Viajar Magazine - Setembro 2017

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hotelaria Ombria Resort deverá abrir portas em 2019

parques temáticos Zoomarine com boas novidades

the Noble house encanto alentejano

MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 364 - 2ª série - Preço 2,00 €

em foco

“Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” vai promover gastronomia Destaque

Linha da Valorização Turística do Interior cada vez mais dinâmica Dossier

Enoturismo "Quer o vinho quer o turismo têm muito a ganhar se trabalharem em conjunto"

Ana Mendes Godinho

Entrevista

José Calixto vice-presidente da Aenotur

“O enoturista é exigente, muito informado, com poder aquisitivo e um elevado padrão cultural”

Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

europcar.pt

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO SETEMBRo 2017



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Em foco

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Observação Estamos de volta! Com o verão a terminar chega a época da vindima e com elas o interesse acrescido pelo Enoturismo. É por isso que a VIAJAR decidiu dedicar grande parte da edição de setembro a este tema, começando por uma entrevista com José Calixto, vice-presidente da AENOTUR – Associação Internacional de Enoturismo, e contando com declarações da secretária de Estado ao Turismo, Ana Mendes Godinho, que dão conta da importância deste segmento para o turismo e economia nacionais. Saiba ainda os programas de Enoturismo que algumas unidades hoteleiras de norte a sul do país têm para oferecer a quem as visita. Tendo em conta que o Programa Valorizar, criado pelo governo, vai reforçar a dotação orçamental global de 20 para 30 milhões de euros, duplicando assim o orçamento da Linha da Valorização Turística do Interior e reforçando também a dotação da Linha de Apoio à Disponibilização de Redes Wi-fi, fique a saber um pouco mais das novidades deste projeto. Tudo isto é muito mais na sua VIAJAR!

“Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” vai promover gastronomia

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romover a gastronomia e a internacionalização das empresas portuguesas são os grandes objetivos da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo”, um programa lançado a 1 de setembro, numa cerimónia presidida pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. O programa da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portuga (AHRESP) tem como objetivo identificar os restaurantes portugueses no estrangeiro, representativos da cultura gastronómica portuguesa e que desempenham um papel importante na divulgação do destino Portugal. Numa primeira fase, que deverá estar encerrada em maio de 2018, serão apurados 75 restaurantes em cinco países: Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Brasil. Mas o plano é alargar esta rede a outros países do mundo, onde a diáspora portuguesa estiver instalada. “São 75 restaurantes que vão ser selecionados, numa longa lista de cerca de 500 inscritos voluntariamente, através de todos os parceiros neste programa. Vamos visitá-los fisicamente, um a um, ouvir as suas dificuldades e sugestões, facilitar as suas cadeias de abastecimento, ajudá-los a requalificar as suas instalações, equipamentos, e os seus serviços e receituários. E posteriormente reconhecê-los, e prestigiá-los, com a outorga dos respetivos Galardões, uma

Diretor Francisco Duarte Chefe de Redação Sílvia Guimarães redação Sandra Martins Pereira Editor SR Editores, Lda Assinaturas assinaturas@sreditores.pt direção, redação e publicidade Rua Jaime Batalha Reis, nº 1C, r/c C 1500-679 Lisboa

Placa de Identificação e um Certificado de Reconhecimento, bem como com várias ferramentas de trabalho, nas quais destacamos a Plataforma Gastronómica, onde tudo vai acontecer, através do uso das novas tecnologias”, sublinhou José Manuel Esteves, diretor-geral da AHRESP. A implementação internacional da “rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” conta com o apoio de quatro entidades nacionais signatárias do protocolo que esta sextafeira foi assinado: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Turismo de Portugal e Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local. Sob a marca “Taste Portugal” este programa da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” propõe-se identificar e classificar os produtos qualificados das regiões, fazendo um catálogo nacional de produtores e produtos qualificados, assim como um catálogo do receituário tradicional português com conteúdos textuais, fotográficos e audiovisuais. Será desenvolvida uma campanha em meios internacionais, organizadas press e fam trips e workshops documentados com chefs de referência. Por fim serão organizadas ações de relações públicas nas principais cidades dos mercados e presença em feiras de especialidade.

Telfs.: 21 754 31 90 • e-mail: viajar@sreditores.pt Fotografia Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem PAGINAÇÃO Catarina Lacueva Publicidade Fernando Pereira e-mail: fernando.pereira@sreditores.pt

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Destaque

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Linha da Valorização Turística do O

Programa Valorizar vai reforçar a dotação orçamental global de 20 para 30 milhões de euros, duplicando assim o orçamento da Linha da Valorização Turística do Interior e reforçando também a dotação da Linha de Apoio à Disponibilização de Redes Wi-fi. Um reforço que foi publicado a 9 de agosto, no Despacho Normativo n.º 8/2017, em Diário da República. A ‘‘expressiva procura para o desenvolvimento de projetos de dinamização turística dos territórios de baixa densidade, demonstrando a grande vitalidade e interesse na aposta no turismo como instrumento de desenvolvimento regional e de coesão territorial’’ é apresentada como primordial para o reforço deste valor. Recorde-se que o Programa Valorizar, criado através do Despacho Normativo n.º 9/2016, de 20 de outubro de 2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 208, de 28 de outubro de 2016, tem por objetivo ‘‘a disponibilização de meios que concorram para a contínua qualificação do destino, a efetivar, nomeadamente, por meio da regeneração e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo e da valorização do património cultural e natural do país, bem como do desenvolvimento de condições para a promoção da sustentabilidade da atividade turística e para a crescente criação de valor e de emprego durante todo o ano e em todo o território nacional’’. Recorde-se que o Programa Valorizar disponibiliza três linhas de apoio: Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior; Linha de Apoio ao Turismo Acessível e Linha de Apoio a Projetos Wifi em Centros Históricos. Alguns dos projetos já em curso Em declarações à Revista Viajar, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, reforça que este tem sido um programa que tem demonstrado um grande dinamismo nesta altura, no interior do país, em termos de projetos que estão a ser desenvolvidos para a dinamização de produtos turísticos nas regiões ditas de baixa densidade. “Desde que foi lançado o programa com uma dotação inicialmente de 20 milhões de euros, já tivemos até ao momento cerca de 250 candidaturas de todo o país, estão 152 operações aprovadas e em execução, com um volume de investimento no valor de 32 milhões de euros e com incentivo aprovado de 22 milhões de euros”, revela. Ana Mendes Godinho sublinha que se tem verificado “uma grande vontade quer das entidades públicas quer de associações

e jovens empreendedores que estão a desenvolver produtos turísticos no interior, nomeadamente associados aos passeios a pé e de bicicleta, mas também à construção de algumas infraestruturas que sirvam de âncora de atração de novos públicos, como é o caso das praias fluviais de Monsaraz e Mourão e que neste momento já mostram os resultados e o retorno deste investimento feito”. Praia Fluvial de Monsaraz Recorde-se que a Praia Fluvial de Monsaraz, a primeira do Grande Lago Alqueva, foi inaugurada a 1 de junho passado, com mais de 30 mil pessoas a usufruírem do espaço até ao momento. Só numa semana, a praia teve uma afluência de 10 mil pessoas, números que não se verificavam até à implantação deste projeto. Para já, nos planos da autarquia está a ampliação da infraestrutura, que vai aumentar a zona de areal em mais 3.000 metros quadrados, ficando com um total de 8.750 metros quadrados, considerando o nível da água. Também os lugares de estacionamento irão

aumentar dos atuais 120 para 550 lugares. A Praia Fluvial de Monsaraz tem Bandeira Azul, Bandeira de Praia Acessível por cumprir os requisitos de acesso para pessoas com mobilidade condicionada e a classificação de ‘‘Praia Saudável’’ por ter as devidas normas de segurança e de qualidade do ambiente. Em frente à praia, no espelho de água, há uma piscina de 100 metros quadrados integrada numa estrutura flutuante, com solário e dividida em piscina infantil e adulta. Um projeto também mencionado pela secretária de Estado do Turismo como um bom exemplo do Programa Valorizar: ‘‘Uma praia fluvial no Alqueva, que não tinha este movimento antes deste projeto ter sido lançado e com uma grande capacidade de captação nomeadamente de turistas espanhóis, eliminando muito esta barreira da fronteira, que não é mais do que uma linha, porque quando existem de facto produtos âncora, com capacidade de atrair pessoas como o que está a acontecer na praia de Monsaraz tudo é possível.” Mas a Praia Fluvial de Monsaraz não é o úni-


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Destaque

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Interior cada vez mais dinâmica

co projeto elegível a concorrer ao Programa Valorizar. Um pouco por todo o País surgem projetos que já foram aprovados na Linha de Apoio à Valorização do Interior, a terceira linha de apoio a ser criada no âmbito deste programa e que visa ‘‘promover a contínua qualificação dos destinos através da regeneração, requalificação e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo e da valorização do património cultural e natural do país’’. Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior Há muitos outros que foram contemplados e ainda muitos por analisar, até porque as candidaturas a esta Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior podem ser feitas até 31 de dezembro deste ano. Só nesta linha foram apresentadas 58 candidaturas elegíveis, 35 das quais ainda estão em análise. Estamos a falar de um investimento total de 22,5 milhões de euros para um financiamento de cerca de 15 milhões. Números de agosto, que facilmente vão sendo alterados à medida que chegam novas candidaturas.

“Já tivemos até ao momento cerca de 250 candidaturas de todo o país, estão 152 operações aprovadas e em execução, com um volume de investimento no valor de 32 milhões de euros’’

Como exemplos de alguns dos projetos elegíveis podemos deixar aqui os seguintes: Recuperação, valorização e ampliação do Museu de Tapeçaria de Portalegre; Valorização do rio Tejo e zonas ribeirinhas, em Nisa; Ecovia das Laranjeira em Ponte de Lima; Recuperação agro turística da aldeia da Arada; Valorização Turística da Linha do Tua, no Troço de Bragança, Troço de Macedo de Cavaleiros e Troço de Mirandela; Centro Interpretativo da área mineira de Jales; a já referida Praia Fluvial de Monsaraz e o Geopark de Arouca - um projeto walking. ‘‘A dinâmica desta linha é a melhor prova de que o interior está recetivo a apostar na diversificação da oferta turística. Os territórios de baixa densidade e do interior devem ser estimulados a criar e a estruturar oferta turística única, que seja distintiva e que assente nos produtos e características endógenos de cada uma das regiões. O Valorizar

é isto, é um programa que pretender criar âncoras no território para cada vez mais atrair públicos diferentes, que levem todos a usufruir, e que o turismo tenha capacidade de ser uma força motriz no desenvolvimento dos territórios do interior”, conclui a governante. Valorização Turística da Linha do Tua Outro projeto que aqui podemos falar é o da Valorização Turística da Linha do Tua, no Troço de Bragança, Troço de Macedo de Cavaleiros e Troço de Mirandela, cujos trabalhos para transformar a antiga linha ferroviária do Tua, numa ecopista com quase 70 quilómetros, num projeto turístico, já arrancaram. Um projeto que envolve os três municípios e que além da reconversão do troço de carris em corredor para bicicletas, prevê ainda a reabilitação de antigas estações e apeadeiros (edifícios que servirão de apoio à ecopista), além de pontes ferroviárias e da iluminação de túneis.


Parques Temáticos

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Zoomarine com boas e refrescantes novidades Q

uando se viaja até ao Algarve durante o verão, ou até mesmo na primavera e outono, é quase que obrigatório passar um dia no Zoomarine e desfrutar do que de melhor a vida marinha tem para oferecer em termos de diversão. Os golfinhos são os reis da festa e os divertimentos de água o complemente perfeito para miúdos e graúdos, mas este ano o Zoomarine tem novidades para apresentar a quem por lá passa. A Ilha do Tesouro é a nova mega diversão aquática do Zoomarine, repleta de escorregas infantis, um magnífico cenário envolvente, simulando rocha escarpada, esculpida com figuras de fantasia e que em muito faz lembrar o covil dos piratas! Mas, as novidades não terminam por aqui. O Aquasplash, uma batalha aquática, que promete distribuir muita água e fazer muito splash para delícia de todos, pequenos e graúdos, é perfeita para quem quer soltar umas boas gargalhadas e, uma coisa é certa, uma valente molha está, desde logo, garantida. O Zoomarine Express, um pequeno comboio ideal para viajar e conviver com toda a família é ainda possível de encontrar naquele que é o maior parque temático do país e que encanta aos viajantes dos quatro cantos do mundo. Esta são apenas três deliciosas novas atrações que vêm aumentar a oferta de diversão aquática do Zoomarine, no qual emerge a

praia de ondas, ladeada pelos escorregas de água, Aquatube e Bodyslide. Também a fonte mágica, as piscinas de Verão, o playground aquático e os já populares Harakiri e Rapid River, vêm agora melhorado o já muito completo Zoomarine Beach, tornando todo o Parque Temático num universo ainda mais aquático, componente esta tão importante para todos os que visitam o Algarve. Com uma preocupação constante pela sustentabilidade ambiental o Zoomarine também apostou, e em parceria com a DC-PV, empre-

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sa de energia de sistemas fotovoltaicos, na construção de um sistema solar fotovoltaico para autoconsumo que lhe vai permitir poupar 1641 toneladas de CO2. Mais de 300 painéis solares cobrem agora o edifício do espaço Oceanus. Nasce assim um novo Zoomarine, enriquecido com melhores habitats para os animais, um ambiente natural e deslumbrante que cria momentos memoráveis de enorme alegria e diversão. No que toca aos animais residentes no Zoomarine, que vão desde os tão apreciados golfinhos às focas e leões-marinhos, araras e papagaios, aves de rapina e repteis, o seu tratamento e orientação são feitos por biólogos e veterinários, tendo-os exemplarmente cuidados e todos os actos de medicina veterinária preventiva são praticados com o recurso a comportamentos médicos voluntários, apenas possível de realizar fruto da extraordinária relação de confiança partilhada entre as espécies e os seus treinadores. Se tiver oportunidade não deixe ainda de desfrutar de um dos momentos mais memoráveis da relação entre o Homem e os animais e deixe-se levar pelo prazer de nadar e tocar num golfinho, durantes um dos programas Dolphin Emotions. O realizar de um sonho que ficará para sempre na memória! O preço de um bilhete normal de adulto é de 29€, sendo o junior e o sénior de 20€ (>=1m – 10 anos ou >=65 anos). Já o programa Dolphin Emotions surge a partir dos 152,10€ e está disponível a partir dos 6 anos de idade.


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Hotelaria

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Visabeira Turismo

vai ter cinco estrelas nas Caldas da Rainha

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Visabeira Turismo vai construir um novo hotel nas Caldas da Rainha, que dará a possibilidade aos hóspedes de descobrir mais sobre ‘‘a obra e o legado do artista Bordallo Pinheiro”. Uma unidade que ganhará o nome do artista oitocentista: Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel.

Pavilhões do Parque D. Carlos I Este projeto surge na sequência da candidatura da Visabeira Turismo, ao concurso que a Câmara Municipal de Caldas da Rainha lançou em março passado, para a concessão dos pavilhões do Parque D. Carlos I, edifícios que se integram no Programa REVIVE. Segundo as regras do concurso e após a aprovação do projeto, o investidor terá um

culo XIX, pelo engenheiro e arquiteto Rodrigo Berquó, para fazer da cidade uma verdadeira estância termal. Uma realidade que nunca se chegou a concretizar.

Modelo de sucesso “O projeto do Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel inspira-se no modelo de sucesso do Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, que uniu de forma muito bem conseguida a hotelaria à cerâmica. Na unidade hoteleira de Ílhavo, aliaram-se as valências históricas, o património ímpar da prestigiada marca centenária da Vista Alegre, à experiência turística e hoteleira da marca Montebelo Hotels”, sublinha o presidente da Visabeira

Turismo, acrescentando, “e pretende-se expandir esse modelo temático, de aposta na construção de um hotel com características inovadoras e únicas, para o Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel, com as devidas adaptações para a área da faiança. Para além da natural inspiração temática nas obras do artista oitocentista, o hotel visa proporcionar ao hóspede uma experiência rica e completa, possibilitando o conhecimento da extraordinária obra e do legado do artista Bordallo Pinheiro, ao mesmo tempo que permite completar e enriquecer a estadia através de múltiplas atividades, associadas ao trabalho da cerâmica, como programas de formação de desenho ou pintura, e visitas ao Museu e à Fábrica Bordallo Pinheiro.”

Centro de criação artística prazo de 180 dias para iniciar a construção do hotel, cujo prazo limite de abertura ao público recai a 2 de dezembro de 2020. Segundo avançou à Revista Viajar, o presidente da Visabeira Turismo, José Luís Nogueira, o Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel, terá uma classificação de 5 estrelas e contará com 107 unidades de alojamento, o que totaliza 214 camas. Haverá ainda espaço para uma piscina interior, um restaurante e salas para a realização de eventos. Tudo isto numa área total de cerca de 19 mil metros quadrados e um investimento de 17,5 milhões de euros. Recorde-se que os dois Pavilhões do Parque D. Carlos I foram projetados no final do sé-

Para além de oferecer uma experiência de lazer completa para o turista convencional, o Montebelo Bordallo Pinheiro Caldas da Rainha Hotel vai também, segundo o mesmo responsável, ‘‘proporcionar uma estadia pautada por condições de conforto de elevada qualidade a profissionais e amantes de arte, que procurem desenvolver as suas próprias peças, desprovidas de carácter comercial. A unidade hoteleira vai também compreender um conceito distinto, para além da experiência de lazer direcionada para o turista, uma vez que será um centro de criação artística, disponibilizando o alojamento a artistas internacionais consagrados ou àqueles que se desloquem às Caldas da Rainha para integrarem projetos artísticos desenvolvidos pela Fábrica Bordallo Pinheiro”.


Hotelaria

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Ombria Resort deverá abrir portas

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ica a oito quilómetros de Loulé e a 20 quilómetros das praias e do aeroporto de Faro, no Algarve, chama-se Ombria Resort e conta com 153 hectares de terreno. Um investimento de 260 milhões de euros do Grupo Pontos, um fundo finlandês de private equity, que na passada sexta-feira, 25 de agosto, celebrou o lançamento da primeira pedra deste projeto, que deverá estar concluído em 2019.

Objetivo é ser pioneiro Situado perto da paisagem protegida da Fonte Benémola e de aldeias típicas como Querença e Tôr, este complexo turístico, respeitará os mais elevados padrões internacionais de qualidade, cujo objetivo é ser pioneiro de uma nova geração de resorts em que o meio ambiente, a responsabilidade social e o apoio à natureza e património local são prioridades. Conceito e design arquitetónico de baixa densidade, serviço de alta qualidade, atividades indoor e outdoor e instalações de última geração serão os motores para alcançar estas metas. Para já e numa primeira fase, o Ombria Resort inclui as infraestruturas e o campo de golfe de 18 buracos, já em construção desde outubro de 2016, contempla ainda o Viceroy at Ombria Resort, de 5 estrelas, com 76 quartos e as Viceroy Residences at Ombria Resort, que incluem 65 residências turísticas. O complexo hoteleiro inclui também um clubhouse, um centro de conferências, 5 restaurantes, spa, kids club, um observatório astronómico, piscinas aquecidas e várias outras instalações de lazer e fitness. Esta será, aliás, a primeira unidade da marca americana Viceroy Hotels & Resorts em Portugal.

Investimento de 100 milhões na primeira fase Nesta primeira fase do projeto serão inves-

tidos 100 milhões de euros, mas o total do investimento, nas três fases previstas, irá ultrapassar os 260 milhões de euros, com o investidor Grupo Pontos a realizar este investimento com 60% em capitais próprios. Um cenário pouco usual e que atesta o compromisso do investidor em realizar o projeto dentro dos prazos estipulados. Na cerimónia de lançamento da primeira pedra, em que estiveram presentes para além dos responsáveis ligados ao Ombria Resort - Ilpo Kokkila (Chairman Pontos Group), Timo Kokkila (CEO Pontos Group), Anton Bawab (Regional President EMEA Viceroy Hotel Group), Ville Tallbacka (Diretor Ombria Resort), Julio Delgado (CEO Ombria Resort) também a Secretária de Estado do Turismo, Ana Godinho, o Presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo e o presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, entre outras entidades. Ilpo Kokkila, Chairman do Pontos Group, mostrou a sua satisfação por esta nova etapa ao afirmar: “Estamos entusiasmados com o progresso do nosso projeto e estamos aqui, hoje, para celebrar, pois finalmente chegou o momento de começar. Foram 20 anos de trabalho árduo que concentraram muitos recursos e energias. Apesar dos riscos que assumimos, mantivemos sempre o foco neste projeto porque sempre acreditamos no Algarve e em Portugal’’.

Lentidão do processo burocrático O mesmo responsável criticou a lentidão do processo burocrático em torno deste projeto, apesar de garantir que a cooperação com a autarquia local e as autoridades competentes ‘‘seja excelentes, mas o atraso deste processo é inacreditável. Esta morosidade prejudica gravemente o progresso no país.” “A beleza natural das paisagens faz com que

o nosso principal objetivo seja assegurar que este projeto seja altamente sustentável. Um dos nossos compromissos é também que o Ombria Resort seja totalmente aberto às populações locais. É nosso propósito trabalhar em conjunto com as pessoas e empresas das localidades circundantes, dando-lhes assim a oportunidade de usufruir, trabalhar ou fazer negócio”, refere ainda Ilpo Kokkila. Mudança de paradigma Também a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, recordou ter participado neste projeto há 10 anos: ‘‘Foi um processo difícil, complicado, mas que teve a capacidade de pôr todas as pessoas a falar em conjunto, a ver que havia problemas, a identificá-los e a encontrar soluções através do diálogo. E é isso que está a marcar o nosso panorama hoje em Portugal. Estamos a crescer acima da Europa, a nossa economia está a crescer a um ritmo de 2,8%, o desemprego baixou aos níveis de 8,8% mais baixo que na Europa e estamos a um ritmo de procura dos investidores por Portugal, porque neste momento acreditam no que está a acontecer no país e nesta mudança de paradigma.” A mesma responsável relembrou ainda que são projetos destes que trazem ao Algarve mais do que sol e praia: ‘‘O que estamos a sentir é que este crescimento se nota cada vez mais ao longo do ano, numa sustentabilidade que garante que a atividade tem capacidade de criar emprego ao longo de todo o ano e não é apenas sazonal. O Algarve é também disso exemplo e tem demonstrado essa capacidade. Em 2016 dois terços do crescimento da procura das dormidas aconteceu na época baixa no Algarve. Este ano no primeiro semestre temos mais 600 mil dormidas, de janeiro a junho, no Algarve e com grande crescimento também no tráfego


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em 2019 aéreo, num grande trabalho articulado entre aeroporto, promotores e entidades públicas, no sentido de trabalharmos cada vez mais em conjunto no desenvolvimento sustentável da atividade turística ao longo de todo o ano e de todo o território. Também no Algarve o turismo claramente contribuiu para que fosse a região onde o emprego mais diminuiu, cerca de 29,6%. Ora isto não cai do céu, isto resulta de um trabalho de todos e de há muitos anos.” ‘‘Acredito muito neste projeto, porque pode ser aqui uma âncora fundamental também para a promoção da coesão territorial que tanto precisamos, para mostrarmos que o Algarve não é só sol e praia, mas temos de mostrar os novos produtos”, remata.

Sofisticação e experiências autênticas Para Julio Degado, CEO do Ombria Resort, ‘‘este é um projeto inovador e ímpar em Portugal, é um empreendimento turístico de nova geração que visa afirmar-se como uma referência do setor no Algarve e no Sul da Europa. A sua localização única, a sua envolvente natural, com colinas e ribeiras, e o contacto com o verdadeiro Algarve permitem posicionar o nosso resort de forma diferenciadora. O Ombria Resort vai oferecer um estilo de vida singular, combinando sofisticação com experiências autênticas”. À margem da cerimónia do lançamento da primeira pedra do projeto, o presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, disse à Revista Viajar que este é um investimento ‘‘bom para o Algarve, porque é no interior e embora tenham sido neces-

sários tantos anos para o pôr de pé é um projeto que traz uma oferta de um produto diferente. Temos uma região onde obviamente a questão maior é a preocupação de sustentabilidade. Sabemos que durante muitos anos nos focámos muito no sol e praia e no mar e no golfe, mas muito na fatia do litoral, ora é evidente que a preocupação da Região de Turismo é muito de desfocar um pouco o litoral, ou melhor não desfocando, mas focando a componente do barrocal e da serra e este investimento tem essa particularidade, de trazer riqueza para o barrocal, trazer uma oferta diferente, trazer uma ligação com a comunidade local e mais emprego”. Desidério Silva relembrou que no Concelho de Loulé há um outro projeto, do Pine Cliffs, com cerca de 400 hectares, que também está a passar por alguma demora e que era importante para a região que também este fosse aprovado ‘‘salvaguardando todos os valores do território onde está inserido”, até porque segundo o mesmo trará a criação de emprego.

O que o Ombria Resort tem para oferecer O Ombria Resort contará com três áreas diferentes de unidades residenciais e turísticas, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas. Depois de concluído irá disponibilizar uma vasta oferta na componente hoteleira e de imobiliário turístico e residencial, desde quartos/suites de hotel, apartamentos, até moradias. O projeto imobiliário integra unidades residenciais turísticas de luxo, de diferentes tipologias, algumas delas geridas pela Viceroy

Hotels & Resorts e nas quais é oferecido um retorno garantido de aluguer nos primeiros anos após a compra. Assim a componente imobiliária incluirá diferentes apartamentos, moradias em banda e vilas de luxo, de tipologias T0 até T6, com valores de venda que poderão variar entre os €300.000 e acima dos €2.500.000. Os principais mercados-alvo são o norte da Europa, nomeadamente o Reino Unido, a França, a Alemanha, os países do Benelux e da Escandinávia, bem como Estados Unidos, Médio Oriente e Ásia, sem esquecer Portugal. O meio ambiente, a responsabilidade social e o apoio à natureza e património local são prioridades, assim como a interação e integração com outros membros da comunidade local e a conexão com a natureza. Será mesmo desenvolvido um plano de atividades anual, dentro e fora do resort, que será oferecido a hóspedes e proprietários com o objetivo de dinamizar e incentivar à descoberta de toda a região em que o resort está inserido. Outro ponto diferenciador será a variedade e diversidade de infraestruturas do resort que incluirão um campo de golfe de 18 buracos, várias instalações de lazer e entretenimento, tais como horta biológica, observatório astronómico, trilhos de natureza para passeios pedestres e BTT e outras infraestruturas desportivas. Projeto eco-friendly O Ombria Resort foi projetado numa lógica eco-friendly recorrendo a materiais e tecnologias inovadoras e respeitadoras do ambiente, com o propósito de respeitar a herança e património ambiental e local. Este respeito pelo património ambiental será igualmente passado aos clientes, que serão incentivados a conhecerem o meio envolvente do Ombria Resort e, desse modo, a contribuir positivamente para o crescimento/desenvolvimento da economia local e nacional. No seguimento desta filosofia, o Ombria Resort aposta na criação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas, denominada Viceroy at Ombria Resort, que será a primeira em Portugal da marca Viceroy Hotels & Resorts, reconhecida cadeia americana de hotéis de luxo, que prevê abrir 12 novos hotéis nos próximos anos, alguns deles na Europa. O estilo de arquitetura do Viceroy at Ombria Resort é inspirado nas típicas aldeias algarvias, e estará perfeitamente integrado com a região em que se insere, misturando uma atmosfera rural e uma atenção ao design, serviço e detalhe, procurando oferecer o mais confortável e moderno retiro.


Hotel do mês

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The Noble House

Hotel com sotaque alentejano É

o novo boutique hotel de luxo no centro histórico de Évora, foi inaugurado em junho, no antigo Solar dos Condes da Lousã, um edifício que testemunha a história daquela cidade. Falamos do The Noble House, que se encontra sobre a chancela da Unlock Boutique Hotels. Assente na primeira muralha da cidade, a 2 minutos apenas da Sé Catedral e do Templo Romano, este edifício também já foi uma escola e desde os anos 20 funciona como unidade hoteleira, ganhando assim o estatuto de mais antiga da cidade. Alvo de uma profunda intervenção e renova-

ção, que esteve a cargo do internacionalmente aclamado e premiado arquiteto Fernando Coelho, o The Noble House revela uma apurada sensibilidade e profundo respeito pelo espírito do edifício histórico em que se insere e pela tradição que Évora e o Alentejo impõem em todos os detalhes. Esta unidade hoteleira coloca em destaque os elementos estruturais da casa, que foram restaurados e preservados, tornando-se num ponto de encontro entre o imaginário alentejano e a modernidade e conforto. A entrada no hotel lança o mote para uma viagem no tempo, merecendo especial atenção

aos pormenores e histórias que passam de geração em geração e que contribuem para a vincada personalidade do edifício. Os visitantes são assim recebidos por uma impactante coluna dórico-toscana, em granito, que sustenta uma abóbada de aresta viva. Da receção aos quartos Da receção, reservada e perfeitamente integrada na atmosfera tranquila desta casa senhorial, antevê-se a cozinha velha do século XVII, um espaço repleto de singularidades que hoje alberga o bar. Os poiais, a pia e a chaminé originais, bem como o revestimento a azulejo seiscentista, imprimem secularidade

entrevista com

Cláudia Abreu de Carvalho, diretora-geral do The Noble House Como está a decorrer a ocupação do The Noble House? O que está perspetivado para 2017? O The Noble House foi inaugurado em junho, estando prestes a concluir o primeiro trimestre de atividade. Podemos adiantar que a ocupação ultrapassou os objetivos definidos para este período, muito graças ao seu conceito, que recria o típico solar alentejano, e à integração numa rede que já aufere de grande reconhecimento junto dos portugueses, a Unlock Boutique Hotels. Estamos certos de que esta tendência de ocupação extremamente positiva se mantenha ao longo do ano. Quais têm sido as reações por parte dos hóspe-

des sobre o hotel? As reações dos nossos hóspedes têm sido extremamente positivas, que realçam, desde logo, o impacto da arquitetura de traça antiga, da decoração simples e moderna, com recurso a objetos típicos, e da excelente localização, a dois minutos a pé do coração da cidade. Este é um ponto especialmente importante para os turistas estrangeiros, que procuram a autenticidade de uma experiência local. Outros dos aspetos mais elogiados é o pequenoalmoço, composto por produtos típicos da região e servido no terraço com uma vista única para a planície alentejana.

Todas estas reações valorizam também o serviço de excelência da nossa equipa, que faz assim jus à hospitalidade alentejana e portuguesa, reconhecida além-fronteiras. Qual o vosso principal mercado? O mercado interno representa 40%. No mercado externo, com uma fatia de 60%, destacam-se, pelas taxas de ocupação e pelo potencial de crescimento, os hóspedes dos seguintes países: Espanha, França, Itália e Brasil. Como é feita a promoção e divulgação desta unidade quer em Portugal quer no estrangeiro? A Unlock Boutique Hotels utiliza a tecnologia exclu-


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Hotel do mês

11 num ambiente descontraído, ideal para degustar um vinho alentejano, um frutado refresco ou um sofisticado cocktail. O terraço prolonga o bar até ao exterior, integrando-o na paisagem da cidade e convidando a luz, os cheiros e as cores desta mística região para um fim de tarde mágico ou uma quente noite de verão ao ar livre, enquanto se desfruta de uma bebida ou petisco. No piso térreo, leem-se cinco tramos de arcadas que davam acesso às lojas-armazém e à casa da carruagem, hoje transformadas em quartos junto à muralha romana que atravessa esta propriedade. São 24 os quartos e suítes do The Noble House, que apresentam características autênticas e diferenciadas. A Garden Suite é a mais exclusiva do hotel, tendo como cenário a antiga muralha romano-gótica, conhecida como Cerca Velha. Composta por uma ampla sala e um espaçoso quarto, ambos sob tetos abobadados, tem também um terraço privativo, onde se descobre um poço de água, criando a simbiose perfeita entre as belezas do Alentejo e o requinte genuíno que só os materiais regionais e uma decoração artesanal e tailor-made podem oferecer. As Noble Suites prometem algumas das melhores vistas da cidade sobre a planície alentejana e das torres da Sé Catedral, mantendo a intimidade e privacidade necessárias para um descanso e relaxamento totais. Dispondo de uma sala e um quarto em que predominam os tons terra e os azulejos do século XVII, personificam uma elegância intemporal, num cenário perfeito para partir à descoberta das riquezas da região. As Suites do The Noble House mantêm um elevado nível de conforto e atenção ao detalhe, em que os tons suaves e as diferentes

siva da RateGain que é totalmente inovadora, oferecendo uma plataforma que agrega um shopper, uma ferramenta de análise de reputação por parte dos clientes da própria unidade versus a concorrência, uma plataforma de gestão de preços e um channel manager (distribuição de preços nos operadores e agências online). Esta plataforma oferece assim vantagens que vão muito além dos aspetos financeiros e que estão intimamente ligadas e que se cruzam com os esforços comerciais e de marketing, liderados pela nossa equipa. Importa, neste sentido, destacar que a Unlock Boutique Hotels conta com uma equipa que

combina mais de 40 anos de expertise, fortemente orientada para os resultados, que emerge de um processo restrito e exigente de recrutamento, que procura os melhores talentos. Estão pensadas outras unidades hoteleiras para integrarem a chancela da Unlock Boutique Hotels? Um ano após a sua fundação, além do The Noble House, o portefólio da Unlock Boutique Hotels inclui unidades de norte a sul do país. A boutique hotel management company é responsável pela gestão da Casa Melo Alvim (Viana do Castelo), Monverde Wine Experience Hotel (Amarante) e Hotel da Estrela

texturas recordam a silhueta da paisagem alentejana que emoldura o hotel. Cada Noble Room evoca as vivências da antiga Casa Nobre: desde painéis de azulejo do século XVII, a varandas ou pátios privativos, nada foi deixado ao acaso nestes quartos em que a decoração acolhedora e contemporânea apresenta uma paleta de cores que refletem a luz e proporcionam uma sensação de harmonia e serenidade. As pitorescas vistas exteriores, aliadas à forte representação das tradições locais, combinam com os apontamentos modernos e naturais dos Prestige Rooms. Destaque ainda para os Classic Rooms que deixam avistar a cidade das suas janelas. Gastronomia alentejana presente Pernoitar no The Noble House é uma oportunidade única para vivenciar o Alentejo profundo, experiência que só fica completa com o pequeno almoço apresentado pela unidade hoteleira servido todos os dias numa sala abobadada em tijolo burro. Segundo os costumes locais, não há melhor forma de começar o dia do que com o suculento e guloso pão alentejano e com os queijos, enchidos e compotas locais, sem esquecer os azeites e a típica doçaria conventual. O hotel oferece ainda uma grande seleção de programas e atividades. Para os mais aventureiros, conhecer o Alentejo pelo ar com saltos de paraquedas e viagens de balão de ar quente são algumas das hipóteses. Já para quem não perde a oportunidade de educar o palato, as visitas às herdades e quintas de enoturismo são um must para foodies e curiosos pela gastronomia local. Não esquecendo a cidade que o acolhe, o Évora Point-by-Point é o guia imperdível de monumentos e locais de interesse da capital de distrito alentejana.

(Lisboa). Além disso, lançou em regime de soft brand o Marina Club Lagos Resort (Algarve), bem como o Design & Wine Hotel (Caminha) e temos várias unidades em processo de adesão a esta modalidade, novidades que contamos apresentar em breve. Pode dar-nos o perfil dos vossos hóspedes? Os nossos hóspedes são predominantemente pessoas que viajam em família, com um perfil moderno que procura uma ligação autêntica às pessoas e aos locais e uma hospitalidade genuína, que só um boutique hotel consegue oferecer através de um serviço personalizado de excelência e de experiências de destino que vão muito além da estadia.


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Enoturismo continua a ser uma aposta O enoturismo em Portugal tem vindo a ganhar cada vez mais importância nos últimos anos, principalmente depois de o PENT Plano Estratégico Nacional de Turismo ter identificado a Gastronomia e Vinhos como um dos produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo no país. Já em 2014, o Turismo de Portugal lançou, aquele que seria o primeiro e único inquérito com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a oferta e a procura do enoturismo em território nacional. Um segmento, que segundo o mesmo documento assume ‘‘particular destaque na medida em que tem presença em todo o território nacional, regista importantes investimentos em equipamentos modernos e atrativos e uma crescente oferta de serviços turísticos com capacidade de atrair turistas para zonas de menor densidade turística e em épocas que contribuem para a atenuação da sazonalidade.’’ E a verdade é que desde então muitas atividades foram surgindo em torno do vinho e da vinha. A hotelaria, os programas de bem-estar, as visitas às grandes quintas e às suas adegas, os cruzeiros vínicos, entre tantas outras ofertas têm vindo a crescer em Portugal, onde a diversidade geográfica e o clima ameno são os principais ingredientes para a riqueza dos néctares que se produzem no país e que atraem cada vez mais turistas, quer nacionais quer estrangeiros.

Património cultural associado ao vinho Portugal tem uma forte tradição vitivinícola presente em todas as regiões do país. De norte a sul, passando pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, a oferta de vinhos multiplica-se, sendo já reconhecidos mundialmente. O Alto Douro Vinhateiro, paisagem que caracteriza a Região Demarcada do Douro, com mais de 26 mil hectares e a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo, foi classificada como Património da Humanidade pela Unesco, em 2001. Combinando a natureza do vale do rio Douro com as suas encostas íngremes e solos pobres acidentados, foi sendo adaptada às necessidades agrícolas do Homem, criando uma paisagem de socalcos que permitiu não só a preservação da erosão como o cultivo da vinha. Ali se produz o famoso vinho do Porto, mas também vinhos com uma grande riqueza e intensidade de aromas, persistentes, de elevado teor alcoólico e uma vasta gama de doçuras e cores. Únicos são também os vinhos tintos do Douro, produzidos a partir de castas autóctones como a Touriga

Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Tinto Cão. Ou os vinhos brancos, a partir das castas Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio ou Rabigato. E o espumante das “vinhas de Cister”, na Região Demarcada do Távora-Varosa. É ali também que está o maior número de atividades ligadas ao enoturismo no país. As diversas quintas e novos hotéis vínicos que têm surgido e que convidam, principalmente na altura das vindimas a programas mais dinâmicos, em que os turistas podem executar as mesmas tarefas que os agricultores, desde a apanha da uva, passando pela pisa e prova do vinho. Mas também é verdade, que as atividades ligadas ao enoturismo se vão multiplicando durante todo o ano, com provas, workshops e a gastronomia a fazerem as delícias dos visitantes. Sem esquecer, é claro, toda a oferta cultural da região.

Os Açores Outra das paisagens que levou a Unesco a classificá-la como Património Mundial são as vinhas da Ilha do Pico, nos Açores. Os vinhedos são cultivados nos chamados currais, entre muros de pedra erguidos para proteger as vinhas do vento agreste e do ar salgado do mar. Uma paisagem invulgar que lhe valeu esta classificação mundial.

Os Açores têm três Denominações de Origem: Pico, Graciosa e Biscoitos (na Ilha Terceira). Os vinhos dos Açores têm uma longa tradição, assumindo várias particularidades, a começar pela sua plantação como já referimos. Também aqui as atividades ligadas ao enoturismo têm vindo a crescer e podemos dar mesmo alguns exemplos, como o Cella Bar, na Madalena do Pico, este ano eleita Cidade do Vinho. Um restaurante bar, que foi já considerado pelo portal de arquitetura Archdaily como Edifício do Ano 2016, na categoria Hospitalidade e onde se pode e deve experimentar o vinho do Pico. Existem mesmo empresas turísticas com produtos associados à vinha, a que os interessados podem recorrer, como é o caso da Tripix (http://tripixazores.com/) ou a Épico (http:// www.epico.pt/pt). E até trilhos pedestres na paisagem da vinha e o Museu do Vinho, sem esquecer o Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha do Pico. E o que há de tão especial com estes vinhos? Bem, os vinhos licorosos brancos do Pico e da Terceira, de aroma complexo a especiarias, encorpado e estruturado, feito a partir das castas predominantes Verdelho, Arinto e Terrantês são os mais conhecidos. Enquanto na ilha Graciosa são os vinhos brancos leves, frescos, secos e bastante frutados, onde dominam as castas


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Dossier Enoturismo

em Portugal

Verdelho, Arinto, Terrantez, Boal e Fernão Pires que dão cartas.

As Rotas Mas nem só do Douro e dos Açores vive o enoturismo em Portugal, até porque como já aqui referimos, a riqueza do território é enorme e desde as verdes paisagens do noroeste, passando pelas sinuosas encostas do Douro, pela beira interior e litoral, as lezírias do rio Tejo, as planícies alentejanas, as praias algarvias ou os solos vulcânicos das ilhas, as variedades de vinhos são imensas, assim como os produtos regionais que se traduzem na rica gastronomia. As rotas, essas, são também em grande número. Senão veja-se: Vinhos Verdes, Douro e Porto, Dão, Beira Interior, Bairrada, Tejo, Lisboa, Bucelas/Carcavelos e Colares, Península de Setúbal, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira. Em cada uma delas é possível fazer um semnúmero de atividades, já para não falar na oferta hoteleira e de restauração que cada vez mais vai surgindo. Portugal está cada vez mais ativo nesta área do enoturismo e faz mesmo parte da vice-presidência da Aenotur - Associação Internacional de Enoturismo, divulgando os seus produtos a nível mundial. A criação das Cidades do Vinho, de uma Rede

“O vinho vai ser um tema fundamental da nossa presença no próximo ano na Fitur’’

de Museus Vinhateiros e das Aldeias Vinhateiras pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho são apenas alguns dos exemplos dos projetos lançados nos últimos tempos. Os prémios internacionais Prémios internacionais é o que não faltam para galardoar alguns dos vinhos portugueses, como é o caso do Alentejo, que amiúde recebe este tipo de distinções. O seu clima e as características orográficas garantem vinhos singulares e aromáticos, com boa capacidade de envelhecimento. As principais castas brancas produzidas nesta região são Antão Vaz, Arinto, Fernão Pires e Roupeiro. Em relação às tintas, assumem maior expressão as castas Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Castelão, Syrah, Touriga Nacional e Trincadeira. Já este ano, o vinho Blog’13 de Tiago Cabaço trouxe para casa a medalha de platina atribuída nos Decanter World Wine Awards, que o classificou como o melhor vinho tinto de lote do mundo. Mas os prémios não se ficam por aqui, pois já em 2014, o jornal norte-americano USA Today considerava o Alentejo como a “melhor região vinícola do mundo para visitar”. Também a revista norte-americana especializada em vinhos “Wine Enthusiast” colocou o Alentejo no Top 10 dos melhores destinos vinícolas do mundo.

“O enoturismo tem uma evolução cada vez maior em Portugal. Os números aliás mostram a evolução que tem tido nos últimos anos, mas também a capacidade que tem de crescer ainda mais e de ser um factor de atratividade adicional para os vários territórios, nomeadamente os territórios rurais. Portugal tem uma diversidade enorme quer de geografias quer de vinhas, nomeadamente tem duas zonas que se situam como Património Classificado da Unesco, o Douro e os Açores. E de facto têm paisagens únicas que podem oferecer experiências inesquecíveis aos turistas, que cada vez mais procuram ter momentos e experiências diferentes, muito localizadas e em contacto com as populações locais, com a gastronomia e neste caso com o vinho. A par disto Portugal, nos últimos dois anos tem sido distinguido mundialmente pela qualidade dos seus vinhos, há vários prémios internacionais recebidos pelos vinhos portugueses e também isto pode ter um efeito de acrescentar valor à própria oferta de vinhos portugueses e de conseguir coloca-los internacionalmente de uma forma mais eficaz nos mercados, acrescentando valor também à forma como ele é vendido. Quer o vinho quer o turismo têm muito a ganhar se trabalharem em conjunto, e por isso temos estado a trabalhar várias ações no sentido de promover Portugal conjuntamente, também enquanto país e destino de enoturismo e de vinhos. Tivemos pela primeira vez este ano em Portugal a realização do Wine Summit, que pretendeu de alguma forma afirmar o país enquanto destino de enoturismo, trazendo para cá os principais jornalistas e influenciadores na área do enoturismo e estamos a fazer várias ações conjuntas, nomeadamente com a VINI Portugal para promover o destino Portugal e os nossos vinhos. Aliás, o vinho vai ser também um tema fundamental da nossa presença no próximo ano na Fitur, em Espanha.” Por Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo


Dossier Enoturismo José Calixto, vice-presidente da Aenotur

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“O enoturista é exigente, muito informado, com poder aquisitivo e um elevado padrão cultural” A

Associação Internacional para o Desenvolvimento e Promoção do Enoturismo tem na vice-presidência um português. Chamase José Calixto e explicou à Revista Viajar os objetivos desta associação a nível mundial e os projetos em curso. Como surgiu a necessidade de criar uma Associação Internacional para o desenvolvimento e promoção do enoturismo a nível mundial? A Aenotur surgiu como resposta a uma necessidade sentida por vários países. O enoturismo apresenta-se, atualmente, como um segmento turístico em plena expansão, abrangendo duas das indústrias mais importantes para o desenvolvimento dos países com tradição vitivinícola: o turismo e a vitivinicultura. Segundo a carta europeia do Enoturismo, este corresponde a todas as atividades e recursos turísticos, de lazer e tempos livres, relacionados com as culturas materiais e imateriais, do vinho e da gastronomia autóctone dos seus territórios. Neste sentido a Aenotur pretende promover o trabalho em rede, colocando os diferentes agentes ligados ao enoturismo em sintonia, procurando a definição de uma estratégia comum e concertada. Quantos países fazem parte desta associação neste momento? A Aenotur está representada em 7 países, nomeadamente, Portugal, Espanha, França, Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. A associação teve eleições recentemente, sendo que a presidência é do Brasil e a vicepresidência é portuguesa. Como tem sido trabalhar em conjunto? A Aenotur conta com uma nova direção desde o dia 23 de junho de 2017. Esta direção é composta por representantes dos diversos países associados. Assumiram a direção: Presidente – Brasil – Ivane Fávero – Ibravin; Vice-Presidente – Portugal – José Calixto – RECEVIN; VicePresidente Europa – Itália – Paulo Benvenutti

– Cità del Vino; Vice-Presidente América Latina – Argentina – Associação de Bodegas Gonzalo Merino; Secretário-geral – Portugal – José Arruda – AMPV; Vice-Presidente Espanha – Rosa Melchor – ACEVIN; Vice-Presidente Espanha – Fátima Abal – Presidente da Câmara de Cambados; Vice-Presidente Portugal – José Maria Cunha Costa – Presidente da Câmara de Viana do Castelo; Vice-Presidente França – Pierre Verdier – Presidente Iter Vitis; Vice-Presidente Uruguai – Wilson Torres – ATEU. Apesar da associação ser representada por membros de países diferentes, existem elementos unificadores a todos eles, preocupações, missões e objetivos comuns, que nos unem em torno de uma causa. De referir que tem sido gratificante trabalhar com todas estas pessoas, salientando a partilha de experiências como uma das principais mais valias desta direção. Quem é e como é o enoturista? Há um perfil delineado? O turista está cada vez mais exigente, pois está cada vez mais informado. Alguém que decide fazer uma viagem, começa o seu percurso ainda antes de sair de casa, procurando toda a informação disponível sobre a sua viagem, sabe exatamente o que quer, o que procura e tem expetativas altas em relação ao que vai encontrar. Ao ser exigente nas suas escolhas desenvolve um turismo motivado por interesses especiais, nomeadamente o enoturismo e o turismo gastronómico. Acreditamos que cada vez mais os turistas têm desenvolvido um interesse particular pelas questões ecológicas, sendo o enoturismo visto como uma prática sustentável e um meio de aprendizagem. A procura de tranquilidade, o interesse pelos chamados produtos “autênticos”, a vontade de estabelecer contacto com as populações locais, o interesse pela diversidade cultural, valorizando o tradicional têm contribuído para a caracterização do perfil do enoturista. Podemos dizer que o enoturista é exigente, muito informado, apresenta poder aquisitivo

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e um elevado padrão cultural e mostra forte sentido crítico, o que obriga a uma aposta forte na qualidade da oferta. O que procura quando viaja para um país ou região e quanto pode gastar? São vários os aspetos que motivam o enoturista, nomeadamente provar, conhecer e comprar vinho. O enoturista procura, também, aprender sobre o vinho que consome e sobretudo perceber a sua ligação à comida. Visitar as vinhas e as adegas, participar nas vindimas ou na pisa da uva, fruir do espaço rural, apreciar o património cultural associado ao mundo vitivinícola, participar em eventos vínicos são aspetos de interesse para os enoturistas. Os enoturistas procuram, sobretudo, conhecer a identidade cultural dos territórios produtores de vinho, assim como das gentes que fazem o vinho acontecer. Relativamente aos valores, esses podem ser bastante diversos, dependendo do país para onde viajam e do tipo de oferta disponibilizada. Há agências ou operadores especializados neste tipo de viagens? Este é um nicho de mercado que já tem operadores especializados em vários países, devo mesmo referir que estes operadores têm em muito contribuído para a grande expansão do enoturismo a nível mundial, revelando-se parceiros estratégicos para a Aenotur.

A Aenotur surgiu como resposta a uma necessidade sentida por vários países; o enoturismo apresenta-se, atualmente, como um segmento turístico em plena expansão

De que forma a Aenotur promove o enoturismo? Têm sido várias as estratégias adotadas pela Aenotur para promover o enoturismo, nomeadamente através da realização de Congressos Internacionais de Enoturismo em parceria com diversas entidades. De referir o Dia Mundial do Enoturismo, evento que consideramos de extrema importância para a afirmação do enoturismo a nível mundial. Este evento tem-se comemorado apenas na Europa, promovido pela RECEVIN- Rede Europeia de Cidades do Vinho com o apoio das Associações Nacionais, mas este ano pretendemos alargar a sua comemoração ao nível mundial. O Dia Mundial do Enoturismo comemora-se no segundo domingo de novembro, e pretende que todos os associados da Aenotur e da RECEVIN partilhem, numa plataforma conjunta, todas as iniciativas e eventos relacionados com o setor vitivinícola. Este dia pretende divulgar a cultura, o património e as tradições das diversas cidades, assim como divulgar os produtores de vinho e os seus enoturismos, valorizando, desta forma, os territórios vinhateiros. Como é que os produtores de vinho encaram a ideia de abrirem as suas adegas a turistas? Temos vindo a verificar uma aceitação crescente por parte dos produtores de vinho para abrirem as suas portas aos turistas. Ao abrirem as portas das suas adegas, os produtores estão a promo-


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ver a venda direta de vinhos, de merchandising, assim como de produtos complementares. Através da venda de experiências e da educação para o consumo de vinho, os produtores estão a promover a fidelização dos turistas às suas marcas. Os enoturismos apostam cada vez mais em fatores diferenciadores nas suas ofertas, por isso encontramos nas adegas provas de vinhos repletas de criatividades, adegas que por si só são referências da arquitetura, meios de transportes diversificados para a realização das visitas. Os produtores procuram, desta forma, proporcionar a quem os visita experiências únicas associadas ao vinho. Tem vindo a crescer o interesse no enoturismo por parte dos turistas, quer estrangeiros quer nacionais? Sem dúvida. O enoturismo tem assumido cada vez mais um papel de destaque, são cada vez mais os turistas que viajam procurando conhecer os diferentes territórios com tradições vitivinícolas. Portugal sendo um país com forte tradição vitivinícola tem apostado no enoturismo como ponto estratégico para o desenvolvimento das economias locais e da economia nacional. Saliento que já o PENT identificava a gastronomia e vinhos como um dos produtos estratégicos para o desenvolvimento do Turismo em Portugal. A posição estratégica deste produto turístico tem vindo a manter a sua relevância nos Planos do Turismo de Portugal. Dentro do enoturismo, que atividades podemos encontrar ligadas ao vinho? Desde culturais passando pelo bem-estar e saúde? Nos últimos anos temos verificado um aumento

e diversificação de atividades associadas ao mundo vitivinícola. Têm proliferado todo o tipo de atividades que promovem o contacto direto com a natureza, com a história, com a cultura e com a proximidade às comunidades locais, assim como à gastronomia. A vinha, o vinho e a paisagem vínica têm-se apresentado como forma alternativa de fazer turismo. Conferências, feiras, provas, cursos de vinhos, atividades desportivas em paisagens vinhateiras, terapias com vinho, participação na produção do vinho, produção do próprio vinho são algumas das diversas atividades apresentadas aos enoturistas. Existem alguns projetos ligados ao enoturismo, como as Cidades do Vinho, as Aldeias Vinhateiras e até uma rede de museus. Pode falar-me mais destes projetos? Qualquer um dos projetos que acabou de referir são dinamizados pela AMPV- Associação de Municípios Portugueses do Vinho. A Cidade Portuguesa do Vinho tem como objetivo valorizar a riqueza dos territórios associados à cultura do vinho. As Cidades que já receberam o título foram: 2009 – Palmela; 2010 – Beja; 2011 – Viana do Castelo; 2013 – Vidigueira; 2014 – Barcelos; 2016 – Lagoa e 2017 — Madalena do Pico. Relativamente à Rede de Aldeias Vinhateiras de Portugal, esta pretende contribuir para a afirmação e valorização das aldeias através da revitalização socioeconómica e do reforço da promoção enoturística das regiões, conduzindo a uma maior dinamização dos seus valores simbólicos: ruralidade, autenticidade, património, natureza, tradições e gastronomia. No que diz respeito à Rede de Museus Portu-

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gueses do Vinho, este é um projeto que pretende valorizar e promover os espaços museológicos ligados ao vinho e à sua cultura. Esta rede tem como missão promover um plano de atividades assente numa dinâmica de cooperação. A Associação de Municípios Portugueses do Vinho trabalha em parceria com a Aenotur? Que outras entidades colaboram convosco? Sim, é feito um trabalho de estreita colaboração entre a AMPV- Associação de Municípios Portugueses do Vinho e a Aenotur. Desenvolvemos, também, trabalho com a RECEVIN- Rede Europeia de Cidades do Vinho, a Città del Vino, Associação de Municípios Italianos do Vinho ou a ACEVIN, Associação de Municípios Espanhóis do Vinho. A Aenotur está, também, neste momento a trabalhar com a Associação Wine in Moderations, a Iter Vitis, o Ibravin, a Associação de Bodegas Gonzalo Merino, entre outras.

Em termos mundiais, qual o país que já atingiu a maturidade nesta área e que pode servir de exemplo para outros que agora comecem? A nível internacional temos regiões vitivinícolas como Napa Valley na Califórnia, Mendonza na Argentina, a Rioja em Espanha ou Champanhe na França que se apresentam como grandes potências enoturísticas. No entanto, também temos em Portugal várias regiões que poderíamos apontar como referência mundial em enoturismo, a título de exemplo temos a região do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, assim como o Alentejo, considerado pelo jornal norte-americao USA Today, como a “Melhor Região de Enoturismo do Mundo”.


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The Yeatman Onde o néctar dos deuses é rei e senhor

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ica na zona elevada do centro histórico de Vila Nova de Gaia este hotel vínico que não deixa ninguém indiferente. Chama-se The Yeatman e tem a seus pés o rio Douro e toda a zona ribeirinha do Porto. Com 83 quartos e suites, este hotel com classificação de 5 estrelas, oferece uma experiência vínica e gourmet sofisticada, com o tema do vinho a estender-se ao Spa, que disponibiliza um completo programa de tratamentos exclusivos da Caudalie Vinothérapie®. Em homenagem ao Deus Romano do Vinho, a Bacchus Suite é a pérola do The Yeatman, um open space que conta com 150m2 de área total, teto em madeira que se estende para um terraço interior com lareira. Há mais de três séculos que o Porto acolhe as antigas famílias britânicas que ao longo de gerações se dedicam ao comércio do Vinho do Porto, deixando a sua discreta marca na cidade. Inspirando-se nesta ligação, o The Yeatman une a arte portuguesa de bem receber a um ambiente britânico de conforto clássico e discreto.

Proporcionando uma experiência gastronómica única, o restaurante Gastronómico do The Yeatman, com duas estrelas Michelin, é liderado pelo Chef Ricardo Costa, que continua a surpreender com a sua abordagem contemporânea à gastronomia nacional, levando o visitante numa viagem pelos sabores de uma variedade de mariscos, peixes e carne. O menu é pensado como um todo, com um fio condutor e um profundo equilíbrio de sabores, texturas e aromas onde tudo se conjuga, mas cada detalhe tem uma expressão própria.

Uma experiência vínica no The Yeatman O The Yeatman assume-se como um embaixador de vinhos portugueses de qualidade e a sua garrafeira é uma das mais completas, permitindo “viajar” pelas várias regiões vitivinícolas, conhecer diferentes perfis de produtores, provar colheitas antigas e raras. Seja um especialista em vinhos ou simplesmente curioso, o The Yeatman oferece diferentes experiências, que podem passar por desfrutar um dos 82 vinhos a

copo no bar ou terraço, ser surpreendido por um Wine Flight de três vinhos especialmente selecionados para cada visitante ou até ter um curso de vinhos, aprendendo mais sobre os vinhos portugueses e sobre provas de vinhos. Além disso, o hotel disponibiliza uma intensa programação de eventos vínicos, como os jantares vínicos, todas as quintas-feiras, as Sunset Wine Parties no verão ou a Christmas Wine Experience, em dezembro. A Carta de Vinhos a copo é atualizada todas as estações e apresenta os vinhos de uma forma muito intuitiva e de fácil interpretação, de forma a que, mesmo uma pessoa que não seja entendida em vinhos ou não conheça os vinhos portugueses, consiga facilmente identificar a sugestão perfeita para o momento. Os vinhos estão organizados por personalidade, adequando-se a diferentes momentos de consumo e estados de espírito. Podem encontrar-se os “Bubbly” (borbulhantes), “Newcomers” (novos talentos), “GroundBreakers” (inovadores), “Trendy” (tendência), “New Generations” (novas gerações de famílias ligadas ao vinho), “The Classics” (clássicos), “The Famous” (famosos), entre outros. Depois, existe uma vasta seleção de Portos e outros licorosos para o que é designado como o “Grande Finale”.

Quando o vinho se prolonga ao SPA O The Yeatman homenageia o vinho em todas as suas vertentes, incluindo no Caudalie Vinothérapie® Spa, um oásis de tranquilidade e bem-estar, onde o tema vinoterapia se estende aos tratamentos ali apresentados. Com 2.000 m2 de área total e dez salas de tratamento, os clientes usufruem de luz natural em todas as salas de tratamento, imersões de banho barril, massagem em duche Vichy, banho Romano, hammam, sauna e tepidarium. Os clientes do Spa podem ainda utilizar livremente a piscina interior e o ginásio. O Spa de Vinotherapie® Caudalie no The Yeatman tem um conceito diferenciador inspirado no universo do vinho. Os tratamentos baseiam-se nas propriedades da uva e da vinha, extraindo os seus benefícios antioxidantes, de hidratação e relaxamento. Os clientes podem usufruir de um programa único de terapias e tratamentos faciais e corporais com produtos Caudalie, produzidos com base em ingredientes extraídos da vinha, com propriedades antioxidantes.


Enoturismo

no “Centro” do país

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m plena época das vindimas, é caso para dizer que o Enoturismo está literalmente no “Centro” do país. A Região Centro de Portugal integra as Regiões Demarcadas da Beira Interior, da Bairrada e do Dão, parcialmente, a de Lisboa e, residualmente, a do Tejo. A nossa viagem começa em Viseu, uma das portas de entrada para Dão Lafões, uma zona que tem visto nos últimos anos a qualidade dos seus vinhos ser reconhecida internacionalmente. Por esta altura, naquele que é o berço da Touriga Nacional, várias quintas desafiam os mais curiosos a vindimar, e a descobrir as suas histórias e néctares. A região, que produz cerca de 45 milhões de litros por ano, tem hoje 5 rotas, divididas consoante as sub-regiões e itinerários principais, de forma a que os turistas não tenham que fazer grandes desvios. Uma estratégia concertada que visa posicionar o Dão como destino de enoturismo, e que

tem vindo a atrair milhares de pessoas, incluindo jovens, que hoje interessam-se pela temática, não apenas pela questão de beber, mas pelo próprio conhecimento que retiram da visita. Ali perto encontramos outro território que diz despertar os sentidos e que cada vez mais pretende afirmar-se como um destino vitivinícola, distinguindo-se pela sua diversidade de oferta turística: a Bairrada. Um dos pontos de paragem é a Aliança Undergound Museum, um espaço expositivo, que se desenvolve ao longo das tradicionais caves da Aliança Vinhos de Portugal, e que, além de oferecer aos visitantes a possibilidade de fazerem várias degustações de vinho, espumante e aguardente, possibilita aos turistas conhecerem oito coleções de arte distintas do universo da Coleção Berardo, visando áreas como a arqueologia, azulejaria, cerâmica, etnografia, mineralogia e até paleontologia.

Famosa pelo seu terroir e castas únicas, na Bairrada brinda-se à frescura do espumante. Um dos produtos mais procurados, que nos últimos anos tem visto nascer espaços diferenciadores, onde a arquitetura se encontra com interpretações mais modernas dos vinhos da região. A região Centro é um país dentro de um país, e, por isso, um território com diversas sub-regiões com muito para descobrir. Mais abaixo, nas chamadas Terras de Sicó, além das vertentes paisagística e patrimonial, a aposta nos produtos endógenos tem sido determinante para o desenvolvimento económico e para diferenciação desta zona. Já no limite sul do centro do país, mesmo às portas de Lisboa, encontramos outra sub-região de grande riqueza em termos vinícolas: o Oeste. Terra de vinhos requintados, encorpados de aromas fortemente influenciados pela costa banhada pelo Atlântico e pelas


características do seu solo. Este território tem um roteiro com 25 quintas, onde é possível conhecer o ciclo do vinho, participar também em vindimas e apreciar paisagens inesquecíveis e desconhecidas, apesar de estarem tão perto da capital. Quem percorre a Rota dos Vinhos do Tejo, poderá encontrar a Rota “Tesouro Manuelino”, um percurso que inclui a histórica cidade de Tomar, cujo Convento de Cristo é considerado o expoente máximo do estilo manuelino, e que inclui a visita a um conjunto de quintas, desde Abrantes, Constância, Sardoal, Tomar, Torres Novas, a Vila Nova da Barquinha. Uma viagem pelo tempo é o convite que lhe deixamos. Oportunidade de descoberta de vinhos capitosos, pitorescas adegas, antigas quintas solarengas, vinhos carinhosamente tratadas. Porque o Tejo é a terra de vinhos brancos, rosés e tintos que têm conquistado admiradores pelo mundo fora.

E na Beira Interior “até o lavar dos cestos, é vindima”. O provérbio dá o mote para experienciar, de corpo e alma, a Rota Turística da C.V.R.B.I. e descobrir os inesquecíveis lugares que a Beira Interior lhe dará a conhecer. A Beira Interior não lhe negará a diversidade das suas sub-regiões com os contrastes da serra, aldeias «históricas», lugares arqueológicos, castelos e, por toda a parte, monumentos, igrejas, solares, festas, bem como a marca dos diversos povos que por ali passaram. Os vinhos são influenciados pela montanha, rodeados pelas serras da Estrela, Marofa e Malcata e pela altitude com variações entre os 400 e os 700 metros. Os solos são de origem granítica na sua maioria, sendo os restantes essencialmente de origem xistosa. O clima da região é muito agreste, com temperaturas negativas no Inverno e Verões muito quentes e secos. Desta combinação de fatores resultam vinhos brancos de grande exuberância aromática e muita frescura e, nos tintos, vinhos

com aromas complexos a frutos silvestres e especiarias, aliados a uma frescura marcante. No centro de Portugal, o vinho é mesmo um dos melhores pretextos para descobrir o património histórico e cultural desta região do país.


Dossier Enoturismo

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Monverde Wine Experience Hotel recebe galardão da World Luxury Spa

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estacando-se pelos tratamentos intensivos de beleza e skincare, baseados na sabedoria ancestral da vinoterapia, o Wine Experience Spa, do Monverde Wine Experience Hotel, na região de Amarante, faz parte da reservada seleção de vencedores da categoria Luxury Hideaway, do World Luxury Spa. Uma distinção que resulta de uma análise cuidada de padrões de qualidade, inovação e serviço de excelência em todo o mundo, sendo que os vencedores são eleitos através de votação pública, em reconhecimento do empenho e dedicação das suas equipas de elevado calibre.

Serviço de excelência e instalações únicas “É um grande orgulho e um privilégio enorme ver o serviço de elevado valor acrescentado que, diariamente, prestamos aos nossos clientes e visitantes ser reconhecido por instituições e organizações nacionais e internacionais de grande relevância e que vêem assim acrescentar mais um selo de qualidade ao Monverde Wine Experience Hotel”, refere Miguel Ribeiro, diretor-geral do hotel, acrescentando que estes galardões resultam “do trabalho executado por uma equipa de recursos humanos dedicada e experiente, que todos os dias procura elevar o nome do hotel ao expoente máximo da hospitalidade nacional.” Rodeado por uma imponente, mas convidativa, área de vinhas, em plena Rota dos Vinhos Verdes, o Monverde Wine Experience Hotel afirma-se como uma das unidades hoteleiras mais premiadas do panorama turístico português, vendo o seu serviço de excelência e as suas instalações únicas serem reconhecidos pela oitava vez em menos de um ano. Inaugurado em maio de 2015, o hotel foi já reconhecido com cinco prémios em 2016 e, agora, três em 2017, destacando-se as distinções atribuídas nomeadamente pela Best of Wine Tourism, Boa Cama Boa Mesa, IX Concurso Vinhos Verdes e Gastronomia 2016 e revista Paixão pelo Vinho. Recortado por entre a marcada paisagem das vinhas da região de Amarante, o Monverde Wine Experience Hotel assume-se como um verdadeiro refúgio de serenidade para quem procura a descontração no seu estado mais puro, neste espaço icónico da autoria do arquiteto Fernando Coelho. Convidando a embarcar numa viagem sensorial, o hotel dá palco a uma experi-

ência em que o Vinho Verde é o convidado de honra. Desde o restaurante Monverde, liderado pelo chef Carlos Silva, ao Wine Experience Spa, um templo de serenidade e conforto reconhecido pelas técnicas de vinoterapia, a unidade hoteleira presta homenagem à exclusiva e sofisticada Região Demarcada dos Vinhos Verdes em que se insere.

Programas e atividades de enoturismo A Revista Viajar esteve à conversa com o diretor-geral do Monverde Wine Experience Hotel para saber que programas e atividades a unidade tem preparada para os enoturistas. “Este é o primeiro hotel vínico da Rota dos Vinhos Verdes. Como tal, não podíamos deixar de valorizar a ligação íntima que temos com a Quinta da Lixa e com a própria região através de uma oferta vasta de programas de enoturismo. Temos um grande conjunto de provas comentadas, contemplando cursos de iniciação e avançados, dos Vinhos Verdes da Quinta da Lixa e da própria região, com temas e conceitos diversos, como ‘Vinhos da Quinta’, ‘Conheça a Região em 3 Vinhos’ ou ‘Novas Criações’. Dentro desta seleção, há uma em particular que prima pela originalidade – a ‘Prova em Família’, que prevê uma prova comentada de três Vinhos Verdes para os adultos e de três sumos com cores e aromas semelhan-

tes aos vinhos para os mais novos (a partir dos três anos).” Mas Miguel Ribeiro garante que há muitas mais ofertas, como a “Enólogo por um dia”, em que o visitante faz o seu próprio vinho, através de uma seleção das castas e da produção da sua própria rolha e rótulo, “o que resulta num souvenir de viagem ímpar”. Destaque ainda para o programa “Um dia entre vinhas”, que tem o objetivo de demonstrar o trabalho quotidiano numa vinha, começando como uma visita e uma aula prática sobre viticultura e as suas técnicas e práticas agrícolas e de produção de vinho. Segue-se uma prova do vinho produzido com as castas da vinha específica em que se encontram. Uma vez que é uma atividade


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que decorre durante o ano todo, os visitantes terão uma experiência diferenciada mediante a altura do ano. “É também possível realizar uma visita ao processo de produção e de engarrafamento dos vinhos da Quinta da Lixa, seguindo-se uma prova dos Vinhos Verdes e Espumantes lá produzidos. E todos estes programas podem ser articulados com outras atividades por nós sugeridas, que revelam outras perspetivas das quintas e do Monverde em si, tais como o Geocaching Monverde, os percursos de bicicleta e os cursos de cozinha”, sublinha.

Época de vindimas Miguel Ribeiro revela ainda que para a época das vindimas, que agora se aproxima, “estão a ser preparados dois programas – um para o mínimo de duas pessoas e outro em família – que envolvem os seus participantes, após receberem o “Kit de Vindimas” com camisola, chapéu, água e tesoura de poda, em alguns dos principais processos da vindima, estando também prevista uma pisa tradicional para os mais pequenos no programa em família. Ambos contemplam um welcome coffee com um Espumante Extra-Seco e petiscos da Quinta, um almoço regional em formato de piquenique nas vinhas acompanhado de Vinhos Quinta da Lixa, seguido de uma visita ao centro de vinificação da Quinta da Lixa, além de uma visita guiada à adega e

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de uma prova de vinhos e queijos”. Quando questionado sobre a ocupação do hotel até ao momento, o diretor-geral da unidade hoteleira remete-nos para 2016, ano em que registaram “um crescimento de 26%, quando comparado com 2015, totalizando mais de 10 mil dormidas e cerca de 4.500 visitantes no restaurante, em eventos e nas atividades e programas de enoturismo, números que superaram as nossas expetativas. Os meses de agosto, setembro e outubro são aqueles em que registamos um maior número de visitantes.” O mesmo responsável reforça que as vindimas são “uma das épocas de maior ocupação, uma vez que as pessoas têm muita curiosidade relativamente ao processo e preferem fazê-lo junto de especialistas e integradas em programas preparados para o efeito. Temos já confirmado um elevado número de inscrições nestes programas, maioritariamente com dormida, mas também um público mais curioso que nos visita especificamente para realizar a atividade”. Já no que diz respeito às nacionalidades e proveniência dos visitantes, Miguel Ribeiro diz “ser muito curiosa, uma vez que os locais – pessoas que residem na região – representam 10%, sendo que os portugueses provenientes de outras regiões assumem uma fatia de 45%, assim como os nossos clientes internacionais, cujos mercados norte-americano, canadiano, brasileiro e alemão têm especial relevância”.

Enoturismo em Portugal Quando lhe pedimos para emitir uma opinião sobre o enoturismo em Portugal e o que está feito ou que deveria ser feito para facilitar a vida aos investidores nesta área, Miguel Ribeiro mostra-se “otimista e entusiasmado com o futuro do enoturismo em Portugal, especialmente para o crescimento esperado junto dos mercados internacionais, como os EUA, o Canadá, o Brasil e os países nórdicos. Estes mercados beneficiam de um grande potencial de crescimento, seja pela sua própria dimensão, seja pela taxa de penetração que os vinhos portugueses alcançaram nesses mercados nas últimas décadas. Este cenário é ainda mais relevante quando falamos de Vinhos Verdes. Únicos no mundo, elaborados a partir de castas autóctones, exclusivas desta região, alcançaram um crescimento sustentado ao longo dos últimos anos e que, segundo as perspetivas do setor, manterão. É neste contexto que conseguimos atrair tantos turistas estrangeiros, uma vez que vêm à procura da essência do vinho que lhes chega à mesa nos seus países de origem. E é esta tendência que esperamos continuar a ver.” Recorde-se que a Quinta da Lixa, empresa familiar da região do norte de Portugal dirigida por Óscar Meireles, conta com os vinhos verdes mais premiados em concursos nacionais e internacionais e tem uma produção anual de 4.5 milhões de garrafas, o que corresponde a uma faturação superior a 5.5M€/ano.


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Enoturismo Cartuxa e a família Eugénio de Almeida

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uem nunca ouviu falar de vinhos como Cartuxa ou PêraManca? Até os menos apreciadores de vinhos sabem que estas duas referências são das mais conhecidas em Portugal. Pois bem, mas sabe que pode visitar a Adega da Cartuxa, na Quinta Valbom, no Alentejo e ficar a conhecer um pouco mais sobre a família Eugénio de Almeida? É verdade! Ícone da história do Alentejo, a Adega Cartuxa sediada num edifício secular, adquirido no século XX pela família Eugénio de Almeida e rodeado por 60 hectares de vinha em modo de produção biológica, onde estagiam vinhos como o Cartuxa ou o Pêra-Manca pode e deve ser visitado.

Várias reformas A apenas 10 minutos do centro histórico de Évora, o Enoturismo Cartuxa convida a uma viagem no tempo para descobrir as memórias do lugar, ficar a conhecer a evolução técnica da produção de vinho e apurar os sentidos ao fazer uma prova dos vinhos da Adega Cartuxa e dos azeites do Lagar Cartuxa. Na loja

encontra todos os vinhos e azeites, bem como presuntos e enchidos que têm origem nos montados da Fundação Eugénio de Almeida. A propriedade e a sua adega passaram por várias reformas ao longo do tempo, mas conservam a riqueza da sua memória arquitetónica e histórica. Até porque a Adega Cartuxa – Quinta Valbom, foi uma antiga casa de repouso dos Jesuítas (Companhia de Jesus), que lecionaram na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. Com a sua expulsão, em 1759, por ordem do Marquês de Pombal, a propriedade passou a pertencer ao Estado, começando alguns anos mais tarde, em 1779, a funcionar como um importante lagar de vinho que absorvia a produção vinícola da região. É no antigo refeitório dos monges que repousam os grandes tonéis de vinho onde estagiam algumas das castas de vinho da Adega Cartuxa, que mais tarde darão origem a diferentes lotes de vinho. No topo do edifício uma imagem de Santo Inácio de Loiola dá as boas vindas ao visitante, ao mesmo tempo que relembra a sacralidade do lugar.

Ao longo da visita deparamo-nos com situações e ambientes únicos. É o caso das enormes cubas de cimento, das caves onde se se preserva a garrafeira história da Adega Cartuxa, das grandes talhas, onde outrora se guardava o vinho alentejano ou do corredor, onde através do olfato podemos descobrir as características das diferentes castas de uvas que fazem parte do portefólio vinícola da Fundação Eugénio de Almeida. Integrado na Rota dos Vinhos do Alentejo, o Enoturismo Cartuxa localiza-se a 200 metros do Mosteiro da Cartuxa, que inspirou o seu nome. Aqui vivem os monges Cartuxos em silêncio e oração. É também nas suas caves, com características únicas e inimitáveis, que estagiam, já em garrafa, os vinhos topo de gama da Adega Cartuxa. No exterior do Enoturismo Cartuxa, pode apreciar a paisagem, as vinhas, ou desfrutar de uma taça de vinho ou espumante Cartuxa, no silêncio e tranquilidade do Alentejo, sentado à mesa, debaixo da sombra de uma latada de vinha.


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No centro de Évora Mas a experiência de Enoturismo da Adega Cartuxa não termina aqui. Em 2016, ao património cultural e vitivinícola da Fundação Eugénio de Almeida juntou-se o legado da cozinha alentejana. Com uma arquitetura de linhas depuradas dominadas pelo branco e o vermelho, a Enoteca Cartuxa, surgiu no centro de Évora e recria o ambiente de uma taberna numa envolvente contemporânea e informal. Neste espaço de eleição, faz-se a perfeita harmonização entre os vinhos da Adega Cartuxa e a cozinha alentejana com uma interpretação atual. A Enoteca divide-se em vários espaços, ligados entre si. A sala de entrada com o grande balcão corrido, onde pode satisfazer o apetite sentado em altos bancos de madeira, a sala da loja, - onde para além dos vinhos da Adega Cartuxa: do Vínea, Espumantes Cartuxa, EA, Cartuxa ou Pêra-Manca, tem também os azeites do Lagar Cartuxa: Álamos, EA, Cartuxa, todos extra-virgem, presunto paio a paleta Cartuxa, resultado do porco alentejano criado ao ar livre nos montados da Fundação Eugénio de Almeida e ainda queijos, mel, chá, ervas

de cheiro, chocolate, licores, gin, bolachas - a esplanada, a esplanada das vinhas, a sala das ilhas, com as diferentes referências de vinho da Adega Cartuxa e balcões corridos. A sala semiexterior que pode ser reservada para grupos. Num dos pátios, com mesas altas, há sombra de videiras ancestrais trazidas em grandes vasos para aqui e nem falta uma simpática esplanada em pleno centro histórico.

Muito por explorar Mas nem só de vinho vive o homem, a história está sempre presente e por isso no Páteo de São Miguel – conjunto arquitetónico que inclui o Paço dos Condes de Basto, o Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida, a Coleção de Carruagens e a Ermida de S. Miguel – onde se localiza a sede da Fundação Eugénio de Almeida há muito explorar. O Paço dos Condes de Basto foi construído no período Romano-Visigodo, foi Alcazar mourisco e sede da Ordem Militar de S. Bento de Calatrava. Por ele passaram grandes vultos da História de Portugal, como D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira,

D. Sebastião, D. Filipe II e D. João IV. Está classificado como Monumento Nacional desde 1922. O Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida é um espaço aberto aos investigadores e público interessado. Guarda os fundos arquivísticos e bibliográficos da família Eugénio de Almeida, reunidos no exercício das mais diversas atividades entre os séculos XVIII e XX, ao longo de cinco gerações, constituindo um espólio único no seu género em Portugal. Já a Coleção de Carruagens localiza-se num espaço que dá início ao conjunto edificado do Paço de São Miguel, junto às traseiras da Sé de Évora. Neste espaço museológico expõe-se a coleção permanente de um conjunto de carruagens dos séculos XVIII e XIX de diferentes tipologias, com os respetivos arreios e apetrechos de atrelagem, evocativas de outros estilos de vida e ritmos de viagem. Estes luxuosos paramentos eram usados pela família Eugénio de Almeida nas suas deslocações a Évora e ao estrangeiro. Revelam um estilo de vida requintado e de excelente gosto.


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Parador Casa da Ínsua Quando a história e o vinho de misturam

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onvertido num hotel de charme pelo Grupo Visabeira, o Parador Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, ergue-se num edifício solarengo de estilo barroco, com uma imponente fachada e diversos jardins. Este hotel com classificação de cinco estrelas, tornou-se em 2015, no primeiro Parador fora do território espanhol, através de um acordo de franchising. A gastronomia, os vinhos, as atividades no campo e a História são motivos mais do que válidos para uns dias especiais. Edificado no final do século XVIII por Luís de Albuquerque, Governador de Cuibá e Mato Grosso, no Brasil, o solar Casa da Ínsua convida os hóspedes a integrarem as rotinas diárias da casa, como a pastorícia ou as atividades da queijaria e doçaria, em função da época do ano. Com 30 quartos e cinco apartamentos, a Casa da Ínsua respira história e tradição e nas áreas comuns é possível contemplar e viver um pouco da história da família Albuquerque, através dos objetos e das peças decorativas, provenientes dos mais variados cantos do mundo, e das funcionalidades progressistas que na época foram instaladas no solar e que permitiram que a quinta fosse autossuficiente. A decoração das divisões da casa leva-nos numa visita arquitetónica que não deixa

ninguém indiferente. Desde os tetos de gesso pintados a imitar na perfeição a madeira, as imponentes lareiras, soalhos com 14 tipos de madeira diferentes, os ricos azulejos que cobrem as paredes e o papel de parede pintado à mão. Na sala chinesa, por exemplo, destacam-se artefactos e relíquias trazidos de terras longínquas e as paredes forradas a papel de arroz pintado. De realçar, que a Visabeira Turismo em parceria com o Museu de arte Antiga, recuperou recentemente, um importante espólio da Casa da Ínsua, agora passível de ser visitado no Núcleo Museológico, onde é possível saber mais sobre a família proprietária e sobre as atividades desenvolvidas ao longo dos tempos na quinta, assim como conhecer as relações entre Portugal e o Brasil que estão na génese desta histórica casa oitocentista. O Parador da Casa da Ínsua dispõe ainda de jardins com características únicas e espécies rara, algumas delas trazidas das viagens realizadas pelos Albuquerques. O Jardim Inglês e o Jardim Francês, cada um ao seu estilo, são vem exemplo disso.

O que há para fazer? Mas o Parador da Casa da Ínsua não se fica apenas pela imponente edificação. Aqui os hóspedes têm muitas atividades por onde

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José Luís Nogueira, presidente da Visabeira Turismo escolher, ligadas essencialmente à vida do campo, como a pastorícia, as vindimas, entre outras. Assim, mediante marcação prévia e em função da época do ano, os hóspedes poderão participar nestas lides. Entre setembro e outubro, o programa-rei são as vindimas. Desde a apanha da uva, ao seu transporte para a adega, a pisa nos antigos lagares de granito e finalmente a prova, o hóspede vai poder experimentar um pouco de tudo. Até porque a tradição vinícola da Casa da Ínsua remonta ao século XVII, tendo ao longo dos séculos deixado uma marca perene na produção da região, fruto de um processo de constante inovação e apuro da qualidade dos vinhos. Do seu portefólio de vinhos constam sucessivos prémios e medalhas em concursos internacionais, tendo o vinho Branco Casa da Ínsua Grande Reserva 2012 sido recentemente reconhecido como um Grande Reserva, o primeiro nesta categoria na Região do Dão. Segundo José Luís Nogueira, presidente da Visabeira Turismo revelou à Revista Viajar, ‘‘só no ano de 2016, a exploração agrícola da Casa da Ínsua registou uma produção anual de 120.000 litros’’. De novembro a junho, é possível participar na confeção dos queijos Casa da Ínsua (queijo Serra da Estrela e requeijão). A atividade permite aos hóspedes acompanharem o pastor nas suas rotinas diárias, com início às seis da manhã com a a ordenha das cabras de raça bordalesa. Segue-se o transporte do leite para a queijaria, onde decorrem os workshops, e depois é possível seguir o pastor até às pastagens. Mas as atividades não se ficam por aqui, para quem gosta de jardinagem há também a possibilidade de participar em programas dedicados ao tema, aperfeiçoando o conhecimento no tratamento das plantas e na arte de tratar de jardins. Sachar canteiros de flores, plantar, regar, cortar sebes ou ficar a saber mais sobre o jardim dos aromas são algumas das opções. Se gosta de culinária, fique a saber que é possível fazer wokshops de compotas com frutos cultivados na quinta, como as maçãs Bravo Esmolfe, abóbora, morango, pera e tomate. A experiência gastronómica continua no Restaurante do Parador da Casa da Ínsua, onde os visitantes podem experimentar as mais variadas iguarias e os sabores característicos da região, muitos dos quais cultivados na própria quinta. Pratos típicos nacionais com um toque gourmet.

Um museu vivo O Parador da Casa da Ínsua é também um verdadeiro núcleo museológico, composto por unidades situadas no perímetro da propriedade, como por exemplo a Sala da Família, a Sala Braziliana, a Serralharia, a Fábrica do Gelo ou a receção do hotel onde se encontram três depósitos de cereais inteiramente reabilitados. Situada no espaço onde funcionava o antigo lagar, a Sala da Família, alberga diversas áreas irmanadas pelo percurso de Luís de Albuquerque por Terras de Vera Cruz. Artefactos, escritos e mapas relativos à sua viagem e estadia no Brasil, assim como os inevitáveis reflexos desta na organização e na história da casa, ajudam-nos a reconstituir um importante trajeto político, social, cultural, científico e filosófico. Já na Sala Braziliana, encontra-se a área exclusivamente reservada a mapas e ilustrações originais do século XVIII, agregando um acervo gráfico de inigualável importância cedido pela família Albuquerque, e na recuperação do qual o Museu Nacional de Arte Antiga desempenhou um papel decisivo. Os mapas ali reunidos permitem traçar um quadro alargado da organização geopolítica da altura, graças a um profuso e rigoroso trabalho topográfico que abrange rios, construções e vegetação. Aqui, o visitante terá acesso privilegiado a elementos representativos da paisagem tropical de há três séculos atrás, através de uma grande variedade de espécies animais e vegetais detalhadamente ilustradas. Uma parte desta sala é totalmente dedicada ao arquivo do espólio não exposto, devidamente acondicionado, tal a quantidade e diversidade de temáticas reunidas. Na Serralharia, é possível visitar outra antiga área produtiva, com toda a maquinaria e instrumentos restituídos ao seu estado original, recapturando o ambiente de outros tempos até ao pormenor. A recuperação deste espaço permitiu ainda o retomar da sua atividade original, constituindo assim mais um motivo de atração para os visitantes. Finalmente, a Fábrica do Gelo, situada no perímetro da propriedade e onde é possível observar as técnicas utilizadas para a conservação e produção de gelo no século XVIII. Com efeito, há três séculos a Casa da Ínsua produzia tudo o que uma casa senhorial necessitava para uso próprio, incluindo serviços de serralharia e carpintaria, produção de eletricidade, fabrico de pão e até gelo.

“Há uma aposta na divulgação online das iniciativas do Parador Casa da Ínsua” Qual a taxa de ocupação do Parador da Casa da Ínsua até ao momento? Até ao momento, o Parador Casa da Ínsua registou em 2017 uma taxa de ocupação de 65%. Quais são as principais nacionalidades dos hóspedes do Parador da Casa da Ínsua? Que mercados pretendem atrair? Além dos hóspedes portugueses, o Parador Casa da Ínsua acolhe maioritariamente hóspedes de nacionalidade espanhola. Desde 2015, ano em que a unidade hoteleira integrou a rede espanhola Paradores de Turismo, o Parador Casa da Ínsua registou uma elevada procura por parte do mercado espanhol. Esta parceria entre os Paradores e a cadeia Montebelo Hotels permitiu uma expansão junto do mercado espanhol, e, no futuro próximo, procuramos atrair outros mercados europeus. De que forma promovem esta unidade e as respetivas atividades ligadas ao enoturismo? Através da presença em algumas das principais feiras internacionais, como a Fitur, em Madrid, a ITV, em Berlim, a ABAV, em São Paulo, e a World Travel Market, em Londres. Depois há uma grande aposta na promoção da unidade através de uma estratégia digital, como a divulgação online das iniciativas do Parador Casa da Ínsua.

Os hóspedes compram o vinho produzido na Casa da Ínsua? Sim. Os hóspedes que elegem o Parador Casa da Ínsua procuram viver uma experiência completa durante a estadia, e provar os produtos por nós produzidos torna-se inevitável. A qualidade dos nossos vinhos, assim como de outros produtos também produzidos no Parador Casa da Ínsua, como o queijo da Serra da Estrela Casa da Ínsua, o requeijão e as compotas, acaba por conquistar os hóspedes, que escolhem comprar estes produtos tanto para oferecer como para consumir no dia-a-dia.


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Quinta de la Rosa

Há mais de 30 anos a apostar no enoturismo

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esfruta de uma paisagem privilegiada, que em 2001 foi classificada pela Unesco, como Património Mundial da Humanidade. Está na família de Sophia Bergqvist desde 1906 e em 1985 abriu as portas ao turismo. Falamos da Quinta de la Rosa, em pleno coração do Alto Douro Vinhateiro, junto ao Pinhão. Na encosta da margem direita, estendendo-se desde o rio Douro até uma altitude de 400 metros, a Quinta de la Rosa conta com 55 hectares de área total. É aqui que a família Bergqvist produz vinhos do Douro e Porto, azeite e vinagre de qualidade superior, mas também recebe turistas nos seus 12 quartos e 4 suites, todos com vista para o rio Douro e acesso a uma piscina comum. Possui ainda duas casas independentes, ambas com piscina privada: a Casa Amarela e a Casa de Lamelas, com cinco e três quartos, respetivamente. Em maio deste ano, e como homenagem à avó Claire, a Quinta de La Rosa abriu portas ao restaurante Cozinha da Clara. A identidade gráfica do logótipo do Cozinha da Clara reporta-nos precisamente para a caligrafia de Claire Feuerheerd (1906-1972), a quem a Quinta de La Rosa foi oferecida como presente de batismo. Reconhecida pela sua generosidade e hospitalidade, Claire tinha um gosto nato pela cozinha.

Inspirada por grandes nomes da gastronomia, deixou um legado que a família está apostada em eternizar; o mais visível passo nesse sentido concretiza-se com a abertura do restaurante Cozinha da Clara, dotado de uma localização bastante privilegiada: à entrada da Quinta de La Rosa, mesmo sobre o rio Douro. ‘‘Depois de concluído o projeto da nova sala de provas, loja e receção, no ano passado, sentimos que chegara a hora de oferecer algo mais a quem nos visita. O Cozinha da Clara é a materialização de uma homenagem à história da nossa família, em especial à avó Clara. Queremos com ele prolongar a experiência de estar numa quinta familiar produtora de vinhos do Porto (desde 1815) e do Douro’’, afirma Sophia Bergqvist. Questionada pela Revista Viajar se a abertura deste restaurante e a recente reconversão feita no alojamento, surgem para dar resposta a uma maior procura dos enoturistas, a co-proprietária e gestora da Quinta de la Rosa refere que ‘‘sim, mas também para animar o Douro. Não temos muitos restaurantes de qualidade nesta zona, e ainda mais com esta privilegiada vista sobre o rio Douro. No Cozinha da Clara e em toda a Quinta de la Rosa estamos mesmo sobre o rio, na sua encosta da margem direita. Estamos no coração do Alto Douro Vinhateiro e em plena paisagem Património Mundial da Hu-

manidade. Aliás, a nossa vinha Vale do Inferno, em muito contribuiu para tal distinção’’. Apostando numa gastronomia de raiz portuguesa, o Chef Pedro Cardoso aos comandos da cozinha, privilegia produtos locais e sazonais, mas sem nunca esquecer a herança gastronómica da família Bergqvist, com pratos do receituário da avó Clara. Uma cozinha cuja filosofia é alimentada pela simplicidade. Desde que idealizou este espaço, Sophia sempre viu o Cozinha da Clara como um restaurante de portas abertas a todos os que queiram desfrutar de uma boa refeição no Douro e não apenas como um complemento ao (seu) turismo. Quer-se também como um espaço de partilha; a pensar nisso, existe a Mesa da Clara, à volta da qual quem chegar pelas 19h30 se pode juntar para jantar. O menu é de três pratos, custa 35 euros por pessoas, sem vinhos. Para breve estará disponível a Sugestão do Dia, com um prato diferente a cada refeição, com o intuito de alargar a experiência dos sabores do Douro a hóspedes de estadas mais prolongadas. A criação de propostas que incluem visita à adega, prova de vinhos e almoço têm o preço de 45 a 60 euros por pessoa. Para acompanhar a ementa, uma carta de vinhos criteriosamente escolhidos pelo enólogo da casa, Jorge Moreira. Os vinhos da Quinta


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de La Rosa têm lugar de destaque, mas não faltam outras opções: a começar pelos vinhos ‘‘Passagem’’, que Sophia e Jorge produzem na sua Quinta das Bandeiras, no Douro Superior; passando pelos ‘‘Poeira’’; e terminando em vinhos que fogem ao ‘‘domínio’’ do enólogo, mas que lhe dizem algo. Aliás, é sob a batuta enológica de Jorge Moreira, que a Quinta de la Rosa produz cerca 200.000 litros de vinho do Douro e 80.000 de vinho Porto, seguindo o método ancestral de pisa a pé em lagares de granito. O leque é muito completo no que toca ao vinho do Porto: Vintage; LBV; Colheita; Tawny 20 Anos; Tawny 10 Anos; Finest Reserve; Reserva Ruby; Fine Tawny; e Branco Extra Dry.

Enoturismo e programas No que diz respeito ao enoturismo, Sophia Bergqvist revelou à Revista Viajar que representa ‘‘10% no negócio da Quinta de la Rosa neste momento’’, sendo que a grande maioria são estrangeiros, ‘‘com o mercado americano a destacar-se com 25%, os ingleses e os portugueses contribuem em igual percentagem: 20% cada. Os restantes 35% são diluídos em várias origens, como brasileiros, chineses, espanhóis, franceses, entre outros’’. A coproprietária explica ainda que os enoturistas vêm com ‘‘o principal motivo de conhecer a Quinta e os nossos vinhos. Mas estão abertos a caminhadas, passeios de barco, comboio, gastronomia e visitas a outras quintas. Há muitos que chegam à Quinta de la Rosa porque já conhecem os nossos vinhos e têm curiosidade em conhecer a sua origem e as suas gentes’’. Dois dias e meio é o tempo que ficam nas instalações, mas Sophia Bergqvist afirma que estão ‘‘a trabalhar no sentido de aumentar este número. Acreditamos que o restaurante é uma dessas ferramentas’’. Hóspedes repetentes também os têm e ainda casais que vêm em passeio e mais tarde voltam para casar: ‘‘Note-se que estamos a falar de uma Quinta, que embora a crescer na sua vertente de alojamento, é muito familiar e com pequenas infraestruturas para a organização de grandes eventos.” Na Quinta de la Rosa, além das visitas e das provas de vinhos, dispõem ainda de snacks, refeições vínicas e piqueniques. Os hóspedes podem desfrutar de variadíssimas atividades, como nadar no rio Douro ou fazer caminhadas ao longo da icónica parcela de vinha Vale do Inferno, plantada antes da I Guerra Mundial e que conta com algumas das maiores paredes de xisto em todo o Douro. Conhecer o património arquitetónico circundante; visitar as pinturas rupestres do Parque

Arqueológico do Vale do Côa; passear a cavalo; navegar ou fazer um cruzeiro no Douro; ou andar de comboio num percurso à beira do rio, entre a Régua e o Tua, desfrutando de uma viagem única ao passado, marcada pela beleza da paisagem, são outras das atividades possíveis. A maioria das empresas que se dedica à produção do vinho do Porto separa o processo em duas fases e locais: produção no Douro e envelhecimento e engarrafamento em Vila Nova de Gaia. No caso da Quinta de La Rosa tudo é feito no Douro, pelo que os visitantes podem acompanhar o processo de feitoria de vinhos Douro e Porto lado a lado. Com a duração de cerca de uma hora, as visitas à adega e armazém da Quinta de La Rosa realizam-se diariamente às 11h00 e 16h00, terminando com uma prova de vinhos. Para além da standard, há a possibilidade de marcar visitas personalizadas e provas mais completas, em que ao vinho se juntam algumas iguarias. Pontualmente são também criados programas específicos, como o das vindimas, sob o mote ‘‘I Trod La Rosa’’.

‘‘I Trod La Rosa’’ ou almoço em ‘‘Vindimas à Mesa da Clara’’ em setembro E porque este ano as vindimas começaram mais cedo, a Quinta de la Rosa convida os apaixonados por este tema a juntarem-se a partir de 9 de setembro para ‘‘I Trod La Rosa 2017’’. Os programas começam logo pela manhã e incluem almoço no Cozinha da Clara. Intitulado ‘‘Vindimas à Mesa da Clara’’, estreia dia 1 de setembro e vai estar disponível durante todo o mês, apenas aos almoços. A uva é o elemento comum entre os vários pratos – amuse bousche, entrada, prato e sobremesa – do menu, que custa €35,00 ou €45,00, neste caso, com suplemento de vinhos da Quinta de la Rosa. Voltando ao programa ‘‘I Trod La Rosa 2017’’, o ponto alto da jorna é a pisa das uvas a pé, que acontece nos tradicionais lagares de granito. O programa tem início às 10h00, com a receção dos inscritos na sala de provas da Quinta de la Rosa, local onde voltam depois da lagarada para uma prova de vinhos, diferentes dos degustados durante o almoço. De manhã vão caminhar pelas vinhas da Quinta de la Rosa, passando pela mítica parcela Vale do Inferno - onde nascem as uvas do mais especial vinho desta Quinta, com o nome homónimo - e em busca do local do corte das uvas. Pelas 12h30 será servido um aperitivo no terraço da casa da família Bergqvist e de lá segue-se para o restaurante Cozinha da Clara. No final, está prevista a atuação do rancho folclórico do Pinhão.


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Do Douro ao Alentejo com um copo de

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Grupo é detentor de 27 unidades hoteleiras em Portugal e no Brasil, mas hoje vamos falar-lhe apenas de duas: o Vila Galé Collection Douro, no Alto Douro Vinhateiro, e o Vila Galé Clube de Campo, em Beja. Esculpido na encosta, mesmo em frente à Régua, o Vila Galé Collection Douro, do Grupo Vila Galé, com 38 quartos, distribuídos por cinco pisos, apresenta uma decoração moderna, onde a paisagem e o silêncio convidam a aproveitar a varanda panorâmica. A localização deste hotel de charme, muito próximo da estação de comboios da Régua, e as suas facilidades permitem ainda realizar eventos de pequena dimensão, dispondo de salas polivalentes com imensa luz natural e um terraço complementar.

Em pleno Douro Vinhateiro E o facto de estar em pleno Douro Vinhateiro é um convite a quem é apreciador de um bom vinho, a participar em algumas das propostas do hotel, como por exemplo, fazer um cruzeiro no rio, visitar as quintas produtoras de vinho ou desfrutar de um passeio de comboio. Também pode arregaçar as mangas e participar nas vindimas. E porque o vinho está sempre ligado a boa gastronomia, o Vila Galé Collection Douro não deixa nada por mãos alheias e no seu restaurante Inevitável, de inspiração regional e com assinatura do chef Francisco Ferreira, conquista pelos sabores ricos e tradicionais e pela esplanada, desafiando para uma refeição ao ar livre. Se necessitar de ainda mais relaxe, então o spa Satsanga, além da piscina interior aquecida e do jacuzzi exterior, surpreende pela fusão com a natureza, já que as suas paredes literalmente se entrelaçam com a rocha, proporcionando um ambiente de tranquilidade e relaxamento.

‘‘Enoturismo é um produto importante para o Grupo’’ Para o administrador da Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, o ‘‘enoturismo é um produto importante para o Grupo, tendo em conta que o mesmo produz e comercializa os vinhos Santa Vitória, na mesma herdade - perto de Beja - onde tem também o hotel Vila Galé Clube de Campo. A hotelaria e a vinicultura acabam por complementar-se. Mas também no Douro, onde o grupo tem o Vila Galé Collection Douro, em Lamego, há forte ligação ao enoturismo, já que esta unidade está em pleno Douro Vinhateiro. Nesta lógica, e para termos sempre diferentes experiências disponíveis para os nossos clientes, há vários programas dedicados ao enoturismo. Por

exemplo, a Rota do Vinho do Alentejo, com a visita à adega e cave da Santa Vitória e prova de cinco vinhos e ainda alojamento no Clube de Campo; ou a Rota do Vinho do Douro, com visita a quintas da região, passeio de barco e estadia no Collection Douro. No Vila Galé Clube de Campo, todos os dias se realizam visitas guiadas gratuitas à adega e cave da Santa Vitória, disponíveis para hóspedes do hotel e para clientes externos. E, quando possível, há sempre a experiência das vindimas. Notamos que todas estas iniciativas despertam cada vez mais interesse e curiosidade tanto junto de clientes estrangeiros como portugueses. Por isso, a procura é cada vez maior, refletindo-se numa ocupação do Vila Galé Clube de Campo e do Douro Collection superior à do ano passado e em mais visitas à adega.”

Turismo rural, enoturismo e ecoturismo E se no Douro, a Vila Galé disponibiliza o hotel que lhe acabámos de apresentar, em Beja, as


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vinho de balão de ar quente. Na vertente do enoturismo, no hotel Vila Galé Clube de Campo completa a estadia a dois, em família ou em grupo com uma visita à Adega e Cave Santa Vitória, integradas na herdade. Pode provar os vinhos da marca e conhecer os processos de produção vinícola e de azeites ou até mesmo participar nas vindimas. Quando questionado sobre a ocupação destes programas de enoturismo, Gonçalo Rebelo de Almeida avança que ‘‘praticamente todos os clientes que se hospedam no Vila Galé Clube de Campo fazem a visita guiada à adega e cave da Santa Vitória, a cerca de 100 metros do hotel. Mas também há muitos visitantes que não estão alojados e querem saber mais sobre estes vinhos do Alentejo. As provas de vinhos também são muito procuradas tanto por clientes individuais como por grupos. Há empresas que querem oferecer experiências diferentes aos seus clientes ou colaboradores e organizam estadias com esta componente de enoturismo, ou com uma experiência nas vindimas.”

Procura e promoção

Vinhos Santa Vitória Foi em 2002, que o Santa Vitória passou a fazer parte do Grupo Vila Galé, sendo um dos principais produtores da região e aposta na produção e comercialização de vinhos e azeite de alta qualidade a preços competitivos. A excelência de os seus produtos tem sido constantemente confirmada com diversos prémios, tanto nacionais como internacionais. Combinando características únicas e claramente distintivas dos restantes players deste sector, a Santa Vitória oferece grandes vinhos, uma cuidada oferta de gastronomia regional e inúmeras atividades lúdicas disponíveis ao público em geral. Tudo isto em plena planície alentejana, num ambiente marcadamente rural. Os visitantes podem ainda passear pelos 127 hectares de plantação de vinha e 150 hectares de olival.

atenções voltam-se para o Vila Galé Clube de Campo, onde, conforme refere o administrador do grupo está também a adega do vinho Santa Vitória. Com um conceito único, aliando turismo rural, enoturismo e diferentes atividades ligadas ao ecoturismo, o Vila Galé Clube de Campo, foi renovado em 2014 e a sua arquitetura e decoração inspiram-se na paisagem e na tradição alentejana. Com 81 amplos quartos e suítes, piscinas exteriores, campo de ténis, um restaurante de comida típica do Alentejo, um bar, spa com piscina interior, sauna, banho turco, ginásio, salas de massagem, e sistema de wi-fi gratuito em todas as zonas, o Vila Galé Clube de Campo está em perfeita comunhão com a natureza e propõe aos hóspedes o contacto com a quinta e horta pedagógica, que farão as delícias dos mais novos. Mas também com atividades como Jeep Safari, caminhadas, passeios a cavalo, de burro ou de charrete, tiro aos pratos, BTT, Moto 4, rapel, paintball, canoagem e mágicas viagens

Já no que diz respeito aos mercados que mais os procuram, o administrador da Vila Galé sublinha que no ‘‘Clube de Campo, o público é maioritariamente português, mas também recebemos brasileiros, espanhóis, franceses e norte-americanos.” Na hora de escolher uma das unidades do Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida refere que existem as duas situações, a daqueles que sabem esta vertente de enoturismo e os que desconhecem por completo: ‘‘Há quem procure e escolha estes hotéis por saber que têm uma oferta associada ao enoturismo, mas também há quem reserve sem saber e acabe por aproveitar e até ficar cliente dos vinhos Santa Vitória.” No que diz respeito à promoção desta vertente de enoturismo da Vila Galé, o mesmo responsável sublinha que a mesma é feita ‘‘em associação’’: ‘‘Por exemplo, nos 27 hotéis Vila Galé, em Portugal e no Brasil, além de estarem sempre expostos junto às receções e de serem servidos nos restaurantes, é possível adquirir todos os produtos da Santa Vitória (vinhos, azeites, vinagre). Por outro lado, em todas as feiras em Portugal e no estrangeiro nas quais a Vila Galé participa, a hotelaria e o enoturismo são sempre promovidos em conjunto com a marca Santa Vitória. E vice-versa. Também quando os vinhos Santa Vitória estão em feiras e outros eventos, o enoturismo e o Vila Galé Clube de Campo estão em destaque, já que é nesta herdade que são produzidos. E porque este hotel tem um conceito único na rede.”


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Vintage House Hotel Experiência autêntica

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The Fladgate Partnership, proprietária das casas de vinho do Porto Taylor’s, Croft, Fonseca e Wiese&Krohn, recuperou, há precisamente um ano, o emblemático Vintage House Hotel, em pleno coração do Douro Vinhateiro, no Pinhão, com o objetivo de proporcionar uma experiência autêntica do que a região tem para oferecer, das paisagens à gastronomia, com especial destaque para os vinhos. Atualmente com 47 quartos – todos com vista para o rio Douro – entre os quais quatro novas e espaçosas Master Suites, o Vintage House Hotel tem registado “taxas de ocupação altíssimas, que não se limitam à época alta”, segundo avançou à Revista Viajar o diretor-geral da unidade hoteleira, Paulo Santos.

Um dos destinos mais procurados “O Douro tem-se tornado num dos destinos mais procurados pelos turistas e também visitantes nacionais pelo que o Vintage House Hotel, pela localização privilegiada com vistas sobre a encosta vinhateira e atmosfera acolhedora e confortável que oferece, tem sido escolhido para estadias nesta região”, acrescenta, reforçando que o hotel “recebe muitos visitantes nacionais e também dos Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil e França.” O Vintage House Hotel está debruçado sobre o rio Douro, numa localização singular, não apenas pela vista panorâmica sobre a paisagem de vinhas dispostas em socalcos, mas também porque à sua porta se situa o porto de barcos, com embarcações de charme que fazem a travessia no rio e a ligação a várias quintas produtoras de vinho na região.

O hotel foi edificado sobre uma charmosa casa do séc. XIX, preservando alguns dos traços, tanto no exterior como no interior, e a decoração foi especialmente pensada para criar uma atmosfera acolhedora e confortável de refúgio campestre.

Pisa da uva No que diz respeito a atividades ligadas ao enoturismo no Vintage House Hotel, Paulo Santos salienta que as mesmas “estão disponíveis durante todo o ano. Estamos, claro, atentos ao feedback dos nossos hóspedes e procuramos adaptar a oferta de experiências à sua procura. Para além disso, temos a atenção de adaptar os nossos programas conforme as estações do ano, de forma a garantir o conforto dos visitantes e uma experiência completa no Vale do Douro. Nesta altura das Vindimas, o Vintage House Hotel propõe um pacote especial na Quinta da Roêda que inclui, para além da visita às vinhas e da prova Croft Pink, um piquenique clássico nas vinhas pautado pela paisagem envolvente e uma experiência da Pisa da Uva em lagares tradicionais”. De referir ainda o restaurante Rabelo, no hotel, que respeita as tradições gastronómicas da região, dando a conhecer os produtos locais e as receitas típicas. O vinho é obviamente um protagonista incontornável da experiência. O hotel reforçou a carta de vinhos, disponibilizando também opção de vinho a copo, de forma a dar a conhecer e a provar os vinhos da região e do país. É ainda possível fazer provas de degustação e até cursos sobre vinho. No exterior, a piscina convida a desfrutar de momentos de relaxamento nos dias quentes e o court possibilita partidas de ténis.

Cultura vínica Mas mais do que os serviços do hotel, o Vintage House pretende ser um ponto de partida para descobrir o Douro e, como tal, oferece programas complementares à experiência, como passeios de barco, passeios de bicicleta, visitas a quintas e outras atividades promovidas em parceria com agentes locais. Paulo Santos sublinha que “a cultura vínica tem ganho importância no turismo português e, cada vez mais, as regiões vinhateiras integram os guias turísticos. Os visitantes procuram conhecer a cultura do vinho e ter uma experiência completa que os faça sentir parte da tradição nacional. Assumimos o esforço de associações e órgãos oficiais para a divulgação do enoturismo em Portugal, com promoção de eventos relacionados como Rotas de Vinho, Guias Turísticos, entre outros. Acreditamos, porém, que este esforço de promoção interna e externa deve ser contínuo de forma a potenciar cada vez mais a divulgação deste território e da sua beleza natural.”


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Agências & Operadores

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Fred Lindgren é o novo country manager da Travelport Espanha

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Travelport anunciou que Fred Lindgren é o novo country manager da Travelport Espanha. Até ao momento, Lindgren assumia as funções de Director of Strategy for Agency Commerce. No novo cargo, será responsável por gerir as operações no mercado espanhol e consolidar o crescimento da multinacional, reportando a António Loureio, diretor-geral da Travelport para Portugal e Espanha. Fred Lindgren cresceu e viveu em Espanha durante 20 anos e em2014, integrou a Travelport. Conta com uma vasta experiência no setor das viagens, tecnologia e telecomunicações e é especializado em marketing. Antes de iniciar o seu percurso na Travelport, trabalhou numa grande empresa de telecomunicações, onde foi responsável pelo plano estratégico a nível mundial. “Tendo em conta que Espanha desempenha um papel fulcral na indústria de viagens, é

Soltrópico

lança programação para São Tomé e Príncipe até abril de 2018 O operador turístico Soltrópico acaba de lançar a programação para a ilha de São Tomé e Príncipe até 29 de abril do próximo ano, com base em voo da TAP e partidas às terças e quintas-feiras, sábados e domingo. A programação disponibilizada já se encontra disponível para reserva imediata na plataforma online do operador turístico, em www.soltropico. pt e inclui escapadinhas, combinados e circuitos, como por exemplo a Escapadinha São Tomé com duração de seis dias, com preços desde 677 euros e estadia na Sweet Guest House em regime de só alojamento. Ou ainda, o Combinado Roça São João 2 + 5 Cidade com duração de oito dias, com preços desde os 849 euros e estadia na Roça São João dos Angolares e no Hotel Residencial Avenida em regime alojamento e pequeno e almoço. No que diz respeito ao fim de ano 2017/2018, a Soltrópico tem partidas a 26, 28, 30 e 31 de dezembro, sendo que em regime de reservas antecipadas até dia 31 de agosto deste ano, destaca três ofertas. Com esta programação a Soltrópico lança também uma campanha de incentivos aos agentes de viagem com a cadeia hoteleira HBD, em que até ao dia 24 de dezembro, a agência que efetuar mais vendas para os hotéis Omali São Tome, Bom Bom Príncipe e Roça Sundy, através dos pacotes Soltrópico fica apta a usufruir da oferta de uma estadia de 5 noites (2 noites no Hotel Omali São Tomé + 3 noites no Hotel Roça Sundy). Os agentes de viagem podem obter mais informação desta campanha em www.soltropico.pt/campanhas.

crucial fornecer mais opções, maior personalização e maior flexibilidade na nossa oferta. Com o novo posicionamento do viajante e as tecnologias inovadoras, a indústria tem de mudar o paradigma do sistema tradicional de distribuição para um modelo que promova soluções tecnológicas de vanguarda que vão ao encontro das novas necessidades do setor”, refere Fred Lindgren. Já António Loureiro, diretor-geral para Portugal e Espanha, mencionou que a contratação de Fred Lindgren faz parte da estratégia da multinacional para reforçar a sua posição em Espanha: “Com a nossa plataforma diferenciadora, já temos a tecnologia certa, bem como as soluções e as pessoas adequadas para fornecer aos nossos clientes e parceiros o suporte no crescimento do seu negócio. Com esta contratação, temos o líder para concretizar, com sucesso, a transformação que pretendemos na indústria de viagens.”

Jetcost regista mais 32% em faturação nos primeiros 6 meses de 2017

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motor de busca de voos e hotéis (www.jetcost.pt) aumentou a sua faturação em 32% no primeiro semestre de 2017, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, mantendo assim a tendência já manifestada em 2016, ano em que a sua faturação se incrementou 91,5% (37,5 milhões de euros) em comparação com 2015. No ano de 2015, a Jetcost representava apenas 7,9% da faturação do grupo, no entanto no final de junho do ano passado já tinha passado para 13%, e neste momento representa 18,2% do total de faturação do grupo Lastminute.com. Para Fabio Cannavale, CEO do grupo lastminute.com ,”é intenção fornecer aos nossos clientes um conjunto de produtos relevantes e a possibilidade de poderem ser combinados e, assim, abranger todas as necessidades que

os nossos usuários podem ter ao longo da sua viagem em voos, hotéis, carros… Graças ao enfoque colocado na tecnologia de ‘ofertas em pacote’ que desde há anos estamos a efetuar, o grupo passou à frente dos nossos concorrentes, que oferecem aos viajantes propostas de grande valor”. O mesmo responsável disse ainda estar satisfeito com os resultados do motor de busca Jetcost nos primeiros seis meses do ano, porque “apesar de esperarmos bons resultados, não estava nas nossas previsões que as mesmas fossem ultrapassadas, depois do impressionante aumento na faturação que teve durante o ano de 2016. Atualmente, a sua contribuição para o grupo é responsável por quase 20% da faturação total do mesmo e esperamos que nos próximos 6 meses estes resultados sigam a mesma tendência.”

By Travel renova website A marca By Travel – Agências de Viagens, representada por um grupo de agências independentes, renovou o seu website: www.bytravel.pt, para comemorar os 7 anos de existência em Portugal. Mais completo, intuitivo e fácil de utilizar, com acesso rápido às principais ofertas em viagens e destinos inesquecíveis, o novo site está à distância de um clique. Recorde-se que existem 19 lojas do Grupo By Travel distribuídas pelo país.


Aviação

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TAP e Avianca Brasil anunciam acordo de code-share

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TAP e a Avianca Brasil acabam de assinar um acordo de code-share, que permite à companhia portuguesa comercializar mais de 50 ligações internas no Brasil, operadas pela sua parceira. A TAP coloca assim, a partir de agora, o seu código em rotas selecionadas operadas pela Avianca, com início esta segunda-feira, 7 de agosto. Ambas as companhias aéreas são membros da Star Alliance e reforçam agora a sua relação, bem como a relação entre Portugal e o Brasil, aumentando significativamente as opções de viagem dos passageiros que viajam entre os dois países. A TAP opera atualmente 73 voos semanais entre Portugal – Lisboa e Porto – e dez destinos brasileiros – Rio de Janeiro, São Paulo (Guarulhos), Belo Horizonte, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador, Natal, Porto Alegre e Belém, sendo a companhia aérea europeia a oferecer o maior número de voos entre a Europa e o Brasil. Por seu lado, a Avianca Brasil serve, atualmente, 23 destinos domésticos e três no

exterior, com 240 partidas diárias, e utilizando 50 aviões da Airbus – a frota mais jovem da América Latina. Como parceiras dentro da Star Alliance, os clientes da TAP e da Avianca beneficiam já de vantagens comuns, como a ligação dos seus Programas de Passageiro Frequente. A parceria com a Avianca permite à TAP colocar o seu código em voos internos de e para todos os destinos brasileiros TAP, à exceção de Belém, saindo sobretudo reforçados os gateways de Brasília, São Paulo e

também Rio de Janeiro, e sendo de destacar as seguintes ligações de e para as cidades Curitiba (Paraná), Florianópolis (Santa Catarina), Goiânia (Goiás), Aracaju (Sergipe), Cuiabá (Mato Grosso), Petrolina (Pernambuco), Maceió (Alagoas), Juazeiro do Norte (Ceará) e João Pessoa (Paraíba). Relembre-se que, em dezembro de 2015, a TAP iniciou uma parceria bilateral de codeshare com a também brasileira AZUL, com ligações para mais de 20 destinos internos no Brasil.

easyJet com nova rota entre Genebra e Funchal para o inverno 2018

Grupo Cathay Pacific

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O Grupo Cathay Pacific assinou um memorando de entendimento com a Airbus para adquirir 32 aviões A321neo. O avião será operado pela Cathay Dragon, a operadora regional do Grupo, em serviços que ligam a base de Hong Kong com destinos por toda a Ásia. O novo avião A321neo irá substituir e modernizar a atual frota de serviço da Cathay Dragon de 15 A320s e oito A321s, com o avião adicional permitindo que a companhia aérea capture oportunidades de crescimento na região. A rede Cathay Dragon cobre atualmente 56 destinos asiáticos, incluindo 28 na China continental. John Leahy, Diretor de Operações da Airbus, afirma: “A Airbus está orgulhosa de ter sido selecionada para fornecer a futura frota de corredor único da Cathay Dragon. Este é outro grande reconhecimento do A321neo como avião de eleição no segmento middle-market”.

easyJet acaba de anunciar o lançamento da rota GenebraFunchal, que terá a frequência de um voo semanal, à quarta-feira. A operação será exclusiva ao inverno 2018 e terá início no dia 1 de novembro 2017. Será possível viajar nesta nova rota a partir de 26,99€ (incluindo taxas administrativas para viagem de ida baseadas em dois passageiros e num sector).

No total, estão disponíveis cerca de 7.500 lugares anuais para esta nova rota entre Genebra e o Funchal, que é já a sétima rota da easyJet a partir da ilha da Madeira. Esta rota integra o horário de inverno da companhia e acrescenta uma ligação da Suíça para a Madeira, onde já existem voos para a cidade de Basileia. Para a Suíça, a easyJet voa os destinos Zurique, Genebra e Basileia a partir dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira. Para José Lopes, diretor da easyJet para Portugal, “o lançamento desta nova rota celebra o compromisso que a easyJet tem com a ilha da Madeira e com o aeroporto do Funchal. Estamos a abrir oportunidades para o futuro, tendo a easyJet aumentado o número de lugares para a Madeira: 100.000 novos lugares (domésticos e internacionais). Esta é uma das rotas que nos irá ajudar a ultrapassar o nosso objetivo de voar mais de meio milhão de passageiros este ano. Nunca foi tão fácil voar para a Madeira.”

assina memorando com Airbus para 32 aviões A321neo


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Cruzeiros

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Costa Cruzeiros celebra 70 anos com muitas ofertas

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Costa Cruzeiros, que irá assinalar 70 anos de atividade em 2018, prepara-se para celebrar a data com os clientes e agentes de viagens seus parceiros, promovendo um conjunto de iniciativas que irão sendo apresentadas durante os próximos meses. Para começar, a Costa propõe uma experiência ainda mais emocionante de “Felicidade ao Quadrado”. Os clientes que reservem um cruzeiro antes de 4 de dezembro de 2017, para viajar em qualquer data de 2018 num dos navios da frota Costa, vão receber um bónus de até 500 euros por cabine, a descontar numa seleção de experiências a bordo que lhes permitirão descobrir os melhores destinos

com a garantia das excursões Costa, relaxar com uma massagem depois de um dia intenso, degustar a gastronomia e os melhores vinhos, partilhar a experiência com os seus familiares e amigos graças ao pacote de wifi ou ficar com uma reportagem fotográfica para recordação. A promoção inclui os itinerários de 2018 a bordo dos navios Costa Diadema, Costa Fascinosa, Costa Deliziosa, Costa Magica, Costa Luminosa, Costa Favolosa, Costa Mediterranea, Costa neoClassica, Costa neoRiviera, Costa Pacifica e Costa Victoria. Raffaele D’Ambrosio, Diretor General da Costa España e Portugal, refere que em “70 anos de história, a Costa sempre demonstrou a capacidade de inovar na indústria dos cruzeiros,

estabelecendo novas tendências e ajudando-a a crescer para, dessa forma, corresponder a um universo de clientes cada vez mais amplo. Como pioneira no mundo dos cruzeiros, a Costa estudou e lançou novos serviços e itinerários, identificando as necessidades do mercado e os desejos dos seus clientes, que podem fruir dos destinos mais fascinantes do mundo com o maior conforto. Nesse sentido, pensamos que não haverá melhor maneira para dar início às nossas celebrações do que proporcionar uma oferta às pessoas que, hoje como ontem, confiam em nós e na nossa proposta de valor. 2018 será um ano importante para a Costa e teremos inúmeras oportunidades e momentos para o celebrarmos juntos”.

MSC Cruzeiros celebra float out do MSC Seaview

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MSC Cruzeiros e a Fincantieri, um dos maiores grupos de construção naval no mundo, celebraram, no final de Agosto, o float out do MSC Seaview, numa cerimónia que decorreu no estaleiro de Monfalcone em Itália, onde o navio está a ser construído. O MSC Seaview é segundo navio da geração Seaside da MSC Cruzeiros, inspirado num protótipo altamente inovador criado para aproximar os hóspedes do mar como nunca antes e adequado a climas quentes para uma melhor experiência de cruzeiro única ao sol e no mar. O navio será entregue em junho de 2018, apenas seis meses após o MSC Seaside começar a navegar em dezembro de 2017, realizando a sua primeira Grand Voyage de Trieste, Itália, para Miami, EUA, no dia 1 de dezembro desse ano. O MSC Seaview estará a realizar a sua temporada inaugural no verão 2018 pelo Mediterrâneo, oferecendo aos turistas a oportunidade de conhecerem as pérolas da região a bordo de um navio de cruzeiro como nunca. Os hóspedes terão a possibilidade de

descobrir sete magníficos portos diferentes, de quatro países, e tudo sem terem de desfazer a mala – Génova, Nápoles, Messina, Valetta, Barcelona e Marselha. Após a sua temporada inaugural, o navio seguirá o sol até ao Brasil e ao hemisfério Sul para a temporada de inverno 2018-2019, disponibilizando um itinerário com escalas em Santos, Ilha Grande, Búzios, Porto Belo e Camboriú. Pierfrancesco Vago, Executive Chairman da MSC Cruises, sublinha que: “O float out do MSC Seaview representa mais um marco importante na expansão da nossa frota. Este navio faz parte de um plano de investimento a dez anos que até 2020 permitirá a entrega de seis novos navios.” O float out é um marco fundamental na construção de um navio, pois é o momento em que a doca seca é inundada e o navio é movido para uma doca molhada,

onde entrará na sua fase final de construção. O exterior do navio já se encontra completo e os trabalhos continuarão para completar o interior do navio, equipamentos e instalações. Com 323 metros de comprimento e uma tonelagem bruta de 154,000 toneladas, o navio terá uma capacidade máxima para 5,179 passageiros.


Restauração

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Salmora

Perfeito para os paladares mais apurados

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restaurante Salmora, localizado junto à Marina de Vilamoura, no Algarve, faz a diferença na hora de apresentação dos seus pratos de sabores portugueses, com uma mescla de outros tantos mundiais, e com um toque asiático muito enraizado. Cada prato é uma descoberta dos mais genuínos paladares, colocando as nossas papilas degustarias todas as funcionar, mas não permitindo, muitas das vezes, logo à partida desvendar o que se está realmente a degustar. Momentos de sensações únicas que nos deixam com a vontade de repetir muito em breve. Daniel Raposo Azenha, de 28 anos, apesar da tenra idade, já demonstra uma experiência incrível no que toca à mistura de sabores, especiarias e dos ingredientes mais importantes: o peixe da costa portuguesa e a melhor carne dos nossos pastos. No dia em que a Viajar esteve no Salmora o chef residente preparou alguns dos pratos mais famosos do restaurante, que levam muitos dos seus clientes a voltarem para os degustar uma outra vez ou para experimentarem outros que vão sendo constantemente adicionados à carta. Foram eles: Cone tártaro de atum com marinada de limão e maionese de wasabi; Taco de novilho, com carne do acém angus (que cozinha durante seis horas), e adornado com especiarias mexicanas, guacamole e molho de cebola, malagueta e rebentos de

coentros; Hambúrguer de cabeça de lula em pão briche, com tinta de choco sépia, cogumelos shiitake e maionese de limão; Açorda à bulhão pato; Tarte de maçã.

Gastronomia de alta qualidade Daniel Raposo Azenha já passou por diversos restaurantes com estrela Michelin, como foi o caso do Penha Longa ou da Fortaleza do Guincho mas, mais recentemente, decidiu abraçar este projeto por ser “um conceito baseado na alta qualidade gastronómica, apesar de não procurar alcançar a estrela Michelin”. A cozinha aberta com mesas em seu redor ainda transmitem mais curiosidade e confiança aos clientes, podendo falar com o chef e seus colaboradores na hora da elaboração dos mais variados sabores. Apesar do restaurante estar situado na mais famosa marina do país, a Marina de Vilamoura, onde o índice de turismo estrangeiro é bastante elevado, o chef garante que “a maioria dos clientes é portuguesa”. Dai que “os pratos mais procurados e apreciados se mantenham na ementa todo o ano”. No entanto, por outro lado, há outros mais sazonais, adaptados à época do ano. Embora alguns pratos sejam da autoria de Daniel Raposo Azenha, certo é que tudo passa pela aprovação do chef executivo do grupo Miguel Perestrelo, assim como a elaboração da carta final apresentada.

Miguel Perestrelo é o chef executivo Miguel Perestrelo começou por tirar gestão de empresas, mas cedo descobriu o seu gosto pela cozinha, tendo tido uma das avós, “pessoa de mão cheia para a cozinha”, como a sua principal referência. “Quando tirei o curso ainda trabalhei na minha área de formação inicial mas, a certa altura, decidi que queria ter mesmo uma experiência profissional na cozinha. Comecei por fazer um estágio num restaurante italiano, em Lisboa, e adorei. Na cozinha encontrei aquilo que eu era realmente e do que gostaria de construir o meu futuro”, afirmou. No entanto, o chef executivo achou que deveria ter uma formação mais completa na área e foi estudar para Barcelona. Além de estudar por lá permaneceu a trabalhar, depois aceitou um outro desafio em Londres, até que veio para Portugal. “Estas experiências foram muito positivas para o meu desenvolvimento enquanto cozinheiro, até para me dar a perceção de que a cozinha é muito mais do que alimentar pessoas. É um passar de experiências, sensações...”. Ao chegar novamente a terras lusitanas começou por trabalhar com José Avillez, onde permaneceu alguns anos, até que surgiu esta oportunidade para ingressar no Salmora e criar vários conceitos, tendo o primeiro sido o de Vilamoura. “Esta é uma situação privilegiada porque o Algarve tem um produto do mar fantástico. É uma sensação única poder transformá-lo com a minha experiência, ganha nos locais por onde passei, incluindo a Ásia, dotando a minha cozinha de sabores ainda mais fantásticos e únicos. Nunca esqueço a cozinha portuguesa mas tento dar-lhe sempre um cunho muito próprio, onde os sabores orientais e de outras parte do mundo estão sempre presentes”, enalteceu. Dentro em breve o grupo irá abrir dois espaços na capital, um restaurante no Príncipe Real e outro mais ligado à pastelaria, assim como outros dois no Algarve.




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