Viajar Magazine - Novembro 2017

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A&O Expo Abreu regista mais 14,7% de reservas

AVIAção TAP passou a voar para os três aeroportos de Londres

World Travel Awards

Portugal no TOP

MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 366 - 2ª série - Preço 2,00 €

29º Congresso AHP

Cristina Siza Vieira "É tempo de assumir que Lisboa é uma cidade também turística" apavt

Pedro Costa Ferreira Maior participação de sempre no Congresso espelha dinâmica do setor

43º Congresso

Apavt

O que esperar

Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

europcar.pt

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO novemBRO 2017



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Em foco

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Observação Hoteleiros e agentes de viagens reunidos em congressos Chegado o mês de novembro, estão prestes a acontecer os mais importantes congressos do setor em Portugal. Este ano a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) vai juntar os hoteleiros portugueses em Coimbra e a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) decidiram voltar a sair no país, após vários anos a realizarem o certame cá dentro. Macau foi o destino eleito, aliás como já o foi por diversas vezes. A pensar no congresso da AHP, nesta edição da VIAJAR publicamos um dossier de Hotelaria, dando conta das últimas novidades deste setor, tal como entrevistámos a presidente executiva da associação, Cristina Siza Vieira, que nos deu a sua opinião sobre os mais diversos assuntos da atualidade, descortinando um pouco do que será este congresso. Como não poderia deixar de ser, tendo em conta que o congresso da APAVT realiza-se em Macau, este é o nosso Destino Top do mês. Pedro Costa Ferreira, presidente da associação que representa dos agentes de viagens em Portugal, é o grande entrevistado da edição. A acompanhar, um inquérito aos operadores sobre as expetativas do mesmo para este congresso. Para quem vai a Coimbra e/ ou Macau, votos de um bom congresso! A VIAJAR vai estar em ambos para registar todos os momentos e dar-lhe a conhecer através do nosso website em www.viajarmagazine.com. pt e também na próxima edição de dezembro com reportagens completas.

Programa do Congresso da APAVT

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43º congresso da APAVT, que este ano se realiza em Macau, de 22 a 27 de novembro, vai contar com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na sessão de inauguração. Na mesma sessão irá ainda discursar Alexis Tam, do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, assim como Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT. Subordinado ao tema “Turismo: A Oriente, tudo de novo!”, o congresso conta com um primeiro painel que irá retratar “os Desafios e a Responsabilidade de ser Português”. Jaime Gama, ex-presidente da Assembleia da República e antigo ministro, Jaime Nogueira Pinto, politólogo e empresário, serão moderados pelo jornalista José Manuel Fernandes e farão uma conversa sobre o Oriente, Portugal e os Portugueses. A história, o presente e os desafios para o futuro. Ainda no primeiro dia de congresso, na parte da tarde, será a vez de agentes de viagens de diversas regiões da China Continental terem um encontro de negócios com vários players portugueses. Já no segundo dia de trabalhos, pela manhã, o painel de abertura terá como tema “Turismo – A transformação digital no caminho das oportunidades”. O empresário e professor universitário Paulo Amaral irá

Diretor Francisco Duarte Chefe de Redação Sílvia Guimarães redação Sandra Martins Pereira Editor SR Editores, Lda Assinaturas assinaturas@sreditores.pt direção, redação e publicidade Rua Jaime Batalha Reis, nº 1C, r/c C 1500-679 Lisboa

dar a entender melhor aos congressistas o significado e para que servem termos como e-Commerce, Big Data, IoT, Web 2.0 e Web 3.0 e Mobilidade. Além disso, irá permitir saber até que ponto a transformação digital constitui uma necessidade estratégica para as empresas. Da parte da tarde, será a vez de debater “O papel do Turismo na reinvenção do crescimento económico em Portugal”. Augusto Mateus, ex-ministro e consultor irá aqui falar do futuro de Portugal através do Turismo. Logo de seguida, a recordista mundial da travessia do Pacífico, Natalia Cohen, terá o desafio de inspirar os presentes a procurarem mais, fazerem mais e serem mais através do painel “Losing sight of Shore - Todos temos os nossos Oceanos para atravessar”. E para terminar o dia de trabalho, será a vez de ficar a conhecer um estudo inédito da AMA – Augusto Mateus & Associados / Ernst & Young, pela voz da economista, Sandra Primitivo, intitulado “O valor económico da Distribuição Turística em Portugal”. No terceiro dia de trabalhos, antes da sessão de encerramento, será ainda tempo para ouvir o advogado e administrador de empresas Diogo Lacerda Machada sobre o Turismo, o Oriente, as empresas, os negócios… e a TAP.

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Destaque

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“Liberdade de Escolha e Fatores de Competitividade”

43º Congresso da APAVT: o que

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Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai voltar a sair de Portugal, após alguns anos a ser realizado em Portugal, um pouco devido à crise económica que a Europa viveu nos últimos anos. Tendo Macau sido o destino escolhido para o pontapé de saída, a VIAJAR esteve à conversa com alguns operadores, representantes de cruzeiros e outros de agentes de viagens, para saber quais as perspetivas destes para o congresso deste ano, assim como fazer um balanço verão e perspetivas para o próximo ano. Fernando Bandrés, diretor Operacional da Soltrópico, acredita que para além do tema do congresso, que este ano recai sobre “Turismo: A Oriente, tudo de novo!”, a “competitividade empresarial dos diversos players - seja o transporte, hotelaria, distribuição, etc. - e o papel de cada um no futuro da atividade turística, que tantas e tão rápidas alterações têm vindo a sentir”, também deveria estar na ordem do dia do evento em Macau. Já Pedro Gordon, diretor-geral do Grupo Gea Latam, que representa agências de viagens

independentes, defende que o Congresso da APAVT deveria chamar temas como o “retrocesso em eficiência e volta ao passado que representa a imposição dos NDC’s nas companhias aéreas para os agentes de viagens”. O dirigente associativo afirma que “isto representa um brutal incremento de custos, quer a reserva seja feita via GDS ou se for via comparação entre as diversas

companhias de forma separada”. Por outro lado, Pedro Gordon considera que outros dos temas em destaque deveria ser a “urgência em alternativas ao aeroporto de Lisboa” e ainda “como comunicar ao cliente final o incremento dos pvp’s que vão implicar a inclusão dos seguros de viagem, necessários a partir da entrada em vigor da nova lei de viagens combinadas”.

Fernado Bandrés

Pedro Gordon


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Destaque

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esperar?

congressos da associação, “mais políticos e transversais”, permitem “conhecer ou aprofundar o conhecimento do destino onde se realizam, como é o caso de Macau”.

Macau, o destino “Ouvir as diversas opiniões e conclusões sobre o tema do congresso”, é o que espera Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair, que diz que tal como considerou “importante que os últimos congressos se realizassem em Portugal, acho que é oportuno fazê-lo agora no exterior, e num destino que merece seja visitado pelo trade”. Também Fernando Bandrés considera adequada a escolha de Macau como o destino deste congresso “a proximidade e o papel desempenhado por Macau enquanto “ponte” entre a China e os países de língua portuguesa. É fundamental manter estes laços que nos unem ao oriente e que fazem parte dos fluxos turísticos dos portugueses”, enalteceu. Pedro Gordon vê esta escolha como um “acesso ao conhecimento de um mercado com um potencial de crescimento imenso e com custos de alojamento e voos muito reduzidos”, opinião partilhada igualmente pelo diretor-geral da Exoticoonline, que afirma ser esta uma hipótese de “voltar, redescobrir e explorar” um destino que “tem tido grande crescimento e investimento”.

Balanço de verão

Segundo Miguel Ferreira, diretor da Exotico Online, há questões importantes a serem debatidas, mas não no congresso. Para o profissional “o Capitulo de Operadores, que diga-se de passagem tem mostrado uma grade dinâmica, constitui o local mais adequado para as questões desta atividade específica, o que tem acontecido, tal como nas questões de outros subsetores”. Na sua opinião, os

E como o inverno a dar um pequeno ar da sua graça, Francisco Teixeira diz ser “positivo” o balanço deste ano da empresa que representa. O representante de companhias de cruzeiro afirma que o mercado demonstrou “alguma dinâmica extra face aos anos anteriores, com realce para a reserva antecipada”. O verão foi “razoavelmente bom” e ainda conseguiram obter “bons resultados nas outras temporadas”. Para a Soltrópico “o verão iniciou de uma forma espetacular, em maio, com crescimentos até 30% em vendas em algumas rotas e produtos”. Para Fernando Bandrés este “é

Miguel Ferreira

Francisco Teixeira

um sinal de que a venda antecipada funciona cada ano mais e melhor. No entanto, posteriormente, e à medida que iam entrando na época de verão, “houve uma diminuição deste crescimento”. Mesmo assim, o responsável evidenciou que “a 31 de Agosto, a Soltrópico atinge crescimentos de dois dígitos o que, para um operador, com mais de 25 anos de existência, é realmente um case study”. No caso da Exoticoonline, o ano está a correr “dentro do perspetivado”, com um crescimento “já previsto e sustentado”. De acordo com Miguel Ferreira, “o verão foi bom, porém um pouco atípico. As vendas para o verão começaram a um excelente ritmo no início do ano, porém, após Maio, e com o excedente de produto para destinos de praia, levou a alguns cancelamentos, pois existiam ofertas a preços baixíssimos. Curiosamente alguns desses cancelamentos voltaram novamente a ser reservas "in the house" em função dos furacões. As agências de viagens associadas da Gea, em termos de evolução de vendas, nomeadamente com operadores e centrais de reservas hoteleiras, “o balanço é muito positivo, com crescimentos de 20% em pacotes e de 19% em reservas hoteleiras”. Na parte operacional, Pedro Gordon afirma que “houve mais atrasos do que os desejados nos voos e alterações de horários devido, na grande parte dos casos, à saturação do aeroporto de Lisboa”.

O futuro em 2018 A Melair, representante em Portugal do grupo Royal Caribbean e da Celebrity Cruises, espera que 2018 venha a ser positivo, sobretudo porque “o grupo Royal Caribbean tem 10 novos navios em construção, com o primeiro deles a entrar em operação já em Abril de 2018, o Symphony of the Seas, consolidando a sua presença no Mediterrâneo com navios da classe Oásis” e depois porque “a Celebrity Cruises, com o seu navio Celebrity Constelation, irá operar novos itinerários de 7 noites pelo Mediterrâneo, com embarque e desembarque em portos diferentes”. Fernando Bandrés garante que a Soltrópico, para 2018, está “a analisar as oportunidades existentes em alguns destinos, mas ainda é prematuro informar quais serão os mesmos e em que moldes”. No ano corrente deram “continuidade à estratégia da Soltrópico, estando a mesma focada essencialmente na consolidação de operações e destinos”. No que respeita a 2018, Miguel Ferreira adianta que a Exoticoonline espera “crescer novamente dentro do que temos vindo a crescer. Será um ano marcante, pois o ano 2018 será um marco para a Exoticoonline e para a Destinos, pois ambas passarão a ter 10 anos de existência. Iremos ter novas apostas, e novidades, porém é ainda prematuro falar quais”, concluiu.


Grande entrevista

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Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT

Maior participação de sempre no Congresso

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omecemos pela nova Diretiva que até dia 1 de janeiro de 2018 terá de ser transposta por todos os Estados membros. O que nos pode adiantar em relação às negociações? Em relação à nova Diretiva, todos sabemos que representa uma atmosfera de maior responsabilidade para as agências de viagens e para os operadores turísticos. Representa também maior risco e, certamente aqui e ali, maiores custos. Como tal, trata-se de uma atmosfera mais exigente. Por outro lado, sabemos que é uma diretiva de máximos, o que de certa maneira restringe a nossa capacidade negocial. Ainda assim, partimos para a negociação com a tutela com dois objetivos primordiais: tentarmos que as viagens profissionais ficassem, o mais possível, afastadas do âmbito da diretiva e, o que era para nós uma linha vermelha do ponto de vista de negociação, que o mecanismo financeiro de garantia dos consumidores não exigisse novas entregas por parte dos agentes de viagens ao longo deste ano e dos próximos, a não ser que ocorra um sinistro importante. A negociação está a terminar, julgo que a transposição da diretiva será publicada até ao congresso da APAVT, ou logo a seguir. Mas essa negociação correu bem? Não gostaria de fazer comentários muito detalhados sobre a negociação, por uma questão de respeito. De tudo o que correu até agora, e lembro que estes dois objetivos eram públicos e foram inclusive definidos em congresso pela APAVT, julgo que podemos estar - até ao ponto em que se pode estar, antes de concluída uma negociação, satisfeitos. Isto é, presumimos que vai haver um caminho que permite afastar o âmbito da diretiva da maior parte das viagens profissionais, por um lado e, por outro lado, julgo hoje possível dizer que não serão realizadas novas entregas por parte dos agentes de viagens para o fundo de garantia das viagens e turismo. Desse ponto de vista julgo que terá sido uma negociação com êxito. No pior dos cenários, no que incorreriam as agências e operadores, ao não chegarem a um acordo sobre esta diretiva? Em primeiro lugar, a introdução das viagens profissionais aumentaria muito o âmbito das viagens compreendidas na diretiva, e portanto, também o risco, o que provavelmente obrigaria a novas entregas. Ou seja, teríamos muito mais custos para os agentes de viagens à partida, independentemente do seu tamanho, porque apesar de termos previsto na lei


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espelha dinâmica do setor o escalonamento, ou seja, um pagamento mais pequeno para as agências menores e outro maior para as de maior envergadura, a verdade é que o escalonamento permite que o esforço seja similar para todos, e portanto, sendo um esforço similar era igualmente problemático para todos no meu entender. Esse cenário está afastado com esta negociação e essa será, em meu entender, a maior alegria desta negociação.

“Um congresso em Macau que aponta para 700 participantes e que rompe todos os recordes recentes, e quando digo recentes, estou a falar de duas décadas, é uma notícia simplesmente fabulosa”

O Dr. Carlos Torres faz a certa altura, num dos seus artigos de opinião num jornal de referência do trade, uma crítica à APAVT pelo silêncio sobre esta matéria e pelo facto dos “retalhistas terem de pagar pelos erros dos operadores”. Não li o artigo, não o vou comentar. Contudo, não será difícil explicar sucintamente o que está em causa relativamente à solidariedade. Em primeiro lugar, é preciso sublinhar que a solidariedade não é um assunto novo no mercado. Existe no ordenamento jurídico nacional há cerca de vinte anos! Depois, e mais importante, a solidariedade não pode ser discutida sozinha – influenciando o nível de risco, ela está intimamente ligada ao mecanismo financeiro de defesa do consumidor, o fundo de garantia. Ora, como foi tantas vezes esclarecido, nesta negociação, a APAVT tinha uma linha vermelha: não poderíamos aceitar novas entregas financeiras das empresas para reforço do fundo, e esta foi uma das fortes razões para que a solidariedade estivesse incluída na nossa proposta. O equilíbrio do mecanismo financeiro de garantia foi uma das razões da defesa da solidariedade, mas não a única. Outras, relacionadas com a confiança do consumidor, da qual depende o exercício da profissão, também estiveram presentes. Finalmente, sublinhe-se que a solidariedade existe no projeto que a APAVT entregou à tutela porque simplesmente os associados assim o decidiram, nas inúmeras reuniões desenvolvidas ao longo de 2016, quando preparámos a negociação. A APAVT representa um setor, um setor que democraticamente decidiu que queria a solidariedade. E a direção da APAVT defendeu aquilo que o setor decidiu.

razões. Temos uma lei que ainda não sabemos como cumprir, temos algumas empresas consultoras e de advogados a proporem-nos o cumprimento da lei com custos de dezenas de milhares de euros e depois temos coimas brutais se não a cumprirmos. Isto não é um assunto que é dos agentes de viagens é de todo o setor e provavelmente de todo o País. Estamos em diálogo com várias entidades, com a Tutela e com a Confederação do Turismo Português (CTP), e esperamos pelo menos nos próximos tempos, conseguir estas três coisas: clarificar como é que se cumpre a lei, executar o cumprimento da lei sem ser aos custos que estão neste momento apresentados no mercado e finalmente arranjar um modo de acompanhamento por parte da tutela, que não obrigue a coimas completamente desequilibradas. Estamos a falar de 4% da faturação, com vários milhões de teto, portanto são coisas completamente desajustadas de toda a realidade económica e não apenas das agências de viagens.

TECNOLOGIA

DIRETIVA RELATIVA À PROTEÇÃO DE DADOS

Vamos falar do Congresso da APAVT, que este ano é em Macau. O que está programado? É em Macau e, portanto, isso é claramente uma diferença em relação a todos os anos do meu mandato, dado que cinco congressos foram em Portugal. Julgo que é uma boa notícia e que tem que ver com a recuperação do mercado e com a confiança que os consumidores e as empresas têm na economia, e com a confiança que o destino final, neste caso Macau, tem no setor económico português. Por outro lado, um congresso em Macau que aponta para 700 participantes e que rompe todos os recordes recentes, e quando digo recentes, estou a falar de cerca de duas décadas, é uma notícia simplesmente fabulosa que espelha bem a dinâmica do setor, por um lado, e da dinâmica da APAVT por outro, e da sua capacidade de organização. Evidentemente, cabe aqui uma palavra para Macau: É um destino fantástico, é uma porta de entrada para o negócio com a China quer de outgoing, quer de incoming, e Portugal também pode ser uma porta de entrada de negócio com a Europa. Assim, estão reunidas todas as potencialidades e condições para fazer, deste, um encontro de grande importância.

A PNR Directive and Data Protection Package pode também ser uma dor de cabeça para o sector? É mais um ordenamento que vem criar muita indecisão e certamente novos problemas ao sector. Preocupa-nos muito e por várias

E em relação aos temas que serão discutidos? Em relação aos temas, o que fica refletido logo e em primeiro lugar, é que a APAVT tenta manter uma tradição que é fazer deste


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“Desse ponto de vista, julgo que terá sido uma negociação com êxito”

congresso um ponto de situação de todo o setor turístico e não apenas das agências de viagens, ou seja, um congresso nacional do turismo. Julgo que uma vez mais o vamos conseguir, porque temos, a par dos temas mais técnicos, temas necessariamente mais transversais, como aqueles em que participam o Jaime Gama, o Jaime Nogueira Pinto e o José Manuel Fernandes por um lado, ou por outro lado o Augusto Mateus e até o Diogo Lacerda Machado, que é também administrador executivo da TAP, tendo participado em alguns acontecimentos recentes e importantes para a companhia aérea portuguesa. Por outro lado, vamos ter temas mais específicos das agências de viagens como seja o dia reservado à Tecnologia, com o Professor Paulo Amaral e a apresentação do estudo das agências de viagens, pelo escritório do Augusto Mateus e Associados. Gostava de falar sobre o tema “A transformação digital no caminho das oportunidades”. Este é um tema central deste congresso, do ponto de vista dos agentes de viagens. Temos de discutir a tecnologia, até porque ela é encarada muitas vezes como uma das barreiras que estão a ser erguidas às agências de viagens tradicionais e a ideia é transmitir que a tecnologia inteligente, aquela que permite que tenhamos mais tempo para os clientes é muito mais o caminho das oportunidades, do que o caminho das restrições e dos constrangimentos. Julgo que é tudo isso que vamos falar neste

tema, que aliás junta ao Paulo Amaral, um exvice-presidente da Disney, o Jeff Archambault, que vai enriquecer com certeza este painel, dando uma visão de mercados mais adultos e mais desenvolvidos. E repito, a tecnologia inteligente é aquela que permite que tenhamos mais tempo para o nosso cliente e nós sabemos que, por muitos constrangimentos e dificuldades que existam com os players do mercado, as agências de viagens terão sempre de tomar conta do seu negócio olhando o cliente e tratando dos problemas do cliente.

45 AGÊNCIAS DE VIAGENS CHINESAS Haverá um workshop Portugal-China durante o congresso. Este é um mercado importante para nós? Eu disse que o “sangue” do congresso seria do ponto de vista técnico, a tecnologia, mas de facto tem um momento de puro negócio, que será de grande significado. Está formada uma delegação chinesa com 45 agências de viagens de um número importante de províncias chinesas, agências de viagens essas que foram escolhidas com o foco absoluto do negócio. Com facilidades de expressão e língua inglesa, com interesse em trabalhar com Portugal e a Europa, e a maior parte delas trabalhando já com Portugal e a Europa. Este é um mercado imenso… Este é do ponto de vista do futuro e em termos mundiais, “o” mercado. Temos de ter “fair play” relativamente à sua evolução, no sentido em que com a China nada é de um dia para o outro, até pela mentalidade e o modo

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de raciocinar do mercado chinês, mas por outro lado temos de ter também a noção, que a diferença de dimensão entre o mercado português e a China faz com que qualquer evolução pequenina, às vezes qualquer abertura de nova rota, provoque uma enorme variação de valores em Portugal. Desse ponto de vista espero um pequeno boom deste mercado do Oriente para Portugal e espero que Portugal esteja ao nível de poder encontrar esse pequeno boom com vantagens comparativas, fornecendo uma boa experiência e permitindo que ele se vá consolidando. Julgo que o mais importante deste relacionamento nunca será o que vem já, é o que vem a seguir, mas do que vem a seguir pode depender muita da definição do que vai ser o Portugal turístico nos próximos anos. O aeroporto de Lisboa está esgotadíssimo toda a gente sabe. O que tem de se fazer de imediato. Isso é absolutamente verdade, o que eu gostava de referir e sublinhar, é que às vezes fala-se do esgotar do aeroporto de Lisboa, explicando que estamos a perder uma série de negócio na área do incoming e é verdade e que estamos a tornar a operação da área do incoming mais pesada. Mas não nos podemos esquecer também que este esgotar do aeroporto de Lisboa está também a prejudicar gravemente e de forma visível a operação do outgoing, nomeadamente operação turística quer pela dificuldade na obtenção de slots, quer depois não termos os melhores slots possíveis. A grande verdade é que qualquer falha na operação provoca por vezes grandes atrasos, exatamente pela dificuldade em encontrar um slot de substituição. Todas estas preocupações e problemas são visíveis e é de justiça dizer que algumas das dificuldades sofridas e sentidas das operações turísticas deste verão, de facto, não podem ser apontadas apenas aos operadores turísticos. Têm de ser compreendidas no âmbito de um aeroporto com muito maior dificuldade de resposta. Esse tem sido um dos grandes constrangimentos. Gostava que fizesse um balanço dos seus mandatos. Foram seis anos de um mandato, onde filosoficamente, se construiu e penso que é visível e reconhecido por todos, um espaço na APAVT de uns com os outros e nunca de uns contra outros. Juntámos incoming e outgoing, pequenos e grandes, operadores turísticos e agentes de viagens. A todos demos atenção e em relação a todos fomentámos o diálogo e a cooperação. Do ponto de vista da gestão associativa demos passos que julgo que ficarão para a história, reformulámos o quadro de pessoal adequando-o à nova realidade, mudámos



Grande entrevista

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“Em nome em matéria de distribuição tinha daquilo que é um ficado muito para fazer… balanço que me parece De facto, o capítulo da distribuição positivo e também da mesma não teve a mesma dinâmica e penso ideia filosófica de há seis anos, que o setor do outgoing perdeu com isso. Desse ponto de vista uma das candidato-me em nome de grandes apostas do novo mandato é um espaço de uns com a sua dinamização. É conhecido que os outros” foi convidado o Carlos Neves para gerir o novo capítulo, mas a grande verdade é que vai sempre depender da adesão e do trabalho das agências de viagens, e há muito para fazer.

RECANDIDATURA

para instalações próprias mais dignas e operacionais e capazes de cumprir a missão da APAVT, reformulámos de alto a baixo os aspetos tecnológicos da APAVT, que nos permite comunicar melhor com os associados, conhecê-los melhor, que nos permite operar melhor os nossos congressos e finalmente fizemos uma reestruturação financeira, que no espaço de seis anos nos levará a triplicar os capitais próprios da APAVT. Do ponto de vista da relação com a tutela, curiosamente, tivemos dois processos de uma dimensão muito importante, uma que coincidiu com o inicio há seis anos que foi a nova Lei das Agências de Viagens em 2012 e outra que termina com o final do último ano que é a nova diretiva. Na área do incoming registar que em seis anos apostámos na BTL e fizemos da APAVT o maior stand da maior feira multimarca do país. Criámos o capítulo dos DMC’s e este foi responsável por um trabalho rigorosíssimo do ponto de vista técnico que demorou mais de dois anos sobre a desigualdade fiscal internacional relativamente ao IVA, trabalho esse que está entregue na tutela e que faz parte hoje da agenda da APAVT, da Tutela e da CTP. Fizemos três reuniões bianuais da ECTAA – Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos em Portugal (Ponta Delgada, Porto e Coimbra). E os dois congressos dos agentes de viagens mais procurados no mundo em Portugal: o alemão e o inglês. E fizemos dos Açores e da Região do Centro, em anos diferentes, destinos preferidos da ECTAA.

Na área do outgoing fizemos uma defesa continua do Provedor do Cliente, que continuamos a achar que é provavelmente o maior ativo da APAVT. Na área de operação turística foi dinamizado o capítulo dos operadores, permitiu que houvesse menos risco no mercado, que as respostas aos momentos de crise fosse feita de um ponto de vista coletivo e permitiu o mais importante, que tivesse sido tomada uma decisão histórica na operação turística em Portugal que foi pagar aos consumidores cerca de meio milhão de euros por ocasião de uma causa de força maior, que no âmbito da lei não seria necessário, mas que no momento a dimensão da crise foi tão grande que os operadores optaram por reforçar a confiança do consumidor. De referir ainda na parte aérea o clima de dificuldade, nenhuma tendência na relação com as companhias aéreas é positiva, não em Portugal, mas no mundo e por isso também cá e, portanto, é uma gestão difícil, porque é uma gestão de más noticias e dificuldades. Mas ainda assim é dos momentos e das áreas que me deu mais satisfação os resultados obtidos, foi exatamente nesta área com as companhias aéreas, onde as noticias nunca foram boas, encurtámos prazos de pagamento do BSP, encurtámos comissões, mas as noticias eram à partida piores e foi um trabalho coletivo também no seio do capítulo aéreo.

DISTRIBUIÇÃO COMO PRIORIDADE Uma das coisas que disse quando fez a apresentação da sua recandidatura é que

Falemos da sua recandidatura à presidência da APAVT É público e notório que eu penso que mudanças devem acontecer regularmente no seio das associações e que não há mudanças mais efetivas que a mudança de pessoas. É conhecido o meu pensamento, que não mudou, mantenho, e ele não é contraditório com a minha decisão. Porém, esse é um pensamento geral, depois há o caso concreto e o momento concreto e a verdade é que no momento concreto, face às possíveis forças em presença, um conjunto importante e diversificado, que incluiu pequenos e grandes, operadores e agentes, outgoing, incoming e DMC’s, achou que a credibilidade e a confiança que eu e as minhas direções tínhamos dado ao setor ainda eram necessárias para os próximos três anos. Face a essa consideração e a análise que eu próprio fiz, conclui exatamente o mesmo, que eu ainda tinha uma mais-valia para dar à APAVT. Essa mais-valia vincou, o processo eleitoral decorreu, vai agora fechar com eleições. E candidato-me em nome de quê? Em nome daquilo que fiz, e já fizemos aqui um balanço que me parece positivo, e também em nome da mesma ideia filosófica de há seis anos, em nome de um espaço de uns com os outros. Nunca rejeitei ninguém na APAVT, nunca fomentei brigas setoriais, sempre defendi que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa e em nome disso teremos mais três anos de mandato de Pedro Costa Ferreira. Em relação ao programa eleitoral é conhecido e já foi dissecado, julgo que as preocupações estão aí, já falamos dos aspetos regulatórios que vão ser uma preocupação importantíssima no início do mandato, mas tal como no anterior mandato, as circunstâncias em que vamos ter de defender os interesses do setor são, na sua grande maioria, ainda desconhecidas. É o trabalho do dia a dia e o trabalho dos capítulos setoriais que nos vão trazer os principais temas da agenda e as principais direções de decisão que teremos de tomar em relação a essa agenda. Por Sandra Martins Pereira



Agências & Operadores

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Roadshow “Sol e Férias num Brasil Exótico” atrai 850 agentes de viagens

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s operadores turísticos Exoticoonline e Solférias terminam a 27 de outubro, em Vilamoura, no Algarve, aquela que é já a 5.ª edição do roadshow “Sol e Férias num Brasil Exótico”, com uma participação total de 850 agentes de viagens, pelas cinco cidades onde passaram: Funchal, Coimbra, Porto, Lisboa e Algarve. Ou seja, mais 156 agentes de viagens do que em 2016. Em conferência de Imprensa, no Hotel Sheraton, em Lisboa, onde fizeram mais um roadshow, os dois operadores garantiram que a “adesão dos agentes de viagens e dos “Operação parceiros tem vindo a aumentar de ano para ano charter para o e que o destino Brasil, fim de ano Lisboadepois de alguns anos Salvador e Portocom menor procura Salvador está já esgotem vindo a recuperar desde o ano passado”. tada desde 14 de Segundo Sónia Regateiagosto” apenas ainda alguns lugares no voo ro, diretora comercial da Lisboa-Fortaleza”, lamentando que Solférias, apesar da quebra não puderam acrescentar mais um voo, de vendas “de 18% devido a não devido a falta de aviões. termos feito operação de Páscoa este ano, A operação é feita num Airbus 340 da Hifly, estamos neste momento a 32% acima do com capacidade para 265 lugares em budget e vamos terminar o ano com mais económica e executiva e pela primeira vez 10%”. também em first class. Operação de fim de ano “Já temos a nossa programação para o para o Brasil Brasil para 2018 disponível para reserva e O Brasil continua a ser o quarto destiestá a correr bem, já temos reservas até no mais vendido na Solférias, conforme junho para grupos e com certeza para a adiantou a mesma responsável, sublinhando operação de fim de ano 2018/2019 vamos que a operação charter para o fim de ano acrescentar mais um voo”. Lisboa-Salvador e Porto-Salvador está já Miguel Ferreira, diretor geral da Exoticonline esgotada desde “14 de agosto, existem referiu também, que o Brasil continua a ser

o primeiro destino da sua programação, relembrando que este ano “a oferta para as Caraíbas foi bastante competitiva”. Ainda assim o operador diz ter transportado cerca de 3.000 passageiros para o Brasil, onde o Nordeste é a região mais procurada. E que apesar de não contarem com o apoio da Embratur, outras entidades brasileiras se têm mostrado interessadas em divulgar os destinos, como é o caso Bahiatursa, Paraíba, Empetur (Pernambuco) e a Setur de Rio Grande do Norte presentes no roadshow. O evento contou ainda com a participação da TAP, Vila Galé, Tivoli, Oásis Atlântico, Ocean Palace, Grand Palladium, Iberostar, MyBlue, Meliá, entre outros.

Bestravel inaugura training center

e aposta na formação em 2018

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Bestravel inaugurou recentemente o seu primeiro centro de formação, localizado nas instalações do master franchising em Lisboa, com o intuito de dar resposta às necessidades formativas e de enriquecimento profissional da rede de agência de viagens. Com este novo centro de formação, a rede Bestravel disporá de um espaço exclusivo e pensado para o efeito, com capacidade para até 45 formandos e que está disponível para ações de formação internas ou em colabo-

ração com os parceiros de negócio. Segundo Carlos Neves, administrador da Bestravel, “com este centro de formação disponibilizamos aos nossos parceiros um espaço que lhes permitirá um contacto personalizado e em exclusivo com as nossas franquias. A formação será a aposta prioritária da Bestravel para 2018 e este novo espaço dá início ao novo posicionamento da marca na área de formação, que poderá acolher novas estruturas idênticas no futuro.”



Agências & Operadores

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Painel da XIII Convenção da GEA reflete preocupações de operadores e agentes de viagens

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relação entre operadores turísticos e agentes de viagem independentes, as eventuais vendas diretas que possam vir a ser feitas por um operador, como minorar problemas de operação charter, disponibilidade de números de emergência 24 horas por dia, novos destinos para 2018 e a questão dos suplementos foram alguns dos temas que estiveram em cima da mesa no primeiro painel da XIII Convenção da GEA, que decorreu no Hotel Montebelo, em Viseu, entre 13 e 15 de outubro. Perante uma plateia de mais de 200 de agentes de viagens, Fernando Bandrés, diretor de Operações da Soltrópico, Diamantino Pereira, diretor geral para Portugal do Grupo Avóris (ex-Barceló Viajes), António Gama, diretor geral da Nortravel e Nuno Mateus diretor geral da Solférias responderam a algumas das preocupações que dão o mote a esta Convenção “Preparados para o Futuro?”.

Relações com o Grupo GEA Nuno Mateus começou por afirmar que a relação da Solférias com o Grupo GEA tem “funcionado bem, até porque o operador tem de ter a capacidade de trabalhar com as diversas características das agências de viagens”, o mais importante, no entanto é que as “relações sejam simples, até porque como cada agência também há operadores especializados em diversos nichos”. O diretor geral da Solférias relembrou ainda que “há anos que ouvimos dizer que as agências de viagens vão acabar, porque o consumidor cada vez mais utiliza a internet para fazer as suas reservas, no entanto, todos sabemos os problemas que têm existido com as compras online em sites que temos dificuldade de saber a sua origem”. A verdade é que segundo Nuno Mateus “o público está também mais cauteloso e se algo corre mal quer saber a quem reclamar”. Também António Gama, do operador Nortravel, sublinhou o seu “bom relacionamento com o Grupo GEA”, muito por causa da “filosofia da GEA e da capacidade de cúpula da mesma em conseguir criar uma dinâmica própria, que lhe permitiu chegar a esta dimensão e nível de coesão. Cada ano são mais os que fazem questão de participar nos eventos organizados pela GEA e isso é bem a prova de que a relação entre os operadores e o grupo funciona em pleno e que nós muito valorizamos na Nortravel.”

Salvaguardar interesses Questionados sobre como é que os operadores conseguem salvaguardar os interesses

entre as agências de viagens independentes, quando algum operador já tem uma rede de agências próprias ou faz distribuição direta, Diamantino Pereira, da Barceló Viajes, começou por frisar que o seu relacionamento com a GEA é “de apenas 8 meses”, mas que cedo se apercebeu quão “vital tem sido para nós, e eu diria de uma forma muito objetiva e direta que teríamos muita dificuldade de singrar em Portugal sem a vossa ajuda. E isto não é demagogia, porque todas as semanas isso se repercute nos números que este ano aumentaram substancialmente”. Esta é, aliás, e segundo o mesmo responsável “uma relação sólida também em Espanha, e por consequência, na prática temos conseguido conciliar os interesses e isso verifica-se nas vendas e não em discursos políticos”. Já Fernando Bandrés, da Soltrópico mencionou a sua ligação com o cliente final através do Facebook, que já conta com mais de 40 mil seguidores, mas que acarreta alguns custos. “Penso que a nossa relação entre agências e operador está mais do que assegurada e creio que numa relação o importante é darnos frutos e as vendas estão aí”, disse ainda, acrescentando que essa confiança “se vai trabalhando e o nosso objetivo é mostrar que somos independentes nesse tipo de relação”.

Operações charters Para os operadores presentes, alguns dos problemas que acabam por surgir nas operações charters, e que de ano para ano, não têm tido solução à vista, prendem-se em larga medida, com a falta de capacidade que o aeroporto de Lisboa apresenta neste momento, e que segundo um artigo recente o qualifica entre os piores da Europa em termos de pontualidade. “Hoje em dia contratamos os aviões charters com um ano de antecedência, neste momento temos praticamente a nossa contratação charter finalizada para o próximo verão e os slots só são aprovados normalmente em dezembro. Só que depois temos um problema que se chama aeroporto de Lisboa, que está sem capacidade nos balcões de check-in ou na segurança e nos anteciparam a operação para Saïdia em duas horas, mas depois o avião acabava por sair atrasado na mesmo, e isto causa mau estar nos clientes e nas agências de viagens”, exemplificou Nuno Mateus, deixando uma questão no ar: “Então e alternativas? Não é segredo para ninguém, que há muitas operações de companhias aéreas que querem voar para Lisboa e que não há disponibilidade, quando temos o exemplo de

companhias regulares que têm cerca de 50% das quotas dos slots do aeroporto, mas o elo mais fraco acaba por ser o charter.” Questionado sobre se este pode ser um problema para quem tem vendas antecipadas, o diretor geral da Solférias, refere que “todas as operações têm sido partilhadas entre vários operadores e esta questão não se tem colocado. A nossa operação este ano correu muito bem e nos últimos anos temos conseguido manter os horários, mas cada vez mais temos de ser seletivos com as companhias aéreas que escolhemos e vocês têm de ser seletivos com os operadores que escolhem, porque todos nós somos aderentes ao Provedor do Cliente e se algo corre mal somos altamente penalizados”. No caso da Nortravel este é um assunto que não se tem colocado: “Temos de ter consciência de que o mundo está a ficar ótimo com o turismo, está com um número extraordinário, mas há medida que o turismo vai evoluindo positivamente, neste admirável mundo novo, vêm ai os perigos dos maravilhosos mundos novos e ninguém pode esperar que a pressão no turismo não possa ter uma influência na dificuldade em resolver problemas que vão surgindo em termos de excesso de pressão do negócio”, alerta António Gama. “Efetivamente, os operadores têm uma


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preocupação muito particular nas companhias que selecionam para trabalhar, mas as próprias companhias que fornecem os serviços também são vítimas de pressão. Temos de ter consciência que demos selecionar os melhores operadores, que garantam os melhores contratos com as melhores companhias. Mas ainda assim não é sinónimo de que em períodos de época alta não possa haver dificuldade na resolução de algum problema”, ressalvou ainda o mesmo responsável. Para o Grupo Barceló a operação também correu dentro da normalidade, até porque operam com companhia própria, a Orbest, que disponibiliza dois Airbus 320 e três Airbus 330. “Realizámos 7 voos charters semanalmente este ano par as Caraíbas (3 para Punta Cana, 2 para Cancun e um para Varadero e outro para a Jamaica, que correram bem, apesar de no aeroporto de Lisboa vermos 50 ou 60 pessoas numa fila para a segurança e um atraso pode significar perder um slot”, explicou Diamantino Pereira. Ainda assim, o mesmo responsável relembra que a passagem dos furacões nas Caraíbas, em setembro, tirou-lhe algumas horas de sono, até porque acabaram por assumir “as despesas dos passageiros afetados”. Mais cético mostrou-se o responsável opera-

Agências & Operadores

“… alguns dos problemas que acabam por surgir nas operações charters, e que de ano para ano, não têm tido solução à vista, prendem-se em larga medida, com a falta de capacidade que o aeroporto de Lisboa”

cional da Soltrópico, que diz não acreditar haver “boas notícias em relação à operação aérea”, acrescentando que “até ao dia de hoje não sei se existem muitas diferenças entre as linhas regulares e os charters. Penso que a situação se vai manter tanto a nível de saturação como operativo e o mais importante é que nos consigamos precaver com uma boa resposta”.

Novos destinos para 2018 As Caraíbas vão continuar a ser uma aposta para os operadores no próximo ano, mas outros destinos poderão surgir, ainda que nenhum dos presentes quisesse avançar muito sobre as operações do próximo ano. Ainda assim, Fernando Bandrés revelou que o operador vai continuar a apostar no destino Cabo Verde, com as aberturas de um agente local no Sal e na Boavista. São Tomé ainda

é um destino que continua a evoluir positivamente, mas outras novidades poderão surgir. “Penso que o negócio na Soltrópico está estabilizado e chegou a hora de abrir o leque para novos destinos, mas ainda não posso revelar as novidades”, disse ainda. Também Diamantino Pereira escusou-se a desvendar os destinos novos, adiantando que “haverá algumas novidades à cerca da manutenção dos mesmos. A nossa bandeira como sabem é Caraíbas (Cancun, República Dominicana e Jamaica), é uma confirmação absoluta que iremos manter essas operações, são 7 operações no airbus 330. Agora como novidades e sem focar em destinos propriamente ditos, nós na Barceló vamos ser um operador generalista. A nossa bandeira são as Baleares, Canárias e charters para as Caraíbas, mas nós estamos a tentar e vamos conseguir ser um operador português, a falar português e com ideias portuguesas, por isso me contrataram. Aquilo que vamos fazer na Barceló é adaptar o nosso produto ao mercado português. Agora vamos ter Brasil, Canárias, Madeira, Açores, Cabo Verde.”

A importância de contratar com antecedência Já Nuno Mateus, da Solférias sublinhou o facto de cada vez mais ser necessário


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Maior participação de sempre

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elo menos 40% das agências de viagens (o correspondente a 130) que constituem o Grupo GEA marcaram presença na XIII Convenção da rede de agências independentes que decorreu em Viseu e que reuniu mais de 200 agentes de viagens. O número foi avançado por Pedro Gordon, diretor geral da GEA, que em jeito de balanço, sublinhou que esta foi “a maior participação de sempre numa Convenção nossa”, revelando a sua satisfação, porque segundo o mesmo mostra “que as agências estão envolvidas, interessadas, motivadas e dinâmicas em saber o que se está a passar e o qual vai ser o futuro mais imediato”.

“Preparados para o Futuro?” Questionado sobre se os agentes de viagens serem capazes de responder ao tema da Convenção “Preparados para o Futuro?”, o mesmo responsável respondeu: “Vivemos um momento feliz, não é eufórico, mas é um momento de uma certa alegria de consumo e as agências de viagens de perfil GEA têm de se focar no cliente. A grande vantagem competitiva de uma agência pequena é a proximidade com o cliente, conhecê-lo bem. Um serviço que uma grande rede tem mais dificuldade, porque há mais rotação, porque há menos motivação, porque são funcionários. Aqui, o dono atende o cliente e está hipermotivado. Então, o serviço e manter o cliente é a nossa mais-valia.” Vendas com bons resultados Boas notícias também foram as vendas que até 31 de agosto apresentaram resultados “francamente satisfatórios”, como adiantou à Imprensa Pedro Gordon, acrescentando: “Podemos dizer que, a nível de pacotes turístico de operadores, se compararmos o Top12, de 1 de janeiro a 31 de agosto deste ano, com o mesmo período em 2016, crescemos mais 20%, o que significa mais de 90% dos pacotes vendidos pelas agências do Grupo. Já no que diz respeito à hotelaria, o aumento foi de 19% num Top6.” Quanto a destinos, o diretor geral da GEA explica que o destino Caraíbas foi o que mais faturou, seguido do Algarve, acrescentando que “Saïdia, Cabo Verde, Baleares, Canárias e Porto Santo” também apresentaram boas vendas. Questionado sobre os operadores que mais venderam, o mesmo responsável adiantou que a Soultour, a Soltrópico, a Nortravel, a Jolidey e a Solférias foram os principais protagonistas. Para 2018, Pedro Gordon acredita que “se continuar a haver confiança do consumidor na economia do país, esperamos continuar a crescer em termos de vendas”.

“As Caraíbas vão continuar a ser uma aposta para os operadores no próximo ano, mas outros destinos poderão surgir”

fazer o planeamento dos destinos com antecedência, até porque, segundo o mesmo “quando há destinos como a Disney que em Inglaterra já estão a vender neste momento para 2018, torna-se complicado depois conseguirmos ter os melhores lugares. E daí também tratarmos com um ano de antecedência, agora sabemos que enquanto houver uma concentração de todos os mercados europeus nos mesmos destinos, para o mercado nacional é complicado. Se tentar um destino novo nós sabemos que os milhares de operadores europeus já compraram milhares de camas. Nós precisamos sempre de novidades, mas acima de tudo precisamos que haja uma descentralização novamente dos fluxos da Europa para destinos diversificados, que é algo que não está a acontecer neste momento”. “Para a Solférias é agradável preservar o Algarve ou a Madeira para o próximo ano, mesmo o Porto Santo em que nós somos 4 operadores, praticamente as coisas estão organizadas em termos de camas e viagens, e, portanto, é garantido que vai haver operações da Europa do Norte de ano inteiro para o Porto Santo. Não é fácil a nossa posição e depois reflete-se naturalmente”, diz ainda o mesmo responsável. António Gama revelou que em termos de destinos na Nortravel, o Brasil tem concorrido cada vez mais com as Caraíbas e que vão continuar a inovar, até porque “o Brasil é imenso e permite-nos diversificar os programas”. Novidades ainda poderão surgir no Extremo Oriente e mesmo na Europa, mas agora “ainda não é a altura certa para revelar”.

Suplementos

Outra das questões colocadas neste painel foi o problema dos suplementos e de que forma os agentes de viagens podem ganhar mais comissões. Uma questão que, no caso do Grupo Barceló Viajes, representado por Diamantino Pereira não se coloca: “Como sabem uma das marcas que pertencem ao Grupo Barceló é a companhia Cathay que é especialista em longos cursos e como sabem na Cathay tudo é comissionado, portanto criámos suplementos, que são comissionados, à exceção das taxas de aeroporto que são curtas.” Fernando Bandrés, da Soltrópico acredita que existem diferenças entre os “mercados mais maduros e os que agora estão a emergir”, dando o exemplo de São Tomé em que “chegámos à conclusão que o preço dos operadores e o do consumidor final eram iguais e esta situação trava a operação”. “Mas é óbvio que o nosso interesse e a nossa negociação com este tipo de fornecedores vai no sentido de que essa fatia do fornecedor seja comissionável para nós operadores, mas também para o retalho. Nos restantes destinos acho que a tendência é seguir a linha da comissão total”, explicou ainda. Para Nuno Mateus da Solférias, este é um assunto que na sua opinião se “divide em três fases: operação charter que não é comissionável; Disney, em que comissionamos tudo; Longa distância, aqui é onde temos maiores dificuldades muito devido ao desenvolvimento das tecnologias e à dinâmica que as companhias aéreas têm na apresentação diária de valores”. Na Nortravel, António Gama explicou que atualmente “não têm dificuldades de maior”, ainda que nem sempre tenha sido assim.



Reportagem

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Expo Abreu

regista mais 14,7% em volume de reservas

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ortugal, Cruzeiros, Cabo Verde, Brasil e Grandes Viagens foram os cinco produtos mais procurados na 4.ª edição da Expo Abreu, que se realizou nos dias 28 e 29 de outubro, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, e que este ano registou um volume de reservas de mais 14,7%, quando comparado com 2016. A feira de viagens de inverno da Abreu, que este ano reuniu mais de 100 expositores, teve como principal destaque os Cruzeiros. MSC Cruzeiros, Royal Caribbean, Costa Cruzeiros, Pullmantur, Norwegian Cruise Line, CroisiEurope e Hurtigruten foram as companhias de cruzeiros que marcaram presença neste certame. Mas destinos comos os Açores, Madeira, Região Centro de Portugal, Macau, aproveitaram a oportunidade para mostrar o seu potencial, com os arquipélagos açoriano e madeirense a figurarem no ranking de vendas da Expo Abreu deste ano. Segundo José Manuel Ferraz, diretor da Abreu, “as vendas vão prolongarse em loja até dia 26 de novembro, pelo menos o produto remanescente desta feira”, acrescentando que ali “ainda temos produtos que já não existem no mercado, porque, entretanto, já foram contratados. Na expo chegamos a encontrar diferenças de 50% no valor do preço.”

Expo Abreu está consolidada Mais do que crescer em número de visitantes, o responsável refere que este não andará longe do registado em 2016 e que foi de 40 mil. Se olharmos para os números da segunda edição vemos que a Expo Abreu está mais do que consolidada. É um evento que não sofre muitas variações, significa que os

nossos parceiros aderem, estão cá connosco e nós também vamos fazer tudo para que eles se sintam satisfeitos com as vendas que sejam efetuadas aqui.” No leque das parcerias de referência, José Manuel Ferraz, salientou os Açores: “Claramente são um destino que tem estado connosco em muitos destes nossos eventos

e pela nossa parte é também um destino que queremos e lideramos e não queremos abdicar dessa liderança e estamos a trabalhar muito ao longo de todo o ano.” Um mercado que na sua opinião tem conseguido quebrar a sazonalidade, muito por causa da liberalização do espaço aéreo, mas também ao trabalho desenvolvido pela Abreu, que segundo o mesmo “há 10 anos começámos a contribuir para esta quebra, com um produto que na altura colocámos no mercado: o Super Açores”. Este ano, a Expo Abreu alterou também o layout da área das reservas, permitindo aos clientes vivenciar toda a dinâmica de uma agência de viagens.

Os primeiros clientes da Expo Abreu

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aria, Pedro e Marta, chegaram às 6h30, no primeiro dia da Expo Abreu em busca de uma viagem de sonho. Para o casal número um da longa fila que se perfilava à porta do Pavilhão 2 da FIL, Maria e Pedro buscavam uma viagem para Punta Cana, nas últimas duas semanas de novembro. “Temos andado à procura no mercado e como tivemos conhecimento da realização desta feira decidimos vir tentar a nossa sorte, mas como é a primeira vez acabámos por chegar demasiado cedo”. Para o jovem casal, que acabou por comprar o destino desejado, o mais importante é que conseguissem “preços simpáticos, tudo incluído, praia e calor”. Já Marta procurava uma viagem em conta para a Bolívia para passar o natal e passagem de ano.

Mundo Abreu antecipada para março Quando comparada com a feira de viagens Mundo Abreu, José Manuel Ferraz explica que a Expo Abreu “tem um conceito um bocadinho diferente, mas é um evento que tem o seu espaço e lugar, e sendo um momento diferente tem desde logo uma vantagem, porque é no momento em que não existem campanhas antecipadas de outros operadores, mais não fosse que é uma época em que estamos praticamente sozinhos faz sentido mantê-lo, agora assim como aconteceu com o Mundo Abreu há de evoluir. E isso já aconteceu, as primeiras edições foram focadas no produto neve e este ano mudámos o foco para os cruzeiros que é mais adequada nesta altura”. De qualquer forma, o objetivo da Abreu é manter as duas feiras anuais, mas no próximo ano o Mundo Abreu vai ser antecipado para o mês de março (dias 10 e 11). Uma decisão que segundo o mesmo responsável “tem a ver com a antecipação do mercado em si. O primeiro trimestre teve um crescimento anormal e sentimos também essa necessidade do que o mercado vai procurando”. Já no que diz respeito a vendas globais da Abreu, José Manuel Ferraz refere que “de janeiro até agora tem corrido muito bem, estamos a registar crescimentos importantes. Tivemos crescimentos importantes nas operações do Porto Santo, no Circuito dos Açores, nos Cruzeiros. Fizemos uma campanha de cruzeiros muito importante no início do ano, que teve um sucesso extraordinário, mais que duplicamos as vendas em relação ao ano anterior.”



O melhor do

Centro de Portugal U

m lugar onde você se pode encontrar. Visitar o Centro de Portugal é experienciar a maior região turística do país. Aqui, é possível encontrar montanhas e aldeias, rios e praias, séculos de património histórico. Seja pela beleza natural, pela street art, pelo vinho ou pela história, visitar o Centro de Portugal é viver um “destino de experiências”. Conhecido e reconhecido pela forma verdadeiramente acolhedora como recebe os seus visitantes, não é por acaso que a maior região de Portugal está no “mapa dos destinos a visitar” nos vários meios de comunicação internacionais. Alguns dos lugares são tão importantes para a humanidade que foram incluídos na

lista do Património Mundial da UNESCO. É o caso dos Mosteiros de Alcobaça e da Batalha, do Convento de Cristo, em Tomar, e da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. Mas existem outros fortes argumentos que justificam a visita. Por exemplo, as Aldeias Históricas, Aldeias do Xisto ou as Aldeias de Montanha, pontos muito pequenos no mapa-mundo, mas onde podemos encontrar séculos de história, tradição e autenticidade. Não é apenas o Portugal medieval que pode ser encontrado no Centro. As cidades, onde a modernidade e a contemporaneidade são combinadas com a tradição, tornamse muito atraentes para aqueles que, por exemplo, pretendam fazer compras. Leiria

é disso exemplo. Uma cidade encantadora que poderia ser a meca comercial da região. Todas as lojas estão localizadas em belos edifícios artísticos no coração da cidade. E bem perto de Leiria, há um lugar repleto de história, amor e paz: Fátima. Ir a Fátima é visitar o maior templo mariano de Portugal. Mas, nesta região, não há apenas religião: o azeite é um produtos endógenos de referência. Se optar por descansar na companhia dos Sabores do Centro, poderá sempre deliciarse com a sua gastronomia tradicional, ou reinventada por um Chef de renome, ou a sua excelente seleção de vinhos (tem cinco regiões vitivinícolas). Rodeada por montanhas e pelos rios Vouga e Dão, fica a cidade


de Viseu, um dos melhores locais para fazer uma experiência enograstronomica. E é possível fazer enoturismo ao mesmo tempo que visita a arte e a história da “Cidade de Viriato”. Dê uma volta aos museus e igrejas, onde poderá encontrar o granito escuro, típico da região, rodeado de fachadas brancas contrastantes e imaculadas. Uma cidade contemporânea e moderna, conhecida pela qualidade e autenticidade das suas tradições populares. Algumas pessoas dizem que desperta os sentidos e nos surpreende em todas as paisagens e experiências. A Bairrada tornou-se mais do que um destino de enoturismo, distinguindo-se cada vez mais pela diversidade de sua oferta turística. Terra de

Espumante e do famoso Leitão, a região apresenta também spas termais e uma paisagem natural única, tal como, a Serra do Buçaco. Regiões com história, como Aveiro, descrita pelo famoso escritor português José Saramago como um “ corpo vivo que liga a terra ao mar como um enorme coração”, traduz um dos destinos com maior crescimento no setor turístico. A “Cidade dos Canais” é imperdível, muito devido aos seus ovosmoles, aos barcos moliceiros, e à rota da Arte Nova. Da montanha ao mar, são muitos e bons os motivos para visitar o Centro de Portugal!


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Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal

“É tempo de assumir que Lisboa é uma cidade também turística” É tempo de mais um congresso da Associação da Hotelaria de Portugal. Subordinado ao tema “Descobriram Portugal. E agora?”, este é um congresso onde a hotelaria portuguesa falar pela primeira vez sobre a capacidade de carga turística das cidades. A VIAJAR esteve à conversa, desta vez, com a presidente executiva da associação que nos deu a sua opinião, mais feminina, de vários assuntos da atualidade deste setor em Portugal, assim como nos revelou melhor o que irá ser discutido nesta edição do congresso.

dos grandes destinos do mundo que ainda não o somos. Temos de pensar também em distribuir, sobretudo em Lisboa, as pessoas no espaço. Na capital a oferta de produto turístico e o alojamento turístico estão concentrados em duas ou três zonas e temos de saber contrariar isso. Lisboa é pequena, mas por exemplo a zona histórica é ainda mais pequena. Há muito por onde distribuir as pessoas, têm é de ser criadas condições para tal. No entanto, temos de medir muito bem qual é a principal “dor” da cidade neste momento. Falta de habitação? Falta de equipamentos culturais e outros com potencial turístico? Como cidadã em Lisboa, acho que o ponto crítico neste momento é mesmo a habitação, começando a ter um efeito potencialmente negativo sobre a atratividade da cidade para chamar novos habitantes e fixar população. Como profissional do setor, penso que o planeamento de novas centralidades é fundamental para melhor distribuição de turistas, no tempo e no espaço.

O turismo em Portugal e, sobretudo em Lisboa e no Porto, têm vindo a crescer fortemente nos últimos três anos. Acha que ainda há muito por onde crescer nas duas maiores metrópoles de Lisboa ou pensa que, pelo contrário, já se está a chegar a um ponto de saturação? Primeiro é interessante perceber que as cidades que são as nossas competidoras mais naturais também estão a crescer. Há maior riqueza no mundo e há espaço para o turismo continuar Considera que em 2018, ano em que os india crescer. Por outro lado, os indicadores de cadores afirmam que o Aeroporto Humberto crescimento já não são só em volume de hósDelgado, em Lisboa, vai estar esgotado, pedes, mas também em receitas. De um lado, ainda teremos capacidade para crescer? o turismo já vale mais de 50% do volume de O Aeroporto de Lisboa, como toda a gente exportações e de serviços, embora tenhamos sabe, atingiu a sua capacidade limite. Pode de ter em conta, como temos vindo sempre a ser otimizado com algumas slots, programa dizer, que o turismo não é a panaceia de todos que a ANA Aeroportos tem em carteira. Mas, o os males. O país tem de se afirmar, obviamente, crescimento da Área Metropolitana de Lisboa pela exportação de outros bens e serviços. E o para o próximo ano é capaz de estar um pouco crescimento relativo do turismo deu-se por valor condicionada em número de passageiros próprio, mas também pela entrada em crise desembarcados. No entanto, também neste de outros setores exportadores. Este efeito de caso depende da articulação entre o Aeroporto arrasto dos outros setores da economia também Humberto Delgado com o Aeroporto Francisco se tem verificado. Sá Carneiro. Ao contrário do que acontecia há alguns anos Há espaço para crescer ainda no ano que vem, atrás, o turismo é visto hoje como mas não sem antes se pensar bem na sendo um setor fundamental e otimização dos recursos que a ANA é algo que nos dá créditos Aeroporto gere. “Continuamos a do ponto de vista polítiter espaço para crescer co. Temos um turismo No total deste ano está em termos de notoriedade que se soube afirmar prevista a abertura de e contribui decicerca de meia centena e de nos tornarmos num dos sivamente para a de hotéis em todo o grandes destinos de referência do afirmação do país. país, com uma grande mundo. Em termos de volume de Tendo em conta concentração em hóspedes e dormidas isso presume tudo isto, posso Lisboa e Porto. Há mertambém com a capacidade de dizer que continucado para tudo isto? carga do país. E tudo depende amos a ter espaço No primeiro semestre para crescer em abriram 15 novas unidades muito da capacidade termos de notoriedade e hoteleiras no país, sendo que a aeroportuária.”


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Dossier Hotelaria “Os números não indicam que haja um excesso de hotéis nos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. A taxa de crescimento média anual da oferta de quartos anda na ordem dos 6% em Lisboa e no resto do país ultrapassa os 7%.” maioria foi na região de Lisboa, logo seguida da do Porto. Para o total do ano, e baseando-me em números de Junho, porque fazemos sempre esta análise por semestre, está previsto para a totalidade do ano a abertura de 51 unidades de norte a sul, com 17 para Lisboa e 15 para o Porto, embora existam ainda as reaberturas e remodelações que não estão contabilizadas no número anterior. Os números não indicam que haja um excesso de hotéis nos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. Temos tido uma taxa de crescimento média anual de procura por quarto, em Lisboa, de 2014 a 2017, inferior à média do país. A taxa de crescimento média anual da oferta anda na ordem dos 6% em Lisboa e no resto do país ultrapassa os 7%. Por outro lado, a relação entre a procura e a oferta, medida pela taxa de ocupação, também tem crescido, o que indica que o negócio continua sustentável, ou seja, tem-se gerado procura para novos hotéis. Contudo, temos crescido muito mais em preço do que em taxa de ocupação, não só em Lisboa como no resto do país. Por tudo isto, neste momento, as coisas estão equilibradas e está a gerar-se uma procura que tem estado a acompanhar perfeitamente a oferta, com alguma moderação na taxa de ocupação, no caso de Lisboa. Mas não acha que as Câmaras Municipais deveriam estabelecer limites a nível da construção de novos empreendimentos turísticos por ano? Cada cidade tem o seu modelo de planeamento turístico, mas a verdade é que em Lisboa, neste momento não temos. Temos tido um crescimento orgânico, espontâneo, muito positivo, mas atenção é necessário começar a planear o crescimento ordenado do turismo e não só. Planos temos muitos, só que não são planos à escala das cidades, e tê-los é muito importante. É tempo de assumir que Lisboa é uma cidade também turística e, por isso, precisa de ter uma dedicação específica ao crescimento do turismo. A AHP tem vindo a demonstrar-se sempre contra a taxa turística. Estão a tomar algumas medidas neste sentido? A taxa turística, só por si, não é uma boa medida e não deve substituir outras medidas. Tal como


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outras taxas, em nada beneficia a sustentabilidade turística dos destinos. No entanto, há no caso da gestão da taxa turística, quer no modelo da sua implantação, quer no regulamento que a constitui ou na criação do fundo de desenvolvimento turístico, algo de muito positivo, que tem a ver com a participação dos hoteleiros, que são quem as suporta e cobra diretamente. A AHP não se opõe à taxa por si só, mas à forma como esta está a ser encarada. É justo que a sua aplicação seja para melhorar a capacidade de atração turística da cidade e o equilíbrio das várias pulsões existentes. No caso de Lisboa também para mitigar a concentração turística em duas ou três áreas da cidade. Numa entrevista que fiz no ano passado ao Eng. Raul Martins, ele disse-me que “o alojamento local não é concorrente da hotelaria”. Tendo em conta que este ano também esta forma de alojamento cresceu bastante, a AHP continua a afirmar o mesmo? Acho que sim e não é por uma questão de crescimento, mas sim por serem produtos totalmente diferentes. Há públicos específicos para o alojamento local, sobretudo para casas dispersas, apartamentos, hostels e moradias. O grande problema é colocarem todo este tipo de alojamento numa mesma categoria. Não é a mesma coisa uma pessoa ter um apartamento e decidir arrendar o mesmo a turistas ou explorar blocos inteiros de apartamentos. Estes é que fazem concorrência à hotelaria. Por isso sempre reivindicámos que não faz sentido o alojamento coletivo ter o mesmo regime que o alojamento episódico, esporádico e isolado. Não é só uma

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tração opostas em Itália, com um declínio resultante do facto de se tornarem vítimas do próprio sucesso, como é o caso de Veneza. Vamos ouvir como é que os italianos conseguem vencer estas barreiras e tentar perceber que desafios comuns é que enfrentamos. Depois não nos podemos esquecer que Portugal é periférico e só cá chegámos por via aérea. Por isso teremos um painel que nos dará conta de como é que se irão articular as infraestruturas aeroportuárias e as redes de transporte, contando para isso com a participação da ANA Aeroportos e da TAP, e do administrador ibérico da easyJet. Outro ponto passa pela articulação das infraestruturas aeroportuárias como o novo porto de cruzeiros de Lisboa. Ainda dentro de um tema político, outro painel centrar-se-á em como crescer sem perder a identidade. Qual é o limite do crescimento? Qual a capacidade de carga? Devo fixar quotas e limite? Como é que se gerem as cidades e os destinos turísticos? De seguida iremos falar das pessoas, dado que para crescer em preço temos de crescer em serviço, para crescer em serviço temos de crescer em salário, para crescer em salário temos questão de concorrência, é uma questão de de ter uma gestão mais flexível, dando-nos a tratamento e equidade. possibilidade de uma mobilidade interfuncional, mas para isso temos que alterar a lei. Por outro Tendo em conta o tema, “Descobriram Portulado, se queremos captar investidores estrangeigal. E agora?”, o que se pode esperar deste ros temos de perceber que a rentabilidade das 29° Congresso da AHP? nossas empresas tem que estar alinhada com a O que desejaríamos é que houvesse uma ampla dos nossos concorrentes europeus. participação. É um congresso muito forte, com A captação e qualificação dos recursos humanomes muito importantes e temas muito atuais. nos na hotelaria será tema do último painel do É a primeira fez que a hotelaria vai discutir esta segundo dia do congresso. Qual o papel da possível capacidade de carga, porque têm sido formação? Como dignificar as carreiras? Que sempre terceiros a falar disso. É estranho que compensações dar aos colaboradores? Para faa hotelaria não tome partido nesta discussão, zer crescer a rentabilidade das empresas há que quando é a principal envolvida. Esta é uma preaproximar os nossos preços dos praticados por ocupação para nós e é bom que sejamos nós a destinos concorrentes e com isto há também, e colocá-la formalmente em discussão. cada vez mais, que surpreender pela qualidade Outro dos temas fortes do congresso passa no serviço prestado. pelo nosso posicionamento na Europa e da A abrir o último dia dos trabalhos o painel “O Europa no mundo. Neste caso, porque estamos Futuro do Hotel Revenue Management”, irá em Coimbra e porque achamos que a afirmação conduzir-nos no processo de conhecer, comregional é uma força importante na preender, antecipar, e reagir às tendências da identidade nacional, consideprocura. É fundamental para vender o rámos fundamental ouvir, quarto certo ao cliente certo, pelo “O que é por um lado, o reprepreço certo no canal certo, concorrência à hotelaria sentante da Organiusando a Big Data e análises são blocos inteiros de zação Mundial do para atingirmos essas Turismo, sabendo metas. apartamentos. Por isso sempre a importância do A fechar uma mesa reivindicámos que não faz sentido papel da Europa redonda sobre “As Novas o alojamento coletivo ter o mesmo no mundo e do Tendências de Alojamenregime que o alojamento episódico, nosso numa subto” e um desafio: Será a esporádico e isolado. Não é só Europa ocidental, hotelaria de pequena escauma questão de concorrência, e, por outro lado, la apenas uma tendências a subsecretária de ou é realmente um negócio? é uma questão de Estado do Turismo da equidade.” Por Sílvia Guimarães Itália, por haver forças de



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World Travel Awards

Portugal soma e segue P

ortugal ganhou, pela primeira vez, o prémio de melhor destino, nos World Travel Awards, os mais prestigiados prémios de turismo, que este ano decorreram no Marble Hall do Museu Russo de Etnografia em São Petersburgo, na Rússia, e que deram aos portugueses 37 prémios no total, ou seja, mais 13 do que no ano passado. Ao prémio de Europe’s Leading Destination juntam-se mais 36, entre eles o de melhor organismo europeu oficial de turismo atribuído, pela quarta vez consecutiva, ao Turismo de Portugal, e os de Leading Beach Destination, que coube ao Algarve, e Leading Island Destination para a Madeira. Mas foi a hotelaria que mais se destacou nesta 24.ª edição dos World Travel Awards, na secção Europa e que passamos de seguida a enumerar:

Pestana Porto Santo All Inclusive Beach & Spa Resort - Europe’s Leading All-Inclusive Resort Fica na ilha dourada, no arquipélago da Madeira, esta unidade com classificação de 5 estrelas, no Porto Santo. Situado mesmo em frente àquela que é considerada a melhor praia de Portugal, devido aos 9 km de extensão de areia fina, com componentes medicinais e às suas águas quentes, este all inclusive (com pequenoalmoço, almoço, jantar, snacks e bebidas nacionais), dispõe de 6 restaurantes e 5 bares, SPA com piscina aquecida, jatos de água, sauna, banho turco, Hamman e ginásio, 2 grandes piscinas e mais de 30 mil metros quadrados de jardins. Os seus 328 quartos são decorados em tons de azul, têm TV de ecrã plano e varanda.

Hotel Quinta do Lago - Europe’s Leading Beach Resort É membro da “Leading Hotels of the World” desde 1988 e fica em pleno coração do Parque Natural da Ria Formosa, no Resort da Quinta do Lago, no Algarve. Com classificação de cinco estrelas, este luxuoso hotel com 141 quartos, 9 deles suites com tipologias variadas, conta com acesso pedonal à praia, dois restaurantes - Brisa do Mar e o Cá d’Oro – e o Piano Bar Laguna. Os quartos espaçosos apresentam uma decoração elegante e dispõem de casas de banho em mármore e de varandas privadas, a partir das quais os hóspedes podem desfrutar da paisagem. O hotel conta ainda com piscinas aquecidas interiores e exteriores e um spa. A curta distância encontram-se os Campos de Golfe da Quinta do Lago, Sul, Norte e Laranjal.

Vila Joya - Europe’s Leading Boutique Hotel e Europe’s Leading Boutique Resort É já um ‘habitué’ no que toca a receber prémios nos World Travel Awards. Pelo terceiro ano consecutivo recebe o prémio de Europe’s Leading Boutique Hotel, a que soma este ano também o de Europe’s Leading Boutique Resort. Uma categoria que tem vindo a receber desde 2009. Situado na Praia da Galé, no Algarve, este resort com classificação de cinco estrelas conta com quartos luxuosos com uma decoração de inspiração mourisca e com grandes varandas. Duas piscinas exteriores,

Spa e uma academia de golfe compõem a oferta deste resort, cuja coqueluche passa pelo restaurante com o mesmo nome e que este ano realiza a 10.ª e última edição “Tribute to Claudia”, de 10 a 12 de novembro, um prestigiado festival gourmet, que desde 2007 presta homenagem a Claudia Jung, que inspirou de várias formas o Vila Joya, o Chef Dieter Koschina e a gastronomia portuguesa.

Altis Belém Hotel & Spa - Europe’s Leading Design Hotel Este hotel design localizado em Belém, com o rio Tejo a seus pés, representa uma visão contemporânea dos Descobrimentos, convidando os hóspedes a “partirem numa viagem única”, sob a forma de um painel ilustrado, dando a cada quarto um ambiente exclusivo. Com 50 quartos, incluindo 5 suites, esta unidade com classificação de 5 estrelas, conta ainda com o também premiado BSpa by Karin Herzog. De realçar o restaurante Feitoria & Wine Bar, galardoado com uma estrela Michelin, a Cafetaria Mensagem e o Bar 38°41’.

Bairro Alto Hotel - Europe’s Leading Landmark Hotel Sobejamente conhecido, o Bairro Alto Hotel, localizado no coração da capital portuguesa, tem recebido vários galardões ao longo da sua existência. Inserido num dos bairros mais emblemáticos de Lisboa, este hotel de cinco estrelas, conta com 55 quartos, incluindo 4 suites, o restaurante Flores do Bairro e um bar no terraço, cuja vista sobre o rio Tejo não deixa ninguém indiferente. No próximo ano o Bairro Alto Hotel entra numa nova fase - com projeto de arquitetura a cargo de Eduardo Souto de Moura - o hotel irá requalificar e devolver à cidade todo o quarteirão onde se insere, permitindo o crescimento da unidade para 87 quartos e suites, mais oferta para reuniões e a introdução de um novo conceito gastronómico.

EPIC SANA Algarve Hotel - Europe’s Leading Lifestyle Resort A sua localização privilegiada sobre a praia da Falésia, em Albufeira, faz de o EPIC SANA Algarve Hotel uma escolha única. Com classificação de cinco estrelas, esta unidade do grupo SANA dispõe de 162 quartos, 24 Guarden Suites e 43 Resort Suites amplos e com um design moderno, complementados por facilidades contemporâneas e de tecnologia de última geração. De destacar ainda, o Sayanna Wellness (SPA & Fitness Center), cinco piscinas exteriores (duas para


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crianças) e uma piscina interior, Kid’s club, Baby Center, campo polidesportivo, três restaurantes (um sazonal), dois bares e snack-bares junto das piscinas. A complementar o serviço está o Centro de Congressos com mais de 1800 m2 de salas de reunião.

possível tomar um refrescante sumo natural ou uma refeição leve no Pool Bar e mais tarde, antes de jantar, um aperitivo no Lobby Bar, para depois se deliciar com as especialidades regionais da requintada cozinha do restaurante Lusitano.

Pestana Palace Lisbon - Europe’s Leading Luxury Business Hotel

EPIC SANA Lisboa Hotel - Europe’s Leading MICE Hotel

O Pestana Palace Hotel & National Monument, oferece aos seus visitantes um total de 177 quartos, 13 suites e 4 suites Royal. Fundado nas proximidades do palácio do séc. XIX Valle Flor, cuidadosamente restaurado, este hotel luxuoso, de cinco estrelas, é membro do grupo ‘The Leading Hotels of the World’ e considerado património nacional. As instalações, a qualidade e serviço do hotel têm sido premiados ao longo dos anos quer a nível nacional quer internacional. O Restaurante Valle-Flôr, o Garden SPA – Health Club que inclui piscinas aquecidas, interior e exterior, ginásio e sauna, banho Turco, jacuzzi e banho escocês e ainda um Centro de Negócios e uma Capela para 40 pessoas compõem a oferta deste hotel.

Conrad Algarve - Europe’s Leading Luxury Lifestyle Resort Cada um dos 154 quartos do Conrad Algarve oferecem a mesma conjugação entre espaço, design moderno, conforto e tecnologia e todos dispõem de espaçosas varandas e uma vista sobre o resort e as belezas naturais à sua volta, ou não estivera no ambiente único da Quinta do Lago, no Algarve, com o Parque Natural da Ria Formosa em pano de fundo. Com classificação de 5 estrelas, este que é considerado um dos mais modernos hotéis algarvios, possui um Spa, cinco restaurantes e bares individuais. A proximidade de vários campos de golfe e a facilidade de acessibilidade através do transporte do hotel permitem aos hóspedes viver outras experiências.

Ria Park Hotel - Europe’s Leading Meetings & Conference Hotel Ficam entre os resorts Quinta do Lago e Vale do Lobo, no Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve, os Hotéis Ria Park, onde se inclui o Ria Park Hotel. A proximidade das praias e dos campos de golfe, a vista sobre o pinhal e os jardins dos hotéis, proporcionam a tranquilidade tão desejada. Inspirado na influência mediterrânica que domina todo o resort, o Ria Park Hotel & SPA distinguese pela sua elegância e charme, dispondo de modernas instalações e áreas amplas. Os quartos deste hotel de cinco estrelas foram projetados para proporcionar a tranquilidade e conforto, premissas que não foram descuradas na decoração, com cores suaves e mobília em cerejeira. É

Com uma localização privilegiada nas Amoreiras, em Lisboa, esta unidade hoteleira de cinco estrelas promete uma experiência épica aos seus hóspedes que o visitam quer em lazer quer em eventos de negócios. Com 311 quartos, 20 dos quais são suites, o EPIC SANA Lisboa dispõe ainda de dois bares - o Scale Lobby Bar e, no topo, o Up Scale Bar com a “infinity pool” -, 14 salas de reunião, que permitem realizar eventos até 1300 pessoas. De destacar ainda o restaurante Flor-de-Lis, e para relaxar, o Sayanna Wellness SPA & Fitness Center, cuja marca do grupo SANA propõe, num espaço com 1700 m2, com vários gabinetes de tratamentos, piscina interior, sauna, banho turco e um moderno e exclusivo Fitness Center.

Monte Santo Resort - Europe’s Most Romantic Resort É já o terceiro ano consecutivo que é o melhor classificado como o Melhor Resort Romântico da Europa e só lá indo se percebe porquê. Este refúgio de luxo, com classificação de cinco estrelas, fica próximo da praia do Carvoeiro e dos melhores campos de golfe europeus. As suas suites e moradias duplex, com dois e três quartos propõem estadias únicas, complementadas por todos os serviços disponíveis que o resort oferece. O Alma Spa by Thalgo proporciona algumas horas de relaxe e a oferta de tratamentos e massagens é extensa. Para fazer as refeições, o destaque vai para o restaurante Monte dos Comensais, com uma gastronomia portuguesa, que se inspira nos produtos locais. O Chef Nuno Alves está aos comandos desta cozinha com escolha à la carte ou menu do dia. O Lounge e o Pool Bar completam a oferta.

“Portugal’s Leading”: Pestana CR7 Funchal - Portugal’s Leading Boutique Hotel InterContinental Lisbon - Portugal’s Leading Business Hotel Ria Park Hotel - Portugal’s Leading Conference Hotel Altis Belém Hotel & Spa - Portugal’s Leading Design Hotel Pine Cliffs Resort, a Luxury Collection Resort - Portugal’s Leading Family Resort Galo Resort Madeira - Portugal’s Leading Green Hotel Belmond Reid’s Palace - Portugal’s Leading Hotel Troia Design Hotel, a Blue and Green Hotel - Portugal’s Leading Hotel Residences Presidential Suite @ Belmond Reid’s Palace - Portugal’s Leading Hotel Suite Lisboa 1908 Hotel - Portugal’s Leading Lifestyle Hotel Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa - Portugal’s Leading Resort Altis Suites - Portugal’s Leading Serviced Apartments Dunas Douradas Beach Club - Portugal’s Leading Villa Resort


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Vila Galé Porto Ribeira “pinta” O grupo Vila Galé abriu recentemente mais uma unidade hoteleira: o Vila Galé Porto Ribeira. Um hotel de charme, que resulta da reabilitação de quatro edifícios na zona do Cais das Pedras, próximo da Alfândega do Porto e apenas a 10 quilómetros de distância do aeroporto Sá Carneiro, num investimento superior a cinco milhões de euros. Entre os números 17 e 22 do Cais das Pedras, com o rio Douro a seus pés, ergue-se o Vila Galé Porto Ribeira, numa homenagem à pintura e aos pintores. Esta não é, aliás, a primeira vez que o Grupo Vila Galé dedica uma das suas unidades hoteleiras aos temas artísticos, como nos relembra o seu administrador, Gonçalo Rebelo de Almeida.

Viver experiências “As pessoas cada vez mais procuram viver experiências. E essa tem sido uma estratégia seguida na Vila Galé, já que vários hotéis do grupo estão associados a temáticas maioritariamente culturais: o Vila Galé Collection Palácio dos Arcos é dedicado à poesia; a ópera e a música estão em destaque no Vila Galé Ópera; já o Vila Galé Coimbra tem a dança como tema; a moda é a temática do Vila Galé Lagos”, explica. “Esta nova unidade no Porto segue a mesma lógica, que tem como objetivo não só dar a conhecer mais da cultura portuguesa e as diferentes artes, mas criar condições para que os hóspedes tenham experiências diferentes quando ficam num hotel da rede. Cada vez mais os clientes procuram unidades que ofereçam não só alojamento, mas que tenham um tema diferenciador, que estejam associadas a uma história. É isso que acontece com o Vila Galé Albacora, que resulta da requalificação de um antigo arraial do atum, ou com o Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, em que houve a reabilitação de um palácio do século XV. Além disso, a escolha de um tema também é uma forma de posicionar o hotel e de ter uma oferta inovadora e que surpreenda”, sublinha o mesmo responsável, dando o exemplo de o “futuro Vila Galé Elvas, que fará renascer o antigo convento de São Paulo e será dedicado às fortificações portuguesas pelo mundo.” Já no que toca a experiências, o Vila Galé Porto Ribeira também se distingue pelo conceito inovador do lounge Almada Negreiros. “É aqui que funciona a receção, o bar, o serviço de pequeno-almoço, e, por isso, é uma zona de partilha entre os clientes, estejam ou não alojados no hotel. Para atrair também público externo, está aberto num horário alargado e tem esplanada, diz ainda o administrador. Neste espaço, que funciona das 11h00 às

00h00, como bar, com esplanada junto ao rio e um pátio interior, há a possibilidade de degustar um dos snacks existentes na carta - sanduíches, tostas, wraps, saladas, tábuas de queijo e enchidos - com assinatura do chef executivo da Vila Galé, Francisco Ferreira, e acompanhar com gins, vinhos, licores, whiskies, cervejas e cocktails.

Os quartos Vocacionado para maiores de 16 anos, a nova unidade da Invicta conta com 67 quartos, 14 dos quais com vista para o rio Douro, cuja decoração esteve a cargo de uma equipa interna do grupo hoteleiro, como já vem sendo hábito, segundo Gonçalo Rebelo de Almeida. O tema, como aqui já dissemos fala-nos de pintura e repercute-se na decoração dos quartos. Uma

decoração sóbria, com cores suaves, que evocam alguns nomes conhecidos desta arte tão nobre. Desde o Renascimento ao Contemporâneo, no lounge e na receção há quadros que recordam pintores nacionais e utensílios alusivos à temática. Os corredores de cada piso explicam os vários estilos desta forma de arte. E as paredes de todos os quartos são diferentes, com quadros famosos de vários pintores. Garagem, lavandaria, acessos para pessoas com mobilidade reduzida e receção 24 horas são outros dos serviços disponíveis no Vila Galé Porto Ribeira.

Unidade sustentável e paper free Novidade também é o facto de o Vila Galé Porto Ribeira ser “paper free”, ou seja, no re-


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o Douro ção natural neste posicionamento. O papel já tinha sido eliminado em algumas etapas da operação: envio de fatura eletrónica aos clientes, desenvolvimento de sistemas que reportam avarias e problemas automaticamente através da internet, gestão interna de documentos por via digital. Neste hotel, tudo se conjugou para que não haja recurso ao papel em nenhum momento, desde o check in ao check out, no bar, nos quartos, no funcionamento interno e com fornecedores. A grande motivação é ser mais sustentável, mais ecológico e funcional, tirando partido da inovação, da internet, dos dispositivos móveis. Até porque sabemos que cada vez mais os clientes manifestam preocupações com o meio-ambiente e privilegiam o uso da tecnologia.”

Taxa de ocupação prevista

lacionamento interno, com hóspedes e com fornecedores funciona praticamente sem utilizar papel, substituindo-o por soluções mobile, com recurso a tablets, smartphones, mas também aos televisores dos quartos e através da internet e do correio eletrónico. Por exemplo, o check in é feito através de tablets, que permitem também consultar preçários, conhecer promoções ou preencher os questionários de satisfação. Nos quartos, a informação que habitualmente está disponível em papel, passa a ser apresentada através da TV, num portal com conteúdos exclusivos. Todas as ementas estão online, numa página criada para o efeito, e podem ser consultadas através do smartphone. A recolha de assinaturas e validação de documentos, a apresentação de contas e a

entrega de faturas é feita eletronicamente. Segundo Gonçalo Rebelo de Almeida, o tema sustentabilidade está bem presente em todas as unidades hoteleiras do grupo, que “baseia o seu modelo de gestão nas melhores práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente, eficiência energética e responsabilidade social. Isso já é visível na operação diária dos hotéis, por exemplo através de mecanismos para controlar e reduzir o consumo de energia, de água e de matérias-primas, do recurso a energias renováveis, do reaproveitamento de águas ou sensibilização dos colaboradores e hóspedes para o cuidado com a natureza, entre outras medidas.” Neste caso, para o administrador, “a opção de ter um hotel ‘paper free’, como é o caso do novo Vila Galé Porto Ribeira, é a evolu-

O Vila Galé Porto Ribeira, que é já o 28.º hotel da rede - com 21 hotéis em Portugal - três na região norte do país - e sete no Brasil -, abriu portas a 1 de outubro e segundo o administrador já teve “algumas datas esgotadas”. No primeiro ano de operações Gonçalo Rebelo de Almeida acredita que esta unidade terá “uma média anual de 75% de ocupação em 2018”, muito devido à sua localização e à proximidade “com as principais atrações da cidade, mas também ao seu conceito”. Atrair turistas que viagem tanto em lazer como em trabalho é objetivo do grupo: “Acreditamos que vai atrair turistas que vêm conhecer o Porto, por exemplo, num city break, mas também o segmento corporate. Além do mercado português, quanto a nacionalidades, as principais serão muito em linha com as que mais visitam o Porto: britânicos, alemães, espanhóis, franceses, holandeses, brasileiros, norte-americanos.” Para já, Gonçalo Rebelo de Almeida garante que as “críticas têm sido boas desde que abriu”.

O que fazer por perto Considerada Património mundial da Humanidade pela UNESCO, a cidade do Porto encerra em si um sem número de atrações turísticas, que podem e devem ser descobertas. Começando por Serralves, passando pela Casa da Música e a animação das Galerias de Paris ou da Rua Miguel Bombarda, até fazer um cruzeiro no Douro, no típico barco rabelo, entre muitas outras. Recorde-se que o grupo Vila Galé está a desenvolver outros cinco projetos: o Vila Galé Sintra, o Vila Galé Braga, o Vila Galé Elvas e o Vila Galé Serra da Estrela e ainda um resort em Touros, no Brasil, todos com aberturas previstas ao longo de 2018.


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Iberostar Lisboa: o primeiro de outros A

briu portas a 11 de outubro, numa das zonas mais centrais da capital portuguesa, na rua Castilho, bem perto do Marquês de Pombal. É a primeira unidade da rede de hotéis Iberostar Hotels & Resorts em Portugal, mas poderá não ser a única em anos futuros. Chama-se Iberostar Lisboa, tem classificação de cinco estrelas e vem assim reforçar a expansão internacional, no setor de hotéis urbanos da cadeia maiorquina. Do número 64 da rua Castilho surge este novo espaço, com 166 quartos, de diferentes categorias – 1 Royal Suite, 2 Suites, 8 Júnior Suites, 153 Duplos e 2 quartos de mobilidade reduzida, que se caracterizam essencialmente pelo conforto e a paisagem sobre Lisboa e à sua luz natural. Projetado pelo Atelier Capinha Lopes, o Iberostar Lisboa apresenta uma arquitetura moderna, contemporânea e elegante, em harmonia com o espaço urbano e luminosidade envolventes. Todos os quartos disponibilizam amenities habituais: minibar, cofre, TV, ligações USB e Wifi gratuito. E para que todos os clientes se sintam especiais e nada lhes falte, oferece um serviço personalizado e exclusivo de 24 horas.

Gastronomia diversificada Sejam hóspedes ou apenas visitantes, é possível degustar e apreciar os sabores únicos de Portugal e do mundo numa gastronomia diversificada, adaptada a todas as ocasiões e paladares, e à oferta sazonal. Tudo com a assinatura do Chef Executivo Jorge Fernandes, que no restaurante “Luz”, com espaço para 150 pessoas, aproximadamente (entre interior e exterior), oferece um serviço de buffet para pequenos-almoços e durante o dia uma extensa seleção “à la carte” de pratos de carne, saladas e especialidades portuguesas como os pratos de bacalhau. Para reuniões mais informais ou apenas para tomar uma bebida ao final do dia estão disponíveis o Lobby Bar “Boalma”, onde é possível relaxar num ambiente acolhedor, e ainda o Bar Piscina. Com uma vista privilegiada para os jardins verticais, o Bar Piscina é um espaço elegante, de decoração contemporânea, em torno de uma convidativa piscina. Este é também o espaço ideal para eventos ao ar livre.

Centro de Wellness e SPA Sensations Mas relaxar pode ir ainda mais longe se os hóspedes optarem pelo Centro de Wellness e SPA Sensations, onde à semelhança dos

mais modernos spas internacionais, é possível aproveitar os efeitos tranquilizantes de uma massagem corporal ou de um refrescante tratamento facial. Junto a este espaço, encontrase um ginásio, cabeleireiro, sauna, banho turco, duche bitérmico, duche de essências, solário e uma piscina interior com zona de jacuzzi e jatos de água, com vista para o exterior. A par dos serviços de Spa, a nova unidade Iberostar disponibiliza espaços amplos e modernos para celebrar qualquer tipo de evento, seja nas suas salas de reuniões ou nos seus jardins. Destaque para o Business Center constituído por 7 salas de conferências com capacidade para 100 pessoas, aproximadamente, e com uma equipa permanente de audiovisuais.

Para casamentos e não só Já o Ballroom é um dos salões ideais para grandes celebrações. Perfeito para o casamento mais romântico até aos eventos empresariais mais exclusivos. São cerca de 300m2 de área flexível a três espaços ou a uma grande sala multifuncional, que conta com o apoio de 1 foyer de 200m2, que se adapta a diversos tipos de eventos, sociais ou corporativos, sejam congressos, cocktails, exposições, workshops ou festas particulares.

A decoração dos diferentes espaços, moderna, mas simultaneamente elegante, é assinada por Renata Laranjo da Silverfield, que para o Iberostar Lisboa privilegiou materiais portugueses e tons claros, de modo a criar ambientes sofisticados, mas acima de tudo confortáveis, transmitindo uma inspiração da alma e riqueza lusitana, ao buscar elementos da cultura local e nacional.

Porquê Lisboa? Para a diretora do Iberostar Lisboa, Inmaculada Muñoz, a escolha para a abertura do primeiro Iberostar em Lisboa, passa pelo facto da cadeia hoteleira “estar em constante expansão e atualmente a apostar no setor urbano, por isso quer estar presente nas principais capitais europeias, onde Lisboa não podia faltar”. Para o primeiro ano de operação, a mesma responsável espera atingir “mais de 70% de taxa de ocupação”, atraindo os mercados “local e nacional, do Reino Unido, Espanha e França”. Sobre a abertura de outras unidades em território português, Inmaculada Muñoz, avança que a “empresa pretende continuar a sua expansão em Portugal e esperamos que em breve possamos abrir as portas de outros hotéis no país”.


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Roadshow “AHP Hotel Academy” com 80% de participação

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AHP - Associação da Hotelaria de Portugal realizou nos dias 19 e 20 de outubro, um roadshow de apresentação dos novos cursos da “AHP Hotel Academy” em alguns municípios da Região Porto e Norte. Dois dias, que segundo a AHP tiveram, em termos de aceitação e balanço, uma grande procura: “As presenças nestas sessões rondaram os 80% das unidades hoteleiras instaladas em cada um dos municípios por onde a AHP passou. A formação é sem dúvida a maior preocupação presente e futura dos hoteleiros para o corrente ano de 2017 e, em particular, para 2018.” Neste roadshow foram apresentados os calendários dos cursos que irão decorrer a partir deste mês de novembro de 2017 a junho de 2018 e que estarão disponíveis para toda a hotelaria da zona Norte. Porto, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Monção, Braga e Guimarães foram as cidades visitadas nesta apresentação. Recorde-se que o “AHP Hotel Academy” é um programa de formação modular, gratuito para todos os profissionais que exerçam funções nos hotéis associados, constituído por cursos de 25 ou 50 horas e abrange as três principais áreas de formação para a hotelaria: Línguas, Comportamento e Operação Hoteleira.

Qualificar “in continuum” O programa permite qualificar e capacitar “in continuum” os colaboradores dos hotéis

associados da AHP na região Norte, possibilitando-lhes formação não só certificada, mas também creditada, isto é, que lhes dará créditos para aumentar as suas habilitações literárias. Para a AHP “existe carência de pessoas e uma maior carência em termos das suas qualificações, tanto as que trazem uma base de formação hoteleira como aquelas que não a têm. Este projeto – AHP Hotel Academy – como academia de formação da hotelaria portuguesa é a oportunidade para que os hoteleiros - em particular os do Norte do país - consigam fortalecer a qualificação das suas equipas e assim manter a qualidade e excelência do serviço hoteleiro.” Segundo a mesma associação, “esta região,

Real Bellavista Hotel & Spa de “cara lavada” O Real Bellavista Hotel & Spa, do Grupo Hotéis Real, situado a poucos minutos do centro de Albufeira, no Algarve, está de “cara lavada”, depois da renovação integral a que foi sujeito. Destaque para a nova decoração dos quartos, um Realito Kids Club remodelado com uma nova zona infantil com playground e parede de escalada, bar e restaurante modernizado com Grill Show Cooking e duas novas piscinas exteriores para adultos e crianças, com um novo bar de piscina associado. Para além dos clientes alojados, os clientes locais têm agora a oferta de um novo Brunch em Família, servido todos os domingos entre as 12h30h e as 16h00, com atividades diferentes para crianças todas as semanas. O valor do brunch é de por 16€ por pessoa, as crianças dos 0-5 não pagam e dos 6-12 anos têm 50% desconto. Novidade é também o novo Bellavista Restaurante com cozinha italiana, que apresenta sugestões de menus diferentes todos os dias e um novo autocarro de 86 lugares, que faz o serviço de transfer gratuito para a praia e para o centro de Albufeira.

com especial incidência no destino Minho – Braga, Guimarães e Viana do Castelo – registou, em 2017, a melhor operação hoteleira de sempre. O número e diversificação de nacionalidades dos visitantes aumentou, fatores que comprovam ser fundamental a necessidade de qualificação contínua do pessoal ao serviço.” O roadshow da AHP Hotel Academy vai continuar proximamente, com a AHP a deslocarse ao interior norte de Portugal, assim como aos municípios da Região Centro e Alentejo. A AHP tem prevista, também, uma apresentação da sua academia de formação para o dia 3 de novembro, às 11 horas, na Decor Hotel 2017, que se realiza no Centro de Congressos de Lisboa.


JJW Hotels & Resorts Leading the Way in Algarve Leisure Breaks

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s well as being one of the leading providers of golf holidays in the Algarve, JJW Hotels & Resorts has been delivering luxury leisure breaks for over 30 years. Their Portuguese paradise is so much more than 18 perfect holes: it’s endless sandy beaches, stunning weather, warm seas, outstanding areas of natural beauty and exceptional cuisine; it’s unforgettable excursions, five-star amenities, family getaways and the perfect holiday with close friends.

Luxury Algarve Hotels from JJW Penina Hotel & Golf Resort: PortimAo Setting the standard for high-class service, Portuguese charm and perfect golf, the five-star Penina is perfect for relaxing family holidays, weekend retreats and special occasions. Nestled within 360 acres of perfect grasslands and natural beauty, sun seekers can revel in the Algarve’s largest outdoor pool, whist gourmands delight in the 6 restaurants and bars… and excitable children have the run of a spacious Kids Club, offering a pool and extensive leisure facilities. The resort also boasts a range of ATP tennis courts, a full size football pitch, sauna and 24 hour fitness centre. Visitors also have exclusive access to Penina’s luxurious bar, restaurant and private area on the nearby Dunas beach. Here guests can relax by the surf, indulge in exceptional cocktails and experience freshly caught seafood and local delicacies.

Dona FIlipa Hotel: Vale do Lobo Newly refurbished to the highest possible standards, the five-star Dona Filipa blends modern design with classic Portuguese style and elegance. The hotel boasts two restaurants, along with a recently renovated bar, numerous parlours and a winter garden. When not indulging in a fine selection of excellent food, or sampling vintage delights from the well-stocked wine cellar, guests can enjoy tennis on 3 ATP courts, billiards in the games room, and a host of beauty, spa and massage treatments. In addition to a newly built pool, immaculate grounds, alfresco dining and a striking outdoor lounge, guests are also treated to their own private beach area, complete with table service. Whilst Young visitors have access to the hotel’s fully supervised Kids Club with pool and outstanding facilities.

Formosa Park: Ria Formosa This four-star apartment complex is located on the edge of the protected Ria Formosa Nature Reserve and offers a plush bar, restaurant, lounge area, two swimming pools and stunning amenities. The hotel is just a stone’s throw from the renowned, blue-flag, Ancão Beach; with its perfect rolling dunes and gentle waves, it is ideal for a range of water-sports. It is often within the Nature Reserve itself, however, that guests get their biggest treat. Here mountains rise up from freshwater lagoons, and hundreds of species of birds and flora nestle amongst epic greenery and unforgettable scenery. Holidaymakers hike, ramble, birdwatch, swim, cycle and enjoy the very best that nature has to offer.



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Crowne Plaza Porto remodela restaurante e bar

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Crowne Plaza Porto, integrado na cadeia internacional IHG – InterContinental Hotels Group, entrou agora na última fase do plano de remodelações, que decorre desde 2015, no interior e exterior da unidade hoteleira, sitauada na Avenida da Boavista. As obras chegam agora ao restaurante Poivron Rouge e ao bar. O restaurante, que encerrou no final do mês de outubro deverá abrir portas em meados de janeiro do próximo ano, com um espaço, nome e conceito renovados. Segundo Vincent Poulingue, diretor geral do hotel disse à Revista Viajar, o novo espaço terá capacidade para “aproximadamente, 120 pessoas (o mesmo número do atual Poivron Rouge). A diferença é que agora existe uma extensão de apoio ao restaurante, All Day Dinning, com mais 60 lugares. Este espaço (All Day Dinning) poderá ainda ser privatizado para eventos. Em relação ao bar, os lugares do novo espaço vão também manter-se iguais ao antigo: 50. No total, os 3 novos espaços vão disponibilizar 230 lugares”.

Novo restaurante ainda sem nome Sem querer desvendar qual o nome que substituirá o Poivron Rouge, nem o investimento, o mesmo responsável adiantou, no entanto, que “o novo menu será baseado

num conceito de comida mediterrânica, com derno e sofisticado. As obras no restaurante muitos grelhados, produtos frescos da horta e bar, que estão a cargo da empresa Oreco urbana do Crowne Plaza - instalada há cerca Portugal são a última fase deste processo de de um mês num dos terraços do hotel- food 3 anos.” to share”, acrescentando que o “departamento de F&B do hotel está também a trabalhar All Day Dinning para revisitar as tradições da gastronomia A decoração do novo espaço será da autoria local, mas num estilo moderno e atual.” da Twenty 2 degrees, uma empresa do Reino À frente deste conceito estará o Chefe Jorge Unido, Londres. Sousa e a sua equipa, que prometem trazer Até lá, as refeições do hotel continuam a funmuitas novidades à cidade Invicta. cionar na recém-inaugurada extensão All Day Questionado sobre a necessidade do Crowne Dinning, que servirá, durante estes meses, Plaza Porto fazer estas remodelações, Vinpara acolher os eventos do Poivron Rouge, cent Poulingue explicou que “uma vez que a mas que a partir de janeiro se mantém como zona do restaurante/bar não era alterada desárea de apoio ao restaurante. de 2009, o Crowne Plaza sentiu necessidade Apesar das alterações, o brunch de domingo de inclui-las nas obras de remodelação do mantém-se com mais de 40 sugestões de hotel. Este é um processo que teve início em pratos frios, quentes, pastelaria, sobremesas, 2015 e que incluiu remodelações na fachada, miniaturas e alguns alimentos confecionados salas de reuniões e eventos, jardim, receção, no momento. área fitness e elevadores, inauguração de um Recorde-se que o Crowne Plaza Porto, Club Lounge e, agora, obras no resunidade hoteleira de cinco estrelas, taurante e bar”, acrescentando conta com 232 quartos de luxo, que “este plano de 3 anos visa entre os quais 29 quartos club, Até lá, aperfeiçoar as áreas e servi53 quartos superiores e 42 as refeições do ços do hotel, mantendo-se suites, ginásio, Club Lounge, hotel continuam a fiel às normas da marca Welness Lounge, Restaurante funcionar na recéminternacional Crowne Plaza, & Bar, All Day Dinning, e 11 inaugurada extensão e oferecendo aos clientes salas de reuniões devidamenAll Day Dinning um conceito integrado, mote equipadas para eventos.


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Eurostars Museum abre em dezembro com espólio museológico com mais de 8 mil anos

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cada canto se respiram mais de 8.000 anos de história, a mesma história que poderá ser “vivida” agora pelos hóspedes do novo Eurostars Museum, do Grupo Hotusa, que a 6 de dezembro, abrirá portas no número 40 da rua Cais de Santarém, em Lisboa. Com classificação de cinco estrelas, esta unidade hoteleira, com o rio Tejo a seus pés, teve um investimento total de 23 milhões de euros e espera uma ocupação média de “70% no primeiro ano de operação”, conforme adiantou o diretor executivo do Grupo Hotusa, Luís Cruz. Com 91 quartos, 11 deles suites, o Eurostars Museum terá um núcleo museológico ao longo de todo o hotel, que permitirá aos hóspedes contactarem com “tesouros incalculáveis”, que ao longo dos tempos se foram acumulando com a passagem de vários povos por este local. A peça mais antiga data de 6.000 antes de Cristo, trata-se de uma estela com inscrições em fenício, numa homenagem de um filho na urna de seu pai. Mas como esta peça, outras mais foram descobertas pela equipa de arqueologia Neoépica, que de 2014 a 2016, tomou conta destes achados. Numa primeira fase, em 2004, a arqueóloga Ana Gomes do antigo IPPAR iniciou os trabalhos e em 2009, o Grupo Hotusa acabaria por adquirir as instalações daquilo que é hoje o novo Eurostars Museum.

Espólio permite vivência no hotel “Quando comprámos o edifício já sabíamos que havia todas estas peças e ruinas de muralhas romanas, mas também é isso que procuramos quando construímos novos hotéis, que os hóspedes vivam o contexto onde estão inseridos”, sublinha Luís Cruz, acrescentando, que “apesar da demora em abrir o projeto nunca pensámos em desistir”. Este, que outrora já foi o Palácio de Coculim viria a ser destruído com o grande terramoto de 1755. Em 1858 foi transformado em armazém de ferro pela família Sommer e mais tarde em escritórios da Empresa de Cimentos de Leiria, tendo permanecido assim até 1975, ficando depois em estado devoluto. Foi então que iniciando as obras de recuperação se foram dando conta de um verdadeiro manancial de peças e informações sobre Lisboa antiga. Segundo o diretor executivo do Grupo Hotusa este espólio estará também disponível para visitas externas guiadas, aos domingos, da parte da tarde, sob um custo de 5€ por pessoa. Ao todo serão mais de 60 peças que estarão expostas, para além das escavações da antiga muralha e dois poços.

Para além de todas estas preciosidades, o hotel conta com um restaurante, onde será servida gastronomia tradicional portuguesa, mas com um toque de modernidade, uma vinoteca, um Spa com piscina interior e uma sala para tratamentos e massagens e ainda três salas de reuniões com capacidade até 70 pessoas e que rondam entre os 50 e os 75 metros quadrados. Nos quartos, a decoração transporta-nos ao diário de Vasco da Gama e aos descobrimentos.

O Eurostars Cascais disponibiliza ainda uma cafetaria-restaurante, cujo menu está sob as ordens do Chef João Craveiro, onde a gastronomia é essencialmente portuguesa. Destaque ainda para as quatro salas de reuniões com luz natural, que vão desde os 35 aos 48 metros quadrados, perfazendo no total, 170 metros quadrados. Todas as salas dispõem de um sem número de serviços e condições e uma zona ajardinada que inclui a piscina.

Eurostars Cascais

Mas o Grupo Hotusa não se vai ficar por aqui, para 2018 tem já previstas novas aberturas de hotéis, nomeadamente no Parque das Nações, na Av. D. João II. No mesmo lote surgirão um hotel com classificação de cinco estrelas, com 168 quartos e um de três estrelas com cerca de 170 quartos, segundo avançou Luís Cruz. Entretanto, em abril do próximo ano o grupo irá gerir uma outra unidade de três estrelas na Av. Duque de Loulé, com 140 quartos. Em carteira estão ainda programadas uma unidade de quatro estrelas no Saldanha e um hotel boutique na rua da Prata, esta última com um espólio arqueológico também de interesse, uma vez que por ali existiam antigas salgadeiras. A norte o grupo aposta em duas unidades uma no antigo edifício AXA, no Porto e um segundo em Matosinhos.

Aberto desde 7 de janeiro deste ano em soft opening, o Eurostars Cascais, que se localiza entre a Boca do Inferno e a Guia, é outro dos empreendimentos hoteleiros do Grupo Hotusa, que para já e segundo o seu diretor Ricardo Garção se encontra com níveis médios de ocupação que rondam os “70% e cujo principal mercado tem sido o português, seguido do espanhol, britânico e alemão”. Com classificação de quatro estrelas, este hotel dispõe de 101 quartos, 7 dos quais são suites. As vistas desafogadas para o mar proporcionam uma estadia única, que se complementam com as linhas modernas dos quartos. As fotografias da região de Cascais, do fotógrafo José Manuel Ribeiro, que servem de ornamento dãolhes o toque final, nesta unidade inspirada no mar, na luz e nas paisagens da localidade.

Novos projetos


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Tivoli vai gerir os Souq Waqif Boutique Hotels no Qatar

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marca Tivoli Hotels & Resorts – detida pelo grupo Minor Hotels – anunciou recentemente que vai gerir os Souq Waqif Boutique Hotels em Doha, no Qatar, uma coleção de nove hotéis únicos, que apresentam uma arquitetura e uma decoração sofisticadas, totalmente integradas no coração do histórico Souq Waqif. Os Souq Waqif Boutique Hotels, um dos muitos ativos geridos pela Katara Hospitality, a empresa líder no setor hoteleiro no Qatar, serão agora conhecidos como Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli, numa sinergia entre as duas marcas que contribuirá para o desenvolvimento do setor hoteleiro local e para a sua diversificação económica, tal como estabelecido pelo Governo do Qatar, na Visão Nacional para o Qatar 2030. Situados no reconhecido Souq Waqif e próximos do Aeroporto Internacional de Hamad, bem como dos maiores centros de negócios, como o New Msheireb Business e o Bank Street, os nove Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli oferecem uma verdadeira imersão na tradição e cultura árabes, com ambientes luxuosos e um serviço extremamente personalizado – elementos que caracterizam a marca Tivoli. Concebidos para satisfazer as necessidades e aspirações dos viajantes de hoje, quer em lazer ou a negócios, os Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli têm serviço de mordomo,

restaurantes de alta gastronomia; centro de negócios e amplas instalações de lazer, onde a arquitetura tradicional se funde com as modernas instalações de spa e o emblemático hamman marroquino.

80 anos de história Com mais de 80 anos de história e experiência, a marca Tivoli Hotels & Resorts diferencia-se através do conjunto de experiências únicas que oferece, permitindo que os hóspedes descubram aquilo que de mais autêntico existe em cada destino, além de um excecional serviço, em constante inovação. A marca Tivoli adiciona agora estes hotéis no Qatar às restantes unidades de luxo que opera em Portugal e no Brasil. Nos Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli, os hóspedes podem usufruir de uma experiência que alia a cultura tradicional ao ambiente

mais contemporâneo da cidade, descobrindo o Souq Waqif através de tours oferecidos pelo seu mordomo – explorando as estreitas e sinuosas ruas que desvendam os típicos comerciantes de sedas, tapetes, especiarias, têxteis, antiguidades, instrumentos musicais e do afamado perfume Arabian Oud. Dillip Rajakarier, CEO da Minor Hotels, sublinha que a “a adição dos Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli ao portefólio é extremamente excitante para a marca, representando a sua estreia no Médio Oriente e a sua primeira incursão fora de Portugal e do Brasil. Vai indubitavelmente cativar os viajantes mais exigentes de todo o mundo, incluindo o mercado millennial”. No Qatar, para além dos Souq Waqif Boutique Hotels, o grupo Minor Hotels gere também o Banana Island Resort Doha by Anantara, o primeiro resort de luxo da marca no Qatar.

AccorHotels assina acordo para aquisição de Gekko

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AccorHotels anunciou, recentemente, a assinatura de um acordo para a aquisição de Gekko, principal player de reserva hoteleira para o segmento de negócios. Uma transação em linha com a estratégia de fortalecimento da liderança do grupo no conjunto da experiência do cliente, enriquecendo a sua gama de serviços para clientes de negócios, que representam o seu principal segmento de clientes. Graças a sua expertise e à sua tecnologia de ponta, a Gekko oferece soluções de pesquisa e de reserva através de uma interface conectada a mais de 500 mil hotéis no mundo, desde o segmento económico ao luxo. As suas ferramentas de gestão chave na mão permitem aos seus clientes de negócio gerir os pagamentos online, assim como acompanhar e otimizar o conjunto dos custos.

Mais-valias da Gekko Atualmente, a Gekko tem como clientes mais de 300 grandes empresas assim como

14 mil agências de viagens através das suas subsidiárias: HCorpo (grandes contas), Teldar Travel (agências de viagens de lazer), Teldar Travel Biz (agências de viagens para PME), Miles Attack (programa de fidelização) e Infinite Hotel (retalhista dirigido à hotelaria francesa independente). A Gekko opera em França, Bélgica, Espanha e Portugal, e tem apresentado um forte crescimento anual, ao longo dos anos. Fundada em 2010, a Gekko é dirigida por Olivier Delouis e Stéphane de Laforcade, que introduziram o HLD, um fundo de investimento europeu, como seu acionista de referência em 2015. A operação, que valoriza a Gekko em 100 milhões de euros, terá um efeito cumulativo nos resultados financeiros de AccorHotels a partir de 2018.

Criação de um líder mundial de distribuição hoteleira BtoB Thibault Viort, Chief Disruption & Growth Officer de AccorHotels, mostrou-se « orgulhoso » em acolher as equipas da Gekko,

sublinhando que a « A forte implementação internacional de AccorHotels, associada à liderança tecnológica da Gekko, permitemnos criar hoje um líder mundial da distribuição hoteleira BtoB. O turismo de negócios representa um segmento-chave da atividade do grupo, e a nossa capacidade de responder em toda a cadeia de valor às necessidades específicas deste segmento constitui um verdadeiro ponto de diferenciação». Também Stéphane de Laforcade e Olivier Delouis, co-fundadores e dirigentes da Gekko referiram que « a aproximação à AccorHotels num momento tão importante para a nossa empresa é uma fonte de novas oportunidades de crescimento. As nossas estratégias de distribuição BtoB estão em total sintonia e o poder e a reputação da marca AccorHotels irão assegurar novos meios assim como uma legitimidade reforçada nos grandes mercados internacionais.» Recorde-se que a operação foi sujeita à aprovação das autoridades da concorrência e foi aprovada pelo corpo de representação dos colaboradores da AccorHotels.


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ADHP e Investors in People CIC assinam acordo de cooperação

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Associação de Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) e a Investors in People Community Interest Company assinaram em meados de outubro, em Lisboa, um acordo que pretende promover e impulsionar o acesso ao standard Investors in People junto do setor hoteleiro do país, reconhecendo a excelência na gestão das pessoas. Numa altura em que a escassez de mão de obra qualificada no setor devido ao boom turístico que se tem assistido em Portugal, começa a estar em cima da mesa como uma preocupação, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, frisou durante o encontro que “acordos desta génese são uma mais-valia”, acrescentando, que “temos de estar preparados para bem receber, por isso é importante criarmos mecanismos para valorizarmos a forma como os profissionais recebem os turistas e isso passa por criarmos condições para que os trabalhadores sejam felizes no seu local de trabalho”. Segundo a mesma responsável, “é necessário garantir a formação no local de trabalho, para que as pessoas se tornem indispensáveis; em dois anos entraram 60.000 novas pessoas no mercado de trabalho, precisamos de criar condições para estas pessoas”. Este acordo vai permitir assim à ADHP recomendar a adesão aos standards de gestão Investors in People por parte da comunidade hoteleira portuguesa, assim como identificar um grupo inicial de potenciais candidatos. “A Investors in People pretende criar o melhoramento contínuo nas organizações, através das pessoas que constituem essa organização. No processo de acreditação, todas as pessoas da organização têm uma voz, nós ajudamos no processo de gestão de uma organização e identificar as mudanças necessárias”, referiu na ocasião David Hale, head of International Investors in People. O mesmo responsável teve ainda oportunidade de explicar pormenorizadamente o programa, que conta com nove indicadores de alta performance, agrupados em três categorias: Liderar, apoiar, melhorar. Por sua vez análise de cada um destes nove indicadores é feita de acordo com os critérios estabelecidos para quatro níveis de desempenho, a saber: Desenvolvido; Estabelecido; Avançado; Elevado Empenho. “Por último, o standard prevê que as organizações possam ser avaliadas de acordo com 4 níveis de acreditação, os

quais correspondem a níveis de qualidade progressivamente mais elevada do seu sistema de gestão de pessoas. Os níveis, do mais baixo ao mais elevado, são designados como: Accredited, Silver, Gold e Platinum”, avançou David Hale. Para tal, Raúl Ribeiro Ferreira, presidente da ADHP, avança que serão feitas “apresentações e reuniões com os responsáveis hoteleiros para mostrarmos as vantagens e inconvenientes. Cada hotel tem de medir economicamente e ver quais os níveis mais viáveis para as suas realidades. A ideia é mostrar que há mais caminhos e que se acreditarmos nas pessoas e qualificá-las isso trará mais-valias para a operação.” “O momento que o setor do turismo atra-

vessa em Portugal exige uma capacidade de inovação constante e um serviço de qualidade irrepreensível. Esta capacidade só é possível quando a gestão interna e de equipas alcança esse mesmo patamar”, sublinhou ainda o mesmo responsável. Então como deverão proceder os interessados? Este é um processo de avaliação externa conduzido exclusivamente por assessores certificados pelo IIP International e que decorre de uma forma muito pouco disruptiva. Um processo que se desenvolve em quatro fases e que passam em primeiro ligar por uma reunião prévia dos responsáveis da empresa com a equipa de avaliação. É depois feita uma avaliação online, numa segunda etapa, para conhecer a opinião dos empregados e verificar o grau de correspondência com os padrões da acreditação. A fase seguinte pressupões entrevistas com os empregados a fim de explorar diversos temas chave e identificar aspetos fortes para a acreditação. E por fim, será emitido um relatório de acreditação, onde a empresa terá conhecimento do seu nível de realização e a possibilidade de comprar o seu nível de desempenho. Estabelecido em 1991, o standard Investors in People, cujo objetivo é melhorar as práticas de gestão de recursos humanos, reflete as últimas tendências do mercado de trabalho e é o resultado da colaboração com 1000 organizações e managers, que até agora já gerou mais de 56 mil avaliações, com impacto em mais de 2 milhões de pessoas a nível global. Presentes em 78 países, em 30 línguas, a Investors in People CIC tem como objetivo fornecer informação, aconselhamento e apoio no desenvolvimento de estratégias e práticas de gestão internas às unidades hoteleiras, de modo a que possam alcançar este standard.

É preciso combater falta de recursos humanos À margem da apresentação, Raúl Ribeiro Ferreira, presidente da ADHP, referiu à Revista Viajar, que a classe continua preocupada “com a falta de reconhecimento da profissão, porque não percebemos como é que se pode fazer investimentos de milhões de euros em unidades hoteleiras e depois pensar que não é preciso ter nenhum técnico responsável à frente das mesmas.” O mesmo responsável sublinhou ainda, que, no entanto, o principal problema que “vamos ter atualmente são os recursos humanos, vai começar a ser muito complicado e não é um problema que se resolva com o abrir de uma escola, ou abrir uma torneira, até porque os índices de desemprego que existem e se fizermos a média do país vamos descobrir que nos grandes centros urbanos está praticamente a zero. Acredito que vamos ter esse problema grande dentro de pouco tempo e que é preciso combatê-lo”. O presidente da ADHP avança que “há um trabalho grande feito junto às escolas para percebermos quais as necessidades mais imediatas, e em que áreas é necessário formar mais pessoas, ou seja pôr as máquinas a funcionar para conseguir encher o mercado de mão de obra qualificada, evitando que as pessoas abandonem o setor passados algum tempo”.


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TAP passou a voar para os três aeroportos de Londres

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TAP começou a operar, no dia 29 de outubro, entre Lisboa e o aeroporto de London City, com dois voos diários de segunda a sexta-feira e um voo diário aos fins de semana. A companhia passa, assim, a servir três aeroportos em Londres, e torna-se a única operadora entre Lisboa e Londres a operar para este aeroporto, localizado no centro financeiro da cidade.

As ligações diretas entre Lisboa e Londres – London City serão operadas em Embraer 190, com capacidade para 106 passageiros, com partidas de Lisboa às 7:00 e às 16:40, e regresso de Londres às 10:10 e às 19:50, de segunda a sexta-feira. Aos fins de semana, a frequência é diária. Aos sábados, com partida de Lisboa às 7:00 e de Londres às 10:10, e ao domingo, com

partida de Lisboa às 16:40 e de Londres às 19:50. Entre janeiro e setembro deste ano, verificou-se um aumento de oferta de lugares de 12 por cento e um aumento do número de passageiros transportados entre Lisboa e Londres de 28 por cento. Este ritmo de crescimento deverá manter-se até ao final do ano, prevendo-se que o total de passageiros ultrapasse os 700 mil.

TAP galardoada com três “óscares” do turismo mundial

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TAP foi eleita Companhia Aérea Europeia Líder para África e Companhia Aérea Europeia Líder para a América do Sul e a sua Revista de Bordo, a UP, conquistou o prémio de Revista de Bordo Líder na Europa na última edição dos World Travel Awards. Estes prémios, considerados os “Óscares” do turismo mundial, foram entregues numa cerimónia realizada ontem no Museu Etnográfico de São Petersburgo, na Rússia. Atribuídos desde 1993, os World Travel Awards foram instituídos com o objetivo de reconhecer,

premiar e celebrar a excelência em todos os setores de atividade da indústria global de viagens e turismo. Nomeada entre algumas das mais reconhecidas transportadoras aéreas, a TAP foi eleita através de um processo

de votação online, maioritariamente por profissionais da área de Turismo e Viagens, designadamente agentes de viagens, operadores e organizações de turismo, oriundos de mais de 100 países, bem como pelo

público em geral. Os troféus deste ano juntam-se agora aos prémios conquistados em edições anteriores. A TAP foi eleita pelos World Travel Awards como Companhia Aérea da Europa Líder para África e Companhia Aérea da Europa Líder para a América do Sul em 2014, 2015 e em 2016 - e Revista de Bordo Líder na Europa (2015 e 2016) -, Companhia Aérea Líder Mundial para África em 2011 e 2012 e detém igualmente o título de Companhia Aérea Líder Mundial para a América do Sul, em 2009, 2010, 2011 e 2012.


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Binter lança Lisboa-Tenerife com duas ligações semanais

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companhia aérea canária, Binter, tem desde 29 de outubro, uma nova rota Lisboa-Tenerife, com duas frequências semanais, às quintasfeiras e domingos, com partida da capital portuguesa às 15 horas e chegada a Tenerife às 17h30, com possibilidade de ligação à Gran Canária sem custos adicionais. O anúncio foi feito no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, numa conferência de Imprensa que contou com a presença da diretora geral da Gestão e Promoção do Turismo do Governo das Ilhas Canárias, Candelaria Umpiérrez, do conselheiro de Turismo e Internacionalização e Ação Externa do Cabildo de Tenerife, Alberto Bernabé e o responsável pelo Desenvolvimento de Mercado Internacional da Binter, Pablo Landrau Villalobos. Segundo o responsável da Binter esta é uma rota regular, com possibilidade de “aumentar para mais uma frequência no verão”. Os voos são feitos num Bombardier CRJ1000, com capacidade para 100 passageiros. Tendo como representante em Portugal a Summerwinds, empresa com quem já trabalha há cinco anos, Pablo Landrau Villalobos referiu que a “parceria irá continuar com a Binter, pois para já não se justifica ter uma delegação em terras lusas”.

Nova rota pode transportar entre 25 a 30 mil passageiros A Binter, que já transportou desde 2010 cerca de 150 mil passageiros portugueses, acredita que com esta operação LisboaTenerife poderá transportar “entre 25 mil a 30 mil passageiros”. Também Alberto Bernabé se mostrou satisfeito com esta nova rota da Binter, afirmando que Tenerife é um destino de sol e praia, com um clima ameno ao longo de todo o ano, mas que ao longo dos tempos tem conseguido diversificar a oferta, tornando-a também cultural, de negócios e até gastronómica. Esta última, aliás, tem sido uma

“Partidas de Lisboa às quintas-feiras e domingos, às 15 horas” das grandes apostas do turismo da região, relembrando que no próximo dia 22 de novembro terão a primeira grande gala de Chefs com Estrelas Michelin portugueses e espanhóis. O mesmo responsável referiu ainda que Tenerife recebe “8.000 portugueses por ano e com esta nova rota da Binter esperamos aumentar em mais 50% a sua chegada” e recordou que “50% da ilha encontra-se em área protegida e apenas 3% do território está

destinado a empreendimentos turísticos”. Já Candelaria Umpiérrez referiu que o número de portugueses que chegaram às Canárias entre janeiro e setembro deste ano foi de 67 mil, ou seja, mais 10 mil que em 2016, sendo que 62% dos passageiros nacionais foram até Gran Canária, enquanto 22% foram até Tenerife, permanecendo em média entre 7 a 12 dias. “Um em cada dois portugueses faz as suas reservas através de agências de viagens, e chegam em famílias ou em casais. Muitos chegam através das opiniões de outros amigos que tiveram a experiência, mas do top5 das motivações fazem parte o clima, praias, tranquilidade, descobrir destinos

novos e os preços”, concluiu.

Novas rotas Questionado sobre a possibilidade de abrirem também uma rota Porto-Tenerife, o responsável da companhia aérea não descarta essa hipótese, até porque, segundo o mesmo “somos muito dinâmicos e estamos sempre a estudar novas possibilidades, mas ao dia de hoje se me perguntar se vamos abrir essa rota digo-lhe que não”.

Candelaria Umpiérrez, por sua vez, mencionou o facto de haver uma proposta para uma nova rota Lanzerote-Porto, mas até agora ainda não apareceu nenhuma companhia aérea interessada. Quanto à rota Lisboa-Tenerife da Binter terá voos a partir dos 99€ por trajeto, com direito a bagagem com 23kg e refeição a bordo, em voo direto e possibilidade de ligação à Gran Canária sem custos adicionais. O responsável da Binter frisou ainda que poderão existir “campanhas promocionais com preços ainda mais atrativos”. Para já a companhia está já a contactar agências de viagens e operadores portugueses para a venda da nova rota.


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Lisboa e Zagreb ligados

durante o maior mercado de Natal da Europa

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Turismo de Zagreb e a companhia aérea Croatia Airlines, representada pela APG Portugal, apresentaram a 19 de outubro, em Lisboa, aquele que é considerado o melhor mercado de Natal da Europa, que se realiza na capital croata entre 2 de dezembro de 2017 e 7 de janeiro de 2018. Para tal a Croatia Airlines vai continuar a operação Lisboa-Zagreb, entre 30 de outubro deste ano e 8 de janeiro do próximo. Os voos partem às sextas-feiras de Lisboa às 11h00 e chegam a Zagreb às 15h00, no voo de regresso as partidas são feitas da capital da Croácia às 07h00, chegando à capital portuguesa às 10h00. Presença de portugueses aumentou Um horário que vai permitir aos portugueses passarem o fim de semana em Zagreb, uma cidade que este ano recebeu até setembro, 8.300 portugueses em 14.450 pernoitas, segundo avançou aos jornalistas a head of promotion do departamento de Turismo, Jasenka Mandzuka, acrescentando: “O crescimento em termos de chegadas de portugueses, quando comparado com 2016, foi de 25%, enquanto nas pernoitas se verificou um crescimento de 9%”. Já Anamarija Jurinjak, head of promotion da Croatia Airlines, explicou que os voos estão

sempre cheios e que a admiração pelos dois povos “é recíproca”, revelando ainda que a partir de meados de abril a operação da Croatia Airlines entre Lisboa-Zagreb poderá aumentar para “três ou quatro frequências”. Questionada sobre a possibilidade de o Porto vir também a fazer parte das operações da companhia, a mesma responsável referiu que essa hipótese não está colocada de lado, mas que só num espaço temporal de “dois anos, não para já”. Airbus 310 e 320 Os voos entre os dois países serão feitos, alternadamente, com Airbus 319 e Airbus 320, com capacidade para 144 e 174 lugares, respetivamente. O serviço inclui, entre outras coisas, um snack ligeiro, revista de bordo e um programa para crianças, confor-

me avançou a APG Portugal, representante da companhia croata no país. Com 61 hotéis (entre eles 3 de cinco estrelas e 18 de quatro estrelas), com capacidade para um total de 7544 camas, a cidade de Zagreb, comparada por muitos como a “irmã mais nova” de Viena de Áustria, muito devido a alguns arquitetos austríacos que deixaram a sua marca por ali, convida à grande festa do Advento, que durante mais de um mês prepara um sem número de atividades para os turistas. Desde concertos musicais, passando por workshops de fotografia, gastronomia e algumas novidades que o ano passado foram lançadas, como é o caso do Advento do Túnel que abriga exposições subterrâneas e outras atividades, e que este ano se manterá no programa, conforme explicou Jasenka Mandzuka. De realçar ainda o Zagreb Card, um bilhete de 24 horas ou 72 horas, com o custo de 12€ e 18€, respetivamente, que permite o transporte gratuito, entrada em quatro museus gratuitamente e no Miradouro de Zagreb. A responsável do Turismo de Zagreb referiu ainda as excursões de meio ou um dia aos arredores da capital croata, que permitem ver locais como os balneários termais ou os lagos de Plitvice.

Funchal vai ter voo semanal para Munique com a Lufthansa

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programa de voos da Lufthansa para destinos de lazer durante o verão de 2018 já está aberto para reservas. O novo programa inclui cinco novos destinos de verão. Portugal vai ganhar uma nova rota semanal, a partir de 31 de março, entre o Funchal e Munique, com preços desde 146 euros, e terá um aumento de frequências na rota entre Faro e Frankfurt, que vai passar de 7 para 9 voos semanais. O voo entre o Funchal e Munique vai assim complementar o voo semanal já existente para Frankfurt. A partir da primavera, os voos da Lufthansa partirão da capital da Baviera todos os sábados em direção ao Funchal. “O mercado português é muito importante para a Lufthansa”,

referiu Patrick Borg Hedley. “Voamos para Portugal há mais de 60 anos e vamos a expandir os nossos serviços”. A Lufthansa vai ter um voo semanal, direto, entre o Funchal e Munique com tarifas a partir de € 146, e aumentar em 2 a frequência dos voos entre Faro e Frankfurt. Outras rotas novas a partir do verão serão Glasgow, Chisinau, Santorini e Minorca a partir de Frankfurt.

Novidades a partir de Frankfurt A partir de 25 de março, Faro e Frankfurt vão ficar ligadas com nove voos semanais. A partir do verão, haverá dois novos voos, um ao sábado às 13h25, chegando a Frankfurt às 17h30, e outro ao domingo às 15h05, com chegada a Frankfurt às 19h10.

A partir de 31 de março de 2018, haverá pela primeira vez voos de Frankfurt para Thira/Santorini (Grécia), todos os sábados. Thira, a capital da ilha de Santorini, é considerada uma das cidades mais bonitas da Grécia. A vista que se tem sobre a ilha a partir de Thira, que foi construída na borda da cratera de um vulcão, é especialmente deslumbrante. A partir de 26 de março de 2018, a Lufthansa irá oferecer pela primeira vez voos diários de Frankfurt para Glasgow (Escócia) durante todo o ano. Com aproximadamente 600 mil habitantes,

Glasgow é a maior cidades da Escócia e a Terceira maior do Reino Unido, logo a seguir a Londres e a Birmingham. Glasgow é o ponto de partida ideal para explorar a Escócia. Chisinau, a capital da Moldávia, vai estar ligada a Frankfurt durante todo o ano. Com mais de 700 mil habitantes, é também a cidades com mais população do país. É um centro de negócios importante, uma cidade universitária e um centro cultural. A Lufthansa vai voar diariamente pela primeira para esta metrópole a partir de 25 de março de 2018.



Destino Top

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Macau

Deixe-se deslumbrar! C

om mais de 450 anos de história, a relação entre Portugal e Macau mantém-se até aos dias de hoje, apesar de a 20 de dezembro de 1999 a administração do território ter deixado de ser portuguesa e ter passado a ser uma região administrativa especial da República Popular da China. Fundada por pescadores chineses oriundos das províncias de Guandong e Fujian, Macau passou de um pacato vilarejo piscatório do sul da China a uma metrópole do auge do mercantilismo ultramarino português, por volta de 1553, na rota marítima de comércio internacional que ligava Portugal à India, Malásia, China, Taiwan, e Japão. Uma verdadeira fusão de culturas, cheiros e sensações, Macau é dos destinos que melhor representa a harmonia entre o passado e o presente, o legado histórico e a moder-

nidade futurista. É isso que se pode ver através os diferentes estilos arquitetónicos, artísticos, culturais e culinários existentes no território. Os portugueses são, sem dúvida, os que mais se sentem motivados a visitar Macau, grande não fosse o seu passado comum de partilha, vivência e cordialidade, apesar deste ser um dos maiores destinos de ócio do mundo, sobretudo para quem procura divertimento através do jogo. A forma mais fácil para chegar a Macau será através do aeroporto de Hong Kong e depois de uma viagem de 50 minutos de ferry ou outra um pouco mais rápida de “jetfoil”, que irá percorrer por mar os 65 quilómetros entre ambas as cidades. Durante o percurso poderá fotografar e filmar as bonitas paisagens de ambos os territórios asiáticos, onde os arranha-céus ganham especial relevância.

viajar 2017 / NOVEMBRO


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O Casa Garden, atual sede da Fundação do Oriente em Macau, tem aberto ao público os seus idílicos jardins, outrora pertencentes à residência privada de um rico comerciante português, Manuel Pereira.

Entre a história e modernidade Numa outra parte da cidade, o Templo de A-Má, no Largo do Pagode da Barra, deixa o visitante perceber como a religião é vivida na China. Já existente mesmo antes da própria cidade de Macau ter nascido, foi construído no século XV em adoração à Deusa protetora dos pescadores e marinheiros. Passe ainda pelo Jardim Luís de Camões e não se admire que num dos recantos sombrios daquelas árvores milenares dê de caras com pessoas a rezarem ou a praticaram algumas das modalidades das famosas artes marciais asiáticas. Possível de visualizar de quase todos os pontos altos da cidade, a Torre de Macau, com uma altura de 338 metros, oferece uma das melhores vistas e ainda a possibilidade, para os mais corajosos, de realizarem um salto em Bungee Jumping. Uma outra forma de arquitetura existente no território é a utilizada nos modernos casinos e hotéis de Macau. Nos últimos anos, dezenas de milhões de euros têm vindo a ser investidos nas maiores salas de jogo de Macau, conhecida como a Las Vegas do Orien-

Centro Histórico classificado como Património Mundial Uma vez em Macau há que começar a visita pelo centro histórico da cidade, que com a sua rica mescla de arquitetura e culturas chinesa e europeias foi considerado Património Mundial da UNESCO em 2005. Vários dos edifícios encontrados na parte antiga da cidade tem seu nome escrito em português nas respetivas fachadas. O centro

histórico de Macau possui algumas das construções de influência ocidental mais antigas e ainda preservadas em solo chinês. Juntamente com o estilo colonial e barroco português, encontramos forte influência da arquitetura tradicional chinesa, o que dota o território de um charme peculiar, dificilmente encontrado numa outra parte do mundo. As Ruínas de São Paulo são um dos pontos de visita obrigatória, quanto mais não seja para eternizar o momento com aquele que deverá ser o ponto mais fotografado de todo o território. A Fortaleza de São Paulo do Monte, mais referida como Fortaleza do Monte, é atualmente um monumento histórico e desmilitarizado incluído no Centro Histórico de Macau, por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Este complexo era denominado como “Acrópole” e constituiu a principal estrutura defensiva da cidade. Hoje em dia é um dos melhores locais com uma vista panorâmica sobre o centro da cidade. Se gosta de acordar cedo poderá ainda participar aqui de uma aula de Tai-Chi. A não perder é uma visita à Igreja de São Domingos, fundada, em 1587, por três padres dominicanos. Há quem diga que foi aqui que publicaram o primeiro jornal português da Ásia, intitulado A Abelha da China, a 12 de Setembro de 1822.

te. Legalizados pelos portugueses em 1850, os jogos de azar, muito adorados por todos os chineses, são sem dúvida a principal atividade económica de Macau, que conta já com quase meia centena de casinos. A maioria destes luxuosos casinos estão inseridos em grandes complexos hoteleiros, quase todos pertencentes às maiores cadeias hoteleiras mundiais, onde os hóspedes são muito mimados. Macau é hoje um dos destinos com maior crescimento turístico e económico em todo o Mundo. Em 2016 Macau recebeu perto de 31 milhões de visitantes, 15624 dos quais de Portugal, o que representa um aumento de 3% de visitantes portugueses em relação a 2015. A estratégia promocional de Macau assenta na divulgação do seu património histórico e no desenvolvimento da indústria do lazer e do turismo de negócios.


Bluesock Hostels reforça as suas operações em Portugal Após onze anos de existência, o Grupo Carris continua a apostar no talento interno, algo que se reflete novamente com as nomeações de Jorge María Pinto da Silva e Maya García - Oubiña. Ambos pretendem fortalecer a área internacional da empresa agora que o Bluesock Hostels abrirá um espaço em Lisboa e outro em Madrid, além do que já possui no Porto. Jorge María Pinto da Silva de Oliveira, estudou Turismo no Porto e mais tarde fez um Mestrado em Gestão Hoteleira, pelo que conhece perfeitamente a idiossincrasia portuguesa, tendo estado sempre relacionado com o mundo dos hotéis. Trabalhou no Hotel InterContinental na “cidade das pontes” e desde o início de 2017 trabalha no Grupo Carrís como Diretor de Vendas. Pelo seu lado, Maya García - Oubiña Díaz chega ao Bluesock Hostels como assistente de operações para Portugal. Estudou em Vigo onde se licenciou em Ciências Empresariais e fez um Mestrado em Comércio Internacional. Trabalhou no Canadá, como gerente do Hostel Planet Traveler de 2012 a 2016, regressou à Europa para trabalhar na gestão do Hostel Tattva Design, no Porto, até o Grupo Carrís a convidar a se juntar a Jorge María Pinto da Silva nas Operações do Bluesock Hostels para Portugal. Os dois novos diretores do Grupo Carris chegam como consequência do crescimento da sua marca mais nova, a Bluesock Hostels, que abrirá um novo espaço em Lisboa, bem como um em Madrid, ambos no primeiro semestre de 2018. Em Portugal, a marca já possui um hostel no Porto, localizado no centro histórico da cidade, oferecendo aos viajantes a possibilidade de escolher entre diferentes tipos de acomodação. O hostel portuense, com um conceito romântico como hostel premium e localizado no coração da Ribeira do Porto, com vistas maravilhosas sobre o rio Douro, tem quartos compartilhados para 4, 6, 8, 12 ou 16 pessoas, femininos e mistos, bem como duplos, - com camas individuais ou duplas e uma espetacular suite privada. Além disso, o estabelecimento é o ponto de partida ideal para todos os tipos de atividades culturais,

Escola da Covilhã do Turismo de Portugal com candidaturas prolongadas até 30 de novembro As candidaturas para os cursos de Nível 5 em Turismo de Ar Livre e Gestão e Produção de Cozinha, ministradas na Covilhã pela Escola do Turismo de Portugal // Coimbra, foram prolongadas até 30 de novembro. Cumprindo a estratégia definida de lançar programas das escolas fora das suas instalações principais e de aumentar a sua cobertura no território nacional, ambos os cursos vão decorrer nas instalações da Associação Empresarial da Beira Baixa, em Tortosendo, graças a uma parceria estabelecida entre o Turismo de Portugal e esta associação empresarial, a Câmara Municipal da Covilhã e a AHRESP.

desportivas ou de lazer; desde desfrutar de um surf camp na praia de Matosinhos a um passeio pelas principais caves de vinho do Porto da cidade, passando por uma viagem de barco rabelo ou um passeio pelos melhores locais musicais ou gastronómicos da cidade. O Grupo também tem um hotel no Porto com a marca Carrís Hotels: o Hotel Porto Ribeira, que está a ser submetido a uma remodelação que terminará em novembro e que tornará o estabelecimento num dos hotéis de referência da cidade, uma vez que terá 159 quartos, além de seu restaurante Forno Velho, estando a ser criado o Nomadik Lounge Bar, um espaço moderno, vanguardista e acolhedor, no qual se destaca um surpreendente terraço interior, perfeito para relaxar. Contemplar a Ribeira, o rio Douro, as adegas ou a famosa ponte de Luis I, ícone da cidade, estará ao alcance dos hóspedes que pretendam deixar-se encantar com a sua atmosfera, entre toques de vanguarda e cores brilhantes, bem como os equipamentos mais modernos para oferecer o máximo de conforto, onde também se destacam as suas salas de reuniões, todos concebidas com uma decoração com personalidade, em que predominam paredes de pedra e madeira, e equipados com a tecnologia necessária para garantir o sucesso de qualquer dia trabalho.

YOU Tour Operator reforça equipa comercial com Rita Santos Rita Santos faz a partir de agora parte da equipa da YOU Tour Operator. Já com experiência nesta área, será responsável pela promoção e divulgação do produto nas agências de viagem a nível nacional e abraça este novo desafio com entusiasmo e determinação. O operador, pretende assim ficar mais perto dos agentes de viagens e consolidar a sua presença no mercado português.



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viajar 2017 / NOVEMBRO

IHG expande a icónica marca de hotéis boutique Kimpton Hotels & Restaurants na Ásia

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InterContinental Hotels Group (IHG) assinou, no dia 2 de novembro, três contratos de abertura da sua luxuosa marca de hotéis boutique, Kimton Hotels & Restaurants, na Ásia. Anunciado na Conferência Ásia Pacífico de Investimento Hoteleiro de 2017 (HICAP), a primeira unidade Kimpton na região ficará localizada num dos principais mercados da Grande China e no Sudeste Asiático. Segundo Keith Barr, Chief Executive Officer do IHG, a “marca Kimpton Hotels & Restaurants é incrivelmente única e estamos muito entusiasmados por assistirmos à concretização do nosso plano de tornar esta insígnia global. Este é o momento ideal para introduzir o Kimpton na Ásia, onde podemos constar que há cada vez mais turistas à procura de uma experiência de viagem sofisticada e, ao mesmo tempo, personalizada. Os hotéis que abrimos estão em destinos muito procurados pelos viajantes de Bali, Indonésia, e Xangai e Sanya, China, o que

proporciona um enquadramento perfeito para a marca neste continente.” Esta novidade alarga a presença global do Kimpton Hotels & Restaurants para a Ásia, no seguimento do crescimento da marca para a Europa, com a abertura do Kimpton De Witt Amsterdam e do Kimpton Paris, no início deste ano. Adquirido pelo IHG em 2015, o Kimpton Hotels & Restaurants são reconhecidos pelo seu design curioso e inovador e por um contacto mais pessoal com os hóspedes, através de atenciosos benefícios e amenities, ligados com um sentido de encanto e descoberta. A presença subtil do luxo na marca, inspira os viajantes com certos toques, como tapetes de yoga no quarto, um anfitrião ao final do dia durante a Social Hour, o empréstimo gratuito de bicicletas e outros destaques locais. O Kimpton é igualmente conhecido pelo seu premiado portfólio único de restaurantes e bares dirigidos por talentosos chefs

e barmen. Os alicerces de cada espaço incluem um serviço personalizado; menus sazonais elaborados por chefs que celebram a produção e fornecedores locais; e interiores surpreendentes com um design e estilo vibrantes.

Uma imersão onde a história se encontra com o luxo, no coração de Xangai Pronto para abrir em 2021, o Kimpton Shanghai Jing’na vai ter 150 quartos e 120 vilas que originalmente pertenciam à Concessão Britânico-Americana. Similares às vilas, que foram maioritariamente desenvolvidas entre 1910 e 1930, as áreas comuns do hotel ficarão num edifício que manteve a traça original.

Um refugio premium para viajantes com um gosto requintado, em Sanya Situado num dos destinos mais privilegiados da China - Haitang Bay em Sanya, a província de Hainan, com 251 quartos, o luxuoso Kimpton Resort Sanya Haitang Bay terá acesso direto para a praia e a sua abertura está agendada para 2021.

Um santuário de estilo de vida e luxo na ilha dos deuses, Bali O primeiro localizado no Sudeste da Ásia, Kimpton Bali, a ser inaugurado em 2019, terá 50 luxuosas vilas e fica na pitoresca costa Nusa Dua. O projeto do novo hotel mistura-se com a cultura local, oferecendo aos hóspedes uma experiencia genuína e personalizada que é tão autêntica como reflexo da cultura ancestral.

10M€ para projetos de turismo sustentável O Turismo de Portugal disponibiliza uma linha de financiamento de 10 milhões de euros para iniciativas e projetos que promovam a sustentabilidade social e ambiental no turismo, desenvolvidos por empresas, entidades públicas, associações de comércio ou de moradores e outras entidades de natureza semelhante. Esta linha está disponível, até dezembro de 2018, para iniciativas que promovam a integração entre residentes e turistas, visem a dinamização económica dos espaços urbanos, promovam o consumo de produtos locais pelos visitantes, ações de educação/ sensibilização ambiental e social no turismo e iniciativas de valorização da identidade do país, das comunidades locais e que facilitem o diálogo entre gerações. Para o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, “a criação da Linha de Apoio à Sustentabilidade vai ao encontro dos objetivos traçados pela Estratégia Turismo 2027, referencial estratégico para o turismo nacional, no domínio da sustentabilidade – económica, social e ambiental. Pretendemos liderar o turismo do futuro, com enfoque nas pessoas, e afirmar o turismo como hub para o desenvolvimento económico, social e ambiental, em todo o território, posicionando Portugal como um destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo”.

CALENDÁRIO DE FEIRAS INTERNACIONAIS 07 Nov - 09 Nov 08 Nov - 09 Nov 09 Nov - 12 Nov 10 Nov - 12 Nov 10 Nov - 12 Nov 16 Nov - 19 Nov 16 Nov - 19 Nov 18 Nov - 19 Nov 22 Nov - 26 Nov 23 Nov - 26 Nov 23 Nov - 26 Nov 23 Nov - 25 Nov 23 Nov - 26 Nov

SETT Holiday Park & Resort Innovation Feira Internacional de Turismo Philoxenia SITV Salon Int. du Tourisme et des Voyages Fehispor Romanian Tourism Fair ReiseSalon Touristik & Caravaning International Leipzig INTUR Feria Internacional del Atlántico TT Warsaw FitVen - Feria del Turismo de Venezuela

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