Viajar Magazine - Outubro de 2013

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visitportugal.com Viragem na presença online

PROMOÇÃO Novo modelo para 2014

FINALMENTE

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MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 319 - 2ª série Preço 2,00

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO Outubro 2013


Simplesmente diferente

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rata-se de uma unidade hoteleira de quatro estrelas, situada na Cidade de S. Filipe, na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, encontrando-se apenas a 5 minutos do Aeroporto de S. Filipe, a 1 hora de voo da Ilha do Sal e a 3:30 horas de Lisboa, Portugal. Foi inaugurada em Maio de 2005. Esta moderna unidade é composta por 39 espaçosos quartos, com capacidade para 78 pessoas, equipados com Ar Condicionado, Água Quente, TV Satélite, Telefone, Cofre, Mini Bar e amplas varandas de onde se poderá desfrutar de uma vista deslumbrante sobre o Oceano Atlântico e a Ilha Brava.

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Em Foco

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O B S E R VA Ç Ã O

Lisboa está entre os destinos mais baratos da Europa para viajar TERMINADO O VERÃO EM PORTUGAL, e os dias de praia, entra o outono, e as escapadinhas de fim-de-semana em cidades europeias surgem como a opção mais em conta para viajar sem gastar muito dinheiro. Com isto em mente, o jornal britânico The Guardian fez as contas - ao preço de viagens, alojamentos, compras de supermercado, museus, transportes e restaurantes - e chegou à conclusão que Lisboa está entre os destinos mais baratos da Europa para viajar, tendo coroado a capital da Hungria, Budapeste, como a cidade mais em conta. Contas feitas, duas noites de alojamento incluindo os voos para Budapeste podem ficar por 165 euros. Segue-se Madrid, por 175 euros, e Barcelona por 178. Lisboa fica na 9ª posição com 222 euros, atrás de Amesterdão com 219 euros, mas à frente de Praga com 230. Nota importante: as contas do The Guardian contemplam passagens aéreas a partir de Londres. Entre as principais cidades europeias, o alojamento também fica em conta na capital portuguesa: uma noite pode ficar por cerca de 44 euros, o segundo valor mais baixo a seguir a Budapeste, onde é possível dormir por 33 euros. Também os preços praticados nos supermercados foram avaliados pelo jornal inglês. Lisboa aparece na terceira posição com um custo médio por compra de 7,8 euros, atrás de Budapeste com 6,6 euros e de Praga com 7,4 euros. A oferta cultural dos vários destinos europeus também é destacada, com o preço das admissões nos principais museus de várias cidades a ser analisado. O Museu de Arte Turca e Islâmica, em Istambul na Turquia, é o mais barato, cobrando 3,9 euros por entrada. O Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa aparece na quarta posição, cobrando 5 euros por admissão.

OE: AHRESP “desiludida, indignada e revoltada” com manutenção do IVA em 23%

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ASSOCIAÇÃO DA HOTELARIA, RESTAURAÇÃO E SIMILARES DE PORTUGAL está “desiludida, indignada e revoltada” com a manutenção do IVA nos 23% e considera que é o sector que “está a pagar” a “não restruturação” do Estado. Em declarações à agência Lusa, reagindo à proposta de Orçamento do Estado para 2014 (OE2014), do qual decorre a manutenção da taxa de IVA nos valor atual, não prevendo uma redução como reclamava a AHRESP, o secretário-geral daquela entidade, José Manuel Esteves afirmou que o próximo ano será “de luto” na restauração. O responsável anunciou ainda que o conselho nacional consultivo da associação vai analisar o OE2014, em reunião extraordinária, para “decidir formas de luta” contra a “decisão política” do Governo. “A restauração está desiludida, indignada e revoltada com a decisão do Governo. Estamos a pagar pela não restruturação do Estado”, afirmou José Manuel Esteves. Para este responsável, a manutenção da taxa de IVA nos 23% na restauração é uma “atitude punitiva” por parte do Governo liderado por Pedro Passos Coelho que vai agravar a situação dos empresários do setor e que tem na base “a ilusão” do aumento de receitas fiscais. “Desconhecemos as razões do Governo para manter o IVA assim. Mas com o IVA a 23%, 2014 vai ser um ano de luto para a restauração em Portugal. Há empresas que não pagam os impostos para pagar aos funcionários. É pura ilusão o Governo pensar que vai aumentar receitas por esta via”, afirmou. José Manuel Esteves apontou “para breve” uma tomada de posição sobre o documento hoje entregue no Parlamento pela ministra das Finanças. “Vamos convocar com caracter de urgência o conselho consultivo nacio-

DIRETOR GERAL José Madureira DIRETOR EXECUTIVO Francisco Duarte EDITOR SR Editores, Lda ASSINATURAS assinaturas@sreditores.pt

nal para numa reunião extraordinária analisar a proposta do Governo e decidir por formas de luta”, adiantou. Apelos dos empresários não convenceram Passos Coelho, que mantém o imposto nos 23%. Ahresp convoca reunião de emergência para decidir novas formas de luta. O IVA na restauração vai manter-se nos 23% em 2014. Apesar dos sucessivos apelos do sector e da posição assumida pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, o Orçamento do Estado para o próximo ano, entregue nesta terçafeira na Assembleia da República, não traz qualquer indicação de alteração deste imposto. A restauração tem vindo a apelar à descida para 13%, responsabilizando as subidas do IVA, em vigor desde Janeiro de 2012, pela perda maciça de postos de trabalho e o encerramento de empresas. O Governo de Passos Coelho foi insensível aos argumentos e nem a posição de António Pires de Lima, que sempre defendeu a descida do IVA, foi suficiente para convencer o executivo a avançar para uma diminuição do imposto. José Manuel Esteves, director-geral da Associação da Restauração e Similares de Portugal (Ahresp), não esconde a desilusão. “É uma tristeza. A Ahresp está indignada, estupefacta, revoltada, em nome das dezenas de milhares de empresários e das centenas de milhares de trabalhadores do nosso sector. O Governo não teve em consideração as sugestões que o grupo de trabalho interministerial lhe transmitiu”, lamenta, referindo-se ao relatório, no qual se

DIREÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Prof. Alfredo Sousa, nº1, loja A, 1600-188 LISBOA Tels.: 21 754 31 90 e-mail: viajar@sreditores.pt FOTOGRAFIA Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem Rogério Sarzedo Raquel Madureira

lia que a redução para 13% era um “estímulo à economia”. A Ahresp vai reunir de emergência, na próxima semana, o seu conselho directivo para decidir sobre as “formas de luta mais adequadas” contra a “incompreensível e inaceitável decisão do Governo”. “De forma estranha, passa por cima, como um cilindro, que é vital para as receitas turísticas, que estão a sustentar a nossa balança de exportações e a economia das pequenas e médias empresas”, disse José Manuel Esteves. Também a APHORT, Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo está desapontada com a decisão do Governo. E considera que o sector “tem o direito de pedir ao ministro Pires de Lima, defensor da baixa do IVA como medida essencial para garantir a sustentabilidade da restauração, uma palavra sobre esta matéria, em nome do seu percurso pessoal e da história do seu partido, agora responsável pela economia e pelos impostos do país”. Na conferência de imprensa no Ministério das Finanças, Maria Luís Albuquerque argumentou que a manutenção do imposto nos 23% foi decidida com base no relatório elaborado pelo grupo de trabalho e que evidenciou que “o aumento do IVA na restauração [em 2012] gerou um acréscimo e não uma perda de receita para o Estado”. “O contributo líquido para a receita foi significativo. O tema foi debatido dentro do Governo e uma redução do IVA implicaria a necessidade de ter mais medidas do lado da despesa e da receita”, disse a ministra das Finanças. De acordo com o relatório do grupo de trabalho, o aumento deste imposto e uma maior “eficiência fiscal” fizeram engordar as receitas do Estado com o IVA na restauração em 140% entre 2011 e 2013. Caso o imposto caísse para os 13%, as quebras para os cofres do Estado atingiriam entre 130 e 178 milhões de euros.

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25º CONGRESSO DA AHP CONCLUI

Nunca foi tão importante procurar parcerias e alianças para crescer sustentavelmente

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PRESIDENTE DA AHP, Luís Veiga, afirmou que “nunca como hoje foi tão importante procurar parcerias e alianças para crescer sustentavelmente”. O responsável lembrou que, entre 2000 e 2010, a Europa recebeu 90 milhões de turistas e Portugal não cresceu, ao passo que um terço destes turistas foram conquistados pela concorrência direta (Espanha, Croácia, Turquia e Grécia). “Seria um erro ainda maior não aproveitar uma fatia dos 145 milhões que a Organização Mundial do Turismo prevê até 2020”. Luís Veiga falou dos números deste ano, que apontam para os 14,5 milhões de hóspedes e 42 milhões de dormidas, “contribuindo para o reforço do seu peso na balança de serviços e afirmando o turismo como o sector exportador mais importante com uma quota de 14% do total de exportações”. O presidente da associação sublinhou o trabalho da área de promoção do Turismo de Portugal e da ANA no reforço das ligações aéreas tão importantes para atenuar a sazonalidade dos destinos, mas lembrou que é preciso apostar em produtos estruturados e diferenciadores. Luís Veiga, conclui que a hotelaria portuguesa “pode ser mais competitiva no contexto da globalização”, como confirmaram as intervenções nos painéis debatidos no 25º Congresso da AHP, que reuniu 400 profissionais do setor do Turismo em Albufeira, entre 20 e 22 de outubro. “Numa altura em que a hotelaria nacional se sente mais forte, pese embora os reajustes e os custos de contexto a que tem estado sujeita, existe a convicção de que ainda pode ser mais competitiva no contexto da globalização. Os oradores convidados e as intervenções foram oportuníssimos desse ponto de vista”, sublinhou Luís Veiga na conclusão do Congresso da AHP, que se realizou no Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa. O CFO do grupo Pestana Hotels & Resorts, José Theotónio, na sua intervenção no painel “Crescimento orgânico versus Fusões e aquisições no negócio do Turismo”, destacou que “os fundos vieram permitir a diferenciação entre propriedade e gestão. Esses ativos podem ser uma oportunidade para crescer e ganhar escala através desta última opção”. A presidente da direção executiva da AHP, Cristina Siza Viera, por sua vez, sublinhou o “networking” como meio de partilha de conhecimento aplicado, geração de negócio e redução de custos, destacando os resultados da plataforma “Tourism Think Tank”, projeto lançado pela associação em Fevereiro de 2012, que recebeu “mais de duas mil pessoas”. Ainda sob o tema do “networking”, o con-

sultor Pedro Caramez alertou para importância do “mundo digital”, através do motor de busca Google e da rede LinkedIn. Outros temas foram debatidos neste congresso da AHP, nomeadamente, o projeto “Cidade Surf” para a Figueira da Foz, com a prática do surf enquanto potencialidade turística, apresentado por Miguel Ferreira em parceria com Eurico Gonçalves, e que alertou os hoteleiros para a importância da “realidade do surf”, designadamente em relação às necessidades específicas destes potenciais clientes, enquanto o convidado internacional Ross Harding abordou as valências da “Sustentabilidade trabalhando em rede”, mostrando o seu projeto “Finding the Infinity”. O Orçamento de Estado para 2014 é “duro e exigente”. Para Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado de Turismo este é “um orçamento que nos é imposto pelo fracasso que o modelo económico que seguimos ao longo de décadas, que é condicionado pelos compromissos internacionais que assinamos e que é sujeito não apenas à nossa vontade, mas à dos nossos credores”. O governante, que presidiu à abertura do 25º congresso da Nacional da Hotelaria e Turismo, enfatizou que apesar de vários setores da economia terem sido chamados “a dar contributos adicionais aos pedidos em 2013, o turismo não está entre esses setores”. “O Orçamento de Estado de 2014 não exige ao segctor do turismo, como exige a outros segctores, esforços adicionais ou superiores aos que estavam previstos em 2013, seja no enquadramento fiscal, seja pela criação ou aumento de novas taxas e esta circunstância de o turismo não se ver confrontado com novas exigências orçamentais, que seriam possíveis”, assegurou à plateia de hoteleiros e profissionais de turismo. O IVA da restauração foi evocado no discurso do secretário de Estado, que sublinha que “não ignora o impacto do IVA da restauração, para o setor da restauração e também da hotelaria”. Adolfo Mesquita Nunes confirmou que não propôs e não ponderou “a uniformização” das taxas de IVA de restauração e da hotelaria. Entretanto, o Governo concedeu o estatuto de utilidade pública à Associação de Hotelaria de Portugal, anunciou, o secretário de Estado do Turismo. Adolfo Mesquita Nunes, aproveitou o primeiro dia de congresso da AHP, para anunciar que o Governo concedeu o reconhecimento de utilidade pública à associação centenária dedicada à hotelaria. Mesquita Nunes salientou que este estatuto é atribuído numa altura em que a AHP comemora o seu centenário, sendo que este é um sinal que o Governo reconhece que as ações da instituição ultrapassam a mera atuação junto dos associados


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e já revertem também para a sociedade. Sobre o tema do congresso “Trabalho em rede,” o SET recordou que o que mais lhe chamou atenção no setor foi a sua atomização, tanto empresarial, como associativa. “Este é um grande desafio que não depende das políticas públicas. Ou o setor encontra forma de ganhar escala ou então vamos estar em desvantagem face à nossa concorrência. Estamos a trabalhar para que o setor privado tenha um papel maior nas políticas de promoção. A forma como projetamos o país vai além do que é o turismo. Há um défice de notoriedade de Portugal. O turismo é apenas uma parte deste problema e nem sequer é a primeira. Quando olhamos para Espanha, vemos algo que não temos e que não depende do turismo: campeões em várias modalidades, marcas, etc. Falta uma articulação com outras indústrias exportadoras”.

CAMAS ILEGAIS: GOVERNO PREPARA ALTERAÇÃO À LEGISLAÇÃO O secretário de Estado do Turismo anunciou, à margem do 25º Congresso da Hotelaria, que o Governo está a preparar uma alteração ao Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos (REGET) que “procurará refletir um caminho diferente de encararmos a classificação [das unidades hoteleiras]”. O secretário de Estado do Turismo disse, esta segunda-feira, que o alojamento paralelo é visto pela tutela como um problema de concorrência desleal e de fuga aos impostos como vantagem competitiva. Adolfo Mesquita Nunes indicou que está a trabalhar com as asssociações do sector no sentido de criar um regime coerente entre o RJET – Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos e o regime para o alojamento local. No entanto, este problema não se resolve só com a lei. “Posso tentar criar barreiras à entrada no mercado, posso proibir as OTA’s de colocarem alojamento paralelo nas suas plataformas. Tenho estudado o que acontece noutros países com que nos comparamos e as notícias não são animadoras. É um problema que a Europa está a enfrentar e ainda não encontrámos a receita certa”. O executivo defendeu que a solução deve passar por incentivos à formalização do negócio e simplificação do RJET. “Não podemos pensar de maneira inovadora com este RJET e com este modelo de classificação dos empreendimentos. O que proponho na revisão do RJET é a necessidade de estar actualizado”. O SET referiu-se ainda a uma proposta de flexibilização da classificação hoteleira, que segundo o próprio existe já em vários países do mundo. “Es-

tas ideias, que parecem descabidas, foram pensadas e estudas”, justificou. Esta alteração vai de encontro às solicitações do setor que tem criticado a existência de unidades que não se enquadram no atual regime e que consideram de concorrência desleal, como o alojamento local. Mesquita Nunes admitiu que “o alojamento local precisa de um diploma próprio e não de uma mera portaria”, sendo que a revisão do REGET “mantém transitoriamente o regime do alojamento em vigor. Estamos a trabalhar com a Confederação do Turismo no regime jurídico do alojamento local onde procuraremos refletir estas preocupações sobre o alojamento paralelo”. De acordo com o secretário de Estado do Turismo “estamos a inovar e encontrar o melhor quadro legislativo para potenciar uma fiscalização mais eficaz e que o regime seja suficientemente atrativo para que traga a economia informal para a economia formal”. Pernoitas em alojamentos particulares que não pagam impostos nem cumprem regras de higiene e segurança aumentaram com sites especializados. Há quatro milhões de dormidas ilegais por ano, o equivalente a 10% do total. Em Portugal, haverá pelo menos quatro milhões de dormidas de turistas por ano que escapam à legalidade. Aproveitam alojamentos residenciais que não estão registados, não pagam impostos e operam à margem das regras de segurança e higiene. Se estas pernoitas fossem legalizadas e incluídas nas estatísticas, representariam 10% do total e contribuiriam para os cofres do Estado com receita fiscal. A estimativa foi revelada ao SOL pelo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Luís Veiga. “Além dos 40 milhões de dormidas previstas para este ano – registadas, faturadas e com todos os requisitos fiscais inerentes à prática do alojamento turístico – haverá mais quatro milhões que serão em alojamento ilegal, que fogem ao fisco. São economia paralela”, denuncia. O fenómeno que habitualmente se designa como ‘camas paralelas’ ou ‘alojamento paralelo’ – por oposição ao alojamento classificado e reconhecido pelas autoridades – não é novo em Portugal. Refere-se a moradias, apartamentos ou mesmo a unidades de pequena dimensão alugados por particulares, que escapam aos impostos e não obedecem a requisitos de qualidade, higiene e segurança. Porém, se antes imperavam os letreiros nas janelas anunciando “rooms, chambres, zimmers” para o verão, a internet veio facilitar o arrendamento ilegal de espaços para passar férias. O fenómeno já inclui imóveis de luxo e funciona sobretudo

através de sites, muitos sediados no estrangeiro, que publicitam e comercializam alojamento em vários destinos turísticos, tanto em Portugal como noutros países. “O alojamento ilegal cresceu de forma desregrada e foi fomentado pelos portais de venda, que são muitos”, alerta Luís Veiga. Normalmente, estes portais funcionam de consumidor a consumidor e “há uma fuga ao fisco enorme”, assegura. “Há portais, por exemplo como o Airbnb, Homelidays ou Homeaway, que se dedicam quase exclusivamente a alojamento ilegal e já devem ultrapassar largamente 10% das dormidas em Portuga”. Além disso, aponta baterias ao Booking, que, salienta Luís Veiga, anuncia mais de 2.000 hotéis em Portugal, quando o país apenas tem 1.200 unidades hoteleiras registadas. Para combater o que considera ser “concorrência altamente desleal” face à hotelaria legal, o responsável avança que a AHP vai tentar trazer para Portugal a solução encontrada em Espanha, onde o Governo proibiu 250 sites de divulgar e arrendar imóveis que não estejam legalizados. Luís Veiga pede ainda uma revisão da lei relativa ao alojamento local. Criada em 2008, esta designação foi lançada para que as ditas ‘camas paralelas’ pudessem legalizar-se. Para tal, bastaria que se registassem na respetiva Câmara Municipal e cumprissem requisitos mínimos de higiene e segurança, não estando, ainda assim, obrigadas às regras e tributação aplicadas à hotelaria. De acordo com o presidente da AHP, houve até agora cerca de 5.000 proprietários a inscreverem-se no alojamento local. “A adesão ao registo como alojamento local tem sido significativa, embora se esperasse mais”, nota o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas. Na região algarvia, estima, “entre 40 mil e 50 mil camas ter-se-ão inscrito oficialmente nas diferentes câmaras municipais, desde 2008”, saindo da ilegalidade. Mas realça que as autarquias não têm revelado dados atualizados sobre esta realidade. E “a fuga aos impostos não é uma questão exclusiva das camas paralelas. Haverá camas de alojamento local que também fugirão aos impostos”, acrescenta. Por isso, os hoteleiros são unânimes em pedir mais regulação e fiscalização. “A ASAE, que é a entidade competente para fiscalizar, não terá agido sempre com a celeridade e o empenho que se exigiria. Muitas vezes, tem-se mostrado mais preocupada em fiscalizar quem está legalizado do que propriamente os que, não estando legalizados, seriam passíveis de fiscalização”, acusa Elidérico Viegas. A Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais


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Troiaresort com processo sustentado de internacionalização

garante que a atividade de inspeção desenvolvida pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no alojamento paralelo “foi reforçada em 2013, designadamente nos meses de julho e agosto”. Mas detetar quem não cumpre pode ser complicado mesmo com mais fiscalização, considera Luís Veiga. “É difícil demonstrar que uma vivenda ou um apartamento está a servir de alojamento turístico”, defende. Na prática, o utilizador pode sempre alegar que a casa é de um amigo ou de um familiar e que não paga nada. Por isso, a fiscalização deve começar pelos sites de aluguer de casas.

BATALHA ENTRE O PREÇO E O VALOR O administrador financeiro do Grupo Pestana disse que é mais fácil investir no estrangeiro do que em Portugal. José Theotónio falava no painel “Crescimento orgânico vs Fusões e aquisições no negócio do Turismo”, do 25º Congresso da AHP, e deu o exemplo do recente investimento em Espanha, onde os custos de financiamento foram 2% mais barato que em Portugal. “Já nos Estados Unidas a taxa de financiamento ainda foi mais barata”, complementa. O responsável diz, no entanto, que o investimento em Portugal continua. Até ao final do ano, o grupo vai dar início à construção da Pousada de Lisboa e da ampliação do Pestana Porto. Conrado Adolpho, especialista em marketing e fundador da estratégia de marketing digital 8Ps, participou no painel Redes Sociais no congresso da AHP. O especialista veio ao congresso da AHP desmistificar a existência do marketing digital, defendendo que não existe “um mundo digital e um mundo analógico, mas sim um mundo mais complexo”. Começando por dizer que os decisores não precisam de perceber o mundo digital, mas que têm apenas de ter a estratégia, Conrado Adolpho afirmou que a venda é “uma batalha entre o preço e o valor”. “Não importa o preço, concentre-se no valor percebido. A perceção de valor é feita através de comunicação”. Conrado deu o exemplo de Bono Vox, porque é que as pessoas são fãs do vocalista

dos U2, não porque o conheçam, mas por causa do conteúdo. Na opinião do especialista, não existe sítio melhor para gerar conteúdo do que a Internet. Como por exemplo, tirando fotos aos clientes: fotografando os clientes, isso vai gerar partilha nas redes sociais. O especialista deu ainda formas de criar valor ao produto, tais como: a escassez (exemplo: só dois quartos disponíveis); prova social (quanto mais pessoas falam do produto, melhor ele é); Autoridade (acontece quando uma pessoa com notoriedade fala bem do seu produto); e antecipação (gera uma ansiedade positiva, por exemplo: vou abrir vendas em tal dia). Conrado Adolpho deixou a mensagem que a presença na Internet permite contornar crises e concorrências, se for bem utilizada, e lembrou que “há pessoas que já trabalham muito bem esta ferramenta”. “A promoção foi sempre um desastre, porque não era objetiva e as verbas foram sempre irrisórias”. A frase é de André Jordan, que participou no primeiro painel do 25º Congresso da AHP, “Como promover a marca Portugal em rede”. O empresário sugeriu um consórcio de hotéis que vendam o destino. Para André Jordan, um dos desafios é “coordenação de gestão. Fusões são muito difíceis, mas integrar a gestão é uma necessidade para se ser mais eficiente e ganhar escala». O empresário defendeu no painel que, por um lado, a promoção tem de ser feita por entidades altamente qualificadas e, por outro lado, que a solução passa pela criação de um consórcio de hotéis que vendam de forma conjunta o destino ou o produto. Já na discussão de “Como desenvolver um destino trabalhando em rede?”, João Soeiro, da Full Services, explicou a passagem da fase do tour operador para o novo drive do cenário do setor, que é o consumidor e decisor. Sobre o Algarve, assinalou a necessidade de saber em que ciclo de vida este destino se encontra, já que o crescimento das vendas não é um problema de comunicação, mas de produto. (Fotos: Créditos – Duarte Costa, epic-algarve)

EM 2013, os hóspedes provenientes de mercados internacionais - Espanha, França, Alemanha e Escandinávia - mais do que duplicaram em resultado da estratégia desenvolvida que aposta na promoção do troiaresort além-fronteiras, anunciou . Os portugueses mantêm-se como os principais hóspedes do troiaresort e para tal contribui, naturalmente, a proximidade a Lisboa (a menos de uma hora), a facilidade de acesso à Península de Tróia (nas embarcações da Atlantic Ferries) e o posicionamento do troiaresort como a opção ideal para passar umas férias em família. No entanto, em mercados internacionais nos quais o troiaresort tem apostado de modo consistente nos últimos anos, o crescimento do número de hóspedes mais do que duplicou. Os principais mercados, que contribuíram para este incremento do volume de noites, foram o francês, o espanhol, o alemão e o escandinavo. João Madeira, diretor-geral do troiaresort afirma que “são muitos os milhares de turistas estrangeiros que começam a integrar o troiaresort nos seus roteiros de férias”, para realçar que “a semelhança do que tem vindo a ser o histórico do destino, de ano para ano, no mês de agosto de 2013 as unidades hoteleiras do troiaresort voltaram a registar taxas de ocupação acima dos 90%. Só nos Apartamentos Turísticos troiaresort, o número de noites duplicou face ao valor registado no mesmo período de 2012.” Para esse facto, muito tem contribuído a presença contínua do troiaresort em feiras e outras acções de promoção em países como a África do Sul, o Brasil, o Canadá, a Rússia, a China, a Alemanha, a Inglaterra, a França, a Dinamarca, a Holanda, a Suécia, a Finlândia ou a Noruega. De acordo com João Madeira, “esta comparência assídua tem tido resultados evidentes para a divulgação da Península de Tróia e os efeitos desta estratégia começam a ser visíveis.” Destaca “o caso do troiagolf Championship Course que registou, até abril de 2013, um valor recorde de mais de 2 mil voltas de golfe e um crescimento de cerca de 40% face a 2012. De janeiro a abril de 2013, 74% dos jogadores do troiagolf foram de mercados internacionais, com destaque para a Escandinávia, o Reino Unido e a Alemanha.” Esta estratégia também pode ser evidenciada com a distinção recebida pela Sonae Turismo na 5ª edição dos Prémios SIL 2013, no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal. A Sonae Turismo recebeu o prémio Promotor Internacional, “galardão que comprova que o troiaresort é um projeto de qualidade que se destaca, também a nível internacional, no sector imobiliário português”.


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CRISTINA SIZA VIEIRA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO EXECUTIVA DA AHP

Excesso de oferta não classificada não ajuda no preço da hotelaria

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S PREÇOS BAIXOS continuam a ser um problema para a hotelaria portuguesa. Embora os últimos dados publicados pelo INE, que dão conta que de janeiro a agosto o Revpar subiu 5,7%, a verdade é que ainda se situa nos 31,8 euros. Cristina Siza Vieira, presidente da Direção Executiva da AHP, em declarações à Viajar refere que “estamos muito contentes com os dados do INE do acumulado de janeiro a agosto sobre subidas das taxas de ocupação e do Revpar, mas não podemos esquecer que, embora o INE trabalhe não apenas a hotelaria, os monitores da hotelaria ditam que, da janeiro a julho, o Revpar foi de 36,63 euros e a taxa de ocupação se situou em 51%. A taxa de ocupação/quarto desceu 12,3% em 12 anos. Mesmo em Lisboa, o preço anda na média dos 56 euros. Em julho, mês de época alta, Lisboa teve um Revpar de 55,31 euros”. Daí que a responsável considere haver ainda muito trabalho a fazer. “Se os números do INE subiram do ponto de vista estatístico, do ponto de vista prático não o é”, disse, para acrescentar que os proveitos não compensam ainda as descidas dos anos anteriores. Cristina Siza Vieira refere que um dos fatores que impedem o aumento do preço na hotelaria tem a ver “com o excesso de uma oferta não qualificada que tem explodido em Portugal. Estou a falar do alojamento local e do arrendamento das casas particulares para fins turísticos. É tempo de parar, até porque a capacidade de carga do destino não é inesgotável. O mercado não só está desregulado como os preços tendem a baixar e é todo um destino que fica marcado. Há espaço para todos, sim, mas com conta, peso e medida”. E se este é um problema de todos, “a solução passa pelo Governo”, sublinhou a presidente da direção executiva da AHP, para adiantar que “é preciso trazer para o mercado regulado a oferta que está desregulada, o que quer dizer que a concorrência é desleal”. Para esta responsável “o Hostel merece uma proteção, é um produto distinto, com uma procura específica, como também achamos que deve haver outro tipo de alojamento, tal como B&B, apartamentos, quartos ou moradias, mas não maçissamente. Por exemplo, o Chiado está saturado de alojamento local, com problemas para os moradores e para os turistas, sem contar com a sobre carga urbana, ruído, maiores consumos de energia e sujidade, o que não tem nada a ver com uma habitação”. Quem licencia este tipo de alojamento são as câmaras municipais, bastando que reúnam condições mínimas. O que a AHP propõe, de acordo com Cristina Siza Vieira é uma alteração a esse

regime. “As câmaras municipais podem continuar a passar essas licenças, mas há requisitos mais exigentes, limites e deve haver uma deliberação da assembleia de condóminos. A nossa primeira proposta era alterar a portaria e, neste momento, admite-se que seja um diploma para poder enquadrar essa oferta de outra maneira”. Para aumentar os preços na hotelaria, a responsável aponta ainda a necessidade de captação de eventos, não só os grandes, que acontecem em momentos pontuais do ano, mas também dos pequenos e médios eventos, até porque Portugal possui uma boa oferta. Por outro lado defende a passagem “de um conceito meramente promocional – diversidade concentrada – para um conceito comercial – diversidade estruturada. Significa que temos de construir um produto onde estas coisas sejam uma vantagem – o território, gastronomia, preços, climas, parques naturais, o facto de termos um golfe ao pé da praia ou junto a uma cidade. Se essa ideia compósita de Portugal for estruturada, pode ser vendida de outra maneira”, garantiu Siza Vieira. A ideia, de acordo com a responsável, é estar “no sítio onde as coisas acontecem, é termos quem vá falando de nós e os prémios que vamos recebendo”. O Governo tem vindo a anunciar apoios financeiros à requalificação em detrimento da construção de raiz. Mas para Cristina Siza Vieira, este propósito está, igualmente, a provocar aumento de oferta. “Se temos património a degradar-se, então que seja reabilitado, mas mais uma vez é para lançar mais quartos no turismo. Não é construir de raiz, mas reabilitar património

para o aparecimento de nova oferta. Uma coisa é apoiar a remodelação dos hotéis que necessitam periodicamente, outra é a reabilitação do edificado para fins turísticos. Enquanto em relação ao primeiro, ninguém tem dúvidas, até porque uma oferta envelhecida perde competitividade, em relação ao segundo, se é importante ter património edificado reabilitado, infelizmente ninguém olha o reabilitado para aplicar em habitação. De qualquer forma, não faz qualquer sentido apoiar financeiramente a construção de raiz”. E lembrou que a hotelaria vende sonhos, mas sobretudo, vende camas. Sobre a lei dos empreendimentos turísticos, Cristina Siza Vieira admite que “é uma boa lei, não é muito antiga e a sua discussão foi muito participada pelo setor”. No entanto, “podemos flexibilizar algumas situações, precisa de alguns acertos pontuais para responder a outro tipo de ofertas e novos conceitos. Nesse sentido, um aligeirar de requisitos é sempre bem-vindo”. A AHP, lembre-se, debateu-se recentemente com a intenção de algumas autarquias, nomeadamente, a de Aveiro, de criarem uma taxa turística. Em Aveiro, o regulamento acabou por não ser aplicado e com as recentes eleições autárquicas, o assunto ficou em banho-maria. “O que se vai passar daqui para a frente, esperamos que nada. Esperamos que as câmaras municipais não entrem por aí, pois é uma situação que nunca levaria a bom porto. No entanto, pensamos que é assunto que deve ser discutido ao nível das Entidades Regionais de Turismo, pois é aí que, em relação do turismo, as autarquias estão”, concluiu Cristina Siza Vieira.


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REUBEN MIFSUD NOVO DIRETOR GERAL DO CORINTHIA HOTEL LISBON

“Aposta no fortalecimento do sucesso do hotel e nas suas conquistas”

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EUBEN MIFSUD, novo diretor geral do cinco estrelas Corinthia Hotel Lisbon declarou à Viajar que o seu objetivo para este hotel “centra-se na continuação do seu sucesso, que tem sido muito, e no que conquistou nos últimos anos. Além do mais, acredito que aproveitando o caminho que tem conquistado, a aposta passa por fortalecer esse sucesso e consequentes conquistas”. De acordo com o novo responsável “este é um excelente hotel que abriu em 2004 e que entra agora no seu décimo ano de operações. Por tal, para o ano estamos orgulhosos por comemorar o seu décimo aniversário que surge com o melhoramento do novo lobby e lounge bar, bem como a extensão do nosso centro de congressos e demais oferta, que levará este hotel ao próximo nível em oferta MICE”. Reuben Mifsud chega a Lisboa após uma carreira internacional com mais de 14 anos de experiência na indústria hoteleira, nomeadamente na Libia e recentemente em Malta. Antes da sua nomeação para diretor geral do Corinthia Hotel Lisbon, Reuben Mifsud desempenhava as funções de diretor geral do Marina Hotel Corinthia Beach Resort, um hotel com 200 quartos em St. George’s Bay, Malta onde foi responsável pelo aumento da receita e rentabilidade do mesmo. Antes de assumir a direção geral do Marina Hotel em Malta, desempenhou funções de diretor de Recursos Humanos e diretor Operacional responsável pelas Vendas & Marketing do cinco estrelas com 300 quartos Corinthia Hotel Tripoli, na Libia. Reuben Mifsud afirmou estar orgulhoso “por me ter sido confiada a direção do Corinthia Hotel Lisbon onde, em conjunto com a minha equipa, me empenharei para dar continuidade e melhorar os níveis de qualidade e sucesso desta magnífica propriedade. Sinto que, é o momento certo na minha vida para assumir este desafio.” O maltês Reuben Mifsud substitui Roderick Micallef, que foi nomeado vice-presidente de operações da rede hoteleira para a Europa. Ainda em relação à sua estratégia para o cinco estrelas, e novo diretor geral realçou que “o Corinthia é único na sua estratégia de preços e nós queremos garantir que continuaremos a construir o que foi criado pelo meu antecessor. É também um hotel único nos serviços que oferece, na mão-de-obra e talento que temos, por isso apostamos no crescimento dos preços e não na sua redução. Assim, gostaríamos de ter todos os outros parceiros e membros do negócio a olhar para o crescimento dos preços, porque quando estes são reduzidos, estamos a matar o produto, ou seja, a nós próprios”.

O Corinthia Hotel Lisbon vai continuar a explorar todos os segmentos de mercado. Conforme referiu à Viajar “todos os sectores são de extrema importância. Damos muita importância aos nossos hóspedes de lazer porque este hotel é também único nos seus 3000 metros quadrados de Spa e queremos que os hospedes de lazer saibam que numa das mais bonitas cidades da Europa podem encontrar um dos mais bonitos Spas. Também o cliente MICE é muito importante para nós, pelos serviços que oferecemos e infra-estruturas que dispomos. A nossa localização no centro financeiro da cidade é excelente para o cliente MICE e corporate. E pelas acessibilidades, damos muita importância aos clientes das companhias aéreas, nomeadamente a tripulação. São todos muito bem vindos ao nosso hotel”. Entre os mercados importantes para o hotel, estão os de língua portuguesa, nomeadamente, Brasil e Angola, bem como Reino Unido, França, Alemanha e Espanha. Este hotel é também conhecido pela sua sustentabilidade, especialmente em termos de energia, porque nos últimos cinco anos envolveu-se num excelente projeto energético e que ficará completo no final deste ano. Reuben Mifsud garantiu que essa eficiência energética será igualmente melhorada. Recorde-se que a unidade foi recentemente galardoada com um prémio, em Washington como o mais eficiente de todos os hotéis europeus. Questionado sobre novos projetos em Portugal, Reuben Mifsud declarou que “a empresa está muito orgulhosa de ter a sua bandeira em Lisboa, assim como tem orgulho nos seus outros hotéis pelo mundo fora, como Londres, Tripoli,

Karthum, por exemplo. Todos estes belíssimos destinos onde temos a bandeira Corinthia continuarão a apoiar a marca e a construir a nossa reputação. Estamos muito orgulhosos com o Corinthia Lisboa e não queremos que os nossos hotéis concorram entre si”. O novo diretor-geral do hotel de marca maltesa considera que tem à sua frente “um grande desafio”, afirmou na sua apresentação ao mercado português. Entretanto, Roderic Micallef, que ocupava o cargo de diretor-geral do Lisbon Corinthia Hotel, foi nomeado vice-presidente de operações da rede para a Europa, onde terá como objetivo “expandir a cadeia ainda mais no mercado de luxo e outros destinos”, disse . No entanto, tem “grandes expetativas” para o novo cargo, em que vai ficar responsável pelos mercados de Lisboa, São Petersburgo, Praga, Budapeste e Malta. “Acabei de deixar este hotel, onde fizemos grandes coisas, vou para um papel na companhia, para expandir a cadeia ainda mais no mercado de luxo e outros destinos, é um grande desafio”. Os planos da rede maltesa incluem a abertura de uma unidade em Taormina, prevista para Novembro do próximo ano, “e no futuro os objetivos são as grande cidades, Paris, Nova Iorque…”, explicou Roderick Micallef. A abertura do Corinthia Londres, em Abril de 2011, “levou-nos para um nível diferente do negócio hoteleiro. Tendo Londres, agora precisamos de ir para estas cidades, Paris, Nova Iorque, para continuar a crescer”. No seu discurso de despedida, depois de nove anos à frente do Corinthia Hotel Lisbon, Roderick Micallef, agradeceu a todos os presentes,


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Grupo Pestana conquista Espanha com novo hotel em Barcelona referindo um “grande prazer conhecer-vos e trabalhar convosco. “Tenho os portugueses no coração, ainda aterro no aeroporto e penso que estou em casa, apesar de já não estar”, disse ainda. O novo vice-presidente de operações da cadeia considera que deixa “uma grande equipa no hotel. Conseguimos alcançar grandes coisas juntos”. Elegante e moderno, com uma vista magnífica para o Aqueduto das Águas Livres e o Parque Natural de Monsanto, o Corinthia Hotel Lisbon é um dos hotéis de referência da cidade. Partilhando conforto e uma elegância discreta, os 518 quartos do Corinthia Hotel Lisbon oferecem diferentes opções para quem viaja em negócios ou lazer. No Executive Club, os clientes dos 76 quartos executivos e suites, localizados nos pisos superiores do hotel , desfrutam de um serviço totalmente personalizado e de acesso ao Club Lounge do hotel. O Corinthia Hotel Lisbon oferece várias atmosferas para despertar os sentidos e paladares, no restaurante Típico, os aromas da cozinha ao vivo e a fusão entre os sabores da cozinha Mediterrânica e Internacional proporcionam uma memorável experiência gourmet completada por uma carta de vinhos criteriosamente selecionada pelo Sommelier do hotel. O restaurante Sete Colinas, com uma decoração acolhedora e elegante e uma agradável esplanada no jardim, oferece diariamente um completo buffet ao pequeno-almoço bem como uma seleção gastronómica de buffets para banquetes. O ambiente descontraído do Tempus Lounge Bar e a esplanada - Terrace Lounge, complementam as várias atmosferas. Durante os meses de Primavera e Verão o Terrace Lounge torna-se o espaço perfeito para almoços, refeições ligeiras servidas ao longo do dia e cocktails ao fim de tarde. O Corinthia Hotel Lisbon possui o maior Centro de Congressos num hotel de 5 estrelas em Lisboa, com uma entrada direta do exterior e um total de 18 salas de reunião todas com luz natural, distribuídas numa área multifuncional com 3000 m2 e com capacidade até 1.400 pessoas. A área de lazer do hotel inclui um luxuoso SPA com 3.000 m2, o Longevity Medical Spa, com um conceito integrado e holístico que visa o reequilíbrio físico, mental e emocional, para a gestão total da saúde e do processo de envelhecimento.

GRUPO PESTANA conquista a presença em mais uma grande cidade europeia com a aquisição de um novo hotel em Barcelona. Esta nova unidade marca a entrada do maior grupo hoteleiro português em Espanha, um mercado estratégico e posicionador para o Grupo que mantém a aposta nas principais cidades da Europa. A aquisição é hoje oficializada, com o apoio do Banco Sabadell, num investimento que ronda os 15 milhões de euros. O Grupo Pestana adquiriu a propriedade e assume a gestão do atual Hotel Arena de Barcelona, gerido até à data pela cadeia Vincci Hoteles, dando lugar ao Pestana Arena Barcelona que, a 1 de novembro, assumirá em pleno a marca do maior grupo hoteleiro português. Com 4 estrelas, o novo hotel Pestana está localizado a poucos metros da Praça de Espanha, junto ao Parque Miró e ao famoso shopping Arena, a 500 metros da Estação de Sants (ligação TGV Madrid) e do Centro de Congressos de Barcelona (Fira), do Museu de Arte da Catalunha, da Aldeia Olímpica e do Monte Juic, numa situação privilegiada, ideal para quem viaje em negócios ou lazer. A unidade tem 84 quartos, dos quais 11 são junior suites e dispõe de diversas salas de reuniões, ginásio, restaurantes e bares e ainda um original terraço exterior. Esta aquisição é uma aposta na forte procura no segmento 4 estrelas da cidade de Barcelona. Além de tirar partido dos maiores mercados emissores para esta cidade (França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Alemanha), pretende-se ao mesmo tempo captar uma grande fatia dos mercados portugueses e brasileiro, com óptimas ligações aéreas diárias. Barcelona

é hoje o 1º destino mais procurado para congressos a nível mundial e, em termos internacionais, é hoje o terceiro destino mundial de cruzeiros, sendo o 1º na Europa. A cidade recebe anualmente 6,6 milhões de visitantes por ano e ocupa já o 6º lugar no ranking das cidades europeias com maior número de visitantes. O objetivo das autoridades é chegar ao top 3 europeu da performance hoteleira urbana. “Em termos hoteleiros, Barcelona é hoje o mercado mais atrativo e consistente de Espanha, com ocupações e preços médios superiores aos de Madrid. Tem uma exposição marcadamente internacional, além de conseguir captar uma diversidade de segmentos de grande valor (congressos, cruzeiros, executivos e lazer) e de ter uma baixa sazonalidade. É um mercado muito interessante para nós e seguramente o que tem fundamentos mais sólidos em toda a Espanha, com uma estratégia pública de posicionamento e promoção muito eficaz. Estamos satisfeitos com esta nova aquisição que marca a entrada em Espanha e abre novas perspectivas neste País, objectivo de longa data do Grupo”, diz José Roquette, administrador responsável pela Área de Desenvolvimento do Grupo Pestana. A entrada no mercado espanhol vem reforçar a estratégia de diversificação que o grupo tem vindo a implementar nos últimos anos. Com a entrada em Barcelona, Espanha passa a ser o 15º destino com hotéis Pestana. Além de Portugal, o maior grupo hoteleiro tem ainda unidades no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Cuba, Argentina, Brasil, Colômbia, Venezuela, África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Marrocos e São Tomé e Príncipe.

JJW Hotels and Resorts assume gestão do Hotel Penina Golf and Resort A EMPRESA detida pelo sheikh Mohammed Bin Issa Al Jaber, JJW Hotels and Resorts, vai assumir a gestão do Le Meridien Penina, a partir de 1 de outubro. Segundo comunicado do grupo, o hotel estava a ser gerido pelo Starwood Goup, sob a insígnia Le Meridien Penina, desde 2005. Agora, ambos os grupos concordaram transferir a gestão do hotel para esta última, que decidiu rebatizar esta unidade hoteleira de cinco estrelas para Penina Golf Resort, igualmente com efeito a partir de 1 de outubro de 2013. A decisão de assumir a gestão do Penina Golf Resort acontece no ano em que se comemora o 25.º aniversário do início dos investimentos do sheikh Mohammed Bin Issa Al Jaber na região do Algarve. Destacando que o Penina Golf Resort é “um hotel muito especial e com uma história única no turismo algarvio”, o sheik acrescenta que a JJW Hotels

and Resorts “vai trabalhar no sentido de preservar a identidade e história desta unidade hoteleira de cinco estrelas e, simultâneamente, contribuir para a fidelização dos clientes no Penina Golf Resort ano após ano.” Mais acrescenta: “Desde os meus primeiros investimentos no Algarve, nos longínquos anos 80, eu continuo impressionado com a cultura , a beleza da paisagem algarvia e com hospitalidade das suas gentes. O Algarve representa uma parte importante para o crescimento e desenvolvimento da marca JJW Hotels and Resorts e eu mantenho-me comprometido com os meus investimentos actuais e futuros no Algarve.” No início deste ano, a JJW Hotels and Resorts investiu cerca de 100 milhões de euros em dinheiro na economia portuguesa, assegurando o emprego a 600 pessoas.


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Ibis Lisboa Centro Saldanha renovado

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IBIS LISBOA CENTRO SALDANHA foi alvo de uma recente mudança de visual e decoração das zonas públicas, modernizando assim este hotel localizado no centro da capital. A ibis, marca hoteleira do Grupo Accor, apresenta agora esta unidade com uma decoração contemporânea e inspiradora para os seus clientes, num conceito desenvolvido em parceria com o arquitecto Philipe Avanzi. Actualmente, os clientes poderão usufruir dos espaços públicos com um design mais actual, mais moderno, acolhedor e descontraído, onde o cliente tem vontade de ficar. Longos sofás, cadeiras de baloiço e bancos em forma de peão de xadrez criam uma atmosfera confortável que facilita a circulação e garante todas as condições para uma estadia ainda mais agradável. O ambiente utiliza um contraste de materiais (madeira) e esquemas de cores quentes. A recepção apresenta um ecrã state-of-the-art (ecrã de projecção e reflecção) moderno e inovador, com informação útil para

os hóspedes, como meteorologia, preços, ofertas especiais, entre outros, facilitando assim a interacção com o cliente. No seguimento do processo de reformulação da marca, iniciado em 2011, e tendo em vista a criação de ambientes cada vez mais acolhedores em linha com as necessidades dos clientes, foi criada a “ibis Sweet Bed”, uma cama ultra confortável, patente em todos os quartos deste ibis e em todos os hotéis ibis do país. O hotel ibis Lisboa Centro Saldanha está situado no centro da cidade, próximo da Praça Marquês de

Epic Sana Luanda vence feiras de turismo em Angola O HOTEL EPIC SANA LUANDA e o Governo da Província de Luanda são os grandes vencedores das feiras do Turismo Okavango 2013 e dos Municípios e Cidades de Angola, que decorreram nas instalações da Feira Internacional de Luanda (FILDA). O hotel Epic Sana concorreu com as unidades Hotel de Convenções de Talatona, Organizações Ritz e Blue Ocean, enquanto o GPL teve como opositores o Governo Provincial da Lunda Norte e o Porto de Luanda. Já na Feira do Okavango 2013 foram distinguidas várias empresas. A melhor agência de viagem foi a Valéria Tour, a melhor companhia aérea foi a Taag, como unidade hoteleira ganhou o Hotel de Convenções de Talatona, tendo a participação provincial do turismo ficado com a Lunda Sul. Este ano, o evento aconteceu em simultâneo com a primeira edição da Feira dos Municípios e Cidades. Nesta edição de 2013 pretendeuse promover o desenvolvimento da indústria hoteleira, fomentar o turismo interno, local e regional, incitando a um maior conhecimento do potencial paisagístico e da riqueza das 18 províncias do país, assim como a troca de experiências.

Pombal e Avenida da Liberdade, a 15 minutos do Aeroporto e cinco minutos do centro histórico. Com acesso directo do Aeroporto pela linha do metro, uma localização privilegiada e óptimos acessos pelas principais vias rodoviárias, este hotel é ideal para viagens de negócios ou de lazer. Com um total de 116 quartos acolhedores e climatizados, serviço Wi-Fi gratuito, estacionamento interior e serviço de bar/ refeições 24 horas por dia, este hotel do Grupo Accor prioriza o descanso e o conforto dos hóspedes, que beneficiam do Contrato de Satisfação 15 Mi-

nutos – cliente Satisfeito ou Convidado - um verdadeiro compromisso assumido pela marca e assegurado por equipas de profissionais especializadas, que garantem solucionar qualquer questão, de dia ou de noite, em 15 minutos. Os hóspedes beneficiam ainda da garantia de qualidade da marca ibis, certificada pelo ISO 9001 e 14001. No novo conceito ibis kitchen lounge, actual e adaptado às necessidades dos clientes, o hóspede poderá encontrar refeições leves, snacks, sobremesas, sopas e ainda refeições à portuguesa, disponíveis 24h/ 7 dias por semana.

Hilton Vilamoura celebra VI aniversário com golfe O 6º ANIVERSÁRIO do Hotel Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa juntou mais de 50 jogadores profissionais de golfe num torneio que decorreu durante dois dias no Campo de Golfe Pinhal. Os convidados tiveram ainda a oportunidade de participar numa Clínica de Golfe com o profissional de golfe português, Ricardo Santos, onde foram abordadas diferentes técnicas de jogo e aspetos teóricos e práticos desta modalidade. À noite, mais de 120 convidados juntaramse para uma festa que teve lugar no fabuloso pátio Blue Lagoon. Rita Jordão foi a grande vencedora deste torneio que culminou com a cerimónia de entrega de prémios no terraço do Rubi Bar. O golfe tem sido, de resto, a grande aposta do Hilton Vilamoura ao longo deste ano. Este esforço foi reconhecido pelos prestigiados prémios do Turismo, World Travel Awards, em agosto, ao considerá-lo o Me-

lhor Resort de Golfe de Portugal em 2013. Desde abril, o Hilton Vilamoura é o patrocinador oficial do golfista Ricardo Santos, um dos jogadores portugueses mais promissores do panorama nacional e internacional. Com apenas 30 anos, Ricardo Santos destaca-se por ter sido o primeiro português a conseguir alcançar o principal circuito de golfe profissional Europeu – o PGA European Tour - sendo atualmente o único a competir nesse circuito. Foi também inaugurado, este ano, um novo Golf Center com 36 campos disponíveis em simulador e uma área do hotel reservada apenas a jogadores desta modalidade. Esta é uma área de lazer, com 190m2, onde é possível obter os últimos modelos de equipamento, para além de ajuste e reparação de tacos ou, inclusivamente, lições a cargo do profissional qualificado PGA, Fernando Nogueira.


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Gestão da DoubleTree by Hilton trás mais valias ao Fontana Park

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ONÇALO COELHO DE SOUSA, diretor geral do agora DoubleTree by Hilton Lisbon – Fontana Park, reforçou a mais-valia que a Hilton Worldwide vai proporcionar em termos de visibilidade, até porque o Fontana Park vai passar a contar o apoio da “máquina tremenda a nível de distribuição que a Hilton oferece”. O responsável falava à Viajar no dia que marcou a passagem simbólica da gestão para a DoubleTree by Hilton, cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado, Adolfo Mesquita Nunes. Sem alterar a “qualidade quer arquitetónica quer do design”, a unidade de quatro estrelas, aberta há seis anos, passa a beneficiar dos standards da DoubleTree by Hilton, contando com alguns novos serviços, nomeadamente, um fitness centre “com o equipamento mais avançado, cada um com o seu écrã e acesso à internet”, a Connectivity Station “que permite aos hóspedes, sem nenhum custo, estarem ligados a um sistema que é o “Stay Connected” que é de última geração”, amenidades nos quartos da Citron, marca DoubleTree, e outras facilidades, como cafeteira, ferro e tábua de engomar nos quartos, explicou o diretor geral do hotel. Outro mimo importante é receber os clientes com uma bolachinha personalizada. “Os hóspedes passam a desfrutar das calorosas boas-vindas com a assinatura da marca: um biscoito quente, com pedaços de chocolate, que é oferecido no check-in”. “O desenvolvimento de uma cultura de serviço CARE constitui um dos pilares inerentes ao conceito DoubleTree by Hilton, proporcionando uma aproximação à comunidade local e uma experiência gratificante para os hóspedes where the little things mean everything”, de acordo com o responsável.” O hotel tem como principais mercados o português, espanhol, francês, italiano, alemão, inglês, africano, brasileiro e América do Sul. “Julgo que agora com o Hilton vamos atingir outros mercados que de forma isolada era muito mais difícil lá chegar”, nomedamente, dos Estados Unidos, Canadá e Ásia, acrescenta ainda Gonçalo Coelho de Sousa. O hotel “tem uma identidade própria”, diz ainda o diretor-geral “e tentámos em conjunto com toda a equipa fazer o cliente sentir-se especial, todos os dias a toda a hora, seja qual for o motivo da viagem”. “Temos vindo a crescer ao longo destes anos, não houve nenhum ano em que não tenhamos crescido em termos de ocupação. O objetivo é esse, crescer mais ainda e, dada a máquina tremenda a nível de distribuição que a Hilton oferece, a tendência é, de facto, trazer mais volume e mais volume traz a possibilidade de subir também o preço”, afirmou. Gonçalo Coelho de Sousa destacou ainda a associação da unidade ao programa de fidelização da Hilton Worldwide, o HHonors, que permite acumular, em simultâneo, milhas e pontos, considerando que também o programa de fidelização

será importante para aumentar a visibilidade da unidade e atrair clientes de outros mercados. O secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, que presidiu à inauguração oficial da unidade, salientou a importância do investimento para a cidade e para o País, nomeadamente, um investimento em Portugal, feito por portugueses e “que se mantém, apesar da nova roupagem e da nova aliança”, que demonstra “a excelência do que se faz em Portugal e pelos empresários portugueses”. Segundo Adolfo Mesquita Nunes “devemos orgulharnos da forma como em Portugal nos posicionamos do ponto de vista da criação da oferta turística”. A entrada da Hilton em Lisboa vem demonstrar “que Lisboa e Portugal ocupam hoje uma posição muito importante do ponto de vista do turismo. Somos um país muito competitivo em matéria de turismo, somos um país onde o turismo tem uma importância particular e significativa na nossa economia”. O SET salientou ainda o facto de a entrada da marca ter sido feita através da requalificação de um projeto, e não através de uma nova construção, reiterando a ideia de que “um dos grandes desafios que o turismo em Portugal enfrenta é de se manter constantemente atualizado e para isso não necessitar de novos investimentos em nova construção”.

Joaquim Faustino, administrador da Turismadeira SA, proprietária do hotel, salientou que hoje se inicia “um novo ciclo para o Fontana Park”, um “projeto moderno muito diferenciado, de design inovador”, e que a sua promoção e venda através da Hilton “produzirá certamente bons resultados para ambas as partes”. A inauguração do hotel contou também com a presença do Senior Vice President Development Europa & Africa da Hilton Worldwide, Patrick Fitzgibbon, que referiu que a abertura da marca DoubleTree em Lisboa marca um dia “particularmente especial” para Hilton, que andava há um longo tempo à procura de um hotel em Lisboa, acrescentando: “penso que Lisboa, como destino, está a aumentar o seu perfil e a sua importância na Europa de ponto de vista de viagens e de negócios”, salientando a importância do prémio atribuído à cidade como destino de short-breaks. A Hilton Worldwide assumiu , dia 4 de outubro, a gestão do Fontana Park Hotel, unidade que passa agora a ostentar a marca Double Tree by Hilton, uma vantagem que, segundo Joaquim Justino, administrador da Turismadeira, vai permitir que o projecto tenha “a divulgação que merece”. “A Hilton Worldwide é a cadeia hoteleira mais prestigiada do mundo e, através dela, este projeto terá a divulgação que merece”, afirmou o responsável, durante a cerimónia de apresentação do novo Double Tree by Hilton Lisbon Fontana Park. A DoubleTree by Hilton oferece aos viajantes a oportunidade de conhecer a vibrante cultura de Lisboa, com a abertura do primeiro hotel da marca em Portugal. Anteriormente conhecido como Fontana Park Hotel, situado no Saldanha, o Double Tree by Hilton Lisbon – Fontana Park, que se destaca pelo seu design interior, é o local ideal para conhecer a histórica capital portuguesa em grande estilo. Com uma oferta de 139 quartos, o hotel mantém grande parte da sua traça original, nomeadamente vários elementos que prestam homenagem às anteriores funções do edifício enquanto pequena fábrica de ferro e o belo pátio interior ao ar livre, onde se pode encontrar uma cascata. Os hóspedes poderão desfrutar das calorosas boas-vindas com a assinatura da marca: um biscoito quente, com pedaços de chocolate, que é oferecido no check-in. Entre as marcas exclusivas da DoubleTree by Hilton encontram-se o pequeno-almoço Wake Up DoubleTree Breakfast, serviço de chá e café no quarto e uma refrescante variedade de produtos de cuidado de corpo CITRON by Crabtree & Evelyn. Todos os quartos oferecem a Experiência de Sono Sweet Dreams DoubleTree by Hilton, juntamente com acesso gratuito a internet Wi-Fi de alta velocidade em todos os quartos e zonas públicas. Para além das sete salas de reuniões, equipadas com a mais recente tecnologia, o hotel também disponibiliza um business center e um fitness center abertos 24 horas.


Pessoas e factos

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Hotel L’AND Vineyards tem novo diretor geral HUGO VALADAS é desde 1 de Outubro de 2013 o novo diretor geral do Hotel L’AND Vineyards – Small Luxury Hotels of the World. Com cerca de 20 anos de experiência no sector, Hugo Valadas, faz parte da equipa do L’AND Vineyards Resort desde 2011, data da abertura do empreendimento. Hugo Valadas desempanhou desde essa data, a função de Guest Service & Sales director, estando responsável por toda a área comercial do hotel. Foi agora nomeado director geral do resort, substituindo na função Duarte Cunha que esteve à frente da operação do hotel L’AND Vineyards durante os últimos 2 anos. Licenciado em Turismo pela Universidade de Évora, o novo Director Geral acumulou competências e formação nas áreas comercial e guest relations em unidades hoteleiras de 5 estrelas como sendo o Convento do Espinheiro em Évora. Nesta nova função, Hugo Valadas está sobretudo empenhado na promoção da marca L’AND, a nível nacional e internacional, consolidando a expansão da marca nos mercados mais relevantes, onde se destacam o mercado europeu e o mercado brasileiro. Para Hugo Valadas liderar a equipa e a operação do L’AND Vineyards representa “um enorme desafio profissional face à actual conjuntura económica que a Europa e o país atravessam, sendo também um orgulho liderar uma equipa de profissionais do ramo de hotelaria empenhados em prestar um serviço de excelência num mercado turistica cada vez mais exigente. Como Alentejano de raiz, é obviamente um motivo de orgulho poder liderar um projecto no coração do seu Alentejo.” O L’AND Vineyards Resort, small luxury hotel 5 estrelas com 22 suites que proporciona aos visitantes a experiência única de poderem dormir “debaixo das estrelas”, isto é, as inovadoras “sky suites” L’AND Vineyards permitem a abertura total do tecto oferecendo, assim, aos visitantes a observação do céu nocturno do Alentejo, reconhecido como uma reserva natural, dado o seu baixo índice de poluição nocturna. O L’AND Vineyards hotel inaugurado em 2011 conta com uma equipa de 20 pessoas, e a marca está já a preparar o lançamento de um novo hotel sky suites, localizado nas margem do Alqueva. Este novo sky suites hotel da marca L’AND, tem data prevista de abertura em Dezembro de 2014.

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Corinthia Hotel Lisbon vencedor do prémio Western Europe Region – Energy Project of the year 2013

André Lopes é o novo Chefe de Comidas & Bebidas do Lisboa Marriott Hotel! André Lopes é o novo Chefe de Comidas & Bebidas do Lisboa Marriott Hotel, tendo-se em Direção e Gestão Hoteleira na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e com Barcharelato (pré Bolonha). Com mais de 13 anos de experiência na indústria hoteleira, André Lopes desempenhou as primeiras funções em 1998, como cordenador de Marketing & Vendas no Reid’s Palace Hotel, na Madeira, transitado no ano seguinte para “Sales Executive” no Sheraton Lisboa Hotel & Towers. Depois disso, desempenhou outras funções de “Sales Executive International Markets” na Enatur – Pousadas de Portugal SA, Lisboa (2000), diretor adjunto das Pousadas de N.Sra. Oliveira e Santa Marinha – Guimarães (2001), diretor de Unidade no Grupo Pestana Pousadas – Baixo Alentejo e Algarve (2002), chefe de Vendas no Grupo Pestana Pousadas (2004), sub-diretor geral e diretor F&B no TD Hotels-Hotel Alvalade, em Luanda (2005), e vice-diretor geral do Hard Rock Café, em Lisboa (2007).

O PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA implementado pela Galp Soluções de Energia no Corinthia Hotel Lisbon recebeu o título de Western Europe Region - Energy Project of the Year atribuído pela Association of Energy Engineers (AEE) aos projetos desenvolvidos e instalados fora dos EUA que se destacam pelas caraterísticas inovadoras no país onde estão instalados. Os prémios valorizam ainda a dimensão da integração de soluções de energia renováveis que se diferenciem pela inovação e desempenho alcançados. O projeto implementado pela Galp Soluções de Energia no Corinthia Hotel Lisbon é inovador pela utilização de soluções de engenharia específicas para o projeto concebidas em conjunto com o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), o parceiro técnico do projeto. Alguns exemplos são os reservatórios e permutadores construídos à medida das necessidades do hotel e o sistema de gestão de

energia criado de raiz para o perfil energético do cliente. No primeiro semestre de 2013, este projeto permitiu obter uma redução do consumo de energia superior a 25%, correspondente a 600.000 kWh e 290 toneladas de CO2. O Corinthia Hotel Lisbon é igualmente pioneiro na demonstração do conceito de Hotel Energeticamente Eficiente, que agrega o compromisso de eficiência energética e o compromisso ambiental com a redução da pegada de CO2. A nível económico, o projeto assenta no modelo de contrato de performance energética que é uma referência no mercado das Energy Service Companies (ESCO) em Portugal.

Christoph Franz deixa Lufthansa no final de Maio CHRISTOPH FRANZ termina o contrato com a Lufthansa a 31 de maio do próximo ano e não voltará a renovar com a companhia. Depois de 15 anos à frente de uma das maiores empresas aéreas da Europa, o ainda CEO vai mudar de ramo para se dedicar ao setor farmacêutico. “Depois de quase 15 anos no grupo Lufthansa, não foi uma decisão fácil para mim”, disse Christoph Franz. “Estou orgulhoso de Lufthansa e dos trabalhadores do grupo e deu-me grande prazer trabalhar para esta empresa. No entanto, por motivos profissionais, decidi dar um novo rumo à minha carreira depois do final do meu atual contrato, em maio de 2014. Até lá, o programa SCORE, bem como outras importantes decisões de investimento tomadas, terão lançado as bases para o grupo Lufthansa continuar o seu caminho. É o momento apropriado para passar

a gestão”, justificou, o CEO. Em comunicado, Wolfgang Mayrhuber, presidente do Conselho de Administração da companhia, lamentou a decisão de Christoph Franz, “mas respeito a sua decisão de dar um novo rumo à sua carreira”. “Espero que nos meses que lhe restam connosco ele conclua as suas funções na nossa empresa da melhor forma possível e que seja feliz na nova fase da sua vida”, acrescentou Mayrhuber, destacando a carreira irrepreensível de Franz na Lufthansa. “Sob a sua liderança, o grupo consolidou a sua posição como líder na aviação europeia.” Entretanto a farmacêutica Roche já confirmou o nome de Franz para presidente Executivo, cargo que irá ocupar para substituir Franz Humer, até agora à frente da maior fabricante de medicamentos anticancro.


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Pessoas e factos

13 COM PATROCÍNIO

Vila Galé tem novos diretores no Brasil e em Portugal

David Doctor é nomeado para importante cargo regional na Amadeus

O GRUPO VILA GALÉ anunciou Catarina Pádua e Silva e Pedro Ferreira como diretores de Marketing e de Sistemas de Informação, respectivamente. Os novos executivos vão atuar nos hotéis da rede no Brasil e em Portugal. Catarina Pádua e Silva tem grande experiência no setor de t e l e c o m u ni c a ç õ e s , atuando pela empresa Timwe no Brasil e em países como Espanha e Malásia. O objetivo inicial da executiva é desenvolver ações estratégicas. “Este trabalho ganha importância em virtude da abertura novas unidades hoteleiras”, destacou Catarina. Pedro Ferreira será responsável pela organização e desenvolvimento de TI do Grupo. O novo diretor iniciou a carreira no setor da saúde e, antes de integrar os quadros da Vila Galé, atuava no setor das telecomunicações.

A AMADEUS, anunciou a nomeação de David Doctor como vice-presidente da Europa Ocidental, Médio Oriente e África, com entrada imediata. Doctor, que foi durante muitos anos diretor de Distribution Marketing da Amadeus, irá liderar as atividades comerciais nos mercados da Europa Ocidental, onde a empresa conta já com uma forte presença, até aos mercados em crescimento do Médio Oriente e África. Desde 2004, que Doctor tem ocupado diferentes cargos na Amadeus, como diretor de Airline Distribution e Low Cost Carriers e diretor de Airline Marketing e Sales. Sob a sua responsabilidade, a Amadeus conquistou um novo lugar relativamente à Distribuição com a introdução de preços baseados no valor e o lançamento da Amadeus Airline

John Dabkowski junta-se à Amadeus A AMADEUS anunciou a entrada de John Dabkowski para a unidade de negócios, Airline IT, da empresa,. Dabkowski junta-se à Amadeus como vice president Airline Commercial e assume as responsabilidades pelas atividades comerciais na Europa, Médio Oriente e África e as Américas, ficando na sede da empresa em Madrid. Dabkowski vem da Navitaire, subsidiária integral da Accenture (NYSE: ACN). A Navitaire fornece tecnologia e soluções de negócio para a indústria aérea de forma terceirizada. Dabkowski ocupou o cargo de managing director na Navitaire. A carreira de Dabkowski na indústria da tecnologia remonta a mais de 30 anos, quando se juntou à GEC Avionics logo depois de concluída a universidade. A sua carreira desde então temno levado desde Londres, onde trabalhou com o grupo Logica de TI, para Dallas, onde desempenhou funções na Sabre, incluindo o de senior vice president na divisão de soluções para companhias aéreas.

www.europcar.pt

Zoom Travel abre no Brasil A Zoom Travel, informa que no passado dia 1 de outubro, entrou em funcionamento a Zoom Travel Brasil, com sede em Salvador, que tem como General Manager Fernando Matos, profissional com larga e comprovada experiencia no setor e com relações muito fortes no mercado Brasileiro, principalmente na região do Nordeste. A Zoom Travel Brasil, que conta com o importante apoio de algumas das principais operadoras da Bahia e com a aceitação dos principais fornecedores de serviços e hotelaria, desta forma será possível apresentar um produto de alta qualidade a preços competitivos e com a garantia de serviços locais próprios. O core business da Zoom Travel Brasil, passa também por um estreitamento de relações comerciais com o mercado emissor Brasileiro de agências de viagens onde a Zoom Travel conta poder apresentar varias propostas e pacotes exclusivos muito brevemente. Trata-se da primeira internacionalização prevista no projecto inicial, sendo que o próximo passo será uma estrutura nos PALOPS no decorrer do 1º semestre de 2014.

Retailing Platform. A mais recente evolução transforma o GDS de um simples canal de distribuição para uma plataforma de retalho. David Doctor foi também responsável pela introdução do Amadeus Ticketless Access, uma solução de distribuição adaptada às necessidades específicas de companhias aéreas low cost. Doctor, que substituiu Angel Gallego, recentemente nomeado Diretor da região Ásia-Pacífico, irá continuar estabelecido na sede em Madrid da Amadeus IT Group. Doctor juntou-se à Amadeus em 1999 como Market Manager da Europa Ocidental, foi nomeado Diretor da Europa Ocidental em 2003 e é graduado em Psicologia, Economia e História da Arte pela Universidade de Leicester, em Inglaterra, além de detentor de um MBA pela IEDE, em Espanha.

EPIC SANA ALgarve é o “Melhor Empreendimento Imobiliário Turístico” em 2013 O EPIC SANA Algarve venceu o prémio “Melhor Empreendimento Imobiliário Turístico”, uma distinção do SIL - Salão Imobiliário de Portugal, que decorreu na FIL (Feira Internacional de Lisboa) de 9 a 13 de outubro. A unidade hoteleira, com uma localização única em frente ao mar, oferece beleza, elegância, conforto, comunhão com a natureza, excelência e uma variedade de serviços que tornam este resort num local de eleição para férias inesquecíveis ou para encontros de negócios. Fatores consideravelmente avaliados e que levaram o resort a vencer a categoria. A arquitetura é da autoria de Nuno Leónidas, um exemplo notável de arquitetura e integração paisagística. Quanto à decoração, da responsabilidade de Teresa Leónidas, destacam-se os tons de branco, esmeralda e dourado, com toques quentes de madeira que predominam em todos os recantos do hotel, dão a sensação que o pinhal se

prolonga pelo interior do edifício. Quanto aos jardins, um projeto assinado pela Arqª Teresa Barão TOPIARIS, permitem ao resort a plena harmonia com a paisagem, sustentada no respeito pelos valores naturais presentes. O EPIC SANA Algarve é composto por 162 quartos, 43 apartamentos, 24 resorts suites, três restaurantes, três bares, seis piscinas, Kids´ club, Baby club, SPA e Centro de Congressos, proporcionando uma oferta variada e de excelência. O EPIC SANA Algarve resultou de um investimento de 65 milhões de euros e criou 170 postos de trabalho.


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CARLOS PANEIRO, DIRETOR DE VENDAS DA TAP

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“Estamos a crescer em todas as áreas de vendas”

ANO TEM CORRIDO bem para a TAP, quer no que diz respeito ao aumento de passageiros transportados, quer da taxa de ocupação, quer das receitas de passagens. De acordo com o diretor de Vendas da companhia aérea, Carlos Paneiro, em entrevista à Viajar. De janeiro a setembro “a TAP cresceu 4,5% de passageiros quando comparado com o mesmo período do ano anterior, tendo transportado 8,2 milhões de passageiros. A taxa de ocupação situa-se nos 79,9%, o que significa mais 2,6 pp e, estes fatores conjugados fazem com que a receita de passagens apresente um crescimento de 6%. De acordo com o responsável, “estes resultados são ainda mais relevantes, tendo em conta que não existiu nenhum aumento de capacidade. A frota que a TAP tinha o ano passado é a mesma deste ano”. Carlos Paneiro referiu que para estes números, “o setor que faz toda a diferença é o intra-europeu. Contrariamente aquilo que vinha acontecendo, a TAP conseguiu um load factor de 76,9%, o que é muito alto para o conjunto das rotas da Europa, representando um crescimento de 3,4 pp. Excetuando a Venezuela, que tem especificidades muito próprias, foi no intra-europeu que mais crescemos em termos de tráfego. Se no passado tínhamos taxas de ocupação muito elevadas no longo curso, nomeadamente, nas rotas do Brasil, agora conseguimos compensar no intra-europeu. Por exemplo, na rota Lisboa-Munique, em setembro, tivemos um load factor de 93,9%, semelhante às que temos para São Paulo. Por outro lado Paneiro indicou que “desde maio que andamos a operar com load factor superiores a 80%. A sazonalidade do nosso negócio é ainda muito acentuado e o maio era tradicionalmente o mês de baixa procura, o que não está a acontecer atualmente. No mês de setembro, e em relação a todas as rotas, tivemos o maior load factor mensal do ano, com 85,4%”. Num negócio bastante sazonal, a TAP vai esbatendo ao longo dos meses. Se anteriormente o mês mais forte era o agosto, agora é o julho, isto porque no Brasil é a época de maior fluxo. No intra-europeu, segundo o diretor de Vendas da empresa, “houve um ajustamento das políticas de preço, tendo em conta a maximização da receita. Isto significou uma maior agressividade comercial. Sabemos que na Europa existe a concorrência das low cost e, portanto, era imperativo que a TAP introduzisse medidas corretivas de forma a obter os melhores resultados positivos. De facto, temos tido sucesso nesta política”, considerou. “Não houve nenhum crescimento de tarifas, até porque o mercado hoje não o permite. Existe sim uma melhoria dos processos de gestão do número de lugares que colocamos à venda em cada uma das

tarifas, de forma a ocupar lugares que antigamente não se vendiam e que este ano foram vendidos. Passou a existir um maior volume de passageiros nos aviões da TAP sem que a qualidade da tarifa média tenha priorado e isso repercute-se numa maior receita”, esclareceu Carlos Paneiro. E acrescentou que “as políticas de fidelização têm muita importância, bem como os acordos corporate, onde temos sido muito ativos”. Neste caso, o responsável recordou que, “em Portugal, em que o mercado está estagnado, com uma queda acentuada do segmento de lazer, o segmento corporate acaba por compensar essa quebra”. Também “temos sido muito ativos na captação de congressos para Portugal. Temos um programa próprio para angariação de congressos, para além da que existe ao nível da Star Alliance. Por exemplo, a TAP foi a transportadora oficial do congresso dos Rotários, que trouxe a Lisboa cerca de 30 mil pessoas”.

MERCADOS CRESCEM DE FORMA DIFERENTE Em relação às receitas, Carlos Paneiro deu-nos conta que a TAP está a crescer em todas as áreas de vendas. Na Europa, de janeiro a setembro, a receita aumentou 5,8%, em África 8,2%, EUA quase 18%, na Venezuela 49,5% e no Brasil “continuamos a consolidar cada vez mais a nossa presença e a crescer, tendo sido de 5,9%, durante o período em análise. Se não fosse a desvalorização do Real, o crescimento tinha sido superior. Em termos absolutos, os mercados onde mais crescemos foi no Brasil, Venezuela, Alemanha, EUA e Angola, daí estarem no top ten da TAP”. Para Paneiro, os Estados Unidos foi “uma agradável surpresa”, designadamente Miami, rota que também tem servido os passageiros da América Latina. Se no início, a ligação de Miami teve algumas dificuldades, o ajustamento do horário fez crescer o

volume de tráfego. Em relação ainda ao Brasil, no que respeita à receita acumulada, de janeiro a setembro, “o volume é já superior a de Portugal, ou seja, o que vendemos no Brasil já é superior ao Não significa que vamos terminar o ano assim porque, como os valores estão muito próximos, a questão da sazonalidade dos mercados pode influenciar e podemos terminar o ano com Portugal com mais receita”. De janeiro a setembro as vendas no Brasil representaram 24% do total das vendas totais da TAP e em Portugal 23,4%, ou seja, mais de três/quartos “da nossa receita já é feita no exterior. Se há10 anos atrás 40% das nossas receitas eram feitas em Portugal, hoje em dia é menos de 25%”, esclareceu Carlos Paneiro. A Europa representa 36,9%, a África 6%, os EUA 4% e a Venezuela 3,7%. No entanto, os mercados para onde a TAP opera “não crescem todos à mesma velocidade”, declarou o diretor de Vendas da companhia. “Semelhante à situação de Portugal, temos a Espanha e a Itália. Contudo, há outros mercados da Europa com excelente desempenho, tais como a França (o terceiro mercado mais importante para a TAP), que em termos de receitas cresceu 5,2%, a Alemanha com um aumento de 21%, o Reino Unido com mais 12,5% e a Escandinávia com 9%, mercados em alguns dos quais cresceu a oferta o ano passado. Há, igualmente, outros mercados menos falados, mas que são importantes para nós, como os países do leste Europeu – apostas recentes da TAP - , nomeadamente Rússia e Polónia”. Para Carlos Paneiro, estes mercados têm tido comportamentos positivos. De janeiro a setembro a Rússia cresceu 9,5%, a Polónia 16%, a República Checa 8,5% e a Hungria 16,6%. “Até a Roménia cresceu, rota que abrimos em junho do ano passado, mas que tem superado as nossas expetativas. Iniciámos a operação com três frequências semanais e no verão fizemos um reforço com seis frequências e voado, de janeiro a setembro, com um load factor de 76,5%”, frisou o responsável. Relativamente a Portugal “face à crise económica que se vive, o facto de não cair já é um excelente resultado, tendo crescido 0,1%”, realçou Carlos Paneiro, indicando que para os destinos que a TAP opera em Portugal, o share é de 70%. De acordo com o Aeroporto de Lisboa, tendo em conta o número de passageiros processados, cresceu 4,1%, de janeiro a agosto deste ano, a TAP teve um aumento de 4,6%, com um share de 58,8%.

PAPEL DOS GSA’S O papel dos GSA nos destinos para onde a TAP não voa, tem sido bastante importante. “A TAP também vende em países para onde não voa, nomeadamente nos mercados do Oriente e da América


Latina,porque temos uma rede de GSA que temos vindo a desenvolver e a consolidar”, referiu o diretor de Vendas da TAP. No total do período de Janeiro a Setembro a companhia transportou nos seus aviões cerca de 85 mil passageiros com bilhetes comprados nesses países, primeiro dos quais na Austrália com 12.500 passageiros, 7800 no Japão, 4 mil na Turquia, 3 mil na Índia, bem como na Bulgária e na Sérvia e ainda 1700 no Chile, o que totaliza 21 milhões de euros em receitas. “São receitas que se podem pensar serem residuais, mas não deixa de ter a sua importância no computo global e demonstra a presença que a TAP tem por esse mundo fora. Assume igualmente muita importância o facto de sermos membros da Star Alliance e termos sabido tirar partido dessa aliança”, sublinhou Carlos Paneiro, para indicar que “um dos nossos objetivos é também ir crescendo gradualmente nesses mercados”. Alguns dados dão ideia de como a TAP tem crescido de forma sustentada nos últimos anos. “A receita de julho deste ano equivale a 2,7 vezes à do mesmo mês de 2013, totalizando um crescimento de 170% e se olharmos para as receitas de julho de 2010, equivalem a 1,3 vezes à do mesmo mês deste ano, ou seja 30%”, indicou o responsável.

NOVOS DESTINOS E AUMENTO DA FROTA A TAP lança este inverno dois novos destinos em África.Tanger é o terceiro destino em Marrocos e vai ser operado com um Beachcraft da Portugália. Para Carlos Paneiro, “vamos começar devagar, mas temos perspetiva que seja uma rota de sucesso no quadro da consolidação da presença da TAP no mercado marroquino”. O segundo destino é Boavista, muito procurado pelos europeus no período de inverno na Europa. Trata-se do quarto destino da TAP em Cabo Verde, já que voa para o Sal, São Vicente Praia. No Brasil, e no verão do próximo ano, a TAP, que opera para 10 destinos daquele país, já anunciou ligações para

Manaus e Belém. “Somos claramente a companhia número um da Europa para o Brasil e agora vamos concretizar a operação para o chamado norte do Brasil e para as principais cidades da Amazónia. Nesta primeira fase vai ser um voo circular – Lisboa/Manaus/ Belém/Lisboa, três vezes por semana, mas o objetivo, passado algum tempo, é que cada um dos pontos sobreviva por si só”, precisou Carlos Paneiro. No que respeita à frota, a TAP também acabou de anunciar que terá mais dois Airbus A330, que iniciarão operação a partir de julho do próximo ano. Aliás, só a vinda destes dois novos aparelhos permitiriam a TAP lançar mais dois destinos de longo curso, uma vez que será das companhias na Europa com maior taxa de utilização dos seus aviões. “E para crescer tinha que ser à custa de novos aviões”, disse. A TAP, de acordo com o responsável, privilegia todos os canais de venda e onde “tem uma presença forte e agressiva”. Carlos Paneiro referiu que “temos presença forte nos GDS, acarinhamos as relações com as agências de viagens e somos agressivos nos canais de venda direta. Não podemos negar que o consumidor compra cada vez na internet e, portanto, se o cliente procura, temos que estar na net com uma boa presença”. AS agências de viagens ainda representam 74% do global das vendas da TAP. 26% são nos canais de venda direta, que incluem lojas de cidade e aeroporto, call center e website. O diretor de Vendas da TAP disse que, de janeiro a setembro, cresceram 4,2% nas agências de viagens, as vendas diretas tiveram um aumento de 14%. Este crescimento das vendas diretas foi conduzido pelo aumento na internet (diferentes sites da TAP) de 18%. Até ao final do ano Carlos Paneiro acredita que a transportadora vai continuar a crescer, uma vez que as reservas de outubro apontam para um aumento de 9%, de novembro 4% e de dezembro 12%. “Ao nível dos objetivos de receitas, vamos cumprir, devendo situar-se em pouco mais de 2 mil milhões de euros, enquanto no ano passado chegou aos 1,9 mil milhões”, concluiu.


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A PARTIR DE 13 DE JUNHO:

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TAP chega ao Norte do Brasil com ligações a Manaus e Belém

TAP terá um rota directa para Manaus e Belém a partir de 13 de Junho do próximo ano, com três frequências semanais, à terça-feira, sexta-feira e domingo, anunciou Luiz Mór, administrador da companhia aérea, numa conferência de imprensa à margem do 2º Fórum Empresarial do Algarve, que se realizou em Vilamoura. A rota será, para já, circular, ou seja, partirá de Lisboa com direção a Manaus, depois para Belém e regressa a Lisboa, mas, “na medida que estes destinos se desenvolvam poderemos partir para voos independentes”, refere o administrador da TAP. Luiz Mór sublinha que esta é a concretização de um sonho antigo, “de 10 anos”, e que só foi possível com a cooperação dos responsáveis dos esta-

dos do Pará e do Amazonas, também presentes na apresentação deste voo. Para a realização desta rota de longo curso a TAP vai adquirir, em leasing, dois novos Airbus A330, operação “que já estava previsto no plano estratégico”, que devem chegar “no final do primeiro semestre de 2013”, a tempo da inauguração da nova rota. Luiz Mór não revelou,

Há vários investidores interessados na TAP HÁ VÁRIOS INTERESSADOS na privatização da TAP e, ao contrário do que seria de esperar dadas as dificuldades que o mercado da aviação atravessa, a empresa tem sido mesmo contactada por alguns investidores. Quem o garante é o CFO da companhia portuguesa, Michael Conolly, que, em entrevista à Bloomberg, sublinhou que a TAP “tem sido repetidamente contactada por potenciais investidores”, numa altura em que o Governo está perto de relançar o processo de privatização. Para Conolly, a TAP torna-se especialmente apetecível graças à sua presença em África (Angola, Moçambique, Gana, etc.) e no Brasil, regiões para onde conta com 80 voos semanais. “Estou convencido de que somos uma peça particularmente valiosa no xadrez das alianças de companhias aéreas”, afirmou o responsável financeiro, sem querer avançar valores para uma possível oferta. Depois do chumbo à tentativa de compra avançada pelo dono da Avianca, Germán Efromovich, em dezembro, o Governo tem estado à espera de garantir que mais concorrentes entram no negócio para relançar a privatização - contrapartida da ajuda da troika prevista no memorando de entendimento. Conolly acredita que a venda a Efromovich teria sido boa, mas diz que há mais opções para a TAP, cujas rotas complementam a oferta de outras companhias aéreas. Há menos de um mês, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou que 2013 tem sido “um ano bom para a TAP”, com recordes de ocupação e “uma receita e tesouraria acima daquilo que estava estimado”, o que contribuiu para reduzir o prejuízo do grupo (111 milhões) e aumentar o valor da companhia, relativamente ao ano passado.

no entanto, o investimento feito nesta operação. Esta rota junta-se, assim, aos 11 voos diários que a companhia aérea já tem para o Brasil, sendo que o Norte do Brasil era a região brasileira que falta ser coberta pela rede da TAP, que já voava para dez origens/ destinos no Brasil — Porto Alegre, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro,

Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza. Recorde-se que a companhia portuguesa não é só a empresa aérea que mais passageiros transporta entre o Brasil e a Europa (28,7% do total), como também a que mais cidades brasileiras liga à Europa, tendo sido pioneira em voos intercontinentais em algumas deles.

Luiz Mór critica low-cost em Lisboa: “São um equívoco” A ENTRADA de companhias aéreas de baixo custo em Lisboa, como é o caso da Ryanair, no próximo dia 26 de novembro, é vista como um “grande equívoco” porque “pode inviabilizar” a existência de um segundo aeroporto, pelo administrador da TAP Luiz Mór. “Acho que a sua entrada [da Ryanair] - e de outras companhias ‘low cost’ [transportadoras de baixo custo] - em Lisboa é um grande equívoco porque pode inviabilizar um segundo aeroporto”, afirmou o administrador, que é também vice-presidente da TAP, em entrevista ao jornal da companhia aérea. Na mesma entrevista o vice-presidente da TAP critica a falta de apoio por parte do Turismo de Portugal. “O que tem acontecido é que, por decisão ou coincidência, o Turismo de Portugal tem considerado basicamente prioritrários mercados para onde a TAP não voa”. Ainda sobre um novo aeroporto, Luiz Mór disse que o aeroporto de Lisboa tem “constrangimentos” e que “tem sido feito um

grande esforço para a sua ampliação”, mas sublinhou que “esta tem limites”. “Face às dificuldades de se construir o novo aeroporto, a garantia de sobrevida do atual seria encontrar, para já, uma infraestrutura secundária para as ‘low cost’”, afirmou o responsável, salientando que essa possibilidade torna-se “agora muito difícil porque nenhuma companhia pode ser obrigada a sair do aeroporto central”. Além disso, acrescentou, “não se conhece qualquer experiência de um aeroporto intercontinental que conviva com uma invasão de ‘low cost’”. Luiz Mór defendeu que a entrada de companhias de baixo custo em Lisboa “não tem levado, só por si, a um crescimento do tráfego, mas sim à sua substituição”, salientando que o crescimento tem sido conseguido pela TAP, que “tem crescido acima da média do aeroporto”, enquanto as outras companhias tradicionais “estão a sair ou a reduzir a sua expressão” no aeroporto da Portela.


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Airbus apresenta versão mais leve do A330 para voos regionais e domésticos A AIRBUS anunciou uma versão mais leve do A330-300, especialmente concebida para a realização de voos regionais e domésticos nos mercados com um elevado crescimento e com uma densidade populacional elevada, que geram fluxos de tráfego concentrados. A China será um dos mercados mais importantes para esta nova versão, considerada atualmente a mais eficiente e confiável do mercado. Este anúncio foi feito por Fabrice Brégier, presidente e CEO da Airbus, na Aviation Expo China 2013, que decorreu em Pequim. Em comparação com as versões atuais do A330-300, adaptadas a operações de longo alcance de até 6.100 milhas náuticas, a nova versão permite uma rentabilidade incomparável, graças à redução de cerca de 200 toneladas no seu

peso. A cabine desta nova versão foi otimizada para transportar até cerca de 400 passageiros em classe económica, com um confortável espaçamento de 18 polegadas entre lugares, para distâncias de até 3000 milhas náuticas. O menor consumo de combustível por assento e a redução nos custos de manutenção

resultantes destas inovações significam uma poupança geral de cerca de 15%, quando comparado com o atual A330-300. Além disso, esta nova versão do A330-300 vai também beneficiar das últimas tecnologias do A350XWB e A380, que incluem funcionalidades de cabine como o

head-up display dual e os mais recentes sistemas de navegação. A cabine também está adequada ao futuro, contando com inovações como os modernos assentos “slimline” de baixo peso, elevada conetividade wi-fi e o mais moderno sistema de entretenimento, como TV de alta definição e iluminação LED regulável.


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MSC Cruzeiros fica mais próxima do passageiro com nova estrutura de tarifas

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DUARDO CABRITA, diretor geral da MSC Cruzeiros em Portugal, apresentou aos agentes de viagens, em Lisboa, a nova estrutura de tarifas que a companhia de cruzeiros acaba de adotar, como forma de ficar mais perto do passageiro, em sessão que coincidiu com a apresentação do novo catálogo 2013/2014. “A ideia é não ter essa parte fria de escolha, mas fazer com as pessoas pensem em cruzeiro como uma experiência que vão ter a bordo As quatro novas experiências: ‘Bella’, ‘Fantastica’, ‘Aurea’ e ‘MSC Yacht Club’ são diferenciadas não apenas em termos de alojamento, mas também em termos das diferentes experiências a bordo e permitem aos hóspedes adaptar os seus momentos mágicos durante a viagem e escolher como querem viver o seu cruzeiro ideal, ao mesmo tempo que selecionam o tipo de camarote de uma forma mais fácil e atrativa. Estas quatro novas experiências complementam e expandem a simples escolha do tipo de camarote tornando ainda mais fácil acomodar todos os aspectos para umas férias verdadeiramente perfeitas no momento da reserva. Em cada um dos 12 navios da frota MSC Cruzeiros, o passageiro pode selecionar a experiência com que mais se identifica e depois encontrar dentro da grande variedade de alojamento da MSC Cruzeiros, a que corresponde às suas preferências: camarotes interiores, camarotes com vista mar, camarotes com varanda, suites e suites exclusivas do MSC Yacht Club, estas disponíveis nos quatro navios da classe Fantasia. A experiência “Bella” apresenta uma fantástica relação qualidade/preço, de forma a desfrutar dos confortos da vida a bordo de um elegante e moderno navio de cruzeiro. Os viajantes ‘Bella’ vão descontrair num camarote bem equipado, aproveitar as piscinas, o ginásio panorâmico e as instalações desportivas a bordo, desfrutar do entretenimento ao estilo da Broadway e de um programa repleto de atividades diárias, bem como saborear uma grande variedade de restaurantes que servem excelente cozinha mediterrânica e internacional, incluindo o buffet aberto 20 horas por dia. A experiência “Bella” está disponível em camarotes interiores, vista mar e varanda. Conforto e flexibilidade são a chave para a experiência “Fantastica”, que oferece todos os benefícios de ‘Bella’ além de uma variedade de privilégios extra, incluindo a escolha entre os melhores camarotes disponíveis (incluindo os camarotes Super Família quando disponíveis) e a liberdade de mudar os detalhes da reserva, nomeadamente os nomes dos passageiros e as datas de partida, e uma política de cancelamento mais flexível. Os viajantes “Fantastica” também vão desfrutar de serviço de quarto 24 horas, pequeno-almoço no camarote grátis, prioridade na escolha do turno ao jantar, juntamente com diversão e atividades dedicadas às crianças, como

esta pode ajudar a promover as vendas de cruzeiros.

APOSTA NO MERCADO NACIONAL

jogos de língua estrangeira e sessões de cozinha Master Chef. A experiência “Fantastica” está disponível em camarotes interiores, vista mar e varanda. A experiência ‘Aurea’ coloca o bem-estar e a paz de espírito no coração da experiência de cruzeiro e oferece uma série de benefícios para relaxar o corpo e a mente. Além de todas as caracerísticas de ‘Bella’ e ‘Fantastica’, a experiência ‘Aurea’ também oferece prioridade no embarque, oferta de produtos de bemestar, roupão e chinelos, refeições a qualquer hora numa zona do restaurante consagrada e bebidas gratuitas em todas as refeições (pacote cheers!). Os viajantes que apreciam este pacote também podem aproveitar a exclusividade do terraço privado e tirar proveito de um pacote de spa que incluí um cocktail de boas vindas, massagem balinesa, solarium e acesso ao Spa Termal durante todo o cruzeiro. A experiência “Aurea” está disponível em camarotes com varanda e suites. Reflexo da elegância e luxo no mar, o MSC Yacht Club oferece uma experiência de cruzeiro inigualável num exclusivo “navio dentro de um navio”. Desde luxuosas suites com serviço de mordomo 24 horas e um concierge dedicado, às refeições à la carte com tudo incluído no restaurante privativo, bebidas ilimitadas em todas as áreas do MSC Yacht Club ou do mini-bar, acesso ao Sun Deck exclusivo e ao Top Sail lounge, a experiência MSC Yacht Club é a solução perfeita para quem procura exclusividade e privacidade num mundo de escolhas. A experiência “MSC Yacht Club” está disponível nas suites exclusivas MSC Yacht Club. Nas quatro novas experiências, os viajantes ganham pontos MSC Club e poderão desfrutar de mais benefícios nos seus próximos cruzeiros com a MSC. Para explicar a nova estrutura de tarifas aos agentes de viagens, a MSC Cruzeiros lançou uma brochura disponível online em Brochura Nova Estrutura de Tarifas, com todos os detalhes, informações, perguntas e respostas sobre a nova estrutura e como

A MSC Cruzeiros prevê trazer a Portugal 190 mil passageiros entre outubro deste ano e novembro do próximo, 97 mil deles no Porto de Lisboa e 93 mil no Porto do Funchal, realizando um total de 74 escalas com possibilidade de embarque e desembarque nas duas cidades, anunciou Eduardo Cabrita. A MSC prevê que os 190 mil passageiros gerem uma receita turística para Portugal entre 12 milhões e 20 milhões de euros, acrescentou ainda o responsável na apresentação da programação da MSC Cruzeiros para 2013/2014, que teve lugar a bordo do Poesia, que escalou o Porto de Lisboa. A programação da MSC prevê um total de “74 oportunidades” dos passageiros iniciarem ou terminarem cruzeiros em Portugal, 43 em Lisboa e 31 no Funchal, o que representa um aumento em 15% das escalas com embarques/desembarques, que são consideradas as mais atrativas para o turismo, seja para o incoming, por que geralmente dão origem a dormidas antes da partida e/ou após o fim do cruzeiro, seja para o outgoing, pois os portugueses não precisarão de encarecer o cruzeiro com viagens de avião de/para os portos de fim/início dos cruzeiros. Ao todo Lisboa receberá seis navio da MSC, e dos 43 cruzeiros, 18 serão Lisboa/Lisboa, “o que representa um crescimento de 15% face ao ano anterior”. “A aceitação aos cruzeiros que lançámos no ano passado com saída e chegada a Lisboa foi excelente, tendo contribuído substancialmente para o aumento do número de passageiros em Portugal e por isso decidimos manter alguns dos itinerários para quem embarca e desembarca em Lisboa e trazer algumas novidades, nomeadamente o MSC Orchestra, navio com capacidade para mais de 3.000 passageiros, que estará na primavera a fazer cruzeiros com saída e chegada a Lisboa e para o mercado madeirense a colocação do MSC Armonia nas Ilhas Canárias”, afirma Eduardo Cabrita. Na primavera, o MSC Orchestra vai ser o novo navio que a MSC vai colocar a realizar partidas e chegadas a Lisboa, substituindo o Poesia, sendo “um upgrade”, que com capacidade para três mil passageiros vai fazer três cruzeiros de nove dias e um de dez pelo Mediterrâneo, com escalas em Casablanca, Barcelona, Génova e Málaga, com partidas nos dias 2, 10, 18, para os cruzeiros de nove dias, e 26 de abril, para o cruzeiro de dez dias, já que acrescenta uma escala em Cádiz. No verão, o MSC opera repete o mesmo cruzeiro que tinha realizado no ano passado, ou seja, 11 dias com escalas em Bilbau, Le Havre, Southampton, Ijmuiden/Amesterdão, St. Peter Porto e Vigo. Ao todo, o Opera vai realizar oito cruzeiros de 11 dias, com partidas a 14 e 24 de julho, 3, 13 e 23 de agosto, 2, 12 e 22 de setembro. “Este itinerário


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foi um grande sucesso para a MSC Cruzeiros em 2013. O feedback dos passageiros foi muito positivo por permitir numa só viagem conhecer Amesterdão, Bilbau, ou mesmo visitar Paris por um dia e por isso decidimos manter esta que foi uma aposta ganha da companhia”, acrescenta o responsável. No outono, o Poesia irá realizar seis cruzeiros, com partida e chegada a Lisboa, e escala em Barcelona, Marselha, Génova, Málaga e Casablanca, nos dias 19 e 29 de setembro, 8, 17 e 26 de outubro e 4 de Novembro. Já o Funchal, dos 31 cruzeiros que irá fazer, 14 serão Funchal/Funchal. “Somos a única empresa a efetuar cruzeiros de turnaround Funchal/ Funchal este ano”, realçou Eduardo Cabrita. Entre outubro deste ano e novembro do próximo, o Porto da cidade madeirense vai receber um total de oito navios da MSC Cruzeiros, entre os quais o MSC Magnifica, o MSC Divina e o MSC Musica, que escalaram a ilha, antes de se dirigirem para as Caraíbas, o MSC Poesia, o MSC Opera (que passam pelo Funchal na sua viagem de posicionamento), e os MSC Armonia, Sinfonia, e Fantasia que farão escalas regulares. O MSC Armonia irá fazer nove cruzeiros de 15 dias para as ilhas Canárias e Marrocos, com escalas em Satan Cruz de La Palma, Temerife, Las Palmas, Agadir, Casablanca, Arrecife de Lanzarote e San Sebastian, com partidas a 12 e 26 de novembro, 10 e 24 de dezembro, 7 e 21 de janeiro, 4 e 18 de fevereiro, e 4 de março. O navio vai também realizar um mini-cruzeiro de quatro dias com partida de Las Palmas e rumo ao Funchal, no dia 9 de novembro, e um mini-cruzeiro de cinco dias, com saída do Funchal para Las Palmas, a 18 de março. O MSC Sinfonia vai efectuar cinco cruzeiros de 12 dias, com saída e chegada ao Funchal, e escala em Tenerife, Las Palmas, Tânger, Barcelona, Génova e Málaga, com partidas a 26 de Setembro, 7,18 e 29 de Outubro e 9 de Novembro de 2014. Embora sem avançar números para este ano em termos do mercado português, Eduardo Cabrita está confiante num aumento a dois dígitos face ao ano passado. Quanto ao volume de passageiros portugueses transportados este ano pela companhia, Eduardo Cabrita não avança números por enquanto uma vez que já a partir de novembro vão ser introduzidos

novos cruzeiros com saída e chegada ao Funchal. “Mesmo assim o crescimento face ao ano passado é certo e, se tivermos em conta estimativas avançadas logo no início do ano que apontavam para um aumento de 10%, elas terão sido já ultrapassadas”.. “Houve dois momentos em que falei de estimativas para este ano: logo em janeiro disse que pensávamos que o aumento pudesse andar em cima dos 10%, e em maio/junho disse que estávamos já um pouco acima. Neste momento, o que posso dizer é que estamos realmente acima”, afirmou aos jornalistas para acrencentar que “o facto de colocarmos nove cruzeiros em turnaround num mercado pequeno como o português, pode modificar as nossas estimativas”, explicou ainda Eduardo Cabrita.

NOVIDADES PARA 2014 O novo catálogo 2013-2014 que entra em vigor este mês, apresenta a grande diversidade de opções da MSC Cruzeiros, dando enfoque aos vários destinos que a companhia visita. A companhia navega durante todo o ano no Mediterrâneo e agora também nas Caraíbas e apresenta uma gama de itinerários pelo Norte da Europa, Antilhas Francesas, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Canárias, América do Sul, África do Sul e as MSC Grand Voyages. O catálogo mantém ainda a apresentação de preços dos cruzeiros com o conceito de tarifa mínima e tarifa máxima, existindo em mais itinerários o preço do cruzeiro já com voos e transferes incluídos. A MSC Cruzeiros mantém também a parceria com a CP – Comboios de Portugal, que permite aos passageiros incluir os transferes em Alfa Pendular, na classe turística ou conforto, de/para 14 cidades até Lisboa e apresenta também uma nova parceria, com a Empark, permitindo ao passageiro trazer o automóvel até ao navio, facilitando o estacionamento em Santa Apolónia e Santo Amaro com uma tarifa especial. A nível de pacotes comemorativos, pacotes de bebidas e excursões mantém-se a diversificada oferta, nomeadamente as opções de viajar com o tudo incluído “Alegrissimo” e Alegrissimo Premiun”. No total, esta nova temporada de outubro de 2013 a novembro de 2014 apresenta 43 cruzeiros em Lisboa e 31 no Funchal, sendo possível continuar a encontrar cruzeiros para o norte da Europa e para o Mediterrâneo, Ilhas Canárias e as MSC

Grand Voyages, com cruzeiros oceânicos desde estes dois portos nacionais para a América do Sul, Sul de África e Caraíbas. Além da aposta nos cruzeiros portugueses, que continua visível com uma secção inteiramente dedicada na nossa brochura, a MSC Cruzeiros continua a operar nas Caraíbas, onde vai ter pela primeira vez um navio com cruzeiros durante todo o ano, o MSC Divina, e mantém também a aposta na América do Sul, onde vai ter 4 navios a operar, entre os quais o MSC Preziosa, lançado em 2013. “Os Emirados Árabes Unidos voltam também a ser uma aposta da companhia que vai ter voos em parceria com a Emirates especialmente para estes cruzeiros”, referiu Eduardo Cabrita. No inverno e no Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros destaca os cruzeiros de 8 dias a bordo do MSC Splendida, com datas entre novembro e fevereiro e escalas em Barcelona, Túnis, Palermo, Civitavecchia, Génova e Marselha, sendo que os passageiros têm oportunidade de embarcar em Barcelona ou Civitavecchia. Destaque ainda para o MSC Fantasia que de Dezembro a Março fará cruzeiros de 12 dias com saída e chegada a Civitavecchia e escala em Génova, Katakolon, Iraklion, overnight em Haifa e Pireu. Para esta zona do globo, mas na primavera e no verão, a bordo do MSC Splendida será possível realizar cruzeiros de 8 dias de março a novembro de 2014 com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina, Tunis, com oportunidade de embarque em Barcelona ou Génova. O MSC Musica fará um itinerário de 8 dias no Mediterrâneo de abril a setembro, com saída e chegada a Génova ou Civitavecchia e escala em Palermo, Túnis, Palma de Maiorca, Valência e Marselha. O MSC Sinfonia fará um interessante itinerário de 8 dias de junho a setembro, com um overnight em Ibiza. Com saída e chegada a Génova, escala Cannes, Ibiza, Mahon, Olbia e Salerno. A bordo do MSC Preziosa, surge um itinerário de 8 dias pelo Mediterrâneo com saídas e chegadas a Veneza de abril até novembro e escalas em Bari, Katakolon, Izmir, Istambul e Dubrovnik. As ilhas gregas podem também ser visitadas entre abril e outubro, num cruzeiro de 8 dias a bordo do MSC Fantasia, num itinerário com saída e chegada a Veneza e escala em Bari, Katakolon, Santorini, Pireu/Atenas, Corfu e Dubrovnik. De abril a maio e de setembro a novembro, a bordo do MSC Lirica será possível fazer um itinerário novo de 8 dias, com saída e chegada a Civitavecchia e escala em La Spezia, Marselha, La Goulette, Valetta e Trapani. Durante o Verão, de 1 de Junho a 7 de Setembro, este navio fará um itinerário diferente, também com saída e chegada a Civitavecchia e escala em La Spezia, Marselha, Palma de Maiorca, Valetta e Trapani. A bordo do MSC Sinfonia, existem também dois novos itinerários. A 8 de abril e 2 de maio este navio fará um itinerário pelo Mediterrâneo Oriental com saída e chegada a Génova ou


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Civitavecchia e escala em Istambul, Constanta, Jalta, Odessa, Pireu e Nápoles. A 20 de abril e 14 de maio, o itinerário com saída e chegada a Génova ou Civitavecchia escala Málaga, Funchal, Tenerife, Lanzarote, Agadir, Cádis e Barcelona. O MSC Armonia estará no Mediterrâneo de abril a junho, a realizar cruzeiros de 10 dias, com partida e chegada a Veneza e escala em Ancona, Santorini, Izmir, Istambul, Cefalonia e Split. A partir de junho até outubro, o MSC Armonia, altera o itinerário para um cruzeiro de 8 dias com saída e chegada a Veneza e escala em Ancona, Santorini, Mykonos, Kotor e Split. Ainada no Mediterrâneo, mas agora no outono, destaque para os cruzeiros a bordo do MSC Musica, em setembro, outubro e novembro, com saída e chegada a Génova ou Civitavecchia e escala em Palermo, Tunis, Palma de Maiorca, Valência e Marselha. O MSC Orchestra estará no Mediterrâneo Oriental em setembro e outubro, a realizar cruzeiros de 12 dias, com partida e chegada a Veneza e escala em Katakolon, Istambul, Jalta, Odessa, Constanta e Gythion. No que respeita ao Norte da Eurora, mais precisamente nos Fiordes Noruegueses, os passageiros podem embarcar, de maio a agosto de 2014, em cruzeiros de 8 dias a bordo do MSC Poesia, com possibilidade de embarque em Warnemunde ou Copenhaga e escalas em Bergen, Fläm e Hellesylt & Geiranger. Este navio realiza também alternadamente cruzeiros de 8 dias de Maio a Setembro com possibilidade de embarque em Warnemunde ou Copenhaga e escalas em Estocolmo, Tallinn e São Petersburgo. De maio a agosto, o MSC Orchestra terá um novo itinerário com saída e chegada a Kiel para cruzeiros de 8 dias com escalas em Kristiansand, Hellesylt & Geiranger, Fläm, Stavanger e Goteborg. Alternadamente, este navio faz outro itinerário de 8 dias com saída e chegada a Kiel ou Copenhaga, com escala em Gdynia, Helsínquia e São Petersburgo. Para os Fiordes da Islândia é possível embarcar num cruzeiro de 12 dias a bordo do MSC Magnifica, com saída de Hamburgo ou Amesterdão a 26 de Ju-

nho ou 1 de Agosto e escala em Lerwick, Akureyri, Isafjordur, Reykjavik e Kirkwall. Para uma viagem inesquecível até ao Cabo Norte, existem dois cruzeiros de 15 dias também a bordo do MSC Magnifica com saída de Hamburgo ou Amesterdão e escalas em Bergen, Tromso, Longyearbyen, Magdalenefjord, Honningsvag e Hellesylt & Geiranger. Os cruzeiros oceânicos apresentam vários itinerários com saída ou chegada Lisboa e Funchal. As datas dos principais cruzeiros com saída de Lisboa para o Brasil ainda em 2013 são: 29 de outubro no MSC Orchestra, 13 de novembro no MSC Preziosa e 26 de novembro no MSC Magnifica. A 9 de novembro, o MSC Poesia parte com destino a Buenos Aires. A 6 de novembro de 2013 é possível embarcar no Funchal com destino às Caraíbas a bordo do MSC Divina num cruzeiro de 13 dias com destino a Miami e escala em Philipsburg, Charlotte Amalie e San Juan. A 20 de novembro, é também possível embarcar no Funchal num cruzeiro de 11 dias a bordo do MSC Musica com destino a Santo Domingo. A 21 de abril de 2014 é possível embarcar em Buenos Aires no MSC Poesia, com destino ao Funchal. Quanto ao Emirados Árabes Unidos, a bordo do MSC Lirica, a MSC Cruzeiros oferece um novo itinerário no Mar Arábico com cruzeiros de 8 dias, de novembro de 2013 a março de 2014, com saída e chegada ao Dubai e escala em Abu Dhabi, Khor al Fakkan, Muscat e Khasab. A MSC Cruzeiros oferece vários itinerários nas Caraíbas, com destaque para o MSC Divina que estará pela primeira vez a fazer cruzeiros durante todo o

Crescimento de 16%: Cruzeiros em maré alta no Porto de Lisboa A atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa registou, de janeiro a setembro deste ano, um total de 244 escalas de cruzeiro, o que representa um crescimento de 16% face às 211 contabilizadas no período homólogo em 2012. Este aumento do número de escalas foi impulsionado quer pelo crescimento de 50% das escalas em turnaround – que passaram de 32 para 48 –, quer pelo incremento de 173% das escalas em interporting, que totalizaram 30, face às 11 registadas de janeiro a setembro de 2012. Este crescimento deve-se também ao aumento deste tipo de operação efetuada pela MSC Cruises e Costa Cruises, os principais operadores a reali-

zar escalas de interporting no Porto de Lisboa. No que diz respeito aos passageiros, o Porto de Lisboa registou um crescimento de 8% ao receber este ano 374 216 turistas contra os 345 238 contabilizados de janeiro a setembro de 2012. Este aumento é devido quer ao aumento de 8% dos passageiros em trânsito (340 706), quer ao incremento de 9% dos passageiros em turnaround (33 510). Para o último trimestre de 2013 o Porto de Lisboa prevê receber mais de 116 escalas e mais de 191 mil passageiros, e que o mês de novembro seja o melhor de sempre, ao registar o maior número de escalas e de passageiros naquele mês, ou seja, 46 escalas e mais de 65 mil passageiros.

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ano nesta região. De novembro de 2013 a outubro de 2014, os passageiros podem embarcar em Miami, no MSC Divina para cruzeiros de 8 dias, com dois itinerários diferentes. Com saída e chegada a Miami e escala em Falmouth (Jamaica), Georgetown (Ilhas Cayman), Cozumel (México) e Great Stirrup Cay (Bahamas) ou com saída e chegada a Miami e escala em Philipsburg (St. Maarten), San Juan (Porto Rico) e Great Stirrup Cay (Bahamas). A bordo do MSC Musica existem cruzeiros de 8 dias de novembro a março, com saída e chegada a Santo Domingo (República Dominicana) e escala em La Romana (República Dominicana), St. John´s (Antigua e Barbuda), Fort-de-France (Martinica), Pointà-Pitre (Guadeloupe) e Road Town (Tortola). A MSC Cruzeiros apresenta também vários cruzeiros na América do Sul, onde estarão a operar 4 navios: o MSC Preziosa, MSC Orchestra, MSC Magnifica e MSC Poesia, com escala nos principais portos do Brasil, Uruguai e Argentina, com destaque para os cruzeiros de Natal e Passagem de Ano. Também no Sul de África, destaque para os vários itinerários com escalas em Moçambique, Maurícias e Madagáscar. A companhia apresenta ainda tarifas especiais para famílias com preços mais atractivos nos camarotes comunicantes ou próprios para as crianças e tarifas mais vantajosas para maiores de 65 anos, para solteiros ou para jovens. Como sempre, a MSC Cruzeiros mantém as viagens gratuitas para crianças até aos 18 anos quando partilhando o camarote com 2 adultos.

Cidade do Cabo dota-se de terminal de cruzeiros COM VISTAS A REFORÇAR MACIÇAMENTE o setor turístico, a Cidade do Cabo vai finalmente apetrechar-se do seu próprio terminal de cruzeiros. De acordo com o governo da África do Sul, o terminal a ser instalado no quadro da modernização da região, deverá abrir num prazo de dois anos. Um contrato de 20 anos para a construção e gestão do posto de amarração deverá ser assinado em 2014. . Atualmente, os navios de cruzeiros de mais de 200 metros estão autorizados a atracar muito longe de Victoria & Alfred (V&A) Waterfront, no centro histórico do porto da cidade do Cabo. A construção duma estação especial, integrando as zonas de partida e de chegada, será realizada perto do V&A Waterfront e deverá estimular o turismo de cruzeiros com destino a esta cidade. Graças à sua localização numa das estradas comerciais mais frequentadas do mundo, a cidade do Cabo é o segundo porto de passageiros e de mercadorias da África do Sul, atrás apenas do de Durban.


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Enterprise Rent-A-Car chega a Portugal

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A SEQUÊNCIA do acordo de franchise com a empresa Guerin Car Rental Solutions, a Enterprise Rent-ACar, a maior empresa de aluguer de veículos do mundo, abre agências nos quatro principais aeroportos de Portugal passando a estar presente nos aeroportos internacionais de Lisboa, Faro, Porto e Funchal. Como parte do seu plano estratégico para construir uma presença global e aportar valor e novas opções aos seus clientes, a Enterprise tem apostado nos últimos 18 meses na construção de uma rede europeia, tanto através de aquisições, como de acordos de franchise, com empresas de referência em territórios estratégicos para o turismo e negócios. A rede da empresa está agora estabelecida em sete mercados europeus que incluem Alemanha, França, Espanha, Irlanda e o Reino Unido, que, em conjunto, representam 85 por cento da procura europeia de aluguer de veículos. De acordo com Delfina Mendes Acácio, General Manager da Enterprise Rent-A-Car em Portugal, “estamos hoje a apresentar a marca Enterprise Rent-A-Car em Portugal, um momento extremamente significativo para o nosso negócio. Esta não é apenas mais uma empresa de aluguer de carros. Como a maior empresa de aluguer de veículos a nível mundial

e com a sua excelente reputação de serviço a cliente, a Enterprise tem os recursos e a visão para nos ajudar a desenvolver uma estrutura de excelência que permita servir os milhares de empresários e de turistas que viajam para Portugal anualmente. “ Jim Burrell, Senior Vice President da Enterprise Rent-A-Car para a Europa, destaca que “a nossa rede de agências é o motor que impulsiona o negócio diariamente e que permite atender cada cliente com o melhor das nossas competências. Cada vez que abrimos uma nova filial esperamos trazer para o mercado novas opções e oportunidades, tanto para os nossos clientes como para os nossos colaboradores. O lançamento destas primeiras agências em Portugal é um momento muito importante no desenvolvimento dessa rede e no incremento de uma oferta cada vez mais

global. Estamos muito contentes por chegar a Portugal”. Fundada em 1957, a Enterprise Rent-A-Car é uma marca internacionalmente reconhecida com mais de 7.000 agências. Fundada em 1989, a Guerin Car Rental Solutions é a maior empresa nacional de aluguer de viaturas em Portugal, com mais de 40 estações de norte a sul do país e ilhas. A Enterprise Holdings possui a marca Enterprise Rent-A-Car, bem como as marcas National Car Rental e Alamo Rent A Car nas Américas, e juntamente com a sua filial, a Entreprise Fleet Manegement, oferece uma solução completa de transporte. A combinação da Enterprise Holdings e da Enterprise Fleet Management - que inclui extensos serviços de aluguer de automóveis e de partilha de carros, aluguer de camiões comerciais, gestão de frota corporativa, e as

vendas de automóveis a retalho - contabilizou US $ 15,4 mil milhões em receitas e operações de 1,3 milhões de veículos a nível mundial, no ano fiscal de 2012. A sua filial, Enterprise Fleet Management, oferece um serviço completo de gestão de frotas para empresas e organizações de pequena e média dimensão. Outros serviços de transporte, comercializados sob a marca, incluem Enterprise CarShare, Enterprise, Rideshare, Enterprise Car Sales e a Enterprise Comercial Trucks. A Entreprise Holdings, através das suas subsidiárias regionais, é a maior empresa de aluguer de automóveis no mundo, medida pelas receitas, frota e colaboradores. As receitas anuais da Entreprise Holdings também a colocam perto do topo da indústria de viagens, excedendo todas as outras empresas de aluguer de automóveis, e a maioria das companhias aéreas, cruzeiros, hotéis, operadoras de turismo e agências de viagens online. Hoje, a Enterprise Holdings está presente em 39 países, incluindo acima de 7.900 propriedades da empresa e franquias. Atualmente, através das suas subsidiárias regionais, a Enterprise Holdings opera numa rede de franchising National e Alamo, nas Américas. No início deste ano, a empresa fez um investimento estratégico também na China, com base em eHi Auto Services.

Freeport Outlet Shuttle tem novos atrativos com a Cityrama Grayline MAIS DE TRÊS ANOS da sua criação e com mais de 60.000 turistas transportados, o Freeport Outlet Shuttle, serviço de transporte diário de Lisboa até ao maior ‘outlet’ da Europa tem novos atrativos. O sucesso do Freeport Outlet Shuttle originalmente desenhado para os turistas que visitam a cidade de Lisboa, levou em 2011 à disponibilização do serviço todo o ano, disponibilizando agora novos atrativos, com a parceria com a Cityrama Grayline. Com mais de 50 anos de história, a Cityrama Grayline pertence ao Grupo Barraqueiro, a maior empresa privada de transportes da península ibérica, sendo a partir de agora a empresa que opera o Freeport Outlet Shuttle. Com a reformulação do serviço, estão agora programadas duas viagens diárias do Marquês de Pombal para Alcochete, efetuando-se a primeira viagem às 10h00 e a última às 13h00. Desde

2010, dezenas de milhar de turistas elegeram este transporte para fazer o trajeto de Lisboa ao Freeport, no qual é possível contemplar uma paisagem única na travessia da Ponte Vasco da Gama antes de se entregarem a um dia de compras no maior outlet da Europa. A viagem implica a aquisição a bordo do autocarro do Freeport Outlet Shuttle,

o qual inclui 2 vouchers de viagem para os trajetos Lisboa-Freeport e Freeport-Lisboa, cartão VIP com desconto suplementar de 10% nas lojas aderentes entre outros benefícios associados como ofertas e descontos em outros serviços. O pack Freeport Outlet Shuttle pode ser adquirido diretamente na receção de hotéis em Lisboa, assim como a bordo do autocarro, por um valor de 10 euros. A promoção do serviço é feita junto das unidades hoteleiras e postos de turismo. O Freeport Outlet Shuttle é um serviço integrado na estratégia de marketing do Freeport de Alcochete alinhada com a aposta no segmento de turismo de shopping. Sendo um dos espaços comerciais da Grande Lisboa mais procurados pelos turistas europeus e extracomunitários, com destaque para os turistas oriundos do Brasil, Angola, Rússia e China.


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JOAQUIM ROBALO DE ALMEIDA

Negócio do aluguer de automóveis em Portugal vale 450 milhões de euros

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O NEGÓCIO DO ALUGUER DE AUTOMÓVEIS está a mudar, nomeadamente, em Portugal, voltando-se cada vez mais para o turismo, defende o secretário-geral da ARAC, Joaquim Robalo de Almeida, em entrevista à Viajar, para acrescentar que hoje o turismo pesa 60% no rent-a-car. “Somos o primeiro e o último produto com que o turista contacta quando chega a sai de Portugal”. O setor só de aluguer de automóveis apresentou em 2012 um volume de negócios de cerca de 450 milhões de euros, devendo este ano crescer cerca 5%. Recorde-se que o rent-a-car gera dois tipos de negócios – o aluguer do automóvel e a venda dos veículos da frota. Por outro lado, ao nível das empresas, “o tecido empresarial tem-se alterado, através de concentração em grupos, levando a que os big seven representem mais de 80% do setor, quer em faturação, quer em número de veículos”, disse ainda o responsável, a respeito da alteração do negócio de aluguer de automóveis. Em Portugal o universo do setor são 140 empresas e a ARAC tem uma representatividade de quase 100%, uma vez que apenas três empresas não são associadas. Neste negócio, também os canais de venda alteraram-se, destacando-se a internet, conforme disse Robalo de Almeida, “não é os sites das empresas que têm o maior volume de reservas, mas os dos grandes brokers do rent-a-car”. O aluguer ao balcão que havia no passado tem vindo a desaparecer. No entanto, “as agências de viagens continuam a ter um papel importantíssimo para o negócio. As empresas continuam a ter parcerias com agências de viagens, um canal de distribuição que não se pode menosprezar, mas hoje os brokers tomaram um papel importante em toda a indústria das viagens”, indicou o dirigente. Os alugueres com reservas representam mais de 90% do negócio. Por outro lado, com o advento das low cost, as empresas de rent-a-car também não ficaram atrás. Hoje, praticamente todas as empresas de maior dimensão, associadas da ARAC, criaram empresas low cost – um produto mais barato, em que a qualidade do atendimento não é tão personalizado e em que o automóvel também é mais barato. Segundo Robalo de Almeida “as empresas oferecem hoje vários produtos – para quem quer um atendimento mais personalizado, com automóvel da gama alta e qualidade superior, e para quer quem um produto mais económico”. Os meios de financiamento também se alteraram. “O rent-a-car é um negócio de capital intensivo. Para as empresas conseguirem o agrado do cliente, tem que estar sempre a investir na renovação da frota. Isto obriga a um capital que leva as empresas a recorrerem a sistemas de financiamento, quer seja em leasing, quer seja os ALD’s”, disse o responsá-

presas, mas que hoje, felizmente não acontece, visto que a frota hoje é mais adaptada à procura”. A média de duração dos alugueres foi de oito dias este ano “porque os contratos foram mais prolongados, designadamente pelo mercado de longo curso, que fica mais tempo em Portugal. Os contratos de três dias são cada vez menos”.

FISCALIDADE TORNA O SETOR MENOS COMPETITIVO

vel, recordando que, recentemente, foi publicado na revista da Deco que o rent-a-car é um setor praticamente isento de reclamações e com muito boa imagem no mercado. Saliente-se que neste setor é muito vulgar o cliente estrear um carro, principalmente no Verão, já que a idade média dos automóveis não ultrapassa um ano. O setor do rent-a-car chegou este ano às 61 mil viaturas, com um acréscimo de 1500 carros, sendo que o custo médio de cada automóvel é de 20 mil euros. “Diria que, no turismo, a seguir à hotelaria e sem contar com a aviação, o rent-a-car é o setor com investimento maior”, frisou Robalo de Almeida. Este ano, tal como o setor do turismo em Portugal, no que ao incoming refere, o rent-a-car teve melhores taxas de ocupação, com sensivelmente a mesma frota, e as receitas médias por dia, por viatura foram superiores ao ano passado, disse o dirigente. “Estamos em Outubro e ainda temos grande parte da frota a andar, completamente diferente ao que aconteceu no ano anterior. Temos tido uma belíssima ocupação deste final de março e isso deve-se ao aumento do número de turistas em Portugal e, se calhar a uma maior promoção”, realçou Joaquim Robalo de Almeida. Por nacionalidades, os melhores clientes do rent-acar, porque alugam carros de gamas mais altas e, consequentemente, mais caros, são os brasileiros e os angolanos, embora estes últimos ainda com um peso residual. Quanto às tarifas, elas continuam “muito competitivas”. Mesmo assim, uma vez que tem havido “uma melhor adequação da oferta à procura, com vista a que as empresas sejam mais rentáveis, fez com que as tarifas fossem, este ano, mais altas”. O responsável recorda que houve anos em que as frotas estavam totalmente ocupados apenas durante um mês, situação que criou grandes dificuldades às em-

Este setor depara com um conjunto de desafios e dificuldades, designadamente, ao nível fiscal. Segundo o responsável “uma das situações que temos debatido tem a ver com a neutralidade fiscal que acontece em Espanha e em Portugal não. No país vizinho, para aquisição de automóveis o rent-a-car é isento do imposto de matrícula, que é o nosso equivalente ao imposto sobre o veículo, que aqui é pesadíssimo, o que quer dizer que os espanhóis têm o carro 20% mais barato que nós”. No que respeita ao IVA, tanto as empresas espanholas como as portuguesas podem deduzir, mas como este imposto em Portugal é mais elevado, o produto final em Espanha acaba por ser mais competitivo. O rent-a-car confronta-se ainda com as situações do imposto único de circulação, em que as empresas têm vindo a ser confrontadas com pedidos de pagamento de carros que já foram vendidos há bastante tempo. Segundo Robalo de Almeida “esperamos ainda este ano uma alteração da legislação, pelo menos foi o que a ministra da Justiça prometeu ao setor automóvel”. Outro problema que este setor enfrenta tem a ver com nas viaturas de matrícula vermelha. “Temos falado com o Governo e os grupos parlamentares sobre esta questão de concorrência desleal. São carros com matrículas de trânsito e que são alugados como falsos alugueres, nomeadamente, a portugueses residentes noutros países, como Canadá, EUA e Brasil e que são feitas por financeiras de marcas de automóveis, designadamente, francesas. Estes veículos têm-nos vindo a tirar alugueres com este tipo de serviços”. Entretanto, “pensamos que, finalmente, o Governo entendeu as nossas preocupações e temos promessa que, em breve, haverá legislação que criará neutralidade, no sentido de não sermos atacados por quem não paga em Portugal, um tostão, em impostos. Esta situação acontece muito no verão e na Páscoa e são empresas que não dão qualquer apoio aos clientes”. Mesmo assim, Portugal é, para as empresas do rent-a-car, um bom negócio, daí que, para além das já existentes no mercado, outras empresas têm-se instalado no país. “Este ano assistimos à entrada no país de uma empresa estrangeira que, embora não diretamente, faz-se representar a nível nacional,


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pela Guerin. Trata-se da Interprise, a maior empresa de rent-a-car do mundo, que tem vindo a instalarse na Europa. Temos também outra empresa de caraterística low cost que se instalou em Portugal recentemente, que é a Gold Car, uma das maiores em Espanha. Esta empresa tem vindo a crescer rapidamente e, de acordo com os seus responsáveis em Portugal, é uma empresa com muito para crescer até 2015”. Existem outro tipo de empresas, duas ou três, que são de aluguer de automóveis de topíssimo de gama. “Dizem que há espaço em Portugal para este tipo de mercado, nomeadamente, para cidadãos angolanos e russos”. Mas há ainda espaço de crescimento em Portugal? Segundo Robalo de Almeida, “o crescimento do rent-a-car está proporcional ao aumento dos turistas que nos visitam e ao aumento das receitas que deixam no país, mas estes também tem limites. Diz a experiência é que temos que ser competitivos a todos os níveis e as empresas têm que ser cada vez mais bem geridas com vista a aumentar as receitas”. Mais uma vez, Robalo de Almeida considera que o rent-a-car não quer ser “o parceiro pobre do turismo”, realçando que o setor pretende estar representado em todos os órgãos principais do turismo e dar o seu contributo, “à semelhança do que acontece em Espanha em que o rent-a-car é considerado, oficialmente, turismo”. Recorde-se que, em Portugal, o rent-a-car está agregado a duas tutelas: o Turismo e os Transportes. No entanto, o aluguer de empresas ou os carros de substituição têm vindo a cair, enquanto as empresas de concentram cada vez mais na atividade turística, “daí que haja, cada vez melhor adaptação da frota àquilo que o turista procura”, enalteceu o secretário-geral da ARAC. A ARAC está representada nas várias entidades regionais de turismo, sendo que, em duas delas, faz parte do Conselho de Marketing. A associação foi um dos membros fundadores da CTP e esteve, durante vários anos, na vice-presidência, embora hoje não pertença a este organismo de cúpula do turismo, Joaquim Robalo de Almeida acredita que “com toda a probidade, regressaremos em breve à CTP, até porque temos consciência que é um órgão importantíssimo para o turismo”.

O RENT-A-CAR E AS SCUTS O pagamento das Scuts foram e ainda são um problema para o setor do rent-a-car, principalmente para algumas empresas. Com o sistema adotado, o cliente, principalmente estrangeiro, não tem meios para fazer o pagamento imediato. Tem um intervalo de 48 horas para proceder ao pagamento e, muitas vezes, quando o cliente regressa ao seu país de origem, a empresa de rent-a-car não consegue fazer a cobrança das portagens porque não conhece os últimos dois dias de passagens nas Scuts. Ou seja, “aí é preciso fazer a cobrança à postriori e, por vezes, torna-se difícil”, explicou Robalo de Almeida. Perante este cenário e uma vez que não se encontraram outras alternativas, embora a ARAC tivesse debatido que houvesse um sistema online de pagamento, e nunca tivesse solicitado um estatuto de isenção, “a solução encontrada é a possível”, considerou o responsável. “Nunca pedimos que o setor ficasse isento do pagamento de portagens só com o argumento de que o turista é muito importante para o país – e é. O Governo poderia pensar que o turista que vem a Portugal gasta muito dinheiro, então vamos isentá-los do pagamento das portagens. Não seria nada de novo, até porque, as empresas de aviação low cost são remuneradas por cada passageiro desembarcado. No entanto, foi uma pretensão que a ARAC nunca colocou em cima da mesa. O que sempre quisemos foi

um sistema cómodo para que o turista viesse a Portugal e gostasse de cá estar e não andasse preocupado em ir aos Correios pagar e, mesmo assim, faltavam pagar os últimos dois dias da sua passagem nas Scuts”, declarou o secretário-geral da associação. Finalmente, em maio último, foi publicada uma portaria foi criada uma portaria que vem criar um sistema mais fácil de cobrança de portagens. Os automóveis dos rent-a-car estão a ser equipados com sistemas de via verde – 70% da frota já possui este sistema -, em que o cliente quando chega ao balção diz se quer o identificador ou não. Se quiser, sabe que não tem mais preocupações, pois aquilo que passar é que é cobrado. Neste caso, os dois últimos dias vão ser debitados mais tarde. No entanto, segundo Robalo de Almeida, algumas empresas ainda não adotaram este sistema “o que trás muitos problemas, porque o cliente tem uma série de dificuldades em pagar. Estão a adotar um sistema pré pago de mais difícil controle”. Para o responsável, o sistema de via verde “é mais prático, mas há ainda algumas arestas para limar, nomeadamente nos sistemas informáticos que ainda não estão totalmente compatibilizados. A solução encontrada foi esta, não é a ideal, mas a possível. O ideal seria ter um sistema com contador, quando o cliente alugasse um carro o contador punha-se a zeros e quando o devolvesse via-se qual era a quantia e debitava-se no momento”.

ARAC lança novos serviços para os seus associados A ARAC irá lançar ainda este ano um conjunto de serviços de apoio aos seus associados. O secretário-geral da associação destaca o lançamento, ainda este ano, de uma plataforma de serviços partilhados para as empresas associadas, estando já a trabalhar com algumas entidades públicas. São, nomeadamente, os serviços administrativos, como sejam os que têm a ver com informação de condutores, respostas às contra ordenações e outros serviços que fazem parte do core-business das empresas, porque “entendemos que as empresas querem concentrar-se no seu negócio que é alugar viaturas e terceirizar os restantes serviços administrativos”, disse Por outro lado, a ARAC vai também lançar este ano uma base de dados de clientes incumpridores, a que as empresas associadas poderão aceder porque, de acordo com Robalo de Almeida “este fenómeno tem estado a alastrar-se, nomeadamente, no rent-a-car, com carros que desaparecem todos os anos e que nunca são recuperados. Para este serviço, que há muito as empresas associadas já ansiavam. A ARAC já tem autorização da Comis-

são Nacional de Proteção de Dados para esse efeito. Ainda este ano, a associação pretende concretizar protocolos de seguros no sentido de arranjar melhores condições para os seus associados, daí estar a contactar quer empresas seguradoras, quer brokers. Outros serviços estão igualmente em cima da mesa passa pela edição de uma news letter informática para todos os associados, remodelação do site, designadamente, com ligações diretas às empresas associados, “um portal que pretendemos dinâmico para que as empresas tenham tudo o que precisam e também os clientes dessas empresas possam, através do portal, aceder a tudo o que lhes interessa sobre o setor, como seja poderem aceder diretamente aos sites das nossas associadas para reservas de carros”, explicou o responsável. A ARAC irá desenvolver estes serviços, alguns deles diretamente, com a estrutura que tem, outros em parceria com entidades com quem já está a contactar para o efeito.


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Emirates pode beliscar Lufthansa nos voos para Ásia NO PRIMEIRO ANO DE OPERAÇÃO em Portugal, a Emirates transportou mais de 170 mil passageiros de Lisboa para a Ásia e África, destinos tradicionalmente servidos pela TAP e pela Lufthansa. E se a companhia portuguesa não foi afetada - o desvio e a escala nos voos da Emirates para África são demasiado grandes para compensar os 100 ou 200 euros a menos no preço do bilhete -, o mesmo não acontece com a Lufthansa, para quem a Ásia é um dos principais mercados. De tal forma que a companhia alemã está a ponderar, segundo confirmou à Cata - Center for Aviation, criar uma low cost para atacar o mercado asiático,

onde tem 20 rotas diretas, e cumprir os objetivos de crescimento nesta região. Para já, lançou uma campanha de publicidade para recuperar clientes. A oferta da Emirates passa por voos de longo-curso a preços que pouco diferem dos oferecidos pela concorrente alemã, mas a oferta personalizada está a dar resultados - nem a pausa no Dubai, obrigatória para

quem voa para outros destinos, está a retrair quem embarca em Lisboa (na Lufthansa a espera máxima em escala é de 45 minutos). Quando se fala de passageiros, carga, logística e manutenção, “a Lufthansa é líder em serviços para a Europa e a Ásia”, disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial da empresa. Ainda assim, admite, “estamos a lidar com a competição crescente das low-cost europeias e das transportadoras de regiões e governos que sabem muito bem como posicionar e suportar as suas companhias”, de forma a potenciar “o próprio desenvolvimento económico”, sublinhou.

Até 2015: Lufthansa recebe 20 novos aviões B747 A LUFTHANSA vai receber até meados de 2015 pelo menos 20 novos aviões Boeing 747-800 e renovar outros 79 aviões de longo curso. As novidades surgem na tentativa de melhorar o “conforto dos passageiros, especialmente os de classe executiva”, que fazem viagens frequentes. Os novos Jumbos Jet são os maiores aviões em comprimento (76,3 metros) e já estão a voar com a Lufthansa des-

de 1 de junho de 2012 para Washington, Nova Deli, Bangalore, Chicago, Los Angeles e Hong Kong. Estes modelos já trazem novas características na classe executiva para “mais conforto e relaxamento” do passageiro, como reforçou Andy Bischop, diretor comercial da companhia aérea. Estes aviões já vêm equipados com um novo espaço de armazenamento de bagagens de mão e um sistema de

entretenimento com ecrãs de 15 polegadas. Além disso, os bancos transformam-se totalmente numa cama com 1,98 metros de comprimento. Mais: a colocação dos assentos é feita em ‘v’ o que permite maior espaço entre o banco do lado. Até meados de 2015, a companhia aérea vai standartizar este conceito e alargar estas funcionalidades a todos os aviões 747-8 e Airbus 380.

United Airlines apresenta assentos com novo design exclusivo A UNITED AIRLINES acaba de apresentar o novo design de assentos, com foco no conforto do cliente e na responsabilidade ambiental, com um look sofisticado e moderno, que a companhia aérea vai implementar em centenas de aviões que voam nos Estados Unidos, Canadá, América Central e Caraíbas. O novo design inclui elementos mais arrojados, como as capas de assentos em couro de diversos tons, padrões distintos com ponto duplo, contorno esculpido e com o novo estampado da marca United;, forro mais ergonómico e com maior suporte e espaço adi-

cional para arrumação com inclinação do encosto em United Economy Plus e United Economy, bem como eecnologia que torna os assentos mais “amigos do ambiente”, reduzindo o seu peso e volume e, contribuin-

do assim, para a redução do consumo de combustível. A companhia aérea introduziu o novo design num Bombardier CRJ700 operado pela transportadora da United Express, SkyWest Airlines. A United espera implementar o novo look nos aviões das suas rotas domésticas principais e em aviões regionais operados pelas transportadoras da United Express. A United planeia que o novo design esteja presente em mais de 60.000 assentos em mais de 500 aviões, incluindo aproximadamente 400 aviões em 2015, de acordo com as previsões da companhia aérea.

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Emirates anuncia operação para Boston A EMIRATES aumenta a sua operação transatlântica com o anúncio da inauguração do novo voo para Boston. A oitava rota da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos para os Estados Unidos inaugura a 10 de Março de 2014. O voo será operado por um Boeing 777-200LR, com um motor de potência GE-90, e como parte do acordo com a JetBlue, os passageiros poderão viajar em voos de ambas as companhias enquanto acumulam milhas. O voo EK237 partirá do Dubai às 09h45 e para aterrar em Boston às 15h15. O voo de regresso, o EK238, descolará de Boston às 22h55, aterrando no Dubai às 19h10, do dia seguinte. Os passageiros do novo voo da Emirates para Boston poderão, a bordo do Boeing 777-200LR, desfrutar de refeições gourmet e do reconhecido sistema de entretenimento da Emirates, o ice, com mais de 1 500 canais de filmes, TV, música e jogos. À chegada ao Dubai, os passageiros poderão ainda relaxar no hub da Emirates especialmente construído para os aviões Airbus A380 da companhia, o Concourse A, detentor dos maiores lounges da indústria para Primeira Classe e para Classe Executiva. A Emirates iniciou os voos para os Estados Unidos da América em 2004, com a rota para Nova Iorque, e opera uma rede de 134 destinos, servida por uma frota de mais de 200 modernos aviões, como o Airbus A380. No decorrer de 2013, a Emirates lançou novas rotas para Varsóvia, Argélia, Haneda (Tóquio) e Estocolmo. Nos próximos meses, a companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos inaugura voos para o Aeroporto Internacional de Clark, nas Filipinas, Conacri, na Guiné, Sialkot, no Paquistão, para Cabul, Kiev, Taipé e o voo transatlântico entre Milão e Nova Iorque.


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“Porto Medical Tourism” potencia turismo médico na cidade

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CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO, a Associação de Turismo do Porto, a Travel Health Experience e o HPP Hospital da Boavista assinaram o memorando de entendimento que assinala o lançamento do novo produto turístico “Porto Medical Tourism”. Trata-se de um projeto que tem vindo a ser trabalhado há mais de um ano com o objectivo de beneficiar a imagem do destino Porto e Norte de Portugal, bem como dinamizar o setor do turismo na região e toda a sua envolvente empresarial. Para isso, foi criada a marca “oportonity to feel well”, alinhada com a estratégia da cidade para o turismo e que conta com uma articulação institucional da Câmara Municipal do Porto, com as entidades públicas, bem como da Associação de Turismo do Porto com organismos públicos e privados do setor do turismo. “Porque acreditamos que o Porto e a região têm qualidade para este tipo de turismo – quer ao nível de excelência clínica quer ao nível das infraestruturas hoteleiras e oferta

turística de apoio – apoiamos desde início este projecto que também contribui com maior notoriedade e credibilidade para a cidade”, revela Vladimiro Feliz, presidente da Associação de Turismo do Porto. “O turismo é um sector de eleição para a cidade e os indicadores relativos ao turismo internacional têm vindo a crescer de forma notável”. Ao consultar a plataforma online

Porto Medical Tourism o turista que procura cuidados de saúde encontra várias informações sobre o procedimento pretendido, nomeadamente o preço, unidade hospitalar e descrição da intervenção sem qualquer compromisso. Após aprovação da proposta apresentada, é iniciado o plano de viagem, podendo ainda conhecer o médico previamente e receber alguns conselhos clínicos ou pedir informações antes de viajar. Aquando da chegada ao Porto é recebido por um colaborador devida-

mente credenciado que o levará ao Hospital ou Hotel, mediante plano de viagem. A gestão e a operacionalização logística de todo o processo relacionado com o circuito do cliente, nomeadamente no que concerne à articulação entre todos os intervenientes e à articulação do setor saúde com o setor do turismo fica a cargo da Travel Health Experience. É, também, da responsabilidade desta empresa providenciar a assistência e os cuidados pré ou póshospitalares e promover a manutenção da plataforma online através da qual será possível desencadear todo o processo de prestação do serviço pretendido. O produto Turismo Médico, embora representado no mercado turístico mundial como um nicho de mercado, abrange já cerca de 6 milhões de pessoas, que viajam para a realização de tratamentos médicos, caracterizado por um perfil de consumo de gama alta, oriundo de mercados com significativo poder de compra como os EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Médio Oriente.

Geoparques reconhecidos pela UNESCO já são 100 EM 2013 OS GEOPARQUES reconhecidos pela UNESCO atingiram os 100 territórios espalhados por 29 países na Europa, Ásia e América, onde o património geológico de excepcional importância é utilizado em estratégias de desenvolvimento sustentável. As decisões da Rede Global de Geoparques incluíram os Açores como o terceiro geoparque português, assim como as Grutas del Palacio no Uruguai, Karavanke/Karawanken, um geoparque transfronteiriço entre a Eslovénia e a Austria, Idrija Geopark na Eslovénia, Yanqing Geopark e Shennongia Geopark na China, Hondsrug Geopark na Holanda, Oki islands Geopark no Japão, Sesia – Val Grande Geopark na Itália e Kula Geopark na Turquia. O crescente interesse pelo modelo de valorização do património natural através do desenvolvimento de geoparques está bem patente no elevado número de candidaturas à UNESCO de territórios de

todo o mundo, que teve como pioneiro em Portugal o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o qual inclui no seu território classificado os municípios de Castelo Branco, Idanha-aNova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. O Parque Nacional de Cilento e Vallo di Diano, no sul da Itália, organizou a 12ª Conferência de Geoparques no Palácio Alario, na cidade de Ascea. Cerca de 450 delegados oriundos

de 42 países de todos os continentes discutiram a importância dos Geoparques enquanto territórios de ciência e educação para uma cidadania consciente dos efeitos das alterações climáticas e dos riscos naturais para a sociedade. Uma vez mais o Geopark Naturtejo esteve representado na reunião da Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques pelo seu coordenador científico, Carlos Neto de Carvalho e por Joana Rodrigues, em substituição de Armindo Jacinto, presidente do conselho de administração da Naturtejo, entidade gestora do geoparque. Carlos Neto de Carvalho apresentou a proposta da Naturtejo liderar uma parceria entre geoparques europeus que irá permitir uma presença conjunta e o reforço dos geoparques enquanto destinos turísticos inovadores e de elevada qualidade nas principais feiras de turismo do mundo, a realizar no próximo ano em Madrid e Berlim.

GPS TOUR reforça aposta no Alentejo A GPS TOUR, operador turístico líder no mercado francês para Portugal, vai apostar forte em Tróia, através de uma operação onde estima vender 25 mil noites na região. Para o efeito, a GPS TOUR contará com 20 rotações aéreas para o Aeroporto de Beja já em 2014, a partir de vários aeroportos das províncias de França, numa intervenção que tem contado com o envolvimento da ANA – Aeroportos de Portugal. Este anúncio vem no seguimento de um contrato assinado com um dos maiores operadores franceses de 12 de Abril de 2014 a Outubro de 2014, reforçando o “Club Magellan Troia Resort”, marca já reconhecida em França. Esta operação tem vindo a ser acompanhada de perto pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA), numa iniciativa que teve como corolário um evento de ativação de marca recentemente realizado em Paris e que reuniu mais de uma centena de operadores, agências de viagens e jornalistas franceses. “Estou a viver uma nova paixão: o Alentejo! Esta é uma jóia escondida num cofre, que quero abrir e oferecer ao meu mercado de eleição: a França. É uma região para o futuro, com potencialidades gigantescas, seja no litoral ou no interior. Sei que nesta paixão sincera terei de enfrentar obstáculos, mas também sei que posso contar com a ajuda preciosa da Agência de Promoção do Alentejo, da Aigle Azur e do Grupo SONAE. Parceria e amizade, que só podem levar a um fim, a afirmação do Alentejo como um destino ‘in’”, referiu António Duarte, diretor-geral da GPS TOUR. Para Vítor Silva, presidente da ARPTA, esta aposta no Destino Alentejo por parte de um operador francês com a dimensão da GPS TOUR representa um selo de qualidade à Região e a Tróia. “O mercado francês tem vindo a afirmar-se nos últimos anos como um dos mais importantes para o Alentejo e seria importante que tanto o litoral como o interior viessem a beneficiar do trabalho deste operador ”, afirmou.


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VIRAGEM NA PRESENÇA ONLINE

Novo portal visitportugal.com já está disponível

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TURISMO DE PORTUGAL lançou o novo portal www.visitportugal.com, que pretende reforçar a promoção turística internacional do País no online e nas redes sociais, privilegiando a mobilidade, a interação com o consumidor e aumentando a visibilidade da oferta turística das empresas. O novo portal apresenta, em dez idiomas, mais funcionalidades, um novo design, nova tecnologia e uma experiência de navegação mais intuitiva e participativa. Ao tornar possível que o utilizador comente, goste, partilhe e edite textos e imagens, obtenha informação em tempo real através de email e webchat e crie as suas próprias brochuras e itinerários, privilegia a interação com o potencial turista. Luís Matoso, administrador do Turismo de Portugal, classifcou o novo site como “o mais importante instumento de comunicação do turismo” e afirmou que a mudança aconteceu porque mudou o comportamento dos consumidores. O consumidor é hoje um intranauta ativo, que procura, compara e depois partilha os resultados da opção que tomou. Mudámos pela necessidade da maior eficácia. Vivemos e viveremos sempre em competição com destinos com mais poder financeiro e, devido a nossa contenção orçamental, torna o desafio ainda mais imperioso. Dessa forma, pretendemos alcançar melhores resultados com menos custos”. Segundo afirmou, “responde às ne-

cessidades da eficácia em comunicação, algo que consideramos essencial. A presença online tem de ser eficaz e interativa. Para isso, apostamos num formato mais direto e de fácil navegação, que aumenta a visibilidade da oferta turística, contribuindo para um incremento das vendas. O novo portal é mais útil para os turistas, mas sobretudo para a atividade das empresas portuguesas”. “Toda a estratégia online tem que ter uma base, e essa base agora é o portal”, disse Luís Matoso, salientando que o portal tem um conjunto de funcionalidades que têm em conta a mudança de hábitos dos consumidores. “Portanto, temos que ter um tipo de ferramentas que sejam user-friendly para utilizadores”. Além disso, o portal vai também apostar nas ofertas, sugestões e destinos. “Ou seja, procurar ser mais efetivo, percebendo o que é que o consumidor quer”, explicou o administrador. Criado em 2004, o antigo VisitPortugal tinha “tecnologia ultrapassada”, “limitação de funcionalidades e incapacidade de resposta às necessidades das pessoas e das empresas”, estando “em fim de ciclo de atratividade”, segundo um video apresentado pelo Turismo de Portugal. Agora, o novo portal apresenta diferentes funcionalidades, nomeadamente, ter acesso a informações sobre quaisquer recursos em um clique, quando antes se demorava três, aplicações móvel, alcance multplicado,

permitindo aos utilizadores ver, ouvir, comentar, gostar, partilhar, e edição de textos e imagens, face à versão anterior que só permitia ver e ouvir. O novo portal permite agora conversar em 10 idiomas, obter informação em tempo real por email e web chat, e a criação personalizada de brochuras e itinerários, quando antes disponibilizava apenas “brochuras estáticas para download”. “Acreditamos que com estas novas funcionalidades vamos ter um efeito multiplicador na notoriedade, de dar a saber que Portugal é uma opção, na atração, por mostrar o que há de bom em Portugal, na decisão das férias, no planeamento, o que fazer onde dormir, onde comer, na compra da viagem, na visita, dar apoio durante a estadia e depois para recordar, possibilitar, reviver a estadia, partilhar e estimular que falem com os outros sobre a experiência em Portugal”, referiu ainda Luís Matoso. Por outro lado, quando questionado sobre a possibilidade de o Portal permitir a comercialização, o SET respondeu “é algo que é tecnicamente possível”, mas “não estamos a anunciar que a vamos fazer, nem como é que vamos fazer”. Atualmente, existe “um conjunto de funcionalidades que passa por, numa escolha, dar acesso às plataformas normais de compra. Não estamos a dizer que comercializamos diretamente. É dar o acesso para a pessoa ter uma consequência e se é preferí-

vel entrar no booking pela página de Portugal”, em alternativa a outras páginas, acrescentou Luis Matoso. Em breve, o portal prevê disponibilizar nas plataformas móveis, nomeadamente, smartphnes ou tablets, “toda a informação sobre a oferta turística – com 11 mil registos -, experiências e sugestões a ela associadas”, informa um comunicado distribuído pelo Turismo de Portugal. O investimento colocado no desenvolvimento do novo portal é de 160 mil euros, que compara com os 900 mil euros investidos em 2004 na anterior versão do visitportugal.com. O lançamento deste novo portal está inserido na estratégia de promoção de Portugal que tem como objetivo acompanhar as novas tendências de consumo no turismo, muito influenciado pela internet e pela recomendação de familiares e amigos. Além disso, as ações apostam na proximidade e na facilidade geradas pelo online e redes sociais para a venda efetiva do destino, uma prioridade estratégica do Turismo de Portugal de que é exemplo a campanha internacional de 2013. Entretanto, conforme foi anunciado, o primeiro balanço da campanha internacional de promoção turística online realizada pelo Turismo de Portugal revela que o país é um dos destinos turísticos internacionais que mais reforçou nos últimos seis meses a sua notoriedade em meios digitais, sobretudo nas redes sociais. O interesse por Portugal como des-

Promoção turística externa com novo modelo para 2014 A PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO TURÍSTICA externa já têm novo modelo para 2014 e o protocolo foi assinado em Lisboa entre o Turismo de Portugal, a Confederação do Turismo Português (que passa a assumir a vicepresidência do CEPT), as ERT e as Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT). Entretanto, a verba só será definida no Orçamento de Estado que começa a ser discutido dentro de dias, de acordo com Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, que presidiu a sessão. O modelo de promoção vai continuar a investir no online, como avançou Luís Matoso, administrador do Turismo de Portugal, mas mantendo a realização de famtrips e presstrips, bem como a presença em feiras. O SET disse aos jornalistas que “a aposta é a presença no online, mas continua a haver meios tradicionais de promoção”. O modelo de Promoção e Comercialização Externa para 2014 é descrito pelo SET como um “modelo transitório”, uma vez que mantém as linhas gerais dos planos anteriores, “mas já com algumas pistas sobre o reforço

dos papéis dos privados e das entidades regionais e da Confederação do Turismo Português” previsto ser aplicado em 2015. Adolfo Mesquita Nunes considerou que, assim, “sendo transitório”, o modelo consagrado hoje é “satisfatório tendo em conta a realidade que temos em Portugal”. “É um modelo que me deixa satisfeito”, sublinhou o SET que também destacou a presença dos dirigentes associativos do turismo, a quem agradeceu ter “sido possível encontrar este alinhamento, esta concentração de esforços”. A “prioridade às parcerias com as empresas de Turismo

e à concertação das estratégias de promoção turística nacional e regional”, a entrada das Entidades Regionais de Turismo (ERT) no Conselho Estratégico de Promoção Turística no próximo ano, “aumentando a participação dos gestores dos destinos na definição e sustentação da sua oferta e na promoção do destino em Espanha” e da AICEP Portugal Global e da ANA Aeroportos de Portugal foram exemplos apontados. O modelo também assegura a articulação entre as estratégias regionais e nacional, “alinhando os Planos Regionais de Promoção Turística das ARPT com os objetivos do Plano Nacional de Promoção Turística, prevendo igualmente o


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tino de férias disparou globalmente nas pesquisas feitas no Google, tendo a procura por referências associadas a “férias” e “Portugal” aumentado mais de 20 por cento face ao mesmo período de 2012, o segundo maior crescimento entre os destinos concorrentes. No mesmo período, tanto o número de visitas ao portal de promoção turística internacional (www.visitportugal. com) como o número de fãs do VisitPortugal no Facebook triplicaram face ao período homólogo, estando esta página a alcançar em média 12 milhões de utilizadores únicos por semana. Para Luís Matoso, administrador do Turismo de Portugal, “estes resultados demonstram que a aposta numa campanha totalmente digital e online permite, com maior eficácia e gestão de meios, conhecer melhor, estar mais próximo do turista e levá-lo a escolher Portugal, sobretudo junto dos mercados internacionais. Por outro lado, com as novas ferra-

mentas que temos ao nosso dispor, o turista torna-se num líder de opinião poderosíssimo, na medida em que passa a ser ele – e não nós - a dizer bem e a recomendar ao seu círculo de influência a experiência no nosso País”. Esta campanha internacional decorre em 13 mercados - Brasil, Alemanha, Espanha, Holanda, França, Reino Unido, Estados Unidos, Irlanda, Itália, Dinamarca, Suécia, Polónia e Rússia - e está centrada nos meios Google, YouTube, Facebook e em sites específicos de alguns mercados, conduzindo depois o tráfego gerado nestes canais para o portal www.VisitPortugal.com e as suas redes sociais. A aposta exclusiva em meios online permite atingir melhores resultados com menos investimento. Nos últimos anos a média anual de investimento em publicidade na campanha internacional era de cerca de 10 milhões de euros, enquanto a atual campanha conta com um orçamento global de cerca de 5 milhões de euros. O número de visitantes ao portal de

aproveitamento de recursos e as sinergias com outros setores da economia, nomeadamente na indústria e na cultura”, indicou Luís Matoso. As empresas do setor turístico e as Entidades Regionais de Turismo (ERT) vão ter um envolvimento reforçado na estratégia de promoção internacional de Portugal ao longo do próximo ano, de forma a “reduzir progressivamente a intervenção direta do Estado no setor”. A partir do próximo ano, as ERT passam a ter assento no Conselho Estratégico de Promoção Turística (estrutura consultiva do Governo em matéria de promoção turística externa), aumentando a participação dos gestores dos destinos na definição e

promoção turística português VisitPortugal.com teve um crescimento de 135%, entre 2012 e 2013, passando de 1,5 milhões para 3,7 milhões, segundo informou oTurismo de Portugal. O efeito da campanha, por outro lado, levou a que o número de fãs estrangeiros tivesse aumentado de 25% para 74%, ultrapassando os portugueses que antes da campanha representavam 75% do total de fãs, e agora representam 26%. O secretário de Estado do Turismo (SET), Adolfo Mesquita Nunes, abriu uma “excepção” à sua política de não comentar os resultados turísticos em Portugal, com vista a fazer “justiça” ao setor a quem se devem estes números, enquanto deixou uma saudação ao trabalho da equipa que liderou o Turismo de Portugal. O SET falava na apresentação do novo portal de turismo VisitPortugal, o qual “dota as campanhas de mecanismos mais ágeis” que permitem às empresas “segmentar as suas mensagens, aos destinos poderem segmentarse e especializar-se e ir ao encontro dos turistas que são bem mais cultos e mais bem exigentes e responder àquilo que é a concorrência”. Adolfo Mesquita Nunes deixou, no entanto, bem claro, que os créditos do novo portal são da responsabilidade da anterior secretária de Estado de Turismo Cecília Meireles. No seu discurso, o SET referiu-se aos dados mais recentes do turismo em Portugal, revelando que tem “resistido a comentar esses números”, já que estes, “quando são bons”, se devem à competitividade do sector do turismo “e portanto às empresas e ao setor do turismo em Portugal”, mas desta vez

sustentação da sua oferta e na promoção do destino em Espanha. No âmbito da diplomacia económica, também a AICEP Portugal Global e a ANA Aeroportos de Portugal passam a estar representados neste conselho. A verba para promoção turística externa de Portugal em 2014 só vai ser definida no Orçamento de Estado, disse o secretário de Estado do Turismo (SET), Adolfo Mesquita Nunes, por ocasião da assinatura do modelo de Promoção e Comercialização Turística Externa para 2014, considerado um ano de preparação para a adoção de um novo modelo. “Neste momento, o Orçamento de Estado ainda não está aprovado e portanto é cedo para falar sobre isso. Aquilo que o protocolo diz, é que se mantêm as verbas do ano anterior, condicionadas às alterações que possam surgir, motivadas pela aprovação do Orçamento de Estado”, afirmou o SET, quando questionado pela imprensa sobre como serão aplicadas as verbas para a promoção externa em 2014.

abriu uma excepção, não para se “encostar aos números, mas para fazer justiça ao setor” e “acabar de vez com a ideia, quase peregrina, de que este ano turístico é bom apenas porque há um problema nos países árabes”. O SET referiu-se ao crescimento de 8% nos hóspedes estrageiros e nas dormidas de hóspedes estramgeiros, “quando a media da bacia mediterrânica é de 6%”, e ao crescimento das receitas em 8%, mas que “isto tem sido desvalorizado sistematicamente, como se sendo uma espécie de acaso, como se no Egipto houvesse uma tabuleta que dissesse: não podendo vir para aqui, vá para Portugal”. E salientou: “continuamos a competir com todos os países da europa, na captação destes turistas”. O SET referiu que Portugal está a aproveitar o fenómeno da Primavera Árabe, mas que está a aproveitar “melhor, muito melhor do que alguns dos nossos concorrentes”, utilizando os dados de Espanha, que indicam um crescimento de dormidas de estrangeiros entre Janeiro e Agosto foi de 0,6%. “O nosso foi de 7,9%”. Quanto a receitas turísticas, o SET salientou o crescimento de 2,7% em Espanha, face a 7,8% em Portugal. Adolfo Mesquita Nunes defendeu também que o crescimento do turismo em Portugal “é sustentado”, com crescimentos nos últimos anos, salientando ainda que “os proveitos turísticos da hotelaria começaram finalmente a subir”. Neste sentido, o SET considera que “há um caminho ainda longo que os nossos hotéis têm de fazer, para repor a situação que tiveram há alguns anos”.

Um comunicado divulgado pelo Turismo de Portugal indica que em 2014 mantém-se o mecanismo de financiamento dos planos regionais, que prevê que “por cada euro investido pelas empresas privadas, corresponderá o mínimo de um euro da respectiva Entidade Regional de Turismo e quatro euros de investimento do Turismo de Portugal” e que “um terço do investimento do plano regional é direcionado para o Plano de Comercialização e Venda da região, a desenvolver com as empresas aderentes”. Recorde-se, entretanto, que o presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, avançou ao Sol que a CTP está a trabalhar com o Governo para o lançamento de uma Associação Nacional de Promoção Turística, cuja entrada em funcionamento deverá acontecer em 2015. De acordo com o responsável, esta associação vai assentar numa “gestão partilhada entre públicos e privados”, permitindo também juntar as iniciativas do Turismo de Portugal (TP) à promoção dos privados no estrangeiro.


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Portugal conquista golfistas internacionais com clube exclusivo e inovador

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TURISMO DE PORTUGAL apresentou em Vilamoura, durante o Portugal Masters, uma plataforma tecnológica mundialmente inovadora que pretende tornar Portugal - o melhor destino europeu de golfe - num clube exclusivo e com benefícios únicos. Através deste clube virtual de acesso gratuito – disponível em www.portugalgolfmembership.com e lançado em parceria com o European Tour - os golfistas internacionais que se tornem membros podem beneficiar de condições exclusivas e imbatíveis na sua visita a Portugal. Além de descontos especiais nos hotéis e ofertas de green fees nos campos de golfe do País, a inscrição proporciona o acesso a experiências únicas e a um conjunto alargado de benefícios que serão incrementados

e atualizados em permanência. Atualmente a plataforma tem cerca de 50 promoções associadas. Portugal torna-se assim no primeiro país que se organiza como clube de golfe, tirando partido dos seus principais ativos turísticos e das motivações centrais dos golfistas - campos de excelente qualidade aos melhores preços, tratamento diferenciado e condições únicas para a prática da modalidade. Luís Matoso, administrador do Turis-

mo de Portugal, considera que “esta é uma ferramenta única de promoção, que nos coloca num patamar competitivo muito acima do que oferecem os nossos concorrentes. Ao criar uma relação próxima e privilegiada com os nossos turistas, estamos não só a oferecer-lhes o melhor produto do mundo como, através de benefícios únicos, a convencê-los a regressar e a trazer consigo novos jogadores”. Com o Portugal’s Golf Membership ganham todos os envolvidos: as empresas – que reforçam os seus negócios, de forma transversal em toda a cadeia de valor do setor -, os destinos – que veem reforçada a procura e atenuada a sazonalidade - e os jogadores e turistas, que aliam o melhor destino da Europa a serviços de excelência oferecidos em condições muito atrativas”.

Experiências de golfe no Conrad Algarve O CONRAD ALGARVE, que abriu as portas no ano passado, é uma das escolhas mais exclusivas e luxuosas para todos aqueles que procuram um destino de golfe em Portugal, com inúmeras ofertas disponíveis entre as quais se destaca o Platinum Golfing Experience. Localizado entre os 35 melhores campos de golfe da Europa, com 300 dias de sol por ano, o Conrad Algarve é um verdadeiro paraíso para os praticantes desta modalidade. A oferta Platinum Golfing Experience inclui: Quatro noites num espaçoso quarto deluxe com pequenoalmoço incluído; Dois jantares e um flute de champanhe no Restaurante Louro; Um jantar e um flute de champanhe no Restaurante Gusto by Heinz Beck; Uma volta de golfe no Campo Laranjal e Campo Monte Rei; Uma volta de golfe extra, num campo à escolha do hóspede, com equipamento incluído (golfe set, tees, bolas de golfe, reparação de tacos e marcador de bola); Número ilimitado de bolas com o objetivo de assegurar um aquecimento adequado antes do jogo num dos vários magníficos campos de golfe. Os buggies de golfe também estão incluídos. Os principais campos de golfe incluem o

Ocean Course e o Royal Course em Vale Do Lobo e os três campos vencedores na Quinta do Lago – todos a uma curta distância do Conrad Algarve. Os campos na Quinta Do Lago já acolheram oito edições do Open Português e continuam a acolher diversos torneios nacionais e internacionais. Tirando partido de uma localização privilegiada no Parque Natural

da Ria Formosa, este resort é ideal para experienciar o que de melhor os campos de golfe algarvios têm para oferecer com uma grande variedade de atividades disponíveis, incluindo um fantástico Spa e o restaurante Gusto do prestigiado chef Heinz Beck. Reconhecido pelo serviço personalizado, o Conrad Algarve oferece também os serviços de Golf Concierge, através do seu golfista profissional, credenciado pela PGA, Fernando Nogueira. Os amantes do

golfe podem optar por um conjunto de experiências de golfe à la carte, que serão concebidas de acordo com as suas preferências, ou optar a partir de uma lista de atividades pré-concebidas. O Conrad Algarve conta também com uma parceria com o Tour Master Classes, um inovador programa de treino onde os golfistas podem aprender algumas dicas e segredos dos melhores jogadores do mundo. Neste programa, os hóspedes terão a oportunidade de jogar e serem treinados pelos vencedores do European Tour nos melhores campos da Quinta do Lago. A equipa de profissionais inclui jogadores como Mark James, antigo capitão do Ryder Cup. A próxima Tour Master Class vai decorrer entre o dia 14 e 16 de outubro e, brevemente, mais datas serão anunciadas para 2014. Através do Conrad Concierge App disponível para smartphones ou tablets, os hóspedes têm a possibilidade de marcar aulas de golfe, fazer reservas no restaurante ou tratamentos de spa com apenas um clique. Esta aplicação faz parte do serviço personalizado que o Conrad Algarve oferece aos seus hóspedes ao proporcionar a melhor experiência “Smart Luxury”.

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Campos de golfe do Algarve entre os melhores da Europa SEIS CAMPOS DO ALGARVE estão no topo dos destinos de sonho europeus para quem joga golfe: Monte Rei, Onyria Palmares, San Lorenzo, Quinta do Lago Sul, Oceânico Faldo e Oceânico Old foram incluídos na lista dos 100 melhores da Europa Continental para 2014, que acaba de ser divulgada. Para o presidente do Turismo do Algarve, a preferência pelos campos algarvios «valoriza o bom desempenho regional neste produto estratégico». Desidério Silva prevê mesmo «resultados positivos dos golfes algarvios no final do ano», na ordem do milhão de voltas. Na 18.ª posição do ranking bienal agora publicado pela revista «Golf World» surge o Monte Rei Golf & Country Club, nas Sesmarias (Vila Nova de Cacela), que é também o campo de golfe português melhor cotado nesta tabela. Os 23.º e 24.º lugares são

ocupados pelo Onyria Palmares Beach & Golf Resort (na Meia Praia, em Lagos), e pelo San Lorenzo Golf Course (na Quinta do Lago). Seguem-se o Quinta do Lago Sul (na Quinta do Lago), em 53.º, o Oceânico Faldo Course (no concelho de Silves), em 61.º, e o Oceânico Old Course (em Vilamoura), que é o 66.º classificado entre os cem melhores do continente europeu. Um total de 13 greens portugueses estão representados no «Top 100 courses in continental Europe 2014». Para além dos seis percursos algarvios, a lista inclui um campo de golfe em Porto Santo, na Madeira, e outros seis no continente. Portugal foi recentemente reeleito o Melhor Destino de Golfe da Europa nos «World Travel Awards»– os óscares do Turismo e o Algarve foi ainda considerado, no início do ano, o melhor destino de golfe da Europa Continental pela relação preço/benefício (best value for money) pela revista britânica «Today’s Golfer», repetindo o êxito do ano anterior. Fundada há mais de 40 anos e detida pelo grupo editorial britânico Bauer Media, a «Golf World» é uma referência mundial na modalidade e, em conjunto com a revista «Today’s Golfer», vende cerca de um milhão de exemplares por ano.


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APAVT assina protocolo na área da saúde e medicina do viajante

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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA das Agências de Viagem e Turismo (APAVT) acaba de assinar um protocolo de cooperação com a GO Healthcare, empresa especializada em saúde e medicina do viajante detentora da marca GOandBack, que irá permitir a todos os associados propor, em condições particularmente vantajosas, um apoio diferenciado a quem viaja, sobretudo para países tropicais e subtropicais, seja em trabalho ou lazer. No âmbito deste protocolo, os associados da APAVT beneficiam de condições especiais de acesso ao vasto portefólio de serviços e produtos no domínio da saúde e medicina do viajante disponibilizados pela GO Healthcare, designadamente consultas ao viajante, serviços médicos e kits de viagem, entre outros. De acordo com o consultor científico da GO Healthcare, João Luis Batista, reconhecido especialista em Medicina Tropical e Medicina do Viajante, «cerca de 50% dos viajantes em trabalho ou lazer que se deslocam para destinos subtropicais têm um problema de saúde, sendo que 15% chega mesmo a necessitar de assistência médica. Este facto tem atualmente ainda mais relevância em Portugal, na

medida em que temos cada vez mais pessoas a emigrar, ou a deslocarem-se em trabalho para os PALOP. Os riscos para a saúde são evidentes se não forem tomadas medidas adicionais de prevenção». Para o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, «a informação e os serviços na área da saúde do viajante são inegavelmente importantes para a nossa atividade, pelo que este protocolo, ao dotar os nossos associados de uma acrescida capacidade para prestar um ainda melhor serviço aos seus clientes, em condições muito especiais, constitui mais um benefício da condição de membros da APAVT». «Por outro lado, acrescenta Pedro Costa Ferreira, o aumento das viagens para destinos como, por exemplo, Angola e Moçambique, sobretudo na área do corporate, que implicam muitas vezes deslocações para zonas não turísticas, com maior potencial de exposição a riscos para a saúde, torna este

tipo de cuidados ainda mais relevantes e oportunos». Quer agentes de viagens como operadores turísticos têm, efetivamente, uma responsabilidade importante na salvaguarda da saúde dos viajantes, sendo do seu interesse que o viajante tenha o mínimo de problemas na viagem ou na estadia no estrangeiro. Neste contexto, o contacto com o viajante, antes da viagem, proporciona uma oportunidade única para o informar e aconselhar sobre a situação específica de cada país a visitar em trabalho ou lazer. Com este protocolo, os associados têm, por um lado, condições comerciais na aquisição dos produtos e serviços que a GOandBACK tem para o viajante, e por outro, a capacidade de proporcionar também aos viajantes descontos especiais na aquisição dos mesmos produtos e serviços. Fundamentalmente e no âmbito deste protocolo, os serviços desenhados para a GOandBACK pelo especialista em Medicina Tropical, João Luis Batista com mais de 30 anos de experiência e especialização nesta área, vão ser assegurados por uma equipa de médicos e enfermeiros especializados em medicina tropical sob a sua coordenação.

Olimar apresenta programação 2014 no Alentejo O ALENTEJO, mais concretamente a Pousada de Alcácer do Sal, serviu de palco para a apresentação do Catálogo 2014 da Olimar, operador turístico alemão e especializado no destino Portugal. A iniciativa juntou cerca de 80 agentes de viagens da Alemanha. O evento, que contou com o apoio da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, foi ainda aproveitado para apresentar o Destino Alentejo e o projecto das Pousadas de Portugal “Alentejo Original”. “Não temos estado satisfeitos com o comportamento do mercado alemão para o mercado português e em particular no Alentejo e entendemos que existem condições para crescermos”, refere Vítor Silva, presidente da ARPTA, acrescentando que “este trabalho com os operadores é fundamental e temos de conhecer melhor a Alemanha para saber quais as zonas daquele país onde devemos intervir”. Na apresentação da brochura 2014 da Olimar ficou acordado com o operador alemão a realização de acções conjuntas com o objectivo de aumentar a visibilidade do Alentejo na Alemanha. Assim, já no próximo ano, haverá uma press trip mensal de um jornalista alemão à região e uma fam trip mensal de dois agentes de viagens alemães, dando assim a conhecer alguns dos destinos e empreendimentos turísticos no Alentejo. Paralelamente a estas iniciativas, no próximo ano o Alentejo fará um road-show à Alemanha, com uma técnica da ARPTA que fará a apresentação do destino.

eDreams expande-se até à Grécia A PRINCIPAL agência de viagens online da Europa, eDreams (www.edreams. pt), dá outro passo no seu processo de expansão internacional chegando ao mercado grego, o segundo maior da zona Este da Europa. As mais de 2.000 ilhas que compõem a Republica Helénica fazem com que viajar seja um conceito de extrema importância para os seus mais de onze milhões de habitantes, fato pelo qual a empresa não teve dúvidas em apostar na Grécia dentro do seu plano estratégico de internacionalização. A nova página web, gr.edreams.com, é uma agência de viagens online totalmente adaptada ao mercado helénico, com produtos específicos para este país, que utiliza o grego como língua oficial tanto na web como no serviço de apoio ao clien-

te. “Ao longo destes anos comprovámos a importância de ajustar o nosso produto às diferentes particularidades dos diferentes países para oferecer um serviço da máxima qualidade”, refere o cofundador e Chief Marketing Officer da eDreams, Mauricio Prieto. Esta é uma das chaves que permitiu à eDreams estar presente em 30 países e ter um dos índices de repetição mais elevados do setor “70% dos clientes da agência voltam a comprar num período inferior a 12 meses”, acrescenta. O novo site coloca à disposição dos turistas gregos toda a oferta da eDreams: voos de mais de 100 companhias aéreas, em 60.000 rotas diferentes e mais de 240.000 hotéis, em 40.000 destinos por todo o mundo, além de empresas de

aluguer de veículos ao preço mais competitivo do mercado, algo que valorizam muito os seus mais de catorze milhões de clientes. “A eDreams é líder na venda de bilhetes e viagens low cost, o que sem dúvida terá uma boa aceitação por parte dos cidadãos gregos, que verão melhoras nas suas possibilidades de viajar” destaca Mauricio Prieto. O “desembarque” da empresa na República Helénica, não se limita apenas à colocação do site online, já que nos próximos meses irá oferecer aos turistas gregos todas as vantagens do mobilecommerce. A eDreams avançou com a sua equipa de I+D+i para desenvolver uma aplicação para este novo mercado, para que satisfaça todas as necessidades do viajante atual. “O canal móvel abriu

um novo mundo de possibilidades à indústria turística, que é necessário aproveitar se queremos ser competitivos no setor”, reforça o cofundador e Chief Marketing Officer de eDreams, “Graças ao m-commerce aumentámos as vendas nos nossos mercados tradicionais mais de 200%”. Com esta expansão, a agência de viagens online eDreams irá cobrir todos os mercados relevantes do mundo que estão acessíveis nos seguintes idiomas: Inglês, Francês, Português, Espanhol, Italiano, Alemão, Grego e Turco. A empresa continua a trabalhar para diversificar geograficamente a sua atividade empresarial, ampliando a sua presença nos cinco continentes e posicionando-se como uma opção atrativa para os utilizadores graças à sua combinação de oferta e preço.


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DIA 22 DE NOVEMBRO EM VILAMOURA

“Algarve: construir o futuro” em debate na II Cimeira da CTP

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CONFEDERAÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS (CTP) organiza, no dia 22 de novembro, a II Cimeira do Turismo, evento que terá como tema “Algarve: construir o futuro” e que conta com a participação de Steve Forbes, Presidente e Editor-chefe do grupo Forbes Media. Este encontro promovido pela CTP realiza-se no Hotel Tivoli Victoria, em Vilamoura, por onde irão passar várias personalidades ligadas ao secor para refletir e debater os novos caminhos para potenciar o Algarve, um dos destinos mais cobiçados a nível mundial. Estão confirmadas as presenças do Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do Ministro da Economia, António Pires de Lima. A II Cimeira do Turismo da CTP contará com a presença do Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e do Ministro da Economia, António Pires de Lima, que se juntam ao magnata norte-americano Steve Forbes, presidente da Forbes Media. Segundo Francisco Calheiros, presidente da CTP, “é urgente diversificar a oferta da principal região turística do país, repensar o seu posicionamento e definir novos modelos de negócio. O que esta cimeira pretende é dar o seu contributo para que o Algarve reforce a sua importância no crescimento do turismo e, consequentemente, da economia nacional”. O encontro contempla dois painéis de debate: “Sazonalidade - Ameaça ou Oportunidade?” e

“Turismo Residencial - Estratégia de Desenvolvimento para o Algarve”. A segunda edição da Cimeira da CTP pretende promover a reflexão e o debate sobre questões estratégicas para o setor no Algarve, um dos mais cobiçados destinos turísticos a nível mundial. O primeiro dos temas da Cimeira foi escolhido porque “apesar de todas as potencialidades conhecidas do destino Algarve, é na época estival (Julho, Agosto e Setembro) que se concen-

Falta de equilíbrio entre as agências de viagens e IATA discutido pelo Forum Turismo 2.1 A FALTA DE UMA FILIAL DA IATA EM PORTUGAL, o que torna o acesso e o conhecimento da própria entidade à realidade do mercado português mais difícil, o curto prazo de pagamento do BSP, as elevadas garantias bancárias pedidas pela IATA as agências de viagens, a falta de intervenção politica e legal desenvolvido pelas entidades que representam as agências de viagens a nível europeu, no sentido da defesa dos direitos das agências de viagens e uma maior definição dos contratos, através da clarificação de certas clausulas, o que pode tornar as negociações entre a IATA e as agências de viagens mais equilibradas, foram algumas das conclusões do debate levado a cabo ontem pelo Forum Turismo 2.1,que visava discutir uma possível melhoria no equilíbrio na relação entre a IATA e as agências de viagens. Frédéric Frère, presidente do Fórum Turismo 2.1

anunciou que o Fórum irá continuar atento e a debater as questões relacionadas com os desequilíbrios existentes entre os agentes de viagens e a IATA, tentando dentro do possível, identificar formas de atenuar as suas consequências negativas junto do profissionais da distribuição. O evento contou com a presença de cerca de 35 profissionais da distribuição turística, os quais debateram a relação entre a IATA e as Agências de Viagens. Participaram como oradores convidados Anabela Almeida (Consolidador), Ricardo Fernández (Tourism & Law) e Vítor Filipe (TQ Viagens). No decorrer do debate, vários foram os pontos referidos pelos intervenientes e participantes, Anabela Almeida referiu que “um dos maiores desequilíbrios começa na parte contratual, não existindo uma associação forte a nível Europeu que faça face ao peso da IATA”.

tra cerca de 50% da taxa de ocupação anual”. Então, ainda que o Sol e Mar seja “um produto prioritário do destino, importa desenvolver outro tipo de oferta”, prossegue o comunicado da CTP, que destaca de seguida que é objectivo da sua iniciativa debater “quais as estratégias de dinamização das potencialidades turísticas da região”. E é neste enquadramento que a CTP anuncia que o turismo residencial é o foco do segundo painel da Cimeira, adiantando que “representantes de associações do sector, operadores turísticos e empresários nacionais e internacionais vão mostrar por que razão Portugal, e concretamente o Algarve, integra actualmente o Top 10 dos destinos mundiais mais procurados para compra de casa no estrangeiro”. Esses participantes também vão “apresentar mecanismos específicos para atrair investidores internacionais da classe média e média/alta e reforçar a promoção e comercialização do Algarve como destino de Turismo Residencial”, prossegue o comunicado, que além de assinalar que o Turismo é um dos produtos prioritários do PENT salienta que “apesar da situação económica actual, este produto continua a atrair turistas estrangeiros para aquisição de casa, seja para habitação permanente, para segunda habitação ou mesmo para investimento, o que aliado a outras actividades complementares pode contribuir decisivamente para a recuperação da economia nacional”.

5 a 9 de Dezembro: APAVT altera datas do congresso devido à greve na SATA EM FACE DA GREVE ao trabalho suplementar e dias feriados até 31 de dezembro que está a ser levada a cabo pelos trabalhadores da SATA afetos ao SINTAC, a APAVT optou por adiar, em um dia, as datas de realização do seu congresso anual. “Não sendo previsível a suspensão desta greve, a APAVT optou assim por não incorrer no risco de ver afetados os voos de regresso dos cerca de meio milhar de profissionais de turismo esperados na Ilha Terceira, cujo regresso estava originalmente agendado para domingo, dia 8 de dezembro”, diz nota da associação enviada à imprensa. Consequentemente, a direção da APAVT decidiu adiar, em um dia, as datas do congresso, de forma a assegurar o transporte de todos os congressistas, pelo que aquele que é considerado o mais importante fórum de debate turístico nacional, este ano subordinado ao tema «Turismo: Novos Rumos, Outra Atitude», passará a decorrer entre os dias 5 e 9 de dezembro.




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