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CAPÍTULO I CONTEXTO
Buscando encarar uma das patologias observada na região de Petrópolis-RJ, e esmiuçada no plano diretor Entre Cheias e Vazios, o Modelo de Praça Alagável – Praça Visconde de Mauá procura enfrentar as inundações que ali ocorre e que de maneira agressiva aflige os petropolitanos.
Sendo uma cidade de morros e recortados por rios, essa localidade sofre com constantes inundações e deslizamentos.
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Originaria por sua característica geomorfológica ou por processos antrópicos, essa problemática instigou os alunos a examinarem soluções técnicas projetuais no âmbito da arquitetura e urbanismo para que de alguma maneira possam auxiliar no bom desenvolvimento deste território históricocultural.
Inicialmente, Petrópolis-RJ se tornou atraente para família imperial quando Dom Pedro I decide construir nela seu palácio de veraneio em 1830. Durante os anos seguintes a expansão dessa urbe se deu através de um crescimento populacional formado por imigrantes europeus interessados na industrialização e na esperança de uma vida nova que essa localidade prometia. O desenho urbano desenvolvido por Júlio Frederico Koeler, trazido de sua experiencia empírica das cidades alemãs de sua criação, versava com o cuidado ambiental e uma boa ocupação das encostas, além de todo levava o tráfego de pedestres e automóveis a serem alocados ao lado dos rios.
Contudo o crescimento populacional dessa região se intensificou e se descontrolou com ocupações irregulares que surgiram em locais de alto risco.
Deslizamentos e inundações são
adversidades características dessa cidade devido sua formação natural de serras e morros, recortadas por vales e rios. Porém essas patologias se intensificaram com ações antropológicas, como más canalizações de rios e ocupações irregulares de encostas.
Legenda: Petrópolis-RJ. Fonte: TFG Petrópolis, 2022.
Legenda: 1° Distrito - Petrópolis
Fonte: TFG Petrópolis, 2022.
Legenda: Imagem aérea evidenciando o relevo da cidade. Fonte: Google Earth, 2022.
A Praça Visconde de Mauá se localiza ancorada no pé de um morro com ocupações em seu aclive e de frente com um trecho canalizado do rio Quitandinha, sofre constantemente com inundações degranado assim um espaço público marcante para a população petropolitana.
Praça Visconde de Mauá, popularmente conhecida como Praça da Águia, possui uma área de 2676,5m² e seus edifícios lindeiros são: Câmara Municipal de Petrópolis RJ; Secretaria da Educação; Centro Cultural Raul de Leoni Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis RJ. No século XIX em meio a industrialização, Irineu Evangelista de Souza ajudou a trazer a modernidade ao Brasil no auxílio a implantação da locomotiva, iluminação a gás etc. Por esses feitos recebeu do imperador o título nobre de Visconde de Mauá e logo após, em sua homenagem, a praça levou seu nome.
Imagem 1: Praça Visconde de Mauá, popularmente conhecida como Praça da Águia.
Imagem 2: Via de principal acesso, Rua da Imperatriz.
Imagem 3: Trecho canalizado do rio Quitandinha .
Imagem 4: Conexão direta entre a Prç. Visconde de Mauá e o Museu do Imperador.
Imagem 5: Prefeitura de Petrópolis e secretaria da educação.
Imagem 6: Via predominantemente comercial e habitacional.
Imagem 7: Câmera Municipal.
Imagem 8: Escola Liceu Mun. Pref. Cordolino Ambrósio.
Imagem 9: Centro Cultural Raul de Leone e Instituto de Cultura e Turismo.
Cap Tulo Ii Modelo De Pra A Alagav L
PRÇ. VISCONDE DE MAUÁ
01. PARTIDO
Alguns princípios nortearam o desenvolvimento da forma da bacia assim como suas áreas de permanência.
O monumento da águia, ponto central da praça, definidor de eixo visual e marco para os petropolitanos foi estabelecido como estrutura principal na construção do lugar (imagem 1), logo entender a dinâmica do local ajudou a definir seus fluxos e com isso definir os espaços (imagem 2).
Eixos radiais foram dispostos para determinar conexões entre as estruturas lindeiras (imagem 3), e com isso, dispor zonas preliminares para conformação do espaço esperado, (imagem 4) para que no fim o delineado da forma final fosse estabelecido (imagem 5).