Portefólio Arquitetura - Vera Martinho

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VERA MARTINHO Portefólio de Arquitetura P r o je t o s a c a dé mic o s 2010-2016



INDÍCE C U R R I C U L U M V I T A E

02

CARTAS DE RECOMENDAÇÃO

06

MALHA

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HABITÁCULO

12

LARGO SRA. DA LAPA

16

CONJUNTO HABITACIONAL DA LAPA

20

HABITAÇÕES DE S. ROQUE EQUIPAMENTO DE HORTAS URBANAS

24

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO DOURO

32

TANATÓRIO OCIDENTAL DO PORTO

36

LEVANTAMENTO DA CAPELA DE SRA. DA CIVIDADE

40

A PAISAGEM DA ARQUITETURA UM LUGAR NA PAISAGEM DE PENAFIEL

42

DESENHOS

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VERA MARTINHO | MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITETURA | ESAP

CURRICULUM VITAE INFORMAÇÃO PESSOAL Nome Morada Telemóvel E-mail Nacionalidade Data de nascimento

Vera Lúcia dos Santos Martinho Rua nova das Lajes, Irivo 4560-173 Penafiel 919789827 veramartinhoarq@gmail.com Portuguesa 21/09/1992

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Empresa ATELIER MAPA Rua João de Oliveira Ramos, 87 Porto Datas Agosto 2016 – Março 2017 EDUCAÇÃO Escola ESAP | Escola Superior Artística do Porto Largo S. Domingos n. 80 Porto Curso Mestrado Integrado em Arquitetura Designação da qualificação atribuída Mestre em arquitetura Datas Outubro 2010 – Março 2016 Principais disciplinas Projeto I, II, III e IV Desenho/modelação e maquetagem Desenho arquitetónico Desenho assistido por computador Geometria I e II Arquitetura contemporânea/modelos I, II, III, IV Teoria e história do urbanismo contemporâneo História da arquitetura e urbanismo I, II, III e IV História da arquitetura moderna I e II Introdução à cultura tectónica Arte contemporânea Materiais e léxico da construção Componentes de edificação I e II Sistemas estruturais I e II Concepção estrutural I e II Conforto ambiental I e II Instalações I Sistemas ambientais e sustentabilidades Psicologia da percepção Antropologia do espaço Sociologia urbana I Economia de recursos Paisagem urbana Seminários Projetar o vazio, Intervenções no espaço público Património e cultura da relação entre o existente e o “novo”:intervenções em edifícios antigos Coordenação de projetos e comunicação à obra Apoio estrutural ao projecto Metodologias de avaliação de projetos urbanísticos Ordenamento do território Cidade alargada e paisagem Arquitetura e identidade Teoria da reabilitação arquitetónica Teoria da reabilitação urbana Conferências Cooperativa Sítio. Percurso e Ideias para o Futuro, participação de Ana Ruivo e Samuel Rodrigues Obras e Projetos, dinamização do Arqº Rui Bianchi Arquitetura Vernacular em Safranbolu, proferida pelo Prof. Ibrahim Yumrutas, da Karabuk University (Turquia) Arquitectura em formato tv - imagem fílmica e cultura arquitectónica portuguesa dos anos 90, proferida pela Arquiteta Alexandra Areia My Town, proferida pelo Arquitecto José Semide A Casa na Paisagem, organizada pelo Prof. Dr. Eng Franklin Morais A Reabilitação na Zona Histórica do Porto, organizada pelo Prof. Dr. Eng Franklin Morais Mansilla+Tuñón: playgrounds - 10 edifícios construídos, proferida pelo 02


Arquitecto Emílio Tuñón Projetos Recentes, proferida pelo Arquitecto Eduardo Souto Moura Paisagem, Cidades e Ordenamento do Território, proferida pelo Geógrafo José Rio Fernandes Sistemas de caixilharia de alumínio, proferida pelo grupo Sosoares La Ciudad y Los Centros Históricos de Canarias, Macaronésicos e Iberoamericanos, proferida por Juan Sebastián López García, Docente em Mobilidade da Escuela de Arquitectura da Universidad de Las Palmas, Gran Canaria Peso e leveza, proferida por Juan Carlos Arnuncio Space, Place and Atmosphere, proferida por Juhani Pallasmaa Centrais hidroeléctricas - a arquitectura como disciplina de rigor, proferida pelo Arq. António Dias Arquitetura da Revolução, o SAAL de Chaves de Oliveira, proferida por Manuel Lessa Conferência|Participação Participação na conferência Memória(s) construída(s) com a apresentação do tema ‘’O lugar religioso e o lugar pagão -Ermidas do concelho de Penafiel e Steilneset Memorial de Peter Zumthor e Louise Bourgeois'' Projeto Final A paisagem da Arquitetura Um lugar na paisagem de Penafiel Qualificação (19 valores) Resumo ‘’Na época medieval as ermidas eram o objeto de humanização da zona da floresta. Este era um território a sacralizar, por ser considerado selvagem, caótico e demoníaco. O presente trabalho tem como objetivo aplicar a definição de paisagem no território de Penafiel e procurar lugares isolados de valor paisagístico e uma arquitetura que começa a ser usada para ocupar esse tipo de lugares, nomeadamente as ermidas. Criar um lugar em rede entre os lugares estudados de características semelhantes, foi o ponto de partida para (re)criar um lugar com um novo intuito, adequado ao tempo em que é projetado.’’ Palavras-chave: Paisagem, Unidades de Paisagem, Carácter, Ermo, Ermida, Capela,Percurso Nível segundo a classificação nacional ou internacional 15 (quinze) valores APTIDÕES E INFORMAÇÃO ADICIONAL Social Boa capacidade de comunicação, espírito de equipa, entreajuda e solidariedade, desenvolvidos no decurso de experiências académicas, vivência em sociedade e experiencia de voluntariado. I n f o r m á t i c a Microsoft Office(Word, Excel, PowerPoint, Publisher) Autodesk Autocad Adobe InDesign Google SketchUp Adobe Photoshop Adobe Flash Carta de condução Categoria B e B1 Voluntariado Voluntariado animal Voluntariado ‘’amigos dos sem abrigo’’

03



05


CARTA DE RECOMENDAÇÃO

Fui orientador da Vera Martinho na realização da sua dissertação de mestrado, no ano letivo 2015/2016, intitulada "A Paisagem da Arquitetura - Um lugar na paisagem de Penafiel”. Para além disso, a Vera foi também minha aluna na Unidade Curricular de Desenho Urbano, no 4º ano do Mestrado Integrado em Arquitetura da Escola Superior Artística do Porto, assim como nos seminários do 5º ano na área de urbanismo do mesmo curso. No desenvolvimento de toda este percurso académico, a Vera revelou possuir elevada capacidade de trabalho, perseverança, responsabilidade, organização e rigor cientifico. Adquiriu também competências importantes em todas as componentes que formam o corpo disciplinar da arquitetura e que lhe permitirão sem dúvida desempenhar com qualidade a sua prática profissional. Assim, o conhecimento pessoal que tenho do trabalho responsável e dedicado da Vera Martinho, assim como o conhecimento do seu desempenho académico, permite-me concluir que dispõe de capacidades e motivação para realização de atividades profissionais na área da arquitetura, incluindo as que envolvam investigação e desenvolvimento de projetos no âmbito profissional da arquitetura e urbanismo.

Porto, 15 de Maio de 2017

Joaquim António de Moura Flores Professor Auxiliar da Escola Superior Artística do Porto - ESAP Investigador do Laboratório em Investigação em Arquitetura - ESAP

E s col a Su p e ri or Art í sti c a d o P ort o – E S AP , La rg o d e S . D o min go s 80, 4 0 50 - 54 5 P orto

Joaquim.flores@esap.pt

06


07


MALHA

2010-2011

08


A BID I M EN SI O N A L I D A D E A partir de algumas linhas, desenhadas intuitivamente numa folha de papel, que se agrupavam de forma mais ou menos densa, o projeto começou a desenvolver-se tridimensionalmente com base no espírito desta malha bidimensional. A VER T I C A L I D A D E Numa primeira fase os cruzamentos e entroncamentos de linhas, zonas mais densas, são marcados por retas verticais e todos os conjuntos de linhas longitudinais são marcados por planos verticais longitudinais que delimitam esses conjuntos. A H O R I ZO N T A L I D A D E Numa segunda fase é destacado um centro, um ponto de divergência de rampas, que ligam os diferentes volumes transversais em diferentes cotas onde os percursos fluem. O T ER R EN O Numa terceira fase o homem teria uma relação não só com o espaço construído mas também com a natureza envolvente. Nesta relação com a Natureza o espaço flui e ultrapassa os limites da malha de base. A relação visual com a envolvente é permanente, conseguida pela leveza do projeto, onde poucos são os elementos verticais usados.

09


10

B

A'

B'

A


Esquema de plataformas

Perfil AA'

Perfil BB' 11


HABITÁCULO 2010-2011

12


13


A'

CH E I O E V A Z I O Com a intenção do projeto resultar de um processo de jogo de ‘‘escavação’’ em que se destacam cheios e vazios, o cubo de 10mx10m, que serve de base para a construção, é organizado em três diferentes níveis. Desses níveis são retirados volumes que dão lugar a espaços "vazios" que seriam os espaços ''habitados''. O “vazio” situado no nível inferior dá lugar a um espaço exterior público que antecede o percurso vertical público que possibilita a ligação à cota 6,50m (dada no exercício). No último nível superior, desta vez, o espaço vazio dá lugar a um espaço exterior privado com ligação ao interior (área de descanso e área de higiene). Entre os níveis anteriormente referidos, surge um volume que corresponde à área polivalente no interior do habitáculo. Esta área é organizada com ligação à área de estar, à área de alimentação e à área de higiene). A entrada para o interior do habitáculo é feita à cota 3,25m, através do acesso vertical público. O interior da construção organiza-se em meios pisos e sem grandes barreiras visuais, o que possibilita uma ligação visual e espacial entre as diferentes áreas do habitáculo.

Piso 2

Piso 1

Piso 0 Espaço público

A'

Espaço privado

14

Piso 0

Piso 1


Piso 2

Corte AA'

15


LARGO SRA. DA LAPA Cedofeita, Porto 2011-2012

16


Anterior a 1755

Posterior a1755

1792

1793

1833

1855

1863

1892

1902


A'

A

18

Corte AA'


Cheios e vazios

Paragem de peões

Passeios

Percurso de automóveis

Percurso de peões

Maciços arbóreos

Na proposta o declive que acompanha as ruas foi mantido, houve um reforço da linha de árvores que limita o largo da Rua Antero de Quental e esta foi ligada a uma segunda linha de árvores, paralela à fachada do quartel, acompanhando assim a curva da plataforma que criei para melhorar o acesso à igreja, essa plataforma que, rematada com degraus, adapta-se ao declive e prolonga-se até aos limites do largo com o desenho dos degraus no pavimento, é uma área semi-sagrada, como um prolongamento do adro, como se o abraçasse. A linha de árvores organiza o largo em duas áreas, uma mais ligada à igreja e outra mais ligada à cidade. Nesta última situa-se a fonte que se adapta ao declive do terreno e que pertence mais à cidade, esta é como um marco na entrada para o largo. A linha de árvores passa também a definir uma área mais de percurso mais virada para a estrada, para a cidade. O acesso ao cemitério passa a ser feito à mesma cota do semi-circulo que antecede a entrada deste, deixando de haver dificuldade no acesso feito através de degraus. Com um carácter não só funcional mas também com um carácter escultórico, alguns bancos são colocados de forma despenteada em redor das árvores, o que quebra um pouco aquela regularidade da curva.

Entrada do cemitério

Largo - antes e depois

Ent. Cemitério - antes e depois


CONJUNTO HABITACIONAL DA LAPA Cedofeita, Porto

2011-2012

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BA N D A E P E R CU R S O S Nesta proposta foram salientadas algumas zonas de percurso que seriam importantes pelos percursos já realizados diariamente por várias pessoas, e num exercício de cheio/vazio surgiu a ideia de fazer uma banda de habitações com a configuração do vazio do bairro da Lapa já existente. Houve a preocupação de criar algumas áreas naturalistas que animam os percursos que ligam diferentes cotas e a preocupação da hierarquia dos espaços públicos e privados. A proposta visa uma banda constituída por seis habitações bifamiliares que se agrupam duas a duas como espelho formando assim 3 módulos iguais, tendo cada módulo duas habitações bifamiliares e a reformulação do espaço exterior público assim como a construção de um equipamento coletivo. T1/T2 - T0/T3 Cada habitação bifamiliar, um fogo T1 e outro fogo T2, são ambas organizadas em dois pisos e estas construções têm que assegurar a eventual transformação do T1/T2 em T0/T3. O T2 tem a sua zona diurna no piso inferior e a zona noturna no piso superior, o T1 tem uma tipologia inversa, pois a zona noturna é no piso inferior e a diurna no piso superior. Numa eventual transição para um T0/T3, o quarto da habitação T1, no piso inferior, passa a pertencer à habitação T2 ficando assim um T3, esse quarto como se situa na zona diurna da habitação pode ser um prolongamento da sala de estar ou então um espaço destinado mesmo a quarto como era anteriormente. O T0 fica com uma casa de banho no piso inferior e uma zona ampla no piso superior em que a sala de estar pode ser uma zona de trabalho e de repouso também com contato com a zona de alimentação e cuidado de roupas. O logradouro do T1 ao passar para T0 passa a pertencer ao T3 pois o acesso é feito pelo quarto que faz a transição, e o T0 fica com um espaço exterior no piso superior virado a sul e com acesso pela zona de repouso e/ou de trabalho.


A

22

A'


Alçado Sul

A

B

Alçado Norte

A

B

A

B

T0

A'

B' Planta piso 0

A'

B' Planta piso 1

Corte AA'

A'

B' Planta cobertura

T1

T3

T2

Possivel transformação da habitação

Corte BB'

Perfil AA' 23


HABITAÇÕES DE S.ROQUE EQUIPAMENTO DE HORTAS URBANAS Campanhã, Porto 2012- 2013

24


v v

25


A' B

A

A'

Piso 1 A B' A' B

A

A'

Piso 0 A B'

Piso -1

26

Corte AA'

Corte BB'

Alรงado Nascente

Alรงado Poente

Corte CC'


EQ UI P A M E N T O D E H O R T A S U R B A N A S No espaço mais amplo do terreno, localizam-se conjuntos de habitações que vão-se prolongando pela área mais estreita, que tem como remate o equipamento de apoio às hortas. O equipamento apresenta uma grande horizontalidade que contrasta o terreno base. Grandes planos perpendiculares constroem o espaço tridimensional nos três pisos que seguem uma continuidade do plano em altura, rasgando a cobertura e as paredes do edifício, marcam assim as diferentes zonas não só interiores mas exteriores. No exterior privado do edifício, estão localizadas duas grandes estufas, um celeiro, e os talhões individuais para cultivo assim como uma área de retenção de águas e de compostagem e um pequeno jardim com árvores que redesenha o limite do terreno de intervenção. Na alameda que se situa a sul deste, há uma área de hortas colectivas gerenciadas pelo equipamento mas num âmbito mais livre de utilização e podemos encontrar uma vasta área de arvoredo com variedades de árvores de fruto que se prolonga por grande parte de uma linha de água. H A BI T A Ç Õ E S T 0 -

26 Habitações | Área 60m²

As torres de habitações de tipologia T0 são quatro torres de numero de pisos diferentes, que salientam a ideia de desenho de movimento em relação à diferença de cotas. Com base de comercio e uma habitação por piso e com ligação direta a caixa de escadas interior, as habitações são organizadas em altura de forma intercalada, fazem espelho com a habitação superior ou inferior. Uma tipologia mais anárquica apesenta um espaço principal destinado à habitação ou que possa ser transformado numa área de trabalho.

Planta de cobertura B'

A'

Planta piso 2|4|6|8

Planta piso 1|3|5|7

Planta r/chão

Planta piso comércio Corte AA'

Corte BB'

TIPOLOGIA T1 -

Alçado

Alçado

Alçado

Alçado

50 Habitações | Área 74m²

As habitações de tipologia T1 são organizadas com uma habitação por piso que se repete ao longo da sua altura total, estas habitações são compostas por área de estar com ligação à cozinha, que por sua vez tem ligação a uma lavandaria e apresentam também uma casa de banho e um quarto. O piso de entrada para estas habitações tem também uma zona comum para alguma atividade dos habitantes e duas destas torres, pela sua proximidade da praça têm também um piso térreo destinado ao comércio.

Planta de cobertura B'

A'

Planta de piso

Planta r/chão

Planta piso comércio Corte AA'

Corte BB'

Alçado

Alçado

Alçado

Alçado

27


Planta piso 4

t3 d

t2 n

t2 n

t3 d

t2 d

t2 n

t3 n

T I P O LO G I A T 2 E T 3

44 Habitações T2 | Área 190m² 12 Habitações T3 | Área 235m²

Planta piso 3

t3 n

t2 d

t2 d

t3 d

t2 n

t2 d

t3 d

As duas bandas com as tipologias T2 e T3 têm cada uma, vinte e duas habitações de tipologia T2 e seis habitações de tipologia T3, ambas as tipologias são de dois pisos mas não se organizam da mesma forma. Em algumas habitações a entrada é realizada no piso denominado de “diurno”, onde estão localizadas a cozinha, a casa de banho e a área de estar, e o piso superior, denominado de “noturno”, este onde se localizam os quartos, casas de banho e lavandaria, o que não acontece em outras habitações, onde a entrada é realizada no piso ‘’diurno’’ e desce-se para o piso ‘’noturno’’.

Planta piso 2

Planta piso 1

t2 n

t2 d

t2 d

t2 n

t2 d

t2 n

t2 n

t2 d

t2 n

t2 d

t2 d

t2 n

t2 d

Esta disposição acontece, em corte, como espelho com um eixo horizontal, onde a disposição na habitação debaixo, inverte na que se sobrepõe, isto para que áreas diurnas estejam mais próximas e áreas noturnas próximas também mas entre si, o que resulta em momentos de entrada para habitação para uma só habitação.

t2 n

Planta r/chão t2 d - tipologia t2, piso diurno

Alçado 28

t2 n - tipologia t2, piso noturno

Alçado

t3 d - tipologia t3, piso diurno

t3 n - tipologia t3, piso noturno

Corte

Corte


Planta de cobertura

t2 d

t3 n

t2 n

t3 d

t2 d

t3 n

t2 n

Planta piso 8

t2 n

t3 d

t2 d

t3 n

t2 n

t3 d

t2 d

Planta piso 7

t2 n

t2 d

t2 d

t2 n

t2 n

t2 d

t2 d

Planta piso 6

t2 d

t2 n

t2 n

t2 d

t2 d

t2 n

t2 n

Planta piso 5

Alรงado

Alรงado 29


A

M ASTERP L AN O terreno de implantação deste projeto situa-se num terreno limitado a Norte por habitações cuja fachada é ligada à Rua de S. Roque e a Sul pela Avenida 25 de Abril, este terreno com uma forma que diria ser “meio violino”, deriva de um espaço mais estreito e longo e vai alargando dando origem a um espaço bastante amplo. Nesse espaço mais amplo, localizam-se conjuntos de habitações e as áreas destinadas ao comércio que vão-se prolongando pela área mais estreita que tem como remate o equipamento de apoio às hortas. Em relação à alameda, do outro lado da estrada, esta apresenta um desenho que completa o desenho conseguido em planta pela organização das habitações, este desenho marcado principalmente por uma linha de água que tem indicado o seu principio e o seu fim no terreno das

30


A'

habitações com espelhos de água conseguindo assim uma ligação entre os espaços. Ainda na alameda, além da linha de água e das árvores existe também as hortas colectivas que fazem ligação com o equipamento de hortas urbanas, e são projetadas também algumas áreas de estar e apropriação daquele espaço organizadas por alguns alinhamentos das habitações que fazem com que aquele espaço possa ser utilizado de uma forma mais livre.

31 Corte AA'


CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO DOURO Massarelos, Porto 2013-2014

32


33


B

Perfil A

34

Perfil B


B

B

A

piso 1

piso 4

piso 0

piso 3

piso -1

piso 2

A

A

Numa envolvente em que as fachadas dos edifícios são regulares, planas e com uma métrica nas suas aberturas, o projeto poderia se diferenciar da envolvente pelo balanço de alguns volumes na fachada, mas ao mesmo tempo enquadra-se nesta pelos volumes que balançam até à rua, alinhados pelas fachadas laterais, e que assim criam um primeiro plano de fachada, conseguindo uma continuidade pelo alinhamento de toda a rua. O projeto é entendido pelo jogo de cheios e vazios que se vai acontecendo a cada piso, quase como um piso vazio, de fachada envidraçada que se apoia num piso maciço que recorre apenas a algumas aberturas pra o seu interior.

Perfil B

Perfil B

35


TANATÓRIO OCIDENTAL DO PORTO Parque do Viso, Ramalde, Porto 2013- 2014

36


Capela de S. José, Quebrantões

Capela mortuária de Oliveira do Douro

Tanatorio Municipal de Leon

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A

C

B

Perfil A

Perfil B

80.00

38

Perfil C 80.00


TANATÓRIO OCIDENTAL DO PORTO Num terreno vasto e com poucas habitações, como é o Parque do Viso, insere-se assim a proposta do Tanatório Ocidental do Porto. O terreno apresenta alguma variação de cotas, que vão diminuindo até ao ponto de encontro com um pequeno rio, assim há a tentativa que o projeto se insira nessa diferença de cotas, onde se pudesse aceder ao Tanatório numa cota mais elevada, e que fosse feito um percurso descendo essa diferença de cotas para poder entrar no edifício em si, mas o tanatório não se encontra enterrado, é como se o edifício “encostasse” e se apoiasse no terreno, na cota mais elevada. O projeto caracteriza-se por uma implantação de volumes de diferentes cotas, que criam um núcleo central pela forma que se articulam. A partir desse núcleo, que acaba por se tornar um ‘’átrio’’, é possível aceder às áreas públicas do edifício e este expande-se para a envolvente, à medida que é percorrido. A implantação segue uma malha ortogonal, que acaba por ser quebrada por alguns elementos volumétricos e lineares.

Pormenor átrio de entrada

Pormenores capela mortuária

Pormenor capela de oração

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LEVANTAMENTO DA CAPELA DA SRA. DA CIVIDADE Eja, Penafiel 2014-2015

40


A'

Pormenores

Corte AA'

Planta A

Alรงado Sul

Alรงado Nascente

Alรงado Norte

Alรงado Poente

41


A PAISAGEM DA ARQUITETURA

UM LUGAR NA PAISAGEM DE PENAFIEL Rio de Moinhos, Pe nafiel

2014/ 2016

42


“ É em nós que as paisagens têm paisagem”. Fernando Pessoa


Territรณrio simplificado

Anรกlise do concelho

Piscina e bar

44


Percurso, ruína e miradouro

Núcleo rural e cais

45


“«PAISAGEM» DESIGNA UMA PARTE DO TERRITÓRIO, TAL COMO É APREENDIDA PELAS POPULAÇÕES, CUJO CARÁCTER RESULTA DA ACÇÃO E DA INTER-ACÇÃO DE FACTORES NATURAIS E/OU HUMANOS.” CONVENÇÃO EUROPEIA DA PAISAGEM

Penafiel localiza-se numa região denominada de vale do sousa situado no coração do douro litoral e com uma relevante posição geográfica, o concelho de penafiel é um município com uma localização que o torna um importante eixo de ligação entre o litoral e o interior transmontano. O vale do sousa, onde o concelho se localiza, é detentor de uma identidade paisagística peculiar e heterogénea, característica dominante na região entre-o-douro-e-minho. Território simplificado

Com um relevo sinuoso, de vales encantados profundos, as áreas mais baixas e de meia encosta são utilizadas para a agricultura, e nos lugares mais elevados onde o manto florestal de eucalipto e pinheiro bravo, domina. Rodeado de encostas íngremes que terminam em vales profundos e férteis, desenhados por rios e cursos de água que escrevem curvas e cavam penhascos na paisagem envolvente.

Unidades de paisagem

Penafiel, de uma forma simplificada, seria descrito como um concelho formado por duas grandes serras, a serra da lagoa que abrange as freguesias de Croca, Bustelo, Penafiel, Duas Igrejas e Luzim e Vila Cova e a Serra da Boneca, que abrange Canelas, Capela, Lagares e Figueira, Eja, Valpedre e Termas de São Vicente, e os rios que desenham vales acidentados. Na época medieval as ermidas eram o objeto de humanização da zona da floresta, um território a sacralizar que era considerado selvagem, caótico e demoníaco. Era assim necessário cultivar estes lugares de natureza selvagem, as cumeeiras e as encostas altas, e para isso construíam-se as ermidas nas florestas como forma de humanizar o lugar.

Capelas

Caminhos de peregrinação 46

Sendo o nosso país muito marcado por vastos territórios despovoados, a ermida apelava para o movimento eremítico e para o santuário,lugar carregado de simbolismo e sacralidade, onde acorriam pecadores em busca de redenção e romeiros a prestar reverência a eremitas.


Ermida de Senhor do Calvário - Bustelo

Vale do rio Sousa (Unidade de Paisagem)

Serra da Lagoa (Unidade de Paisagem)

Ermida de São Domingos - Fonte Arcada Ermida de Senhor do Calvário - Valpedre Vale entre as serras (Unidade de Paisagem)

Ruína da ermida de Sra. da Graça - Rio de Moinhos

Ermida de Santa Luzia - Eja Ermida de Senhora da Cividade - Eja Ermida de S. Pedro de Pegureiros - Canelas

Serra da Boneca (Unidade de Paisagem)

Vale do rio Douro e Tâmega (Unidade de Paisagem)

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Limite do lugar

ERMIDA DE SENHOR DO CALVÁRIO Bustelo

ERMIDA DE S. PEDRO DE PEGUREIROS Canelas

ERMIDA DE SANTA LUZIA Eja

ERMIDA DE SENHORA DA CIVIDADE Eja

ERMIDA DE SÃO DOMINGOS Fonte Arcada

ERMIDA DE SENHOR DO CALVÁRIO Valpedre

RUÍNA DA ERMIDA DE SENHORA DA GRAÇA Rio de Moinhos

48

Perfil do Lugar


Cota elevada

Paisagem envolvente

Unidade de paisagem

49


Planta e perfil do percurso

Axonometria e perfil da ruĂ­na da ermida 50


PERCURSO A proposta visa um percurso que se adapte à topografia do terreno, mas que, através das suas formas mais retas, imponha uma certa regra num lugar dominado pela natureza. Uma parte do percurso centra-se numa área onde duas zonas convexas abraçam uma zona mais côncava, criando aí um ponto de chegada ao lugar. Uma segunda parte do percurso, e mais abrangente, valoriza a proximidade do terreno com o rio Tâmega, percorrendo a margem deste e ligada mais às atividades no rio. RUÍN A A ruína passa a ser um elemento de contemplação, não havendo a necessidade de a restaurar, para que a ruína continue mantendo a sua identidade. É a marcação e preservação de um ponto, que conta uma história através de cada pedra, a história mais antiga contada sobre o lugar. M IRA DOURO As margens dos rios douro e Tâmega são marcadas com vários pontos de acesso para panoramas únicos. Num terreno com vários pontos altos, e com uma paisagem que permite vários panoramas singulares, o programa visa a criação de três miradouros encontrados ao longo do percurso.

Mobiliário urbano - Módulos de betão (referência Modulor)

Axonometria e perfil do miradouro 51




Piso 0

Plantas e cortes das construções do núcleo rural

Planta e perfil geral da margem do rio e do equipamento (piscina e bar) 54

Piso 1


Corte

Planta piso

Corte

Piso 0

Mezanino

PISCIN A E B A R A ide ia de p r o je t a r uma piscina e x t e r io r s u r g e pe la s c aracterísticas a pr e s e n t a da s pe lo lugar, e pela in t e n ç ã o de v a lo r iz a r o c o n t a t o d o lugar com o rio. Parte da mar ge m se r i a c on v e r t i d a n um e q u ipa me n t o qu e p e r mit is s e o a c e s s o a ba n h o s de á g ua doce, num a m b i e n t e c on t r ol a d o , ma s c o m c o n t a t o v is u a l dir e t o c o m o r io e a n a t u r e z a envolvente. Al ém da p i sc i n a , o p r ogr a m a v i sa a c o n s t r u ç ã o de u m ba r , q u e a p o ia o u s o da p is c in a , m as que possa t r a ba lh a r in de pe n de n t e me n t e da s a z o n a lida de da é poca balnear.

55


Corte

Piso 0

Mezanino

Corte

Espigueiro

Piso 0

Mezanino

N Ú CL E O RURAL Pe rt o da á gua do ri o l o ca l i za -se um p e q ue n o n úc l e o de c o n s t r u ç õ e s r u r a is , lig a da s à s a t iv ida de s a g r íc o la s dos campos e n v o l ventes . A s c o ns tru çõ es passam a t e r um c a r á c t e r d e a b r i go, « c a s a r e f ú g io » , p e la s s u a s r e du z ida s dime n s õ e s e pe lo l ugar em que se situam. CAI S Com a intenção de val o r i za r a p a i sa ge m e t i r a r p a r t ido do u s o da ma r g e m s u r g e a t ivid a des ligadas ao ri o , c r i a n d o um a l i ga ç ã o d i r e t a e n ã o a pe n a s v is u a l. 56

a in t e n ç ã o de c r ia r um cais para


Corte

Alçado

Alçado

Corte

Corte

Alçado

Planta piso 0

Planta Mezanino

Alçado

Axonometria e perfil do núcleo rural e do cais 57


DESENHOS

58


59



61


VERA MARTINHO

Contactos: veramartinhoarq@gmail.com 919789827


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