AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO Janeiro 2013
BTL Golfe vai ser rei
Marselha e Kosice Capitais da cultura
MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 310 - 2ª série Preço 2,00
Férias na NEVE Vasto leque de opções
Congresso da APAVT Cooperação e diálogo foram palavras-chave
moving your way Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes
www.europcar.pt
FACEBOOK Siga-nos em www.facebook.com/viajarmagazine ONLINE Descarregue a edição digital em www.viajarmagazine.com.pt
AHP Maus momentos para hotelaria
viajar 2013 / JANEIRO
Em Foco
3
O B S E R VA Ç Ã O
Inquérito à hotelaria
2013 A crise promete não dar tréguas ao turismo nacional. De acordo com a 41ª edição do Barómetro Academia do Turismo, desenvolvido pelo IPDT – Instituto do Turismo, este ano vai ser pior para o turismo que 2012. Igualmente, a AHP declara que para 2013 espera-se menos emprego, menos investimento, pior prestação em termos de resultados e que, vão resistir melhor os hotéis que têm escala e os que não carregam o peso dos financiamentos. As taxas turísticas sobre os turistas que se alojassem em estabelecimentos hoteleiros e meios de alojamento local, que alguns municípios portugueses teimam em impôr, nomeadamente, o de Aveiro, também vão dar que falar este ano. A Confederação do Turismo Português e a AHP, tudo têm feito para impedir que tal aconteça, denunciando que esta decisão revela pouca consciência da situação das empresas e da realidade do Turismo e daquilo que o influencia. O que vai continuar a dar que falar é o projeto-lei que visa a restruturação regional do turismo. A discussão pública já terminou e agora vai ser discutido na Assembleia da República, depois de ter sido aprovado em sede de Conselho de Ministros. Vozes contra não faltam. Entretanto, há um documento importante para o turismo e bastante aguardado pelo setor, que é o PENT. O Conselho de Ministros acaba de aprovar as linhas gerais do novo documento, que o Governo considera mais realista do que a primeira versão que estava em vigor. O PENT, que vai agora estar sujeito a um processo de discussão pública, conduzida pelo Turismo de Portugal, define “dez produtos cruciais” e preconiza a aposta “em mercados diferentes” e em “diferentes sectores”, de acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que falava recentemente no Parlamento. Para falar em boas notícias, o setor dos cruzeiros vai continuar a crescer em Portugal, é o que perspetivam os portos do Lisboa e de Leixões.
City e short breaks lideram procura turística em Portugal
O
s “city/short breaks” lideraram os segmentos da procura turística em Portugal,com 24%, seguidos do “touring/cultural” (18%). Como piores segmentos surgem o “golfe” (19%) e o “turismo religioso” (17%), de acordo com os resultados de um inquérito à Hotelaria do Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP, com o balanço de 2012 e perspetivas para 2013. “O preço médio nacional por quarto disponível (RevPar) foi de 40,40 euros por dia em 2012, sendo, no entanto, o custo operacional homólogo por quarto superior a este valor. Com este tipo de valores, a hotelaria portuguesa, no geral, não é rentável”, afirma Miguel Júdice, presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, no seguimente desses resultados. Relativamente a 2012, 48% dos hoteleiros consideraram que a taxa de ocupação por quarto foi inferior ao previsto e que o preço médio por quarto vendido ficou abaixo do previsto (56% dos inquiridos). “Há demasiada oferta. Só em 2012 a capital ficou com mais 600 quartos disponíveis, nascendo, em média, em Lisboa, mais de oito hotéis por ano», explica Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP. Os mercados apontados como tendo uma pior performance foram o espanhol (77%), o português (59%) e o italiano (36%). «A retração do mercado espanhol atingiu muito, sobretudo, o Alentejo, o Algarve e a região centro, regiões ainda mais afetadas pela natural queda registada no mercado nacional», contextualiza a responsável.
“Para 2013 espera-se menos emprego, menos investimento, pior prestação em termos de resultados. Não há milagres”, declara o presidente da AHP. “Vão resistir melhor os hotéis que têm escala e os que não carregam o peso dos financiamentos”. Os inquiridos acreditam que este ano haverá uma pior performance a todos os níveis, destancando-se a receita de Food & Beverage (55%). A taxa de ocupação por quarto é vista também pela negativa: 37% espera um pior desempenho pelo efeito de diminuição do preço médio (para metade dos hoteleiros). Espera-se que os melhores meses de exploração venham a ser o período de julho a setembro, reação que segue o comportamento ocorrido em 2012, testemunho da sazonalidade do destino Portugal. Mais hotéis fecham temporariamente no inverno. Neste inquérito verificou-se um aumento de 3% face ao ano anterior. 31% dos hotéis que vão encerrar admitiram fazê-lo entre um a três meses. O Algarve é a região mais atingida, com 48% dos inquiridos a afirmar que vão encerrar as suas unidades neste período. “É mau para o destino e acentua a sazonalidade do Algarve, que necessita rapidamente de medidas de estímulo”, indica Cristina Siza Vieira. O mercado português está em primeiro lugar nas perspetivas de mercado para 2013 nas regiões norte, centro, Lisboa e Alentejo, tal como aconteceu em 2012, e o mercado inglês será o primeiro mercado no Algarve e o alemão nos Açores, de
Diretor Executivo Francisco Duarte
Administração e Redacção Rua Prof. Alfredo Sousa, nº1 1600-188 LISBOA Tels.: 21 754 31 90 e-mail: viajar@edimoto.pt
Editor EDIMOTO Soc. Publicações Periódicas, Lda.
Fotografia Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem Rogério Sarzedo, Raquel Madureira
Assinaturas Marcia Peroni e-mail: marciaperoni@edimoto.pt
PAGINAÇÃO Catarina Lacueva
DIRETOR geral José Madureira
acordo com os hoteleiros. O “city/short breaks” e o “touring/ cultural” estão entre os principais segmentos para 2013 na região norte, centro e Lisboa à semelhança de 2012. O “turismo de natureza” é o principal segmento para o Alentejo e Açores e o “sol e mar” para o Algarve (idêntico ao balanço de 2012). Como piores segmentos turísticos em termos de expectativas para 2013 estão identificados o “sol e mar” para o norte e o “golfe” para as restantes regiões. A amostra foi constituída por 160 inquéritos realizados no Gabinete de Estudos e Estatísticas da Associação da Hotelaria de Portugal, entre 26 de novembro e 5 de dezembro de 2012, nas sete NUTSII nas diversas categorias de alojamento.
Publicidade Teresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90 e-mail: teresagabriela@edimoto.pt
Depósito Legal: 10 534/85
Impressão GAR - Rua Henrique Paiva Couceiro, 1 Venda Nova 2700-450 Amadora
Proprietário: José Madureira Nº Contr.: 112963692
Tiragem: 7 000 exemplares
Registo no ICS: 108098 de 08/07/81
Reportagem
4
viajar 2013 / JANEIRO
Congresso da APAVT em Coimbra
Cooperação e diálogo foram as palavras-chave C
ooperação, diálogo e criatividade com vista a ganhar mercado. Estas foram as palavras-chaves do 38º Congresso da APAVT, que decorreu em Coimbra,com o tema “Potenciar Recursos, Romper Bloqueios, Ganhar Mercado” “Temos que jogar em equipa”, proferida pelo ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que presidiu a sessão de abertura; “A APAVT vai lançar um repto às associações representativas da oferta turística nacional, e ao Turismo de Portugal, para, em conjunto, público e privados, ganharmos novos mercados para Portugal e consolidarmos aqueles já existentes, em linha com tudo aquilo que foi referido neste congresso. Esquecendo os protagonismos; não pensando em lideranças; sem capelas. Apenas pensando em Portugal”, dita por Pedro Costa Ferreira, na sessão de encerramento; “O crescimento económico está no setor privado. Por isso apelo à união de esforços para ganhar mercado, ou seja vender, vender, vender”, conforma afirmou a secretária de Estado do Turismo. Estas são apenas algumas das frases que consubstanciam os vários apelos deixados em Coimbra. A diplomacia económica dominaria a sessão de abertura do 38º Congresso da APAVT, tanto no discurso do presidente da associação, Pedro Costa Ferreira, como do ministro Paulo Portas. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros quer “jogar em equipa” com o setor do turismo e para isso apontou uma série de medidas que inserem a atividade turística na agenda das representações do Estado português no estrangeiro. Paulo Portas considerou que a “diplomacia económica tem que estar ao serviço do turismo”, realçando que a estratégia tem que passar por “unificar as redes externas: diplomatas, comerciais e a promoção turísticas”.
O executivo deixou, ainda, a mensagem aos empresários que “é fundamental que as empresas portuguesas não percam oportunidades em mercados que lhes são estranhos”. Paulo Portas frisou que as portas das “embaixadas e consulados estão abertas ao serviço da economia portuguesa, para que se realizem eventos que puxem pelas marcas e na busca de oportunidades de negócio”. Em resposta ao apelo da associação, sobre a agilização de emissão de vistos, o ministro assegurou que vai fazer esforços para que se coloque em ação um ‘código de melhores práticas’, na eficiência da concessão de vistos, junto das embaixadas e consulados nacionais no exterior, para que as exportações da indústria do turismo possam aumentar. Portas defendeu que “é fundamental que as empresas portuguesas não percam negócios no exterior por falta de acesso aos decisores políticos nesses países”. O gover-
nante comprometeu-se a ajudar todas as empresas que pretendem internacionalizar-se e anunciou algumas medidas para conseguir esse objetivo. A primeira passa por uma articulação diária com o ministério da Economia e a unificação das redes externas, contribuindo assim para uma estratégia coordenada entre a diplomacia, o comercial e o Turismo. As instalações diplomáticas no exterior passam, segundo Paulo Portas, a estar obrigadas a ceder o seu espaço para eventos de iniciativa privada que promovam as exportações portuguesas, nos quais se inclui o Turismo. A disponibilidade de Paulo Portas caiu bem aos cerca de 500 congressistas presentes. “Agradeço que me façam chegar ineficiências quando notem ineficiências. É a única maneira de melhorar”, disse, reforçando se seguida: “quero, com toda a franqueza, que saibam que o meu
próprio gabinete tem um ponto focal para contacto com as empresas e está ao serviço das empresas, porque eu acho que isso faz parte da bandeira de Portugal e faz parte da política externa de Portugal”. Outra medida para a eficiência do trabalho em equipa apontada por Paulo Portas incide na própria diplomacia e assenta em capacitar os diplomatas para perceberem “cada vez mais a linguagem económica”. Para isso, disse o ministro, a partir de Janeiro, os candidatos a cargos de representação do País no estrangeiro que cheguem à última fase do processo de seleção “vão estagiar primeiro em empresas... algumas certamente da área do turismo”.
Facilitar a vinda de turistas Porque o turismo “é um dos poucos setores que poderá sustentar a mudança dos atuais desequilíbrios macroeconómicos”, a diplomacia económica, “deve incluir permanente preocupação com o turismo”, disse o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, no seu discurso de abertura. Neste este âmbito, a Associação espera do ministro dos Negócios Estrangeiros que tudo faça para “agilizar os procedimentos de emissão de vistos”, principalmente no que se refere aos denominados mercados emergentes “por forma a facilitar a vinda de turistas que, nestes mercados, crescentemente nos procuram”,
viajar 2013 / JANEIRO
Reportagem
5
sublinhou Pedro Costa Ferreira. Num momento em que é de turistas estrangeiros que o turismo português precisa, dada a retração do mercado interno, e tendo em conta a escassez dos recursos para a promoção turística, o presidente da APAVT deixou um repto: aproveitar esses escassos recursos para “aplica-los onde existe potencial”, ou seja, na promoção externa. Numa intervenção em que apelou à união de esforços em torno da promoção da Marca Portugal, o presidente da APAVT, fez um curto balanço das iniciativas levadas este ano a efeito pela Associação, referindo a construção da nova Lei das Agências de Viagens, ações ao nível das relações externas e do BSP, sublinhando que a este nível foi possível adiar a aplicação dos novos prazos de pagamento. O responsável apelou ainda a que o “Estado se comporte como uma pessoa de bem, pagando a tempo e horas”. Neste sentido, o responsável frisa que “estamos saturados de estabelecer contratos com o Estado, em que os atrasos permitem a faturação de juros”. Sobre a privatização da TAP, Pedro Costa Ferreira sublinha que a APAVT tem “consciência de que a privatização é necessária, mas também de que o facto de existir um único eventual comprador é,sem dúvida, uma fragilidade negocial”. A outro nível, o responsável abordou a política deste governo, referindo que “deve incluir uma permanente preocupação com o turismo”. Deve-se promover “uma única marca, Portugal. Uma marca que congrega todas as nossas competências de exportação, incluindo, naturalmente, o turismo”, considera ainda o responsável. No entanto, o dirigente evoca que, “exatamente porque os recursos são escassos, devemos por isso aplicá-los onde existe potencial. Temos vindo a defender que, a prazo, suspendamos a promoção interna. Infelizmente, não vamos precisar, nos tempos mais próximos, de convencer os portugueses a fazer férias em Portugal”.
Vender Portugal de forma positiva O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, que falou na primeira sessão de trabalhos do congresso, desafiou o trade turístico português a vender o Destino Por-
tugal de uma forma muito positiva. Taleb Rifai sugeriu que Portugal se abra agora de novo ao mundo e torne a Marca Portugal numa marca mundial. Para o secretáriogeral da OMT Portugal tem muito potencial turístico e “já conseguiu muito” porque “está a fazer muita coisa bem” a nível do turismo. Mesmo assim “nós queremos que façam ainda melhor”. Portugal, disse, “tem uma história de sucesso” mas falta transmitir e contar essa história. Daí que tenha deixado o repto: “Vendam o vosso país da forma mais positiva possível”. Desafio bem grande para o setor é também, considerou o secretáriogeral da OMT, a situação económica da Europa que classificou de “alarmante”, principalmente porque “o que Acontece na Europa reflete-se em todo o mundo”. A esta situação preocupante se junta ainda o desemprego crescente. O secretário-geral da OMT referiu ainda três grandes obstáculos que continuam a colocar-se ao setor: a política de emissão de vistos, as taxas “não inteligentes” que podem “matar a galinha dos ovos de ouro” e a falta de reconhecimento político, área em que, afirmou, a OMT está a trabalhar em conjunto com o WTTC.
A melhor resposta para o mercado “Deixemo-nos de preconceitos. É tempo de assumir, com clareza, que somos a melhor resposta para o mercado, seja em que circunstâncias for, e principalmente nestes tempos mais conturbados”, assim encerrou Pedro Costa Ferreira o Congresso da APAVT. Costa Ferreira, falou de “transparência” no relacionamento com o cliente, cooperação e “mais trabalho e criatividade”. A sessão foi presidida pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, que deixou dois apelos: Cooperação e diálogo. O presidente da APAVT, face aos desafios que se colocam no próximo ano, pediu aos associados “mais trabalho, criatividade e eficiência”, para acrescentar que o mais importante neste momento “é saber se onde estamos conseguimos gerar valor para o cliente, porque é aí que está o nosso futuro”. Quanto ao produto, Pedro Costa Ferreira referiu que “os nossos ope-
radores têm também de continuar a adaptar a sua oferta a um perfil de consumo mais constrangido, e terão sobretudo de procurar parcerias no âmbito da coopetição. Competir naquilo que realmente é concorrencial, cooperar naquilo que representa apenas área de interesse comum”. Para Costa Ferreira“o posicionamento das agências de viagens é forte” e continuará a sê-lo sempre que correspondam às expectativas dos clientes. Responder às expectativas dos clientes terá que cada vez mais ser a base do funcionamento das agên-
cias de viagens no mercado. Para isso contribui já, e continuará a contribuir ainda mais, o Provedor do Cliente “um exemplo marcante da vantagem competitiva das agências da APAVT”. Neste sentido, anunciou o lançamento do site do Provedor do Cliente que facilitará a interação com os consumidores. Será no entanto necessário continuar a adaptar o produto “às novas e difíceis condições de mercado”, o que passa pelo estabelecimento de um maior número de parcerias entre os operadores turísticos. “Devemos competir naquilo que realmente é concorrencial, devemos cooperar naquilo que representa apenas área de interesse comum”, sublinhou. Neste sentido, avançou Pedro Costa Ferreira, a APAVT vai lançar um repto “às associações representativas da oferta turística nacional, e ao Turismo de Portugal” para que num trabalho conjunto se consolidem mercados já existentes e se captem novos mercados, “esquecendo os protagonismos; não pensando em lideranças; sem capelas. Apenas pensando em Portugal”. O responsável da APAVT finalizou a sua intervenção sublinhando que “temos de aprender a viver sem a muleta do Estado e esse é, permitam-me que o diga, um dos grandes desafios que se colocam à sociedade portuguesa”. Cecília Meireles, que referiu ao trabalho em parceria com a APAVT, falou de cooperação. “Não é novidade para ninguém que a situação em Portugal e na Europa é complexa. Os últimos números do setor turismo revelam crescimento do ponto de vista externo e, do ponto de vista global, uma capacidade de resistência num clima adverso. Demonstra que somos capazes não por causa do Governo mas por cada um de vocês. Quando se fala em prioridades e em escolhas, temos de perceber que o crescimento económico está no sector privado”. Sobre diálogo realçou que “mantenho disponibilidade para ouvir todos. Não implica estar sempre de acordo, ou fazer promessas que não poderei cumprir. Não há decisões que agradem a todos. As únicas que conheço são aquelas em que nada é mudado”. A secretária de Estado teceu, aliás, vários elogios à classe empresarial do turismo, tendo mesmo afirmado que “o crescimento económico está no sector privado”.
Reportagem
6
gal”, a promoção turística, ou a Lei das Entidades Regionais de Turismo. O presidente da CTP quer que a importância económica que é atribuída ao turismo passe de palavras aos atos. “Todos os governos têm tido sempre palavras simpáticas para com o turismo, apelidando-o de “desígnio nacional”, “estratégia nacional” ou classificando-o como “salvação da crise”… “Palavras lindas” disse, mas que “os atos não acompanham”. Destacou a disponibilidade e capacidade de diálogo da secretária de Estado, afirmando mesmo que “quase arriscaria dizer que se tudo dependesse dela muito mais nós poderíamos fazer”.
Promoção: Uma verdadeira pesca à linha
Por isso apelou à união em torno do que considerou ser uma prioridade: “ganhar mercado”, ou seja, “vender, vender, vender”. Sublinhando que “sobretudo em momentos difíceis é muito fácil que se crie um fosso entre quem decide e o sector privado, entre quem está no Governo e quem está todos os dias nas empresas”, afirmou que “esse é um fosso que eu gostaria que nunca fosse criado no setor do turismo”. Também o presidente da CTP, Francisco Calheiros, quer o sector a falar a “uma só voz”, considerando que numa época em que “o dinheiro não é curto, é curtíssimo”, só a concentração de esforços pode fazer com que se ultrapassem as dificuldades. Francisco Calheiros não esqueceu, na sua intervenção, de questões que preocupam o setor, sendo que algumas ainda estão pro esclarecer, tais como “o IVA da restauração e do golfe, ou o erro da sua subida”, a “privatização da TAP e da ANA, duas empresas fundamentais e estratégicas para o turismo em Portu-
No painel dedicado a “Portugal – Produtos e Mercados”, o presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa, sublinhou que atualmente “não comunicamos com mercados, comunicamos com pessoas e segmentos”, para realçar que a promoção externa é hoje uma verdadeira “pesca a linha”.Um posicionamento externo que, para Frederico Costa, “implica ver a oferta que temos e canalizá-la para determinados destinos. Um exemplo é o surf. Estudar quem, no estrangeiro, fala e procura esta modalidade e apresentar-lhes o nosso mar, a onda da Nazaré, Peniche, etc.” Para o responsável máximo do Turismo de Portugal o sector “não pode cair na ilusão. Portugal depende e dependerá nos próximos tempos do mercado europeu, prioritário para nós”. Isto por muito que “olhemos para a China e para a Índia”. De acordo com Frederico Costa, o caminho óbvio será, contudo, “depender menos e diversificar”. O presidente do Turismo de Portugal vê nesta estratégia “uma necessidade e oportunidade”.
Uma “necessidade, porque não podemos criar demasiada dependência a mercados específicos”. Já para exemplificar o fator oportunidade, Frederico Costa, recordou o mercado Brasil. “Há uns anos falámos muito do mercado brasileiro. Hoje, é o quinto mercado emissor para Portugal e estamos a tirar uma parte importante dos fluxos. Estão a crescer 20% ao ano”. Ainda na vertente oportunidade, Frederico Costa lembrou ainda a comunicação via Internet, considerando-a uma ferramenta que “temos de tornar mais eficaz”. Em Coimbra, o presidente do Turismo de Portugal alertou que “há novos desafios que estão a surgir todos os dias e novos players na distribuição”, fatores que vão “exigir mais enfoque por parte de todos, exigir inovação todos os dias e uma dinâmica que não estávamos habituados, tanto a nível institucional, como empresarial”. Para o responsável “há um mundo para fazer a nível da nossa comercialização”.
O papel da web e das redes sociais Ao segundo dia, o 38ª Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), virou-se para a era digital. A Internet, as redes sociais, o marketing on-line, centraram o debate. Uma sessão que contou com alguns oradores internacionais e um piscar de olhos ao Brasil, país com forte crescimento da classe média e projeções demográficas otimistas para a próxima década. Na Europa, “51% dos turistas são provenientes do Velho Continente”, tendo em 2010 representado “mais de 400 milhões de viagens”. Dentro destas, “num mercado emissor importante como o Reino Unido, 47% dos turistas já compra viagens on-line”. Estes foram dados apresentados pelo secretário-geral da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), Michel de Blust, que sublinhou assim o peso da Internet para o setor. Michel de Blust traçou também um quadro para o futuro: “O turismo no futuro vai estar mais segmentado, haverá maior diferenciação e diferenças demográficas com mais idosos e com me-
viajar 2013 / JANEIRO
lhor qualidade de vida, por exemplo”, sem esquecer a dimensão do novo consumidor, “melhor informado e guiado, cada vez mais, pelo preço”. Michel de Blust considerou ainda que as redes sociais, como o Facebook, Twitter, entre outras, têm “um papel importante na procura” do destino. As redes sociais foram igualmente valorizadas por Patrick Delaney, diretor-geral da Ovation. “Devemos utilizar as redes sociais, mas é importante reforçar que os clientes precisam de confiar na informação”. Por sua vez, o vice-presidente da TAP, Luiz Mór explicou, à plateia de agentes de viagens, que o posicionamento assumido pela companhia na web “não é porque queremos competir com os agentes de viagens, mas porque queremos competir com as outras companhias aéreas que estão neste canal”. O vice-presidente da TAP afirmou que “as vendas pela Internet vão continuar a crescer e estimo que nos próximos dois anos passem a representar 30% do negócio total da empresa». Atualmente, 14% do global das vendas de bilhetes de avião da TAP já é feita pela Internet.
Regionalização turística “Acho positiva a proposta do Governo inserida na reestruturação das entidades regionais do turismo. Primeiro porque vem corrigir aquilo que considero uma fratura do ponto de vista do território”, acabando com as “atuais descontinuidades” em marcas e produtos.afirma Pedro Machado. Na sessão que visava discutir a regionalização turística, o presidente do Turismo do Centro de Portugal referiu ainda que a integração dos pólos de desenvolvimento turístico nas respetivas entidades regionais de turismo vai ajustar-se àquilo que é a promoção externa. “Se evoluirmos para a criação de cinco marcas regionais, no fundo ajustamos a promoção interna àquilo que é promoção externa. Eu sou igualmente o presidente da Agência de Promoção Externa Centro de Portugal. Promovo nos mercados externos um território que não coincide na prática com território da promoção interna”, explicou. O modelo de financiamento proposto pelo Governo é igualmente aplaudido por Pedro Machado porque «”traz equilíbrio financeiro às
viajar 2013 / JANEIRO
Reportagem
7
receitas dos territórios com menos dormidas”. De acordo com o responsável, atualmente “o decreto-lei 67/2008 estipula financiamento a 30% nas camas, 15% nos concelhos, 30% nas dormidas, 15% na área e 10% são atribuídos ao livre arbítrio do Governo. Com a nova proposta, passamos a ter 30% nas camas, 30% nas dormidas, 20% no território e 20% no número de municípios e isso permite trazer equilíbrio financeiro às receitas dos territórios que têm menos dormidas”. No terceiro dia dos trabalhos do 38º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), o economista Jorge Vasconcellos apontou a “terapêutica” para a crise de crescimento e para superar a “década perdida” no turismo português. Baseou a solução em três “bons exemplos internacionais”: Croácia, Barcelona e Dublin. “Estamos num círculo vicioso. Só dele saímos com crescimento. Mas, como crescer sem muito dinheiro?”. Jorge Vasconcellos deu com estas palavras o mote para a sua intervenção, no âmbito do painel “Portugal: Os desafios do crescimento”, inserido no Congresso da APAVT. Para o economista há que “apostar nos setores exportadores que têm grande capacidade ociosa. Se conseguíssemos, dos 48% de capacidade ociosa que temos [estrutura instalada e não utilizada], vender lá fora 24%, o PIB português poderia aumentar 7%”. De acordo com Jorge Vasconcellos, podemos atingir estes números “favoráveis”, olhando para os bons exemplos que chegam do estrangeiro. Ou seja, é importante adaptar a “terapêutica” às características de cada região. Jorge Vasconcellos referiu que, “de 2000 a 2011 temos uma década perdida para o Turismo em Portugal. Enquanto marcávamos passo nesta década, os nossos concorrentes progrediam, atraiam turistas. A Turquia ganhou 17 milhões de turistas, a Espanha, seis milhões, a Croácia, mais de três milhões”. Um cenário que “coloca ao turismo em Portugal um grande desafio. Há a previsão de um aumento, a nível mundial, de 300 milhões de turistas nas próximas duas décadas. Se aquilo que ocorreu no passado se prolongar para o futuro, não vamos captar estes fluxos. A nossa quota de mercado no mundo e na Europa vai diminuir”.
Conclusões do Congresso O XXXVIII Congresso Nacional das Agências de Viagens e Turismo, reunido de 6 a 9 de dezembro de 2012, em Coimbra, com a presença de 483 participantes, deliberou, em resultado das comunicações apresentadas e debates produzidos durante as diferentes sessões plenárias, apresentar as seguintes conclusões e recomendações. 1ª Conclusão Considerando as particularidades de Coimbra, como tradição e cultura; Considerando o excecional património histórico, expressado na candidatura à UNESCO; Considerando a localização estratégica de Coimbra no Centro de Portugal e a crescente qualidade da sua oferta; Considerando o relacionamento e a aposta do Turismo Centro de Portugal na distribuição, evidenciada na realização deste e do último congresso da APAVT; O Congresso conclui que a região Centro de Portugal, de uma forma geral, e Coimbra, em particular, são destinos turísticos que reúnem condições de atratividade que justificam o aconselhamento dos agentes de viagens aos seus clientes. 2ª Conclusão Considerando que as exportações são fulcrais para a superação das atuais dificuldades económicas e para o desenvolvimento de Portugal; Considerando que o Turismo é prioritário neste desiderato; Considerando a nova filosofia da diplomacia portuguesa expressa pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros; O Congresso conclui pela necessidade e utilidade de uma maior interação entre os agentes económicos, nomeadamente os operadores de incoming, e a rede diplomática portuguesa, no sentido de potenciar o trabalho de promoção e captação de turismo para Portugal. 3ª Conclusão Considerando que as agências de viagens constituem o mais importante canal de venda da oferta turística; Considerando a mais-valia que a agência de viagens constitui para o cliente, o que permite vendas com maior valor acrescentado; O Congresso conclui que as agências de viagens são fundamentais e estru-
turantes na cadeia de valor da distribuição do Turismo. 4ª Conclusão Considerando a qualidade, as garantias, e consequente proteção que as agências de viagens prestam ao consumidor; Considerando a mais-valia que o Provedor do Cliente representa para os consumidores; O Congresso conclui que os consumidores têm efetivas vantagens e garantias acrescidas em recorrer aos serviços das agências de viagens, em particular das associadas da APAVT. 1ª Recomendação Considerando o impacto, muitas vezes não calculado, das decisões políticas, com consequências financeiras e fiscais na atividade económica do Turismo; Considerando que, pela própria natureza da sua atividade, o Turismo não se compadece com a implementação imediata de medidas que agravam o preço imutável de contratos estabelecidos com grande antecedência; Considerando que, na esmagadora maioria dos casos, a aplicação dessas decisões não podem ser repercutidas nos preços, e por isso constituem perda direta dos seus destinatários; O Congresso recomenda que os decisores ouçam previamente os empresários e as suas associações, no sentido de aferir o impacto dessas medidas e avaliar a oportunidade da sua implementação. 2ª Recomendação Considerando que a concorrência entre os destinos é cada vez mais forte; Considerando que os destinos sofrem violentamente com custos de contexto e que as taxas turísticas municipais, ou outras que se venham a ser pensadas, fazem parte desses custos; Considerando a necessidade que, pelo contrário, temos de reforçar os nossos argumentos de venda para melhorar a nossa capacidade de atração; O Congresso recomenda o total abandono da ideia de implementação dessas taxas. 3ª Recomendação Considerando a escassez de recursos e a necessidade de racionalizar a sua utilização; Considerando que, em grande medida,
os custos das empresas na aquisição de bens e serviços não são fator de competição entre elas; O Congresso recomenda que as empresas, tanto quanto possível, adotem uma filosofia de coopetição, ou seja, cooperem e conjuguem esforços em ambiente de sã concorrência. 4ª Recomendação Considerando que importava redefinir a lei das entidades regionais de Turismo adaptando-a às reais dimensão e recursos do País; Considerando que a proposta de diploma vai ao encontro, na sua esmagadora maioria, dos anseios do sector; Considerando que em qualquer processo legislativo é sempre possível fazer convergir os interesses em jogo – público e privado -no sentido de o adaptar aos maiores interesses da sociedade civil, última destinatária do mesmo; O Congresso recomenda que na nova Lei das Entidades Regionais de Turismo os interesses privados não sejam subalternizados em detrimento dos interesses públicos. 5ª Recomendação Considerando que o Pais dispõe de recursos que não têm sido potenciados, entre os quais capacidade hoteleira com taxas de ocupação na ordem dos 46%; Considerando que, na última década, os resultados obtidos no Turismo ficaram muito aquém do esperado face aos investimentos realizados; Considerando a comprovada falta de competitividade do destino Portugal em relação a destinos comparáveis de referência; O congresso recomenda que desde já se concretize um pacto de regime em que fiquem implicados todos os stakeholders do sector, privados e públicos, para que seja possível decidir uma estratégia, estabelecer um rumo, definir prioridades , e concretizar acções duradouras no tempo que assegurem a entrada e consolidem a presença nos mercados, em detrimento da politica do stop and go; que consensualize um posicionamento estratégico assente nos factores críticos e diferenciadores do país que permita tornar o destino competitivo; que assegure a coerência da consistência da imagem de Portugal nos mercados emissores; que seja um agregador de recursos, de competências e capacidades.
Reportagem
8
viajar 2013 / JANEIRO
Cavaco Silva recebeu dirigentes da APAVT, OMT e WTTC
O
Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconhece a importância do turismo na economia. Essa foi, pelo menos, a ideia com que ficaram o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Taleb Rifai, o presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), David Scowsill e o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, depois de uma reunião com o chefe de Estado português. “Tivemos a oportunidade de ouvir do próprio presidente o reconhecimento da importância do setor”, disse Taleb Rifai, depois do encontro. Já o presidente do WTTC deu o mesmo feedback e sublinhou o “sofrimento” por que passa, neste momento, a atividade turística em Portugal. Participaram também no encontro três membros portugueses do WTTC, André Jordan, presidente do Grupo Andre Jordan, Fernando Pinto, presidente executivo da TAP Portugal, e José Manuel Espírito Santo, presidente da Rioforte (Grupo Espírito Santo). O encontro com Cavaco Silva foi promovido pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que convidou a Taleb Rifai e David Scowsill para serem oradores do 38.º Congresso da APAVT. O Presidente Cavaco Silva torna-se, assim, o mais recente subscritor da Carta Aberta sobre as Viagens e Turismo, uma iniciativa da OMT e da WTTC em prol do reconhecimento da relevância económica do sector do Turismo. O objetivo da OMT e do WTTC com esta Carta Aberta, explicou David Scowsill, é levar chefes de Estado e de Governo a compreenderem a importância do setor das Viagens e Turismo para estimular as economias dos seus países e gerar criação de emprego. “Felizmente o vosso Presidente já o compreende [e portanto] não tivemos qualquer trabalho de educação para fazer e passamos o tempo a debater algumas oportunidade para crescer no futuro”,
Site do Provedor ultrapassa três mil visitas e revela-se eficaz na comunicação com o cliente O website do Provedor do Cliente “está a revelar-se uma forma eficaz de comunicar com os consumidores e ajudar à diferenciação das agências nossas associadas”, sublinha o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, citado num comunicado que anuncia que a página já soma mais de 3.100 visitas. Lançado há um mês, o site do Provedor foi acedido por 2.261 visitantes únicos, sobretudo de Portugal, com uma duração média por visita de 5,09 minutos, segundo as estatísticas do Google Analytics. Os dados indicam ainda
que o website onde os clientes, entre outras funcionalidades, podem aceder a informações sobre “cuidados a ter antes, durante e depois de viajar”, contabiliza 15.839 visualizações de páginas. O site, que também disponibiliza a lista de agências associadas da APAVT, permite aos clientes submeter e acompanhar as suas reclamações e pedidos de informações, salienta a Associação, que sublinha que as suas associadas são “as únicas que disponibilizam aos clientes este mecanismo de resolução de conflitos”.
disse David Scowsill, salientanto que, pelas estimativas do WTTC, turismo representa 17% do PIB e é responsável por cerca de 900 mil empregos em Portugal, considerando as atividades diretas (9% do PIB e 8% do emprego) e os impactos indiretos. Taleb Rifai, por sua vez, revelou que a audiência com Cavaco Silva foi uma “oportunidade de ouvir do Presidente quão importante ele pessoalmente sente que o setor das viagens e turismo é para a economia e para o futuro deste País”. “E devo dizer que o que ouvimos do Presidente é absolutamente correto”, acrescentou o secretário-geral da OMT, que disse ainda estar convicto de que, “se bem implementadas” as políticas de que lhes falou Cavaco Silva vão contribuir para fazer avançar o turismo em Portugal e “assegurar que este setor será parte da solução e estimular outros setores da economia”. Esta foi uma ideia também destacada por Pedro Costa Ferreira, que no final da audiência sublinhou que a iniciativa do encontro com Cavaco Silva se enquadra num esforço mundial que reivindica seja dada “cada vez maior importância ao turismo e maior prioridade ao turismo nas políticas macroeconómicas”, por várias razões, “desde logo para estimular a Paz no mundo, porque o turismo é sem dúvida um dos principais fatores de aproximação entre os povos, mas também por causa do desenvolvimento económico”.
viajar 2013 / JANEIRO
Reportagem
9
Não é só trabalho
Congresso da APAVT também tem convívio O
Os tradicionais jantares da Travelport e da TAP foram, mais uma vez, os pontos altos de animação do Congresso da APAVT. Pois, não foi só trabalho. Os participantes do XXXVIII Congresso da APAVT, que decorreu em Coimbra, contou também com momentos de convívio. A Travelport ofereceu um jantar de gala no Casino da Figueira da Foz. A animação do jantar foi da responsabilidade dos The Lucky Duckies, combo de jazz composto por piano, contrabaixo, guitarra e bateria, que promete fazer recuar os convidados até aos anos 50, com hits de Elvis Presley ou Frank Sinatra. Outra das convidadas musicais da Travelport é Mariana Domingues que conquistou o segundo lugar no programa televisivo “Ídolos”. A TAP patrocinou o jantar de encerramento na Adega Campo Largo, na Anadia, equanto o presidente da Câmara Municipal de Coimbra,
fazia as honras da casa no jantar de boas vindas, no Hotel Vila Galé. No Congresso de Coimbra, houve, igualmente, dois almoços, o primeiro oferecido pelo Turismo dos Açores, que acolherá o próximo congresso da APAVT – a ter lugar
APAVT juntou embaixadores no Centro de Portugal A APAVT, que reuniu em Coimbra o seu 38º Congresso Nacional, juntou em Sangalhos, Embaixadores de 13 países, numa ação que o presidente da Associação definiu como “contributo no âmbito da diplomacia económica”. “Trata-se, acima de tudo, de um passo no sentido de envolver os diplomatas de outros países no nosso setor, de aprofundar relações, de proporcionar um melhor conhecimento mútuo”, disse ainda Pedro Costa Ferreira, que também sublinhou o tratar-se de uma “iniciativa pioneira”, que tenciona “desenvolver e alargar no futuro”. De acordo com a APAVT, a iniciativa envolveu
os Embaixadores da Argentina, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Cuba, Equador, Panamá, Paraguai, Peru, Polónia, República Checa, República Dominicana e Uruguai, que além de participarem no Congresso tiveram um jantar no Aliança Underground Museum, em Sangalhos, em que também estiveram presentes a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e a subsecretária de Estado Adjunta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Vânia Dias da Silva, bem como o presidente da Câmara Municipal de Anadia e as direções da APAVT, do IPDAL, do Turismo Centro de Portugal e da Associação Rota da Bairrada. Esta iniciativa, indicou a APAVT, teve o apoio do IPDAL - Instituto para o Desenvolvimento da América Latina, que promoveu “um espaço de exposição e divulgação dos países da América Latina”, e do Turismo Centro de Portugal, anfitrião pelo segundo ano consecutivo do Congresso da APAVT.
na cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira – e o segundo patrocinado pelo Turismo de Macau, com honras de todos assistirem à dança do dragão. Durante os trabalhos do congresso houve tempo ainda para conhecer empresas e os melhores produtos da Região Centro, bem como as principais soluções dos parceiros da APAVT.
Pessoas e factos
euroAtlantic airways nomeia João Mota Pinto representante na América do Norte A euroAtlantic airways (EAA) acaba de nomear João Mota Pinto como seu novo representante Comercial nos Estados Unidos e mercados da América do Norte. João Mota Pinto, foi conselheiro Comercial e Económico da Embaixada de Portugal e diretor da AICEP Portugal Global na Turquia, onde desenvolveu acções relevantes relacionados com a promoção do investimento, comércio e turismo nacional, como em matérias de políticas comerciais, entre a Europa e Turquia, tendo também sido autor de um estudo, que identificou 39 oportunidades de sucesso para as exportações portuguesas, para este país estratégico euro-asiático. O novo representante Comercial da companhia fundada e presidida por Tomaz Metello e participada pelo Grupo Pestana, é licenciado pela Escola de Negócios da Universidade de Maryland e pela Universidade Americana Kodog School of Business de Washington, onde obteve um MBA em Gestão de Sistemas de Informação. A frequência do Colégio Militar em Portugal, está incluída no seu processo de formação escolar. Além do posto na Turquia, foi responsável pela rede de escritórios e atividades da AICEP na América do Sul (Brasil, Chile e Argentina) a que se acrescentam mais de oito anos de experiencia de trabalho para a AICEP nos Estados Unidos. Em São Paulo, respondeu pela comercialização do produto Portugal no Brasil, incluindo a área do Turismo.
Emirates premiada Companhia Aérea do Ano A Emirates foi premiada, pela terceira vez, Companhia Aérea do Ano de 2012, pelo prestigiado Centro de Aviação (CAPA). O prémio Companhia Aérea do Ano, do CAPA, é atribuído à companhia com maior impacto no desenvolvimento da indústria de aviação. “O reconhecimento como Melhor Companhia Aérea do Ano de 2012, pelo CAPA, é verdadeiramente importante para todo o Grupo Emirates. Assistir à validação dos nossos esforços pela indústria, especialmente quando a Emirates continua a fortalecer os seus serviços na Ásia, no Pacífico e no Médio Oriente, é a prova do sucesso do nosso modelo de negócio, ” constata Salem Obaidalla, Senior Vice President, Commercial Operations Far East & Australasia da Emirates.
10
Agência Abreu procura melhor lua-de-mel de sempre
Novo Hotel Rural Quinta Madre de Água abriu em Gouveia A cerca de 20 quilómetros da Torre da Serra da Estrela, o novo Hotel Rural Quinta da Madre de Água abre portas para receber todos aqueles que querem experienciar o que há de mais autêntico e diferenciador na região da Serra da Estrela. Localizado na Quinta Madre de Água, junto à aldeia de Vinhó, a 5 minutos de Gouveia, em plena região da Serra da Estrela, este novo hotel rural tem para oferecer 8 quartos duplos e 2 suites, distribuídos por 2 pisos. A nova unidade, de 4 estrelas, dispõe também de uma sala multiusos, para reuniões de grupos e uma piscina exterior a pensar nos dias mais quentes da serra. Com produção própria de vinho Região Demarcada do Dão - queijo e azeite, o Hotel Rural Quinta da Madre de Água fará uma grande aposta nos produtos tradicionais da região. A proposta gastronómica, assinada pelo Chefe Valdir Lubave, será um dos exemplos desse compromisso, já que se pretendem recriar os sabores da região, acrescentados de pormenores contemporâneos.
viajar 2013 / JANEIRO
Tivoli Ecoresort Praia do Forte eleito “Melhor resort para famílias” O Tivoli Ecoresort Praia do Forte foi premiado nos World Travel Awards como “Melhor Resort para Famílias da América do Sul”. A cerimónia de atribuição de prémios ocorreu no dia 12 de Dezembro em Nova Deli, na Índia. Um serviço de qualidade e proximidade com o cliente, um kids club – Careta Careta - que faz as delícias das crianças de todas as idades e ainda um vasto leque de actividade pensadas para divertir toda a família, fazem do Tivoli Ecoresort Praia do Forte, o Melhor Resort para Famílias da América do Sul. “Ser considerado o “Melhor Resort para Famílias da América do Sul” é, sem dúvida, muito gratificante, tendo em conta que este é de facto um segmento muito importante para o nosso hotel. Em 2009, a pesquisa “Travelers Choice”, do Trip Advisor, também nos considerou o Melhor Hotel do Brasil na categoria “Best For Families”, por isso este novo prémio vem reconfirmar a importância do segmento famílias no nosso hotel. Uma preferência que pode ser explicada pelo fantástico trabalho da equipa do Careta Careta, que proporciona momentos muito divertidos aos mais pequenos, e também pela dedicação da equipa do hotel para tornar inesquecíveis as férias de toda a família, afirma João Eça Pinheiro, director geral do Tivoli Ecoresort Praia do Forte. Considerados os Óscares do Turismo, os World Travel Awards visam reconhecer, premiar e celebrar a excelência dos sectores das viagens e do turismo, sendo considerado o mais prestigiado galardão da indústria. Os World Travel Awards realizam-se anualmente há 19 anos.
moving your way
A Agência Abreu lança um passatempo onde desafia os noivos a provar que a sua lua-de-mel foi a melhor de sempre. O casal que conseguir mostrar através de fotos ou vídeos que a sua viagem foi a melhor de sempre será reembolsado do valor da sua lua-demel, num máximo de 5000 euros. O segundo prémio será um cruzeiro no Mediterrâneo e o terceiro uma shortbreak nos Açores. Até ao 15.º lugar, os casais serão premiados.
O passatempo destina-se exclusivamente a noivos que reservem a sua viagem entre 4 de Janeiro e 30 de Setembro de 2013 numa Agência Abreu e que sejam detentores do cartão Abreu Travel Card. No site http://noivos. abreu.pt/é possível ter acesso a toda a informação sobre o passatempo.
v ia j ar 2013 / JANEIRO
Pessoas e factos
11 COM PATROCíNIO
MSC Cruzeiros diz adeus ao Melody
Pestana Bazaruto Lodge passa a ser “ALL INCLUSIVE” Renovado em 2007, o Pestana Bazaruto Lodge aposta agora num novo sistema de operação, passando a ser a mais recente unidade com o regime “All Inclusive” do Grupo Pestana. Esta unidade envolvida por um ecossistema subtropical de impressionante beleza natural, está situada no arquipélago de Bazaruto, em Moçambique, considerado por muitos como a “Pérola do Oceano Índico”. Aumentar a competitividade do destino e da unidade são os grandes objetivos desta mudança que vai passar a ter preços base a partir dos 219 euros por pessoa em quarto duplo, e que ao longo do ano oferece promoções ainda mais atrativas na página de internet. O arquipélago é um destino de grande importância ecológica. Destacam-se a população de dugongos, mamífero marítimo em vias de extinção, as tartarugas marinhas que se reproduzem nas suas praias, as quatro espécies de golfinhos que são ali abundantes, e as baleias Mink e Right que passam ao largo das ilhas nas suas rotas de migração. Ideal para os amantes de mergulho e aventura, mas também para os que gostam de viajar em família, o Pestana Bazaruto Lodge disponibiliza serviços de esqui aquático, wake boarding, mergulho e snorkeling, sendo que a beleza dos recifes de coral é conhecida mundialmente. Nesta unidade pode também obter o seu certificado de curso de mergulho e assim usufruir das belezas naturais. Estão também disponíveis, todas as variantes de pesca, incluindo pesca, como pesca desportiva, marlim e pesca de praia. Para dias mais descontraídos, o hotel conta ainda com um belíssimo e exclusivo serviço de spa com uma variada seleção de massagens e tratamentos de beleza. Para quem preferir, há ainda a opção de fazer passeios pela ilha, por exemplo até ao farol. O Pestana Bazaruto Lodge tem 40 bungalows decorados com um charme inconfundível que une o estilo étnico ao ambiente tropical da ilha. Estes estão localizados entre jardins tropicais, oferecendo vistas fantásticas para a praia e jardins.
www.europcar.pt
O navio mais pequeno da MSC Cruzeiros, o Melody, já não faz parte da frota da companhia italiana, numa estratégia que a chancela afirma passar pela aposta na tecnologia, inovação e nos mais altos padrões de qualidade, conforto e elegância. Assim, para todos os passageiros que já tinham reservas para a temporada de Verão, a MSC Cruzeiros criou uma vasta gama de opções alternativas que serão comunicadas diretamente aos mesmos pela companhia ou pelos agentes de viagens. Estas alternativas incluem um upgrade a bordo dos outros navios da frota, como avança a MSC Cruzeiros em comunicado. Com 35.143 toneladas de arqueação bruta, 204,7 metros de comprimento e 27,35 metros de largura, o Melody incorporava a frota da MSC Cruzeiros desde 1995, quando foi originalmente adquirido como Starship Atlantic. O navio foi renomeado como Melody e partiu da Florida para Durban, onde recebeu várias remodelações que o tornaram no atual Melody, com capacidade para mais de mil passageiros em 532 camarotes.
moving your way
United Airlines inaugura novo conceito de lounge A United Airlines inaugurou o seu novo United Club Lounge no Terminal 2 no Aeroporto Internacional de Chicago O’Hare, o primeiro a incluir o novo protótipo de design que a companhia aérea irá utilizar ao construir e renovar lounges em todo o mundo. Os 1.235 metros quadrados do United Club incluem um interior completamente redesenhado que reflete os elementos de voo e viagem. A United decorou o espaço com um bar e área de lounge, dinamicamente iluminada, com mobília redesenhada, bem como estações de trabalho e tomadas elétricas adicionais. As inovações permitem que os clientes relaxem ou trabalhem com maior conforto e facilidade. “O novo United Club oferece aos clientes uma experiência melhorada em lounges de aeroporto,” afirmou Jim Compton, vice chairman and chief revenue officer da United. “Estamos a investir nos nossos produtos, em terra e no ar, para permitir que os nossos clien-
tes estejam mais confortáveis e produtivos.” Como em todos os lounges United Club, os membros têm acesso a lanches, bebidas e Wi-Fi gratuito. A United está a gastar mais de 50 milhões de dólares em 2013 para renovar vários lounges United Club em 51 localidades. As renovações do United Club são adicionais ao investimento de mais de 550 milhões de dólares da companhia aérea em melhorias a bordo de todos os aviões da frota, incluindo a oferta mais alargada de assentos-cama em todo o mundo, com mais de 175 aviões com assentos-cama reclináveis a 180º em cabines premium, assim que a companhia aérea complete a instalação, no início de 2013. A United antecipa também o lançamento de Wi-Fi baseado em satélite, nos aviões internacionais widebody, este mês, permitindo que os clientes se mantenham ligados quando viajarem em voos de longo curso.
Calin Rovinescu eleito presidente do conselho executivo da Star Alliance Calin Rovinescu, presidente e CEO da Air Canadá, foi eleito como o novo presidente do Conselho Executivo da Star Alliance (CEB). Calin sucede assim a Rob Fyfe, CEO da Air New Zealand, que ocupou o cargo nos últimos dois anos. “Em nome de todos os membros da Star Alliance agradeço a Rob Fyfe pelo seu empenho pessoal, apoio e liderança na condução da nossa aliança e no reforço das relações entre as parceiras da aliança. Na verdade, todos nós beneficiámos da intervenção do Rob Fyfe enquanto presidente do Conselho Executivo. Após um bem-sucedido mandato de sete anos como CEO da Air New Zealand, o Rob decidiu aposentarse no final do ano e, apesar de estarmos tristes por vê-lo sair, sabemos que a sua contribuição para a Star Alliance vai persistir”, afirmou Calin Rovinescu. Como presidente do Conselho Executivo, Rovinescu conduzirá as duas reuniões anuais e será o
porta-voz do CEB da Aliança. Calin Rovinescu afirmou encarar com grande expectativa o trabalho com o Conselho Executivo nos próximos dois anos, com vista a aprofundar as relações no seio da aliança e prosseguir prioridades partilhadas por todos. Para Rovinescu, esses objetivos passam pelo fortalecimento da rede global, com foco na oferta de uma experiência de viagem consistente e única e mantendo a fidelização dos clientes através da oferta de serviços convenientes e de superior qualidade. O Conselho Executivo é o órgão de controlo da Aliança e cada uma das 27 companhias aéreas membro é representada pelo respectivo CEO.
Hotelaria
12
viajar 2013 / JANEIRO
AHP revela
Acentuada queda na hotelaria das cidades A
AHP – Associação da Hotelaria de Portugal destaca a quebra registada no mês de outubro, já bastante acentuada no mês anterior, na hotelaria das cidades, sobretudo em Lisboa e Porto. O preço médio por quarto disponível (RevPar) continua em queda, assim como a taxa de ocupação. Em Lisboa, o RevPar (preço médio por quarto disponível) foi de 64,02 euros em outubro de 2012, o que equivale a uma quebra de 12,05% face ao período homólogo no ano anterior. Quanto ao preço médio por quarto ocupado, com os mesmos meses em análise, desceu 10,5%, fixando-se nos 80,64 euros. Em termos de taxa de ocupação quarto, registou-se um valor de 79,39% (outubro 2012), representando uma descida de 1,72% de outubro de 2011 face ao mesmo mês do ano corrente. No Grande Porto, o RevPar continuou a descer em outubro de 2012, verificando-se um decréscimo de 7,41%, se comparado com o mesmo mês em 2011. O preço médio por quarto ocupado baixou 3,87%, atingindo o montante de 56,83 euros. Numa análise de janeiro a outubro de 2012, e comparando com o período homólogo em 2011, o Grande Porto registou variações negativas de 10,17% na taxa de ocupação quarto e de 13,86% no RevPar. No mês de outubro de 2012, e face ao mesmo período de 2011, registaram-se variações globais negativas de 3,76% no preço médio por quarto ocupado que se fixou em 64,49 euros e 2,77% no preço médio por quarto disponível que atingiu o montante de 40,07 euros. A taxa de ocupação quarto foi de 62,14%, mais 1,02% em comparação com outubro de 2011. A receita média por turista no hotel foi de 102 euros e a estadia média foi de 1,93 dias, 3,21% superior ao verificado em outubro 2011.
A receita total por quarto disponível (TREVPAR) foi no mês de outubro de 59,19 euros, representando este valor uma diminuição de 5,82% em comparação com o mesmo mês de 2011. Na taxa de ocupação quarto verificou-se descidas em todas as categorias exceto nas 4 estrelas e 2 estrelas onde a variação foi de mais 4,79% e 6,31% respetivamente (comparação com outubro de 2011), que permitiu uma variação global positiva. Na análise de janeiro a outubro de 2012 verificase, face ao período homólogo, uma descida no preço médio por quarto disponível (2,96%) e na taxa de ocupação quarto (1,62%).
No mesmo período o preço médio por quarto ocupado teve um decréscimo de 1,37% face ao período de janeiro a outubro de 2011. De janeiro a outubro de 2012 a receita média por turista no hotel por mês atingiu o valor de 105 euros menos 1,87% face ao período homólogo anterior. A estadia média de janeiro a outubro de 2012 foi de 2 dias, o que significa um aumento de 3,63% em comparação com o mesmo período de 2011. De janeiro a outubro de 2012 a receita total por quarto disponível (TREVPAR) foi de 59,47 euros, valor que representa uma diminuição 4,7% face ao período homólogo de 2011.
Em outubro de 2012 a hotelaria do Minho apresenta uma taxa de ocupação quarto de 43,84%, mais 0,69% face ao período homólogo anterior. O preço médio por quarto ocupado em outubro de 2012 foi de 46,83 euros, menos 13,42% do que em outubro de 2011. No que respeita ao período acumulado e face ao homólogo anterior, destaque neste destino para a taxa de ocupação de 44,47% e preço médio por quarto ocupado de 50,22 euros. Os hotéis do Grande Porto registaram, em outubro, uma ocupação de 65,34% e um preço médio por quarto disponível de 37,13 euros o que se traduz num decréscimo de 3,66% e 7,41%, respetivamente, quando comparado com o mesmo mês de 2011. O preço médio por quarto ocupado desceu 3,87%, atingindo o montante de 56,83 euros. Numa análise ao período de janeiro a outubro de 2012 (considerando a comparação com o mesmo período de 2011), destaque neste destino para as variações negativas de 10,17% na taxa de ocupação quarto e 13,86% no preço médio por quarto disponível.
viajar 2013 / JANEIRO
Hotelaria
13
Beiras: Ligeira subida do preço médio Os hotéis da região das Beiras apresentam no mês de outubro de 2012 uma taxa de ocupação quarto de 40,03% e um preço médio por quarto ocupado de 49,38 euros. De janeiro a outubro de 2012 e face ao período homólogo anterior, destaque na hotelaria das Beiras para uma descida de 6,49% na taxa de ocupação quarto (que se fixou em 42,48%). No sentido oposto, o preço médio por quarto ocupado teve uma ligeira subida de 0,7%, atingindo o montante de 52,14 euros. As unidades hoteleiras de Coimbra apresentam variações negativas nos indicadores preço médio por quarto disponível (5,74%) e no preço médio por quarto ocupado (16,6%). A taxa de ocupação quarto subiu 13,02% para o valor de 61,18%. No acumulado de janeiro a outubro de 2012 e comparativamente com o mesmo período do ano anterior registe-se os decréscimos no preço médio por quarto ocupado (6,24%), preço médio por quarto disponível (8,52%) e taxa de ocupação quarto (2,43%). No acumulado de janeiro a outubro de 2012 Viseu obteve uma taxa de ocupação quarto de 31,21%, preço médio por quarto ocupado de 48,55 euros e estadia média de 1,85 dias. No acumulado de janeiro a outubro de 2012, o Oeste obteve uma taxa de ocupação quarto de 45,41% (menos 3,01% do que no período homólogo anterior) e um preço médio por quarto ocupado de 57,03 euros (menos 4,01% do que no período homólogo anterior). Em Leiria/Fátima/Templário, relativamente ao mês de outubro de 2012, a taxa de ocupação quarto atingiu o valor de 50,98% o que significa uma subida de 5,07% em comparação com outubro de 2011.
O preço médio por quarto ocupado foi de 43,25 euros e o preço médio por quarto disponível de 22,05 euros. Relativamente ao acumulado do ano e face ao mesmo período de 2011, destaque para a descida da taxa de ocupação quarto de 7,92% para 44,44%. No mês de outubro e relativamente ao mesmo mês de 2011, a hotelaria do Estoril/Sintra apresenta variações negativas no preço médio por quarto disponível (3,02%) e na taxa de ocupação quarto (9,99%). O preço médio por quarto ocupado foi de 77,1 euros, mais 7,77% do que em outubro de 2011. Relativamente aos meses de janeiro a outubro de 2012, o preço médio por quarto ocupado foi 78,5 euros, mais 2,25% do que em 2011.
Queda da taxa de ocupação em Lisboa No mês de outubro verificou-se no destino turístico Lisboa uma taxa de ocupação quarto na ordem dos 79,39%, valor que significa uma descida de 1,72% face ao mesmo mês de 2011. Em termos de preço médio por quarto disponível e na globalidade das categorias, o valor de outubro de 2012 cifrou-se em 64,02 euros, valor inferior em 12,05% face ao mesmo indicador no período homólogo de 2011. Entre os dois meses em análise verifica-se ainda uma descida de 10,5% no preço médio por quarto ocupado, indicador que se fixou em 80,64 euros. Relativamente ao período janeirooutubro 2012, registo para as variações negativas face ao mesmo período de 2011, de 7,66% no preço médio por quarto ocupado e de 7,52% no Revpar. A taxa de ocupação quarto registou um ligeiro desempenho positivo com uma ocupação quarto de 70% mais 0,14% do que no período homólogo anterior. As unidades hoteleiras da Costa Azul no mês de outubro apresentam um preço médio por quarto disponível de 23,9 euros (mais 14,46% do que outubro de 2011) e um preço médio por quarto ocupado de 44,7 euros (mais 1,45% do que em outubro de 2011). A taxa de ocupação quarto foi de 53,47%, mais 12,83% do que em outubro de 2011. No período janeiro a outubro de 2012 verificam-se, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, descidas na taxa de ocupa-
ção quarto (1,5%) e no preço médio por quarto ocupado (5,97%). No Alentejo, relativamente ao período de janeiro a outubro de 2012, registo para as variações negativas face a 2011 de 11,51% no preço médio por quarto ocupado e 4,25% na taxa de ocupação quarto (59,64%). Sobre o Algarve, no mês de outubro 2012, sobre a totalidade das categorias e comparativamente ao período homólogo de 2011, destaque para a taxa de ocupação quarto de 54,17%, mais 1,58% que no mês homólogo de 2011. A taxa de ocupação quarto em outubro de 2012 quando comparado por zonas foi superior no Algarve Sotavento (62%). Entretanto, relativamente aos meses janeiro a outubro de 2012 destaque na atividade hoteleira deste destino para a ligeira variação positiva na taxa de ocupação quarto (indicador fixou-se nos 57,39%) de 0,86% ao obtido no período homólogo de 2011.
Na Madeira, relativamente ao comportamento de janeiro a outubro de 2012, comparativamente ao mesmo período do ano transato, destaque para aumentos do preço médio por quarto disponível (6,94%) e do preço médio por quarto ocupado (9,83%). A taxa de ocupação quarto registou um decréscimo de 2,65% para 65,79%. No mês de outubro e relativamente ao mesmo mês de 2011, a hotelaria dos Açores apresenta variações negativas no preço médio por quarto disponível (10,12%) e no preço médio por quarto ocupado (4,31%). A taxa de ocupação quarto foi de 42,13%, menos 6,04% do que em outubro de 2011. Relativamente ao período janeiro a outubro de 2012, registo para a variação negativa face a 2011 de 1,68% na taxa de ocupação quarto. O preço médio por quarto ocupado atingiu o montante de 57,71 euros, menos 0,6% do que no mesmo período do ano passado.
AHP avança com providência cautelar para suspensão da aplicação da “taxa turística” de Aveiro A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) deu entrada no dia 31 de dezembro, de uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro contra o Município aveirense requerendo a suspensão das normas do regulamento que estabelece a aplicação de uma “taxa turística” sobre os turistas que se alojem em estabelecimentos no concelho de Aveiro. Recorde-se que em janeiro de 2012, o município de Aveiro aprovara um projeto de regulamento que previa a imposição de uma “taxa turística” sobre os turistas que se alojassem em estabelecimentos hoteleiros e meios de alojamento local. A AHP opôs-se sempre a esta iniciativa. No entanto, apesar desta medida ter ficado suspensa em agosto último, a Câmara Municipal de Aveiro tomou a decisão de aplicar esta “taxa” a partir do dia 1 de janeiro de 2013. “A providência cautelar é o culminar de um processo que a AHP acompanhou desde o seu início e ao qual se opôs, em razão da sua inconveniência e ilegalidade. Ao longo dos últimos meses, a AHP reuniu com os representantes da Câmara Municipal, com empresários, com outras associações, dando conta da sua frontal oposição a este projeto através de comunicados, entrevistas e mesmo durante audiência na Assembleia da República. Dissemos sempre que se a Câmara Municipal mantivesse este processo, que levaríamos a nossa oposição a tribunal.”, referiu Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP. A providência cautelar tem como requerentes a própria AHP e 16 entidades proprietárias de estabelecimentos de alojamento do concelho de Aveiro, hotéis e alojamento local, representando a quase totalidade de unidades do concelho. A interposição desta providência cautelar tem em vista obter a suspensão da aplicação da “taxa turística”, que entrou em vigor no dia 1 de janeiro, para todos os estabelecimentos que aderiram ao mencionado processo cautelar, evitando a cobrança da mesma aos turistas que pernoitem no concelho.
Dossiê
14
viajar 2013 / JANEIRO
Férias na neve
Vasto leque de ofertas
F
érias nem sempre são sinónimo de Verão, calor ou praia. São cada vez mais os portugueses que optam por fazer uma pausa no trabalho nos primeiros meses do ano para aproveitarem o frio e a diversão que a neve proporciona. E, talvez devido às medidas de austeridade implementadas, os operadores turísticos estão empenhados em encontrar soluções de férias de inverno adequadas a carteiras de vários tamanhos. As férias na neve são muito procuradas, sobretudo em altura de fim de ano, ou pelo Carnaval e Páscoa. Na companhia da família ou amigos, a diversão é garantida na neve, seja no conforto das estâncias ou nas emoções vividas nas pistas de esqui. O leque de ofertas é muito vasto, e que fazer férias de Inverno não tem de ser considerado um sonho impossível. A ideia de que umas férias na neve são inacessíveis está completamente ultrapassada. Existem programas tão ou mais económicos que outros destinos de férias. Os preços das viagens neste Inverno estão, genericamente, muito convidativos. Perante um leque de opções tão alargado, a dificuldade está em escolher a melhor opção para fazer ski. Os destinos mais procurados, segundo as agências portuguesas, são os de sempre: com Andorra, e em
particular as estâncias de Grandvalira e Vallnord, a recolherem a preferência de muitos amantes da neve. A Sierra Nevada, em Espanha, também encabeça a lista de preferências. Outros destinos no país vizinho como as estâncias de Baqueira-Beret, Cerler ou Formigal são também locais muito procurados. Além disso, há ainda que salientar os destinos nos alpes franceses e, para os mais exigentes, as luxuosas estâncias suíças de St. Moritz e Zermatt são uma referência. Não é preciso ir muito longe para desfrutar de umas prazerosas férias na neve. Na Serra da Estrela o frio aperta e a neve cai, pintando a serra de branco, de tal forma que parece que somos transportados para outro país. Pode optar por passar as suas férias em casas rurais, ou em hotéis, mas a adrenalina e o calor necessário para combater o frio derivam principalmente dos desportos
radicais, os quais pode praticar na estância de esqui da Serra da Estrela. Na Estância Vodafone encontra 9 pistas de esqui, 5 teleféricos, uma escola de esqui e 46 canhões de alta pressão. A associação entre Espanha e férias na neve não é imediata, mas cada vez mais pessoas procuram o país vizinho de Portugal para as suas férias na neve, e aquelas que já experimentaram confirmam a agradável experiência, numa área turística em franca expansão. Vários eventos desportivos de Inverno já se realizaram em Espanha, como o campeonato do mundo de slalom, que decorreu em Granada, mas o destino mais procurado para umas férias de neve em Espanha passa tradicionalmente por ser os Pirinéus. De facto, em Espanha as estâncias mais recomendadas encontram-se nos Pirinéus, que se tornaram célebres pela variedade e qualidade das suas estâncias.
viajar 2013 / JANEIRO
Dossiê
15
Club Med abre resort de ski em Itália O Club Med abriu, em regime de concessão por 15 anos, o resort de ski Pragelato Vialattea, no coração de Piemonte, nos Alpes italianos, a um promotor imobiliário escocês, apresentando-o como o seu “primeiro verdadeiro village de montanha” e onde foram investidos 12 milhões de euros em sete meses em reabilitação. O village de montanha Pragelato Vialattea, de 4 Tridentes, foi construído para os Jogos Olímpicos de Inverno em 2006 em Turim, oferece 234 quartos, dos quais 12 são para pessoas com mobilidade reduzida, repartidos por 19 grupos de chalés. Os apartamentos estão divididos em quatro categorias e acomodam duas, três, quatro e seis camas, com áreas entre os 23m2 e os 64m2. O resort está construído de forma a poder sair das instalações praticamente com os esquis nos pés já que a dois passos da recepção estão os meios mecânicos que transportam os clientes ao domínio esquiável de Sestrières e de Vialattea. Apesar da âncora do resort serem os desportos de neve, o resort aposta também na gastronomia italiana com a La Trattoria e outros dois restaurantes o de buffet Le Piemonte e o La Tana, no subsolo, que oferece a gastronomia local e vinhos italianos. Os clientes têm ainda acesso a três restaurantes de altitude. Para os não-esquiadores, o resort oferece passeios em trenó de cães, em carruagens, em raquettes, piscina interior e um Spa Club Med by Payot. Durante o Verão a oferta inclui o treking, canoagem e golfe.
Serra Nevada
Proximidade com Portugal é mais valia
A
proximidade com o nosso país faz deste destino de neve um dos mais apetecíveis para os portugueses. Neve e calor é uma combinação estranha, mas muito possível na estância de esqui espanhola de Serra Nevada. Outrora zona rural, graças aos seus longos e maravilhosos pastos verdejantes, depressa se tornou destino de neve nas suas terras altas. A proximidade com o nosso país faz de Serra Nevada uma das primeiras opções a considerar para férias na neve, e das melhores. A 30 minutos da cidade espanhola de Granada, a estância de esqui de Serra Nevada localiza-se na Cordilheira Penibética, na região da Andaluzia, e conta com uma longitude esquiável de 84 kms, em pistas largas e sinalizadas, adequadas a todos os níveis de ski e snowboard. A sua cota máxima é de 3.300 metros e de 2100 metros de mínima, com um desnível vertical de 1198 metros.
Com uma capacidade para cerca de 45 mil esquiadores por hora, distribuídos por 79 pistas, Serra Nevada possui 15 escolas de esqui, com aproximadamente 400 monitores e, para os mais experientes, oferece a oportunidade de praticar esqui noturno, considerado por muitos como uma experiência inolvidável.
Para as famílias, esta estação possui jardins de infância, além de uma oferta de alojamento de grande qualidade. Além de ser um domínio de neve por excelência, Serra Nevada apresenta outros atrativos, como o Parque Natural da Serra Nevada, com cerca de 170 mil hectares de extensão. Situa-se a sudeste da cidade de Granada englobando, também, o extremo ocidental da província de Alméria. É um dos parques naturais com maior diversidade de paisagens da Andaluzia, desde o deserto frio dos cumes até à flora mediterrânica. Serra Nevada encontra-se no sistema montanhoso mais alto da Península Ibérica. Mulhacén, com 3481 metros, Veleta, com 3398 metros e Alcazaba, com 3366 metros formam este conjunto de relevos perfeito para a prática de desportos de Inverno. A diversidade de paisagens que se encontra em Serra Nevada contempla este destino com vistas inigualáveis, onde os seus cumes testemunham neve.
Andorra tem lugar de topo nos destinos de neve mais apetecíveis do planeta A influência francesa e espanhola asseguraram ao principado de Andorra um lugar de topo nos destinos de neve mais apetecíveis do planeta. A sua beleza no verão tem forte concorrência nos cinco meses de frio convertendo-se num destino de eleição para os amantes dos desportos de inverno.
Com uma extensão de 468 quilómetros quadrados, no coração dos Pirinéus, este principado faz-se rodear de dois vales, num total de 65 picos de mais de 2.500 metros de altitude. Andorra está dividida em dois grandes domínios – Grandvalira e Vallnord – que albergam um total de 155 pistas apetrechadas com equipamentos de última geração, em 300 quilómetros de neve. O maior é o de Grandvalira, num espaço esquiável de 193 km, distribuídos por 108 pistas, e uma capacidade para receber mais de 90 mil esquiadores por hora. Está dividido em seis setores: Pas de La Casa, dos mais conhecidos, Grau Roig com infraestruturas direcionadas às
famílias, no sector de Soldeu predominam as pistas azuis e vermelhas, para níveis médios e avançados, com a pista Pla d’Espiolets a dedicar-se aos iniciados; El Tarter é dos mais dinâmicos, pela diversidade de praticantes; Canillo é o mais jovem, com o seu vale esquiável El Forn de descidas rápidas e, por fim, o sector de Encamp, que rodeia o “funitel” de dois cabos, que liga a localidade à estação de esqui. Vallnord, que reúne Pal Arinsal Mountain Park e Vall d'Ordino-Arcalís, na zona Noroeste de Andorra, apresenta duas zonas, uma com 63 e outra com 26 quilómetros de domínio esquiável. Estas duas estâncias, em conjunto com La Rabassa, convertem Andorra num autêntico paraíso de neve.
Dossiê
16
viajar 2013 / JANEIRO
Solférias com brochura para férias na neve O
operador turístico Solférias lançou uma brochura para férias em estâncias de ski e snowboard, incluindo sugestões para visitar atrativos nas proximidades e conhecer a gastronomia regional dos destinos propostos. A brochura apresenta programas para viagens a Espanha, para estâncias como San Isidro, Serra Nevada ou Formigal, Andorra, para conhecer Grandvalira ou Vallnord, França, incluindo Vallé de Chamonix e Portes du Soleil, os Alpes Suíços, a estância italiana Via Lattea e Alberg, na Áustria. O operador sugere para estes destinos, além de aproveitar a neve para praticar desportos como ski e snowboard, descontrair no Spa e na piscina interior do hotel ou da estância, no fim do dia, passear pelos bosques e desfrutar da natu-
reza, degustar “a gastronomia da montanha”, os queijos e os vinhos quentes, ou ainda visitar monumentos que se encontrem perto das pistas. O Palácio de Alhambra, em Granada, e a Caldea, no centro de Andorra-a-Velha, são duas das propostas de excursões que o operador incluiu na brochura. A Solférias propõe no documento diversos hotéis e apartamentos para os vários destinos, apresentando informações gerais sobre as estâncias sugeridas e as opções de alojamento. Alguns programas, além do alojamento no regime seleccionado, incluem voos de ida e volta e respectivas taxas, bem como forfait durante a estadia e seguro básico de neve. Os pacotes apresentados estão disponíveis até 30 de Abril.
Suíça, paraíso de neve Com o início do Inverno, o país helvético torna-se um paraíso para os amantes de desportes de Inverno. A SWISS voa para Zurique à partida de Lisboa e permite transportar, gratuitamente, todo o equipamento de ski ou snowboard. Para este Inverno a companhia aérea oferece um horário adaptado às necessidades dos passageiros e perfeito para disfrutar de uma estadia nas montanhas. E como a temporada de ski os fãs do desporto branco podem ir para a Suíça para passear nos Alpes e deslizar pelas pistas. Através de Zurique e com a SWISS pode-se aceder a estes lugares de sonho. A companhia aérea permite que cada passageiro transporte, totalmente grátis, o seu equipamento de ski completo (um par de botas de ski / snowboard, um par de bastões e um par de skis /snowboard). Além disso, a SWISS disponibiliza o “Rail Fly “, que permite a cobrança de toda a bagagem no aeroporto e entrega directamente na estação de combóio do seu destino final. A companhia aérea Suíça propõe uma nova forma de viajar: mais confortável, mais rápida e, acima de tudo, mais acessível. Com a SWISS, os passageiros beneficiam de todos os serviços com um preço único, tudo incluído e sem surpresas.
Orizonia Life lança novo folheto de neve O operador turístico Orizonia Life, do grupo Orizonia, lançou o seu novo folheto de neve para a temporada 2012-13, com propostas para estâncias na Serra Nevada, Formigal, Andorra, Pirenéus e Alpes franceses. O novo folheto, diz o operador em nota à imprensa, conta com “programas de neve low cost e Tudo Incluído”,
Esqui / Neve”. Este ano, este produto foi adaptado ao cliente português, “lançámos um folheto físico mais resumido e com pacotes para Espanha (Serra Nevada, Astun, Candanchu, Cerler e Formigal), Andorra (Granvalira e Vallnord) , Pirenéus Franceses (Saint Lary) e Alpes Franceses”. A oferta conta com pacote simples de alo-
bem como sugestões para o Carnaval e Páscoa, contando também com descontos para reservas antecipadas e promoções de crianças grátis. Segundo Paulo Almeida, a aposta deste ano do grupo “vai para todos os produtos lançados, mas como destino puro de Inverno continuamos a apostar no folheto
jamento e forfait até pacotes com “tudo incluído”, pacotes “low cost”, “férias do Natal”, “Fim de ano”, “Crianças Grátis”, “Férias da Pascoa e Março”, “Carnaval e Fevereiro”, ou seja, “resumimos o que mais procura tem e fizemos o produto chave na mão com o PVP (Preço de Venda ao Público) final”.
viajar 2013 / JANEIRO
Dossiê
17
Alpes franceses
apresentam-se em Portugal
A
Chamonix repleto de actividades
France Montagne que fez uma apresentação dos Alpes em Portugal apresentou-se como o primeiro destino de neve do mundo com 55 milhões de diárias na neve em 2011, ficando à frente dos Estados Unidos cujas diárias tiveram uma queda em -16%, para 51 milhões e a Áustria, que caiu -2%, para 50 milhões. Num ambiente económico difícil a França aumentou em 3%, para 55 milhões de diárias na neve, ficando no entanto atrás dos números de 2008/2009, temporada em que também alcançou a liderança mundial com 58 milhões de diárias.
a sua estada como SPA, termalismo, shopping. Além de Megève que destacou a sua autenticidade e o novo Sports SPA, este ano estiveram presentes as estâncias de neve de Courchevel que sublinhou a grande variedade de actividades possíveis como pista de tobogã e o novo forfait Pass Tribu. Val Thorens que lembrou que é a estação mais alta, a 2.300 metros de altitude o que lhe garante ter a neve “mais fresca e solta” enquanto Val d’Isère destacou as atmosferas que se vivem, de aldeia e de montanha. Durante a apresentação Michaël Bayart referiu as principais razões para ir aos Alpes, nomeadamente o ser o maior domínio de esqui
Michaël Bayart, da promoção da France Montagnes, disse que não existem números oficiais para Portugal, mas que este “não é um dos principais mercados”, no entanto lembrou que os agentes de viagens têm ao seu dispor uma ferramenta de formação online por módulos, em http://www.e-montagne.fr/, que agora tem uma versão em inglês onde os profissionais podem ficar a saber tudo sobre a neve em cerca de duas horas. Apesar de uma ligeira queda na procura, o esqui é a principal motivação dos turistas vêm a montanha, a qualidade dos serviços e hospitalidade de todos os agentes económicos da montanha envolvidos neste recurso são também factores que motivam a ida montanha. “Não é preciso saber esquiar para ir à montanha”, disse Charlotte Nuques da promoção da estância de Megève que inclusivé alertou para o facto de existirem forfaits (passes que dão acesso aos meios mecânicos e pistas) para esquiadores e para peões que poderão beneficiar do ar da montanha e fazer outro tipo de actividades durante
do mundo em que todos os anos são investidos 300 milhões de euros em melhoramento e novas infra-estruturas em que existe uma garantia de existência de neve devido à altitude e ao número de canhões de neve. Além do charme e diversidade dos Alpes, o promotor destacou ainda que o esqui é uma actividade para toda a família havendo o selo Famille Plus que indica quais os resorts mais indicados para estas. Os benefícios do ar da montanha, a existência de mais de 19 restaurantes com estrela Michelin e a multiplicidade de actividades para não–esquiadores foram também apontados como factores de atractividade para os Alpes. O promotor referiu ainda as tendências da temporada para a alta tecnologia, como a utilização de smartphones e de aplicações que permitam facilitar a vida na montanha, como o acesso ao plano de pistas, compra de forfaits ou partilhar vídeos entre outros. A Eskimo Experience, ou seja dormir uma noite num igloo é outras das tendências a marcar a temporada.
Situado no pé do Mont-Blanc, este vale alpino é o paraíso dos amantes de deslizo e de sensações fortes, sendo também uma autêntica vila de montanha numa decoração ímpar: património, gastronomia, bem-estar, compras, “art de vivre”, conforto e uma palete de actividade que todos os anos cativa milhares de amantes da neve. O esqui constitui uma das principais actividades de Inverno do Vale de Chamonix Mont-Blanc. Com os seus diferentes domínios esquiáveis independentes, divididos sobre quatro encostas, o Vale de Chamonix Mont-Blanc oferece cerca de 170 quilómetros de pistas sinalizadas, das quais 90% têm mais de 2000 metros de altitude e cerca de 60 quilómetros de pistas traçadas para o esqui de fundo. Chamonix propõe ainda uma multiplicidade de actividades em qualquer estação, desde esqui alpino e nórdico, speed riding, cães de trenós, esqui joering, passeios em raquetes, caminhadas pedestres, escalada, BTT, parapente, desportos em águas vivas, golfe, pesca em lago de montanha, entre outros, num total de 45 actividades desportivas. Citadina, Chamonix apela à descoberta da sua história, da sua cultura e do seu património arquitectónico único. As suas pitorescas ruas pedonais, a variedade das suas boutiques e dos seus museus e galerias fazem de Chamonix uma cité alpina atraente para os amantes da cultura e das compras. Activa e lúdica, Chamonix oferece todos os atractivos de uma cidade: espaços de bemestar, casino, bowling, cinema, bares e discotecas, centro desportivo com piscina-pista de gelo-ténis, parque de diversões e áreas de jogos para as crianças. Em termos de acomodação, a oferta é variada, colocando à disposição dos seus visitantes uma vasta escolha de alojamentos de qualidade em hotelaria classificada ou familiar, em residência de turismo, apartamentos classificados ou independentes, chalés, bed & breakfast (64 hotéis com 4.800 camas, 12 residências, 2.700 camas em centro de férias, 12 parques de campismo, 1.710 apartamentos, 18 B&B & dormitórios e 24 refúgios de altitude). Para os “bons garfos”, Chamonix serve todos os tipos de cozinha, desde pratos típicos montanheses (fondue savoyarde, fondue saboiano, farcement) e uma grande variedade de cozinha francesa e internacional (gastronomia classificada ou fast-food/sanduíches, restaurantes chineses, japoneses, indianos e italianos, entre outros).
Dossiê
18
viajar 2013 / JANEIRO
Serra da Estrela
Chegou a temporada de neve E
a neve chegou à Estrela. A estância de esqui da Serra da Estrela declarou no dia 3 de Janeiro estar “oficialmente aberta”, com o início da actividade na Pista do Covão, seguida da entrada em funcionamento do Teleski da Lagoa, “aumentando assim o número de pistas em funcionamento”. A abertura oficial tardou e, apesar de os últimos dias do ano terem brindado a serra com neve, esta não foi suficiente para tornar o réveillon nevado. A produção de neve artificial, no entanto, conseguiu nos dois primeiros dias do ano revelar-se suficiente para abrir a primeira pista — a do Covão que, com um comprimento de 336 metros e um desnível máximo de 38, está catalogada como de dificuldade muito fácil. Apesar de se manter de fora dos destinos internacionais, dada a volatilidade das suas neves (e acessos), a Estrela mantém-se como uma solução doméstica para dar uso aos esquis. Mesmo que seja raro reunir as condições meteorológicas perfeitasno pico mais elevado de Portugal. Avisos feitos, ressalve-se que a serra também consegue surpreender de vez em quando os mais cépticos:
neve perfeita, céu azul, vento inexistente — cenários mais frequentes no mês de Fevereiro. Nesta temporada, tudo se mantém pelas pistas: oito traçados de todo o tipo de dificuldade e alimentados por canhões de neve artificial, além de um snowpark. E, claro, muito espaço para escorregar e até dar uns quantos trambolhões. Seja de trenó ou donuts (bóias de borracha em forma da famosa guloseima) em zonas apropriadas ou simplesmente armado de um saco de plástico que deslize por qualquer ribanceira abaixo. De sublinhar, a existência de um Parque Infantil (1 dia = €25 / 15 min. = €5; sábados, domingos e durante férias escolares das 9h às 16h30) onde se pode deixar os garotos enquanto os pais se dirigem a aventuras mais exigentes. No parque, que inclui um espaço coberto, há insufláveis, jogos na neve com trenós e donuts, pinturas e plasticinas, jogos lúdicos, tiro com zarabatana, baloiços e escorregas, sempre sob supervisão de um monitor.
Estância Vodafone
Abertura: 3 de Janeiro Previsão de encerramento: 30 de Abril Horário: Diariamente, das 9h às 17h
Preços:
Forfait: €15 a €25 (dia); €10 a €15 (meio dia) Equipamento completo: €25 (1 dia) a €100 (5 dias) Esquis ou pranchas: €15 (1 dia) a €60 (5 dias) Bastões: €2 (1 dia) a €8 (5 dias) Botas: €10 (1 dia) a €40 (5 dias) Capacete de Protecção: €10 (1 dia) a €40 (5 dias) Esquis freerider: €15 (1 dia) a €60 (5 dias) Raquetes: €8 (1 dia) a €32 (5 dias) Trenós e donuts: €5 (30min); €10 (1 hora)
viajar 2013 / JANEIRO
Turismo
19
BTL
Golfe vai ser rei N
Na próxima edição da BTL, em 2013, o pavilhão 1, que compreende a oferta nacional vai ter 1.500 m2 dedicados ao golfe. O ‘Portugal Golf Show by BTL’ vai aliar o golfe ao turismo e, dessa forma, captar mais visitantes à BTL e potenciar negócios nesse segmento. O golfe é, de resto, um dos três segmentos principais da BTL 2013, juntamente com o turismo religioso e a meetings industry. “Neste momento, já estão a ser convidados compradores internacionais do segmento do golfe e cerca de 10% do programa de ‘hosted buyers’ será dedicado a esse produto”, disse a diretora da feira, Fátima Vila Maior, numa conferência de imprensa, na FIL, em Lisboa. “Vai ser uma oportunidade única de levar o golfe a muito mais gente e estimular negócios. Queremos que a presença na BTL seja um ponto de viragem”, disse Manuel Di Pietro, um dos organizadores do Portugal Golf Show, evento que já contou com duas edições, em 2008 e 2009, no Centro de Congressos de Lisboa. “Desmistificar o golfe” é uma das missões que o responsável do Portugal Golf Show apresentou num encontro com a imprensa, ao que acrescentou que “de uma vez por todas vamos provar que se pode começar a jogar golfe sem ter que se gastar imenso dinheiro”. Esta é uma das vantagens em integrar o evento de um segmento específico como o golfe numa feira internacional de turismo, que nos primeiros dias é direccionada a reuniões com profissionais do sector e, nos últimos, é aberta ao público, pelo que “o golfe vai chegar a muito mais gente”, designadamente a “mais pessoas que não praticam golfe do que a pessoas que praticam”, sublinhou Manuel di Pietro. Os expositores deverão integrar representantes de campos, operadores, destinos e clubes de golfe, bem como equipamentos, material
e empresas de serviços relacionados com o segmento. O mesmo responsável informou que as empresas que marcarem presença no evento poderão convidar e sugerir compradores internacionais para estarem presentes. Na sua opinião, isto significa “uma oportunidade única para os campos de golfe nacionais e agentes do setor fazerem negócio”. Relativamente aos dias ‘profissionais’ da feira, a oportunidade para o Portugal Golf Show está na sua integração no programa de hosted buyers da BTL como “segmento prioritário”, segundo especificou Fátima Vila Mayor, diretora da BTL. O programa de hosted buyers, feito em parceria com a TAP e o Turismo de Portugal, levou no ano passado à BTL 398 operadores turísticos oriundos de 28 países, do que resultaram 2.400 reuniões agendadas, segundo dados da BTL. Para este ano, Fátima Vila Mayor perspetiva ficar “sensivelmente pelo mesmo número”. Além do golfe, os principais segmentos para edição de 2013 da BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa, que se realiza entre 27 de Fevereiro e 3 de Março na FIL, são o turismo religioso e a meetings industry.
Parceria com APAVT A BTL e a APAVT estão a desenvolver para os seus associados um modelo de participação conjunta no evento, que pretende dar resposta às necessidades do trade convidado, nomeadamente, os hosted buyers (HB), e expandir, designadamente para o segmento das reuniões e incentivos (MI). “Depois do sucesso do programa de HB efectuado pela BTL, TP e TAP em 2012, o grande desafio para 2013 será complementá-lo com outros segmentos como o MI. Fazê-lo em parceria com a APAVT será o garante de que irá ao encontro dos seus associados que desenvolvem a actividade de
incoming, sobretudo dos DMC’s”, diz um comunicado da BTL. Este modelo, “com uma dinâmica própria”, prevê que parte do Pavilhão 3 da BTL seja reservado para “uma participação conjunta dividida pelos vários segmentos e que prentende dar resposta às necessidades do trade convidado, muito em especial aos Hosted Buyers do sector do MI, que pela primeira vez estará representado na BTL”, anuncia Fátima Vila Maior, directora da BTL, citada em comunicado. Entretanto, a APAVT está a organizar um stand próprio na edição deste ano da BTL, como fez pela primeira vez em 2012, no qual os associados que queiram participar no evento terão “custos simbólicos”, como indica o site da Associação. O stand vai ter um um bar patrocinado, como um “factor adicional de atração de visitantes”, e estará situado no cento do stand, em torno do qual estarão dispostos os espaços das empresas participantes, com aproximadamente 4 metros quadrados cada, decorados com a imagem de marca do associado e com uma mesa e duas cadeiras. “Os associados podem optar por estar presentes durante todo o período ou apenas durante o período destinado ao público, a custos diferenciados e sujeitos a disponibilidade, numa base de first come-first served, pelo que se aconselha a que façam já a sua reserva”.
Dubai pela segunda vez O Dubai confirma participação, pela segunda vez, na próxima edição da BTL. À semelhança do ano anterior, onde o destino participou no certame pela primeira vez, o principal objetivo da organização do Dubai continua a ser promover o destino no mercado português. O Dubai é actualmente um dos emirados que maior número de turistas internacionais atrai anualmente. No seguimento de uma primeira edição,
em que esteve presente na BTL com uma área de exposição e visibilidade menores, este ano resolveu apostar na imagem e triplicar as dimensões, o que simboliza o aumento de 300% face ao ano anterior. Na opinião de Fátima Vila Maior, “a presença do Dubai pelo segundo ano consecutivo vem demonstrar que o certame tem um peso cada vez mais internacional, e conta com a presença de cada vez mais destinos que vêem não só em Portugal, mas como na Europa, uma porta de entrada e passagem para o Médio Oriente, e uma forma de demonstrar como estas regiões estão cada vez mais ocidentalizadas e modernas, ao mesmo tempo que mantêm os seus valores e tradições ”. Entretanto, pela primeira vez, o evento recebe o Turismo Paulista e a exuberância das 67 estâncias/cidades do Estado de São Paulo, com paisagens distintas. Das montanhas até às praias, passando pelas cavernas e grutas, contando histórias e falando cultura, pode fazer tudo isto no estado paulista, ao mesmo tempo que se diverte em inúmeras festas e músicas tradicionais e conhece locais diversos destinados a congressos corporativos e religiosos. Segundo Fátima Vila Maior, “a presença do turismo Paulista nesta edição da BTL permite a muitas operadoras portuguesas conhecer de perto tudo aquilo que o estado de São Paulo tem para oferecer, e vice-versa, assim como facilitar as sinergias entre Portugal, Brasil e o resto da Europa”. Desde a sua primeira edição até 2012 a BTL foi visitada por 994.618 visitantes profissionais e grande público que responderam à chamada das 15.261 empresas e entidades expositoras presentes ao longo de 24 edições. O investimento da organização na feira tem rondado os 10 milhões de euros nas últimas 10 edições, com o valor investido em promoção a rondar os 3 milhões de euros para o mesmo período.
Turismo
20
41ª Edição do Barómetro Academia do Turismo
Especialistas dizem que 2013 será pior que 2012
D
e acordo com a 41ª edição do Barómetro Academia do Turismo, desenvolvido pelo IPDT – Instituto do Turismo, este ano vai ser pior para o turismo que 2012. A crise promete não dar tréguas ao turismo nacional, o que leva mais de metade dos especialistas inquiridos a afirmar que os resultados globais vão piorar em 2013. O índice de confiança médio situase mesmo no valor mais baixo desde maio de 2010, encontrando-se, atualmente, nos 55,9 pontos percentuais, numa escala de 0 a 100. A conjuntura económica e as medidas de austeridade recentemente impostas condicionam os períodos de descanso e o orçamento dos turistas, pelo que 70 por cento dos inquiridos está convicto de
que as receitas no setor vão sofrer uma quebra em 2013, face aos números alcançados no ano anterior. Um em cada quatro dos especialistas inquiridos – 24,7 por cento – prevê ainda a diminuição do número de hóspedes e 36 por cento admite uma regressão no número de dormidas. Brasil, Rússia e China são, por esta ordem, os mercados emissores nos quais o turismo nacional deposita maiores esperanças de crescimento. A aposta deverá ainda manterse em mercados como os EUA, a Alemanha e o Reino Unido. Por outro lado, regista-se o descrédito dos inquiridos no mercado interno, enquanto força capaz de estimular o setor, e nos mercados de Espanha e França, que mais devem penalizar o turismo nacional.
“Roteiros Mais Centro” promovem cultura e turismo com o apoio dos fundos comunitários O Programa Operacional Mais Centro lança os “Roteiros Mais Centro”, um conjunto de onze roteiros de índole cultural e turística, numa iniciativa em parceria com as várias Comunidades Intermunicipais das sub-regiões da Região Centro do país. As edições do “Roteiro Mais Centro” sugerem a visita a vários locais históricos, culturais e turísticos como museus, parques, aldeias, património, mercados, piscinas, jardins, praias, bibliotecas, projetos apoiados por fundos comunitários e que integram o dia-a-dia das gentes locais. As visitas dos Roteiros estão delineadas para dois dias permitindo que famílias e grupos de amigos aproveitem o fim-de-semana para melhor conhecerem as regiões da zona Centro de Portugal - Baixo Mondego, Baixo Vouga, Beira Interior Norte, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Dão-Lafões, Médio Tejo, Oeste, Pinhal Interior Norte,
Pinha Interior Sul, Pinhal Litoral e Serra da Estrela. O primeiro “Roteiro Mais Centro”, o roteiro Dão-Lafões, foi apresentado em Viseu pela Comissão Diretiva do Mais Centro e pela Comunidade Intermunicipal de Dão-Lafões. Nesta região, e até ao momento, o Programa Mais Centro apoiou 305 projetos, que representam um investimento total na região de cerca de 167 milhões de euros, com uma comparticipação dos fundos comunitários de cerca de 121 mil milhões de euros. Deste projetos destacam-se os seguintes apoios a: 119 projetos de incentivo a micro e pequenas empresas, a 45 projetos de mobilidade, a 45 projetos de regeneração urbana, a 15 projetos de requalificação da rede escolar, a 14 de economia digital, a 14 de valorização e qualificação ambiental e a 7 projetos nas áreas de acolhimento empresarial. O Programa Operacional Mais Centro tem como objetivo aplicar
e gerir os fundos comunitários destinados ao desenvolvimento da região Centro. No âmbito do projecto “Caminho Português de Santiago – Centro de Portugal”, a Turismo Centro de Portugal (TCP) assinou o protocolo de parceria com as Câmaras Municipais de Alvaiázere, Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Mealhada, Anadia, Águeda e Albergaria-a-Velha. O protocolo visa a instalação de sinalética do Caminho Português de Santiago. Neste contexto, após assinatura do protocolo, foram entregues os azulejos de marcação do caminho aos municípios signatários, e cujo território integra o Caminho Português de Santiago no Centro de Portugal. O projeto de sinalética segue as normas do Conselho da Europa para o Itinerário Cultural Europeu - Caminho de Santiago, facilitando a sua interpretação pelos peregrinos das mais diversas nacionalidades.
viajar 2013 / JANEIRO
Apresentado o guia “Fortalezas da Costa Norte de Portugal São quatro dezenas de páginas dedicadas à história, às lendas, à localização e aos atrativos turísticos que circundam 10 fortalezas “a descobrir” na costa Norte de Portugal. O guia “Fortalezas da Costa Norte de Portugal” apresentado em Matosinhos pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal é um documento turístico que possibilitará “identificar edificações de grande importância estratégica para Portugal e servirá como referencia histórica para as comunidades locais” afirmou Vitor Santos, Capitão do Porto de Leixões que presidiu à cerimónia que decorreu no Forte de Nossa Senhora das Neves em Leça da palmeira, no concelho de Matosinhos. Mais do “aprender a captar gente (turistas) é necessário prestar informação a todas as pessoas. O guia é um excelente documento que permite conhecer o que temos ao pé de casa e nem fazemos ideia”, diz Guilherme Pinto, presidente da câmara municipal de Matosinhos que elogiou a iniciativa do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Gulherm Pinto mostra-se ainda impressionado com o fato de, a norte, existir um “património único, que “em qualquer parte do mundo seria considerado extraordinário”. “Nós por vezes nãpo relevamos a importância do que temos e numa centena de quilómetros, podemos apresentar aos turistas , em 7 cidades costeiras, 10 fortalezas” afirma. Para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, esta brochura passa a ser um “documento único de reconhecimento e visita das Fortalezas da Costa de Norte de Portugal”, proporcionando ao turista informação sobre as potencialidades turísticas do território. “Estamos a apostar no turismo como forma de alavancar a economia local” afirmou Melchior Moreira. Queremos “dar produtos estratégicos e alternativos aos turistas” e o Norte tem “inúmeras oportunidades”. O presidente do TPNP aproveito, ainda a ocasião, para acentuar o aumento de notoriedade do Norte mercê de ter “duas importantes plataformas turísticas: o aeroporto e o novo terminal marítimo de passageiros de Leixões e estarmos a informar sistematicamente os turistas através de novas plataformas tecnológicas”, salientou.
viajar 2013 / JANEIRO
Turismo
21
Governo aprova linhas gerais do PENT O
Conselho de Ministros acaba de aprovar as linhas gerais do novo PENT - Plano Estratégico Nacional do Turismo, revelou no Parlamento o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que anunciou ter sido realizada “uma revisão bastante profunda” da versão anterior do Plano. “É um plano muito mais realista, com cenários bastante mais realistas. Um PENT que está muito mais focalizado”, descreveu ainda Álvaro Santos Pereira, que estava acompanhado pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles. O novo PENT prevê “um critério importante de avaliação no final”, que “o anterior não o continha”, e “principalmente aposta em diferentes mercados e aposta também em diferentes sectores”, avançou ainda Álvaro Santos Pereira.
O documento, que vai agora estar sujeito a um processo de discussão pública, conduzida pelo Turismo de Portugal, define “dez produtos cruciais” e preconiza a aposta “em mercados diferentes” e em “diferentes sectores”, anunciou Álvaro Santos Pereira. O turismo cultural, religioso e do património, turismo de saúde, os city breaks, o turismo de negócios, o turismo de Natureza, gastronomia e vinhos, o golfe, o turismo náutico, o turismo residencial e o Sol&Praia são os dez produtos que o novo PENT define como “cruciais”, segundo anunciado pelo ministro Álvaro Santos Pereira. O novo plano coloca em primeiro lugar os “circuitos turísticos com maior relevância no turismo cultural e religioso, porque entendemos que o turismo cultural, religioso e do património, são patrimonios do
país”, afirmou o ministro da Economia, que salientou que “é muito importante valorizar” o património e revelou que o ministério em colaboração com a Secretaria de Estado da Cultura conseguiu “financiar a recuperação de património nacional em todo o território, por forma a fomentar o próprio turismo”. Seguem-se o turismo de saúde, que está a ser trabalhado em conjunto com o Ministério de Saúde, os city breaks e uma “maior aposta e valorização da gastronomia e vinhos nacionais, ou seja, pelos produtos nacionais”. “Temos também linhas muito concretas para o Turismo de Negócios, para o turismo da Natureza, que entendemos que é fundamental para o desenvolvimento regional de muitas partes do nosso país”. O golfe é “um produto de excelência que já foi valorizado e premiado
muitas vezes” e que o governo quer utilizar “para combater ainda mais a sazonalidade de algumas regiões, principalmente o Algarve”. O turismo náutico, o turismo residencial e o Sol & Praia são ainda os outros produtos previstos no PENT. Entretanto, o programa de promoção do turismo residencial em Portugal, um dos dez produtos considerados “cruciais” no novo PENT, vai ser lançado no dia 28 de Janeiro, anunciou ainda no Parlamento, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. “Não tenho dúvidas nenhumas de que o turismo residencial é uma das principais apostas que Portugal tem que fazer a nível do sector turístico, até para combater os problemas que existem no sector da construção e do imobiliário e também para aumentar o financiamento da nossa economia”, afirmou.
Trabalhadores dos 6 Pólos de Desenvolvimento Turístico remetem moção à AR Os trabalhadores das Entidades Regionais de Turismo dos 6 Pólos de Desenvolvimento Turístico acabam de remeter uma moção à Assembleia da República e referente ao projecto de Lei sobre a reorganização das Entidades Regionais de Turismo (Proposta de Lei 112/ XII/ 2ª), aprovado em Conselho de Ministros e em discussão pública. A moção apela à presidente da Assembleia da República e aos deputados que, no âmbito da discussão da proposta de lei, se tenha em consideração a “harmonização dos procedimentos prevalecendo a situação de equidade e igualdade de direitos de todos os trabalhadores e não apenas as garantias de alguns”; e a “manutenção das Marcas internacionalmente reconhecidas através do reconhecimento dos Pólos como Delegações”. A moção considera que “ está prevista uma situação e tratamento
desigual, quanto aos trabalhadores que já exercem funções nas 5 ERT’s designadas no âmbito das Áreas Regionais de Turismo, e o pessoal das ERT’s designadas por Pólos de Desenvolvimento Turístico, estes, agora a serem extintos por fusão nessas entidades. Por outro lado, refere que o artigo 38º, relega todos os trabalhadores (dos Pólos) para o sistema de Mobilidade Especial, enquanto considera que “esses procedimentos prefiguram, a prazo, “despedimento” e cortes salariais, o que prefigura desacordo com a norma constitucional de “equidade e igualdade de direitos”, para depois lembrar que
“o pessoal afeto aos Pólos de Desenvolvimento Turístico detém o conhecimento da oferta e das características dos territórios abrangidos pelos mesmos, pelo que serão importantes na manutenção de níveis de eficácia”. O documento entregue na Assembleia da República refere ainda que “ tal regulamentação “empurra” para uma situação de “pré-despedimento”, funcionários públicos com muitos anos de atividade e experiência que serão, sem dúvida, úteis e necessários nas novas Entidades, porquanto, não só o território será alargado, mas também as competências serão mais vastas e abrangentes, antevendose um enorme volume de trabalho,
nomeadamente no que concerne o levantamento da oferta regional e sub-regional, os planos regionais de turismo e a promoção”, realçando que “a nova lei implica a perda e notoriedade de marcas, com anos de afirmação turística e notoriedade nacional e internacional, que envolveram enorme esforço promocional e investimento financeiro”. Entretanto, os representantes das Entidades Regionais de Turismo de Portugal Continental, reunidos em Lisboa, deliberam por unanimidade subscrever e apoiar na generalidade a proposta de lei 112/12/2012, referente à reorganização regional do turismo, após alguns ajustamentos na especialidade, “momento para o qual estamos disponíveis para a discussão, em sede parlamentar, e a sua rápida publicação a fim de poder preparar convenientemente os planos de promoção de 2013 e seguintes”.
Agências
22
viajar 2013 / JANEIRO
Soltrópico lança Dubai em brochura digital com o apoio da Emirates
A
Soltrópico, em parceria com a Emirates, acaba de editar uma brochura digital de 38 páginas com os principais hotéis de cidade e de praia da sua programação e programas combinados de Dubai com outros destinos paradisíacos. A brochura apresenta preços de referência até 31 de Outubro de 2013. Disponível no site Soltrópico, a brochura Dubai 2013 apresenta informação detalhada sobre os principais hotéis deste conhecido emirato, divididos em hotéis de cidade e hotéis de praia. Nesta brochura também é possível ficar a conhecer as excursões disponíveis que podem ser reservadas em qualquer agência de viagens. A brochura Soltrópico Dubai apresenta ainda sete programas combinados de Dubai com Maldivas, Maurícias, Seicheles, Sri Lanka, Vietname e Tailândia. Esta brochura será atualizada com novos hotéis e programas combinados sempre que seja relevante. O Dubai é uma fusão de luxo, excentricidade e cultura no ambiente das mil e uma noites. De um lado, um cenário paradisíaco com areal branco e águas transparentes do Golfo Pérsico incitam ao mergulho. Ao lado, em contraste, ergue-se a cidade, um verdadeiro desafio para arquitetos e criadores de moda que reportam a originalidade e as experiên-
cias futuristas para a imponência da recriação do luxo, do conforto e da magnitude. E no meio de toda a excentricidade, continuam os locais tradicionais como a Grande Mesquita, o palácio Umm Alsheif Majilis, a fortaleza Al-Fahid e os souks, onde o bulício das gentes enche as ruas de cor.
“Férias Monumentais inverno 2012/2013” Entretanto, a Soltrópico apresenta a sua programação de inverno 2012/2013 duma forma original, através de uma brochura especial com 34 páginas e 15 destinos. Em exibição no site Soltrópico, a brochura conta com a participação inédita e exclusiva de alguns dos mais importantes monumentos nacionais. Todas as insignes
ACROSS lança Volta ao Mundo 2013 Quem ainda não se deixou empolgar quando se fala em realizar uma Volta ao Mundo, entusiasmando-se mesmo com os feitos de Fernão de Magalhães nesse longínquo ano de 1519 ou, na ficção, com aventuras e discrições feitas por Phileas Fogg, a figura principal dessa obra prima escrita por Júlio Verne, a “Volta ao Mundo em 80 Dias”? Realidades ou ficções passadas que a Across lhe propõe transformar numa pura realidade presente através de uma viagem muito especial, um Volta ao Mundo em 23 dias. Uma viagem que terá início em Lisboa a 18 de Maio, terminando a 9 de Junho, em avião privativo exclusivamente fretado para esta viagem, com toda a qualidade e conforto que caracterizam os nossos produtos, sem filas para check in, sem atrasos e sem problemas de bagagem. Uma viagem de sonho através de diversos fusos horários, vivendo vários hábitos e culturas num curto espaço de tempo, apreciando as características gastronómicas de cada
continente ou, simplesmente, desfrutando da experiência única de uma Volta ao Mundo. Desde a multiculturalidade de Istambul, na “fronteira” da Europa com a Ásia ao imprescindível safari como “marca” do continente Africano, do encontro com a presença histórica portuguesa em regiões tão longínquas como Goa, Macau e Japão a um merecido descanso nas magnificas praias do Hawai (Honolulu), em pleno Oceano Pacifico, para terminar na cosmopolita Miami, depois de uma escala na mítica cidade de Las Vegas. A viagem, a partir de 11.970 euros, inclui passagens aéreas, taxas de aeroporto, guia em português durante todo o percurso, estadia em hotéis de 4 e 5 estrelas, itinerário descrito no programa – Istambul, Nairobi, Parque Nacional Masai Mara, Goa, Macau, Hong Kong, Tóquio, Honolulu, Las Vegas e Miami, incluindo visitas, bem como iva, taxas hoteleiras, taxas de turismo e de serviço.
personalidades lusas retratadas, desde Vasco da Gama a Fernando Pessoa, quiseram ajudar a aliviar o contexto socio-económico adverso pelo que a sua colaboração nesta brochura foi inteiramente graciosa, revertendo unicamente a favor da boa disposição dos leitores. Sob o tema “Mais que Viagens, Férias Monumentais”, a Soltrópico reuniu neste documento único os hábitos de lazer de alguns dos maiores portugueses de sempre. As personagens históricas aceitaram posar para a câmara do operador turístico enquanto contavam as suas inesquecíveis experiências de férias. Entre muitas histórias exclusivas, descubra onde D. Pedro I e D. Inês de Castro passaram a Lua-de-mel e conheça a história emocionante do encontro do Cristo Rei com o seu irmão mais velho no Rio de Janeiro. Neste documento, a Soltrópico propõe os melhores preços para férias e escapadinhas em Cabo Verde, Açores, Brasil, Madeira, São Tomé e Príncipe, Turquia, Marrocos, Moçambique, Portugal Continental, Tailândia, Maurícias, Maldivas, Indonésia, Dubai e Índia. Ao passear-se em www.soltropico. pt ao longo das páginas da brochura, o leitor poderá aceder imediatamente a mais informação ou à reserva imediata de cada programa indicado com um simples clique na página do mesmo.
México: Destino e mercado de referência para a Agência Abreu A Agência Abreu elege o México como destino prioritário na sua programação para 2013, e simultaneamente avalia oportunidades de captação de turistas mexicanos para o destino Portugal e circuitos europeus. Esta é a ideia-chave do encontro promovido em Lisboa pelo Embaixador do México, Benito Andion e pelo director regional para a Europa do Conselho de Promoção Turística do México, Javier Aranda, tendo por convidada a Agência Abreu, que se fez representar por uma delegação chefiada pelo seu administrador Artur Abreu. No encontro, foi também sublinhada a relevância que a Feira de Viagens Mundo Abreu todos os anos assume para o Turismo do México, pelo que a sua presença na próxima edição do certame é um dado adquirido. Segundo as autoridades mexicanas, Portugal é um mercado importante a nível europeu – só de Janeiro a Setembro deste ano, o número de turistas portugueses que escolheu o México para as suas férias ultrapassou os 31 mil. Naquele país, o turismo representa mais de 9% do Produto Interno Bruto e é a terceira fonte de divisas. Em 2011, visitaram o México mais de 23 milhões de turistas internacionais, registo que o coloca no 10.º lugar dos países mais visitados do Mundo.
viajar 2013 / JANEIRO
Negócios
23
138 empresas do turismo com Estatuto PME Excelência 2912 O Estatuto PME Excelência 2012 foi atribuído a 138 empresas do sector do Turismo, entre empresas de restauração e bebidas, empreendimentos turísticos, agências de viagem, rent-a-car e estabelecimentos de animação. As nomeações foram feitas num universo de 1.239 empresas de vários sectores de atividades “que apresentaram os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão no exercício de 2011”, diz o Turismo de Portugal. Do total das empresas do setor do turismo distinguidas, 52 são estabelecimentos de restauração e bebidas; 49 são empreendimentos turísticos; 23 são agências de viagem; 11 são rent-a-car e três são estabelecimentos de animação. Lisboa, Faro e Porto com respetivamente, 31, 88 e 16 empresas, 63% das PME Excelência. “Com um ativo líquido de 493 milhões de euros e capitais próprios de 270 milhões de euros, as PME Excelência do Turismo têm uma autonomia financeira média de 55% e níveis de rentabilidade superiores à média nacional”, diz o Turismo de Portugal.
Alive é parceira da Bestravel para o segmento corporate
A
rede de agências de viagens Bestravel – especialista no mercado de lazer – acaba de estabelecer uma parceria com a Alive/ FCm Travel Solutions, no âmbito do mercado das viagens de negócio, anunciaram as duas entidades, num encontro com jornalistas. Já em novembro, aquando da Convenção Bestravel, na Madeira, João Barbosa, responsável da rede de agências de viagens, havia anunciado a entrada neste segmento, faltando apenas conhecer o parceiro. Trata-se, então, da Alive, agência da Geowinds apresentada ao mercado no passado mês de maio e que assenta o seu negócio precisamenre no corporate Com esta parceria, a Bestravel pretende alargar a sua oferta ao mercado empresarial, tirando partido do know how, negociação e estrutura que a FCm/ Alive Portugal possui, bem como promover um produto diferenciado no setor das viagens de negócio que define como “corporate de proximidade”.
“Ou fazíamos tudo do zero ou aliávamos o projecto a um parceiro. No meio, aparece a Alive, que representa a Fcm Internacional. Então, definimos o modelo de negócio, que traz sinergias às duas partes”, considerou o diretor geral da rede de agências de viagens sobre a parceria, para acrescentar que, a partir de agora, a Bestravel pode fidelizar esses clientes empresariais para a compra dos seus pacotes de lazer. Por seu turno, Paulo Martins, CEO da Geowinds, afirmou que esta parceria permitirá à Alive chegar a pontos geográficos onde acualmente não tem penetração, por contar com as agências Bestravel, pelo que ambas as empresas têm a ganhar com esta parceria.
Grande parte dos franchisados da rede já foram formados para começar a trabalhar o novo segmento e que, assim, cada espaço terá o que apelidou de um “gestor de conta” para tratar deste negócio, cuja operacionalziação ficará a cargo da Alive. A FCm é uma das quatro maiores Travel Management Companies (TMC) do mundo, líder das empresas não americanas neste setor, e está presente em 75 países. Em Portugal, a marca é representada pela Alive Portugal, empresa que detém ainda iguais direitos para o mercado angolano. É este ‘activo’ que a Bestravel passará a ter também disponível para clientes empresariais, um segmento de negócio que tem estado fora das prioridades da rede que termina o ano de 2012 com 57 lojas e vendas no montante de 37 milhões de euros. O objectivo da Bestravel para este ano é ter 60% das actuais 57 agências a trabalhar o segmento corporate , com uma média de cinco empresa por cada loja.
Objetivo da FITUR é fomentar o negócio das empresas, diz diretora da Feira O grande objetivo da 33ª edição da feira de turismo FITUR que se realiza em Madrid, de 30 de Janeiro a 3 de Fevereiro é “facilitar os encontros entre as empresas e os compradores através de ações diretas dirigidas, para que os participantes obtenham o maior retorno do seu investimento, disse a diretora da feira, Ana Larrañaga, em entrevista publicada no site do evento. Durante a entrevista a diretora analisa as tendências do sector e explica o papel que a FITUR desempenha para adaptar-se e a satisfazer as expectativas dos profissionais do turismo. A inovação e a competitividade são dois grandes desafios do sector do turismo e a diretora considera serem o eixo principal de desenvolvimento
e sucesso para as empresas. Neste sentido a feira criou a plataforma FITUR KNOWHOW & EXPORT através da qual dará a conhecer o valor da competência, da experiência no sector do turismo como forma de inovação e desenvolvimento. A iniciativa, promovida pela feira junto da SEGITUR e do Instituto de Comércio Exterior, ICEX, conta com a participação de cerca de 30 empresas que mostrarão o seu potencial, conhecimento e experiência, bem como os seus produtos e serviços aos compradores de outros mercados internacionais, como modelos a exportar. Dentro do principal objetivo da FITUR que é proporcionar os encontros empresariais entre empresas e compradores, a feira convidou
“compradores importantes de todo o mundo” para visitarem a feira “com um programa fechado de encontros comerciais que permitam conhecer de forma mais eficaz os produtos e serviços das empresas e destinos participantes”. A diretora acrescenta na sua entrevista que nesta edição foi dado mais um passo para garantir os interesses comerciais dos expositores ao dar a possibilidade de “convidar diretamente os seus compradores ou potenciais compradores com o fim de estabelecer contacto e gerir operações”. Estes encontros B2B realizam-se no âmbito do III Workshop Hosted Buyers que “têm dado muito bons resultados”. Durante a FITUR 2012 foram geradas cerca de 1.800 reu-
niões nos diferentes workshops que decorrem, designadamente no INVESTOUR Américas, INVESTOUR África e no Workshop Hosted Buyers. A propósito das novas tendências Ana Larrañaga responde que a FITUR tem o compromisso de inovar tendo em conta as novas tendências e necessidades do mercado pelo que na edição que começa a 30 de Janeiro, haverá também um novo fórum dedicado às adegas com hotel, bem como a áreas às quais se dirigem alguns interesses e tendências do negócio do turismo como é a eficiência, a implementação tecnológica, ou em espaços especializados como o FITUR LGBT, Receivo Espanha, ou FITUR ACTIVO.
Cruzeiros
24
viajar 2013 / JANEIRO
Royal Caribbean encomenda terceiro navio da classe Oasis
A
Royal Caribbean Cruises Ltd., anunciou que assinou um contrato com a STX França, para a construção de o terceiro navio da classe Oasis, que será entregue a meio de 2016. A STX França proporcionou à companhia a opção de um ano para a entrega do primeiro navio e a meio do ano de 2018 de um quarto navio da classe Oasis, a um preço semelhante. Com a encomenda de mais dois navios, a companhia fica assim com um total de quatro navios em construção. Em Fevereiro de 2011 foi anunciado o início da construção de mais dois navios do novo projeto Sunshine, que prometem ser surpreendentes e cheios de inovações. Ficando muitas das suas características “em branco” até ao último momento, para assim poder corresponder às últimas tendências do mercado. A entrega do primeiro navio irá acontecer no Outono de 2014, com opção para um segundo navio a entregar na Primavera de 2015. Cada um dos novos navios do projeto Sunshine, terá cerca de 158 mil toneladas e capacidade para 4.100 passageiros em ocupação dupla, estando o seu valor total estimado em 170 mil euros por cama, e inclui o preço base do contrato com o estaleiro, design, operação e construção do navio, pagamentos aos arquitectos, custos de supervisão e todo
o inventário, desde computadores a arte e roupas de cama. Em 2016 a Royal Caribbean International, contará já com os 2 novos navios do projeto Sunshine e o novo navio da classe Oasis, que representam um total de 13.400 novas camas disponíveis no mercado. Assim verifica-se um crescimento do número de camas, na ordem dos 22%. Oasis of the Seas e Allure of the Seas são os maiores e mais inovadores navios de cruzeiro do mundo. Maravilhas arquitectónicas em alto mar, com 16 decks, 225.282 toneladas, com capacidade de 5.400 hóspedes em ocupação dupla, e 2.700 camarotes. Os navios partem semanalmente do Port Everglades, em Fort Lauderdale, Flórida. Oasis of the Seas e Allure of the
Seas foram inaugurados em novembro de 2009 e novembro de 2010, respetivamente. Estas maravilhas da engenharia, introduziram pela primeira vez o conceito de bairro – sete áreas temáticas distintas que oferecem experiências únicas aos hóspedes. Todos os passageiros podem viver experiências únicas num dos 7 bairros a bordo destes navios: Central Park, um espaço público que combina o ambiente natural com o náutico. Um verdadeiro jardim com vegetação natural, repleto de lojas e restaurantes; Boardwalk, espaço de divertimento dedicado à família, que culmina no fantástico AquaTheater; Royal Promenade, uma avenida cheia de lojas e bares, continua a ser o foco central de muitos navios da Royal Caribbean,
sendo que agora está maior e mais interessante que nunca; Área de Piscinas e Desporto onde poderá divertir-se com a família ou amigos ao ar livre; Spa Vitality o local ideal para relaxar e desfrutar uma boa massagem por exemplo; Centro Fitness onde poderá manter a boa forma; Área de Entretenimento e Área para jovens e crianças, dois locais ideais onde a oferta é vasta para pequenos e graúdos se divertirem. Entre as várias inovações destacamos o H2O um parque aquático, com esculturas interativas para as crianças; um Carrossel artesanal feito em madeira; a Zip Line, para fazer slide de uma altura de 9 decks; 28 elegantes Loft suites de dois pisos, com duas áreas de refeição, dois quartos separados com uma vista privilegiada; AquaTheater, um anfiteatro aquático, que de dia funciona como uma piscina e à noite de palco para maravilhosos espetáculos aquáticos de acrobacia. Com o sucesso dos navios da classe Oasis, a Royal Caribbean International está atualmente a levar a cabo um programa de revitalização em toda a frota, para trazer as últimas inovações e os melhores programas do Oasis of the Seas e Allure of the Seas.Este projeto de revitalização da frotarepresenta um investimento da companhia de 450 milhões de dólares.
MSC Cruzeiros destaca as maravilhas antigas do Egito, Jordânia e Israel Egito, Jordânia e Israel são conhecidos por transportar os viajantes para mundos antigos encantados e seduzir com inigualáveis marcos espirituais e culturais, lendas únicas e maravilhas feitas pelo homem. As típicas férias no Mar Vermelho, por um lado tendem a evocar as maravilhas naturais com as suas famosas areias douradas, águas cristalinas e a magia subaquática dos recifes de coral, dos peixes coloridos e tartarugas gigantes. A MSC Cruzeiros, recentemente descobriu o itinerário perfeito para combinar o melhor destes dois mundos. Os cruzeiros no Mar Vermelho
oferecem uma gama completa de excursões em terra, incluindo passeios históricos no Egipto, Jordânia e Israel, total relaxamento ou a oportunidade de fazer mergulho no Mar Vermelho e uma grande variedade de passeios no deserto. De 5 de Janeiro até 30 de Março de 2013, o MSC Armonia estará a realizar cruzeiros de 8 dias, partindo todos os Sábados de Sharm El Sheikh, com escala em Safaga (Egipto), Eilat (Israel), Aqaba (Jordânia) e Sokhna (Egipto), com preços a partir de 1.290 euros por pessoa em ocupação dupla (preço inclui cruzeiro + voos + 2 noites
de hotel + transferes - sujeito a disponibilidade dos transportadores aéreos). A bordo do MSC Armonia os passageiros podem encontrar menus temáticos e programas de entretenimento inspirados na região. Juntamente com as delícias culinárias do Mediterrâneo, os hóspedes podem saborear uma vasta escolha de aperitivos e pratos tradicionais árabes para prolongar os aromas e sabores do dia. Desde a maravilhosa carne marinada e os pratos de peixe, aos saborosos tagines, koftas e cuscuz. No teatro, os espectáculos procuram
recontar algumas das lendas mais populares da região. Cleópatra, a vida de uma rainha envolve os hóspedes na dramática batalha entre irmão e irmã em busca do poder no Egipto antigo, contando com uma cenografia rica, fantasias de luxo e música, dança e acrobacias dinâmicas. Viva África conta a história comovente de uma árvore centenária, misturando os sons e cores do impressionante continente que criam um espectáculo vibrante.
viajar 2013 / JANEIRO
Cruzeiros
25
Porto de Leixões duplica número de passageiros Em 2012 o Porto de Leixões recebeu 75.613 passageiros, o que representa um aumento de 81% face a 2011, quando recebeu 41.829, provocado por um aumento do número e do porte de navios. Durante o ano, o porto de Leixões recebeu 70 navios, o que representa um aumento de 25% face a 2011, ano em que recebeu 56. No entanto, a dimensão e capacidade dos navios “cresceu exponencialmente, na ordem dos 80%”, diz o Porto de Leixões em comunicado. Entre as chegadas de navios, o destaque vai para seis escalas inaugurais no Porto, nomeadamente, o Queen Victoria, da Cunard; o Ventura e Azura, navios de maior dimensão da P&O; o Celebrity Constellation, da Celebrity Cruises da Royal Caribbean; o Marina da norteamericana Oceânia Cruises; e o navio de expedições Kristina Katarina, da Kristina Cruises. Em 2013 o Porto de Leixões prevê receber 67 navios de passageiros, o que corresponderá a 65.000 passageiros e 30.000 tripulantes. Em 2014, ano em que a nova estação de passageiros de cruzeiros entrará em funcionamento, as previsões são de um novo período de crescimento.
Porto de Lisboa com novo recorde de passageiros de cruzeiro
E
m 2012, com 522 604 passageiros de cruzeiro, o Porto de Lisboa registou novo recorde no que respeita à atividade de cruzeiros, o que traduziu um crescimento de 4 por cento quando comparado com os 502 644 turistas contabilizados em 2011. O crescimento de 6 por cento dos passageiros em trânsito – que aumentaram de 453 280 para 478 598 –, foi o fator decisivo relativamente ao aumento do número total. Já em termos de escalas o ano de 2012 não foi tão auspicioso ao contabilizar um total de 314 escalas. De referir que a atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa foi, durante o ano de 2012, afetada pelas
contestações sociais que levaram ao cancelamento de um total de 17 escalas, que representariam cerca de 25 mil passageiros. Ainda no que diz respeito às escalas, as 314 foram realizadas por 119 navios de cruzeiro, o que constitui, também, um novo recorde já que é o maior número de sempre de navios que escalaram o Porto de Lisboa. Importa ainda referir que, em 2012, o Porto de Lisboa recebeu em primeira escala 12 navios, sendo que três eram novos, ou seja, saídos de estaleiro durante o ano de 2012, o que reforça a importância crescente que o porto de Lisboa tem vindo a assumir na inclusão dos itinerários da nova frota dos diferentes opera-
dores. De salientar, ainda, os tripulantes dos navios que visitaram Lisboa que em 2012 totalizaram 211 546, ou seja, mais 4 por cento face aos 202 908 registados em 2011. Face ao exposto conclui-se que atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa resistiu a uma das principais adversidades que marcaram o ano de 2012 - a conjuntura económica -, tendo mesmo estado em contraciclo com a mesma. Para 2013 e face às escalas anunciadas até à data, prevê-se que a atividade volte a crescer. A confirmarem-se as previsões atuais - 364 escalas e 564 mil passageiros – Lisboa continuará a manter a boa performance dos últimos anos, registando elevados índices de crescimento.
Mais oferta de navios em 2013 O sector dos cruzeiros irá colocar mais 20 navios em operação este ano, dos quais 14 serão de pequena dimensão e destinados ao mercado dos cruzeiros fluviais e costeiros e seis para os marítimos, totalizando um aumento de capacidade de 16.700 passageiros, a maior parte originada por três grandes navios de cruzeiros marítimos, MSC Preziosa, Norwegian Breakaway e Royal Princess. A lista foi compilada pelo “Travel Weekly” e o número de navios que irão directamente para o mercado fluvial de cruzeiros demonstra a maior dinâmica que este segmento está a ter, levando os turistas a novas paragens mais ou menos recônditas, embora o aumento de capacidade de todos os navios flu-
viais e costeiros que irão entrar em operação seja de 2.311 passageiros, pouco mais de metade da capacidade do Norwegian Breakaway que com 4.000 passageiros de capacidade, será o maior, dentro dos cruzeiros marítimos, a começar a operar este ano. O primeiro navio no mercado dos cruzeiros fluviais a entrar em operação será o River Orchid, da Uniworld Boutique River Cruise Collection, com capacidade para 60 passageiros, que estará no sudoeste da Ásia já em Janeiro, seguido do Scenic Jewel que com 2,7 mil toneladas tem capacidade para 169 passageiros. A Viking Cruises irá aumentar a sua frota este ano com mais oito navios entre Março e Agosto, todos com
190 passageiros de capacidade. A frota da AmaWaterwys terá mais dois navios em Abril, assim como a Avalon Waterways, cujos novos navios começam a operar em Abril e Maio. Dentro dos cruzeiros marítimos e oceânicos, os dois primeiro a entrarem em operação serão o AIDAstella da Aida Cruises e o MSC Preziosa da MSC Cruzeiros, ambos em Março. O navio da operadora alemã tem aproximadamente 71 mil toneladas e capacidade para 2.050 passageiros. O operador italiano inaugurará o seu Preziosa a 23 de Março em Génova e Lisboa terá oportunidade de o ver a 16 de Março. O navio de 133,5 mil toneladas e capacidade para 3.959 passageiros será da classe Fantasia e idêntico
ao Divina, inaugurado em 2012. Em Abril chega o Norwegian Breakaway, de 144 mil toneladas, da Norwegian Cruise Line, com capacidade para 4.000 passageiros, sendo o maior que será inaugurado este ano. Os restantes 50% de navios de cruzeiros marítimos que serão inaugurados este ano chegam em Maio e Junho. O Europa 2, da Hapag-Lloyd Cruises, de 39,5 mil toneladas e capacidade para 516 passageiros começa a operar em Maio. O Le Soleal, da Compagnie du Ponant, e o Royal Princess, da Princess Cruises, chegam em Junho. O primeiro tem capacidade para 264 passageiros e o segundo, de 141 mil toneladas, transporta até 3.600 passageiros.
Internacional
26
viajar 2013 / JANEIRO
Marselha e Kosice são as novas capitais europeias da cultura
Câmara do Turismo de Cabo Verde
"É preciso ultrapassar constrangimentos que
afetam os investimentos no país"
O
presidente Câmara do Turismo de Cabo Verde, Gualberto do Rosário, pediu ao chefe do governo, José Maria Neve, a abertura e diálogo para discutir a proposta de soluções pensada pela Câmara do Turismo para ultrapassar constrangimentos que afetam os investimentos no pais. As dificuldades de acesso aos financiamentos e a comercialização deficitária são os principais entraves à competitividade. O presidente da Câmara do Turismo quer discutir soluções conjuntas com vista à resolução dos dois principais estrangulamentos aos investimentos em Cabo Verde - a dificuldade no acesso aos financiamentos e a comercialização deficitária. O pacote de soluções para a sustentabilidade do turismo no país desenhado pela Câmara do Turismo já está nas mãos do governo. Perante os operadores turísticos da Boavista, Gualberto do Rosário pediu a José Maria Neves união para ultrapassar dificuldades. Num discurso resposta, José Maria Neves realçou que a dificuldade no acesso aos financiamentos condiciona o desenvolvimento do país apelando à participação dos dos investidores na construção de um Cabo Verde mais competitivo. A situação da Boavista é muito pior do que a do Sal - é esta a perceção do presidente da Câmara do Turismo que pela primeira vez reuniu-se com os operadores turísticos da ilha das Dunas. Gualberto do Rosário diz que há sérias ameaças à sustentabilidade do turismo na Boavista e promete organizar para breve um fórum na ilha das Dunas, convidando o governo para discutir os estrangulamentos que estão a afetar seriamente o setor. Deficiências ao nível do saneamento, segurança, água, energia, gestão de praias, a inexistencia de um plano de emergência, são muitos os problemas que de acordo com os operadores estrangulam o turismo na ilha das Dunas, acentuados por uma ponte partida ao meio e que se não estiver pronta antes do próximo Verão pode pôr tudo em causa. A Câmara
do Turismo de Cabo Verde, de acordo com a Imprensa local, promete dar voz institucional aos estrangulamentos que afetam o turismo na Boavista e continuar a lutar por soluções que minimizem o impacto dos impostos que recaem sobre o setor. Entretanto, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatísticas de Cabo Verde, de janeiro a setembro, as dormidas cresceram 12 e meio por cento. O Reino Unido foi o principal país de proveniência de turistas, que aliás permaneceram mais tempo em Cabo Verde, com uma estadia média de 9,2 noites. A ilha da Boavista foi a mais procurada pelos turistas, representando cerca de 45,3% das entradas nos estabelecimentos hoteleiros. De janeiro a setembro de 2012, os hotéis receberam 389 mil 570 hóspedes e dois milhões e meio de dormidas, movimentos que representam um aumento de 17,2 e 22,4%, respetivamente. A ilha da Boavista continua a liderar o acolhimento de turistas, com 45,3% das entradas, seguindo-se a ilha do Sal, com 31,3%. Em relação às dormidas a posição é a mesma. A preferência dos turistas primeiro vai para a ilha das Dunas, só depois o Sal. Santiago aparece como a terceira escolha ficando-se pelos 4,5% das dormidas. O principal emissor de turistas, no terceiro trimestre de 2012, continua a ser o Reino Unido, com 24,8% do total das entradas, seguindose Portugal, Alemanha e França. Também em relação às dormidas, o Reino Unido lidera a tabela, com 37,6%, depois vem a Alemanha, seguida de Portugal e Itália. De acordo com os dados do INE caboverdiano, os visitantes provenientes do Reino Unido foram os que mais tempos permaneceram em média em Cabo Verde no terceiro trimestre deste ano. Depois dos ingleses, foram os australianos a ficarem mais tempo nas ilhas. Os alemães e os turistas provenientes dos países baixos permaneceram em média em Cabo verde, 7,4 e 6,7 noites. Os cabo-verdianos residentes permaneram em media duas noites e meia nos estabelecimentos hoteleiros.
A Europa vai ter duas novas capitais da cultura. No fim-de-semana de 12 e 13, Marselha, França, irá dar início às celebrações do evento, e no fim de semana de 19 e 20 de janeiro, será a vez de Kosice, Eslováquia. Depois de Guimarães e Maribor em 2012, duas novas cidades vão agora apresentar mais de uma centena de eventos, entre fotografia, concertos, teatro e dança, literatura, artes contemporâneas, concertos, espectáculos de circo e gastronomia. “Entre a Europa e o Mediterrâneo, os dois milhões de habitantes de Marselha Provença estão mobilizados para vos oferecer, ao longo de 2013, o melhor da sua cratividade, do seu ‘savoir-faire’e dos seus sonhos”, diz a organização do Marseille Provence Capital da Cultura. O lançamento do evento Marseille-Provence 2013 vai ser assinalado com quatro actividades, nomeadamente, a cerimónia pública de abertura, em Marselha, com a participação do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso; a inauguração de uma exposição de arte contemporânea em Aix-en-Provence; uma caça ao tesouro em MarseilleProvence e um fogo-de-artifício em Arles que encerram o fim-de-semana de abertura. Já Kosice “é uma encruzilhada entre o Leste e o Oeste”, e cujo programa procurará dar aos visitantes a sensação “de que estão no coração da Europa, quando estiverem em Kosice”, diz o ministro eslovaco da Cultura, na página do evento. O início das festividades, com a presença da Comissária Vassiliou, vai ser assinalado em vários locais da cidade, incluindo o Teatro Estatal, a Arena de Aço, o Pódio e vários clubes, restaurantes e centros culturais. “Os eventos de abertura assinalarão o início daquele que será um ano excecional de atividades culturais, dirigidas não apenas à população local das cidades e regiões envolventes, mas também às pessoas provenientes das localidades mais longínquas”, afirmou, citada em comunicado, Androulla Vassiliou, Comissária Europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude. A Capital Europeia da Cultura é um dos eventos culturais mais prestigiados na Europa, sendo cada capital selecionada com base num programa cultural, que tem de encerrar uma dimensão europeia, capacidade de envolver o público, “ser atrativo a nível europeu e contribuir para o desenvolvimento a longo prazo da cidade”, diz um comunicado da comissão europeia. Esta é também uma oportunidade “para as cidades melhorarem a sua imagem e para se afirmarem na cena mundial, atraírem mais turistas e repensarem o seu próprio desenvolvimento através da cultura.”. Este título tem um impacto duradouro quer em termos culturais quer em termos sociais. “um estudo [European Cities and Capitals of Culture, Palmer/ Rae Associates] demonstrou que o número de turistas que visitam a cidade pelo menos por uma noite aumenta, em média, 12 %, em comparação com o ano anterior ao evento - 25 % em Liverpool em 2008 e Sibiu (Roménia) em 2007”. As futuras Capitais Europeias da Cultura serão Riga (Letónia) e Umeå (Suécia) em 2014, Mons (Bélgica) e Plze (República Checa) em 2015, e Donostia-San Sebastián (Espanha) e Wrocław (Polónia) em 2016.
viajar 2013 / JANEIRO
Regiões
27
Com vista a uma promoção integrada
Turismo do Alentejo lança Projeto Parques Temáticos A
Turismo do Alentejo, ERT está a desenvolver o projeto de Dinamização e Promoção Turística dos Parques Temáticos e polos de animação turística do Alentejo, e que envolve a Aldeia da Terra, Amieira Marina, Badoca Safari Park, Centro de Interpretação da Batalha de Atoleiros, Fluviário de Mora e Monte Selvagem. Criar e dinamizar um plano de promoção integrado que, a partir da estruturação de ofertas cruzadas, atraia mais visitantes aos parques e contribua para o crescimento turístico da região são alguns dos principais objetivos do projeto. Com realidades e localizações geográficas diferenciadas, os parceiros envolvidos englobam uma oferta complementar e ímpar em Portugal no campo do lazer e diversão. Em conjunto, Aldeia da Terra, Amieira Marina, Badoca Safari Park, Centro de Interpretação da Batalha de Atoleiros, Fluviário de Mora e Monte Selvagem receberam já mais de 2 milhões de visitantes desde a sua criação. A génese do Projeto passou pela análise da imagem e do trabalho de cada um dos Parques, com vista à criação de uma nova marca “umbrela”, que simultaneamente agregasse os diferentes parceiros e transmitisse a ideia de circuito turístico e oferta integrada de lazer. A nova identidade parte de conceitos como a aventura, diversão e evasão que ganham forma numa bússola, de linhas estilizadas e que remete para os Parques do ponto de vista cromático (i.e. tons quentes para savana, ou verdes e azuis para ambientes aquáticos). Plástica e versátil, a nova imagem é declinada em vários suportes gráficos, tais como uma brochura institucional, uma
Caderneta de Cromos, ou até uma Mascote especialmente criada para o efeito batizada como “Gilberto” em homenagem a William Gilbert, físico que propôs a orientação da bússola. Para os mais novos, target primário deste produto, foi mesmo criada uma ferramenta especial de comunicação como uma Caderneta de Cromos, que funciona como um passaporte para a diversão onde estão registadas as 2 atrações mais emblemáticas de cada um destes locais, apresentadas pela Mascote Gilberto. No final há uma surpresa para quem completar a Caderneta e este circuito, com uma oferta ligada ao universo desportivo. “O Alentejo continua a apostar numa estratégia diferenciadora de promoção da sua oferta turística ímpar. Acreditamos que este produto, destinado às crianças e às famílias, reforça a imagem do Alentejo enquanto destino de eleição para
bol Clube do Porto e SC Braga em torno da promoção destes polos de animação turística. No âmbito desta parceria e, de forma a premiar os visitantes mais pequenos que completarem a Caderneta, está prevista a oferta de bilhetes* para assistirem aos jogos da sua equipa preferida na Liga Zon Sagres. Estão também previstas vantagens para os sócios destes clubes que visitem os diferentes Parques e que, em alguns casos, passam pela entrada gratuita para os sócios mais novos, até 11 anos.
Os parques temáticos
quem procura uma experiência de lazer única”, refere António Ceia da Silva, Presidente da Turismo do Alentejo, ERT. O novo projeto que agora arranca é pioneiro desde logo por estar associado aos grandes clubes de Portugal, Sport Lisboa e Benfica, Sporting Clube de Portugal, Fute-
Apelidada de Aldeia mais caricata de Portugal, a Aldeia da Terra em Arraiolos é um local criado pelos barristas Tiago Cabeça e Magda Ventura onde figuras pitorescas e coloridas em terracota retratam o nosso País com muito humor onde os visitantes, sejam eles adultos ou crianças, podem deixar a sua marca, criando uma nova personagem em barro. Situado no Grande Lago Alqueva, a Amieira Marina é o destino ideal para os amantes da Natureza e das atividades desportivos, este é o local por excelência para experimentar as emoções de ser um marinhei-
ro de água doce, mesmo sem qualquer experiência de navegação. Com uma área de 90 hectares, o Badoca Safari Park, localizado em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, conta, atualmente, com cerca de 600 animais selvagens pertencentes a 75 espécies, em plena liberdade. A oferta global do parque destaca-se pelas várias infraestruturas lúdicas e pedagógicas, como o Parque dos Cangurus, o Lago dos Flamingos e Íbis, o Parque dos Cotais ou o Jardim das Aves. Atoleiros 1384 é o Centro de Interpretação dedicado à Batalha de Atoleiros, que se travou a 6 de abril de 1384, muito perto da vila de Fronteira, numa grande operação militar liderada por Nuno Álvares Pereira contra o domínio castelhano. Destinado aos mais diversos públicos este equipamento pretende ser uma referência cultural nacional, e até mesmo internacional, na temática das batalhas medievais. Situado nas imediações de Montemor-o-Novo, o Monte Selvagem é um local único no Alentejo onde todos os dias nascem animais tão especiais como jacarés, avestruzes, iaques ou macacos do Japão. Este Parque temático está totalmente vocacionado para ensinar aos mais novos a importância da conservação da Natureza enquanto se divertem e brincam. Criado em 2007, o Fluviário de Mora é um equipamento único em Portugal que recria o universo aquático e aposta nas vertentes educativa e ambiental. O conjunto das exposições, visualizadas através de modelos vivos e dinâmicos destaca a importância da biodiversidade e da riqueza ecológica associada, bem como dos programas de conservação da natureza.
Aviação
28
viajar 2013 / JANEIRO
Privatização da ANA
Grupo Vinci tem 9 meses para pagar 3.080 milhões de euros
O
Executivo concedeu um prazo máximo de nove meses para que a empresa francesa Vinci, que ganhou a privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, pague a totalidade dos 3.080 milhões de euros oferecidos pela gestora dos aeroportos portugueses. Depois de já ter fixado em 100 milhões de euros o montante inicial a pagar pelo vencedor do concurso de privatização da ANA, o Governo aprovou o prazo de nove meses no conselho de ministros para o pagamento dos restantes 2.980 milhões de euros (97% do valor global da venda), tendo a resolução sido publicada já no Diário da República. Os franceses da Vinci vão pagar 3.080 milhões de euros pela aquisição de 95% do capital da ANA - Aeroportos de Portugal. Todos os elementos informativos do processo de privatização da empresa serão colocados à disposição do Tribunal de Contas e arquivados na Parpú-
blica, por um período de cinco anos, conforme determinou o Governo. O Governo decidiu em conselho de ministros vender a ANA ao grupo Vinci por cerca de 3.080 milhões de euros. Os franceses passam assim a controlar 95% do capital social da gestora aeroportuária, responsável pela operação de oito aeroportos em Portugal Continental e Ilhas. Os restantes 5% do capital estão reservados para os trabalhadores. A proposta da Vinci, de três mil milhões de euros, fora considerada pela Parpública e pelos restantes ‘advisers’ da operação como a melhor para o futuro da gestora aeroportuária. Além da Vinci, também a alemã Fraport, a suiça Zürich Airports e os argentinos da Corporación América apresentaram propostas finais no âmbito do processo de privatização da ANA. Os responsáveis da Vinci, que estiveram em Portugal a 29 de novembro, afirmaram, na altura, que avançam para a privatização da
Turismo do Algarve quer interesses da região assegurados após entrega do aeroporto a privados O Turismo do Algarve espera que os interesses da região sejam assegurados numa altura em que o processo de concessão da ANA Aeroportos está finalmente fechado. O aeroporto do Algarve serve o maior destino turístico do país e deverá merecer por isso a especial atenção do grupo francês vencedor na operação da ANA, defende o presidente da entidade regional de turismo, Desidério Silva. “O Aeroporto Internacional de Faro é uma das estrelas da rede aeroportuária nacional. Como tal, esperamos que os interesses específicos da região continuem a ser salvaguardados de futuro, sobretudo porque as taxas aeroportuárias cobradas nos aeroportos vão sofrer alterações já este ano”, afirma Desidério Silva. Em 2011, a infraestrutura aeroportuária algarvia movimentou mais de 5,6 milhões de passageiros, tendo também registado uma evolução favorável nos últimos meses de 2012, que foi um ano dominado pela crise europeia na zona euro. Para este ano, a expectativa é que a “o tráfego de passageiros continue a crescer em Faro, mesmo que o mercado aeroportuário seja agora controlado por um operador privado”, conclui Desidério Silva.
ANA sem sócios mas admitiram que estão “disponíveis para acolher sócios portugueses”. A Vinci opera vários aeroportos, sendo que a empresa diz que quer fazer da ANA a sua “bandeira” e trabalhar para desenvolver o “hub”da TAP em Lisboa, tendo em vista rotas para a América Latina e para África.
50 anos na mão dos franceses A empresa francesa já está presente em Portugal há vários anos, com 37% do capital da Lusoponte. Com a presença em mais de 100 países através de concessões rodoviárias, ferroviárias e gestão de parques de estacionamento, o grupo gere nove aeroportos em França e três no sudeste asiático. A privatização da ANA abrange a gestão dos oito aeroportos portugueses durante os próximos 50 anos. O negócio da ANA, ao contrário do da TAP, é essencial para o Governo, que pretende colmatar o défice com o encaixe que irá receber. A aprovação da privatização da ANA obriga, no entanto, a que a gestora aeroportuária mantenha “a sua atividade em Portugal e que pague impostos em Portugal”, como sublinhou o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. Com a subida do número de visitantes estrangeiros, a ANA Aeroportos teve em 2011 lucros recorde, na ordem dos 76,5 milhões de euros, e receitas de 425 milhões, apesar da crise económica. Mais de três quintos das receitas são provenientes de voos domésticos e intra-europeus. Portugal conseguiu obter um retorno pela privatização da ANA “que será internacionalmente reconhecido como o melhor que foi efetuado até hoje, por qualquer outro país”, afirmou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho durante uma visita ao Museu Machado de Castro, em Coimbra. Com esta operação, o Governo atraiu investimento externo “com relevância muito grande”
para a ANA, uma empresa significativa em Portugal. A privatização integra o memorando assinado com a troika. “Nós conseguimos concretizar essa operação de privatização, com muito sucesso, ao contrário daquilo que durante muito tempo se disse: era assim uma espécie de venda ao desbarato, o Governo estaria a vender as jóias todas a preço demasiado baixo, foi exatamente o contrário o que se passou”, declarou Pedro Passos Coelho.
Subida de taxas aeroportuárias? O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, revelou no Parlamento ter sido informado pelo Governo que a privatização da ANA - Aeroportos de Portugal poderá fazer subir as taxas aeroportuárias até 14 por cento em Lisboa e baixá-las 25 por cento na Madeira. Em declarações na comissão parlamentar da Economia e Obras Públicas sobre os processos de reprivatização da TAP e de privatização da ANA requerida pelo PS, Francisco Calheiros disse, citado pela Lusa, que foi recebido pelo secretário de Estado dos Transportes. Sérgio Monteiro terá indicado estar previsto no caderno de encargos para a concessão da ANA que as taxas aeroportuárias poderão subir no aeroporto de Lisboa até um limite máximo de 12% a 14%, sendo que irão manter-se no Porto, e baixar 25% “num dos aeroportos mais caros da Europa”, na expressão de Calheiros, que é o aeroporto da Madeira. As taxas aeroportuárias “são claramente um factor diferenciador numa de duas empresas absolutamente estruturais para o turismo portugês e preocupa-nos o facto das taxas do aeroporto de Lisboa possa subir na ordem dos 12 a 14%. Não está decidido, mas é um limite que está previsto e poderá vir a acontecer», indicou o presidente da CTP, à margem da audição.
viajar 2013 / JANEIRO
Aviação
29
TAP ultrapassa a barreira dos 10 milhões de passageiros A TAP ultrapassou os dez milhões de passageiros na véspera de Natal, um valor nunca antes alcançado num ano completo de atividade, informou a companhia aérea liderada por Fernando Pinto. “No final do dia 24 de dezembro, a TAP atingiu os 10.018.974 passageiros”, o que representa um acréscimo de 4,4% face ao mesmo período ano anterior, informou em comunicado a companhia aérea. Em 2011, a TAP transportou um total de 9.752.000 passageiros, abaixo da barreira dos dez milhões de passageiros. Já na passada sexta-feira, um dia depois de o Governo ter decidido rejeitar a proposta da Synergy e adiar a privatização da TAP, Fernando Pinto disse que a companhia está com “melhores resultados em todos os negócios até novembro”. Em comunicado, a TAP adianta que, em 2012, até esta altura, os melhores resultados da TAP, em termos absolutos, verificaram-se nas linhas da Europa, onde a TAP transportou mais de 300.000 passageiros do que em 2011. Por seu lado, em termos relativos, os melhores resultados foram alcançados no setor dos Estados Unidos com um crescimento de 19,3% (fruto da recente abertura da linha de Miami) e nas ligações para África com um crescimento de 10,4%. No comunicado, Fernando Pinto considera que “a TAP e os seus trabalhadores estão de parabéns, porque estes resultados só foram possíveis graças ao seu esforço, dedicação e profissionalismo”. Na sequência do fim do processo de privatização, o Governo pretende implementar um plano de estabilização na tesouraria da TAP para assegurar a sustentabilidade da companhia aérea.
Fernando Pinto
“Privatização da TAP não é uma necessidade absoluta”
O
presidente do conselho de administração da Transportadora Aérea Portuguesa reconhece que a privatização é uma oportunidade importante, mas não uma necessidade absoluta. Fernando Pinto reage assim à decisão do Governo de suspender a venda da empresa ao empresário German Efromovich. “Não é uma necessidade absoluta para a sobrevivência”, afirmou o gestor esta sexta-feira, em conferência de imprensa, marcada para esclarecer alguns equívocos que, em seu entender, foram divulgados na imprensa durante o processo de privatização. Fernando Pinto desmentiu as notícias de mau desempenho. “Há um grande equívoco, pois a empresa tem tido um desempenho muito bom, inclusive neste ano, em todos os negócios estamos bastante melhores do que no ano passado, onde já obtivemos resultados interessantes. A empresa tem tido, nos últimos 12 anos, um nível de crescimento bem acima da média europeia”. “A empresa vai continuar a crescer e dentro das dificuldades vai continuar a investir para continuar o bom trabalhado feito. Mas mais importante é valorizar a empresa, o que passa por uma restruturação mais profunda, para a próxima etapa de privatização”, acrescentou. Em conferência de imprensa, o presidente da Tap disse que já pediu uma reunião ao Governo para discutir o futuro da companhia aérea, na qual também será debatido a continuação ou não da actual equipa, liderada por Fernando Pinto. “Depende da vontade do Governo, minha e da equipa”, respondeu o gestor a todas as questões sobre a renovação ou não do mandato, realçando que “a empresa não depende de pessoas, mas de projetos, de planos, de orçamentos”. O mandato da actual administração terminou a 31 de Dezembro de 2011, estando desde então em regime de gestão, a pedido do Governo, para
auxiliar no processo de privatização. O Governo espera pela melhor oportunidade para voltar a avançar com a venda da TAP. A garantia foi deixada no Parlamento pelo primeiroministro, que aproveitou para criticar todos os que se insurgiram contra o processo de privatização da empresa, garantido total transparência de procedimentos. Pedro Passos Coelho lembra as restrições impostas pela Comissão Europeia, lamenta o desfecho da não concretização do negócio, mas acredita que haverá uma melhor oportunidade. “Há duas dificuldades objetivas. A primeira é que a própria legislação europeia não permite que quem venha a comprar a TAP, não sendo europeu, possa deter mais do que 49% do capital da empresa, o que
significa restringir fortissimamente o tipo de candidatos que podemos ter à privatização”, começou por explicar. “Em segundo lugar, aqueles que mais interesse dentro do espaço europeu têm na TAP, nós não temos interesse nas suas propostas, porque não defendem o ‘hub’ de Lisboa e o interesse estratégico nacional”, acrescentou. “Por essa razão nós não deixaremos de aguardar a melhor oportunidade para que aqueles que têm condições para poder vir a um processo bemsucedido o possam fazer, no tempo que nos viermos a escolher”, concluiu Passos Coelho. Quem não cresce, perde, ou morre. É uma regra do mercado e um risco em que a TAP incorre, se não for privatizada rapidamente, alertou a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em declarações à Renascença. Pedro Ferreira, da APAVT acha que o Governo deve retomar o processo de privatização o mais depressa possível. “Toda a gente sabe que a TAP tem de ser privatizada, por causa da sua situação em termos de balanço, tem necessidade de capitalização. Sem um processo de privatização, rápido, o processo de crescimento pode estar em risco. O crescimento é vital para a TAP e a TAP é crucial para turismo do país”, considera Pedro Ferreira.
TAP nas 10 companhias mais seguras do mundo A TAP é a sétima companhia aérea mais segura do mundo, mantendo a sua posição no TOP 10 do ranking mundial de segurança de voo, elaborado anualmente de forma independente pela Jet Airliner Crash Data Evaluation Centre (JACDEC). Entre as companhias europeias a TAP é considerada a segunda mais segura, só ultrapassada pela Finnair, que ocupa o primeiro lugar do ranking mundial. É de registar que a companhia aérea finlandesa realiza acções de grande manutenção dos seus aviões na TAP Manutenção & Engenharia. O ranking anual elaborado pela JACDEC baseia-se em cálculos de segurança de voo que incluem todos os acidentes e incidentes graves registados pelas companhias nos últimos 30 anos, entre outros aspectos. A TAP baixou duas posições no ranking em relação ao ano anterior apenas devido ao envelhecimento, em um ano, da idade média da sua frota, à qual não foi adicionada nenhuma aeronave nova em 2012.
Última
30
Turismo do Algarve
sensibiliza cônsules para a importância do setor
O
presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, anunciou que o empenho dos parceiros regionais é “essencial” para o sucesso do setor do turismo no Algarve durante a reunião informal que manteve com os representantes do corpo consular acreditado na região. “O Algarve é o maior destino turístico do país e o Turismo é a principal atividade económica da região, pelo que no atual contexto interno recessivo é essencial o empenho de todos os parceiros regionais para o sucesso do setor”, afirmou Desidério Silva no encontro que serviu para a apresentação de cumprimentos. O presidente do turismo algarvio reforçou que o Algarve é ponto de encontro de turistas de diferentes nacionalidades e agradeceu os esforços desenvolvidos pelos cônsules para defender os interes-
ses do destino nos países que representam. A oportunidade serviu ainda para reunir contributos para a valorização turística do Algarve, como a promoção externa e a visibilidade do país nos mercados emissores, as ligações aéreas diretas ao Algarve, a emissão de vistos turísticos ou a introdução de um sistema mais simplificado para pagar portagens na Via do Infante. Desidério Silva comprometeu-se a ouvir os cônsules em nova reunião a ter lugar dentro de três meses, onde a discussão sobre estas questões será aprofundada.
Conrad Algarve lança Conrad Concierge, novo serviço de luxo tecnológico O Conrad Algarve acaba de anunciar um serviço personalizado e intuitivo: o Conrad Concierge. Esta tecnologia está preparada para estar totalmente integrada com os sistemas de gestão dos hotéis em todo portfólio da marca. Conrad Concierge convida os viajantes a personalizarem as suas estadias através de um dispositivo móvel em mais de 20 hotéis e resorts da marca Conrad. Com o serviço Conrad Concierge, os hóspedes têm agora a possibilidade de personalizar os detalhes de uma estadia num hotel, antes, durante e depois de cada visita através de um smartphone ou tablet. A tecnologia inovadora móvel permite que os hóspedes, do Conrad Algarve e de outros hotéis da marca, mais de vinte espalhados por todo o mundo, experimentem o serviço de luxo inteligente proporcionando uma
estadia única e personalizada. Este serviço dá a possibilidade de escolha entre a linha de produtos para o banho, a escolha da almofada preferida, pré-reserva de jantar através do ‘Room Service’, etc, o Conrad Concierge, desta forma, cumpre com a filosofia da marca - ‘The Luxury of Being Yourself”. Num inquérito nacional realizado a consumidores norte-americanos, o Conrad Hotels & Resorts revelou que 77% dos viajantes valorizam o serviço quando escolhem um hotel. Além disso, perto de 70% dos viajantes americanos preferem hotéis que possam personalizar as suas experiências, de modo a reflectir os seus desejos pessoais e as suas necessidades. Com apenas alguns clicks, os utilizadores podem gerir uma série de serviços incluindo room service, transporte, atracções locais, reservas de spa, pedido de housekeeping, serviço de despertar e muito mais. A tecnologia está disponível em 13 línguas e está preparada para ser utilizada nos sistemas operativos da Apple e do Android. Desta forma, os hóspedes poderão aceder este serviço luxuoso e personalizado através de um smartphone ou tablet.
viajar 2013 / JANEIRO
Reforçadas as opções nas ligações a partir de Lisboa e do Dubai A TAP Portugal e a Emirates acabam de dar início a um acordo de cooperação comercial, que se traduz na oferta de uma escolha alargada e mais conveniente de serviços aos passageiros das duas companhias. Com base no acordo estabelecido, quer os Clientes da TAP quer os da Emirates passam a dispor da facilidade de emissão de um único bilhete com itinerários combinados em voos operados em code-share nas redes de ambas, e também do entrosamento dos respetivos programas de Passageiro Frequente, o programa Victoria da TAP e o Skywards da Emirates. Ao abrigo do acordo, o código e número de voo da Emirates será associado aos voos da TAP entre Lisboa e Porto, Faro e Funchal na rede doméstica, e Sevilha, Madrid e Barcelona, em Espanha. De igual modo, a TAP coloca o seu código e número de voo em serviços operados pela Emirates entre Lisboa e o Dubai, Banguecoque, Hong Kong, Kuala Lumpur e Singapura. “Através da operação em code-share nos voos da Emirates para o Dubai, Banguecoque e Singapura, Hong Kong e Kuala Lumpur, a TAP passa a oferecer aos seus Clientes ligações mais diretas e convenientes e uma maior diversidade de escolha de serviços para a Ásia e o Golfo Pérsico, em particular. A oferta desses novos serviços constitui também mais um atractivo para os passageiros voarem, via Lisboa, entre destinos servidos pela nossa rede e o Dubai”, referiu José Guedes Dias, Director de Alianças e Relações Externas da TAP. Os membros dos Programas de Passageiro Frequente das duas companhias beneficiam da possibilidade de acumular e utilizar milhas bónus Victoria com a TAP e milhas Skywards com a Emirates. A utilização de milhas acumuladas é feita numa base de reciprocidade, tanto em classe Económica como em Executiva. Os membros Victoria podem acumular milhas bónus em classe Económica, Executiva ou em Primeira quando viajarem em voos da Emirates, e os membros Skywards podem acumular milhas bónus em classe Económica ou Executiva em serviços operados pela TAP. “Este novo acordo de code-share com a TAP traduz-se na oferta de ligações convenientes e também de mais benefícios aos nossos membros do Programa Skywards, através do acordo de reciprocidade dos programas de passageiro frequente, possibilitando-lhes ganhar e utilizar milhas Skywards quando viajarem com a TAP”, disse Thierry Antinori, Vice-Presidente Executivo da Emirates, Vendas Globais de Passageiros. “O posicionamento de ambas as companhias permitelhes beneficiar do aumento da procura para viagens de negócios ou lazer entre Portugal e os Emirados Árabes Unidos, assim como para pontos no Médio e Extremo Oriente além do nosso hub no Dubai. A TAP é a companhia aérea líder em Portugal e vemos com expectativa o reforço do nosso relacionamento.” Presentemente, a Emirates opera voos diretos e diários para Lisboa em equipamento Boeing 777-200ER com capacidade para 274 passageiros. Os voos EK 191 partem do Dubai às 09h15 e chegam a lisboa às 14h45, com a possibilidade de ótimas ligações a um conjunto de serviços da TAP. O voo de regresso, o EK 192 sai de Lisboa às 17h55 e aterra no Dubai às 04h35 (dia seguinte).