TFG - Casa da Música

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CASA DA MÚSICA



CASA DA MÚSICA

Universidade Braz Cubas Graduação em Arquitetura e Urbanismo Trabalho de Conclusão – TC Victor Henrique Serrão Gimenez | RGM 253.577 Orientadores: Prof. Ricardo Hatiw Lu Prof. Fátima Martins Prof. Celso Ledo Mogi das Cruzes

Maio / 2014



A Deus em primeiro lugar, por iluminar meu caminho ao longo da minha jornada; À minha família e Bianca pela paciência e pelo apoio incondicional; Aos professores Ricardo, Celso e Fátima pela orientação e suporte, sempre com muita dedicação; Aos meus amigos pelo apoio e pelas horas de distração tão importantes para a renovação dos ânimos nesta etapa tão difícil; Aos meus amigos da BSA pelo apoio mútuo durante toda a caminhada; À todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação; Meu sincero muito obrigado.



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Índice 1

INTRODUÇÃO

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A MÚSICA – HISTÓRIA E DEFINIÇÃO

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A ORIGEM DAS CASAS DE ESPETÁCULOS

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ESTRUTURA E TIPOLOGIA DAS CASAS DE ESPETÁCULOS 4.1 TEATRO 4.2 CASA DE ÓPERA 4.3 AUDITÓRIO 4.4 CASA DE SHOW 4.5 ESPAÇOS ABERTOS / ESTÁDIOS 4.6 CENTRO CULTURAL 4.7 CASAS NOTURNAS / RESTAURANTES

15 16 17 18 19 20 21 21

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NORMAS E LEGISLAÇÃO PERTINENTES 5.1 FEDERAIS 5.2 ESTADUAIS 5.3 NORMAS

22 23 23 24

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QUESTÕES TÉCNICAS 6.1 ACÚSTICA 6.1.1 ISOLAMENTO ACÚSTICO 6.1.2 TRATAMENTO ACÚSTICO E MATERIAIS ACÚSTICOS 6.1.3 TEMPO DE REVERBERAÇÃO 6.1.4 SISTEMAS ELETROACÚSTICOS 6.2 CONFORTO TÉRMICO 6.3 LINHAS DE VISIBILIDADE 6.4 ILUMINAÇÃO TÉCNICA 6.5 ESPAÇOS COMPLEMENTARES DE AUDITÓRIOS

25 26 26 28 29 30 31 32 33 34

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ESTUDOS DE CASOS 7.1 CASA DA MÚSICA 7.2 AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA 7.3 CREDICARD HALL 7.4 HSBC BRASIL

35 37 39 41 43


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ÁREA DE INTERVENÇÃO – ESTUDOS E ANÁLISES DO LOCAL 8.1 A CIDADE DE MOGI DAS CRUZES 8.1.1 PROJETOS MUSICAIS DE EXPRESSÃO NA CIDADE E REGIÃO 8.1.2 EVENTOS E CONCERTOS 8.1.3 EQUIPAMENTOS EXISTENTES UTILIZADOS PARA PRÁTICAS MUSICAIS 8.1.4 PRINCIPAIS EQUIP. UTILIZADOS PARA APRESENTAÇÕES MUSICAIS NA CIDADE 8.1.5 INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO MUSICAL 8.1.6 DIRETRIZES DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA – PLANO DIRETOR

45 46 47 48 49 50 51 52

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LOCALIZAÇÃO DO PROJETO 9.1 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DA ÁREA 9.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO TERRENO 9.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 9.4 GABARITO DE ALTURA 9.5 SISTEMA VIÁRIO 9.6 TRANSPORTE PÚBLICO 9.7 EQUIPAMENTOS NOTÁVEIS DO ENTORNO 9.8 RESTRIÇÕES DE USO DO SOLO - LUOS 9.9 CÁLCULO DOS ÍNDICES SEGUNDO A LUOS 9.10 ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

53 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64

10 PROJETO 10.1 CONCEITO 10.2 PARTIDO 10.3 ORGANOGRAMA 10.4 FLUXOGRAMA 10.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES 10.6 ESQUEMAS ESTRUTURADORES DA FORMA / PROCESSO CRIATIVO 10.7 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO 10.8 SETORIZAÇÃO 10.9 DESENHOS TÉCNICOS 10.10 PERSPECTIVAS

65 66 68 69 70 71 75 82 84 85 111

11 REFERENCIAL TÉCNICO

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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS

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1 INTRODUÇÃO


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Na cidade de Mogi das Cruzes, assim como na região do Alto Tietê há uma demanda cultural com a carência da existência de um equipamento especificamente dedicado ao fomento à música, tanto no âmbito educacional quanto como estrutura para apresentações. A proposta do tema deste trabalho é a implantação de um novo equipamento de cultura na cidade, com estrutura adequada para o desenvolvimento de atividades relacionadas à música. Um espaço que terá como função promover a educação musical para a população, apoiar os projetos musicais da cidade e oferecer estrutura para apresentações de pequeno, médio e grande público, sendo capaz de reunir da música erudita à popular em uma só instituição.

“Sem música a vida seria um erro.” Friedrich W. Nietzsche

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2 A MÚSICA HISTÓRIA E DEFINIÇÃO


12 A “Música” é a arte da combinação dos sons e o silêncio segundo Coll e Teberosky (apud ARAUJO, 2013a). Se pararmos para observarmos os sons que estão à nossa volta concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida. Hoje a música se faz presente em todas os aspaectos de nossa vida, pois ela é uma linguagem de comunicação universal (figura 1), utilizada para fins de entretenimento, diversão, fins religiosos, para protestar, intensificar, vender, trilhar, ambientar, dentre muitas outras funções. “A música possui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. A música é uma linguagem local e global.” (COLL, César, TEBEROSKY, Ana, 2000).

A música está presente em todos os lugares, e é praticamente impossível viver sem música. Nos dias de hoje, o domínio da teoria e técnica musicais possibilitam uma diversidade de incontáveis estilos musicais, os quais podem variar e ser caracterizados de acordo com a região, cultura, interesses, entre outros. (ARAUJO, 2013a).

Figura 1 – A música Fonte: BOM MAMBU, 2013

Conforme Bennett (1986), na pré-história, o homem primata já produzia uma forma de música proveniente basicamente de utensílios que eram utilizados em seu cotidiano. Era na arte que os primatas podiam expressar seus sentimentos, crenças, medos, desejos, como também outros aspectos que fugiam à razão. Atualmente é possível dividir a história da música em períodos específicos, porém é evidente que este processo de fragmentação da história não é tão simples, pois a passagem de um período para o outro é gradual, lento e com sobreposição. Pode-se analisar a evolução cronológica a partir do século V passando pela música renascentista, barroca, clássica, até os dias atuais, onde existem incontáveis estilos, os quais são oriundos de milhares de anos de experimentações, em que se torna praticamente impossível de se mensurar a quantidade de formas e representações da música ao redor de todo o planeta.

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3 A ORIGEM DAS CASAS DE ESPETÁCULOS


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Os primeiros registros de casas de shows direcionadas exclusivamente para apresentações musicais apontam que seu surgimento se deu na Grã Bretanha, nos anos de 1850, onde eram chamados music halls. Antes do surgimento dos music halls, existiam locais que promoviam entretenimento em cidades populosas e cidades Britânicas desde os anos de 1830, os quais podiam ser desde os fundos de saloons e pubs, Song & Supper Rooms (restaurantes onde ocorriam apresentações informais) até feiras livres, parques e praças. Nesses locais também eram oferecidos outros tipos de entretenimento como apresentações teatrais, comédias entre outros e não apenas apresentações musicais. Nos anos de 1850 começam a surgir as casas de entretenimento próprias para as apresentações. Surgem então, os Music Halls (figura 2). O crescimento foi rápido nos anos seguintes e por volta de 1870 já existiam mais de 380 Music Halls em toda Inglaterra. Este crescimento alavancou não só o crescimento dos music halls (em número e estrutura), como também elevou as apresentações e artistas a níveis mais profissionais. Os music halls mudaram a forma de entretenimento da sociedade na época, sendo a mais aclamada forma de diversão, onde além de prestigiar boa música as pessoas podiam jantar e consumir bebidas alcoólicas, confraternizando família e amigos. Apesar de os music halls possuírem uma particularidade britânica, outros dois países também tinham uma tradição de music halls: França e Estados Unidos (VICTORIA AND ALBERT MUSEUM, 2013). No Brasil, a primeira casa de espetáculos de que se tem registro é a Casa da Ópera de Vila Rica, atual Teatro Municipal de Ouro Preto (figura 3). Considerado o teatro mais antigo das américas ainda em funcionamento, foi construída em 1769 pelo coronel João de Souza Lisboa, dentro da tradição arquitetônica luso-brasileira. (CTAC, 1997).

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Figura 2 - Music Hall Britânico Fonte: VICTORIA AND ALBERT MUSEUM, 2013

Figura 3 - Teatro Municipal de Ouro Preto Fonte: ESPAÇO LUAU, 2013


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4 ESTRUTURA E TIPOLOGIA DAS CASAS DE ESPETÁCULOS


16 A estrutura de uma casa de espetáculo poderá variar dependendo do tipo de apresentação a que se destina, não necessariamente a apenas um tipo, podendo ser possível a execução de diversos tipos de apresentações em um mesmo local. Por exemplo, uma casa de espetáculo própria para shows poderá ser diferente – não será uma regra – de um teatro, mesmo ambos podendo ser classificados como casas de espetáculos (RICHARDS, 2006). Fazendo uma breve análise, podemos diferenciar as tipologias de cada casa de espetáculo a partir de seu programa de necessidades, formato do edifício, capacidade de espectadores e disposição para acomodação dos mesmos, estrutura de equipamentos, camarins e áreas técnicas, isolamento acústico, tratamento acústico, possibilidade de servir comes e bebes, entre outros, conforme segue:

4.1 TEATRO Para Martins e Tamanini (2005), o teatro é um bem público que marca uma determinada época, sendo um referencial no contexto urbano, que leva cultura à população na forma da expressão artística, seja ela através da representação ou da música, independentemente da tipologia. As tipologias caracterizam-se principalmente pela disposição do palco e da platéia, cada uma com sua identidade, proporcionando um contato do artista com o público, seja de frente, de lado, ao redor, no centro, em local aberto ou fechado, sendo o Italiano (figura 4), o mais utilizado.

Figura 4 - Tipologias de um teatro tipo italiano Fonte: CTAC, 1997

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4.2 CASA DE ÓPERA

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Conforme Araujo (2013b), uma casa de ópera ou teatro de ópera é um edifício próprio para a representação de peças de ópera. O espaço é geralmente concebido especificamente para tal, embora a interpretação de outras artes cênicas no local também seja possível. Apresentações de ballet são muito comumente realizadas em casas de ópera. As casas de ópera devem possuir tratamento acústico adequado, definido e projetado por especialistas, especialmente desenvolvido para música orquestrada, que demanda um ambiente com mais reverberação, onde não se recomenda um projeto acústico genérico para diversos estilos musicais, como pode ocorrer em outras casas de espetáculos. Camarotes estão presentes na maioria das casas de ópera, os quais possuem um importante apelo num contexto histórico, em que sempre foram ocupados por cidadãos de alta classe. Possui amplo palco para as apresentações cênicas. Logo à frente do palco, existe o fosso de orquestra, com dimensões generosas, destinado a abrigar grandes orquestras que podem chegar a mais de 100 músicos. Uma das maiores e mais impressionantes casas de ópera existentes na atualidade é a Ópera de Sydney, ou Teatro de Sydney (figura 5), projetada pelo arquiteto dinamarquês Jorn Utzon (SYDNEY OPERA HOUSE, 2012).

Figura 5 - Casa de Ópera de Sydney Fonte: SYDNEY OPERA HOUSE, 2012

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4.3 AUDITÓRIO

Um auditório é um espaço destinado a promover a audição de concertos e/ou palestras, workshops, entre outros. Pode variar quanto ao seu uso específico e dimensão. Existem auditórios que se configuram como edifícios independentes sendo o Auditório do Ibirapuera (figuras 6 e 7) projetado por Oscar Niemeyer o mais notável do país, ou pode situar-se como parte de um edifício que tenha outro uso principal, como exemplo auditórios de universidades, empresas, entre outros. Segundo Soler (2004), essencialmente, hoje, o grande objetivo projetual de um espaço de auditório é fazer com que a platéia e o palco estejam integrados, dentro de um mesmo espaço arquitetônico, possibilitando uma relação entre o ator ou orador e os espectadores. O conceito de auditório deve sugerir, nas características do seu desenho, um espaço prazeroso, acolhedor e teatral, considerando que o espectador não vai apenas para ver e ouvir uma peça ou um orador, mas para ver e ser visto, o que transforma as visitas a teatros e auditórios, também, em uma razão social.

Figura 6 - Auditório do Ibirapuera - vista externa Fonte: LE COSTUME, 2013

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Figura 7 - Auditório do Ibirapuera - vista interna Fonte: ARTEIRA, 2013


4.4 CASA DE SHOW

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As casas de shows são edifícios que se configuram como espaços próprios para concertos, com estrutura de som adequada, assim como tratamento e isolamento acústicos propícios, podendo variar em sua dimensão, localidade, e estrutura de serviços oferecidos (DOURADO, 2004). No páis, podemos citar algumas importantes casas de shows como o HSBC Brasil e Credicard Hall em São Paulo, Citibank Hall no Rio de Janeiro e Chevrolet Hall em Olinda. Muitas casas de shows, conforme observado em Credicard Hall (2013) e HSBC Brasil (2013), além de terem a função de realizar concertos, também oferecem flexibilidade e podem ser consideradas como espaços para eventos em geral, o que traz grande versatilidade no qual o layout interno é alterado para se adequar a diversos outros tipos de eventos como confraternizações, premiações, eventos empresariais, convenções, formaturas, casamentos, aniversários, desfiles de moda, entre outros. Ainda num sentido mais amplo, algumas casas como a Casa da Música na cidade de Porto em Portugal e a Cidade das Artes (figura 8) no Rio de Janeiro podem oferecer até bibliotecas, restaurantes e espaços culturais, tornando-se não apenas uma casa de shows, mas um edifício de múltiplo uso, com ênfase em artes e música.

Figura 8 – Cidade das Artes Fonte: PINIWEB, 2013

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4.5 ESPAÇOS ABERTOS / ESTÁDIOS Dependendo do tipo de apresentação e do nível de popularidade, alguns concertos demandam locais com grandes espaços com o objetivo de reunir um número elevado de pessoas ao passo que uma casa de espetáculo não seja suficiente para abrigar um público tão grande. É o caso de shows de grandes artistas nacionais e internacionais reconhecidos mundialmente. Recorre-se então, a grandes espaços que são em sua maioria, abertos. Neste grupo, podemos citar alguns exemplos como o espaço situado dentro do parque Anhembi em São Paulo, ao lado do sambódromo, chamado “Arena Anhembi”, com capacidade para 30 mil pessoas; estádios como o Morumbi (figura 9) em São Paulo – um dos mais cotados para esta finalidade -, Mané Garrincha em Brasília, Fonte Nova em Salvador, Mineirão em Belo Horizonte e Maracanã no Rio de Janeiro, todos com capacidade próxima entre 40 e 60 mil pessoas, alguns podendo chegar a 90 mil pessoas em sua capacidade máxima (LASTFM, 2013). Também podemos citar a Cidade do Rock (figura 10), um espaço construído para abrigar um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock in Rio, com 150 mil metros quadrados de área e capacidade para 100 mil pessoas na edição de 2011. O espaço contava com dois palcos principais, setores anexos como a “Rock Street”, simulando uma rua comercial de uma cidade, além de uma roda gigante e uma tirolesa que passava por cima da plateia (LIMA, 2013). Conforme Silva (2005), os concertos nesses locais necessitam de estrutura de som reforçada e muita experiência e capacidade dos técnicos para que o som seja distribuído da mesma forma para todos os setores do espaço, para que o concerto seja ouvido por todos, independente de onde se esteja. Lugares maiores como estes também podem receber grandes equipamentos que aumentem a capacidade de entretenimento do público como telões gigantes, palcos imensos com pistas avançando pela plateia, até mesmo shows pirotécnicos com fogos de artifícios.

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Figura 9 - Concerto no estádio do Morumbi Fonte: METELECO, 2013

Figura 10 - Cidade do Rock Fonte: LIMA, 2013


4.6 CENTRO CULTURAL

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Segundo Guedes (ca. 2010), Centros culturais são espaços que podem ter programas extensos e complexos que visam as melhores condições espaciais para oferecer os serviços dispostos ao público. Dentre as inúmeras atividades que podem ser encontradas ou praticadas nesses espaços, estão as de âmbito cultural como teatro, música, artes plásticas, museus, bibliotecas, cinema, literatura; as de âmbito educacional como cursos complementares, educação infantil, educação para adultos, educação em saúde; e as de lazer como diversos tipos de esportes, turismo e recreação, sem contar os projetos sociais que também podem ser organizados nos centros culturais.

Figura 11 - Sesc Pompéia Fonte: ARQFOLIO, 2013

A instituição de maior destaque no país dentro desta classificação é o SESC (figura 11). Criado em 1946, é uma instituição brasileira privada, sem fins lucrativos, mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, através de recursos públicos, aberto à comunidade em geral. Com abrangência nacional, possui mais de 350 unidades fixas em todo o país incluindo periferias e pequenas cidades, oferecendo todos os tipos de atividades relacionadas à cultura, lazer, saúde e educação. Além disso, também conta com unidades itinerantes funcionando em postos localizados dentro de outras instituições, em parceria com a sociedade. A articulação, somada às unidades fixas e móveis, é a base do grande alcance do Sesc. Algumas de suas unidades foram projetadas por grandes nomes da arquitetura nacional como Lina Bo Bardi (Sesc Pompéia), Miguel Juliano (Sesc Pinheiros e Santana), Francisco Spadoni (Sesc Araraquara e Campinas), entre outros (SESC, 2013).

4.7 CASAS NOTURNAS / RESTAURANTES Casas noturnas (figura 12), também conhecidas como discoteca, boate ou danceteria, são locais destinados à prática da dança, e servem bebidas aos visitantes. Casas noturnas e restaurantes podem, opcionalmente, oferecer atrações musicais, dependendo do seu público-alvo e estratégia de mercado. Existem casas noturnas e restaurantes que oferecem sempre um mesmo tipo de música de modo a criar uma identidade com o local, atraindo um determinado público específico (PRIBERAM, ca. 2012).

Figura 12 – Casa Noturna Fonte: CENTRAL PRESS, 2013

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5 NORMAS E LEGISLAÇÃO PERTINENTES


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5.1 FEDERAIS •

Artigo 225 da Constituição Federal - legislação básica aplicável referente à poluição sonora estabelece: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988).

Resolução CONAMA nº. 002, de 08.03.1990, que institui o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora, Silêncio, resolve, entre outros: “Incentivar a capacitação de recursos humanos e apoio técnico e logístico... para receber denúncias e tomar providências de combate... e tomar providências de combate a poluição sonora urbana em todo o Território Nacional...” (CONAMA, 1990)

Lei nº 8.313 de 23.12.1991 - Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), a qual estabelece: “Com o objetivo de incentivar as atividades culturais, a União facultará às pessoas físicas ou jurídicas a opção pela aplicação de parcelas do Imposto sobre a Renda, a título de doações ou patrocínios, tanto no apoio direto a projetos culturais apresentados por pessoas físicas ou por pessoas jurídicas de natureza cultural, como através de contribuições ao FNC...” (BRASIL, 1991)

5.2 ESTADUAIS •

Decreto Estadual nº 46.076/2001 que, em conjunto com as novas Instruções Técnicas, regulamenta a proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, conforme seus objetivos estabelecem: “I - proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio; II - dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio; III - proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; IV - dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.” (SÃO PAULO, 2001)

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Lei nº 12.342 de 27.09.1978, que dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde, a qual estabelece:

“Artigo 1°. - ...dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde, no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde...” (SÃO PAULO, 1978)

5.3 NORMAS •

Normas da ABNT de nº. 10.151 e 10.152 que dispõe sobre acústica e níveis de ruído, cujos principais objetivos são: “Esta Norma fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído... especifica um método para a medição de ruído, a aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva em conta vários fatores.” (ABNT, 1992 a, 2000)

Norma da ABNT de nº. 5413 - Iluminância de interiores, que estabelece conforme o seguinte: “Esta Norma estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.” (ABNT, 1992 b)

• Norma da ABNT – NBR 9050, que dispõe sobre acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, a qual prevê os seguintes critérios: “Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.” (ABNT, 2004) •

Norma da ABNT – NBR 9077, que dispõe sobre saídas de emergência em edifícios, a qual estabelece: “Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir: a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física; b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população.” (ABNT, 2001)

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6 QUESTÕES TÉCNICAS


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6.1 ACÚSTICA O projeto de salas de espetáculos necessita de estudos específicos das condições acústicas, que devem ser consideradas no início do processo criativo. Um projeto acústico deve ser cuidadosamente estudado, tão quanto deve ser o estudo do planejamento estrutural ou arquitetônico de um prédio. Soler (2004) e Silva (2005) concordam que a preocupação com a acústica de um auditório não é apenas uma questão de condicionamento acústico do ambiente e preservação da qualidade ambiental; inúmeros são os aspectos que interagem entre arquitetura e acústica. Em geral, para que o bom desempenho acústico de uma sala ocorra são necessários: uma boa inteligibilidade do som, distribuição sonora uniforme, controle de ruído e sombras acústicas, e tempo de reverberação adequado. No caso da acústica de auditórios e teatros, essa relação é mais profunda, porque o bom comportamento acústico do espaço é essencial, e são diversas as interferências provocadas pelo desenho do espaço, pelo mobiliário especificado e pelos equipamentos instalados. É fundamental que o ambiente seja tratado acusticamente, para que problemas como ecos, vibrações e abafamento sonoro não ocorram, evitando o cansaço auditivo, desânimo e irritação dos ouvintes. Um bom projeto acústico deve ser funcional, isto é, todos os detalhes devem ser especificados com critério, a fim de se evitar emprego de materiais supérfluos. “A acústica, como acontece com o concreto armado, é um elemento determinante da forma arquitetônica e influi até mesmo na plástica dos edifícios” (SILVA, 2005).

6.1.1 ISOLAMENTO ACÚSTICO O isolamento acústico é um dos parâmetros importantes do controle de ruído nos edifícios, quando se minimiza a passagem do som de um compartimento para outro compartimento vizinho ou vice-versa. Qualquer superfície plana funciona, ao refletir as ondas sonoras, como se fosse um espelho plano refletindo a luz. Com isso, as formas das salas e seus elementos como paredes, o teto e o piso funcionarão como superfícies espelhadas, altamente refletoras. As paredes e divisões, geralmente rígidas, vibram no todo ou em parte, devido à energia das ondas sonoras. Essas paredes ou mesmo as divisões de madeira, de estuque ou alvenaria, vibram como se fossem diafragmas e irradia a energia que nelas incida. Assim sendo, as paredes ou divisões mais rígidas e mais pesadas (figura 13) são melhores isolantes do som do que aquelas compostas de materiais leves e flexíveis. Outra maneira de isolar o som transmitido é fazendo o uso de “sanduíches” com materiais leves e rígidos e de materiais porosos e resilientes que, pelo efeito do amortecimento, pode circunscrever a energia ao seu interior, dissipando-a, antes que se reflita ou se transmita para o ambiente ou para os materiais vizinhos (SILVA, 2005).

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Figura 13 – Gráfico da relação peso dos materiais x isolamento Fonte: SILVA, 2005

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6.1.2 TRATAMENTO ACÚSTICO E MATERIAIS ACÚSTICOS Tratamento acústico define-se como um conjunto de ações e procedimentos com o objetivo de atenuar o nível de energia sonora entre a fonte geradora e o ouvinte sensitivo. Considerando-se que o som se propaga através de via aérea (ar), via sólida (estruturas) ou ambos, o processo minimizador consiste em rebaixar o nível de ruído através de superfícies internas revestidas de materiais acústicos absorventes, conforme exemplificados na tabela 1 (SILVA, 2005):

Tabela 1 – Valores do Isolamento Acústico de Diversos Materiais Fonte: ABNT apud SILVA, 2005

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Conforme Silva (2005), todo material de construção de construção possui certo grau de absorvibilida29 de sonora e, portanto, um determinado grau de reflexibilidade. Entretanto, são chamados, comumente, de materiais acústicos aqueles que são dotados de baixo grau de reflexibilidade, contra uma alta capacidade de absorção de energia sonora. Na verdade todos os materiais são acústicos. Numa sala de auditório, todos os materiais existentes em seu interior são mais ou menos reflexivos, dependendo de suas propriedades físicas e materiais dos quais são compostos, e os mesmos afetam no resultado acústico da sala. Entre eles podemos citar desde os materiais básicos de construção como portas, janelas, paredes, pisos, lajes, revestimentos, como também materiais de mobiliário como poltronas, cortinas, mesas, além de materiais específicos para o tratamento acústico da sala como painéis, espumas e forros. Quanto maior a quantidade de materiais absorventes, menor o tempo de reverberação, ou ainda quanto menor a capacidade de absorção sonora dos materiais dos ambientes, maior o tempo de reverberação da sala. A capacidade de absorção sonora é uma característica comum a todos os materiais de construção, diferenciando-se entre eles o grau com que absorvem e a maneira com que promovem a absorção. O coeficiente de absorção dos materiais define o tempo de reverberação do som, aspecto de fundamental importância dentro da acústica. A ficha técnica dos materiais deve informar seu desempenho quanto à absorção sonora pelas diversas freqüências... (SOLER, 2004).

6.1.3 TEMPO DE REVERBERAÇÃO Tempo de reverberação é o tempo necessário para que a densidade média da energia contida num volume dado caia do seu valor inicial a 60dB até o seu término, a partir do instante em que a fonte de excitação foi extinta (SILVA, 2005). Num pequeno auditório o tempo de reverberação se torna menos rigoroso, do que para um auditório médio, contendo centenas de cadeiras; um tempo pequeno pode ser aceitável para apresentações musicais. Em espaços maiores, aconselha-se um tempo de reverberação alongado para apresentações musicais, porém isto cria riscos de a palavra falada não ser compreendida no fundo (BARRON, 1993). “Observando os diversos recintos fechados, nota-se que alguns são muito bons para conferências e não se adaptam bem para a música, ou vice-versa, são ótimos para sons musicais e péssimos para a palavra falada. Isso se deve ao fato de que, tanto para a palavra como para a música média ou para a música litúrgica, existe sempre um tempo de reverberação diferente, adequado para cada local. Esse tempo de reverberação varia de acordo com o volume do recinto, existindo, para cada ambiente, com um som específico, um lugar geométrico dos tempos de reverberação considerados ótimos.” (SILVA, 2005).

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Segundo Egan (1988 apud SOLER, 2004), o tempo ótimo de reverberação para auditórios de uso múltiplo deve ser maior que para uma pequena sala de conferências, pois os espectadores estarão mais distantes do orador. O tempo recomendado de reverberação para a palavra falada deve estar entre 1,4 a 1,9 segundos (excelente se estiver entre 1.6-1.8) entre as freqüências de 250 Hz a 4.000 Hz, pois tempos de reverberação elevados reduzem a inteligibilidade da palavra falada. A ABNT (1992) estipula valores menores para tempo ótimo de reverberação, onde para uma sala de 1.000 m² o tempo de reverberação deverá ser entre 0,7 - 0,8 segundos, e para uma sala com 5.000 m² deverá ser de 0,9 - 1,0 segundos para a palavra falada. A tabela 2 apresenta os valores estipulados por Barron (1993) como medidas ideais de tempo de reverberação:

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Tabela 2 - Relação das limitações de um auditório entre seu tamanho e o tempo de reverberação relacionado com o seu uso Fonte: BARRON (1993)

Segundo Egan (1988), quando a capacidade da sala exceder a 500 lugares, deve-se prever sistema de reforço eletroacústico. Deve-se dar atenção especial ao controle do sistema de reforço eletroacústico em salas com tempo de reverberação muito baixo, pois nesses casos o som reproduzido artificialmente soa áspero e antinatural. Já Silva (2005), estipula que uma sala com volume acima de 1.360m³ (cerca de 300m²) necessita de amplificação do som por meio de sistemas eletroacústicos.

6.1.4 SISTEMAS ELETROACÚSTICOS Quando se trata de grandes auditórios, há a necessidade de amplificação do som, por meio de equipamentos eletrônicos e alto-falantes, pois para os espectadores, devido à dimensão do local, a audição pode se tornar dificultosa. Os sistemas de amplificação sonora são usuais e não constituem qualquer deficiência no projeto acústico, pois em muitos casos, são o único artifício disponível para se atingir a perfeição do sistema acústico de um determinado auditório.

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São utilizados nos grandes auditórios para conferências ou concertos, nos teatros ao ar livre, nos tea31 tros de arena, parques de diversões, circos, estádios, arenas multiuso, aeroportos, entre outros. Deve se atentar para o fato de que a boa acústica musical não implica somente na boa audibilidade na platéia, como também dos próprios músicos, sendo necessária uma boa localização tanto dos microfones captores, como dos alto-falantes de distribuição e de retorno sonoro. Uma instalação central ou cabine de som para controle com mesa central de operações são o complemento fundamental de um bom sistema eletroacústico. Para se descobrir a potência dos equipamentos eletroacústicos ideal a ser utilizada em determinada sala, existem cálculos de alta complexidade. Porém há um cálculo estimativo e aproximado para se descobrir esta potência ideal, o qual consiste em multiplicar o volume da sala pela potência acústica desejada ao quadrado, divididos pelo tempo de reverberação do local (SILVA, 2005).

6.2 CONFORTO TÉRMICO Para obter um bom resultado de projeto de auditórios, especialmente no Brasil, deve-se considerar o tratamento da temperatura interna da edificação, com o objetivo de tornar o espaço confortável para o espectador, sempre tomando os cuidados necessários para que não haja excesso de calor nem de frio no ambiente, o que pode atrapalhar a atenção ao espetáculo. As boas condições termoacústicas das edificações em geral dependem de equações com muitas variáveis como orientação solar, volumetria, definição do posicionamento e das dimensões das aberturas nas fachadas, eficácia da ventilação, propriedades dos materiais construtivos e de acabamento, sistema de ar condicionado ou quantidade de equipamentos que dissipam calor (computadores, luminárias, copiadoras etc.), entre outros. Em climas quentes e úmidos, o que é o caso da maior parte do Brasil, o conforto térmico depende essencialmente da redução de ganho de calor vindo da radiação solar e da ventilação sobre as superfícies da edificação e do corpo humano (SOLER, 2004).

Para que os participação do projetista temperatura de ar entre acústica e, se não forem

sistemas de ar condicionado satisfaçam às peculiaridades dos projetos, é importante a desse sistema desde a concepção inicial do projeto. O principal desafio está na distribuição da a platéia e o palco, que é necessariamente diferente. Além disso, o ar-condicionado influi na previstas todas as interferências, pode também conflitar com a cenotécnica (MELENDEZ, 1996).

Melendez (1996) diz que existem algumas recomendações para um sistema ideal: na fase inicial de projeto devem ser levantados dados sobre atividades a serem exercidas no local, horários de funcionamento, locais a serem condicionados, critério de uso e número de ocupantes das áreas beneficiadas. Dimensionado o sistema e definidas suas necessidades - consumo de energia e água, peso dos equipamentos, espaços para a casa de máquinas, passagem de tubulações, localização de bocas de ar e eventual isolamento acústico - é possível detectar suas interferências com instalações eletrohidráulicas, luminotécnica, cenotécnica e acústica.

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6.3 LINHAS DE VISIBILIDADE Sendo a acústica uma das vertentes mais importantes no projeto de uma sala de espetáculos, não pode ser deixada de lado a importância da disposição dos espaços internos da platéia no que se refere à visibilidade do palco (SOLER, 2004). Em grandes auditórios (acima de 800 lugares) é comum que as últimas fileiras ultrapassem as distâncias consideradas ideais em relação ao palco; nesse caso existem duas opções para diminuir a distância entre orador e platéia: redefinir o formato da sala, ou projetar um balcão elevado (EGAN, 1988). Adotar um piso escalonado, sendo a parte mais baixa próxima ao palco, traz vantagens para a visibilidade da platéia - esteja ela disposta em pé ou sentada – pois faz com que os espectadores localizados na fileira seguinte tenham a visão perfeita do palco. Também traz vantagens acústicas, pois evita o paralelismo do piso e teto e maximiza a energia do raio sonoro direto para a audiência (SOLER, 2004). O escalonamento das fileiras deverá ser executado considerando-se que a linha de visibilidade de uma pessoa deve sobrepor a cabeça da pessoa que está na frente. Este procedimento cria um desnível entre fileiras que tende a aumentar, quanto maior for a distância do palco. Não se recomenda a instalação de degraus de diferentes tamanhos no mesmo auditório, a não ser que exista um patamar de descanso entre eles; o ideal é a utilização de rampas. O recomendado é que a platéia tenha um desnível acima de 7% de inclinação (figura 14) (EGAN, 1988).

Figura 14 – Linha de visibilidade Fonte: EGAN, 1988

O palco deve se situar preferencialmente de 0,70m a 0,90m do piso preferencialmente. A visão normal de um espectador, em descanso, tem um ângulo de caimento em relação à linha horizontal de 15 graus. Quando o posicionamento do palco ou da tela de projeção são definidos em ângulos acima dessa linha, o espectador é obrigado a forçar a musculatura do olho ou do pescoço, o que é desconfortável e cansativo (MELENDEZ, 1996).

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6.4 ILUMINAÇÃO TÉCNICA

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A iluminação de auditórios pode ser classificada em três tipos, que devem ser observados nos projetos de arquitetura: de emergência; de manutenção e serviço; e ambiental/ funcional (figuras 15, 16 e 17), a qual é a mais complexa, responsável por criar a atmosfera propícia à apresentação e uso do espaço (platéia), contemplando também, a área de palco/ apresentações. Toda a iluminação deve ser acessível para manutenção e limpeza e para ajuste e focos específicos de cada apresentação, a não ser que isto seja feito através de uma cabine de controle, eletronicamente. Deve-se prever a possibilidade de uma cabine de projeção, na parte dos fundos do auditório, mais elevada que possa ser usada para efeitos luminosos do palco e eletricidade em geral, pois permite a visão total do auditório e do palco (MELENDEZ, 1996). A criação de uma iluminação cênica, capaz de iluminar vários objetos em diferentes posições deve ser prioritária. O critério a seguir é o mesmo da iluminação de um teatro: criar vários pontos de iluminação para que, independente da disposição dos objetos no palco, todos os lugares sejam beneficiados. Essa iluminação cênica, também chamada pontual, é conseguida com a utilização de projetores de luz. Esses aparelhos devem ser embutidos no teto e direcionados a 45º de sua base (SOLER, 2004). As soluções de iluminação ambiental/ funcional devem ser flexíveis, a fim de oferecer possibilidades diversas de gradação, propiciando diversificação da atmosfera cênica, uma vez que auditórios podem atender diversos tipos de eventos. As luminárias devem ser mescladas para que haja equilíbrio de temperatura de cor, ou seja, o tom de cor que a luz dá ao ambiente, e deve conter luzes fluorescentes, de tons brancos e azulados que são consideradas frias, e halógenas ou incandescentes, de tons amarelos, que são consideradas quentes (MELENDEZ, 1996). Atualmente, existe ampla literatura disponível sobre iluminação em teatros e auditórios, porém o arquiteto responsável pelo projeto do auditório deve ser orientado a consultar um especialista em iluminação, pois se trata de uma disciplina de conhecimento específico, que em sua maioria, se torna passível de ser realizado apenas por profissionais especializados e com experiência no ramo (SOLER, 2004).

Figura 15 – Iluminação cênica ambiental Fonte: ALIBABA, 2014

Figura 16 – Iluminação cênica ambiental Fonte: CAM, 2014

Figura 17 – Iluminação cênica ambiental Fonte: LUZ NOBRE, 2014

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6.5 ESPAÇOS COMPLEMENTARES DE AUDITÓRIOS

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O programa de necessidades principal de auditórios, teatros e casas de shows pode variar dependendo de sua dimensão e funcionalidades. Soler (2004) relaciona, conforme abaixo, ambientes que fazem ou podem fazer parte de uma casa de shows, configurando-se como espaços complementares: •

Foyer: recinto adjacente à sala de espetáculos, para a reunião do público antes, depois ou nos intervalos do espetáculo. Pode-se utilizá-lo para um coffee break ou para o credenciamento de algum evento. Também pode ser utilizado como espaço para entretenimento e informações, com cafeteria, área para descanso, e balcão de informações;

Banheiros: a quantificação das peças sanitárias em relação à lotação de espaços de reunião, conforme lei 12.342/78 do Estado de São Paulo; (SÃO PAULO, 1978)

Camarim: compõe o backstage de teatros e auditórios onde os artistas se vestem e se maquiam;

Cabine de som e iluminação: ambiente reservado para controle técnico do espetáculo, normalmente localizado ao fundo e acima da platéia. Em grandes teatros e auditórios, deve-se prever um ponto de controle técnico no palco, conectando-se a um micro computador que gerencia as atividades da sala.

Administração: área destinada a gerenciamento das atividades internas do próprio auditório;

Sala de ensaio: o ideal é que esse espaço possua características acústicas e dimensões semelhantes às do palco, para marcações e ensaios;

Área de oficina e de serviços: toda a área localizada atrás do palco (backstage), pode ser composta de acesso de carga e descarga, elevadores monta-carga e salas para guarda de equipamentos e cenários. É importante manter uma área livre em todo o perímetro do palco, para movimentação de artistas, técnicos e de cenários e outros equipamentos usados durante o espetáculo;

Casa de máquinas: destinada à sala do ar condicionado (quando o mesmo é central) e outros equipamentos de maior porte e mais barulhentos.

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7 ESTUDOS DE CASOS


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Buscando referências para o desenvolvimento do presente trabalho, foram analisados alguns projetos de grande importância nacional e internacionalmente para o cenário da cultura no que se refere a casas de shows e espetáculos, de renomados arquitetos, através dos quais poderemos discutir aspectos positivos e negativos, estudar especificidades de cada um como as implantações dos edifícios, estética, estrutura, materiais utilizados, funções, concepção, partido arquitetônico, impacto ambiental, impacto na vizinhança, fluxos, acessos, relação com o entorno e a cidade, entre outros. Dentre mais de vinte projetos pesquisados, foram selecionados quatro para serem mais profundamente analisados, nos quais os critérios de escolha foram baseados na busca de uma maior proximidade com o objetivo final do presente trabalho. São eles:

Estudo de Caso 1 - Casa da Música – Porto, Portugal – Rem Koolhas

Estudo de Caso 2 - Credicard Hall – São Paulo, Brasil - Aflalo e Gasperini

Estudo de Caso 3 - Auditório Ibirapuera – São Paulo, Brasil – Oscar Niemeyer

Estudo de Caso 4 – HSBC Brasil – São Paulo, Brasil – Gianfranco Vannucchi

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7.1 CASA DA MÚSICA

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A Casa da Música (figura 18) é o primeiro edifício construído em Portugal exclusivamente dedicado à Música, visando atender a apresentação e desfrute público, como também o campo da formação artística e da criação. O projeto foi definido em 1999, como resultado de um concurso internacional de arquitetura que escolheu a solução apresentada pelo escritório de Rem Koolhaas - Office for Metropolitan Architecture (Biblioteca Central de Seattle, Central Chinese Television, Educatorium). A obra iniciou-se ainda em 1999, no centro histórico da Rotunda da Boavista, na cidade do Porto, e a Casa da Música foi inaugurada na Primavera de 2005, no dia 15 de Abril. Acolhe um projeto cultural inovador e abrangente e que assume as mais variadas áreas, da clássica ao jazz, do fado à eletrônica, da grande produção internacional aos projetos mais experimentais. Um espaço aberto a todos os públicos e a todos os criadores (CASA DA MÚSICA, 2013). Com 22.000 m² de área construída, e capacidade para 2.100 pessoas, o edifício surpreende na forma, na estrutura, nos materiais e nas funcionalidades. É classificado como "intrigante, inquietante e dinâmico". O edifício, com uma entrada com 30 metros de pé direito, eleva-se de forma assimétrica 7 níveis acima do solo e 3 pisos abaixo do solo (ibidem, 2013).

Figura 18 - Casa da Música Fonte: CASA DA MÚSICA, 2013

Figura 19 - Casa da Música - Corte esquemático Fonte: 360 PORTUGAL, 2013

O betão branco é simultaneamente a estrutura e o acabamento final da obra, sendo este entrecortado por vidros, azulejos e veludo contrastando com o cinza do alumínio escovado no chão e nas paredes. É um espaço que desafia os visitantes e que permite uma constante descoberta. Destaca-se também a execução do mobiliário fixo, como

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balcões e assentos, bem como a escolha do mobiliário convencional. A cadeira do auditório principal, a Sala Suggia, integra iluminação para leitura e difusão de ar condicionado, enquanto que nas restantes zonas do edifício são apresentadas reedições de mobiliário de famosos artistas como Daciano da Costa e Maarten van Severen (ibidem, 2013). O programa principal (figura 19) se define em: auditórios principais (Sala Suggia e sala 2), salas de ensaio (pisos 1 e 2), as salas de educação musical (Sala Roxa e Sala Laranja), terraço, sala VIP, Cybermúsica (espaço para apresentação e laboratório de música eletrônica) e foyers. Como instalações de apoio, a casa tem em funcionamento 3 bares de apoio às salas de concerto e um restaurante situado no último piso com um ambiente cromático e suave com vista para a Rotunda da Boavista. A circulação interna é feita através de escadas e escadas rolantes. Existe, inclusive, um parque de estacionamentos, situado nos 3 pisos subterrâneos da casa, com 644 vagas (GUATELLI, 2010). Seguindo a lógica desconstrutivista – marca registrada do arquiteto – Koolhas propõe um edifício que se sobressaísse à arquitetura em sua maior parte composta por prédios antigos no entorno da Rotunda da Boa Vista e se tornasse ponto de referência da cidade do Porto. A impressão que se tem do edifício é de uma rocha ou diamante gigante caído do céu que se cravou naquele local, efeito este, potencializado pelas ondulações formadas no piso, dando esta idéia do solo se movimentando. Apesar da diferença arquitetônica entre a Casa da Música e os edifícios do entorno, o betão branco utilizado como acabamento cria uma identidade visual trazendo certa aproximação com os prédios antigos do entorno (ibidem, 2010).

ANÁLISE SWOT FORÇAS

FRAQUEZAS

- Referência mundial em casa de shows e espetáculos da arquitetura contemporânea considerada pelas crí ticas uma das mais importantes salas de espectáculos construí da nos últimos 100 anos;

- O custo inicial previsto para a construção, excluindo o valor dos terrenos, era de 33 milhões de euros, acabando por custar 111,2 milhões de euros, mais que três vezes o valor previsto;

- Arquitetura marcante e integração com o entorno e a cidade; - Fácil acesso.

- Por seu tamanho em área construída, poderia ser capaz de abrigar uma quantidade maior de espectadores.

Tabela 3 - Análise SWOT - Casa da Música Fonte: org. pelo autor

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OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

- Contribuir ainda mais com o desenvolvimento da área onde está inserida.

- Embora propositalmente concebido desta forma, é vulnerável ao vandalismo por se tratar de um edifício sem proteção.


7.2 CREDICARD HALL

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Inaugurado em setembro de 1999, o Credicard Hall (figura 20) foi concebido para ser o maior e o mais versátil espaço dedicado ao entretenimento e à cultura da América Latina. Seu planejamento envolveu pesquisas tecnológicas para que concertos, óperas, mega-shows e musicais normalmente apresentados somente nos grandes teatros europeus e americanos pudessem ser trazidos ao Brasil. Todos os detalhes foram cuidadosamente estudados, a começar pela localização e fácil acesso do público. Seu projeto que contempla uma área construída de 15.000 metros quadrados, sobre um terreno de 25.600 metros quadrados na Marginal Pinheiros, em São Paulo, foi desenvolvido pelo renomado escritório de arquitetura brasileiro, o Croce, Aflalo & Gasperini. O próprio arquiteto e professor Gian Carlo Gasperini, coordenador do projeto, contemplou o público com um monumental hall de entrada tratado paisagisticamente, com acessos independentes para os quatro setores, elevadores, escadas rolantes, oferecendo, ainda, cuidados especiais com portadores de deficiências físicas (AFLALO E GASPERINI ARQUITETOS, 2013). O desenvolvimento da tecnologia aplicada ao palco, iluminação e efeitos especiais foi entregue ao escritório Jules Fischer/Joshua Dachs Associates, de Nova York, e o projeto acústico leva a assinatura do francês Daniel E. Commins, responsável pela renovação e melhoria da acústica do Scala, de Milão, e do teatro de ópera do Kennedy Center, em Washington, entre outros (CREDICARD HALL, 2013). Figura 20 - Credicard Hall Fonte: AFLALO E GASPERINI ARQUITETOS, 2013

Com capacidade para até 7.000 pessoas, o Credicard Hall tornou-se a principal casa de espetáculos e eventos da América Latina, graças ao empenho e profissionalismo de todos os envolvidos em seu projeto e construção, em condições de receber o melhor da cultura e do entretenimento internacional. A configuração do espaço interno do Credicard Hall permite total flexibilização de seu uso e ocupação. Sua área é dividida em quatro setores, sendo que a área de pista oferece diferentes opções de acomodação em função do evento ou tipo de espetáculo apresentado. Com lugares especiais para assistir aos espetáculos, e banheiros ergonomicamente projetados, os portadores de deficiência física têm fácil acesso a todos os andares e setores do Credicard Hall (figura 21) (CREDICARD HALL, 2013).

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Figura 21 - Credicard Hall Fonte: AFLALO E GASPERINI ARQUITETOS, 2013

Seu projeto remete a uma estrutura alta e grandiosa que marca a paisagem do local, na qual de longe é possível se imaginar se tratar de uma casa de shows. O material predominante utilizado foi o concreto, o qual é cortado por dois volumes verticais em cor terracota que determinam os limites para a grande marquise inclinada da entrada. Possui um grande espelho d’água em frente ao hall de entrada, este com pé direito vazado possibilitando a visualização do mezanino e dos acessos. O palco é bastante generoso, e a pista e as cadeiras do camarote são escalonadas cujo objetivo é proporcionar melhor campo de visão aos espectadores (AFLALO E GASPERINI ARQUITETOS, 2013). ANÁLISE SWOT

FORÇAS - Referência na América Latina mundial em casa de shows e espetáculos; - A maior casa de shows de São Paulo em capacidade; possibilidade de realização de outros eventos além de apresentações musicais; - Fácil acesso.

FRAQUEZAS - Já na noite de sua inauguração, o cantor João Gilberto reclamou do som. Ainda há pontos dentro da casa em que o som poderia ser mais bem tratado. A casa já nasceu com o estigma de problemas acústicos que, segundo críticas, nunca foram muito bem resolvidos.

Tabela 4 - Análise SWOT - Credicard Hall Fonte: org. pelo autor

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OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

- Oferecer a possibilidade da realização de eventos simultâneos.

- Mercado imobiliário em expansão, onde recentemente casas de shows em São Paulo fecharam para dar lugar a edifícios. Recentemente, uma parte do estacionamento do Credicard Hall foi vendida para dar lugar a um condomínio residencial.


7.3 AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA

Figura 22 - Auditório do Ibirapuera Fonte: KAIHAMI, 2005

41 Segundo Serapião (2005), o auditório (figura 22 e 23) foi inaugurado em 2005, projetado do maior arquiteto brasileiro de todos os tempos, Oscar Niemeyer. Foi concebido para a apresentação de espetáculos musicais, e possui volumetria simples. O bloco único, com 7.000 m² de área construída, opõe-se à proposta - vigente desde a concepção da Ópera de Paris, no século 19 - de separação em três partes, legíveis a partir do exterior: foyer, platéia e palco. A simplicidade leva em conta a composição, juntamente com a Oca, de uma entrada principal para o parque. Esse conjunto de acesso, com dois edifícios de volumes puros e alvos, é considerado por Niemeyer - desde o desenho original do Ibirapuera, em 1951/54 - o mais importante do projeto, do ponto de vista arquitetônico. A articulação de ambos seria feita por uma grande praça cívica e uma marquise/passarela, ambas não realizadas.

Assim como os demais prédios do parque, e grande parte da obra do arquiteto, o auditório é inteiramente branco, utilizando o concreto armado de sua estrutura como acabamento final, com pintura impermeabilizante. Nas laterais, por exemplo, é possível observar a paginação das fôrmas da estrutura. Os únicos elementos que destoam - ou se destacam - são a marquise de acesso e a porta do fundo, ambas pintadas de vermelho. A marquise, também conhecida como “labareda”, marca o acesso principal e, executada em metal, dá identidade ao prédio, caracteriza o volume puro e o diferencia dos demais. Sua monumentalidade dá idéia do ambiente interno. A platéia possui dimensões incomuns: é larga e tem pequena profundidade. Traduzindo em números: entre a primeira e a última fileira existe uma distância de 16 metros e a boca do palco possui 28 metros, com capacidade para até 805 pessoas (AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA, 2013). No fundo da construção, uma porta com 20 metros de largura permite a utilização do palco para plateia externa, que pode receber mais de 15.000 espectadores. Apesar da simplicidade do volume, a estrutura possui grandes vãos, uma vez que a cobertura está apoiada nas laterais triangulares. Os únicos pilares situados no sentido transversal, no miolo do volume, são duas peças que dividem o foyer e a platéia. Assim, no maior vão do prédio, na extremidade do palco, há mais de 50 metros. O subsolo abriga um bar, um espaço de reuniões, a administração, uma escola de música, os camarins e a sede do Instituto Música para Todos – IMT - uma organização da sociedade civil de interesse público que, além de administrar o auditório (em parceria com a Secretaria da Cultura paulistana), cuida da escola (SERAPIÃO, 2005).

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Figura 23 - Auditório do Ibirapuera - Planta do térreo Fonte: SERAPIÃO, 2005

ANÁLISE SWOT FORÇAS - Arquitetura marcante e integração com o parque; - Localizado no mais importante parque urbano da cidade de São Paulo; - Boa acústica; - Possibilidade de execução de concertos para o lado externo, com capacidade de público elevada.

FRAQUEZAS

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

- Poderia haver uma linha de metrô que chegasse até o parque, para que o acesso fosse facilitado.

- Depredação do edifício por ser localizado no interior de um parque público, de acesso liberado.

- Espaço interno limitado. Poderia ser capaz de abrigar uma quantidade maior de espectadores; - Para quem visita de carro, os estacionamentos do parque são sempre lotados, pois há um número insuficiente de vagas tendo como proporção o número de visitantes e o tamanho do parque, sendo muito difícil e demorado para conseguir estacionar.

Tabela 5 - Análise SWOT - Auditório do Ibirapuera Fonte: org. pelo autor

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7.4 HSBC BRASIL

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O HSBC Brasil (figura 24), antigo Tom Brasil, localiza-se na Rua Bragança Paulista na Chácara Santo Antonio seu novo endereço desde 2003. Um antigo galpão de 6.000 m² foi demolido e transformado em uma casa de espetáculos inovadora no segmento do entretenimento ao oferecer estrutura para realizar shows nacionais e internacionais, espetáculos de dança e teatro. Antes mesmo de sua inauguração, a nova casa já trazia consigo os aspectos positivos de se sua instalação no local, como a revitalização da região, de sinalização e reurbanização viária a expansão do comércio. Em nove meses de obras, gerou mais de 1.200 empregos diretos, além dos indiretos (GRUPO TOM BRASIL, 2010).

Figura 24 - HSBC Brasil Fonte: HSBC BRASIL, 2013

A casa possui três ambientes principais, com acessos independentes que podem realizar até três eventos simultâneos, sem qualquer interferência sonora ou de circulação de pessoas advindas dos outros espaços. A sala de espetáculos (figura 25) é o principal e o maior dos 3 ambientes. Possui planta quadrada, área de 2.400 m² em vão livre (sem a interferência de pilares no meio da sala), o que confere visão privilegiada de qualquer ponto da platéia, a qual é organizada em três níveis com 30 cm de diferença de altura para cada setor. Possui mezanino com 30 camarotes para seis e oito pessoas, e frisas para 120 pessoas, totalizando capacidade para até 2.500 pessoas acomodadas em mesas e até 4.500 pessoas em pé. Possui palco de 400 m² com 20m de boca de cena e 14m de profundidade, 6 camarins, sala de produção, área técnica, rota de fuga, ambulatório e conta com isolamento e tratamento acústico, estrutura de iluminação técnica e equipamentos de som e imagem de alta tecnologia (HSBC BRASIL, 2013).

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Figura 25 - HSBC Brasil - Sala de espetáculos Fonte: do autor, 2013

Figura 26 – HSBC Brasil - Foyer Fonte: do autor, 2013

Os outros 2 ambientes são o hall e a sala de eventos. O hall constitui-se de uma antessala (foyer), a qual dá acesso à sala de espetáculos (figura 26). Com área de 450m², tem capacidade para até 450 pessoas e possui bar e chapelaria. A sala de eventos possui área de 300m², tem capacidade para até 250 pessoas e conta com uma área externa (jardim de inverno) com cobertura retrátil. Ambos podem ser utitilizados para realização de eventos independentes uns dos outros. A casa é 100% acessível a deficientes físicos e portadores de necessidades especiais e conta com área administrativa e de apoio como sala de segurança, salas de funcionários e ampla cozinha (HSBC BRASIL, 2013).

ANÁLISE SWOT FORÇAS

FRAQUEZAS

- Casa com grandes dimensões;

- Não conta com estacionamento próprio.

- Entre as maiores e principais casas de shows de São Paulo;

- Elevada capacidade de público; - Estrutura para realização de shows nacionais e internacionais; - Boa acústica;

- Área predominantemente comercial, e pouco movimentada no período noturno, a qual no final dos eventos pode se configurar como um local perigoso para quem deixa a casa.

- Multiuso: shows, eventos e festas.

Tabela 6 - Análise SWOT - HSBC Brasil Fonte: org. pelo autor

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OPORTUNIDADES

- Mercado do entretenimento em constante crescimento;

- Criação de um estacionamento próprio.

AMEAÇAS

O constante interesse do mercado imobiliário, principalmente na área onde está localizado, em construir empreendimentos residenciais e comerciais, podendo levar à venda do espaço para a realização de tais empreendimentos devido à dimensão elevada do terreno.


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8 ÁREA DE INTERVENÇÃO ESTUDOS E ANÁLISES DO LOCAL


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8.1 A CIDADE DE MOGI DAS CRUZES

Mogi das Cruzes está situada em local privilegiado na Região Leste da Grande São Paulo e é o principal pólo econômico e populacional da região do Alto Tietê, que conta com dez municípios. A cidade é parte do mais importante corredor econômico do País, entre as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em termos de logística, Mogi possui localização privilegiada. A cidade é servida por três das principais rodovias paulistas: Ayrton Senna (SP-70), Presidente Dutra (BR116) e Rio-Santos (SP-55), por meio da Mogi-Bertioga (SP-98). Conta ainda com uma malha ferroviária de transporte de passageiros e cargas, que servem ao parque industrial do município (PMMC, 2013f). Mogi está a menos de 50 quilômetros de São Paulo e próxima a regiões econômicas importantes, como o ABC paulista, Vale do Paraíba e Baixada Santista. A cidade oferece ainda fácil acesso aos portos de Santos e São Sebastião e está próxima ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. O município possui 721 quilômetros quadrados (km²) de extensão territorial. A população, segundo a última atualização do IBGE, em julho de 2006, é de 372.419 habitantes (ibidem, 2013f).

Figura 27 – Panorama da cidade Fonte: PICO DO URUBU, 2013

Figura 28 – Igreja do Carmo Fonte: VISIT, 2013

Figura 29 – Prefeitura de Mogi das Cruzes Fonte: MOGI EM FOCO, 2014

Figura 30 – Praça do Shangai Fonte: TRIPADVISOR, 2014

Figura 31 – Vista aérea do centro Fonte: CMMC, 2014

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Figura 32 – Theatro Vasques Fonte: PMMC, 2013d


8.1.1 PROJETOS MUSICAIS DE EXPRESSÃO NA CIDADE E REGIÃO

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No âmbito musical, há em Mogi, atualmente, duas bandas sinfônicas e uma orquestra sinfônica: a Banda Sinfônica Jovem Mario Portes, a Banda Sinfônica de Mogi, e a Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes. Também conta com o Projeto Canarinhos do Itapety, implantado em 2002 pela Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, que tem como objetivo atender crianças e adolescentes advindos de bairros periféricos de Mogi das Cruzes, criando oportunidades para a inclusão e estimulando a prática dos princípios educativos, morais, éticos e culturais, utilizando a música como principal meio desta transformação, aliada a atividades de outras áreas do conhecimento. Em 2003, além do segmento Coral, o Projeto Canarinhos do Itapety foi pedra fundamental para a implantação de mais dois segmentos: a Banda Jovem Boigy, e a Orquestra Sinfônica Jovem de Mogi das Cruzes, que possibilitou o avanço do processo de educação musical e formação cultural de centenas de crianças de inúmeras comunidades do município. Faz parte deste cenário a importante Corporação Musical Santa Cecília formada em 1926 e que além de banda, oferece cursos de música para diversos alunos. A Corporação é um patrimônio de Mogi das Cruzes, em que faz parte da história da cidade e é motivo de orgulho entre os cidadãos (PMMC, 2013a). Além disso, a região conta com inúmeros músicos e grupos de música popular, entre eles alguns que alcançaram grande destaque no cenário nacional.

Fig. 33 - Banda Sinfônica Jovem Mario Portes Fonte: COLÉGIO RAÍZES, 2014

Fig. 36 - Banda Band it! Fonte: CADERNOW, 2014

Fig. 34 - Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes Fonte: PORTAL QUELUZ, 2013

Fig. 37 - Banda Turne Fonte: MUDAROCK, 2012

Fig. 35 - Canarinhos do Itapety Fonte: PMMC, 2013a

Fig. 38 - Corporação Musical Santa Cecília Fonte: PMMC, 2009

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8.1.2 EVENTOS E CONCERTOS

De acordo com a programação de eventos da cidade disponibilizada pela secretaria da cultura, podemos observar que existe um grande número de diversos eventos envolvendo práticas musicais que são realizados em Mogi das Cruzes como por exemplo a Festa do Divino Espírito Santo, Virada Cultural Paulista de Mogi das Cruzes, Akimatsuri, Festival Dezembro Independente, shows, entre outros (PMMC, 2014).

Figura 39 - Festa do Divino Espírito Santo Fonte: PMMC, 2013g

Figura 42 - Virada Cultural Paulista de Mogi das Cruzes Fonte: PMMC, 2011b

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Figura 40 - Akimatsuri Fonte: AKIMATSURI, 2013

Figura 43 - Festival Dezembro Independente Fonte: LA CARNE, 2013

Figura 41 - Show aniversário da cidade Fonte: GLOBO – G1, 2013b

Figura 44 - Show Fonte: MEIO BOSSA NOVA, 2013


8.1.3 EQUIPAMENTOS EXISTENTES UTILIZADOS PARA PRÁTICAS MUSICAIS

49

Atualmente em Mogi das Cruzes existe um número razoável em relação à população da cidade de espaços onde acontecem apresentações musicais, podendo ser espaços abertos ou equipamentos construídos. Entre os principais, é possível listar 16 espaços, em sua maioria públicos, espalhados pela cidade, os quais se diferem muito entre si em termos de estrutura. A maioria, embora constantemente sejam utilizados para apresentações musicais, não foram concebidos para tal prática, o que interfere negativamente na qualidade dos shows. Muitos desses espaços não têm estacionamento, camarim, auditório, equipamentos de som adequados, entre outros. Os que possuem melhor condição acústica são pequenos e têm capacidade para não mais que 300 pessoas (GLOBO – G1, 2013a).

Figura 45 - Ginásio Municipal de Mogi das Cruzes Fonte: PMMC, 2013b

Figura 46 - CEMFORPE Fonte: PMMC, 2011a

Figura 48 - Teatro Vasques Fonte: PMMC, 2013d

Figura 49 - CIARTE Fonte: PMMC, 2013c

Figura 47 - Galpão Arthur Netto Fonte: ATELIÊ CASARÃO, 2014

Figura 50 – Rancho Vacaloca Fonte: RANCHO VACALOCA, 2014

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50

8.1.4 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA APRESENTAÇÕES MUSICAIS NA CIDADE

Figura 51 - Mapa dos principais equipamentos para apresentações em Mogi das Cruzes Fonte: GOOGLE MAPS, 2013 – org. pelo autor

1. Ginásio Municipal de Esportes 2. Largo do Carmo 3. Casarão do Carmo 4. Praça Oswaldo Cruz 5. Cemforpe 6. Avenida Cívica 7. CIP Dep. Maurício Najar 8. Clube Náutico 9. Clube de Campo 10. Parque Leon Feffer

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11. Theatro Vasques 12. CIARTE 13. Parque Centenário 14. Mogi Shopping 15. Galpão Arthur Netto 16. Vaca Loca Equipamentos de menor dimensão (bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis)


8.1.5 INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO MUSICAL

51

Na cidade há uma quantidade pequena de escolas de música e equipamentos dedicados à formação e capacitação musical, desconsiderando-se professores particulares. São em sua grande maioria particulares e algumas possuem cursos com custos elevados, impossibilitando que a parcela da população de baixa classe econômica possa usufruir dos cursos ministrados (GUIAMAIS, 2013).

Figura 52 – Instituições de educação musical em Mogi das Cruzes Fonte: GOOGLE MAPS, 2013 – org. pelo autor

1. Underground 2. Tonal 3. Jam Session 4. Vinicius Drums 5. Fama 6. Sound 7. Conservatório Musical Mogi das Cruzes 8. Allegro 9. Som & Arte 10. Music Station 11. Forman 12. Musical 13. Escola de Música Luciana Massaro 14. Oficina de Guitarra Diego Araújo

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52

8.1.6 DIRETRIZES DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA – PLANO DIRETOR

CAPÍTULO V - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA I - integrar a cultura à construção da sociedade moderna, entendida esta como uma sociedade democrática, solidária, inclusiva e responsável pela preservação de sua memória em constante diálogo com novas formas de expressão; II - possibilitar o acesso da população à informação, à produção artística, cultural e científica, como condição da democratização da cultura; III - possibilitar o exercício da cidadania cultural, por meio do aprimoramento dos instrumentos de produção, difusão, distribuição de bens culturais e gestão participativa da cultura; IV - promover ações que propiciem a reorganização institucional do sistema municipal de cultura, considerando a necessidade de uma estrutura administrativa participativa e democrática; V - promover uma política de descentralização que integre toda a cidade nos processos culturais; VIII - fortalecer a estrutura administrativa da Municipalidade, mediante a criação da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico (MOGI DAS CRUZES, 2006). Art. 33. São diretrizes da polí tica municipal de cultura: I - criação, abertura e manutenção de espaços públicos devidamente equipados e capazes de garantir a produção, preservação, divulgação e apresentação das manifestações culturais, científicas e artísticas;

II - estímulo de ações que ocupem diferentes espaços e equipamentos da cidade para atividades culturais, possibilitando o enriquecimento e novas significações dos espaços urbanos; III - democratização e descentralização dos espaços, equipamentos e ações culturais para toda a cidade, inclusive para a área rural, por meio de projetos estratégicos que articulem e dinamizem os espaços culturais, visando à construção da cidadania cultural; VII - promoção do intercâmbio cultural e artístico com outros municípios, estados e países; VIII – apoio às manifestações culturais locais, em especial nos pólos comunitários a serem criados;

X - promoção da acessibilidade aos equipamentos culturais e às produções artísticas, culturais e científicas às pessoas portadoras de necessidades especiais; XIII - criação de pólos comunitários de cultura, como depositários de história, da construção da memória dos próprios territórios e de produção e consumo de bens culturais, com a instalação de equipamentos culturais, tais como: teatro, biblioteca, cinema, museu, sala de exposições, centros de cultura popular, casa do artesão, entre outros (ibidem, 2006).

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53

9 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO


54

Figura 53 – Área de intervenção Fonte: GOOGLE MAPS, 2013 - org. pelo autor

Localização: Brasil – São Paulo – Mogi das Cruzes – Vila Mogilar

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9.1 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DA ÁREA

O terreno é localizado numa área que está em pleno desenvolvimento na cidade, com valorização acima da média comparada a outras regiões da cidade, o que está atraindo a atenção de muitos investidores. Muitos empreendimentos residenciais e comerciais estão sendo construídos e, devido à excepcional localização, comercializados instantaneamente. O terreno compreende-se numa área, próximo a pontos muito importantes da cidade como as universidades Braz Cubas e UMC, Ginásio Municipal de Esportes, o único shopping da cidade, supermercados, hotéis, restaurantes, entre outros. Somado a essa localização indiscutivelmente privilegiada, podemos observar a facilidade de acesso, pois o terreno é situado na esquina de duas das vias arteriais mais importantes da cidade. A Av. Francisco Rodrigues Filho (figura 56) corta todo o bairro do Mogilar paralelamente à linha de trem Coral (linha 9) da CPTM, e dá acesso ao bairro de César de Souza, o qual também está em uma posição de pleno desenvolvimento e valorização na cidade, passando pelo bairro Vila Suissa, até mais à frente tornar-se a Rodovia Henrique Eroles a qual interliga o município de Mogi das Cruzes a Guararema. Já a R. Yoshiteru Onishi (figura 57) recentemente passou a se tornar a principal via de acesso ao município de Mogi das Cruzes, a qual passa pela R. Carlos Baratino onde localiza-se o hospital Luzia de Pinho Melo e também onde atualmente está sendo construído um importante empreendimento de uso misto que mudará o aspecto da região. A rua é arborizada, equipada com ciclovia, e é considerada pelos mogianos como a mais bela entrada da cidade. A área localiza-se exatamente à frente da estação rodoviária intermunicipal A

55

Geraldo Scavone, e também próximo à principal estação de ônibus circulares municipais e a estação de trem Estudantes da linha Coral (linha 9) da CPTM, onde milhares de estudantes circulam pelas estações mencionadas todos os dias, inclusive os que vêm de outras cidades vizinhas como Suzano, Guararema, Salasópolis, Biritiba Mirim, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Jacareí, São José dos Campos, São Paulo, entre outras. As estações distribuem os estudantes para as duas universidades da cidade. Indiscutivelmente, a área tem acesso privilegiado e facilitado a todos, inclusive para visitantes de outras cidades e de todas as classes sociais, pois é possível ter acesso tanto por métodos mais acessíveis como trem e ônibus circular, quanto por ônibus intermunicipais e carro. Além disto, a escolha da área se deu também pelo fato de estar inserida num setor com um grande número de equipamentos institucionais como o Parque Centenário, CEMFORPE, as universidades, Tiro de Guerra, Ginásio Municipal de Esportes, Centro de Iniciação Profissional (CIP), entre outros, evidenciando ainda mais este importante eixo institucional da cidade. A área escolhida para a implantação do projeto está compreendida numa fração de um terreno sem uso nas esquinas das ruas Yoshiteru Onishi, Av. Francisco Rodrigues Filho e R. Prof. Ismael Alves dos Anjos (figura 55), possuindo 23.780 m² de área, com 115 m de extensão na face voltada para a Av. Francisco Rodrigues Filho, 210 m de extensão na face voltada para a R. Yoshiteru Onishi e 115 m para a R. Prof. Ismael Alves dos Anjos.

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56

9.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO TERRENO

Área de Intervenção

Figura 55 - Foto 1 - face p/ R. Prof. Ismael Alves dos Anjos Fonte: do autor

Figura 56 - Foto 2 - face p/ R. Francisco Rodrigues Filho Fonte: do autor

3

2

Figura 54 – Área de intervenção Fonte: GOOGLE MAPS, 2013 – org. pelo autor

1

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Figura 57 - Foto 3 - face p/ R. Yoshiteru Onishi Fonte: do autor


9.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

57

Analisando o uso e ocupação do solo na área de intervenção, é possível verificar que é uma área com usos bastante diversificados, porém há uma maior concentração de equipamentos institucionais em comparação com o restante da cidade.

Área de intervenção Uso comercial Uso residencial Uso institucional Uso misto Áreas verdes Áreas vazias

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58

9.4 GABARITO DE ALTURA

No tocante ao gabarito de altura das edificações no entorno da área de intervenção, é possível concluir que há presença de edificações com alturas diversificadas. Contudo, há homogeneidade nas áreas com alturas diferentes, de forma que as edificações de altura semelhante se agrupam, tornando clara a divisão de alturas na área: as edificações de menor altura são presentes em sua maioria a oeste da área de intervenção, enquanto as edificações maiores são presentes a leste.

Área de intervenção Até 2 pavimentos De 2 a 5 pavimentos Acima de 5 pavimentos Áreas verdes / áreas vazias

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9.5 SISTEMA VIÁRIO

59

O terreno é circundado pelas maiores e mais importantes vias da cidade como a Avenida Francisco Rodrigues Filho e Rua Yoshiteru Onishi, importantes vias arteriais e também pela Rua Ismael Alves dos Anjos, esta úlltima, classificada como coletora, o que caracteriza fácil acesso à área.

Área de intervenção Vias principais (arteriais) Vias secundárias (coletoras)

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60

9.6 TRANSPORTE PÚBLICO

O terreno é localizado em uma área privilegiada no que se refere a transporte público, a qual é servida por linhas de ônibus nas três vias que o contornam, assim como nas vias próximas à área. Há presença de muitos pontos de ônibus próximos, inclusive um localizado exatamente à frente do lote. O Terminal Rodoviário Estudantes, um dos dois terminais rodoviários da cidade, localiza-se a 200 m do terreno. A área é servida também pela linha férrea 9 – Coral da CPTM, a qual é de suma importância para a cidade e é responsável por transportar milhares de pessoas diariamente.

Área de intervenção Trajeto de ônibus Linha férrea Estação Ferroviária Estudantes Terminal Rodoviário Estudantes

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9.7 EQUIPAMENTOS NOTÁVEIS DO ENTORNO

61

Área de intervenção 1 – Universidade Braz Cubas 2 – Ginásio Municipal de Esportes 3 – CEMFORPE 4 – Universidade de Mogi das Cruzes 5 – Mogi Shopping 6 – Supermercados 7 – Centro de Iniciação Profissional 8 – Mercado do Produtor 9 – Terminal Rodoviário Geraldo Scavone 10 – Estação Ferroviária Estudantes 11 – Terminal Rodoviário Estudantes 12 – Fórum Municipal 13 – Prefeitura Municipal 14 – Hotel Ibis 15 – Pró Mulher 16 – Hospital Luzia de Pinho Melo

Sem escala

Imagem 58 – Equipamentos notáveis do entorno Fonte: GOOGLE MAPS, 2013 – org. pelo autor

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62

9.8 RESTRIÇÕES DE USO DO SOLO - LUOS O anexo VII da Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de Mogi das Cruzes (MOGI DAS CRUZES, 1982), o qual define as categorias e sub-categorias de zonas em que se subdividem as áreas urbanas do município para ordenamento do uso e ocupação do solo, classifica a área de intervenção como pertencente à Zona Institucional 1 (ZI-1), que estabelece o seguinte como funções / características da zona: “Comporta usos institucionais de perfil diversificado e usos residenciais, neste caso com restrições a categorias de menor porte, admitidos usos seletivos das categorias de comércio e serviços e especial”. Os índices urbanísticos estabelecidos para esta zona permitem a construção de grandes edifícios, onde o coeficiente de aproveitamento (Io) estipula que possa se construir até 4 vezes à área do lote. Porém há um maior controle com relação à taxa de ocupação (40%), a qual está diretamente ligada à taxa de permeabilidade que é consideravelmente alta (30%). O fato da taxa de ocupação ser controlada, e o índice de elevação ser elevado (10) estimula que sejam implantados edifícios mais verticalizados.

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9.9 CÁLCULO DOS ÍNDICES SEGUNDO A LUOS

63

Área do lote: 23.780 m² Índice

Cálculo

Permitido

Obtido em Projeto

To (taxa de ocupação)

40%

9.512,00 m²

5.565,60 m²

Io (coeficiente de aproveitamento)

4,00

95.120,00 m²

13.798,70 m²

10

10

2,48

250

250

-

Testada

12,00 m

12,00 m (mín.)

215,00 m

Recuo frontal

5,00 m

5,00 m (mín.)

38,50 m

Recuo lateral

1,50 m

1,50 m (mín.)

4,50 m

Recuo dianteiro

1,50 m

1,50 m (mín.)

9,25 m

30%

7.134,00 m² (mín.)

7.645,00 m²

Ie (índice de elevação) L.M. (lote mínimo)

Taxa de permeabilidade

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64

9.10 ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV)

Valorização do Patrimônio Cultural da cidade

Valorização imobiliária na região pela qualidade arquitetônica e insersão de atividades culturais

Atividades podendo atingir níveis elevados de ruído (até 120 db)

Geração de empregos na região

Possibilidade de realização de atividades em conjunto com outros equip. públicos

Desvalorização imobiliária na região pela emissão de alto nível de ruídos esporadicamente

Geração de tráfego intenso em horários específicos Geração de tráfego moderado na maior parte do tempo Valorização da paisagem urbana

Atração de público proveniente das universidades

Aumento na demanda de ônibus no Terminal Rodoviário Municipal

Aumento na demanda de ônibus na Rodoviária Intermunicipal Aumento na demanda de trens metropolitanos

Atração de público proveniente das universidades

Área de intervenção

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65

10 PROJETO


66

10.1 CONCEITO

A música é uma linguagem universal, uma forma de expressão cultural capaz de traduzir sentimentos, transmitir diferentes sensações, trazer discussões, evidenciar recordações, chamar a atenção para fatos da realidade ou imergir na fantasia. A música pode ser uma forma de relaxamento para o corpo e a alma trazendo equilíbrio, é comprovadamente aliada como forma de desenvolvimento intelectual, e também instrumento de integração social e confraternização entre os povos. Não restam dúvidas quanto aos inúmeros benefícios oferecidos pela música. O equipamento a ser projetado se desenvolverá como um novo marco para a cidade, constituindo-se como uma instituição de fomentação à música na região. Sua realização se justifica pela carência de equipamentos na região especificamente destinados à promoção da instituição música, seja no tocante à educação musical, ou à estrutura adequada para a realização de concertos. Assim nasce a Casa da Música, com a incumbência de ser a porta de entrada para a formação musical de inúmeros jovens e adultos, com espaços apropriados para o desenvolvimento dos grupos musicais da região como a Banda Sinfônica Jovem, a Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes, o coral Canarinhos do Itapety e a Banda Santa Cecília, espaços integradores entre os alunos para a prática musical e saraus, além de contar com salas de ensaios, salas de gravações e um auditório para a realização de concertos, sejam de alunos, sejam de produções maiores com artistas consagrados. A Casa da Música será o lugar onde a música será unânime e estará presente por todos os cantos.

CASA DA MÚSICA


67

CASA DA MÚSICA

PESSOAS

PESSOAS

MÚSICA

PESSOAS

PESSOAS

CASA DA MÚSICA


68

10.2 PARTIDO

O partido arquitetônico adotado para a Casa da Música foi o de integrar através da música todas as pessoas, sejam de quaisquer cores, credos e classes sociais, através de espaços de convívio comum onde todos possam através da música se socializar e interagir entre si. Com isso se desenvolvem grandes espaços abertos como praças privilegiando este convívio. Paralelamente a essa questão social, o partido também foi embasado na localização privilegiada do terreno, próximo à Serra do Itapety, favorecendo a vista contemplativa para a mesma dos frequentadores da Casa da Música de diferentes áreas dentro da instituição.

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10.3 ORGANOGRAMA

69

Auditório

Bloco Educacional

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70

10.4 FLUXOGRAMA

Auditório

Bloco Educacional

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10.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

ESTACIONAMENTO

SETOR

AMBIENTE

71

DESCRIÇÃO

QUANTIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

470 vagas (5 p.n.e.)

-

9.690,00

Guichê validação

4

28,60

Sanitários

4

11,20

Circulação

-

300,00

Estacionamento

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72

AUDITÓRIO

SETOR

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

Bilheteria

1

42,00

Administração

1

20,00

Camarins

4

90,00

Estar camarins

1

35,00

Copa

1

17,50

Depósito / manutenção

1

180,00

Circulação

-

65,00

Foyer

1

275,00

Dml

2

4,40

Bar

3

20,00

Guarda-volumes

1

5,50

Cabine técnica

1

12,50

672 assentos (10 p.c.r.)

1

490,00

215 assentos

1

125,00

Palco interno

1

260,00

Palco externo

1

275,00

Depósito / corredor técnico

1

315,00

Área técnica

1

265,00

Doca

1

14,00

Dml

2

4,40

Sanitários

12

145,00

Circulação

-

275,00

Platéia Platéia mezanino

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DESCRIÇÃO


73

BLOCO EDUCACIONAL

SETOR

AMBIENTE

DESCRIÇÃO

QUANTIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

Biblioteca

1

855,00

Administração biblioteca

1

32,50

Sala de aula prática / luthieria

1

180,00

Salas sedes projetos locais

6

80,00

Administração geral

1

85,00

Sala de professores

1

180,00

Auditório

2

332,00

Cabine técnica

2

21,70

Depósito auditório

2

48,00

Sala de aula em grupo

3

168,00

Café

1

60,00

Circulação / espaço convivência

-

730,00

Sala segurança

1

9,00

Copa funcionários

1

9,00

Estar funcionários

1

35,00

Vestiários funcionários

2

54,00

Sala de aula

20

270,00

Sala de aula individual

24

158,00

Sala de ensaio orquestras

2

180,00

Estúdios ensaios / gravações

6

168,00

Depósitos

4

48,00

Sala técnica

21

41,00

Dml

14

22,40

Sanitários

15

330,00

Circulação

-

2.015,00

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74

ESTÚDIOS

SETOR

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

6

210,00

QUANTIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

Lanhonete

1

40,00

Sanitários

2

120,00

Dml

2

5,00

Lixo

1

2,50

Circulação / espaço convivência

-

1.850,00

Estúdios ensaios

SETOR

PRAÇA ELEVADA

DESCRIÇÃO

AMBIENTE

CASA DA MÚSICA

DESCRIÇÃO


10.6 ESQUEMAS ESTRUTURADORES DA FORMA / PROCESSO CRIATIVO

75

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 1

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 2

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 3

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 4

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 5

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA FINAL

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76

Implantação na área central do lote devido à proximidade de vegetação existente

Estúdios externos

Bloco educacional

Praça central Passarela de interligação dos blocos Auditório

Anfiteatro

Estacionamento

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 1 Sem escala

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77

Setor educacional distribuído em 2 blocos baixos (aprox. 3 pav. cada)

Implantação no setor dianteiro do lote: maior destaque ao equipamento e maior organização e facilidade no acesso de veículos e pedestres

Praça central

Passarela de interligação dos blocos

Auditório

Estacionamento

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 2 Sem escala

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78

Passarela de interligação

Setor educacional concentrado em apenas 1 bloco, com maior verticalização

Praça elevada – espaço contemplativo e de abrigo aos ambientes de apoio da praça central sob a mesma

Implantação de degraus na praça central para aprimorar visibilidade da platéia

Passarela de interligação dos blocos Estúdios externos

Auditório Espelho d’água Estacionamento

Deck de acesso sob espelho d’água

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 3 Sem escala

CASA DA MÚSICA


79

Praça elevada

União da praça elevada ao bloco educacional e retirada da passarela de interligação

Bloco educacional

Retirada da passarela de interligação dos blocos Estúdios externos

Marquise de acesso ao auditório Acesso ao auditório

Praça central

Carga e descarga - acesso doca do auditório

Auditório

Estacionamento

Port cochere

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 4 Sem escala

CASA DA MÚSICA


80

Praça elevada

Bloco educacional

Estúdios externos

Praça central

Auditório

Estacionamento enterrado nos subsolos, de modo a liberar a esplanada de acesso privilegiando o pedestre

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA 5 Sem escala

CASA DA MÚSICA


81

Locação de árvores no perímetro do lote: contribuição para o isolamento acústico

Bloco educacional

Praça elevada

Rampa de acesso à praça elevada reformulada

Praça central

Carga e descarga - acesso doca do auditório Auditório Estúdios externos

Espelho d’água reformulado

Acesso subsolos (veíc.)

Acesso subsolos (ped.) Bilheteria

Esplanada de acesso Saída subsolos (véic.) Marquise prolongada interligando auditório, bloco educacional, e acessos subsolos

Escultura Recuo no calçamento: abertura de via para embarque e desembarque

IMPLANTAÇÃO – PROPOSTA FINAL Sem escala

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82

10.7 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO

Localizado na esquina das Avenidas Yoshiteru Onishi com a Avenida Francisco Rodrigues Filho e Rua Ismael Alves dos Anjos, o terreno da Casa da Música é plano e privilegiado pela proximidade à Serra do Itapety, o que lhe confere uma paisagem deslumbrante. A implantação da Casa da Música deu-se na forma de dois blocos - educacional e auditório -, uma esplanada de acesso, uma praça central e uma praça elevada. A escolha por desmembrar o programa de necessidades principal em dois volumes distintos teve como objetivo setorizar e instruir de maneira clara e objetiva a função principal de cada um dos blocos. O primeiro e mais emblemático é o auditório, o qual se configura como um volume único de 18 metros de altura com estrutura de concreto e alvenaria, revestido em chapas de aço cortén, material este, que quando sujeito aos agentes corrosivos do ambiente - no caso a elevada umidade presente no local - forma uma camada de óxido de cor avermelhada eliminando necessidade de manutenção das chapas. Sua forma contemporânea aaaaa

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remete a uma grande pedra lapidada, fazendo uma referência à homônima Casa da Música na cidade do Porto, Portugal. O foyer possui a fachada de todo o pé direito em vidro para maior sensação de amplitude e integração com o ambiente exterior. Com capacidade para 887 pessoas sentadas com poltronas no pavimento térreo e mezanino, conta com dois amplos palcos, sendo um interno e outro que se abre à praça externa para a realização de concertos externos. No subsolo do auditório são localizados um grande depósito, administração e os camarins. O segundo bloco é o bloco educacional, que consiste em um volume paralelepipedal cortado horizontalmente no 4° pavimento. Por ser suspenso por pilotis no térreo e vazado no 4° pavimento, traz a leveza da impressão de serem dois blocos suspensos pairando no ar. O programa distribuído em seus sete pavimentos conta com uma ampla biblioteca de acesso livre ao público, salas de aula individuais e em grupo, auditórios para pequenas audições e workshops, estúdios para ensaios e gravações, salas de ensaio para orquestras, xxxxxxxxxxxxxx


83

e toda a parte de apoio como administração, sanitários, vestiários para funcionários, salas técnicas, depósitos, entre outros. O 4° pavimento é aberto, formando uma área de convivência com café e que pela altura, favorece a vista à Serra do Itapety e outras partes da cidade. Os blocos do auditório e educacional são dispostos de maneira a liberar o centro do lote como uma grande praça central com 5.900 m². A praça central tem suas funções distintas dependendo do momento da sua utilização. Num determinado horário pode funcionar como praça propriamente dita, servindo como espaço para pequenas apresentações ou ensaios ao ar livre, circulação e integração dos frequentadores. Em outros horários pode funcionar como o espaço da plateia para concertos externos, realizados no palco externo do auditório, podendo comportar uma grande quantidade de público. O piso da praça possui um desnível de 90 cm, escalonada em 6 grandes degraus de 15 cm de altura - com piso ora em concreto, ora em blocos vazados de concreto com grama - o que permite xxxxxxxx

melhor campo de visão dos expectadores em relação ao palco à medida em que vão se distanciando do mesmo. A praça elevada consiste na elevação da parcela posterior da praça central, resultando num espaço contemplativo em que também pode ser utilizado, assim como a praça central, como espaço para pequenas apresentações ou ensaios externos, espaço comum de convívio entre os frequentadores, espaço para leitura, belvedere e também como uma área privilegiada para apreciação dos concertos externos. A praça elevada também tem como função abrigar áreas de apoio sob a mesma como banheiros, lanchonete e uma praça de alimentação. O estacionamento, com 470 vagas é localizado no subsolo com a intenção de liberar toda área frontal do terreno como uma grande esplanada de acesso aos pedestres.

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84

10.8 SETORIZAÇÃO

Auditório

Praça Elevada

Bloco Educacional

Marquise

Estúdios

CASA DA MÚSICA


10.9 DESENHOS TÉCNICOS

85

R. ISMAEL

5

9

AV. FRANCISCO RODRIGUES FILHO

2

12 3 7 4

6

1

10

11

8

Implantação

1 2 3 4

AUDITÓRIO BLOCO EDUCACIONAL PRAÇA ELEVADA MARQUISE

5 6 7 8

ESTÚDIOS PRAÇA CENTRAL ESPLANADA ACESSO SUBSOLOS

9 SAÍDA SUBSOLOS 10 CARGA E DESCARGA 11 BILHETERIA 12 ESPELHO D’ÁGUA

CASA DA MÚSICA


86

Térreo Geral

CASA DA MÚSICA


SETOR SUBSOLOS

87

CASA DA MÚSICA


SETOR SUBSOLOS

88

8

7

2 6

1 2 3 4 5 6 7 8

ENTRADA DE VEÍCULOS CIRCULAÇÃO / VAGAS VAGAS MOTOS BICICLETÁRIO RAMPA DESCE 2° SS RAMPA SOBE 2° SS CIRCULAÇÃO VERTICAL SAÍDA VEÍCULOS

5

4

3

7 1

1° Subsolo Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR SUBSOLOS

89

3

2

4

1 2 3 4

RAMPA ACESSO 2° SS CIRCULAÇÃO / VAGAS CIRCULAÇÃO VERTICAL RAMPA ACESSO 1° SS

1

3

2° Subsolo Planta chave

CASA DA MÚSICA


90

SETOR AUDITÓRIO

CASA DA MÚSICA


SETOR AUDITÓRIO

91

3 2

4

2 2 2

1 1 2 3 4

ADMINISTRAÇÃO CAMARINS ESTAR CAMARINS DEPÓSITO / MANUTENÇÃO

Subsolo

Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR AUDITÓRIO

92

2

5

1

4

6

7

3

1 2 3 4 5 6 7 8

2

FOYER SANITÁRIOS BAR PLATÉIA SALA TÉCNICA PALCO INTERNO PALCO EXTERNO DOCA

8

Térreo

Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR AUDITÓRIO

93

3

2

1

4

2

1 2 3 4

3

MEZANINO BAR SANITÁRIOS PLATÉIA

1° Pavimento

Planta chave

CASA DA MÚSICA


94

SETOR AUDITÓRIO

1

2

1 DEPÓSITO 2 CORREDOR TÉCNICO

2° Pavimento

Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR AUDITÓRIO

95

1

2

1 CASA DE MÁQUINAS 2 CORREDOR TÉCNICO

3° Pavimento

Planta chave

CASA DA MÚSICA


96

SETOR BLOCO EDUCACIONAL

CASA DA MÚSICA


SETOR BLOCO ECUCACIONAL

97

2

1

Térreo

2

1° Pavimento

1 RECEPÇÃO 2 SECRETARIA

1

2

3

4

2 5

1 2 3 4 5

SANITÁRIOS BIBLIOTECA ACESSO BIBLOTECA ADMINISTRAÇÃO PRAÇA ELEVADA

Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR BLOCO EDUCACIONAL

98

2

2° Pavimento

4

3

3

1

1 2 3 4 5

1 2 3 4

5

SANITÁRIOS AULAS PRÁTICAS / LUTHIERIA SEDES PROJETOS LOCAIS ADMINISTRAÇÃO SALA PROFESSORES

2

1

3° Pavimento

4

3

SANITÁRIOS SALAS DE AULA AUDITÓRIO DEPÓSITO

Planta chave

CASA DA MÚSICA

4


SETOR BLOCO ECUCACIONAL

3

99

1

4° Pavimento

2

5° Pavimento

2

1 2 3 4

1

7 5

4

SANITÁRIOS CAFÉ TERRAÇO ESTAR FUNCIONÁRIOS

2

3

6

5 COPA FUNCIONÁRIOS 6 VESTIÁRIOS FUNCIONÁRIOS 7 SALA SEGURANÇA

2

1 SANITÁRIOS 2 SALAS DE AULA

Planta chave

CASA DA MÚSICA


100

SETOR BLOCO EDUCACIONAL

3

1

6° Pavimento

2

3

1 SANITÁRIOS 2 SALAS AULA 3 ENSAIO ORQUESTRAS / SALAS MULTIUSO

3

3

1

2

3

7° Pavimento

3 1 SANITÁRIOS 2 ESTÚDIOS 3 DEPÓSITOS

Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR PRAÇA ELEVADA

101

CASA DA MÚSICA


102

SETOR PRAÇA ELEVADA

1

1

2

1

3

1 SANITÁRIOS 2 LANCHONETE 3 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

Térreo

1 PRAÇA ELEVADA

Superior Planta chave

CASA DA MÚSICA


SETOR ESTÚDIOS

103

CASA DA MÚSICA


SETOR ESTÚDIOS

104

1

1

Térreo

1

1

1

1

1 ESTÚDIO

Planta chave

CASA DA MÚSICA


CORTES

105

5

4

Corte CC

2

1 PLATÉIA 2 ESPELHO D’ÁGUA 3 ACESSO SUBSOLOS

1

2

4 SAÍDA SUBSOLOS 5 CIRCULAÇÃO - MARQUISE

6 5 4 3 2 1

Corte DD

1 BIBLIOTECA 2 SALA PROFESSORES 3 AUDITÓRIO

4 TERRAÇO 5 SALA DE AULA 6 ENSAIO ORQUESTRA / SALA MULTIUSO

CASA DA MÚSICA

3


CORTES

106

8

9 7

9

6 3

2

5

4

12

1

10

1

Corte AA

1 ESTACIONAMENTO 2 ESPLANADA 3 EMBARQUE / DESEMBARQUE

17 16

11

1

18

3

11

11

11

3

11

11

11

3

15 11

4

4 FOYER 5 PLATÉIA 6 MEZANINO

18

10 6

11

18

13

14 11 7

5

8

13

7 DEPÓSITO 8 CASA DE MÁQUINAS 9 CORREDOR TÉCNICO

17 11

16

12

3

13

11

3

10

3

9

3

4

8

8

4 2

Corte BB

CASA DA MÚSICA

1 PRAÇA ELEVADA 2 RECEPÇÃO 3 SANITÁRIOS

4 BIBLIOTECA 5 ADM BIBLIOTECA 6 SALA PROFESSORES

7 ADMINISTRAÇÃO 8 SEDES PROJETOS 9 AULAS PRÁTICAS / LUTHIERIA


107

16 15

14

10 DEPÓSITO / MANUTENÇÃO 11 CAMARINS 12 PALCO INTERNO

13 PALCO EXTERNO 14 PRAÇA CENTRAL 15 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

16 PRAÇA ELEVADA

19

10 AUDITÓRIOS 11 SALAS DE AULA 12 CAFÉ

13 TERRAÇO 14 FUNCIONÁRIOS 15 VESTIÁRIOS

22 20

21

20

21

16 CIRCULAÇÃO 17 ENSAIOS ORQUESTRAS / MULTIUSO 18 ESTÚDIOS

23

19 CIRCULAÇÃO VERTICAL 20 GUICHÊS ESTAC. 21 ESTACIONAMENTO

22 ESPLANADA 23 EMBARQUE / DESEMBARQUE

CASA DA MÚSICA


108

ELEVAÇÕES

Elevação Leste

Elevação Oeste

CASA DA MÚSICA


109

CASA DA MÚSICA


110

ELEVAÇÕES

Elevação Norte

Elevação Sul

CASA DA MÚSICA


10.10 PERSPECTIVAS

111

Vista à partir da Rua Francisco Rodrigues Filho

CASA DA MÚSICA


112

Vista aérea

CASA DA MÚSICA


Vista da praรงa central, palco externo e bloco educacional

113

CASA DA Mร SICA


114

Vista da praça elevada à partir da praça central

CASA DA MÚSICA


CASA DA MÚSICA

115

11 REFERENCIAL TÉCNICO


116

PAINEL TRELIÇADO MAÇICO • Marquise

O Painel Treliçado é um elemento que contém as mesmas características de uma laje treliçada. O que diferencia este produto é a eliminação do elemento de enchimento entre as vigotas, o isopor ou o tijolo. Este produto possibilita fazer uma laje maciça, melhorando a rigidez do conjunto. Estas lajes podem ficar aparentes, podendo dispensar chapisco e reboco. A grande vantagem ao sistema das lajes maciças tradicionais é a eliminação de formas e redução de escoramentos (CONCREVIGA, 2014).

Figura 59 – Laje em painel treliçado maciço Fonte: CONCREVIGA, 2014

Figura 60 - Detalhe painel treliçado maciço Fonte: CONCREVIGA, 2014

AÇO CORTEN • Fachada auditório • Pilares marquise • Brises

Aço Corten é um aço patinável, que possui em sua composição, elementos que melhoram as propriedades anticorrosivas. Este tipo de aço é muito utilizado na construção civil e apresenta, em média, três vezes mais resistência à corrosão que o aço comum. Uma de suas principais características do aço patinável, é que sob certas condições ambientais de exposição aos agentes corrosivos, este tipo de aço pode desenvolver uma película de óxido de cor avermelhada aderente e protetora, chamada de pátina, que atua reduzindo a velocidade do ataque dos agentes corrosivos presentes no meio ambiente (PORTAL METALICA, 2014).

CASA DA MÚSICA

Figura 61 – Painél de aço corten Fonte: ARCHDAILY, 2011

Figura 62 – Fachada em aço corten Fonte: SUA CASA, 2013


BRISE (BRISE-SOLEIL)

117

• Bloco Educacional

O brise é um elemento arquitetônico localizado na fachada externa do edifício e que tem como função principal o controle da incidência de radiação solar na edificação. Ele é formado por uma ou mais lâminas, fixas ou móveis, dispostas horizontal ou verticalmente, mas que precisam de minuciosos cálculos com cartas solares, do local onde será implatado, para que o resultado seja eficiente. Com todas as questões ambientais em destaque, a arquitetura redescobriu que elementos construtivos como o brise, oriundo da arquitetura moderna, são grandes aliados em projetos onde os custos com iluminação e ventilação artificial precisam ser minimizados. Em um edifício de concreto, por exemplo, que pode produzir de 2º C a 4º C de calor, os brises, quando bem projetados, chegam a reduzir a incidência solar em quase 100% (KARLA CUNHA, 2010).

Figura 64 – Brises de concreto Fonte: KARLA CUNHA, 2014

Figura 65 – Brises de madeira Fonte: ARQUITETANDO, 2009

Figura 63 – Esquema de montagem em perspectiva Fonte: SUL METAIS, 2014

Figura 66 – Brises em corte Fonte: SUL METAIS, 2014

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118

CASA DA MÚSICA

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS


119

Concluo este trabalho com a imensa satisfação de projetar um espaço com a incumbência de possibilitar o acesso à informação e a produção artística e cultural, de forma a democratizar e integrar a cultura na região, apoiando as manifestações culturais locais e tornando possível o fácil acesso à música a todas as pessoas. A casa da música nasce como uma peça fundamental à construção de uma sociedade moderna, inclusiva e responsável pela preservação de sua memória em constante diálogo com novas formas de expressão. A arquitetura tem o poder de integrar as pessoas e mudar as relações de uso do espaço da área que está inserida e também da cidade como um todo. Porém apesar da proposta de um espaço integrador e de grande responsabilidade social, não dependeria apenas da arquitetura, mas da união de forças para tornar-se palpável. Por isso, é função da Casa da Música portar-se como um instrumento de inclusão, onde todas as pessoas que a utilizam passem a não ser apenas frequentadores, mas parte integrante do espaço de modo que não seja considerado um espaço de apenas algumas pessoas, e sim que seja um espaço apropriado por toda a população.

CASA DA MÚSICA


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VICTORIA AND ALBERT MUSEUM. Londres, 2013. Disponível em <http://www.vam.ac.uk/content/articles/t/the-storyof-music-halls/>. Acesso em 08 set. 2013

VISIT. Mogi das Cruzes, 2013. Disponível em <http://www.visit.tur.br/roteiro-religioso.php>. Acesso em 30 abr. 2014.

CASA DA MÚSICA


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