COACHING EM QUESTÕES
Dúvidas sobre Coaching
Uma experiência inesquecível e gratificante, como sempre...
Vera Cecília C. Dantas Mota 1ª versão, 2011 1
SUMÁRIO Introdução ....................................................................................................................3 Esclarecimentos preliminares ..................................................................................4 O que é coaching? ....................................................................................................5 Bibliografia 1 ................................................................................................................9
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INTRODUÇÃO Algumas dúvidas sobre coaching se tornaram tão frequentes em nossas palestras, aulas e reuniões que nos levaram a preparar esta publicação. Não é simples responder a perguntas, especialmente quando levamos em conta as expectativas de abrangência, profundidade e comentários adicionais nas respostas. Nosso propósito é compartilhar nossas experiências e sugestões no trato com essas questões. Não se pretende neste estudo dar orientações para a atuação dos profissionais coaches, nem compilar as boas práticas no processo: não se trata de um “manual”. Queremos registrar alguns aspectos, alguns detalhes sobre o coaching que parecem estar sendo pouco esclarecidos ou mesmo negligenciados na literatura, em cursos de formação, ou nos materiais de divulgação sobre o tema. Esta publicação, na verdade, é como uma Relação de Perguntas Mais Frequentes, bem selecionada! Certamente outros autores e profissionais coaches teriam ou terão outros olhares e alternativas de respostas para alguns temas aqui apresentados. E com certeza essas questões podem despertar polêmicas, contestações, complementações, sugestões... Por isso decidimos divulgá-las apenas em formato eletrônico, de forma a possibilitar e agilizar novas “reedições”, e sobretudo a participação dos leitores, dos alunos, dos colegas, da ”galera”... Esperamos que com esta leitura e com a interatividade na construção desse livro eletrônico, mais pessoas se sintam confortáveis
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para conversar sobre coaching e ajudar a esclarecer algumas “confusões” que vêm sendo perpetuadas sobre o assunto. Para muitos pode ser uma audácia se propor a sistematizar as principais questões e polêmicas sobre o coaching, ainda mais de forma pública. Contudo, como “mestres” em coaching, escolhemos esse desafio. Dizemos “mestres” não porque temos larga experiência, ou vastíssimo conhecimento. Não adotamos essa medida do saber para poder compartilhar. Entendemos que “mestre” é aquele que se propõe sempre a aprender, num primeiro momento, que é este, o agora. Depois, naturalmente, essa “maestria” transborda. E nosso exercício de aprendizagem permanente sobre coaching apenas se inicia neste estudo, junto com vocês. Que delícia, né? Vamos?
ESCLARECIMENTOS PRELIMINARES
Sabemos que falar em “processo de coaching” é pleonasmo, assim como “profissional coach“ e “cliente coachee“. Mas vamos utilizar essas expressões para facilitar o entendimento e a fixação da nomenclatura, para fins didáticos, ok? Decidimos manter as perguntas nos termos em que normalmente são formuladas, ainda que contenham impropriedades evidentes ou óbvias. Lembrem-se de que nossa intenção é registrar que essas dúvidas têm sido freqüentes, no estágio em que o coaching se encontra no Brasil, e ajudar a dirimi-las. O critério utilizado para selecionar essas questões e reproduzi-las foi o de serem freqüentes em palestras, cursos e workshops que ministramos ou o de não terem recebido uma resposta clara em eventos aos quais estávamos assistindo. 4
O QUE É COACHING ?
As abordagens acadêmicas, sistematizadas sobre coaching ainda são bastante recentes se comparadas a outras matérias da Pedagogia, da Andragogia, da Administração, da Psicologia e de outras áreas do Conhecimento. No entanto, já podemos identificar no Brasil algumas escolas ou linhas de coaching — como por exemplo o coaching com PNL, coaching sistêmico, coaching integrado, coaching integral, coaching ontológico. E cada uma delas, com seus adeptos, autores e simpatizantes, ressaltam importantes características ao conceituarem o coaching. Assim sendo, não encontramos um conceito uniforme na literatura sobre o tema. As informações sobre coaching ainda estão sendo compiladas, publicadas, estruturadas. Por outro lado, também se percebe a utilização do termo coaching acompanhado de adjetivos ou predicados que descrevem o assunto predominante — normalmente o tipo de competência a ser desenvolvida — que dá origem ao processo de coaching. Daí referências a coaching executivo, coaching para negócios, coaching de vida, coaching esportivo etc. Propomos uma conceituação de coaching que, no nosso entendimento, engloba aspectos essenciais para sua identificação e que também são citados por grande parte dos autores.
Coaching é um processo personalizado de desenvolvimento e de refinamento de competências, realizado em parceria com um profissional coach, em que a pessoa (coachee, cliente) é estimulada a identificar valores, definir objetivos e realizar ações, a fim de ter um desempenho mais satisfatório e efetivo nas áreas de atuação (nas atividades) em que ela deseja. 5
Vejamos mais esclarecimentos sobre esses aspectos. Processo: normalmente o coaching envolve uma duração no tempo e um sequenciamento de experiências de aprendizagem. Personalizado: é o próprio cliente coachee quem escolhe e decide o que deseja alcançar e como fazer isso. Cabe ao profissional Coach utilizar os recursos e instrumentos de coaching para auxiliar a pessoa coachee nesse sentido. Obs.: entendemos que não existe um “padrão” previamente estabelecido para a “excelência humana”, nem uma escala de desenvolvimento a ser percorrida. Desenvolvimento e refinamento: muitas vezes o que deseja com o coaching é um novo “comportamento”, uma alternativa de reação ou um novo hábito. Nesse caso, dizemos que a proposta é que a competência seja desenvolvida. Outras vezes, o que se pretende é incrementar, potencializar, aperfeiçoar “comportamentos” que já existem. O desenvolvimento e o refinamento podem ocorrer simultaneamente. Competência: é o conjunto de experiência, valores, habilidades, conhecimentos, atitudes e características pessoais que distinguem o desempenho ou o comportamento observável das pessoas; é querer e saber fazer algo ou comportar-se de determinada forma. Parceria com o profissional coach: o coaching envolve o relacionamento com um profissional. Estamos falando de duas pessoas, a princípio. Obs.: Repare que o processo pode ser desenvolvido por dois ou mais profissionais coaches, sem que isso descaracterize os elementos fundamentais do coaching. Contudo, lembre-se de que, por definição, o processo é “personalizado”, é individualizado, é construído por cada pessoa e para cada pessoa coachee. Assim sendo, a rigor, é indevido falar em coaching em grupo, se se trata de vários clientes coachees ao mesmo tempo. 6
É estimulado: a atuação do coach é muito bem definida, como a de um profissional capacitado, que se encarrega de estruturar reuniões, diálogos, exercícios que provoquem uma reflexão qualificada na pessoa coachee, de forma que a impulsione a agir, a adotar novos comportamentos observáveis. Identificar valores, definir objetivos e realizar ações. Esses elementos envolvidos no coaching são “semelhantes” aos que são trabalhados nos planejamentos e definições estratégicos de organizações, instituições, empresas. Vários autores e profissionais de coaching falam também em visão de futuro, missão, metas, pontos fortes e pontos fracos, ameaças, oportunidades, cenários... O vocabulário na sua essência é bastante parecido. No coaching podem ser trabalhadas várias dimensões, várias áreas de interesse da pessoa coachee — e espera-se que o profissional coach esteja preparado para tanto — ou apenas uma. Obs.: Veja que algumas metodologias de gestão estratégica corporativa podem ser desmembradas até a esfera pessoal, individual, de cada colaborador (funcionário) da organização. É o caso do Balanced Score Card – BSC. Note ainda que assim como no BSC os objetivos são agrupados em dimensões que interessam à organização — por exemplo, financeiro, público alvo, ambiental, processos internos, pessoas e tecnologias — a pessoa/coachee pode trabalhar várias “áreas de atuação” em paralelo, por exemplo, profissional, saúde e social. Desempenho mais satisfatório e efetivo. O coaching pressupõe um desejo “explícito” de desenvolvimento por parte da pessoa coachee. E “desenvolvimento” neste contexto tem o sentido de tornar-se melhor, com mais alternativas de ação/reação, mais confortável, mais capacitado. Os indicadores da evolução do processo de coaching e dos resultados alcançados são combinados entre os parceiros e devem ser verificados ao longo do processo. Alguns autores costumam dizer que “o objetivo do 7
coaching é alcançar o sucesso”, mas quem vai dizer o que é “sucesso“, especificar o que é “sucesso”, é a pessoa/coachee. Vejamos a seguir outras definições de coaching.
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BIBLIOGRAFIA 1 Graham, Alexander; Ben, Renshaw. Supercoaching. The Missing Ingrediente for High Performance. Random House Bussines Books, Great Britain, 2005 Martin, Curly. The Business Coaching Handbook. Everything you need to be your own business
coach, 2007 Somers, Matt. Coaching. Instant Manager. Taking contrle of work and life. Hodder Education, London, 2008 Starr, Julie. The Coaching Manual. The Definitive Guide to the Process, principles and skills of personal coaching. Perarson Prenice Hall, 2008 Stevens, Nicola. Learning to Coach. For Personal and Professional Development. Howtobooks, 2008 Taylor, David. The Naked Coach. Busines Coaching Made Simple. Capstone, 2007
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