Portfólio

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V V

PORTFÓLIO arquitetura 2011-2017

ÂNIA PENEDO



CONTEร DOS

01 A CASA DE CHOCOLATE

2

201

03

C.A.S.A.

[re]Lembrar a memรณria num lugar esquecido pelo tempo

4 201

05

CAMPOLIDE Projeto Urbano

7

04

O Lugar onde acaba o rio e comeรงa o mar

201

5

02

201

201

2

Apoio Social da Ajuda



01

A CASA DE CHOCOLATE

Oficina, Degustação e Habitação

Tendo como suporte o enquadramento urbano do terreno proposto, situado entre a Rua do Séclo e o Alto do Longo em Lisboa, foi proposto um complexo arquitetónico que integre uma oficina de produção de choclate artesanal, um espaço de comercialização/desustação e um espaço habitacional destinado ao chefe chocolateiro. A elaboração deste projeto proporcionou um maior envolvimento nos processos fabris do chocolate, e da análise dos espaços indicados no programa base, levando a uma procura harmoniosa e funcional da distribuição dos espaços. Perante as condicionantes adversas da localização, quer do ponto de vista da inclinação e desnível entre arruamentos muito elevados, fraca incidência solar, edifícios existentes nas laterais e principalmente na visão panorâmica sobre o rio, perturbada pela existência de edifícios altos, tornou-se num exercício desanfiante.

ESPAÇO DE DEGUSTAÇÃO RUA DO SÉCULO

OFICINA

ESPAÇO DE COMERCIALIZAÇÃO

HABITAÇÃO

ALTO DO LONGO

A rotação do elemento onde se projectou o espaço da degustação, permitiu a orientação da sala ao Rio Tejo. Por outro lado, esta rotação proporcionou um aproveitamento da exposição solar, beneficiando o ambiente interior. Foi intenção que a disposição geométrica dos elementos nos últimos pisos, se contextualizassem com esta rotação.


Planta nível -1,50

Planta nível 00

Planta nível 9

Planta nível 6,10

Planta de Cobertura


Dada a apetência comercial da Rua do século, face à rua do Alto do Longo, a entrada comercial, fez-se nesta rua, existindo um acesso na rua do Alto do Longo, mas apenas de carácter privado. Esta entrada, de acesso ao escritório, tem uma utilização predominante administrativa de fornecedores e de entrada do chefe.

Corte AA’

O duplo pé-direito face aos restantes pisos, da área comercial, foi idealizado para criar a atmosfera interior de um espaço aberto e permitir a visualização do piso superior, através de paredes envidraçadas, onde se situa a zona fabril, diminuindo a distância entre o público e o privado. Na totalidade do projeto, foi intenção dar prioridade à iluminação natural, devido à fraca luminosidade do local face à orientação do edifício.

Corte BB’

A distribuição vertical das funções do edifício, foram intercaladas, entre funcionais e comerciais, interagindo na sua essência no contexto do tema. Ou seja, foi intenção de expor ao utilizador, a orgânica do próprio edifício e dos procedimentos envolvidos na fabricação do chocolate. Pretendeu-se dissimular a moradia, no edifício, reflectindo este apenas a função principal de fabrica e comércio do chocolate, sem perder no entanto a comodidade e conforto do espaço habitacional. A volumetria exterior, é um conjunto de blocos consolidados entre si, cuja orientação apresenta simetria dissimulada. Os panos de parede, quando não envidraçados, são de cariz liso e opacos.

Alçado Frontal



02

C.A.S.A Centro de Apoio Social da Ajuda

A proposta para o Centro de Apoio Social da Ajuda localiza-se na freguesia da Ajuda, entre a Rua do Cruzeiro e a Travessa José Fernandes e tem de área 2701,38 m². Pretende integrar três unidades de diferentes características: Residências, Centro lúdico e Centro dia. Numa primeira fase de grupo, foram discutidas e analisadas várias questões acerca da localização de cada unidade, planeamento urbano da envolvente dos edifícios e conceito. O elemento presente e de destaque foi a água, de maneira a suavizar a leitura dos corpos maciços e gerar um ambiente calmo mas ao mesmo tempo dinâmico. O espaço exterior defineu-se a partir de uma matriz gerada pelos 3 edifícios, nascendo assim um pátio central com uma forte presença e proporcionando o convívio.

Corte Pormenor

Numa fase posterior, iniciou-se o processo individual de cada unidade, onde desenvolvi o Centro de dia. Localizando-se a norte do terreno, com uma entrada pela rua do cruzeiro, de carácter público, permitiu integrar socialmente pessoas do bairro sem ocupação profissional e funcionar como complemento ao período escolar dos mais jovens.


Corte Transversal

Corte Longitudinal

Alรงado Sudeste


O projecto surge a partir de um sistema de modelagem de funções, deslocação de volumes, gerando assim um ritmo e uma aproximação plástica. A luz natural teve um papel importante, na criação de espaços com diferentes características.

A luz é um material com propriedades concretas. É minha intenção que a possamos viver fisicamente.

Planta Piso 0

Planta Piso 1

Existe uma hierarquização dos espaços de maneira que, a sala de refeições se localiza no piso térreo, tendo assim uma forte presença e fácil acesso, no piso superior existem todas as salas destinadas aos utentes e serviços de saúde, bem como a zona da Direcção, tendo este piso acesso directo à Rua do Cruzeiro. Foi intenção destacar a sala de estar , aumentando significativamente o seu pé-direito, tornando-se assim um elemento marcante no edifício. Este, assumido devido à fraca luminosidade do local face à orientação do edifício.



03

[re]Lembrar a memória num lugar esquecido pelo tempo O presente projecto teve como objetivo, incentivar a qualidade do trabalho académico e o reconhecimento público de jovens empreendedores e de profissionais nas diferentes áreas - Arquitectura, Medicina Veterinária e Ciências Sociais e Políticas, sendo estas as 3 faculdades que existem atualmente no Pólo Universitário da Ajuda. A Área de Intervenção localizou-se no largo da Ajuda e a sul do mesmo, um terreno totalmente desocupado e com capacidade de valorizar a zona envolvente. A quinta do seminário data do século XIX e é a antiga residência do escritor Alexandre Herculano. Pretendeu-se, assim, criar um lugar unificador e simbólico que respondesse ao aproveitamento deficiente da zona colmatando a falta de espaços comunitários no Pólo Universitário. Os espaços intencionalmente criados como elementos da memória são explícitos, sendo um convite para a descoberta e reconhecimento de maneira livre ao utilizador. A liberdade e fluidez espacial sugerem a interpretação do espaço.

Planta de Enquadramento

As relações entre HISTÓRIA-MEMÓRIA-SOCIEDADE foram os pilares fundamentais da proposta que teve como objectivo levar à excelência deste lugar. Para uma compreensão imediata do espaço é importante objectividade, simplicidade e clareza na solução espacial. Deste modo, as linhas orientadoras são de desenho simples para que esta nova visão não se sobreponha à dimensão histórica do lugar.


Alçado Este

Alçado Oeste

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Planta nível 84

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Planta nível 81


Corte BB’

Corte BB’

Planta nível 78

Planta nível 75


DEMOGRAFIA 0-19

25-64

20-24

>64


04

Campolide Projeto Urbano A área de intervenção da proposta para o Plano de Pormenor de Campolide, abrange uma superfície de 138 830m² e integra-se na Freguesia de Campolide, segundo a Carta Administrativa Oficial de Portugal – (CAOP, de 2013). O presente Plano de Pormenor pretende, assim, produzir um espaço público, residencial e comercial com unidade e critérios urbanísticos que funcione como elemento aglutinador de todo o território. A articulação de toda a área urbana implica acabar com a excessiva compartimentação do território e com os grandes desníveis do terreno. A área de intervenção traduz-se numa situação ímpar da cidade de Lisboa caracterizada por entidades topográficas, urbanas e ambientais distintas. Segundo a Planta de Qualificação do PDML, a área de intervenção é caraterizada como espaço central e residencial. As pré-existências notáveis da envolvente, ora dialogantes, ora constrangedoras, identificam-se como referências determinantes na estruturação do Plano, quer pelo porte edificado, quer pela vertente paisagística presente. O espaço urbano, sobre o qual opera o presente plano de pormenor, corresponde a uma manta de retalhos de usos não conexos, lotes fechados sobre si próprios e sem relação com um contexto. A excessiva compartimentação do território urbano constitui um fator de desqualificação da cidade.


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RUA PARTICULAR

RUA DE CAMPOLIDE

RUA AVIADOR PLACIO ABREU

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SEGUNDA RUA PARTICULAR

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O Plano de Pormenor de Campolide destinou-se assim, a organizar, caracterizar e articular com a cidade diversas áreas. Estabelecendo uma estratégia de atuação baseada em lógicas de ocupação do solo tendo em vista a valorização e a modernização do tecido urbano da área de intervenção, nas suas vertentes económica, social e cultural. O Plano estrutura a ocupação do território propondo: a) Uma área exclusivamente residencial; b) Uma área de Comércio e Serviços; c) Uma nova paisagem urbana; d) Espaços verdes articuladores. Enquanto proposta conceptual, o Plano consubstancia-se num conjunto de ideias estruturantes que o apetrecham como instrumento regulador da ocupação proposta, numa perspetiva de articular edifícios e espaços públicos. Estabeleceram-se 4 linhas gerais de atuação: 1. Alterar o carácter da avenida Calouste Gulbenkian, tornando-a mais urbana e funcionando como elemento agregador; 2. Criar frente de rua nas margens da avenida, de forma a criar novas vivências urbanas; 3. Proposta de habitação, tanto a norte como a sul da avenida; 4. Espaço público como elemento articulador.



05

O lugar onde acaba o Rio e começa o Mar Rio, Tradição e Paisagem em Vila Nova de Milfontes O Projeto Final de Mestrado pretende destacar um território muito particular, como Vila Nova de Milfontes, através de uma intervenção inovadora e coesa. A proposta a apresentar passará pela consolidação urbana de uma área delimitada no Plano de Urbanização de Vila Nova de Milfontes, designada como Zona de Expansão 1, proporcionando dinamismo e um crescimento equilibrado. Pretende-se a introdução de estratégias de projeto que promovam a identidade da vila, criando uma imagem arquitetónica de referência, atraindo não só turistas como a população local E, simultaneamente, entender em que medidas é possível atenuar a sazonalidade do turismo, de forma a que a procura deste destino não seja unicamente durante os meses mais quentes. Ambiciona-se, então, um turismo controlado, que privilegie o desenvolvimento sustentável de qualidade e que não cresça à custa da utilização desmedida dos recursos naturais. Neste sentido, o potencial de crescimento e afirmação do território em estudo, carece não apenas da quantidade/qualidade das infraestruturas existentes, mas sim de uma reinvenção criativa e uma nova abordagem no sentido de responder às tendências atuais. A escolha do terreno de intervenção resultou do reconhecimento da potencialidade desta área, pela sua localização estratégica no contexto do tecido urbano preexistente, com pouca construção e que funciona como charneira de articulação entre a vila e o rio. A área corresponde a cerca de 5,68ha.


TRADIÇÃO

RIOMIRA

PAISAGEM

Centro Interpretativo


Vila Nova de Milfontes dispõe de um leque muito variado de atividades, destacando as atividades ao ar livre, como por exemplo a canoagem, birdwatching, BTT, passeios de barco, pesca, Rota Vicentina, entre outras. Apesar de serem inúmeros os motivos para visitar esta região, existe ainda uma lacuna a nível do turismo cultural. É nesse sentido que a proposta pretende atuar, canalizando a estratégia de intervenção para o desenvolvimento deste pequeno aglomerado urbano, que tanto tem para oferecer. A proposta de intervenção para a Zona de Expansão 1, pretende que sejam contempladas as orientações para este local, segundo o Plano de Urbanização em vigor. Para além dessas orientações, surgem novas intenções organizadas essencialmente por 3 zonas temáticas – Rio, Tradição e Paisagem. Estes três núcleos surgem articulados pelo corredor pedonal referido no ponto anterior, que os atravessa, garantindo um contacto próximo entre o visitante e o edifício. O equipamento escolhido para ser desenvolvido a uma escada mais aproximada foi o Centro Interpretativo do Rio Mira, pela sua proximidade com a praia e o próprio rio.


A’

C FOYER / RECEPÇÃO ARQUIVO

. 21,90

BIBLIOTECA

B’

ADMINISTRAÇÃO

I.S - F

I.S - M

I.S - M

. 22,30

I.S - F FOYER / RECEPÇÃO

E’

ADMINISTRAÇÃO

E

A’

B’

C . 20,80

ÁREA RESERVADA ADMINISTRAÇÃO

FOYER / RECEPÇÃO

AUDITÓRIO

I.S - M

I.S - F

PALCO

CENTRO INFORMATIVO

. 17,47

. 17,47

ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES

. 17,47

ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES

ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES

ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES

I.S - F I.S - M

I.S - F I.S - M

D

FOYER / RECEPÇÃO

D’

D’

D

FOYER / RECEPÇÃO FOYER / RECEPÇÃO . 16,30

. 16,30

I.S - F

PLANTA NÍVEL 16,30 | ESCALA 1:200 . 16,30

PLANTA NÍVEL 20,10 | ESCALA 1:200

I.S - M

BAR / MIRADOURO . 20,10

A

B

A

B

C’

C’

Ao constatar a carência de equipamentos de carácter cultural, é proposto o Centro Interpretativo do Rio Mira. Torna-se assim, num elemento importante no desenvolvimento de atividades de educação ambiental e de valorização do património da Costa Alentejana. Neste equipamento oferece espaços dedicados exclusivamente a exposições temporárias e permanentes, áreas reservadas à administração, auditório e zona de bar nos pisos superiores com vista priveligiada sobre o Mira.


C

B’

B’

A’

A’

C BIBLIOTECA . 25,20

BIBLIOTECA . 25,20

. 22,30

FOYER / RECEPÇÃO

E’

E

E’

E

ÁREA RESERVADA ADMINISTRAÇÃO . 23,15

SALA DE PROJEÇÃO

. 20,80

FOYER / RECEPÇÃO

AUDITÓRIO

PALCO

ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES

I.S - F I.S - M

D’

D

D’

D FOYER / RECEPÇÃO

PLANTA NÍVEL 23,40 | ESCALA 1:200

PLANTA NÍVEL 27,10 | ESCALA 1:200

BAR / MIRADOURO

C’

A

B

A

B

C’

Um dos objetivos fundamentais é que o C.I do Rio Mira seja uma ponte entre a sabedoria do passado e as ferramentas criativas do presente. Qualquer sociedade pretende proteger o seu passado, documentos identitários ou objetos portadores de alguma marca ou sinal de memória coletiva. A proposta, pretende ser o local ideal para tal. Um espaço capaz de concentrar e sintetizar a alma de um lugar, capaz de honrar o carácter de uma comunidade. Mais significativo se torna quando este se fraciona em vários núcleos temáticos. Um lugar de partilha de experiências, onde as pessoas possam encontrar simplicidade, gastronomia regional, história e tradições. As vilas alentejanas vivem repletas de memórias e tradições, estes elementos devem ser a base para um desenvolvimento integrado a nível turístico, com atividades criativas e inovadoras.


ALÇADO SUL | ESCALA 1:200

CORTE | ESCALA 1:200

CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | VISTA EXTERIOR

CORTE | ESCALA 1:200 CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | VISTA INTERIOR - CENTRO DE EXPOSIÇÕES

CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | MODELO TRIDIMENSIONAL


CORTE | ESCALA 1:200

CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | VISTA INTERIOR - AUDITÓRIO

CORTE | ESCALA 1:200

CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | VISTA INTERIOR - BIBLIOTECA

CORTE | ESCALA 1:200

CENTRO INTERPRETATIVO DO RIO | VISTA INTERIOR - CENTRO DE EXPOSIÇÕES


MAQUETE | ESCALA 1:1000


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