A infraestrutura que se criou ao longo dos séculos para receber os comerciantes foi adaptada para receber turistas de todas as partes do Brasil que chegam, atraídos pela riqueza cultural e pelas belezas naturais da região. Salta aos olhos dos visitantes a riqueza de culturas, mistura de elementos europeus, índios e negros, que se reflete nos ritmos e sabores da cidade. E essa riqueza vem rodeada por algumas das mais belas praias do Brasil. Pernambuco: você vai se apaixonar.

Porto Digital

Por fim, a grande vocação do 4  ●  Recife & suas belezas


Atrações

Museus/Cultura: Há muito para se ver e fazer em Recife: Igrejas:

C

apela Dourada: Rua do Imperador, s/n, Bairro de Santo Antônio, Centro. Construída em 1697, a Capela Dourada da Ordem Terceira de São Francisco é uma das mais expressivas representantes da arte barroca nas igrejas brasileirasl. Seu interior todo revestido em ouro velho remonta a uma época de riquezas e ostentação. Também dignos de destaque os painéis de azulejos, as pinturas e os trabalhos em talha dourada. Visite também o Museu Franciscano de Arte Sacra, em prédio anexo. Horários de visitação: de segunda à sexta, das 8 às 11h e das 14 às 17h. Aos sábados, das 8 às 11:30h. Igreja do Santíssimo Sacramento: pça. da Independência, s/nº. O local abrigou a Casa da Pólvora dos holandeses. Construída em 1735, a igreja é manuelina na fachada, barroca e neoclássica nos altares. Mistura explosiva.

Oficina de Francisco Brennand: no bairro da Várzea, a 16 km do centro. Na verdade uma antiga olaria da família reformada pelo artista plástico para funcionar como museu/ateliê. Em meio a plantas e árvores típicas da mata atlântica, cerca de 2.000 esculturas, em sua maioria de barro. Palavras de Brennand: “O barro é um material primordial. É a terra, aquilo de que foi feito o homem. Ao manipular o barro, você se envolve de imediato com o mundo dos arquétipos, com todos os mitos e símbolos”. Casa da Cultura: Rua Floriano Peixoto. Ex-casa de detenção da cidade, reformada para se transformar em um centro cultural na década de 70. Os presos olhavam o Capibaribe e nem imaginavam que dali a 150 anos suas celas, transformadas em lojinhas, seriam vasculhadas pelos turistas. Painéis de Cícero Dias contam a vida de frei Caneca. Museu do Homem do Nordeste: Av. 17 de Agosto, 2.187. Tudo sobre o ciclo do açúcar. No mesmo prédio, o Museu de Antropologia - literatura de cordel, objetos, roupas.

Entre muitas outras que o Recife tem. 5  ●  Recife & suas belezas


Espalhadas pela cidade, mas o Centro concentra as mais bonitas pontes. Mercado de S. José: Praça D. Vital. De alpercatas de couro a objetos religiosos afro, essa estrutura pioneira de ferro pré-fabricada na França, inaugurada em 1875, tem de tudo. Do lado de fora, cajus, pinhas e outras deliciosas frutas regionais.

Pontes: Ponte Maurício de Nassau: liga o bairro do Recife Antigo ao bairro de S. Antonio. Erguida em 1643, um ano antes de Maurício de Nassau Ponte Velha voltar à Europa. Restaurada, não tem mais o arco da Conceição, uma das portas da cidade, demolido em 1917.

Ponte da Boa Vista: liga a Rua Nova, no bairro de Santo Antônio, à Rua da Imperatriz, no Bairro da Boa Vista. Destaque para enormes treliças em ferro construídas por sobre a ponte. Tem até uma ponte giratória (a 12 de Setembro), para a entrada dos navios nos cais internos e que hoje não gira mais. Porém, as maiores de todas,além da Buarque de Macedo, são a ponte do Limoeiro, sobre o rio Beberibe e que liga o “continente” ao Recife Antigo; e as pontes do Pina (Agamenon Magalhães) e Nova do Pina (Paulo Guerra), sobre o rio Pina, e que ligam o Centro aos bairros da Zona Sul. Esse roteiro pode ser feito por cima das pontes a pé ou de carro, e também por baixo, em um catamarã que sai do Cais de Santa Rita e vai navegando Recife a dentro.

Ponte Velha: liga o bairro de Santo Antônio, nas proximidades da Casa da Cultura, ao bairro dos Coelhos. Em estilo colonial, com destaque para suas luminárias. 6  ●  Recife & suas belezas


Carnaval

Carnaval Multicultural do Recife.

Carnaval do Recife

comemoravam o dia dos Santos Reis.

O

No século XVIII apareceu o Maracatu Nação, chamado Maracatu de baque virado, que encenava a coroação do Rei Negro, o Rei do Congo. A coroação era realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Igreja do Rosário dos Pretos).

carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou Sábado de Zé Pereira.

História Em fins do século XVII havia organizações, denominadas Companhias, que se reuniam para comemorar aFesta de Reis. Essas companhias eram constituídas em sua maioria de pessoas de raça negra, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e

Com a Abolição da Escravatura começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis Magos. O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi o Clube dos Caiadores, criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à Matriz de São José, no bairro de São José, executando marchas. Seus participantes, levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a caiavam (pintavam), simbolicamente. No século XX o Recife já dispunha de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre elas dois clubes 7  ●  Recife & suas belezas


(ainda hoje existentes): o Clube Internaciolnal do Recife e o

Clube Português do Recife

inicialmente denominado Tuna Portuguesa, além da Recreativa Juventude.O carnaval de rua realizava-se nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, com desfiles de mascarados (os papangus e as máscaras de fronha).

Carnaval atual

D

esaparecido o corso, na década de 1980, e com a desativação gradual dos desfiles dos clubes em passarelas nas ruas, esse desfile foi descentralizado, sendo criados focos de animação nos bairros do Recife.Os clubes carnavalescos foram sendo reduzidos (em número e em participação), enquanto foram aparecendo outros grupos, com novas catacterísticas: o Galo da Madrugada, o Bloco da Parceria, que se apresentavam em data determinada. A revitalização do bairro do Recife Antigo trouxe novamente o carnaval de rua participativo, acompanhado de apresentações de agremiações e de cantores. Há atualmente o chamado Carnaval Multicultural, organizado pela prefeitura, que conta com disputas em diversas categorias de agremiações carnavalescas.Considerado como o carnaval mais democratico do mundo ,onde os foliões não prescisam pagar para brincar,é apenas ter vontade,alegria e muita desposição para aguentar os dias de carnaval. As escolas de samba desfilam no bairro São José, sendo que para o

Grupo Especial 2009 estão inicialmente previstas Gigante, Galeria do Ritmo, Deixa-Falar, Imperadores do Samba e Unidos de São Carlos. A tradicional Crianças e adolescentes virá compondo o grupo 1.

Recife dos corações

Os raios de sol te iluminam. Vento forte que vem do mar. De ponte a ponte a cidade é desenhada, dá até pra ver do céu. Encantamento que fascina. Nostálgico sabor da infância que paira na sombra da Jaqueira. Casa Amarela, Casa Forte, Recife Antigo e assombrado. Parque Dois Irmãos, vida e paraíso. Da Aurora o Capibaribe é um sonho. Cidade do frevo e do maracatu atômico. Pura fonte de beleza e inspiração. Chora Menino, Boa Vista e Boa Viagem. Tu és a Veneza brasileira, Recife dos corações 8  ●  Recife & suas belezas


Praias

Boa Viagem

O

sol nasce bem cedo no Recife, incentivando a sair da cama sem preguiça e curtir as praias. A dica é imprescindível para quem for aproveitar as piscinas naturais de Boa Viagem - por volta das duas e meia da tarde a sombra dos prédios chega à areia e encerra o programa. E por falar em Boa Viagem, a praia urbana mais badalada da capital pernambucana reúne moradores e turistas que chegam em busca de banhos de mar, caminhadas no calçadão e petiscos nos quiosques ela é a praia mas famosa do Recife. Boa Viagem tem aproximadamente 7 km de extensão; ela é delimitada pela Praia do Pina em um lado e pelas praias de Piedade do outro.

Os recifes Toda a praia de Boa Viagem é protegida por uma barreira de recifes naturais, os quais deram nome à cidade. Na maré baixa, formam-se várias piscinas naturais ao longo da praia; também durante a maré baixa, é possível andar sobre

os recifes, que são relativamente planos e largos (mas escorregadios). Quando a maré sobe, os recifes ficam completamente cobertos pela água. As autoridades recomendam (surfar é proibido) nadar além dos recifes, para evitar ataques de tubarões.

Serviços na praia.

N

o Recife, por medida de segurança, os quiosques são proibidos de preparar comida. Os turistas são atendidos ou por barraqueiros ambulantes, que montam seus “negócios” na areia, por pelos vendedores ambulantes. Barraqueiros oferecem bebida e alguns pratos, como peixe frito (verifique as condições de higiene das barracas, que são muito variáveis); a maioria desses barraqueiras ocupa os pontos há anos (eles são muito disputados), e por isso são, em geral, confiáveis. Ambulantes oferecem uma ampla gama de produtos: caldinhos, espetinhos de peixe frito, ostras, ovo de codorna, camarão frito, queijo coalho, frutas, etc; observe que alguns produtos são mais sujeitos a deterioração que outros. Além de comida, os ambulantes oferecem vários outros tipos de produtos: redes, esculturas, CDs, óculos, etc.

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Além da beleza natural, a infraestrutura também não deixa a desejar, e contribue para o conforto do turista. Os bons hotéis e restaurantes, na sua maioria, ficam próximos da praia. Feirinhas, lojas de artesanato e shoppings também estão localizados próximos. Aliás, festa é o que não falta por cá. Muita atenção, pois o trecho entre as ruas Félix de Brito e Melo e António Falcão é um dos lugares mais frequentados por quem está em busca de animação, principalmente nas noites da alta estação.

As divisões da praia de Boa Viagem No extremo norte, na praia do pina num trecho em que a areia se torna bastante larga, são realizados eventualmente alguns shows; um palco é montado sobre a areia, e as pessoas entram livremente para ver os shows. A zona mais freqüentada da praia é a parte central; aqui se encontram moradores das proximidades e os turistas que ficam nos diversos hotéis e pousadas da Região. É o trecho preferido para práticas de caminhada; é a área mais bem equipada e mais bem policiada de Boa Viagem. Os praticantes de esportes também não terão do que reclamar : em Boa Viagem há uma pista para caminhadas, quadras de vólei e algumas barras que podem ser usadas como equipamentos de musculação. Porém, infelizmente, os amantes do surf vão ter que ficar longe das pranchas na praia. Devido aos ataques de tubarão, a prática foi proibida no local. E os mergulhos são permitidos apenas nas áreas protegidas pelos recifes naturais.

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