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Plano de viagens para 2015 Ao longo dos próximos 12 meses não faltam motivos para vencer a inércia, "fintar" o orçamento familiar e explorar alguns dos lugares mais fascinantes da Terra. E, dessa forma, cumprir o verdadeiro sentido da viagem: ganhar uma nova visão do mundo que nos rodeia. E de nós próprios Rui Tavares Guedes (artigo publicado na VISÃO 1139, de 1 de janeiro) 10:11 Sexta feira, 9 de Janeiro de 2015 |
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COLÔMBIA Regresso à opulência Durante anos, a Colômbia foi uma espécie de buraco negro no mapa dos viajantes: as notícias diárias de sequestros, homicídios, ajustes de contas, atentados terroristas e perseguições a narcotraficantes afastavam rapidamente o desejo de visitar o país, apesar dos relatos sobre a beleza colonial de Cartagena das Índias, a vibração de Bogotá, o pitoresco de Medellín e tudo o que os romances de Gabriel García Márquez podiam fazer despertar no espírito dos seus leitores. Agora, tudo está diferente. O terrorismo e o narcotráfico foram, aparentemente, derrotados, e o país conhece uma espécie de renascimento, muito mais de acordo com a sua tradição cultural riquíssima, assente numa natureza opulenta e uma situação geográfica ímpar. Prova disso mesmo é a cidade de Medellín durante anos associada ao tráfico de droga e à ação de gangues violentos.
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VISÃO NAS REDES
Hoje, a segunda maior cidade da Colômbia é quase uma metrópole modelo, com jardins (muitos!), uma rede de transportes moderna (e muito bem vigiada pela polícia), tudo pontuado com estátuas de Fernando Botero (artista local) e uma série de museus que valem mesmo a pena. Vantagem adicional: a TAP tem voos diretos para Bogotá. Quando ir? De dezembro a fevereiro chove menos, mas em agosto a Feira das Flores atrai muitos
visitantes a Medellín?.
ÁUSTRIA Nos passos da família von Trapp Mesmo os nascidos muito depois de 1965 sabem entoar o início da canção "The hills are alive, with the sound of music" e visualizar, facilmente, o rosto sorridente de Julie Andrews na paisagem alpina. Quando se celebram os 50 anos da estreia de Música no Coração, é natural que essa imagem e a música ganhem uma nova atualidade.
VISÃO VIAGENS • Saiba qual foi eleito o Melhor Hotel de Portugal • Aldeias de Xisto: Um passado que também é futuro • Viagens: Este ano, não se esqueça de ir a... • Plano de viagens para 2015 • As 25 atrações turísticas mais populares do mundo • Os países mais e menos seguros para viajar • Férias: Guia para descobrir pechinchas
As celebrações do meio século do filme de Robert Wise incluem um festival em Salzburgo, em junho, e vários agentes turísticos estão a preparar programas especiais nessa cidade e em Viena, passando por alguns dos cenários mais reconhecíveis de Música no Coração. Quando ir? O verão vai ser aproveitado, em toda a Áustria, para celebrar o filme que deu uma
• Correr o mundo com pouco dinheiro • 10 locais no mundo para vencer as vertigens • Viaje com a VISÃO
imagem internacional ao país.
HOLANDA Sob o génio de Van Gogh A 29 de julho de 2015, celebrase o 125.º aniversário da morte de Vincent van Gogh, um dos pintores mais influentes e marcantes dos últimos séculos. Naturalmente, a Holanda não vai deixar escapar a oportunidade e organiza, ao longo do ano, uma série de iniciativas com as características necessárias para atrair milhares de visitantes. Assim, quem visitar Eindhoven pode pedalar numa ciclovia muito especial, construída com milhares de pedras luminosas, pelo artista plástico Daan Roosegaarde, que se carregam de energia durante o dia e se iluminam à noite, numa homenagem ao quadro Noite Estrelada (1889).
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uma palavra a dizer" frente ao Bayern 13:47 Intoxicação em escola de Famalicão atinge
nove alunos e um professor 13:44 Portugal vai contribuir para fundo Juncker
através da banca Passos Coelho 13:19 Ministério da Saúde vai estudar
Em Amesterdão, o Museu Van Gogh alterou já a sua exposição permanente, de forma a proporcionar ao visitante um percurso sobre a obra do mestre. Em setembro, inaugura uma exposição especial em que mostra as semelhanças e diferenças entre as obras de dois génios da pintura: Van Gogh e Munch.
alargamento de chequesdentista aos 18 anos 13:18 Passos Coelho "nada incomodado" com
reunião restrita sobre a Grécia
As comemorações vão decorrer um pouco por toda a Holanda, nomeadamente na região de Brabante, onde o artista nasceu, cresceu e pintou a sua primeira grande obra, Comedores de Batatas (1885). Quando ir? Qualquer época do ano é boa?. Claro que o inverno é rigoroso, mas pode compensar, visto
que os preços nessa altura também são mais baixos.
SINGAPURA Mudança em movimento A pequena cidadeestado celebra, em 2015, os 50 anos da sua independência, com um extenso programa de comemorações que promete atrair muitos visitantes para uma nação que, entre outras coisas, possui uma das melhores e mais confortáveis companhias de aviação do mundo. Esta pode ser, de facto, a grande oportunidade de apreciar a enorme transformação que a cidade sofreu no último meio século: hoje disputa com Xangai e Tóquio o título de metrópole mais avançada do mundo, com os seus edifícios futuristas, um sistema de transporte moderno e a proliferação, cada vez maior, de equipamentos culturais e desportivos. Em 2015, a cidade vai receber os Jogos do
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Sudeste Asiático (de 5 a 16 de junho) e as comemorações do dia nacional (9 de agosto) prometem bater todos os recordes em termos de fogo de artifício. As celebrações incluem ainda a inauguração do Passeio do Jubileu, um percurso pedestre pelos locais históricos da cidade, onde se incluem alguns edifícios de origem portuguesa, da época da expansão marítima. Quando ir? O clima não tem grandes variações ao longo do ano: espere encontrar sempre calor, muita
humidade e períodos de chuva. Entre maio e julho há, no entanto, uma época especial e imperdível para os amantes das compras: a Great Singapore Sale, oito semanas de saldos em toda a cidade!
TUNÍSIA A joia (barata) africana Foi aqui que começou, em 2011, a chamada Primavera Árabe e foi também aqui a que, poucos anos passados, essa esperança de democracia se confinou. Depois de uma série de revoluções e mudanças de poder muitas vezes violentas nos vários países do Norte de África, apenas a Tunísia parece ter confirmado essa esperança, assumindose como uma nação democrática aparentemente imune ao contágio dos vírus do radicalismo islâmico dos seus vizinhos. Por isso, tem sido beneficiada com a procura crescente de turistas setor? absolutamente vital para a economia do país.
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Essa tendência vai continuar a crescer em 2015, com os tunisinos a prepararem uma série de iniciativas e programas capazes de atrair os visitantes estrangeiros. Com um argumento muito especial: preços mais baixos do que os do Sul da Europa (atenção Algarve!!!). E o que tem a Tunísia mais para oferecer? Uma enorme variedade de experiências: praias mediterrânicas de areia branca e água quente; desertos, ruínas romanas, uma rica cultura berbere, pequenas joias cosmopolitas como Sidi Bou Said e até os cenários naturais de Star Wars, agora que está prestes a chegar mais um novo filme da saga. Quando ir? No final do verão, princípio de outono, quando as multidões já desapareceram, os preços
baixam ainda mais... mas a água do mar está ainda mais quente!
AÇORES Terras verdes em céu aberto Nos últimos anos, os Açores têm surgido com grande relevo em quase todas as listas dos locais a não perder compiladas pelas principais revistas de viagens, bem como na avaliação dos agentes turísticos. As ilhas ?foram eleitas pela National Geographic, pela sua natureza selvagem e intacta, e, em 2014, receberam a distinção de "destino preferido" por parte da associação europeia de agentes de viagens. Em 2015 vão ficar "mais perto": a liberalização do seu espaço aéreo leva a que, durante o próximo ano, mais companhias passem a voar para o arquipélago, nomeadamente as lowcost EasyJet e RyanAir (já a partir de final de março, num total de 20 voos semanais, a ligar o continente a Ponta Delgada). Fazer férias no arquipélago ou uma escapada de alguns dias para uma primeira exploração é, sem dúvida, uma das grandes ideias para o próximo ano, por um preço "amigo". E há motivos de sobra para cativar as crianças numa viagem em família, mas que inclui também ingredientes de aventura: seja à descoberta da natureza vulcânica, seja pela observação de cetáceos. Quando ir? Qualquer época do ano é boa, mas convém ficar atento às promoções, em especial das
tarifas de lançamento com que cada companhia aérea vai querer presentear os seus primeiros clientes nestes voos.
MILÃO Ano de Expo Para muitos, a ideia de uma Exposição Mundial parece já uma coisa do passado, que nada tem a ver com os tempos globalizados em que vivemos. Para quê juntar os pavilhões de vários países quando podemos fazer isso, todos os dias, através da internet. A verdade é que a experiência de percorrer os diferentes espaços de uma Exposição Mundial deixa sempre marca no visitante. E em 2015, a cidade italiana de Milão vai estar nas bocas do mundo precisamente por isso e com um argumento forte na disputa de turistas com as suas compatriotas e históricas Roma, Veneza e Florença. De 1 de maio a 31 de outubro, a Exposição Mundial de Milão espera acolher mais de 20 milhões de visitantes, que poderão percorrer os pavilhões de cerca de centena e meia de países, que tentam responder ao lema Alimentar o Planeta Energia para a Vida. Nessa medida, a exposição pretende assumirse como uma experiência gastronómica ímpar, já que cada país apresentará a sua culinária, dentro de princípios saudáveis e sustentáveis de tal modo que o pavilhão austríaco, por exemplo, vai ser comestível... A Expo promete também alterar a experiência do turista habitual de Milão: erguida numa espécie de ilha, pretendese que os visitantes acedam ao recinto através dos antigos canais da cidade, que foram
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recuperados para esse efeito. Entre os países lusófonos, apenas dois não marcaram ainda presença na Expo: TimorLeste e... Portugal. Quando ir? De maio a junho, nos primeiros ?meses da Expo quando ainda está pouco calor e há
menos visitantes.
ILHAS FAROE Eclipse entre os vikings As ilhas Faroe só costumam aparecer no radar noticioso quando a sua seleção de futebol joga nas fases de qualificação para um qualquer Europeu ou Mundial. E a imagem que o resto do mundo tem deste pequeno arquipélago, entre a Noruega e a Islândia, resumese a isto: um grupo de jovens amadores, quase todo louros, que jogam com grande determinação, embora com pouco jeito para a bola mas também isso está a mudar: em novembro, foram a Atenas derrotar a Grécia. Para mudar de ideias sobre as ilhas Faroe não há nada como arranjar um pretexto para descobrir o que escondem estas 18 pequenas ilhas, aparentemente perdidas no Atlântico Norte, mas que foram, no passado, estratégicas para as expedições vikings. Em 2015 há um excelente motivo para voar até a esta região autónoma da Dinamarca: é um dos raros locais do mundo onde se poderá ver, a 20 de março, o eclipse total do Sol, o último observável na Europa na próxima década. Depois, por lá, pode descobrir um arquipélago que parece ser uma mistura do melhor dos Açores, da Nova Zelândia e da Islândia: paisagens verdejantes junto ao mar, montanhas de onde a água escorre em quedas cenográficas, fiordes monumentais, além de uma variedade incrível de espécies de aves. Tudo isto, num local com criminalidade zero, com uma capital, Tórshavn, com apenas 19 mil habitantes, mas onde todos o vão encorajar a fazer caminhadas. Sempre em cenários inesquecíveis. Quando ir? Em março, por causa do eclipse de dia 20, naturalmente, mas os bons dias são mesmo
entre junho e agosto. Pode comprar um passe que, por 90 euros, lhe dá direito a andar em todos os ferries e autocarros das ilhas, durante sete dias.
ALENTEJO O cante e o vinho Na atual redescoberta de Portugal como destino turístico, as estatísticas não deixam margem para enganos: os estrangeiros acorrem, em massa, para Lisboa, para o Porto, vão para o Algarve e para a Madeira. Qual é o próximo destino interno que promete sobrelotar? O Alentejo parece partir como favorito, especialmente agora que o "cante" das suas gentes ascendeu a Património Mundial da UNESCO e, em 2015, Reguengos de Monsaraz vai ser a capital europeia do vinho. Enquanto a invasão não acontece, vale a pena tentar aproveitar os "últimos momentos de tranquilidade", nomeadamente os locais menos explorados, como os da margem esquerda do Guadiana (o P?ulo do Lobo ainda é um sítio distante...), muitas aldeias e castelos do n?orte alentejano, as muralhas de Portalegre, bem como certas praias que, depressa, deixarão de ser desertas. Quando ir? Qualquer época do ano, mas a beleza das cores da paisagem apreciamse melhor na
primavera e no outono.
NAMÍBIA Aventura 'on the road' Com algumas das paisagens mais belas do planeta, uma sociedade surpreendentemente pacífica e bem organizada, a Namíbia oferece uma das melhores experiências de viagem que qualquer viajante pode aspirar em especial para quem goste de conduzir em espaços amplos, aprecie a vida selvagem e tenha gosto pela aventura. O contágio é conhecido há muito: não há quem venha de uma viagem na Namíbia a dizer que foi "uma desilusão". Todos falam, isso sim, do maravilhoso céu estrelado que se repete todas as noites; da beleza avassaladora da Costa dos Esqueletos, onde as dunas do deserto chocam de frente com as ondas do Atlântico; do pôr do Sol na savana, com a silhueta do elefante para a fotografia perfeita; da emoção que é ver os animais selvagens no parque Etosha, e, naturalmente, a sensação de segurança e tranquilidade que acompanha toda a viagem bem cada vez mais precioso nos dias que correm. Quando ir? De maio a outubro é o melhor para ver os animais, mas, se quiser diversão, a cidade de
Windhoec ganha animação, em setembro e outubro, com a germânica Oktoberfest!
ASTÚRIAS Picos, história e gastronomia É a melhor sensação de alta montanha... o mais perto possível. O Parque Natural dos Picos da Europa é um dos mais bonitos da Península Ibérica e ideal para quem gosta de caminhadas na natureza. Convém, desde já, fixar alguns dos locais mais icónicos da montanha: Bulnes, Garganta do
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Cares, Collado Jermoso, Fuente Dé. A experiência pode ser prolongada, ali perto, nos parques de Somiedo e de Redes. Para além da natureza no seu estado mais puro, as Astúrias têm ainda outros fortes motivos de interesse. A começar, desde logo, pela História, muito ligada, aqui, ao berço da reconquista cristã da Península. Essa memória é bem visível em Cangas de Onis, mas também nas cidades de Oviedo (Património Mundial da UNESCO), Gijón e Avilés. A gastronomia asturiana exerce também o seu apelo, cruzando as influências galegas e francesas. A feijoada com enchidos (a fabada), lembra a nossa, e é um dos pratos famosos da região. Queijos, doces como os frixuelos (semelhante a um crepe) e a sidra são outros dos expoentes asturianos. Quando ir? Na primavera e verão, mas evitando as "pontes" dos feriados espanhóis, quando a região
fica absolutamente superlotada.
NICARÁGUA A "nova' Costa Rica Até há bem poucos anos, quando se falava de América Central, apenas a Costa Rica emergia como destino ajudando a criar, até, o chamado ecoturismo, hoje uma das grandes tendências turísticas mundiais. Agora, a nova joia é a Nicarágua, até porque é muito mais barato viajar por lá. Apagados os ecos da guerra, que assolou o país no final do século passado, a Nicarágua caminha, a passo firme, com o propósito de atrair turistas às praias, aos vulcões e grandes lagos, aos misteriosos rios lendários e às belas cidades coloniais. É aqui que se encontra o segundo maior lago do continente americano: o lago Cocibolca, também conhecido por lago Nicarágua. Uma das excursões incontornáveis, a partir de Granada, é à Reserva Natural do Vulcão Mombacho, uma joia em biodiversidade. E o coração da cidade de Granada é, por si só, uma experiência sensorial inesquecível: carruagens de cavalos, meninos de bicicleta, cambistas, mulheres com grandes chapéus coloridos vendendo frutos exóticos. Uma soberba cidade colonial, com ruas amplas de maravilhosas casas coloridas. Apesar de ter cerca de 200 mil habitantes (é a terceira cidade do país), Granada lembra uma capital de província. Respira a um ritmo lento, mas sedutor. Quando ir? De dezembro a abril é a estação alta, tanto em número de turistas... como de preços. Uma
alternativa aceitável é entre maio e outubro.
RIO MEKONG O pulsar do mundo O planeta está repleto de rios míticos, cursos de água que atravessam nações, mas definem culturas e, por via disso, acabam por unir povos de uma forma que os políticos jamais conseguirão. Mas embora não tenha a dimensão do Amazonas, do Nilo ou do Danúbio, poucos rios têm, ao longo do seu curso e nas suas margens, a força magnética e a fonte de culturas que o Mekong exibe no seu serpentear pelo Sudeste Asiático. Percorrer o Mekong é hoje uma forma de viajar por algumas das mais vibrantes culturas e civilizações do Oriente. E é, por si só, um programa turístico cada vez mais popular e verdadeiramente alucinante. Embora não seja possível percorrer toda a extensão do rio desde a nascente até à foz, qualquer troço que se faça nas suas águas barrentas permite perceber como estamos na presença de uma das vias de comunicação mais importantes do mundo. E que se está a tornar cada vez mais popular entre os viajantes, tanto para os mochileiros como para os mais endinheirados, graças aos novos barcos hotéis que o cruzam. A viagem é, de facto, uma das mais mágicas que se pode fazer. Ao começarmos a subir o Mekong, desde o seu delta, em Ho Chi Min, no Vietname, entramos num mundo sem paralelo. E, se o aproveitarmos bem como via de comunicação, temos então a oportunidade de "desembarcar" em alguns dos lugares que, sem qualquer margem para dúvidas, deveriam estar na lista de qualquer viajante: mercados flutuantes de Chai Doc e Cantho, no Vietname; o arquipélago de Si Phan Don e a cidade mágica de Luang Prabang, no Laos; Phnom Penh, o lago Tonlé e as ruínas de Angkor, no Camboja?, talvez o lugar mais inesquecível do planeta! Quando ir? De maio a outubro, durante a época das chuvas, e quando há garantia de que o rio tem
caudal suficiente.
IRÃO Desfazer os preconceitos "Nunca conheci ninguém que tenha estado no Irão e que não tenha gostado." Tony Wheeler não diz este tipo de coisas por acaso. Ele é um apaixonado assumido pelo Irão, desde que, em 1973, juntamente com a mulher Maureen, foi, por terra (e mar...), de Inglaterra até à Austrália a viagem que daria origem aos guias Lonely Planet. Nesse longo e variado percurso, a simpatia das pessoas da antiga Pérsia, a sua atenção para com os viajantes e a beleza tranquila das suas cidades e aldeias, foi
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o que mais o impressionou. Para sempre. Os tempos mudaram, entretanto, mas quem viaja pelo Irão diz sempre que continua a sentir o mesmo carinho e hospitalidade que Tony Wheeler elogia há mais de quatro décadas. O poder autocrático do regime dos ayatollahs transformou o país numa espécie de pária do mundo, mas não conseguiu destruir a essência civilizacional das suas gentes: um povo habituado, durante séculos, a conviver com caravanas de mercadores e viajantes, aberto ao mundo, curioso pela ciência e a natureza, pátria de escritores e poetas. Vencido o preconceito "noticioso" tantas vezes colado ao Irão, este é um país que merece ser descoberto. E não faltam motivos para isso: as ruínas de Persepolis, os antigos abrigos das caravanas da Rota da Seda, as casas de chá de Shyraz e Esfahan, a imponência da Praça Iman (património da Humanidade), os mercados, os tapetes e, claro, a simpatia do povo. Quando ir? De abril a junho e, depois, de s?etembro a novembro, quando o tempo é mais ameno.
MARROCOS O vizinho desconhecido Há coisas que, por vezes, são de difícil compreensão. Como é possível que um dos países mais próximos de Portugal seja, em simultâneo, um dos mais desconhecidos para os portugueses? A História de uma nação fundada na luta contra os mouros ajuda a explicar alguma coisa, mas não é suficiente, oito séculos depois, para manter os dois países tão afastados. A verdade é que Marrocos é um dos países mais fascinantes que um viajante ou um turista podem encontrar, devido à sua imensa diversidade: cidades magníficas como Marraquexe, Fez, Tânger, Agadir e Ouarzazate, montanhas de uma beleza rara, praias mediterrânicas e atlânticas, cultura berbere e nómada, hotéis e alojamentos sofisticados, desertos "esmagadores", mercados coloridos, aldeias com carácter... O mundo começa agora a descobrir Marrocos, que se aproveita também da sua imagem de tranquilidade numa região às vezes complicada. Está na hora dos portugueses aproveitarem a oportunidade de descobrir o seu vizinho "perdido". Antes que sejam os últimos a chegar... Quando ir? A primavera e o outono são as melhores estações para descobrir e explorar o país.
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