Viajar Magazine - Janeiro 2018

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BTL Meeting Industry é a novidade da próxima edição

Hotelaria Inquérito da AHP antevê bons resultados para 2018

Arac dá boas-vindas à mobilidade do amanhã MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 368 - 2ª série - Preço 2,00 €

Dossier Especial para a Fitur

El Mejor Destino Turístico del Mundo A&O

Ávoris Reinventing Travel Portugal

quer conquistar quota de mercado Dossier Transportes

Boris Darceaux, diretor-geral da Air France-KLM para a Península Ibérica

"Grupo quer crescer em Portugal e oferecer maior flexibilidade e qualidade" TAP com novas rotas

e novos aviões em 2018

Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

europcar.pt

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO Janeiro 2018



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Em foco

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Observação Ano Novo, viagens novas Com a entrada de 2018 surgem novos projetos e metas a atingir. É isso mesmo que a VIAJAR vai tentar proporcionar aos seus leitores ao longo de todo este ano. Para começar, nesta primeira edição do ano, apresentamos um dossier, em Castelhano, a pensar em todos aqueles que passarem pelo stand de Portugal na Fitur, em Madrid. E nada melhor que pegar pelo que de melhor 2017 nos deu: o Melhor Destino Turístico do Mundo nos World Travel Awards.

Por outro lado, e porque a Convenção da ARAC vai ter lugar no inicio de Fevereiro, decidimos oferecer aos nossos leitores as mais recentes novidade no mundo dos Transportes, com um dossier especial dedicado ao tema. Não perca uma entrevista com o diretor geral da Air France-KLM para a Península Ibérica ou fique a saber, entre muitas outras coisas, as novidades da representante de cruzeiros Melair para este ano. Como Hotel do Mês, damos-lhe a conhecer uma das joias da cidade de Lisboa, o Corpo Santo Hotel, que prima pela diferença ao mimar os seus hóspedes das mais diferentes formas. Começe o ano a VIAJAR e boas leituras!

BTL MI é novidade para a 30ª edição da maior feira de turismo do país

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erca de 95% do espaço da Bolsa de Turismo de Lisboa está vendido’’. Quem o diz é a equipa responsável pela feira, que decorre em 2018, entre 28 de fevereiro e 4 de março, durante um pequeno-almoço com a Imprensa, em Lisboa. A maior feira de turismo do país, que completará a 30.ª edição em 2018, decorrerá na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações e conta com algumas novidades, como o BTL MI, ‘‘um espaço onde as empresas que só tenham interesse no setor de Meeting Industry possam estar presentes, num formato muito mais fácil e com pequenos investimentos’’, segundo avançou Fátima Vila Maior, diretora da BTL. Trata-se de ‘‘um projeto-piloto para poder ter um impacto novo em termos deste setor de MI, queremos trazer 10 a 15 compradores internacionais deste segmento, ou talvez um pouco mais, estamos a fazê-lo com a TAP em parceria com o Turismo de Portugal e os hotéis de Lisboa, no âmbito dos hosted buyers e vamos ter uma zona dedicada para isso. Uma zona onde são feitas as reuniões de MI, onde as empresas, hotéis e equipamentos podem alugar espaço’’, conforme avançou a mesma responsável. Espaço esse que estará situado no pavilhão 2 e que segundo a diretora da BTL será uma ‘‘espécie de feira pequenina de MI’’. EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Brasil são alguns dos países convidados a descobrirem o espaço. O QUE ESTARÁ NOS PAVILHÕES Apesar dos 95% de espaço já vendido da

Diretor Francisco Duarte Chefe de Redação Sílvia Guimarães redação Sandra Martins Pereira Editor SR Editores, Lda direção, redação e publicidade Rua Jaime Batalha Reis, nº 1C- r/c C 1500-679 Lisboa Telfs.: 21 7543190 • e-mail: viajar@sreditores.pt

BTL, as empresas continuam a pedir informações, o que segundo a equipa responsável pela feira poderá fazê-los ‘‘repensar novas localizações para o próximo ano’’. Para já tudo se mantém igual a 2017, ou quase tudo. Senão veja-se. No pavilhão 1 estarão as entidades regionais de Turismo; no pavilhão 2, as associações e municípios, alojamento e equipamentos e serviços para a área da hotelaria; no pavilhão 3 o internacional, distribuição, transportes e animação turística. No pavilhão multiusos (madeira) estará a 2.ª edição da BTL Village e o lounge dos hosted buyers, que anteriormente estava no pavilhão 2. E por fim, no pavilhão 4 estará a Gastronomia e o Fórum da Empregabilidade que estava no pavilhão 1. BTL VILLAGE “A BTL Village foi um sucesso o ano passado, foi a primeira edição e por isso decidimos fazer uma segunda edição, com o mesmo conceito’’, sublinha a equipa responsável pela BTL, acrescentando que esta continuará ‘‘a ser uma zona muito exclusiva, para empresas que querem ter os seus convidados, teremos igualmente ao ano passado 15 mesas de 10 lugares, e o BPI como sponsor.” Recorde-se que este é um espaço para empresas, que não estejam presentes na feira com um stand, mas que queiram participar da mesma, ou ainda empresas, que estando presentes junto de grandes stands tenham ali um espaço de networking mais exclusivo com os seus clientes.

Assinaturas assinaturas@sreditores.pt Fotografia Arquivo, Fotolia Publicidade Carlos Ramos Telfs.: 21 7543190 e-mail: carlos.ramos@sreditores.pt

Impressão CliobyRip www.clio.pt Tiragem: 7 000 exemplares Depósito Legal: 10 534/85 Registo no ICS: 108098 de 08/07/81 ProprietáriA: Ana de Sousa Nº Contribuinte: 214655148


Opinião

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Grandes obras não se fazem com olhos maus

J Miguel Quintas n Diretor

Geral Parcela Já

A 10 de Dezembro de 2017 fomos (finalmente) eleitos o melhor destino turístico do Mundo, para além de outros 15 títulos de campeões na competição (…) O sucesso, esse, reparte-se por muitos responsáveis. Falo em concreto do excelente trabalho realizado nos últimos anos

ean Paul Getty, um dos mais ricos industriais americanos que atravessou a grande depressão de 1929, dizia que existiam cem homens que procuravam segurança para cada homem capaz e que estivesse disposto a arriscar a sua fortuna. Entre 2010 e 2014 Portugal sofreu as consequências mais dramáticas da crise mundial nascida entre 2007 e 2008. Todos os nossos indicadores económicos e sociais caíram para níveis jamais imaginados numa sociedade habituada a melhorar o seu índice de bem-estar, ano após ano. Os cortes nos salários no sector privado e público, a quebra do consumo e como consequência a falência das empresas e os despedimentos geraram um círculo vicioso que se tornou impossível de romper até há pouco tempo. Durante anos o país entrou em perda e mais uma vez, na nossa história, os portugueses foram obrigados a procurar novas paragens ou a reinventar-se por cá. Os portugueses também sabem que a necessidade aguça o engenho, lá diz o provérbio. E foi isso mesmo que fizemos. Reinventámo-nos. Fizemo-lo em quase toda a economia, mas com um brilhantismo especial no sector do turismo. A 10 de Dezembro de 2017 fomos (finalmente) eleitos o melhor destino turístico do Mundo, para além de outros 15 títulos de campeões na competição. A lista é tão grande que peço dispensa de a apresentar. O sucesso, esse, reparte-se por muitos responsáveis. Falo em concreto do excelente trabalho realizado nos últimos anos. Começo pelo Turismo de Portugal e em particular o trabalho desenvolvido por Cotrim de Figueiredo e continuado pelo atual Presidente Luís Araújo, nomeada-

mente no que diz respeito à estratégia de promoção do nosso país. Da sua articulação muito próxima com as regiões de turismo, também elas sempre bastante ativas. Dos Secretários de Estado que permitiram estabelecer as pontes político-empresariais entre o público e o privado a começar por Bernardo Trindade, passando por Mesquita Nunes e pela atual Ana Mendes Godinho. Pelas Câmaras com especial destaque para Lisboa, Porto e Aveiro. Também ao povo e trabalhadores portugueses, cujo mérito vem sempre refletido pelo carinho com que nos avaliam os turistas que nos visitam. Finalmente, e pedindo perdão a todos os que nomeei anteriormente, pelo empresário português, empreendedor por natureza e que teve a arte e o engenho de se reinventar na adversidade, como é nosso apanágio. Em todas as áreas de negócio do turismo surgiram novos empresários à procura da sua sorte. Muitos deles empurrados pela necessidade, é certo, mas não posso deixar de os enunciar assim como sublinhar a perseverança de todos aqueles resistentes que antes da crise cá militavam, que durante a crise cá se aguentaram e para sair da crise cá investiram. São muitas centenas ou até milhares, talvez. Esses, os antigos e os novos empresários, são os grandes obreiros da excelência do turismo português. E são eles que eu gostaria de homenagear nestas palavras. São eles que têm a experiência de tentar. A experiência de falhar. A experiência de lutar e ultrapassar a frustração. A experiência de já não ter nada a perder ou mesmo a experiência de arriscar tudo. Diz-se, em jeito de graça, que o sucesso tem sempre vários pais, ao contrário do fracasso. Há casos em que uns são mais pais que outros.


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Destaque

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Luís Araújo acredita que boas perspetivas para 2018 farão um “Feliz 2019!”

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eplicar o que de melhor foi feito em 2017 em termos turísticos em 2018 fará, seguramente com que tenhamos um “Feliz 2019!”. Esta foi a ideia principal e que serviu de mote para a intervenção de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal à margem de o almoço de associados da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal que teve lugar no Hotel InterContinental Lisbon. “Não é dizer que 2018 já está feito e que não há mais nada para fazer, mas é sim ver o que é que podemos fazer para termos um feliz 2019, porque tudo indica que as perspetivas para 2018 são positivas.”

ESTRATÉGIA PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS Luís Araújo começou por fazer um breve resumo daquilo que foi feito de positivo no País em 2017, nomeadamente no que concerne “à estabilização da nossa estratégia para os próximos 10 anos. É bom ter um caminho e uma orientação e saber para onde é que queremos ir e essa orientação tem sido partilhada por todos”, numa clara referência à Estratégia Turismo 2027. Mas também na área da Comunicação com o País a registar 24.510 referências e artigos em vários destinos (contra as 16 mil de 2016) ou ainda com campanhas como o Can’t Skip Portugal (com 154 milhões de pessoas impactadas em 21 destinos, chegando de forma orgânica a 130 países) ou o Can’t Skip Facts (campanha programática georreferenciada que foi feita em Londres que impactou 1.8 milhões de pessoas e em Bruxelas 64 mil pessoas). Ou ainda no que diz respeito ao trade marketing e às acessibilidades: “Acreditamos que o relacionamento com os tours operadores, agentes de viagens, companhias de aviação, organizadores de eventos tem corrido bem, com vários eventos internacionais a serem captados para o país. Mas também a nossa presença em eventos internacionais como destino convidado, como foi no caso de Las Vegas. A questão das acessibilidades que claramente são uma das prioridades. Estamos a falar de mais 81 rotas (em 2016 foram 64 novas rotas), o que representa o total de 3,8 milhões de lugares adicionais para o País.”

61 EVENTOS PROGRAMADOS EM 2018 ATÉ AGORA O responsável pelo Turismo de Portugal fez ainda referência à captação de eventos que

este ano foram 61, os mesmos programados até agora para 2018, mas que poderão vir a aumentar no decorrer do próximo ano. Luís Araújo relembrou o “incentivo às empresas, o Programa Valorizar com 211 projetos, 50 milhões de investimento, 33 milhões de financiamento. Protocolos bancários com 142 projetos, 193 milhões de investimento, mais 100 milhões de financiamento. Há aqui um conjunto de instrumentos financeiros que tem sido aproveitado pelas empresas e também pelo setor público para dinamizar o País, para melhorar os seus recursos e claramente aumentar a competitividade.” Para 2018 e no que diz respeito à diversificação de produtos, de mercados e de segmentos o mesmo responsável acredita que há ainda um “caminho a traçar e que precisamos de reforçar com a ajuda de todos”, relembrando o lançamento recente de plataformas como o Portuguese Trails ou o Meetings in Portugal. Ainda para 2018, Luís Araújo avança que é preciso apostar em áreas como a Formação, a Digitalização, a Sustentabilidade Social, as parcerias entre empresas e na complementaridade da oferta e mais uma vez na Comunicação.

AUMENTAR ESTADIA E RECEITA MÉDIA DOS TURISTAS Também o presidente da AHP, Raul Martins se mostrou satisfeito com o ano que agora terminou, relembrando que “de acordo com a AHP Hotel Monitor, ferramenta que monitoriza os principais indicadores de performance turística da operação hoteleira

de Portugal e os dados de 2017 acumulados em outubro indicam um aumento de 15% no RevPar, em resultado sobretudo do preço que cresceu 10% e por uma subida de 4 por cento da ocupação, que se fixou nestes 10 primeiros meses do ano em 74%. Então o que fazer para 2018 para garantir um Feliz 2019? Precisamos aumentar a estadia média dos turistas em Portugal de uma vez por todas, precisamos de aumentar a receita média por turista e precisamos de garantir um serviço de qualidade.”


Hotelaria

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Modo Distinto aposta nas áreas de Coaching & Formação e E-business & Revenue Management

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Modo Distinto acaba de completar 10 anos de atividade, com um “balanço francamente positivo”, conforme adiantou à Viajar, Jorge Ferreira, Partner & CEO da empresa que presta serviços na área comercial e financeira nos setores da hotelaria e turismo e que conta com uma equipa de profissionais e gestores multifacetados. Para 2018, o mesmo responsável garante que terá novidades. “Os indicadores médios de gestão das unidades hoteleiras a quem assistimos são, consistentemente e permanentemente, superiores aos do destino onde se inserem, o que significa a eficácia dos modelos e estratégias que, em conjunto com os nossos clientes, implementamos”, explica o mesmo responsável, acrescentando que o portefólio de clientes “tem crescido de ampliámos também o número de projetos de ano para ano assim como o prazo médio de Coaching & Formação e, neste ano de 2017, duração da relação/contrato com os clientes. os serviços de Marketing Digital”. Ou seja, trabalhamos durante mais anos QUEREMOS CRESCER com a maioria dos clientes, o que significa a NA ÁREA DO RENT A CAR EM 2018 criação de relações verdadeiramente win-win Questionado sobre o alargamento da atividae provadas na prática”. de à área da rent a car no ano passado, JorJorge Ferreira avança que a Modo Distinto refere que “ao longo de 10 anos provámos ge Ferreira, refere que apenas contam com que o modelo de ‘outsourcing de funções da “um cliente no nosso histórico. A atividade gestão’ é válido e oferece uma resposta mais de rent-a-car tem algumas especificidades eficaz às necessidades do mercado compleque a caraterizam. Em termos de E-business mentando os modelos tradicionais de & Revenue Management, carateri‘consultoria’”. zando-a de forma grosseira, está Segundo aquele responsável cerca de 10 anos atrás da “Ao longo de as áreas mais procuradas hotelaria, no que concerne 10 anos provámos pelos clientes recaem no aos canais e modelos “E-business & Revenue da distribuição. Embora que o modelo de ‘outManagement, dentro da as métricas de Revesourcing de funções da área da Gestão Comernue Management sejam gestão’ é válido e ofecial, são os serviços que equivalentes, os processos rece uma resposta prestamos a mais clientes. de distribuição ainda estão A todos, para ser mais exato, muito dependentes do B2B, mais eficaz” logo seguido dos serviços de pelo que há ainda uma larga Promoção e Representação, o que margem de progressão para o denota que a área onde somos mais recomercado no geral. Podemos dizer que a nhecidos e procurados é a Gestão Comerevolução desta nossa área de negócios foi cial. Também é a área em que os resultados mais lenta do que estamos habituados na do nosso trabalho surgem mais rápido e hotelaria. Mas acumulámos dados e conhemais palpáveis, para os nossos clientes. cimento que, acreditamos, nos poderão fazer Desde 2015 temos conseguido um crescente crescer em 2018 aos ritmos que pretendenúmero de clientes para a área da Gestão mos. Tanto no número de clientes desta área Operacional, nomeadamente, apoiando a como nos resultados médios que os nossos abertura de novas unidades. Desde 2016 clientes apresentem, comparando com a

concorrência mais direta. É uma área onde queremos crescer em 2018. Apresentar melhores resultados e conquistar mais clientes desta área”.

NOVIDADES NO 1º TRIMESTRE DO ANO Quanto a 2017, o Partner & CEO da Modo Distinto refere que este foi “muito bom em todos os níveis, beneficiando também do crescimento do investimento em oferta turística e dos fluxos turísticos que Portugal tem obtido, com mais destaque nos principais destinos, nos mais conhecidos”. Para 2018 as apostas são várias, a começar “pelas competências internas da nossa equipa que têm vindo a ser reforçadas, principalmente em algumas componentes tecnológicas. Outra aposta ainda de carácter interno passa por mais ações/envolvimento em projetos de responsabilidade social. Não apenas empreendedorismo social, mas principalmente atividades de cariz social. Em termos de áreas de negócios vamos reforçar apostas nas áreas de Coaching e Formação e de Assessoria à Gestão”. Novidades também haverá e já a partir do primeiro trimestre de 2018, mas Jorge Ferreira não quer revelar ainda tudo, no entanto, levanta-nos a ponta do véu: “Podemos adiantar que terão a ver com o Coaching & Formação, mas também com o E-business & Revenue Management. Serão fruto de parcerias estratégicas com empresas tecnológicas de âmbito internacional.”


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Hotelaria

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Hoteleiros confiantes no crescimento em 2018

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e acordo com o inquérito da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal junto dos seus associados, a Hotelaria nacional prevê que 2018 tenha uma melhor performance em todos os indicadores, excetuando a estada média, sendo que 89% dos inquiridos esperam uma melhor receita total e de alojamento, 86% um melhor ARR e 85% um melhor RevPAR. Os dados foram avançados em dezembro passado, por Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, num encontro com jornalistas, que serviu ainda para fazer um balanço do ano. Ainda falando de perspetivas para 2018, o mesmo inquérito revela que no que respeita à receita total e de alojamento, os mais otimistas são os hoteleiros do Norte e de Lisboa com 93%. Quanto à taxa de ocupação, destacam-se os Açores e o Alentejo, com 83% e 81% dos inquiridos, respetivamente, a indicarem que 2018 será melhor. Quando questionados sobre o preço médio por quarto ocupado e sobre o RevPar, todos os hoteleiros inquiridos esperam uma melhor performance, sendo os do Norte e Lisboa os mais otimistas, seguidos dos da Madeira.

JULHO, AGOSTO E SETEMBRO MELHORES MESES DO ANO De acordo com o mesmo inquérito da AHP, os melhores meses continuarão a ser julho, agosto, setembro e os piores serão janeiro, fevereiro e dezembro. Os hoteleiros apontam como principal mercado para a sua unidade hoteleira: no Norte, Centro, Alentejo e Açores - o mercado nacional. O mercado francês é o primeiro mercado em Lisboa. No Algarve e na Madeira é o Reino Unido. Espanha mantém-se sem surpresas como segundo mercado no Norte, Centro e Alentejo, estando ausente do Top3 no Algarve, Madeira e Açores. Quando questionadas sobre quais as oportunidades dos mercados emissores, a maioria das respostas recaiu sobre os Estados Unidos (26%), China (22%) e Brasil (21%). Os hoteleiros estão também otimistas em relação às novas rotas aéreas, com foco nos voos para o Atlântico Norte, Estados Unidos e China.

‘‘MICE’’ E ‘‘SÉNIOR’’ COM MUITO ESPAÇO PARA CRESCER Em relação aos segmentos, as expectativas recaem sobre o ‘‘MICE’’, ‘‘Sénior’’, que têm ainda muito espaço para crescer. No que toca aos principais constrangimentos à sustentabilidade do negócio, 30% dos inquiridos responderam que recaem sobre os

no Aeroporto Cristiano Ronaldo no início do mês em análise.

ARR FIXA-SE NOS 90€ O ARR fixou-se nos 90 euros, representando mais 15% do que no período homólogo. Os destinos turísticos Leiria/Fátima/Templários e Lisboa (mais 23%) e Açores (mais 19%) registaram os maiores crescimentos neste indicador. Destaque ainda para as 4 estrelas onde a variação foi de mais 18% face a outucustos com ‘‘utilities’’ (água, gás, eletricidade) bro de 2016. e 18% sobre a dependência dos operadores O RevPAR registou um crescimento muito online. expressivo de 18%, face ao mesmo mês Recorde-se que este inquérito foi realizado em 2016, fixando-se nos 71 euros, com os entre 23 de novembro e 7 de dezembro junto destinos turísticos Lisboa (119 euros), Grande dos empreendimentos turísticos associados Porto (74 euros) e Estoril (70 euros) a registada AHP, numa amostra de 40%. Das resposrem os valores de RevPAR mais elevados. tas obtidas, 78% pertencem a Hotéis, 7% a Em outubro de 2017, a receita média por tuHotéis Apartamentos, 8% a Pousadas, 2% a rista no hotel obteve um aumento de 8% face Aldeamentos Turísticos e 5% a Outros. a 2016, fixando-se nos 129 euros. Na análise por destinos turísticos, Lisboa foi novamente LISBOA E GRANDE PORTO C o destino que mais cresceu, com mais 24% OM MAIOR TAXA DE OCUPAÇÃO face a outubro de 2016, seguido dos Açores EM OUTUBRO 2017 com mais 22% e de Leiria/Fátima/Templários Em outubro de 2017, a taxa de ocupação com mais 18%. quarto em Portugal cresceu 2,1 p.p., em A estada média fixou-se nos 1,95 dias, comparação com o mesmo mês menos 1% do que em igual período em 2016, atingindo os 79%. do ano anterior. Madeira (5,40 “A Hotelaria Por destinos turísticos, cabe dias), Açores (3,22 dias) e a Lisboa (92%), ao Porto Algarve (2,86 dias) foram nacional prevê que (87%) e à Madeira (84%) a os destinos turísticos que 2018 tenha uma melhor maior taxa de ocupação. tiveram os valores mais performance em todos De registar na Madeira o elevados. De salientar que decréscimo, em variação, a Madeira e o Algarve regisos indicadores, excede 4,4 p.p. neste indicador taram uma queda homóloga tuando a estada resultado também dos ventos de 10% e 3%, respetivamenmédia’’ que condicionaram a operação te, em variação, neste indicador.


Hotel do Mês

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CORPO SANTO LISBON HISTORICAL HOTEL

História e ‘‘mimos’’ no coração N

o número 25 do Largo do Corpo Santo, bem junto ao Cais do Sodré, em Lisboa, erguese, desde setembro passado, o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel. Uma unidade hoteleira com classificação de cinco estrelas, que promete fazer a diferença, quer pelos pormenores, quer pelos ‘‘mimos’’ com que presenteia os clientes. Estávamos em 2005 quando os proprietários, a família Manji, cuja atividade profissional vem da indústria farmacêutica, decidiu comprar o primeiro dos três edifícios que compõem agora o hotel. Já nessa época e através das plantas existentes ficaram a saber da existência de uma parte da muralha Fernandina. Entre 2010, ano em que a família adquiriu os três edifícios, e 2012, uma equipa de cinco arqueólogos deu início a escavações, que terminariam em 2015.

NÚCLEO MUSEOLÓGICO Escavações que colocaram a descoberto mais de 400 peças de ‘‘relevante valor’’, como explica à Viajar, o diretor-geral do Corpo Santo Lisbon Historical Hotel, Pedro Pinto, e que a partir do próximo mês de março estarão em exposição na unidade. Trata-se de peças recolhidas durante a reconstrução do edifício, tais como um conjunto de cerâmica dos séc. XV e XVI, cachimbos de produção inglesa e 32 metros de muralha Fernandina. ‘‘A ideia é que de três em três meses possamos ir alterando as peças expostas’’, explica o mesmo responsável, relembrando que no piso -1, nas salas Fernandina e do Palácio é possível vivenciar com parte da muralha Fernandina’’. O mesmo local, onde realizam eventos e reuniões. Durante séculos o Largo do Corpo Santo, onde está inserido o hotel, foi um logradouro de pescadores e estaleiro naval. O seu nome deve-se à presença da antiga ermida de Nossa Senhora da Graça, construída no século XV, que guardava uma imagem de S. Pedro Gonçalves, ou ‘‘Corpo Santo’’, tida por milagrosa e venerada pelos pescadores.

OS QUARTOS E foi também a partir das peças descobertas durante a reconstrução do hotel e que remetem para a história quer de Lisboa, quer de Portugal, que toda a decoração, a cargo da dupla Branco sobre Branco, se baseou. Ao todo são 79, o número de quartos, sete dos quais são suites. E em cada um dos cinco pisos existentes somos levados numa viagem pela história da expansão portuguesa no mundo. Assim encontramos um piso dedicado ao Norte de África, outro à África Central, Ásia,

Brasil e Lisboa. E se dúvidas houvesse em que piso nos encontramos, todos são decorados com papel de parede com padrões que nos transportam até cada um destes destinos, assim como o cheiro que paira no ar, com aroma do café, canela, entre outros. Em breve e segundo nos avançou o diretor geral serão colocados em cada piso ‘‘frutos secos e frutas que se encontram nessas regiões do mundo’’. Mas voltemos aos quartos, com uma decoração sóbria, refletem ‘‘o bem-estar lisboeta, a serenidade e a paz, através de tons de castanho e bege, de uma luminosidade clara e de uns toques tradicionais com os incontornáveis azulejos lisboetas’’. No piso em que pernoitámos, cujo tema era Lisboa, a suite comunicante, apropriada para famílias, contém ainda um cofre, que transitou do antigo Banco que ali existia. Nas paredes, alguns azulejos originais dão um toque único. As casas de banho têm cromoterapia, um tratamento que através da alternância de cores, estabelece o equilíbrio e a harmonia entre o corpo, a mente e as emoções. O vermelho estimula, o azul suaviza, o amarelo causa alegria e o verde é relaxante; cada um pode escolher o seu estado de espírito. Cada quarto e suite dispõe ainda de um menu de almofadas, minibar, máquina de café

Nespresso, Televisão Ultra HD, Wi-Fi, colunas bluetooth e um cofre digital com luz interior. A equipa do gabinete de arquitetura Nuno Leónidas, responsável pelo projeto exterior, procurou manter-se fiel à estrutura e fachada original do edifício. Cada aspeto da sua localização e meio ambiente, desde os artefactos encontrados durante a construção do hotel aos nomes simbólicos da zona e a sua proximidade do rio Tejo, foi aproveitado. No interior, o resultado é uma atmosfera quente e minimalista, moderna, mas com toques do passado e um mural pintado à mão na entrada do hotel, que faz alusão à história da cidade e a sua ligação ao rio.

RESTAURANTE PORTER Está aberto desde as 7h00 até às 01h30. Tem 62 lugares e um menu bastante apelativo, a cargo do Chef Artur Roldão, que a partir de fevereiro terá algumas alterações. Chamase Porter e tem origem num tipo de cerveja inglesa que era produzida no Largo do Corpo Santo no século XVIII. Aqui os clientes externos são também convidados a entrar e têm à disposição um menu completo por 17,50€, que todos os dias vai variando. Despretensioso, o Porter é, sobretudo, um espaço gastronómico de qualidade e descon-


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Hotel do Mês

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de Lisboa

“A partir de fevereiro teremos uma parceria com a Sushic”

traído, onde mesmo que não queira começa logo com um sorriso com as sugestões. ‘‘Só para aquecer’’, é assim que as entradas são apresentadas. Nós experimentámos os croquetes de presunto, mas o Polvo à Galega, o Creme de sardinha da nossa Costa ou o Presunto Ibérico de bolota e pão com tomate também são opção. ‘‘Nada como começar bem’’ é a próxima sugestão, o Gaspacho de morango com salada de morango, basílico e croutons de pão, a Salada César de lavagante são apenas alguns dos pratos. ‘‘Com estes fico bem’’ lê-se no menu, e nós comprovámos. A nossa opção recaiu no Bacalhau corado, com xerém de sames de bacalhau e chouriço e o Lombo de novilho, com foie gras, molho de vinho Madeira e trufa e puré de batata. Nada a apontar! E ‘‘Se tiver coragem para mais qualquer coisa’’, e nós tivemos, experimente a Tarte de maçã com gelado de baunilha ou o Bolo cremoso de chocolate com gelado de morango. Mas há mais. É no Porter que também se servem os pequenos almoços, todos os dias da semana entre as 07h00 e as 11h00 e aos fins de semana entre as 07h00 e as 12h00. ‘‘Também aqui

quisemos primar pela diferença e ir ao encontro dos desejos dos clientes. Não há nada mais aborrecido que é querermos tomar o pequeno almoço tarde e já não irmos a tempo, porque simplesmente recolhem o buffet’’, diz-nos Pedro Pinto, revelando que neste momento a parte da restauração representa ‘‘cerca de 25% da faturação’’.

AS NOVIDADES Mas 2018 será um ano de novidades para o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel, como avança o diretor geral. “A partir de fevereiro teremos uma parceria com a Sushic para servirmos aqui nesta parte do bar, que também vai sofrer algumas alterações. E a partir de abril vamos abrir uma gelataria, na parte exterior do hotel, mas onde os hóspedes terão um cartão que lhes permite comerem os gelados que quiserem, as vezes que quiserem’’, garante o mesmo responsável, reforçando: ‘‘Mais uma vez queremos primar pela diferença, queremos que sejam nos pormenores que nos destacamos e que os clientes nos recordem por estas pequenas experiências’’. Aliás, este não é o único ‘‘mimo’’ que o hotel

disponibiliza gratuitamente aos seus hóspedes. Na receção existe uma mesa sempre com águas, gomas, frutos secos, entre outras ofertas que vão variando. Destaque ainda para a hora do cocktail, ao final da tarde, que diariamente vai alterando e onde os clientes podem ainda degustar queijos, risotos, entre outros. E ainda, uma máquina de fazer pipocas, em que o cliente pega no seu saco de papel e serve-se. E porque é na diferença que o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel quer marcar pontos, Pedro Pinto revela que a partir do mês de abril abrirão um Body Care, com duas salas de massagens e tratamentos. ‘‘Queremos poder oferecer aos nossos clientes um voucher com a oferta de uma massagem, por exemplo, dependendo da tipologia de quarto que escolher’’. “Uma das ofertas que habitualmente damos aos nossos hóspedes corporate, é por exemplo, a possibilidade de terem uma camisa engomada e os sapatos engraxados. Todos ficam agradavelmente surpreendidos”, diz-nos.

TAXAS DE OCUPAÇÃO Apesar de terem aberto apenas em setembro, a unidade hoteleira tem registado taxas de ‘‘ocupação média que rondam os 67%’’, como nos garantiu Pedro Pinto, que para 2018 espera chegar ‘‘aos 80% de ocupação’’. Quanto aos mercados que mais os têm procurado são o Brasil, EUA e França. ‘‘O mercado brasileiro vem com as famílias e curiosamente, quando pensámos nas nossas suites comunicantes foi no sentido de os pais trazerem os filhos, mas o que tem acontecido é que são os filhos da nossa geração que trazem os pais’’, exemplifica. Quanto ao preço médio de um quarto standard que ronda os 172€, Pedro Pinto explica que “em 2018 esperamos que esse valor possa rondar os 180€ preço médio anual”. Para este novo ano, a família Manji não esconde a vontade de adquirir novos hotéis em Lisboa, que poderão não ser com classificação de cinco estrelas, mas cujo serviço ‘‘de certo o será’’, diz Pedro Pinto.


Agências & Operadores

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Ávoris Reiventing Travel Portugal quer

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stão há três anos em Portugal e prometem continuar nos próximos, até porque a ideia é ‘‘conquistar quota de mercado’’. Em 2017 cresceram cerca de 30% e acreditam que em 2018 esse crescimento poderá chegar ‘‘entre os 40 e os 45%, tendo em conta o aumento de oferta planeado’’. Quem o garante é Diamantino Pereira, diretor do Grupo Ávoris Reiventing Travel Portugal (exBarceló), que há quase um ano está à frente da empresa. Em conversa com a Viajar, aquele responsável admite haver um plano estratégico para o mercado português, nomeadamente com o lançamento de mais produto, como ‘‘os charters para as Baleares e Canárias, a Costa Rica, os autocarros Special Tours, e o lançamento da Catai TravelPricer, uma plataforma de reservas e orçamentação de grandes viagens. Portanto, com tudo isso acreditamos que só por si vamos aumentar as vendas”. Nos planos da Ávoris Reiventing Travel Portugal está ainda a mudança de instalações no mês de fevereiro ou março, que segundo Diamantino Pereira, vai permitir a contratação de mais funcionários (atualmente são 12, mas poderão chegar aos 20) e uma ‘‘maior assistência aos agentes de viagens e às 1500 agências de viagens existentes em Portugal’’.

Diamantino Pereira acredita que a oferta para as Caraíbas ‘‘é suficiente, agora o que procurámos foi diversificar e não ficarmos só agarrados a este destino, por isso decidimos lançar, pela primeira vez em Portugal um voo Lisboa/Costa Rica e introduzimos também os voos para as Baleares e Canárias e também os voos regulares com a TAP para o Brasil, Cabo Verde, Madeira e Açores’’.

OPERAÇÃO CHARTER

SOZINHOS PARA AS BALEARES

À semelhança do que aconteceu em 2017, E CANÁRIAS este ano a Ávoris Reiventing Travel Portugal Novidade ainda é o facto deste ano voarem terá 7 aviões para as Caraíbas (3 para Punta sozinhos para as Baleares, ao contrário do Cana, 2 para Cancun, 1 para a Jamaica e 1 que se passou em 2017, em que partilhapara Varadero). ram a operação com a Soltour: ‘‘As nossas “As Caraíbas continuam a ter uma procura relações com a Soltour são excelentes, há incrível, os portugueses não se cansam anos que temos parcerias com este operado destino, porque de facto o serviço que dor e vamos compartilhar o avião com eles oferecemos é bom, são destinos seguros, a nos voos das Caraíbas. Para as Balneares qualidade hoteleira é extraordinária, e Canárias não o fazemos, porque as grandes cadeias espanholas temos necessidade de crescer com as quais temos uma ree temos capacidade para “Charters para lação privilegiada prestam isso. Há muita procura as Baleares e Canárias, um bom serviço e os e o espaço que nós típortugueses têm uma nhamos da Soltour não a Costa Rica, os autocarros apetência extraordinos permitia crescer. Special Tours, e o lançamento nária pelo regime do E se há coisa que não da Catai TravelPricer, uma platudo incluído e nós nos falta na Ávoris é taforma de reservas temos esses pacotes’’, audácia e decidimos explica o mesmo resficar só com o avião’’, e orçamentação de grandes ponsável, acrescentando explica. viagens são as que nos meses de ‘‘junho Assim, em 2018, ‘‘vamos novidades’’ a setembro a procura recai ter para as Baleares e por parte da típica família porCanárias, 10 voos semanais, tuguesa, um casal com um ou mais enquanto em 2017 só tínhamos Bafilhos, mas depois durantes os restantes leares e o avião era compartido. Os aviões meses são muito mais individuais e casais”. serão na companhia do grupo a Evelop e

terão 187 lugares’’, disse ainda o mesmo responsável.

APOSTA NA COSTA RICA ‘‘Na operação da Costa Rica, com saída de Lisboa, entre 4 de maio e 14 de julho, voamos sozinhos, em avião da Orbest com capacidade para 388 lugares’’, sublinha Diamantino Pereira, alertando que é preciso ‘‘criar novos produtos em Portugal de larga distância e depois de terem sido colocados alguns destinos em cima da mesa, optámos pela Costa Rica, até porque o ano passado voaram 2500 portugueses em voos regulares, portanto as possibilidades de sucesso são muito grandes’’. O diretor da Ávoris Reiveinting Travel para Portugal sublinha que a Costa Rica ‘‘é um país pequeno em termos físicos, mas com uma oferta turística incrível. Não é um destino de praia como as Caraíbas, é o destino de facto para quem queira ter novas experiências, viver numa reserva natural, quem queira ver uma fauna e uma flora que já pouco se encontra’’.

NOVOS AVIÕES E já que falamos em aviões o Grupo Ávoris Reiveinting Travel terá este ano seis aviões na sua companhia Orbest: ‘‘Encomendámos dois aviões, um Airbus 330 neo e adquirimos um A330 à AirBelin que está completamente novo, com 14 executivas, 38 premium e o resto em económica. São dois aviões que vão fazer parte da nossa frota já a partir de janeiro e isso permite-nos alargar as operações. O ano passado o mercado teve muitos problemas com os aviões, nomeadamente avarias e substituições, o mercado sofreu


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Agências & Operadores

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crescer entre 40 e 45% em 2018

muito com os atrasos. O nosso grande argumento para 2018 é de facto termos 6 aviões, que nos permitem fazer backups em caso de avaria ou algum imprevisto.”

SPECIAL TOURS A PARTIR DE ABRIL EM PORTUGAL Pela primeira vez será lançado em Portugal o Special Tours, considerado na Europa entre os quatro primeiros operadores turísticos em autocarro. A partir de abril começa a operar no mercado português e terá 25 itinerários totalmente diferentes e selecionados de acordo com as apetências dos portugueses, com um guia em português e partidas garantidas, confirma Diamantino Pereira, acrescentando que “o Special Tours tem todas as condições para ser um sucesso em Portugal”.

HALCON PASSA A B THE TRAVEL BRAND O ano de 2017 foi também de algumas aquisições por parte do Grupo, entre elas as 60 lojas Halcon (35 das quais franchisadas) e que segundo Diamantino Pereira, no decorrer de 2018 serão integradas na B The Travel Brand, incluindo as franchisadas: ‘‘Este é um processo que não vai ser feito de um dia para o outro, vai ter o seu período de maturação. Nós na Ávoris temos muito respeito e não mudámos, nem vamos mudar absolutamente nada acerca da maneira como a Halcon trabalha, incluindo a direção, por quem nutrimos uma grande confiança. Durante o decorrer de 2018 proceder-se-á a essa transformação, há todo um trabalho a ser feito, uma migração de sistemas,

adaptação de pessoal e em janeiro vamos começar as ações de formação.”

PLATAFORMAS

Amadeus, na hora consegue nos dar a disponibilidade de voos e respetiva tarifa para um determinado destino, e o sistema dá-lhe uma informação concisa, com o preço do pacote. A reserva pode ficar em standby 72 horas”, remata.

Outra das apostas da Ávoris Reiveinting Travel Portugal é a contratação hoteleira no País. Diamantino Pereira explica: ‘‘Temos FORMAÇÃO JÁ A PARTIR uma plataforma b2b que se chama Jotelclick DE 23 DE JANEIRO e temos uma plataforma também b2b de paFormação é uma das áreas com que o direcotes (avião e hotel) que se chama Jolidey. tor da Ávoris Reiveinting Travel para Portugal Temos contratação própria noutras áreas mais se preocupa, até porque, segundo o da Europa e não só, mas aqui em Portugal mesmo, hoje em dia, o cliente tem inúmeras não tínhamos e nas plataformas é uma plataformas onde buscar e informação e regra básica termos muito produto próprio. reservar as suas próprias viagens. Então contratamos o Diogo Santos, que é “Queremos proporcionar formação graum excelente técnico com provas dadas no tuitamente a todos os colegas, estamos a mercado de contratação, e que será o nosso elaborar um programa de webinar, porque contractor manager para Portugal. Portanto, queremos chegar a todas as agências de vamos ter uma oferta muito grande, nomeaviagens em todos os locais do País. Não é damente no Algarve.” preciso equipamento especial, qualquer PC Não menos importante é a plataforma Catai é suficiente, vamos fazê-lo de uma maneira TravelPricer, de orçamentação e de reserva. profissional quer do ponto de vista técnico, “Hoje em dia as agências de viagens têm quer de conteúdo e acreditamos que os muita dificuldade em fornecer orçamentos agentes de viagens vão gostar. A duração de grandes viagens em pouco tempo e será 30 a 40 minutos, a partir de 23 de chegam a demorar 3 a 5 dias, com esta janeiro. Vamos dar informação muito útil plataforma demoram 10 minutos, o que que lhes vai ajudar a vender. Nós permite ao agente de viagens estamos ao lado das agências cativar o cliente’’, diz Diamantino de viagens e queremos Pereira, garantido que esta Formação apoiá-las. E também vamos é ‘‘uma ferramenta muito é uma das áreas fazer formações físicas friendly e fácil de seguir os com que o diretor em hotéis em grandes passos, conseguindo dar da Ávoris Reiveinting cidades, principalmente um orçamento em poucos em quatro produtos: Catai minutos de várias categorias Travel Portugal mais TravelPricer, Costa Rica, de serviço’’. se preocupa Caraíbas e Special Tours”, Quanto às reservas, “o sistema remata. que está ligado ao GDS no


Agências & Operadores

Geostar anuncia

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A Turquia também vai ser um destino a retomar pela Geostar e, segundo Luís Albuquerque, apresenta preços bem apetecíveis.’

1ª Peregrinação à Terra Santa para pessoas com mobilidade reduzida

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srael, Itália, Europa Central, Grécia e Turquia são as grandes apostas da Geostar no que concerne ao Turismo Religioso e Cultural para 2018, segundo avançou Luís Albuquerque, o gestor responsável por aquele departamento, à margem do almoço anual de Natal do operador, que reuniu cerca de 100 convidados, em Lisboa. O responsável revelou ainda que no próximo ano será lançada a primeira peregrinação à Terra Santa para pessoas com mobilidade reduzida, embora ainda não haja datas marcadas. Novidade também, mas desta vez anunciada pelo administrador da Geostar, Gonçalo Salgado, é o facto de a empresa mudar de instalações no início de 2018, para perto do Centro Cultural de Belém. ‘‘Um local diferente a que não estamos habituados, mas que aprenderemos a viver neste novo local de trabalho’’, disse. Para já e enquanto não se mudam, o responsável presenteou os convidados, entre eles o Núncio Apostólico em Portugal D. Rino Passigato, D. Teodoro de Faria, bispo emérito do Funchal, a Embaixadora da Columbia, Carmenza Jaramillo, Zeynep Kaleli Cruz Neves e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, com o tradicional pastel de Belém, dando ênfase ao cartaz exposto na sala onde se realizou o evento ‘‘Belém'18 - Uma viagem com experiências deliciosas’’.

BALANÇO DE 2017 Luís Albuquerque fez ainda um balanço do Turismo Religioso e Cultural na Geostar - marca comercial da empresa RASO Viagens e Turismo, SA e participada a 100% pela SpringWater Capital: “Trabalhamos com

o ano pastoral que vai de setembro a setembro. Viana, Praga e Budapeste, capitais bálticas, mas também a Rússia foram os destinos mais fortes em 2017. Os clássicos destinos de Terra Santa e Itália foram aparecendo, mas não foram o enfoque”. Segundo o mesmo responsável as viagens de autocarro têm reduzido, dando lugar a maior procura de viagens de avião, com boas perspetivas para 2018. ‘‘A nível do nosso leque de clientes tivemos um crescimento de 2 ou 3% face ao ano anterior. Mas tivemos um crescimento, isso sim, ao nível do preço de venda e do número de participantes. Se em média em 2016 tivemos mais ou menos 34 a 35 pessoas por grupo, este ano chegámos às 38 ou 39 pessoas por grupo. O mesmo se passou em termos do preço médio de venda que em 2016, mais ou menos andou nos 1.110 euros, e este ano já rondou os 1.200 euros. Ou seja, este acréscimo potenciou um crescimento e ultrapassámos os objetivos propostos não em número de viagens, mas em número de pessoas e em número médio de vendas’’, explicou Luís Albuquerque.

PERSPETIVAS PARA 2018 ‘‘Para 2018 temos já vários grupos para Israel’’, disse ainda o mesmo responsável, garantindo que até agora a atual questão político-religiosa que se instalou no país não provocou nenhuma desistência até ao momento. A Turquia também vai ser um destino a retomar pela Geostar e segundo Luís Albuquerque apresenta preços bem apetecíveis. Os destinos asiáticos, que já em 2016 e 2017 começaram a ser procurados vão manter-se, como a Tailândia ou a Índia.


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Regiões

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Plataforma Portuguese Trails reúne oferta nacional de Cycling e Walking

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Algarve é o destino escolhido para o arranque do projeto-piloto que o Turismo de Portugal lança dedicado à oferta nacional de Cycling e Walking e que estará congregado numa única plataforma: Portuguese Trails. com. O Centro do País é o próximo a juntar-se a este projeto, conforme avançou Filipe Silva, do Turismo de Portugal, durante a apresentação à Comunicação Social, em São Bartolomeu de Messines, revelando que no primeiro trimestre de 2018 serão acrescentadas as outras regiões de Portugal. Segundo a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o arranque do projeto no Algarve vem na linha de ‘‘combater e atenuar a sazonalidade e mostrar um outro Algarve diferente do tradicional sol e praia a PERCORRER A VIA ALGARVIANA que muitas vezes está associado. Temos aqui A revista Viajar aceitou o desafio de percorrer três rotas no Algarve e o que fizemos foi traalguns quilómetros da Via Algarviana. Conbalhar com os operadores locais, estruturar o nosco partiu Anabela Santos, da Associação produto e associar também a uma plataforma Almargem e outras empresas que fazem digital, o Portuguese Trails e que junta todos parte deste Portugal Trails. A meteorologia os recursos que existem sobre os trilhos, a não estava de feição, e a chuva insistia em georreferenciação dos trilhos, as ofertas de cair. Nada, porém, que nos fizesse desistir da alojamento e de experiências associadas a paisagem que se deslumbrava à nossa frente, estas rotas’’. com a enorme Barragem do Funcho em pano Disponível em cinco idiomas, esta plataforma de fundo. é uma das ações do projeto Portuguese Nós fizemos cerca de 3,5 km do Trails que o Turismo de Portugal setor 9 da Via Algarviana, que está a desenvolver em parceria “No primeiro começa em São Bartolomeu com as sete regiões turísticas trimestre de 2018 do país e com as comunidades de Messines e acaba em Silserão acrescentadas intermunicipais, associações ves. Um setor que conta com e empresas turísticas, numa cerca de 28 quilómetros de as outras regiões de atuação concertada entre terra batida no total. Sempre Portugal’’ entidades públicas e privadas. junto às águas do Rio Arade Na plataforma podemos encontrar que percorrem a Barragem do mais de 140 percursos para bicicleta Funcho fomos vislumbrando as antie passeios a pé, 111 empresas designadas gas ruínas das casas que ali existiam e que bike & walk friendly e cerca de 60 programas ficaram submersas com a água da barragem, dirigidos aos turistas nacionais e internaciomas também os medronheiros, os sobreiros, nais. as plantas aromáticas como o rosmaninho, Desidério Silva, presidente da Região de os pinheiros e a esteva tão característica da Turismo do Algarve, mostrou-se satisfeito serra. Flora que mostra bem a transição entre com o lançamento deste projeto, reforçando que esta é uma das soluções para quebrar a sazonalidade, principalmente de ‘‘outubro a maio quando a procura é menor. Este projeto, juntamente com o 365 Algarve e outras ofertas vem assim atenuar esta quebra”. Ana Mendes Godinho esclareceu ainda que este ‘‘nicho de mercado do Cyclyng & Walking tem estado a ser trabalhado com presença em feiras internacionais, onde este produto tem muita procura, nomeadamente na Holanda, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, mas também EUA e Canadá’’.

o barrocal e a serra como nos alertou Anabela Santos. Questionada sobre o perfil das pessoas que os procuram para fazer este percurso, a mesma responsável explica: ‘‘Maioritariamente são pessoas com mais de 40 anos, com preparação física, porque a Via Algarviana não é um percurso fácil para toda a gente. São mais estrangeiros do que portugueses, maioritariamente holandeses que procuram as suas férias ativas, mas também temos franceses e belgas. E depois temos pessoas que vêm fazer o percurso completo - 300 km, durante 14 dias, desde Alcoutim até ao Cabo de São Vicente - e aí têm de ter uma boa preparação porque o percurso é sempre pela serra, passamos pela Serra do Caldeirão, Serra de Monchique e Serra do Espinhaço de Cão.” Anabela Santos explica que para além dos 14 setores da Via Algarviana, têm também 12 rotas circulares, mais pequenas: “Quem faz estes percursos não o faz só para caminhar, ou seja, no final as pessoas gostam de uma boa refeição, de um bom alojamento. Quem vem também quer conhecer a nossa gastronomia que é bastante rica e se atravessar o Algarve consegue ver essa diversidade”.


Dossier Transportes

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Boris Darceaux, diretor-geral da Air France-KLM para a Península Ibérica

Grupo quer crescer em Portugal e oferecer

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oi nomeado recentemente diretor-geral da Air FranceKLM para a Península Ibérica, chama-se Boris Darceaux e esteve em Lisboa para falar da estratégia do grupo para Portugal. O aumento de frequências, a entrada no mercado da companhia Joon e a premiada companhia low cost Transavia foram alguns dos temas desta entrevista à Viajar. VIAJAR - Qual é a estratégia do grupo para Portugal para os próximos anos? Boris Darceaux – A estratégia do grupo Air France-KLM para Portugal é crescer e oferecer aos portugueses e a quem queira vir para Portugal a maior flexibilidade e qualidade possíveis. Como vamos fazê-lo? Primeiro aumentamos o footprint da Air France-KLM no mercado. Isto significa para a Air France o lançamento da Joon tanto a partir de Lisboa como do Porto, de uma nova experiência de viagem e também mais capacidade, mais assentos. A partir de Lisboa para Paris-Charles de Gaulle aumentou 12% este verão de 2017 e mantivemos o voo do Porto para Paris em três frequências semanais no inverno. Temos 28 frequências de Lisboa para Charles de Gaulle. Para a KLM a estratégia é a mesma. Crescer e oferecer mais capacidade. A KLM abriu o voo do Porto para Amesterdão no último verão e vamos mantê-lo este inverno. A partir de abril, vamos ter dois voos diários do Porto para Amesterdão, aumentando massivamente a conectividade do Porto com o resto do mundo a partir de Schiphol. Se falarmos do grupo no geral, também temos um aumento da capacidade com a Transavia, que abriu uma nova rota para Faro este inverno de 2017, como forma de aprofundamento da presença em diferentes aeroportos dentro de Portugal. Se falarmos da oferta geral que poderemos ter, gostaria de mencionar, embora não sejam parte do grupo, mas representamo-los especialmente a organização de vendas em Portugal, é o forte aumento da Delta de Portugal para os EUA. Abriu um voo de Lisboa para Nova Iorque este verão de 2017 e no próximo verão vamos manter o voo de Lisboa para Nova Iorque, mas vamos abrir novos voos Lisboa-Atlanta (o maior hub do mundo). A partir de Atlanta é possível alcançar facilmente qualquer destino nos EUA, mas também na América do Norte. A Delta vai abrir ainda um voo dos Açores para Nova Iorque no próximo inverno. Como pode ver a estratégia de crescimento em termos de destinos, mas também em termos de assentos em destinos em que já estamos como Lisboa. Essa é a estratégia do grupo. Qual é o papel da nova companhia da Air

France, a Joon, em Portugal? BD – É uma companhia irmã da Air France e costumamos dizer que a Joon é um novo sabor da Air France no mercado português. É para os Millennials? BD – Sim e não. Sim, é para os Millennials, mas não apenas. É uma nova experiência de viagem para todos. A Joon oferece a possibilidade de viajar de Lisboa e Porto para Charles de Gaulle, mas também para o resto do mundo. A Joon é parte da Air France, por isso não reserva um bilhete da Joon, reserva um bilhete da Air France. Ao reservar um bilhete tem acesso a todo o serviço da Air France, tanto em termos de milhas, como nas prioridades, acesso ao lounge. Se estiver em transfer beneficia de todos os serviços no Charles de Gaulle para ir para qualquer

destino, mas no avião terá uma experiência diferente. A Joon tem mais o espírito de startup, muito inovadora, vanguardista, um pouco disruptiva. A Joon tem uma tripulação que tem uma farda diferente, mais moderna, e também tem o tipo de produtos que não encontramos habitualmente num avião, como produtos orgânicos, produtos que são um pouco vanguardistas, também oferece a possibilidade de ter free streaming em Business Class, mas também em económica. Portanto, a experiência de viagem vai ser diferente, mas também mantém o básico da Air France em termos de serviço. Mantém a experiência geral da Air France, mas com uma nova experiência a bordo. Vão ter mais frequências ou rotas? BD – Com a Joon aumentámos a capacidade


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maior flexibilidade e qualidade de Lisboa para o Charles de Gaulle, mantemos as 28 frequências, mas os aviões são maiores. Qual é o avião que vai operar? BD – É um Airbus 320. Os quatro voos diários serão operados por estes aviões. Mais assentos e uma oferta mais competitiva em termos de preços nesta área. Para o Porto foi aberto no último verão e graças à Joon conseguimos manter o Porto neste inverno. Acreditamos que graças à Joon podemos manter a oferta por termos aviões maiores em alguns destinos ou crescer por regressar a mercados que tenhamos deixado no passado. E apenas em Lisboa e no Porto ou também Faro? BD – Para Portugal, vamos manter de momento Lisboa e Porto como destinos Air France operados pela Joon. Faro já está no mapa do grupo Air France-KLM com a Transavia e não temos planos hoje de abrir novos destinos. Como correu o início das operações da Joon? BD – Muito bem. Para nós foi claramente uma excitação ver esta companhia a entrar finalmente no mercado, também de orgulho por fazermos parte desta nova aventura. Quanto aos clientes que estavam a bordo, o primeiro feedback que tivemos quando saíram do avião vindos de Paris foi muito bom. Foram bastante entusiásticos com a experiência e pensamos que o mais importante é proporcionar aos nossos clientes uma experiência de que gostem porque se o fizermos eles regressam. Este inverno, a Air France-KLM aumentou a capacidade em 37% em termos de Available Seats Kilometres de e para Portugal. Este crescimento tem a ver com a passagem da Joon? BD – Aumentámos em mais de 30%, porque temos o aumento da capacidade da Air France em Lisboa (20%), o novo voo do Porto, a KLM com um voo diário e a Air France com 3 voos por semana, tudo isto fez com que aumentássemos a capacidade. E no próximo verão? BD – Não tenho os números exatos, mas vamos continuar a crescer, principalmente porque a KLM vai ter um voo diário duplo do Porto para Amesterdão, pelo que vamos aumentar a capacidade em 100%. São boas notícias e muito importantes para o mercado do Porto. Com dois voos diários, as pessoas do Norte de Portugal vão ter um muito bom acesso ao hub de Schiphol, com um hub tremendo que oferece muitos destinos em todo o mundo. O aeroporto de Lisboa tem pouco espaço para crescer. A cidade devia ter outro aeroporto ou serve bem as vossas operações?

BD – Hoje operamos quatro voos diários de Lisboa para Charles de Gaulle, dois voos diários de Lisboa para Amesterdão e não temos problemas. O que avaliamos quando estamos num aeroporto é principalmente se conseguimos receber os nossos passageiros em muito boas condições. Depois os custos razoáveis praticados pelo aeroporto e em terceiro que o aeroporto tenha capacidade para crescer. Hoje, no aeroporto de Lisboa não temos problemas. A Transavia foi novamente considerada a melhor low cost em Portugal. O que tem a dizer sobre isto? BD – Obrigado, obrigado àqueles que elegeram a Transavia como a melhor low cost em Portugal. É o reconhecimento de todo o trabalho feito pelo grupo Air France-KLM na Transavia para França e Transavia para os Países Baixos e também o reconhecimento que o modelo que oferecemos, que é um low cost de qualidade, também tem valor para o mercado e é reco-

nhecido como algo que é importante. Estamos muito orgulhosos e esperamos conseguir manter este troféu no próximo ano. E terão mais novidades em relação à Transavia em Portugal? BD – Este inverno operamos novos destinos para França, Faro-Aulnaut. Não tenho os planos para o verão da Transavia, mas é possível que cresça. No total de empresas do grupo Air FranceKLM, quantos passageiros transportaram em 2017? BD – Na Air France-KLM, excluindo a Transavia, esperamos ter transportado mais 800 mil passageiros, o que representa um crescimento de 20% face ao ano anterior, e um sucesso também da nossa estratégia de crescer no mercado português, porque crescemos pelo mesmo número de assentos que fornecemos ao mercado. Foi um ano de grande sucesso. Ocupou recentemente este cargo. O que espera do mercado Ibérico e de Portugal em particular? BD – Mais clientes. Queremos aumentar o nosso footprint. Claramente o que quero é o mesmo que o meu antecessor queria que é tornar o grupo um sucesso. Há muitas diferenças entre os dois mercados? BD – Sim, claramente no tipo de oferta. Mas mesmo dentro do mesmo mercado há diferenças. Se comparar a situação em Madrid e Barcelona não é exatamente a mesma, o mesmo acontece no Porto e Lisboa. Há diferenças dependendo da nossa oferta, mas também da oferta da concorrência e o que espero são anos de sucesso e também tornar a Joon num sucesso em Portugal nos dois aeroportos operados pela Air France através da Joon e que a história da KLM no Porto seja um sucesso.

Joon anuncia sete novos destinos A nova companhia da Air France, Joon, que a 1 de dezembro, aterrou no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, proveniente de Paris Charles de Gaulle, anunciou sete novos destinos de médio e longo-curso. Com partida de Paris Charles de Gaulle, os novos destinos começam a ser operados no início da primavera (a partir de 25 de março e 1 e 2 de abril de 2018, nos últimos dois casos para Cidade do Cabo e Teerão, respetivamente). Assim no médio-curso voa para Roma (49 voos/semana; de Lisboa desde 73€ por trajeto); Nápoles (14 voos; 83€ por trajeto); Oslo (18 voos; 74€ por trajeto) e Istambul (7 voos; 91€ por trajeto). No longo-curso, Cairo (7 voos/semana; 344€ por trajeto), Cidade do Cabo (3 voos; 657€ por trajeto) e Teerão (3 voos; 296€ por trajeto). Nos voos europeus com partida de Paris-CDG, a Joon vai operar os seus destinos de médio-curso com aeronaves Airbus A320 (174 lugares) e A321 (212 lugares) e com Airbus A340 no longo-curso. No total, a Joon arranca com 13 destinos e 228 voos por semana com partida de Paris-CDG no verão 2018: Barcelona, Berlim, Istambul, Lisboa, Nápoles, Oslo, Porto e Roma na sua rede de médio-curso, bem como Fortaleza, Cairo, Cidade do Cabo, Mahé e Teerão na sua rede longo-curso.


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TAP com novas rotas e novos aviões em 2018 N

ovas rotas e a chegada de novos aviões são as novidades para 2018 que Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, anunciou em meados de dezembro, durante o habitual almoço de Natal com a Imprensa. Depois de um ano, que segundo o mesmo responsável foi de enorme sucesso, com a companhia a transportar 14 milhões de passageiros, com um crescimento de 20% no número de passageiros e um aumento de oferta de 8%, vão surgir novas rotas como Lisboa-Florença (Itália) já a partir de 10 de junho, cinco vezes por semana. Florença será o quinto destino da companhia em Itália, juntando-se a Roma, Bolonha, Milão e Veneza. Uma aposta da TAP no reforço do mercado italiano, não apenas no tráfego ponto-a-ponto, mas também como gerador de tráfego para outros destinos da rede TAP, utilizando Lisboa como hub preferencial. A operação entre Lisboa e Florença terá dois horários distintos. Às terças, quartas, sextas, sábados e domingos, a partida de Lisboa é às 07h05 e chegada a Florença às 10h50. No sentido inverso, a saída de Florença é às 11h35 com chegada a Lisboa às 13h35. Às segundas, quintas, sextas, sábados e domingos existirá também o voo com saída de Lisboa às 15h50 e chegada a Florença às 19h35. No sentido inverso, partida de

mais quatro voos semanais para S. Paulo e mais um para Brasília, Belo Horizonte e Toronto, no Canadá. “Este é o nosso presente de Natal para a população do Porto”, sublinhou Fernando Pinto, acrescentando que outras rotas virão à partida da Invicta.

NOVO A330-900 NEO CHEGA NO 2.º SEMESTRE DE 2018 Florença às 20h20 e chegada a Lisboa às 22h20. E ainda para Nouakchott, capital da Mauritânia, estando esta operação ainda dependente de autorizações governamentais. Mas há mais, a partir de 25 de março, à partida do Porto haverá voos bidiários para Barcelona [às 06h30 (TP1030) e às 19h35 (TP1031)] e Milão [do Porto às 06h30 (TP818) e às 17h55 (TP816)] e ainda a ligação Porto-London City (seis vezes por semana, às 12h05 (TP354), com chegada a Londres às 14h20 e regresso ao Porto às 14h50 (TP353), onde o avião chega às 17h10) e Porto-Ponta Delgada (voo diário, o TP 1861 sairá do Porto pelas 13h20, com chegada prevista a Ponta Delgada pelas 14h45. O regresso (TP1866) será às 15h35 com aterragem no Porto às 18h50 locais). A partir de um de junho, a TAP reforça também a sua operação no longo curso com

O presidente executivo da TAP relembrou ainda, que em “2018 vai concretizar-se um marco histórico para a TAP e para a aviação mundial. A TAP será a primeira companhia do mundo a voar o novo A330-900 Neo. Vamos receber as primeiras aeronaves deste modelo, um dos mais modernos do mundo, no segundo semestre do ano.” Também para o segundo semestre de 2018 está ainda prevista a entrega das primeiras unidades do A321 Long Range. “A chegada das novas aeronaves representa este movimento já iniciado de modernização acentuada da TAP, com enormes ganhos de eficiência e conquista de novos mercados, bem como a expansão acentuada nos mercados históricos da companhia”, frisou o mesmo responsável, rematando que a “nova TAP está na rota certa”. Questionado sobre a urgência de um novo aeroporto em Lisboa, Fernando Pinto admite que “os slots estão cada vez mais


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apertados para nós, há uma solução de um novo aeroporto a 14 quilómetros daqui, do outro lado da cidade e o que é preciso é que as resoluções sobre esta matéria sejam rápidas, porque quem sofre com isto é o Turismo em Portugal, porque não vai conseguir crescer mais”.

nova carta de vinhos, com um ambicioso programa para tornar a TAP um dos mais poderosos meios de promoção dos vinhos portugueses”, relembrou.

IMAGEM MAIS MODERNA

“ESTOU AQUI PARA APOSTAR NO FUTURO DA TAP, NEM QUE SEJA COMO ACIONISTA” Quanto à sua possível saída da TAP enquanto presidente executivo da companhia, Fernando Pinto lembrou que esta “não é uma decisão minha, os acionistas reúnemse e decidem”, mas, e continuou “tenho uma grande vantagem, que são 17 anos de TAP. Cheguei com a missão da privatização e isso foi realizado há dois anos. Pediramme para ficar até que o processo de privatização estivesse estabilizado. Foram 15 anos de sobrevivência e de crescimento e 2 anos de transição importante e este último ano foi de grande crescimento. Do ponto de vista pessoal estou realizado. Não está nada definido e esta será uma decisão dos acionistas. Estou aqui para apostar no futuro da TAP, nem que seja como acionista”.

BALANÇO DE 2017 Fernando Pinto aproveitou ainda a ocasião para fazer um balanço de 2017, relembrando a abertura de 11 novos destinos: Toronto, no Canadá; Alicante e Gran Canaria em Espanha; Estugarda e Colónia, na Alemanha; Bucareste, na Roménia; Budapeste, na Hungria; Abidjan, na Costa do Marfim; Lomé, no Togo; Fez, em Marrocos e London City, no Reino Unido. Mas também o reforço das frequências em mercados estratégicos como no Atlântico Norte: “Com a inauguração das rotas de Boston e Nova Iorque-JFK, ainda em 2016, foram reforçadas com as cinco frequências semanais para Toronto. No Brasil, o reforço da operação para Recife, que passou de 6 para 10 voos por semana em períodos de pico. Em Espanha, mercado que reúne 10 por cento do total do tráfego da rede da TAP, passou a contar com sete voos semanais tanto para a Gran Canaria como para Alicante, mais voos diretos entre Porto e Madrid e mais seis frequências semanais entre Lisboa e Valência. Na Alemanha 14 frequências semanais para Estugarda e para Colónia, mais cinco voos por semana para Frankfurt. Para além dos 12 voos semanais rumo a London City, a TAP acrescentou um voo diário à rota de Manchester, no Reino Unido. Moscovo, na Rússia, passou a ser servida com um voo diário a partir de Lisboa, o que significa mais dois voos semanais face ao que tínhamos em 2016”, resumiu o mesmo responsável, acrescentando que a nível nacional, as

ligações Lisboa-Faro passaram a contar com mais um voo diário, totalizando quatro por dia.

PROGRAMAS E PRODUTOS Segundo Fernando Pinto este foi um ano também de consolidação para alguns produtos lançados em 2016, como o Portugal Stopover ou a Ponte Aérea Lisboa – Porto, reforçando que “neste último caso, devemos fechar 2017 com mais de 700 mil passageiros transportados entre as duas maiores cidades de Portugal”. “Lançámos em 2017, o programa TAP Taste the Stars, com o qual temos 5 chefs com estrelas Michelin, que se juntaram ao nosso consultor gastronómico Vitor Sobral, para sermos uma embaixada da gastronomia portuguesa e fizemos também a seleção da

O presidente executivo da TAP acrescentou ainda o programa de “retrofit” da vasta maioria dos aviões da frota da companhia, que foram renovados com uma imagem mais moderna, permitindo um maior conforto para os passageiros e capacidade acrescida de lugares: “No total, 43 aviões da frota de médio curso e 7 da frota de Longo Curso”. “Também crescemos em número de aviões: dois A330-300 na frota de Longo Curso e dois A320 na de Médio Curso. Na frota regional, foram adicionados quatro E195 com 118 passageiros. No total, um crescimento de mais oito aviões apenas num ano, um dos mais importantes crescimentos da nossa história. Tudo isto permitiu-nos bater recordes sucessivos a cada mês do número de passageiros transportados e de taxa de ocupação dos lugares oferecidos”, disse ainda Fernando Pinto, prevendo que 2017 fechará com “mais de 14 milhões de passageiros e uma taxa de ocupação média próxima dos 84%”.

“AIRLINE TURNAROUND OF THE YEAR” 2017 foi ainda ano de prémios nacionais e internacionais para a TAP, com Fernando Pinto a destacar o “Airline Turnaround of the year” da CAPA – Centre for Aviation. Um prémio atribuído anualmente a uma companhia aérea que tenha conseguido fazer o turnaround do negócio através da adoção de mudanças estratégicas inovadoras e/ou reestruturações.

TAP lança a sua primeira loja online Store.flytap.com é a primeira loja online que a TAP lançou recentemente, com mais de 50 artigos em catálogo. Desde modelos de aeronaves, a malas de viagem, passando por artigos de moda e acessórios, as novas linhas de merchandising da Companhia prometem fazer as delícias dos fãs da aviação e do colecionismo, e já se encontram disponíveis. Tirando partido dos seus 72 anos de história e da sua rica iconografia, a TAP aposta também no noupcycling, um conceito inovador de reciclagem de materiais já sem utilização na operação regular da companhia. Peles, cintos de segurança e estruturas de cadeiras, entre outros, serão convertidos em novos produtos de assinatura, que integrarão a lista de produtos da TAP Store. Numa fase inicial, a compra dos produtos poderá ser feita no site da TAP Store através de cartão de crédito ou de débito e, em alternativa, através da utilização de milhas Victoria. As entregas serão feitas diretamente nos endereços indicados pelos clientes, em qualquer parte do mundo, excetuando-se para já o Brasil, os EUA e o Canadá. A partir do início de 2018, a TAP irá alargar a sua plataforma de vendas a espaços físicos e, inclusivamente, a bordo dos seus aviões.


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Sun d’Or aumenta frequências

entre Lisboa e Porto-Telavive a partir de março

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Sun d’Or, subsidiária da companhia aérea israelita El Al, anunciou o aumento de frequências entre Lisboa e Porto - Telavive, a partir de 25 de março até 25 de outubro de 2018. A representar a companhia enquanto GSA está a ATR - Actividades Turísticas e Representações, LDA. Assim, a companhia, que voará num Boeing 737, com capacidade para 185 pessoas, passa a oferecer no verão IATA, cinco voos à partida de Lisboa, de domingo a quintafeira. Partindo da capital portuguesa às 22h10, com chegada prevista a Telavive às 5h25 (+1h). No percurso inverso a saída é às 17h00 com chegada às 21h00. Já no que diz respeito ao Porto, a companhia israelita aumenta para mais um voo às quintas-feiras, a partir de 26 de abril de 2018. Porto-Telavive tem saída de Lisboa às segundas-feiras às 22h10, chegando às 5h25 (+1h) e às quintas-feiras com saída às 17h00 e chegada às 21h00. No percurso inverso, o voo sai de Telavive às segundas-feiras às 23h10, chegando ao Porto às 6h25 (+1h), enquanto que às quintas-feiras sai às 18h00 e chega à Invicta às 22h00.

‘‘ESPERAMOS QUE 40% DOS PASSAGEIROS SEJAM PORTUGUESES A VOAREM ATÉ ISRAEL’’ Segundo, Michael Strassburger, Ceo da Sun d’Or, a aposta no mercado português pretende não só ‘‘trazer israelitas a Portugal, mas também que os portugueses visitem Israel. Teremos 80 mil lugares disponíveis nesta operação, esperamos que 40% dos passageiros sejam portugueses a voarem

até Israel’’. Questionado sobre as últimas notícias que têm vindo a público sobre alguma tensão que se vive no seu país, o mesmo responsável garantiu que até ao momento não têm sentido qualquer problema. ‘‘Israel tem muito para oferecer em termos turísticos, não apenas a nível religioso e cultural, mas também gastronómico, tecnológico e de inovação e turismo GLBT’’, sublinhou Walter Wasercier, diretor-geral para Espanha e Portugal da El Al Israel Airlines, acrescentando que foi ‘‘fácil atrair os israelitas até Portugal, porque gostam de

tudo o que lhes têm para oferecer, cabe a nós descobrirmos qual a melhor oferta para atrair os portugueses até nós’’.

11 MIL PORTUGUESES EM ISRAEL EM 2017 Já Dolores Pérez Frías, do Turismo de Israel para Espanha e Portugal, revelou que ‘‘em 2016 receberam 9.100 portugueses e até ao final de 2017 deverão chegar aos 11 mil portugueses. Em 2018, com o aumento dos voos diretos esperamos que este número cresça”. A mesma responsável referiu ainda estar a promover várias cidades israelitas junto da Comunicação Social e dos operadores turísticos e que os city-breaks poderão ser uma das opções para os portugueses, sublinhando que neste momento ‘‘há mais de 350 mil turistas a passear por todo Israel, sem qualquer problema de segurança’’. Recorde-se que a TAP Air Portugal e a EL AL Israel Airlines iniciaram um acordo de code-share que permitirá aos passageiros de ambas as companhias usufruírem de diversas opções de serviços que melhorem as possibilidades de conectividade de voos através de aeroportos onde ambas as companhias operam, incluindo: Amesterdão, Londres Heathrow, Bruxelas, Marselha, Madrid, Barcelona, ​​Frankfurt, Munique, Zurique, Genebra, Viena, Roma, Milão, Veneza, Varsóvia e Bucareste.


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francisco teixeira, diretor-geral da melair

“Acredito num excelente ano de 2018”

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remar para a mesma direção, é assim que Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair, empresa representante da Royal Caribbean e Pullmantur em Portugal, acredita que será o comportamento do mercado dos Cruzeiros no País em 2018. Um ano que traz também algumas novidades para as empresas que representa. “Estou em querer que as perspetivas para 2018 para o mercado português são muito boas. Falando com os diversos parceiros de negócio e verificando as dinâmicas de produto ao longo dos próximos 3 a 5 anos, sentimos todos ser esta uma boa oportunidade de aposta nos cruzeiros, e por isso, vejo muita gente a remar para a mesma direção. Por tudo isto, acredito num excelente ano de 2018”, sublinha aquele responsável em conversa com a VIAJAR.

Novos navios e itinerários Para o ano que agora começa, Francisco Teixeira assegura que a inauguração de dois novos navios, o Symphony of the Seas, da classe Oásis da Royal Caribbean, no próximo mês de março, que irá ostentar a bandeira de o maior navio de cruzeiros é uma das novidades, complementada pelo navio Celebrity Edge, da Celebrity Cruises que também será inaugurado em dezembro. “O Symphony of the Seas estará toda a temporada de primavera/verão em Barcelona, e no final do ano rumará à Flórida para realizar cruzeiros pelas Caraíbas. Já o Celebrity Edge

da nova classe Edge, e que contará com um total de 4 navios, irá operar no inverno pelas Caraíbas, e no verão de 2019 estará na Europa”, explica o diretor-geral da Melair, acrescentando que as “vendas em Portugal seguem já a um ritmo interessante”. Mas há mais, também “a Azamara Club Cruise irá lançar o seu terceiro navio, o Azamara Pursuit, reforçando o seu extenso leque de opções de itinerários e na Pullmantur Cruzeiros são vários os novos itinerários. Teremos em setembro um cruzeiro a chegar e outro a partir do Porto. Noutros destinos, os destaques vão para a Expedição ao Círculo Polar, os Recantes Secretos do Mediterrâneo, e para as 5 Maravilhas do Mediterrâneo,

Balanço de 2017 E porque ainda estamos em fase de balanço de 2017, Francisco Teixeira adianta que a operação “correu bem, considerando até o facto de a companhia manter o mesmo número de navios na Europa. Foi um excelente ano no que diz respeito às Caraíbas, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises. O mercado aderiu muito bem aos cruzeiros das Caraíbas e Bahamas, com grande destaque para os 3 navios da classe Oásis, onde o Harmony of the Seas é o mais selecionado. Na Celebrity Cruises continuamos a desenvolver os destinos Ásia, Austrália e Nova Zelândia e Alasca que o mercado vê como uma excelente oportunidade e comodidade de os visitar viajando junto com o ‘hotel’. Como primeiro ano a trabalhar a companhia Pullmantur Cruzeiros, diria que o ano foi fantástico. O mercado aprecia muito este produto, onde o ambiente latino, a língua, o bem receber, os itinerários na Europa, e o Tudo Incluído atraem muitos turistas que habitualmente fazem as suas férias em resorts”.

que substitui as Brisas do Mediterrâneo, mas com partida à segunda-feira, que permitirá conjugar com luas-de-mel”, revela. Quanto a novos navios, o grupo Royal Caribbean tem 10 navios em construção. Quatro da Celebrity Cruises da nova classe Edge. Na Royal Caribbean o total de navios neste momento são de seis, sendo dois da classe Oásis, dois da classe Quantum, e dois da nova classe Ícon. O Mariner of the Sea (classe Voyager), que não é um navio novo, mas foi recentemente remodelado, irá operar a partir de junho e desde Miami para cruzeiros de 3 e 4 noites pelas Bahamas. “Estes itinerários são muito apreciados pelos portugueses, permitindo uma estadia de 3 noites em Miami e 4 noites de cruzeiros, com um preço total da viagem bastante apelativo”, sublinha o mesmo responsável

Preferências dos portugueses No que toca às preferências dos portugueses, Francisco Teixeira explica que nos “últimos anos têm existido uma evolução e diversificação enorme nas quatro companhias que representamos, e as preferências são em praticamente todos os destinos que as companhias operam”, acrescentando que “as Caraíbas apresentam uma forte evolução. A Ásia, Austrália e Nova Zelândia e mais recentemente o Alasca têm hoje em Portugal uma procura já com consistência.” Questionado sobre a abertura do novo Terminal de Cruzeiros em Lisboa ser um prenúncio de mais cruzeiros da Royal Caribbean em Portugal, Francisco Teixeira refere que esta “é uma excelente notícia para a capital. Passará a poder operar passageiros e bagagem com condições que nunca tivemos. A indústria de cruzeiros passa a contar com mais um destino que consegue operar com qualidade, aliado ao facto de a cidade de Lisboa ter hoje muitas ligações aéreas com os principais mercados, uma boa e diversificada hotelaria, dispor de bons serviços e uma marca muito potente. Se alguma companhia do Grupo Royal Caribbean irá aumentar e diversificar a sua operação com o Porto de Lisboa? Eu e a Melair adoraríamos poder trabalhar com um produto dessa natureza”. O diretor-geral da Melair acredita que Portugal “tem já todos os ingredientes necessários, aliado ao facto de a indústria estar numa fase de forte crescimento de capacidade, diria que durante a próxima década o mercado de cruzeiros no País crescerá, tanto na vertente de inbound como de outbound”.


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joaquim robalo de almeida

“ARAC dá boas-vindas à mobilidade do A “A Energia da nova mobilidade” é o mote da II Convenção Nacional da ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor, que decorre a 9 de fevereiro, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, e onde são esperadas mais de duas centenas de participantes, segundo avança em entrevista à VIAJAR, Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da associação.

Viajar – O lema escolhido para esta segunda Convenção Nacional da ARAC é a “Energia da nova mobilidade”. Que temas serão abordados e com que convidados poderemos contar? Joaquim Robalo de Almeida – A ARAC dá as boas vindas à mobilidade do amanhã na sua II Convenção Nacional. A Convenção Nacional da ARAC 2018 adota como lema “A Energia da nova mobilidade”, para traduzir a importância do rent-a-car na atividade turística, pois enquanto setor provedor da mobilidade é comum a qualquer programa turístico, sem mobilidade não existe Turismo. Vamos contar com cinco painéis: Mobilidade elétrica (energia inteligente) – O Futuro; O aluguer de automóveis sem condutor – 1 minuto/5 anos; Estratégia da mobilidade (interligação entre sistemas de mobilidade), mobilidade de proximidade e produtos financeiros para os novos sistemas de mobilidade; O Turismo – presente e futuro (a próxima década – 2017-2027) e Condução inteligente: produtos, condução autónoma, legislação e experiência do cliente. A Convenção Anual – ano 2018 da ARAC propõe-se reunir, empresários do setor, parceiros da atividade turística, do setor automóvel e entidades públicas e privadas ligadas ao Turismo e aos Transportes. Neste momento já têm muitas inscrições para a Convenção? JRA – Esperamos contar com a presença de mais de duas centenas de participantes. 2018 perspetiva-se mais um ano de crescimento no setor do Turismo, como vê a ARAC o novo ano que se avizinha? JRA – Em 2018 e tendo em atenção os elementos disponíveis, o Turismo deverá continuar a ser um dos principais motores das exportações portuguesas e do crescimento do País, tendo em conta não só as reservas já feitas para 2018, como também a cada vez maior apetência dos mercados tradicionais como a Alemanha, Inglaterra, França, Holanda, Estados Unidos da América e Brasil, como os novos mercados de que são exemplo a China,

“É imperativo que de uma vez por todas o Turismo em Portugal tenha o reconhecimento que merece e que lhe é devido e seja dotado de ferramentas legislativas que lhe permitam combater com os seus concorrentes diretos.”

a Coreia do Sul, o Canadá e outros. Também no mercado empresarial dever-seá registar um crescimento da atividade de rent-a-car com a necessidade económica e social de uma cada vez maior racionalização do uso de automóveis, sobretudo nos meios urbanos, devendo estas entidades recorrerem cada vez mais a sistemas de locação em detrimento da aquisição ou locação de veículos por períodos longos. Espera também a ARAC que em 2018 se operem as alterações legislativas referentes ao setor há muito esperadas que permitam concorrer de forma igual com os demais países europeus.

Quais as maiores dificuldades com que o setor se debate? JRA – O rent-a-car continua a ter um processo de contratação muito burocratizado, ao contrário da generalidade dos demais países europeus. Atendendo à crescente importância do turismo chinês no nosso país, importa que seja delineada uma solução, que permita aos titulares de carta de condução emitida pela República Popular da China conduzir temporariamente em território nacional, pois tal não sucede até agora, tendo para o efeito a ARAC prontificando-se a apontar uma solução legal para o efeito. É imperativo que de uma vez por todas o Turismo em Portugal tenha o reconhecimento


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amanhã” na II Convenção Nacional das, de forma desleal, pondo em causa a segurança rodoviária, a proteção do consumidor, a proteção ambiental e o não cumprimento das normas fiscais. Esta é uma situação que a ARAC tem repetido insistentemente junto dos órgãos governativos desde 2016, não existindo até ao momento qualquer intervenção no sentido de pôr cobro a esta situação. Em termos de regiões, quais as que têm maior número de rent-a-car e onde se fazem mais alugueres de automóveis? JRA – As regiões do país com maior número de viaturas e de contratos de aluguer celebrados são em Lisboa, Algarve e Porto. Quais são os mercados que mais turistas enviam para celebração de contratos de aluguer em Portugal? JRA – Os mercados são Reino Unido, Alemanha e França. Em termos de rentabilidade quanto é que este setor gera ou gerou em 2017? JRA – No ano que agora chegou ao fim, a atividade de rent-a-car registou um crescimento do seu volume de negócios em relação ao ano anterior, (estimando-se um crescimento

da faturação de cerca de 12%) o qual já havia registado igualmente um crescimento acentuado, tendo em conta elementos com a faturação, as taxas de ocupação das viaturas e o número de veículos disponíveis para aluguer. No entanto, importa referir que para esse aumento de faturação a frota total de empresas de rent-a-car aumentou em média 11%, o que tendo em conta o aumento dos custos de exploração no setor faz com que os resultados obtidos pelas empresas tenham sido neutros ou registado um crescimento mínimo face ao ano anterior. Para este crescimento o aumento do Turismo (do qual o rent-a-car é parte importante), o qual representa cerca de 70% da atividade das empresas de rent-a-car. O Turismo é o setor que mais está a ajudar o aumento das exportações – cerca de 25% das exportações; é o setor que mais ajudou à saída de Portugal por défice excessivo; é o setor que mais tem contribuído nos últimos anos para o aumento do PIB e é também o setor que mais cria emprego (prevê-se que em 2025 represente cerca de 1 milhão de postos de trabalho) para citar apenas alguns indicadores, sendo mesmo apelidado como motor da economia nacional.

Compras de viaturas por empresas de rent-a-car no mês de novembro de 2017 que merece e que lhe é devido e seja dotado de ferramentas legislativas que lhe permitam combater com os seus concorrentes diretos. O setor necessita de legislação sucinta e adequada que permita às empresas exercer a sua atividade com quadros legislativos claros, simples e eficazes. Ao nível da fiscalidade merece destaque a necessidade de alteração do Quadro Legal do ISV – Imposto sobre Veículos, de forma a aproximar a atividade de Aluguer de Automóveis sem Condutor dos outros países europeus, nomeadamente da Espanha enquanto nosso concorrente mais direto, nomeadamente no dossier “Cross Boarder”. Plataformas de aluguer de veículos que alugam veículos sem condutor de forma ilegal, utilizando veículos fornecidos por empresas não licenciadas que estão a concorrer diretamente com empresas devidamente licencia-

O mercado português de veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros encerrou o mês de novembro com um volume de vendas de 21.252 unidades, registando um crescimento de 8,2% face mês homólogo do ano anterior, segundo elementos fornecidos pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal. No canal de rent-a-car as aquisições de ligeiros de passageiros novos atingiram as 2.149 unidades. No que respeita a veículos novos o conjunto das empresas associadas da ARAC que se dedicam à atividade de aluguer de curta duração (veículos ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, pesados de mercadorias, todo-o-terreno e motociclos) adquiriram no mês de novembro um total de 2.488 veículos face aos 1.833 adquiridos em período homólogo do ano anterior, registando-se aqui um crescimento de 36% face a 2016, apresentando um valor acumulado de compras total (veículos ligeiros de passageiros e veículos ligeiros de mercadorias) superior em 28% face ao ano anterior O rent-a-car é, devido à forte aquisição de veículos novos um setor decisivo para a modernização do parque automóvel nacional através da colocação após a utilização dos veículos no comércio, de um número significativo de veículos de ocasião, substituindo-se veículos antigos por veículos recentes e com motores mais eficientes e amigos do ambiente. Os segmentos A, B, C e D representaram a maioria das aquisições efetuadas pelas empresas de rent-a-car, embora se continue a assistir a um crescimento do segmento A, devido ao aumento da procura deste tipo de veículos pela clientela turística.


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CP dá resposta a procura turística M iraDouro e Comboio Histórico do Vouga foram os destaques da oferta turística que a CP – Comboios de Portugal lançou em 2017. Para este ano haverá novidades, mas segundo o Gabinete de Comunicação da CP, “ainda é cedo para serem reveladas”. Para já, o balanço de 2017 é positivo. Face à crescente procura turística da linha do Douro, a CP lançou no ano que agora findou, um comboio dedicado especialmente a esse segmento. “O comboio MiraDouro foi a resposta comercial à crescente procura turística sazonal, de portugueses e estrangeiros, pela região do Douro e, em particular, pelos serviços de transporte naquele que é um dos mais belos trajetos ferroviários do País”, refere o mesmo gabinete, acrescentando que este “circulou, diariamente no percurso Porto – Tua - Porto, entre 30 de junho e 30 de setembro, num total de 186 comboios, tendo transportado cerca de 22.400 passageiros, uma média de 120 passageiros por comboio”. Recorde-se que as viagens deste comboio resultam da recuperação de seis carruagens produzidas na década de 40 pela fabricante suíça Schindler e colocadas ao serviço na rede ferroviária nacional entre 1949 e 1977. Após um cuidadoso restauro da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário regressam às viagens. Uma resposta da empresa ‘‘à crescente procura turística sazonal, de portugueses e estrangeiros, pela região do Douro e, em particular, pelos serviços de transporte naquele que é um dos mais belos trajetos ferroviários do país’’, diz o mesmo gabinete. Outra das apostas da CP no segmento turístico em 2017 passou pelo lançamento do Comboio Histórico do Vouga, que entre julho e setembro, realizou viagens todos os sábados. ‘‘No total de 14 circulações realizadas, registou, quase sempre, ocupações próximas dos 100%. (2.000 clientes, uma vez que a capacidade deste comboio é de 140 lugares)”, esclarece o Gabinete de Comunicação da CP. Também esta é uma composição restaurada, formada por três carruagens de madeira dos primeiros anos do século XX, que até 30 de setembro percorreu a Linha do Vouga, entre Aveiro e Macinhata do Vouga, e que inclui um programa de animação a bordo e degustação de produtos regionais, como pastéis de Águeda e espumante da Bairrada.

OUTRAS OFERTAS TURÍSTICAS DA CP Segundo o Gabinete de Comunicação da CP, o lançamento destes dois produtos veio reforçar a oferta turística da companhia, relembrando a existência, por exemplo, de o Comboio Histórico do Douro, que desde o final da década de

90, é realizado anualmente, registando “crescimentos sucessivos da procura ao longo dos anos, que decorrem do investimento da empresa neste produto, quer ao nível técnico de que é exemplo a transformação há dois anos, da locomotiva a vapor, para uma maior eficiência energética e ambiental (preservando as caraterísticas originais), quer ao nível comercial, aumentando o número de circulações disponíveis em cada ano, para dar resposta à crescente procura. De facto, em 2014 realizavam-se 18 viagens, em 2015 aumentamos para 30, em 2016 para 40 e, em 2017, foram 50 as viagens realizadas. De igual forma, o período temporal destas circulações tem vindo a ser alargado, tendo em 2017 o comboio circulado desde o início de junho até ao último fim de semana de outubro”, acrescentando que o “volume de passageiros ultrapassou os 10.000 clientes, sendo o melhor resultado desde que circulou pela primeira vez”. Mas há mais produtos que a CP disponibiliza há vários anos em Portugal e “tem vindo

também a acrescentar soluções inovadoras e adequadas aos mais diversos segmentos de clientes”. Destacar, entre outros, o Portugal Rail Pass, é uma forma fácil de conhecer Portugal de norte a sul, de comboio, com todo o conforto. Permite viagens ilimitadas, durante três ou sete dias, a realizar num mês a partir da data de compra. Destina-se a cidadãos não residentes em Portugal; o Bilhete Turístico, que permite viajar de forma ilimitada nos comboios urbanos de Lisboa (Linhas de Sintra/Azambuja, Cascais e Sado), nos comboios urbanos do Porto (Linhas de Aveiro, Braga, Guimarães e Marco) e Regionais da Linha do Algarve; a Rota das Amendoeiras, o produto turístico mais antigo da oferta de lazer da CP, lançado em 1953, e que engloba um passeio combinado, de comboio e autocarro, à zona de floração das amendoeiras na região de Trás-os-Montes e Alto Douro; a Rota da Lampreia, que surgiu de uma tradição de, na época da lampreia, muitos clientes se deslocarem à Barragem de Belver


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“Comboio MiraDouro transportou 22.400 passageiros entre junho e setembro”

para degustar o prato. Assim, aproveitando o período gastronómico da Lampreia, a CP lançou esta Rota direcionada especialmente a grupos de amigos apreciadores do prato típico, aproveitando para promover a utilização do comboio, na Linha da Beira Baixa; Festa das Vindimas no Douro, um produto turístico e cultural que se baseia em manter vivas as tradições associadas à região demarcada do Douro e destina-se a famílias, turismo sénior, jovens, turistas estrangeiros e grupos organizados de amigos; Família & Amigos AP e IC, todos os sábados ou domingos com regresso no mesmo ou em qualquer fim de semana, sujeito à validade do bilhete, em toda a rede dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, em ambas as classes. Destina-se a famílias e pequenos grupos de 3 a 9 elementos que podem viajar com 50% de desconto; Jovens - 25% de desconto nas viagens em Alfa Pendular, Intercidades e Regional. Além disso há descontos numa série de atividades e parceiros como hotéis, rent-acar e parques. As crianças até quatro anos de

idade (inclusive), quando acompanhadas por adultos, têm direito a viajar gratuitamente. Se tiverem mais de quatro anos e menos de treze, beneficiam de uma redução de 50% no valor da tarifa normal (meio bilhete); Sénior - 50% de desconto: Podem adquirir bilhetes por metade do preço todas as pessoas com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos. Nos serviços internacionais Lusitânia Comboio Hotel, Sud Expresso e Celta, o desconto é de 25%, a partir dos 60 anos, inclusive.

BALANÇO DE 2017 Para a CP, o ano de 2017 teve um balanço positivo, sendo que até final de novembro e segundo dados do Gabinete de Comunicação da empresa, ‘‘o volume de passageiros transportados ultrapassou os 112,3 milhões face ao período homólogo (novembro de 2016), o que representa já um crescimento superior a 6% em 2017’’. O mesmo gabinete recorda, ‘‘que não é possível isolar com exatidão, num transporte

de grandes quantidades de pessoas, como é o ferroviário, o volume de viagens realizadas especificamente em contexto de turismo e lazer a CP disponibiliza efetivamente variados programas e opções de viagens e títulos de transporte vocacionados para esse segmento específico, mas muitos passageiros viajam com títulos de transporte regulares em contexto de turismo e lazer. Da observação do mercado, a CP estima que, do total de viagens que regista atualmente, mais de 25% sejam realizadas em deslocações dessa natureza. As restantes serão as deslocações pendulares para o trabalho, as escolas e outras necessidades diárias dos cidadãos portugueses.’’ Em 2016, a CP transportou “115 milhões de passageiros, mais 3 milhões do que em 2015, o que representou um crescimento de 3% face ao ano anterior. Já as receitas de tráfego aumentaram 10 milhões de euros, um crescimento de 5%, tendo o total de proveitos de tráfego ultrapassado os 230 milhões de euros”, relembra o gabinete.


COM PATROCíNIO

GO4TRAVEL nomeia novo Conselho de Administração A Eloct - Agência de Viagens e Turismo, SA (GO4TRAVEL) nomeou, em Assembleia Geral, realizada no dia 13 de dezembro, novo Conselho de Administração, com uma lista presidida por João Matias, em representação da COSMOSViagens e Turismo, SA. O novo Conselho de Administração da GO4TRAVEL, que iniciará funções a 1 de janeiro de 2018, é constituído pelos seguintes elementos, como vogais: Maria de Lurdes Diniz (Wide Travel), Ricardo Ferreira (Osiris), João Pinto (A Tropical) e Tiago Rodrigues (WTS – World Travel Services). Luís Lourenço (Lusanova) e Filipe Mendes (Fátima Expresso) foram ainda eleitos vogais suplentes. Vítor Filipe, presidente do Conselho de Administração que cessará funções no final do ano, faz um balanço positivo do seu mandato à frente da GO4TRAVEL: “A GO4TRAVEL tornou-se num Grupo mais dinâmico e conseguimos concretizar todas as propostas que considerámos essenciais na nossa eleição, entre as quais a captação de novas parcerias e oportunidades de negócio para os acionistas. Neste capítulo, gostaria de destacar o trabalho desenvolvido pela administração a que tive a honra de presidir e em que foram atingidos integralmente os objectivos a que nos propusemos. Foi feito um melhoramento substancial da contratação com os

nossos parceiros de negócio, fruto da dinâmica não só dos antigos acionistas como dos que, entretanto, aderiram ao projecto, como foi o caso do Consolidador, Em Viagem, WTS e Globalis.” Segundo o mesmo responsável, “um outro objectivo desta administração que agora cessa funções foi o de gerar renovação no Grupo, algo alcançado através da limitação de mandatos e bem visível na administração agora eleita, que apresenta três caras novas, e à qual desejo os maiores sucessos”. A GO4TRAVEL é uma das maiores produtoras de serviços turísticos de Portugal, composta por 42 acionistas, de reconhecidas e experientes agências de viagens, distribuídas por todo o território nacional, com 100 balcões de venda, por Portugal Continental, Madeira e Açores, contando com 714 colaboradores. Com um volume global de negócios estimado em cerca de 334 milhões de euros em 2016, a GO4TRAVEL é um importante player no universo das viagens e turismo de Portugal. O Grupo prevê encerrar 2017 com uma faturação global de 366 milhões e euros, o que representa um crescimento de 8% face ao ano anterior. Acompanhando este crescimento, o volume de emissões de passagens aéreas deverá representar um montante de 155 milhões de euros.

TQ Travel Quality cria novo departamento e contrata Natércia Caeiros Turismo Temático, Turismo Cultural e Turismo Diamante (Seniores em Movimento) são as novas apostas da TQ Travel Quality, que reforça assim os seus serviços junto dos clientes. Natércia Caeiro, com uma experiência de trinta anos no sector, será a responsável por este Departamento. “Este novo Departamento vem reforçar todo o trabalho que a TQ Travel Quality tem vindo a desenvolver no sentido de aumentar a resposta às necessidades dos seus clientes, oferecendo cada vez mais serviços diferenciados e à medida”, refere Vítor Filipe, Presidente do Conselho de Administração da TQ Travel Quality.

Com a segmentação das ofertas por Turismo Temático, Cultural e Diamante, a TQ Travel Quality “realça a importância da História e das histórias que caraterizam os vários destinos, oferecendo programas específicos e distintos, adequados a uma procura selecionada. Queremos partilhar o nosso know-how com os clientes e proporcionar-lhes experiências únicas e inesquecíveis”, acrescenta Vítor Filipe. “Inovar e Recriar” são os objetivos que Natércia Caeiro visa implementar nesta nova etapa na sua carreira profissional. Formada pelo ISNP, Natércia Caeiro passou por várias agências de renome no desempenho das suas funções, sempre no Departamento de Grupos e Incentivos. A sua experiência conquistada ao longo dos anos permite-lhe reconhecer o cliente com facilidade, respondendo e delineando a programação adequada às suas exigências. Conhecedora de vários destinos no mundo, fluente em vários idiomas e sempre disposta a “recriar” itinerários e serviços que possam enriquecer os viajantes, a sua entrada veio trazer mais-valias à equipa já experiente da TQ Travel Quality.

Dolce CampoReal Lisboa tem novo diretor de Golfe O Dolce CampoReal Lisboa, hotel localizado em Torres Vedras e inserido no grupo Dolce Hotels & Resorts, acaba de reforçar a sua equipa com a entrada de Hugo Amaral, que vai ocupar o cargo de diretor de Golfe. Anteriormente, Hugo Amaral coordenou as operações do Lisbon Sports Club, em Belas, acumulando as funções de head greenkeeper e responsável da área comercial e de comunicação do clube. Fez a sua formação académica no Instituto Superior de Agronomia em Lisboa onde tirou mestrado em Engenharia Agrónoma e na Universidade de Cranfield formou-se em Sports Surface Technology. Com mais de 14 anos de experiência no mundo do golfe, Hugo Amaral acumula um imenso know-how, tendo já passado por diversas experiências profissionais em Portugal, Reino Unido e Cabo Verde, em projectos ligados à manutenção de campos de golfe. Sobre este novo desafio na sua carreira, Hugo Amaral afirma: “É com grande orgulho e empenho que integro a equipa do Dolce CampoReal Lisboa, hotel que conta já com vários prémios e nomeações no sector, tendo sido considerado em 2014 o melhor golf resort de Portugal pela Brand Magazine. O desafio está em consolidar a reputação do hotel e trabalhar o Oeste como um destino competitivo para o golfe. Creio que será uma experiência muito enriquecedora e bastante diferente de todas as que já vivi”, afirma Hugo Amaral.

Luís Rocha é o Diretor Geral do Dino Parque Lourinhã Luís Rocha é o diretor geral do Dino Parque - Parque dos Dinossauros da Lourinhã, o maior museu ao ar livre de Portugal e um dos maiores parques temáticos de dinossauros da Europa. Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Universidade Técnica de Lisboa e com um Master Certificate in Hospitality Management – Marketing and Revenue Management, pela Ecornell, Cornell University – School of Hotel Administration, USA, Luís Rocha tem uma vasta experiência profissional. Luís Rocha foi responsável pelo lançamento do Oceanário Sea Life Porto, pertencente ao Merlin Entertainments Group, de fevereiro de 2009 a dezembro de 2010, tendo assumido as funções de Diretor Geral e Managing Director. Em 2011, foi convidado para exercer as mesmas funções no Oceanário Sea Life Jesolo (Itália) onde permaneceu até abril de 2014. O responsável foi ainda, entre várias outros cargos, Diretor Geral no Espiche Golf Resort, Diretor do Ponta Grande Resort, Diretor Geral do Vale do Lobo Resort e Diretor Executivo do Algarve Covention Bureau.

europcar.pt


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Internacional

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Portugueses que viajaram para a Tailândia em 2017 aumentaram 6% “O número de portugueses que viajaram para a Tailândia deverá aumentar 6% em 2017”, revelou a responsável pela Autoridade de Turismo da Tailândia em Portugal, Rosário Louro, durante o Workshop Emirates e Turismo da Tailândia, que reuniu agentes de viagens do setor luxo, em dezembro. A mesma responsável, que apresentou alguns destinos dentro daquele país que são ainda desconhecidos da maioria dos turistas, e que contam com alguns hotéis topo de gama, referiu aos jornalistas, que em “2015 e 2016 crescemos 20%, enviando 45 mil portugueses para a Tailândia, é normal que em 2017 estes

valores não sejam tão altos, mas também porque a concorrência das Caraíbas este ano foi muito grande”. Ainda assim, Rosário Louro sublinha que quer na Bolsa de Turismo de Lisboa, na Feira das Viagens e no Mundo Abreu, “o destino Tailândia foi um dos mais vendidos e atenção que não é propriamente muito barato”. O segmento de luas de mel é, segundo a mesma responsável, “um dos mais importantes para nós, mas o segmento luxo já tem muitas pessoas a fazer viagens caras, depois surgem os mais jovens com idades entre os 20 e 30 anos, cuja viagem de sonho é partir para a Tailândia de mochila às costas e aqui a permanência é de um mês”. Banguecoque, Phuket e Chiang Mai continuam a ser os destinos mais procurados, mas “Ko Samui está a ter um aumento, porque no verão canalizamos muitas pessoas para lá”, diz Rosário Louro, acrescentando que o tempo médio de estadia dos portugueses na Tailândia ronda os 10 a 12 dias.

TAILÂNDIA APOSTA NA DIVERSIDADE A diversidade pode ser um fator a ter em conta na hora de sugerir um destino dentro da própria Tailândia, principalmente no que concerne ao Turismo de Luxo. Rosário Louro e Isa Martins da Autoridade de Turismo da Tailândia mostraram durante o workshop, as inúmeras

possibilidades que os agentes de viagens têm na hora de sugerir este destino. Para além de Banguecoque situada nas margens do rio Chao Phraya, na Tailândia Central, as responsáveis indicaram ainda Ayutthaya no coração das planícies centrais, uma cidade ancestral, fundada no século XIV que permaneceu como capital do país durante 400 anos até à sua destruição em 1767. Mas também Kanchanaburi, Prachuap Kiri Khan ou Phetchaburi.

“Open to The New Shades” novo conceito de comunicação A Autoridade de Turismo da Tailândia acaba de lançar a assinatura “Open to the New Shades”, assumindo um novo conceito de comunicação inspirado no famoso “Thainess”, uma forma de estar na vida, típica dos tailandeses, que os distingue de qualquer outro povo e na forma como recebem os turistas. A palavra “Open” transmite a ideia de abertura a diferentes culturas, passando a imagem de uma Tailândia tolerante e de espírito aberto ao mundo. A palavra “Shades” convida os visitantes a conhecerem uma Tailândia multifacetada, multicultural e multiprodutos. Esta abertura é transversal a todos os públicos-alvo (jovens millenials, adultos ou seniores) e a todos os segmentos de mercado (luxo, feminino, LGTB, famílias, luas de mel, desporto). Com base no novo conceito serão também reforçados os atributos turísticos de alguns dos produtos bandeira da Tailândia: gastronomia, natureza/mar, artesanato, cultura milenar e modo de estar na vida.

A Norte, a conhecida Chiang Mai com os seus vales idílicos e rios reúne vários hotéis de luxo e resorts de montanha. Na mesma localização Mae Hong Son, Kamphaeng Phet, Lampang, Chiang Rai e Sukhothai complementam a oferta. Para quem optar pelo Nordeste, Nakhon Ratchasima, também conhecida como Khorat é uma área predominantemente rural, com uma importância histórica considerável. Os visitantes podem seguir para Loei, Udon Thani, Khon Kaen, Nong Khai, Buri Ram, Surin e Ubon Ratchathani, esta última a fazer fronteira com Laos e Camboja. Na Costa Leste, Pattaya, Chanthaburi, Trat e Rayong para além do sol e praia encontra algumas atrações culturais como em Wat Pa Pradu, que consagra uma estátua de Buda deitado, entre outras. Já a Sul, Chumphon com várias praias virgens, sem esquecer as ilhas Ko Tao, a famosa Phuket conhecida pelos melhores resorts de praia tropical do mundo. Mas também Krabi, Phang-nga e Trang são razões de sobra para uma visita diferente.

EMIRATES E FLYDUBAI Durante o Workshop Emirates e Turismo da Tailândia, Ana Paula Ferreira, Sales Executive Portugal da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos explicou aos agentes de viagens presentes algumas das contrapartidas de voar quer na Emirates, quer na companhia low cost, sublinhando que esta última, devido à dimensão dos seus aviões, um Boieng 737800NG permite-lhes voar para destinos na Tailândia ainda pouco conhecidos do chamado turismo de massa.


Últimas

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viajar 2018 / Janeiro

Turismo de Portugal lança curso de Revenue Management

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Turismo de Portugal organiza, a partir de janeiro, um programa de formação para capacitação das empresas hoteleiras sobre os princípios básicos da filosofia de Revenue Management, na sua rede de Escolas do Estoril, Coimbra, Porto, Lamego, Portalegre e Faro. Dirigido a Revenue Managers, Diretores de Alojamento, Diretores Comerciais e Diretores Gerais de unidades hoteleiras que possuam experiência no setor e pretendam consolidar os seus conhecimentos nesta área, o curso tem a duração total de 28 horas, divididas por quatro sessões, com um cariz marcadamente prático procurando

simular cenários do dia a dia. O aumento das receitas e a otimização das oportunidades, num mercado em constante mudança, obriga os gestores hoteleiros a irem para além do conhecimento empírico e a rasgar com o passado, construindo uma estratégia assente em indicadores que permitam antecipar o comportamento dos seus clientes e principais concorrentes. Esta formação consiste em providenciar aos formandos as mesmas bases de Revenue Management que algumas das grandes cadeias internacionais implementaram ao longo dos últimos anos, adaptando as ferramentas e recursos à realidade de vários tipos de unidades

Hoti Hotéis remodela hotel em Peniche e implementa o 3º hotel Star inn O Grupo Hoti Hotéis, no âmbito da estratégia de crescimento, está a coordenar os trabalhos de remodelação da unidade hoteleira sob sua gestão Peniche, o hotel Soleil Peniche, que se converterá posteriormente no terceiro hotel da Marca Star inn – o Star inn Peniche. Depois do grande sucesso com a abertura do Star inn Lisbon, a cadeia hoteleira decidiu aproveitar as obras profundas a que o hotel Soleil Peniche tem vindo a ser alvo e considerou a aplicação da marca Star inn neste hotel, por forma a cimentar a marca. Com carácter próprio e informal, a unidade hoteleira terá vários apontamentos ligados à região e, sendo Peniche um verdadeiro paraíso para a prática de surf ao nível mundial, a unidade estará naturalmente direcionada para este target, oferecendo um ambiente, espaços totalmente repensados e modernizados, salientando-se ainda condições técnicas únicas para receber os praticantes desta modalidade e de outros desportos outdoor onde, para além de uma escola de surf nas suas instalações, terá todas as condições para a guarda de materiais e salas para repouso. O Star inn Peniche pretende estabelecer uma maior comunhão com o ambiente onde está inserido, mas sempre com o arrojo e garantia de qualidade com que a marca tem brindado o mercado. Localizado na entrada de Peniche e com vista para a Praia Cova de Alfarroba, o Star inn Peniche disponibiliza 102 quartos, piscina interior aquecida, piscina exterior, salas de reuniões, restaurante, bar, zona de estar e esplanada em área comum. Disponibilizará também uma área de repouso com jacuzzi e um pequeno ginásio, balneários e zonas de guarda de equipamentos para desportos outdoor. Atualmente com quatro marcas próprias – Star Inn, Hotel da Música, Golden e “O mais Português Hotel do Mundo” – e com dez unidades hoteleiras com marcas da Meliá Hotels International, dispersas pelo país, o Grupo Hoti Hoteis encontra-se em forte expansão, destacando-se a inauguração do Star inn Lisbon, no início do primeiro trimestre de 2017 e a recente aquisição do Golden Residence, no Funchal e do Tryp Colina do Castelo, em Castelo Branco.

nacionais, desde resorts a hotéis urbanos, hotéis independentes a cadeias nacionais. A ação de formação está a cargo dos mentores e formadores José Pedro de Almeida, Managing Director, e Magda Varão, Director of Revenue Management, ambos da empresa XLR8 RM, especializada em Revenue Management, com uma larga e consolidada experiência nesta matéria, da qual foram responsáveis em hotéis de cadeias internacionais como o Corinthia, Starwood, Marriott, Dolce, e em cadeias hoteleiras nacionais como os Hotéis Real. Atualmente a empresa faz a gestão de Revenue Management, em regime de outsourcing,

de várias unidades distintas, desde propriedades inferiores a 50 quartos até um hotel de uma cadeia internacional com cerca de 200 quartos. Calendário: Escola do Turismo de Portugal do Estoril: 18 e 25 janeiro e 1 e 8 de fevereiro Escola do Turismo de Portugal do Porto: 7, 8, 21 e 22 de março Escola do Turismo de Portugal de Coimbra: 5, 6, 12 e 13 de abril Escola do Turismo de Portugal de Lamego: 9, 10, 23 e 24 de maio Escola do Turismo de Portugal de Portalegre: 10, 11, 24 e 25 de outubro Escola do Turismo de Portugal de Faro: 7, 8, 21 e 22 de novembro

Diretora-geral do Sofitel Lisbon Liberdade acredita em bom ano a nível de tarifas médias “2018 avizinha-se como um bom ano para o Sofitel Lisbon Liberdade, esperamos um crescimento não tanto a nível da taxa de ocupação, que ainda assim deverá rondar os 74 a 75%, mas a nível das tarifas médias”. Quem o diz é a diretora geral da unidade hoteleira, de cinco estrelas, Mayka Rodriguez, que acredita que os “congressos e mais uma edição do Web Summit” poderão ajudar. A completar um ano à frente da direção do Sofitel, aquela responsável refere ainda que “2017 foi, globalmente, a nível turístico e em Lisboa, um dos anos mais fortes, inclusive ultrapassamos os resultados da época da Expo 98. Para o Sofitel também foi um ano importante, com alguns projetos que finalizamos de renovações e sobretudo posicionamo-nos mais em alguns mercados, como o chinês e também sentimos um crescimento do mercado norte americano”, acrescentando, no entanto, que os maiores mercados para a marca continuam a ser o brasileiro, devido à forte presença do Sofitel no Brasil, o mercado francês e o britânico e chama a atenção para novos mercados como o australiano que começa a chegar a Lisboa. Embora não queira avançar com um valor certo, Mayka Rodriguez, refere que ao nível de crescimento da tarifa média, o Sofitel Lisbon Liberdade se posicionou juntamente com os hotéis de cinco estrelas de Lisboa que tiveram “um crescimento no RevPar de 11%, quando comparado com 2016”. Quanto à possível pressão que possam sentir com a abertura de novos hotéis na capital portuguesa, a diretora geral avança que “enquanto Sofitel temos uma força maior a nível comercial, que muitos hotéis mais estilo boutique ou de cadeias nacionais ou independentes. Estamos representados nos cinco continentes, temos 122 hotéis e somos parte de um grupo forte como a Accor. Por agora não sentimos essa pressão, até porque acredito que existe mercado para todos esses hotéis novos”. Novidades para 2018 também as há e passam sobretudo pela “mudança de decoração da receção assim como a nível do conceito dos nossos restaurantes e bar. Esperamos ter um espaço muito mais acolhedor quer para os nossos hóspedes, mas também para quem nos visita.”


portugal

El mejor destino turístico del mundo C

lima ameno, 3000 horas de sol al año y 850 km de espléndidas playas bañadas por el océano Atlántico hacen de Portugal el destino perfecto para todas las estaciones. En este país, que tiene las fronteras más antiguas de Europa, encontrará una gran diversidad de paisajes a corta distancia, muchas actividades de ocio

y un patrimonio cultural único, donde la tradición y la modernidad se conjugan en armonía. La gastronomía, los buenos vinos y el pueblo hospitalario completan la oferta turística de calidad que encontrará. Este no fue elegido, por primera vez, para el mejor destino turístico del mundo por los World Travel Awards,

considerados los Óscares del Turismo mundial. Lisboa, capital de Portugal, también fue elegido como el mejor destino para los viajes. No se pierda pierda el encanto más occidental de Europa y ya sea en coche, tren, avión o barco, Portugal es siempre los brazos abiertos para recibir a “Nuestros Hermanos” venidos de España.


Lo Mejor de Portugal

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Oporto y Norte de Portugal

Donde todo comenzo

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ortugal nació en el norte. Fue en Oporto y la región Norte de que el portugués comenzó como pueblo y como nación. Aquí aprendemos el valor de la diferencia pero también la complementariedad de las culturas. Oporto, ciudad Patrimonio Mundial, es la gran puerta de entrada y puede ser punto de partida para un viaje por la diversidad natural y cultural de la región. Es conocido por el vino que de aquí parte para todo el mundo, pero también por la Escuela de Arquitectura, de donde salieron los nombres de Álvaro Siza Vieira y Souto de Moura, ambos premios Pritzker. Y además por un patrimonio que sabe combinar la antigüedad de iglesias y monumentos, como la Sé o la Iglesia de San Francisco, con la contemporaneidad de edificios marcados como la Casa de la Música, el Museo de Serralves y otros. realmente a recibir, a compartir su mesa y tradiciones. Oporto y Norte de Portugal viven de forma natural alegría y gratitud por todo lo que tenemos y somos. En unos breves días de visita a Oporto, hay lugares que no podemos dejar de conocer.

El Valle del Douro También podía ser llamado de valle encantado tal la belleza y encantamiento que sus paisajes ofrecen. Con salida de Oporto, donde el río desagua y donde desaguan también los vinos del Douro (de mesa) y de Oporto (vino generoso) producidos en sus laderas, podemos conocer de varias maneras esta Paisaje Cultural, clasificada Patrimonio Mundial: por carretera, tren, en un barco de crucero, o incluso en helicóptero. Ninguna de ellas nos dejará indiferentes.

El río Douro atraviesa la región. Portugal entra en estrecho entre barrancos y montañas del interior para ir a través del paisaje del Patrimonio Mundial que se cultivan los vinos de Oporto y del Douro. Allí se cruza el vino que sigue hasta las Caves de Gaia y los cruceros que visitan la región. En esta región de montañas y parques naturales, el patrimonio se extiende por castillos, como el de Guimarães, o por santuarios e iglesias que en el verano son escenario de romerías. Al lado de capillas rurales encontraron el Norte de Portugal barroco hecho de granito y dorada. En las ciudades que supo conservar la escala humana, como Viana do Castelo, Braga, Lamego, Chaves y Vila Real, o en y casas señoriales, nos encontramos con la más auténtica portugués, que les gusta

Ruta del Románico Si la monumentalidad le encanta, esté preparado para explorar la Ruta del Románico, una ruta de 58 monumentos situada en el norte de Portugal, cerca de los ríos Tamega, Sousa y parte de Douro. Inclui monasterios, iglesias y monumentos conmemorativos, puentes, castillos y torres. La arquitectura románica de la región, contemporánea a la formación de Portugal y con fuertes lazos a las personas y familias

que protagonizaron la fundación de nuestra nacionalidad, es también un testimonio del papel relevante que, en otros tiempos, tuvo este territorio en la historia de la nobleza y de las órdenes religiosas en Portugal.

La natureleza más pura El Parque Nacional de Peneda-Geres, en el extremo noroeste de Portugal, entre el Alto Minho y Tras-os-Montes es la única área protegida portuguesa clasificado como Parque Nacional. Es un mundo aparte en que la actividad humana se integra de forma armoniosa en la Naturaleza, preservando valores y tradiciones muy antiguos bien patentes en las aldeas comunitarias de Pitões das Júnias y Tourém. En todos los tonos de verde, la vegetación exuberante que cubre las sierras incluye un bosque de acebo, único a nivel nacional, y especies endémicas como el lirio del Gerês, que alegra los campos con sus tonos de azul violeta. Los terrenos, muy montañosos, son atravesados ​​por ríos y riberas y observe con atención, pues tal vez consiga avistar un corzo (símbolo del Parque) o su predador, el lobo ibérico. Más comunes, son los garranzos, pequeños caballos salvajes que corren libremente por los montes. Probablemente, también va a encontrar bovinos de raza barrosa y los perros de Castro Laboreiro.


centro

En el corazón de Portugal

E

n el interior, macizos montañosos y aldeas de granito y esquisto. Junto al mar, poblaciones pesqueras y playas cosmopolitas en las que los deportes náuticos marcan el ritmo de los días. Y en todas partes, el patrimonio milenario muestra con orgullo la historia de la región Centro de Portugal. Las Aldeas Históricas y los castillos que defendieron las fronteras de la nación. Las Aldeas de esquisto y las villas de casas blancas, como Óbidos, un tesoro entre murallas. Y las ciudades, en las que la modernidad se alía a la tradición, Coimbra con los estudiantes, Aveiro entre la ría y el mar, y Viseu, Guarda y Castelo Branco, en las que en la arquitectura de piedra mantiene trazos de un antiguo pasado. En las montañas destaca la sierra de la Estrella, la más alta de Portugal continental, con paisajes interminables y lagos glaciares. O las sierras de Lousã, Açor y Caramulo, en las que los senderos pedestres y ciclistas nos ofrecen caminos para descubrir la naturaleza. Pero aquí también podrá practicar la escalada, el rappel, el rafting o el piragüismo, como en el Geoparque Naturtejo, cuidado territorio en el que conviven varias especies de aves y animales. Las aguas cristalinas que brotan de los manantiales termales equilibran cuerpo y alma. ¡Y las playas! Fluviales enmarcadas por bosques o de mar abierto en el litoral atlántico, son garantía de frescura en los cálidos días de verano. Y también son spots muy conocidos entre los surfistas de todo el mundo, que en Peniche encuentra olas perfectas y, en Nazaré, incluso gigantes. Para reconfortar el estómago hay sabores para todos los paladares. Quesos y embutidos, calderetas de pescado y cochinillo asado, o la miel y la repostería conventual. Los vinos de las regiones demarcadas elevan el espíritu con distinción. Son el producto de los sabores de estas gentes, auténticas y acogedoras, que reciben al visitante con lo mejor que tienen.

antiguo, el Monasterio de Alcobaça fue fundada por el rey de Portugal primero y pertenecía a la Orden Cisterciense, que era una intervención esencial en el desarrollo agrícola y cultural de nuestro país. El Convento de Cristo, donde aún se siente la mística templaria, se sitúa junto al castillo construido en 1160 por aquella Orden Militar, que eligió Tomar como su bastión para la defensa y expansión del territorio conquistado a los moros. Ya el Monasterio de Batalha, una obra maestra del gótico tardío, es un testimonio de la afirmación de la independencia portuguesa contra el poderoso reino de Castilla. A partir de estos tres monumentos, mucho se puede conocer en esta región. El “Tesoro de los Templarios” es un itinerario

Descobrir el Centro en cuatro itnerarios De cuatro itinerarios, encontramos el “corazón de Portugal”, donde se formó la identidad portuguesa, escenario de importantes acontecimientos históricos y punto de encuentro de culturas a lo largo de los siglos. Proponemos cuatro rutas que incluyen tres de los monumentos más importantes de Portugal clasificados como patrimonio mundial por la UNESCO - monasterio de Alcobaça, Convento de Cristo y el Monasterio de Batalha. Ligados a episodios fundamentales de nuestra historia son también edificios bellísimos, en que se conjugan varios estilos arquitectónicos. El más

ideal para quienes gustan de romances de caballería. Al inicio en Tomar, centro de la geografía sagrada para los Templarios, nos lleva a descubrir sus símbolos - en la Iglesia de Santa María del Olival, escenario de las ceremonias iniciáticas, o en la Charola del Convento de Cristo donde los caballeros oyeron misa. En una incursión por el territorio, podemos visitar el misterioso Castillo de Almourol erigido en una isla a mitad del Río Tajo, o la Torre de Dornes, otrora un punto de vigía sobre un paisaje aún hoy deslumbrante.

Siguiendo los “caminos de la fe”, somos seducidos por leyendas, mitos y misterios. Le llevamos a Fátima, uno de los principales santuarios marianos del mundo, erguido junto al lugar donde los pastorcitos vieron a la Virgen. Y a lugares donde se registraron otras apariciones de la Virgen - en la Nazaret, en Póvoa de Kos o en la Ortiga. También nos dirigimos al escenario de la Edad Media en la aldea de Óbidos y de Ourém, donde nos quedamos a conocer la leyenda de la princesa mora que se enamoró de un caballero cristiano y cambió su nombre de Fátima a Oureana. Los “4 Elementos” son el mote para otro recorrido, esta vez entre el mar y el Parque Natural de las Sierras de Aire y Lámparas. Agua, Aire, Fuego y Tierra dieron origen a paisajes fascinantes donde también se encuentran huellas de los dinosaurios, los primeros seres que habitaron el planeta. Desafiando la imaginación, “La Demanda del Grial” se inspira en las narrativas de la búsqueda del cáliz sagrado por los Caballeros de la Tabla Redonda. Proponemos diseñar el mapa de esta búsqueda en el corazón de Portugal Tomar convirtiendo en el punto de encuentro de los héroes de la demanda, su castillo en la Nueva Jerusalén y la Rotonda en el templo de Salomón.


Lo Mejor de Portugal

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lisboa

El mejor destino del mundo para viajes de “city-break”

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i sueñas con tu próximo viaje a Europa, ven a conocer Lisboa, la ciudad histórica con muchas historias que contar. Donde el sol brilla hasta 290 días al año y la temperatura raramente baja por debajo de los 15ºC. Donde uno se siente seguro paseando durante el día y saliendo de noche. Donde la gastronomía se dedica a definir más de mil formas de cocinar el adorado bacalao. Donde encontrarás hoteles y restaurantes para todos los gustos, presupuestos y criterios. Encuentra Lisboa. Una capital auténtica, donde se cruzan costumbres ancestrales e historia secular con animación cultural e innovación tecnológica: Lisboa no tiene edad, pero le encanta la compañía. Como podrás constatar en cuanto encuentres a alguien que te explique, con muchos gestos y repeticiones, el mejor local para ir a escuchar Fado. A fin de cuentas, Lisboa es famosa por su hospitalidad y por la forma familiar de recibir a sus visitantes. A Lisboa se la puede amar por sus monumentos, sus condiciones ideales para practicar deporte o por su deliciosa gastronomía, o por todos estos motivos juntos y algunos más. Pero una cosa es segura: todo el tiempo del mundo no alcanza para disfrutar de todo lo que hay por ver y por hacer. Haga su elección y déjese conquistar por Lisboa. Algunos dicen que Lisboa está de moda. En nuestra opinión, Lisboa está aquí para quedarse. Como prueba tenemos que Lisboa ha ganado en diciembre de 2017 el mejor destino del mundo para viajes de “city-break”, en los prémios World Travel Awards, reconocidos como los Óscares del Turismo mundial.

Sigue a Belén y visita el Monasterio de los Jerónimos, donde se encuentra la tumba en el navegador Vasco da Gama. No dejes pasar por la Torre de Belén y el Patrimonio de los Descubrimientos, dos emblemáticos monumentos situados justo encima del Río Tajo. Y para los más golosos es en Belén que es la más famosa pastelería de Lisboa, donde los Pasteles de Belén son reyes. Del otro lado de la ciudad tenemos el Parque de las Naciones, donde puedes visitar el acu-

Lo que hacer Si sólo tiene dos o tres días para visitar Lisboa, el mejor será comenzar por el centro de la ciudad y recorrer sus hermosas calles y avenidas. Pasa por la Avenida da Liberdade, el Rossio y la Plaza del Comercio, y visitar la riquísima Iglesia de San Roque, la Basílica de la Estrella, el Elevador de Santa Justa, el Museo Arquiológico del Convento do Carmo, al mismo tiempo que recorre los barrios del Chiado y del Bairro Alto, el primer ideal para compras y el segundo para cenar a salir por la noche. A continuación, sube a la zona histórica de la ciudad y déjate envolver por la Catedral, la iglesia más antigua de la ciudad, la iglesia de Santo António (construida en el mismo lugar donde nació el santo portugués), el Monasterio de San Vicente y el Panteón Nacional. No se olvide de ver la vista más hermosa de Lisboa en el Mirador de la Señora del Monte e después pasar por el barrio más antiguo de Lisboa, Alfama, donde parece que el tiempo se detuvo hace unos siglos atrás. ¡Magnífico!

todos los que lo visitan. Sigue a Sintra precioso pueblo al pie de la Sierra del mismo nombre, sus características únicas han hecho que la UNESCO a clasificarla como patrimonio mundial. Tierra de conquistas, donde vivían reyes y reinas, es de visita obligada el Palacio de la Pena, el Castillo de los Moros y el Palacio de Monserrate. En los alrededores, merecen mención especial las Playas (de Maçãs, Playa Grande, Playa de Adraga) y Colares, que da nombre a una región vinícola con denominación de origen, y la pintoresca aldea de Azenhas do Mar, incrustada en un acantilado. Situada junto al mar, Cascais es otras de las vilas a no perder. Recomendamos un paseo por sus calles que poseen tiendas de excelente calidad o unos momentos de reposo en alguna de las múltiples terrazas que aquí existen. Las playas siguen siendo uno de los principales motivos de atracción, pudiéndose elegir entre las que se sitúan en la

ario más grande de Europa e los edificios más modernos de Lisboa. El fado es otra expresión portuguesa que también está considerado Patrimonio Mundial y que podemos escuchar por las noches en una casa de fados o en un barrio popular.

Cabo da Roca, Sintra y Cascais Tanto al norte como al sur de la capital, la gran variedad de paisajes y de patrimonio se encuentra siempre a poca distancia. Con playas, parques naturales, recorridos culturales y alojamiento para todos los gustos, al visitar Portugal resulta difícil pasar por alto la región de Lisboa. Mas si quieres saber un poco más allá de la ciudad y no tienes tiempo para más, ven a conocer el punto donde acaba la tierra y empieza el mar. Inmortalizado en las célebres palabras del mayor poeta portugués, Luís Vaz de Camões, el Cabo de Roca impresiona a

bahía abrigada de la aldea o las que quedan un poco más alejadas, en la zona de Guincho (integradas ya en el Parque Natural SintraCascais), que ofrecen condiciones excelentes para la práctica de surf y windsurf. La Boca del Infierno, un acantilado de la costa rodeado de paredes rocosas, escarpas y de cavernas, sigue siendo una curiosidad natural que atrae a muchos visitantes para observar la fuerza del mar.


alentejo

Por las planicies más genuinas

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as interminables planicies comienzan junto al Tajo. Si al norte el ritmo viene marcado por el verde de la campiña, al sur, el paisaje se combina con sol, calor y un ritmo acompasado. Es el Alentejo. Al norte, los pastos de los esteros; en el extenso interior, la inmensa llanura, mieses ondulando al viento; en el litoral, playas salvajes de una belleza inexplorada. La amplitud del paisaje se ve rota por alcornoques u olivos que resisten el paso del tiempo. Santarém es un mirador natural sobre la inmensidad del Tajo. Aquí y allí se yergue un recinto amurallado, como Marvão o Monsaraz, o la antigüedad de un anta que nos recuerda la magia del lugar. En los montes, casas blancas de planta baja coronan Pero no podemos dejar de explorar el litoral. En él, el paisaje es alto y escarpado, con pequeñas playas abrigadas entre escarpas, muchas de las cuales resultan ideales para el surf. Y también huele a campo, a las hierbas aromáticas que aderezan pescados, mariscos y otros platos regionales, que se acompañan con excelentes vinos de la región. Porque todo el Alentejo vive al ritmo de la tierra.

Gastronomía única La creatividad y la imaginación en la utilización de ingredientes muy sencillos han hecho de la gastronomía alentejana una sorpresa de sabores y una demostración de la hospitalidad de los alentejanos. El pan, el cerdo y el aceite san la base de una de las cocinas más sabrosas de Portugal, en una suave combinación de hierbas aromáticas como el cilantro, el perejil, el romero, el orégano, el poleo o la hierbabuena. pequeñas elevaciones, los castillos evocan luchas y conquistas, y los patios y jardines son testimonio de influencias árabes, que moldearon pueblo y naturaleza. En el Alentejo, la fuerza de la tierra marca el tiempo y ciudades como Elvas y Évora, catalogadas Patrimonio Mundial por la UNESCO, son una muestra de la tenacidad de su gente. Tal vez por eso, aquí la cultura y la espiritualidad tienen un carácter propio. También encontramos recuerdos del pasado en otras ciudades como Santarém, Portalegre y Beja, o en las antiguas juderías, especialmente en Castelo de Vide. La llanura se presta para paseos a pie o en bicicleta, pero los caballos también forman parte del lugar. Podemos combinar esos paseos con la observación de aves y, en presas como la del Alqueva, con la serenidad de las aguas o con la contemplación del cielo estrellado.

Una de las delicias regionales son las tapas. Ya sea como entrante o como degustación de especialidades, los huevos revueltos con espárragos trigueros, los pimientos asados, los torreznos o las migas con varios sabores y combinaciones resultan una tentación. La sopa, que puede ser el plato principal, es obligatoria. Puede ser un gazpacho, servido frío, o una sopa de cazón, de bacalao o de tomate con longaniza, hechas con pan. La que no se puede dejar de probar es la más

sencilla de todas: la açorda alentejana, que se hace con agua, aceite, ajo, huevo escalfado, pan y cilantro. También con pan se hacen las migas que acompañan las carnes de cerdo fritas o el bacalhau desfiado (bacalao desmigado), por ejemplo. Para acompañar, esta región tiene una grande tradición vitivinícola. El Alentejo posee vinos que nos sorprenden por su excelencia, por sus aromas y por sus colores, tan singulares como el paisaje y la propia gastronomía. En el litoral, merece la pena probar el pescado fresco de la costa u otras especialidades como los percebes o los platos con almejas, como la carne de cerdo a la alentejana.

Cante Alentejano Portugal cuenta entre su patrimonio cultural con una expresión musical genuina, única en el mundo, que es el cante alentejano, reconocido como Patrimonio Cultural Inmaterial de la Humanidad por la UNESCO. El cante alentejano se interpreta por coros formados hombres y mujeres sin ningún instrumento musical, y es una manifestación popular característica de los municipios del distrito de Beja, en la región históricamente conocida como Bajo Alentejo. Pero fueron el Ayuntamiento de Serpa y la Entidad Regional de Turismo del Alentejo quienes encabezaron la iniciativa de inscribirlo como Patrimonio de la Humanidad.


Lo Mejor de Portugal

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viajar 2018 / janeiro

algarve

Para todos, durante todo el año

H

acia donde quiera que vea, los colores de la sierra y del mar están siempre presentes, en una acuarela donde destacan puntos dorados, verdes y azules. La región es extensa y apacible, con clima mediterráneo, marcada por los olores del mar y de las flores silvestres. Un paseo a pie por el laberinto de calles, callejuelas y escaleras del interior algarvío es la mejor forma de conocer esta zona de la región. Piérdase también en la inmensidad de la franja litoral, teniendo como fondo las más bellas playas de Europa, donde se avistan los recortes de las rocas y acantilados de las sombras que dejan en la arena. Después del encanto del paisaje, los aromas y sabores de la cocina tradicional algarvía. Menú de golf, en las infraestructuras que la región ofrece para la actividad física, en la costa o en los montes algarvíos, que después de los rigores del invierno, y antes aún de los primeros indicios primaverales, se visten de un blanco rosáceo, debido a los almendros en flor que salpican el horizonte.

Playas de encantar confeccionado con pescado y marisco, como la caldeirada de pescado o la cataplana de almejas, o con toda la tradición de la comida de la sierra, como los cocidos de legumbres y coles. El elenco de ofertas pasa también por las famosas delicias regionales, representadas por el higo, la almendra, la algarroba y el aguardiente de madroño, destilados en las zonas de la sierra en viejos alambiques de cobre. Atravesar el Algarve, erguido entre lugares de gran interés ecológico, ricos en biodiversidad y ecosistemas, es caminar por siglos de tradición, aún hoy intacta. La artesanía que los artesanos algarvíos elaboran hábilmente, recurriendo a técnicas ancestrales, se manifiesta en la alfarería, cestería, en las piezas de cobre, latón y en los trabajos de lino y de yute. A dos pasos de la tranquilidad del interior, las animadas noches algarvías. Bares, discotecas, puertos deportivos y casinos aseguran la diversión de los más juerguistas. El patrimonio construido es otro punto de parada obligatoria. La arquitectura de las casas encaladas, con platabandas coloridas y chimeneas de belleza inigualable, los campanarios de las iglesias y los museos, que revelan fragmentos de los antepasados del pueblo algarvío, contribuyen a la singularidad de este destino. Se recomienda también la práctica de deportes al aire libre, ya sea en los verdes campos

Algunas de las más bonitas y acogedoras playas del mundo están en el Algarve. Y por eso, todos los años, miles de turistas las buscan. Se trata de un patrimonio natural que está siendo aprovechado de forma sostenible, dando origen a espacios de calidad aptos para responder a las diferentes necesidades. Playas para todos los gustos, en su mayoría reconocidas con la mención europea de la “Bandera Azul”. A lo largo de unos 200 km, la costa del Algarve se divide en ensenadas, acantilados, grutas, playas rocosas y amplios arenales. Playas de diferentes formas y tamaños, bañadas por aguas límpidas, cálidas y tranquilas.

nales, junto con el fabuloso paisaje en el que se enmarcan, satisfacen los requisitos de los adeptos más exigentes, demarcando la región como un destino privilegiado para la práctica de la modalidad. El clima templado, con más de trescientos días de sol al año, permite que la época de golf se extienda durante varios meses, llevando a los campos del Algarve a jugadores de todo el mundo.

Turismo de negocios Lejos del bullicio de los meses de verano, existe un Algarve tranquilo, propicio para la concentración, para la celebración de reuniones e incentivos de negocios. En un ambiente acogedor, con instalaciones provistas de las comodidades necesarias para las exigentes

Golf de calidad Uno de los mejores destinos de golf de Europa, el Algarve está actualmente considerado un producto de élite para los que practican la modalidad. Los trazados de los campos, gran parte de ellos concebidos por arquitectos internacio-

reuniones de negocios, el Algarve es ya una referencia en este segmento. Al beneficiarse de buenas conexiones aéreas y terrestres con otras partes del mundo, así como de una amplia gama de hoteles de cuatro y cinco estrellas, este destino se ha asumido como la capital del turismo de negocios en el sur de Portugal. La región también dispone de muchas alternativas para pasar el tiempo entre las reuniones. Con una serie de actividades programadas, animación nocturna y eventos culturales, se cierra un círculo que combina sabiamente negocios y placer.


madeira

Para visitar y volver

E

l agradable clima de Madeira y Porto Santo permite unas vacaciones inolvidables durante todo el año. Practicar todo tipo de actividades deportivas y de ocio, al aire libre, és possible en cualquier época del año. Las opciones son variadas y pasan por las modalidades náuticas, terrestres y aéreas, dentro de un abanico que va desde las actividades más relajantes hasta los deportes tradicionales y otros más radicales. También podrá coger las mejores olas de Europa en las playas de Jardim do Mar, Fajã da Areia (São Vicente) o de Porto da Cruz. Por otro lado, las levadas son canales de irrigación que se pueden encontrar en la isla de Madeira y en la isla de La Palma, en Canarias. También se llama así a los canales, normalmente de menores dimensiones, que llevan el agua a los molinos de agua.

Porto Santo, el paraíso A pocos kilómetros de la isla de Madeira se encuentra la Isla de Porto Santo. Un paraíso para los amantes de playa. Con un extenso y continuo arenal de arena fina y dorada de 9 kilómetros que hacen de la popularmente apodada «Isla Dorada» su imagen de marca y su gran icono, con sus aguas cristalinas y tibias, de un azul turquesa irrepetible, se convierte en un legado único en nuestro país y poco habitual en el mundo. Ha sido elegida la mejor «playa de dunas» en el marco del concurso «7 Maravillas - Playas de Portugal».

Su extensión es de cerca de 3.000 km y se pueden recorrer a pie. Además, permiten acceder al corazón de la isla, donde el visitante encontrará paisajes que cortan la respiración. ¡De los 0 a los 1 862 metros la emoción está garantizada! Las levadas de Madeira forman parte de un conjunto de áreas protegidas, de las que destacan el Parque Natural de Madeira y el Parque Ecológico de Funchal.

ingredientes ricos, como especies variadas, frutos secos y miel de caña de azúcar. Relativamente a las bebidas, los zumos de frutas naturales, como el maracuyá, la papaya, la guayaba, el mango, y el célebre “ponche” de Madeira, elaborado con aguardiente de caña, miel de abejas y limón, constituyen buenas opciones. Las diferentes castas del famoso Vino de Madeira, que se saborea como aperitivo o al final de una comida, se presentan como selecciones históricas.

Hostelería de Madeira – la calidad reconocida La oferta de alojamiento en Madeira es amplia y de gran calidad, desde el encanto de la centenaria hostelería tradicional, pasando por la modernidad de los hoteles de cinco estrellas, la simpática hospitalidad de las casas de turismo rural, a las tradicionales quintas de Madeira. La historia de la hostelería de Madeira está liderada por el Hotel Reid’s Palace, con

Laurissilva, Patrimonio de la Humanidad

Una paleta de sabores

Una de las mejores maneras de conocer el bosque húmedo subtropical de Laurisilva es caminando por las veredas y levadas que cruzan esta mancha verde, además de tener un contacto directo con las especies endémicas de flora y fauna de Madeira. Compuesto mayoritariamente por árboles de la familia de las lauráceas y endémico de Macaronesia - región formada por los archipiélagos de Madeira, Azores, Canarias y Cabo Verde, adquiere mayor expresión en las tierras altas de la isla de Madeira, donde se encuentra la extensión más amplia y mejor conservada. En 1999 fue considerada Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO y ocupa un área de unas 15.000 hectáreas.

Dada la proximidad del mar, la mayoría de los restaurantes pone a disposición excelentes platos de marisco y de pescado fresco. Lapas a la plancha; pulpo y camarón, en sus diversas formas; Filetes de Atún y Filetes de Espada al estilo de Madeira son apenas algunos ejemplos de manjares locales. Otro plato irrecusable es la “espetada” de carne de vaca en brocheta de palo de laurel, acompañada por Maíz Frito y del típico pan “Bolo-do-Caco”, con mantequilla de ajo. La isla de Madeira presenta además una rica pastelería; sin embargo, el dulce más típico de esta isla es el tradicional “Bolo-de-Mel”, considerado como el verdadero “ex libris” de la pastelería de Navidad, confeccionado con

más de 120 años de existencia como hotel, por el que han pasado numerosos ilustres visitantes. El archipiélago de Madeira reúne, entre su oferta hotelera, los más diversos galardones en las áreas más variadas, cuyos establecimientos hoteleros ostentan orgullosamente. scribirlo como Patrimonio de la Humanidad.


Lo Mejor de Portugal Azores

El encanto de la paisaje en el medio del Atlántico

E

n la inmensidad azul del Atlántico, la madre naturaleza creó una tierra repleta de belleza natural y lista para ser explorada: el Archipiélago de Azores. En el Oriente, en la isla de Santa María, las playas son cálidas y de arena clara, y los viñedos que cubren las laderas en anfiteatro recuerdan escaleras para gigantes. San Miguel, la mayor isla, encanta con sus Lagunas de las Siete Ciudades y del Fuego. La fuerza que la tierra emana se siente en los géiseres, en las aguas termales calientes y en los lagos volcánicos, así como en el sabroso “Cocido de las Furnas” lentamente cocinado en el interior de la tierra. En el Grupo Central, las Islas Tercera, San Jorge, Pico, Faial y Graciosa se disponen armo-

niosamente en el mar azul por donde ballenas y delfines acechan haciendo las delicias de los visitantes. Tercera habla de historia en Angra do Heroísmo, clasificada Patrimonio Mundial, y también en sus fiestas. Faial es el fresco azul de las hortensias, la marina colorida por las pinturas de los yates venidos de todo el mundo y el volcán de los Capelinhos que, ya extinto, recuerda un paisaje lunar. En frente, el Pico, la montaña que nace del mar con sus viñedos plantados en negros campos de lava. En San Jorge, el destaque va para las Fajãs y para su queso, especialidad única y de sabor inconfundible. Graciosa de nombre y de apariencia, esta isla verde tiene campos cubiertos de viñas que contrastan con sus peculiares molinos de viento. Ya en el grupo occidental, en la Isla de las Flores, nos deslumbra la belleza de las cascadas naturales y de lagunas excavadas por volcanes. Corvo, la isla miniatura, tiene en su centro una amplia y hermosa caldera y atrae varias especies de aves venidas no sólo del continente europeo, sino también del americano. Los Azores, nueve islas, nueve pequeños mundos, que tienen tanto de común como de diferente, pero donde la simpatía de sus habitantes es compartida por todos. Mucho tiene para visitar e observar más son tres los grandes destaques.

La isla verde La isla de São Miguel es la mayor de los Azores, formando el Grupo Oriental del Archipiélago junto a la isla de Santa María, situada a 81 km de distancia. Situada en torno a una bahía natural, la ciudad de Ponta Delgada posee una rica historia y patrimonio construido. Las Puertas de la Ciudad son el punto de partida perfecto para explorar la ciudad, rápidamente identificadas por sus tres arcos que conectan la zona marginal y la Plaza de la República. Pero para descubrir la apodada “isla verde”, tenemos que salir de la capital y encontrar la verdadera naturaleza. Comenzamos sin em-

Ciudad de Angra do Heroísmo, Patrimonio de la Humanidad En la tercera isla de las Azores a ser descubierta por los navegadores del s. XV, Angra do Heroísmo fue la primera ciudad del archipiélago, estratégicamente situado en el Océano Atlántico. Angra ganó importancia como almacén comercial y sirvió de escala en las rutas de navegación entre Europa, las Américas y la India, sirviendo como punto de salida de los diversos productos de las otras islas, así como uno de los principales puntos de llegada, lo que se mantiene hasta los días de hoy debido al Aeropuerto Internacional de Los Lajes. Su larga historia y el patrimonio construido a lo largo de los siglos llevaron a que el centro histórico fuera clasificado Patrimonio de la Humanidad. La ciudad, así como muchas otras localidades de las Azores, tiene una belleza especial que resulta del contraste entre la naturaleza exuberante y la piedra oscura utilizada en la construcción, reveladora del origen volcánico de las islas.

Paisaje Cultural de la Viña de Pico

bargo la subida hacia la emblemática Laguna de las Siete Ciudades, alcanzando el mirador “Vista del Rey”. De aquí, donde podemos admirar toda la belleza del cráter gigante en cuyo fondo coexisten las lagunas Verde y Azul, hermanadas por un puente de arcos, que según reza la leyenda tuvieron origen en las lágrimas de una princesa y de un pastor unidos por un amor imposible. Pero en San Miguel viven las grandes Lagunas de las Azores, y por eso el encanto prosigue luego al lado en las Lagunas Santiago, Rasa, Canario, Éguas, Empadadas, Caldero grande y del carbón.

Clasificada desde 2004 como Patrimonio Mundial de la UNESCO, tiene como característicos los muros de piedra erguidos paralela y perpendicularmente a la línea de costa para separar la viña, cultivada en suelo de lava negra.




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