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sumário 4 - Editorial notícias 5 - Indústria Automóvel Exportámos componentes para automóveis no valor de quatro mil milhões de euros destaque 6 - Manuel Castro Almeida Programa “Portugal 2020” determinante para a internacionalização da economia portuguesa 8 - Portugal Foods Organizações de produtores essenciais para assegurar o desenvolvimento das exportações mercado 10 - Construção procura noutros países uma resposta para a contracção do mercado 14 - Maioria das empresas exportadoras nacionais são de pequena dimensão notícias 17 - Soporcel Papeleira nacional aumenta destinos e chega a 127 países empresas 18 - Ribeiralves Aposta no bacalhau de qualidade para conquistar o mercado da saudade 20 - Queijaria V. Fernandes Queijo do ‘Migalheiro’ espalha sabor pela Ásia, África e Europa 22 - Paladares Alentejanos Porco preto abre ao Alentejo novos caminhos da exportação notícias 24 - Adega Ponte da Barca Reconversão da vinha fundamental para garantir melhores néctares empresas 26 - Confeitaria Vale Beijinhos e cavacas de Pombal adoção o mercado da saudade 28 - Fábrica Paupério Biscoitos de categoria há 140 anos adaptam-se e procuram novos mercados 30 - Minho Fumeiro Fumeiro guarda tradição de quatro gerações para garantir os melhores enchidos do Minho 32 - Mirazeites Marca criada para levar o azeite nacional ao país e a todo o mundo 34 - Frutaformas Frutas do Oeste desidratadas ganham novas formas e sabores 36 - Desidrata Greenagri Secagem como a tradicional ao sol garante características dos produtos desidratados notícias 39 - Churrasqueiras Rei dos Frangos Churrasqueira mais famosa de Leiria exporta os seus produtos congelados empresas 40 - Tremoceira
Azeitona e tremoço portugueses andam na boca de meio mundo 42 - Algaplus Portuguesa é a primeira a produzir uma alga ‘especial’ à escala europeia 44 - Tastingnote Vinhos portugueses não páram de conquistar mercado na China 46 - Licores Xarão Licores à procura de destinos pouco habituais para as empresas nacionais 48 - Primedesign Mobiliário de design irreverente criado de propósito para exportar 50 - Pedrosa e Filhos Marcenaria e carpintaria procuram no estrangeiro solução para a crise 52 - Castro Lighting Iluminação de luxo conquista mercados com aposta forte na qualidade e design 54 - Alberstone Calcários da Serra de Aire e Candeeiros à conquista dos mercados internacionais 56 - Granifinas Granitos de Ponte de Lima apostam nos países da Europa e de África 58 - AP Advanced Products Sistemas de frio avançam para a África de língua portuguesa 60 - AGI Da procura de fios para bordar à nanotecnologia 62 - ATTO Empresa muda de rumo para dar apoio às vendas no exterior 64 - VITTA Fumeiros eléctricos ajudam a comer bem em qualquer parte do mundo 66 - SGS Portugal Grão a grão foi construída uma empresa líder mundial na inspecção e certificação 68 - Palbase Periféricos para a indústria de moldes atentos à reciclagem de plásticos 71 - Nextway Tecnologia de informação simplifica quotidiano de empresas em 24 países notícias 72 - Parques de Sintra Parques de Sintra considerada a melhor empresa do mundo em conservação Turismo 73 - Lisboa quer 10 milhões de dormidas de estrangeiros dentro de cinco anos 75 - Turismo pode criar em Portugal 160 mil empregos numa década 76 - Turismo rende oito mil milhões de euros e hotelaria recebe 12,8 milhões de hóspedes 78 - Termalismo clássico garante quase a totalidade das receitas do sector
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editorial
José Frazão Director
Potencial das PME decisivo no processo de internacionalização // As Pequenas e Médias Empresas (PME) ocupam um relevante lugar na internacionalização da economia portuguesa. A grande maioria das exportadoras enquadram-se no grupo e, embora não sejam as líderes no valor global das transacções internacionais, ocupam um papel importante, que têm desempenhado com maior afinco desde que começou a nova demanda de mercados externos. Na verdade, as empresas exportadoras são maioritariamente de pequena dimensão, segundo o relatório do “Comércio Internacional de Bens por Características das Empresas, para o ano de referência 2013”, do Instituto Nacional de Estatística. A maior parte (61,0%) empregava até nove pessoas e foram responsáveis por 9,5% do total das exportações. No comércio extra-União Europeia o valor exportado foi na ordem dos 1,1%. No ano anterior, tendo como referência dados oficiais, 18% da estrutura empresarial portuguesa tinha actividade exportadora. Ou seja, 47 mil empresas exportaram, num universo de 261 mil. E, se estes números aparentam fragilidade das PME no processo de internacionalização, não é menos verdade que agregam um potencial enorme e decisivo no crescimento das exportações e da redução das importações nos anos vindouros. A exemplo do que acontece noutros países industrializados, as estatísticas mostram que mais de 90% das sociedades nacionais são PME, a maioria evidenciando dificuldades de expansão internacional, pela insuficiência de recursos e de organização, como é caso da maioria das empresas da fileira da constru-
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ção, um dos sectores que destacamos nesta edição da Veja Portugal. Assim, não admira a que internacionalização das nossas empresas seja uma área prioritária no programa “Portugal 2020”. “Os fundos comunitários vão ajudar nesta área, porque é fundamental. É a nossa saída, pois a Europa vai crescer em 2015 e 2016 menos do que Portugal, ficando sem capacidade para absorver muitos bens e serviços, pelo que teremos de exportar para os EUA, Rússia ou China, por exemplo”, como referiu Manuel Castro Almeida, secretário de estado do Desenvolvimento Regional, durante o “Jantar Conferência Desafios 2020 – Internacionalização, mundo digital e fundos europeus estruturais”, organizado pelo jornal Região de Leiria. “Estou convencido que os fundos europeus (26 mil milhões de euros em sete anos) vão ajudar o país a sair de posições que são pouco elogiosas”, adiantou o governante. Por outro lado, as orientações estratégicas
da “Europa2020” sinalizam como prioritária a valorização da oferta dos clusters empresariais de cada país-membro. Ou seja, a forma de fazer negócios aparece cada vez mais associada à capacidade de inovar o produto e o serviço, pelo que as PME têm que seguir caminhos similares. E têm, também, de saber aproveitar a posição geográfica do país, que reúne condições para ser uma plataforma entre a Europa e o resto do mundo, exigindo e contribuindo para a modernização das infra-estruturas portuárias e das plataformas logísticas de ligação às redes europeias. Estas são razões para esta edição da Veja Portugal destacar as PME, nomeadamente através da divulgação de 30 marcas nacionais exportadoras de diversos sectores. Boa leitura. Até à próxima edição ou até já em www.vejaportugal.pt
notícias
Grupo luso inaugura projecto a Reserva do Paiva no Brasil
Exportámos componentes para automóveis no valor de quatro mil milhões de euros // Os componentes para automóveis já representam 12,6% do total das exportações nacionais de bens transaccionáveis, correspondentes a quatro mil milhões de euros, anunciou a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). A organização, que analisou os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos aos primeiros oito meses do ano, constatou um aumento de 5,4% face ao período homologo do ano passado. O peso dos componentes para automóveis nas exportações de Portugal “continua a crescer, tendo tido um valor de mais 0,6 pontos percentuais relativamente ao mesmo período de 2013”, adianta a AFIA. A Espanha e a Alemanha (com 23% cada) continuam a ser os principais destinos das exportações de componentes e o mercado da União Europeia absorve 88% das exportações do sector. A associação tem realizado reuniões com os seus associados, procurando encontrar estratégias comuns no sentido de tornar a indústria de componentes automóveis cada vez mais competitiva.
O mais recente encontro abordou o tema da logística, um factor que “influencia muito directamente a competitividade das empresas do sector, sobretudo na exportação que representa mais de 80% das vendas totais”. AFIA Interior. Em resultado do encontro e porque foi “consensual para os participantes que a cooperação entre empresas potencia o ganho de sinergias relevantes”, foram o criados cinco grupos de trabalho para o desenvolvimento e aprofundamento das formas de cooperação. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel. Esta indústria agrega 200 empresas com sede ou laboração em Portugal, com um volume de emprego directo na ordem das 42 mil pessoas. Factura mais de sete mil milhões de euros por ano, com uma quota de exportação superior a 80%. Em termos de importância na economia nacional, em 2013 representou 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), 12% das exportações nacionais de bens e 5,1% do emprego da indústria transformadora.
O grupo português Promovalor inaugurou no Brasil o Centro de Negócios Multiusos Novo Mundo Empresarial, o terceiro projecto na Reserva do Paiva, o primeiro bairro planeado de Pernambuco, desenvolvido em parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias. O projecto global corresponde a um investimento de 200 milhões de euros e com a inauguração do Centro de Negócios ficou concluída a terceira fase da Reserva do Paiva. Antes foram erguidos o condomínio Terraço Laguna e o Sheraton Reserva do Paiva Hotel & Convention Center. “A inauguração destas três obras de grande dimensão [no espaço de seis meses] marca mais um passo na internacionalização do nosso grupo”, diz Tiago Vieira, administrador da Promovalor.
Portuguesa leva café a 10 países com aposta nas vendas externas A empresa portuguesa de torrefacção Bicafé “está a crescer a dois dígitos ao ano no sector das exportações”, revelou a marca na sequência da sua recente participação na “Hace – Hotel Expo 2014”, uma das mais importantes feiras do Egipto, que decorreu no Cairo. Esta foi a segunda participação da empresa no certame. “Muito tem sido o trabalho desenvolvido ao longo destes últimos dois anos na ativação da marca, depois da aposta na campanha com o treinador de futebol Manuel José e da abertura dos primeiros espaços Bicafé”, explica em comunicado. “Este tipo de certames com relevância internacional tem contribuído para um aumento significativo do peso das exportações no volume de negócios”, refere a marca. A Bicafé foi fundada em 1974 e tem sede em São Pedro da Cova. É uma multinacional portuguesa de torrefacção e distribuição de café expresso, que opera em 11 países.
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destaque
Programa “Portugal 2020” determinante para a internacionalização da economia portuguesa
// O programa “Portugal 2020” tem de dar resposta aos principais problemas de Portugal e o principal é a competitividade da economia. A prioridade dos fundos europeus não é as infra-estruturas e os equipamentos públicos - este ciclo está quase terminado -, agora o grosso do dinheiro vai para esta nova prioridade. Vamos investir menos fundos europeus em
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investimento público e pôr mais ao lado do investimento privado e das nossas empresas. Onde? Em que sectores? Os empresários é que sabem. O Governo não vai dizer os sectores onde colocar os fundos. Onde houver gente disposta a arriscar e a empreender, a criar riqueza e emprego, os fundos comunitários estarão presentes a ajudar os empresários que queiram investir.
O negócio principal dos fundos europeus é tudo o que sejam bens e serviços transacionáveis, que possam ser exportados ou façam diminuir as importações. A intensificação tecnológica das empresas e a internacionalização são prioritárias no programa “Portugal 2020”. Os fundos comunitários vão ajudar nesta área, porque é fundamental. É a nossa saída, pois a Europa vai
destaque crescer em 2015 e 2016 menos do que Portugal, ficando sem capacidade para absorver muitos dos nossos bens e serviços, pelo que teremos de exportar para os EUA, Rússia ou China, por exemplo. Temos de melhorar a forma de comercializar e de preparar as empresas para produzir com mais qualidade. O “Portugal 2020” vai ter um instrumento novo, dirigido ao financiamento das empresas. Estamos a criar a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD, Banco de Fomento), aprovado pelo Conselho de Ministros, Banco de Portugal e Comissão Europeia, com sede no Porto. Este banco vai aproveitar uma parte dos fundos europeus e colocar-se o lado da banca financeira para disponibilizar dinheiro aos empresários a taxas de juro mais baixas (o crédito bancário ainda custa o dobro da média da zona Euro, embora tenha baixado nos últimos anos). O IFD recebe dinheiro dos fundos europeus à taxa de juro zero e vai colocá-los nas empresas à mesma taxa. Não quer a remuneração, apenas o retorno do capital. E um banco grossista para trabalhar com a banca comercial, aproveitar a capacidade de
análise de risco e de crédito que existe nos bancos, e criar mais liquidez na economia com taxas de juro mais amigáveis. A situação do país não é nada fácil. Para muita gente é muito difícil. Há-que ter a noção que as coisas estão a melhorar, muito devagar, mas os indicadores vão no bom caminho. Estou convencido que os fundos europeus (26 mil milhões de euros em sete anos) vão ajudar o país a sair de posições que são pouco elogiosas. A minha geração já não tem muito mais hipóteses de errar. Já não há margem de erro. Nós tivemos uma vida melhor que a dos nossos pais, a dos nossos pais foi melhor que a dos nossos avós e agora tudo indica que os nossos filhos terão uma vida pior do que a nossa. É a primeira vez em muitas gerações que acontece os filhos poderem ter uma vida pior que a dos pais. Isto não é normal. Não é assim que o mundo tem andado e a minha geração deu aso a esta inversão de expectativas que não é comum. Agora, também acho que isto não é uma fatalidade. Eu, por mim, não me resigno com esta situação, que me envergonha. Eu acho
mesmo que temos de nos revoltar, de nos inconformar. Temos de dar aos nossos filhos uma expectativa de vida, uma esperança de vida semelhante aquela que nós pudemos ter. E eu acredito que seguindo este caminho da aplicação dos fundos comunitários virada para a criação de riqueza, de emprego, para a competitividade e internacionalização da nossa economia, o nosso pais tem potencial. Não há nenhuma razão que nos condene a estar na cauda da Europa. Nenhuma. É preciso é que haja vontade, organização, um Estado mobilizador, que não crie dificuldades às empresas. E se colocarmos o fundos europeus ao lado dos empresários - quem têm a noção do risco, farejam o negócio, detectam oportunidades e criam riqueza e emprego - estamos a tempo de dar uma reviravolta e acentuar as boas tendências que o país tem apresentado. - Manuel Castro Almeida, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, durante o “Jantar Conferência Desafios 2020 – Internacionalização, mundo digital e fundos europeus estruturais”, organizado pelo jornal Região de Leiria.
Manuel Castro Almeida, secretário de Estado
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destaque
Organizações de produtores essenciais para assegurar o desenvolvimento das exportações // O agroalimentar é a minha vida: nasci no meio de galinhas, desenvolvi-me no sector dos ovos e mantenho-me hoje nesta área com uma vontade enorme de fazer do país um produtor de excelência, reconhecido internacionalmente. A verdade é que, durante décadas, a agricultura e o agroalimentar foram vistos como pobres. Eu diria mesmo que nos envergonhávamos da agricultura. Hoje estamos na moda. Orgulhamo-nos da agricultura e do agroalimentar, que cativam por dia 289 jovens agricultores. Nos últimos anos, como dirigente da PortugalFoods, contactei empresários compradores de 34 países. É a verdade que a divida públi-
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ca, o défice e os escândalos não ajudam. Mas nunca fui confrontado por alguém a dizer: “Portugal não faz coisas boas”. Porque de facto faz produtos diferenciados, irrepetíveis, no agroalimentar e na agricultura. Por algum motivo fomos, em 2012, o quarto exportador mundial de tomate industrial, depois da China, EUA e da Itália. Não é por acaso que somos o quarto produtor europeu de azeite, o maior exportador de para o Brasil (50% do produto importado é português). Não é por acaso que exportamos mil milhões de euros em frutas, legumes e flores; com textura, sabor, cor e aroma que nos permitem competir com países de enorme dimensão. Não é por acaso que somos o maior exporta-
dor mundial de cortiça. É motivador verificar que apenas 15% do território nacional com aptidão agrícola é cultivado, porque isso significa que, num país de pequenas dimensões e com esta dinâmica das empresas para a exportação, podemos crescer. Mas para isso, um dos problemas que Portugal tem de ultrapassar é a percentagem muito reduzida de organizações de produtores (OP). A União Europeia apresenta uma média de produtores em OP na ordem dos 40%, enquanto o nosso país ainda não ultrapassou os 20%. Há países em que a percentagem está acima dos 80% (Bélgica, Holanda, Áustria). Temos território, produtos e capacida-
destaque de, mas a organização é fundamental. São as associações, indiscutivelmente, que têm, num ambiente de partilha, reflexão e discussão, criado orientações, identificando e monitorizando tendências e mercados. A PortugalFoods representa um conjunto de empresas com uma faturação na ordem dos dois mil milhões de euros e exportações superiores a 600 milhões de euros, com presença em 90 mercados. A sua missão é ajudar a perceber os mercados de destino, ajudar a monitorizar e a criar orientações estratégicas. Tentamos olhar para o mundo, perceber onde é que há potencial, por exemplo, para o consumo de azeite, onde é que a pera rocha faz mais sentido - com a colaboração dos nossos colegas e amigos da PortugalFresh. Esta dinâmica das associações permitiu transformar a imagem de Portugal. Eu tenho orgulho em ser português, em comunicar no exterior que somos produtores excepcionais e de Portugal. O país não fez diplomacia económica durante décadas, de que precisa bastante, o que impediu o reforço da sua imagem pelos empresários, que com orgulho usassem a etiqueta de “Made in Portugal”. A área do agroalimentar não pode e não está nos mercados externos sem dizer: “Somos portugueses”. Não podemos vender enchidos, nem frutas, legumes, flores, azeite ou vinho,
sem dizer que são produzidos em Portugal. A agricultura desenvolveu-se porque houve evolução tecnológica, do conhecimento, porque há uma nova geração de empresários, compreensão das entidades públicas de que o dinheiro tem de ser aplicado e é preciso saber mensurar cada euro investido. No ‘Top 10’ dos destinos das nossas exportações apenas três países são extra-União Europeia (Brasil, Angola e EUA). Um terço das vendas externas vai para Espanha. A Alemanha e França são o segundo e terceiro destinos das exportações nacionais (12/13%). O Brasil é apenas 10º destino das exportações portuguesas. O Brasil e o Mercosul vão avançar - o Brasil claramente -, para uma relação mais forte com a União Europeia. E, no agroalimentar, é importante perceber que a ligação com a América Latina é uma ligação com 700 milhões de falantes em português e castelhano. O Mercosul é um mercado importante para Portugal. Acredito que o “portunhol” pode ser uma língua comercial e que este mercado tem de ser estrategicamente analisado. - Amândio Santos, presidente da PortugalFoods e CEO da Derovo durante o “Jantar Conferência Desafios 2020 – Internacionalização, mundo digital e fundos europeus estruturais”, organizado pelo jornal Região de Leiria.
Amândio Santos, presidente da PortugalFoods
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mercado
Construção procura noutros países uma resposta para a contracção do mercado // “A internacionalização dos negócios tem sido apontada como decisiva para o desenvolvimento económico do país e das empresas, considerando os efeitos positivos que proporciona na diversificação dos mercados e nas contas públicas. Os negócios da construção têm registado contracção no mercado interno e a exporta-
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ção é alternativa para colmatar as dificuldades de expansão. De facto, a internacionalização está na ordem do dia devido ao crescimento das exportações nacionais e por induzir novos negócios, experiências e factores de competitividade. Estima-se que Portugal represente apenas 1,7% do mercado europeu da construção
(AICCOPN, 2013), o que reforça a ideia de que a internacionalização é uma inevitabilidade para fazer crescer os negócios da construção, face à exiguidade do mercado interno. Por outro lado, tendo como referência dados oficiais, de 2012, 18% da estrutura empresarial portuguesa tem actividade exportadora. Ou seja, 47 mil empresas exportam, num >
mercado sendo positivos, contribuem para criar ambiente favorável ao investimento e redução do risco. A nível interno, a contração da procura não deverá alterar-se significativamente nos próximos tempos, pelo que constitui um factor de mobilização da oferta para mercados externos. Contudo, a busca de novos mercados com as opções de competitividade assentes no preço baixo e menor exigência de qualidade não são sustentáveis a prazo. Daí que, aproveitando a “aceleração” do crescimento das nossas exportações, recomendam-se os seguintes factores para a internacionalização: oferta para segmentos de melhor qualidade, compatível com as exigências de rendibilidade; posicionamentos dirigidos a clientes prestígio; fiabilidade técnica e comercial, que permita notoriedade e ganhos de quota nos mercados e promoção da imagem de qualidade de produtos e serviços. Mas para que tal aconteça, é imprescindível progredir nas estratégias para mercados mais exigentes, de menor risco, com base em factores de inovação da oferta e garantias de certificação e qualidade do produto serviço. Os factores de competitividade, nestes mer-
cados, são mais exigentes que os do mercado doméstico, tanto mais que existe concorrência instalada. São, porém, atrativos porque remuneram melhor a venda, impulsionam a inovação, aumentam os padrões de exigência e obrigam, muitas vezes, à integração de intensidade tecnológica na oferta, investigação e desenvolvimento. Dito de outro modo, os factores de internacionalização devem assentar na qualificação da oferta, em vez do preço baixo. Isto não significa que o preço não seja importante para a competitividade nos mercados de maior exigência mas, não é, por certo, a única variável. No entanto, a oferta de soluções inovadoras, tecnologicamente mais desenvolvidas e mais valorizadas pelos mercados, está, necessariamente, interligada a uma questão de fundo: a formação técnica e a necessidade de desenvolver competências adequadas às necessidades das empresas”. - Fonte: Plano Estratégico para a Fileira da Construção 2014-2020, uma edição da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção, com conteúdos da Pamésa Consultores.
>universo de 261 mil. Por outro lado, e a exemplo do que acontece em países industrializados, dados oficiais mostram que mais de 90% das sociedades nacionais são PME e que a maioria evidencia dificuldades de expansão internacional, pela insuficiência de recursos e de organização. Ou seja, as PME têm dificuldades em internacionalizar os seus negócios, como é caso da maioria das empresas da fileira da construção. Por isso, é essencial conhecer os principais factores de internacionalização para definir estratégias de promoção de vendas no exterior, competitividade, valorização da imagem e aumento do prestígio. Os factores que influenciam as decisões de internacionalização dos negócios são de ordem externa e interna. A nível externo, a evolução económica da conjuntura internacional e as tendências da procura são factores que,
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mercado
Obras de empresas portuguesas presentes em quase todo o mundo // “A aposta nas exportações é uma necessidade de curto prazo e um imperativo de médio e longo prazo, para convergir para a média da UE e garantir a sustentabilidade. Na última década as grandes empresas do sector da construção apostaram na exportação, realizando obras de significativa dimensão e complexidade em diversos mercados internacionais, o que permitiu diversificar, não só na Europa, mas também em África, no Brasil e outros da América Latina e Estados Unidos. Com efeito, as grandes empresas estão presentes em quase todo o mundo e disfrutam de boa imagem técnica e comercial, o que lhes permite exportar serviços em larga escala. É de salientar o prestígio da arquitectura e engenharia nacionais a nível internacional. As orientações da UE2020 sinalizam como prioritária a valorização da oferta dos clusters empresariais de cada Estado. Deste modo, a forma de fazer negócios aparece cada vez mais associada à capacidade de inovar o produto e o serviço, pelo que as PME têm que seguir caminhos similares. A posição geográfica do país reúne condições para ser plataforma entre a Europa e o resto do mundo. De facto, a nossa posição geográfica pode ser estratégica para as exportações se investirmos na modernização das infra-estruturas portuárias e nas plataformas logísticas de ligação às redes europeias. Ou seja: o aumento da internacionalização favorece não só condições de sustentabilidade dos negócios, como também mobiliza um vasto leque de especialidades e de produtos. Contudo, ao fazê-lo há que ter em conta, pelo menos, três situações: as oportunidades, as especificidades dos mercados externos e as condições para exportar. No que se refere às oportunidades, os mercados extracomunitários, de grande dimensão, que têm vindo a registar crescimento económico significativo e onde se verifica a existência de condições para desenvolver negócios, em geral, como é o caso dos BRICS
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(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Outros mercados, de menor dimensão, também oferecem oportunidades (Angola, Moçambique, Países do Norte de África e do Golfo da Guiné, por exemplo), e onde algumas empresas nacionais têm vindo já a desenvolver negócios de exportação. Também existem experiências de exportação para países da UE (mercado intracomunitário), designadamente França, Espanha, Bélgica e Benelux. Ou seja, existem, claramente oportunidades de exportação suportadas em experiências, competências e relacionamentos. A decisão de entrar em novos mercados deve ocorrer onde as oportunidades se revelem mais atrativas e seguras, independente da localização geográfica. Contudo, os mercados têm especificidades próprias (níveis de desenvolvimento, cultura, sistemas monetários, concorrência) que obrigam a posicionamentos diferentes. A experiência de exportação para um país não é replicável, pelo que é muito importante avaliar caso a caso. No que se refere às condições da organização para exportar, há factores a considerar: estruturas sólidas, disponibilidades para investir (equipas, conhecimentos, competências, acesso a crédito, divulgação) e disponibilidade para correr riscos. Cada mercado tem requisitos diferentes à entrada, que podem permitir maior ou menor facilidade de acesso. As estratégias de Internacionalização das empresas passam, principalmente, pela exportação de bens e serviços, que pode ser: directa aos mercados, através de agentes ou
distribuidores locais ou instalação de empresa própria, no mercado de destino; indirecta, com intervenção do agente de compras ou representante do cliente no país exportador. A opção pelo tipo de exportação (directa ou indirecta) depende do grau de importância que a empresa atribui ao mercado e ao risco dos negócios. Contudo, tendo em conta as práticas correntes, recomenda-se a exportação directa, por ser a que melhor se adequa ao conhecimento dos mercados e ao desenvolvimento dos negócios. Esta opção dá mais trabalho, mas beneficia da experiência e dos contactos diretos que são essenciais para o conhecimento dos mercados. Existem outras modalidades de internacionalização, igualmente equacionáveis, mas implicam maior investimento e risco, por exemplo: criação de empresa no país de importação (por aquisição, fusão ou criação de raiz) e a instalação de uma filial. Os mercados atrativos são de maior exigência e os que oferecem mais garantias de fiabilidade comercial. Entre eles estão países da Zona Euro, América do Norte (Estados Unidos e Canadá), da Ásia Menor (Turquia, Arábia Saudita, Emiratos), países Asiáticos e da Oceânia mais desenvolvidos (Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Austrália e Nova Zelândia) e América Latina (México, Colômbia, Perú e Chile)”. - Fonte: Plano Estratégico para a Fileira da Construção 2014-2020, uma edição da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção, com conteúdos da Pamésa Consultores.
mercado
Estrangeiro vale 5,3 mil milhões de euros de facturação ao sector // O sector da construção registou um volume de negócios no exterior na ordem dos 5,3 mil milhões de euros no ano passado, um aumento de 7% face ao período homólogo anterior, e garantiu fora do país uma carteira de encomendas a rondar os sete mil milhões de euros, revelou a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS). “Ao ter mais que triplicado entre 2006 e 2013, o volume de negócios revela uma taxa de crescimento médio anual da facturação da actividade internacional das construtoras de 18%. Já o trabalho assegurado, ao atingir uma variação 53% face a 2012, aponta para perspectivas bastante favoráveis para o cor-
rente ano e 2015”, destaca a AECOPS nos “Cadernos da Internacionalização” agora publicados. O documento salienta ainda o peso da actividade no exterior no total do “output” do sector e também na economia nacional. Assim, em 2013, os trabalhos de construção além-fronteiras representaram 44% do total da produção do sector no mercado interno e, somando a facturação no exterior e em Portugal, 31% volume de negócios global. “Estes números continuam a demonstrar a relevância da construção como instrumento de internacionalização da economia portuguesa, representando 3% do PIB e 8% do total das exportações nacionais, e a capacidade de
sobrevivência do sector às dificuldades do mercado interno”, destaca a AECOPS. Argélia_Hospital Militar de Tamanrasset (2) Na Europa estiveram ao serviço das empresas nacionais 50 mil trabalhadores portugueses da construção em 2013. No ano anterior, o sector terá respondido a 40% do total dos destacamentos para a Europa. Em termos geográficos, o estudo da AECOPS revela a continuidade da presença da construção portuguesa, essencialmente, em economias emergentes de África (Angola e Malawi) e da América Latina e Central (Venezuela e Peru), com o aumento da relevância destes dois últimos mercados (México e Brasil) nos próximos dois anos.
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mercado
Maioria das empresas exportadoras nacionais são de pequena dimensão // As empresas portuguesas exportadoras são maioritariamente de pequena dimensão, mas quase metade do valor exportado provém de empresas com mais de 250 trabalhadores, segundo o relatório do “Comércio Internacional de Bens por Características das Empresas, para o ano de referência 2013”, do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2013 a maior parte das empresas exportadoras de bens tinha menos de 10 pessoas ao serviço. No entanto, as de maior dimensão foram as que mais exportaram, em especial no comércio extra-UE. Naquele período registou-se uma elevada concentração do valor transaccionado num número limitado de empresas, mais expressiva no comércio extra-UE: as 10 maiores exportadoras foram responsáveis por 22,1% do comércio intra-UE e 29,9% do comércio ex-
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Comércio internacional de bens por características das empresas para o ano de referência 2013
mercado tra-UE. A maioria transaccionou bens com apenas um mercado: 69,3% das empresas e 10,3% do valor total das exportações nacionais. As marcas com maior diversificação de mercados registaram o maior valor exportado, correspondendo a 70% do total das exportações (6 a 9 países no mercado intra-UE, representando 22,6%, e 20 ou mais países, correspondendo a 40,7% das exportações para países terceiros). A maior parte (61,0%) das empresas exportadoras de bens em 2013 empregava até 9 pessoas ao serviço, mas foram responsáveis por apenas 9,5% do total das exportações portuguesas. No comércio extra-UE o valor exportado foi ainda mais reduzido, na ordem dos 1,1%. No entanto, foram as empresas de maior dimensão que mais exportaram: 42,5% das exportações foram efectuadas por firmas com 250 ou mais pessoas ao serviço, apesar de representarem 1,1% do total. As empresas industriais foram as que mais exportaram, no entanto a maioria destas exportadoras exercia atividades de comércio. As indústrias transformadoras concentravam a maior parte do valor exportado no comércio internacional (63,1%), correspondendo a 32,4% das empresas. Destas, destacam-se as de fabricação de veículos automóveis e componentes para veículos automóveis responsáveis por 9,7% do valor. No comércio extra-UE evidenciam-se ainda as indústrias, que foram responsáveis por 4,4% das exportações para os países terceiros.
Comércio internacional de bens - exportações, concentração do número de empresas e do valor por escalão de número de países parceiros, 2013
As empresas com actividades de comércio registaram pesos significativos em termos do número de exportadoras de bens. No conjunto, estas actividades correspondiam a 42,9% das firmas, tendo sido responsáveis por 19,6% das exportações em 2013. De entre estas, salientam-se as do comércio por grosso, correspondendo a 26,0% das empresas 17,0% do valor exportado. As 10 maiores exportadoras foram responsáveis por um quarto das exportações nacionais: 22,1% das vendas intra-UE e 29,9% dos envios extra-UE.
Em 2013 as cinco maiores empresas exportadoras de bens no global do comércio internacional foram responsáveis por 19,3% do valor exportado e as 10 maiores por 24,4%. No comércio extra-UE verificou-se uma maior concentração do valor exportado num número limitado de empresas, face ao verificado no comércio intra-UE. Apenas as cinco maiores exportadoras foram responsáveis por 25,3% do valor no mercado extra-UE de bens, peso que subiu para os 29,9% para as 10 maiores empresas (respectivamente 16,9% e 22,1% das exportações intra-UE).
Comércio internacional de bens - exportações, distribuição do número de empresa e do valor por actividade da empresa (CAE REV.3) - 2013
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notícias
Portugueses melhoram qualidade do ar na Escandinávia
Papeleira nacional aumenta destinos e chega a 127 países // O grupo Portucel Soporcel alargou a sua atividade de 118 para 127 países no final do trimestre terminado em Setembro, assumindo-se como a empresa portuguesa com a maior presença internacional. A papeleira atingiu, nos primeiros nove meses do ano, um novo máximo histórico de produção de papel, aumentando o volume de vendas em 3,3%, para mais de 1,147 milhões de toneladas, e registou um ligeiro acréscimo do volume de negócios para 1.138 milhões de euros, face ao período homólogo de 2013. O grupo afirma que conseguiu manter a “política de privilegiar os mercados europeus, onde se posicionam as empresas papeleiras de maior qualidade e exigência técnica e nas quais as qualidades intrínsecas da pasta glo-
bulus produzida geram importantes acréscimos de valor” e “alargar a cobertura geográfica e de rede de clientes nos mercados onde tradicionalmente opera”. Em Portugal, a papeleira está a desenvolver um projecto de expansão da capacidade da fábrica de pasta de Cacia. Nesse sentido, celebrou um contrato de investimento com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) que prevê um investimento de 56,3 milhões de euros. A AICEP aprovou um conjunto de incentivos financeiros e fiscais, nomeadamente um incentivo financeiro reembolsável de 11,3 milhões de euros e um incentivo fiscal de 6,8 milhões de euros. O grupo prevê que o projecto esteja concretizado no final do primeiro semestre de 2015.
A marca nacional de purificadores de ar Airfree está a exportar para os grupos de lojas Elkjop e El Giganten, na Escandinávia, um novo lote de quatro mil aparelhos. Esta encomenda surge na sequência do lançamento da marca na região, em Junho deste ano, quando as vendas alcançaram as sete mil unidades. A empresa está a receber pedidos de outros mercados e este ano fica marcado pela introdução dos aparelhos do fabricante português em grandes cadeias de lojas na Ásia, Europa e América do Norte. A Airfree exporta 98% da produção para 54 países. O contrato na Escandinávia para a introdução dos aparelhos em grandes cadeias de lojas na Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia, com destaque para a Elkjop e El Giganten, foi feito com um dos maiores distribuidores da região.
Lojas portuguesas para criança chegam ao Chile A marca portuguesa de vestuário, calçado, puericultura, mobiliário e brinquedos para bebé e criança Zippy acaba de entrar no Chile, expandindo assim as suas actividades na América Latina. As lojas da área de retalho especializado da Sonae SR chegam ao mercado chileno em regime de franchising, através de um acordo que prevê a abertura de cinco unidades até ao final do ano. “A América Latina é uma região importante no âmbito da estratégia de internacionalização da empresa, que procura explorar as vantagens competitivas das suas marcas a nível mundial”, afirma Miguel Mota Freitas, director-executivo da Sonae SR.
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empresas
Aposta no bacalhau de qualidade para conquistar o mercado da saudade
// O bacalhau está enraizado na tradição gastronómica nacional: os portugueses são os maiores consumidores mundiais, mas a paixão por este peixe está para além da nossa geografia. Onde existe um português ou um conhecedor da gastronomia portuguesa, há um consumidor de bacalhau em potência, pelo que nos últimos anos a Riberalves tem desenvolvido uma aproximação cada vez maior ao chamado mercado da saudade, mantendo a abordagem que tem norteado a história de quase 30 anos da empresa: aposta muito clara na qualidade e no sabor dos seus produtos.
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Esta exigência fez que a marca Riberalves construísse um grande capital de confiança com os consumidores e orienta-a igualmente no processo de exportação. Hoje, o mercado externo representa 40% por cento das vendas da marca, em quantidade, e este número mostra tendência para crescer. “As nossas vendas têm vindo a subir no exterior e essa é uma realidade que vai acentuar-se. As exportações são fortemente dinamizadas pelo bacalhau pronto a cozinhar, um produto de excelência onde a qualidade e o sabor são a nossa grande aposta”, afirma Bernardo Alves, um dos
administradores. “Creio que temos vindo a ser reconhecidos por isso mesmo. Para além de Portugal, a aposta na qualidade também é uma marca da Riberalves no chamado mercado da saudade. Foi esta estratégia que nos fez crescer enquanto empresa e não pensamos abdicar dela”, adianta Bernardo Alves. É uma empresa de origem familiar, 100% portuguesa, que está presente em 20 países. “Estamos atentos a novas geografias, mas procuramos continuar a consolidar a nossa presença nos países onde estamos”, conclui o administrador.
empresas
Uma resposta às novas necessidades dos consumidores // A aposta no bacalhau pronto a cozi-
nhar surgiu como uma resposta às novas necessidades e tendências verificadas no mercado português, mas também pelos consumidores internacionais, menos familiarizados com processos caseiros de demolha e congelação do peixe. Nos últimos dez anos, a Riberalves investiu mais de 20 milhões de euros no processo do bacalhau pronto a cozinhar, na sua unidade industrial da Moita, modernizando e desenvolvendo tecnologia própria naquela que é hoje a maior fábrica mundial de transformação de bacalhau. Bernardo Alves, João Alves fundador e Ricardo Alves
Sede Carvalhal, Torres Vedras
“Interessante constatar como é um produto de futuro” // “Não deixa de ser interessante constatar como o bacalhau é um produto de futuro, impondo-se pela sua qualidade e carácter prático, através do bacalhau pronto a cozinhar. O que fizemos um produto de excelência; porque resulta da selecção do melhor bacalhau, salgado logo no momento do desembarque (não sendo por essa razão congelado antes de ser salgado); porque é subme-
tido a um processo de cura tradicional portuguesa que tem uma duração mínima de 4 a 5 meses; e porque é demolhado e ultra-congelado seguindo processos específicos impossíveis de igualar em casa (as pessoas não têm tempo e condições para operar a demolha ideal; e a congelação caseira degrada a qualidade do peixe)”. Bernardo e Ricardo Alves, administradores
Actividade transformação de bacalhau Início de actividade 1985 Número de trabalhadores 398 Volume de negócios 148 milhões de euros
Volume de negócios na exportação 53 milhões de euros
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empresas
Queijo do ‘Migalheiro’ espalha sabor pela Ásia, África e Europa
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O nosso principal objectivo é a exportação: temos muitos clientes em Portugal e exportamos para Macau, França e Angola, mas pretendemos alargar os nossos horizontes na distribuição internacional
Rúben Fernandes, gerente
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empresas // A Queijaria Victor Fernandes abriu em 1988 e surgiu da grande paixão do seu fundador por ovelhas e queijo. O negócio foi criado por Victor Fernandes e a sua mulher, que procuraram sempre manter a tradição nas técnicas de produção. O produtor de Queijo de Azeitão aprendeu a fazê-lo com o famoso queijeiro Alfredo, conhecido por “Migalheiro” da Quinta Velha. A produção deste produto único durante todo o ano resulta do seu saber e experiência, juntamente com as condições geográficas peculiares da região: as pastagens para a criação de gado ovino e a extraordinária exuberância de flora, que asseguram a labora de leite. Com condições geográficas perfeitamente propícias, hoje são três os concelhos (Setúbal, Sesimbra e Palmela) que desfrutam das riquezas naturais da Serra da Arrábida, à qual se deve a singularidade do Queijo de Azei-
Prémios
// A Queijaria Victor Fernandes venceu o “World Cheese Awards 2013” com o queijo de azeitão. Em Portugal, no concurso nacional “Melhor Queijo 2013”, conseguiu uma menção honrosa com o queijo de ovelha curado e obteve o 1º lugar com o requeijão de ovelha. Os jurados dos prémios “Great Taste Awards 2014” elegeram o queijo de Azeitão DOP com três estrelas ficando no Top 50, mas também a manteiga de ovelha Azeitão com uma estrela e o queijo de ovelha curado com duas estrelas foram produtos premiados.
tão, que integram a região demarcada deste queijo. Victor Fernandes manteve as suas raízes em Quinta do Anjo e tem apresentado produtos com elevada qualidade. A família começou a comercializar o seu queijo nas pequenas charcutarias e, com um impulso enorme no mercado, produz agora para todas as grandes superfícies. A marca, que já está no mercado tradicional, faz ainda distribuição pela região da Margem Sul, Lisboa, Cascais e Estoril e para restaurantes e charcutarias no Norte do país. “Fomo-nos desenvolvendo e crescendo para conseguirmos oferecer um produto de excelente qualidade. Além do nosso produto de destaque, o queijo de Azeitão (D.O.P. – denominação de origem protegida), produzimos também queijo de ovelha curado, queijo fresco de ovelha, requeijão de ovelha e o ex-líbris
desta queijaria, a manteiga de ovelha, que provém do soro do leite do queijo de Azeitão”, contou Rúben Fernandes, gerente e representante da segunda geração deste negócio, à revista Portugal Inovador. “O nosso principal objectivo é a exportação: temos muitos clientes em Portugal e exportamos para Macau, França e Angola, mas pretendemos alargar os nossos horizontes na distribuição internacional. Além de termos mais rentabilidade, podemos levar ao mundo este produto especial característico de Portugal”, acrescentou. “O nosso país não tem falta de qualidade, mas sim de quantidade de produção. Quando a exportação se torna uma hipótese, devemos pensar no aumento da produção para corresponder a potenciais pedidos de grande volume”, concluiu o gerente da empresa à Portugal Inovador.
Sede Palmela Actividade indústria de lacticínios e seus derivados Início de actividade 1988 Número de trabalhadores 12 Volume de negócios 1,5 milhões de euros (400 mil queijos)
Volume de negócios na exportação 10%
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empresas
Porco preto abre ao Alentejo novos caminhos da exportação // A Paladares Alentejanos dedica-se ao fabrico de produtos de charcutaria de porco preto, utilizando “receitas” com mais de 100 anos, e iniciou a actividade há seis anos com o objectivo de dar a conhecer os enchidos típicos de Aldeia Nova de São Bento. Os enchidos da marca são submetidos a um processo de cura prolongado, com uma exposição breve ao fumo da lenha de azinho e uma longa permanência sob a acção de uma temperatura e humidade relativa controladas. Este longo período de cura permite uma len-
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ta e apurada transformação da carne em “enchidos de superior qualidade”. “Na Paladares Alentejanos olhamos a qualidade sob quatro aspectos: higio-sanitária, esforçamo-nos para garantir que os nossos produtos são seguros; sensorial, empenhamo-nos para que despertem agradavelmente os sentidos; nutricional, criamos produtos com acção positiva sobre o organismo, e conformidade, trabalhamos para garantir a regularidade dos elevados padrões de qualidade ao longo do tempo”, diz João Macias, director de exportação.
A empresa começou por expandir a comercialização nos distritos de Beja e Évora, em 2009, avançado mais tarde no Algarve. Hoje tem clientes em todo o país e no estrangeiro. Em Junho de 2012, recebeu a primeira encomenda para o mercado internacional, de um parceiro que opera em Angola. Neste momento está igualmente presente em França, Suíça, Moçambique, Cabo Verde, Holanda, Bulgária, Bélgica e Macau. As exportações em 2013 representaram 16,8% do volume de vendas.
empresas
“É estratégia da empresa continuar a aposta na internacionalização” // “Os produtos que produzimos são ricos em ácido oleico de porco alentejano e temos o cuidado de produzir produtos com um baixo teor em sal. Assim, proporcionamos ao consumidor uma melhor percepção das subtilezas de aroma e sabor e contribuímos para o combate à hipertensão arterial. Em Fevereiro deste ano decidimos apostar na comercialização de carne de porco preto fresca e congelada, construímos uma nova câmara para os congelados e uma câmara de túnel de congelação. Com este investimento dotámos a Paladares Alentejanos de equipamento es-
sencial para podermos responder às solicitações dos nossos clientes de porco preto, que hoje em dia tem muita procura, principalmente na restauração e distribuição alimentar. Este tipo de produto tem-nos aberto determinados mercados externos, nomeadamente o da Bélgica e Macau. É estratégia da empresa continuar a aposta na internacionalização, com participações em exposições do sector alimentar, ‘showrooms’, recepções a importadores e outras iniciativas com potencial para estabelecer negócios”. João Macias director de exportação
João Macias, director de exportação
Sede Vila Nova de São Bento (ou Aldeia Nova de São Bento), Serpa Actividade fabrico de produtos à base de carne de suíno (enchidos, carnes frescas e congeladas) Início de actividade 2009 Número de trabalhadores 11 Volume de negócios 345,4 mil euros (até Setembro, 346,8 mil euros) Volume de negócios na exportação 58 mil euros (até Setembro, 36.760 euros)
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notícias
Reconversão da vinha fundamental para garantir melhores néctares
Sede Lugar de Agrelos - Ponte da Barca Actividade produção e comercialização de Vinhos Verdes e aguardentes Início de actividade 1963 Número de trabalhadores 27
// A Adega Cooperativa de Ponte da Barca, constituída em 1963 e com início de actividade datado de 1968, abrange uma zona de produção entre os vales dos rios Lima e Vez, e representa mil associados, sobretudo dos concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Um dos seus grandes desafios “é a renovação da paisagem vinícola como forma de proporcionar um crescimento sustentável da instituição. A região dos Vinhos Verdes caracteriza-se por ter culturas vinícolas fragmentadas, o que se reflecte na dificuldade em controlar o processo desde o crescimento até à entrega da uva, inflacionando o custo de produção”, refere José Antas Oliveira, director-geral e enólogo da adega.
Grupo português inaugura terceiro projecto no Brasil O grupo português Promovalor inaugurou no Brasil o Centro de Negócios Multiusos Novo Mundo Empresarial, o terceiro projecto na Reserva do Paiva, o primeiro bairro planeado de Pernambuco, desenvolvido em parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias. O projecto global corresponde a um investimento de 200 milhões de euros e com a inauguração do Centro de Negócios fica concluída a terceira fase da Reserva do Paiva. Antes foram erguidos o condomínio Terraço
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“Durante os últimos anos temos intensificado o controlo do processo produtivo, sendo notória a mais-valia atribuída pelo mercado à qualidade dos nossos vinhos”, adianta o director-geral, destacando que “a renovação das vinhas assume-se como o escopo para atingir um crescimento sustentável, maior produtividade e melhor qualidade dos vinhos”. A adega quer, por outro lado, “garantir o maior número de associados no futuro e apostar na reconversão das vinhas. Actualmente conta com 420 hectares de vinha reconvertidos e com o apoio à reconversão pretende um rejuvenescimento dos associados, assim como salvaguardar quebras de produção futuras”, conclui José Antas de Oliveira. Laguna e o Sheraton Reserva do Paiva Hotel & Convention Center. “A inauguração destas três obras de grande dimensão [no espaço de seis meses] marca mais um passo na internacionalização do nosso grupo”, diz Tiago Vieira, administrador da Promovalor, considerando que foi “uma aposta acertada, com parceiros de referência, em projectos com uma localização estratégica”. Promovalor dinterior. A Reserva do Paiva está “envolvida em recursos naturais ímpares (mar, praia, mangue e mata atlântica), O bairro inclui mais de 150 mil m2 de construção, no Cabo de Santo Agostinho, na área metropolitana do Recife; uma localização estratégica, a 30 minutos de Recife e a 15 quilómetros do Aeroporto Internacional de Guararapes e do Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Volume de negócios 2,5 milhões de euros Volume de negócios na exportação 650 mil euros
José Antas Oliveira, director-geral e enólogo da adega
empresas
Beijinhos e cavacas de Pombal adoçam o mercado da saudade // A história da Confeitaria Vale começa a ‘cozinhar-se’ em 1948, quando o casal Ferreira se estabeleceu no lugar da Charneca de Pombal. Ele, oriundo de Trás-os-Montes, e a sua mulher, de nacionalidade Húngara, fugida da 2ª Guerra Mundial, tinham contraído matrimónio no Brasil e regressado entretanto a Portugal. Na tentativa de montar um negócio próprio,
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o senhor Ferreira, comerciante de argolas (hoje conhecidas como cavacas finas, com uma massa diferente das cavacas das Caldas da Rainha), pediu ao fornecedor para lhe ensinar, e à sua mulher, a arte do fabrico desta especialidade. O comerciante deu-lhes o nome de “Cavacas Finas de Pombal” e começou a produzi-las e a vendê-las como forma de sustentar a família.
Pouco depois, passou a aproveitar os espaços vazios nos tabuleiros, preenchendo-os com pequenos pontos de massa, com um saco de pasteleiro. Aos bolos que daí resultaram chamou-lhes “cachopos” e, mais tarde, baptizou-os com um nome mais formal e reconhecível, aquele pelo qual são hoje conhecidos: ”Beijinhos Regionais de Pombal”. Já com a idade avançada, o senhor Ferreira
empresas entregou o negócio à sua filha, Maria Helena Forro Ferreira, casada com João do Vale. Mais tarde, mudaram-se para a Ladeira das Leais e fizeram a sua habitação e uma unidade de produção onde hoje continuam a fabricar as cavacas e os beijinhos, seguindo a receita original e ainda de forma artesanal. Maria Helena, após o falecimento do marido, criou, em 1997, uma sociedade com as duas filhas (Helena Vale e Rute Vale), a que chamaram “Confeitaria Vale”. Em 2006, a empresa decidiu alargar a gama de produtos, mas os tradicionais beijinhos regionais e as cavacas finas continuam a ser as especialidades regionais mais procuradas
e apreciadas, por serem o resultado de receitas originais, sem corantes nem conservantes, e devido à qualidade das matérias-primas. Na época de Natal, a confeitaria fabrica também bolo-rei tradicional. A quase totalidade da produção (97%) é exportada para o chamado “mercado da saudade”, em países como a França, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Canadá, Alemanha e EUA. Hoje, a Confeitaria Vale, reconhecida no mercado nacional, está presente desde o pequeno comércio às grandes superfícies, e encontra-se em crescente expansão no mercado internacional, com um incremento de 34% nas vendas em 2013 face ao ano anterior.
“Qualidade e segurança assumidas como elementos essenciais” // “A Confeitaria Vale assume a qualidade e a segurança alimentar como elementos essenciais ao seu funcionamento, não apenas cumprindo os requisitos legais, como outros a que voluntariamente nos submetemos. Todo o trabalho se rege pela procura da melhoria contínua, assente em rigorosos critérios de qualidade e segurança dos produtos e serviços, assim como pela satisfação dos nossos clientes e consumidores, colaboradores e parceiros.
Desde a recepção das matérias-primas até à expedição do produto acabado, todas as fases do processo produtivo são criteriosamente controladas, com base no Sistema de Segurança Alimentar (HACCP). É por isso que efectuamos uma rigorosa selecção de fornecedores, exigindo deles elevados níveis de qualidade e segurança dos produtos e serviços prestados. Em 2002, a Confeitaria Vale viu reconhecido o seu empenho de anos na garantia da qualidade e segurança alimentar dos
seus produtos ao obter a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a NP EN ISO 9001 e do Sistema HACCP (segundo o Codex Alimentarius). Com o intuito de fomentar a confiança e o reconhecimento no mercado, fomos ainda mais longe e, em 2005, fizemos a nossa aposta num factor de diferenciação, obtendo a certificação dos beijinhos e cavacas.” Helena Vale, sócia-gerente.
Sede Ladeira das Leais, Pombal Actividade alimentar Início de actividade 1997 Número de trabalhadores 16 Volume de negócios 850 mil euros
Volume de negócios na exportação 342 mil euros
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empresas
Biscoitos de categoria há 140 anos adaptam-se e procuram novos mercados // Não há muitas empresas que se possam gabar de oferecer “produtos de categoria desde 1874”. A Fábrica de Biscoitos Paupério é uma delas. Surgiu em meados do século XIX, em Valongo, e desde então foi merecedora de diversos prémios. A tecnologia utilizada é muito antiga, sendo alguns equipamentos autênticas peças de museu. Contudo, tal não tem impedido de manter a elevada qualidade dos seus produtos, sendo condição essencial a rigorosa selecção de matérias-primas e o respeito escrupuloso das receitas ancestrais. Desde os famosos biscoitos de araruta, aos baunilhados, desde os fidalguinhos aos deliciosos biscoitos de milho, entre tantos outros, todos podem ser encontrados num dos sortidos que a Fábrica de Biscoitos Paupério dispõe. Os produtos podem ser encontrados nos mais
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variados estabelecimentos, nomeadamente em lojas gourmet, lojas de produtos típicos portugueses e mercearias antigas. Foi em 1874 que se constituiu a sociedade comercial “Paupério & Companhia”, tendo como sócios fundadores António de Sousa Malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira. No princípio a empresa dedicava-se à moagem e comercialização de cereais e ao fabrico de pão. Só mais tarde, no início do século XX, começou a sua especialização no fabrico de bolachas e biscoitos. Passados 140 anos a Paupério continua a conquistar mercados. O retorno às embalagens vintage, que tanto sucesso fizeram no passado são o êxito do presente. A exportação já não se cinge ao “mercado da saudade”. Países como os EUA, Japão, China, Cabo Verde já são clientes habituais.
Actualmente, é gerida pela sexta geração da família Figueira. Para os actuais gestores, o segredo e a longevidade da Paupério devem-se ao respeito pelo passado e à conservação do saber fazer, sendo compromisso permanente manter as tradições e os segredos bem guardados. A melhoria das instalações e do parque industrial, a formação dos colaboradores e a implementação de um sistema de controlo da qualidade e higiene e segurança alimentar têm, também, contribuído para esse desiderato. Diversidade, qualidade e tradição são três epítetos que se mantêm alheios ao tempo na Paupério. Uma fábrica que marcou e marca a cidade de Valongo, que adoça cá dentro e também lá fora, e acima de tudo é um legado de uma família.
empresas
Crescimento no mercado gourmet e nas exportações // “A fábrica Paupério tem registado, nos últimos anos, uma taxa considerável de crescimento. Prova disso foi a recente obtenção do estatuto de PMLíder junto do IAPMEI. O crescimento alcançado assenta essencialmente no crescimento do mercado gourmet/mercearia fina em Portugal e na exportação, principalmente no “mercado da saudade” e países asiáticos. Os factores importantes para esse crescimento têm sido essencialmente dois: o primeiro foi claramente a crescente notoriedade da marca, que ainda é reconhecida por todos como vintage e sinónimo de qualidade; o segundo foi o grande investimento realizado nos processos de produção que, sem colocar em causa a originalidade e antiguidade das receitas, permitiram aumentar os índices de produtividade e consequentemente a capacidade de resposta da empresa. Para 2015, a Fábrica Paupério prevê realizar mais um grande investimento que, entre outros, contemplará a aquisição de uma linha de produção de biscoitos de massas duras e a introdução de um software de gestão, que, para além de permitir um melhor controlo de custos, fará uma gestão mais eficiente da qualidade do produto, e a divulgação e promoção da marca junto de mercados internacionais”. Hélio Rebelo, director executivo Hélio Rebelo, director executivo
Sede Valongo Actividade indústria alimentar Início de actividade 1874 Número de trabalhadores 29 Volume de negócios 900 mil euros Volume de negócios na exportação 10%
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empresas
Fumeiro guarda tradição de quatro gerações para garantir os melhores enchidos do Minho // A Minhofumeiro é uma empresa herdeira da tradição de quatro gerações de produtores de enchidos e carnes fumadas à moda de Ponte de Lima. Inicialmente conhecida como Casa Borges, actua no mercado há mais de 20 anos com aquela marca, respeitando os pressupostos produtivos que lhe deram notoriedade. Ao longo dos anos, a Minhofumeiro tem acompanhado as novas tecnologias e sido pioneira no cumprimento das normas da segurança alimentar, embora mantendo-se fiel aos processos de produção regionais, selecionando
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criteriosamente as matérias-primas e ingredientes. É das poucas empresas em Portugal que faz as “vinhas d’alho” e as “salmouras” tradicionais, à boa maneira antiga, utilizando o vinho verde da região. As cebolas e alhos vêm da produção local do Alto Minho. Utiliza flor de sal de Tavira. Os produtos são enchidos em tripa natural e atados à mão, sendo fumados com lenha de azinho. Em 2005 a empresa obteve a certificação de qualidade ISO 22.000 pela APCER, sendo a primeira do sector, em Portugal, a obter esta
exigente norma de certificação. Os produtos Minhofumeiro encontram-se na distribuição moderna (híper e supermercados), lojas gourmet, comércio tradicional, restaurantes e nas cozinhas dos chefes nacionais de renome, com os quais a marca desenvolve parcerias. Está ainda presente em Angola, França, Inglaterra, Luxemburgo e Áustria; foi das primeiras empresas a obter certificação para exportar para a Rússia e as suas apostas mais recentes são o Brasil, Colômbia e Perú.
empresas
Produzir com gostos pela região e pelos seus produtos // Com uma visão tradicional a correr-lhe nas veias, o empreendedor António Paulino lidera uma equipa de pessoas “da terra” que partilham os seus valores e o gosto pela região e pelos produtos regionais de Ponte de Lima. Absolutamente convicto do valor das capacidades nacionais e da qualidade dos produtos que lá se fabricam, António Paulino é perentório em afirmar que “Portugal tem tão boa ou melhor qualidade que o estrangeiro e, acima de tudo, evidencia a tradição portuguesa e enaltece as nossas gentes”. A incorporação nacional nos produtos é, do seu ponto de vista, essencial e permite contribuir para balança comer-
cial do país e, por conseguinte, para a própria economia nacional (incluindo o emprego da população portuguesa). “Em Portugal, sabemos produzir com qualidade, e não em quantidade! Só através da aquisição de produtos nacionais poderemos contribuir para o equilíbrio da balança comercial do nosso país e para a recuperação da nossa economia nacional. Só assim promovemos a nossa agricultura, a nossa indústria e as nossas pessoas!”, adianta António Paulino. O director-geral da empresa sabe que para sobreviver e crescer, é preciso educar o gosto do público para as potencialidades gastronómicas que a variedade de enchidos da Minhofumeiro pode oferecer.
“Queremos transmitir às pessoas que o enchido não é para comer como antigamente, quando se cortava o chouriço em quatro e cada um comia o seu pedaço. Hoje temos que saber transmitir como a partir de um chouriço se pode fazer uma entrada, uma omeleta e como em vez de o servir cru o podemos grelhar.” Por isso mesmo, as parceiras com chefes de cozinha conceituados, a criação de livros de receitas e a presença em feiras e certames do sector, onde as provas e as degustações são constantes, são apostas a manter e a desenvolver ainda mais pela marca.
Sede Correlhã, Ponte de Lima Actividade fabricação de produtos à base de carne Início de actividade 1993 Número de trabalhadores 28 Volume de negócios 1,6 milhões de euros
António Paulino, director-geral
Volume de negócios na exportação 4%
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empresas
Marca criada para levar o azeite nacional ao paĂs e a todo o mundo 32 // dezembrO 2014
empresas // Inserida num grupo de empresas portuguesas, que se dedica à produção e comercialização de azeites e óleos alimentares desde 1977, a Mirazeite é uma marca criada para operar no mercado interno e externo. “A filosofia da empresa é manter-se fiel à nobre tradição portuguesa subjacente à feitura do azeite, obtendo assim um produto que se distingue pela sua pureza e qualidade, extraído da primeira pressão a frio por processos
de prensagem e filtração, o que garante todas as suas magníficas propriedades”, explica David Bastos, director de exportação. Por outro lado, com a sua “alta tecnologia e modernos métodos de produção tenta garantir a qualidade máxima dos produtos, apostando sempre na melhoria dos serviços prestados, procurando a satisfação dos seus clientes”, adianta. A Mirazeite comercializa marcas como a “Bom Dia”, “Manjar”, “Ouro da Terra” e “Imperial”, apre-
sentadas numa gama de variados produtos. Para além de azeite e óleo alimentar, disponibiliza também vinagre de vinho e azeitonas. A empresa já tem uma grande experiência em matéria de exportação, em especial para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Brasil, África do Sul, Costa do Marfim, Senegal, EUA e Canadá, China, assim como para Luxemburgo, Holanda, França, Reino Unido e Alemanha.
“Agora mais do que nunca, exportar é a palavra de ordem” // A Mirazeite integra um dos grupos portugueses com história no sector da produção e venda de azeite, com unidades em Mirandela, Tomar e Lisboa. “A empresa pauta-se pela tradição, qualidade e sabor da nossa terra – tem as suas origens na região de Mirandela – e desde cedo começou o processo de internacionalização em virtude, não só da procura mundial dos produtos portugueses, mas também devido à qualidade dos seus produtos, em especial desta região”, refere David Bastos. A marca actua em países como o Brasil, Cabo Verde e EUA, de um total de mais de 25.
“As exportações foram desde sempre periódicas e regulares, em resultado de relações de muitos anos com clientes satisfeitos”, acrescenta o director de exportação, adiantando que “agora mais do que nunca, exportar é a palavra de ordem, pois com a economia a precisar de crescer há-que exportar aquilo que produzimos para criar riqueza interna, não só nas vendas, mas também através da criação de postos de trabalho”. A Mirazeite, que “tem cumprido a sua parte”, vai inaugurar uma nova unidade em 2015, incluída no processo de modernização da marca, que lhe permitirá evoluir no segmento.
Sede Lisboa Actividade produção de azeites e óleos Início de actividade 1977 Número de trabalhadores 35 Volume de negócios 18 milhões de euros
David Bastos, director de exportação
Volume de negócios na exportação 65%
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empresas
Frutas do Oeste desidratadas ganham novas formas e sabores
João Azevedro sócio-gerente da Azevagro
// O projecto Frutaformas começou ‘oficialmente’ em Outubro de 2012, pois a ideia como “produto e marca” nasceu muito tempo antes. Esse tempo serviu, à semelhança de um fruto na árvore antes de ser colhido, para crescer, ganhar forma e sabor. Entre melhoramentos nos processos de fabrico, registar as marcas, criar as embalagens apelativas, as iterações e os contactos para possíveis mercados, passaram anos até pôr de pé este projeto, mas sempre com um objetivo muito concreto: obter frutas desidratadas de excelência em sabor, com a grande riqueza nutritiva e com a melhor apresentação possível. Em resultado nasceram “produtos únicos e criativos, que juntam a tradição ao requinte, e que reinventam a fruta portuguesa como um alimento, divertido, saboroso e saudável”, segundo a própria marca. Atualmente os produtos Frutaformas subdi-
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videm-se em três gamas (Gourmet, Healthy e Corporate). Distinguem-se principalmente pelo tipo de embalagem, sendo que dentro dessa subdivisão os produtos variam em texturas, formas e sabores. Em entrevista à Veja Portugal, João Azevedro, sócio-gerente da Azevagro, revela que a empresa quer apostar na exportação. Quais as gamas de produtos Frutaformas? O que as diferencia? Como texturas inovadoras, destaco a Croca Maçã. Aqui fatiamos as melhores maças do Oeste e, na ausência de qualquer aditivo ou conservante, impusemos uma crocância repleta de sabor, que surpreende pela sua textura estaladiça e divertida. Já com outro tipo de apresentação, destacamos os “Lingotes de Pera Rocha”. Estes apresentam-se em barras com pedaços de pêra rocha desidratada, envolvidos em papel dou-
rado. No interior, a textura da fruta é macia, delicada, 100% natural e rica em fibras. O doce sabor da pêra é apresentado num formato elegante e requintado. A apresentação reforça o conceito de excelência, lembrando que estamos a lidar com autênticos “lingotes de ouro” e ricos em fibra. Neste segmento há ainda os Lingotes de Maçã e Canela”. Por fim, já o “Frutinhas” é um produto direccionado para um público juvenil, numa tentativa de substituir as gomas por ursinhos, bonecos ou corações de fruta 100% naturais. Esta gama incentiva o consumo de fruta pelas faixas etárias mais novas, de uma forma divertida, saudável e 100% Natural. Em todos os produtos, o único componente retirado foi a água. E menos água, equivale a mais sabor. Seja por isso em maçã ou pêra rocha, nas diversas formas e texturas, as Frutaformas são produtos inovadores, distintos e de cunho tradicional.
empresas Qual tem mais aceitação? Os produtos que referi anteriormente são os que têm melhor aceitação pelo consumidor e vão também ao encontro do reconhecimento dos especialistas, pois foram distinguidos com um “Nutrition awards” (1ª menção honrosa – produto inovação). Estar na região Oeste é uma vantagem para a Frutaformas? Esta região é conhecida e valorizada pela sua fruta de qualidade. Assim a proximidade com a matéria de prima de excelência faz que a marca consiga os melhores produtos, minimizando os custos de fornecimento. Paralelamente, quisemos reforçar que há espaço para muita criatividade na fruta nacio-
nal, potenciando o que do melhor se produz localmente, ao dar às frutas um novo conceito. Neste caso, damos uma nova forma à fruta. E têm também uma preocupação com a saúde? Tal como a fruta fresca, a desidratada apresenta-se como um alimento muito nutritivo, com um baixo teor em gorduras e bastante rico em fibras. A embalagem é um trunfo. Porquê este formato? Por estarmos certos da qualidade dos nos produtos, apostamos num conceito ‘premium’ e para isso é fundamental a apresentação e a embalagem em consonância. Em paralelo,
e no caso das latas, sentimos ainda que há um conceito de reciclagem associado, pois pode ser usada em futuras situações. Quais são as perspectivas da marca e projetos para 2015? Exportação. Sem dúvida que a exportação é um caminho que desejamos consolidar. A fruta da região Oeste de Portugal é já bastante reputada no estrangeiro pelo seu sabor distinto. Estamos convictos que a criatividade e segmentação nos mercados ‘premium’ reforçam a nossa ambição de iniciarmos o caminho da exportação. A gama de produtos Frutaformas apresenta um sabor único e distinto, capaz de surpreender os seus consumidores mais exigentes nos quatro cantos do mundo.
Sede Vilar, Cadaval Actividade secagem e desidratação de frutos e de produtos hortícolas Início de actividade 1995 Número de trabalhadores 6 Volume de negócios n.d.
Volume de negócios na exportação n.d.
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Secagem como a tradicional ao sol garante características dos produtos desidratados
// Com origem nas tradições vividas desde a infância pelos seus fundadores, a Desidrata surgiu com o intuito de garantir o verdadeiro sabor da fruta de forma cómoda, prática e saudável. Directamente do Oeste de Portugal, zona de excelência do sector hortofrutícola, a marca entrou no mercado com o objectivo de, através de um processo de desidratação mais natural, obter as texturas e sabores originais dos frutos, tal como na tradicional secagem ao sol. “Garantir a qualidade e o saber que nos foi transmitido durante tantos anos de experiência no sector foi, desde o início, a nossa preocupação. Nesse sentido, procurámos reflectir esse cuidado também na imagem e
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design de embalagem, que procura traduzir a filosofia naturalista, objectiva e moderna tendo simultaneamente presente as raízes tradicionais em que se baseou”, explica Sandra Almeida sócia-gerente da GreenAgri. A prova da qualidade do portefólio da marca tem vindo a confirmar-se no alargamento da linha de produtos que, para além de novos frutos e das recentes edições chocolate negro e canela, engloba agora também os legumes. Os produtos Desidrata - com vários cortes, redução a farinha, embalados, a granel ou de proveniência biológica - são um mundo de soluções para os diferentes mercados. Para além da multiplicidade de usos, desde a despensa das nossas casas à alta cozinha, o método tem como vantagens o aumento da
vida útil dos produtos 100% naturais, a comodidade, a redução de custos de logística, e a garantia de serem livres de adição de açúcares, corantes e conservantes. “Além de tudo o resto, a vontade de criar uma resposta para as distintas necessidades dos nossos clientes, procurando permanentemente adaptar o produto aos objectivos pretendidos, é o que mais nos tem distinguido num mercado que cresce a uma velocidade galopante”, diz Sandra Almeida. Procurando que a diferenciação e inovação sejam uma constante, a abertura a outros subprodutos e segmentos do mercado está também a ser estudada, pelo que “o próximo ano vai trazer muitas novidades, a acrescentar a um investimento na comunicação da marca”.
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Exportação começa pelo mercado europeu mas visa outros destinos // “Contrariamente à grande oferta no mercado nacional de produtos desidratados, de textura crocante, a Desidrata decidiu apostar numa gama que oferece ao consumidor as texturas e sabores originais de cada um dos frutos. O processo de desidratação consiste apenas na retirada de grande parte da água através da evaporação, a temperaturas controladas, de forma a que os açúcares naturais de cada fruto não caramelizem, permitindo um sabor semelhante ao do produto em fresco. Este processamento tem uma presença muito mais forte no mercado exterior, que reconhece as suas qualidades e benefícios, e onde estamos a apostar. Apesar de já termos iniciado o trabalho junto do mercado europeu, outros países estão em estudo devido à mais-valia que o produto oferece em relação à conservação e transporte, dado que em muitos países existe ainda um grande défice na logística das cadeias de frio para produtos frescos ou refrigerados. Em suma, trabalhamos de forma a estar em concordância com as necessidades dos consumidores, seguindo os nossos padrões de qualidade e procurando sempre trazer inovação e produtos com uma qualidade diferenciadora”. - Sandra Almeida sócia-gerente da GreenAgri/Desidrata
Sede Caldas da Rainha Actividade frutas e legumes desidratados Início de actividade 2013 Número de trabalhadores 2 Volume de negócios 35 mil euros (estimativa 2014)
João Duarte e Sandra Almeida, sócios-gerentes
Volume de negócios na exportação n.d.
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notícias
Consultora presta serviços em Angola A empresa de consultadoria em comunicação Midlandcom, que assinalou em novembro 10 anos de actividade, considera ter completado a década com “uma carteira de clientes consolidada e abrangência nacional”, apostando agora no mercado internacional. A marca portuguesa começou a trabalhar em Angola em 2013, através de uma parceria com a agência local Capital Consultores de Comunicação. “Esta foi uma aposta estratégica importante, que nos levou a reformular a organização da empresa, com a criação de um “desk” que trabalha as questões de Angola no âmbito da assessoria mediática e produção de conteúdos”, refere António José Laranjeira, director-geral da Midlandcom.
Líder das gráficas vende 45% lá fora
Churrasqueira mais famosa de Leiria exporta os seus produtos congelados // A marca Churrasqueiras Rei dos Frangos, fundada em 1989 em Leiria, é hoje uma referência no sector da restauração em Portugal e do modelo “take-away” em particular. A empresa tem 19 churrasqueiras e três restaurantes em Portugal e duas churrasqueiras e um restaurante com a marca Frangus em Madrid, que se notabilizam pelos seus grelhados na brasa e oferta de pratos tradicionais portugueses. A procura constante de soluções inovadoras de qualidade levou a empresa a avançar em
2009 para um projecto de refeições-prontas congeladas, destacando-se o frango assado na brasa congelado, comercializado com molho picante ou de limão. A exportação da sua gama de produtos congelados iniciou-se em 2010. Neste momento, a empresa exporta para o Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Espanha e Ilhas do Canal, estando a preparar também a entrada em outros mercados, como o polaco.
A Grafopel, uma empresa portuguesa que lidera o mercado nacional das gráficas, já exporta mais de 45% do valor da facturação, apresentando-se os continentes africano e asiático como os seus principais mercados. “Crescer de modo sustentado é um dos nossos valores e, apesar da conjuntura nacional, este foi um ano em que voltamos a investir”, refere Paulo Monteiro, presidente executivo da empresa, com sede em Matosinhos. Um dos investimentos resultou na aquisição de um armazém com 1.200 m2, devido à falta de espaço nas instalações em Matosinhos, estando ainda em perspectiva a possibilidade de efectuar outro negócio do género. A Grafopel é uma empresa familiar de equipamento gráfico, com 60% da quota de mercado nacional – pré-impressão, impressão, acabamento e consumíveis são as suas quatro grandes áreas de actuação – , que importa equipamento para a indústria gráfica nacional, representando as principais marcas internacionais. A empresa, fundada em 1964, tem 50 colaboradores e instalações em Perafita, Matosinhos, e na Abrunheira, Sintra.
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Azeitona e tremoço portugueses andam na boca de meio mundo // A Tremoceira nasceu em 1966 pelas mãos de António Bastos e da mulher, Catarina Bastos, como uma rede de lojas que se dedicava ao comércio de sementes, plantas decorativas, produtos para a agricultura, alimentos e diversos produtos para animais de companhia, rações para animais de abate, frutos secos, aperitivos, azeitonas e tremoços. A incessante procura pelos seus fundadores de sabores distintos e selectos levou-os mais tarde à criação de uma pequena unidade fabril dedicada à torrefação de amendoim, pevide, caju e pistacho e ao tratamento de azeitona de mesa e tremoço.
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No início, a unidade de produção apenas trabalhava para a rede de lojas “A Tremoceira”, na Cova da Piedade, Feijó, Barreiro e Penalva, mas ao longo dos anos foi-se demarcando do mercado concorrencial, pela “qualidade e prestígio com que tem presenteado os seus clientes”. Em 1988 iniciou o processo de exportação para os EUA, Canadá, Suíça e hoje a empresa está presente em 20 países - em mercados europeus, PALOP, Américas, Austrália, África do Sul, Dubai - com as marcas Tremoceira, Riqueza da Beira e Duolival, distinguindo-se pela “qualidade de paladar único em azeitona de mesa e tremoço”.
“Durante o nosso percurso, a evolução, inovação tecnológica e a busca de novos produtos têm sido constantes, acompanhando as novas tendências do mercado nacional e internacional; certos da melhor apreciação por parte dos consumidores cada vez mais exigentes”, afirma Dina Bastos, directora de exportação. A empresa constituiu, entretanto, a Tremoceira Trading, uma área de negócio cujo objectivo é “acompanhar a necessidade por parte do cliente em adquirir e consolidar produtos alimentares de marcas portuguesas, marcas que levam o nosso Portugal mais além”, explica Dina Bastos.
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As vantagens do saber fazer e da experiência // “O sucesso da nossa empresa deve-se ao facto de se manter fiel às origens. Somos uma marca com vínculo familiar - hoje quem leva o leme são os nossos filhos, David e Dina Bastos, que sempre defenderam a exportação como o caminho a seguir. Produzimos com qualidade, acima de tudo, e tentamos dar sempre o melhor de nós para que os clientes lá fora se sin-
Dina Bastos, directora de exportação
tam apoiados. Temos mais valias como a experiência e o saber fazer, conhecemos o nosso negócio como poucos, e isso é uma vantagem em relação à concorrência. Temos aumentado as vendas e a consolidado os mercados. Além da área produtiva, temos também a trading, com a qual procuramos ir ao encontro das necessidades dos nossos parceiros, o que produz uma confiança mútua e traduz-se no aumento
das vendas. Estamos em mais 20 países, nalguns há mais de duas décadas e acreditamos nas relações solidas e duradouras – e fazemos tudo o que estiver ao nosso alcance para que continue a ser assim. Aguardamos 2015 com muita expectativa e optimismo”. Catarina Bastos, sócia-fundadora
Catarina Bastos, sócia-fundadora
Sede Charneca de Caparica Actividade produção de azeitonas, tremoços, pickles e condimentos Início de actividade 1966 Número de trabalhadores 22 Volume de negócios 4 milhões de euros
Volume de negócios na exportação 50%
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Portuguesa é a primeira a produzir uma alga ‘especial’ à escala europeia // “Apesar da sua curta história, a Algaplus conta já com alguns momentos marcantes para o seu desenvolvimento. Os mais recentes e que importa destacar são a aprovação da certificação biológica para as algas produzidas e o recente acordo comercial com um importante cliente francês. O primeiro feito abre portas a canais de comercialização exclusivos para produtos com esse tipo de certificação. O segundo é uma prova de qualidade dos nossos produtos, tendo em conta que o mercado francês, o mais impor-
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tante a nível europeu, tem um elevado grau de exigência e dá usualmente preferência a produto originário de recolha nas praias. Finalmente, importa destacar o lançamento para muito breve de uma terceira variedade de alga, a Erva-patinha ou Nori-Atlântico. Esta alga, equivalente na Europa à alga Nori usada no Sushi, é uma das mais populares entre os consumidores dos países ocidentais e a Algaplus será a primeira empresa Europeia a produzi-la à escala comercial”. - Rui Gonçalves Pereira, director da Algaplus.
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Academia e ciência ligadas à economia
Rui Gonçalves Pereira, director da Algaplus
// Fundada em 2011, a Algaplus é uma empresa portuguesa que resulta da transferência do conhecimento académico e científico para uma atividade económica. Centrada nas necessidades da sociedade moderna, tanto em termos de consumo como de exploração responsável dos recursos naturais, a principal área de negócio é a produção e comercialização de macroalgas marinhas e seus derivados. Estas macroalgas e derivados destinam-se aos mercados alimentar e de bem-estar e podem ser usadas como ingrediente ou para consumo direto. O foco da marca são as empresas da indústrias alimentar, rações e cosmética que integrem macroalgas nos seus processos produtivos para valorização dos produtos. Com a marca “Tok de Mar” dirige a sua oferta de produtos alimentares à base de algas, desenvolvidos pela empresa ou em parceria, ao cliente particular e que podem ser encontrados em lojas de especialidade. Exerce a atividade de produção em Ílhavo, em parceria com uma piscicultura local e o seu controlo engloba todas as fases do processo de produção de biomassa, que incluem lavagem, secagem a baixa temperatura e moagem (redução a flocos de diferentes dimensões e farinha). Atualmente, exporta as suas algas a granel para França e Austrália (através da marca Algaplus) e os produtos Tok de Mar estão à venda em países como Reino Unido, Suíça e Polónia. Hoje, já retira 300 a 400 quilos de algas desidratadas por mês, que crescem nos 200 metros quadrados de tanques usados pela empresa. Só em 2010 foram produzidas 20 milhões de toneladas de algas secas em todo o mundo: 99% teve como destino a indústria alimentar, legumes, batatas fritas, gelificantes, caramelizantes, texturantes ou espessantes. Só ano ano passado, a Europa ganhou 250 novos produtos com algas.
Sede CIEMar Ílhavo, incubadora de empresas da região de Aveiro Actividade aquacultura Início de actividade 2012 Número de trabalhadores 6 Volume de negócios n.d. Volume de negócios na exportação n.d.
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Vinhos portugueses não páram de conquistar mercado na China 44 // dezembrO 2014
// As exportações de vinhos portugueses para a China ultrapassaram, no ano passado, os 11 milhões de euros, um valor que representa 15 vezes mais as vendas de 2006. O potencial que este mercado oferece e as boas perspectivas de crescimento motivaram Luís Castro a investir no país, celebrando um acordo exclusivo entre a Tastingnote e um importador local. A empresa nasceu há três anos em resulta-
empresas do do ‘know how’ adquirido pelo empresário em mais de 15 anos a trabalhar no mundo dos vinhos. Inicialmente, tinha como ‘core business’ a prestação de serviços de consultadoria no mercado nacional e comercialização de vinhos, mas cedo estendeu a sua actuação aos mercados de exportação. “Actualmente, é uma empresa de referência no mercado chinês, onde granjeia já um reconhecido trabalho, iniciado em Abril com a assinatura de um contrato exclusivo com um parceiro chinês, que lhe permitiu a colocação neste mercado de 100 mil garrafas”, diz Luís Castro, administrador da empresa. A complexidade do mercado chinês, tanto pela sua especificidade, como pela diferença de métodos e processos de comercialização, aliada aos elevados procedimentos aduaneiros, podem surgir com um forte entrave à exportação. O acordo assinado entre a Tastingnote e o seu parceiro chinês garante a entrada e comercialização exclusiva dos vinhos portugueses em canais de distribuição privilegiados, e uma aproximação estratégica aos consumidores chineses, cada vez mais receptivos aos vinhos lusos. “A celebração deste contrato foi, sem dúvida, um marco importante na nossa estratégia
comercial. Para além de uma maior aproximação ao mercado chinês, esta parceria estratégica é uma garantia para os nossos fornecedores, que vêem os seus produtos bem posicionados e cada vez mais procurados nos mercados externos”, explica Luís Castro. Dispondo de mais de 75% dos contactos dos produtores vínicos portugueses, e “através de uma selecção criteriosa de produtos”, a marca apresenta um portefólio de exportação “completo e variado, capaz de satisfazer diferentes perfis de consumidor e adaptar-se a diversos mercados”, refere Luís Castro. O portefólio inclui produtores como a Sogrape, Caves Aliança, C. da Silva, Ervideira, Rui Roboredo Madeira e das mais emblemáticas adegas cooperativas nacionais. As boas perspectivas – estima-se que em 2015 a China seja já um dos maiores consumidores mundiais de vinho – justificaram o forte investimento e o acompanhamento ‘in loco’ por parte da equipa da Tastingnote, englobando o recrutamento e formação dos colaboradores do importador chinês sobre os vinhos portugueses. A marca pretende agora levar o seu portefólio a diversos mercados africanos, América do Norte e Médio Oriente.
Luís Castro, administrador da empresa
Sede Santo Amaro de Oeiras Actividade consultadoria, seleção e conservação de vinhos Início de actividade 2012 Número de trabalhadores 2 e prestadores de serviços Volume de negócios 300 mil euros Volume de negócios na exportação 80%
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Hugo Monteiro administrador dos Licores XarĂŁo
Licores Ă procura de destinos pouco habituais para as empresas nacionais 46 // dezembrO 2014
empresas // A Xarão - Companhia Portuguesa de Licores foi fundada em 1982 como empresa familiar. Na altura, o volume de produção era extremamente baixo e trabalhava exclusivamente o mercado português. Mas, ao longo dos anos, foi crescendo e modernizando-se, aumentando a oferta de produtos nos mercados nacional e internacional. Na ano de 2004, a empresa passou para as mãos de segunda geração da família, que “com espírito empreendedor e dinâmica de trabalho, promoveu o aumento da sua capacidade física e organizacional”, refere a própria marca.
Em 2009, devido ao aumento das vendas, foram ocupadas novas instalações, “equipadas com consciência ecológica”, e passaram a ser trabalhados novos mercados. Actualmente, a Xarão encontra-se presente no continente europeu, africano, asiático e americano, trabalhando em 15 mercados internacionais, devendo as exportações representar em 2016 40% do volume total de facturação. Com 30 anos de actividade, a empresa comercializa 42 referências, entre destilados, licores e xaropes, sendo líder de mercado em alguns deles, e assume como principais cli-
entes as grandes cadeias de hipermercados e os representantes de bebidas que trabalham directamente com a restauração, sobretudo hotéis e bares.
Kizomba é nome de licor de sucesso // “A Xarão tem estado a trabalhar maioritariamente na exportação, criando uma carteira de clientes e parceiros locais que apoiem a implantação dos seus produtos. O desafio é chegar a mercados habitualmente pouco trabalhados pelos portugueses, como o Vietname ou a Roménia, mas também aumentar a taxa de penetração nos mercados onde já tínhamos operações. No ano passado abrimos caminho na Ásia com a amêndoa amarga, muito bem recebida pelos consumidores, desencadeando as primeiras encomendas. Este ano o nosso produto ‘premium’ foi o Licor Kizomba, feito à base de frutos tropicais e com uma sabor doce muito, solicitado em vários territórios. Em Portugal o produto acabou de entrar na cadeia de hipermercados Intermarché e por isso temos agora mais de 230 pontos de venda directos ao público. Para além da qualidade dos nossos
produtos, defendemos outros valores de enorme importância como a integração social no meio em que estamos inseridos e a promoção da nossa região. Portanto os desafios que se impõem para o futuro é aumentar a fatia da exportação e alargar a procura do Licor Kizomba dentro e fora de portas. A Xarão está certificada pela SGS ICS, entidade a quem compete a atribuição de certificações, com a norma internacional ISO 22000, uma das mais importantes na área da higiene e segurança alimentar, com elevada reputação a nível internacional. Com a atribuição deste certificado, tornou-se pioneira no sector. Este ano ganhou ainda o estatuto de PME Líder, estando a trabalhar para alcançar a meta de PME Excelência”. Hugo Monteiro, administrador dos Licores Xarão
Sede Campo, Valongo Actividade produção e comercialização de licores, destilados e xaropes Início de actividade 1982 Número de trabalhadores 30 Volume de negócios 1,8 milhões de euros Volume de negócios na exportação 30%
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Mobiliário de design irreverente criado de propósito para exportar // A Prime Design é uma marca pertencente ao Grupo Móveis Jota Barbosa, criada em 2012 especificamente para a exportação de mobiliário de interiores. Dedicada à concepção, desenvolvimento e produção própria, “distingue-se no mercado pelo design irreverente e pela utilização de matérias primas e acabamentos que correspondem aos mais altos padrões de qualidade e funcionalidade”, segundo a própria empresa. Apesar da sua “juventude”, a marca faz-se representar no mercado internacional atra-
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vés de agentes e profissionais espalhados por países da Europa, África e Médio Oriente, aos quais foi possível chegar através da presença em feiras e eventos nacionais e internacionais (como a 100% Design, em Londres), aliada a uma simples mas bem estruturada comunicação. Tudo isto se deve à experiência adquirida pelo grupo no sector do retalho, ao longo dos últimos 35 anos. A empresa Jota Barbosa associa a criatividade, glamour, funcionalidade, qualidade e a inovação: uma combinação de factores que
contribuiu indubitavelmente para certificar o seu sucesso e conquistar os mercado nacional e internacional. “O nosso mobiliário é feito de componentes de alta qualidade e baseado na nossa atenção pela funcionalidade e design. Para tal, trabalhamos com uma equipa de profissionais habilitados nas áreas do mobiliário e decoração”, refere a empresa, no seu site, adiantando que o seu mobiliário “pode ser personalizado, para que o cliente obtenha exactamente a solução que pretende”.
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Marca para ligar culturas estilos, emoções e experiências // “A Prime Design é o fruto de um projecto desenvolvido como resposta a uma necessidade por nós detectada no sector, mas também é o fruto da vontade de criar uma marca própria. Aliado à experiência e conhecimento do mercado e fruto dos bons resultados por nós alcançados, eis que surge um novo desafio para o grupo, com um grau de exigência superior, a criação de uma marca no sector do mobiliário e decoração de alta gama (luxo), caracterizada pela oferta global para os interiores (mobiliário, iluminação, tapeçarias, roupa de cama, roupa de casa de banho, estofos). A Stylish Club (www.stylishclub.pt) é a marca a apresentar em Janeiro de 2015, numa das maiores feiras internacionais, com o objectivo de a médio-longo prazo se tornar numa referência do sector. É um conceito de ‘global brand’ para
interiores, que pretende a interligação de culturas, estilos, emoções, sensações e experiências através de cada ambiente, de cada produto e de cada detalhe. Inspirada num ‘club concept’, não se prende apenas com um estilo, dedicando-se à conjugação do prazer estético e à funcionalidade, utilizando para tal efeito os materiais nobres e os acabamentos requintados. O conceito pretende criar uma nova filosofia de ‘lifestyle’ que integra o luxo e a qualidade. A empresa que sustenta estas marcas, a Made To Last, surgiu em 2012 com um novo conceito e serviço, que dá respostas às necessidades actuais do mercado. Está englobada no Grupo Jota Barbosa, que detém uma posição consolidada no mercado nacional e uma experiência alargada na distribuição para mais de 30 países”. Samuel Santiago, diretor de marca
Sede Arroteias, Frazão, Paços de Ferreira Actividade mobiliário e decoração de interiores Início de actividade Março de 2012 Número de trabalhadores 25 Volume de negócios 260 mil euros (Prime Design) Volume de negócios na exportação 250 mil euros (Prime Design)
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Marcenaria e carpintaria procuram no estrangeiro solução para a crise // A Pedrosa e Filhos é uma empresa que actua no sector da madeira e mobiliário, com destaque para os segmentos da marcenaria e carpintaria. Há mais de 35 anos no mercado nacional e internacional, assegura a concepção, fabricação, acabamento e montagem do mobiliário. A empresa é o resultado de um projeto familiar iniciado por José Pedrosa, o seu fundador. De visão empreendedora, procurou criar uma unidade que transmitisse o máximo de transparência aos seus clientes, fornecedores, investidores e parceiros. “A qualidade e excelência dos serviços de exploração e aproveitamento de madeira, sustentado pela mais alta tecnologia e competência são factores determinantes para o
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crescimento da empresa e sempre foram o foco principal do fundador, gerentes e todos os colaboradores”, afirma o gerente Filipe Quinta. A contribuição da Pedrosa e Filhos, desde 1978, para “o crescimento e bem estar social do país, através dos bons princípios da actuação nas áreas da responsabilidade social e ambiental, tal como a exigência na qualidade e inovação, e a satisfação dos clientes”, são outros valores transmitidos pela empresa. Actualmente, tem como objetivos alcançar o reconhecimento nacional, como marca líder de mercado, de inovação e estética actual, e aumentar os volumes de facturação e de exportação. Com um volume de exportação a rondar os
17% (valor de Janeiro a Agosto de 2014), a Pedrosa e Filhos está presente em cinco países - Angola, França, Suíça, Moçambique e, mais recentemente, Bélgica, com mobiliário de exterior fabricado pela primeira vez na empresa. “Este negócio foi muito bem sucedido, pois neste momento a empresa encontra-se em negociações para a constituição de uma parceria, que poderá ajudar ainda mais a progressão e expansão da empresa internacionalmente”, adianta Filipe Quinta. A empresa tem como objetivos aumentar o volume de exportação e atingir novos mercados como o Luxemburgo, Alemanha, Finlândia e Dubai.
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Filipe Quinta, gerente
“Crise obrigou a investir no marketing e nas exportações” // “Devido à quebra no sector da construção, a empresa teve de ajustar-se às necessidades do mercado.Com mais de 35 anos, nunca precisou de montar uma rede comercial, pois a qualidade e o rigor do nosso trabalho eram suficientes para que as vendas aumentassem. No entanto, nos últimos anos, começou a ter maior preocupação com a área comercial e de marketing, e investiu ainda mais na exportação, pois maiores dificuldades começaram a surgir devido à crise que se tem sentido no país. A exportação começou a desenvolver-se de forma simples, devido aos nossos emigrantes, e evoluiu facilmente por causa do bom nome da empresa. Consequentemente, as encomendas foram aumentando. Nesta fase pretendemos estabelecer-nos com nome próprio em novos mercados como Dubai e Finlândia entre outros, e reafirmar o nome nos países para onde já exportamos, como França e Suíça. Para tal, estamos a criar novas linhas de produtos, promovendo parcerias nos países de venda, como já é o caso da Bélgica. A gerência tem plena noção das dificuldades dos próximos anos, mas acredita que só desta forma a Pedrosa e Filhos conseguirá atingir o sucesso e os seus objetivos”. Filipe Quinta, gerente
Sede Bajouca, Leiria Actividade marcenaria e carpintaria Início de actividade 1978 Número de trabalhadores 18 Volume de negócios 334 mil euros (Janeiro a Agosto) Volume de negócios na exportação 55 mil euros (Janeiro a Agosto)
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Iluminação de luxo conquista mercados com aposta forte na qualidade e design // “Glamour, design, qualidade e luxo, são as principais características da iluminação da Castro Lighting”, como afirma a própria marca com sede em Gondomar. A empresa cria e fabrica candeeiros “imponentes, capazes de despertar a atenção dos olhares mais atentos” da iluminação e decoração de todo o Mundo. “A nossa marca é conhecida essencialmente pela qualidade do seu produto e pelo estilo clássico intemporal, onde predominam a beleza e a imponência dos lustres de cristal. Peças requintadas que podem ser vistas nos mais luxuosos espaços, distribuídos à escala global”, afirma Nuno Castro, director comercial da empresa. Com mais de 65 funcionários, a marca consi-
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dera que o cuidado extremo em cada detalhe do produto é um dos principais factores do sucesso da marca. “Todo o produto é trabalhado manualmente com matérias-primas de excelência e por artesãos experientes. Cada candeeiro é inspeccionado ao mais ínfimo pormenor antes de sair da fábrica. Desta forma, garantimos que a mercadoria chega ao destino em excelente estado e, com isso, asseguramos a satisfação do nosso cliente, objectivo primordial da marca”, adianta. É também nos projectos especiais que a marca vê uma grande oportunidade. “É com frequência que somos contactados por grandes decoradores e profissionais da área de iluminação e decoração, para fabricarmos projec-
tos totalmente de raiz. Toda a informação recebida é direccionada para a nossa equipa de design, que fica responsável por apresentar as melhores propostas ao cliente. Cada projecto é único e merece a nossa especial atenção. Quase sempre o feedback do cliente é positivo e o resultado final bastante satisfatório“, assegura Nuno Castro. Hoje, a Castro Lighting assume-se com uma “personalidade forte e com carácter inovador, que cria e produz candeeiros de luxo 100% portugueses, concebidos por uma equipa de profissionais atentos às novas tendências de mercado, capazes de apresentar as melhores soluções de iluminação para os projectos mais exigentes”.
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Investimentos para melhor responder às exigências // “Após aquele período apelidado de “crise”, que a empresa ultrapassou graças a uma gestão responsável e experiente, a marca Castro Lighting tem vindo a crescer de uma forma que tornou inevitável o aumento das suas instalações. Neste ano de 2014, sentiu-se obrigada a duplicar a área de produção, contando agora com 2500 m2. Foi também feito um investimento no que res-
peita ao parque de máquinas, nomeadamente numa nova secção de lacagem com 150m2. Este investimento deve-se à crescente exigência nos standards de qualidade por parte dos clientes que se dispõem a pagar o valor justo de um produto diferenciado e de alta qualidade. Para acompanhar o crescimento da marca, foi ainda necessário o recrutamento de mais recursos humanos, nomeadamente de-
signers, marketeers e artesãos qualificados. “Os investimentos de 2014 reflectem-se num aumento da produtividade, cujos resultados se farão sentir com maior ênfase no ano de 2015, ano em que a marca tem como objectivo os três milhões de euros em vendas”. Nuno Castro, director comercial da empresa
Sede Fânzeres Actividade criação e produção de iluminação interior decorativa. Projectos especiais elaborados à medida do cliente Início de actividade 1978 Número de trabalhadores 65 Volume de negócios 2,5 milhões de euros
Volume de negócios na exportação 90%
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Calcários da Serra de Aire e Candeeiros à conquista dos mercados internacionais // O centro extrativo da serra de Aire, o núcleo dos calcários portugueses, é o espaço onde a AlberStone possui as pedreiras próprias e se dedica à atividade de extração, produção e comercialização de agregados calcários desde 2009. Embora seja uma empresa jovem, “prova a cada ano que o sucesso não conhece barreiras quando a dedicação, o esforço e o compromisso caminham de mãos dadas”, refere Albertino Simão, fundador e administrador da empresa, que começou aos 14 anos a trabalhar na pedra. Para a marca que fundou passados 20 anos, que opera em duas pedreiras, uma em parceria com outra empresa, perspectiva um crescimento de “50% durante cinco anos”, com o mercado chinês como um dos seus alvos. “A AlberStone trabalha com grande respeito pela natureza, cumprindo todas as normas e boas práticas ambientais”, refere Albertino Simão, dando como exemplo o Plano Ambi-
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ental e de Recuperação Paisagística, que está “a ser implementado, com áreas já recuperadas, incluindo a previsão das medidas a aplicar aquando da cessação de exploração”. O plano “destina-se à pedreira e à sua envolvente e visa prever e garantir que as áreas são cuidadas de forma a permanecerem o mais natural e ecologicamente equilibradas possível durante a exploração e no seu final”, adianta. A sua principal pedreira está inserida no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, uma zona protegida onde a exploração de pedra sempre foi praticada e que anima social e economicamente uma grande região. A empresa “procura satisfazer de forma mutuamente vantajosa as necessidades dos clientes, através da qualidade e profissionalismo dos seus produtos e serviços, contado com com uma vasta experiência, equipamento moderno e eficiente, e o mais importante: atendimento personalizado”, refere o administrador.
Sede Alcanede Actividade extracção de calcário e cré Início de actividade 2009 Número de trabalhadores 8 Volume de negócios n.d.
Volume de negócios na exportação n.d.
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Granitos de Ponte de Lima apostam nos países da Europa e de África // O grupo Granifinas dedica-se à exploração de pedreiras. A sua origem remonta a 1992, a uma pequena unidade industrial situada em Arcozelo e dedica-se desde então à extração e transformação de granitos, explorando o denominado “granito de Ponte de Lima”, conhecido pela sua cor amarela e cinza. Consolidando a sua posição no mercado, o grupo foi crescendo e inovando. Ampliou as instalações e equipou-as com a mais moderna tecnologia para dar resposta às solicitações do mercado. Neste contexto, o grupo criou uma nova empresa, a Gravalima, para aproveitar as sinergias entretanto geradas e poder oferecer um conjunto mais amplo de produtos e serviços, levando as empresas do grupo à
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distinção como PME Líder e das primeiras do sector a obter a certificação de qualidade segundo a norma NP ISO 9001 pela APCER. O grupo Granifinas produz um vasto leque de produtos em granito para a construção civil e obras públicas, designadamente pavimentos, pilares, granito para muros, paredes de casas e obras de cantaria. A marca encara como natural o mercado externo e desde cedo olhou para a internacionalização como uma garantia de crescimento e de sustentabilidade, marcando assiduamente presença nas principais feiras e missões internacionais. Neste momento, 60% do volume de negócios provém de mercados externos como Espa-
nha, Alemanha, Moçambique, Angola, França, Itália e Luxemburgo. Do seu portefólio fazem parte emblemáticos projetos nacionais e internacionais, como o pavimento exterior da Casa da Musica, no Porto, e a “Lollipop”, uma peça desenvolvida pela Granifinas para a vencedora de um concurso nacional de design. Como alavanca do grupo para os próximos anos, a empresa conta com a promoção e a materialização dos projetos das marcas recentemente criadas, a Graniwood e Granihouse, tendo em vista o desenvolvimento de soluções modulares em madeira (incluindo todo o tipo de trabalhos de carpintaria) e em granito (casas modulares pré-fabricadas com granito e madeira).
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Casa ecológicas feitas em pedra // Sendo um projeto de vida, o grupo Granifinas é simultaneamente um estimulo e um desafio à criação, inovação, empenho e dedicação dos seus responsáveis. Assim sendo, mais importante do que olhar para o passado, opta por criar soluções de futuro que garantam a sustentabilidade económica e ambiental do grupo, que os seus responsáveis pensam conseguir através dos projetos Granihouse.
Este projeto de construção ecológica de soluções modulares (casas pré-fabricadas) revestidas em granito é o resultado de extensos estudos e pesquisas realizadas pelo grupo, em parceria com a Eco|ConstruçãoSistema|Sustentável. Trata-se de casas cuja construção pode ser realizada num curto espaço de tempo e ajustada e adaptada às necessidades do cliente em termos de dimensão, localização e implantação.
Sede Arcozelo, Ponte de Lima Actividade exploração de pedreiras e transformação de granitos Início de actividade 1992 Número de trabalhadores 90 Volume de negócios 40% Volume de negócios na exportação 60%
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Sistemas de frio avançam para a África de língua portuguesa // A Advanced Products Portugal (A+P) é uma empresa autónoma, inserida num grupo internacional especialista na cadeia de frio. Os seus sectores preferenciais são os farmacêutico, alimentar e respectivas soluções para as logísticas e armazenamento. No sector alimentar foi pioneira no fornecimento dos sistemas para reposição e transporte de produtos congelados e refrigerados nas lojas na grande distribuição (Continente,
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Pingo Doce, Recheio, E.Leclerc, Makro), que vieram qualificar, reduzindo custos, permitindo nas entregas de loja conjugar produtos a diferentes temperaturas com os mesmos requisitos. No sector farmacêutico foi igualmente pioneira no fornecimento dos sistemas de frio, qualificados ao abrigo das normas internacionais, conseguindo ter como clientes os principais laboratórios farmacêuticos (Roche,
Lilly, AstraZeneca). É ainda líder na monitorização de temperatura e humidade no sector da saúde. A A+P dá, sempre que possível, prioridade a sistemas totalmente produzidos em Portugal. Para tudo isso, contribuiu uma relação próxima com os clientes tentando uma maior interatividade entre a qualidade e a logística e a experiência da A+P no contexto internacional. “Neste momento, está a replicar os seus su-
empresas cessos em Portugal, dando destaque aos PALOP. As suas soluções estão em fase de implementação nos principais ‘players’ em Moçambique (presença local), Angola (através de parceiros) e Cabo Verde (apostas claras). Não obstante, está igualmente a iniciar relações com a Turquia, através de sinergias de soluções e clientes comuns”, afirma o diretor nacional da marca, Manuel Pizarro. Os ‘inputs’ gerados nos problemas e nos diferentes países em que se focaliza permite-lhe ter uma maior flexibilidade de soluções na cadeia de frio nos constantes obstáculos e pontos críticos que surgem dia-a-dia. E a micro logística de fornecimento nas lojas
e agentes nas grandes cidades obriga ao constante desenvolvimento de sistemas adequados no transporte e armazenamento dos diferentes sectores e mercados. Para dar resposta às constantes necessidades, a A+P tem como projecto a criação de uma fábrica de produção nacional para diversas soluções, que procurará minimizar custos e tempos de resposta, facilitando atempadamente necessidades locais. Presente em Portugal desde 2001, tem crescido todos os anos, contrariando a tendência de outras empresas. No ano passado, aumentou o volume de negócios em 30%, um valor considerado “muito bom” por Manuel Pizarro.
Manuel Pizarro, diretor nacional da marca
Sede Senhora da Hora Actividade comércio por grosso de bens de consumo (mercados farmacêutico, alimentar e saúde; monitorização e manutenção da cadeia de frio) Início de actividade 1985 Número de trabalhadores 5 Volume de negócios 1,060 milhões de euros Volume de negócios na exportação 98 mil euros
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Da procura de fios para bordar à nanotecnologia // Desde a sua fundação, em 1915, a AGI sempre teve fortes ligações com mercados europeus. As longas viagens de negócios que o fundador Augusto Lopes da Silva Guimarães fazia na Europa, à procura de fio para bordar são um exemplo disso. Eram fios dourados e de seda que Augusto Guimarães garimpava, sobretudo em Lyon, França, com destino à loja de passamanarias e de bordados finos que a empresa possuía na Rua Sampaio Bruno, bem no centro do Porto. Com vocação orientada para a comercialização de plásticos e de equipamentos para a indústria de transformação de plásticos, a AGI foi a primeira empresa a vender em Portugal
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uma máquina de injecção de plásticos. Tratava-se de uma T.M.A. (da marca R. H. Windsor) que a Fábrica de Pentes do Ribeirinho, em Guimarães, adquiriu em 31 de Outubro de 1947 por 167 libras. Foi nesta altura que a AGI começou a afirmar-se como uma empresa de distribuição, representando em Portugal algumas marcas internacionais de matérias-primas e equipamentos para a indústria. O processo de expansão internacional iniciou-se em 2009, com a compra de 60% da empresa espanhola Romgom SLU, agora denominada AGI España. Em 2012, a AGI lançou-se no mercado angolano e no ano seguinte entrou em Moçambique.
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“Aposta na internacionalização para ultrapassar dificuldades” // “Ainda que o período de crise em que nos encontramos dê poucos sinais de melhoria, a AGI tem sabido capear um pouco as dificuldades, quer pelo tipo de produto que apresenta, quer pela aposta na internacionalização. Exemplo disso é a contínua aposta da AGI em feiras internacionais dos sectores em que está inserida, como a Equiplast, feira de plásticos e borracha em Barcelona (Espanha) e a Projekta, dedicada ao sector da construção civil, obras públicas, urbanismo e arquitectura, em Angola, que este ano levaram a cabo mais uma edição, nas quais a AGI se fez notar pelos melhores motivos. Não obstante, esteve também presente em feiras portuguesas como a Tektónica, na FIL; a Moldplas, na Exposalão, e a EMAF, na Exponor. A certeza de que representamos os melhores fornecedores é obviamente uma mais-valia. Este ano temos apostado na divulgação do inovador compacto fenólico Fenix NTM (produzido pela ARPA Industriale) com nanotecnologia na superfície que permite a reparação de riscos termicamente. Este produto tem sido muito bem aceite pelo mercado, que reconhece o valor das suas propriedades como o toque suave, o reforço das propriedades anti-bacterianas, a sua superfície anti-impressões digitais e a diversidade de aplicações em design de interiores”. Nuno Guimarães, gerente e director comercial
Sede Gulpilhares, Vila Nova de Gaia Actividade Comércio por grosso de produtos químicos Início de actividade 1915 Número de trabalhadores 54 Volume de negócios 44,27 milhões de euros Volume de negócios na exportação n.d.
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Pedro Vala gerente da empresa
Empresa muda de rumo para dar apoio às vendas no exterior // A principal mudança de rumo na estratégia da Atto aconteceu no último trimestre de 2013, quando foi tomada a decisão de implantar a sede num local mais central e expandir os seus serviços às áreas de consultoria e acompanhamento nos processos de internacionalização. Desde então acompanhou e apoiou os seus parceiros em Angola, Argélia, Brasil, Cabo Verde, França, Espanha, Índia, Marrocos, Nigéria, Moçambique, Polónia e Venezuela. “Distinguimo-nos por fazer um seguimento completo e integral do processo, desde o planeamento da participação em certames à inscrição e logística de mercadorias a expor, passando pela assistência complementar na comunicação da marca ou produto - como reformulação ou concepção de identidade, presença web, catálogos ou outros materiais promocionais”, explica Pedro Vala, gerente da empresa.
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Paralelamente, continua a desenvolver projectos de design de interiores, visualização 3D e decoração, estando também grande parte destes serviços a ser exportados, sobretudo para os mercados francês e angolano. “Actualmente estamos a fazer o balanço e planeamento estratégico para o próximo ano, que passa por - ainda durante 2015 - disponibilizarmos serviços de agenciamento de viagens e estadias, e, através de uma parceria externa, oferecer um maior apoio ao nível da consultoria, agregando num só sitio o maior número possível de soluções”, adianta Pedro Vala. A empresa está ainda a investir no aumento da capacidade de resposta interna e no incremento de soluções disponíveis para os seus clientes, passando pela criação de novas parcerias e aumento de sinergias com fornecedores.
Sede Fátima Actividade design, comunicação e consultoria Início de actividade 2012 Número de trabalhadores 6 Volume de negócios 475 mil euros Volume de negócios na exportação 400 mil euros
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Fumeiros eléctricos ajudam a comer bem em qualquer parte do mundo // Qualquer alimento, qualquer sabor, em qualquer lugar – este poderia ser o lema dos fumeiros eléctricos Vitta. A empresa que esteve na sua origem nasceu há apenas dois anos, mas Helena Costa, a gerente, está confiante no sucesso da marca em Portugal e noutros países, como conta em entrevista à Veja Portugal.
peixe, legumes, fruta, pão, queijos, pizza, frutos do mar), é fruto de investigação e desenvolvimento em tecnologias que ligam os fornos convencionais, grelhadores e o processo de defumação tradicional.
Qual era o objeto inicial da empresa? Quando, em 2012, criámos a Keep Senses, foi com o objetivo de prestar serviços de manutenção e limpeza industrial. Na altura não imaginávamos divergir para áreas completamente distintas, como a fabricação de eletrodomésticos.
E o negócio cresceu para outras áreas? É verdade. Registámos a marca e demos inicio à produção e comercialização, em Julho deste ano, dos fumeiros eléctricos. Mas como necessitam de aparas de madeira para puderem funcionar, passámos também a produzi-las e de diferentes aromas, como o carvalho, figueira, laranjeira, tangerineira, medronheiro, loureiro, oliveira, macieira.
Como surgiu o fumeiro? O fumeiro elétrico portátil Vitta, que permite defumar qualquer tipo de alimento (carne,
Quais são as principais características do fumeiro? Hoje temos um produto inovador no merca-
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do, com um design atrativo e muito funcional, em aço inoxidável. O interior é constituído por uma resistência eléctrica de 1100w, um cesto onde encaixa a resistência, um prato para colocar as aparas de madeira, uma bandeja de recolha de sucos e uma grelha para colocar os alimentos. O processo de utilização é complicado? O processo de defumação é muito simples: basta colocar as aparas de madeira (cerca de duas mãos cheias) no prato próprio e o alimento sobre a grelha. A resistência elétrica aquece fazendo que as aparas de madeira queimem (sem chama), libertando o fumo que aromatiza a comida, circulando ao seu redor. No final obtemos uma refeição plena de sabor, cor e aroma. O alimento entra cru e sai defumado, mantendo a sua suculência, pois
empresas o fumeiro tem uma tampa, existindo apenas dois pequenos pontos que permitem libertar fumo. As operações de limpeza e manutenção são muito fáceis. Que tipo de refeições é possível cozinhar? Queremos contribuir para uma alimentação equilibrada, nutritiva e saudável, repleta de vitaminas e sabor. Os nossos fumeiros adaptam-se aos gostos mais clássicos ou contemporâneos, são como uma extensão das nossas cozinhas. A qualidade é uma aposta da vossa empresa. Em que medida? A Vitta está comprometida com uma politica de qualidade que assenta em três grandes objetivos: garantir a ausência de riscos associados à utilização dos produtos da empresa, aos níveis fitossanitário e da segurança; melhorar continuamente a qualidade intrínseca aos produtos e serviços, e liderar este mercado em matéria de qualidade. O ambiente também é uma preocupação? Quem optar por produtos em aço inox para preparação de alimentos está a preservar a saúde, na medida em que utiliza um material isento de toxinas, que não desprende resíduos nos alimentos. Possuindo ainda propriedades térmicas que mantêm o alimento aquecido por mais tempo. E utilizam material 100% reciclável, não agredindo a natureza. Sede Belas, Sintra Actividade fabricação de eletrodomésticos Início de actividade 2012 Número de trabalhadores 5 Volume de negócios n.d.
Helena Costa, gerente
Volume de negócios na exportação n.d.
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Grão a grão foi construída uma empresa líder mundial na inspecção e certificação // O jovem imigrante lituano Henri Goldstück observa os navios que partem e chegam ao porto de Rouen. Estamos em 1878 e as artérias de uma Europa industrializada pulsam rapidamente diante dos seus olhos num dos maiores portos do continente. Ele agarra uma oportunidade que um dia fará dele a referência mundial em qualidade e integridade: percebeu que os exportadores de grão a granel necessitavam de um representante que defendesse os seus direitos, inspecionando e verificando a quantidade e a qualidade do grão à chegada, com o importador. É que durante o trânsito, e especialmente durante a carga e descarga, havia grandes variações no volume de grão devido à humidade, acidentes e roubos. Em sociedade com Johann A. Hainze, inicia o negócio e começa a inspecionar os navios de grão que chegavam a Rouen. Em troca do seu serviço, receberia uma comissão do exportador com base no valor do envio. Estes dois jovens empreendedores decidiram,
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então, tornar-se sócios e formaram uma empresa em 12 de dezembro de 1878. Num ano, a companhia tinha aberto escritórios nos três maiores portos de França: Le Havre, Dunquerque e Marselha. Uma primeira inovação que os ajudou a criar reputação foi o Full Outturn Guarantee (FOG). Ainda prestado pela SGS atualmente, este serviço reembolsa o exportador pela perda de grão durante o envio, desde que a SGS possa inspecionar a carga tanto no carregamento como na descarga. O serviço reduziu as perdas dos exportadores que experimentaram este novo serviço e viram os seus lucros aumentar significativamente. A notícia sobre o valor do serviço espalhou-se e o negócio cresceu rapidamente. Em 1913, a empresa que começara com a inspeção de um único carregamento de grão da Rússia para França tinha crescido de forma incrível. Já inspecionava 21 milhões de toneladas de grão por ano numa rede de 45 escritórios na Europa e tornara-se líder no negó-
cio de inspeção de grão a granel. O grupo SGS é o líder mundial no domínio da inspeção, verificação, análise e certificação. Com mais de 80 mil colaboradores, opera uma rede de mais de 1.650 escritórios e laboratórios em todo o mundo. Presente em Portugal desde 1922, conta com uma vasta equipa de colaboradores especializados, apoiados por uma rede de modernos laboratórios acreditados nas áreas agroalimentar, detergentes, produtos de higiene, cosméticos, dispositivos médicos, ensaios não destrutivos, ambiental e segurança ocupacional. Enquanto organismo de certificação, a SGS foi o primeiro a obter a acreditação para a “Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade” em 1998. Desde então, sempre liderou o mercado, inovando nos serviços, de acordo com as principais tendências internacionais, nomeadamente na certificação de sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança ocupacional, segurança alimentar, responsabilidade social, serviços e produtos.
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Paulo Gomes, diretor do Departamento de Comunicação do grupo SGS Portugal
Sector agro-alimentar com apoio para fazer o caderno de encargos // “A SGS é uma empresa que, desde a sua criação, aposta na inovação e no desenvolvimento de novas soluções de forma a atender às necessidades do mercado nacional e oferecer, continuamente, serviços de excelência às empresas, nos seus diferentes ramos de atividade. Este apoio reflecte-se na construção de confiança entre os parceiros comerciais, certificando que os produtos estão em conformidade com requisitos regulamentares e estatutários, requisitos de importação/exportação, respeitam as normas de segurança aplicáveis e consideram o impacto ambiental, por exemplo. Adicionalmente, inspeccionamos, analisamos laboratorialmente e verificamos se as mercadorias transacionadas têm a quantidade e qualidade especificada, assegurando um controlo independente, que permite condicionar o pagamento das cartas de crédito bancárias à emissão do certificado de conformidade da SGS. Das soluções já desenvolvidas e que visam apoiar as empresas exportadoras e importadoras portuguesas, destacamos aqui um serviço direcionado para o sector agro-alimentar: o apoio na ela-
boração do caderno de encargos. Neste documento devem estar definidas as relações contratuais determinadas entre as partes interessadas, bem como, uma caracterização exaustiva de todas as características dos produtos comercializados. Uma correcta e completa elaboração deste instrumento permite que os géneros alimentícios sejam entregues em conformidade com os requisitos do cliente, reduzindo ou eliminando os riscos associados a uma transação internacional. Nesta ordem de ideias, e incrementando o sentido de parceria com o mercado, a SGS vai ao encontro das empresas do sector agroalimentar realizando o ciclo de seminários “Gerir o Risco na Internacionalização – Foco no Produto Alimentar”, em 10 regiões de Portugal, com parceiros locais, onde é pretendido um amplo debate sobre o produto alimentar. Os primeiros seminários deste ciclo já decorreram, na Batalha, no Algarve, em Castelo Branco, e Mirandela, com uma recepção e avaliação muito positivas”. Paulo Gomes, director do Departamento de Comunicação, Desenvolvimento e Inovação do grupo SGS Portugal.
Sede Genebra, na Suíça; Portugal, em Lisboa Actividade formação, análises & ensaios, certificação & auditorias, supervisão de cargas e descargas nos portos, entrepostagem aduaneira, segurança alimentar, controlo da qualidade de produtos de consumo, avaliação de aspetos ambientais, avaliação de riscos de saúde e segurança, inspeção industrial, peritagem e averiguação setor automóvel, apoio à internacionalização Início de actividade existência desde 1878, presente em Portugal desde 1922 Número de trabalhadores mais de 80 mil em todo o mundo e de 230 directos em Portugal Volume de negócios n.d. Volume de negócios na exportação n.d.
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Periféricos para a indústria de moldes atentos à reciclagem de plásticos // A Palbase foi fundada em 1988 com o objectivo de preencher uma lacuna existente no tecido industrial português: o fabrico de equipamentos periféricos para a indústria de plásticos. Desde então tem alargado a sua estratégia, num mercado em constante mudança, procurando a especialização em áreas bem determinadas, como a reciclagem de matérias-primas. Em 1992 entrou no mercado externo com grande sucesso. Actualmente, marca presença em países como Espanha, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido, Angola, Moçambique e Cuba. A sua dimensão e flexibilidade permitem o desenvolvimento de soluções adaptadas a
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necessidades específicas, bem como o fornecimento de soluções tipo “chave na mão”. “Numa altura em que a área da reciclagem está em expansão é este o nosso foco principal. Por forma a irmos ao encontro da resolução dos problemas da reciclagem, temos desenvolvido soluções completas e inovadoras de linhas de reciclagem”, explica Augusto Fialho, gerente da Palbase. “Hoje desenvolvemos e fornecemos soluções para a reciclagem de plásticos rígidos e flexíveis, com diversos teores de contaminação, onde se incluem equipamentos de triagem, transporte, redução de tamanho, detecção e separação de metais, separação por densidades, secagem por fricção e centrifugação e armazenagem”, adianta Augusto Fialho.
Sede Marinha Grande Actividade fabrico de máquinas para a indústria do plástico e da borracha Início de actividade 1988 Número de trabalhadores 19 Volume de negócios 1,9 milhões de euros Volume de negócios na exportação 750 mil euros
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Tecnologia de informação simplifica quotidiano de empresas em 24 países // “Uma das grandes apostas do Nextway Group, e que tem deixado a empresa extremamente satisfeita com os resultados, foi o lançamento que ocorreu no Brasil com uma tecnologia incubada (Skills) para agências de publicidade. Esta operação no Brasil vai permitir a curto prazo a entrada em países latinoamericanos. O Skills é utilizado diariamente por mais de cinco mil utilizadores em 24 países, e tem como finalidade simplificar o quotidiano das empresas. Trata-se de uma solução que está otimizada para fazer a gestão
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da informação e da documentação de uma empresa de forma automática, dado que reúne todas as necessidades empresariais numa única ferramenta online. O projeto desenvolve-se em torno de conceitos como cloud computing e web bases computing trabalhando em aplicações e no desenvolvimento de software. As aplicações criadas são orientadas para workflows e melhoramento de processos com recurso à tecnologia. Para além do trabalho desenvolvido a pensar no mercado das agências de publicidade, o
Nextway Group está a preparar um lançamento destinado ao sector da hotelaria. Trata-se de uma aplicação universal que permite aos hóspedes requisitar todo e qualquer serviço de hotel. Desde o check-in ao check-out, permite agendar uma massagem, serviço de lavandaria ou encomendar uma refeição única no quarto ou no restaurante. Estas ferramentas têm em comum a nossa principal missão: melhorar as infra-estruturas tecnológicas dos nossos clientes”. - Birger Kamrath, CEO do Nextway Group
empresas
Especialista em serviços tecnológicos e empresariais // O Nextway Group é uma empresa internacional com sede em Portugal que fornece serviços tecnológicos e empresariais que tem como objetivo melhorar a infra-estrutura tecnológica dos seus clientes, a sua presença online e as suas funções de apoio empresarial. O sucesso deste grupo é mensurável através de um critério essencial: satisfação dos clientes, alcançado através do crescimento sustentado e maior eficiência da sua estrutura de custos. Com sede em Lisboa, a marca está presente nos principais mercados da Europa e da América do Sul e é constituído por uma equipa com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios
dos seus clientes. O Nextway Group actua em dois níveis: por um lado, assegura a incubação de empresas ligadas às tecnologias de informação (TI) e, por outro, disponibiliza serviços a um conjunto alargado de clientes. Nesta última vertente, a empresa actua com os dados dos clientes, garantindo desde a consultoria de negócio mais básica à auditoria e aos serviços partilhados até ao desenvolvimento de software. Neste caso, conta com algumas das grandes empresas portuguesas e europeias na sua carteira de clientes em áreas que vão desde a agricultura às tecnologias, passando pela publicidade.
Birger Kamrath, CEO do Nextway Group
Unidades de negócio Tecnologias de Informação: Fornece soluções de serviço simples que respondem às necessidades dos clientes, evitando momentos de inactividade e interrupções de negócio. Online: Desenvolve soluções que colocam os seus clientes num caminho de rendimento crescente e sustentável, através do desenvolvimento de hábitos e comportamentos dos consumidores online, orientando-os a aceitar a pagar. Software: Fornece soluções rentáveis que colocam os clientes no caminho certo para um crescimento sustentável de receitas, através do desenvolvimento dos hábitos dos seus consumidores e comportamento online. Serviços financeiros: Disponibiliza serviços especializados nas áreas fiscal e financeira adequados às necessidades e realidades de cada cliente e de acordo com as restrições e requisitos legais aplicáveis. Serviços Partilhados: Disponibiliza serviços de apoio à gestão como gestão operacional (por exemplo a gestão de tesourarias) e gestão de recursos humanos. Consultoria: Do ponto de vista da consultoria o Nextway Group fornece uma ampla gama de serviços, no apoio à gestão, às vendas e na planificação e aplicação de estratégias (por exemplo na elaboração de estudos e estratégias de viabilidade económica).
Sede Carnaxide Actividade fornecimento de soluções de tecnologia de informação e negócio Início de actividade n.d. Número de trabalhadores n.d. Volume de negócios n.d.
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notícias
Foto: EMIGUS
Escola superior de Peniche ‘exporta’ congresso de turismo para Oman
Parques de Sintra considerada a melhor empresa do mundo em conservação // A Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) foi galardoada em Dezembro, pela segunda vez consecutiva, com o World Travel Award para “Melhor empresa do mundo em conservação”, durante a cerimónia oficial em Anguilla (Caraíbas). Estes prémios, reconhecidos internacionalmente como os “óscares do turismo”, são atribuídos anualmente às melhores empresas do mundo na área do turismo e representam uma das distinções mais importantes que estas empresas podem receber. A votação é realizada pelo público em geral e por milhares de profissionais de Agências de Viagens e Turismo, oriundos de 160 países. A Parques de Sintra foi nomeada na categoria de “Melhor empresa do mundo em conservação”, competindo com outras seis instituições dos Estados Unidos, Austrália e África. Este prémio, o segundo World Travel Award
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para a Parques de Sintra, junta-se a outros recebidos anteriormente pela empresa, e que reconhecem a qualidade do trabalho conduzido na recuperação e restauro dos parques e monumentos sob a sua gestão. A Parques de Sintra é uma empresa de capitais públicos que não recebe financiamento do Orçamento de Estado nem dos seus acionistas e que mantém, recupera e abre à fruição do público os locais sob a sua gestão apenas com as receitas que gera (bilheteiras, cafetarias, lojas e aluguer de espaços). Em 2013 os parques e monumentos sob sua gestão receberam mais de 1,7 milhões de visitas; para 2014 estima-se que o número seja superior a 1,9 milhões de visitas. Os World Travel Awards foram criados em 1993 para reconhecer, premiar e celebrar a excelência em todos os setores da indústria do turismo. Hoje, a marca WTA é reconhecida globalmente como selo de qualidade.
A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, reforçou a aposta na internacionalização com a “exportação” do Congresso Internacional de Turismo para o sultanato de Oman, realizado em Dezembro com a presença de congressistas oriundos de dezenas de países, responsáveis por 140 comunicações. “A ESTM reforça desta forma a aposta estratégica na internacionalização das suas atividades de formação e investigação” e “esta é sem dúvida mais uma prova da sua capacidade e da competência dos seus investigadores”, refere Paulo Almeida, diretor da escola, que integra o Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria). O tema do VII Congresso Internacional de Turismo foi a “Imagem e sustentabilidade dos destinos turísticos” e decorreu em Muscat, capital de Oman, na sequência de uma parceria entre a ESTM e o Departamento de Turismo do Colégio das Artes e Ciência da Universidade Sultan Qaboos.
Pedras parideiras portuguesas já receberam 60 mil pessoas O Centro de Interpretação Casa das Pedras Parideiras comemorou o segundo aniversário no início de Novembro e já acolheu 60 mil visitantes. Este geossítio representa um fenómeno geológico raro no mundo – há notícia de um semelhante na Rússia, perto de São Petersburgo. A formação dos nódulos negros, de forma biconvexa, incrustados numa matriz granítica de cor clara, tem suscitado a curiosidade do público, que na sua maioria é português, proveniente dos distritos de Aveiro, Porto e Braga. Quanto aos turistas estrangeiros, os principais países emissores são a França, Brasil e Espanha. A maioria das visitas surge a título individual, seguindo-se as visitas em contexto turístico e escolar.
Foto: António Sacchetti
turismo
Lisboa quer 10 milhões de dormidas de estrangeiros dentro de cinco anos // O “Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa 2015-2019” prevê 10 milhões de dormidas de estrangeiros e receitas globais de 800 milhões de euros dentro de cinco anos, através da diversificação e qualificação da oferta de produtos. O documento, elaborado pela consultora Roland Berger, aponta ainda para um aumento da satisfação dos visitantes em dois pontos percentuais até ao final do período. O turismo tem tido um contributo “muito relevante” para a região, com um crescimento das dormidas a um ritmo de 6% ao ano desde 2009, fomentado pelos turistas estrangeiros, refere o plano, que está em discussão pública, adiantando que o concelho de Lisboa representa 80% das dormidas. A Europa predomina entre os mercados emissores de turismo para a região – 55% do total de visitantes. Entre os mercados de elevado crescimento nos últimos cinco anos (acima de 5%), contam-se o francês, o holandês e o
escandinavo, mas há outros, como o brasileiro (o segundo maior), que começaram a ganhar peso, como destaca o “Plano Estratégico para o Turismo na Região de Lisboa 2015-2019”. Por outro lado, existe um conjunto de mercados fora da Europa que começam a ganhar relevância, como o Brasil (19%/ano desde 2009), EUA, o quinto mercado em conjunto com o Reino Unido (crescimentos acima dos 10%). A Rússia apresenta o maior crescimento desde 2009 (37%/ano). A região de Lisboa “está bem posicionada”, segundo a consultora Roland Berger, junto de casais que a visitam em “city/short break”, podendo o segmento de negócios “ser ainda mais desenvolvido”. Entre os actuais visitantes de Lisboa, mais de 50% optam por fazer “touring” pela região, em particular o segmento de casais e golden. Um dos objectivos do plano, divulgado em Outubro, é reposicionar a região de Lisboa
num novo patamar de excelência, o que passa por uma maior diversidade e complementaridade. É preciso aprofundar o relacionamento entre a cidade de Lisboa e a região, através da introdução de um modelo de desenvolvimento turístico que permita potenciar a visão integrada do turismo regional; reforçar a diversidade da oferta turística e desenvolver novos produtos turísticos, aumentando a riqueza e a abrangência da oferta. Para os autores do plano, é ainda necessário valorizar e desenvolver produtos turísticos associados aos importante activos da região, assegurando o seu reconhecimento e divulgação. A estratégia passa igualmente por uma oferta alargada a 16 produtos, incluindo quatro a potenciar e oito novas apostas, em cinco centralidades (Lisboa, Sintra, Cascais, Arrábida e Arco do Tejo) que têm produtos âncora distintos.
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Turismo pode criar em Portugal 160 mil empregos numa década
// O mercado de trabalho no turismo vai crescer 20% na Europa nos próximos dez anos, revela um estudo do Consórcio Maior Empregabilidade, pormenorizando que em Portugal oito em cada dez empresas pensam recrutar em 2015. No nosso país o turismo deverá gerar 160 mil novas oportunidades de emprego (1% de crescimento) na próxima década, 54% das quais exigirão qualificações médias e superiores. As vagas serão sobretudo na substituição de mão-de-obra. Estima-se que, até 2025, na Europa, sejam criados 13 milhões de novos empregos na saúde e serviços sociais, a maior parte deles na
área do turismo da saúde e bem-estar, revela o estudo “Novos Mercados de Trabalho e Novas Profissões”, da autoria de Ana Cláudia Valente, investigadora da Universidade Católica. Aliás, já em 2015, segundo outro estudo, os hotéis de Lisboa e Porto, os SPA e os ginásios são das empresas que mais vão contratar, sobretudo para reforçar as equipas de “marketing” e vendas. O estudo da consultora Hays, especialista em recrutamento, conclui que 80% das empresas do turismo e lazer estão dispostas a contratar no próximo ano. Segundo os resultados do inquérito feito em Portugal pela empresa, a responsáveis com
cargos de direcção, 70% dos empregadores de turismo e lazer consideram que as instituições de ensino em Portugal não preparam os profissionais para o mercado de trabalho. As funções mais procuradas, além dos especialistas em “marketing” digital, são especialistas em “Revenue Management”, “Yield Management”, “Custom Relationship Management (CRM)”, determinantes para a produtividade e rentabilidade no negócio turístico. Nas funções tradicionais de hotelaria, como “chefs”, “sommmeliers”, empregados de recepção, de quartos e outros, os níveis de exigência são também cada vez mais elevados para responder a um serviço de qualidade.
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Foto: Carlos Gil
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Turismo rende oito mil milhões de euros e hotelaria recebe 12,8 milhões de hóspedes // As unidades hoteleiras portuguesas receberam 12,8 milhões de hóspedes, que originaram 37,5 milhões de dormidas (+10,6%, ou seja, +3,6 milhões do que no período homólogo de 2013), revelam “Os resultados do Turismo”, da Direcção de Planeamento Estratégico/Departamento de Estudos do Turismo de Portugal, referentes aos primeiros nove meses do ano. O Reino Unido liderou o ranking dos principais mercados emissores de dormidas com 6,3 milhões, enquanto o Algarve registou o maior número de dormidas de estrangeiros,
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10,3 milhões, segundo o documento, publicado em Novembro. As receitas do turismo atingiram os oito mil milhões de euros (+859,5 milhões do que no mesmo período de 2013, ou seja, +12,0%). Até setembro, o saldo da balança turística foi de 5,5 mil milhões de euros. No mesmo período de 2013 foi de 4,8 mil milhões, o que significa um aumento de 15,0% (720,3 milhões de euros). As despesas (2,5 mil milhões de euros) assinalaram também um aumento, de 5,9%, que se traduziu, em termos absolutos, em mais
139,3 milhões de euros. Entre Janeiro e Setembro, o Reino Unido liderou o ranking dos mercados estrangeiros e quase 1,3 milhões de hóspedes ingleses permaneceram nas unidades hoteleiras (17% do total de estrangeiros). A Espanha, ficou no 2.º lugar com 1,2 milhões de hóspedes (16% do total de estrangeiros) e assinalou o maior aumento do grupo (15,5%). A França (820,4 mil hóspedes) e a Alemanha (771,5 mil) ocuparam as terceira e quarta posições, com quotas de 11% e 10%, respectivamente, face ao total de hóspedes estran-
turismo valores de 2013 em mais 10,8%. Esta evolução resultou do aumento de 7,9% nas dormidas de estrangeiros (74%) e da evolução positiva das dormidas de portugueses (+19,7%). A região de Lisboa, com nove milhões de dormidas (24% do movimento total do País), apresentou um aumento homólogo de 14,9%, determinado pelo crescimento conjunto das dormidas de residentes no estrangeiro (+14,9%) e em Portugal (+14,8%). O mercado externo representou na região 76% do seu movimento global.
Foto: Associação de Turismo dos Açores
Foto: Marcial Fernandes - Direcção Regional do Turismo da Madeira
Fotos: Região de Turismo do Algarve e Rui Morais de Sousa
geiros. O Brasil, no 5.º lugar, originou 439,5 mil hóspedes e um acréscimo de 9,5%. Este mercado atingiu uma quota de 6% no total de estrangeiros. Nos primeiros nove meses do ano, as regiões do Algarve, de Lisboa e da Madeira, com 28 milhões de dormidas, representaram 75% do movimento global do País e assinalaram evoluções homólogas positivas, em relação ao mercado externo. O Algarve, com 37% de quota no País, registou 14,0 milhões de dormidas e superou os
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Termalismo clássico garante quase a totalidade das receitas do sector // Em Portugal existem 41 termas licenciadas e o sector emprega directamente cinco mil pessoas. Os números de 2013 revelam que foram procuradas por 93.871 termalistas e geraram um volume de negócios próximo do 13 milhões de euros. Os dados do Turismo de Portugal recolhidos no relatório “Termas em Portugal - A oferta e a procura em 2013”, publicado em Setembro, revelam que no ano passado havia mais quatro estabelecimentos termais do que em 2012, o maior número concentrado na região Centro (20), ou seja, uma quota de 49%. A região Norte é a segunda com mais estabelecimentos (17), ou seja, 41% do total do País. As regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve concentraram, em conjunto, 10% da oferta nacional (quatro estabelecimentos). A vertente do termalismo de bem estar, com 54% de representação (13% em 2004), continua a ser a mais procurada pelos clientes
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das termas, com 50,6 mil utentes. O termalismo clássico atraiu 43,3 mil utentes (46%). A predominância atingida pela vertente do termalismo de bem estar ficou a dever-se no ano passado aos acréscimos verificados nas regiões Centro (passou de 49% de representação em 2012 para 52%) e em Lisboa, Alentejo e Algarve (75% em 2012 evoluiu para 79%). Na região Norte aumentou o predomínio da vertente do termalismo clássico (48% em 2012 subiu para 53%). O termalismo de bem estar, embora com mais clientes (50,6 mil clientes), gerou apenas 12% dos proveitos globais: 1,6 milhões de euros (1,7 milhões em 2012). Em 2013, os clientes do termalismo clássico (43,3 mil clientes) deram origem a 11,3 milhões de euros (12,5 milhões em 2012), uma quota de 88%. Os clientes estrangeiros representaram apenas 4,4% das inscrições totais. Espanha con-
tinua a ser o principal mercado estrangeiro a procurar as termas nacionais e a sua representação, no total de inscrições efetuadas por estrangeiros, foi de 42% no ano passado. O termalismo clássico é composto por serviços terapêuticos indicados e praticados a um termalista, sempre sujeito à compatibilidade com as indicações terapêuticas que foram atribuídas ou reconhecidas, à água mineral natural utilizada para esse efeito. O termalismo de bem estar é aquele que engloba serviços de melhoria da qualidade de vida que, podendo comportar fins de prevenção da doença, estão ligados à estética, beleza e relaxamento. Paralelamente, são susceptíveis de comportar a aplicação de técnicas termais, com possibilidade de utilização de água mineral natural, podendo ser prestados no estabelecimento termal ou em área funcional e fisicamente distinta deste.
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