ESPECIAL DE NATAL
Belém, sábado, 24 de dezembro de 2011
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Natal de Jesus Versão Retangular Positiva
Usar preferencialmente e quando o fundo for branco ou bem claro
Versão Ret. Negativa
Usar quando o fundo for verde ou outra cor escura
Versão Ret. M Usar somente da
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Tempo de Paz e Solidariedade
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ESPECIAL DE NATAL
Natal: Origem e Simbologias O Natal é celebrado no dia 25 de Dezembro; sendo que nos países eslavos e ortodoxos a data é comemorada no dia 07 de janeiro; pois estes povos seguem o calendário juliano. Em sua origem, o Natal celebrava o nascimento do Deus Sol, no chamado solstício de inverno (natalis invicti solis). No Século III d.C., a data foi adaptada pela Igreja Católica com o objetivo de evangelizar os povos pagãos, então sob o domínio do Império Romano, passando a significar a comemoração do nascimento do Menino Jesus; nomeadamente porque não se sabia, com exatidão, a data de seu nascimento; tanto que antes dessa adaptação, o Natal era comemorado em datas diferentes. Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C. O Natal encerra o centro das festas de fim de ano e da temporada de férias. Na tradição cristã, configura o marco inicial do assim denominado Ciclo do Natal que dura doze dias. Do ponto de vista cronológico, configura uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano um da nossa era. Muito embora o Natal seja tido tradicionalmente como um feriado cristão, trata-se de uma data amplamente comemorada também pelos não-cristãos, que fazem uso de costumes populares e temas comemorativos natalinos, como a troca de presentes e
cartões, a Ceia de Natal, as músicas natalinas, festas de igreja e a exibição de belas decorações; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios, além da lendária figura do Papai Noel, que se associa à tradição de distribuir presentes para as crianças. A palavra NATAL origina-se do latim “natalis” que, por sua vez, deriva do verbo “nascor, nascéris, natus sun nasci”, que significa nascer, ser posto no mundo. Enquanto adjetivo, significa também o local onde se deu o nascimento de alguém ou de algum fato. As comemorações antigas do Natal costumavam durar até 12 dias, o que se justificava em razão de que este fôra o tempo de duração da viagem dos três Reis Magos do Oriente até a cidade de Belém, onde nasceu Jesus, a quem entregaram presentes (ouro, mirra e incenso). Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las 12 dias após o Natal, exatamente no dia 06 de janeiro, data em que se celebra os Reis Magos, festa católica conhecida como Dia de Reis. O Liberal presenteia seus leitores com esta revista que retrata diversos temas e simbologias do Natal, esta data tão importante para o nosso povo. Versão Retangular Positiva Versão Ret. Negativa
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O Presépio
Nas primeiras celebrações do Natal cristão, eram utilizadas esculturas e quadros para ornamentarem as igrejas e capelas; uma maneira de ensinar os fiéis sobre este grande acontecimento, que foi o nascimento do Filho de Deus, nomeadamente porque a grande maioria do povo não sabia ler, nem escrever. Assim, além das representações teatrais não litúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal, estas esculturas serviram de inspiração para que se criasse a representação do que hoje conhecemos como presépio.
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A tradição católica ensina que o presépio (do lat. Essa representação do nascimento de Jesus, praesepio) surgiu em 1223, através de São Francisco de que então se convencionou chamar de “Presépio”, Assis, que desejou celebrar o Natal de maneira mais re- fez tanto sucesso, que a idéia rapidamente se esalista, possibilitando ao povo compreender o que acon- tendeu por toda a Itália, sendo introduzida nas catecera naquela noite mágica. Então, comRetangular a permissãoPositiva sas nobres européias em seguida, às Versão Versãoe, Ret. Negativaestendeu-seVersão Ret. M Usar preferencialmente e quando o Usar quando o fundo for verde ou do Papa montou uma representação do nascimento de classes mais pobres. Na Espanha, a tradição foi in-Usar somente fundo for branco ou bem claro outra cor escura da Jesus toda em palha, com uma imagem do Menino Je- corporada pelo Rei Carlos III, que a importou de sus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um Nápoles no século XVIII. Sua popularidade nos boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao cenário de humildade e delicadeza, foi celebrada a Mis- longo do século XIX, e na França apartir do início sa de Natal daquele ano no convento franciscano. do século XX.
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A Árvore de Natal
Entre as diversas versões existentes acêrca da origem da árvore de Natal, predomina a que indica a Alemanha como país de sua procedência, tendo Martinho Lutero (1483-1546) como autor da primeira árvore de Naral que se tem notícia. Conta a lenda, que estando ele a olhar para o céu, através de uns pinheiros que cercavam a trilha, contemplou-o todo estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado de emoção ante a beleza do que naquele momento presenviava, arrancou um
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galho do pinheiro para levar para casa. Entusiasmado, ro era mostrar as crianças como deveria ser o céu na Lutero tentou retratar a visão que tivera, colocando o noite do nascimento do Filho de Deus. pequeno pinheiro em um vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas que Ret. os Reis Magos, vindos Versão do acesas afincadas nas pontas dos Versão ramos. Retangular AcrescentouPositivaA Bíblia relata Versão Negativa Ret. M Usar preferencialmente e quando o Usar quando o fundo for verde ou papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Afas- Oriente à procura de Jesus, foram guiados por umaUsar somente fundo for branco ou bem claro outra cor escura da tando-se do que produziram, Lutero e sua família estrela até Belém. A estrela tinha 4 pontas e uma cauficaram surpresos e encantado ao verem aquela bela da luminosa. As quatro pontas representavam as 4 diárvore iluminada, a quem parecia terem dado vida. Eis reções da terra: Norte, Sul, Leste, Oeste, de onde vêm que nascia o que hoje conhecemos como Árvore de os homens para adorar Jesus, a grande Luz, que é uma Natal. Muitos escritores dizem que o desejo de Lute- estrela de fé, de amor e de esperança.
A Estrela
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Natal, a Festa da Família
A Ceia do Natal enseja uma tradição cristã, po- cimento de Jesus e também fazer apresentações de rém, dada a universalidade do evento, acabou por um Coral Natalino, composto pelas crianças. Esta incorporar-se à diversas culturas e religiões. tradição começou com a própria Zenóbia que o faPara os cristãos constitui o símbolo do banquete zia com os seus filhos, quando eram crianças; uma eterno e possibilita a família reunir seus membros maneira, segundo ela, de transmitir a tradição faem torno da mesa, para a experiência da partilha e miliar às novas gerações, educando as crianças para da fraternidade. o amor a Jesus, a solidariedade e às artes. Os filhos Muitas famílias tradicionais de Belém matem esta cresceram e casaram-se. Mas, a tradição na família tradição, passando-a de geração em geração. A Profes- continuou através dos netos; e, atualmente, alcança sora de Educação Artística e Teóloga Zenóbia Coelho a quarta geração, com os bisnetos. de Souza, 90 anos completados em 07 de junho deste Em pleno 2011, a família Coelho de Souza mantém ano, é matriarca de uma família de 12 filhos (Fätima, a tradição de reunir seus membros na Ceia do Natal. Filomena, Marta, Carmem, Themístocles, Telêmaco, Todos os filhos, netos e bisnetos da matriarca Zenóbia Tito, José Luiz, Arthur, Alberto, Marcelo e Henrique) são unânimes em afirmar que o melhor de tudo é a ale33 netos e 23 bisnetos. gria da reunião familiar e da celebração do aniversário Com uma juventude admirável, costude Jesus, para quem, inclusive, cantam parabéns. Versão Ret. M VersãoZenóbia Retangular Positiva Versão Ret. Negativa Usar preferencialmente e quando o Usar quando o fundo for verde ou ma reunir toda a família no Natal, inclusive, os fiO Natal, assim como o teatro da Professora Ze-Usar somente fundo for branco ou bem claro outra cor escura da lhos e netos que moram em Brasília, Rio de Janeiro, nóbia, antes mesmo da televisão, da internet e do São Paulo e EUA. É tradição na família Coelho celular, constituem a história que sobrevive ao temde Souza encenar peças de teatro, envolvendo os po, sendo transmitida de geração em geração, ajuadultos e as crianças, para contar a história do nas- dando a perpetuar a cultura e a religião dos povos.
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Versão Ret. Negativa
Usar quando o fundo for verde ou outra cor escura
Versão Ret. M Usar somente da
A família da Professora Zenóbia Coelho de Souza, 90 anos, se reúne todo ano para celebar o nascimento de Jesus.
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Os Corais Natalinos
No Brasil, existem corais que se apresentam especificamente em dezembro para cantar músicas natalinas; sendo os dois mais famosos: o de Gramado, no Rio Grande do Sul e as Meninas Cantoras de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Em Belém muitos corais apresentam-se neste período, em igrejas, teatros, prédios públipanhadas de músicas. Já no sul da França, no Midi, cos, empresas privadas e praças, com destaque para a por exemplo, considerava-se como “música nataliSchola Cantorum da Catedral Metropolitana de Bena” um tipo de dança em círculos. Muitas cantigas lém, regida pelo Maestro Eduardo Nascimento; o Code Natal populares no mundo inteiro tiveram a sua ral da FundaçãoVersão CarlosRet. Gomes, regido pela Maestrina origem na França ou na Inglaterra. Versão Retangular Positiva Negativa Versão Ret. M Usar preferencialmente e quando o Usar quando o fundo for verde Musical, ou Maria Antônia Jimenez; o Coral Opus regidoUsar somente Na tradição anglo-saxã, pequenos coros se agrufundo for branco ou bem claro outra cor escura da pelo Maestro Vanildo Monteiro; e o Coral Santa Cecípavam nas florestas para entoarem cantigas natalilia, regido pelo Maestro João Bosco. nas, alegrando as pessoas que por ali passavam. A Schola Cantorum da Catedral MetropolitaA primeira canção natalina de que se tem rena de Belém, em particular, que tem como organista gistro data do ano 129 dC, ano em que um bispo o pianista Paulo José Campos de Melo, integra uma romano teria dito que a música “Hino dos Anjos” tradição que remonta século IV. As Schola Cantodeveria ser cantada durante o Natal.
A beleza das músicas natalinas, cantadas por corais, nos remetem ao encanto do grande evento que foi o nascimento do Menino Jesus. A tradição de cânticos natalinos, entoados por corais, teve sua origem na Europa. Tais músicas eram então consideradas pagãs, pois que cantadas durante as cerimônias do Solstício de Inverno (o dia mais curto do ano), quando as pessoas reunidas cantavam e dançavam em volta de círculos de pedra. Com o passar do tempo, as músicas que eram executadas na cerimônia do dia 22 de dezembro, foram substituídas por canções consideradas cristãs. Na Inglaterra e na França da Idade Média, as músicas natalinas eram tidas como danças acom-
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MÚSICAS NATALINAS MAIS CANTADAS
rum constituem escolas de canto coral e coros de jovens, criadas para acompanhar as funções religiosas da Igreja Católica. A primeira schola cantorum foi fundada pelo Papa Silvestre I (334 dC ). Desta derivou a escola romana do Laterano e escolas análogas nas catedrais de todo o mundo católico. Este nome também foi adotado pelas escolas laicas, dentre as quais a mais famosa é a Schola Cantorum de Paris, fundada em 1894 por Vincent d’Indy o qual a transformou em uma escola de composição. Existiu também a Schola Cantorum fundada no fim do século VII ou no início do século VIII em Roma, a partir do modelo do Orphanotropheion de Constantinopla. Tratava-se na verdade de um orfanato, inicialmente denominado Orphanotrophium, onde seus integrantes recebiam um cuidadoso preparo no canto coral, desempenhando várias
Noite Feliz (traduzido do alemão), música de Franz Gruber
funções musicais. Dado o virtuosismo técnico de seus Então é Natal (versão para Happy Xmas – alunos, o orfanato passou a ser chamado de Schola War Is Over), música de John Lennon e Yoko Cantorum; a qual manteve suas atividades educacioOno, versão de Claudio Rabello. nais em música num alto nível por um longo tempo, Boas Festas – música de Assis Valente de maneira que se fez merecedora de reputação interNoite Azul – música de Orestes Barbosa nacional, atraindo candidatos de vários países para seO Natal Existe (Bom Natal) – música de Edrem ali instruídos. A Schola Cantorum teve um papel son Borges importante no estabelecimento do canto gregoriano. Natal das Crianças – música de Blecaute Durante o período natalino, a Schola Catorum de Natal (Bom Velhinho) – Ocda catedral Metropolitana de Belém, apre- Positiva SapatinhoVersão Versãorealiza Retangular Ret. Negativa Versão Ret. M távio Filho Usar preferencialmente Usar quando o fundo for verde ou Usar somente sentações em festivais e nas celebrações litúrgicase quando o fundo for branco ou bem claro outra cor escura da Bate o sino – (traduzido do inglês Jingle Bells) solenes do Natal, realizadas neste templo. O Pinheirinho de Natal, (traduzido do aleA beleza das músicas natalinas, cantadas por mão, O Tannenbaum) corais, nos remetem ao encanto do grande evento Adeste Fideles - também conhecido que foi o nascimento do Menino Jesus. Constitui como “Hino Português” (latim) uma tradição que atravessou séculos e vêm se manAve Maria (latim) tendo entre as gerações.
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A lenda do Papai Noel e a tradição da troca de presentes A lenda do Papai Noel foi inspirada em um bispo, conhecido pelo nome de Nicolau, nascido na Turquia em 280 d.C. Ele era reconhecidademente um homem de extrema bondade, que tudo fazia para ajudar as pessoas, em especial, os mais pobres, fazendo-o anomimamente, através de saquinhos com moedas, que deixava próximos às chaminés das casas. Em face dos inúmeros milagres a ele atribuídos, foi sagrado santo pela Igreja Católica em 324 dC; sendo, a partir de então, conhecido como São Nicolau. Foi na Alemanha que se passou a associar a imagem de São Nicolau ao Natal; o que se espalhou rapidamente pelo mundo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal. Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Atribui-se ao Pastor Clemente Moore (1822) a retratação do bom velhinho em traje de peles, com um trenó sendo puxado por renas; e em 1886 foi retratado pelo cartunista alemão Thomas Nast com uma nova imagem, com roupas em cores vermelha e branca, com cinto preto, sendo assim apresentado na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano. Já em 1931, através de uma campanha publicitária de um refrigerante, Papai Noel foi mostrado com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores daquele. A campanha fez muito sucesso, de maneira que esta nova imagem do Papai Noel espalhou-se pelo mundo inteiro em pouco tempo, sendo assim retrado até o presente século. A figura do Papai Noel povoa o imaginário infantil pelo mundo afora, em especial, durante as festas natalinas. Retratado como o bom velhinho, de barbas brancas e com roupas vermelhas. As crianças creditam a ele os presentes que lhes são deixados, na véspera do Natal. A generosidade de São Nicolau e a lenda do Papai Noel serviram de fundamento para a tradição natalina da troca de presentes entre familiares eVersão amigos; e, também, para a doação de aliRetangular Positiva Versão Ret. Negativa Usar preferencialmente e quando o simbolizando, Usar quando o fundo for verde ou mentos e brinquedos feitas por instituições e igrejas para a população mais carente; fundo for branco ou bem claro outra cor escura assim, a partilha e a solidariedade.
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São Nicolau, o verdadeiro Papai Noel
Filho de pais ricos, reputado por sua profunda vida de oração, nasceu Nicolau no ano 275 em Pátara, na Ásia Menor. Tornou-se sacerdote da Diocese de Mira, onde amorosamente evangelizou os pagãos em meio aos difícies tempos de perseguição aos cristãos. Sabe-se que recebeu por herança uma grande quantia de dinheiro, tendo livre e anonimamente partilhado-a com os pobres e necessitados, sendo posteriormente, reconhecido por sua grande genorizidade. Sagrado Bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, foi torturado e condeVersão Nicolau Ret. Negativa Versão Ret. M Usar quando o fundo for ou nado a morte, mas verde felizmente se salvouUsar somente outra cor escura da em 313, em razão da publica;ção do Edito de Milão, que concedeu o direito à liberdade religiosa. Nicolau faleceu em 324 dC, com fama de santidade.
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Belém, sábado, 24 de dezembro de 2011
Belém, a Casa do Pão Alexandre Martins é vocacionado da Comunidade Família de Nazaré, Vice-Secretário da Cáritas Metropolitana de Belém e Diácono Permanente da Arquidiocese de Belém Do coração de Dom Alberto Taveira Corpelo menos na noite de Natal todos possam rea, Arcebispo Metropolitano de Belém, surgiu se alimentar de forma digna. Neste aspecto, em 2010 o projeto Belém, Casa do Pão; dada a pedimos em nome de Jesus ( o aniversariante necessidade de integrar, de forma harmonizada, do dia) um presente à essas pessoas a quem todas as ações de arrecadação de alimentos realiJesus nunca deixou de atender. O presente é zadas pelas paróquias que integram a Arquidioum alimento não perecível ou mesmo uma cese de Belém, então conhecidas como “Natal cesta básica. sem fome”. Assim, ao invés de termos 71 camAno passado arrecadamos 23.000 cestas bápanhas paroquiais isoladas contra a fome, dessicas. Este ano ultrapassamos a marca da 25.000 de o ano passado centralizamos em uma única cestas básicas. Considerando a média de 5 pescampanha a arrecadação de alimentos, descensoas por família, conclui-se que o projeto atentralizando, por outro lado, a respectiva distrideu 125 mil pessoas carentes em nossa cidade. buição. O projeto possui uma logomarca, com É sempre um motivo de grande alegria ver slogan, um cartaz, tudo dotado de uma identidaas pessoas entusiasmadas em ajudar ao próxide própria. Cada paróquia, dentro de suas divermo. O paraense é conhecido pela sua hospitasidades de ações, realiza as mais diversas formas lidade e acolhimento, como também pelo seu de cadastrar e visitar as famílias, para efeito de espírito de desprendimento e amizade. Não arrecadar os alimentos e distribuí-los. é à toa que nos chamamos uns aos outros de Por natureza, todos somos solidários. “mano” ou “mana”. De certo, integramos uma Entretanto, esse sentimento fica mais afloramesma família. Neste sentido, o que mais nos do em especial neste período, devido à promarcou durante a campanha foi presenciar a ximidade da comemoração do nascimento de bonita atitude de famílias carentes ajudando Jesus e todo o clima de Natal que a cidade outras ainda mais carentes. Muitos são os asvive, expressado através das decorações pectos que nos emocionaram, este em Versão naRetangular Positiva Versão Ret.mas, Negativa Usar preferencialmente e quando o Usar quando o fundo for verde ou talinas, das confraternizações em comunidaespecial selou o grande sucesso da campanha fundo for branco ou bem claro outra cor escura de e em família e todos os exemplos de sodesde o ano passado, ratificado pela resposta lidariedade que vemos. Todos querem fazer positiva do povo à convocação. parte deste tempo e sentem-se movidos a Um Feliz Natal e sem fome, a todos os resiajudar àqueles que nada têm, a fim de que, dentes de Belém, esta cidade que é Casa do Pão.
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ESPECIAL DE NATAL
Natal: tempo de solidariedade Entrevista com Dom Teodore Mendes Tavaras, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém Por que o Natal é verdadeiramente um tempo de solidariedade? Para o cristão, no Natal celebra-se a festa do amor transbordante de Deus que assumiu a nossa condição humana e «habitou entre nós» ( Jo 1,14). A encarnação está em função da redenção. Essa condescendência divina é um gesto inefável de profunda solidariedade de Deus para com a humanidade. Tal gesto interpela e convida todo o ser humano a fazer-se próximo do seu semelhante, solidarizando-se especialmente com os que são mais pobres e necessitados, com todos os que sofrem e precisam de ajuda. Qual a lição de solidariedade e humildade que o nascimento do Menino-Deus nos dá?
Creio que a lição de solidariedade e humildade que Jesus nos dá está no mistério da sua encarnação e de toda a sua obra redentora, cujo ápice foi o mistério pascal. Efetivamente, Jesus sendo rico, se fez pobre para nos enriquecer (2 Cor 8,10); ele que «tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo, (…) humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou grandemente…» (Fl 2,6-9). Sabemos também Jesus passou pelo mundo fazendo o bem, amou-nos até ao fim, dando a vida por nós. Ele pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Deste modo, o próprio exemplo de Jesus é o maior ensinamento, é a melhor lição de solidariedade, humildade e amor para
nós e para toda a humanidade. Diz S. Ireneu: «Deus Fez-Se homem, para que o homem se tornasse Deus». Desta afirmação de S. Ireneu, que aponta para a nossa divinização, podemos tirar muitas ilações! Todas as vezes que amamos como Jesus nos amou, em todos os tempos e lugares, não apenas imitamos o seu exemplo e realizamos sua vontade, mas também elevamos o nosso mundo sedento de amor e de paz, e contribuímos para a construção da tão sonhada «civilização do amor»! O que o senhor tem apreendido em sua visitas junto a população ribeirinha nas Ilhas que circundam Belém? Cada vez que tenho a oportunidade de visitar e servir a população das Ilhas, bem como outros membros do Povo de Deus, regozijo-me pela graça que me é proporcionada para evangelizar e ser evangelizado. Tenho consciência que o Espírito Santo me precede na missão. Antes da minha visita, Deus faz-se presente nas pessoas e na caminhada das comunidades eclesiais das Ilhas. Sinto essa presença de Deus na simplicidade e hospitalidade dos que me acolhem, na celebração da fé e convivência entre nós, na partilha fraterna dos bens materiais e em tantos outros gestos de amizade eVersão gratuidade… Retangular Positiva Versão Ret. Negativa Usar preferencialmente e quando Usar quando o fundo for verde ou Falando particularmente da ominha pequefundo for branco ou bem claro outra cor escura na experiência com o povo das comunidades Ilhas, apraz-me dizer que a gente se comunica e se interage bastante bem, dá e recebe, ensina e aprende muita coisa sobre Deus e seu desígnio de salvação, sobre a vida e a história da caminhada das comunidades, a cultura
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ESPECIAL DE NATAL
Belém, sábado, 24 de dezembro de 2011
dos povos dessa área missionária, seus projetos e desafios… Tudo isso tem sido uma experiência bastante rica e gratificante… A sua convivência com a população pobre de nossa cidade, das periferias e ilhas, fará deste Natal um tempo diferente para o senhor? Acho que este compromisso com essa parte da população mais carente ajuda-me a descobrir e a valorizar a presença de Cristo no pobre sofredor. No meu pastoreio tenho encontrado pessoas de todas as classes e condições sociais. Sem excluir ninguém, sinto que os mais pobres e esquecidos precisam de uma atenção e de um cuidado especial. Não podemos ficar indiferentes, mas solidários. Deus é solidário. A mensagem do Natal nos impele a amar e a partilhar com os outros os bens materiais e espirituais. Na ocasião do Natal, percebe-se há um grande espírito de solidariedade entre as pessoas. O mesmo se pode dizer em relação a várias instituições e organizações que colaboram generosamente para ajudar os mais pobres e necessitados. A título de exemplo, posso dizer que, a nível da Arquidiocese de Belém, a Igreja Católica, tem vindo a fazer uma campanha nas paróquias, envolvendo a Caritas e as pastorais sociais para arrecadar alimentos e oferecer uma cesta básica para a população mais carente. Estive em Cotijuba, participando de uma celebração e entrega de cestas básicas habitantes daquela região das Ilhas. Muitas outras atividades semelhantes aconteceram, antes do Natal, em outros lugares. Além dessa parte material, convém lembrar a importância da parte espiritual. As celebrações festivas que se aproximam vão consolidar ainda mais os laços de amizade e comunhão com todos, quer sejam das Ilhas, quer sejam da grande Belém. Na ocasião da festa do Natal, tempo propício para encurtarmos as distâncias e nos aproximarmos mais de Deus e das pessoas, irei celebrar missas no dia do Natal e durante o período do Natal, nas comunidades das Ilhas e Paróquias da cidade de Belém. Será o meu primeiro Natal em Belém do Pará, junto daqueles que sou enviado a servir, como Bispo, pela graça de D.eus. Aproveito para desejar a todos, um santo e feliz Natal.
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ESPECIAL DE NATAL
Que o nascimento do Menino Jesus renove em nossos corações sentimentos de paz e solidariedade.
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