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moçambique
um arco-íris de emoções
MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 354 - 2ª série - Preço 2,00 €
Em foco
Turismo de Portugal
aposta nas acessibilidades, conetividade e turismo interno 28º Congresso AHP
Vocação atlântica
de Portugal em destaque Entrevista
vitor costa
Web Summit em lisboa será inesquecível
Presidente da república
“O Turismo não se deve ficar pela contemplação ou inércia complacente”
Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes
europcar.pt
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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO outubro 2016
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Em foco
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Observação Turismo no seu auge! Portugal saiu, uma vez mais, o grande vencedor na edição europeia dos World Travel Awards. Foram 24 prémios na categoria Europa e 13 na categoria Portugal. Ao todo 37 galardões atribuídos a diversas categorias que integram o setor do Turismo em Portugal. Basta por aqui se ver que o Turismo em Portugal está de boa saúde e recomenda-se, adivinhando-se assim uma época baixa menos baixa do que o habitual, tendo em conta a curiosidade que o mundo tem vindo a mostrar sobre o nosso país. Claro está que a Web Summit, que irá ter lugar em Lisboa de 7 e 10 de Novembro – e sobre a qual fazemos um especial neste edição – ainda irá colocar mais os olhos do mundo virados para este cantinho da Europa, trazendo até cá os melhores das tecnologias e algumas das mais influentes mentes da economia mundial dos dias de hoje.
Com o Dia Mundial do Turismo, que aconteceu a 27 de setembro, o Turismo de Portugal apresentou o programa All for All – Portuguese Tourism, que pretende criar um novo estímulo ao envolvimento de entidades públicas e empresas para fazerem de Portugal um destino cada vez mais acessível para todos. Além disso, o Turismo de Portugal aproveitou a Semana do Turismo para avançar com o projeto de wi-fi gratuito a ficar disponível nos centros históricos das principais cidades do país. Para terminar, a entidade decidiu ainda pôr Portugal no mapa com uma nova campanha para o turismo interno, onde propõe aos portugueses fazerem um filme, até 20 segundos, de alguns dos seus melhores momentos de turismo pelo país. Como se pode ver o Turismo em Portugal está em constante movimento e, ao que parece, é para continuar. Assim se pôde ver pela III Cimeira do Turismo de Portugal, da qual participaram alguns dos mais altos players do setor no nosso país, assim como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa. Os painéis foram apropriados para o momento que o turismo atravessa em Portugal e a Viajar decidiu deste tema fazer o seu destaque desta edição. Boas leituras e boa viagem, sempre com a Viajar!
“Ponha Portugal no Mapa” é a nova campanha de Turismo Interno
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onha Portugal no Mapa” é o mote para a nova campanha do Turismo de Portugal, que é destinada à promoção do Turismo Interno. Com o objetivo de incentivar os portugueses à realização de miniférias na época baixa, esta campanha pretende mostrar a diversidade da oferta turística nacional através do ponto de vista dos portugueses, que são convidados a fazer pequenos filmes sobre o que consideram mais interessante visitar em Portugal. Em linha com as atuais tendências de comunicação, em que o conteúdo gerado pelas pessoas é muito valorizado e tem um elevado capital de influência nos momentos de decisão de compra, a campanha de turismo interno irá, numa primeira fase, envolver e mobilizar os portugueses na produção de pequenos filmes sobre a oferta turística nacional. Nesse sentido, sob o mote “Ponha Portugal no mapa”, os Portugueses serão convidados a filmar Portugal e a construir o primeiro vídeo mapa do país que ficará disponível numa plataforma digital criada para o efeito. Através de uma app desenvolvida por uma Startup portuguesa (Glymt), serão lançados 16 desafios, ao longo de 16 semanas, que inspirem os portugueses a filmarem Portugal, escolherem o que consideram melhor e que recomendam do nosso país. Estes desafios pretendem mostrar a diversidade da oferta nacional, permitem uma ampla cobertura do território e refletem os ativos estratégicos definidos no âmbito da Estratégia para o Turismo 2027. Para acederem a estes desafios é necessário instalar no telemóvel a app Glymt, fazer um vídeo de cerca de 5” a 20” sobre cada desafio e posteriormente carregar o vídeo na mesma app. Diretor Francisco Duarte Chefe de Redação Sílvia Guimarães colaboradora Sandra Silveira Editor SR Editores, Lda Assinaturas assinaturas@sreditores.pt direção, redação e publicidade Largo da Lagoa, 8D, 2795-116 Linda-a-Velha Telfs.: 21 7543190 • e-mail: viajar@sreditores.pt
Os vídeos selecionados poderão ser utilizados na comunicação nacional e internacional do país, até ao limite máximo de 400 e terão uma recompensa para o participante de 50 euros por vídeo selecionado. Esta abordagem irá ainda permitir chegar a um público mais jovem, normalmente pouco ativo na produção de conteúdos para o turismo, o que proporcionará um olhar diferente e inusitado da oferta turística nacional. O primeiro desafio será dedicado ao “Mar”, fazendo jus ao local onde é lançada esta campanha, no Funchal, em frente ao mar. “Ponha Portugal no Seu Mapa” será a segunda fase da campanha interna. Nesta fase de divulgação serão utilizados canais de televisão e outros meios, para a exibição de spots de publicitários, produzidos a partir de uma seleção dos vídeos feitos pelos portugueses durante a fase de mobilização. Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, sublinha que “esta é uma campanha totalmente inovadora, na qual todos os portugueses são convidados a participar, pois somos todos embaixadores do turismo de Portugal. Com esta campanha vamos permitir que sejam os portugueses a construir a nossa imagem de promoção”. Por outro lado, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, afirma que “no primeiro semestre deste ano o número de portugueses a escolherem Portugal para fazerem férias aumentou 7,6% e, apesar de ser um ótimo sinal, temos de ambicionar mais, pois estes resultados podem ser claramente melhorados. O Turismo interno é fator de dinamização das regiões e representa também um papel crucial na redução da sazonalidade turística”.
Fotografia Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem, Rogério Sarzedo PAGINAÇÃO Catarina Lacueva, José Rodrigues Publicidade Teresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90 e-mail: teresa.gabriela@sreditores.pt
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6M€ para melhorar acessibilidades e dotar centros históricos com wi-fi gratuito
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presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, anunciou o lançamento de uma linha de apoio financeiro de 5 milhões de euros para apoiar a criação de acessibilidades em estabelecimentos hoteleiros e em espaços públicos, por parte de empresas e entidades públicas. A apresentação do programa All for All – Portuguese Tourism, marcou o arranque da Semana do Turismo, que surgiu no âmbito da celebração do Dia Mundial do Turismo, a 27 de setembro. Dirigido a todos os agentes do setor turístico, o programa “All for All” visa adaptar a oferta turística às necessidades específicas de quem nos visita, desde famílias com crianças pequenas até seniores ou pessoas com algum tipo de incapacidade, ainda que temporária. Trata-se de cumprir o propósito de Portugal como destino turístico (“Receber Bem”), mas é também uma oportunidade de negócio para as empresas e para o país. O programa “All for All” pretende criar um novo estímulo ao envolvimento de entidades públicas e empresas para fazerem de
Portugal um destino cada vez mais acessível para todos. A aposta é na melhoria do produto e na divulgação e promoção junto do turista de boas práticas de acessibilidade. Foi desenvolvido um canal online dedicado ao turismo acessível, alojado no visitportugal.com, com o objetivo de destacar os itinerários acessíveis em centros históricos de cidades do Continente e Ilhas.
Wi-fi gratuito em centros históricos Um milhão de euros é o valor total da Linha de Apoio a Projetos Wifi em Centros Históricos, destinada a financiar projetos promovidos por câmaras municipais e entidades regionais de turismo. Lançado também pelo Turismo de Portugal, o projeto Portugal Wifi foi apresentado em Elvas, primeira cidade do país em cujo centro histórico está implementado o projeto-piloto a desenvolver. Mais uma etapa no esforço de promover o turismo para todos, neste caso o acesso gratuito a informação digital por parte dos turistas.
O projeto Portugal Wifi visa dotar os centros históricos das localidades portuguesas e as zonas de maior afluxo turístico de redes sem fios que permitam aos turistas utilizar wifi de forma gratuita e aceder a conteúdos informativos que maximizem a sua experiência no destino. A simplicidade e rapidez no acesso a conteúdos informativos durante a viagem assumem uma importância cada vez maior para os turistas. Por outro lado, é também relevante facultar às empresas plataformas ágeis para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio e de conhecer melhor os seus clientes. Promover a conetividade desses turistas com o destino e com os prestadores de serviços locais é, por isso, essencial. Para além do objetivo turístico, este projeto visa também contribuir para o desenvolvimento de smart cities e de formas mais sustentáveis de gestão das cidades e dos seus recursos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e para o desenvolvimento económico.
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António Costa
quer aumentar a diversidade da oferta e diminuir a sazonalidade
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ntónio Costa considera fundamental “aumentar a diversidade da oferta turística”, assim como “diminuir a sazonalidade”, embora admita que os números do Turismo em 2016 sejam “muito positivos”. Por outro lado, pensa ser “importante que continuemos a valorizar a atividade para que o valor investido possa ter cada vez maior rentabilidade”. O líder governamental, que discursava na sessão de abertura da III Cimeira do Turismo Português, organizada pela CTP, que decorreu no Dia Mundial do Turismo, a 27 de setembro, no Museu do Oriente, em Lisboa, diz não estar “preocupado com o aumento do turismo em Lisboa”, respondendo aos rumores de que o turismo na capital está a crescer demasiado e a deixar a cidade sobrelotada. Para o governante o número recorde de visitantes alcançados “prova a capacida-
de que as entidades públicas e privadas têm de transformar o território”. “Não deixa de ser com alguma satisfação que vejo que agora se discute se há turismo a mais em algumas zonas da cidade e, há nove anos atrás, discutia-se que eram zonas abandonadas, desertificadas, onde nada acontecia e que estavam em absoluta decadência”, avançou o chefe do Governo. “O que tem sido feito em Lisboa, Açores ou Algarve é o que temos de fazer em mais sítios para que tenhamos cada vez mais turismo”, disse, deixando presente que o turismo é um setor que “puxa pelo país, pelo comércio, pela agricultura”, além de ser “um investimento sustentável e inclusivo do nosso país”. António Costa destacou ainda o facto de já terem sido aprovados “220 milhões de euros em fundos comunitários” para o apoio ao investimento de empresas do setor no âmbito
do quadro o Portugal 2020. “Temos que criar condições para que haja investimento, estabilidade financeira para que possa haver uma capitalização das empresas. Fizemos um grande esforço para assegurar a entrada dos fundos comunitários”, disse. Para o líder do Governo “há bons investimentos a nível do turismo de cruzeiros, mas há investimento também em novas rotas aéreas de e para Portugal e é, por isso, que podemos crescer também nos mercados americano e asiático”. No entanto, não deixou de frisar a importância do “turismo de congressos e eventos para diversificar a oferta, sendo a melhor forma de contrariar a sazonalidade e assegurar uma procura ao longo de todo o ano. Da mesma forma, há que continuar a criar condições para que o próprio turismo interno possa melhorar”.
Francisco de Calheiros apela que António Costa chame a si a coordenação das políticas com implicação no Turismo
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rancisco de Calheiros lançou o repto ao primeiro-ministro de “chamar a si a coordenação das políticas com implicação no Turismo”, sem que se tenha que “recorrer a um sem número de ministérios” para resolver os problemas de um setor tão transversal como o Turismo. O presidente da CTP, entidade organizadora da III Cimeira do Turismo Português, relembrou o governante que “é essencial criar mecanismos que agilizem a resolução dos problemas” e “se tudo estivesse nas mãos do ministro da Economia ou da secretária de Estado do Turismo, estávamos bem, mas a realidade não é essa”.
Para o responsável “as entidades públicas têm de reconhecer que têm de trabalhar do lado dos privados” e o que se espera é que “o Estado acompanhe os bons projetos e crie os mecanismos para facilitar o investimento e a criação de emprego por aqueles que efetivamente o promovem”. O processo de consulta da Estratégia do Turismo 2027 é para o presidente da CTP disso “um bom exemplo”, onde “pela primeira vez o tema foi inicialmente discutido ao nível da comissão permanente da Concertação Social, após auscultação preliminar à CTP”. Apesar de concordar que o turismo possa
“ser fator de desenvolvimento regional”, o profissional alerta que “não queremos nem devemos interferir com a vontade de quem nos visita. Não devemos influenciar de forma forçada aqueles que nos visitam em nome de uma complementaridade e de uma expansão de área de influência do turismo”. Francisco Calheiros destacou a necessidade da diminuição de custos de contexto e simplificação da carga administrativa, com um “pleno cumprimento do Simplex +”, assim como “um Estado cada vez mais vocacionado para prestar um serviço de qualidade e eficiente às empresas”.
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Marcelo Rebelo de Sousa “O Turismo não se deve ficar pela contemplação ou inércia complacente”
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ara o Chefe de Estado “o Turismo não se deve ficar pela contemplação ou inércia complacente” pelo facto de estar a viver um bom ano e deixou o recado à plateia: “O ano vivido é entusiasmante em perspetivas e resultados, mas cumpre ir mais além em ambição”. O turismo interno é para Marcelo Rebelo de Sousa uma aposta fundamental, assim como a continuidade na aposta de Portugal como um destino para todo o ano, sempre com a qualidade em destaque. Mesmo nos anos 60, num regime fechado à comunicação com o exterior e a novos usos e práticas sociais, já o turismo representava “o arranque de uma nova atividade na balança portuguesa”. Razão pela qual, lembra, numa época em que as exportações e o investimento são vetores essenciais, “mesmo se não exclusivos do modelo económico mais viável
nesta Europa e neste Mundo”, mais sentido faz lembrar o papel desta atividade. No discurso de encerramento, o Presidente da República fez ainda a ponte com diversas questões da atualidade política, nomeadamente com algumas propostas já conhecidas para o próximo Orçamento de Estado. “Governos muito diferentes não tiveram, não têm e não terão outro caminho mais viável de modelo para o crescimento e o emprego por todos ambicionado”, salientou, referindo-se à discussão em torno do crescimento económico baseado no incremento nas exportações. Relativamente ao consumo interno salienta Marcelo Rebelo de Sousa que “só por si não garante o crescimento, se o investimento e as exportações duradouramente ficarem aquém do indispensável”. “A divergência entre governos e partidos só pode portanto residir não em uns quererem
mais investimento e exportações e outros mais consumo interno, mas na proporção das várias componentes do PIB e nos meios adotados para garantir a sua concretização. Dito de outro modo, onde a profunda crise dos últimos anos levou o governo anterior, em uma homenagem a uma preocupação determinante com o rigor financeiro, a apostar mais nas exportações e no investimento com consequente decréscimo no consumo interno, o cenário atual de saída da crise e de compensação dos sacrifícios passados levam inevitavelmente o presente governo a não poder negar o papel crucial das exportações e do investimento mesmo que queria olhar para o consumo interno. São versões ou caminhos diversos mas que são obrigados a ter em comum a preocupação na balança de pagamentos e, nela, na balança comercial”, considerou.
Fernando Medina “Não sei o que é ter turistas a mais”
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presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, afirmou na sessão de abertura da III cimeira do Turismo Português, que “temos de continuar e assegurar que não temos estrangulamentos na procura. Oiço aí por vezes aquela pergunta muito interessante que é saber se Portugal, Lisboa em particular, já tem turistas a mais. Pessoalmente, tenho de dizer que não sei que conceito é isso, não sei o que é ter turistas a mais”. O autarca afirmou mesmo que “não saberia lidar” com esse conceito, que “não existe, não tem sentido”.
Para Fernando Medina é “bom que haja turistas” em Lisboa e não vê quaisquer “obstáculos a que isto prossiga”. A sua principal preocupação do momento é “agarrar o extraordinário momento que estamos a viver e projetá-lo, prolongá-lo no futuro”. O autarca apontou que se tem que continuar a apostar no investimento em infraestruturas, sobretudo na “expansão da capacidade aeroportuária” da capital, assim como se deve continuar a apostar na “qualidade da oferta do produto turístico”, fundamental para o posicionamento da cidade a nível
internacional, tentando explicar assim o “estaleiro” montado por toda Lisboa. Por outro lado, considera fundamental, tal como tem vindo a afirmar desde o início do ano, uma “diversificação das zonas de atração”. Para o responsável “é preciso lidar e encarar uma realidade nova, que é o facto de a cidade de Lisboa se estar a transformar”. Fernando Medina apontou o investimento nas infraestruturas como "crucial" e deu como exemplo “expansão da capacidade aeroportuária” da região de Lisboa, que diz ser um “ponto fundamental no êxito da estratégia da cidade”.
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Carga fiscal P
aulo Portas critica o atual Governo por estar a pensar aumentar a carga fiscal alegando que isso poderá “afastar” os investidores e, sobretudo, os estrangeiros. O ex-vice-primeiro-ministro, que falava na III Cimeira do Turismo Português, num painel sobre “Mercados Financeiros, Investimento e Capitalização das Empresas”, referia-se às medidas fiscais que podem vir a fazer parte integrante do Orçamento do Estado para 2017, sobre um novo imposto relativo ao património imobiliário de elevado valor, e que irá ser apresentado no Parlamento nos primeiros dias de outubro. “Portugal construiu um caso altamente competitivo como um país bom para ter segunda residência ou viver uma parte da vida, tanto para não europeus – os vistos de investimento – como para europeus – com a tributação de não residentes”, referiu, adiantado que “manteria absolutamente esse tesouro, porque permite captar investimentos, ter gente com dinheiro a viver em Portugal e a gastar dinheiro em Portugal. E não ameaçaria isso com nenhum rumor nem sobre impostos de património nem sobre impostos de sucessões”. Para o antigo governante “isto é um tesouro, é atrair a riqueza para o nosso país, e no momento em que houver dúvidas sobre o nosso caso de competitividade, as pessoas hoje, em globalização, carregam numa tecla e vão para outro lugar”. Na sua opinião existem “algumas políticas adjacentes ao turismo e que fazem parte da construção de uma reputação” que não devem ser “ignoradas”. Portugal é para Paulo Portas um “caso altamente competitivo para ser um país bom para ter segunda residência ou viver uma parte da vida, para não europeus ou europeus com tributação de não residentes. Eu manteria esse tesouro”. E relembrou: “as pessoas vêm comprar uma casa a Portugal porque o caso de competitividade de Portugal é muito bom e, para além disso, tem um bom regime fiscal e sistema de vistos”. O antigo líder do CDS/PP deixou como exemplo um discurso do Presidente norteamericano, Barack Obama, sobre a dívida dos EUA que o preocupou. “48 horas depois de tomar posse [como ministro dos Negócios Estrangeiros] vi a conferência de Obama onde alguém lhe pergunta sobre a dívida americana, que não é pequena, e ele respondeu que sim, mas que os EUA não são Portugal e a Grécia. Fiquei atónito e pensei de imediato: «Houston, we have a problem!» Era um problema de perceção que nós tínhamos. Que os nossos problemas eram iguais
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poderá “afastar” investidores
aos da Grécia e que éramos pouco dados ao trabalho, não sabíamos gerir as nossas contas e não íamos superar um programa de ajustamento”.
Investimento e financiamento Castelão Costa, presidente das Pousadas de Portugal, afirmou, no mesmo painel, que “quase 50% das empresas portuguesas têm problemas financeiros, sobretudo por más decisões de investimento e financiamento”, levando a que “as estruturas das empresas estejam assim muito desequilibradas”. Desta forma, alega que este “boom turístico ainda não é suficiente para melhorar a condição financeira das empresas”, principalmente se essas “já apresentavam problemas estruturais”. Segundo o responsável, “os empresários não podem vir para o setor investir sem capital próprio apropriado”. Em relação a esta mesma matéria, José Antó-
nio Barros, presidente da Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas, avançou que “apenas 0,1% das empresas de turismo representam 40% do volume de negócios” e alertou para a necessidade de se “encontrar uma série de medidas que favoreçam o acesso a capitais”, atribuindo às “empresas de pequena dimensão a maior parte do problema”. Para o profissional, “as empresas que estão em baixas condições económicas, mas que sejam viáveis, devem ser reestruturadas. Depois tem que haver uma simplificação e desburocratização para chegar ao crédito”. Por seu turno, Miguel Maya, vice-presidente do Millennium BCP, afirma que “ainda há uma margem significativa de crescimento no setor” e a entidade bancária que representa ainda tem “todas as condições para acolher ainda mais pessoas”, com “uma resposta positiva ao financiamento e uma resposta positiva ao crédito”.
Inovar tem que estar no ADN Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, que interveio na cimeira num painel dedicado ao tema “Inovar no Turismo”, deixou presente que o seu principal objetivo passa por “encontrar respostas” para o desenvolvimento do setor”
que abranjam “a ajuda de todos”, quer sejam empresas ligadas do turismo em Portugal como no estrangeiro. Mas frisou, que apesar estejam a delinear uma estratégia a 10 anos, “não significa que as coisas estejam paradas”. Contudo, diz que “temos de fazer opções. Portugal tem um potencial extraordinário para se posicionar como um país moderno que mistura tradição com inovação. Esse é o nosso trunfo”. Para o responsável, inovar tem que estar “no ADN de toda a estratégia do
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Caldeira Cabral
quer mais parcerias público-privadas no Turismo
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ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defende a existência de um “casamento” entre as políticas públicas e os privados para que o Turismo possa crescer ainda mais. É nesse sentido que o governante afirma que o seu ministério tem vindo a desenvolver ações “juntos dos operadores internacionais”, de forma a “saber que segmento de mercado ainda estão por explorar” e assim poderem vir a captar mais turistas e novos mercados. “Mesmo nos mercados onde estamos a crescer bem, como nos EUA, estamos a trabalhar para atrair outro tipo de turismo, como o sénior”, adiantou.
turismo português” e “só se pode criar valor para as empresas, regiões e destinos, com inovação”. Por outro lado Dionísio Pestana, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pestana, alerta que “inovar custa dinheiro” e, apesar de haver “muita coisa boa no mercado a esse nível”, defende que “é preciso saber escolher, e fundamentalmente, monitorizar os resultados e adaptar-se ao mercado”. No que diz respeito à inovação Dionísio Pestana referiu ainda que em Portugal existem destinos de resort que necessitam de inovar. “Estão parados e devem preocupar-se com a visão do futuro, aproveitando a conjuntura favorável”, disse.
Convidado a participar de uma mesa redonda na III Cimeira do Turismo Português, o ministro afirmou ser “importante” um trabalho articulado entre os diferentes ministérios para que possa haver uma maior agilidade de processos para quem pretende investir no Turismo em Portugal. Caldeira Cabral deixou claro perante a plateia que mais de 250 milhões de euros, de um total de 440 milhões que já entraram em Portugal este ano, proveniente de um quadro comunitário de apoio, foram transferidos para o Turismo para mais de 200 projetos, justificando assim a aposta do Governo no crescimento do setor. Em forma de resposta ao desafio lançado pelo presidente da CTP, Francisco Calheiros, à necessidade de existência de um “balcão único” para que os empresários não tenham que recorrem a “um sem número de ministérios” até conseguirem ver os seus projetos aprovados, o responsável garantiu que “mesmo que, seguindo a sugestão do presidente da CTP, a secretária de Estado [do Turismo] concentrasse a pasta das finanças e várias outras, mesmo assim ainda restavam as câmaras municipais e muitas outras”. Para Caldeira Cabral o importante é“trabalhar de forma articulada e que esse trabalho seja cada mais assumido dentro do Governo e não atirado para cima de quem quer ter uma iniciativa e de quem quer ter um investimento, para que as instituições públicas possam dar uma resposta única”.
Para o detentor da pasta de Economia o grande sucesso que o país atravessa no setor deve-se a uma grande aposta por parte das empresas, mas também das iniciativas público-privadas, sobretudo na “recuperação de hotéis em vilas históricas, na atração de atividade para zonas que antigamente estavam mortas”.
Empresas endividadas Outra das vozes que se fez ouvir nesta mesa redonda foi a do presidente do Conselho de Administração dos Hotéis Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, que alertou para o facto de “mais de 50% das empresas do setor ainda estarem no vermelho”, mencionando dados recentemente revelados pelo Banco de Portugal. Para o hoteleiro a situação deve-se a “algum descontrolo nos investimentos” e afirma que apesar do momento positivo no Turismo existe ainda “uma série de empresas que estão a passar por algumas dificuldades porque estão a endividar-se”. Já Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, também presente na mesa redonda, atribui a culpa desta situação a “um grande número de pessoas que eram amadoras” no setor hoteleiro. O governante regional admite que o Turismo “é fundamental na Madeira”, mas confessa estarem a “apostar noutras áreas”, por uma necessidade de “de diversificar a economia”, concluiu.
Dossier
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Lisboa de olhos postos no H
á quem o considere o mega evento que Portugal alguma vez recebeu, com um retorno estimado em 175 milhões de euros, para um investimento do Turismo de Portugal de 1,3 milhões. Há quem o coloque mesmo à frente da Expo 98, do Euro 2004 ou da Final da Champions League em 2014. São esperados mais de 50 mil participantes, dos quais quase 700 oradores, alguns líderes das maiores multinacionais, oriundos de mais de 150 países, o que levará que a Lisboa fique no centro do mundo tecnológico, da inovação e do empreendedorismo, de 7 a 10 de novembro, quando receber o irlandês Paddy Cosgrave e a sua convenção, o Web Summit. Quando o Paddy Cosgrave anunciou que
50 participantes
mil
5 000
provenientes dos E.U.A.
50 mil
ou mais, assistirão através da internet
Lisboa tinha sido a candidatura escolhida para receber o Web Summit, pelo menos, durante três anos, deixando para trás Amesterdão, que também tinha sido finalista, os irlandeses e os responsáveis pela cidade de Dublin, na Irlanda, casa-mãe do evento desde que surgiu, não queriam acreditar no que estavam a ouvir. Perderam para Lisboa o maior evento que alguma vez tinham realizado e com ele uma grande receita para a cidade numa época baixa, em que tudo o que gerar lucro é bem-vindo. Do lado dos portugueses, governantes, empresários e empreendedores estão expetantes com as grandes mais-valias que poderão advir do evento para a economia portuguesa em geral. Uma coisa é certa, Lisboa, e conse-
quentemente Portugal, estarão nas bocas do mundo durante estes dias, colocando o país num patamar superior. É enorme a oportunidade de promover Lisboa enquanto destino turístico junto de potenciais mercados – como é o caso dos Estados Unidos, dado que segundo as estimativas uma grande parte dos participantes são norte-americanos. Por outro lado, virão até Lisboa para o evento mais de mil jornalistas dos quatro cantos do planeta, além da convenção ir ser seguida pela internet por mais cerca de 50 mil pessoas. O empreendedorismo será outro dos trunfos que se poderão retirar da Web Summit, uma vez que virão até à capital portuguesa alguns
20
600
oradores anunciados
mil
700 €
empresas representadas
preço do bilhete mais barato
5,4
mil euros
preço do bilhete Platina
7 000
presidentes executivos
150
países estarão representados
140
pessoas prepararam o evento em Dublin
2 000 voluntários
1500 portugueses 500
estrangeiros
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Web Summit dos maiores investidores mundiais e líderes de grupos empresariais com grande influência na economia global. Convém não esquecer que, paralelamente às atividades da Web Summit, que decorrerão principalmente entre o Parque das Nações e a FIL, irão surgir outros eventos que irão ajudar ainda mais a economia da cidade, estendendo até novembro a época média/alta do turismo em Lisboa. São eles o Night Summit, que decorrerá entre o Bairro Alto e o Cais do Sodré, e o Food Summit. Mas, que se desengane quem pensa que será apenas Lisboa a lucrar. A Ericeira, por exemplo, irá ser palco do Surf Summit e com isso ficará ainda mais no calendário dos surfistas mundiais.
1,3
milhões
foram pagos pelo Turismo de Portugal para que a Web Summit se realizasse em Lisboa
175
milhões de euros expetativa de receitas que o evento pode gerar
Embora a organização ainda não tenha revelado todos os detalhes de como e onde serão os palcos dos eventos do Night Summit, está prevista uma panóplia de acontecimento a decorrer nos bairros mais emblemáticos de Lisboa. A título de exemplo, no ano passado, as ações após a realização dos trabalhos da convenção tiveram 20 palcos diferentes e para Lisboa estão já estipulados 14, fora os que ainda não foram anunciados, englobando temas como música, moda, design ou HealthTech. Outra grande expetativa para o turismo da capital passa pelo alojamento. Será que a capacidade hoteleira vai esgotar? Será que os participantes vão preferir ficar hospedados
em unidades de alojamento local tal como Paddy Cosgrave disse que gostaria que o fizessem, para que tívessem mais contato com as comunidades locais? Como estão a correr as reservas? Já há hotéis com lotação esgotada? É a estas e a outras perguntas que a Viajar vai tentar encontrar respostas nas próximas páginas, tendo chegado à fala com alguns dos hotéis associados do evento, com responsáveis do alojamento local em Lisboa e com o diretor-geral da Associação do Turismo de Lisboa. Por agora fique a conhecer os números diretamente ligados ao Web Summit, assim como os locais onde as atividades se irão desenvolver ao longo dos quatro dias da convenção.
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Vítor Costa, diretor-geral da Associação de Turismo de Lisboa
“O evento em Lisboa será O timista com o sucesso daquela que será a maior convenção que Lisboa algumas vez rececionou, Vítor Costa vê na Web Summit uma forma da capital portuguesa ficar na boca do mundo, principalmente através das redes sociais. Além disso, o responsável acredita que “o impacto da Web Summit vai muito mais longe do que o turismo, posicionando Lisboa como cidade muito relevante a nível do empreendedorismo, da criatividade e da atratividade”. A Viajar esteve à conversa com Vítor Costa que desvendou um pouco de como tudo começou e quais são as expetativas agora e daqui a cinco anos.
Viajar – Como surgiu a candidatura de Lisboa à receção do Web Summit? Vitor Costa – Recebemos um contato no nosso Lisboa Convention Bureau perguntando se estaríamos interessados em candidatar Lisboa a receber um grande evento internacional. Como sempre, manifestámos interesse e fizemos contatos com o Turismo de Portugal e com a Câmara Municipal de Lisboa. Rapidamente se percebeu que estávamos perante uma situação excecional, em que o envolvimento das várias entidades nacionais tinha que ser mais profundo. A partir daí houve um fortíssimo empenhamento do presidente da CML, Dr. Fernando Medina, e do ministro e secretário de Estado de então, Dr. Paulo Portas e Dr. Leonardo Mathias. O que considera que fez Lisboa sair a grande vencedora? Penso que ganhámos principalmente por três razões: pela força e prestígio da marca Lisboa; pela necessidade que a organização da Web Summit tinha de crescer; e pela perfeita coordenação e empenhamento de todas as entidades envolvidas. De facto, Lisboa tem atualmente um enorme prestígio, fruto do percurso que tem feito a nível do Turismo e do sucesso na organização de grandes eventos ao longo dos anos. Toda a gente quer vir para Lisboa e toda a gente confia que as coisas vão correr bem em Lisboa. Creio que a organização da Web Summit, que é um evento que tem crescido de forma muito rápida e exponencial, queria renovar-se, “dando o salto” para um destino mais atrativo, sem ofensa em relação a Dublin, que é uma cidade muito interessante. Por isso, Lisboa, Paris e Amesterdão foram consideradas como alternativas.
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inesquecível” Ganhámos vantagem na short list final porque demonstrámos empenhamento, coordenação e capacidade de resposta, sem qualquer contradição entre as diversas entidades, mesmo num quadro em que os atores políticos tinham orientações diferentes. Qual tem sido o papel do Turismo de Lisboa após terem conseguido a captação do evento? O papel do Turismo de Lisboa foi essencialmente na fase de captação do evento e, posteriormente, integrando o grupo de trabalho que foi criado. Para além do cofinanciamento do evento, o nosso papel tem sido sobretudo o de interface com outras entidades e com os nossos associados. Investimos também na nossa representação no grupo de trabalho, destacando a nossa Diretora Executiva, cuja experiência, bom senso e conhecimento tem sido importante.
Hotelaria não se deverá preocupar Como é sabido, o presidente da Web Summit, Paddy Cosgrave, demonstrou o seu interesse que grande parte dos 50 mil participantes fique hospedada nos bairros históricos de Lisboa, em unidades de alojamento local, em casa de amigos ou em Couchsurfing. Acha que os hoteleiros de Lisboa terão razões para estarem preocupados? Acho que os hoteleiros de Lisboa não têm razões para se preocuparem com as taxas de ocupação. No início do processo reunimos com os hoteleiros e alertámos para a necessidade de todos termos consciência de que o evento está contratado para três anos, podendo ser prolongado por mais dois. Aliás, a realização em 2017 e 2018 poderia ser cancelada em determinadas circunstâncias. Por isso, há que ter uma visão estratégica e não meramente conjuntural. Todos compreenderam esta mensagem. Por outro lado, sempre sublinhámos que os nossos hoteleiros e outros prestadores de serviços são profissionais e experientes, respeitadores das regras de mercado, esperando reciprocidade. Um processo desta complexidade tem sempre uma ou outra situação, mas creio que tudo se ajusta. O Turismo de Lisboa, o Turismo de Portugal e a Agência para o Investimento e
Comércio Externo de Portugal (AICEP) investiram 1,3 milhões de euros na candidatura do destino à receção do evento. Quais são agora os retornos esperados a nível de faturação direta e indireta? Um evento com dezenas de milhares de participantes tem necessariamente um grande impacto direto na economia regional e nacional. A organização divulgou estimativas em relação a edições anteriores, que penso que serão ultrapassadas. Mas o impacto deste evento ultrapassa este importantíssimo retorno direto, pois trata-se de um evento estruturante. Desde logo porque, tendo em conta o target, a exposição de Lisboa será enorme em todo o mundo, principalmente através das redes sociais, mas também através da comunicação social. Por outro lado, estamos a tocar um segmento em que somos menos fortes, que é o segmento mais jovem, que poderá vir a tornar-se mais relevante no nosso destino. Além disso, o impacto da Web Summit vai muito mais longe do que o turismo, posicionando Lisboa como cidade muito relevante a nível do empreendedorismo, da criatividade e da atratividade. Se a tudo isto acrescentarmos o facto de o evento não se esgotar num só ano, podendo vir a realizar-se cinco anos seguidos, estamos perante uma grande oportunidade.
Pensar no futuro
próximo ano que não conseguiram para a deste ano? Como dizem os treinadores de futebol, um jogo de cada vez. Para já, estamos empenhados em que corra bem a edição de 2016. Depois far-se-á o balanço e serão introduzidas as alterações e inovações que se justificarem. Paddy Cosgrave já demonstrou realmente interesse em vir a realizar mais edições da Web Summit caso as que já estão agendadas corram na perfeição? Cosgrave pode confiar que o evento em Lisboa será inesquecível. Aliás, já o tenho ouvido dizer que um dos fatores que pesou na escolha de Lisboa foi a enorme pressão dos potenciais participantes para que essa fosse a opção. Estamos confiantes que as expetativas vão ser atingidas em 2016 e que ainda será melhor em 2017 e 2018. Depois disso, a continuação por mais dois anos, como está previsto no contrato, será natural. A minha convicção é que, passados os cinco anos, Paddy Cosgrave terá as maiores dificuldades em mudar-se para outro destino. Com a grande visibilidade da Web Summit considera que será mais fácil conseguirem atrair outros eventos de grandes dimensões para a capital portuguesa? Claro que sim. Lisboa já deu provas de organizar impecavelmente muitos eventos. E estamos no Top Ten da ICCA, em termos de número de congressos associativos internacionais. Temos não só que consolidar este posicionamento como procurar atingir patamares superiores.
Tendo em conta que os números do turismo em Lisboa e no país em geral estão melhores do que nunca, como acha que a Web Summit poderá ajudar a incrementar ainda mais estes índices? No fundo quais são as mais-valias que se conseguirá retirar do evento? Os números estão bons, mas não se pode “Cosgrave pode cair na tentação de pensar que podeconfiar que o evento em Lisboa mos deixar de continuar a trabalhar. Pelo contrário, a responsabilidade será inesquecível. Estamos confiantes é cada vez maior. A oferta cresce que as expetativas vão ser atingidas em e as expetativas da população, 2016 e que ainda será melhor em 2017 e das empresas e dos responsáveis políticos também. Como já 2018. Depois disso, a continuação por mais referi, esperamos deste evento dois anos, como está previsto no contrato, será retorno económico imediato, mas também uma grande promoção de natural. A minha convicção é que, passados Lisboa e implicações estratégicas os cinco anos, Paddy Cosgrave terá as positivas no Turismo e não só. Já estão a pensar nas edições da Web Summit de 2017 e 2018? O que gostariam de implementar na edição do
maiores dificuldades em mudar-se para outro destino”.
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Hotéis de Lisboa vão esgotar?
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egundo dados revelados em junho pela presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira, a Web Summit para os hoteleiros de Lisboa, até àquela dará era “um mistério”. Até ao momento a associação ainda não atualizou os dados, afirmando que está a proceder a um novo inquérito para tentar perceber com estão a decorrer as reservas. Certo é que, tendo em conta as declarações a Airbnb e da Alep (págs. 13 e 14), a hotelaria da capital não sairá a grande vencedora neste processo. Quer seja em unidades de alojamento local, casas de amigos ou em couch surfing (partilha de sofás), os 50 mil participantes do Web Summit irão dotar o alojamento de Lisboa de uma excelente taxa de ocupação, numa época que já seria baixa, mas que vem permitir estender a alta é meio de novembro. Dos 15 hotéis oficiais recomendados na página eletrónica da Web Summit a organização aconselha os participantes a ficarem hospedados na unidade em que irão assistir à convenção, tendo em conta a área de especialização, de forma a poderem funcionar em rede e assim tirarem partido máximo de contatos da mesma área de interesse. Desta forma, tendo em conta os temas que irão acolher, o Tivoli Jardim é recomendado aos especialistas de máquinas e inteligência artificial, o Vip Grand Lisboa aos de marketing, o Turim Alameda aos de conteúdos, o Altis Park aos de música e desporto, o Turim Iberia aos de media, o Vip Executive Villa Rica aos de moda e design, o Sana Malhoa aos de dinheiro e empresas, o Vip Executive Saldanha aos de segurança, e o Tryp Oriente aos interessados por questões de engenharia. Entre os hotéis com capacidade esgotada estão já o Hotel Marquês de Pombal, Holiday Inn Lisboa Continental, Lutécia, Ibis Parque das Nações, Florida e Holiday Inn Lisboa. O Grupo Altis afirma que “as expetativas são
altas (…), a procura tem existido”, mas “ainda existem lugares disponíveis”, acreditando que as reservas de última hora ditarão o desfecho. No entanto, das já existentes contam com “pequenos grupos, mas ainda sem confirmação total dos mesmos, no Altis Park hotel e no Altis Grand Hotel, este último hotel eleito dos oradores”. Já os hotéis do Grupo SANA na região de Lisboa garantem que “estão a sentir favoravelmente os efeitos do evento, apresentando já taxas de ocupação bastante elevadas para esses dias”. Com a expetativa de ficar com os três hotéis de Lisboa completos está o Grupo Tivoli. Embora afirmem que a ocupação do Tivoli Lisboa, Tivoli Jardim e Tivoli Oriente seja já “muito elevada”, a verdade é que ainda têm “alguns quartos disponíveis”. Também os Hotéis Tryp, do Grupo Hoti Hotéis, apesar de ainda terem quartos disponí-
veis para o dia do evento, asseguram ter a “noção que o hotel oficialmente associado ao evento, o Tryp Lisboa Oriente, estará completo”, embora não se mostrem muito confiantes nas reservas de última hora, dado o evento ter sido “amplamente divulgado e os valores de inscrição aumentarem à medida que o mesmo se aproxima da data de realização”. Em setembro os hotéis do grupo Turim tinham já só disponham de “30% dos quartos disponibilizados exclusivamente para reservas via a organização do evento”. Embora, no geral, para a data do evento “todos os hotéis Turim de Lisboa já têm mais de 50% ocupado”. Para os dias 7 a 10 de novembro, o grupo espera “uma ocupação acima dos 90%” em todas as unidades da capital”, com muitas “reservas de última hora”, o que revela ser “um pouco acima do normal para estas datas”.
Hotelaria otimista com a repercussão do Web Summit Para os hotéis que irão receber algumas das sessões do Web Summit este é um evento que trará repercussões bastante positivas para o seu futuro. Os hotéis Altis consideram que aos estarem entre os hotéis escolhidos e serewm também opção para os oradores do evento, “já demonstra a notoriedade e destaque do Grupo
Altis”, com uma “visibilidade muito positiva, pelas dimensões deste evento e a fácil comunicação das redes sociais, que têm feito uma cobertura universal, permitindo assim um maior destaque aos hotéis”. Já os Tivoli defendem que uma das grandes mais-valias deste evento é “a grande projeção internacional
que vem trazer ao nosso país e a Lisboa enquanto destino turístico”. Para esta cadeia hoteleira “o perfil dos participantes no evento jovens criativos e inovadores, com poder de compra - é também, sem dúvida, um público-alvo muito relevante na divulgação do destino”. Também os hotéis Turim afirmam que “os grandes eventos são
excelentes oportunidades” para darem a conhecer os seus hotéis e a oferta existente aos participantes que “na maior parte se deslocam em trabalho e permanecem por poucos dias”, mas que muito deles “acabam por retornar à cidade em lazer e optam por ficar nos hotéis onde se alojaram anteriormente e foram bem recebidos”.
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“Não se pode falar que a capacidade vá esgotar, longe disto”
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duardo Miranda, presidente da Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP), afirma que, apesar de Paddy Cosgrave, presidente da Web Summit, ter demonstrado o seu interesse que grande parte dos 50 mil participantes, que virão até Lisboa para participar da mega convenção, fiquem hospedados nos bairros históricos de Lisboa, em unidades de alojamento local, em casa de amigos ou em Couchsurfing, a realidade é que, por enquanto, “não se pode falar que a capacidade vá esgotar, longe disto”. Em entrevista à Viajar, diz que, embora ainda não existam previsões exatas, “até porque não e fácil recolher esta informação de forma mais exata num setor ainda relativamente novo e disperso por milhares de pequenos operadores”. Apesar disso adianta que “do contato com os operadores de Lisboa notase uma procura maior, alguns dizem que bem mais forte do que o normal, já que este costuma ser um período de baixa e que está a crescer à medida que o evento se aproxima”. A preferência do irlandês Paddy Cosgrave pelo alojamento local não admira o presidente da ALEP por estar “dentro do espírito mais informal típico das pessoas do setor de novas tecnologias”, indo ainda ao encontro das “tendências do turismo onde, cada vez mais, os viajantes, além de conhecerem os pontos
de interesse, querem sempre mais, como conhecer as pessoas, entrar mais na cultura, ter algum contato mais local e autêntico”. Afirmando que não há dados detalhados sobre quais os bairros que estão a registar uma maior procura por parte daqueles que vêm participar na mega convenção, Eduardo Miranda acredita que os bairros em questão estão preparados para receberem tantas pessoas de uma só vez. “Pode haver alguma
confusão maior perto do local do evento em si, mas não nos bairros que acomodam os participantes. No pico da época alta há dias em que chega a haver ocupações próximas dos 100%. A cidade já esta acostumada”, referiu o responsável. Como exemplo deixou o jogo da final da Champions League, em 2014, que “trouxe um número ainda maior de visitantes e muitos nem foram ao jogo. Mas neste caso era um evento especial, com ar de festa, grandes concentrações e comemorações. Também foi um evento emocional que, de certa forma, propiciou um aumento de preços, em muitos casos exagerados, que não deve acontecer na Web Summit”. Conflitos de interesses entre os moradores e quem irá ocupar as unidades de alojamento local durante os dias da convenção, o profissional acredita que isso não haverá, até porque este é um evento empresarial e os participantes estarão quase todo o tempo ocupados nas atividades”. Por outro lado, Eduardo Miranda considera que “o alojamento local tem maior potencial de permitir esse contato” com as populações locais, “a começar pelo contato com o próprio proprietário ou titular do alojamento local, que muitas vezes acaba por funcionar como uma espécie de apoio local”, embora relembre que “este contato mais próximo não possa nunca ser forçado”. Questionado sobre quais as mais-valias que a cidade poderá vir a tirar deste evento, Eduardo Miranda responde prontamente que, em primeiro lugar, surge “uma receita importante numa altura que costuma ser de baixa temporada”. O Web Summit vem, na sua opinião, permitir “estender a época média/alta até a metade de novembro, o que excelente”. Mas, para Eduardo Miranda a grande mais-valia é “o passa palavra” que um evento deste tipo sempre gera. “São líderes de opinião que estarão aqui. O evento em si, após a sua realização, é motivo de muitos comentários, conversas, notícias. O natural é que além de elogiarem o evento em si falem de Lisboa, que já é um destino que entrou para o topo do circuito mundial. As qualidades e mais-valias todos conhecem e que já rendeu prémios: uma cidade cheia de charme, em colinas, com uma luminosidade única, de frente para o rio e ao lado do mar, com gente acolhedora, que agora com o Web Summit junta-se a imagem de moderna, tecnológica, inovadora, cool”, disse, concluindo que “o WebSummit vai trazer um ótimo complemento a imagem de cidade histórica charmosa”.
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Airbnb regista procura quatro vezes superior para os dias do evento
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Airbnb afirma que “faz todo o sentido” que o presidente da Web Summit, o irlandês Paddy Cosgrave, tenha demonstrado o seu interesse em que grande parte dos 50 mil participantes da convenção possa vir a ficar hospedada e nos bairros históricos de Lisboa, em unidades de alojamento local, em casa de amigos ou em Couchsurfing. Em entrevista à Viajar, Ricardo Macieira, country lead da Airbnb para Portugal, adiantou que “foi assim que Airbnb nasceu”. Em 2007, algumas conferências de design que se realizaram em São Francisco preencheram completamente a oferta hoteleira da cidade. Dois dos fundadores da Airbnb, Brian Chesky e Joe Gebbia, decidiram oferecer a sua casa, juntamente com o pequeno-almoço e a sua própria hospitalidade, aos visitantes que queriam participar no evento. Isto
resolveu dois problemas importantes: por um lado, Brian e Joe obtiveram o dinheiro que precisavam para ajudar a pagar a renda da sua casa e, por outro, os participantes encontraram um lugar seguro e cómodo perto do evento para ficarem alojados. “Desde então temos ajudado cidades de todo o mundo a dar resposta a grandes eventos como South by South West (SXSW) que se realiza em Austin, Texas (EUA), o Mobile World Congress em Barcelona, ou mesmo os recentes Jogos Olímpicos Rio 2016, onde fomos parceiros oficiais de alojamento alternativo”, referiu.
Recursos existentes sem investimentos sobredimensionados Ricardo Macieira defende que “os grandes eventos são um grande negócio para os destinos de todo o mundo. Mas, ao mesmo
tempo, representam um grande desafio”. Desta forma, o responsável considera que “acontecimentos como o Web Summit representam um importante potencial de desenvolvimento e de oportunidades para Lisboa, já que impulsionam o desenvolvimento económico e promovem os ativos locais”. No entanto, alerta que “muitas vezes, exigem investimentos importantes em infraestruturas que podem não ser necessárias quando o evento termina”. É neste contexto que surge a Airbnb. “Enquanto modelo baseado na comunidade, que aproveita os recursos existentes dentro do destino, permite evitar investimentos desnecessários ou sobredimensionados”, assim como “permite que os benefícios cheguem de forma mais direta aos residentes locais”, além de representar “uma alternativa mais inovadora, económica, social e sustentável para conseguir os seus objetivos”. Segundo os dados do Estudo de Impacto Económico da Comunidade Airbnb em Lisboa no ano de 2015, “os anfitriões lisboetas gastam 55% dos seus lucros no pagamento das suas responsabilidades com rendas, hipotecas, contas de casa e nas compras diárias. Em média, os hóspedes Airbnb ficam alojados por mais tempo (cinco noites, em comparação com as 2.8 noites em alojamentos tradicionais) e gastam mais dinheiro que o turista típico, beneficiando a economia local, já que 50% das despesas dos hóspedes Airbnb são feitas no bairro onde ficam alojados”, deixou presente Ricardo Macieira.
Hospitalidade no bem receber Também a nível social, “a Airbnb assume um papel preponderante”. Neste caso, “a hospitalidade local é muito importante e é um motivo de orgulho para os cidadãos do local onde se realizam estes grandes acontecimentos. Partilhar casa liga de maneira muito especial os visitantes com as pessoas locais. Além disso, em comparação com os alojamentos tradicionais, um hóspede Airbnb, por noite, consome até menos 60% de energia, menos 12% de água, e gera aproximadamente um terço de resíduos”. Embora não querendo avançar com previsões de como o evento irá beneficiar o alojamento local, Ricardo Macieira garante que notaram um “aumento de procura” para os dias 7 a 10 de novembro, altura em que o evento terá lugar em Lisboa, num incremento “quatro vezes superior à registada nas mesmas datas do ano anterior”.
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Opinião
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Lisboa cidade de turismo e empreendedorismo
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Carla Salsinha n Presidente
da União de Associações de Comércio e Serviço da RLVT
Mais importante do que a aposta na promoção de Lisboa como cidade de Turismo, foi todo investimento feito pela autarquia e empresários, pois só em conjunto foi possível a promoção de Lisboa como cidade de empreendedorismo, de criatividade, atraindo milhares de jovens de diversos países, que encontraram em Lisboa as condições e o ambiente de excelência para desenvolverem os seus projetos de empreendedorismo.
isboa, está na moda, é uma cidade cosmopolita, moderna, global e que acolhe quem nos visita e quem a elege para viver ou para investir, como nenhuma outra cidade europeia. Nos últimos anos o Turismo cresceu vertiginosamente e hoje existem locais da cidade onde só se houve falar múltiplas línguas, e são muitos os que dizem que este crescimento se deve à instabilidade política e à insegurança que se vive em muitos dos países de excelência para gozo de férias, bem como em muitas das cidade da Europa. Sendo em parte verdade esta afirmação, esta popularidade do nosso País, e em particular de Lisboa, deve-se muito ao investimento quer do Estado e à sua aposta no Turismo, bem como à visão da autarquia de Lisboa. Nos últimos anos Lisboa mudou, assistimos à sua requalificação urbanística, à sua requalificação paisagística e de espaços públicos, e à aposta na promoção da nossa cidade não só como um dos destinos de excelência para cities breaks, mas para pleno gozo de férias aproveitando toda a vertente que envolve a região de Lisboa, Cascais, Ericeira, Mafra, que são hoje também atrativos de referência internacional. Mas mais importante do que a aposta na promoção de Lisboa como cidade de Turismo, foi todo investimento feito pela autarquia e empresários, pois só em conjunto foi possível a promoção de Lisboa como cidade de empreendedorismo, de criatividade, atraindo milhares de jovens de diversos países, que encontraram em Lisboa as condições e o ambiente de excelência para desenvolverem os seus projetos de empreendedorismo. Surgiram dezenas de centros de incubação, as Startups, muitas delas inovadoras, exemplo que é a Startup do Comércio, uma das primeiras a surgir a nível da Europa e que marcaria esse espírito visionário de quem esteve a liderar o pelouro da Economia e Inovação na nossa autarquia. A cidade não só tem
de agradecer ao Dr. António Costa por liderar essa visão, mas também por ter permitido que a vereadora do pelouro tivesse total liberdade de decisão, então Dra. Graça Fonseca, que foi indiscutivelmente a impulsionadora deste movimento de criatividade, arriscando numa área que há dez anos atrás seria impensável ter na cidade, atitude essa continuada pelo atual presidente da CML, Sr. Dr. Fernando Medina. Mas também há que referir não só a vontade, o espírito e a determinação de milhares de jovens que arriscaram iniciar o seu projeto empresarial e fazê-lo na cidade de Lisboa, mas de todos aqueles parceiros, entidades bancárias, organismos privados e estatais que se associaram a este movimento de criação. Este foi o esforço que todos nós em conjunto nos propusemos ao sermos desafiados para tal num dos momentos mais difíceis da economia portuguesa em 2011. Batalha que foi vencida e que permitiu que Lisboa seja hoje uma referência em empreendedorismos e criatividade, bem como fosse galardoada já por diversas vezes. Só desta forma foi possível transferir para Lisboa o Web Summit, um dos mais prestigiados e relevantes eventos do mundo criativo empresarial que congrega milhares de jovens empreendedores e dos mais brilhantes cérebros da atualidade. Em simultâneo traz à nossa cidade os mais importantes CEO do mundo empresarial de hoje. Oportunidade única que o Turismo de Lisboa não desperdiçou e que irá demonstrar como, para além de saber receber bem todos aqueles que nos visitam em lazer, tem uma enorme capacidade de realizar este evento de uma forma exemplar. Lisboa tem as condições para se tornar no centro estratégico dos grandes eventos empresariais, atraindo congressos, seminários e encontros internacionais das múltiplas multinacionais. Acredito que esta é mais uma das apostas já ganhas a que Lisboa se candidatou.
Agências & Operadores
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Macau poderá vir a receber congresso da APAVT em 2017
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APAVT – Associação Portuguesa de Agências de Viagens está a equacionar a possibilidade de vir a realizar o seu 43º congresso em Macau. O possível regresso ao território chinês para mais um congresso da associação foi, tido em conta, no discurso do seu presidente, Pedro Costa Ferreira, por ocasião do primeiro Seminário e Bolsa de Contactos do Turismo ChinaPortugal, realizado no âmbito da MITE (Macau International Travel (Industry) Expo), que teve lugar no início de setembro. Durante o discurso que proferiu em Macau, o responsável afirmou que “Macau é, historicamente, um importantíssimo destino para o mercado emissor português” e enalteceu o facto de “saber que são as agências de viagens e os operadores turísticos de ambos os lados, Portugal e China, que lideram todo este movimento de aproximação”. Pedro Costa Ferreira recordou que Macau “foi o primeiro destino turístico preferido da APAVT”, tendo ajudado “a
credibilizar e a consolidar o próprio projeto chamado «Destino Preferido»”. Tendo em conta todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, o profissional deixou presente que, “da parte da APAVT, há interesse em manter
e em desenvolver este trabalho conjunto e todos os dias pensamos em novas oportunidades e em novas possibilidades de desenvolvimento. Nesse sentido, não posso deixar de afirmar que existe uma forte vontade – mútua – em reali-
zar o 43º congresso da APAVT em Macau, em 2017, naquele que será o fim de mais um ciclo político na APAVT, o último congresso da atual direção”. No entanto, disse não ter ” a falar ainda de um anúncio, mas de uma vontade”.
Tryvel lança viagens de enoturismo Nos últimos anos, o Dão ressurgiu como produtor de alguns dos melhores vinhos nacionais. Sendo uma região com um enorme potencial enoturístico, a Tryvel convidou a jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida para guiar os visitantes por esta região produtora de vinhos de grande qualidade e elegância. A parceria com a jornalista continuará nos próximos meses e ano seguinte com viagens de enoturismo ao Alentejo e ao Douro, e também a outras regiões mundiais como a Rioja (Espanha); Napa Valley (Califórnia) e Mendoza (Argentina), entre outras. A Tryvel tem-se notabilizado pelo seu projeto de viagens, acompanhadas por especialistas em diversas áreas, com ênfase no conhecimento e experiência vivida, destinadas a clientes que querem mais do que uma simples viagem. Assim, viagens temáticas de cinema, literatura, história, ciência política ou arqueologia são possíveis, designadamente com o jornalista Mário Augusto, a romancista Deana Barroqueiro, o
historiador João Paulo Oliveira e Costa, o jornalista Nuno Rogeiro, os arqueólogos Álvaro Figueiredo e Joel Cleto, entre mais de 20 personalidades relevantes, a proporcionar e conciliar o prazer de viajar com momentos únicos e enriquecimento cultural. Agora, com a entrada da jornalista Maria João de
Almeida na equipa, esperam-se grandes aventuras vínicas subordinadas ao conceito TryWine. «Depois de ter escrito o Guia do Enoturismo em Portugal, o passo mais natural era começar a fazer viagens deste género, pois o enoturismo é uma área que está a crescer muito no nosso país. Já tinha ouvido falar da Tryvel, tinha as melhores referências e por isso fiquei muito satisfeita e honrada com este convite. Muitas aventuras vão acontecer!», afirma Maria João de Almeida. David Coelho, diretor geral da Tryvel, mostrou-se muito satisfeito com a parceria ao afirmar que “existia já uma procura acentuada neste tipo de viagens e pouca oferta de qualidade, por isso achámos uma excelente ideia investir neste nicho de mercado, até porque a filosofia da nossa empresa foca-se exatamente no que consideramos mais importante – as pessoas, os detalhes e experiências diferenciadoras. Assim, quando vimos o trabalho da Maria João, não tivemos dúvidas que seria a pessoa certa para estas viagens».
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David Neeleman e Freitas do Amaral entre
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iogo Freitas do Amaral, José Tolentino Mendonça, António Vitorino, David Neeleman (TAP), Luís Araújo (Turismo de Portugal), José Theotónio (Pestana), António Simões (Nutrinveste e Sovena) e Elizabeth Konick (cônsul dos EUA nos Açores) são alguns dos oradores que já confirmaram a sua presença no 28º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que irá decorrer em Ponta Delgada, nos Açores, de 16 a 18 de novembro. Tendo como tema principal “Portugal, Vocação Atlântica” é precisamente sobre esta temática que se irá central o primeiro painel do dia 17 que ganhou no nome de “Posicionamento Geo-Estratégico de Portugal”. Segundo Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, este será um painel “iminentemente político”, onde se irá tentar perceber por que razão “Portugal anda com algumas hesitações no que respeita ao seu
posicionamento na política externa” e qual o “contexto da transição na política internacional, incertezas nas relações entre as grandes potências, alterações profundas e imprevisíveis na União Europeia que o Brexit precipitou e que a crise também nos leva a ter que refletir”. Contando com a presença de um “atlantista”, Diogo Freitas do Amaral, a responsável frisou que neste primeiro painel irá estar em destaque o “relevo da nossa vocação atlântica, tendo em conta o posicionamento estratégico e geográfico de Portugal” em relação a outros mercados do Atlântico, como a América do Norte, América do Sul, Reino Unido e África.
Portugal, os EUA e outros mercados do Atlântico O segundo painel da manhã centra-se sobre os Estados Unidos da América. “Portugal e
os EUA. O Mercado, o Turista e a Acessibilidade” foi o nome escolhido. Cristina Siza Vieira explica que o objetivo passa por refletir, entre outras questões, “como é que podemos captar e fidelizar o mercado norteamericano; qual é que é a estratégia da TAP; como é que nós, hoteleiros, nos podemos intrincar nesta estratégia da afirmação da TAP nestes mercados para podermos aproveitar o momento”. Como oradores terá David Neeleman, acionista da TAP pelo consórcio Atlantic Gateway, Elizabeth Konick, Cônsul dos EUA nos Açores, e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal.
Perspetivas de negócio Já na parte da tarde, começam a discutir-se os temas que “vão do turismo à hotelaria”. Para começar, a reflexão irá centrar-se nos “Pilares para a Sustentabilidade Econó-
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os oradores do 28º Congresso da AHP Ética nos negócios Para terminar os trabalhos do primeiro dia, o último painel irá centrar-se na temática “A Ética e os Negócios”, uma abordagem nunca antes feita nos congressos da AHP. Tendo como moderador Bernardo Trindade, tendo sido ele também o mentor deste tema, o painel irá retratar, entre outras questões, os “deveres das empresas como entidades sociais, negócios e criação de valor enquanto eixo de redistribuição; a concorrência sem transparência alicerçada numa comunidade de valores; o emprego como fator de coesão económica e social”. O padre José Tolentino de Mendonça será um dos oradores.
Novas tendências
mica e para o Crescimento”, pretendendo trazer ao congresso questões de como se consegue chegar mais longe, tendo como foco novas perspetivas de negócio e visões distintas para cada mercado em que esses negócios estão inseridos. José Theotónio, CEO do grupo Pestana, e António Simões, vice-presidente da Nutrinveste e CEO do grupo Sovena, estarão entre os oradores que irão desvendar um pouco do sucesso das suas empresas, tanto em Portugal como no mundo.
Hotéis versus restaurantes “A Arte do Posicionamento. A importância do correto posicionamento dos hotéis e restaurantes no mercado” é o tema do segundo painel da tarde. De acordo com Rodrigo Machaz, diretor-geral da Memmo Hotels e um dos organizadores do congresso, “está na altura dos hotéis começarem
a perceber que devem posicionar os seus restaurantes independentemente dos seus hotéis”, tratando “os restaurantes com mais carinho”. Para o responsável, “está na altura de tornar os bares e restaurantes dos hotéis mais interessantes”, dando os hostels como exemplo de “espaços socialmente interessantes” e deixando o recado que “os hotéis têm que ir atrás disso”. António Araújo e Albano Homem de Melo, fundadores do conceito de restauração de sucesso H3, irão estar presentes entre os oradores do painel e vão demonstrar como conseguiram “entrar num mercado altamente competitivo, que são os hambúrgueres, e venceram com conceito e posicionamento”. Por outro lado, Rodrigo Machaz frisou que se irão debater ainda temas como o conseguir “ter sucesso em destinos aparentemente difíceis, com oradores com casos de sucesso, que venceram pela diferenciação”.
Na manhã do dia seguinte, último dia dos trabalhos, será a vez de pensar no futuro e, para começar, o primeiro painel irá focar as “Novas Tendências do Consumo Digital”. Como melhorar o desempenho dos hotéis? Como manter os custos de distribuição sob controlo? Como tornar os hotéis mais atrativos junto dos consumidores? São a estas e outras perguntas que os oradores (responsáveis por estas áreas em alguns dos grupos hoteleiros portugueses que mais se têm destacado nestas novas tendências) irão tentar encontrar resposta. Antes da sessão de encerramento e conclusões do congresso terá ainda lugar um último painel dedicado à “Future Lab – New Bricolage Living”. Rodrigo Machaz afirma que “o último painel era para nós um desafio muito grande, para acabar este congresso de uma forma forte e que ficasse na memória” e por isso decidiu trazer até aos Açores a empresa Future Lab por trabalhar com “as melhores empresas do mundo de consumo e estuda acima de tudo comportamento de consumo, das pessoas, da sociedade e analisa mudanças, o que é fundamental para os hoteleiros perceberem como é que se devem posicionar, como devem adaptar os seus produtos e é isso que vêm cá trazer”. Raúl Martins, presidente da AHP, não deixou passar em claro a ocasião para esclarecer o por quê da AHP tem escolhido os Açores para a realização do seu 28º congresso. “O turismo na região cresceu dois dígitos nos últimos anos e por isso a nossa escolha não foi ao acaso”, explicou, avançando ainda que os Açores não são mais um turismo contemplativo, são hoje um destino do surf, da pesca, do mergulho, de aventura e de caminhadas”. Raúl Martins finalizou a sua intervenção dizendo: “queremos que os Açores estejam cada vez mais perto de Portugal” continental.
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Unlock Boutique Hotels
A inovação na gestão de hotéis boutique
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Unlock Boutique Hotels é a mais recente empresa de gestão de hotéis a operar em Portugal, embora com numa particularidade, dedicase apenas à gestão de boutique hotéis, de pequena e média dimensão, até um máximo de 120 quartos, e tendo sempre com a tecnologia como suporte, oferecendo soluções que acrescentem receitas aos seus hotéis, ajudando-os a reduzir custos de produção e a tornarem mais eficiente toda a sua área operacional. Os três fundadores da Unlock Boutique Hotels, Miguel Velez (CEO), Martinho Fortunato (CFO) e Adrian Bridge (CDO), ao fazerem um estudo de mercado, chegaram à conclusão que os pequenos hotéis “não têm capacidade ao nível de recursos humanos de conseguirem preencher todas as áreas. Acabam por estar mais focados na operação, ao passo que as questões de marketing, tecnológicas, comerciais, logísticas e de compras acabam por ficarem um pouco aquém do seu poder a nível negocial”, explicou, à Viajar, Miguel Velez. Desta forma, o responsável afirma ser “importante criar um cluster setorial, onde os hotéis boutique se unirão e a Unlock Boutique Hotels surge desta necessidade, quer através de um modelo de gestão ou de uma soft brand, para disponibilizar valências que os hotéis necessitam e que por si só não conseguiriam chegar devido à sua pequena dimensão”. No seu portfólio de gestão, a Unlock Boutique Hotels conta já com duas unidades, a Casa Melo Alvim, em Viana do Castelo, e o Hotel da Estrela, em Lisboa, este último sendo propriedade do Turismo de Portugal, com concessão entregue ao grupo Fladgate Partnership. “Na Casa Melo Alvim temos um modelo de arrendamento, em que pagamos uma renda pela gestão do hotel. Já no Hotel da Estrela pagamos um fee de gestão para gerirmos a unidade”, confirmou o profissional. A reação do mercado à Unlock tem sido “muito positiva” e Miguel Velez garante que têm recebido “muitos telefonemas de proprietários de hotéis que consideram que a Unlock pode ser uma mais-valia por variadas razões”. Até ao final do ano, a Unlock perspetiva vir a ter mais quatro unidades em gestão, apesar de Martinho Fortunato frisar que não têm “vontade de crescer desmesuradamente”, dado ser preferível “crescer passo a passo, preferencialmente devagar e bem do que depressa e mal”.
Até 2017 poderão vir a ultrapassar as 10 unidades inicialmente previstas, tendo em conta o interesse por parte dos hoteleiros portugueses. No entanto, Miguel Velez diz que “tudo depende dos desafios que os hotéis trouxerem. Depende de cada unidade e de cada caso, tendo em conta o grau de intervenção necessário”. Unlock Boutique Hotels propõe-se “a gerir os ativos desta tipologia de unidades, entre os 20 a 120 quartos, operando sobre dois modelos distintos. O primeiro através de um contrato de arrendamento e o segundo mediante o pagamento de uma avença de gestão”.
Rategain Por outro lado, tendo em vista o tal cluster setorial que defende, para os hoteleiros que não pretendem entregar a gestão das suas unidades à Unlock, Miguel Velez adianta que irão lançar ainda um modelo de soft brand, no início de outubro, para oferecerem a essas unidades todas as vantagens tecnológicas que a Unlock dispõe”. Para isso, fizeram uma parceria com uma empresa multinacional indiana, de capitais norteamericanos, a Rategain, especialista em gestão de preços, que passou a fornecerlhes toda a tecnologia necessária para ajudar os seus hotéis parceiros “na gestão de inventário e gestão de preço”. Desta forma, ao trazerem a Rategain fisicamente para
Portugal, há pouco mais de dois meses, passaram a “oferecer um serviço de gestão de preços para todos os hotéis boutique em Portugal”. Para uma unidade vir a aderir à Unlock em soft brand esta terá que ter obrigatoriamente um tema em particular. “Quando trouxemos a Ratagain para Portugal apenas 50 unidade tinham o seu sistema. Neste pequeno espaço de dois meses já fechámos 20 contratos, somando já 70 unidades ao portfólio Rategain, entre grupos hoteleiros, hotéis independentes de pequena e grande dimensão, localizados em todas as áreas do país, o que ultrapassa as nossas expectativas iniciais. Perspetivamos chegar ao final do ano com uma média de 80 unidades”, deixou presente Miguel Velez. Segundo o CEO, a Unlock vive basicamente de três pilares. “O primeiro passa pelo talento de capital humano, daí escolhermos para trabalhar connosco apenas pessoas com talento e com a ambição de querer fazer algo diferente; o segundo passa por um pilar tecnológico, porque hoje em dia já não é possível gerir um negócio como um hotel sem estar altamente preparado a nível tecnológico; o terceiro, e último, passa por um combinar de experiências por cada uma das pessoas que fazem parte da Unlock, dado que hoje todos somos hoteleiros, mas as nossas áreas de formação são bastante diferentes”, concluiu.
Hotelaria
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Sofitel Lisbon Liberdade quer atrair cada vez mais turistas chineses
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Sofitel Lisbon Liberdade é a única unidade hoteleira portuguesa detentora da certificação “Welcome Chinese”. Entregue ao hotel neste verão, em conjunto com o Freeport Fashion Outlet e a Torres Joalheiros, pela China Tourism Academy (CTA), esta certificação estabelece critérios de hospitalidade para turistas chineses, em várias categorias. Reconhece que, neste caso, “um hotel tem uma oferta adaptada aos standards de qualidade e necessidades dos turistas chineses. Ao ser atribuída, pela CTA, representa um selo de garantia de excelência e segurança para os viajantes”, explicou, em entrevista à Viajar, Sílvia Romeiro, diretora comercial do Sofitel Lisbon Liberdade.
Sendo este um hotel que recebe maioritariamente turistas internacionais, a responsável afirma estarem “cientes que o mercado chinês é muito promissor”, dado como exemplo que, “em 2015, os hotéis em Portugal receberam 154,4 mil hóspedes chineses. Este ano, até abril, já se verificou um aumento de 44% no número de hóspedes”. Para Sílvia Romeiro, “esta certificação irá assim permitir ao Sofitel Lisbon Liberdade atrair mais turistas chineses, conhecer melhor as especificidades deste mercado e recebê-los de forma personalizada, oferecendo serviços adicionais, imprescindíveis para estes turistas”. Por outro lado, acredita que irá permitir à unidade “uma maior projeção e divulgação na China, através de uma maior presença nas redes sociais/internet
local, em newsletters para operadores turísticos e nos principais roadshows e feiras de turismo na China”.
Requisitos primordiais Esta certificação “torna o Sofitel Lisbon Liberdade numa referência no acolhimento de turistas chineses em Lisboa, traduzindo-se em mais um fator de distinção face à concorrência”, enalteceu, adiantando ainda que “os turistas chineses procuram preferencialmente a cidade de Lisboa, mas a verdade é que sentem algumas dificuldades no acolhimento devido às diferenças culturais”. O hotel assa agora a disponibilizar dois canais de televisão chineses em todos os seus quartos, o CCTV4 e o canal Jiangsu, que “permitem que os hóspedes se sintam em casa, mantendo-se informados e desfrutando de programas familiares”. No entanto, Sílvia Romeiro garante que existem outros requisitos para hotéis que o Sofitel Lisbon Liberdade “já satisfazia mesmo antes de receber a certificação”. A título de exemplo enunciou a disponibilização, nos quartos, “de uma chaleira para água quente, uma grande variedade de chás, garrafa de água, chinelos, roupão e amenities de grande qualidade”. O hotel também adaptou a sua oferta de pequeno-almoço, “implementando novos produtos oriundos da China e passando a servir, por exemplo, sopa tradicional”. Apesar de terem recebido o nível bronze desta certificação, é objetivo do hotel chegar ao nível prata já me 2017. Para isso, a diretora comercial adiantou que “os colaboradores do Sofitel Lisbon Liberdade já estão a receber formação linguística de mandarim, de modo a facilitar a receção dos hóspedes no hotel”. A formação encontra-se a cargo do instituto COTRI, entidade líder mundial na formação no acolhimento de turistas, e que é representada em Portugal pela consultora Edeluc. Este ano a China entrou no “Top 10” de nacionalidades no Sofitel Lisbon Liberdade, surgindo ao nível de mercados como a “França, Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA”. Num futuro próximo, a unidade hoteleira ambiciona, “com esta certificação, seja através de uma maior promoção da unidade na China, seja através da oferta de um serviço cada vez mais personalizado às necessidades destes viajantes, aumentar significativamente a percentagem de hóspedes chineses, e garantir uma estadia no hotel mais longa”.
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ANA Aeroportos lança novo website e aplicação móvel
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ANA Aeroportos lançou o seu novo website e uma nova app, para android e iOS. Os aeroportos de Portugal da VINCI Airports foram os pilotos deste projeto, que agora se irá estender aos restantes do grupo a nível mundial. Com uma imagem mais moderna e com uma utilização muito intuitiva e simplificada, o novo website foi “pensado e direcionado para pessoas que utilizam a informação online diariamente”, avançou, esta manhã, em conferência de imprensa, Ingrid Lourenço, responsável da área de marketing da Direção de Não Aviação da ANA Aeroportos. O objetivo passa por desenvolver uma relação “mais de B2C, de forma a conhecer cada vez mais o passageiro e o que ele busca em termos digitais”. Desta forma, ao aceder ao website, o utilizador será automaticamente levado para a página do aeroporto correspondente à área geográfica em que se encontra. “O passageiro passa assim a não necessitar de procurar outras plataformas digitais para conseguir chegar a toda a informação que procura no aeroporto que irá visitar”, enalteceu a responsável. No entanto, tendo em conta a dimensão e localização de cada aeroporto, “os serviços disponíveis são adaptados a cada local”. Partindo do princípio, o utilizador ao aceder a www.ana.pt será direcionado de imediato para o website do aeroporto que se encontra mais próximo da sua área geográfica, identificando o local com uma foto identificativa da região. De seguida, a partir daqui é muito fácil procurar o que pretende: informação de
partidas e chegadas dos voos; reservas de lounge, fast track ou estacionamento, diretas através do website da ANA, ou reencaminhamento para o Booking ou para os websites das rent-a-cars e das companhias aéreas no caso de reservas de hotéis, viaturas ou para efetuarem check-in; promoções das companhias aéreas que operam para os aeroportos portugueses, podendo a partir daí serem direcionados para os websites das próprias transportadoras; informação em relação aos acessos do aeroporto e transportes públicos; e reconhecimento das lojas e serviços de comidas e bebidas que se encontram antes de depois da passagem pela segurança do aeroporto (dispostos por categorias). Para as reservas de lounge, fast track e estacionamento, possíveis de realizar diretamente através do website da ANA, está disponível apenas o pagamento através de cartão de crédito, embora Artur Arnedo, responsável pelo departamento de Telecomunicações e Digital da Direção de Não Aviação da ANA Aeroportos, tenha referido que estão já “a estudar outras formas mais facilitadas” para o efeito. A nova imagem do website transmite “uma alteração do tom de voz que a ANA pretende passar aos seus clientes e passageiros”, muito mais “descontraída, pessoal e de proximidade com os passageiros, e muito menos institucional”.
App simplificada e de utilização rápida No caso da app, esta foi pensada sobretudo “para a pesquisa rápida”, com um menu
muito simplificado e de rápida utilização”. Neste caso a informação existente na app resume-se a ofertas e descontos; serviços de mobilidade reduzida e premium; reservas como as existentes no website; serviços de lojas comidas e bebidas; horários de partidas e chegadas. Uma das particularidades da app passa por o utilizador poder seguir um determinado voo até ao destino final. Para isso basta ativar o botão “seguir”, que a partir daí irá ser notificado de todas as alterações que possam haver com o voo em questão, mesmo que não tenha a app ligada. No final basta aceder de novo à app para desligar o botão. Numa primeira fase não será necessário que o utilizador se registe no website ou na app para ter acesso a todos estes serviços e reservas, embora a ANA afirme que esteja a “equacionar essa hipótese”. De futuro, a empresa tenciona ainda melhorar os serviços disponíveis, comoçando pela tal maior personalização através de um login, integrar redes sociais, disponibilizar ofertas mais direcionadas e tornar, sobretudo, a app mais interessante para o turista que visita a cidade do aeroporto para o qual irá viajar. Tendo em conta esta última questão, Artur Arnedo garante estarem já a “identificar e estudar quais serão ao melhores parceiros a nível de startups, como as ofertas mais interessantes”, para poderem anexar outros tipos de serviços na aplicação. A ANA escusou-se a revelar o valor do investimento nestas novas plataformas digitais.
Aviação
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Ryanair anuncia novas rotas desde a Terceira para Lisboa e Porto
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Ryanair vai começar a voar para a Ilha Terceira, o seu 5o aeroporto em Portugal e o 2o nos Açores, com quatro frequências semanais desde Lisboa, a partir de 2 de dezembro, e duas frequências semanais desde o Porto, a partir de 3 de dezembro. As novas ligações irão permitir à Ryanair transportar 100 mil clientes na Aerogare Civil das Lajes. As novas rotas foram anunciadas, em
setembro, em conferência de imprensa, que teve lugar na Ilha Terceira e que contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho e com o diretor de Desenvolvimento de Rotas da Ryanair, Niall O´Connor. À partida de Lisboa a operação irá ter lugar às segundas, quartas, sextas e domingo, e do Porto às terças e sábados. Niall O’Connor afirmou, durante as suas declarações, que esta operação “irá permitir o transporte de 100.000 passageiros por ano na Aerogare Civil das Lajes”, com o “compromisso em continuar a trazer turismo e criar novos empregos nos Açores e em Portugal”. Para celebrar o lançamento destas novas rotas bem como a chegada à Ilha Terceira e expansão nos Açores, a Ryanair está a oferecer voos desde 19,99 euros que podem ser reservados, em www.ryanair.com, até às 24:00hrs de sexta-feira, 9 de setembro, para voos entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.
Luxair escolhe ATR para parceira no mercado português
Lufthansa altera horário do voo da manhã de Lisboa para Frankfurt O primeiro voo da Lufthansa entre Lisboa e Frankfurt, no horário de inverno 2016/2017, passará a sair da capital portuguesa às 05h05, aterrando na placa giratória da Lufthansa em Frankfurt às 09h15 (hora local). Com a alteração do horário, a Lufthansa otimiza as viagens dos passageiros portugueses, com deste modo têm ligação direta e otimizada a todos os voos da sua rede global. “Este novo horário reflete a aposta da Lufthansa de há já mais de seis décadas no mercado português”, referiu Carsten Hoffmann, diretor-geral da Lufthansa para a Península Ibérica. Este voo serve não só o mercado alemão como dá ligação à extensa rede de destinos da Lufthansa e dos seus parceiros da Star Alliance a partir de Frankfurt, com destaque para as rotas da América do Norte, entre muitas outras, num total de 170 ligações. A Lufthansa opera em Portugal há mais de 60 anos. No seu horário de verão, a Lufthansa oferece 71 voos semanais a partir de três aeroportos portugueses (Lisboa, Porto e Faro).
A ATR – Actividades Turísticas e Representações foi a empresa selecionada pela Luxair, companhia sedeada no Luxemburgo, para sua representante no mercado nacional. Fundada em 1948, a Luxair junta-se assim ao grupo de companhias aéreas líderes de mercado nas suas áreas de atuação e parceiras da ATR em Portugal. A companhia luxemburguesa opera para 21 destinos na Europa – Dublin, Londres, Estocolmo, Copenhaga, Hamburgo, Berlim, Paris, Viena, Munique, Genebra, Milão, Turim, Veneza, Nice, Bari, Barcelona, Roma, Madrid, Lisboa, Porto e Praga. Tem 6 voos semanais para o Porto (exceto sábados) e 5 voos semanais para Lisboa (exceto sábados e domingos). As rotas do Porto e Lisboa são operadas pelo moderno Boeing 737-700 e 737-800 com capacidade para 141 lugares e 184 lugares, respetivamente, dependendo do dia e do mês. Em 2015, a companhia operou cerca de 28.430 voos e transportou cerca de 1.6 milhões de passageiros na sua frota constituída por 10 Bombardier Q400, 2 Boeing 737-700 e 4 Boeing 737-800. A Luxair não cobra pela reserva de lugar, refeição a bordo e bagagem de cabine e porão: todos estes serviços são gratuitos, independentemente da tarifa.
Wizz Air passa a ligar Lisboa à cidade polaca de Katowice em 2017 A Wizz Air passa a ligar Katowice a Lisboa, a partir de março do próximo ano, como duas frequências semanais. A cidade polaca vem assim juntar-se a Bucareste, na Roménia, Varsóvia, na Polónia, e Budapeste, na Hungria, a partir da capital portuguesa. A transportadora low cost voa ainda a partir do Porto para Varsóvia e Budapeste, tendo esta última iniciado apenas a 4 de setembro.
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Brussels Airlines retoma operação entre Porto e Bruxelas e chega à Madeira
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Brussels Airlines decidiu retomar as suas operações regulares do Aeroporto do Porto para Bruxelas com quatro voos semanais, já a partir de finais de outubro, aos domingos, segundas, quintas e sextas.
Tendo a operação sido suspensa para o período de Inverno desde 2012, a Brussels Airlines volta a investir na região norte de Portugal e passa a oferecer uma operação regular anual do Aeroporto do Porto para a capital da Europa, Bruxelas, e a oferecer excelentes ligações para vários destinos na Europa, África, EUA e Índia. Os passageiros têm à sua disposição bilhetes a partir de 28 euros (ida, taxas incluídas). A Brussels Airlines é ainda a nova companhia aérea que vem complementar a oferta do Aeroporto da Madeira, cuja operação está prevista ter início no Verão IATA de 2017. Os voos entre Bruxelas e a Madeira terão início a 1 de Abril de 2017, com uma fre-
quência semanal, aos sábados, operados por uma aeronave Airbus 319, com capacidade para 141 lugares. A companhia aérea Brussels Airlines, inserida no Grupo Lufthansa e membro da Star Alliance, junta-se assim à Lufthansa que vai iniciar operações este inverno entre Frankfurt e a Madeira. O Aeroporto da Madeira vê assim alargada a sua oferta de destinos, demonstrando cada vez mais alternativas para os Madeirenses e evidenciando o crescente interesse na Madeira enquanto destino turístico. É de salientar que a Brussels Airlines demonstrou interesse em estender a operação ao Inverno.
Monarch começa a voar para o Porto e aumenta aposta para Lisboa A partir de Abril do próximo ano, o aeroporto Francisco Sá Carneiro vai passar a receber voos diretos da Monarch. Com tarifas a partir dos 33 euros, os portugueses vão poder voar diretamente do Porto para o aeroporto de Manchester, às terças, sábados e domingos e para o aeroporto de Luton às quintas, sextas e domingos. Ian Chambers, acting chief Commercial Officer da Monarch, refere estarem “muito orgulhosos de estar a voar pela primeira vez para o Porto, dos aeroportos de Luton e Manchester. Tornou-se um destino popular e é o quarto aeroporto português que integra a rede Monarch. O Porto junta-se agora a Lisboa, uma rota lançada no último verão,
juntando-se a Faro e ao Funchal. Lisboa tem sido um verdadeiro sucesso para nós e por essa razão estamos a aumentar a frequência de voos e a manter os mesmos durante todo o ano. Queremos oferecer aos nossos passageiros a oportunidade de conhecer a bonita cidade do Porto e dar as boasvindas aos passageiros oriundos do Porto que chegarem aos aeroportos de Luton e Manchester”. Após menos de um ano de abertura das novas rotas de Lisboa, a Monarch reforça a aposta ainda mais no destino Portugal e aumenta a frequência das suas ligações semanais para Londres e Manchester. Inicialmente a operação
arrancou com uma frequência semanal de três voos em ambos os destinos. A Monarch passará a operar Lisboa – Londres Gatwick com uma frequência de seis voos semanais, crescendo para o dobro, e Lisboa – Manchester para quatro voos semanais.
Azores Airlines quer expandir operações transatlânticas A Azores Airlines, detida na sua totalidade pela SATA, está a renovar a sua frota transatlântica e de médio curso com o A321neo. A partir de 2019 a companhia receberá também o A321LR, com o objetivo assegurar as operações de longo curso. Esta decisão surge no âmbito da estratégia de crescimento da empresa para expandir as novas rotas transatlânticas. A Azores Airlines tem aparelhos Airbus desde 1999, operando sete aviões A310, A320 e A330 nas suas rotas para a Europa, Canadá e América do Norte. O novo A321neo estará configurado em XXclasses e terá capacidade para transportar XX passageiros.
O A321LR é o modelo mais recente da família A320 e consegue percorrer distâncias maiores, até 4.000 milhas, estando a sua entrega prevista para 2019. O A321LR é um aparelho flexível que tem um alcance superior a qualquer avião single aisle, ou de corredor único, o que o torna ideal para rotas transatlânticas e permite às companhias voarem para novos mercados de longo curso que anteriormente não estavam ao seu alcance com outros aviões de corredor único. “A nossa missão é abrir os Açores ao mundo e vice-versa e estamos felizes por investir no Airbus A321neo para continuar este desafio,” afirmou Paulo Menezes, CEO do Grupo SATA. “O conforto, a performance, o longo alcance e a eficiência do A321LR permitem-nos responder às necessidades regionais e de longo-curso. O nosso objetivo é tornar-nos cada vez mais fortes e mais competitivos num mercado cada vez mais exigente, criando uma companhia aérea de excelência que se torne numa referência na aviação comercial internacional e que gradualmente
e de forma consistente vá conquistando quota de mercado e visibilidade para a empresa”, referiu ainda. “Estamos muito entusiasmados com esta encomenda que confirma que o A321LR é o avião de corredor único mais adequado para rotas regionais e transatlânticas,” avançou também John Leahy, COO da Airbus. “Nenhum outro avião single aisle consegue atingir a performance, eficiência e produtividade do A321LR e a sua cabine mais ampla oferece uma experiência ainda mais confortável para os passageiros”, concluiu. A Família A320neo incorpora as tecnologias mais recentes, incluindo motores de última geração e asas com dispositivos Sharklet, o que permite uma poupança de mais de 15% de combustível, valor que aumentará para 20% a partir de 2020 com as futuras inovações de cabine. Com quase 4.800 encomendas recebidas de 87 clientes desde o seu lançamento em 2010, a Família A320neo capturou quase 60% de quota de mercado.
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Restauração
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CR7 Corner Bar&Bistro
apresenta menu baseado na culinária portuguesa CR7 Corner Bar & Bistro é o nome do novo hotspot da cidade de Lisboa. Localizado em plena Baixa, ao lado do Terreiro do Paço – Rua da Prata, 26 - o CR7 Corner Bar&Bistro é o espaço de restaurante e bar do hotel Pestana CR7 aberto ao público. É o sítio perfeito para quem deseja ter uma experiência gastronómica diferente, em pleno coração de Lisboa. O restaurante e lounge bar contam com um menu apresentado de forma diferente e uma inovadora lista de cocktails.
do restaurante RIB Beef & Wine, no Pestana Vintage Porto, que em apenas pouco meses após a sua abertura ficou de imediato no mapa de toda a gastronomia Portuense. Este minhoto de 38 anos possui um currículo diversificado o que lhe permite ter a capacidade para associar os sabores tradicionais com as tendências da gastronomia atual, sempre em benchmark com o melhor que se faz no mundo. Os cursos de Cozinha Tradicional Portuguesa e de Cozinha Vegetariana que já fez são reflexo dessa busca
DJ, é ideal para um copo de fim de tarde para relaxar, estar com os amigos e picar algumas das delícias do Chef enquanto se tira uma selfie com o Cristiano Ronaldo ou se joga numa mesa de matraquilhos muito especial! O CR7 Corner Bar & Bistro também é uma excelente opção para se passar uma tarde de trabalho mais agradável uma vez
A carta, assinada pelo Chef Rui Martins, está organizada por produtos, dispensando a habitual organização de “entradas” ou “pratos”, porque a ideia é fazer os pedidos numa lógica de partilha entre grupos de amigos ou como refeição com o devido acompanhamento. No fundo, uma carta baseada na gastronomia portuguesa, mas fugindo ao tradicional e tendo sempre como base produtos de elevada qualidade. Exemplo disso são os croquetes de carne com maionese de amêijoa à Bulhão Pato (7,5€), o atum braseado com sweet chili e salada de atum fumado (14€) ou os legumes grelhados com massa de trigo e trufas (11€). No que diz respeito às sobremesas, além do cappucino de pastel de nata com gelado de café (5€) e do Abade de Priscos com sorvete de lima (5€) – baseados em doces portugueses de referência - a Pavlova de vinagre de frutos vermelhos, morango e queijo (4,5€) são inovações desenvolvidas a pensar num público apreciador e mundialmente viajado. O preço médio por pessoa ao almoço é de 25 euros e ao jantar de 30 euros. Rui Martins é Chef de cozinha do reconheci-
pela ligação entre o saber da experiência e as técnicas e sabores mais contemporâneos. Quem o conhece sabe que trabalho, rigor e perseverança são os três pilares que servem de lema a este Chef. Valores que são envolvidos por uma forte paixão pelo seu trabalho, considerando que a inspiração para cozinhar vem das suas vivências do dia-a-dia, das cores e dos cheiros que o rodeiam, das inúmeras viagens que faz mas, acima de tudo, da sua região, o Minho, a sua base, onde afirma existir um sem fim de produtos a descobrir. Por tudo o que via a sua avó fazer e o gosto com que o fazia, soube que queria ser cozinheiro profissional desde muito cedo. No bar, aberto entre as 7H e a 1H, os mixologistas da Liquid Consulting parecem autênticos alquimistas a desenvolverem as suas criações que resultam em bebidas diferenciadoras mas de sabores autênticos. Dr. Smith and Mr. Bubble, Back to Childwood ou Fearless and Sparkling Up são três dos cocktails que vão dar muito que falar. O espaço repleto de ecrãs e envolvido no som dos sets de música escolhidas a dedo pelo
que, além do conforto do próprio espaço, a rede wifi com 1 giga de internet em todo o hotel permite um conforto digital como se se tratasse de um autêntico escritório. Para os hóspedes, até a experiência de pequeno-almoço é inovadora. Em vez do tradicional buffet, é servido à mesa um conjunto de produtos base que, além do café e leite e dos sortidos de pães, queijo, fiambre e compotas, inclui, entre outras coisas, deliciosos muffins, pain au chocolat e bolo de banana. A esta base de pequeno-almoço, os hóspedes podem acrescentar, sem custo adicional, uma série de extras, dos quais se destaca o “parfait de iogurte com granola”, “Omelete de claras de ovo, tomate e espinafres”, “Omelete de salsa, cogumelos, queijo magro e tofu” e “Panquecas com maple syrup”. Seja para comer, dançar, trabalhar, conversar, conhecer pessoas novas ou para um momento de diversão, o CR7 Corner Bar&Bistro vai proporcionar um ambiente moderno, minuciosamente decorado e equipado para que se possa disfrutar do espaço com o maior conforto.
Comentador
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“O Web Summit 2016 é nosso!” P
or todo o mundo, e nos últimos anos, tem-se assistido a um assinalável crescimento da comunidade startup. Este poderá ser o resultado de uma cultura de estímulo ao empreendedorismo e ao arrojo, sustentada em conceitos como a inovação e no “pensar fora da caixa”. Sendo certo o fenómeno da globalização e a rapidez da evolução da tecnologia, é importante “pensar diferente”, “fugir à normalidade”, oferecer “soluções novas”, “diferenciadoras”. E esta é uma cultura que deve ser fomentada desde muito cedo, nas famílias, nas escolas e na sociedade em geral. Só assim será possível preparar as novas gerações para este que é o maior desafio que se lhes coloca: como se poderão afirmar, consolidar e ter sucesso num mercado com estas características, de enorme competitividade, e de rápidas e permanentes mudanças. De acordo com dados da Informa D&B (empresa que, em Portugal e Espanha, é especialista de informação e conhecimento sobre o tecido empresarial), surgiram em Portugal, em cerca de 12 meses (março 2015 a fevereiro 2016), 37.999 startups, cerca de mais 3,3% do que no ano anterior. É importante destacar que cerca de 2,5% das mesmas são de caráter tecnológico. O setor dos serviços é o que mais se destaca no que respeita ao número de startups criadas, no entanto, setores como agricultura, pesca e caça aumentaram em 40% comparando com período homólogo. Ainda que, compreensivelmente, atrás de distritos como Lisboa e Porto, o distrito de Aveiro – com uma Universidade que ocupa um lugar de destaque no ranking mundial das universidades com melhor prestação em termos de produção científica e tecnológica –, concentra 27 mil empresas e outras organizações, representando cerca de 6,2% em termos nacionais, à frente de Setúbal (5,8%), Leiria e Faro (ambas com 4,7%). É com satisfação que verificamos que no Centro de Portugal esta tendência de crescimento também se verifica, realidade a que procuramos estar atentos e estimular, em particular, as “jovens” empresas e empresários, do setor do turismo. Na edição de 2015, do “Vê Portugal”- Fórum de Turismo Interno, houve um momento dedicado à apresentação de casos de sucesso a este nível. O Concurso de Empreendedorismo “Pitch Session” teve a participação de 23 empreendedores que apresentaram os seus projetos nas categorias Startups (4) e Projetos em Desenvolvimento (19). Registe-se a ampla variedade de tipologias de projetos apresentados a concurso, que incidiram quer sobre
Pedro Machado n
Presidente da ERT Centro de Portugal
O fenómeno da globalização e a rapidez da evolução da tecnologia, é importante “pensar diferente”, “fugir à normalidade”, oferecer “soluções novas”, “diferenciadoras”. E esta é uma cultura que deve ser fomentada desde muito cedo, nas famílias, nas escolas e na sociedade em geral. Só assim será possível preparar as novas gerações para este que é o maior desafio que se lhes coloca: como se poderão afirmar, consolidar e ter sucesso num mercado com estas características, de enorme competitividade, e de rápidas e permanentes mudanças todas as atividades tradicionais do setor do Turismo (empreendimentos turísticos, agentes de animação, agências de viagens e turismo, estabelecimentos de restauração e bebidas), quer sobre soluções tecnológicas direcionadas para a venda de serviços inovadores, projetos de edição de conteúdos, propostas arquitetónicas inovadoras ou a prestação de serviços e criação de equipamentos para empresas do setor.
Para além dos quatro projetos que se apuraram diretamente para a final na categoria Startups (Liquen Boards, West & Beyond, Chão do Rio - Turismo de Aldeia e Etour), houve uma seleção de projetos na categoria Projetos em Desenvolvimento, levada a cabo pelo Júri Intermédio, que recaiu nos projetos Beers & Tailors, World Surfguides, ArchPaths e Ecocubo. A escolha do Júri Final (que integrava elementos da Startup Pirates Coimbra, da empresa iClio, e de Tim Vieira, presidente da Special Edition Holding e conhecido membro do júri do Shark Tank) coroou os grandes vencedores do Pitch Session: “Liquen Boards”, uma solução ecológica para a produção de pranchas de Standup Paddle, apresentado pelos promotores Paulo Pinheiro e Cândido Cruz, na categoria Startups; e “Ecocubo”, uma proposta de uma micro-habitação desenvolvida em cortiça, desenhada por António Fernandes e Filipe Macedo de Brito. Também o Turismo de Portugal tem contribuído, de forma assinalável, para o crescimento desta comunidade. Destaque para o programa “+Património +Turismo”, projeto desenvolvido em parceria com a Portugal Ventures, e que pretende estimular o aparecimento de startups e de novos negócios, nomeadamente de base local ou regional, associados ao turismo e à valorização do património cultural e natural do país. Estes serão apenas alguns dos principais argumentos que terão influenciado Paddy Cosgrave, o presidente executivo do Web Summit, a escolher Portugal, e em particular a cidade de Lisboa, para mais uma edição deste evento que, pelas suas características e importância, envolve milhares de participantes, resultando num volume de negócios muito interessante para o país anfitrião (a edição de 2014, em Dublin, juntou cerca de 22 mil participantes, com um volume de negócios de 100 milhões de euros). Esta “escolha” resulta de uma candidatura organizada pelo Turismo de Portugal, em parceria com a Associação Turismo de Lisboa (ATL) e a AICEP (Agência de Investimento de Portugal), tendo, como seria expectável dada a relevância do evento, contado com o apoio institucional do Governo e da Câmara Municipal de Lisboa. O Web Summit é um dos mais importantes eventos europeus de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Não poderíamos estar mais satisfeitos por receber este evento, sendo o reconhecimento, alémfronteiras, do espírito empreendedor e visionário dos nossos empresários.
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Regiões
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Algarve eleito Melhor Destino de Praia quer afirmar-se noutras vertentes
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Algarve foi eleito Melhor Destino de Praia da Europa nos World Travel Awards 2016, pelo segundo ano consecutivo. É a quarta vez que a região vence o galardão europeu destinado às melhores praias e é o destino mais premiado nesta categoria. Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, enalteceu, em entrevista à Viajar, após saber os resultados deste ano da edição europeia dos World Travel Awards, que tiveram lugar no início de Setembro, na Sardenha, em Itália, que “este tipo de distinção permite-nos ter uma montra internacional do destino, que se difunde por um público bastante abrangente, seja por potenciais turistas ou por profissionais da indústria das viagens e turismo”. Desidério Silva acredita que “os recentes prémios, com projeção nos media internacionais, têm contribuído para uma mudança na imagem” de Portugal ser reconhecido apenas “como um destino de sol”, até há poucos anos, e para “dar a conhecer a oferta multifacetada do país, e neste caso do Algarve, enquanto destino para todo o ano e não só para o verão”. Desta forma, “a entidade regional de turismo mantém a sua aposta na valorização turística da região e continua a empreender todos
os esforços para que mais pessoas possam usufruir de todas as valências do Algarve, durante todo o ano”, referiu. Em época considerada baixa, a região proporciona “programas originais combinados com a possibilidade de se usufruir de uma
escapada de alguns dias, longe da rotina habitual”. Para o responsável, “o Algarve é um destino que é reconhecido internacionalmente por receber bem e por ter condições climáticas favoráveis a programas em família e com amigos ao ar livre, mesmo no inverno, graças à diversidade da sua oferta, desde os melhores campos de golfe, a uma diversidade de atividades ao ar livre (BTT, caminhadas, etc.) e de programas culturais, entre outras”. Como exemplo deixou o caso do “365 Algarve”, um programa de “valorização turística e promoção do território que pretende reforçar e qualificar a programação cultural da região entre outubro e maio, fora da época alta do turismo algarvio, assegurando um calendário de iniciativas que possa garantir atração de turistas, nacionais e internacionais, durante todo o ano”. Desidério Silva considera ainda que “a hospitalidade que caracteriza o povo algarvio faz com que os turistas se sintam em casa. Falamos da segurança do nosso destino, da qualidade das nossas unidades de alojamento, dos seus programas diversificados e adaptados a vários tipos de viajantes, e o fator das acessibilidades que aproximam o Algarve das outras regiões do país e de outros destinos europeus”.
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Projeto Almenara
volta a unir castelos de São Jorge e de Palmela
O
Castelo de São Jorge, em Lisboa, e o Castelo de Palmela vão ficar, uma vez mais, unidos pelo projeto Almenara, embora desta vez 633 anos após o episódio histórico que ligou os dois locais, com um programa integrado de experiências turístico-culturais, que começa a 17 de setembro. O projeto, que surge de uma parceira entre ambos os municípios, através da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, e com o apoio da Entidade Regional de Turismo de Região de Lisboa, tem por objetivo diversificar a oferta turística da Região de Lisboa, além de promover e valorizar os dois monumentos nacionais, que recebem a visita de centenas de pessoas diariamente. O projeto Almenara pretende estabelecer a comunicação entre as duas margens do rio Tejo, com base na informação histórica, identidade, património e cultura das diferentes regiões, exaltando a memória coletiva e reforçando a oferta turística da Região de Lisboa. Enquadrado no Portugal 2020, o projeto Almenara, com um período base de dois anos e um investimento de cerca de 460 mil euros, prevê ainda a realização de um conjunto de atividades em torno dos dois monumentos nacionais que visa a criação de novos produtos turísticos, aumentando o fluxo de visitantes entre os dois locais. Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, presente, esta quinta-feira, na apresentação do projeto, que decorreu no Castelo de são Jorge,
frisou que apesar de “estarmos num bom momento turístico, se olharemos para os números com maior profundidade, os locais que estão hoje a ter maior procura turística eram os que tinham menos até há poucos anos atrás”, daí afirmar a “importância deste tipo de iniciativas”. Já Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, defendeu na ocasião como é importante “saber aumentar o número de turistas, garantindo a autenticidade da cidade”, para além de “construir ofertas
complementares para quem vista a região, não tendo obrigatoriamente que estar tudo dentro da cidade”. Em conclusão, o autarca deixou presente que “a nossa cultura é hoje um ponto que constitui um dos principais motivos de riqueza e orgulho que devemos transmitir a quem nos procura”. Uma visita encenada, com a duração de um dia, que estabelece uma ligação histórica entre os dois castelos, um jogo de tabuleiro em tamanho real, uma instalação de figuras lúdicas para fotografias, uma sinalética associada ao projeto e workshops e fam trips com operadores turísticos são algumas das iniciativas a realizar nos dois monumentos nacionais. O “Ritual Almenara” foi o evento âncora desta iniciativa que recriou o episódio histórico em que, durante o cerco de Lisboa pelos castelhanos, o Condestável D. Nuno Álvares Pereira – após a vitória na batalha dos Atoleiros (1384) – acendeu uma Almenara (fogueira de grandes dimensões) no Castelo de Palmela para alertar o Mestre de Avis, em Lisboa, de que a ajuda estava próxima. A iniciativa teve lugar a 17 de setembro, com a recriação do “Ritual Almenara”, em simultâneo nos Castelos de São Jorge e de Palmela, com recurso a dois espetáculos independentes que se interligaram na sua lógica conceptual, técnica e artística, com projeções comuns visíveis nos dois municípios, através do recurso à tecnologia.
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ATL investe 7 M€
em novo Terminal de Atividade Marítimo-Turística de Lisboa
A
antiga estação fluvial Sul e Sueste de Lisboa, desmantelada desde 2011, vai dar lugar ao novo Terminal de Atividade Marítimo-Turística de Lisboa. Situado junto ao Terreiro do Paço, em frente em Ministério das Finanças, o projeto resulta de um investimento de 7 milhões de euros, por parte da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), valor que “por incumbência da câmara, irá reunir e mobilizar”. A ATL será ainda a entidade que ficará detentora da concessão de gestão do terminal durante 50 anos. De acordo com Vítor Costa, diretor geral da ATL, que apresentou o projeto, esta tarde, durante a cerimónia de assinatura do protocolo que permitiu a cedência do edifício por parte do Estado à Câmara Municipal de Lisboa, o prazo para o término da obra, embora admita ser ambicioso, será “no final do próximo ano”. O projeto, que ficará a cargo da arquiteta Ana Costa, engloba a reabilitação do edifício, com a criação de dois restaurantes, uma loja de venda de merchandising e produtos regionais, a colocação de bilheteiras das empresas que aí pretendam desenvol-
ver a sua atividade marítimo-turística. No interior do edifício, Vítor Costa explicou que o objetivo passa por uma restauração que terá em conta o projeto original, devolvendo às paredes os azulejos que há muito lhe foram retirados, anulando e removendo “todos os acrescentos de épocas posteriores”. Já na parte exterior é intenção que aí existam esplanadas e se consiga “completar a requalificação do Cais das Colunas”, fazer a “reconstrução do muro das namoradeiras, aumentar os espaços verdes” e possibilitar a existência de percursos pedonais e cicláveis”, que liguem o Terreiro do Paço ao novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia. Quando estiver terminado, o novo Terminal de Atividade Marítimo-Turística de Lisboa ficará com dois espaços distintos para acolher embarcações. Um destinado a barcos de porte médio, como é o caso dos cacilheiros, e um outro para acolher embarcações menores de recreio. Fernando Medina, autarca de Lisboa, assumiu, durante o seu discurso, que com este projeto consegue-se “devolver à cidade um espaço de grande importância que há muito lhe tinha sido subtraído”, permitindo nascer aí “uma nova polaridade no Rio Tejo”. O
presidente da câmara referiu ainda que esta “é a peça que faltava no amplo projeto de requalificação da frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia”. Para Fernando Medina a assinatura deste protocolo de cedência do imóvel vem demonstrar “o início do fim do processo de renovação integral de vários quilómetros de frente ribeirinha”. Presente na cerimónia esteve ainda o ministro das Finanças, Mário Centeno, que frisou o facto de o seu Governo estar a assumir um papel importante na reabilitação do património do Estado. Segundo o ministro, o facto de o Governo ter vindo a “colocar edifícios do Estado no caminho da sua reabilitação e utilização pelo público (…) dinamiza-se a economia portuguesa, através do turismo, e preserva-se o património cultural”. Para Mário Centeno, “de nada vale ter imóveis no território nacional se os mesmos não se encontrarem valorizados e em pleno funcionamento”. É de referir que o Governo colocou 40 edifícios do património do Estado em concurso público no início do verão com o objetivo de os atribuir em concessão a privados para a sua reabilitação.
Carsten Bernhard na direção da área tecnológica da eDreams ODIGEO A eDreams ODIGEO nomeou Carsten Bernhard como chief Techonlogy Officer (CTO) do Grupo. Carsten Bernhard integrou a eDreams ODIGEO depois de desempenhar funções na TUI Alemanha, onde foi diretor de Tecnologia de Informação , nos últimos 3 anos. Carsten foi ainda CTO da Autoscout24 entre 2006 e 2013. Durante este período, Carsten liderou na Autoscout24 a implementação do desenvolvimento da Agile e de todos os seus processos de apoio, semelhantes à nova abordagem da eDreams ODIGEO. Comentando esta nomeação, o CEO Dana Dunne afirma: “A nossa missão na eDreams ODIGEO passa por tornar as viagens mais fáceis, mais acessíveis e com melhor valor para o cliente, aproveitando as tecnologias e dados. Estou muito feliz por o Carsten se juntar a nós e por trazer a sua riqueza em termos de experiência para ajudar a elevar a experiência dos nossos consumidores a outro nível. Ele é bastante talentoso e experiente em novos métodos de trabalho, tendo inclusive sido votado para CIO do ano na Alemanha.” Bernhard afirma que “viajar é um produto altamente relevante e emocional que, em muitos casos, se tornou a estrutura central das nossas vidas.
Ao mesmo tempo, há ainda muito trabalho a fazer para digitalizar ainda mais a experiência do utilizador final. Estou contente por moldar o futuro das viagens com a eDreams ODIGEO que, enquanto “player” puramente digital, tem tantas oportunidades para novos desenvolvimentos desafiantes daqui em diante”. Nascido em Wiesbaden e de nacionalidade Alemã, Carsten tem um diploma alemão em Administração de Empresas, atribuído pela Universidade EBS e uma licenciatura em Ciência da Computação, na Universidade James Madison, na Virgínia, Estados Unidos. Carsten é fluente em inglês, alemão e francês.
Fábio Pereira é o novo diretor de marketing da momondo para Portugal Após ter desempenhado funções como responsável pela comunicação de uma Organização Não Governamental na área dos Direitos Humanos, Fábio Pereira assume agora um novo desafio na sua carreira. Sendo um ávido viajante, Fábio possui um vasto conhecimento da indústria do turismo e é uma fonte válida no que diz respeito aos hábitos e preferências de viagens dos portugueses. Possuindo ainda uma forte
experiência em comunicação, Fábio vem assumir um importante papel enquanto porta-voz da momondo para o mercado português. “Não podia estar mais feliz por assumir este novo desafio profissional. A momondo é uma marca única em Portugal que tenta alargar a nossa visão do mundo e promove a aproximação entre pessoas e comunidades. É entusiasmante poder fazer parte desta equipa e sentir que todos os dias contribuo um pouco para quebrar fronteiras e para expandir um pouco mais os horizontes de tantos portugueses,” afirma Fábio Pereira, Marketing Manager da momondo para Portugal. “Para além disso, a momondo é já uma das principais marcas no mercado das viagens em Portugal e a estratégia é de continuar a crescer para levar todas as vantagens da comparação de preços a ainda mais portugueses,” afirmou ainda Fábio é natural de Lisboa e detém uma licenciatura em Gestão pelo ISCTE e um Mestrado em Economia e Desenvolvimento pela Copenhagen Business School. Adicionalmente, Fábio estudou na Lituânia e Turquia onde trabalhou ainda na promoção de Portugal enquanto destino turístico e de investimento entre as empresas turcas.
João Neves na Pousada de Lisboa e no Restaurante Casa do Leão João Neves é o novo diretor da Pousada de Lisboa e do Restaurante Casa do Leão. A mais recente aposta do Pestana Hotel Group conta com 14 anos de experiência no setor hoteleiro, com diversas unidades hoteleiras de referência no seu currículo. Formado pela Escola de Hoteleira e Turismo de Lisboa, concluiu ainda uma Pós-graduação em Hospitality Management, pela Universidade Europeia, e um curso em Marketing e Branding, pela universidade internacional Lausanne Hospitality Consulting. Foi em 2002 que João Neves deu inicio ao seu percurso profissional, ao assumir a direção do departamento de Food & Beverage no Hotel Lapa Palace.
Ao longo dos ano liderou ainda as equipas de F&B do Marriott Praia D’El Rey Golf & Beach Resort e do Palácio Estoril Hotel Golf & SPA. Por outro lado, no Pestana Hotel Group desempenhou funções como Unit Manager na Pousada de Cascais, no Cidadela Historic Hotel & Art District, no Pestana Vila Sol Golf & Resort Hotel e no Pestana Palace Lisboa Hotel & National Monument.
COM PATROCíNIO
Liliana Conde deixa NH Hotels e assume direção do Internacional Design Hotel Liliana Conde assume a direção do Internacional Design Hotel, localizado no centro na Baixa de Lisboa, após mais de 11 anos ao serviço do grupo NH na capital portuguesa.
A responsável ingressou no grupo espanhol em 2005, onde desenvolveu funções de chefia em diversas unidades daquela cadeia em Portugal. Diretora geral do NH Campo Grande, desde 2009, passou a desem-
penhar a mesma função também no NH Liberdade a partir de 2014. Tendo começado a trabalhar no ramo hoteleiro em 1993, Liliana Conde iniciou o seu percurso profissional na área das agências de viagem. No ramo da hotelaria passou ainda pelo Hotel Village Cascais, o Grupo 3K Hotéis e o Quality Hotel Lisboa. “A paixão pelo detalhe e serviço ao cliente, a criatividade, o dinamismo e a irreverência, são algumas das razões pelas quais abraço o projeto Internacional Design Hotel. As características arquiteturais únicas do edifício de época conferem-lhe uma personalidade forte e distinta que, aliadas a um interior moderno, de tendência e de design original, tornam esta unidade especial e diferente na cidade”, avançou a profissional. Liliana Conde sucedeu a Sara Freire na liderança do quatro estrelas Internacional Design Hotel no passado mês de agosto.
Air France/KLM nomeia Miguel Mota diretor de Vendas para Portugal Miguel Mota foi nomeado diretor de vendas da Air France/KLM para Portugal, tendo dado inicio às suas novas funções a 1 de setembro. Miguel Mota, que era até à atualidade coordenador da equipa de promotores da Air France/ KLM para Portugal, desde 2013, iniciou a sua carreira na Royal Air Maroc, em 1990, exercendo funções de suporte, administrativas e de atendimento ao cliente. Ingressa na KLM, em 1992, no departamento administrativo. Entre 1998 e 2012 desempenha as funções de promotor de vendas da KLM, assumindo, em 2007, também a representação da Air France
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e posteriormente da Delta. Em 2014 assume igualmente a coordenação da representação da Transavia em Portugal. Por outro lado, Fernando Bessa, atual diretor geral para Portugal, deixa a companhia depois de 36 anos de atividade profissional na Air France/KLM. As suas funções serão assumidas por Bruno Georgelin, diretor geral da da companhia área para Espanha e Portugal. A Air France e a KLM oferecem em Portugal, juntamente com a sua filial Transavia, mais de 400 voos que operam em 23 rotas de e para quatro aeroportos (Lisboa, Porto, Faro e Funchal).
Nouvelles Frontieres contrata Nuno Pereira como “sales specialist” Nuno Pereira é o novo “sales specialist” da Nouvelles Frontieres em Portugal. O profissional integrou as equipas da Entremares, de 2008 a 2010, da Soltrópico, de 2010 a 2016, e da Turangra, de 2013 a 2016, sempre como “sales executive”. Antes de ingressar no Turismo, o profissional passou ainda pela Connecta Group e pelo Carrefour.
Distinguido diretor português do parisiense Four Seasons Hotel George V O português José Silva, diretor do Four Seasons Hotel George V, em Paris, foi distinguido com o prémio de “Melhor Hoteleiro do Ano”, em 2016, nos Best of the Best Awards, atribuídos anualmente pela Virtuoso, rede internacional de agências de viagens de luxo. A Associação de Directores de Hotéis de Portugal veio demonstrar, em comunicado, a sua “satisfação” pelo reconhecimento. “Congratulamos José Silva por esta distinção que em muito dignifica Portugal e os directores hoteleiros portugueses”, afirma Raúl Ribeiro Ferreira, presidente da ADHP, para quem tão importante distinção “é a prova máxima da competência dos directores hoteleiros nacionais, que estão ao nível dos melhores do mundo”.
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Moçambique
Um arco-íris de sensações
M
oçambique oferece um turismo dinâmico, pelas suas condições naturais, históricas e
culturais. A costa de Moçambique, voltada ao Índico, pela sua extensão, orografia e clima, é rica em todo o tipo de praias e berço de muitas espécies marinhas, algumas das quais em vias de extinção. Praias que convidam à natação e ao mergulho, barreiras de coral de uma beleza extraordinária com ecossistemas ricos em espécies piscícolas, cuja captura é o alvo mais desejado pelos amantes da pesca desportiva. No Norte predominam as praias rochosas, enquanto no Centro, junto das embocaduras dos rios, se localizam as praias lodosas confinadas por extensos mangais e no Sul prevalecem as praias arenosas, com dunas altas e cobertas de vegetação rasteira. Paralelamente à costa, ilhas isoladas ou agrupadas em pequenos arquipélagos, proporcionam a observação de variada vegetação e fauna ímpar. Nelas se podem encontrar monumentos históricos que assinalam a passagem de Árabes e Europeus, águas transparentes que convidam
à natação e ao mergulho, barreiras de coral de uma beleza extraordinária, com ecossistemas ricos em espécies piscícolas raras, e um mar aberto onde é permitida a caça submarina e a pesca desportiva de algumas variedades cuja captura é o alvo mais desejado pelos amantes destes desportos. Entre as muitas praias que se estendem ao longo da costa, salientam-se, por mais conhecidas ou dispondo de melhores estruturas de apoio aos visitantes, as de Pemba, Bazaruto, Bilene, Inhaca, Inhambane Marracuene, Murrangulo, Ponta de Ouro, Ponta de Malongane, Tofo, Xai-Xai, Zongoene, Ilha de Moçambique, Fernão Veloso em Nacala, Chocas em Mossuril, Vilanculos e Inhassoro. A capital Maputo é um excelente ponto de partida para descobrir o país. Muito perto da capital, fica por exemplo a ilha de Inhaca, destino ideal para quem quer relaxar ao ritmo de uma pequena ilha semitropical, plantada no oceano Índico. Na franja dos trópicos, a ilha é rica em praias de cortar a respiração, magníficos recifes de coral e vida marinha exótica oferecendo por isso condições únicas para o
mergulho ou pesca de alto mar. A Baía de Maputo que juntamente com os rios Incomati e Maputo limita a capital, confina em frente, a 40 Km de Maputo, com a Ilha de Inhaca, considerada património biológico da humanidade onde se podem admirar magníficos corais multicores, tartarugas marinhas, mamíferos marinhos e uma diversidade piscícola que inclui espécies únicas.
Arquipélago de Bazaruto Declarado Parque Nacional no ano 2000, apresenta uma grande diversidade de fauna e flora, e inclui os ecossistemas de floresta, savana e pântano. A ilha de Bazaruto é, indiscutivelmente, um destino de rara beleza e ainda com muito por explorar, distinguindo-se pela sua vida selvagem, águas azul-turquesa e praias edílicas. Parte da ilha é constituída por enormes dunas de areia, enquanto o restante é composto por bosque, pasto, vegetação e pântano. Bosques de casuarinas, coqueiros e árvores de caju crescem nos seus areais. As espécies marinhas incluem golfinhos, dugongos, baleias
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área de turismo. A procura de lazer com base nas praias vem estimulando o desenvolvimento do alargamento nas estâncias turísticas. Em termos de capacidade de alojamento possui condições que o enquadram nos padrões internacionais de luxo. Os avanços significativos que se constata a nível de investimentos na área do turismo são visíveis através do incremento do número de hotéis das mais variadas categorias, melhoria dos complexos turísticos, vias de acesso, criação de condições para facilitar as transações financeiras.
Polo cultural Moçambique sempre se afirmou como polo cultural com intervenções marcantes, de nível internacional, no campo da arquitetura, pintura, música, literatura e poesia. Nomes como Malangatana, Chichorro, Mia Couto e José Craveirinha entre outros, já há muito ultrapassaram as fronteiras nacionais. Importante também e representativo do espírito artístico e criativo do povo moçambicano é o artesanato que se manifesta em várias áreas, destacando-se as esculturas dos Macondes do Norte de Moçambique. corcundas, tartarugas marinhas e até crocodilos que fazem dos lagos de água fresca da região as suas casas. A impressionante beleza dos recifes de coral completa este ecossistema subtropical, enriquecido pela abundância e beleza dos peixes tropicais, águas limpas e excelentes condições para a prática de todo o tipo de pesca.
Ilha de Moçambique Situada no norte do país, a Ilha de Moçambique é um local fascinante, dotado de edifícios dos séculos XVII e XVIII, muitos deles do período colonial português. Existem também algumas mesquitas com interesse datadas do mesmo período. Foi declarada pela UNESCO como Património da Humanidade. Moçambique tem apostado também no turismo de natureza, aliado aos safaris. Existem três bons parques nacionais em Moçambique. O Parque Nacional de Gorongosa está aberto desde o início de Maio até ao fim de Outubro. O Parque de Elefantes de Maputo fica na margem direita do Rio Maputo. O Parque Nacional de Marromeu encontra-se na zona onde desagua o Rio Zambeze. Os ecossistemas predominantes constituem o habitat de uma gama de espécies selvagens como elefantes, leões, leopardos, chitas, hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande variedade de aves.
Inhaca maravilhosa Inhaca, a 15 minutos de voo a partir de Maputo e com boas instalações turísticas, é uma mostra de toda a costa moçambicana, com os seus mangais, praias maravilhosas, fauna e ve-
getação. Junto a Inhaca, dois ilhéus desabitados, Santa Maria e a ilha dos Portugueses, que podem ser alcançados por barco e proporcionarem um bom dia de praia e de observação da fauna marítima que se encontra junto aos bancos de corais aí existentes. Inhambane é uma das regiões de Moçambique mais dotadas para o turismo de qualidade. Com efeito, para além das excelentes praias que se estendem ao longo da costa da Província e no arquipélago de Bazaruto, dispõe no interior, de parques naturais onde variadas espécies de vegetação e animais podem ser observadas.
Biodiversidade A biodiversidade que pode ser encontrada no território moçambicano tem a peculiaridade de possuir um grande valor ecológico que inclui espécies endémicas, e um património cultural bastante rico, propiciando um mosaico cultural bastante sugestivo e com aspetos interessantes para o domínio antropológico, oferecendo possibilidades infinitas para a análise de miscelâneas culturais que a evolução histórica das sociedades se encarregou de construir. O seu potencial turístico estende-se pelo interior, com floresta e fauna bravia dos trópicos, rios, riachos, lagos e lagoas, aliado à natural simpatia das populações que se manifesta com maior incidência através da hospitalidade do povo moçambicano.
Infraestruturas turísticas As infraestruturas turísticas têm vindo a melhorar paulatinamente, devido aos vários investimentos que foram e continuam a ser feitos na
Localização Moçambique faz fronteira com a Tanzânia, a Zâmbia, o Malawi, o Zimbabué, a África do Sul e a Suazilândia. A Este encontra-se o Oceano Índico e uma costa com cerca de 2500km, com excelentes praias e lagoas, recifes de coral e conjuntos de ilhas Aeroportos Moçambique tem uma rede de aeroportos que permite a deslocação rápida e segura para qualquer parte do país vistos Para entrar no país é necessário um visto emitido por um Consulado ou Embaixada de Moçambique, sendo necessário para a sua obtenção a apresentação do passaporte, duas fotografias e o preenchimento de um formulário saúde Para entrar no país é necessário apresentar o certificado de vacinação contra a febre-amarela eletricidade A corrente é de 220/240 V 50 Hz. Clima No Norte e zona costeira, o clima é tropical húmido; No Interior, no Sul e na Província de Tete, tropical seco e no interior de Gaza, tropical árido. Verificam-se uma época de chuvas, entre Outubro e Abril, com temperaturas entre 27º e 29º C e uma época seca, entre Maio e Setembro, com temperaturas entre os 18º e 20º C Condução A condução em Moçambique é feita pela esquerda Língua A língua oficial é o português. O inglês é de uma maneira geral entendido e falado Moeda A moeda local é o metical Horas GMT+2Horas
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Solférias e Soltrópico colocam voo extra para o Fim de Ano na Ilha da Boavista
Transavia oferece 100 mil lugares nas rotas portuguesas para Munique
Dada à elevada procura no período de Réveillon para a ilha da Boavista, em Cabo Verde, os operadores Solférias e Soltrópico avançam com a colocação de um voo extra para esta ilha, duplicando desta forma os lugares disponíveis no mercado português. O pacote turístico, em voo charter operado pela TAP, com saída de Lisboa na segunda-feira, dia 26 de dezembro, tem o valor de 799 euros como preço base, por pessoa, em quarto duplo standard em regime de pequeno-almoço, já com taxas incluídas, no três-estrelas Hotel da Boavista. Em regime tudo incluído o pacote tem o valor de 1569 euros no
A Transavia disponibilizou 100 mil lugares nas três rotas portuguesas para Munique nos primeiros seis meses da sua operação na capital da Baviera, celebrados este sábado, 24 de Setembro, com 16% de um total de 605 mil lugares disponíveis entre Munique e 19 destinos na Europa. Com uma taxa de ocupação média de 86%, as rotas portuguesas de Faro, Porto e Lisboa para Munique foram as três rotas com melhor desempenho no global da rede alemã da companhia aérea low-cost no período. Só a taxa de ocupação da rota Lisboa-Munique atingiu os 91%. Os passageiros de negócios representaram cerca de 10% dos lugares disponíveis no mercado.
quatro-estrelas Royal Decameron Boavista e de 1.685 euros no cinco-estrelas Iberostar Club Boavista. Na cadeia hoteleira RIU os valores começam nos 1875 euros no Hotel Riu Karamboa e 1809 euros no Hotel Riu Touareg. O pacote inclui passagem aérea em voo especial TAP Lisboa / Boavista / Lisboa, em classe económica, estadia sete noites no hotel e regime escolhidos, transfers, seguro de Viagem, taxas hoteleiras, serviço, IVA, Taxas de aeroporto segurança e combustível (175 - sujeito a alterações legais até emissão dos bilhetes) e visto (obriga à inserção dos dados de passaporte até cinco dias úteis antes da data de partida).
Pós-Graduação em Turismo de Cruzeiros disponível pela primeira vez em Portugal Na tentativa de responder a uma lacuna existente em Portugal, e na europa em geral, a Global Sea e o ISEC apresentam uma inédita pós-graduação em Turismo de Cruzeiros. A ter início a 17 de janeiro de 2017 e com final previsto para o final de dezembro do mesmo ano, a pósgraduação conta com 25 vagas e terá como propina anual 5.500 euros. Segundo Fernando Santos, diretor da Global Sea, “a manifestação de interesse tem sido grande, desde Portugal Continental, à Madeira e até ao Brasil, mas a verdade é que já há pessoas inscritas”. A pós-graduação em Turismo de Cruzeiros foi concebida para dotar os formandos dos conhecimentos e competências necessários para uma carreira de sucesso no mundo do Turismo de Cruzeiros, incorporando nos seus conteúdos os elementos relacionados com a vida e o trabalho a bordo de um navio de cruzeiros, mas também as atividades a montante e jusante, desde a análise da envolvente, planeamento e organização, as relações humanas e a sua interpretação, o mercado, a comunicação interna e externa, e a operação interna a bordo e a operação externa de apoio e comercialização. Para além de uma introdução à indústria dos cruzeiros, história, stakeholders e regulamentação aplicável, os alunos estudarão igualmente elementos operacionais e específicos, tais como front
offices, customer service, comunicação efetiva, competências essenciais em tecnologias de informação, safety e security. Com o apoio institucional da APAVT, do Porto de Lisboa, do Lisbon Cruise Terminals, do Lisbon Cruise Club, da AGEPOR e da APORMAR – Agência Portuguesa de Marítimos, esta pósgraduação tem um corpo docente especialista no mercado de cruzeiros, além de vir a “contar ainda com a presença de outras individualidade externas que irão dar o seu contributo para valorizar ainda mais a aprendizagem obtida durante a formação”, referiu. Quase no final da formação, docentes e discentes irão embarcar juntos e fazer um cruzeiro, de 31 de outubro a 4 de novembro, entre Lisboa e Génova, para aí poderem “ver in loco o que se passa em todas as áreas de um navio de cruzeiros”. Isabel Mendes, do Turismo de Portugal, considera que “trata-se de uma formação extremamente válida, extremamente inovadora e, sobretudo, necessária”. Admitindo que “é uma área em que não tem havido produção de conhecimento”, a profissional considera que esta pós-graduação “vai permitir que os alunos que saiam das Escolas de Hotelaria e Turismo possam fazer também esta formação, sendo uma solução alternativa a outras áreas do turismo que já começam a ficar sobrelotadas de profissionais”.
CALENDÁRIO DE FEIRAS INTERNACIONAIS UITM Hunting, Fishing, Nature, Tourism TTG Incontri MICE Inwetex-CIS Travel Market World Travel Show Camper & Caravan Show BTB Tourbusiness ITB Asia TourExpo TTW Deutschschweiz Reisen & Caravan Luxury Travel Fair Reiselust WTM CITM SITV Vacances Photo+Adventure Touristik & Caravaning International TTR Romanian Tourism Fair II Philoxenia TT Warsaw Tourism and Recreation Fair of Tourism Intur Greek Tourism Expo IBTM ILTM
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05 - 07 Outubro 07 - 09 Outubro 13 - 15 Outubro 13 - 15 Outubro 13 - 15 Outubro 14 - 15 Outubro 14 - 16 Outubro 18 - 19 Outubro 19 - 21 Outubro 19 - 21 Outubro 19 - 21 Outubro 27 Outubro 28 - 31 Outubro 28 - 31 Outubro 04 - 06 Novembro 07 - 09 Novembro 11 - 13 Novembro 11 - 13 Novembro 11 - 13 Novembro 12 - 13 Novembro 16 - 20 Novembro 17 - 20 Novembro 18 - 20 Novembro 24 - 26 Novembro 24 - 25 Novembro 24 - 27 Novembro 24 - 27 Novembro 25 - 27 Novembro 29 Nov. - 01 Dez. 05 - 08 Dezembro
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