personalidade normalepatol贸gica
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índices para o catálogo
sistemáticor 159:97
PsicoPatologia CarlaP' de elaboradapela bibl' Fichacatalográfica
M' PiresCRB10/753
JEANBERGERET
personalidade normale patológica
Tradução: ALCEUEDIRFILLMANN Pslólogo e Médlco
2?EDtçÃo
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PORTOALEGRE/1991
o tÍtulo Obra originalmente publicadaem francêssob La rE,rsonatrunormaleet patl?p,logique @ Premièreédition BORDAS,Paris' 19721-
Capa: Mário Rônhelt
Supervisãoedibrial:
Rur 13 dc l|elo, 408 - Fon€: (0511222'6223 95080- Carlasdo Sul - BS
Reservadostodos os direitos de publicaçãoà EDITORAARTESMÉDICASSUL LTDA Av. Jerônimo de Ornelas,670- Fones:30'3444e 30'2378 900zl()- Porto Alegre - RS - Brasil LOJA.CENTRO Rua GeneralVitorino, 277- Fones:25'81r|Í|e 28'7834 90020- Porto Alegre - RS - BÍasil
NO B RASI L IMPRESSO PRINTEDIN BRA ZI L
Sumário
Introdução
xrpóreses soBRE :!ffÏïïffs ^"
DApERsoNALTDADE
Histórico
15
I. ESTRUTURAS E NORMALIDADE l. 2. 3. 4 s.
A noção de normalidade Patologia e normalidade A normalidade patotógica "Normalidade" e padronizaçáo Éaip o e"no rmalid ade" . . . .
Z A NOçÃO DE ESTRUÏURADA PERSONAUDADE 1. O sentido dos termos Al Sintoma 8l DeÍcsa C) Significação históríca do episódio D) Doença mental El Errrutura da perconalidade
19 24 30 36 39 45 45 /f6 47 47 49 4Í'
O conceitode estruturada personalidade A) Definiçãoe situação B) O ponto de vistafreudiano a) Primeiraposiçãofreudiana b) Segundaposiçãode Freud c) Terceira posição freudiana d) Ouarta posição freudiana C) Gêneseda estrutura de base a) Primeira etapa b) Segunda etapa c) Terceira etapa . D) consideraçõesacercadas estruturasno tocante à infáncia,latênciae adolescência
50 50 51 53 53
u il 55
55 55 56 57
AS GRANDESESTRUTURASDE BASE
65
1. A linhagemestruturalpsicótica A) A estrutura esquizofrênica B) A estruturaparanóica C) A estruturamelancólica D) Reflexõesdiferenciais 2. A linhagemestruturalneurótica A) A estruturaobsessiva B) A estrutura histérica a) A estruturahistéricade angústia b) A estrutura histéricade conversão C) ReÍlexóesdiferenciais D) As falsas"neuroses"
68 75 77 81
í15 118
AS ANESTRUTURAç O ES
126
1. Situaçãonosológica 2. O tronco comum dos estadoslimÍtrofes 3. A organizaçãolimítrofe A) O ego anaclÍtico Bl A relaçãode objeto anaclitica Cl A angústiadepressiva D) As instânciasideais E) Os mecanismosde defesa 4 Evoluçõesagudas A)De scomp ens aç ãodas enes c ênc ia B) Rompimentodo ronco comum S.Ord en ame nt os es pont âneos A) O ordenamentoperverso B) Osord en am ent os c ar ac t er iais a) "Neurose" de caráter b) As "psicoses" de caráter c)As"p er v er s óes "dec ar át er
u 99 103 107 109 1t1
126 129 131 131 132 136 137 139 . . 141 ......141 143 .....,147 147 ...,.,1S3 1U 154 .....,155
Sêgunda parte - TESE HIP O SO BRE O S PRO BTEM A SD O C A R Á T E R Hidrico 159 5. O CARÁTER '1. Os caracteresneuróticos
167 169 170 174 178 186 187 191 197 198 199 199 200 201 201 202 202 203 204 209 211
A) O caráter histérico de conversão Bl O caráter histerofóbico C) O caráter obsessivo 2. Os caracterespsicóticos A) O caráter esquizofrénico B) O caráter paranóico 3. Os caracteresnarcisistas A) O caráterabandônico B) O caráter de destinado C) O caráter fóbico-narcisista D) O caráterfálico . E) O caráterdepressivo Fl O caráterhipocondrÍaco G) O caráter psicastênico H) O caráter psicopático l) O caráterhipomaníaco 4. Os caracterespsicossomáticos . Ê ,, ^^-r^-5. ^O caráter perverso 6, Observaçóesacercados problemas do caráter da criança 7. Existe um "caráter epilético,,?
6. OSTRAços DO CARÁTER 1. Traços de caráterestruturais A) Os traços de caráter neuróticos a) Os traços de caráter histéricos b) Os traços de caráterobsessívos Bl Os traços de caráterpsicóticos a) Os traços de caráter esquizofrénicos b) Os traços de caráter paranóicos Cl Os traços de caráter narcisistas 2. Traços de caráterpulsionais A) Traçosde caráterlibidinais al Traços de caráter orais . b) Traços de caráteranaist r . . , cl Traços de caráter uretrais d) Traços de caráter fálicos el Traços de carátergenitais B) Traços de caráteragressivos al Traços de carátersádicos b) Traços de caráter masoquistas c) Traços de caráter autopunitivos C) Traços de caráterdependentesdas pulsões do ego
....216
221 221 222 222 223 224 224 226 228 228 229 231 231 233 234 235
7. A PATOLOGIADO CARÁTER
236
1. A "neurose" de caráter 2. A "psícose" de caráter 3. A "perversão" de caráter
24 245 252
CONCLUSÃO B IBLIOGRAFIA I NDICEDAS FIGURAS
Íruorce oÀi oeúÀvAçÕes íruorce REMtsstvo
257 263 28 285 287
Introdução
A presenteobra constituia síntesee o desenvolvimentodas pesquisasque tenho empreendido desde 1963acercada articulaçâodos fenômenosrnanffestlg ao nível do caráterou dos sintomas,com os elementosmetapsicológicos, maís estáveise profundos, situados sobre o plano menosvisível e latenteda estrutura da personalidade. Muitos autoresinteressaram-sepor aspectosfragmentáriosdestatrilogia: pareceu-me oportuno tentar uma estrutura- caráter- sintomatologia. sínteselue se apoiassesobre tão numerosos pontos de vista, e emitir hipótesesnovas, apropriadasa íazer renascero debate sobre os problemas,um tanto negligenciadosatualmente,da abordagemcaracterológica. A caracterologiapoderia, com efeito, ser pretensiosamente considerada como uma ciênciadestinadaa precisaros entrecruzamentosmetapsicológicos visíveis entre as múltiplas manifestaçõesrelacionaispossíveisque amenam desta ou daquelaestruturade base.cada tipo de estruturaprofundada personalidadepoderia,assim, dar origem a diferentesmodelos relacionaís,uns permanecendono domínio caracterial,outros mergulhandomais ou menos radi_ calmenteno registropatológico. Penso ser necessário,atualmente,introduzir uma concepçãosistemática que leve em contaa dinâmicae a genéticafreudianas. Muitas personalidades, com efeito,correspondema tentativascleestruturação imperfeitasou inacabadas;encontram-se,pois, em um bom número de casose durante muito tempo, possibilidades, quer de mudar ainda o curso das coisas na via estrutural,quer de deter a evolução estrutural por um período muito variávelde um sujeito para outro, sobre a basede uma simplespausalatencialque em si nada teria de definitivo. podemos também observarÍixações
so b reom ododeum frá g i l a rra n i o d e fe n s i v o ,m u itocustosodopontodevi sta dire' iooo tipo de capacidadesevolutivasem econômico,porém "on."iuunoo çóesmais estáveise mais sólidas' E m s um a, as p e rs o n a | i d a d e s n i ti d a m e n te estruturadas,correspondendo tempo estáveise bem integrados a funcionamentoseconômicos ao mesmo seio de uma linhagem (condiçóesessenciaisao rótulo de "normalidade"' no do que até aqui se poraras mais estruturaldefinitivamentefixada) mostram-se deriater Pensado. contextoontosomente poderiamoriginar'se em um Tais personalidades Tais ontogênese' desta genéticolimitado,e unicamenteem momentos irecisos co ndiç ões podem ,s e md ú v i d a ,e n c o n tra r-Se notave| menteesc| areci daspe| asi n. neste trabalho' Estas investigavestigaçõesclínicas,cuja síntese é apresentada muito prolocalizaçãode critériosao mesmo tempo çóes devem permitir-iás a polivalentes' fundos e essencialmente S em dúv ida,to rn .-t" p o s s ív e l ' a s s i m' s i tu a rmel hormui toscasosparti cuque os antigos sistemastipológicos'delares de personalidadesou caracteres ma s iador í gidos ,n a o -p e rm i ti a m l i g a rm u i c l a ramenteaospri nci pai smodel os pareceu-meum objetivo a ser visado não mais falar estruturaisbem deÍinidos. d o s m uit of ác eis , .ti p o s mi s to s ,,(d o s q u a i s s e d esconheceanaturezaeosnÍvei s ,,mistura"),sem compromissosnem concessões' da e "estruturas"poderáparecer A distinçãoque esiabelecientre "caracteres" que' segundoa terminologiafilosóficaou bastanteartificialpara alguns,uma vez comumente recobretodo e qual' psicológica,u o"non..'itìuiãoaÀt"tuta'j mais personalidade'caráter'tipo' etc' quer modo O" organi'uçãã,t"iu qual for o nível: que dificirmentepoderá opor-se a outro Trata-se de um t"r.o t.riunie gerar. dependentedo me-smoconiunto' termo que definauma categoriaparticutar "estrutura" assumeum sentiEm psicopatologia,ao contrário,o uo"ãbulo da personalidade'ao modo base de do mais preciso,rim'iaio aos elementos plano profundo e fundamental;os pelo qual esta personalidadeé organizadano de base'ou poOem,pois' opor livrementea noçãode estrutura psicopatologistas tanto aos "estrufura")' diz simplesmente estruturao, p"rron.iiauáË l"nì geral se chamar prefeririam talvez (o filósofos que os ,,sint[nÊs,,quanto aor-,iatactereí" d e, , es t r ut ur as d o s s i n to ma s ,,o u ,,e s tru tu ra sdecaráter,,).ospsi copato| ogi stas, sintomas funcional-destes com efeito, ocupando-se essencialmentedo aspecto sua em lugar, em primeiro ou caracteres,considerãm-noscomo dependentes, e variedadeda estruturade natureza da limitaçóes' e gênese,sua origlnatiJade baseda personalidadesobre a qual repousam' ('habitualmentedenominadasimplesmente A estrutura oa p"rronariáade ,,estrutura,,em psicopatologia)é concebida,pois, por um lado, como a bade metapsicológicosconstantese se ideal de ordenamento está;el dos elementos por outro lado,aparececomo em um sujeito,ao passoque o caráter, essenciais mórbido da estrutura' tal como acaba o nível de ÍuncionamLnÍomanifesto e não de ser definida. torna-se simp|esmenteo modo Em uma ótica como esta, a sinton:rltologia d ef unc ionam en to mó rb i d o d e u m a e s tru tu ra quandoestasedescompensa,i sto 10
é, desde que os fatores internos ou externosde conflitualização não se encontrem mais equilibradospor um jogo eÍicaz(e não perturbadoi em si) dos varia_ dos mecanismosde defesae adaptação. se não desenvorviespecificamente, nem em capíturosoriginais,o ponto de vista sintomatológico,é porque somente reteveminha atenção-, presente no es_ tudo, o lugareconômicodos sintomas no conjunto de tal persônalidaáe dada. o exame fenomenorógicodos síntomasencontra-secopiosamente conduzido nos tratadosde psiquiatriadas diversastendências.Meu objetivoaqui rimita-se a ressituara função do sintomaem relaçãoa estruturade base,por um lado, e ao funcionamentocaracterial,por outro. É evidenteque tar concepçãode conjunto,essenciarmente dinâmica,apenas pode ser desenvolvidano contexto de uma posiçãoe reflexão autênticae claramentepsicanalítica. com efeito,seguindoFREUDe os trabalhospsicanalíti_ cos contemporâneos,torna-se possívelcompreendera estrutura, tal como se encontradefinídaacima,como elementoorganizador de baseda personaridade, em situaçãoativa e relacional.Escapa-se,assim,aos habituais e inevitáveisaca_ ,,estruturas valamentosentre "estruturasde personalidade,,, de caráter,,e ,,es_ truturas nosológicas",a todas as hesitações(ou mesmo contradiçóes) encontra_ das nos antigosprocedimentos. Minha pesquisalevou-me inevitavelmentea repensar,sobre estas novas basesconceptuais,o problema da normalidade. Do ponto de vista metodorógico,esforcer-mepor escrarecer o debate(com os riscos certos da "sistematizaÇão,,) com máximo de pranchasou esquemas; também ative-me a inserir,nos momentos mais,,teóricos,,de meu texto, observaçóesclínicastão expressivase vivas quanto possível,destÍnadas(com o risco de por vezesbeirar a caricatura)a bem definir o traço motor principal de minha pesquisa. Minha ambição será a de que o crínicopouco propenso às refrexõesteóricas,ou simplesmenteo leitor apressado,possamencontrar,pelo menos em um primeiro tempo, nestasobservaçóesque escolhie desenvolvicom especialcuidado,o essencialdo fio condutor de meu propósito. Por falta de rugar, e para não tornar este trabarho pesado demais, nem sempre pude agrupar, sistematizare desenvolver,tanto quanto teria desejado, as minhas fontes de documentaçãoe minhas reflexóes críticasa este respeito, particularmentenos parágrafos,,históricos,,. Não teria como exprimir todo o reconhecimentoaos pesquisacrores e crÍni_ cos que me trouxeram tantos elementosde elaboração,em particular D. AN_ ZIEU , M . B E NA S S Y,M. F A IN ,A. G R EE N ,R . GR EE N S ONE I,. dN U N E E R GE RJ. , GUIL L A UM I N,O . K ER N B ER GR, . KN tc H T e p . C . RA C A MtE R . Des elov ì v am en teq u e m i n h a c o n tri b u i ç ã oa, p esarde suas numerosasi mperfeições,possa movimentar um pouco os quadros demasiadorígidosou imprecist-rs das antigas posiçóesestruturaisou caracterológicas, e {ue incite os autorescontemporâneosa ampliar ainda mais o debate,a retomar e desenvol_ ver postenoresestudosfecundosnestesníveis.
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Primeira parte
HIPOTBSES SOBRBAS ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE
Histórico
O termo estruturaé marcadode significações muito diversas,conformese refira à teoria da Gestalt,às teoriasjacksonianas ou ao estruturalismo.É igualmente, por vezes,empregado no sentido de "estrutura de conjunto", aproximando-seentão do emprego do substantivoinglês"pattern". Entretanto,na linguagem usual, a estruturacontinua sendo uma noção que implica uma disposiçãocomplexa,porém estávele precisadas partesque a compóem,é a maneira mesma pela qual um todo é compostoe as partesdeste todo são arranjadasentre si. quanto ao No decorrer de minha introdução,estendi-mesuficientemente sentidodado em psicopatologiaao termo "estrutura",para não precisarde novo justificar aqui os limites desta utilizaçãoao nível da estrutura de base da personalidade. Considerareique "constituição"e "estrutura" da personalidaderepresentam, grosso modo, um conceito idêntico, do modo de organizaçãopermanente mais profundo do indivÍduo,aquelea partir do qual desenrolam-seos ordenamentosfuncionaisditos "normais", bem como os avataresda morbidade. Afora casosem que é empregadono sentidode "temperamento"ou "carâter", o termo "tipo" refere-se habitualmente à estrutura de base,e parecenão necessita r de tratamentoespecial. Didier ANZIEU (1965)situa no primeiro quartil do séculoXX o desenvolvimento da idéiade "estrutura" e pensaque esta noçãorecobreuma tomada em consideraçãodos sintomassegundo o método associacionista. Ora, para D. ANZIEU os sintomasapenastêm sentidose ligadosuns aos outros,ou em sua relação com o caráter;o que fica de específiconão é sua simplespresençal,mas seu I Existem,por exemplo,obsessívos semqualquer"obsessão"visÍvelexteriormente. 15
modo de disposiçãoentre si. Ademais,é precisoter em conta tanto sintomas pacientes,quanto "negativos", correspondentesaos déficits registradosnos pacientediante do específìcas sintãmas"positivos",correspondentesàs reaçóes da alteraçãode sua personalidade' que remontam à Eniretanto,desde as descriçóespoéticasou filosóficas mais facilmente viu-se sempre estruturas patológica das antigüidade,a vertente gíatta' D E MÓC R ITO' na H OME R O, e m c ã n tu d o , E n c o n tra m o s , d e s env olv ida. ESCULÁPlOou PLATÃO, referênciasa tipos estruturaisnão-mórbidos.Os aue tantos tores da ldade Média, depois SHAKESPEARE,o classicismoliterário mas caráter, do apenas não análise na autores mais modernos,destacaram-se como mostrar a mesmo chegando personagens, da estruturade alguns de seus podia efetuar-sea passagementre a esferapsicológicaainda adaptadae esfera no seioda mesmaorganizaçáomental' patológicajá descompensada, À paiti, Oo séculoXVlll, foram os psiquiatrasos que mais desenvolveram EL(1801),E S OU IR OL(1838)R É Gl S . se u pont o de v is tan o te rre n oe s tru tu ra lPIN (1 8 9 2 ), M AU D S L AY(1 867),JA C K S ON(1931),na Grã(1 880) na , F r anç a ,T U K E (1 8 1 2 ) e A. ME YE R(1 9 1 0 )n o s E stadosuni dos, GR IE S IN GE R B r et anha,RUS H (1 8 9 0 ),WE R N IC K E(1 9 0 0 )e K R A E P E LIN(1913)'em l íngua (1865) ,M E Y NE R T pa' primeiros a referirem-seà continuidadeentre o normal e a alemã,fOramos geral Sua atitude tologia no seio de uma estruturaprofunda da personalidade. que esta fundãmentalmente"humanitária" embasa-senestaconvicção,mesmo depois "social", perÍodos ditos nem semprese encontreclaramenteexpressa.os que como do mais fundo' no "comunitário", da psiquiatria,não se apresentam, desenca' fatores quais os forem sejam seqüêncialógica do andamentoanterior: privilegiadospor esta ou aquelaes' deantesou curativosmais especificamente conduziu aos poucosem direçãoà uma de cada profundo cola, o andamento de tal ou qual estrutura,da la' mórbida natureza da idéia da náo-especificidade quasenada bilidadee curatividadede toda estruturaem si. A antipsiquiatriaem plano de um no precedentes pôde ir além das tendênciassociaisou comunitárias propõe nos ela racional; permaneceu liberalismoque, voluntariamenteou não, ,,salto" para fora da lógica,mas não revene nadade novo e nasimplesmenteo do da traz de novo, sobretudo,quanto ao problema do continuum estrutural da presa registro ao ficado parece hawr aí tanto falar, qual náo pode nem ouvir angús t ia. E m bor aac | a s s i fi c a ç ã o d o s d a d o s p ro fu ndostenha.sereve| adoumaneque cessidade,é preciso |,"aonh"a"rque, na falta dos meios metapsicológicos as pós-freudianos' dos e FREUD de atualmentepossuÍnloscom a contribuição é não também domínio; tal em suficientes poderiam ser simplesdescriçõesnão muito estrutural, domínio no que encontramos, de a constatação de espantar às caractemenos hipótesesa passarem revistado que no capítuloconsagrado rologias. patoPodemosconsiderar,com Henry EY (1955),que a "variaçãOmental raalienação como teóricos: quatro modelos lógica,,pode ser encaradasegundo meio, ao da adaptação variação como cerebrais, centros produto dos dical,como psÍquica.Oualou ainda como efeito de um processoregressivona organização 16
:J,:'f ;ue sela a respostaescolhida,convém compreendera condiçãomental, io'.a so episódiomórbido, em uma estruturaprofundaoriginal e formal, conserr€noo. certamente,sua significaçãoexistenciale antropológica. \o que diz respeitoao ponto de vista estrutural na criança,colette cHl(1971)r es um iua o p i n i ã od e mu i to s p s i q u i a trasi nfanti scontemporâneos, -Â\D -,ostrando a particularcomplexidadeda noçãode estruturana idadeem que turo ainda não parecehaver-sedesenrolado,na medida em que as fasesde equipodem suceder-se,sem que uma significaçãoprofunbrio e descompensações d.aseja sempre evidente. .A estrutura,para colette cHILAND (1967),permaneceinspiradana opinião de LÉVl-STRAUSS(1961),interessadanos modelos, levando em consideração não só os termos em si, mas as relaçóesentre os termos. Para C. CHILAND, trata-sede procurara explicaçãoestrutural,não exclusivamenteao níveldo sistema de relação,mas ao nível das regrasde transformação,que permitem passar de um sistemaa outro, tomando em consideraçãoos sistemasreais,tanto quanto os sistemassimplesmentepossÍveis. c. cHI LA ND r ef e re -s eà o p i n i ã o d e A. F R E U D(196s)para l i gar a estrutura ao nível da segundatópica,em relaçãoàs pulsóes,com o ego e o superego, e para fundar um eventualdiagnósticoestruturalno estudoda relaçãode objeto e dos mecanismosde defesa. Antes da contribuiçãofreudiana,havia-sevisto inicialmentea proposição de classificaçoes sintomatológicas, com KAHLBAUM (1863),MOREL(tgS1),HECKER (1871e 1874l,e, certamente,Émile KRAEpELIN,cujas hipótesesforam retomadas na classificação centradana noção de psicose,propostapela Associaque tendem a ligar o sintoma ção Americanade Psiquiatria.Estasclassificaçôes ao "distúrbio fundamental" subjacentelimitam-se a descriçõesclÍnicasque, em todos os tempos, seduziramos psiquiatras.certas modificaçõesforam trazidas po r E. B LE ULE Rem ' 19 1 1 , n o s e n ti d o d e u m a fi n a m entoda semi ol ogi a,mas a i n d ae m dependênc ia m u i to g ra n d ed o s s j n to ma s . Na mesma época, vemos aparecer tentativas de classificaçãoorgânicas co m JACO B I ( 1830) ,M O R EL (1 8 6 0 ),SK AE (1 8 9 7 ),CLOU S TON (1904),TU K E (1892).Estespontos de vista são retomadosna classificação propostahá alguns anos pela AssociaçãoMédico-PsicológicaReal da Grã-Bretanha.Haveriauma íntima ligaçãoobrigatóriaentre o distúrbio psÍquicoe uma supostalesãoorgânica. Reencontramos,no mesmo caminho,o ponto de vista organo-dinamistade Pierre JANEÍ (19271,repousandoem grande parte na noção de evolução,os t ra b a l h osde H. J A CK S ON (1 9 3 1 ),d e MON AK O W e M OU B GU E(1928)e,fi natmente, as concepçóesde H. EY (1958),inspiradasem JACKSON.J. ROUART buscou precisar,em BoNNEVAL (1946),o possÍvelpapel de toda organicidade em um tal sistemade classificação. As classificaçôesíisiológicasforam sustentadaspor MEyNERT (1994),TUKE (1 8 9 2 ) ,W E RNI CK E(1 9 0 0 ),A . ME YE R(1 9 1 0 ),C ON N OLY(1939I,LA Y C OC K ( 1 9 4 5 ),D. HE NDE RS oNe R . D . G tL L E Sp tE(1 9 5 0 ).E tastenram estabetecer as relaçôesentre o funcionamentomental observadoe localizaçõesneurológicás diversas,que corresponderiama centrosreguladoresdo funcionamentomental sobretal ou qual registroparticular. 17
As classificaçoespsicológicascorrespondem a uma preocupaçãoem buscar, no domínio do funcionamentomental do "homem normal", categoriasnas quaisse tentará,a seguir,fazer com que entrem os distúrbiospsicopatológicos. Um certo número de autorestrabalhou nestesentido,tais como LINNE (1763), ARNO LD11782 C 1 ,R IC H T ON(1 7 9 8 ),P R IC H A RD(1835),B U C K N ILLe H A K E -TU K E ( 1870)Z, I E H E N(1 8 9 2 ),H E IN R O T H(1 8 9 0 ). O ponto de vista íreudiano,ao contrário, interessa-se por alguns marcos fundamentaisque permitam diferenciarou aproximar as estÍutuÍas,tais como o sentido latentedo sintoma (símbolo e compromisso no interior do conflito psíquico), o grau atingido pelo desenvolvimentolibidinal, o grau de desenvolvimento do ego e do superego,e a natureza,a diversidade,sutilezae eficáciados mecanismosde defesa. Os pós-íreudianosprosseguiram nas pesquisas sobre estas bases: K. A B RA HA M 11 9 2 4 1F, . A L EX AN D E R (1 9 2 8 ), E . GLOV E R (1932 e 1958), K ' M E NNI NG E R(1 9 3 8e 1 9 ô 3 ),J . F R OS C H(1 9 57),D . W . W IN N IC OTT(1959),W .
scorr (1e62).
M. BOUVET distingue,em 1950,os modos de estruturaçãogenitale prégenital.L. RANGELL (1960e 1965)coloca-seem uma perspectivade conjunto das diferentesfunçóesdo ego. A. GREEN (1962e 1963)procurou apoiar-senas noçóes de perda e restituição do objeto, de fantasmatização,de identificaçãoe desfusão,de castração,de fragmentação,de sublimaçãoe recalcamento,para dar conta não só das grandes entidadesnosológicasclássicas,mas também da diversidadedas pequenasentidades"intermediárias",tão comumenteesquecidas ou des c uid a d apso r u m b o m n ú m e rod e a utores.J. H . TH IE L (1966),por seu turno, levanta-secontraa exclusividadeneurótica,tanto tempo manifestadapela pesquisapsicanalítica e estima que se deva distinguir entre uma teoria do distúrbio mental,uma certafilosofiada natureza,das causase funçõesda doençae, por outro lado,enfim, um sistemade classificação das desordensentre si.
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