AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO Outubro 2012
ctp Custos de contexto penalizam empresas
MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 307 - 2ª série Preço 2,00
Congresso
AHP
da Inovação é motor da evolução
Apresentado no
dia mundial do Turismo
Novo PENT
defende objetivos “mais realistas” guiados pela procura
moving your way Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes
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DOSSIÊ Transportes e Turismo
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apavt Congresso de 2013 na Terceira
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Em Foco
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O B S E R VA Ç Ã O
Sem Transportes não há Turismo Quando se fala em turismo, a primeira necessidade que vem ao imaginário do turista são os meios de transportes e alojamento que será utilizado para a viagem, criando a expectativa de hospitalidade, que constitui não apenas como ato de hospedar, mas receber o turista demonstrando que ele não é apenas um objeto de lucro, mas o reconhecimento como ser humano com necessidades e desejos a ser correspondidos. Isto será possível apenas com serviços de qualidade desde o embarque nos de meios de transportes marítimo, rodoviários, ferroviários e aéreos. Os meios de transportes podem constituir ainda como o próprio atrativo turístico não apenas na sua infra-estrutura, mas na qualidade de serviços oferecidos, e o conteúdo turístico incorporado ao meio. Para relacionar a importância dos meios de transportes no desenvolvimento do turismo, conceitua-se o turismo como deslocação de pessoas fora de seu ambiente habitual, que viaja a lazer, negócio ou outros motivos. Cabe ressaltar que o transporte é um dos três componentes fundamentais para o desenvolvimento do turismo. Os outros dois são a ofertas turísticas existente nos destinos e o mercado turístico, ou seja, os turistas. Parece obvio dizer que existe uma relação profunda entre os meios de transportes e o turismo”, principalmente hoje quando, muitas vezes o meio de transporte chega a influenciar decisivamente a opção pelo destino. Não é a toa que o desenvolvimento do segmento de viagens e turismo está intimamente ligado a evolução tecnológica dos transportes. Com a evolução tecnológica dos transportes, alavancou-se a atividade turística que é conhecida no mundo inteiro. Pode-se observar as viagens realizadas nos modernos aviões que fazem a travessia num curto espaço de tempo para qualquer lugar do mundo. Isso só foi possível graças às evoluções tecnológicas principalmente do automóvel e aviões a jato que contribuíram para a intensificação do turismo de massa existente no âmbito mundial.
Turismo de Portugal anuncia novas candidaturas a apoios do QREN
A
s empresas do setor do Turismo, particularmente as de pequena e média dimensão, que pretendam reforçar a sua competitividade através do seu melhor posicionamento nos mercados externos podem candidatar-se a financiamentos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) em duas fases: até 31 de outubro de 2012; e 22 de abril a 15 de julho de 2013. O concurso, de acordo com informação do Turismo de Portugal, destina-se a “Projetos Conjuntos de Internacionalização”, no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, mais concretamente aos investimentos que permitam às empresas um melhor conhecimento dos mercados, o desenvolvimento e promoção internacional das suas marcas, a prospeção e presença em mercados externos, assim como o marketing internacional. As PME que pretendam candidatar os seus investimentos devem contactar a Agência Regional de Promoção Turística da sua região, a quem cabe dinamizar e apresentar as candidaturas a este concurso no contexto do Polo de Competitividade e Tecnologia “Turismo 2015” - que ajusta os critérios dos concursos do QREN às prioridades de desenvolvimento do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT). São suscetíveis de apoio atividades nas áreas do alojamento turístico, restauração, agências de viagens, operadores turísticos e animação turística, desde que preenchidas as condições de acesso e elegibilidade. O incentivo a atribuir – não reem-
bolsável – pode ascender a um máximo de 180 mil euros por empresa participante no projeto conjunto. Os investimentos que se enquadrem no Polo de Competitividade e Tecnologia “Turismo 2015” - cujas candidaturas são apresentadas, em conjunto com as empresas, pelas Agências Regionais de Promoção Turística -, usufruem de uma majoração acrescida de 5%, relativamente à taxa base máxima de 45%, que pode ascender a 75 % para despesas relacionadas com a participação em feiras. O financiamento destes projetos é comparticipado pelo QREN através do COMPETE (Programa Operacional Fatores de Competitividade) e pelos Programas Operacionais Regionais – Mais Centro, O Novo Norte, InAlentejo, Algarve 21 e POR Lisboa. Entretanto, o Turismo de Portugal realiza até 13 de novembro, um conjunto de 7 ações de informação. Esta iniciativa nacional pretende divulgar e informar as empresas sobre os instrumentos de apoio financeiro disponíveis. Tem também como objetivo o reforço da proximidade do Turismo de Portugal às empresas, ouvindo as suas necessidades e informando quanto ao novo modelo de apoio financeiro ao setor, com particular enfoque nos instrumentos de apoio criados em parceria com as instituições bancárias. Cada ação de informação será constituída por uma sessão pública de apresentação e esclarecimento, por reuniões com empresários (previamente agendadas) e por visitas a empreendimentos turísticos de cada região.
Diretor Executivo Francisco Duarte
Administração e Redacção Rua Prof. Alfredo Sousa, nº1 1600-188 LISBOA Tels.: 21 754 31 90 e-mail: viajar@edimoto.pt
Editor EDIMOTO Soc. Publicações Periódicas, Lda.
Fotografia Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem Rogério Sarzedo, Raquel Madureira
Assinaturas Marcia Peroni e-mail: marciaperoni@edimoto.pt
PAGINAÇÃO Catarina Lacueva
DIRETOR geral José Madureira
Este conjunto de ações de informação, promovido pelo Turismo de Portugal, conta com a colaboração das Entidades Regionais de Turismo do Porto e Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve, bem como das Direções Regionais de Turismo dos Açores e da Madeira. Além da participação nestes encontros, que serão moderados por técnicos das entidades ligadas aos diversos mecanismos, os empresários podem ainda solicitar reuniões com os técnicos do Turismo de Portugal para esclarecimentos adicionais (com marcação prévia). No Algarve, o encontro está marcado para o dia 10 de outubro, no Auditório do Turismo do Algarve, em Faro, enquanto a reunião no Porto e Norte terá lugar a 17 de outubro no Auditório Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia. Os empresários da região do Alentejo encontram-se a 23 de outubro no Évora Hotel e de Lisboa e4 Vale do Tejo, a 30 de outubro, no Audirório da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. A sessão dos Açores estrá lugar a 6 de novembro, em local ainda a determinar e da Madeira está agendada para o dia 13 de novembro, no Salão Nobre do Governo Regional, no Funchal. A entrada é livre, mas o número de participantes nas sessões e nas reuniões é limitado à capacidade disponível.
Publicidade Teresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90 e-mail: teresagabriela@edimoto.pt
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Apresentado no Dia Mundial do Turismo
Novo PENT defende objetivos
“mais realistas” guiados pela procura
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a cerimónia das comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo, que se assinalou no passado dia 27 de setembro no Museu de Arte Antiga, em Lisboa, a secretária de estado do turismo, Cecília Meireles, apresentou a revisão do Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) em três linhas fundamentais, começando por propor a definição de objetivos “mais realistas” para o setor, que deve operar uma mudança de paradigma: “A fonte inspiracional dos agentes deve ser a procura e não a oferta”, disse. Depois das metas definidas para 2011 pelo PENT terem falhado – o crescimento projetado para as dormidas de estrangeiros era de 4,6%, mas o valor real situou-se abaixo de um por cento, com as receitas do turismo estrangeiro a ficarem 21,5% aquém do objetivo – o governo alerta para a importância de todos os agentes “perceberem o efeito que estes objetivos tiveram” visto terem tido “influência direta” nos maus resultados. “Não podemos continuar a construir mais, de forma megalómana e com recurso a crédito. Pelo contrário, o nosso foco tem que ser a reabilitação”, defendeu, ainda a propósito da primeira linha de orientação do PENT. O crescimento do número de camas “de acordo com o crescimento do número esperado de turistas”, acrescentou a secretária de estado, “teve como consequência os problemas financeiros e operacionais com os quais nos deparamos agora”. Cecília Meireles destacou, em linha com segundo enunciado do PENT, a importância de todos os intervenientes concertarem esforços e opiniões para que haja “um verdadeiro plano estratégico de todo o turismo”: “Obter um consenso será uma peça fundamental nesta revisão, pelo que já está a decorrer um processo de consulta aberto a todos os agentes do setor”.
A terceira e derradeira recomendação do novo PENT passa por uma “monitorização rigorosa e sistemática” da execução do plano. Só assim, insistiu, é possível “evitar desvios aos objetivos definidos e um desfasamento entre o que é planeado e o que é a realidade”. Caso venham a verificar-se, considerou, “devem ser corrigidos a muito curto prazo para não darmos indicações erradas ao setor privado”.
Governo entrega 13 medalhas de Mérito Turístico Durante a cerimónia, presidida pelo ministro da economia Álvaro Santos Pereira, o governo distinguiu um total de oito personalidades, quatro portuguesas, e cinco organismos que em 2012 se destacaram pelo papel relevante na promoção de Portugal além-fronteiras. O historiador José Hermano Saraiva “um grande divulgador de Portugal” recebeu, a título póstumo, a Medalha de Mérito Turístico Grau Ouro. Adília Lisboa, presidente da comissão executiva da CTP, a economista Maria José Catarino e a fadista Carminho receberam, por sua vez, a Medalha de Mérito Turístico em Grau Prata. O Grau Ouro foi ainda atribuído a Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, “um grande amigo de Portugal e um dos principais entusiastas da sustentabilidade da actividade turística”, à Ifema/Fitur que têm sido “um dos principais palcos de afirmação turística internacional” de Portugal, e ao grupo FTI cuja “programação e produção para Portugal tem aumentado significativamente nos últimos dois anos, cobrindo todo o continente, assim como os arquipélagos da Madeira e dos Açores”. A Itaka, a Aigle Azur e a Braztoa foram laureados com Grau Prata, à semelhança de três personalidades brasileiras: o ator e
encenador António Grassi, a cantora Roberta de Sá e o jornalista norte-americano Frank Bruni. A companhia aérea francesa, Aigle Azur, que tem “colaborado em muitas acções de promoção do destino Portugal em França”, a Braztoa, que é “um dos principais parceiros de Portugal na conquista e excelente performance do mercado brasileiro nos últimos anos”, o Itaka, “operador
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CTP defende adoção de medidas claras de estímulo à economia
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turístico polaco com maior oferta para Portugal e um dos parceiros do nosso País na captação de turistas e na afirmação da Polónia como um dos principais mercados emergentes ao longo dos últimos anos”.
A secretária de estado fez questão de salientar que esta é uma revisão “absolutamente comprometida” e que, por isso mesmo, estão já previstos oito planos de implementação: “Relativos à promoção e à venda, aos conteúdos e às experiências, aos produtos estratégicos, aos destinos turísticos, às empresas, à qualificação e ao emprego, às plataformas e canais de distribuição e à inteligência do mercado”. No final, Cecília Meireles reforçou a importância do turismo “enquanto setor exportador”, referindo que, “por não ser possível deslocalizar”, é um tipo de serviço que “pressupõe que todos os clientes passem a conhecer o nosso país”. Em jeito de homenagem, concluiu dizendo que em Portugal o turismo “está intrinsecamente ligado àquilo que significa ser português”.
Confederação do Turismo Português (CTP) entende a necessidade de serem cumpridas as metas acordadas com a Troika com o objetivo de combater o défice estrutural, mas continua a considerar fundamental a adoção de medidas claras de estímulo à economia. Para a Confederação do Turismo Português, as novas medidas anunciadas continuam a contribuir de forma inegável para o agravamento da retração do consumo dos portugueses e, consequentemente, contribuirão negativamente para a atividade das empresas que dependem do mercado interno. A Confederação do Turismo Português refere, em comunicado, que “continuará a defender, quer em sede de Concertação Social quer junto dos decisores, uma estratégia de equilíbrio orçamental baseada na contração da despesa pública e na aplicação de medidas que permitam evitar a baixa de consumo, e ainda medidas que eliminem as barreiras aos setores exportadores, como é o caso do Turismo”. Em face da gravidade do aumento da carga fiscal anunciada, a qual abrange todo o tipo de rendimentos tributáveis, incidindo embora, com maior peso relativo, nos rendimentos do trabalho, a CTP defende que irá trabalhar em estreita colaboração com o Ministério da Economia e Emprego, não só no sentido de encontrar soluções para atenuar os efeitos altamente penalizadores do atual agravamento dos custos de contexto, como também em medidas que possam promover, de forma significativa, a competitividade do setor do Turismo e das suas empresas. “Os referidos custos de contexto têm vindo a asfixiar de forma crescente as empresas turísticas, alvos fáceis pela transversalidade das suas atividades, e, por outro lado, o destino Portugal e os das suas regiões têm que poder definitivamente rentabilizar a sua excelente capacidade instalada e infraestruturação, pois, na conjuntura económica que o país atravessa, as empresas do se-
tor do Turismo têm que ser olhadas como podendo constituir a salvação da economia portuguesa, no curto prazo”, considera ainda a estrutura de cúpula do setor.
CTP saúda governo por ter recuado no TSU Após a reunião que decorreu em sede de Concertação Social, a Confederação do Turismo Português saúda o Governo por ter abdicado do agravamento das contribuições dos trabalhadores, através do financiamento da descida da Taxa Social Única (TSU) para as empresas. Pese embora esta disponibilidade, a CTP aguarda com expectante preocupação a proposta de Orçamento de Estado a ser apresentada, reafirmando que deseja a apresentação de medidas que salvaguardem a economia nacional, nomeadamente não agravando as condições de consumo. A Confederação do Turismo Português saúda ainda o anúncio do corte na despesa do Estado, em 4 mil milhões de euros, durante 2013 e 2014, e o empenho do Primeiro Ministro para encontrar alternativas que visem estimular a competitividade e o combate ao desemprego. É este o caminho que deve ser seguido, visando a recuperação das contas públicas e relançamento da economia. Nesta reunião, a Confederação do Turismo Português manifestou a importância do consenso social em relação às medidas de austeridade que se tornam imperativas face à nossa dependência financeira dos nossos credores e alertou para a importância da estabilidade social para a credibilização da imagem externa de Portugal, que assume extrema relevância para as empresas exportadoras e em especial para as empresas turísticas. A Confederação do Turismo Português voltou a defender a descida das taxas de IVA na Restauração e no Golfe como forma de evitar o encerramento de milhares de empresas e como forma de combater a taxa de desemprego.
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Lhana Beach marca a retoma de investimentos turísticos em Cabo Verde
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entro de dois anos e meio, a Praia de Ponta Preta em Santa Maria terá a funcionar mais um empreendimento de luxo com cerca de 600 suites. Orçado em 80 milhões de euros, esta unidade hoteleira é, para o primeiro-ministro José Maria Neves, o exemplo de que está a surgir em Cabo Verde uma nova vaga de investimentos. A cerimónia de lançamento da primeira-pedra aconteceu no passado dia 28 de setembro, na ilha do Sal. Lhana Beach Hotel é o terceiro empreendimento turístico do grupo britânico Resort Groupe PLC na ZDTI de Ponta Preta, ilha do Sal. A cadeia inaugurou há dois anos o Tortuga Beach e tem em fase final de construção o Dunas Beach. A nova unidade hoteleira comporta 601 suites, sete piscinas, discotecas e sportbars, mini club de crianças, quatro restaurantes, ginásio, cyber café, pavilhão para casamentos, salas de reuniões, desportos náuticos e sala para teatro.
Seminário “Polos e Clusters: Oportunidades e Sinergias com o Setor do Turismo” a 23 de outubro em Coimbra O Polo de Competitividade e Tecnologia Turismo 2015 está a desenvolver uma ação que pretende estimular a interação do Turismo com os setores da economia nacional representados noutros Polos e Clusters. Trata-se de um seminário a realizar no próximo dia 23 de outubro, em Coimbra, no auditório do ISCAC – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra. O seminário contará também com uma componente de exposição com vista à criação de oportunidades de negócio. De acordo com informação veiculada pelo Turismo de Portugal. pretende-se com este evento lançar as bases para um relacionamento mais aprofundado entre os produtos estratégicos do PENT e os produtos de outros Polos e Clusters, acrescentando valor ao Destino Portugal através das sinergias e do estímulo à inovação. Prevê-se a adesão de um número significativo de Polos e Clusters, que terão aí a oportunidade para apresentarem ou divulgarem produtos e serviços que, na relação com o setor do Turismo, gerem oportunidades de competitividade para as empresas. Esta relação entre setores proporcionará simultaneamente uma visão mais globalizada da economia nacional, contribuindo para reforçar a atratividade do destino Portugal.
O arranque das obras está previsto para o fim do ano e deve ser executado num prazo de 36 meses pela empresa São José Construções. Além da mão-de-obra necessária para erguer este empreendimento turístico, o hotel prevê dar emprego a cerca de 300 pessoas quando entrar em funcionamento no início de 2015. O projecto está avaliado em 80 milhões de euros.
Para José Maria Neves, o Lhana Beach Hotel representa a retoma dos investimentos turísticos no país. “Temos de mobilizar todos os empresários nacionais e estrangeiros, estimular o aproveitamento das oportunidades de negócios, desenvolver mais o turismo para gerarmos muito mais emprego e muito mais rendimento para as pessoas. Portanto, este investimento vem num bom momento, é uma referência e uma prova de confiança para com o futuro de Cabo Verde”. Segundo o presidente do grupo, Robert Jarrett, o empreendimento representa mais um passo para um turismo de qualidade. Por isso, a cadeia já anunciou a construção de mais seis resorts na ZDTI de Santa Mónica, na ilha da Boa Vista, num período de 12 a 15 anos. Este investimento irá comportar um total de 4.373 quartos numa área de 77 hectares. O grupo projeta ainda mais um hotel de negócios na cidade da Praia. Todos estes projectos estão estimados em 800 milhões de euros.
André Jordan distinguido pelo Município de Sintra Como forma de reconhecer o trabalho realizado em prol do desenvolvimento da região, Fernando Roboredo Seara, presidente da Câmara Municipal de Sintra, atribuiu ao empresário André Jordan, a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro. “Uma forma simbólica de realçar o empenho do empresário na dinamização do concelho, atuando em áreas tão relevantes como o turismo, o imobiliário, o desporto, a cultura, promovendo concomitantemente ativas políticas de responsabilidade social e ambiental”, destacou o autarca.
A cerimónia, que decorreu no Clubhouse do Belas Clube de Campo, contou com a presença de várias entidades que desta forma quiseram homenagear André Jordan neste dia especial em que também se comemorava o seu aniversário. Jorge Sampaio, os embaixadores da Noruega, da Suíça e da CPLP, diversos vereadores da Câmara Municipal de Sintra, João de Deus Pinheiro, Paulo Fernandes, António Ponces de Carvalho, Nunes Fernandes Tomás e Alexandre Solleiro foram algumas das inúmeras individualidades que marcaram presença no evento.
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Cristina Siza Vieira, diretora executiva da AHP
A inovação é o motor da evolução O
poder da inovação é a temática central do 24º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo. Com Cristina Siza Vieira, diretora executiva da AHP, associação organizadora deste congresso, a Viajar falou precisamente de inovar o quê e porquê, mas também das grandes preocupações da hotelaria portuguesa. Se no congresso do ano passado já se tinha que era necessário revolucionar alguma coisa, o congresso de Tróia pretende mostrar que a inovação é a ferramenta, o instrumento dessa revolução.
outros países...
Viajar- O tema central deste congresso é inovar. Inovar o quê e porquê?
Cristina Siza Vieira – É preciso inovar, ser criativo, diferenciarnos do que já está a ser feito. A inovação é o motor da evolução. No congresso do ano passado já tínhamos concluído que era necessário revolucionar alguma coisa e, a inovação é a ferramenta, o instrumento dessa revolução. Consideramos inovar de A a Z: inovar nas organizações, na liderança, na forma como as organizações olham para dentro, como olham para os mercados e, portanto, este congresso vai analisar temas desde como inovar na liderança até como inovar na forma como Portugal se posiciona, onde deveríamos estar e qual o caminho para lá chegar. Por outro lado, achamos que há uma energia positiva para este congresso, desde o programa aos temas a abordar. Acho que isto neste momento é essencial, quem não é positivo, quem não é otimista, quem não sabe dar e provocar bem estar nos outros não pode estar na hotelaria e no turismo. Este congresso pretende, assim, puxar por esse lado positivo ainda mais agora em que estamos num contexto de recessão e de crise que nos puxa para baixo. V – Numa altura de recessão e de crise acha que é tempo para otimismo ou para preocupações?
CSV – Os dois tempos andam juntos. Devemos ter preocupação com o que se está a passar designada-
mente na Europa, mas há tempo para otimismo. Portugal tem tido uma performance boa, temos conseguido afirmar-nos à nossa escala, somos um país a crescerem termos do ranking do turismo, portanto, também há razões para sermos positivos e otimistas em termos do que o futuro nos reserva e não pensarmos só no curto prazo. Ser positivo não é ser um otimista iludido, é pensar que temos crises, atravessamos ciclos que se fecham e outros que se abrem e neste momento é o que está a acontecer. Fechou-se um ciclo, alguma coisa mudou profundamente nos parâmetros e padrões dos mercados emissores e dos consumidores, portanto, temos que nos preparar-nos com espírito positivo para essas mudanças e refletir o que elas exigem da parte de Portugal , dos líderes e dos produtos turísticos portugueses. V – Um dos painéis do congresso vai debater a inovação na liderança? O que pressupõe?
CSV – Todas as organizações, grandes ou pequenas e em qualquer área de atividade têm uma coisa em comum que são as pessoas e, é preciso ter à frente delas quem tenha visão, quem saiba gerir as pessoas, quem saiba para onde é que vamos. Neste momento em que estamos nesse fechar de ciclo, é necessário saber como é que é gerir em crise, como é motivar as pessoas. Quando
não se podem fazer aumentos salariais, quando não há progressão na carreira, quando as pessoas já não têm o emprego para toda a vida, pretendemos saber o que é que as empresas estão a oferecer de novo ao nível da aprendizagem e como é que cativam e recolhem talentos. É preciso inovar para que a liderança possa afirmar-se em toda a organização. V – Inovar: Fazer mais com menos recursos é também uma das mensagens deste congresso. O que se pretende com esta discussão?
CSV – Fazer mais com menos recursos é fazer render os talentos que Portugal tem, é fazer render as nossas organizações, é fazer render uma coisa fantástica que temos que são 200 milhões de falantes da língua portuguesa, é fazer render as nossas relações com a África e com o Brasil. É perceber que se há menos recursos para a promoção e para o financiamento, onde é que devem ser alocados. É escolher bem porque os recursos são mais escassos. Muitas vezes a crise aguça este engenho. Hoje há outras formas de estar nos mercados, nas redes sociais e até na captação de interesses que exigem menos investimento financeiro. V – Daí terem convidado oradores portugueses que se afirmaram lá fora pela inovação bem como de
CSV – É o caso do Pedro Marques, CEO da Kenoa Resort no Brasil, pois é possível fazer bem e diferente num mercado que não é tão evidente e fácil como o Brasil. É possível um português como Miguel Guedes de Sousa afirmar-se numa grande cadeia internacional e que agora que está de volta, trazer o que aprendeu lá fora, o que para nós é importante no sentido de abrirmos ao mercado asiático, num momento em que a Europa está “anémica”. Ideias trazem novas e boas ideias. Vamos também ouvir um grupo mexicano que venceu em Nova Iorque. É preciso perceber como é que isto aconteceu, que caminhos foram traçados e que estratégias foram seguidas para chegar onde estão agora. V – O Algarve é um dos temas deste congresso. Porquê?
CSV – O Algarve preocupa-nos. O Algarve não pode continuar a afirmar-se como destino de sol e praia na época baixa. Portanto, achamos que a região tem que se reinventar, redescobrir-se e encontrar-se a ele próprio. Como é que se vai posicionar, o que é que quer afirmar como motivação para se estar lá no Inverno, são as nossas preocupações. O Algarve tem tido quebras imensas e uma sazonalidade cada vez mais cavada, o que leva ao encerramento dos hotéis na época baixa, a que as companhias de aviação percam interesse em voar nessas alturas, em que os negócios do golfe, da restauração e da animação turística sofrem com esta sazonalidade, e não devia ser assim. Este painel tem como objetivo perceber o que é que o Algarve tem para oferecer na época baixa e poder competir com concorrentes a nível de sol e praia. V – De uma forma geral a hotelaria portuguesa é inovadora?
CSV – A hotelaria portuguesa é um excelente produto. Temos o melhor hardware da Europa, tal como a sua implantação territorial, mas o turismo não vive só da hotelaria. V – Quais são os grandes
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problemas que a hotelaria portuguesa enfrenta neste momento?
outra forma a AHP está próxima dos seus associados?
CSV – Esta situação de não haver financiamento para a tesouraria é um problema para a hotelaria nacional. É um problema a quebra dos mercados português e espanhol. Por outro lado, há uma sobre dimensão da oferta o que tem significado uma certa distorção do mercado. Apesar de termos vindo a crescer sustentavelmente, e Lisboa é um exemplo disso, e as receitas turísticas estarem a crescer, as do alojamento não, porque a capacidade instalada é maior que a procura. Além disso há uma série de taxas que são profundamente lesivas do interesse turístico nacional e não só da hotelaria. Há pouco ouvimos a entidade reguladora das águas dizer que há situações onde o metro cúbico do fornecimento de água é distinto de concelho para concelho. Isto distorce a coesão nacional e a oferta. Tem que haver condições idênticas para estar no mercado. Entre situações de financiamento, de mercado que não está suficientemente regulado, da quebra evidente da procura ao nível do mercado, sobretudo, luso/ibérico, são as nossas preocupações. O que se avizinha para o ano de 2013, sobretudo na época baixa é motivo de preocupação para a associação.
CSV – O projeto TTT é uma forma de estarmos sempre próximos dos nossos associados porque, organizamos eventos em todos o país, workshops e seminários. Temos também a plataforma online onde fazemos uploads de estudos e onde os nossos parceiros fundamentais colocam as suas ofertas de produtos e serviços. Temos uma newsletter semanal onde vamos colocando toda a informação e os dossiês que estamos a acompanhar, bem como os seminários e worshops onde intervimos. Somos uma associação cada vez mais próxima dos seus associados.
V – Além da realização do congresso anual, de que
V – Recentemente o governo anunciou novas de linhas de apoio ao investimento, cujo objetivo é apoiar a requalificação em detrimento da construção. Qual é a opinião da AHP a este respeito?
CSV – É sempre necessário apoiar a requalificação porque os hotéis, pelo desgaste que sofrem e porque a questão da inovação do produto o exige, precisam de grandes remodelações, o que apoiamos. No entanto, o que tínhamos dito na altura é que para a hotelaria de média dimensão, esse apoio devia ser de 100%. Não apoiamos a construção, não
apenas no sentido de proteção da oferta instalada, mas de estratégia do turismo nacional porque, senão o preço vai baixando e posicionamo-nos num mercado onde não queremos estar. Portanto, estamos inequivocamente de acordo com as as medidas que apoiam a remodelação, mas no caso concreto é insuficiente para a hotelaria de média dimensão. Também tínhamos dito que algumas condições, como as taxas de juro, não eram particularmente interessantes, mas compreendemos que são as possíveis. O esforço do Turismo de Portugal está alinhado com e esforço nacional e, portanto, não poderia ser muito superior. Em termos estratégicos, estas medidas estão corretas, mas em termos operacionais falta-lhes alguma agilidade para algumas situações. Também consideramos que é preciso ser crítico e criterioso no tipo de projeto que se apoia. V – O novo PENT acaba de ser apresentado. O que é que este documento significa para a hotelaria?
CSV – Tivemos ainda uma primeira apresentação. O que sabemos é que se trata de um realinhamento, redefinição e reajustamento das metas, objetivos, dos instrumentos e ferramentas no anterior PENT. Consideramos importante um instrumento estratégico onde estejam alinhados onde estamos e onde é que queremos estar, que caminhos temos de percorrer até lá chegar e que ferramentas e instrumentos é que temos de utilizar para o efeito, deixando de lado as questões numéricas.
Ter um plano estratégico é definir que não faz sentido ter mais oferta hoteleira quando a que possuímos ainda não está na sua total capacidade, é orientar não só o setor privado mas também o público. Achamos, por outro lado, que é preciso monitorizar a sua aplicação, o que falhou no anterior PENT. Saber onde estamos e como vamos monitorizando o caminho que estamos a seguir é fundamental. Além disso, parace-nos interessante o cruzamento da matriz entre os produtos e os destinos, porque não há um mono produto e um mono destino. Era necessário reajustar o PENT e esta nova realidade e definir novos caminhos e novos objetivos. V – Como carateriza este ano turístico?
CSV - Os dados que temos é de uma grande quebra do turismo nacional e espanhol. Já tínhamos tido muitos sinais maus na Páscoa e, o inquérito que fizemos aos nossos associados das perspetivas para o verão, revelam que estavam certos. Ou seja, não foi um mau Verão em termos de ocupação, mas no acumulado, de janeiro a julho, as taxas de ocupação desceram, tal como o preço médio por quarto vendido como por quarto disponível. Podemos dizer que o Verão esteve bastante alinhado com o mesmo período do ano anterior. O mercado brasileiro teve um comportamento excelente, o alemão também e o mercado francês foi interessante. Não foi no total um ano negativo embora não tenha sido compensado pelos ganhos dos outros mercados emissores. Acho que temos espaço para crescer no mercado russo e temos que começar a piscar os olhos à Ásia, designadamente o mercado chinês. Há problemas de ligações aéreas, mas é preciso perceber melhor o que os motivaria a vir a Portugal. Não somos um destino de passagem. Só vem a Portugal quem quer vir. Temos é que arranjar formas de concorrer com outros destinos e permitir que haja vontade de vir a Portugal pelo que nos diferencia. O terceiro trimestre vai ser mais gravoso, sem contar com a época baixa de 2013, pois o mercado nacional vai continuar a cair a pique. Esta imprevisibilidade é bastante complexa para o turismo.
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Gerir compras em hotelaria e restauração é inovar A
central de compras de hotelaria e restauração, Hotelshop, criada em 2007 “veio revolucionar a forma como compradores e vendedores do chamado canal Horeca se relacionam entre si porque, veio inserir um elemento bastante inovador que é o do consultor de compras especializado, que conhece os fornecedores, que tem uma equipa com know how na área das compras e que aconselha os hotéis e restaurantes na seleção dos melhores fornecedores de bens e serviços que adquirem”. Quem o diz é o seu presidente, Miguel Paredes Alves, em declarações à Viajar. “Isto é claramente inovação e com resultados palpáveis, pois conseguimos aferir dos resultados desse nosso trabalho. Inovador e vantajoso, ao contrário de muitas ideias que são inovadoras, mas depois não têm rentabilidade na prática”. Daí que, tempo, know how e poder negocial são, para Paredes Alves, os três elementos chave da atividade desta central de compras. Mas não é só isso. Estar na Hotelshop é beneficiar de um serviço de processamento de faturação e pagamentos de uma só vez, através de um débito em conta de forma simples e sem qualquer custos administrativos. Da mesma forma, os fornecedores podem fazer a cobrança das suas faturas sem necessidade de um departamento de cobranças, que exige muito trabalho e burocracia. A redução de custos é outro fator chave. Quem adere a esta central de compras consegue, segundo Miguel Paredes Alves, reduzir custos na ordem dos 15% a 17% em média, no preço dos produtos comprados, mas também administrativos inerentes aos processos de compra e venda. Esta central de compras carateriza-se também como inovadora na forma como coloca a informação à disposição dos seus sócios, cada vez mais usando plataformas online, mas também na sua intranet onde se podem consultar os preços negociados. Por isso, Miguel Paredes Alves
aconselha que “devemos ser agressivos nas vendas e unidos nas compras”, acrescentando que “aquilo que hoje não ganhamos nas vendas podemos ganhar nas compras”. A Hotelshop, quando começou a sua atividade, e hoje é a única central de compras para a hotelaria e restauração, tinha apenas 5 hotéis e um campo de golfe. Volvidos cinco anos, tem mais de 200 hotéis, restaurantes e instituições sociais e mais de 140 fornecedores contratados “um longo caminho de afirmação junto do mercado, daí estarmos satisfeitos com a evolução da cooperativa”, realçou o seu presidente, para acrescentar que “mais do que os números representam, o importante é sabermos que os nossos sócios confiam e acreditam na sua central de compras e fazem um volume de aquisições de bens e serviços cada vez maior através dos fornecedores que contratamos, o que nos permite já um currículo importante”.
Workshop “Reduzir custos” À semelhança do que tem acontecido periodicamente, no dia 20 de Novembro, em Vilamoura, a central de compras vai promover um workshop com o tema “Reduzir Custos”, com a presença de 200 responsáveis de compras da hotelaria, restauração e instituições sociais do Algarve e cerca de 30 fornecedores seleccionados. O evento inclui um seminário técnico focalizado na temática da gestão de
compras, um workshop com fornecedores e diversas atividades paralelas, incluindo mostras de produtos, degustações e provas de bebidas. Esta iniciativa, que tem um duplo objetivo, visa “apoiar as nossas empresas de hotelaria, restauração e instituições sociais no esforço de racionalização dos seus custos, que é absolutamente vital para a sua sobrevivência nos tempos difíceis em que vivemos. É por isso importante tomar contacto, de uma forma direta e acessível, com os conceitos mais actuais e as melhores práticas na área das compras de produtos, equipamentos e serviços”. Esta ação pretende, por um lado “dar informação em relação aos melhores fornecedores do setor, que para nós é importante porque, há cerca de 10 mil fornecedores na área do abastecimento do canal Horeca, mas é impossível conhecê-los a todos, portanto fazemos uma seleção dos mais ativos e que têm a melhor relação qualidade/preço no Algarve. Por outro lado ter por objetivo a formação “que passa por transmitir as melhores práticas em relação a esta área das compras, que tem sido o parente pobre da formação na hotelaria e turismo”. Para o presidente da Hotelshop, as escolas de hotelaria e turismo dão uma atenção muito especial aos recursos humanos, marketing, gestão financeira e todos os aspetos ligados às tecnologias, mas “falham na área das compras, que é onde se gasta mais de um terço do budgets dos hotéis e restaurantes e
onde há um enorme potencial para redução de custos”. Em anos ímpares, recorde-se, a Hotelshop organiza a sua convenção em Lisboa. Entretanto, a HotelShop lançou um Programa de Certificação de Fornecedores, uma iniciativa que tem por objectivo identificar os “fornecedores que mantêm, de forma consistente, padrões especialmente elevados de qualidade dos seus produtos e serviços”. Neste processo já estão certificados 11 fornecores e “muitos mais se seguirão” na opinião de Paredes Alves. “Com este Programa de Certificação, a HotelShop alcança um novo patamar na sua função de avaliar e qualificar os fornecedores da Hotelaria e Restauração. Numa área onde competem milhares de empresas, com diferentes níveis de qualidade do produto e do serviço, o selo de Fornecedor Certificado vai contribuir para ajudar os compradores a fazer as melhores escolhas”, explica. O programa, que tem por base a informação que os sócios da HotelShop fornecem à central sobre a performance dos diferentes fornecedores, bem como dos próprios fornecedores, assenta em sete critérios objectivos, nomeadamente tempo de permanência na HotelShop, índice de reclamações, número de sócios abastecidos, inquérito aos sócios compradores, cumprimento de prazos de facturação, declaração do fornecedor e historial de relacionamento com a HotelShop. Com base neste programa, a HotelShop recomenda aos seus sócios que atribuam uma maior prioridade aos Fornecedores Certificados, onde a probabilidade de ocorrência de custos de não qualidade é mais limitada. “De modo geral, um fornecedor certificado custa menos ao comprador, em função da menor exigência da inspecção de recebimento, da redução de stocks e do decréscimo de custos de falhas internas e externas como consequência de uma qualidade consistente”, explica ainda a HotelShop.
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Julho de 2012, segundo o INE
Dormidas na hotelaria aumentam 1,4% e proveitos sobem 1,5% D
ados do INE apontam que a hotelaria em Portugal registou 5,1 milhões de dormidas em julho de 2012, mais 1,4% do que no mesmo mês de 2011. Mais uma vez, este aumento é devido aos residentes no estrangeiro (+4,8%), já que os residentes em Portugal mantiveram a evolução negativa (-5,3%), que se tem vindo a registar desde há onze meses. Os proveitos apresentaram aumentos comparativamente com julho de 2011, de 1,5% para os proveitos totais e de 3,8% para os de aposento. Estes resultados, de acordo com a última informação do INE, representam uma inversão de tendência após quatro meses consecutivos de resultados decrescentes. No período de janeiro a julho de 2012 os estabelecimentos hoteleiros acolheram 7,8 milhões de hóspedes, menos 1,5% do que no período homólogo do ano anterior. As dormidas atingiram 21,9 milhões, número semelhante ao do mesmo período do ano anterior (-0,4%). Os residentes mantiveram uma acentuada evolução negativa em termos de dormidas (-9,1%). Pelo contrário, manteve-se a tendência de crescimento das dormidas dos residentes no estrangeiro (+3,9%). No mês de julho, a hotelaria alojou 1,6 milhões de hóspedes, ligeiramente aquém do número de julho do ano anterior (-0,9%). As dormidas, que totalizaram 5,1 milhões, aumentaram 1,4%.
Mercado interno a cair O INE esclarece ainda que as dormidas dos residentes persistiram em tendência decrescente, que se verifica há onze meses consecutivos. Totalizaram 1,6 milhões de dormidas (31,5% do total), menos 5,3% do que em julho do ano anterior (com um peso de 33,7%). Os residentes no estrangeiro originaram 3,5 milhões de dormidas,
da taxa de ocupação foi maioritariamente negativa, nomeadamente nas pousadas (-21,3 p.p.).
Positiva a evolução dos proveitos
superando as do período homólogo em 4,8%. O conjunto dos principais mercados emissores representava 74% das dormidas de não residentes e revelaram um comportamento maioritariamente positivo em julho. Os melhores resultados pertenceram ao mercado francês (variação homóloga de +17,5%), ao alemão (+15,2%) e ao brasileiro (+10,4%). Pela negativa, observam-se os decréscimos homólogos dos mercados espanhol (-14,4%) e italiano (-6,2%). De referir que o mercado espanhol está em contração há dez meses consecutivos e o italiano há três. As regiões do Algarve e de Lisboa apresentaram os maiores acréscimos homólogos das dormidas (+4,6% e +4,2% respetivamente). O Alentejo cresceu 1,8%, após seis meses consecutivos de resultados descendentes. As restantes regiões reduziram o número de dormidas, com maior impacto nos Açores (-7,2%). O Algarve beneficiou do aumento da procura dos principais mercados emissores da Região, nomeadamente o alemão (+17,4%), o holandês (+8%) e o britânico (+5,4%). Pelo contrário, o mercado espanhol e o interno decresceram (-17,9% e -2,1% respetivamente). Em Lisboa, destacam-se os contributos positivos do mercado alemão (+15,1%), do francês (+11,4%) e do brasileiro (+9,3%). Dos princi-
pais mercados, decresceram o espanhol (-11,4%) e o italiano (-6%), indica, por outro lado, informação do INE. Lisboa foi a única região em que o mercado interno revelou uma relativa estabilidade (+0,3% de dormidas). Nas restantes, observou-se uma contração, mais expressiva nas Regiões Autónomas (-18% na Madeira e -12,9% nos Açores) e no Norte (-11,4%). A taxa de ocupação-cama dos estabelecimentos hoteleiros foi de 54,9%, ligeiramente inferior à de julho de 2011 (55,8%). Lisboa foi a única região a apresentar um ligeiro aumento homólogo deste indicador (+0,8 p.p.). As restantes reduziram os níveis de ocupação, com maior intensidade no Norte (-3,2 p.p.), no Centro (-2,4 p.p.) e nos Açores (-2,2 p.p.). O Algarve registou o valor mais elevado da taxa de ocupação (68,9%), seguido pela Madeira (65%), por Lisboa (58%) e pelos Açores (55,2%). Os hotéis-apartamentos apresentaram o melhor resultado na taxa de ocupação (67,1%), destacandose as unidades de cinco estrelas (73,2%) e as de quatro (69,5%). Seguiram-se os apartamentos turísticos (62,2%), e os hotéis (54,7%). Nestes, salientam-se também as unidades de cinco estrelas (63,1%) e de quatro (60%). Em termos homólogos, a evolução
A evolução dos proveitos dos estabelecimentos hoteleiros foi positiva, após um período negativo de quatro meses consecutivos, tanto para os proveitos totais como para os de aposento, sublinha o documento, para acrescentar que os proveitos totais atingiram 240,1 milhões de euros em julho, mais 1,5% do que no período homólogo. O crescimento dos proveitos de aposento foi superior (+3,8%), correspondendo a 176,5 milhões de euros. O Algarve manteve a liderança, tanto no valor dos proveitos obtidos, como na variação homóloga, com aumentos expressivos em ambos os indicadores de proveitos. Em termos de variação face a julho de 2011, foi secundado pelo Alentejo (+5,9% nos proveitos totais e +4,5% nos de aposento). De um modo geral as restantes regiões evoluíram negativamente, com maior expressão nos Açores. O RevPAR foi de 43,1 euros, ligeiramente superior ao do período homólogo (+0,9%), indica aindao documento do INE. As regiões com maior rentabilidade média por quarto foram o Algarve (62,7 €) e Lisboa (47,1 €). Em termos de evolução homóloga, resultados positivos ocorreram na Madeira (+5,4%), no Algarve (+4%) e no Alentejo (+2,6%). As restantes regiões decresceram, com maior impacto no Norte (-7,3%), nos Açores (-5,6%) e em Lisboa (-5,2%). Os aldeamentos turísticos apresentaram o valor mais elevado do RevPar (58,4 €), correspondendo igualmente ao maior acréscimo homólogo (+24%). Em termos de rentabilidade média destacaram-se também as pousadas (55,4 €) e os hotéis-apartamentos (53,1 €).
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Myriad by SANA Hotels
A nova coqueluche de Lisboa P
aredes meias com a icónica Torre Vasco da Gama, o Myriad by SANA Hotels, que abriu as portas em regime de soft opening no passado dia 20 de Setembro é o primeiro hotel construído sobre as águas do Tejo e a primeira unidade hoteleira cinco estrelas da cadeia SANA Hotels em Portugal. Segundo o seu diretor-geral, Nuno Braga Lopes, a nova unidade, espera atingir uma ocupação entre os 55 e os 60%, segundo Nuno Braga Lopes, director-geral do hotel. O primeiro hotel de cinco estrelas do grupo SANA na capital pretende afirmar-se pela localização e pelo produto diferenciador. De acordo com Nuno Braga Lopes, “o Myriad pretende marcar a diferença no segmento de topo na cidade, oferecendo um produto mais contemporâneo”. Essencialmente direccionado para o lazer, o Myriad by SANA Hotels realiza também uma forte aposta nos eventos, mercado que inicialmente deverá ter um peso de 35% a 40%, esperando-se que decresça à medida que o hotel se afirme no mercado. “Contamos que o MICE comece forte, entre os 35 e os 40% e, à medida que o hotel e as vendas vão evoluindo, decresça. Mas será sempre um mercado com alguma importância devido ao espaço de reuniões que temos”, revelou o responsável, explicando que o Myriad by SANA Hotels conta também com um centro de eventos, o Myriad Criystal Center, localizado num edifício contíguo ao hotel e que conta com uma área total de 1.500 metros quadrados, cuja abertura está
prevista para meados de Outubro. No segmento MICE a aposta vai para mercados de proximidade na Europa e no Lazer para mercados como o Brasil, Angola ou Estados Unidos da América. Fruto de um investimento total de 70 milhões de euros, o Myriad by SANA Hotels integra a Torre Vasco da Gama e apresenta um formato que lembra as velas dos barcos, num edifício onde predominam as transparências e no qual a vista sobre o Tejo e toda a zona do Parque das Nações é a principal caraterística. De acordo com Nuno Leónidas, o arquitecto responsável pelo projeto, a Torre Vasco da Gama e o novo edifício foram integrados através de um átrio que se prologa por todos os pisos, terminando no 23.º andar, onde se localiza o Sayanna Wellness Spa panorâmico e que oferece piscina interior aquecida e quatro salas de tratamentos, incluindo uma sala para casais, além de sauna panorâmica, banho turco, duche de contrastes e flutuário, que simula as águas do Mar Morto. . Com 186 quartos, entre os quais 10 suites e uma suite presidencial, o Myriad by SANA Hotels apresenta uma decoração moderna, em tons de preto, prata e vermelho, onde se destacam os lacados, numa decoração que Nuno Braga Lopes considera “original” e que “foge um pouco ao ambiente de quarto de hotel”. O Myriad by Sana Hotels, com o mote “Walk into the dream”, conta com uma equipa de cerca de 123 funcionários. O hotel conta ainda com bar e restaurante de cozinha portuguesa baseada nas tradições
do mar, ambos localizados no piso térreo, deck exterior, sala de eventos no primeiro piso, além de restaurante panorâmica no topo da Torre Vasco da Gama, um espaço que conta com decoração do designer de interiores Miguel Câncio e que deve abrir em breve. A Integração dos elementos, simbiose perfeita entre a torre e o hotel, a transparência do edifício, “vestido” de vidro com vistas panorâmicas e repleto de luz natural, e a decoração, apontamentos de design e modernidade presentes em cada elemento, determinam o resultado final, da autoria do arquiteto Nuno Leónidas. Para além de todas as facilidades e serviços, anexo ao hotel, encontrase o Myriad Crystal Center. Com 1.500m2 de área útil, este centro de congressos está equipado com tecnologia de ponta e envolto em luz natural. Muito versátil, este é o espaço ideal para receber eventos diversos, desde reuniões a espectáculos. Ao nível das obras de arte, é possível admirar peças únicas de autoria artística exclusiva de Sofia Courteilles, o “Painel Anyma”, e de autoria conjunta de Sofia Courteilles e Miguel David Pinho, as peças “Navegar é preciso…viver” e “World”. A cadeia SANA Hotels conta actualmente com 11 unidades hoteleiras em Portugal, de 3, 4 e 5 estrelas, nas zonas de Lisboa, Estoril, Sesimbra e Caldas da Rainha, sendo já uma das principais cadeias hoteleiras em Lisboa. A nível internacional, existe um hotel em Berlim (Alemanha) e um em Luanda (Angola). Depois do primeiro cinco estrelas em Portugal, a cadeia Sana Hotels
continua com a sua expansão no território nacional, com a abertura do Epic Sana Algarve, na praia da Falésia no Algarve, e do Epic Sana Lisboa, nas Amoreiras no primeiro trimestre de 2013. No final do próximo ano está prevista também a abertura no Evolution Lisboa Hotel, no Saldanha, que irá apostar num novo conceito da cadeia. Carlos Neves, administrador da cadeia hoteleira, adiantou, em conferência de imprensa, que este novo hotel centra-se “num novo produto que estamos a desenvolver. Vai contar com uma componente muito informatizada, como check in automático”. Este “hotel trend” vai estar direcionado para o segmento de jovens empresários e viagens de negócios. Segundo Carlos Neves, “temos intenções de replicá-lo internacionalmente”. “A Sana Hotels não está a fazer hotéis, mas a criar espaços diferenciadores”, esclarece o responsável, acrescentando que o grupo está a dividir-se em conceitos – Excellence (4 estrelas), Style (3 estrelas) Epic (5 estrelas), Evolution, Residence e Myriad – “todos de grande qualidade”. Segundo o responsável, os três novos hotéis vão fazer com que a Sana Hotels seja “a cadeia hoteleira com maior número de quartos” em Lisboa. A nível internacional, os projetos do grupo centram-se no continente africano, onde Angola poderá ganhar mais unidades da Sana Hotels para além do Epic Sana Luanda, mas também a Europa e a América Latina, onde sobressaem “os mercados emergentes”.
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Carlos Paneiro, diretor de Vendas
TAP cresce tanto em passageiros como em receitas T
anto a nível de passageiros, como das receitas, o ano está a ser positivo para a TAP, apesar de haver “várias velocidades nos diferentes mercados onde opera”, declarou à Viajar o seu diretor de Vendas, Carlos Paneiro. De janeiro a agosto, a receita aumentou 6,2% e os passageiros 3,8%, totalizando 6,8 milhões, tendo em agosto batido o recorde absoluto de passageiros transportados, com 1.072 milhões, “o que significa que houve um trabalho da nossa parte no sentido de otimizar as tarifas, embora este aumento da tarifa média tenha sido possível pelo maior peso do longo curso”. As estatísticas do Aeroporto de Lisboa dizem que nos primeiros 8 meses do ano a percentagem de passageiros transportados cresce 2,7%, enquanto a TAP aumenta 5%, o que faz aumentar a quota da TAP com 60% do total dos passageiros transportados no seu hub. No próximo inverno a rota de Manchester passa a diário, cancela-se a operação de Atenas, tira-se uma frequência a Viracopos no Brasil, Maputo passa de duas ligações semanais para três, e Accra aumenta mais uma frequência, ou seja passa de quatro para cinco. Luanda no inverno do ano passado a TAP operava 10 frequências semanais, mas neste período de 2012, e com vista a obter melhores resultados, passa a diário, voltando às 10 ligações apenas em épocas de pico.
Mercados comportam-se de forma diferente Entretanto, de acordo com Carlos Paneiro, os mercados não se comportaram todos da mesma forma. Primeiro, o seu principal mercado, o português, não correspondeu. A cri-
se está instalada, o que afeta também o transporte aéreo. No mercado nacional, a transportadora aérea não conseguiu crescer, nem em termos de receitas (-1,5%), nem de passageiros (-4,5%). “Atendendo à crise generalizada, ao aumento forte da concorrência das low cost e de algumas rotas de longo curso, nomeadamente, para a África, pode-se dizer que uma quebra de receitas de 1,5%, de janeiro a agosto, até nem é um mau resultado”, referiu Carlos Paneiro. A Europa está a crescer bem. “É um facto que lancámos várias rotas o ano passado, num total de 11, mas este mercado cresceu 7,5% em termos de receitas e 6,7% em passageiros. Neste crescimento estão não só os passageiros de ligação ao Brasil e África, mas também do ponto a ponto, cujo destino final é Portugal”, realçou o responsável. Hoje o tráfego ponto a ponto representa cerca de 73% no conjunto do tráfego da TAP, enquanto o de ligação está nos 27%. Ou seja, cerca de 5 milhões dos 6,8 milhões de passageiros que a companhia transportou até agosto deste ano foi do ponto a ponto, sendo que 1,8 milhões são de ligação. Nas rotas do Brasil, cerca de 68% do tráfego é de ligação. Em África, segundo dados avançados por Carlos Paneiro, a TAP cresce em receita 8,2% e em passageiros 6,9%, enquanto no conjunto das Américas (Nova Iorque, Miami, Caracas e Brasil, a companhia aumenta a receita em 9,5% e em passageiros 3,2%. “A TAP acaba por crescer em todos os continentes, exceto em Portugal”, considera o diretor de Vendas. Carlos Paneiro explica que, “quando analisamos mercado a mercado, ainda é mais notória a questão de haver várias velocidades”. Moçambique está a ser muito forte, fru-
to não só da LAM ter deixado de operar para Portugal, mas também pelo crescimento do tráfego para aquele país africano, tendo as vendas aumentado cerca de 50%. Na Europa, o Reino Unido está a ter “um excelente comportamento”, com um crescimento de 23,6%. Na Venezuela a TAP assiste a um crescimento de 19%, “é um facto que deixámos de ter concorrência direta para o Funchal”. Por outro lado, a Alemanha é um mercado que tem estado muito forte. No ano passado a TAP lançou Dusseldorf e este ano Berlim e, des-
te que começou a operar para este destino, está a voar com um load factor superior a 80%. O mesmo está a acontecer com o Bucareste, cujo início teve lugar a 30 de Junho último. “A estratégia é lançar novas rotas no período mais forte do ano para que possam apanhar balanço para o Inverno”, esclareceu Carlos Paneiro. No entanto, mesmo dentro da Europa, verifica-se um comportamento diferente do Norte para o Sul. O Atenas foi lançado o ano passado, mas por ser uma rota muito sazonal e dependente do tráfego do operador,
Agosto foi o melhor mês de sempre: TAP transportou mais de 1 milhão de passageiros Com um crescimento de 3% em Agosto, A TAP anunciou que transportou 1,072 milhões de passageiros, número que bate todos os recordes de tráfego num único mês. No acumulado de janeiro a agosto, a companhia nacional atingiu os 6,809 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 3,8% face a igual período do ano anterior. Para este bom desempenho contribuíram, em especial, os crescimentos nos sectores de Rede da Europa (+4.4%), África (+9%) e Estados Unidos (+25%), refere a transportadora aérea. A TAP diz que, embora não estejam ainda disponíveis os resultados financeiros, esta prestação contribui para melhorar os resultados registados no primeiro semestre, permitindo manter a expetativa de que a companhia venha a atingir um resultado equilibrado no final deste ano, consolidando o bom desempenho dos últimos anos. De registar ainda que os 3,8% de crescimento da TAP ao longo dos primeiros oito meses deste ano, contribuíram, de forma decisiva, para o resultado positivo do aumento do tráfego global alcançado nos aeroportos nacionais, o qual foi, de acordo com a ANA, de 1,4%.
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a TAP concluiu que, para o Inverno, não se justifica manter a operação. Os mercados que se comportaram muito idênticos ao português, foram a Espanha, onde as receitas estão em linha com o ano anterior, e Itália onde assiste-se a uma quebra de 1,7%. Depois “temos outros mercados da Europa Central e do Norte que apresentam crescimentos bastante agradáveis”, diz o responsável, para indicar que, em relação às receitas, a Alemanha aumenta 14,2%, Bélgica/Luxemburgo 11%, tal como a Holanda, a Suíça 5% e a França 4,5%, mercado onde a TAP tem cada vez mais concorrência, a exemplo de Espanha. Nos mercados do Leste Europeu, designadamente, República Checa, Hungria e Rússia, a TAP tem tido igualmente um bom comportamento, Em receitas, estes mercados conheceram aumentos de 33%, 22% e 15%, respetivamente, enquanto a Polónia cresceu 4%. Nas Américas e mais propriamente nos EUA a transportadora aérea portuguesa cresce 13%, de janeiro a agosto, “e há que contar com a rota de Miami, com comportamento, no início, sazonal, mas que agora está-se a consolidar com ajustamentos de horários que permitam ligações a outros destinos”, considerou Carlos Paneiro. O Brasil cresce 8,1% em receita. Embora já não se assista neste mercado os habituais crescimentos de dois dígitos, “este é o segundo mercado da TAP, representando 24% das receitas totais da companhia”, frisou o responsável. Outros mercados com peso relevante para
a TAP são o francês com 7%, o espanhol com 5,5%, a Itália com 5% e Angola com 4%. “Portugal mais estes 5 mercados representam 70% das receitas da TAP”, avançou Carlos Paneiro. Quanto à Madeira, que teve um load factor de 75,2%, considerado bom pela quantidade de voos, o responsável indica que a região tem que fazer mais trabalho de promoção no continente. “Deve olhar com mais cuidado para o mercado nacional para colocar no horizonte das férias dos portugueses”. Em relação aos Açores, Carlos Paneiro não avança números mas refere que “o destino está relativamente bem divulgado no continente e sente-se que existe procura”.
Load factor total quase nos 77% Até 26 de setembro, a empresa voou com uma load factor total de 76,9%, o mesmo praticamente do ano passado, mas há que considerar que houve um aumento da oferta em 5,9%, com o lançamento de 11 novos destinos em Junho do ano passado, o que quer dizer que não existiam no Inverno do último ano. Ou seja “quase enxugámos o aumento da procura com o aumento da capacidade”, enfatizou o diretor de Vendas da TAP. Só em julho, agosto e setembro o load factor atingiu os 83% no total das linhas da companhia. Em contraponto, enquanto nas companhias da AEA assistiu-se a um aumento de capacidade de 2,6%, a TAP aumenta 5,6%. Para
Carlos Paneiro, “estamos a ser mais agressivos no lançamento de novas rotas e de crescimento”. Em todas as linhas do Brasil a empresa voou, de janeiro a setembro com load factors, de 82,7%, quando o aumento da oferta se situa nos 3,7%. Na Europa a TAP aumenta a capacidade em 4,6% e o load factor foi de 73.1%. No que respeita aos novos destinos lançados neste verão, Berlim a 5 de junho e Bucareste a 30 de junho, os load factors têm sido de 83,8% e 86,3%, respetivamente. O Turim, lançado a 3 de Junho, é que para Carlos Paneiro, não tem tão elevado potencial, e o load factor situou-se nos 69,4%. Até ao final do ano a previsão de reservas, segundo Carlos Paneiro, “é positiva”. Apesar de até ao final de 2012 os números não sejam precisamente estes “acabará por ser um ano positivo tanto em termos de receitas como de passageiros”, referiu. No que diz respeito às vendas pelos diversos canais, neste momento, a composição das vendas globais da TAP, as agências de viagens/tour operadores continuam a ter um papel importante, com 75%, enquanto as vendas diretas situam-se nos 25%. Carlos Paneiro dá conta que as vendas diretas têm vindo a crescer. De janeiro a agosto conheceram um aumento de 19% e nas agências de viagens/operadores o aumento foi de 3%. Quando se decompõem as vendas diretas, verifica-se que a web vale 13,7%, tendo crescido 42,2% de janeiro a agosto, e as restantes passam pelas lojas e call center. Em Portugal, as vendas online já correspondem a 20% das receitas totais da TAP, fenómeno que tem-se vindo a potenciar com o aparecimento das low cost no mercado português. Recorde-se que a transportadora aérea está presente em 50 mercados com 23 sites em línguas diferentes. A companhia aérea já é conhecida pela sua “agressividade” nas redes sociais. Criou recentemente uma nova área, o contact center, que se carateriza por ser muito mais do que um call center, pela exigência dos próprios clientes. Neste sentido adaptou o seu call center em algo mais vasto que não só via telefone, mas em particular, via facebook, com “uma equipa de profissionais
muito boa e com vasto conhecimento de todos os problemas que existem na companhia”, disse o diretor de Vendas. Vale a pena conhecer alguns números referentes aos últimos 10 anos. Entre 2001 e 2012 a TAP lançou 36 novos destinos, totalizando hoje 75 destinos, o que quer dizer que metade dos destinos onde opera hoje foi lançado nos últimos 10 anos. Passou de 27 mil frequências anuais em 2001 para 67.742 em 2010 e na Europa cresceu 147%. Para o Brasil possuía 1.676 frequências para 6.400 anuais. No ano anterior lançou 11 novas rotas, a acrescentar às 3 iniciadas no último verão, enquanto a companhia não tem crescido em termos de estruturas. Estes crescimentos, segundo Carlos Paneiro, não acontecem tanto à custa de novos aviões, mas de redesenho da rede, principalmente na faixa da manhã. “Houve uma preocupação da nossa parte de fazer o deslizamento de algumas frequências em termos de chegadas e partidas ao longo de toda a manhã. Esta alteração permitiu uma otimização das ligações entre o médio e o longo curso e permitiunos também lançar novas rotas. Também tínhamos ligações muito apertadas e, com este ajustamento, a situação melhorou”. Tudo isto também se deve, e principalmente em relação às rotas de longo curso, conforme refere Carlos Paneiro, ao facto da TAP ter o seu hub em Lisboa. “Não era viável ter uma operação de longo curso com esta envergadura sem ter tráfego de ligação, até porque temos um país muito pequeno. A operação da TAP e o hub de Lisboa é importante para o nosso país, para a nossa economia e para o nosso turismo”, afirmou. Em relação ao lançamento pela SATA, de um voo para Salvador, destino onde a TAP voou até 26 de Setembro com um load factor de 77,6%, Carlos Paneiro considera que é preciso não esquecer que é o destino no Nordeste do Brasil onde existe mais concorrência. “Este novo operador vem gerar procura adicional ou não?”, interroga-se, para acrescentar que “não significa que terá impacto negativo na TAP”, até porque “a história tem-nos ensinado que numa operação entre Portugal e o Brasil, só o tráfego ponto a ponto não é suficiente”.
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Para reforçar competitividade na aviaÇão
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AEA aplaude medidas da UE
Associação das Companhas Aéreas Europeias (AEA) aplaudiu o anúncio pela União Europeia de um pacote de propostas para reforçar a competitividade internacional do setor aeronáutico da região. Estas medidas serão feitas “através de negociações com os parceiros principais com vista a criar novas oportunidades comerciais nos mercados em crescimento rápido, do desenvolvimento de novos instrumentos de combate à concorrência desleal e da criação de condições regulamentares que favoreçam o investimento”. O anúncio da União Europeia relaciona-se com “uma série de preocupações levantadas pela AEA”, nomeadamente, “ necessidade de um solo fértil para as companhias aéreas de modo a poderem crescer e facilitar prosperidade no mercado global atual da aviação”, afirma a AEA. A Comissão Europeia propôs avanços em três frentes, nomeadamente, “novos acordos com os países vizinhos e com os parceiros internacionais”, “concorrência leal” e “investimento”, por forma a colocar fim “às restrições arcaicas de propriedade e controlo”. “Congratulamos o facto de a Comissão dar-se conta que as companhias aéreas europeias têm que lutar num mercado aéreo que é caraterizado por enquadramentos regulatórios fragmentados e acordos bilaterais”, afirma, em comunicado do
Secretário Geral da AEA, Athar Husain Khan. “Estamos a favor do acesso ao mercado, desde que as regras para uma concorrência leal sejam respeitadas. A AEA está feliz pelo facto de a Comissaõ reconhecer, por um lado a importância das companhias aéreas para a Europa, e por outro apela à necessidade de uma nova política de avição que responda a temas e se adapte o mercado actual”, acrescenta. A AEA espera “que o relatório sirva como uma chamada para acção para que a nossa indústria possa crescer de forma sustentável e contribual completamente para a recuperação da economia europeia”. Entretanto, a aviação mundial atingiu em Agosto uma taxa média de ocupação dos voos internacionais de 82,1%, um ponto acima do mês homó-
Lufthansa iniciou voos para o Funchal A Lufthansa deu início a voos diretos do Funchal para Berlim Tegel. Os voos entre a Madeira e a capital alemã têm uma frequência semanal e são operados por um Airbus A319, com uma configuração de Business Class e Classe Económica, num total de 138 lugares. No primeiro voo, o avião transportou 132 passageiros, tendo sido recebido no Funchal com o habitual batismo de boas-vindas. Os passageiros foram brindados com flores e vinho da Madeira. “Estamos muito satisfeitos em lançar esta nova rota entre o Funchal e Berlim”, referiu Michael Hutzelmann, diretor Comercial da Lufthansa para Portugal. “Acreditamos que esta
ligação tem potencial para os nossos passageiros. A Madeira é extremamente atrativa para viajantes alemães de lazer e esperamos ser um inventivo para o turismo da região assim como aumentar a nossa quota de mercado. Por outro lado, oferecemos ótimas ligações para a capital alemã, uma das metrópoles mais dinâmicas da Europa com um número de visitantes de dois dígitos, vindos dos quatro cantos do mundo”. Com os novos voos, o Grupo Lufthansa incluindo a SWISS, oferecerá durante a vigência do horário de inverno 54 voos semanais de Portugal para Frankfurt, Munique, Dusseldórfia, Berlim e Zurique que dão acesso às respetivas redes em todo o mundo com mais de 280 destinos em 105 países. A partir de 3 de novembro, a Lufthansa irá também iniciar voos entre o Funchal e Dusseldórfia com um avião Airbus A320.
logo de 2011, por aumento do tráfego em 5,3% face a um incremento da capacidade em 4,1%, de acordo com os dados publicados pela IATA. As companhias que tiveram as melhores subidas da taxa de ocupação foram as da América Latina, com um ganho de 3,9% ou 2,9 pontos, para 76,7%, seguidas pelas do Médio Oriente, com +2,8% ou mais 2,1 pontos, para 78,3%. As companhias norte-americanas mantiveram-se as ‘campeãs’ em taxa de ocupação, com 86,8%, mais 0,9 pontos que há um ano, seguidas pelas europeias, com 83,9%, em alta de 1,1 pontos. Depois vêm as companhias da Ásia e Pacífico, com 79,5%, mais 0,1 pontos que há um ano. As companhias africanas tiveram a taxa de ocupação mais baixa (68,5%) do mês de Agosto e registaram a única queda, em 1,4 pontos. Em relação ao tráfego internacional, os dados da IATA indicam que a taxa média de ocupação subiu 1,2% em Agosto, para 82,1%, com ganhos de 0,9% nas companhias norte-americanas, para 86,1%, e de 1,2% nas europeias, para 84,9%. Também neste caso, as companhias africanas foram as únicas a ter queda da ocupação, em 2,6%, para 68,3%. As maiores subidas foram das companhias do Médio Oriente, em 3%, para 78,4%, seguidas pelas transportadoras da Ásia e Pacífico, com +1,5%, para 79,4%, e América Latina, com +1,4%, para 78,4%.
ANA: Tráfego de passageiros cresce 1,4% em Agosto O tráfego de passageiros nos Aeroportos ANA durante o mês de agosto de 2012 revelou um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano transato, com destaque para o crescimento do segmento low cost (6,8%), anunciou a empresa. Esta tendência não foi generalizada nos Aeroportos geridos pela ANA. Assim, enquanto que no Continente, no Aeroporto de Lisboa o tráfego de passageiros cresceu 1,7%, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto) o crescimento foi de 1,3% e no Aeroporto de Faro de 2,2%, já nos Açores, os Aeroportos geridos pela ANA apresentaram um decréscimo de -4%. Em termos de mercados, destaque para os crescimentos de França, Alemanha, Holanda e Suíça. Destaque positivo para os desempenhos da TAP, easyjet, Ryanair e Transavia.com. Em Agosto, TAP Portugal (34,7%), Ryanair (13,6%) e easyjet (12,5%) processaram 60,8% dos passageiros nos Aeroportos ANA. No que se refere a valores acumulados observa-se que até agosto o tráfego de passageiros nos Aeroportos ANA subiu 1,4%, com destaque para o setor low cost (4,2%, o que representa mais 269 mil passageiros transportados). A tendência de subida manifesta-se no Aeroporto de Lisboa (2,7%), no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto) (0,5%) e no Aeroporto de Faro (0,8%). Nos aeroportos açorianos geridos pela ANA a tendência foi de decréscimo (-7,4%). Relativamente a mercados, a ANA destaca os crescimentos da França, Alemanha e Holanda. Quanto a companhias, destaques positivos para a TAP Portugal, (mais 233,4 mil passageiros), easyjet e transavia.com.
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Novo catálogo MSC
Mais cruzeiros portugueses em 2013 MSC Cruzeiros inclui pela primeira vez no seu catálogo uma secção inteiramente dedicada a cruzeiros portugueses, justificada por um aumento exponencial da oferta em portos nacionais. Na temporada 2012/2013 a companhia italiana terá 41 cruzeiros em Lisboa (mais 24% face ao ano passado), 15 dos quais com partida e chegada à capital, o que representa um aumento na ordem dos 150%. O Funchal receberá 23 cruzeiros, nove a bordo do MSC Divina e com início e fim na capital da região autónoma. O navio mais recente da companhia efetuará um itinerário de 12 dias/11 noites
A
até março de 2013, onde se inclui um novo cruzeiro de Natal e Revéillon. “A grande novidade é o verão: vamos ter oito cruzeiros a bordo do MSC Opera com partida e chegada a Lisboa, de 11 de julho a 19 de setembro”, anunciou Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros, aquando da apresentação da nova brochura. O navio da classe lírica, com capacidade para cerca de dois mil passageiros, irá efetuar um itinerário de 11 dias com escalas em Bilbau, Le Havre, Southampton, IJmuidn/Amesterdão, St Peter Port e Vigo. “Pretendemos deste modo alavancar um cruzeiro potencialmente cultural”,
Crescimento de 15% previsto para 2012 Eduardo Cabrita apontou um crescimento na ordem dos 15% para 2012, apesar de ainda faltarem três meses para o fecho do ano. “Deveremos ter transportado cerca de 9600 passageiros”, revelou em declarações aos jornalistas. A confirmarem-se estes números, trata-se de um crescimento na ordem dos 11 pontos percentuais face ao ano passado. O diretor-geral da MSC para Portugal atribui o sucesso “ao número de serviços agregados aos cruzeiros”, que oferecem “maiores possibilidades de escolha”, e ao facto dos cruzeiros “já não praticarem os preços de há dez anos”, estando atualmente equiparados a um tipo de férias “mais acessível”. A MSC mantém para 2013 a política de estadia gratuita para crianças até 18 anos, uma “vantagem que pesa no momento de uma família de três ou quatro pessoas comparar preços”. Eduardo Cabrita salientou ainda que o crescimento apontado para 2012 deve-se também ao facto dos voos estarem do lado da companhia: “O agente de viagens, em particular, sente que está descansado para fazer a sua reserva e que se existir algum problema caberá à MSC resolvê-lo”.
referiu, “mais diferenciador em relação aos nossos pares visto contrastar com os destinos dos navios que partem de Lisboa, por norma destinados ao Mediterrâneo ou ao Atlântico Sul”. Para a primavera de 2013 – com partidas a 19 e 29 de março e a 7 de abril – estão previstos quatro cruzeiros Lisboa-Lisboa a bordo do MSC Opera, “um dos quais com mais um dia de cruzeiro e Valência como porto adicional”. Em relação ao circuito do ano passado, revelou o diretor geral da MSC, foram efetuadas algumas trocas: “Acrescentámos Marselha e Cádis e retirámos Málaga”. No período que sucede o verão de 2013, a companhia reforça a estratégia “de potenciar Lisboa” ao agendar cruzeiros de nove dias com saída e chegada à capital. As partidas ocorrem a 29 de setembro, 7, 15 e 23 de outubro e irão escalar em Casablanca, Barcelona, Génova e Málaga. Destaque ainda para os cruzeiros oceânicos, onde constam vários itinerários com saída ou chegada ao Funchal e Lisboa e escalas nos principais portos do Brasil. Para a nova temporada a MSC Cruzeiros alarga a mais itinerários o conceito de preço do cruzeiro com voos e transfers incluídos, como sucede em todos os cruzeiros portugueses, estreando ainda dois novos destinos: Mar Vermelho e Antilhas. “Serão novos testes. A estratégia da MSC tem sido o lançamento de novos navios, posicionando-os no Mediterrâneo, onde é líder, mas esta também passa pela expansão em novos horizontes”.
Novidades a bordo O catálogo para a próxima época privilegia as famílias numerosas com os camarotes Super Família, preparados para acomodar até seis pessoas e disponíveis no MSC Divina e no MSC Preziosa, navio da classe fantasia que a companhia irá inaugurar em março de 2013, em Génova. “São dois camarotes triplos com ligação, duas casas de banho e duas varandas”, disse o diretor geral da MSC em Portugal, adiantando que “nesta brochura existirá um preço fixo por camarote”. Uma novidade é também a possibilidade de reservar camarote adicional para menores de 18 anos “a um preço especial revisto”. O sistema de tarifas, por sua vez, irá manter-se: o catálogo continua a referenciar os preços através do conceito de tarifa mínima e de tarifa máxima. No que diz respeito à possibilidade de personalizar a estadia, as novidades são os dois novos pacotes de bebidas all inclusive Alegrissimo (23 euros por pessoa/ dia) e Alegrissimo Premium (42 euros por pessoa/dia), ambos com uma versão para menores que exclui bebidas alcoólicas. “A MSC não vai ter em 2013 um regime tudo incluído tradicional”, ressalvou Eduardo Cabrita. “Temos um específico, de bebidas, que pode ser adquirido à parte por várias razões de ordem estratégica”.
China inicia-se na construção de grandes navios de cruzeiros A China iniciou a construção de um navio de cruzeiros para 2.000 passageiros sendo a primeira vez que constrói um navio de grande porte para o setor dos cruzeiros. A imprensa internacional cita a Chine News Service que diz que o navio de 100 mil toneladas irá custar cerca de 488 milhões de dólares e
demorará cerca de quatro anos a construir e tem como mercado alvo os viajantes chineses fazendo parte de uma iniciativa de estimular os gastos domésticos e desenvolver uma classe média mais alargada. O navio será operado pelo grupo Shan Hai Shu, com sede em Pequim, que tem uma parceria com a Royal Caribbean International
no desenvolvimento do setor dos cruzeiros e irá partir do porto de Xiamen, até agora apenas dedicado a carga. Além do navio, fazem parte do pacote que pretende incluir o turismo e a construção naval no portfolio do porto, um terminal de cruzeiro com um grande complexo de lojas e um business centre de navegação.
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Aeroportos e Segurança Aérea de Cabo Verde
ASA investe
40 milhões de euros até 2013 A
s infra-estruturas aeroportuárias de Cabo Verde são geridas pela ASA-Aeroportos e Segurança Aérea (www.asa.cv). A empresa tem por objeto principal a exploração e o desenvolvimento, em regime exclusivo, do serviço público de apoio à aviação civil, a gestão do tráfego aéreo, dos terminais de carga e correios, assegurando para isso as atividades e serviços inerentes à infra-estruturação aeronáutica e de navegação aérea, em todos os aeroportos e aeródromos públicos de Cabo Verde e na Região de Informação de Voo Oceânica do Sal, designada por FIR Oceânica do Sal. O Plano de Negócios que descreve as políticas de negócio e ações principais a serem implementadas pela ASA prevê cerca de 4,4 milhões de contos (40 milhões de euros) de investimento para o período 2009 – 2013, o que é exigente, mas inferior ao planeado e realizado no quinquénio 2004-08. O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral (Sal) absorverá a maior parte dos Investimentos, cerca de 1,8 milhões de contos (16 milhões de euros), direcionados para a melhoria de várias instalações (expansão de
edifícios terminais, ETAR, acessos terrestres, etc.) e o desenvolvimento de infra-estruturas para receitas não-aeronáuticas (por exemplo, um centro de negócios). O Aeroporto da Boavista irá absorver aproximadamente 1 milhão de contos ( 9,1 milhões de euros) para modernizar o edifício do terminal, expandir a placa de estacionamento, e construir um novo centro de carga aérea. Cerca de 0,8 milhões de contos (7 milhões de euros) serão utilizados na modernização dos serviços, na melhoria das capacidades de navegação aérea nos aeroportos de São Vicente e Boavista, e na atualização das funcionalidades do centro de controlo de área (ACC).
Serão ainda renovados os equipamentos de combate a incêndios em todos os seus aeroportos para além do ADP, o qual já possui o seu próprio equipamento, a um custo de cerca de 700 mil contos (6,4 milhões de euros).
Projeto Oásis-Sal Nos últimos anos o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral passou por um processo de mudança na demanda do tráfego, tanto em volume como em natureza. As causas diretas estão relacionadas com a abertura de mais três aeroportos internacionais no arquipélago (Praia, Boavista e S. Vicente), à transferência da base de operações
da TACV para a Praia e à retirada dos voos da South African Airways. O “Development Report: Passenger Terminal Enhancement – Amilcar Cabral International Airport”, indica que as instalações da aerogare actual precisam adequar-se às novas condições do tráfego, agora mais direcionadas para os voos charters turísticos. A referida adaptação, para além de dar respostas à demanda actual, incluirá intervenções que visam a melhoria das receitas de exploração das actividades não-aeronáuticas, com aumento da superfície destinada à zona comercial. Tendo em conta esses antecedentes, encontrou-se uma solução mista que envolve a adequação das zonas
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transavia.com assina acordo de distribuição com Travelport
existentes e construção de novos espaços. As obras consistirão na beneficiação da pista 07/25 (secundária), com lançamento de uma camada de desgaste, implementação de um novo sistema de tratamento de resíduos líquidos (ETAR), melhorias no caminho periférico à volta da rede de vedação, bem como reorganização do Terminal de Passageiros, com implementação do conceito Oásis; e extensão das áreas de chegadas e partidas internacionais. Estão igualmente previstas a instalação de novos sistemas de check-in, tratamento e recolha de bagagens, bem como de controlo de passaportes e emissão de vistos à entrada, introdução de melhorias na clima-
tização da aerogare e no conforto aos passageiros e utentes, reconfiguração dos acessos e parqueamentos no lado terra, nomeadamente, serviço de táxis e de autocarros, e reabilitação e embelezamento do entorno aeroportuário. A ampliação e a remodelação almejadas pretendem uma melhoria do aspecto interior e exterior, de forma que o visitante e o utente vejam na sua concepção os reflexos da cultura e das tradições do país. Neste caso, a utilização de determinados materiais, assim como a utilização da luz natural nos diferentes espaços e o esbatimento do conceito interior-exterior do edifício são partes primordiais do projecto que será implementado. A remodelação da aerogare implicará uma ampliação 6.464,58m2, sendo 3.896,15m2 na zona de saídas e 2.568,43m2 na de chegadas. O edifício será prolongado para oeste em cerca de 26 metros, resultando numa extensão de 2.022,66m2 na qual se desenvolverá a nova zona de saídas. De igual modo, a fachada do lado norte será prolongada em mais 23 metros, resultando numa superfície ampliada de 1.474,76m2, dedicada aos procedimentos de chegada.
A Travelport e a transavia.com, companhia holandesa low cost, assinaram um acordo com vista à distribuição dos conteúdos da companhia aérea para os agentes de viagens que utilizam os sistemas de distribuição global da Travelport. O projeto-piloto arrancou em Portugal, estando previsto ser alargado a outros países até ao final do ano. A transavia.com transporta mais de cinco milhões de passageiros para mais de 100 destinos, a partir das suas bases na Holanda e na França. As rotas incluem vários aeroportos em diversos países, como Espanha, Portugal, Itália, Turquia, Alemanha, Áustria e Grécia. “Alargar a nossa oferta é uma parte importante da nossa estratégia de distribuição e um acordo com a Travelport é, de facto, a melhor forma de atingir esse objectivo”, refere Rob van Dam, vice-presidente de vendas da transavia. com. “Ao acedermos à enorme base de dados da Travelport, estamos a abrir um novo e valioso canal para que os consumidores reservem os nossos voos”, acrescenta. António Loureiro, diretor regional da Travelport Portugal, Brasil e Espanha, realça o facto de os agentes de viagens portugueses serem os primeiros a ter acesso aos conteúdos da companhia aérea, dentro do universo da Travelport. “Actualmente, a Travelport detém acordos com inúmeras companhias low cost, integrando todos os conteúdos e tarifas. Em Portugal, a transavia.com é um importante player, dado que possui rotas desde os aeroportos de Lisboa, para Amesterdão e Eindhoven, de Faro, para Amesterdão, Roterdão e Eindhoven, e, a partir de Abril de 2013, do Porto para Amesterdão. Esta é uma mais-valia que concedemos às agências nacionais, que passam a ter acesso, em primeira-mão, às melhores tarifas da companhia aérea”, refere o responsável.
Costa Cruzeiros anuncia transatlânticos Portugal-Brasil desde 499 euros A Costa Cruzeiros está a promover cruzeiros à partida de Lisboa e do Funchal, a bordo dos mais recentes navios da companhia – Costa Fascinosa e Costa Favolosa –, para o Brasil (Santos) com preços desde 499 euros por pessoa, incluindo taxas. O Costa Fascinosa parte do Funchal no dia 30 de novembro, num cruzeiro de 14 dias e 13 noites, visitando Santa Cruz de Tenerife, Recife, Maceió, Salvador, Ilhéus, Rio de Janeiro e Santos. No dia 2 de dezembro a partida do Costa Favolosa é feita de Lisboa, num itinerário de 16 dias e 15 noites, com escala no Funchal, Santa Cruz de Tenerife, Recife, Maceió, Salvador da Bahia, Ilhéus, Rio de Janeiro e Santos. “Uma oportunidade para os portugueses que pretendem conhecer o Brasil e têm tempo disponível, mas também para todos quantos desejam regressar ao seu país, sem restrições de bagagem, gozando umas férias a bordo de um cruzeiro de luxo”, refere a companhia de cruzeiros.
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Francisco Teixeira, diretor geral da Melair
Vamos focar-nos em conhecer a procura e aproximar o produto D
evido à pressão este ano sobre a tarifa média e a retração da procura, principalmente na Europa, a marca Royal Caribbean e, consequentemente, a sua representada em Portugal, a Melair, decidiu redefinir a sua estratégia para 2013/2014. O principal foco será o preço médio em detrimento do número de passageiros. “Vamos à procura mais da qualidade, ao invés da quantidade. Vamos focar-nos em conhecer a procura e aproximar o produto”, declarou à Viajar o Managing Director da Melair, Francisco Teixeira. As orientações de comunicação visam descobrir onde é que está o público que pode comprar varandas e suites, onde o preço médio é mais elevado, enquanto nos outros anos fazia-se a oferta para interiores e exteriores. Em Portugal, verificou-se igualmente uma retração em cerca de 23%, sendo que 13%
corresponderam a um grande grupo de 1.200 turistas de negócios e ao cruzeiro que efetuava a viagem Lisboa-Brasil, entretanto cessada. Além desta redução, tal como no resto da Europa, Portugal sofreu também a pressão da tarifa média. A atual conjuntura económica portuguesa e europeia obriga a uma reformulação da forma como a Melair vai abordar o negócio diz o executivo. “Acabou um ciclo e há que repensá-lo, reformulá-lo e reativá-lo porque hoje existe uma pressão muito grande sobre os preços médios” e acrescenta que “as ofertas vão passar a ser mais direcionadas para os camarotes com varanda e suites, o que será uma das formas de tentar captar o maior número de reservas em early-booking, para evitar o stress da última hora, isto é dois a três meses da partida e para ter menos pressão para baixar tarifas”. O futuro será trabalhar com mais qualidade e menos quantidade, disse ainda o diretor geral. “Não é no número de passageiros que vai estar o nosso foco na totalidade, o nosso foco na totalidade é perceber onde está a procura, fazer o engagment com o produto”, disse Francisco Teixeira- Os produtos “já são conhecidos e estão formatados” pelo que o futuro passa por uma nova visão que é “saber o que a procura quer e qual a procura que se encaixa nos produtos e fazer, ao nível da comunicação e do marketing, o ‘engagment’ entre os dois”, explica. “Considero que, mesmo com a retração e face ao mercado, conseguimos de alguma forma, segurar-nos, mas por outro lado, voltámos a ter uma pequena quebra sobre a tarifa média que hoje em dia começa a ser mais importante do que o volume de passageiros”. O Mediterrâneo continua a ser a região mais procurada representando 61% dos turistas portugueses do grupo Royal Caribbean, enquanto
a procura pelo Norte da Europa e Báltico, que representa 10% das vendas em Portugal, está a crescer. Os passageiros para as Caraíbas representam 20%, apesar de ter havido alguma retração, acrescenta. Os restantes 9% de passageiros dispersam-se pelos restantes destinos como Dubai - que engloba a maior parte, Austrália, Brasil, Alasca, entre outros. Sobre as viagens dos portugueses Francisco Teixeira refere ainda que “viajam ao longo de todo o ano” e os três meses de Verão, Julho, Agosto e Setembro, concentram 49% da operação. Em 2013 a Royal Caribbean (RC) reduz 3 navios na Europa aos 11 que tinha devido à menor procura e ao preço médio mais baixo que atualmente se verifica numa grande parte dos países europeus e, a consequência mais direta para os passageiros portugueses é que o cruzeiro de Málaga deixa de operar. Daí que a estratégia da companhia para o próximo ano será o de se posicionar junto de um público-alvo mais apropriado e cujo gasto médio em férias seja superior àquele que se tem verificado. Apesar da Melair deixar de ter “o produto mais se enquadra no preço médio que o turista português gasta”, Francisco Teixeira admite que se sente mais “confortável” porque assim “posso ter estratégias melhor definidas”, ser “muito mais objetivo” e “concentrado naquele que é o potencial cliente”Ainda no que respeita à Europa, a RC faz redesenhos e reposicionamento dos navios, mas mantém os cruzeiros às ilhas gregas e Turquia, à partida de Veneza, Grécia e Turquia deste Roma, o Báltico e Fiordes desde Copenhaga. “Durante 2012, e considerando a situação económica do país e os valores de consumo em férias, o cruzeiro de Málaga foi para nós o produto mais adequado a propor ao nível de preços que o turista portu-
guês estava a pagar. Portanto, em 2012 fomos direcionando o produto para satisfazer aquele turista que estava a gastar menor”, considerou Francisco Teixeira, para acrescentar que “ao retirarmos o produto Málaga, automaticamente o nosso preço médio sobe. Málaga, que representava em número de passageiros entre 23% e 25% do total transportados pela Melair, tinha preços médios demasiado baixos que afetam também os resultados da empresa. Na opinião de Francisco Teixeira “perante a situação em Portugal, com menos procura para viagens fora do país, é mais interessante trabalhar sem Málaga, porque com este destino seriamos obrigados a posicionar-nos junto das massas. O investimento e as mensagens da marca no mercado seriam mais dispersos e a eficácia, menor”. Daí que em 2013 “queremos abordar outros destinos. Queremos intensificar as Caraíbas, que tínhamos reduzido em número de passageiros e começar a promover o destino Ásia, destino onde a RC no próximo ano passa a ter 6 mil camas e que hoje, em termos de deslocação aérea pouca diferença tem em relação aos EUA. Se temos já um público que vai até Miami, também poderá haver para a Ásia. Por outro lado, e queremos aumentar a nossa promoção do destino Argentina/Uruguai a partir do Brasil, onde a RC terá 10 cruzeiros, pois queremos alargar o número de portugueses que vai ao Brasil fazer cruzeiro”, referiu o responsável. No geral, no que diz respeito à marca RC, a Melair vai manter os destinos, “mas com outra tranquilidade em termos do número de passageiros que precisamos para a Europa, e reforçar a nossa dedicação comercial e de divulgação para a Ásia, Caraíbas e Brasil. O Alasca também tem o seu volume de passageiros e não necessita de uma divulgação extra”, considera.
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O Managing Director da Melair explica ainda que “ao posicionarmos em destinos distantes, temos que ir à procura de passageiros cujo gasto médio é superior àquele que temos vingo a registar nos cruzeiros mais próximos. Portanto, toda a nossa ação comercial e de marketing vai ser orientada nesse sentido, até porque não acredito que o preço médio na Europa consiga subir em relação ao ano passado”. Mesmo assim, defende que o resultado em vendas continuará a ser maioritariamente na Europa, seguido das Caraíbas e o resto do mundo. Isto porque, o grande volume de cruzeiros em todo o mundo é de proximidade, ou seja, tudo o que esteja entre 1 e 2 horas de distância e, não só é estratégia das companhias aproximar o produto aos seus passageiros, como o público-alvo sente-se mais atraído.
Três marcas diferentes O facto de não haver Málaga, “permite-nos ter tempo para reposicionar produtos e destinos. Mas não privilegiando o volume de passageiros”, reafirma. Quanto à Celebrity, que vai inaugurar um novo navio da classe Solestice, para 2013, Francisco Teixeira diz que o ritmo das reservas está a crescer, embora seja de considerar que no Inverno os números são menores. “Por isso, qualquer crescimento percentual é importante. É um indicador de que a Celebrity
hoje já tem o seu próprio posicionamento, é uma marca já reconhecida tanto pelo trade como pelo público. É uma marca a qual vamos dedicarnos muito em 2013”. A respeito da Azamara, produto que a Melair ainda não tinha qualquer plano de promoção e divulgação, vai ser paulatinamente introduzido no mercado. “o nosso objetivo aí são poucas dezenas de passageiros, mas vamos começar a mostrar o que é a marca, o que faz e quais as suas vantagens”, indicou. Francisco Teixeira deu igualmente conta das principais caraterísticas
que diferenciam as 3 marcas. “A RC é uma marca mais dinâmica e para um público que gosta de resorts, que viajar em família, gosta de diversão e para viagens de 7 noites. Até pelo design dos navios, estamos a falar de puras férias e cujo público-alvo é de destinos de praia e cultura”. Já a Celebrity “fazendo a comparação com a hotelaria, falamos de um produto moderno, dentro das 5 estrelas, com design elegante e, ao oferecer itinerários mais longos, oferece mais destinos e é mais bem desenhado em termos de rotas. Portanto, destina-se a um público mais moderno, que gosta de elegância, mas mantendo a informalidade”. A Azamara “ um produto que nos levará mais tempo a colocar no mercado, é excelente, mas não para um público alargado e nem tão pouco para um público Celebrity, porque este, em termos de idade é a parir dos 30/35 anos, tem muitos cruzeiros de 10/12 noites. Os navios em si são menores, com capacidades para cerca de 700 pessoas. Por outro lado, o seu foco está em dois pontos: o destino e o serviço. A Azamara fica mais tempo em portos, o que torna a experiência diferente e não faz rotas regulares. São pequenas coisas difíceis de transmitir em comunicação, tem que ser mais uma promoção de boca a boca. Em alguns portos tem o shuttle incluído e um conjunto de serviços que permite mais relax ao consumidor”. Pelo facto da Melair trabalhar a RC e a Celebrity e embora apareça
Royal Caribbean revitaliza navios da Azamara Club Cruises A Royal Caribbean vai revitalizar dois navios da Azamara Club Cruises até ao final deste ano e no próximo, sendo o Azamara Quest o primeiro navio a ser sujeito a melhorias, enquanto o Azamara Journey apenas deverá ser intervencionado no início do próximo ano. A revitalização do Azamara Quest deve começar em breve e deverá estar concluída em Dezembro, enquanto os trabalhos no Azamara Journey têm início previsto a 6 de Janeiro, num estaleiro em Singapura, de acordo com o portal Panrotas, que diz ainda que depois da revitalização o navio vai operar na Ásia. Entre as mudanças previstas está a pintura do casco dos navios de cor azul, bem como uma alteração da decoração nas áreas públicas, cabines, casino e na zona da piscina, enquanto o Spa e o centro de fitness vão ganhar uma nova sauna, duches e equipamentos para avaliações cardiovasculares. Novidade será também um novo bar de champanhe e caviar localizado no restaurante de especialidade Aqualina.
sempre de forma separada e estas sejam marcas que o trade e o público conhece e já sabe diferenciar, se a Azamara for colocada ao lado, “pode induzir em erro. Estamos a ter este cuidado, mas queremos encontrar o público-alvo e introduzir a marca devidamente e corretamente”, esclareceu Francisco Teixeira. A quebra do preço médio pode levar à menor qualidade de serviços do produto cruzeiros, uma das bandeiras das companhias? Foi uma questão que colocámos a este responsável. “A indústria de cruzeiros é muito competitiva e concorrencial. Se por ventura uma companhia de cruzeiros perde os níveis de serviço e de qualidade, o problema é dela, porque o seu concorrente vai conseguir”, Francisco Teixeira vai mais longe e explica que “em 2011 terão sido 20 milhões de pessoas a fazer cruzeiros em todo o mundo, sendo que na Europa foram 6,2 milhões. Falamos de um segmento que, dentro do turismo global, equivale a 3%/4% e ainda com muito espaço de progressão, mas falamos de uma atividade muito competitiva. As marcas posicionam-se, têm o seu ADN, o cliente sabe diferenciá-las. E uma das grandes vantagens da RC é que o serviço consegue ter um efeito diferenciador no cliente. Se porventura a RC alterasse o seu conceito de serviço, iria deixar de ter esse efeito no cliente e, naturalmente, com o tempo a passar, seria penalizada”. No entanto, apesar do preço médio ter vindo a baixar, a oferta cresceu nos últimos 10 anos fazendo com que as companhias de cruzeiros entrem numa fase de consolidação. No entanto, na opinião de Francisco Teixeira, há um potencial de crescimento da indústria, até porque “há muita área geográfica com potencial de expansão e, o exemplo é a Europa que, há 10 anos representava 2 a 3 milhões de passageiros, hoje tem 6 milhões, equiparando quase o mercado norte-americano. Para a Melair, 2013 será um ano difícil, mas segundo Francisco Teixeira “ se estivermos preparados para uma estratégia de maior dependência do volume de faturação, temos o equilíbrio suficiente para redefinir um conjunto de estratégias e de visão para os próximos anos. Até porque a RC vai receber em Outubro de 2014 e em Abril de 2015 dois novos navios com capacidade para 4 mil passageiros cada um”.
Agências
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A 6 de Dezembro
Paulo Portas preside
abertura do Congresso da APAVT
O
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, vai presidir à abertura oficial do 38º Congresso da APAVT, cerimónia agendada para as 15h00 do dia 6 de Dezembro, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra. Subordinado ao tema “Potenciar Recursos, Romper Bloqueios, Ganhar Mercado”, o principal fórum de debate turístico nacional decorre entre os dias 6 e 9 de Dezembro, na cidade candidata a património mundial da UNESCO. A cerimónia de abertura e a primeira sessão de trabalhos serão realizadas no referido auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra e as restantes sessões de trabalho têm como palco o Vila Galé Coimbra, hotel-sede do congresso. Também, o ssecretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, o presidente do Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC), David Scowsill, e
o secretário-geral da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), Michel de Blust, são algumas das personalidades internacionais que já confirmaram presença em Coimbra, onde irão intervir no 38º Congresso Nacional da APAVT.
Espaço próprio na ABAV 2012 A promoção e comercialização de Portugal no mercado latino-americano, particularmente no Brasil, serão reforçadas este ano com a inédita participação da APAVT na ABAV 2012, de 24 a 26 de Outubro, feira na qual a associação assegurou a sua presença institucional e também um espaço de exposição
para os associados que aderiram a esta iniciativa. Pela primeira vez, a associação terá um módulo institucional de 9 m2 no stand do Turismo de Portugal, destinado a apoiar todos os seus associados que ali se desloquem e a prestar informações aos visitantes, e também um stand próprio, com 35 metros quadrados, na mesma ilha do stand de Portugal, destinado a espaço de exposição e reuniões para os associados que integraram o espaço da APAVT na BTL 2012. Entre outros aspetos, através desta iniciativa, os associados que estiveram já presentes na BTL asseguram a presença na Feira das Américas, poupando vários milhares de euros, uma vez que ocuparão espaço totalmente grátis, para além de viajarem pagando apenas as taxas. “Este é o resultado do novo ciclo de relacionamento que temos com a nossa congénere brasileira e da iniciativa que desenvolvemos, por
ocasião da BTL, para acolher os operadores brasileiros; representa também mais um passo na política de apoio aos nossos associados em mercados lusófonos, pilar da nossa estratégia internacional”, afirma Pedro Costa Ferreira, esclarecendo que todos os associados que foram expositores no stand da APAVT na Bolsa de Turismo de Lisboa são apoiados pela TAP na sua deslocação à ABAV, e que poderão utilizar este espaço na Feira das Américas sem quaisquer custos. “Contámos com o apoio da ABAV, da TAP e também do Turismo de Portugal, que nos possibilita ter uma presença institucional no seu próprio stand. Juntamente com outros associados que têm stand próprio, esta será sem dúvida a maior representação da distribuição portuguesa na maior feira da América Latina, o que nos permitirá desenvolver ainda mais os negócios com um dos mais importantes mercados da atualidade”, conclui Costa Ferreira.
Image Tours lança programas para o GP de Formula 1 em Abu Dhabi O operador turístico Image Tours está a divulgar programas de quatro noites no Dubai com transporte e passe de dois dias para assistir ao Grande Prémio de Formula 1 em Abu Dhabi, de 31 de outubro a 5 de novembro. A proposta inclui voos de ida e volta à saída de Lisboa, com a Turkish Airlines ou a Emirates Airlines, bem como
quatro noites de alojamento e pequeno-almoço, meio dia de visita guiada no Dubai e um safari no deserto em veículos 4x4, que termina com um jantar barbecue. Também estão incluídos transportes de ida e volta para Abu Dhabi e entrada para dois dias no circuito de Formula 1 de Abu Dhabi, que incluem as classificações e a prova.
Top Atlântico lança Viagens com História A rede de agências de viagem Top Atlântico apresentou os novos programas Viagens com História 2012-2013. Trata-se de viagens dedicadas ao património cultural artístico e histórico em parceria com o Centro Nacional de Cultura, a Liga dos Combatentes e outras entidades. Tratase de um conjunto de viagens dedicadas ao conhecimento do património cultural, da história e da arte em vários países, “organizados para grupos, sempre guiados por um especialista na temática”. Para começar, está já anunciado um itinerário em Moçambique inspirado na obra “O Anjo Branco”, do jornalista José Rodrigues dos Santos,
que participará na viagem prevista para 1 a 16 de novembro. Entre os programas em Portugal destaca-se um itinerário dedicado à poetisa Florbela Espanca, com dois dias de viagem pelos locais do Alentejo onde viveu, ou ainda o programa “A Mais Velha Fronteira”, que dedica cinco dias às histórias da raia, entre o Minho,Montalegre e Chaves. Os programas no estrangeiro incluem “Leonardo da Vinci nas Cortes Europeias”, oito dias por locais relacionados com a vida do artista, de Florença a Milão, Locarno, Paris e Loire, ou ainda uma “Rapsódia Indiana” e o “Património Português em Cochim e Goa”.
Almeida Viagens em Vila Real A Almeida Viagens - Portugal inaugurou mais uma unidade, desta vez na cidade de Vila Real. A nova loja está localizada na Rua de Santa Íria, lote 11-A Loja n.º 3, 5000-446 tendo como contatos o endereço web www. vilareal.almeidaweb.com, e telefone 259 043 039 e o email vilareal@almeidaviagens.com. A Almeida Viagens considera que prossegue assim na busca constante de estar próxima de todos os seus clientes, garantindo melhores localizações para as suas agências físicas, as quais contam também com uma página de atendimento personalizado online e outras ferramentas tecnológicas diferenciadoras no conceito de agência de viagens.
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Tropitur representa operador turístico cubano Guamá-Havanatur em Portugal
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agência de viagens Tropitur, com sede no Seixal, passou a representar em Portugal um dos maiores operadores turísticos cubanos, o Guamá-Havanatur, passando a oferecer a todas as agências de viagens do país um vasto conjunto de serviços, desde os voos ao recetivo, passando pelo alojamento e até os interessados no turismo rural, através da utilização de casas recuperadas no interior da ilha. De acordo com o novo representante, Celino Cunha Vieira “trabalhando em Portugal com todas as agências de viagens vamos conseguir captar alguns nichos de mercado para algumas caraterísticas que o destino Cuba tem e outros não têm, até porque Cuba não é só Havana e Vararedo e não é só sol e praia”. Cunha Vieira, profundo conhecedor daquele destino, referiu ainda, durante a apresentação ao jornalistas, que decorreu na Embaixada de Cuba em Lisboa, que “seremos uma boa ajuda para as agências de viagens pois estamos em condições de reservar qualquer hotel ou unidades de turismo rural, assegurar todos os transfers e rent-a-car, além do operador oferecer circuitos pré-determinados para visitar várias cidades cubanas, bem como programas da observação da fauna e da flora, passeios a pé, a cavalo, o mergulho, cujos centros estão bem apetrechados e oferecem instrutores de qualidades, num país um uma extensão de mais de 6 mil kms de costa, com 200 baías e 300 praias natural, e os segmentos de eventos e congressos”. Ou seja, “com este grande suporte que é o Guamá-Havanatur “temos a possibilidade de organizar aquilo que o cliente da agência de
de novembro, altura também em que deverão estar disponíveis em português os circuitos pré-definidos pela Guamá-Havanatur.
Número de portugueses diminui para Cuba viagens pretender, damos todas as garantias e a nossa expetativa é aumentar o número de turistas portugueses que visitam Cuba”, realçou, para acrescentar que “depende do aproveitamento que as agências de viagens fizerem, mas não é fácil encontrar um parceiro como nós”, disse. Além disso a nova representação está em condições de apoiar os estudantes que queiram ir terminar os seus estudos em Cuba, deste a matrícula nas faculdades, até à instalação em residências universitárias, bem como os doentes que pretendam fazer tratamentos naquele país, tratando de questões da viagem, do alojamento e do internamento, bastando que os interessados enviem a documentação médica, por forma a deslocar-se com garantia de alguma esperança de cura. Cunha Vieira frisou ainda que não estão em causa os tradicionais programas para Cuba, que oferecem basicamente Havana e Varadero. “Nós queremos ser a alternativa para outros produtos”, num destino que considera atualmente mais barato que o Brasil. Para além disso, a nova representação está em condições de tratar dos vistos turísticos, desde que solicitados pela agência de viagens, num prazo máximo de 48 horas (dias úteis). A apresentação mais formal desta nova representação deverá ocorrer entre finais de outubro e princípios
Cuba deverá receber este ano quase 3 milhões de turistas, um aumento de 5% face ao ano anterior, enquanto as receitas turísticas deverão crescer 12%, declarou aos jornalistas o embaixador daquele país em Portugal, Eduardo González Lerner, para acrescentar que o número de turistas portugueses no seu país deverá baixar de 12 mil o ano passado, para 10 mil este ano, principalmente devido à ausência de operações charter de Portugal para aquele destino das Caraíbas. Cuba passa, assim, de 200 mil turistas entrados em 89, para quase 3 milhões em 2012. De acordo com o diplomata, que falava à margem da apresentação do representante em Portugal do operador turístico cubano Guamá-Havanatur, o canadiano continua a ser o primeiro mercado emissor para Cuba com cerca de 50% das entradas, destino que tem verificado um aumento de novos mercados emissores como os da Rússia, da China e do Japão, bem como da América Latina, designadamente, do México e da Argentina (que quase quintiplicou). Igualmente, os cruzeiros têm tido um forte incremento. Ao contrário, tem-se vindo a verificar um decréscimo dos turistas portugueses de ano para
ano, tendo passado de 95/97 mil em 2008/2009, para 12 mil entradas em 2011. O facto, conforme explicou González Lerner, tem a ver com a inexistência de operações charters (a operação da Iberojet este ano foi cancelada) e voos regulares diretos. Para viajar a Cuba, os portugueses têm que o fazer via Europa, sendo a melhor conexão a da Air Europa, via Madrid. O embaixador de Cuba em Portugal referiu que o seu país, que até há pouco tempo era conhecido por Havana e Varadero, agora apresenta 14 destinos turísticos com condições para receber o turismo internacional, com um ritmo de investimentos que não pára. Todos os anos são construídos 10 mil novos quartos de hotelaria. Só a cadeia Meliá oferece hoje em Cuba 27 unidades hoteleiras, estando mais 6 em projeto. O destino oferece atualmente dois campos de golfe (de 18 e nove buracos) em Varadero, mas está a negociar com empresas estrangeiras a construção de mais 16. Eduardo González Lerner fez questão de frisar que Cuba é muito mais do que sol e praia. O destino oferece também cultura, história e um povo acolhedor e alegre.
Agências
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Ego Travel
Destino, preço e marca
são as três valias do novo operador
O
novo operador turístico acabado de lançar no mercado, Ego Travel, que vai funcionar exclusivamente online - www.egotravel. com – tanto para agentes de viagens como para o consumidor final, tem nos destinos, preço e marca, as suas valias, disse o seu diretor geral, Eduardo Pinto Lopes. Este projeto, que começou a ser desenvolvido em Maio deste ano, apresenta-se como uma operador turístico “com caraterísticas de diferenciação face ao que existe no mercado” com toda a suas distribuição através do online. A tecnologia é também bandeira do novo operador turístico, daí que os seus responsáveis vão aproveitar as feiras internacionais para buscar conhecimento e informação sobre novas tecnologias de viagens para que, até ao final de 2013 o site possa incorporar o máximo de tecnologia. A imagem ficou a cargo de uma empresa de design ligada à moda e ao cinema, Mindbomb porque, segundo Pinto Lopes “a imagem tem de falar mais do que as grelhas do produto”. O conceito do logo lembra as brincadeiras de crianças do “quantos queres”. Quanto à palavra Ego , o E tem a ver com o ecommerce e o go de sair em viagem, mas também o ego que cada pessoa tem, ou seja, a empresa cria uma viagem para cada consumidor. Num encontro com a Imprensa, Eduardo Pinto Lopes, referiu que o operador, que aposta na imagem,
terá uma programação estática, como programação própria “desenvolvida por nós e com base na contratação (circuitos, Portugal, Brasil, fins-de-semana, golfe, para dois, termalismo e spa, estudantes) e programação de terceiros, designadamente Caraíbas, Ilhas espanholas, cruzeiros e neve) “onde não acrescentamos mais valia porque há gente que faz melhor e tem maior capacidade de negociação” e nem nos interessa assumir riscos onde outros têm mais força do que nós”. Dentro de aproximadamente um mês, estará em condições de avançar com produtos dinâmicos, com a agregação de motores de busca para a aviação e hotelaria. A programação está dividida por viagens temáticas num total de 16, que podem mudar conforme a sazonalidade do produto. Sol e praia, neve, safari, cidades, histórico-cultu-
Site Soltrópico atualizado e mais funcional A Soltrópico acaba de apresentar algumas atualizações no seu site www.soltropico.pt com o intuito de diminuir ainda mais o tempo de acesso à informação e à realização de reserva. Desta forma, agentes de viagens e clientes finais já conseguem, em menos passos, aceder aos destaques, destinos e ofertas Soltrópico, agilizando todo o processo de reserva online. Novas funcionalidades do site Soltrópico Na pesquisa por Destinos e Ofertas, o menu da esquerda apresenta também sub-destinos com todas as ofertas disponíveis; A página de resultados de pesquisa foi alterada, sendo agora
rais, romântico, família, lua de mel, séniores, estudantes, tudo incluído, cruzeiros, fins-de-semana, circuitos combinados, LGBT e radicais são os temas. Pinto Lopes descreveu o Ego Travel como um operador “híbrido”, por ser b2b e b2c, mas garantiu que “vai proteger a distribuição”. As compras de produtos da Ego Travel efectuadas por agentes de viagens, que vão poder registar-se no portal do operador, serão comissonados entre 10 a 15%. O diretor geral da nova empresa deu conta ainda que o site é todo integrado, permitindo, principalmente ao agente de viagens, além de efetuar a reserva, fazer a contabilidade e a gestão de stock. A resposta da reserva é garantida em 48 horas e pode ser paga por multibando, transferência bancária ou com cartão de crédito. O operador turístico, com a assinatura “a vida são viagens por momentos”, vai contar com vertente de outgoing e incoming, é detido por cinco accionistas e está sediado em Ferreira do Alentejo, tendo escritórios em Carnaxide. O operador turístico vai também implementar-se em Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Espanha. A empresa arrancou com 6 pessoas, mas em velocidade de cruzeiro poderá chegar aos 15 colaboradores.
“Por mil há réveillon no Brasil” Entretanto, o novo operador turístico já está a comercializar progra-
visível um resumo das ofertas com várias possibilidades de ordenação (por preço e por partida). Ao selecionar uma oferta, o utilizador terá acesso aos detalhes do programa e informação necessária para reservar; Nova página de oferta com detalhes do programa na folha de rosto e menus para aceder a hotéis, informação do destino, artigos e galeria de imagens. Desta forma o utilizador consegue aceder a todas as informações necessárias à reserva sem sair da oferta; Reserva mais rápida a partir da página de oferta. Ao clicar em reservar, os campos de preenchimento da reserva surgem
mas para o fim de ano em Salvador, sob o slogan “por mil há réveillon no Brasil”, num voo charter da SATA para a partida de Lisboa a 26 de dezembro e regresso a 2 de janeiro. O avião tem capacidade para 222 passageiros, 18 dos quais em classe executiva e 204 em económica. O “preço de chamada”, de 1.000 euros por pessoa em quarto duplo, é para um programa com sete noites de alojamento e pequeno-almoço (APA) no 3 estrelas América Towers. Outras opções para as sete noites em Salvador, todas elas em APA, são os 4 estrelas Vila Galé Salvador, desde 1.169 euros por pessoa em quarto duplo, Sol Bahia, desde 1.359 euros, e Villa da Praia, em Itapuã, desde 1.399 euros. O operador propõe ainda os 4 estrelas Bahia Othon, desde 1.399 euros, e Sol Barra, a partir de 1.399 euros, bem como programas em regime APA no Catussaba Business ou Catussaba Resort, desde 1.359 euros e 1.599 euros, respectivamente, no 3 estrelas Pousada Village Paraíso Tropical, no Morro de São Paulo, desde 1.699 euros, e no 4 estrelas Stella Maris, desde 1.799 euros. O Ego Travel está a comercializar ainda pacotes com alojamento em regime de tudo incluído (TI) nos 5 estrelas Iberostar Bahia e Iberostar Praia do Forte, desde 1.849 e 1.999 euros, respectivamente.
na mesma página, tornando o processo mais fácil e rápido; A seleção do hotel, na página de oferta, mantém-se nos passos da reserva, mas o utilizador também pode consultar todas as fichas de hotéis no destino através do menu hotéis. As novas funcionalidades do site, segundo a Soltrópico, vão de encontro às opiniões que recolhe do contato diário com os agentes de viagens, realçando que o seu objetivo é melhorar e aperfeiçoar constantemente todos os seus pontos de contato com os clientes de modo a oferecer cada vez mais valor acrescentado.
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Agências
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Ilha Terceira
vai acolher 39º Congresso da APAVT
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APAVT vai voltar aos Açores com a realização do seu 39º Congresso, em 2013, mas agora na Ilha Terceira, fruto de um protocolo de intensões assinado, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroismo, entre a secretária Regional da Economia, Luísa, Schanderl, e o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo, Pedro Costa Ferreira, na presença da presidente da Câmara local, Sofia Couto e do diretor Regional do Turismo, Miguel Symbron. Considerada uma tradição importante que agora se recupera, a APAVT anunciou, antes da realização do seu congresso deste ano, o destino onde se realizará o próximo encontro nacional dos agentes de viagens e turismo. Segundo Pedro Costa Ferreira, saber com antecedência o destino permite uma maior capacidade de organização, dando ao destino onde será efetuado, tempo para se expôr. Na sua intervenção, Costa Ferreira salientou que a escolha dos Açores prende-se com a aposta política da APAVT em participar no esforço e desenvolvimento das exportações do país, para salientar que “os Açores são destino absolutamente fantástico e absolutamente atual. Nunca é demais, chamar a atenção para isso e trabalhar por e para esse destino. O presidente da APAVT destacou ainda o facto do congresso se realizarna ilha Terceira “um canto especial deste destino e uma parte dos Açores menos conhecida”. Ao realizar mais um congresso em terras portuguesas, Costa Ferreira disse que “é dar força e uma atenção especial ao destino Portugal”. Fazê-lo nos Açores é privilegiar “um destino que tem os bens mais escassos e procurados do mundo, que são os bens naturais extraordinários e autenticidade e que fazem com que os Açores sejam um dos destinos que fazem mais sentido no mundo atual”. Sofia Couto considerou a escolha da Terceira como a melhor opção su-
blinhando que Angra é uma cidade com muito para mostrar e com muito mais potencial para desenvolver. Luísa Schanderl, falando na ocasião, disse que “sete anos após a última organização de um Congresso da APAVT nos Açores, (S. Miguel) um dos eventos mais concorridos para os profissionais do setor, a nossa responsabilidade é acrescida no sentido de corresponder às grandes expectativas já geradas”. Para a governante, a APAVT “tem um papel elemental no desenvolvimento do turismo nacional, promovendo a discussão de ideias entre os seus associados, apresentando propostas a todos os níveis, antecipando assim as mudanças do mercado e preparando-se para os desafios que lhe são colocados, contribuindo decisivamente para a atividade turística no seu todo”, para acrescentar que “esperamos que os agentes de viagens encontrem na ilha Terceira a experiência do seu património cultural e natural e sejam um veículo de promoção que é o que nós precisamos”. Para os Açores, acrescentou, “é indiscutível a relevância de receber um evento desta natureza, onde se deslocam centenas de agentes de viagens que tomam contato com o destino, verificando, in-locco, a inovação existente no mesmo”. Luísa Schanderl sublinhou, por outro lado, que o reconhecimento do turismo como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da economia açoriana, “não é de agora, e, na ótica do Governo dos
Açores, deve continuar a merecer a confiança dos empresários, por ser um meio de reforçar “a sustentabilidade do nosso desenvolvimento empresarial e da estrutura de emprego das nossas ilhas”. O turismo nos Açores “caraterizase por uma oferta de qualidade, assente em recursos naturais, na natureza intacta, com belezas naturais paisagísticas, arquitetónicas e culturais únicas” e vem ganhado expressão “no mapa dos destinos de congressos”, disse ainda a governante, considerando o elevado número de eventos que já se realizaram no arquipélago, normalmente fora da época alta. “Hoje os compradores procuram experiências diferentes e isso requer ou destinos novos, ou uma nova visão sobre os destinos estabelecidos, prosseguiu a secretária Regional, acrescentando que, num mercado “cada vez mais competitivo” é elemental fomentar, qualificar e diversificar a oferta e de produtos turísticos específicos, “especialmente aqueles centrados nas caraterísticas singulares e inigualáveis do nosso território, os únicos suscetíveis de se demarcarem pela diferença, aumentando o nosso poder de competitividade, enquanto destino turístico, de forma a inovar e modernizar da nossa oferta turística, em geral”. A governante referiu-se à quebra do turismo nacional este ano para os Açores, mas lembrou que “fazer férias em casa é também fazer férias nos Açores”, realçando que o
governo regional não vai cruzar os braços ou desistir de entusiasmar os portugueses que vivem no continente a visitarem e descobrirem as maravilhas dos Açores. “Vamos reforçar mecanismos para tornar mais acessível, em termos económicos, de vir aos Açores e conhecermais do que uma ilha, mais do que uma realidade”. A realização do congresso naquela ilha, permitirá aos agentes de viagens conhecer “in loco” as potencialidades do destino, o que, posteriormente irá facilitar a venda do produto junto do cliente final. Ainda sem tema definido, certo é que, como manda a tradição, o congresso realizar-se-á no início de Dezembro e, possivelmente no Centro Cultural e de Congressos Angra do Heroismo, espaço a funcionar desde 2003 na antiga praça de touros. O Centro oferece 32 diferentes espaços. O Grande Auditório, tem capacidade para mais de 900 pessoas, estando complementado com uma regie e um palco assente em plataformas elevatórias. Com capacidade até 158 pessoas, o Pequeno Auditório é ideal para colóquios ou conferências, funcionando também como cinema, oferecendo equipamento de multimédia, som e projecção. Com parque de estacionamento para 200 viaturas, o Centro Cultural oferece vários espaços como salas de formação, biblioteca infantil, sala de exposições ou cabines para tradução simultânea. Aqui se encontram monumentos e belas paisagens que todos anos, levam milhares de turistas a percorrer e a conhecer os mais pelos pontos que a ilha Terceira tem para oferecer.
Turismo
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César Valente, presidente da ANfpT
“Não estamos a ser preparados para o mercado de trabalho” C
onforme se pode ler na sua página no Facebook (https://www.facebook. com/anfpt) a Associação Nacional de Futuros Profissionais de Turismo – surge como uma ideia inovadora de um conjunto de estudantes de turismo com o objectivo de desenvolver e implementar uma nova dinâmica no ensino desta área de estudos. Criada no início deste ano, a associação realizou o seu primeiro forum em abril, em Coimbra e um Training Week em Lisboa, cuja sessão de encerramento contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles. No final desta ação, a Viajar falou com o seu presidente, César Valente, que nos dá conta dos objetivos da associação e das suas principais preocupações. Viajar – Qual o objetivo desta associação?
César Valente – Começou com um grupo de estudantes de várias universidades de Coimbra que faziamos um género de tertúlias para pereceber como é que estava o estado do ensino no turismo. Depois decidimos, em Fevereiro deste ano, criar uma associação nacional, após termos entrado em contacto com estudantes de outras escolas do país e percebermos que a formação não razoável, mas nos queriamos melhor. Estavamos a ser preparados para o ensino e não para as necessidades de trabalho. V – Que ações têm desenvolvido?
CV – Fizemos o primeiro fórum em Coimbra nos dias 26 e 27 de abril e tivemos, logo no primeiro evento da associação, cerca de 220 participantes e 22 oradores. Foi um evento interessante, que permitiu uma grande interação entre os participantes e os oradores, pelo que decidimos continuar a organizar este tipo de atividades. Depois fizemos este Training Week Lisboia, uma semana intensiva de treinoscom 20 participantes. O nosso público-alvo eram estudantes que acabaram agora as licenciaturas ou
mestrados e pretendem ingressar no mercado de trabalho. Convidámos algumas empresas que nos trouxeram problemas reais e, nós, em grupos, tentámos encontrar soluções e criar novos projetos. Por exemplo, a Desafio Global (uma empresa de eventos) entregou um briefing e tinhamos que criar um evento. Com a Soltrópico tivemos que criar um novo destino turístico. Isto é muito bom porque permitiu conhecer como funciona o mercado de trabalho, pois tivemos a oportunidade de sentir a pressão de lidar com um novo projeto e um novo produto, e assim fugir apenas à teoria que se pratica nas univerdades e nas escolas por esse país fora. V – Quantos associados tem a organização?
CV – Para não abrirmos a novos associados no início, decidimos primeiro angarir algumas parcerias que nos pareciam valiosas que valessem a pena os estudantes se associaram, não só pelos eventos, mas também para poderem usufruir das parcerias que temos. Neste momento temos cerca de 120 sócios. Vamos fazer uma tournée pelas escolas com o tema “O estado do turismo em Portugal”, para os estudantes de turismo. A Amadeus, que tem cursos de formação, vai ser nosso parceiro, bem como a TA2, uma consultora de turismo, que também dá formação, permitindo aos estudantes descontos entre 20 e 25%. Isto é muito importante para nós pois vamos abrir as portas e dizer a todos os estudantes para entrarem porque temos bons parceiros. V – Que novas ações estão programadas?
CV – Vamos organizar o segundo forum entre março e abril do próximo ano, bem como um Training Week, possivelmente no Porto, porque achamos que, apesar de Lisboa ser o centro e onde acontece tudo, temos a responsabilidade de sair da capital com este conceito. Queremos percorrer algumas cidades e regiões
como Porto, Bragança, Algarve ou Évora. Sabemos que estes eventos têm muitos custos para a associação, mas acreditamos que, com a adesão de mais associados vamos fazer mais atividades desta natureza e com o apoio de novas empresas porque, também constataram a qualidade dos nossos estudantes e, seguramente, vão ter o feedback das empresas que nos apoiaram no Training Week Lisboa. Há que salientar que os participantes da ação de Liusboa tiveram alojamento com alimentação incluída durante uma semana, bem como algumas atividades e pagaram apenas 95 euros. Estamos, igualmente, a planear uma gala, para premiar as melhores escolas, os melhores estudantes , os melhores professores e as melhores empresas onde os alu-
nos saem para trabalhar e estagiar. Temos que reconhecer quem são os melhores na formação e não dizer só que é má ou péssima. Também há bons professores e boas escolas. Aianda não há data prevista nem local para a realização desta gala. V – Quais são as grandes preocupações dos estudantes do turismo que a associação já identificou? É o mercado de trabalho que não correspeonde, ou é a formação?
CV – A nossa grande preocupação é que temos milhares e milhares de estudantes de turismo a sairem todos os anos para o mercado de trabalho, existem mais de 80 cursos de turismo e 13 escolas de hotelaria e turismo. Enquanto os estudantes
Cecília Meireles alerta estudantes pa A secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, que encerrou a Training Week Lisboa, uma iniciativa da Associação Nacional de Futuros Profissionais de Turismo (ANFPT) com o objectivo de preparar os jovens para o mercado de trabalho, alertou para as mudanças que estão a acontecer no turismo, mas deixou uma palavra de otimismo, porque “uma característica dos portugueses” reside na “capacidade de adaptação e de inovação”, o que considerou ser “a nossa vantagem competitiva enquanto povo”. Aos 20 jovens dos mais variados pontos do país que participaram nesta ação que decorreu de 15 a 21 de setembro, com uma sessão no Amedeus Terrace, Cecília Meireles foi falar da importância do turismo para Portugal e da importância dos profissionais num sector em permanente mutação. A forma “calorosa” como os turistas são recebidos, é a recordação que para sempre terão do nosso país, disse Cecília Meireles, acrescentando que os profissionais do turismo são, por isso, uma mais-valia diferenciadora num mundo em que “os destinos concorrentes são cada vez mais e alteram-se todos os dias, depois de uns sempre surgem outros”. E o mesmo acontece
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Turismo
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Estudo promovido pela AHRESP alerta: Manutenção do IVA a 23% na restauração em 2013 agravará défice do Estado
das escolas de hotelaria e turismo saem muito bem formados e com muita prática, nós do ensino superior e das universidades saimos com muita teoria e sem práticas. Quando, de repente, deparamos com um hotel ou uma agência de viagens, não sabemos trabalhar, não temos qualificações e as empresas também não nos contratam. As empresas não querem contratar um jovem, pagar-lhe um valor que ache justo, para estar a ensinar-lhe do zero. Por exemplo, tivemos 20 participantes no Training Week Lisboa e só dois conheciam o programa Amadeus, mas todos esses alunos tiveram a disciplina de agência de viagens nas escolas. É inadmissível. Por isso, vamos continuar com estas iniciativas e tentar promover mais formação adicional, ao mesmo
tempo que queremos entrar em contacto com as escolas para lhes explicar o que é de facto necessário. Temos disciplinas obrigatórias como Antropologia, Sociologiaq e Filosofia, e não quero tirar-lhes o mérito, mas a cadeirade agência de viagens é opcional. E saimos com um curso de turismo. Queremos mostrar às escolas quais são as necessidades do mercado de trabalho, se mais agências de viagens, gestão hoteleira ou animação turística. É muito difícil porque as escolas são muito fechadas e não querem que ninguém se meta nos seus negócios. Então, estamos a tentar, de uma forma cordial, em parceria com as empresas e as próprias escolas, criar novas áreas de formação para estes jovens que querem ingressar no turismo.
ra as mudanças no turismo com os potenciais clientes, cada vez com mais informação e que “também mudam rapidamente” e que “escolhem precisamente aquilo que querem” não estando já dependentes de pacotes clássicos. A governante referiu-se também à área da animação, tantas vezes esquecida quando se fala de turismo e dos seus profissionais, mas que considerou ter uma “importância fundamental naquilo que podemos dar ao turista”. A este nível, disse, “Portugal tem uma enorme riqueza patrimonial e temos que pegar nesse património e adaptá-lo àquilo que sabemos que é capaz de atrair os turistas”. Esta será também, afirmou, “uma forma de rentabilizar os investimentos feitos” ao nível da recuperação patrimonial. No final, a secretária de Estado colocou-se à disposição dos jovens para responder a questões – e elas surgiram. Os baixos salários pagos em Portugal, sazonalidade promoção turística interna e externa, incentivos à realização de iniciativas como a “Training Week Lisboa”, o binómio cultura-turismo e rentabilização de recursos foram alguns dos temas abordados. Amadeus Portugal, Th2, Desafio Global Ativism, e Soltrópico foram as empresas que puseram à prova os participantes da Training Week Lisboa, na sede da Th2. Os temas debatidos em workshop foram desde as redes sociais, à liderança, criatividade, empreendedorismo, networking, marketing pessoal e tendências do mercado. Houve também encontros com alguns empresários/ players do setor. Miguel Quintas da Amadeus Portugal, Gonçalo Rebelo de Almeida, Hotéis Vila Galé, Timóteo Gonçalves da Halcon Viagens e Renata Amaral da Prestigio, foram alguns dos convidados. A primeira edição da Training Week Lisboa chegou ao fim com a organização a fazer um balanço positivo do evento: “Não podia ser mais positivo. Os objectivos iniciais a que se tinham proposto foram ultrapassados”.
Se o Governo insistir em manter em 2013, a taxa de IVA nos 23%, as contas públicas sofrerão um impacto negativo até 854 milhões d euros. A manutenção da taxa de IVA nos 23%, no ano de 2013, traduzir-se-á numa receita adicional de apenas 399 milhões de euros, “manifestamente insuficiente para compensar as perdas de 854 milhões de euros e continuará a provocar a pressão significativa nas empresas do setor” Esta é a conclusão central de um estudo apresentado à Comunicação Social e solicitado pela Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) a duas prestigiadas entidades independentes: a consultora nPricewaterhouseCoopers (PwC) e a Sociedade de Advogados Espanha & Associados. O estudo comprova as mais pessimistas previsões da AHRESP sobre os nefastos efeitos do aumento da taxa do IVA para 23% no setor da restauração e na economia nacional, tornando-se evidente que tal aumento “provocou, e continuará a provocar, uma pressão significativa nas empresas do setor, tornando-se mais fraturante em 2013”. E os autores do estudo acrescentam que “a desejável reposição da taxa de IVA nos 13%, a partir do início de 2013, poderá atenuar os efeitos negativos no setor e nas contas públicas do próximo ano, nomeadamente os decorrentes das rubricas da segurança social e dos efeitos indiretos”. Embora os autores do estudo tenham considerado dois cenários possíveis, os números referidos dizem respeito a um quadro considerado mais realista que tem em linha de conta a hipótese de se verificar a transferência de 40% do negócio perdido pelas empresas encerradas para as empresas resistentes, ou seja, sempre que um estabelecimento encerrar considera-se que 40% do seu negócio é transferido para os estabelecimentos em funcionamento. Importa ainda sublinhar que as estimativas apresentadas incorporam um elevado grau de conservadorismo, pelo que o impacto real da taxa de IVA a 23% deverá revelar-se ainda mais gravoso. A título de exemplo, refira-se que os autores do estudo não considera-
ram o efeito do incumprimento e das insolvências relativamente aos créditos da Banca estimados em 2000 milhões de euros, nem sequer atenderam à propensão para uma maior evasão fiscal perante o aumento da carga tributária. Mantendo-se a taxa de IVA a 23%, o estudo estima que, até final de 2013, se registe uma redução do volume de negócios no setor de cerca de 1750 milhões de euros, enquanto no que diz respeito ao encerramento de empresas calcula-se que o seu número atingirá as 39 mil, o que ditará a extinção de 99 mil postos de trabalho – isto apenas entre 2012 e 2103. De facto, embora se preveja um aumento não confirmado, da receita fiscal em sede de IVA, a verdade é que terá de ser encarada, por outro lado, a redução das contribuições da TSU e o aumento das despesas com o subsídio de desemprego que criarão pressões adicionais no sistema de Segurança Social em mais de 550 milhões de euros, valores a que terão de se adicionar as pressões orçamentais por efeitos indiretos negativos de 235 milhões de euros, como resultado do encerramento de empresas, com impacto negativo ao nível das provisões por incobráveis e pedidos de recuperação de IVA por parte das empresas fornecedoras, bem como, da redução de rendimento das famílias vítimas do desemprego, que se traduz numa quebra do consumo e, consequentemente, numa redução da receita do IVA num conjunto de outros setores. A estes efeitos acrescerá, também, o potencial efeito no sistema financeiro que detém um conjunto significativo de créditos sobre as empresas do setor da Restauração e Bebidas, efeito este que não foi estimado no estudo. Quer isto dizer que se é verdade que a obtenção de receita fiscal por subida das taxas de IVA constitui o modelo que mais rapidamente apresenta resultados a curto prazo, também é certo que no presente enquadramento económico e considerando as características específicas do tecido empresarial do setor, esta medida tende a deixar de ser (re) estruturante, tornando-se fraturante já no próximo ano, diz ainda o documento..
Turismo
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viajar 2012 / OUTUBRO
BTL 2013
Portugal abre as portas ao Mundo C
omemorar 25 anos é uma etapa de peso, sobretudo quando tem agregado a si um nome como BTL, que reúne não só um historial de sucesso, como também o espaço de eleição para os profissionais ligados à área turística, funcionado como o grande barómetro do mercado, e ponte estratégica entre continentes. Não é novidade que Portugal é por excelência um país orientado para o Turismo. A cada ano, a cada edição BTL, este potencial é revelado, inclusive pelas mensagens de acolhi-
mento. “O Mundo faz escala aqui” é um dos principais claims deste ano, para receber os seus visitantes, profissionais e público em geral. Antecipa-se, desde já um desafio, com a maior montra da oferta turística em Portugal e a maior exposição em português, com dez milhões de
objectivo de dar a conhecer o destino Centro de Portugal, e de comunicar a diversificada oferta existente. Num segundo momento foi tempo de envolver activamente os actores regionais e “vestir a camisola”. A próxima Feira Internacional de Turismo de Lisboa representa mais uma oportunidade e novo ponto de viragem, uma vez que o Centro de Portugal é o destino nacional convidado da edição 2013”, referiu o responsável.
MI, Golf e Turismo Religioso – segmentos chave para 2013
quilómetros quadrados a falar a língua do poeta. Potenciar novos contactos e promover novos negócios são algumas das diretivas da organização. Os resultados de 2012 comprovam que a BTL continua a ser um espaço de eleição, onde, no ano passado, estiveram presentes mais de 65 mil visitantes, mais de 900 expositores e mais de 45 destinos. No que diz respeito ao programa de Hosted Buyers, a última edição contou com a presença de mais de 2200 visitantes profissionais, agendaram-se mais de 2400 reuniões, e estiveram presentes 398 compradores convidados, oriundos de 28 países.
Região Centro é o destino nacional convidado em 2013 Com o objetivo de fomentar a promoção turística e visibilidade dos principais destinos nacionais, foi criado em 2008 o destino convidado nacional. Este ano a região eleita foi a zona centro, que reúne os distritos de Castelo Branco, Coimbra, Aveiro e Viseu. Presentes na BTL desde 2009, e sobejamente conhecidos pela multiplicidade de ofertas e contrastes, são uma referência a nível gastronómico, cultural e de lazer. Segundo Pedro Machado, presidente do turismo centro de Portugal “Num primeiro momento, a participação nesta feira foi pautada pelo
A pensar em novas áreas de ação, a 25 ª edição da BTL aposta este ano nos segmentos de Turismo Religioso, o Golfe e a Meeting Industry, que vão estar com especial destaque ao nível da programação para “hosted buyers”. Para MI, esta edição da BTL inclui uma agenda de trabalho organizada nesse sentido, já que Portugal é, cada vez mais, pela sua posição estratégica, o destino ideal para a organização de reuniões, viagens de incentivo, conferências, exposições e eventos. É desde há alguns anos sabido que Portugal é destino de eleição de golf de mercados como o alemão e inglês. O objetivo é que mais mercados descubram o potencial do nosso país. Actualmente a BTL encontrase em negociações para novas parcerias. Segundo estatísticas da Organização Mundial de Turismo “cifraramse em 980 milhões as chegadas turísticas internacionais em 2011. Prevê aquele organismo que este ano os números subirão para mil milhões, atingindo dois mil milhões em 2030”, e sem dúvida que Portugal reúne um dos pontos de encontro da fé mundiais, em que Fátima é apenas um deles, mas que reúne todos os anos milhares de visitantes e peregrinos de todo o Mundo.