Viajar Magazine - Edição de Fevereiro 2013

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO Fevereiro 2013

msc Crescimento em Portugal

MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 311 - 2ª série Preço 2,00

828 milhões de euros para dinamizar turismo

Adolfo Mesquita Nunes é o novo SET

espanha em destaque nesta edição

residencial

moving your way Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

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Altis e amorim Parceria já dá frutos



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Em Foco

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O B S E R VA Ç Ã O

Empresários nacionais dão nota negativa à economia A avaliação da economia portuguesa feita por 60 gestores de topo de médias e grandes empresas presentes no mercado nacional é negativa. A nota – 9, numa escala de 0 a 20 – reflete a preocupação dos empresários, que colocam no topo da lista de problemas o financiamento (69% dos inquiridos), a carga fiscal (52%) e a ineficácia da justiça (51%), de acordo com as conclusões da primeira edição do Barómetro Kaizen, que terá periodicidade trimestral. Para 2013, os empresários esperam um maior controlo de custos (80% dos 60 inquiridos) e aumento das exportações (68%), contra decréscimos na faturação (70%) e rentabilidade (54%). Quanto à inovação, a expectativa é que se mantenha igual a 2012 (45%). Ainda no lançamento do novo ano, os gestores esperam do Ministério da Economia e Emprego (MEE) que fomente o financiamento das empresas (70%), que crie programas de incentivo às exportações (63%) e de estímulo ao investimento para empresários nacionais (62%). Outra aposta que consideram relevante para a pasta liderada por Álvaro Santos Pereira é a captação de investimento direto estrangeiro (58%). Este instrumento de avaliação da economia nacional é constituído por uma questão fixa e três variáveis, que incidirão sobre o clima económico de cada trimestre. A pergunta fixa é, precisamente, a avaliação quantitativa da economia, que nesta primeira edição mereceu “negativa” dos 60 inquiridos. Por ser trimestral, o Barómetro Kaizen permite avaliar a evolução de vários itens da economia portuguesa. Será, pela oportunidade e pela notoriedade dos gestores que o compõem, um instrumento vital para analisar a conjuntura económica do país e lançar uma agenda de discussão pública sobre temas que estimulem a retoma de Portugal.

Governo quer dinamizar turismo residencial

O

Governo apresentou o “Living in Portugal”, um programa de promoção do turismo residencial que conta com um investimento de 828 milhões de euros em dois anos. O objetivo é potenciar a venda de casas a estrangeiros que queiram ter uma segunda residência no território português. O turismo residencial que o Governo está empenhado em promover pode render bem mais de mil milhões de euros. Basta que aumentem as vendas deste tipo de casas, permitindo assim criar emprego e ainda ajudar a construção e o imobiliário. Esse é um dos objectivos do programa ‘Living in Portugal’. “Portugal ainda não é muito competitivo. No sul da Europa as vendas ascendem a 100 mil unidades e Portugal só tem 4% destas vendas. Espanha tem 40%, França tem 25% e Itália 15%. Ainda assim, estes quatro mil imóveis geram receitas de mil milhões de euros e isso é algo que queremos aumentar”, disse o Ministro da Economia, acrescentando ainda que a “aposta no turismo residencial é uma aposta na economia”. De acordo com o ministro, o turismo residencial produz “efeitos importantes para a economia”. As visitas que gera “representam 9% da riqueza do PIB e de 8% do emprego e em 2011 somaram receitas externas líquidas de 5,1 mil milhões de euros”. É nesse sentido que Álvaro Santos Pereira diz que se deve “incentivar a compra de casa em Portugal” por parte dos estrangeiros. Para isso, diz, “é preciso que haja iniciativa privada para investir e apoio fiscal. Nesse sentido, o Governo uniu o ministério da Economia, aos ministérios da Administração Interna, das Finanças e dos Negócios Estrangeiros para tornar os instrumentos

jurídicos mais competitivos. Foi assim criado um visto que dá autorização de residência aos estrangeiros que comprem casas a partir de 500 mil euros e criou-se um regime fiscal “que é dos mais competitivos da Europa”, disse Santos Pereira, acrescentando que estes mecanismos são “essenciais para atrair investimento”. Mais de 20 mil estrangeiros adquiriram, em 2012, autorizações de residência em Portugal, sendo sobretudo cidadãos oriundos do Reino Unido, Espanha, Holanda e Alemanha, disse o ministro da Administração Interna. Miguel Macedo adiantou que, no programa de processamento de entradas e saídas de Portugal (PASSE), foram registadas 5,6 milhões de pessoas no ano passado, das quais 1,1 milhões tinham mais de 50 anos. O ministro da Administração Interna afirmou que estes “números são bem significativos da importância que o sector do turismo tem para Portugal”. Também presente na cerimónia do programa “living in Portugal”, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, considerou o projecto “um produto estratégico” para o país. “Portugal está na Europa, perto de África, a um voo da América Latina, tem sol, mar, surf, golfe, turismo religioso, turismo de natureza, turismo de saúde, turismo de negócios, turismo de eventos, excelente gastronomia, é hospitaleiro e é um país seguro. É, no mínimo, isto que nós temos que saber vender, atractivamente e competitivamente, porque há poucos países na Europa que garantem tudo isto ao mesmo tempo”, sustentou. O presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa, resumiu em cinco as metas a alcançar com o “Living in Portugal”: divulgar Portugal, combater

Diretor Executivo Francisco Duarte

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DIRETOR geral José Madureira

a sazonalidade, sustentar a capacidade aérea, apoiar as empresas e escoar a oferta existente. O programa inclui também uma componente de promoção externa da imagem de Portugal, estando agendado um ‘roadshow’ que arranca em fevereiro, em Londres, no Reino Unido, e que deverá passar por países como Alemanha, França, Rússia, Suécia e Holanda até ao final do ano. O Governo, em parceria com o Turismo de Portugal, lançou ainda o portal www.livinginportugal.com, que reúne todo o tipo de informação relevante, desde os regimes jurídicos e fiscais vigentes em Portugal até a informações sobre os sistema de saúde, de educação e de transportes do país.

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Destaque

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Vítor Costa, diretor geral da ATL

“Não depende o investimento em promoção a retoma do mercado espanhol”

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ão vale a pena fazer o mesmo nível de investimentos em promoção no mercado espanhol que faziamos anteriormente porque, não depende dos investimentos, a sua retoma, devido à situação económica que se vive atualmente em Espanha”, declarou à Viajar o diretor geral do Turismo de Lisboa, Vítor Costa, a propósito do impacto da queda deste mercado para a cidade. “Embora sendo um mercado onde continuamos a fazer maiores investimentos, este ano reequilibrámos e canalizámos os meios para outros mercados que possam compensar essa quebra do mercado espanhol,

numa perspetiva que haja uma retoma mais tarde”, evidenciou o responsável. A Espanha é o primeiro mercado estrangeiro para Lisboa e a quebra verificada o ano passado teve impacto negativo, embora, de acordo com Vítor Costa, em termos de visitantes e de dormidas, a cidade tenha conhecido alguma subida porque “a quebra do mercado espanhol foi compensada por outros mercados, nomeadamente, o brasileiro, o russo, o alemão e o holandês”. Para este ano, as notícias também não são boas em relação a esse mercado. Vítor Costa referiu que “não temos elementos que indiquem uma

retoma. As organizações internacionais não apontam para uma recuperação significativa do mercado espanhol, ao contrário, apontam para uma situação negativa, e da Europa em geral. A última previsão do FMI, em vez de um crescimento de 0,2%, aponta para uma recessão de 0,2% na Zona Euro, embora isso não se vá refletir em todos os países da mesma forma. Há uns que crescem, como é o caso da Alemanha, embora menos do que se esperava, e há outros que crescem menos”. Assim, para o responsável, “o que tevemos que fazer é estar atentos e olharmos especificamente para as oportunidades, nichos e alternativas que existam”. Daí que, pela primeira vez, o Turismo de Lisboa tenha lançado um programa de promoção na internet, de Lisboa cidade de compras, que inclui três mercados:

Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP: Quebra do turismo espanhol não compensou subida de outros mercados “A quebra simultânea do mercado espanhol para Portugal e do nacional não conseguem compensar o crescimento que temos tido dos mercados tradicionais, tais como a Alemanha, a Holanda e a França, e mesmo dos mercados emergentes”, disse à Viajar a presidente da Direção Executiva da AHP, Cristina Siza Vieira. A responsável refere que o impacto da queda do mercado espanhol para a hotelaria portuguesa é enorme, já que se trata do segundo mercado em número de hóspedes e terceiro tanto em termos de dormidas como de receitas. “Por isso, quando Espanha espirra nós constipamos a sério”. Em 2012 o turismo espanhol teve um decréscimo de 11,4% em número de hóspedes, 10,1% em dormidas e 1,5% em receitas. Assim, embora a hotelaria sozinha não possa fazer muito, na opinião de Siza Vieira, “a preocupação máxima neste momento é continuar a seduzir os espanhóis que viajam e fazem turismo em Portugal, pelo conhecimento que têm do nosso destino e pelo

preço que praticamos. Já vimos que não conseguiremos crescer portanto, a ideia é sobreviver nesse mercado, ou seja, manter a taxa de sustentação”. Para a responsável “o objetivo é continuar a conservar os turistas espanhóis que já temo porque, apesar de tudo, a quebra das receitas foi inferior à descida das dormidas e do número de hóspedes, o que signfica que estamos a conseguir um posicionamento interessante em termos de receitas daquele mercado”. Com verbas para a promoção turística internacional cada vez menores, Cristina Siza Vieira realça que, neste momento, a questão que se coloca é que tipo de ações se devem desenvolver, nomeadamente em Espanha. “Mais do que o volume do investimento, temos que perceber que o espanhol é particularmente sensível à questão da proximidade e do preço, portanto, o investimento na promoção deve ser dirigido para a imagem de um Portugal aqui tão próximo e para o value for money”.

Brasil, Rússia e Angola. Segundo Vítor Costa, “pela primeira vez vamos fazer uma pequena campanha em Angola, para potenciar este segmento. São oportunidades que temos que aproveitar. Apesarde não substituir o grosso da nossa composição de mercados, temos que estar atentos e flexíveis para encontrar algumas respostas e alternativas”. No entanto, para este ano “pensamos que, globalmente, Lisboa não vá descer. A nossa previsão é de estgnação e, o nosso plano foi feito na perspetiva de tornar a haver uma situação negativa do mercado espanhol”, considerou o diretor-geral da ATL. Entretanto, a Global Blue, empresa financeira que visa promover o consumo dos turistas internacionais no comércio local, através do reembolso do Tax Free Shopping, estabeleceu recentemente uma parceria com a Direção de Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, para a promoção da cidade de Lisboa enquanto destino internacional de compras. O projeto Lisbon Shopping Destination tem como objetivo central explorar a ligação entre o comércio e o turismo, posicionando a cidade de Lisboa como uma “passagem obrigatória” para todos os turistas internacionais que queiram ter a melhor experiência de viagem para as suas compras. Enquanto parceira, a Global Blue está a apoiar na visibilidade do projeto, quer a nível nacional como internacional, ajudando na sua comunicação e recorrendo a diversos suportes de marketing on line e off line que a empresa dispõe. De acordo com dados da Global Blue, Lisboa tem já uma elevada notoriedade internacional, sendo neste momento um destino internacional de compras com muito potencial de atração do globeshopper e dos turistas internacionais, em particular provenientes de Angola, do Brasil, da Rússia e da China.


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Destaque

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Receitas turísticas aumentam 6%

Espanha recebe cerca de 58 milhões de turistas O

número de estrangeiros que entraram em Espanha aumentou em 2012 em 3% ou cerca de um milhão, para 57,9 milhões, fazendo do ano passado o terceiro melhor da história em termos de entradas, depois de 58,4 milhões em 2006 e 59,2 milhões em 2007, segundo declarações ontem do ministro José Manuel Soria, que avançou ainda que os gastos dos turistas aumentaram 5,9%, para 55,77 mil milhões de euros. O ministro da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soria, citado pela imprensa espanhola destacou que 2012 foi um “bom ano para o turismo”, graças ao maior número de turistas, às maiores receitas, juntamente com o excedente registado pela balança de pagamentos do sector turístico espanhol. Para 2013 o ministro adianta ainda que “o número de visitantes irá crescer, assim

como os seus gastos e dormidas que fazem no país”. Durante os últimos meses além de um crescimento quantitativo também se verificou um crescimento qualitativo, tendo o gasto médio por pessoa aumentado em 2,7%, para 968 euros e

o consumo médio diário subiu 6,8%, para 109 euros. No total os turistas deixaram em Espanha 55,77 mil milhões de euros, mais 5,9% face a 2011 o que levou o ministro a lembrar que 11,9% dos empregados trabalham no sector do turismo. Os mercados tradicionais Reino Unido, Alemanha e França, além dos emergentes: Rússia, Brasil, China e Índia foram os responsáveis pelo crescimento, diz a imprensa espanhola. Na Europa, a França liderou o crescimento do número de

turistas com mais 6%, seguido da Alemanha com mais 4,1%. As chegadas do Reino Unido cresceram ligeiramente em 0,6%. Os países emergentes consolidaram em 2012 a sua cada vez maior importância no turismo espanhol, em especial a Rússia, cujas entradas aumentaram em 43% e ultrapassaram o milhão de turistas, com um gasto médio por turista de 1.536 euros. O mesmo acontece com o Brasil, cuja média de gasto por pessoa dos 350 mil turistas foi 1.800 euros. Para 2013 a tendência manter-se-á, estimou o ministro citado no “El País”. O ministro sublinhou ainda o crescimento das chegadas de turistas internacionais à Catalunha, em mais 9,8%, Baleares que aumentaram em 3,6% e Madrid em 2,1%. Referindo-se ao mercado interno, disse que as viagens dos espanhóis aumentaram ligeiramente, em 0,5% para 161,5 milhões.

1,076 milhões, e o conjunto dos restantes países não especificados, em 1% ou cerca de 140 mil, para 13,801 milhões. Os dados do IET indicam que em 2012 mais uma vez as low cost ganharam quota de mercado. De acordo com o IET, as low cost, apesar da queda das chegadas totais, tiveram um aumento dos desembarques em aeroportos espanhóis em 1,4% ou cerca de meio milhão, para 36,614 milhões, enquanto em companhias “tradicionais” houve uma queda de 3,2% ou cerca de 880 mil desembarques, para 26,509 milhões. Para o aumento das chegadas em low costs concorreram incrementos nas chegadas de voos procedentes de França, em 14% ou cerca de 280 mil, para 2,271 milhões, Países Baixos, em 2,2% ou cerca de 42 mil, para 1,946 milhões, Suíça, em 6,9% ou cerca de 69 mil, para 1,071 milhões, Bélgica, em 4%

ou cerca de 37 mil, para 954 mil, Irlanda, em 6,7% ou cerca de 87 mil, para 1,385 milhões, Noruega, em 10,2% ou cerca de 61 mil, para 663 mil, Suécia, em 30,9% ou cerca de 150 mil, para 633,3 mil, e conjunto dos restantes países, em 1,8% ou cerca de 55 mil, para 3,104 milhões. Em queda estiveram os desembarques de voos low cost procedentes do Reino Unido, em 0,1% ou cerca de 13 mil, para 13,053 milhões, Alemanha, em 0,3% ou cerca de 21 mil, para 7,17 milhões, Itália, em 5% ou cerca de 194 mil, para 3,677 milhões, e Portugal, em 5,9% ou cerca de 42,8 mil, para 682,9 mil. Em companhias “tradicionais”, segundo o IET, apenas aumentaram as chegadas da Suíça, em 5,9% ou cerca de 74 mil, para 1,329 milhões, e Noruega, em 8,3% ou cerca de 43 mil, para 563,1 mil, e nos dois casos menos do que aumentaram em low cost.

Passageiros de voos internacionais cai 0,6% Os aeroportos espanhóis tiveram menos desembarques de passageiros de voos internacionais no ano de 2012, informou o IET, que indica uma queda de 0,6% para 63,1 milhões, representando um decréscimo de aproximadamente 381 mil chegadas. As estatísticas do IET indicam que em 2012 apenas foram excepção às quedas as chegadas em ligações procedentes de França, com um aumento de 4,7% ou cerca de 215 mil, para 4,794 milhões, Suíça, com +6,4% ou mais cerca de 145 mil, para 2,4 milhões, Bélgica, com +1,2% ou mais cerca de 25 mil, para 2,148 milhões, Suécia, com +5,4% ou mais cerca de 66 mil, para 1,287 milhões, e Noruega, com +9,3% ou mais cerca de 105 mil, para 1.226 milhões. Estes aumentos, no entanto, foram insuficientes para compensar as restantes quedas, designadamente

por que entre elas se incluem as três maiores origens de passageiros, o Reino Unido, a Alemanha e Itália, que em conjunto representaram mais de metade dos desembarques (50,8%). As chegadas do Reino Unido baixaram 0,6% ou cerca de 95 mil, para 15,679 milhões, no caso da Alemanha o decréscimo foi de 0,4% ou cerca de 44 mil, para 11,037 milhões, e Itália foi a origem que mais baixou, tendo um decréscimo de 8,6% ou mais de meio milhão, para 5,378 milhões. A estas quedas somaram-se ainda os decréscimos nas chegadas de voos procedentes dos Países Baixos, em 1,4% ou cerca de 40 mil, para 2,767 milhões, Portugal, em 5,4% ou cerca de 87 mil, para 1,525 milhões (ver mais em: “Tradicionais” ganham mercado às low costs nos voos de Portugal para Espanha em 2012), Dinamarca, em 1,9% ou cerca de 20 mil, para


Destaque

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Portugal com melhor stand internacional na Fitur TAP reforça em 2012 presença no mercado espanhol A TAP reforçou a sua presença no mercado espanhol em 2012, ano em que registou um crescimento de três por cento no número de passageiros transportados entre Espanha e Portugal e um aumento, de três pontos percentuais, na taxa de ocupação (load factor) dos seus voos entre os dois países, apesar de ter mantido a oferta de voos face ao ano anterior, optimizando no entanto a gestão da frota utilizada. Nos principais aeroportos espanhóis, a TAP é líder nas ligações com Portugal, reforçando em 2012 a sua quota de mercado em Madrid, com mais 3,1 por cento, e também em Barcelona, onde cresceu 1,35 por cento. Os crescimentos mais acentuados em termos de quota de mercado verificaram-se em Bilbau e Valência. Em declarações efectuadas na FITUR, Carlos Paneiro, diretor de vendas da TAP, afirmou que “no ano passado, depois de um primeiro semestre difícil, conseguimos recuperar no segundo semestre e atingir este crescimento de mais três por cento de passageiros transportados entre Espanha e Portugal e, ao mesmo tempo, crescer as receitas no mercado espanhol”. Victoria William, a representante da TAP no país vizinho, considera que “com as acções que estamos a programar em termos de operação no mercado espanhol, prevemos que 2013 seja um ano ainda melhor”, acrescentado que “verifico com agrado que, neste momento, a nossa operação de verão para a Madeira, com dois voos por semana de Madrid e um de Barcelona, está já a dar ótimas indicações”.

P

ortugal foi premiado, pelo terceiro ano consecutivo, como o “Melhor stand internacional” da Fitur de Madrid. A Fitur 2013 (feira de turismo) realizou-se até 3 de Fevereiro, na capital espanhola, e recebeu a visita de mais de 200 mil pessoas. A presença do Turismo de Portugal nesta 33.ª edição da FITUR esteve assente no conceito “A vida num bairro português”, procurando transmitir aos visitantes experiências relacionadas com a vivência em comunidade, nas vertentes cultural, artística ou gastronómica, reproduzindo espaços como um restaurante, uma padaria ou um quiosque. Aliás, a experiência gastronómica foi proporcionada pelos alunos das Escolas de Hotelaria e Turismo de Lamego e Estoril que oferecem de-

gustações de produtos tradicionais da gastronomia portuguesa (vinhos, azeites, conservas, pastéis de nata, enchidos) aos visitantes da feira, no espaço “Prove Portugal”. Para além destes, o turismo religioso, as comemorações do Ano da Arquitectura Portuguesa, o espaço Prove Portugal estiveram também estar em destaque. A entrega do prémio foi feita pela diretora da Fitur Ana Larrañaga e o presidente do juri Javier Valdés, à vogal do conselho directivo do Turismo de Portugal Lurdes Vale, numa cerimónia onde esteve também o adido de Turismo do AICEP em Espanha, Miguel Perestrello. Ao todo foram sete regiões presentes e 24 empresas participantes no certame - Douroazul, SA; Natura Imb Hoteis/Montebelo Hotels & Resorts; SANA Hotels; Vip Grand

Lisboa Hotel & Spa; ANA Aeroportos de Portugal; Dom Pedro Hotels; Hotéis Heritage Lisboa; Hotel Estoril Eden; Hotel Mundial; Hotéis Real; Pestana Hotels; Portugalres SA; Lunahoteis; Vila Galé Hotéis; EC Travel - Eliseu Correia; Tivoli Hotels & Resorts; On Pro Travel Solutions; Agência de Viagens Windsor; Aeroportos da Madeira; Be Travel Group; SATA Internacional; Investaçor Hoteis; Azores Islands Turangra – Viagens; TAP Portugal.

Turismo do Algarve faz balanço positivo da sua participação na FITUR Uma grande abertura à oferta do Algarve por parte dos agentes do setor espanhóis foi o principal resultado da presença do Algarve na feira de Turismo FITUR. Desidério Silva, presidente da Associação Turismo do Algarve, regressa com o sentimento de missão cumprida após uma jornada exaustiva de reuniões e entrevistas que preencheram a agenda da feira. “Desta feira então cumpridas as metas a que a região do Algarve se propôs: o reforço da marca Algarve junto de um mercado tradicional de proximidade, o aprofundar de relações com os players espanhóis, nomeadamente ao nível de diversas entidades públicas e privadas do setor e a perspetiva de aumento do número de dormidas fora da época alta e o atenuar da sazonalidade do destino”, de acordo com comunicado da entidade regional. O responsável reuniu quer com companhias aéreas, quer com diversas entidades e associações em-

presariais deste mercado, que “resultaram em perspetivas bastante positivas para a região”, refere comunicado do Turismo do Algarve. A Ryanair e a Jet2 foram as companhias aéreas que aproveitaram o mote da Feira para reunir com o presidente Desidério Silva com o objetivo de fortalecer as parceiras existentes, trabalhar o futuro das ligações para a região e definir estratégias conjuntas para incrementar a entrada de turistas no Algarve em épocas de menor tráfego. Do contato com as comunidades da Andaluzia, Estremadura, Galiza e Catalunha, Desidério Silva constatou um crescente e redobrado interesse em estreitar as relações com o Algarve. O diretor de Turismo do Consórcio de Sevilla, o vice presidente do Parlamento da Província da Extremadura, o presidente da Deputación de Pontevedra), a secretária de Turismo do Governo da Galiza, o presidente da Comunidade de Tortosa (Cataluña) e o delegado

Territorial do Governo de Terres de l’Ebre, foram alguns dos nomes que reuniram com o presidente da ATA. No âmbito destas reuniões de trabalho conjuntas, os representantes destas regiões manifestaram grande abertura e interesse em incrementar o envio de turistas para a região, não apenas durante o período de verão, mas igualmente durante os meses de inverno. Ficaram igualmente definidas, no decurso dos trabalhos, algumas ações conjuntas, calendarizadas para promoção do Algarve nestas regiões de Espanha. “Desta feira então cumpridas as metas a que a região do Algarve se propôs: o reforço da marca Algarve junto de um mercado tradicional de proximidade, o aprofundar de relações com os players espanhóis, nomeadamente ao nível de diversas entidades públicas e privadas do setor e a perspetiva de aumento do número de dormidas fora da época alta e o atenuar da sazonalidade do destino.


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Turismo

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FITUR: Centro de Portugal lança novo guia de oferta turística O Centro de Portugal, através da Agência Regional de Promoção Turística do Centro (ARPTC), esteve mais uma vez presente na Feira Internacional de Turismo de Madrid – FITUR 2013, tendo aproveitado a ocasião para apresentar na nnova brochura BEST OF 2013 Centro de Portugal. O BEST OF agrega a oferta turística regional, nas suas diversas componentes (Alojamento, Animação, Turismo Activo, Restauração e similares, Spa e Termalismo, Enoturismo, Agências de Viagens / DMC / Rent-a-Car, entre outros). Destaque para a forte afluência de profissionais ao stand de Portugal, e especificamente, à área destino “Centro de Portugal” e consequente concretização de reuniões de trabalho. Do mesmo modo, a FITUR 2013 fica marcada pela grande mobilização dos empresários e autarcas regionais, que se deslocaram até Madrid, demonstrando claramente o dinamismo, coesão de sinergias e capacidade de trabalho em prol do desenvolvimento turístico e económico da região Centro. Segundo declarações de Pedro Machado – presidente da ARPT e da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, “o trade português esteve novamente em Madrid, sob a chancela da marca Portugal, para mais uma acção promocional junto dos operadores e compradores internacionais. Connosco estiveram os decisores e gestores do território, numa estratégia de acção coordenada. É por isso “estranho” verificar a participação isolada da Câmara Municipal de Coimbra na FITUR, com um stand promocional localizado fora da área de Portugal, e com uma imagem gráfica totalmente desarticulada do stand nacional. Julgamos que a presença isolada de Coimbra não dignifica a cidade / Marca Coimbra, e principalmente, que vem retirar visibilidade e importância à candidatura da Universidade de Coimbra, Alta e Rua da Sofia, a património mundial da humanidade pela UNESCO.

6º Salão das Viagens de Negócios agendado para 10 de abril

A

sexta edição do SVNSalão das Viagens de Negócio vai decorrer a 10 de abril no Myriad Cristal Center, sob o tema “New Business Departures”, estando já abertas as inscrições para expositores. As mais recentes tendências da indústria das viagens de negócios, as melhores soluções na gestão eficaz dos orçamentos e as novidades em termos da oferta específica para

este segmento de mercado, são os principais objetivos do Salão das Viagens de Negócio que, uma vez mais, irá contar com a participação de especialistas nacionais e internacionais. Companhias Aéreas, hotéis, rent-a-car, companhias de cruzeiros, regiões de turismo e delegações de turismo de outros países, bem como empresas de tecnologia, são algumas das categorias de expositores que habitualmente participam no SVN, estando já a decorrer a reserva e atribuição de espaços, através do email svn@travelstore.pt ou do telefone 21 356 5346. O SVN destina-se a gestores de viagem, de compras, financeiros ou de recursos hu-

manos, assistentes e secretárias de administração, gestores de eventos corporativos, viagens de incentivo e similares, bem como a viajantes de negócio de uma forma geral, sendo de acesso gratuito mas condicionado a inscrição prévia no site http:// www.salaosvn.pt a partir deste mês. “O corporate é, sem dúvida, um dos poucos segmentos de mercado que está a resistir à crise, pelo que o SVN é uma excelente oportunidade para que as empresas com oferta neste domínio se promovam diretamente junto dos clientes empresariais”, afirma Pedro Vargas, responsável pelo marketing da organização do evento.

APAVT cria certificação de DMC’s Com o objetivo de aproximação aos padrões de qualidade internacionais específicos da área do MICE, a APAVT criou um subcapítulo para DMC’s, destinado aos associados deste subsector de atividade que assegurem um conjunto de requisitos pré-acordados e que pretendam apresentar-se aos mercados com o selo “Certified DMC’s of Portugal”. Ser uma agência de viagens licenciada e membro da APAVT, com atividade há pelo menos quatro anos no segmento MICE, dispor de escritório não residencial permanente, ser independente de fornecedores, dispor de um seguro de responsabilidade civil para a atividade igual ou superior a 1,5 milhões de euros, ser recomendada por quatro clientes internacionais, e aceitar o código de ética da Certified DMC’s of Portugal, são os requisitos de

adesão a este subcapítulo. São também admitidas as unidades autónomas ou departamentos de entidades que sejam agências de viagens associadas e cujo volume de negócios seja, no mínimo de 70%, proveniente do mercado MICE. A adesão dos primeiros aderentes será confirmada pela APAVT e, posteriormente, por um grupo de gestão que integrará, além de representantes da direção da associação, três representantes de DMC’s eleitos pelos próprios membros do subcapítulo. “Trata-se de uma certificação de qualidade assente em padrões reconhecidos internacionalmente, o que oferecerá, às empresas que a venham a obter, uma mais-valia no seu posicionamento”, afirma o presidente da associação, Pedro Costa Ferreira, acrescentando que “é, afinal, mais uma etapa do nosso trabalho na área da qualidade, da

auto-regulação e do espírito das boas práticas”. “Vamos promover, junto do mercado, as vantagens de contratar um DMC certificado, designadamente através da criação de uma imagem de marca e do lançamento de um site, mas sobretudo através de uma monitorização permanente do cumprimento do código de ética e das boas práticas de negócio por parte dos membros certificados”, afirma por seu lado Eduarda Neves, diretora da APAVT que está na génese deste projeto associativo. “Além deste trabalho, seremos também a voz dos DMC’s junto das associações internacionais desta indústria, como são os casos da Site, ADMEI, etc., e vamos procurar aproveitar todos recursos que estiverem a cada momento disponíveis para fomentar o desenvolvimento da atividade”, conclui.


Turismo

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CTP encontra metas demasiado ambiciosas no novo PENT

A

CTP – Confederação do Turismo Português considera demasiado ambiciosas algumas das metas constantes no Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), que esteve em discussão pública até ao dia 31 de janeiro. “Com a incerteza ainda pairando sobre o clima económico europeu, consideramos excessivamente ambiciosas as metas constantes do documento que procede à revisão, se, apesar da aposta também em alguns mercados emergentes, tivermos em conta que 85% das dormidas de estrangeiros em Portugal são provenientes de países europeus”, afirma Francisco Calheiros, presidente da CTP. De salientar também que não foi considerada nem incluída qualquer referência à programação financeira 2014-2020, que integra a nova política da coesão, numa altura em que as prioridades estratégicas de desenvolvimento regional

estão em reflexão. É ainda de lamentar a inexistência de novos produtos estratégicos e o facto de produtos como o Turismo Religioso, Turismo Desportivo e outros não terem ainda ganho o estatuto de estratégicos. Este novo PENT vem proceder à revisão do Plano Estratégico Nacional para o Turismo, aprovado em 2006, para um período de 10 anos, e que já previa uma revisão, para eventuais ajustamentos. Com efeito, as alterações decorrentes da crise financeira e económica que viria a assolar a Europa, a partir de 2009, justificavam plenamente a presente revisão que teve lugar com a participação do setor privado do Turismo e das suas estruturas representativas. Em devido tempo e sobre o proje-

to inicial de revisão, a CTP levantou objeções a algumas das propostas, objeções essas que foram consideradas quase na totalidade. Pelo que, sob esse ponto de vista, a CTP saúda o resultado obtido, sem que naturalmente possa estar 100% de acordo com tudo o que nele está previsto. Os objetivos desenhados no PENT inicial viriam a ficar desajustados da realidade não só por terem sido demasiado ambiciosos, como por terem sofrido os desvios naturalmente decorrentes da significativa descida da procura, quer por parte do mercado interno, quer por parte dos mercados emissores tradicionais, que entrarem igualmente em recessão. Na realidade, as receitas turísticas viriam a ficar 21,5% abaixo do que estava previsto e o número de hós-

Adolfo Mesquita Nunes

é o novo secretário de Estado do Turismo Adolfo Mesquita Nunes é o novo secretário de Estado do Turismo, na sequência de uma mini remodelação governamental levada a cabo no início do mês pelo Chefe do Executivo, Passos Coelho. Adolfo Mesquita Nunes, jurista de profissão, é como Cecília Meireles filiado do CDS/PP. O responsável, enquanto deputado, participou na reorganização administrativa do território das freguesias e na reorganização administrativa de Lisboa. O novo secretário de Estado do Turismo, que já tomou posse, nasceu em 1977 e exerce a profissão de jurista, sendo Mestre em Ciências JurídicoPolíticas (2008), pela Universidade de Lisboa, e licenciado em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa. Mesquita Nunes foi adjunto da secretária de Estado da Segurança Social do Governo de Durão Barroso, e chefe

de gabinete do ministro do Ambiente e Ordenamento do Território do Governo de Pedro Santana Lopes. O novo secretário de Estado do Turismo é também coordenador Grupo Parlamentar do CDS da Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal. Cecilias Meireles deixa a pasta do Turismo agora que a revisão do Plano Estratégico Nacional para o Turismo está em discussão pública. Várias entidades ligadas ao Turismo contactadas pela Viajar mostraram-se surpreendidos com a saída de Cecília Meireles da Secretaria de Estado do Turismo, uma vez que durante ano e meio no cargo, já tinha um conhecimento profundo dos dossiers relevantes, tendo também realçado que o Turismo volta a estar entregue a um governante sem experiência no setor.

pedes internacionais abaixo 13% do esperado, segundo os dados do Turismo de Portugal. Convém ter presente que preencher o gap existente entre a muita oferta instalada e a diminuição da procura dos últimos tempos tem levado à tentação, compreensível mas muito perigosa, de concorrer pelo baixo preço. E perigosa porque uma vez descido o preço é do conhecimento geral que a recuperação do mesmo para níveis sustentáveis é algo difícil de conseguir em curto espaço de tempo. Algumas observações mais sobre este documento que, globalmente, se considera positiva, de salientar que a Região da Madeira que será provavelmente a 2ª região de Portugal com mais proprietários estrangeiros, deveria ser considerada como emergente no produto de turismo residencial e incluída na referência a essa Região esse setor estratégico.

AHP e ANA dão a conhecer ao setor hoteleiro perfil detalhado dos turistas O turismo vai ter disponível mais informação relevante para o setor no seguimento de um protocolo celebrado entre a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal e a ANA Aeroportos de Portugal, no âmbito do projeto “Tourism Think Tank” (TTT), que a associação tem vindo a desenvolver desde fevereiro de 2012. Deste modo, os dados de tráfego e perfil dos passageiros processados nos Aeroportos ANA, a análise mais detalhada sobre as preferências dos turistas que visitam Portugal e a comparabilidade dos aeroportos portugueses com os seus benchmarks internacionais vão ser levados até aos hoteleiros em ações definidas pela AHP e a ANA Aeroportos de Portugal. De acordo com Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP, “este conhecimento é essencial

para o planeamento da atividade turística. A hotelaria é indissociável do tráfego aéreo e do produto turístico do destino. É nessa perspetiva de articulação e partilha de conhecimento que queremos trabalhar, promovendo com os stakeholders do projeto TTT prática e negócio, análises e benchmarkings. A AHP e a ANA Aeroportos de Portugal vão ainda promover e dinamizar em conjunto o International passenger monitor”. “A otimização da utilização das infraestruturas aeroportuárias é crucial para o crescimento do turismo nacional e por isso a cooperação entre a AHP e a ANA é estratégica. A administração da ANA é particularmente sensível e disponível para o aprofundamento desta relação”, declarou ainda aquela responsável da Direção Executiva da Associação”.


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Turismo

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BTL: Rússia aposta no segmento MI Fruto da forte parceria com a TAP e o Turismo de Portugal, a próxima edição da BTL destaca-se pela grande aposta no segmento Meeting Industry (MI) e com ele presença de Hosted Buyers oriundos da Rússia, entre outros. Deste mercado com ligações aéreas diretas são mais de duas dezenas o número de compradores internacionais convidados, de empresas de forte potencial dentro da área de MI. De entre eles destacam-se empresas como a Mits, Aeroclub, ATH, Nicko Travel Club, CBTC, Travelex, 5 Zvezd, Unifest, JTB, FCM Travel, Veresk, BSI group, HRG Russia, Continent express, Evrocontact Plus, Yuzhny Krest, Quinta Tour, entre outras. A possibilidade de na BTL poderem contactar com potencias clientes e, no que diz respeito á Hotelaria de Lisboa poderem conhecer as unidades presentes na feira, é uma excelente oportunidade de negócio. Na opinião de Fátima Vila Maior, diretora da BTL, “nada nos deixa mais satisfeitos do que a presença de um dos segmentos em que mais apostamos este ano, e obviamente de um país com tanto potencial como a Rússia. Terem escolhido estar presentes na BTL este ano demonstra que Portugal é cada vez mais um destino preferencial para a área de congressos e incentivos”.

Visitante 1 milhão BTL ganha viagem à região Centro de Portugal

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o ano em que comemora 25 edições a BTL recebe o visitante um milhão, e isso merece uma comemoração à altura. Como tal o Turismo Centro, região de turismo nacional convidada, oferece ao feliz contemplado uma estadia e viagem por toda a região centro. O roteiro já está traçado e inclui um passeio de quatro dias começando na cidade de Coimbra, com direito a um espectáculo noturno de fado de Coimbra. Depois do Fado ao Centro a viagem é rumo ao Luso, onde o vencedor e acompanhante pernoitarão no Grande Hotel Luso.

Enoturismo estreia-se na BTL Pela primeira vez na história dos 25 anos da BTL, e resultado de uma parceria com a Vinitur, operador recetivo especializado em turismo de vinho e gastronomia para Portugal, estreia-se no certame e conta com uma presença agrupada e forte de empresas do setor. Das empresas inscritas até ao momento destacam-se em estreia as presenças no espaço BTL Enoturismo a SOGRAPE, José Maria da Fonseca, Bacalhôa Vinhos de Portugal, Porto Cruz, Monte da Ravasqueira, Caves Ramos Pinto, Dão Sul e a própria Vinitur e em espaço próprio a Esporão, e CARMIM, esta última presente já em

anteriores edições. Em todas elas serão feitas provas de vinhos. Segundo Fátima Vila Maior, diretora da BTL, “a presença deste segmento é de enorme importância, não só para a para captação de outros expositores do setor, bem como para visitantes interessados na área e importantes para os expositores presentes. O enoturismo, em particular, a gastronomia e vinhos e a transversalidade destes produtos nos demais produtos e sua presença territorial ajudam a esbater os efeitos da sazonalidade, concluiu a responsável. Para João Marinho Falcão, diretorgeral da Vinitur “o turismo de Vinho e Gastronomia, um dos produtos do PENT, tem tido uma enorme dinâmica na oferta, com novas e modernas estruturas a surgirem em todas as regiões do país. Hoje em dia Portugal acompanha em qualidade a oferta de outros destinos mundiais, sendo agora decisivo avançar na promoção através de ações coletivas com as principais empresas”.

De manhã segue-se uma visita ao Buçaco, um passeio em Aveiro com viagem num emblemático moliceiro, e de regresso ao Luso um momento de relax no spa e um jantar reconfortante. No terceiro dia despede-se do Luso para partir até Miranda do Corvo, e durante o dia visita Conímbriga, o Parque Biológico da Serra da Lousã e Arganil. A última noite tem pernoita no B&W Hotel Rural. Prova de como o Centro do país tem muito para ver é que no dia em que programa termina, o visitante um milhão da BTL vai ainda conhecer Coja, a Aldeia das Dez, almoçar no Hotel Rural da Quinta da Geia e passar a tarde na emblemática cidade de Viseu.

Travelport associa-se à APAVT na BTL A Travelport Portugal associou-se ao projeto da APAVT para a BTL 2013, numa iniciativa que permitirá expandir o espaço e a atratividade do stand que está já a ser disponibilizado aos associados a preços simbólicos. O stand terá ao centro um bar, que será um fator adicional de atração de visitantes, em torno do qual estarão dispostos os espaços das empresas participantes, efetivos e aliados, divididos por sectores de atividade – incoming, operadores, outgoing, etc. As agências exclusivamente dedicadas ao b2c poderão, em função da disponibilidade de espaço, optar por estarem apenas presentes nos dias de acesso ao público. Esta iniciativa, inédita, decorre no âmbito do protocolo de parceria existente entre a associação e a empresa que integra o sistema de distribuição global Galileo. “Passar dos acordos de boas intenções à prática das boas ações tem sido a preocupação da APAVT. Esta ação conjunta com a Travelport representa mais um excelente exemplo desta postura, tendo como base um bom protocolo de acordo que existe entre as duas entidades, e como resultado o aprofundamento da visibilidade da APAVT e das vantagens diretas para os seus associados”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT. Por seu lado, António Loureiro, Regional Country Manager da Travelport, considera que “não é novidade para nenhum agente do sector que a TRAVELPORT assume claramente a condição de parceiro preferencial da APAVT. Este ano apenas consubstanciámos de uma forma diferente esta nossa postura. Queremos ser os parceiros da mudança e desenvolvimento, mas para tal necessitamos de nos assumir conjuntamente como facilitadores de negócio. A BTL é sem dúvida o melhor começo”.


Pessoas e factos

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Bernardo Trindade é candidato a vice-presidente da AHP

Presidente do IPDT debate segurança no turismo em Las Vegas

Bernardo Trindade aceitou o convite para candidatar-se à vice-presidência da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Um cargo que deverá desempenhar a partir de 11 Março próximo, data das eleições na associação, já que a única candidatura reúne o consenso dos associados, de acordo com o Diário de Notícias da Madeira. O atual diretor de projectos de Porto Bay e ex-secretário de Estado do Turismo, citado pelo site do jornal madeirense, aceitou o desafio “por uma questão de filosofia de vida: só temos autoridade para criticar depois de contribuir, de estar presente”, julgando que “não basta confortavelmente comprar bilhete e ficar a assistir na plateia”. Para além da determinação pessoal, destaca a circunstância decorrente dos “tempos muito difíceis”, que exigem intervenção. “Nunca como agora se justificou o papel de associação no quadro da actividade turística. Partilharmos ideias, problemas e inventariarmos soluções: para implementar nas nossas empresas, na relação com o Estado” justifica. Bernardo Trindade defende que o turismo “merece das associações uma voz activa que valorize a sua condição de actividade económica mais importante” e que esteja presente nas decisões com impacto directo na actividade turística. Uma intervenção que evitaria dissabores. Dá como exemplo a não tolerância de ponto no Carnaval e o efeito negativo que tem na actividade turística. Ou a eliminação de feriados a pretexto de um suposto aumento de produtividade. “Foi ponderado o custo destas decisões para uma actividade que se crê essencial para alavancar a economia portuguesa?”, pergunta. A AHP tem actualmente perto de 500 associados que, entre grandes e pequenas unidades, representam mais de 60% do contributo da hotelaria para a economia nacional. A lista à próxima direcção é encabeçada pelo administrador executivo do grupo Natura IMB Hotels, Luís Veiga, empresário que integra a atual direcção executiva da AHP, como vice-presidente.

António Jorge Costa, presidente do IPDT – Instituto de Turismo, é um dos seis especialistas escolhidos para falar na “International Tourism Safety Conference”. A decorrer em Las Vegas em abril deste ano, a conferência coloca em cima da mesa questões relacionadas com a segurança dos turistas em viagem. Organizado desde 1992 pela International Tourism Safety Association, o debate atrai profissionais de segurança do setor público e privado, bem como profissionais de viagens e turismo. O convite apresenta-se como uma oportunidade para o IPDT dar a conhecer a experiência que detém no sector do turismo e o enfoque em questões de segurança. Especialista internacional com cerca de 20 anos de experiência na área do turismo, António Jorge Costa é o fundador e presidente do IPDT – Instituto do Turismo, entidade sem fins lucrativos, de âmbito nacional, que tem como premissa a investigação aplicada no setor do turismo. Além de editor regional do “International Journal of Contemporary Hospitality Management”, o especialista doutorado em Gestão Estratégica em Turismo e Hotelaria, pela Universidade de Surrey, Reino Unido, é membro do Advisory Board do Worldwide Hospitality and Tourism Themes (Emerald), da Academy of Management (Nova York) e do Painel de Peritos do Barómetro da Organização Mundial do Turismo (OMT).

Miguel Quintas acumula a função de Regional Director for IT Consulting & Solutions da WEMEA A AMadeus Portugal anuncia que o seu General Manager, Miguel Quintas passa a acumular as funções de Regional Director of IT Consulting & Solutions da WEMEA. Além da direção da Amadeus Portugal, Miguel Quintas passa a ser responsável pelas atividades de Consultoria e Soluções da Amadeus para a zona Western Europe, Middle East and Africa (WEMEA). Miguel Quintas sucede a Arnaud Debuchy e reporta a Angel Gallego, VP Western Europe, Middle East and Africa enquanto Regional Director for ITC&S da WEMEA.

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Semana Gastronómica de Portugal em Brasília O Hotel Dom Pedro Palace, em conjunto com o Hotel Naoum Plaza, organiza em Brasília uma Semana de Gastronomia de Portugal. O evento estará aberto ao público, entre os dias 19 e 22 de fevereiro, aos jantares, no Restaurante “the Falls” do Hotel Naoum Plaza. No dia 18 existirá um evento de inauguração para sensivelmente 150 convidados onde será promovido Portugal como destino turístico e onde estarão presentes os principais operadores turísticos de Brasília para além de imprensa e formadores de opinião. Este evento está inserido nas comemorações do Ano de Portugal no Brasil.

Terminal Civil de Beja certificado O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) deu por concluído o processo de certificação em curso, considerando estarem reunidas todas as condições para a utilização do Terminal Civil de Beja, por todos os tipos de tráfego, sem as restrições que vigoravam até à data, funcionando agora à semelhança dos restantes aeroportos nacionais. A certificação do Terminal Civil de Beja agora concluída “constitui um incentivo adicional ao desenvolvimento da estratégia definida para os vários segmentos de negócio, com um especial

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enfoque na captação da indústria aeronáutica e de operações de carga aérea e passageiros”, refere a ANA, em comunicado. A ANA Aeroportos de Portugal SA faz questão de relevar os contributos do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e da Força Aérea Portuguesa para o processo de certificação, cuja conclusão se configura como marco de importância inegável para que o Terminal Civil de Beja reforce o seu papel de infraestrutura ao serviço do desenvolvimento económico e social da Região do Alentejo, diz ainda o comunicado.


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Pessoas e factos

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Turismo de Albufeira com novo presidente e Plano de Actividades Após Desidério Jorge da Silva, ter assumido funções como presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve, no passado dia 2 de Novembro, veio solicitar a suspensão dos cargos que desempenhava, tanto na Autarquia de Albufeira, como na Presidência da APAL - Agência de Promoção de Albufeira, devido à incompatibilidade do seu novo cargo naquela entidade, com as funções que anteriormente desempenhava. Assim, e conforme determinam os estatutos da APAL, foi designado o vice-presidente José Lourenço dos Santos, administrador do Grupo Luna Hotéis & Resorts, para assumir as funções de presidente de Direcção da APAL, e António Xavier Braz Vieira Xufre, empresário e gerente de vários bares e espaços de animação em Albufeira, que passou de vogal suplente, a vice – presidente. Os restantes membros da Direção da APAL e Corpos Sociais mantêm-se. Para o recém indigitado presidente da APAL, José Lourenço dos Santos, o assumir a presidência da Direcção da APAL, é no contexto actual, um grande desafio, atendendo às dificuldades que o País e a Região enfrentam, nomeadamente na obtenção dos recursos necessários para desenvolver as acções de promoção que se consideram necessárias para a sustentabilidade e desenvolvimento turístico do Concelho de Albufeira. José Lourenço dos Santos, “pretende em colaboração com os restantes membros da Direção e Corpos Sociais, dar continuidade ao trabalho de promoção turística que a APAL tem vindo a realizado desde 2004, ano em que esta associação foi criada por Desidério Jorge da Silva e restantes sócios-fundadores”. A pretensão da APAL no imediato, é de dar seguimento ao projeto e estratégias definidas, trabalhando cada vez mais em estreita parceria e colaboração com as demais entidades da região, e assim unir esforços que resultem na obtenção de sinergias, nas mais diversas escalas de actuação: local, regional e nacional. O Plano de Actividades proposto para 2013, foi aprovado na última AssembleiaGeral, e tem como linhas orientadoras, uma maior agressividade promocional focada em segmentos de mercado relevantes para o produto turístico sol e mar, assim como para o esbatimento da sazonalidade, como é o caso do turismo sénior que produz estadas de maior duração, especialmente durante a época média e baixa.

www.europcar.pt

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Guimarães 2013: Acaba de arrancar ano dedicado ao desporto

Heritage Av Liberdade recomendado no The Telegraph UK O Heritage Av Liberdade Hotel volta a ser reconhecido internacionalmente. No passado dia 29 de janeiro, a actriz Elizabeth McGovern da famosa série Downton Abbey, recomenda esta unidade num artigo totalmente dedicado a Lisboa na secção Celebrity Travel do jornal britânico The Telegraph. A actriz, que esteve alojada no ano passado, descreve o Hotel como “...a stylish boutique hotel, perfectly located on the Avenida da Liberdade in the heart of the city.” Para Elisabeth McGovern, Lisboa é uma cidade genuína ideal para uma escapadela na Primavera. Fala ainda da luz que a cidade tem e das suas gentes acolhedoras.

Guimarães já é, oficialmente, Cidade Europeia do Desporto 2013. “Guimarães não pára!” deu o mote ao espetáculo de fusão que marcou o arranque da programação de um ano dedicado à celebração e promoção do desporto. Em palco estiveram mais de 600 pessoas – entre atletas, ginastas, bailarinos, músicos e figurantes –, que convidaram a assistência a viajar pelo mundo do desporto e das modalidades desportivas, através da dança, artes circenses, acrobacia e ginástica.

reiro), o Torneio Internacional de Polo Aquático (9 de março) ou o Campeonato Europeu de Boccia (de 15 a 23 de junho). A este nível será ainda criado o Open de Ténis de Guimarães, com um prize money de 50 mil dólares, tornando-se no segundo maior de Portugal, depois do Estoril Open. No total, e ao longo do ano, estarão envolvidas mais de 50 modalidades, contando com a participação ativa de 45 clubes desportivos, 10 federações, 16 associações desportivas regionais, seis universidades e 20 escolas.

A programação de Guimarães 2013 celebra o desporto não só local e nacional, mas também europeu. Destacam-se vários eventos de escala internacional, como o Festival Ibérico de Natação Sincronizada (9 de feve-

Passarão pela cidade-berço mais de 20 mil atletas, treinadores e dirigentes, apoiados por mais de sete mil horas de voluntariado. Serão ainda utilizadas mais de 50 instalações desportivas e equipamentos públicos.

TAP lança Passbook permitindo guardar cartão de embarque em dispositivos móveis A TAP acaba de lançar uma nova aplicação para IOS Apple (iPhone / iPod Touch e iPad), designada Passbook e que consiste na possibilidade de os clientes armazenarem os cartões de embarque nos seus dipositivos móveis, após efetuarem o Mobile Check-in. Com esta novidade, a companhia torna-se, a partir de agora, numa das primeiras empresas portuguesas a integrar esta funcionalidade, disponível através de simples download gratuito na App Store. Além deste novo serviço, são várias as funcionalidades já disponíveis, designadamente, Mobile

Check-in; reservas de voos; informação sobre os horários dos voos; informação sobre as partidas e chegadas (pesquisa por rota, aeroporto e voo); divulgação de campanhas de preço em vigor; City Info – informações completas sobre vários destinos e igualmente a possibilidade de adesão ao Programa Victoria. Para os clientes Victoria, em particular, é possível também consultar informações sobre as reservas ativas (bilhetes-prémio e bilhetes tarifados), aceder ao formulário de reclamação de milhas e consultar os respetivos extratos Victoria.


Hotelaria

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AHP divulga indicadores de novembro de 2012

Taxa de ocupação quarto sobe 10,64% no Porto e 5,75% em Lisboa

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AHP – Associação da Hotelaria de Portugal destaca os resultados de Lisboa e Porto durante o mês de novembro de 2012, que registaram, no primeiro caso, uma taxa de ocupação quarto de 59,62%, mais 5,75% do que no mesmo mês em 2011, e no Porto, 48,99%, um aumento de 10,64%, relativamente ao período homólogo. “Em Lisboa, os extremos tocaram-se, já que verificou-se uma boa performance, em termos de taxa de ocupação, dos hotéis de 5 e 2 estrelas”, constata Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP. E acrescenta: “Já no Porto, foram as 4 e as 3 estrelas que “puxaram” a ocupação”. Nota-se ainda em novembro, em Lisboa, uma ligeira subida, de 1,95%, no preço médio por quarto disponível (RevPar), face ao período homólogo, tendo-se fixado, na globalidade, em 41,27 euros. Já o preço médio por quarto vendido voltou a descer, neste destino.

A nível nacional, o Revpar cresceu 9,97% no mês de novembro de 2012 comparativamente ao mesmo mês em 2011, atingindo o montante de 25,69 euros, e a taxa de ocupação quarto subiu 9,35%, para os 44,19%. Já o preço médio por quarto ocupado teve uma variação ligeiramente positiva de 0,55%, atingindo os 58,12 euros, em comparação com novembro de 2011. Todavia, os resultados deste mês não foram suficientes para quebrar

a performance negativa da hotelaria nacional no acumulado de janeiro a novembro. No mês de novembro de 2012, e face ao mesmo período de 2011, registaram-se variações globais positivas de 0,55% no preço médio por quarto ocupado que se fixou em 58,12 euros e 9,97% no preço médio por quarto disponível que atingiu o montante de 25,69 euros. A taxa de ocupação quarto foi de 44,19% mais 9,35% em comparação com novembro de 2011. A receita média por turista no hotel foi de 101 euros e a estadia média foi de 1,92 dias, 7,87% superior ao verificado em novembro 2011. A receita total por quarto disponível (TREVPAR) foi no mês de novembro de 39,60 euros, representando este valor um aumento de 6,11% em comparação com o mesmo mês de 2011. Na taxa de ocupação quarto verificou-se subidas em todas as categorias e as regiões com taxas de

ocupação quarto mais elevadas foram Lisboa (59,62%) e Madeira (58,77%). Na análise de janeiro a novembro de 2012 verifica-se, face ao período homólogo, uma descida no preço médio por quarto disponível (2,59%) e na taxa de ocupação quarto (0,7%). No mesmo período o preço médio por quarto ocupado teve um decréscimo de 1,91% face ao período de janeiro a novembro de 2011. De janeiro a novembro de 2012 a receita média por turista no hotel por mês atingiu o valor de 104 euros menos 2,8% face ao período homólogo anterior. A estadia média de janeiro a novembro de 2012 foi de 2 dias, o que significa um aumento de 4,71% em comparação com o mesmo período de 2011. De janeiro a novembro de 2012 a receita total por quarto disponível (TREVPAR) foi de 57,8 euros, valor que representa uma diminuição 4,27% face ao período homólogo de 2011.

Bairro Alto Hotel reabriu a 1de Fevereiro com oferta requalificada Localizado num edifício histórico de 1845, e após 7 anos de muitos sucessos de uma marca 100% portuguesa, o Bairro Alto Hotel esteve fechado para trabalhos de conservação do edifício. No dia 1 de Fevereiro reabriu com espaços renovados, desde os quartos, recepção, ao novo restaurante e Boutique, renascendo mais actual e reforçando o seu serviço, qualidade e produto de referência na hotelaria nacional e internacional. O Bairro Alto Hotel foi alvo de várias remodelações de forma a incrementar o bem-estar e conforto dos seus hóspedes, representando um investimento de cerca de 600 mil euros. Todos os quartos do hotel, assim como os espaços públicos, foram remodelados permitindo uma me-

lhor oferta, sofrendo substituição e renovação dos materiais, bem como restauro do mobiliário. O restaurante, com novo nome, apresenta um conceito totalmente diferente, mas mantém a aposta na gastronomia típica portuguesa, com produtos de qualidade e uma cozinha que continua a cargo do Chef Vasco Lello. A outra novidade reside na Boutique que foi renovada e, que agora conta com a presença da Elements Contemporary Jewellery, espaço dedicado à joalharia contemporânea que valoriza objectos exclusivos de designers portugueses e estrangeiros. “Este investimento na requalificação da oferta reforça a nossa aposta em continuarmos a ser uma referência na hotelaria junto dos nossos clientes, proporcionando-lhes um

serviço de excelência e uma oferta ainda mais diferenciadora. Com a nossa experiência aliada às novas tendências, pretendemos fazer mais e melhor, ao mesmo tempo mantendo o estatuto de Melhor Boutique Hotel da Europa”, afirma Marta Tavares da Silva, administradora do Bairro Alto Hotel. Durante a paragem de dois meses, os colaboradores do Bairro Alto Hotel obtiveram ainda formação intensiva em diversas áreas e competências, com o objectivo de elevar cada vez mais os padrões de serviço de qualidade do Bairro Alto Hotel. Um requisito que corresponde aos padrões da The Leading Hotels of the World, rede da qual o Bairro Alto Hotel é membro desde a sua inauguração.


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Hotelaria

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Conclusões do estudo “European Cities Hotel Forecast 2013”

AHP identifica as apostas

da hotelaria portuguesa para 2013

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No seguimento da apresentação das conclusões do estudo “European Cities Hotel Forecast 2013 – Thriving or surviving?”, realizado pela PwC em colaboração com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e da Associação Turismo de Lisboa (ATL), Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP, elegeu a fidelização dos clientes e o melhor planeamento da oferta como duas das grandes apostas do setor hoteleiro para tentar enfrentar o contexto recessivo nacional e europeu que marca a atualidade. “Deste estudo resulta que todas as cidades têm necessidade de planear a oferta de alojamento turístico. Não é uma questão de condicionarmos a oferta, mas temos de compreender que este é um dado decisivo para o posicionamento de Lisboa e que influencia a taxa de ocupação e o preço. A explosão da oferta para lá da hotelaria é preocupante. É necessário parar para pensar”, afirmou Cristina Siza Vieira na apresentação das conclusões do estudo, onde pela primeira vez o desempenho do setor hoteleiro lisboeta foi comparado ao de outras 18 cidades da Europa. A diretora executiva da AHP considera que, para além do problema que se verifica ao nível da procura, do lado da oferta “há que parar para pensar numa altura em que o mercado está em recessão”. As conclusões do estudo da PwC sobre as previsões para 19 cidades europeias em 2013 “não traz grandes surpresas” e “comprovam as tendências já conhecidas pela Associação de Hotéis de Portugal” sendo a grande novidade o facto de ser dada uma perspectiva global, disse a presidente da direcção executiva da AHP, Cristina Siza Vieira. “O que é novo é a perspetiva global que temos e não está bom para ninguém”, disse. A responsável salientou a importância do estudo, sendo determinante para a imagem do país, que Lisboa

surja no mapa turístico internacional, a par de cidades como Barcelona, Berlim ou Viena. “É uma oportunidade para demonstrar junto dos operadores e investidores que, apesar da crise internacional, o sector vem resistindo e criando novas oportunidades”, salientou ainda. Cristina Siza Vieira aproveitou ainda a oportunidade para lembrar a necessidade de haver um planeamento da oferta, ideia que já tinha sido posta durante o congresso da APAVT. “Planeamento significa saber o que temos e como temos, ou seja a que preço nos estamos a vender e a que mercados” disse a presidente da associação que se mostra preocupada com a “explosão de oferta para lá da hoteleira”. Para a presidente da direcção não se trata de um “condicionamento” mas sim compreender que se trata de um dado decisivo para o posicionamento de Lisboa, dos preços e da taxa de ocupação. “Além da procura, de fidelizar o cliente e saber como se faz a distribuição, é preciso, do lado da oferta, saber como se posiciona”. A responsável lembrou ainda a necessidade de redução de custos e as condições fiscais que influenciam a competitividade do setor. Também o presidente-adjunto da ATL, Mário Machado, considera as conclusões “determinantes” para valorizar ainda mais o setor hoteleiro nacional além-fronteiras, lembrando no entanto que há “más notícias” uma vez que as “receitas da hotelaria não acompanham o crescimento”. O estudo foi apresentado na ATL, por Ricardo Valles que além das conclusões apontou alguns fatores decisivos para a hotelaria como são a necessidade de fidelização do cliente “desde o check-out” fazendo o acompanhamento do cliente para ele volte, e a alteração do modelo de distribuição do produto. As principais conclusões do estudo apontam para o grau de resistência

que a hotelaria europeia apresentou em 2012 e sugerem que, no ano de 2013, continuaremos a assistir aos efeitos da crise internacional e, em particular, da zona euro, sendo que o nosso turismo é fundamentalmente intra-europeu. Embora não surja como surpresa o posicionamento relativo de Lisboa no que respeita ao RevPAR, surpreendente são os díspares níveis de performance esperados entre Lisboa, Madrid e Barcelona. Paris e Londres, como seria de esperar, lideram a receita e a ocupação. No entanto, para 2013 é expectável que Londres veja uma retração após a euforia dos Jogos Olímpicos de 2012, cujos efeitos se fizeram sentir em todo o Reino Unido, tal como o demonstra Edimburgo, que, no seu caso, se viu confrontada com o desvio de procura interna para Londres. 2013 será fortemente marcado pela evolução da conjuntura económica, onde ganhar quota de mercado será mais difícil. Será o ano para aproveitar as oportunidades criadas por investimentos passados, para definir uma estratégia clara de fidelização e de posicionamento no digital, e garantir as competências necessárias de gestão. “Em 2013 não deverá haver crescimento, nem em valor nem número” a concorrência pelos mesmos clientes será intensa” disse o consultor Ricardo Valles. Entre as conclusões do ano passado destacou-se que a grande parte do turismo europeu é intra-regional e que se verifica uma contracção das taxas de ocupação, com maior expressão nos destinos do sul da Europa, contrastando com as perspectivas de crescimento no Leste. Nas 19 cidades analisadas o turismo irá continuar a crescer mas com um grande abrandamento desde o terceiro trimestre do ano, no entanto, apesar da crise internacional e, em particular na zona euro, a hotelaria reflecte, no geral, “um forte grau de resistência”. “Seja pela capacidade de mexer

nos preços, mas as cidades resistem”, disse o responsável. Segundo o estudo Lisboa e Zurique foram as cidades que enfrentaram mais dificuldades em 2012 protagonizando as maiores quedas da RevPAR, respectivamente 6,5% e 6,6%. De acordo com o “European cities hotel forecast 2013” da PwC a hotelaria de Lisboa vai ter este ano uma ligeira subida da taxa de ocupação, em 0,2%, para 63,5%, e também uma ligeira recuperação do preço médio das diárias, com um aumento de 0,6%, para 84,15 euros, com os quais a RevPAR sobe 0,8%, para 53,43 euros. Em 19 cidades incluídas no estudo, Lisboa é uma das doze que melhora a RevPAR em 2013, mas tem o 10º menor aumento. A questão é que, ainda assim, de acordo com as previsões da PwC, Lisboa terá a 16ª taxa de ocupação mais baixa, o 16º preço médio mais baixo e a 16ª RevPAR mais baixa. A PwC prevê uma taxa de ocupação média de 69,8%, com um máximo de 79,1% em Paris e um mínimo de 58,1% em São Petersburgo, um preço médio dos quartos de 130,8 euros, com Paris também na liderança com 267,11 euros e Praga no extremo oposto, com 73,62 euros, e uma RevPAR média de 91,8 euros, com 211,17 euros em Paris e Praga também no fim da lista, com 51,16 euros. Para a hotelaria de Lisboa, as previsões da PwC para este ano apontam para uma taxa de ocupação de 63,5%, um preço médio das diárias de 84,15 euros e uma RevPAR de 53,43 euros, o que significa ficar abaixo da RevPAR média em 41,8% ou 38,4 euros, com um preço médio 31,7% ou 46,7 euros menor e uma taxa de ocupação menor 9% ou 6,3 pontos. Mas de acordo com o estudo da PwC, Lisboa estará nesse aspecto melhor que a capital espanhola, Madrid, para a qual prevê uma RevPAR este ano de 51,96 euros, com uma taxa de ocupação de 64,7% e um preço médio de 80,27 euros.


Hotelaria

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viajar 2013 / FEVEREIRO

Grupos Altis e Amorim

Parceria poderá alargar-se à gestão hoteleira de novas unidades

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s grupos Altis e Amorim Turismo poderão vir a alargar a parceria comercial à gestão hoteleira de novas unidades, admitiram Raúl Martins e Jorge Armindo administradores das duas cadeias hoteiras nacionais. Raul Martins e Jorge Armindo respondiam aos jornalistas depois da apresentação da nova imagem do Altis Blue & Green e do seu cartão de fidelização. “Hoje não é fácil crescer através de novos investimentos, mas há uma necessidade de crescer e a melhor forma de o fazer é através da gestão hoteleira”, refere Jorge Armindo. Nesse sentido, os responsáveis tem mostrado a sua disponibilidade para a gestão de unidades hoteleiras, no quadro da reestruturação que está ser feita pelos Fundos de Investimento. O Norte de Portugal, sobretudo o Douro, pode ser o próximo destino desta parceria, disse Raul Martins, uma vez que permitiria complementar a oferta dos dois grupos, que já têm unidades em Lisboa, Algarve e Península de Tróia. A preferência vai para hotéis de 5 estrelas no Norte, no Porto, mas de

preferência no Douro, através de um modelo de exploração. “Hotéis não é preciso fazer, porque eles já existem. E há-de haver quem no Porto ou no Douro pense que vale a pena estar ligado a um hotel de Lisboa”, afirmou Raul Martins. Para já, o grupo afasta a possibilidade de internacionalização desta parceria. “Não acredito que seja possível fazer grandes projectos fora de Portugal. Mas estamos atentos e receptivos a pequenas experiências”, refere Jorge Armindo. O objectivo da parceria entre a Altis Hotels e a Blue & Green é ”ganhar mais clientes. Facturar mais”, afirmou Raul Martins. Uma das maisvalias para a parceria é a sinergia que “permite que quem venha a um resort, pense ao mesmo tempo na

cidade. E já temos consultas de pessoas e de empresas que estão a fazer venda e que querem. Portanto penso que vamos crescer por força disso”, explicou o administrador da Altis Hotel. A parceria entre os dois grupos pode evoluir para um maior “aprofundamento de algumas áreas, como é o caso das compras, onde podemos ter sinergias. Vamos procurar encontrar mais sinergias”, disse Jorge Armindo, que realssa a possibilidade de se expandir a parceria, “se calhar, mais tarde”, às reservas, “de molde a corresponder àquilo que é o desafio da atualidade que é gerir com menos custos”. Quando questionado sobre uma possível internacionalização da Altis Blue & Green, Jorge Armindo Teixeira considera que o mais importante é conseguir crescer em território nacional. “O ano de 2013 vai ser um ano que não é fácil. Temos primeiro que atingir o objetivo de contrariar aquilo que é uma tendência não

muito positiva para a atividade, nomeadamente por causa dos clientes nacionais”, explica o executivo. Porém, os responsáveis não afastam também a hipótese de juntarem um terceiro grupo a esta parceria comercial, que visa “aumentar as sinergias comerciais nas suas actividades de marketing, promoção e vendas”, desde que complemente o que ambos já oferecem ao mercado. A parceria Altis Blue & Green foi criada em Outubro de 2012 com vista a aumentar as sinergias comerciais dos dois grupos em atividades de marketing, promoção e vendas. Em conjunto os dois grupos resultam num portefólio total de nove hotéis, com cerca de 1.400 quartos e um total de vendas globais de 40 milhões de euros, passando a ocupar o 9º lugar no ranking dos hotéis de Portugal. O Grupo Altis com seis hotéis em Lisboa, Hotel Altis, Altis Suites, Altis Prime, Altis Avenida Hotel, Altis Belém Hotel & Spa e Altis Park Hotel e o Grupo Blue & Green (B&G) com três unidades de resort, o Tróia Design Hotel, The Lake Spa Resort e Vilalara Thalassa Resort.

Altis Blue & Green lança cartão de fidelização Na sequência da parceria estratégica entre os Grupos Altis Hotels e Blue&Green (Amorim Turismo) foi apresentada a imagem Altis Blue&Green e lançado o programa de fidelização comum designado Attitude Card que se realizou no bar 38º41’, no Altis Belém Hotel & Spa. O evento contou com a presença da então secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles. Trata-se primeira acção visível na concretização dos objectivos desta parceria, que envolve investimento, formação e sinergias entre os dois grupos, corporizado na nova assinatura - Hotels & Resorts with a new attitude. O Attitude Card permite que os clientes dos dois grupos hoteleiros beneficiem de vantagens exclusivas nas 9 unidades que inclui Hoteis de Cidade e Resort em Lisboa, Algarve e Alentejo-Tróia. Este programa destina-se a todos os clientes individuais e tem como objectivo a fidelização e o crosselling entre os diferentes hotéis.

Ao aderir ao Attitude Card o membro ganha 1 ponto por cada euro gasto que pode acumular e trocar para utilizar na próxima estadia ou refeição. O Attitude Card foi criado a pensar em tornar a visita aos hotéis Altis Blue&Green uma experiência a repetir. O cartão pode ser utilizado durante todo o ano sem restrições de datas e é valido em todos os hotéis, restaurantes e bares dos Hotéis e Resorts Altis Blue&Green, dando acesso a campanhas e promoções exclusivas para membros e atribuição de pontos bónus. O envio de informação e saldo de pontos é feito via SMS, newsletter e/ou e-mail. Haverá também um acesso exclusivo a Membros em área reservada nos sites Altis Hotels e Blue&Green Hotels, sendo a adesão ao Attitude Card totalmente gratuita. Para aderir ao Attitude Card basta preencher o formulário que se encontra nas recepções, restaurantes e bares e proceder à sua activação nos hotéis ou site, Facebook

Altis Hotels ou Blue&Green Hotels. Indo de encontro à assinatura da parceria comercial -“Hotels and resorts with a new attitude” -, o cartão de fidelização vai “proporcionar inúmeras vantagens para todos os clientes que visitem os hotéis e restaurantedo grupo”, descreve Raul Martins, administrador do Grupo Altis. Titular do primeiro “Attitude Card”, Cecília Meireles, salientou na apresentação que, “quando a iniciativa privada funciona e tem boas iniciativas, creio que o que o Governo tem de melhor a fazer é não atrapalhar e incentivar”. Segundo a executiva, a parceria comercial entre o Grupo Altis e a Amorim Turismo é “uma boa iniciativa” de forma a “ganhar escala e volume, de trabalharmos mais na comercialização, nós temos já um excelente serviço, uma excelente capacidade hoteleira, muitas vezes precisamos de trabalhar um bocado mais na nossa capacidade de comercial e de nos impormos no mercado, que é muito grande”.


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Hotelaria

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BALANÇO DE 2012

Accor reforça rede com 38 mil quartos A

cadeia francesa Accor somou 38.085 quartos em 166 hotéis durante o ano 2012, a grande maioria dos quais (72%) em “mercados emergentes”, com destaque para a Ásia e Pacífico, onde concentrou 48% da expansão de capacidade. Seguiu-se a Europa, com +28%, a América Latina, com +14% e o Médio Oriente e África, com +10%. Com essa expansão em 2012, os

“mercados emergentes” atingiram uma quota de 37% na rede da Accor, que indicou ter atingido 405 mil quartos no ano passado, 43% dos quais em hotéis em propriedade e em leasing, 25% em contratos de franchise e 32% e 32% em contratos de gestão. E França, seu maior mercado, a Accor contava 25.020 quartos em hotéis de topo de gama e 36.026 em unidades da gama económica.

Nos primeiros a RevPAR baixou 1% nas unidades em propriedade e leasing (-0,9%, L/L, do inglês para like for like), para 77 euros, por queda da taxa de ocupação em 2,4 pontos, para 64,5%, embora o preço médio tenha aumentado 2,6%, para 120 euros. A Alemanha é o segundo maior mercado, com 17.240 quartos em unidades topo de gama e 15.463 em unidades da gama económica. Neste mercado os hotéis da Accor em propriedade e franchise tiveram aumentos da RevPAR nos dois segmentos, com +5,3% (+4,8% L/L) nos topo de gama, para 60 euros, apesar da descida da ocupação em 0,1 pontos, para 66,8%, por subida do preço médio em 5,5%, para 89 euros, e +2,4% na gama económica (+2,9% L/L), com queda de 0,7 pontos na ocupação, para 70,5%, e subida de 3,5% no preço médio, para 57 euros.

Receita bruta sobe 11%

Accor lança “Smart Meetings Deals” A Accor está a oferecer uma redução de 20% sobre a fatura global aos gestores de eventos que reservem uma sala de reuniões. Além desta redução, os titulares de cartão “Le Club Accorhotels Meeting Planner beneficiam ainda de uma duplicação de pontos”. Esta operação envolve mais de 530 hotéis das marcas Sofitel, Pullman, MGallery, Novotel, Mercure, ibis e ibis Styles em 17 países europeus, incluindo Portugal. A campanha está nos sites dedicados aos gestores de eventos Accorhotels.com/meetings, através dos Call centers da cadeia, no contato direto com os hotéis participantes ou via agências de eventos. Esta oferta é válida a partir de hoje, para todas as reservas feitas antes de 28 de fevereiro para um evento a decorrer antes de 30 de abril de 2013.

As receitas brutas dos 450 mil quartos de hotéis da cadeia francesa Accor atingiram 11 mil milhões de euros em 2012, um aumento de 11% em relação a 2011, com os proveitos das unidades em gestão e em franchise a terem um aumento de 25%. A receita bruta engloba a os proveitos da totalidade das unidades com bandeiras da Accor, mas apenas os proveitos das unidades em propriedade e em leasing são contabilizadas como receitas da rede, enquanto dos hotéis em gestão e em franchise contabiliza fees, as quais, excluindo aquisições e flutuações cambiais, aumentaram 16,5% em 2012, para 511,08 milhões de euros. A Accor, que começa por divulgar a evolução dos proveitos e só depois dos resultados do exercício, embora já tenha anunciado que confirma a previsão de um resultado operacional (EBIT) entre 510 milhões e

530 milhões, indicou que em 2012 os seus proveitos, incluindo receitas de hotéis em propriedade e em leasing e as fees de unidades em gestão e franchise, ascenderam a 5.469 milhões de euros, 2,1% acima de 2011 (+2,7% excluindo os impactos de alterações na composição da rede e de variações cambiais, que a rede identifica como L/L, do inglês para like for like). O crescimento nas unidades de topo de gama, com as bandeiras Sofitel, Pullman, MGallery, Novotel, Suite Novotel, Mercure e Adagio, foi de 1,4% (+2,7% L/L), para 3.536 milhões de euros, enquanto na gama económica, com as bandeiras Ibis, Ibis Styles, Ibis Budget, Adagio Acces e Hotel F1, foi de 3,4% (+2,7% L/L), para 1.961 milhões de euros. Estas evoluções dos proveitos foram geradas por subidas principalmente dos preços médios das diárias, em 3,5% (+2,4% L/L) nos topo de gama, para cem euros, e em 5,3% (+3,6% L/L) na gama económica, para 56 euros, que lhes permitiu ter subidas da RevPAR respectivamente em 3,2% (+1,8% L/L), para 66 euros, e em 3,3% (+1,5% L/L), para 39 euros, apesar de as taxas de ocupação terem baixado, respectivamente em 0,2 pontos (-0,4 L/L), para 65,5%, e em 1,3 pontos (-1,4 L/L), para 69,3%. Incluindo também unidades em gestão, a Accor indicou que teve subidas da RevPAR em 7,8% nos topo de gama e em 3,7% na gama económica. O balanço da Accor especifica ainda que a subida L/L dos seus proveitos totais em 2,7% ou 152 milhões de euros, veio de um aumento real em 1,5% ou 81 milhões, a que se somaram 60 milhões em flutuações cambiais e 154 milhões pela expansão da rede e a que foram abatidos 285 milhões decorrentes de exclusões, por vendas no âmbito da sua estratégia de reduzir a fatia de unidades em propriedade.


Agências

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ECTAA: Líderes europeus da distribuição turística reúnem no Porto

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APAVT ganhou a candidatura que havia submetido à ECTAA – Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos – para a realização de uma das suas reuniões bianuais em Portugal. Os dirigentes das associações europeias de agências de viagens e operadores turísticos vão, assim, reunir no Porto, de 29 a 31 de Maio. O evento, que reúne cerca de seis dezenas de dirigentes das asso-

ciações de agências de viagens e operadores turísticos de 27 países europeus, constitui uma importante oportunidade para a promoção internacional do Porto, principal motivação da APAVT para ter lançado esta candidatura.

Bestravel abre nova agência em São João da Madeira A Bestravel acaba de abrir uma nova agência em São Joãoda Madeira. Situada na Av. Dr. Renato Araújo, a Bestravel São João da Madeira é liderada por Tiago Godinho Mendes, que fará equipa com a consultora de viagens Magda Santos, profissional com vasta experiência na área do turismo. Para Tiago Godinho Mendes, sóciogerente da nova Bestravel São João da Madeira “esta agência surge da nossa paixão pelo sector do turismo e do nosso desejo de oferecer consultoria de viagens personalizada e de elevada qualidade. Para isso escolhemos a Bestravel porque, além de ser 100% portuguesa, é uma marca com notoriedade e que transmite segurança, num contexto de instabilidade em que a confiança é de extrema importância para a conquista e fidelização de clientes.” Para João Barbosa, administrador da Bestravel, “é sempre com muito prazer que recebemos um novo franchisado na nossa rede. E vamos continuar a apostar no crescimento da marca. A Bestravel apresenta um serviço de qualidade Premium por um preço low cost com garantia de segurança e penso que estes valores são sempre valorizados pelos clientes, independentemente da situação económica do país.” Para celebrar a abertura, a Bestravel de São João da Madeira oferece oferecer 50 euros na reserva de pacotes turísticos até 31 de Março de 2013.

“Foi uma das primeiras iniciativas que tomámos desde que fomos eleitos para a direção da ECTAA, em Maio de 2012, e é obviamente uma enorme satisfação ver aprovada esta candidatura”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, acrescentando que “trata-se de um enorme desafio de organização, mas também uma aposta certa, porque permite trazer a Portugal os mais importantes líderes da distribuição turística europeia, numa ação de promoção muito significativa”.

Pinto Lopes Viagens autorizada a levar grupos à Coreia do Norte Pinto Lopes Viagens organizou no Porto e em Lisboa, os eventos anuais para a apresentação do novo catálogo de Viagens 2013 e dos dois novos escritores que assinaram exclusividade em “Viagens de Autor”, José Luis Peixoto e Raquel Ochoa, que se juntam a Gonçalo Cadilhe. Esta nova brochura de viagens inclui perto de 100 circuitos turísticos, divididos entre a Europa, Ásia, África e América. A agência afirma que não são os destinos que a definem, mas as rotas. Por isso, esta nova brochura de viagens trás consesigo destinos originais como a Coreia do Norte, tornando a Pinto Lopes Viagens a primeira agência portuguesa autorizada a levar viagens de grupo para um país que tem um dos regimes mais fechados do mundo. José Luis Peixoto partilhou inúmeras experiências que teve na Coreia do Norte inspirada no livro “Dentro de um segredo – Uma viagem à Coreia do Norte”. O autor aproveitou para apresentar este conceito de “Viagens de Autor”, que o torna um guia turístico. Já Raquel Ochoa propõe dar a conhecer uma viagem temática a Cabo Verde , com enfoque na passagem do músico Bana e na história das “mornas”, baseada na biografia que escreveu “Bana, uma vida a cantar Cabo Verde”.

viajar 2013 / FEVEREIRO

Osiris Travel firma parceria com Air Europa para novos destinos A Osíris Travel, que traçou para 2013, ano em que comemora 13 anos de atividade, parcerias estratégicas que trazem maisvalias ao negócio, alia-se à Air Europa com o objetivo de proporcionar novos destinos, a preços muito competitivos, ao mercado português. A união entre as duas empresas permite, de acordo com comunicado da empresa, que surjam novos destinos com partida de Lisboa, via Madrid, para Havana, Santo Domingo, Punta Cana e Cancun, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz na Bolívia, Caracas, Salvador da Bahia e Nova Iorque. “Com esta sinergia quem sai a ganhar são os clientes, pois podem usufruir de uma imbatível relação qualidade/preço”, destacou Jose Minguez, delegado da Air Europa para Portugal, acrescentando que “a introdução de novos projetos faz parte do alinhamento estratégico e das formas de se compensar as quebras que se têm vindo a verificar no setor.” A Osiris Travel também se mostra agradada com este acordo “dado o importante papel que representam projetos deste tipo na criação de novas dinâmicas para o mercado, sobretudo, num ano que se adivinha difícil”, esclarece “Joaquim Ferreira, diretorgeral da agência de viagens.


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Cruzeiros

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2012: MSC Cruzeiros cresce 14% em Portugal

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MSC Cruzeiros em Portugal apresentou um crescimento de 14% em relação a 2011, com o número de passageiros portugueses a aumentar para 9462 até ao final de 2012, anunciou a companhia. Segundo Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros em Portugal, “o balanço é claramente positivo. Começámos o ano de 2012 com perspetivas otimistas e conseguimos alcançar um crescimento de cerca de 14% face a 2011. Penso que a aposta da MSC Cruzeiros nos portos nacionais e a vinda do MSC Divina para o Funchal em Novembro de 2012 representaram dois fatores muito positivos para o crescimento da companhia em Portugal”. Para 2013, a MSC Cruzeiros apostou em novidades destinadas exclusivamente ao mercado nacional, no-

meadamente uma secção dedicada aos cruzeiros portugueses no seu catálogo anual e novos itinerários com passagem por Lisboa e Funchal. A grande novidade apresentada para 2013 é a presença do navio MSC Opera em Lisboa durante o Verão de 2013, que fará 8 cruzeiros com partida e chegada a Lisboa num itinerário de 11 dias, com escala em Bilbau (Espanha), Le Havre (França), Southampton (Reino Unido), IJmuiden/Amesterdão (Holanda), St Peter Port (Reino Unido) e Vigo (Espanha). As partidas serão a 11, 21 e 31 de Julho, 10, 20 e 30 de Agosto e 9 e 19 de Setembro, no navio da Classe Lirica. “Este itinerário é totalmente novo no mercado e está a ter uma grande procura pelos portugueses. É realmente aliciante pois permite numa

só viagem conhecer, por exemplo, o famoso Museu Guggenheim, em Bilbau, ou visitar Paris e Amesterdão por um dia, além da variedade de atividades a bordo”. Também nas novidades para 2013 está incluída a escala do novo MSC Preziosa, que visitará Lisboa no dia 16 de Março de 2013. “Com a chegada do MSC Preziosa em 2013, que tem inauguração marcada para 23 de Março de 2013, em Génova, Itália, a companhia conclui o seu plano de investimento de 6 biliões de euros. No próximo ano, a MSC Cruzeiros espera alcançar 1.6 milhões de passageiros, aumentando em 15% a sua capacidade de alojamento. A nível nacional, esperamos que o produto cruzeiros continue a crescer e que a MSC Cruzeiros continue a acompanhar esse crescimento”, conclui Eduardo Cabrita.

Celebrity Cruises cria espaços para reuniões e outras atividades a bordo O Celebrity Reflection da Celebrity Cruises coloca à disposição dos seus passageiros um novo leque de opções para receber e entreter com glamour, luxo e modernidade pequenos e grandes grupos. Quando o Celebrity Reflection – o 5º navio da classe Solstice da Celebrity – iniciar atividade em outubro, apresentará um espaço multifuncional completamente novo, que tanto pode ser transformado em sala de conferências como salão para eventos, ou ser ainda dividido em pequenas salas para banquetes ou sessões de trabalho, de acordo com as necessidades de cada grupo. Os espaçosos 265 m2 do deck 4 podem acomodar confortavelmente 220 hóspedes num amplo salão ou numa área reservada a conferências, 96 numa zona de refeições, ou 64 num esquema de sala de reuniões. Cada área pode ser configurada consoante a necessidade, dispondo de paredes móveis que permitem a sua divisão por dois ou três eventos simultâneos quando o salão ou o

centro de conferências não estiverem em uso. Quando disposto como salão para algum evento ou sala de banquete, as mesas são colocadas de forma festiva, permitindo a formação de uma pista de dança ou atuações musicais ao vivo. Quando configurado como centro de conferências ou sala de reuniões, as mesas podem ser removidas e os assentos serão organizados de acordo com as necessidades de cada grupo. Toda a área é equipada com 4 televisores LCD de 70 polegadas, instalados de forma a que cada sala de reuniões possa usufruir de um. O centro de conferências do Celebrity Reflection é uma das muitas modernas novidades a estrear assim que o navio começar a navegar em outubro, incluindo as primeiras suites “AquaClass” da frota, inspiradas nos hóspedes que são fãs do alojamento em suite com uma oferta de características exclusivas, associadas aos camarotes AquaClass da Celebrity. O Celebrity Reflection apresentará ainda as primeiras “Signature Sui-

tes” da marca, bem como a “Reflection Suite”. Localizadas numa área privativa no deck 14, as cinco “Signature Suites” do Celebrity Reflection oferecem camarotes de com uma área de 41 m2 e 11 m2 de varanda, com janelas e portas de varanda que se estendem do chão ao teto. Cada suite pode acomodar até quatro hóspedes e com serviço de excelência de um mordomo 24 horas por dia. Toda a área envolvente – incluindo a nova “Reflection Suite” – pode ser acedida através de um cartãochave exclusivo para os hóspedes instalados neste conjunto de suites de elite, dando a oportunidade a famílias ou grupos até 26 passageiros de desfrutar, em privado, de uma experiência de férias rodeadas de luxo e modernidade em seis suites. Situada perto das Signature Suites, a Reflection Suite será a primeira suite da marca a dispor de dois quartos, um duche com vista para o mar que se estende até ao topo do navio, uma banheira de varanda com chuveiro e vista panorâmica.

CLIA prevê que os cruzeiros terão este ano perto de 21 milhões de passageiros A CLIA, Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros, prevê que este ano 20,97 milhões de turistas vão fazer cruzeiros, mais cerca de 670 mil que em 2012. Do total previsto para este ano, 17,6 milhões terão origem na América do Norte, dos quais 11,79 milhões ou 67% serão passageiros oriundos dos Estados Unidos e Canadá e 5,8 milhões ou 33%, serão internacionais, diz a imprensa estrangeira referindo-se a uma conferência de imprensa da CLIA em Nova Iorque. Em 2012 a CLIA estima que pela primeira vez mais o sector tenha ultrapassado os 20 milhões de passageiros, atingindo cerca de 20,3 milhões, 17,2 milhões deles dos mercados da América do Norte, diz a imprensa internacional, que acrescenta que foi a primeira conferência de imprensa da CLIA desde que se tornou global. Sobre as tendências identificadas na indústria dos cruzeiros, a CLIA diz que os cruzeiros fluviais são o segmento que tem o maior crescimento. Novos destinos, entretenimento proporcionado por grandes marcas, restaurantes de especialidade, cruzeiros de lua-de-mel ou casamento, a importância de áreas exteriores em navios e escalas mais prolongadas foram outras tendências identificadas pela CLIA. Um inquérito aos membros da CLIA diz que 68% dos que responderam disseram que as reservas para 2013 serão iguais ou melhores do que 2012, e que a ‘janela de tempo’ entre a reserva e a data de partida está a diminuir.


Tecnologias

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Comboios de Portugal integrados no Amadeus Selling Platform A

Amadeus Portugal, em conjunto com a CP – Comboios de Portugal, anuncia a integração da solução de reservas de serviços ferroviários para Agências de Viagens no Amadeus Selling Platform. Completamente integrada e disponível em português e espanhol, esta solução possibilita aos agentes de viagem portugueses realizar todos os processos de reserva de conteúdos da CP. Todas as reservas da CP ficam refletidas no PNR Amadeus e o localizador e informações sobre o passageiro passam para o back office. Parceiros desde 2008, a Amadeus Portugal e os Comboios de Portugal (CP) aperfeiçoaram algumas funcionalidades de maneira a melhorar o trabalho dos agentes de viagens e a garantir uma maior produtividade. Em agosto do ano passado esta parceria resultou numa melhoria de funcionalidades. Dentro da plataforma CP tornou-se possível, para todos os comboios Alfa Pendular e Intercidades, não só para criar uma reserva, mas também: alterar a classe de reserva na altura da mesma, emitir um bilhete, reimprimir um bilhete até 7 dias após a emissão, anular um bilhete/reserva até 10 minutos após emissão e visualizar o relatório dos bilhetes emitidos.

Esta solução CP já está também disponível no front office do agente – Amadeus Selling Platform, possibilitando a integração no PNR Amadeus e o respetivo envio de informação para o back office. Carla Bernardes, Products Manager da Amadeus Portugal, comentou: “Em agosto do ano passado, em conjunto com a CP - Comboios de Portugal criámos e melhorámos uma série de funcionalidades permitindo que as agências de viagem prestassem um melhor serviço aos seus clientes, tais como escolha de assento, possibilidade de anular um bilhete até a 10 minutos após a sua emissão ou ainda possibilidade de reimprimir um bilhete até 7 dias após a sua emissão. De maneira a aumentar a produtividade da agência de viagens oferecemos agora a possibilidade de vender os comboios sem sair da sua plataforma de reservas. Os comboios CP aparecem agora numa smart tab do Amadeus Selling Platform e integram com o PNR Amadeus, possibilitando o envio de informação para o back office da agência.” O grupo Air France-KLM e a Amadeus, renovaram o acordo de distribuição de conteúdo. Graças a este acordo as agências de viagem em todo o mundo poderão continuar a dispor do acesso garan-

tido, através do sistema Amadeus, à gama completa de tarifas e inventário inerentes aos mais de 74,8 milhões de lugares e 90,000 voos operados anualmente pela Air France e a KLM. O acordo também inclui o conteúdo respeitante às transportadoras regionais no grupo. Os agentes de viagem poderão continuar a oferecer serviços opcionais aos seus clientes tais como o Economy Comfort da KLM ou o Seat + da Air France através da solução Amadeus Airline Ancillary Services (AAAS), uma solução totalmente integrada que permite às companhias aéreas promover os seus serviços auxiliares. Adicionalmente, a Air France lançou recentemente uma nova oferta para a classe económica, a New Economy Offer, dis-

Travelport assina novo acordo de full content com Virgin Australia A Travelport assinou um novo acordo de full content com a Virgin Australia. Com esta parceria, de efeito imediato, os agentes de viagens que utilizam para as suas reservas o sistema de distribuição global Galileo, pertencente à Travelport, passam a ter acesso a todo o inventário da companhia aérea, incluindo as tarifas públicas e privadas. A possibilidade de aceder a todo o conteúdo da Virgin Australia permite que as agências de viagens melhorem a eficácia do seu fluxo de trabalho, já que a informação está disponível numa única plataforma. “É claramente mais produtivo e eficiente ter acesso ao inventário da Virgin Austrália através do Galileo. Demorávamos 15 minutos a fazer uma reserva na Internet, agora o processo de reserva é de cerca de três minutos”, refere Peter Morrison, diretor-geral do operador turístico Cairns Central Travel. Também

John Guscic, diretor-geral da Webjet Austrália, um dos maiores parceiros da Travelport, enaltece as vantagens do acordo: “Ao acedermos ao inventário da Virgin Australia através da Travelport aumentamos a nossa eficácia operacional, melhorando os serviços que prestamos e os benefícios para os nossos clientes”. Para a Travelport, o acordo é visto como uma mais-valia para a própria empresa e para os seus parceiros. “A união com a Virgin Austalia, uma das companhias mais relevantes do mercado de aviação australiano, permite que os agentes de viagens possam reservar as tarifas mais competitivas do mercado numa única plataforma, garantindo um maior leque de alternativas e serviços junto do cliente final”, defende Damian Hickey, vice-presidente de distribuição de vendas e serviços da Travelport para a região ÁsiaPacífico.

ponível para 58 destinos nos voos de curta e média distância, o que permitirá que os clientes escolham entre uma tarifa com tudo incluído e uma tarifa MiNi. A Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens, e a Alitalia, a companhia de bandeira italiana, assinaram uma extensão de longo prazo do seu acordo de distribuição. Tal significa que as agências de viagens em todo o mundo continuarão a dispor do acesso garantido, através do sistema Amadeus, à gama completa de tarifas, disponibilidades e inventário da transportadora. Após o lançamento com sucesso da oferta de serviços auxiliares em Itália, a Alitalia passou a disponibilizá-los também em Espanha. Os agentes Amadeus nos dois países poderão agora oferecer, através do Amadeus Ancillary Services - uma solução totalmente integrada de reserva e venda de serviços auxiliares, uma vasta gama de serviços adicionais da Alitalia, que inclui a adição de malas, equipamento de desporto, o acesso ao lounge ou seguros de viagem. O pagamento dos mencionados serviços pode ser feito através do uso do Electronic Miscellaneous Document (EMD). Este sistema de mensagens eletrónico facilita a distribuição, venda, provisão e gestão de serviços auxiliares, reduzindo ao mesmo tempo o uso de papel e simplificando o processo, no seguimento das recomendações da iniciativa e-services da IATA.


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Internacional

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Sofitel Luxury Hotels continua a expandir a sua rede, através da assinatura de três novos contractos de gestão em Wellington (Nova Zelândia), Bali (Indonésia) e Shenyang (China), aumentando para 43 o número de estabelecimentos que terá na região da ÁsiaPacífico em meados de 2014. Estes três novos hotéis, estratégicos para a marca, reflectirão o estilo da assinatura Sofitel, que conjuga em todo o Mundo a elegância francesa com o melhor da cultura de cada país. O Sofitel Bali Nusa Dua Beach Resort, que abrirá as suas portas em Setembro de 2013, inaugurará o estilo da marca – a aliança do luxo e do refinamento francês à essência da tradição local – num dos destinos de férias mais procurados do Mundo. Esta sumptuosa propriedade à beira-mar, em BTDC Nusa Dua, um dos locais mais procurados da ilha, situa-se a 40 quilómetros de Denpasar, a capital da província de Bali. O hotel está destinado a tornar-se uma referência internacional na hotelaria de luxo, graças aos standards de excelência e de qualidade da marca. O Sofitel Bali Nusa Dua Beach Resort será constituído por 415 quartos em 17 bungalows privados. Terá também um salão para festas, cinco

3 novos hotéis Sofitel na Ásia-Pacífico

salas de reuniões, um espaço polivalente, três restaurantes, um bar, um lounge e um espaço dedicado ao bem-estar. Os visitantes poderão relaxar na piscina, exercitar-se no So FIT, um ginásio de topo de gama com uma série de actividades inova-

doras, ou rejuvenescer no So SPA, um conceito de spa da Sofitel que propõe uma selecção dos melhores tratamentos, aliados à refinada cosmetologia francesa. O Sofitel Wellington, que abrirá portas em 2014, é o terceiro hotel da marca na Nova Zelândia, mas o primeiro na capital. Situado na Bolton Street, em plena baixa da cidade, fica perto do Parlamento e do museu nacional (Papa Museum), assim como de um sem número de lojas, restaurantes e bares. Devido à forte ligação da Sofitel às artes e à cultura local, o hotel irá ter um papel importante na riqueza cultural da cidade, em conjunto com os seus museus e teatros. O restaurante situado no rés-do-chão do hotel será uma montra dos melhores produtos gastronómicos e dos vinhos da região, como Hawkes Bay, Malborough e Martinborough, propondo uma extensa selecção vinícola francesa e internacional. O Sofitel Wellington terá também salas de reuniões e de trabalho, assim como uma sala de conferências de 120 m2 e duas salas de reuniões mais pequenas. O hotel incluirá ainda um centro de fitness e uma piscina interior. O Sofitel Shenyang Lido, um hotel de luxo situado em Shenyang, com-

porta 590 quartos e suites, quatro restaurantes, dois bares, duas salas para festas, cinco salas de reuniões, um Spa, um centro de fitness, uma piscina, uma sala de ténis de mesa, um campo de squash e 30 lugares de estacionamento. O hotel terá ainda uma sala para negócios que servirá de complemento a um Business Center totalmente equipado. O Sofitel Shenyang Lido é o destino ideal para turistas e viajantes de negócios, beneficiando de uma localização privilegiada na célebre Rua Qingnian, que funciona como artéria comercial no coração da cidade. O hotel situa-se nas imediações dos principais centros de decisão governamental, empresas, um luxuoso centro comercial e um Centro de Exposições Internacional, à entrada da cidade. Os numerosos pontos de atracção turística, entre os quais o Palácio Imperial, ficam à distância de 30 minutos de carro. Já o aeroporto fica a 20 minutos de distância. Em meados do próximo ano, o hotel será encerrado para obras de remodelação. A fachada exterior, os quartos, os restaurante e os equipamentos MICE (para reuniões, conferências e eventos) serão remodelados de acordo com os standards Sofitel. Os trabalhos de renovação deverão estar terminados no início de 2014.

Cruzeiros crescem no Brasil: 15 navios no litoral do pais esta temporada Lugares exóticos, praias paradisíacas e sítios históricos – uma imensidão de cultura que está acessível aos viajantes de cruzeiros no Brasil. Com a presença de 15 navios no litoral do país, a atual temporada de 2012/2013, que se iniciou em novembro e terminará em abril, incluirá passagens por importantes portos do Brasil, como Santos (SP) e Rio de Janeiro, considerados principais locais de embarque e desembarque do país. Acumulando resultados expressivos nas temporadas anteriores, o turismo de cruzeiros no Brasil tem despontado como uma nova opção aos visitantes que pretendem desfrutar de belas paisagens, com direito a muito luxo e lazer. Exemplo disso foram os números registados pelos 17 transatlânticos que percorreram a costa brasileira na temporada de 2011/2012, transportando 805 mil cruzeiristas, um volume recorde de passageiros,

traduzindo um crescimento na ordem de 1,56% sobre o total da temporada anterior. O aumento significou 386 atracações em 20 portos nacionais, ao longo de quase sete meses. Para Flávio Dino, presidente da Embratur, os números são algo a comemorar. “Não podemos ignorar o facto de que os cruzeiros marítimos, além de servirem como fonte de lazer para os passageiros, beneficiam os destinos turísticos em diversos aspetos. O fluxo de turistas nas pequenas cidades costeiras movimentam a economia dessas regiões e geram empregos, é isso que tem sucedido.” Nem mesmo a oferta 15% menor, comparada ás 894 mil camas disponíveis na temporada 2011/2012, devido à diminuição do número de meses (5 contra 7 meses), devem diminuir o crescimento do setor. Considerado o quinto colocado no ranking mundial do mercado de

Cruzeiros Marítimos, a Embratur estima que a atividade tem contribuído significativamente para o turismo interno e também para a entrada de turistas estrangeiros no país. Entre os impactos económicos diretos e indiretos estimados apenas na temporada 2010/2011, a Embratur aponta para um lucro de 523 milhões de euros, sendo 333 milhões de euros gerados pelos gastos dos armadores com compras de suprimentos, custos portuários e combustíveis e 195 milhões de euros gerados pelos gastos dos cruzeiristas nos portos de embarque/desembarque e de trânsito.


Regiões

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Algarve reeleito melhor destino de golfe europeu Fórum Aveiro quer atrair turistas que aterram no Porto O IPAM – The Marketing School Aveiro acaba de desenvolver uma estratégia de marketing que pretende atrair os turistas que chegam à cidade do Porto, via Aeroporto Sá Carneiro, até ao Fórum Aveiro. No momento em que a região Norte do país – ancorada no crescimento dos voos low cost – tem registado um aumento substancial do número de turistas, o Fórum Aveiro lançou, junto dos alunos da licenciatura de Gestão de Marketing, o desafio de desenvolverem um plano que permita captar os turistas façam do Fórum Aveiro um ponto de passagem obrigatório de visita e realização de compras. Através da recolha de dados e da análise dos movimentos turísticos, os alunos do IPAM fizeram o levantamento de indicadores concretos, monitorizando a evolução da atividade turística dos destinos escolhidos pelos visitantes que chegam ao Aeroporto Sá Carneiro. Posteriormente, elaboraram um modelo e estratégias de ação efetivas que vão de encontro às necessidades e expectativas deste nicho de mercado, tornando o Fórum Aveiro um local de eleição. Maria João Aguiar, diretora do Fórum Aveiro, acredita que “a intervenção das instituições de ensino na resolução de problemas e no desenvolvimento do meio empresarial é extremamente relevante”. Da cooperação surge “uma nova política de expansão do Fórum Aveiro para novos nichos de mercado, até hoje pouco explorados e do qual quer ser pioneiro”. A diretora do Fórum Aveiro sublinha, ainda, que a própria cidade de Aveiro também beneficia desta parceria. “Esta colaboração resulta num plano estratégico, capaz de captar um segmento específico [turistas] ainda não trabalhado”, adianta.

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Algarve foi considerado pelo segundo ano consecutivo o melhor destino de golfe da Europa Continental pela relação preço/benefício (best value for money), ficando à frente da Turquia ou de Múrcia no título dos prémios da revista britânica «Today’s Golfer».

O destino algarvio foi o grande vencedor dos «Today’s Golfer Travel Awards», ao reunir 43 por cento dos votos de mais de 7000 eleitores, revelou a publicação. O Algarve foi ainda a região do país a figurar mais vezes na lista dos premiados, com seis distinções no total. Nas categorias de «Melhor Campo de Portugal» e de «Melhor Hotel/ Resort de Portugal», o destino continuou a liderar as preferências: o Oceânico Old Course, em Vilamoura, e Vale do Lobo ficaram em primeiro lugar, com 30 por cento e 15 por cento dos votos, respetivamente. “Os campos de golfe algarvios são cerca de 40 e registam mais de um milhão de voltas por ano. Já foram

distinguidos com vários prémios internacionais e este é mais um de que nos orgulhamos, sobretudo por ser atribuído por uma revista do Reino Unido, que continua a ser o nosso principal mercado emissor de turistas”, diz o presidente do turismo algarvio, Desidério Silva, aproveitando para felicitar as empresas da indústria do golfe “pelo seu serviço de excelência”. A «Today’s Golfer» é uma das revistas temáticas mais vendidas do Reino Unido e todos os meses chega a mais de 200 mil golfistas britânicos. É desde 2010 uma publicação aprovada pela IAGTO (International Association of Golf Tour Operators).

Douro e Porto eleitos Wine Village of the year O maior clube de vinhos do mundo, o sueco Munskänkarna, elegeu o Porto e o Douro como a Wine Village of the Year de 2012. A distinção será entregue no dia 6 de fevereiro, nas instalações do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto - IVDP, no Porto. A ViniPortugal e o IVDP associamse a esta iniciativa que pretende promover os vinhos do Douro e do Porto, e os vinhos portugueses, não só no mercado sueco como nas várias secções da associação, junto dos mais de 24.000 membros e de consumidores de vinho, meios de comunicação social e importadores e distribuidores. Para Manuel Novaes Cabral, presidente do IVDP, “ é com muito orgulho que o Porto e Douro recebem esta distinção que enaltece os vinhos portugueses, promove a mais antiga região vinícola do mundo, que tem sido reconhecida pela crítica internacional, e a cidade que empresta o seu nome ao vinho do Porto. Esta designação consti-

tui, em simultâneo, uma boa oportunidade para projectar os vinhos do Porto e do Douro em mercados internacionais, em particular no mercado sueco, numa altura em que a crescente orientação para o exterior se afirma a melhor estratégia a seguir pelos produtores nacionais” Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirma que “o crescimento de 7,5% do vinho português no mercado sueco, até Setembro de 2012, confirma que os produtores nacionais têm sabido aproveitar as oportunidades que lhes têm sido proporcionadas nos mercados nórdicos. Em 2013 a ViniPortugal investirá 200 mil euros neste mercado, pois, não obstante as restrições dos monopólios no retalho, administrados pelo Estado, existe potencial de crescimento e fortalecimento da presença dos vinhos portugueses”. Após a cerimónia de entrega da distinção, os membros da direcção da Munskänkarna permanecerão em Portugal para acompanhar o

primeiro dia do Essência do Vinho, onde terão possibilidade de degustar vários vinhos portugueses e contatar com produtores, e no dia 8 de fevereiro partirão para uma viagem de dois dias pela região do Douro, onde terão oportunidade de visitar várias quintas produtoras de vinho do Douro e do Porto. Ao longo de 2013 a associação incentivará os seus membros a viajarem pelo Porto e Douro e a aprofundarem o conhecimento sobre os vinhos destas regiões. Em colaboração com a ViniPortugal e com o IVDP, será disponibilizada informação das regiões no site Munskänkarnas, onde serão sugeridos hotéis, restaurantes, adegas para visitas, entre outra informação, designadamente sobre enoturismo. Operadores turísticos garantirão a organização de um número de viagens de grupo pela região. Munskänkarna é o maior clube de vinhos do mundo sem fins lucrativos.


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Aviação

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easyJet reforça

investimento em Portugal

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easyJet anunciou que vai colocar em permanência, no aeroporto de Lisboa, um quarto avião, vai contratar 30 novos colaboradores (pilotos e tripulação de cabine) e pretende obter um crescimento entre os 3 e os 5% no número de passageiros transportados em Portugal. Depois de em 2012 a easyJet ter terminado o ano com perto de 4 milhões de passageiros transportados, 2 milhões deles em Lisboa, o

TAP : voos para Marrocos agora em equipamento A319 A TAP anunciou que, no próximo verão IATA (com início a 31 de Março), iniciará a sua operação para Marrocos com voos operados em equipamento A319, com capacidade para 132 passageiros. Mantendo os quatro voos semanais para Marraquexe, a TAP irá operar maioritariamente em A319, reforçando assim a sua oferta para aquele destino, e com horários mais atrativos. Para Casablanca, a companhia operará também em equipamento A319 alguns dos voos semanais, nomeadamente aos sábados (no período de 8 de junho a 14 de setembro) e às terças-feiras (de 17 de setembro a 22 de outubro). Durante todo o período correspondente ao Verão IATA, a TAP passa a voar em A319 de Lisboa para Marraquexe às segundas, quintas, e domingos às 14h16, com chegada a Marraquexe às 15h50. No sentido oposto, a saída de Marraquexe faz-se às 16h25 com chegada a Lisboa às 17h55. A TAP voa ainda às sextas-feiras, também em A319, com partida de Lisboa às 15h15 e chegada a Marraquexe às 16h45. O voo Marraquexe-Lisboa às sextasfeiras tem partida às 17h30 e chegada a Lisboa às 19h00. Às segundas-feiras, durante o período de 1 de abril a 27 de maio, a companhia opera em Fokker 100, com partida de Lisboa às 17h05 e chegada a Marraquexe às 18h50. No sentido oposto, o voo faz-se às 19h20 com chegada a Lisboa às 21h00.

objetivo para 2013 passa por um crescimento entre os 3 e 5%, que representa ultrapassar a barreira dos 4 milhões de passageiros em Portugal, diz a companhia aérea. “A easyJet pretende reforçar a sua posição de segunda maior companhia aérea a operar em Portugal e por isso estamos a reforçar a nossa presença em Portugal a diversos níveis. Com este reforço pretendemos ultrapassar a barreira dos 4 milhões de passageiros transportados já no ano de 2013”, salienta Javier

Gandara diretor geral da easyJet Portugal e Espanha. De modo a corresponder às necessidades dos passageiros de negócio e lazer portugueses, a easyJet irá colocar, a partir de abril deste ano, um quarto avião de forma permanente no aeroporto de Lisboa. “Enquanto parceiro estratégico e duradouro de Portugal e Lisboa, a easyJet continua a crescer e a investir com a colocação de um quarto avião (A319 com capacidade para 156 passageiros). Com a con-

tratação de 30 novos colaboradores, com contratos locais e a contribuírem para a economia nacional, a easyJet demonstra o compromisso da companhia em contribuir para o crescimento da economia portuguesa e para a criação de emprego”, afirma Javier Gandara. No verão haverá um reforço de duas rotas a partir de Lisboa. Lisboa-Funchal-Lisboa passará a ter três frequências diárias a partir de julho, e Lisboa-Amesterdão-Lisboa passará a 6 frequências semanais.

TAAG poupa mais de 30 milhões de dólares com programa de eficiência energética A TAAG – Linhas Aéreas de Angola anuncia ter terminado o ano de 2012 com poupanças de 30,1 milhões de dólares com o seu programa de eficiência energética. Na sequência da adesão ao programa “Green Team” a companhia aérea introduziu uma série de medidas organizacionais que permitiram não só a poupança de vários milhões de dólares, mas também a conservação dos equipamentos. Através do seu Gabinete de Gestão de Eficiência de Combustível, a TAAG – Linhas Aéreas de Angola tem introduzido iniciativas, com o objectivo de otimizar os resultados no que respeita à redução de desperdícios de com-

bustível, ao mesmo tempo que reduz as emissões de CO2. Este programa, atualmente com 24 iniciativas, 11 das quais efetivas, já resultou num ganho de cerca de 30,1 milhões de dólares, até novembro de 2012, correspondendo a cerca de 46% do potencial. Entre as medidas implementadas, inclui-se a redução da utilização dos APU’s (equipamento instalado nas aeronaves, que funciona como um gerador elétrico e de ar condicionado), levado a efeito pela Direção de Manutenção e Engenharia. O seu uso, além de aumentar o consumo de combustível, também gera um custo muito elevado em manutenção.

A TAAG comprou também seis unidades de produção de energia (GPU’s), escadas e tratores, e está a planear a aquisição de unidades de produção de ar condicionado (carts) de forma a diminuir a utilização dos APU’s, o que indica uma redução dos custos operacionais na ordem dos quatro milhões de dólares. Membro da Associação Internacional de Transportes Aéreos e aderente do programa “Green Team”, a TAAG está a implementar estratégias, para reduzir desperdícios de combustível, aumentar a capacidade de carga útil e diminuir o impacto ambiental, através da utilização consciente e segura dos recursos. “Todas as acções levadas a cabo são fundamentadas com estudos rigorosos, que permitem prever os gastos e as necessidades de cada voo, evitando desperdícios excessivos, ao mesmo tempo que aumentam a segurança, o conforto a bordo e prolongam a conservação dos equipamentos, diminuindo o seu desgaste, refere a companhia, em comunicado. A TAAG assegura diariamente a ligação entre dezenas de cidades em quatro continentes, incluindo as ligações diretas de Lisboa e do Porto a Luanda.


Última

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AHETA

Algarve precisa de um novo modelo de transporte aéreo

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AHETA considera que o atual modelo de acessibilidade aérea ao Algarve “se encontra esgotado, não permitindo dar resposta adequada à competitividade da oferta turística regional”. O comunicado da AHETA defende que “a ligação do Aeroporto de Faro aos “Hubs” europeus é fundamental para o desenvolvimento de programas que permitam alcançar um novo patamar no Turismo de Negócios, no Golfe Turístico e em outras actividades que têm lugar durante as épocas média e baixa, contribuindo para a recuperação das quotas perdidas no mercado da Alemanha, o maior país emissor europeu, devendo este mercado passar a ser considerado Prioritário, atendendo ao enorme potencial de crescimento que apresenta.” Neste contexto, a AHETA considera que, a nível central, o Governo e Turismo de Portugal devem valorizar a concertação estratégica com os

parceiros sociais do Turismo regionais e nacionais, (AHETA e CTP, respetivamente), devendo o Programa Iniciativa 2.0 do Departamento de Planeamento Estratégico daquele organismo ser transferido para o da Promoção Turística, de forma a reforçar a ligação ao Produto e à Distribuição. Por outro lado, indica que os relatórios de avaliação do Programa Iniciativa 2.0, a cargo da Universidade do Algarve, “devem ser tornados públicos, atendendo a que o secretismo de todo o processo tem causado mal estar, dúvidas e problemas inúteis junto dos vários agentes do sector”. No seguimento da privatização da ANA, “a intervenção dos organismos públicos responsáveis não pode passar apenas por atribuir incentivos a companhias aéreas que movimentam volume de passageiros, devendo agora evoluir para uma concertação entre o Turismo

de Portugal e as estruturas associativas privadas da região, tendo em vista a criação de Programas de Marketing & Vendas, desenvolvidos em colaboração estreita entre o Produto e a Distribuição”. Alerta a associação algarvia, para acrescentar que “a oferta turística e o transporte aéreo são duas faces da mesma moeda, não podendo continuar a ser tratados separadamente como vem acontecendo”. O sistema de incentivos que lançou as operações de algumas companhias aéreas “low cost” no Aeroporto de Faro, (Ryanair e EasyJet),

“embora tenha que continuar deve ser racionalizado. E isto porque após a fase de lançamento, a consolidação das operações destas companhias aéreas deverá ser menos exigente em matéria de recursos financeiros da nossa parte”, considera. Em 2013, a prioridade defende que uma das prioridades do Algarve, é aumentar a ocupação disponível e rentabilizar as empresas. Sem esta alteração de modelo, “não estamos a dar a resposta que o mercado turístico exige e a região carece para recuperar os níveis competitivos e de rendibilidade do passado” Para tal, sublinha ainda que a a acessibilidade aérea é vital para o Turismo do Algarve, sendo indissociável dos Programas Integrados de Marketing & Vendas que deverão ser estabelecidos com as companhias aéreas e os canais de comercialização e distribuição dos operadores turísticos nos países de origem.

RENA preocupada com alteração do quadro legal no setor aeroportuário e com privatização da ANA A RENA - A associação das Companhias Aéreas, refere em comunicado, ter ficado surpreendida com a publicação do novo diploma legal, no final de Novembro de 2012, que veio estabelecer o quadro jurídico da concessão de serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil em Portugal, atribuído à ANA Aeroportos de Portugal S.A., escassos dias antes da concretização da venda da entidade concessionária. “Lamentamos que a associação tenha sido colocada à margem de todo este processo, ao contrário do que sucedeu em 2009, aquando da criação do modelo anterior de regulação económica do setor, que foi debatido e maturado, tendo contado com a participação de vários stakeholders e interessados”, referiu Paulo Geisler, o presidente da RENA. “O anterior modelo era complexo, mas muito equilibrado, dando totais garantias de equidade e adequação em matéria de fixação do montante

das taxas aeroportuárias, com critérios claros e definidos na lei”. Assim, a RENA já solicitou uma audiência à Administração da ANA e ao ministro da Economia, a quem apresentou a posição das companhias sobre este dossier. Este novo modelo “sacrifica totalmente a posição dos operadores atuais e futuros dos aeroportos em detrimento dos interesses do concessionário”, critica Paulo Geisler. O novo diploma mantém a regulação económica das taxas, mas suprime um conjunto de princípios que se encontravam expressos nos diplomas revogados e que constituíam importantes limites à atuação da ANA. As principais alterações em relação ao modelo de regulação económica aeroportuário de 2009 caracterizam-se pela eliminação da referência expressa ao modelo de regulação single till, à abolição da regulamentação do princípio da remuneração adequada da base de ativos regulados (e consequente-

mente da definição de uma receita média máxima por passageiro com vista à estabilidade tarifária) e à exclusão do princípio da regulação por incentivos, a supressão do princípio da transparência como critério do processo regulatório e de investimento em novas infraestruturas. “Há um claro retrocesso em termos de transparência e clareza de regras”, aponta Paulo Geisler. “O que estava na lei deixou de estar e o que estava expresso passou a ficar no critério da ANA e do regulador, o INAC, o que constitui um retrocesso significativo para os tempos em que a ANA fixava o valor das taxas de forma discricionária e sem que os interessados tivessem algum suporte ou garantia em termos de critérios legais”. Em relação às motivações que poderão ter dado origem a estas alterações, a RENA não se pode pronunciar, uma vez que não conhece os termos em que o Estado Português negociou a concessão.

Entende, todavia, que a pressão sobre o INAC é enorme, dado que ficará com uma dupla função: a de definir as regras dentro dos poucos princípios que a lei estabelece e, sobretudo, a de ser um juiz e fiscalizador sobre a adequação e proporcionalidade do montante das taxas, o que nem sempre é fácil. “Seria muito mais fácil manter o modelo existente, que continha equilíbrios e limitações objetivas e transparentes na lei em função da receita média por passageiro e de indicadores objetivos”, esclarece ainda Paulo Geisler. Os recentes aumentos das taxas e rendas, em contraciclo com o mercado, nos aeroportos estão a preocupar os membros da RENA. Alguns equacionam mesmo abandonar ou reduzir os espaços nos principais aeroportos portugueses.


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