ARQUITETURA DE INTERIORES COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
“A arquitetura é como um iceberg, e a parte visível é muito pequena em relação ao que está oculto. O que fica além da fachada de um edifício é a vida” (RENZO PIANO)
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI VICTÓRIA DE ALMEIDA ÁVILA
ARQUITETURA DE INTERIORES COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Trabalho Final de Graduação apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. M.e Marcus Vinicius Pereira.
São Paulo 2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço principalmente aos meus pais por terem me proporcionado esses cinco anos de conhecimento, por terem me apoiado, confiado em mim e estado presente, mesmo distante às vezes, pois não foi fácil, nem pra mim e nem pra eles. E à minha irmã Clara Ávila que muitas vezes era um escape de toda essa loucura acadêmica Aos meus tios que me acolheram em São Paulo e aos amigos que fiz aqui, que fizeram com que essa trajetória fosse menos turbulenta, em especial minha amiga Mônica Martinez. Ao meu namorado Luiz Guilherme Mendonça que esteve sempre ao meu lado, me incentivando, motivando e não me deixando desistir todas as vezes que eu pensei em desistir. Este Trabalho Final de Graduação não seria o que ele é hoje se fosse ele. Às famílias do Conjunto Habitacional Wilson Sório por terem me recebido em suas casas de muita boa vontade e contribuído com todas as informações necessária para elaboração deste trabalho. À professora e também convidada da banca Natália Germolhato Botoni Lembke por ter me ajudado com recomendações de extrema relevância para a conclusão deste trabalho. E finalmente, ao meu orientador, professor e amigo Marcus Vinicius Pereira, por ter abraçado este tema comigo, me apoiado, ter confiado em mim, até mais do que eu mesma e por ter me proporcionado experiências e desafios durante toda concepção deste trabalho.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma apuração teórica relativa a Arquitetura de Interiores e as atribuições do Arquiteto de Interiores, a fim de adentrar na temática da arquitetura de habitação como necessidade básica, demonstrando sua inerência a vida do ser humano. Desta forma a relação direta da arquitetura de interiores e a qualidade de vida, abordando, entre outras coisas, o conforto, a função, a estética e a praticidade de forma a motivar uma transformação social. Por fim, será fundamentado, de maneira categórica, que a atuação do arquiteto de interiores é multifacetada, agindo em diversos públicos como, especificamente neste trabalho, moradores de Conjunto Habitacional, que por sua vez enfrentam conflitos com os espaços internos. Dado isto, este trabalho analisará perfis de famílias moradoras e seus espaços no Conjunto Habitacional Wilson Sório, em Guarujá-SP, mantendo o compromisso com a veracidade das informações cedidas pelos residentes e levando em consideração suas necessidades, organização espacial, dimensões dos mobiliários e espaços de circulação.
Palavras-chave: Conforto, qualidade de vida, espaço interno, mobiliário, conjunto habitacional, transformação social, arquitetura, interior.
ABSTRACT
The goal of this undergraduate thesis is to present a theoretical assessment related to Interior Architecture and the assignments of the Interior Architect, in order to present the housing architecture as a basic necessity, demonstrating its inherence in human life. Thus, the direct relation between interior architecture and quality of life, addressing, among other things, comfort, function, aesthetics and practicality in order to motivate a social transformation. Finally, it will be based, categorically, that the operation of the interior architect is multifaceted, operating in several audiences, specifically in this thesis, working with residents of the Housing Complex, which in turn face conflicts with their internal spaces. However, this thesis will analyze the profiles of families living in the Wilson Sรณrio housing complex, in Guarujรก-SP, ensuring the commitment with the information provided by the residents and taking into account their needs, spatial organization, dimensions of furniture and spaces circulation
Key words: Comfort, quality of life, internal space, furniture, housing development, social transformation, interior architecture
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Design de Interiores 08 Figura 2 - Pintura rupestre na Caverna Chauvet França 18 Figura 3 - Interiores Castelo Medieval, estilo gótico 18 Figuras 4 e 5 - Pintura do estúdio renascentista da Imperatriz Eugência e mobiliarios renascentistas 18 Figura 6 - Salão de Espelhos, Palácio de Versalhes 18 Figuras 7 e 8 - Salão Central do Palacio Stupinigi e Escadas do Palácio Würzburg. 18 Figuras 9 e 10 -Mobiliário desenhado por Willian Kent 18 Figura 11 - Design do Hall de Entrada da Casa Harewood por Robert Adam 18 Figura 12 - Dormitório da casa Kelmscott, Inglaterra, movimento Arts and Crafts 19 Figuras 13 e 14 -Projeto de Interiores de Henry Van de Velde, Vertente orgânica 19 Figura 15 -Design de objeto de Charles Rennie Mackintosh, vertente racionalista 19 Figura 16 -Interiores de Frank Loyd Wright, Taliesin 19 Figura 17 -Red Blue Chair, movimento De Stil 19 Figuras 18 e 19 - Poltona Barcelona em Pavilhão de Barcelona 19 Figuras 20 e 21 - Movimento Memphis 19 Figura 22 - Exemplo de uma cozinha projetada atualmente, Berlim 19 Figura 23: Ambiente Projetado por John Graz 30 Figura 24 e 25: Obras de Joaquim Tenreiro 30 Figura 26: Roteiro para elaboração do Programa de Necessidade 32 Figura 27: Moodboard 34 Figura 28: Esquema de fluxos e acessos 35 Figura 29: Fluxograma para projeto preliminar 36 Figura 30: Adequação do Espaço com o ser humano 38 Figura 31: Características do ambiente 38 Figura 32, 33 e 34: Dimensões mínimas e adequadas no espaço 39 Figura 35: Influência das medidas humanas 39 Figura 36: Mobiliário 40 Figura 37: Circulo Cromático 43 Figura 38, 39 e 40: Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes 55 Figura 41,42 e 43: Cozinha de Frankfurt 58 Figura 44: Divergências nas dimensões do mobiliário no mercado em relação as necessidades 60 Figura 45: Mapa de Situação - Guarujá 63 Figura 46: Mapa do Guarujá 65
Figura 47: Mapa do Bairro de Guarujá 66 Figura 48: Implantação do terreno 67 Figura 49: Pavimento Tipo - Planta CDHU 67 Figura 50: Relação entre Deficit Habitacional e Inadequação de domicílio 69 Figura 51: Casa Vila Matilde, jardim interno 71 Figura 52: Localização e inserção urbana da Casa Vila Matilde 72 Figuras 53 e 54: Planta Casa Vila Matilde, pavimento térreo e pavimento superior 72 Figuras 55 e 56: Cortes Casa Vila Matilde 73 Figuras 57 e 58: Fachada Casa Vila Matilde e Piso Superior 73 Figura 59: Painél Semântico Casa Vila Matilde 74 Figuras 60, 61, 62 e 63: Ambientes Casa Vila Matilde 75 Figura 64: Apartamento Cosmo, cozinha 76 Figuras 65 e 66: Planta e Corte Apartamento Cosmo 77 Figuras 67, 68 e 69: Ambientes Apartamento Cosmo 77 Figura 70: Painél Semântico, Apartamento Cosmo 78 Figura 71: Círculo Cromático formando uma tríade 78 Figuras 72, 73 e 74: Ambientes Apartamento Cosmo 79 Figuras 75 e 76: Apartamento Itaguá, sala e cozinha 80 Figura 77: Painél Semântico, Apartamento Itaguá 81 Figuras 78 e 79: Apartamento Itaguá, ambientes 82 Figura 80: Apartamento Itaguá, detalhes praianos 83 Figuras 81 e 82: Conjunto Habitacional Heliópolis 84 Figura 83: Planta Pavimento Tipo do Conjunto Habitacional Heliópolis 85 Figura 84: Planta do Apartamento do Conjunto Habitacional Heliópolis 85 Figuras 85, 86, 87 e 88: Projeto 3D do escritório de Ruy Ohtake do Conjunto Habitacional Heliópolis 86 Figuras 89 e 90: Planejamento de mobiliário elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação 87 Figuras 91 a 98: Fotos do Apartamento 34 93 Figura 99: Moodboard do Apartamento 34 95 Figuras 100 a 107: Fotos do Apartamento 44 114 Figura 108: Moodboard do Apartamento 44 116 Figuras 109 a 115: Fotos do Apartamento 22 135 Figura 116: Moodboard do Apartamento 22 137 Figuras 117, 118 e 119: Fotos do Apartamento 13 149 Figura 120: Moodboard do Apartamento 13 151 Figuras 121 a 126: Fotos do Apartamento 33 164 Figura 127: Moodboard do Apartamento 33 166 Figuras 128 a 134: Fotos do Apartamento 23 181 Figura 135: Moodboard do Apartamento 23 183
SUMÁRIO INTRODUÇÃO
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INSERÇÃO URBANA 64 3.1GUARUJÁ - SÃO PAULO 65 3.2CONJUNTO HABITACIONAL WILSON SÓRIO - CDHU 68 ARQUITETURA DE INTERIORES 1.1 CONTEXTO 1.2 NO BRASIL 1.3 METODOLOGIA 1.4 ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 1.5 O HABITAT HUMANO
19 22 30 33 40 52
ESTUDO DE CASO 71 4.1 CASA DA VILA MATILDE 74 4.2 APARTAMENTO COSMO 79 4.3 APARTAMENTO ITAGUÁ 83 4.4 APARTAMENTO DO CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS 87
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 2.1 CONTEXTO 2.2 MOBILIÁRIO NA HABITAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Figura 1: Design de Interiores Fonte: < https://www.ideiasdecor.com/cozinha-rosa/> Acesso em 12 Nov. 2019
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O PROJETO
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INTRODUÇÃO
Ao estudar o espaço arquitetônico é imprescindível falar sobre o ser que nele habita, pois este é o seu espaço essencial. A monografia a seguir é direcionada a arquitetura de interiores de habitação como necessidade básica e como ela interfere na vida do ser humano. “Habitar é desfrutar o espaço” (MANCUSO, 2007 p. 13). Sendo assim, o ser humano é influenciado pelo espaço que o contorna, seja interno ou externo. E é importante e necessário que este proporcione um nível de bem-estar elevado. Desta forma a arquitetura é inerente a vida do ser humano. A relevância do estudo é apresentar que a arquitetura pode existir de forma democrática. Interferindo de maneira positiva na vida do ser usufruidor, além de demonstrar como uma transformação na habitação pode mudar o bem-estar da sociedade, visando enaltecer a importância da arquitetura de interiores como transformação social, desmitificando os pré-julgamentos sofridos por este ramo na área da arquitetura. A partir da década de 80 começa um crescimento populacional exacerbado e um florescimento das atividades urbanas, consequentemente uma aglomeração de trabalhadores mal alojados, habitações precárias que começam ameaçar questões de saúde pública (BONDUKI, 2002). Esta situação ainda é fortemente presente, hoje há programas de reurbanização de favelas, uma medida de melhorias na infraestrutura dessa população, porém os problemas domésticos internos, na maioria dos casos, persistem e as habitações acabam continuando insalubres. Um levantamento do SASP - Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (2015) com Guilherme Carpintero junto ao Conselhos da cidade, relevou que praticamente 90% dos estados do Brasil possui um número de habitações urbanas inadequadas maior que seu déficit habitacional. Habitações estas insalubres, com presença de mofo, infiltrações, má ventilação e iluminação natural, questões de inseguranças em relação a instalações estruturais, elétricas e hidráulicas. Com estes dados, pode ser um ponto de partida para inúmeros projetos de residência internas que podem tornar benéficos para esta população, é
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uma questão de saúde pública, pois condições inadequadas como estas, acabam adoecendo e até mesmo matando pessoas. O profissional da arquitetura de interiores é apto para criar atmosferas – sejam cheios ou vazios, escuros ou claros, linhas, cores e texturas – que vão influenciar diretamente na vida do usuário. Esta vertente da profissão pode e deve atender a todos, por questões de dignidade e necessidade. Todo ser humano deve ter o direito a um ambiente que transmita qualidade de vida, conforto térmico e ambiental, praticidade, funcionalidade e estética. O conteúdo do estudo visa focar em três vertentes da área de interiores, sempre relacionando o espaço com o homem, são estas: otimização dos espaços reduzidos, onde é abordado a questão do mau dimensionamento dos mobiliários encontrados em residências, residência estas que estão cada vez menores; arquitetura de interiores como necessidade básica, no qual é introduzida questões de conforto térmica, ambiental e acústico, questões de insalubridades e saúde pública por conta de patologias estruturais; e democratização da arquitetura de interiores onde é demonstrado que é possível, com um orçamento mais enxuto propor novas alternativas de materiais, comparar preços e aliar os mais acessíveis à estética, funcionalidade, ao conforto e ao espaço e, até mesmo restaurar, reutilizar e replanejar móveis ou materiais antigos.
ARQUITETURA DE INTERIORES
Desta maneira, o estudo tem como proposta, análises e soluções projetuais para unidades de habitação de interesse social (HIS) localizadas no município de Guarujá-SP, foi escolhido o Conjunto Habitacional Wilson Sório, construído em 1992 com recursos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Aplicando as três vertentes a fim de chegar no produto final, levantamentos e propostas de soluções para cada tipo de situação, projetos de interiores para habitação. Com o principal objetivo de quebrar paradigmas que visam a arquitetura de interiores como algo supérfluo e de acesso pouco democratizado e evidenciar que há possibilidades de transformações de modo a atingir o ser usufruidor, porque além de estética e função, arquitetura é saúde e conforto. 18
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O Design de Interiores é um universo não menos complexo que a Arquitetura, mas um universo complementar a ela. O Design ou a Arquitetura de Interiores é um ramo do profissional de arquitetura designado a lidar com espaços internos de uma construção, organizando-o, planejando-o e otimizando-o. Gomes Filho (2006) apresenta uma definição clara e sucinta sobre o conceito:
mentos mais delicados, pois está lidando com um ambiente permanente onde pessoas vivem e passam indeterminados anos. “Não se trata apenas de praticidade ou de conforto. Trata-se de sentimentos, sonhos, da sua história, daquilo em que você acredita, do que viveu e de como isso vai construir o lugar mais importante para você: a sua casa” (ARRUDA, 2019, p.16).
Uma acepção mais ampla, significa o planejamento, a organização, a decoração e a composição do layout espacial de mobiliário, equipamentos, acessórios, objetos de arte, etc., dispostos em espaços internos habitacionais, de trabalho, cultura, lazer e outros semelhantes, como veículos aéreos, marítimos e terrestres - aviões, navios, trens, ônibus e automóveis, por exemplo. (GOMES FILHO, 2006, p. 21)
Gurgel (2007) complementa declarando que o Design de Interiores é um processo criativo, no qual engloba os princípios básicos aprendidos na profissão, como equilíbrio, harmonia, ritmo, proporção, contrastes, pluralidades e destaques, sempre em função de buscas de soluções e necessidades de cada pessoa que vivencia o espaço.
Ainda para o autor, o campo do Design é muito vasto, e está cada vez mais se fracionando, principalmente com a era da comunicação e da informação, são muitas especialidades com significados bastante semelhantes e fáceis de serem confundidos. Por isso, o profissional Designer, seja ele de objetos ou ambientes, nessa área de atuação, é intendente por projetar tendo o cuidado de aplicar estética e função, além da capacidade de “alterar paradigmas, conceitos e preconceitos, mantendo a mente aberta a soluções desconhecidas e inovadoras” (GURGEL, 2007 p. 25).
Para isso, será desenvolvido detalhadamente vários fatores e questões pertinentes ao campo da Arquitetura de Interiores, focando em questões de segurança, principalmente infantil, se houver, como explica Gibbs (2014), além de conseguir captar e dominar o espaço consolidado, para uma elaboração correta de circulações e instalações elétricas, hidráulicas e equipamentos informatizados.
É a arte de intervir em um ambiente já consolidado, essa prática se desmembra basicamente em duas categorias principais, a residencial e a comercial. No caso do segmento comercial, Gibbs (2014) explica que devido ao crescimento tecnológico, aumento da demanda e necessidade de um profissional, estes se especializam em um segmento comercial específico, seja pessoa ou empresa, como profissionais que só realizam serviços para ambientes hospitalares, shopping centers, hotelaria, gastronomia ou comércio varejista entre outros meios nesse do mercado. O segmento adotado neste trabalho será o residencial, que “desenvolve projetos e específica materiais e produtos destinados à moradia” (GIBBS, 2014 p.26). Para trabalhar com residência, requer procedi20
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1.1 CONTEXTO Todos os movimentos artísticos que ocorreram na história da humanidade são responsáveis pela essência da Arquitetura de Interiores de hoje. Segundo Gurgel (2007) é a partir do século XIX, com as iniciativas dos estilos aplicados em objetos e ambientes, que começa a surgir a evolução do design e o termo propriamente dito, decorrente a um acontecimento histórico importantíssimo, a Revolução Industrial. 1.1.1 OS PRIMÓRDIOS Não se pode negar a história cronológica da Antiguidade, mais precisamente no Antigo Egito, onde o homem construía sua própria habitação e seus próprios objetos que a compõe, o mobiliário. É notório que a sociedade da época já se preocupava com questões relacionadas a Arquitetura de Interiores (conforto, função, segurança, estética) sem mesmo existir essa terminologia, desde os povos mais desprovidos aos mais nobres, as pinturas rupestres da pré-história encontradas em cavernas é a prova de que o homem utilizava da sua criatividade para aprimorar seu habitat. Martini (2016) em seu artigo estuda a história do mobiliário do Antigo Egito. Enquanto os móveis populares são deixados na madeira crua, quase sempre inferiores, ou recebem pintura colorida, invariavelmente imitativa, os móveis de madeira nobre, dos faraós e dos membros da corte, são revestidos com lâminas finas de madeiras contrastantes, lâminas de ouro e prata, envolvidos por pintura de cores vivas, a base de minerais; recebem embutidos de marfim e incrustações de pedras preciosas. [...] Os métodos utilizados na execução do mobiliário demonstram por parte dos artesões egípcios um alto grau de aperfeiçoamento, representado, nas juntas de topo, simplesmente amarradas com tiras de couro, nas juntas de encaixe; nas técnicas da espiga e cavilha, fixação com resina; reforço de virolas; na curvatura da madeira e no desenvolvimento dos compensados e folheados; no acabamento e polimento da madeira através do atrito com pedra; sem esquecer, o emprego de dobradiças, rebites, ferragens e eixos de metal.” (MARTINI, 2016, p. 13)
Todos os conhecimentos que se tem da época foram retratados 22
em pinturas, fica claro a influência desse período no desenvolvimento da arquitetura e como os egípcios foram pioneiros nessa profissão, o que colaborou para uma evolução significante. Como resultado viria a surgir a era Clássica, a Renascença e o consecutivamente o Barroco. De acordo com Gibbs (2014) a evolução dos estilos para a exuberância do Barroco foi bastante expressiva, pois é quando aparece o primeiro decorador da história, Charles Le Brun. Foram os mecenas os responsáveis pelo grande desenvolvimento da Arquitetura e Interiores, principalmente na França, onde Luís XIV contratou profissionais como François Mansart, Louis Le Vau e Le Brun para elaboração do Palácio de Versalhes, sendo Le Brun responsável pelos interiores. Charles Le Brun se tornou o exemplo mais significativo para época além de ser considerado o pintor e decorador da realeza. Depois da criação do amplo Salão dos Espelhos para a moradia da corte, o espaço era sinônimo de riqueza, com lustres, ornamentos, pinturas e esculturas, o salão cerimonial resume-se em esquadrias para uma bela vista e espelhos, refletindo o mesmo, para época o objeto era pouco acessível. Posteriormente veio o Rococó, pode-se dizer o ápice do Barroco, também destinado a aristocracia, disseminado por toda Europa, mas com origens francesa, Ange-Jacques Gabriel foi o arquiteto mais coerente ao estilo daquela época. No entanto na Inglaterra no mesmo período, foi colocado em alta o chamado estilo paladiano, no contexto do neoclassicismo, sem eliminar todos os elementos barrocos, fazendo algumas adaptações para um novo resultado, com isso o arquiteto William Kent, ficou muito famoso pelos projetos de interiores, paisagismo e principalmente com design de moveis (GIBBS, 2014). Em seguida um estilo racional surgira, o Neoclássico com Robert Adam que “tratava seus interiores como parte intrínseca do projeto arquitetônico, chegando a conjugar o design de tapetes ao de tetos altamente rebuscados” (GIBBS, 2014 p. 17.), o estilo era elegante, porém tradicional, com formas geométricas simples e ornamentos remetendo ao clássico grego e romano, o movimento foi principalmente uma reação 23
aos excedentes do Rococó (GIBBS, 2014). Todos esses estilos únicos vinham cronologicamente e desapareciam “na tentativa de suprir quer os desejos e as necessidades de uma sociedade em constante mudança, quer a demanda por novidade” (GURGEL, 2007, p. 89), de qualquer maneira, um estilo agregava o outro, e assim caminhando para uma evolução. 1.1.2 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Unir a arte do artesanato com o mecanismo da máquina, foi o ideal preliminar da revolução industrial, até que houvesse a substituição total para uma futura produção em “massa”. De acordo com Gurgel (2007) foi uma revolução de extrema importância para o setor do design, novas matérias-primas entraram para o ramo da criação, com elas, a necessidade de profissionais da área para desenvolver projetos e criar produtos, assim a variedade aumentava e consecutivamente o público consumidor também, foi um evento que não favoreceu só os aspectos culturais, mas principalmente os aspectos socioeconômicos. 24
Em paralelo a revolução Industrial, os estilos do “momento” eram o Neoclássico, o Neogótico e o Eclético, foram tendências mais tradicionais, básicas e sóbrias que ficaram contidas nessa esfera, pois não atingia um grande público, determinados grupos de arquitetos discutiam esses estilos enquanto um grande revolucionamento acontecia. 1.1.3 ARTS AND CRAFTS Em oposição a produção e padronização em massa oriunda da revolução industrial, surgiu um movimento chamado Arts and Crafts na Inglaterra, termo português conhecido como “Artes e Ofícios”, liderado por William Morris e Charles Robert Ashbee. designers e arquiteto, respectivamente (GURGEL, 2007), uma ação em prol da retomada da arte aplicada propriamente dita, ou seja, do artesanato para a criação dos produtos, para eles o homem deveria praticar a arte e não operar a máquina, defendia a manufatura moveleiro, a utilização de produtos naturais na produção, como tingimentos de tecidos, visando sempre a alta qualidade. Benevolo (2001) completa que a ideia de Morris era promover uma arte do povo para o povo, negando a mecanização, pensamento 25
este que aprendeu com seu mestre, Jonh Ruskin. não é muito importante que o artista (um burguês por definição), com um gesto de santa humildade, converta-se em operário; pelo contrário, o importante é que o operário se torne artista e, assim devolvendo um valor estético (ético-cognitivo) ao trabalho desqualificado pela indústria, faça da obra cotidiana uma obra de arte (ARGAN, 1992, p. 179 apud LOURENÇO e RIBEIRO, 2012, p. 3).
No entanto o movimento não obteve muita duração e sucesso por não ser acessível à grande parte da população, mas a preocupação durante a criação dos produtos era criteriosa, utilizando materiais de qualidade porém simples, “a assimetria das linhas utilizadas, criando um movimento dinâmico quando aplicadas em móveis, papel de parede ou mesmo trabalho feitos em metal” (GURGEL, 2007, p. 91.). Esse marco na história serviu como uma significante base para o que viria ser o movimento moderno. 1.1.4 ESTILOS MODERNOS Um novo estilo que pouco durou foi o Art Nouveau, um movimento de vanguarda, mas um movimento único, foi um estilo de transição, rompendo com o passado. O período de que falamos está ao mesmo tempo próximo e muito distante de nós; menos de cinquenta anos de passaram, e muitos dos protagonistas dessa época morreram faz poucos anos, como Perret, Hoffmann e Van de Velde, embora se tenha a impressão de um acontecimento já situado no passado remoto. Dir-se-ia que as duas guerras mundiais acontecidas nesse ínterim, além de destruírem um número incalculável de móveis e decorações liberty, também interromperam toda familiaridade entre nós e as pessoas que projetaram aquelas coisas (BENEVOLO, 2001, p. 273).
Era mais um estilo que criticava o processo de industrialização e replicação em série, defendia a identidade na criação, podendo ser facilmente equiparado com o Arts and Crafts, porém foi um estilo sucessor que conseguiu conciliar a existência da racionalização, mecanização e inovações com uma criação mais humana, natural e orgânica. Segundo 26
Gurgel (2007) alguns autores consideram este estilo, como o verdadeiro início do estilo moderno, sendo este o primeiro. O movimento continha duas vertentes, racional e orgânica, assim as duas linguagens de criações da época se baseavam nas suas teorias e determinados grupos de arquitetos seguiam sua vertente, como por exemplo as arquiteturas de Victor Horta, os interiores de Henry Van de Velde e as criações de mobiliário de Gustave Serrurier-Bovy (BENÉVOLO, 2001), estes em direção a arte orgânica, utilizando formas da natureza, linhas curvas e cores claras, elementos que até então não tinham aparecido nessa profissão. Já em uma outra versão do mesmo estilo, arquitetos como Charles Rennie Mackintosh e Adolf Loos seguiam a linha racionalista, utilizando de formas retilíneas, cores mais fortes e uma arquitetura pouco ornamentada, tanto para construção de mobiliário quanto construção de um edifício. Gurgel (2007) esclarece que algumas peças da vertente racionalista começaram a ser confundida com o movimento Art Déco, que obteve seu auge no período entreguerras, com o conceito de simples, limpo, funcional, sofisticado e elegante, com materiais nobres e norteada para uma determinada classe social. O estilo Art Déco permaneceu até quase o término da Segunda Guerra Mundial, enquanto isso, novos estilos modernos iam surgindo, junto com a necessidade de urgência nas construções devido o pós-guerra e consecutivamente o modo artesanal foi se reduzindo cada vez mais. Nesse período, estilos como De Stijl que tinha como proposta simplificar, revolucionou o sentido da arte, logo, das escolas como Bauhaus e o Estilo Internacional (GURGEL, 2007). Foi somente após 1923 que a Bauhaus abraçou a causa da “produção mecanizada”, e os problemas relacionados com a criação de produtos adaptados a ela. As peças de mobiliário criadas colocavam a funcionalidade e a praticidade acima da beleza estética o que não percebemos pela beleza das peças criadas pelos seus participantes (GURGEL, 2007, p. 97).
Peças com um desenho industrial, materiais industrializados e 27
adaptados para a produção em massa, com a tentativa – fracassada – de ser acessível, sem deixar de ser atrativo e confortável. Grandes nomes da arquitetura surgem nessa fase, Marcel Breuer, Ludwig Mies van der Rohe. Le Corbusier, Walter Gropious e Frank Lloyd Wright com criações de peças e ambientes conhecidos mundialmente até hoje. Já com o movimento moderno e o conceito minimalista estabelecido, era um design simples em busca da arte pura. (GURGEL, 2007) Ao longo do século XX, iniciou-se um distanciamento cada vez maior entre o projeto arquitetônico e o de interiores das edificações. A profissão de decorador de interiores foi, de fato, uma inovação do século XX e a decoração residencial converteu-se em um hobby cada vez mais popular (GIBBS, 2014 p. 24).
Décadas passavam e o estilo se perdurava, sempre com inovações, novas materialidades, ora momento do plástico, ora da madeira, ora colorido, ora neutro, ora materiais naturais, ora materiais industriais. Sendo essas alterações um estímulo para novos movimentos surgirem, marcando uma transição do moderno para o pós-moderno. 1.1.5 O PÓS-MODERNISMO E A CONTEMPORANEIDADE O estilo high-tech é um exemplo da transição do movimento moderno para o pós-moderno. Aparece na década de 80, sendo um estilo ligado a alta tecnologia, logo, alto custo, onde utiliza da estrutura e infraestrutura como elemento arquitetônico visual, assim como os estilos desconstrutivista, comunicativo, contextualista e revivalista que também são vertentes do movimento pós-moderno. No entanto o pós-moderno propriamente dito, teve um peso muito importante se tratando de uma escala de arquitetura de interiores. Para Gurgel (2007) foi um estilo “brincalhão” por se tratar de um estilo na contemporaneidade que ora remetia elementos clássicos, como por exemplo a representação de uma coluna grega totalmente fora de contexto. Em 1981, Ettore Sottsass formou na Itália um grupo de designers chamado Memphis, que sobreviveria até 28
1986. De grande impacto no mundo do design de interiores, seus objetos e móveis eram audaciosos [...] Embora o grupo ou “movimento” Memphis tivesse como foco a criação de móveis, podemos afirmar que sua influência ocorreu em todos os aspectos do design de interiores, uma vez que também questionava conceitos preestabelecidos, ou seja, paradigmas sobre sentar, guardar livros, etc (GURGEL, 2007, p. 105)
O movimento Memphis da década de 80 foi uma resposta à seriedade e racionalidade da Bauhaus, e ainda assim é referência até hoje para pensamentos fora do padrão neutro, com cores vibrantes, desenhos de móveis audaciosos, uma forte forma de expressão. Contudo, a área da Arquitetura de Interiores sempre estará em constante transformações, principalmente com a era da informação a todo momento, novas tendências e novas soluções sempre aparecerão, e cada era tem suas necessidades em pauta. Não existe um movimento ou um estilo em ascensão hoje que tenha a obrigatoriedade de ser seguido, o que existe hoje são as necessidades do mundo atual, que os profissionais da área devem estar atentos para projetar com consciência e coerência. “A prática do design de interiores precisou mudar radicalmente nos últimos cinquenta anos para se adaptar às exigências atuais” (GIBBS, 2014 p. 26). A demanda para o ramo de interiores está cada vez maior, consecutivamente a formação acadêmica também, o que destaca esses especialistas de interiores é a capacidade de otimizar os espaços, introduzir novos materiais e novos acabamentos integrando as tecnologias existentes para a vida contemporânea. (GIBBS, 2009) Atualmente, o consumo energético e a sustentabilidade são termos muito discutido e abordados, principalmente no âmbito arquitetônico, Gurgel (2007) chama de design passivo, uma solução interna que garante um baixo consumo energético e principalmente um maior conforto ambiental, ela explica que é possível um baixo consumo energético utilizando apenas aspectos arquitetônicos apropriados no ambiente, são assuntos que devem ser estudados e aplicados. Juntamente com 29
questões de sustentabilidade, Thorns (2018) explica a importância dessa “característica” de projeto, o profissional deve assumir uma responsabilidade com o meio ambiente e com as gerações futuras, com o avanço das tecnologias, é possível encontrar bons materiais que atendam às exigências. Sendo assim, são técnicas que cabem aos profissionais do ramo aplicá-los de maneira correta para necessidade atual e ideal. Gibbs (2009) menciona que o aspecto mais interessante dessa profissão é a flexibilidade, os estilos, os materiais construtivos, as necessidades, a geográfica sempre muda, mas os critérios fundamentais de interiores sempre poderão ser aplicados. é o contexto em que esses estilos mudaram e as influência geográficas, históricas e políticas que promoveram tal evolução que tornam esse estudo tão fascinante e ajudam a estabelecer uma compreensão mais completa das relações entre as diferentes culturas e as influências internacionais.” (GIBBS, 2014, p. 14)
Saber reconhecer e absorver todo esse leque de referências e evolução da história é essencial para entender essa dinâmica e empregá-la meticulosamente nos projetos. 1.2 NO BRASIL A Arquitetura de Interiores no Brasil chegou a princípio importada junto com os imigrantes europeus. Conforme Dantas (2015) foi somente a partir de 1900 que começou a querer se firmar esse reconhecimento do decorador e da necessidade de uma qualificação de mão de obra, ou seja, escolas, no momento em que o país já acusava 17 milhões de habitantes. Foi em 1873, que cidadãos paulistas junto a um Conselheiro Carlos Leôncio da Silva Carvalho criaram – dentro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, uma das mais antigas instituições – a Sociedade Propagadora da Instrução Popular, que logo foi intitulada de Liceu de Artes e Ofícios, como é conhecida até hoje. O intuito dessa sala na faculdade era formar mão de obra qualificada, era o espaço dos artesãos, de lá saíram até marceneiros, que até então o que se sabia em relação a marcenaria era passada de geração para geração. 30
As artes decorativas não eram exatamente desconhecidas no Brasil do final do século 19. Os vitrais uma técnica medieval, já filtravam a luz das residências e continuariam a colorir espaços públicos ao longo das décadas seguintes. Em São Paulo, a Casa Conrado, a quem o engenheiro Ramos de Azevedo recorria para dar a necessária dose de cor e arte a muitas de suas obras, havia sido criada em 1889 pelo alemão Conrado Sorgenicht. [...] Os trabalhos com o ferro fundido e o ferro batido entraram para o vocabulário das construções e do mobiliário. No Rio de Janeiro, as casas tinham suas paredes pintadas com motivos diversos – o faux marble, técnica de pintura que imita os veios da pedra, era uma escolha comum, mas outros motivos eram também empregados – menos como adorno do que como uma maneira de minimizar as imperfeições de reboco tão pouco eficiente (DANTAS, 2015, p. 18)
Nas palavras de Dantas (2015), um dos primeiros grandes nomes na área de interiores propriamente dito, foi Eliseu D’ Angelo Visconti, mesmo não nascendo no Brasil foi considerado um. O pintor e design, criava suas peças seguindo os princípios do estilo Art Nouveau, ele interviu nos interiores do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Do mesmo modo, Antonio Borsoi, que se assemelha em qualidade e estilo a Visconti, realizou projeto de interiores em notáveis prédios no Rio de Janeiro, como o Palácio Guanabara e a Biblioteca Nacional. No início do século XX, o âmbito da decoração e da criação de mobiliário se baseava nos padrões franceses, com influências do Art Nouveau e o estilo Luis XVI, que de acordo com Flexor (2009) era um estilo eclético que embasava-se no barroco, rococó e o neoclássico para criação de móveis, com isso produziam coleções de mobiliário que passaram a ser vendidos em peças pré-moldadas, resultando em uma fácil montagem para os compradores. O mercado para encontrar os artigos não eram nenhum pouco vasto, foi nesse período que começaram a surgir grandes lojas com elementos decorativos de qualidade e considerados de luxo. O centro de São Paulo ganhou a Casa Allemã e a Mappin Store, ambas eram uma inovação para época, voltadas para artigos residenciais e decorativos, assim como o Rio de Janeiro recebeu diversos novos comércios nesse 31
ramo, entre eles a Casa Allemã também, foi um salto significante para a fase (DANTAS, 2015).
pintor, trabalhou na Laubisch & Hirth, “que mantinha sua posição no topo da lista de maior marcenaria do Rio de Janeiro” (DANTAS, 2015 p. 28). Incluía materiais nacionais em suas criações, como palhas, ou madeira exclusivamente brasileira, seus projetos eram adaptados ao clima tropical, o que virou uma identidade do designer.
Logo sucederia a conhecida semana de 22, semana de vital importância para a história das artes modernas no Brasil. Gregori Warchavchik chega ao Brasil durante a revolucionaria semana, trazendo consigo uma bagagem enorme no ramo da arquitetura e do interiores, segundo Dantas (2015), o arquiteto se naturaliza brasileiro e se torna protagonista das transformações modernistas na arquitetura e no design de interiores, além de ficar conhecido como um mestre do móvel brasileiro da época. No final da década optem reconhecimento por conta das três construções conhecidas como Casas Modernistas, em São Paulo, o que determinou uma nova direção das artes nacionais.
1.3 METODOLOGIA PROJETUAL
Figura 23: Ambiente Projetado por John Graz Fonte: DANTAS, 2015, p. 29
É uma profissão muito humana, para Arruda (2019) fazer um projeto de residência é contar uma história, e para isso, é necessária uma aproximação com cliente de modo que é raro encontrar em outras profissões
Mas não foi com acidez que Wright, o defensor da arquitetura orgânica, viu a arquitetura de Warchavchik. Chegou a posar, sorridente, ao lado do autor e de Lúcio Costa, com quem Warchavchik viria a lecionar na Escola Nacional de Belas Artes e abrir um escritório no Rio de Janeiro. Como estagiário o arquiteto contava com um jovem estudante: Oscar Niemeyer (DANTAS, 2015, p. 48).
Assim, o desenvolvimento de um projeto de interiores demanda uma sequência de etapas, não lineares, mas sim cíclicos que se complementam (CHING, 2013). Ao obter o espaço de modificação, primordialmente deve-se fazer um levantamento das características do cliente, de quem o projeto será destinado, isso basicamente vem de uma simples conversa e entrevista, a fim de resultar no perfil do cliente, para então assim definir a problemática do projeto, seguindo para o programa de necessidade, o conceito, as alternativas, o desenvolvimento, reavaliações até o resultado final do projeto.
Dantas (2015) ainda conta que quando Warchavchik chegou ao Brasil, durante todo esse fervor da Semana de Arte Moderna, outro arquiteto que também não era do país já havia chegado para o movimento, marcando essa importante trajetória, o suíço John Graz, um arquiteto de interiores muito detalhista e preocupado com os espaços, tudo que ele pudesse conceber no espaço visando a funcionalidade ele concebia, desde as maçanetas das portas até o tapete. Gurgel (2007) complementa que John Graz foi um grande impacto para o período no país, era um dos poucos que realizava desenhos de mobiliário naquela fase, além de trazer muitas inovações nessa área, como novos aspectos luminotécnicos e novos materiais usados em móveis. Da mesma maneira, Gurgel (2007) conta que Joaquim Tenreiro também foi de alta relevância para o design moderno, trabalhando paralelo ao Graz, o artista era marceneiro, criador de mobiliário, escultor e 32
O arquiteto de interiores tem a missão de interpretar a necessidade, o gosto, a personalidade, a ideia do cliente para criar a atmosfera apropriada, para isso é imprescindível o uso de uma linguagem ou uma metodologia aplicada a elaboração de projetos de interiores. “Não existe “o que” se não houver “para quem”” (GURGEL, 2007, p.17).
Por mais que o processo aparenta ser seguido de forma linear, ele estará sempre em constante avaliações, sintetizações e análises, então é comum ficar voltando e avançando etapas, além das trocas de informações entre arquiteto e cliente durante os processos e da equipe de projeto e execução, é algo muito interativo e contínuo. Figura 24 e 25: Obras de Joaquim Tenreiro Fonte: DANTAS, 2015, p. 35
Junto a estas etapas técnicas, outro processo que deve ser desenvolvido em conjunto é a criatividade, de acordo com Arruda (2019) é 33
um exercício que deve ser praticado para melhor resultados, ele explica que não é tampar os olhos e simplesmente arriscar, mas é enxergar com outro olhar novas possibilidades, possibilidades estas fora do óbvio. Ainda para contribuir, o autor lista etapas processuais no planejamento de uma transformação em residências:
São elas: definir como usa a casa, definir o que fica e o que deve sair do espaço, organizar os móveis no ambiente, definir o esquema de cores, personalidade e materiais para o ambiente usando um moodboard, organizar uma planilha de custos e, finalmente, fazer um plano de ações (ARRUDA, 2019, p. 26).
1.3.1 BRIEFING – PROGRAMA DE NECESSIDADES
Figura 26: Roteiro para elaboração do Programa de Necessidade Fonte: Ávila, 2019
Para atender todas expectativas do cliente, é necessário conhecer suas necessidades básicas, suas particularidades, hobbies, costumes, o seu estilo de vida propriamente dito. Para isso existe uma série de perguntas direcionadas a eles para que o projeto transmita o máximo possível sua identidade. Desde perguntas mais básicas como quem reside o local, a quantidade de membros da família, o sexo, a idade, as necessidades pessoais de cada um, se costuma receber visitas, às perguntas bastantes especificas. Coletadas as informações e problemáticas, estes devem ser organizados e sintetizados resultando em um programa de necessidades, é uma etapa muito importante, se não a mais importante. Além disso, saber o quanto o cliente está disposto a gastar com a obra é o primordial, é uma das condicionantes do projeto, para assim conseguir atender as expectativas do contratante de uma maneira que caiba em seu orçamento desde o princípio (GIBBS, 2014). 1.3.2 O CONCEITO NO PROJETO Para começar a “responder” os problemas, inicia-se uma seria de pesquisas e abordagens, como buscas por estudos de casos similares ao da situação em questão, que podem gerar soluções, outro método que Ching (2013) explica é escolher um problema inicial e buscar resultados para a solução, a partir deste, um vai puxando o outro, gerando soluções integradas. Inúmeras possibilidades podem surgir, todas devem ser avaliadas, para assim o profissional desenvolver o conceito do projeto. Não existe um gabarito, uma resposta correta de como a conceituação de um projeto deve ser feita, como praticamente tudo na profissão 34
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da arquitetura. Até porque varia muito de profissional para profissional e principalmente de cliente para cliente. mas Gibbs (2014) diz que em um geral, há algumas opções que podem ser seguidas para tomada de decisão de um conceito, como por exemplo palavras-chaves da necessidade e do gosto do cliente, ou utilizar da geografia do local como fonte. No entanto, é muito comum que os dados retirados do briefing resultem em um conceito praticamente pronto. Para apresentar o conceito ao contratante de maneira formal, os profissionais, em sua maioria, criam painéis como Gibbs (2014) destaca, painéis estes que compõe as cores usadas no projeto, materiais, texturas, referências entre outros elementos que ajuda o cliente – por sua vez, leigo – a captar o sentido do projeto. Estes painéis também são apresentados como Moodboard (figura x) 1.3.3 DIAGNÓSTICOS Em paralelo aos processos de programa de necessidades, é inevitável uma visita ao local, juntamente com cliente. Pois é em sítio que se retira dados fundamentais do projeto, Gibbs (2014) acredita que o processo do diagnóstico é dívida em duas etapas, a primeira é a medição do local para que o projeto seja efetuado em escala real, o planejamento do espaço e do layout. A segunda etapa é um estudo mais detalhado do espaço, com medições mais apuradas de todo o preexistente no espaço, aberturas, profundidades, mobiliários e instalações elétricas, hidráulicas, encanamento de gás, patologias se houver, entre outros aspectos estruturais importantes que influenciam na hora de projetar. Para o levantamento é fundamental realizações de croquis, simular os fluxos e acessos, marcar a orientação solar, registros com fotos e vídeos também pode ser válido, desde que seja autorizado. Para Gibbs (2014) essa análise minuciosa é essencial, observar o teto, se há vigamentos, se há revestimentos, rebaixamentos; constatar se as paredes têm algum tipo de revestimento que influenciará; se há marcenarias preexistentes; o tipo de piso se vai retirar ou vai cobrir ou se só vai preservar; os pontos de iluminação, interruptores, ponto de internet, 36
televisão ou telefone; observar os tipos de aberturas e revestimentos de portas e janelas. 1.3.4 ESTUDOS PRELIMINARES Estudos prévios são fundamentais para o processo de criação de um projeto, é comum que seja entregue ao cliente um estudo preliminar entre 7 a 10 dias depois da contratação e do programa de necessidades, de acordo com o modelo de contrato de prestação de serviços elaborada pelo CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), a entrega do estudo preliminar ao cliente não pode passar de 15 dias.
Figura 27: Moodboard Fonte: <http://inspiratie.karwei.nl/moodboard-maker/#/shared?m=Botanic_1_3_3_6_4.jpg&n=Caroline> Acesso em 15 Abr. 2019
Nesta etapa vai conter uma primeira setorização do espaço e do layout, propostas, derivadas de pesquisas, de materiais e revestimentos, propostas de peças com catálogos e fornecedores, é a criação de uma composição – ou conceito – apresentada ao cliente. Outro aspecto importante a ser estudado neste estágio do projeto é a circulação, os fluxos e acessos dos ambientes em questão. O
Figura 28: Esquema de fluxos e acessos Fonte: GIBBS, 2014, p. 79.
profissional ao projetar deve garantir o “espaço suficiente para o uso do mobiliário, considerando a abertura de gavetas, janelas, portas de armários ou a posição da abertura das portas” (GIBBS, 2014, p.79), para que nada obstrua a circulação e não cause conflitos. Sendo assim, esquemas 37
de fluxos, tipos e intensidades de circulação no ambiente devem ser mapeados e utilizados durante o processo criativo. Uma vez que a “aprovação preliminar”, como apelidou Ching (2013), tenha sido aceita pelo cliente, mesmo que haja a necessidade de algumas alterações, a proposta é aperfeiçoada, amadurecida e enfim encaminhada para execução. 1.3.5 O PROJETO Com os ideias, os conceitos e os estudos definidos e refinados, a etapa de execução e especificação dos produtos se inicia. O projeto executivo consiste em plantas, elevações, cortes, detalhamentos, perspectivas, peças gráficas finais que o profissional de arquitetura usa como uma forma de apresentação e comunicação do seu trabalho. (CHING, 2013) No ramo da Arquitetura de Interiores, os produtos utilizados no projeto devem sempre ser especificados ao cliente para que ele possa comprar, acompanhado do profissional ou não, sendo conivente com o projeto elaborado. Então a entrega do projeto não consiste em apenas peças gráficas, mas sim em um portfólio com todos os elementos arquitetônicos especificados em quantidade e em orçamento, materiais, revestimentos, mobiliários, objetos, peças sanitárias entre outros artigos que fazem parte desse meio. Nenhum processo de projeto está finalizado até que uma solução de projeto tenha sido implementada e avaliada quanto a sua efetividade na solução do problema determinado. Essa análise crítica de um projeto completo pode aumentar nossa base de conhecimento, aguçar nossa intuição e dar lições valiosas que podem ser aplicadas em trabalhos futuros (CHING, 2013 p. 43).
No desenvolver desta etapa sempre tem aprimoramentos e refinamentos nas representações gráficas, revisões gerais no projeto são importantes porque “uma das idiossincrasias do processo de projeto é que ele nem sempre leva a apenas uma resposta óbvia e correta” (CHING, 2013, p. 44). Então para o projeto estar finalizando e “correto” deve ser revisado, ser pensado se está atendendo as necessidades especificas
Figura 29: Fluxograma para projeto preliminar Fonte: Ávila, 2019 38
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do cliente, se é uma solução para o problema, se tem o equilibro entre a função, a utilidade, a estética, o conforto e se ele realmente expressa seu conceito.
Todo esse conteúdo de espaços e suas dimensões está diretamente relacionado a ergonomia. No qual se trata de uma área de grande importância para a Arquitetura, de acordo com a Associação Internacional de Ergonomia (IEA), essa disciplina compreende a relação entre os seres humanos e outros elementos, empregando teorias e normas com o intuito de aprimorar essa interação de forma confortável ao ser humano. anero e Zelnik (2008) completam dizendo que a ergonomia também pode ser conhecida como engenharia humana.
1.4 ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS Os ambientes internos são constituídos pelos elementos arquitetônicos, elementos estes essenciais na elaboração de qualquer tipo de projeto de interiores. Utiliza-se destes elementos que formam a edificação interna para desenvolvê-lo, transformá-lo ou destaca-lo, como um piso, uma parede, um pilar, um teto, as aberturas do espaço, os objetos que o compõe, e assim tornar os espaços vivenciáveis, adequados para a atividade em questão (CHING, 2013). 1.4.1 ERGONOMIA O homem é algo que compõe o espaço, pois todo o ambiente projetado é destinado a alguém que vá exercer uma atividade. Por isso todo projeto sempre deve levar em consideração as dimensões humanas, tem de se haver uma adequação entre a forma do espaço interno e as dimensões de quem vai usufruir.
Figura 30: Adequação do Espaço com o ser humano Fonte: CHING, 2013
O profissional de interiores tem a capacidade de intervir no espaço interno de forma que haja uma harmonização dinâmica entre ele e o ser humano, um mesmo espaço pode proporcionar sensações diferentes, estes espaços podem controlar as necessidades pessoais, como uma simples diferença de nível pode promover a diferenciação entre o público e o privado, além de ser capaz de proporcionar características táteis, auditivas, olfativas e térmicas que influi na maneira de viver no ambiente (CHING, 2013). A NBR 15575 elaborada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção estabelece padrões de tamanho do mobiliário em relação aos espaços mínimos de circulação. Com base em normas e estudos antropométricos e ergonômicos existem as dimensões padrões, porém é comum que aconteça variações pelo fato de que cada caso é um caso, e o projeto deve atender ao seu usuário específico. 40
Da mesma maneira que se utiliza da ergonomia, outro parâmetro relacionado ao tema, é a antropometria, um nome técnico para as dimensões do corpo humano. De acordo com Panero e Zelnik (2008), a Figura 32, 33 e 34: Dimensões mínimas e adequadas no antropometria vem sendo discutida durante séculos, não é um assuntoespaço. Fonte: CHING, 2013 contemporâneo, mas para o ramo da arquitetura e do design a aplicação é relativamente recente, foi a partir de 1940 que os profissionais despertaram uma certa consciência sobre o assunto. Hoje existem todos os tipos de dados antropométrico, de diferentes sexos e idades, desde alturas à grau de abertura das articulações, e mesmo tendo diversos dados, é importante lembrar que variações podem ocorrer. É interessante que o profissional tenha noções básicas ou consultas sobre eles, para que o projeto do espaço e do mobiliário seja adequado ao usuário. É importante que a ergonomia esteja sempre presente, é um dos elementos que a arquitetura carrega que envolve saúde pública. Um espaço mal projetado dimensionalmente, pode afetar o usufruidor com lesões físicas ou tensões depois de um período de tempo, ficar se esticando demais, se abaixando demais, utilizando bancada de trabalho com altura equivocada entre outras falhas que ainda é comum na vida da população. (GIBBS, 2014)
Figura 31: Características do ambiente Fonte: CHING, 2013
Gibbs (2014) enfatiza o papel do arquiteto nesta área, pois é habitual que os produtos padrões no mercado, seja móveis ou acessórios, não atende ao público de forma universal, é neste momento que cabe ao arquiteto criar o elemento em questão para o usuário principal, mas sem tornar um incomodo para outros usuários secundários. 41
Figura 35: Influência das medidas humanas Fonte: CHING, 2013
a forma, a estética, além de pensar no aspecto antropométrico. As peças hoje nas residências são, na maioria, ecléticas, sem fidelidade a nenhum estilo, porém as escolhas devem ser minuciosas, pois ao inserir um mobiliário no ambiente você estará inserindo um material, ou seja, texturas e cores. (MANCUSO, 2007). A capacidade de conformar espaços, dividir ambientes e alterar o modo de percepção do local, são características que o mobiliário pode ter, se bem aplicado. O profissional de Arquitetura e Interiores está apto a escolher o móvel a fim de criar a melhor solução para o local em questão, para Gibbs (2014) essa escolha acontece em virtude ao programa de necessidade e sua funcionalidade, “elementos móveis de interior – móveis, tratamentos de janelas e acessórios – são as principais tarefas da arquitetura de interiores”(CHING, 2013, p. 318).
Figura 36: Mobiliário Fonte: CHING, 2013
Para dar utilidade e conforto na execução de nossas tarefas, os móveis devem ser antes de tudo, projetados para responder ou corresponder a nossas dimensões, aos espaços vazios necessários aos nossos padrões de movimento e à natureza da atividade que executamos (CHING, 2013 p.320).
1.4.2 MOBILIÁRIO O mobiliário designa a função a cada ambiente. A história do mobiliário foi evoluindo junto com a história da humanidade, a forma do morar sofreu diversas alterações com o passar do tempo, “o móvel, como toda a manifestação artística, é reflexo da vida e dos costumes da época em que foi criado” (MANCUSO, 2007, p. 167). Desta forma, o mobiliário é uma arte, uma arte na qual o artista pensa em diversos aspectos para a criação, como a função, a expressão, 42
Detalhes e acessórios são complementar ao elemento móvel, para o âmbito de interiores é de fundamental importância que eles estejam presentes, desde a concepção do projeto. São objetos como quadros, vasos, luminárias, tapetes entre outros detalhes que proporcionam harmonia ao espaço, colocando mais texturas, cores, contrastes e cheios e vazio, além de poder utilizar de ritmo e repetição com itens ou materiais, como Gibbs (2014) explica, pois se em um espaço há diversos elementos incoerentes entre si, podendo se tornar visualmente incomodante e cansativo, o uso de repetições de pode colaborar para esta harmonia. Ching (2013) acrescenta que o mobiliário e os acessórios em uma residência intermediam a arquitetura e as pessoas, é o que envolve o indivíduo no espaço interno de acordo com a função de cada ambiente, além dos acessórios terem a capacidade de oferecer ao usuário um prazer visual ou estimular a mente e até a vontade de tocar nos objetos. 1.4.3 MATERIAIS E REVESTIMENTOS Os acabamentos no espaço interno, como o próprio nome do elemento já diz, é o fator final, são as últimas etapas de uma obra, porém já definidos desde a idealização do projeto. A concepção da forma do 43
acabamento, seja ele com materiais aplicados ou até a estrutura evidente como forma de acabamento é fundamental para o equilíbrio do ciclo entre os elementos internos arquitetônicos se completarem.
terial na parede, deve-se saber se será fixado, ou apenas uma cobertura fina, se necessitara de apoio ou uma base. Estes são exemplos de questões, que devem ser previstos na elaboração do projeto.
É uma vertente da Arquitetura de Interiores que demanda conhecimentos prévios de materiais e revestimento em qualidade, em funcionalidade e em preço adequando-os e analisando-os em função do
Hoje existe uma ampla variedade de material, cor e estilo no mercado. Assim como revestimentos de paredes, os revestimentos de piso seguem os mesmos critérios, porém com algumas especificações
programa de necessidades e do orçamento em questão. A partir disto, são selecionados dentro de um contexto projetual, nunca dentro de uma ideia singular.
mais precisas pelo fato de ser uma superfície “sujeito ao desgaste” (CHING, 2013, p. 290). A escolha do piso está relacionada, além da estética, a função e durabilidade juntamente com o tipo de material e suas propriedades. Se a escolha do piso é uma cerâmica, o que é bem usual, o P.E.I (Porcelain Enamel Institute) não pode deixar de ser conferido, é referente a resistência ao desgaste provocado pela pressão mecânica de objetos e tráfego, é classificada de 0 a 5, sendo 0 a menos resistente e não usada em piso. (CCB - Centro Cerâmico do Brasil, 2019).
Bem como os outros elementos, os materiais de acabamento representam uma atribuição significativa para a concepção de uma atmosfera no ambiente interno, são inúmeros produtos no mercado. Então, são diversos fatores que vão influenciar na decisão de um material, mas talvez um fator essencial é o local de inserção. A geografia de um projeto atua no seu desenvolvimento como um todo, assim cada material se adapta melhor a um determinado clima, além de que, a utilização do material local ajuda a tornar o projeto mais sustentável. Outros aspectos também devem ser levados em consideração, são estes: aspectos funcionais como de saúde, conforto, segurança, grau de durabilidade, grau de manutenção e qualidade de acústicas; aspectos econômicos, como, por exemplo, o valor do material propriamente dito e o valor da instalação, além da ACV (Avaliação do ciclo de vida) dos matérias, que inclui desde o impacto ambiental e o impacto a saúde até a forma de como termina a vida útil deste material; e o aspecto estético, que compreende a sua aparência, as cores, as texturas ou ornamentos. (CHING, 2013) Aplicamos os revestimentos sobre os elementos construtivos do espaço interno como pisos, tetos e paredes. Ching (2013) ainda explica que os acabamentos das paredes não são apenas meramente estéticos, mas são também uma forma de proteger a construção interna, aumentar a sua durabilidade, alterar absorção de sons e refletância das luzes, se aplicando o material adequado para atingir o objetivo. Ao aplicar o ma44
Cores Outro processo elaborado pelo Arquiteto, que não aparenta ter um grau de complexidade, porém há variadas metodologias para a decisão final, é a cor do ambiente. É uma ferramenta fundamental no espaço interno de permanência de pessoas, hoje já se sabe que as cores são capazes de intervir na psicologia humana, de acordo com Heller (2012) essa hora é lidar mais com sentimentos do que com cores propriamente ditas, são elementos que podem afetar a mente e as emoções. Por isso a teoria das cores deve sempre ser levada em consideração, o profissional arquiteto de interiores está preparado para lidar com esta metodologia. Ao projetar, um esquema cromático é inserido em função da necessidade, do cliente e da função do ambiente. A ferramenta base para a realização do processo é o círculo cromático, que consiste nas três ordens das cores, primária, secundária e terciária, a disposição dessas cores no círculo “é composto por cada uma das cores que esteja mais frequentemente associada a um determinado efeito” (HELLER, 2012, p. 22), além de possuir todo um embasamento para que no final Figura 37: Circulo Cromático Fonte: < https://www.colab55.com/blog/circulo-cromatipossa utilizar de conceitos aplicados a ele, conceitos como o das cores co/ > Acesso em 17 Mai. 2019 45
complementares, as análogas, a triangulação, o quadrado, o retângulo e o meio complementar, todos estas junção de cores são derivados do círculo. (GIBBS, 2014) Gibbs (2014) ainda afirma que a cor é uma das primeiras expressões notadas em um ambiente, como ela pode criar atmosferas, é comum que adjetivos sejam dados aos espaços como um local aconchegante, calmo, convidativo ou espaçoso, sereno, entre outros. Esses ambientes provavelmente foram planejados com base com círculo cromática, no qual se divide entre cores quentes e cores frias, são essas características que definem o caráter que o projeto tem. 1.4.4 ASPECTOS AMBIENTAIS Atualmente com tanta escassez de matéria prima, ao optar por um material é essencial que se preocupe com a forma que ele foi feito e com a reciclagem dele quando chegar ao fim de sua vida útil. Gibbs (2014) reforça que a sustentabilidade é o assunto de maior relevância para Arquitetura de Interiores, não é uma tarefa fácil para o profissional, refere-se à utilização de recursos naturais que não impactem negativamente o ambiente durante todo o processo de execução de uma obra. Ching (2013) acrescenta sua visão de um projeto é sustentável, explicando que é aceito quando a aquisição da matéria nova é menor em relação a reutilização de matérias existentes, quando há a preocupação de trabalhar com produtos reciclados, fontes sustentáveis de preferência local, renováveis e principalmente reconhecida legalmente, quando existe a preocupação com produção de lixo a fim de ser mínima, se há contratação de empresas que admitem processos sustentáveis e produtos com durabilidade e que tenha uma flexibilidade de uso, além de consumir baixa energia incorporada na fabricação e no transporte. As nações desenvolvidas passaram a utilizar os recursos naturais do planeta de forma sistemática e tão intensiva para construção civil que não há mais recursos suficientes para manter a atual taxa de consumo no futuro. A intensa exploração de madeira pela indústria moveleira, especialmente de espécies de madeiras no46
bres, supera a velocidade de renovação das árvores. Como consequência, algumas dessas espécies se tornaram extintas em breve (GIBBS, 2014 p. 39).
Um tema de grande complexidade, mas não deve ser deixado de lado em nenhum aspecto, é notório que o estilo de vida da população vem causando um grande impacto negativo com o consumo energético exacerbado, no qual possui uma significativa presença na formação de gases efeito estufa. Sendo assim, o tema abordado é de alta relevância para o profissional Arquiteto, pois metade da emissão de CO₂ é decorrente ao ramo da construção civil. (GIBBS, 2014) Em razão disso, cabe ao profissional a responsabilidade de tomar atitudes sustentáveis, elaborar projetos que respeitem o ambiente desde sua concepção –preocupação com a origem do material e como ele é aplicado, especificar produtos ecologicamente legal, adquirir de fontes locais, visar aspectos de conforto térmico para diminuição de consumo energético – pois é imprescindível uma mudança imediata, a partir do momento em que o Arquiteto está consciente disto e coloca seu posicionamento, a transmissão dessa ideia para o cliente, fornecedores e outros associados, se torna mais acessível e confiável. 1.4.5 CONFORTO AMBIENTAL – TÉRMICO, ACÚSTICO E LUMINICO Estar confortável significa estar em equilíbrio, nem mais e nem menos. Esse conceito empregado à Arquitetura funciona basicamente da mesma maneira, segundo Ching (2013), uma pessoa está em estado de Conforto Térmico quando seu corpo consegue eliminar o calor e a umidade mantendo uma temperatura ideal, para isso “depende não somente da temperatura do ar, mas também da umidade relativa do ar, da temperatura radiante das superfícies do entorno do movimento do ar e sua pureza.” (CHING, 2013, p. 222), assim com essas variáveis climáticas e seus índices é possível encontrar um equilíbrio para um conforto térmico. De acordo com Frota e Schiffer (2001), o Arquiteto tem a função de projetar espaços internos que condicionem o Conforto Térmico aos 47
usuários, seja qual for a condição climática externa As principais variáveis climáticas de conforto térmico são temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Guardam estreitas relações com regime de chuvas, vegetação, permeabilidade do solo, águas superficiais e subterrâneas, topografia, entre outras características locais que podem ser alteradas pela presença humana (FROTA e SCHIFFER, 2001, p.15).
Tendo como base as variáveis climáticas de cada local específico, o profissional consegue projetar de forma que contribua para o conforto térmico do ambiente. Primeiro deve-se avaliar essas condições, para isso, o Arquiteto pode contar com ferramentas apropriadas de estudo das variáveis. Frota e Schiffer (2001) cita a utilização da ferramenta Geometria da Insolação, na qual o profissional pode retirar informações como horários de insolação e de sombras de cada orientação independentemente de sua latitude, a partir de gráficos, além de estudos de comportamento térmico das edificações, que resulta em como determinada construção se comporta internamente, sob os efeitos do sol, com os matérias nela aplicado, e índices de conforto térmico. Por conseguinte são inúmeros diagnósticos para então conseguir saber qual a melhor inserção de um projeto no terreno, quais são as melhores direções e posições das aberturas de janela e portas – agindo nos controles térmicos naturais, iluminação e ventilação natural – e quais elementos no entorno influenciam, saber qual a aplicação de material e revestimento adequado conhecendo suas propriedades de refletância e absorbância que “ajuda a direcionar a luz refletida de modo mais profundo dentro do espaço, reduzindo a quantidade de luz elétrica necessária e economizando energia” (CHING, 2013, p.258), a disposição ideal do layout no espaço, entre outras etapa de um projeto que o elemento conforto térmico influência. Conforto Acústico Da mesma maneira que o conforto térmico é influência direta no desenvolvimento do projeto, o conforto acústico se comporta da mesma 48
forma. De acordo com Akkerman (2012) o desempenho acústico nas edificações habitacionais sempre foi muito negligenciado, principalmente a partir da década de 70 com a racionalização de materiais nos projetos, hoje a NBR 15575 de desempenho de edificações habitacionais já despõe de alguns encargos referente a qualidade acústica nos ambientes a fim de proporcionar maior conforto aos usufruidores. O elemento acústico é uma ciência que se refere às variações do som no espaço. O Arquiteto é apto a projetar espaços visando melhor desempenho acústico, seja uma grande sala de concerto, seja sala de estar dentro de um apartamento. O profissional sabe que para garantir um bom desempenho do som no espaço precisa lidar com materialidades que vão influenciar diretamente em sua reverberação, o tipo de material conhecendo novamente se são absorventes ou reflexivos, seu formato e a sua orientação, além de tecnologias no mercado para suprir determinada necessidade. (CHING, 2013) Na Arquitetura de Interiores a atenção com o controle do som é essencial, “buscamos preservar e enfatizar sons desejados e reduzir ou eliminar sons que possam interferir nossas atividades” (CHING, 2013, p. 280). O nível dessa preocupação vai variar de acordo com a necessidade específica de cada cliente, juntamente com soluções para atendê-los. Conforto Lumínico Assim como as cores no ambiente, as luzes têm um papel fundamental na sua composição e na sua atmosfera. Seja natural ou artificial, uma não desmerece a outra, e ambas têm sua importância e alto grau de necessidade no espaço. Para Gurgel (2013) um espaço que não tenha incidência de luz natural esta suscetível a tristeza depressão. De acordo com Mancuso (2007), o homem, já em sua era primitiva começava a entender que a temperatura estava estritamente relacionada à presença de luz. Desde a antiguidade com a iluminação a base de óleo e combustível natural, as fontes de iluminação artificial vêm sendo aperfeiçoada, chegando a uma gama de iluminações presente no 49
mercado, algumas até conhecidas como luzes inteligentes. Graças a esta evolução das variedades de iluminação junto a evolução da compreensão do que é um ambiente confortável e seguro, hoje se pode atender todas as necessidades humana relacionada a atividade e função no ambiente. (MANCUSO, 2007) Uma iluminação adequada e equilibrada, entre natural e artificial é um dos fatores principais para um ambiente bem projetado assegurando o conforto visual e ideal para utilização do espaço. Assim como outros elementos arquitetônicos a iluminação interfere na percepção do espaço, elementos estes que estão diretamente ligados a ela. (MANCUSO, 2007) As superfícies lisas refletem mais luz, enquanto as rugosas serão responsáveis por uma maior absorção da luz refletida. As dimensões do ambiente também exercem uma grande influência na iluminação, como, por exemplo, um pé-direito muito alto necessita de luminárias com refletores mais potentes e lâmpadas especiais. [...] A quantidade e o tipo de luz incidente sob uma superfície colorida têm influência direta no modo como vemos e sentimos as cores, e podemos alterar consideravelmente sua tonalidade (GURGEL, 2013, p. 229).
Gurgel (2013) ainda explica que o Arquiteto ao projetar, vai selecionar o tipo de iluminação – seja geral, de efeito, de tarefa, decorativa – e o modo de iluminar – direto ou indireto – e o tipo de lâmpada de acordo com a função do espaço. Uma não anula a outra, a disposição das luzes no ambiente deve ser elaborada de modo que uma complemente a outra e mais de um tipo de iluminação no espaço pode e deve ser feita. É preciso estar atento para relação entre a idade do usuário e a iluminação necessária. Para realizar uma tarefa, uma pessoa de 60 anos precisa 15 vezes mais luz do que uma criança de 10 anos. Mas o excesso também gera problemas. Um erro no cálculo ou na instalação pode provocar o chamado ofuscamento desconfortável, em que a pessoa sente dor de cabeça e sensação de fadiga (MANCUSO, 2007, p. 84).
Assim como todos os outros elementos que fazem parte da Arquitetura de Interiores, deve existir um cuidado ao executar um projeto 50
luminotécnico. Segundo Mancuso (2007) um estudo do espaço, do usufruidor e testes de iluminação é imprescindível para não gerar desconfortos depois de elaboradas 1.4.6 INSTALAÇÕES As instalações de um ambiente já consolidado devem estar integradas ao projeto de interiores desde sua concepção. Para Gibbs (2014) as instalações compõem um projeto como elementos indispensáveis, são elas, elétrica, hidráulica e se houver, aquecimento, condicionamento de ar e segurança. Ainda, o sistema estrutural pode fazer parte desse conjunto, o Arquiteto de Interiores possui um conhecimento básico em relação aos sistemas estruturais das edificações para uma noção prévia do potencial do ambiente, se existem restrições ou oportunidades. (GIBBS, 2014) Ao elaborar um projeto do zero, o Arquiteto, irá planejar e organizar de maneira funcional todas as instalações de acordo com cada ambiente, pois assim elas nascem de forma integrada. No entanto, é comum que o Arquiteto de Interiores trabalhe em ambientes com instalações já estabelecidas, tanto de elétrica quanto de hidráulicas. Dessa forma, o profissional é responsável por determinar a melhor maneira de operar no espaço com as instalações pré-estabelecidas, além de incluir e alterar com orientação de um responsável técnico no assunto. Ching (2013) explica que os sistemas de energia elétrica, por exemplo, são executados por engenheiros elétricos, o arquiteto irá entregar a eles, a posição precisa de onde estará esses pontos de energia, com especificação de alturas, tipos e usos. Dispor de noções técnicas e reconhecer onde o a instalação está passando no ambiente é de suma relevância para âmbito de interiores para então propor soluções possíveis e funcionais, são elementos que não funcionam sozinhos e uma coisa depende da outra. A disposição de layout, de peças sanitárias, aparelhos eletrônicos, circulação são fatores que dependem do elemento instalações. 51
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Mesmo com seus conhecimentos prévios, Gibbs (2014) esclarece que o Arquiteto de Interiores não deve hesitar trabalho em conjunto com profissionais especializados no assunto quando houver maiores necessidades. 1.5 O HABITAT HUMANO Visto uma gama de fatores que estão presentes na Arquitetura de Interiores para residência fica evidente o motivo de tanto cuidado, de precisão e de preocupação com todos os elementos que o constituem para a criação de um habitat humano. Anteriormente, o fator pessoal não tinha peso nas escolhas e definições dos espaços. Os mesmos eram concebidos de forma mais ampla, ou seja, para uma categoria. Hoje, a especificação dos espaços está muito pessoal, o homem está qualificado nesse processo e o valor dado a ele e ao seu “bem-estar” é ímpar. (MANCUSO, 2007, p.19)
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
O morar não possui somente a questão de abrigo, vai além disso, ele passa a identidade de quem nele habita, sendo assim, cabe ao profissional, criar ou intervir no espaço, preservando e enaltecendo essa identidade. A relação pessoa e espaço está se tornando cada vez mais singular, de acordo com Gurgel (2013) não há uma arquitetura igual a outra, cada uma tem sua especificidade e inúmeras soluções distintas. Isso se dá pelo fato de que, os aspectos sociais no planejamento, aqui já expostos, estão presentes e a arquitetura depende do usufruidor, e cada indivíduo é um ser único. Na correria do mundo contemporâneo, a procura por um local onde o homem se sinta seguro, despreocupado, repousado, em busca de qualidade de vida e bem-estar, é cada vez maior. E a criação deste local é uma atribuição ao Arquiteto de Interiores, com sua capacidade de conceber atmosferas a fim de proporcionar satisfação, conforto, saúde e outras inúmeras transformações em quem o utiliza, pois a casa tem uma função psicológica. (MANCUSO, 2007) “Existe uma série de fatores que conduzem o profissional a uma solução [...] o mais importante, poderíamos dizer, é o humano” (MANCUSO, 2007, p. 21). Dessa forma a Arquitetura de Interiores tem o poder de proporcionar e atender as necessidades humanas.
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2.1 CONTEXTO A habitação é caracterizada como uma necessidade básica do homem e reconhecida na Constituição Federal de 1988, art. 6º como um direito social. O direito tardou para ser reconhecido constitucionalmente, no entanto essa necessidade já vinha sendo entendida pelo Estado, onde iniciativas de políticas habitacionais foram criadas e aplicadas para atender a maior parte da população com essa carência. Se o mercado de trabalho relega parte da população à pobreza, o mercado imobiliário nega aos pobres a possibilidade de habitar no mesmo espaço em que moram os que podem pagar. Surge uma demanda economicamente inviável mas socialmente inegável. Desta contradição se origina a “habitação social” (BONDUKI, 2002, p.8).
Um assunto que sempre foi pauta de destaque no Brasil é a falta de habitação para os cidadãos, o tema não é novidade, Bonduki (2002) declara que a questão só foi avistada como uma problemática a partir da década de 1880, era que aproximadamente chegava em São Paulo 900.000 imigrantes decorrente a dinâmica do complexo cafeeiro. O período em questão trata-se do início de uma grande crise habitacional no país, 40% dos imigrantes – passando pela hospedaria dos imigrantes em 1895 – perduraram na capital, não tendo espaço e teto suficiente para todos. O desenvolvimento das indústrias e a instalação da hospedaria dos imigrantes foi fruto de “um centro de distribuidor de trabalhadores para o Estado” (Bonduki, 2002, p. 17), rente a expansão da cidade estava a necessidade de maiores deslocamentos, e maiores alcance de abastecimento de água e esgoto, certamente não o suficiente, resultou em um problema de saúde pública (BONDUKI, 2002). Ferreira (2012) complementa que, por mais que tenha sido por “bons motivos” esse crescimento urbano, gerou uma incompatibilidade com a qualidade de vida. Tanto cidades grandes quanto cidades médias tiveram essa mudança decorrente a economia porem com as mesmas consequências. Porque áreas com infraestrutura derivada do movimento econômico se tornavam inacessíveis para esses trabalhadores. 54
As camadas populares urbanas, como cita Villaça (2001), se fortaleceu neste contexto, uma grande quantidade de favelas inseridas nas áreas centrais da cidade, até mesmo em núcleos próximos ao bairros nobres e uma quantidade ainda superior inseridas nas periferias, Ferreira (2012) completa dizendo que são áreas que nem o Estado pode intervir, o que acaba não resultando em nada, apenas uma estagnação e aumento da situação da moradia irregular A deterioração das condições de vida na cidade, provocada pela afluxo de trabalhadores mal remunerados ou desempregados, pela falta de habitações populares e pela expansão descontrolada da malha urbana obrigou o poder público a intervir para tentar controlar a produção e o consumo das habitações (BONDUKI, 2002, p. 27).
Assim o Estado – Primeira República (1989-1930) – intervia lentamente incitando obras de saneamento, a indústria da construção e locação de prédios. O Estado atuou em três vertentes, “o controle sanitário das habitações; a da legislação e códigos de postura; e a da participação direta em obras de saneamento das baixadas, urbanização na área central e implantação de rede de água e esgoto” (BONDUKI, 2002, p.29) Até então, o que se tinha de moradia para a população de baixa e média renda eram casas de aluguéis produzidas por investidores privados a fim de adquirir bons retornos, até por volta da década de 30, pois não existia sistema de financiamento de casa própria e trabalhadores só conseguiriam alcançar o sonho da casa própria após décadas de trabalho e de muita economia (BONDUKI, 2002). Para Ferreira (2012) as políticas públicas de moradias não atendiam efetivamente os mais pobres, mas sim pessoas de classe média e baixa que conseguiriam realizar um financiamento para conseguir sua casa. A habitação de interesse social começou a tomar força na Era Vargas, quando surge o órgão chamado Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP), instituída por lei, tinha o objetivo de auxiliar a suprir o déficit de habitação criando conjuntos habitacionais custeado pelo Estado. De acordo com Bonduki (2002), os conjuntos dos IAP’s contri55
buíram para a relação entre a arquitetura e a problemática da época, pois havia arquitetos associados ao instituto, arquitetos estes que se preocupavam com a situação e defendiam a aplicação dos conceitos do movimento moderno, movimento no qual estava em ascensão paralelamente. No entanto, houve apenas uma absorção parcial dos preceitos modernos, pelo fato da ação governamental reduzir a abrangência da proposta. Embora ainda que existissem empecilhos, o órgão buscava aproveitar o máximo de recursos para realizar projetos de forma acessível, baixo custo, sem perder qualidade de habitabilidade, higiene e conforto. (BONDUKI, 2002) Ao privilegiar os grandes núcleos multifamiliares em detrimento das unidades unifamiliares até então consideradas “modelo de casa higiênica” e predominantes nas tímidas atividades das Caixas e Institutos, o ditador era movido pelos mesmos pressupostos dos pioneiros do movimento moderno, para quem “o moderno não era um estilo mais uma causa”: a busca de métodos de produção em grande escala de modo a satisfazer a imensa demanda por habitações sociais geradas pelo processo de industrialização e urbanização (BONDUKI, 2002, p. 136).
Os IAP’s atingiram grande volume, “até 1950, somavam 17.725 unidades habitacionais” (BONDUKI, 2002, p. 155). O fato de não terem conseguido alcançar integralmente a arquitetura moderna nos projetos, fizeram com que houvessem um declínio na qualidade dos conjuntos habitacionais até o fim de suas atividades, após o golpe militar em 1964. Quando um novo sistema de financiamento é implementado, o Banco Nacional de Habitação (BNH). (BONDUKI, 2002)
consubstanciado em projetos de péssima qualidade, monótonos, repetitivos, desvinculados do contexto urbano e do meio físico e, principalmente desarticulados de um projeto social (BONDUKI, 2002, p. 135). Figura 38, 39 e 40: Conjunto Residencial Prefeito Men-
Bonduki (2002) ainda reforça que com a aplicação do BNH, as IAP’s deixavam até saudade. No entanto não se pode negar a influência da arquitetura moderna nesse período, mesmo que tenha sido um tanto negligenciada. Para a época muito mais poderia ter sido feito em relação a habitação com a utilização da arquitetura, pois existia a possibilidade. O autor cita exemplo do Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, que ficou conhecido com Pedregulho, por ter sido implantado em um terreno de alta declividade. O projeto não conta apenas com moradia para atender a demanda, mas também conta com equipamentos para suprir essa demanda e atendê-las em todos os aspectos, como escola e posto de saúde. O Conjunto ficou internacionalmente famoso pelo melhor aproveitamento dos princípios e soluções da arquitetura visando a qualidade de vida da sociedade. Muito embora tenha sido projetado na década de 40 pelo Arquiteto Affonso Reidy, já abordava as questões habitacionais de forma revolucionária e criativa, não foi o primeiro nem o último, mas
O Objetivo do novo sistema no período da ditadura era produzir, promover e financiar as construções de moradia para, principalmente, população de baixa renda. Os conjuntos habitacionais derivados do BNH se manifestavam através da busca insaciável pela redução de custos nas construções, deixando de lado todos os pressupostos da arquitetura moderna. (BONDUKI., 2002) No repertório da habitação social brasileira, um suposto racionalismo formal, desprovido de conteúdo, 56
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des de Moraes Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/01-12832/ classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy> Acesso em 09 Mai. 2019
foi um dos poucos da época que tiveram bons resultados. A origem da habitação social no Brasil não se destacou tanto como pretendia Vargas em seu governo, porém não foi de forma irrelevante, originou muitos outros sistemas e companhia em relação a ação social até os dias atuais. Durante o vigor do Banco Nacional de Habitação de 1964 até 1986 é confirmado que nenhuma outra política no Brasil até hoje superou o número de construções que o sistema atingiu na época (SILVA E TOURINHO, 2015). Juntamente a política habitacional do BNH, foi criada a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB, a empresa que promovia a construção de moradias, na qual o BNH financiava, assim a COHAB era um agente do Banco, de acordo com Silva e Tourinho (2015) a atribuição da empresa era construir, fiscalizar e liberar as parcelas para o financiamento e se sustentava por meio de cobranças de taxas desses serviços. É um sistema que atendia a polução sim, mas eram construções padronizadas e monótonas, que visavam em quantidade e não qualidade, pouco se pensava nos usufruidores e muito se focava nos baixos custos para atender um maior número. Da mesma história se origina outra companhia que está vigente até hoje, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo – CDHU, de acordo com o governo de São Paulo, hoje é o maior agente de habitação popular no país, levou o nome de CECAP, CODESPAULO E CDH, seu atual título foi dado em 1989 (CDHU, 2019). As companhias de habitação popular proveniente de políticas habitacionais firmada durante a ditadura militar no país seguiam normas e critérios estabelecidos por leis. A consequência disto é a uniformização das construções, pequenas dimensões, sem identidade arquitetônica com seu maior objetivo de retorno dos investimentos empregados. Dessa forma a indústria da construção no campo habitacional, teve grande aporte na acumulação de capital, com auxílio dos agentes – as companhias – para essa dinâmica na economia, além do setor imobiliário e financeiro. Assim, mesmo que tenha sido de grande importância e ne58
cessidade, nada foi feito de forma desproposital sem segundas intenções (CASTILHO, 2015). Comparando a origem da carência habitacional no Brasil e os dias de hoje, indicadores pelo IBGE revela uma evolução, como aponta Maricato (1998), uma evolução no déficit habitacional, em infraestrutura urbana, consecutivamente na mortalidade infantil e fertilidade feminina. No entanto, as condições habitacionais não são apontadas pelo IBGE e contraria este otimismo, pelo fato de considerar uma moradia precária como moradia oficial sem considerar a qualidade de vida do habitante. As diretrizes, os princípios e as políticas permaneceram praticamente as mesmas. Diante disto, sabe-se que a moradia é, na verdade, mais uma mercadoria, mercadoria esta que funciona como qualquer outra, com variedade de valores e adquirida só por quem pode comprar. Maricato (1998) ainda reforça que a moradia é uma mercadoria do setor privado, os preços são altos e a tendência do mercado é sempre “valorizar” pelo fato de ser substancial à sobrevivência. Nesse cenário, não há como negar que a arquitetura, ou talvez a falta dela, tem generosa parte da responsabilidade. A verdade é que, no processo de intensa urbanização, a boa arquitetura há algum tempo vem se tornando menos presente. Cada vez mais restrita a obras pontuais e individuais de uns ou outros escritórios, não aparece na fenomenal produção do chamado segmento econômico, que abordamos neste livro (FERREIRA, 2002, p.30)
O cenário dessa origem habitacional, favoreceu para que houvesse um forte distanciamento entre a arquitetura e a moradia social, “essa situação desgastou as propostas de habitação social concebidas a partir do repertório da arquitetura moderna” (BONDUKI, 2002, p. 135). Situação esta, que por sua vez prevalece até hoje, cabe aos profissionais arquitetos a tentativa de retomar os ideários de uma arquitetura propriamente dita – com seus aspectos arquitetônicos e urbanísticos – tendo o enfoque, principalmente, social.
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2.2 MOBILIÁRIO NA HABITAÇÃO Concomitantemente a existência da preocupação com a racionalidade de materiais, industrializar e abaratar as construções de moradias, os mobiliários residenciais passaram a chamar mais atenção dos arquitetos modernos. Pois a percepção de que estes elementos se fazem essencial para a arquitetura de habitação já existia (BONDUKI, 2002). Assim como no Brasil, em relação a demanda de construção habitacional popular, compreendido por Barbosa (2007), na Alemanha década de 20 foi iniciado o Plano Urbanístico de Ernst May, no qual foi introduzido os conceitos da arquitetura moderna de forma integra em Frankfurt. Pós-primeira guerra, o governo alemão focou nas construções de moradia em grande escala, alcançava população de todas as rendas, no entanto a “construção de habitações proletárias, denominado Mietkazerne, [...] acabou gerando enormes críticas pela baixa qualidade arquitetônica” (BARBOSA, 2007, p.9). Entretanto, juntamente a equipe de May, estavam outros arquitetos a fim de buscar inovações junto a esse movimento, desse modo, se origina a famosa Cozinha de Frankfurt. O conceito da arquiteta Grete Schütte-Lihotzky era projetar uma cozinha prática, funcional, de forma
Figura 41,42 e 43: Cozinha de Frankfurt Fonte: < https://histarq.wordpress.com/2013/03/01/ aula-7-a-cozinha-de-frankfurt-1926/> Acesso em 15 Abr. 2019
a dar uma melhor solução para o espaço e diminuir os movimentos da utilização doméstica, exercida naquela época puramente pelas mulheres. Esse fato possibilitou para que houvesse uma independência feminina, pelo fato de não haver obstáculos na execução dos serviços, tornando-o prático e com mais tempo livre (BARBOSA, 2007). O ambiente planejado se tornou modelo, como ainda explica Barbosa (2007), o conceito ficou conhecido como “habitação mínima”. De tanto destaque, pela racionalização dos espaços, dos mobiliários e utensílios, influenciou arquitetos e até movimentos na Bauhaus, pelo qual começaram a pensar em equipamentos e mobiliários ligando a funcionalidade e conforto. Uma cozinha que até hoje é utilizada como grande referência, fica notório que mesmo com a presente situação, da necessidade de redução de custos, este elemento fundamental para a moradia não foi esquecido. Associando aos dias atuais, quase um século depois, o conceito dessa cozinha pode ser muito bem aplicado aos espaços e as necessidades do mundo contemporâneo. A atual tendência de espaços residenciais extremamente pequenos e a correria do dia a dia, exige a necessidade da atuação do profissional arquiteto de interiores para solucionar e garantir a melhor utilização dos espaços com planejamento de mobiliário que proporcione praticidade, funcionalidade, conforto e principalmente custo-benefício. A Técnica de interiores é comumente visa como algo inalcançável por todos, principalmente para a população com um baixo poder aquisitivo, população esta, que vivem principalmente em espaços internos de habitações de caráter popular que, como já explicado, necessitam de qualidade de moradia pelo fato de sua construção já ter sido bastante negligenciada. Dentro os principais conflitos vividos nos ambientes internos de uma habitação popular, é possível chamar atenção para seu espaço de circulação onde já é reduzido, consegue ficar mínimo, devido ao mau dimensionamento do mobiliário encontrado nas residências, um embate constante entre espaço, pessoas e móveis.
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Ao projetar habitações é fundamental ter o conhecimento do modo de vida de quem vai usufruir, não é apenas executá-las com as metragens mínimas de cada espaço (FOLZ, 2002). No entanto, quando se trata de um conjunto habitacional de apartamentos, é comum que não haja diversidade de tipologias e as famílias não tem características unitárias, dessa forma, é no seu interior que se deve agir para torna-las habitáveis e vivenciáveis com a escolha do conjunto de móveis e solução de projeto interno para determinada família. Gurgel (2013) afirma que as dimensões certas dos móveis no espaço é uma garantia de boa circulação, para isso existem tabelas de dimensões mínimas de mobiliário e a NBR 15575 de desempenho de edificações habitacionais estabelece os espaços mínimos de circulação adequada em relação ao mobiliário. No entanto, de acordo com Folz (2002), os mobiliários encontrados no mercado não estão aptos para satisfazer as dimensões reduzidas encontradas nas residências atualmente. Mas ainda assim são estes que a população adquiri, pois o móvel é indispensável no ambiente, e estes são conhecidos como acessíveis. Folz (2002) ainda declara que estes móveis visam ser “baratos”, logo não existe uma preocupação mínima quanto a funcionalidade nos espaços das habitações. Soares e Nascimento (2008) complementam dizendo que, o que acontece com os móveis no mercado popular é que
eles seguem um padrão, padrão este que não atende singularidades, porém os espaço reduzidos já deixaram de ser singularidade, mas ainda assim é raro encontrar móveis que atendam e apresentem modularidade, flexibilidade e multifuncionalidade, “os móveis populares são standarts, e não permitem flexibilidade de uso eficaz ou o uso racional do espaço” (SOARES E NASCIMENTO, 2008, p. 92) Ao encontrar mobiliário que apresentam características ideias ao espaço, é possível que o custo seja elevado. O Arquiteto tem a atribuição de propor soluções que atendam esse problema corriqueiro. Soares e Nascimento (2008) exemplifica a possibilidade de fabricantes de mobiliário específicos serem objeto de financiamento, por mais que se torne mais caro em relação ao mobiliário comum de mercado, a qualidade e a durabilidade maior, relacionado ao custo-benefício. Outra solução que poderia ser implementada é aquisição da moradia junto a elementos de mobiliários já instalados para determinado espaço e função. Porém sabe-se que são apenas ideias, mas tem a possibilidade serem levadas adiante. Enquanto isso, cabe ao Arquiteto utilizar dos seus conhecimentos de materiais, precificação, criatividade para desenvolver formas acessíveis de transformar o ambiente.
Figura 44: Divergências nas dimensões do mobiliário no mercado em relação as necessidades Fonte: SOARES E NASCIMENTO, 2008 62
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3.1 GUARUJÁ - SÃO PAULO A região litorânea é um município que faz parte da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), junto com outros 8 municípios conurbados do Estado de São Paulo. Guarujá apresenta uma expressiva relevância à região por ser um polo turístico – sua principal atividade econômica – e além de ser uma cidade portuária, na qual carrega o setor esquerdo do maior porto da américa latina, o porto de Santos.
INSERÇÃO URBANA
Figura 45: Mapa de Situação - Guarujá Fonte: ÁVILA, 2019
Guarujá é uma ilha localizada na Ilha de Santo Amaro, a história de seu desenvolvimento é relativamente recente. Por volta de 1500 a ilha foi visitada por exploradores portugueses, no entanto devido aos seus aspectos geográficos, como sua topografia, muitas áreas de mata e antipatia indígena, a área ficou inacessível por mais de 3 séculos. Foi em 1832 que Guarujá passou a ser considerado Vila conformado por um pequeno povoado que viva de extração, pesca e plantio. Em 1893 a área em desenvolvimento leva o título de Vila Balneária de Guarujá, onde se inicia uma importação das construções – hotel, igreja, cassino e chalés – dos Estados unidos para caminhar ao reconhecimento de cidade, propriamente dita, além de iniciar serviços de luz, água e esgoto. Foi iniciado também a construção do Tramway do Guarujá, um bonde para atender quem chegava a cidade, que levava até o Hotel, e um ramal para acessar o bairro mais próximo a cidade de Santos, mas logo foi desativado e substituído por uma estrada, mas só em 1918 foi criado o serviço de travessia de balsa entre as duas cidades. Contudo, só em 1947 passou a ser considerada município, já havia recebido o título de Estância Balneária e seu crescimento era incessante.
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(Prefeitura Municipal de Guarujá, 2019) Araki (2007) explica que seu crescimento exacerbado e a ocupação desequilibrada, a partir de quando o local se tornou município, aconteceu pelo fato de que Guarujá tem acesso rápido à grande São Paulo pela rodovia Anchieta que chega até a perimetral da cidade, antiga Piaçaguera, hoje Rodovia Cônego Domênico Rangoni. A construção dessa Rodovia foi um grande avanço para a cidade no ponto de vista turístico e portuário, mas também desencadeou, o que hoje é o Distrito de Vicente de Carvalho, pois durante sua construção houve a concentração de uma população com renda mais baixa, muitos empregados no setor da construção e residindo próximo a elas.
Figura 46: Mapa do Guarujá Fonte: ÁVILA, 2019, com base em Prefeitura Municipal do Guarujá. 2019.
Enquanto isso, na “Pérola do Atlântico” – designação dada a cidade na década de 70 – casas luxuosas e prédios altos eram construídos mais próximos à orla da praia, consideradas como segunda moradia de quem vinha de São Paulo. Segundo Afonso (2005), a área urbanizada se estendeu linear a praia, iniciando pela praia da Pitangueiras, o centro da cidade, onde o primeiro Hotel foi situado. Ao mesmo tempo mais distantes da praia, de forma inconstante, iam se urbanizando os terrenos, sejam loteados ou não, ocupando até “os fundos” da cidade, lugar dos morros. Araki (2007) complementa que a região tem um grande destaque ecológico, uma gama de biodiversidade e relevantes reservas naturais. Entretanto, essa expansão urbana não se dá só por esses motivos, mas também pelas proximidades do Porto, Canal de Santos e serviços de balsa, o que resultou em ocupações irregulares, sobre, principalmente, manguezais (AFONSO, 2005). A Região Metropolitana da Baixada Santista, em um todo, se expandiu desta maneira aqui exposta, principalmente as mais próximas da área portuária, em especial Guarujá. Por conta disto, o município vem sofrendo com problemas habitacionais constantes, o índice de habitantes morando em favelas é superior a todos os outros municípios da baixada santista, em resposta disso, a secretaria de habitação tem sempre buscado ações juntamente com companhias habitacionais para tentar 66
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solucionar uma parcela desse problema (DIARIO DO LITORAL, 2015). 3.2 CONJUNTO HABITACIONAL WILSON SÓRIO – CDHU Na tentativa de sanar os problemas habitacionais do município de Guarujá, em pelo menos uma parcela, Guarujá contou com programas de habitação que oportuniza, de maneira acessível a população conseguir uma moradia digna. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU atua desde a década de 50 com este objetivo, desta maneira, no bairro Santo Antônio da cidade do Guarujá, em 1992 o Conjunto Habitacional Wilson Sório foi construído. No entanto, a construção do conjunto no local inserido acarretou conflitos que se estenderam por alguns anos. De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, em 2005 foi dado início a um processo
por parte da Ação Civil Pública Ambiental movida pelo Ministério Público contra a CDHU e o Município de Guarujá. Este julgamento se deu pelo fato de que a CDHU incorporou sua construção em um terreno de área de preservação permanente com característica de mangue com permissão do Município, o processo se deu por finalizado em 2011, com a Companhia multada e tendo que regularizar a área. Desta maneira, é evidente que não existia a capacidade de retirar a construção do local, até porque não deixou de cumprir com o objetivo de auxílio a moradia. Porém a companhia teve de pagar indenização aos impactos ambientais irreversíveis, sanar as irregularidades jurídicas do conjunto além de promover melhorias. De acordo com o Diário do Litoral (2015) foi iniciada a regularização fundiária dos apartamentos perante ao Cartório de Registro de imóveis, para os moradores foi um grande avanço pois agora eles têm em mãos a escritura de sua casa, custeado pela CDHU. O conjunto consiste em vinte edifícios padronizados com solução de planta em formato “H”, com quatro andares atendendo quatro famílias por pavimento totalizando 320 famílias atendidas, com apartamentos de aproximadamente 45,55 m². Está localizado próximo a uma desembocadura de rio – por isso área úmida, manguezal – chamado Rio Santo Amaro, situada no Bairro Santo Antônio, próximo ao perímetro da cidade.
Figura 47: Mapa do Bairro de Guarujá Fonte: ÁVILA, 2019, com base em Prefeitura Municipal do Guarujá. 2019.
Figura 48: Implantação do terreno Fonte: ÁVILA, 2019, com base em Google Earth. 2019. 68
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Figura 49: Pavimento Tipo - Planta CDHU Fonte: <https://www.researchgate.net/publication/307779408_Habitacoes_terreas_e_multipavimentos_de_interesse_social_avaliacao_de_desempenho_termico_para_tipologias_com_vedacoes_em_alvenaria_de_blocos_ceramicos_e_de_concreto> Acesso em 25 Mar. 2019
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3.2.1 A CONSTRUÇÃO Com base na CDHU Regional de Santos se obteve informações em relação a obra do Conjunto Habitacional Wilson Sório. Por se tratar de um edifício relativamente antigo, tanto a própria Regional quanto os moradores entrevistados não possuíam o Manual do Proprietário, o guia com informações técnicas sobre a construção, para que auxilie em reformas ou manutenções das unidades sem que cause maiores transtornos, sabendo toda estrutura e infraestrutura. Desta forma, o Engº João Evangelista, engenheiro responsável da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano da região da Baixada Santista forneceu informações para melhor concepção deste trabalho.
ESTUDOS DE CASO
Os prédios foram assentados sobre fundações profundas executadas em estacas de concreto pré-moldado. É sustentado pela alvenaria externa armada executada com blocos de concreto de 14 cm de espessura e resistência superior a 4,5 Mpa, sendo alvenaria estrutural, já as alvenarias internas não são estruturais, podendo assim ser retirada quando desejado, são blocos de concreto com resistência mínima de 1,5 Mpa. A instalação hidráulica é composta por um reservatório inferior e superior para cada bloco do conjunto. A água é recebida da rede geral da SABESP e conduzida em tubos de PVC até o reservatório inferior, sua distribuição para os apartamentos é feita por meio de canalização de PVC partindo das caixas superiores de forma individual para cada unidade habitacional. Quanto as instalações elétricas são tomadas com voltagem original de 110V, porém na intervenção recente feita pela CDHU no empreendimento em tela, foi também disponibilizada nos quadros de medição dos prédios a voltagem 220V. O prédio é revestido de pintura sobre argamassa de Cimento, Cal e Areia peneirada, esquadrias metálicas, sendo na cozinha janela de correr com parte basculante, nos dormitórios e salas janela de correr duas folhas, uma sobreposta à outra e no banheiro formato basculante. 70
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A procura pelo profissional da área de interiores para residência de caráter popular, como já se sabe, é mínima. O que só favorece a profissão ser vista como pouco democratizada, e de acesso limitado, outro fator também são os altos preços encontrados no mercado de interiores. No entanto, é possível sim conciliar o acessível, com a estética, o conforto e a necessidade. O SASP - Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (2015) e seu vice-presidente Guilherme Carpintero em conjunto com Conselho das Cidades realizou um estudo para apresentar uma proposta de melhoria para o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Neste estudo abrange questões de déficit habitacional, problemática na qual o PMCMV é direcionado, e questões de assentamentos precários e inadequação de domicílios, na qual consiste em falta de infraestrutura e alta insalubridade.
Figura 50: Relação entre Deficit Habitacional e Inadequação de domicílio Fonte: <http://www.athis.org.br/wp-content/uploads/2015/11/RP-02-GUILHERME_melhorias_habitacionais.pdf> Acesso em 02 Ago. 2018.
Desta maneira, o SASP elaborou um gráfico, no qual percebe-se que, tirando apenas o estado de São Paulo e o Distrito Federal, todos os estados restantes do país possui números de habitações urbanas inadequadas superior ao seu déficit habitacional. Podendo concluir que, as ações públicas mesmo tentando suprir a necessidade de habitação no país, não consegue solucionar os problemas internos da casa, que dependendo do agravante, pode ser tão prejudicial quanto não ter um teto. Hoje no Brasil, ainda é pouco disseminado, mas existem programas que possibilita a aquisição dessa ação nas habitações, princi72
palmente em virtude das inadequações habitacionais. Um exemplo disto é o Programa Vivenda, cujo principal objetivo é democratizar reformas em moradia, de forma ágeis, econômica e de qualidade, visando sempre qualidade de vida relacionada a saúde e bem-estar do morador (FUNDAÇÃO ABH, 2019). O Programa Vivenda foi criado em 2013, e tem conseguido alcançar e beneficiar muitas famílias de baixa renda, em 2015 a média de orçamentos elaborados por mês era de 35. O projeto proporciona um pacote de serviço no qual engloba, créditos –possibilidades de formas de pagamento para tornar mais acessível – , assistência técnica, matérias e mão de obra qualificada (FUNDAÇÃO ABH, 2019). Assim como o Vivenda, existem outros programas também criados com a mesma preocupação social, que é o caso da Moradigna, é uma empresa com mesmo conceito de reforma rápida e acessível visando a salubridade. O “negócio social”, como chama o fundador Matheus Cardoso, atende grande parte da Zona Leste de São Paulo e alguns bairros do Rio de Janeiro. Da mesma forma que o Vivenda, o Moradigna realiza pacotes para as reformas, mas um diferencial é que a mão de obra é, literalmente, local, vivem do próprio bairro, o que gera uma participação especial da própria comunidade, além de diminuir gastos com deslocamentos o que gera ainda uma diminuição no valor total da reforma (BETIM, 2017). A questão então, não é apenas uma casa bonita, mas sim uma casa saudável e que tem o poder de transformar a vida de quem habita. Sendo assim, projetos simples e pontuais, mas com conceitos arquitetônicos aplicados pode mudar a vida de quem habita. A seguir será apresentado 4 estudos de caso onde cada projeto anteposto foi escolhido por um determinado motivo, a Casa da Vila Matilde pelo fato de ser uma reforma habitacional de baixos custos, o Apartamento Cosmo por ser um apartamento de mínimo espaço, o Apartamento Itaguá por se tratar de uma reforma litorânea e o Apartamento do Conjunto Habitacional Heliópolis, onde é estudado a função e a dispo73
sição dos elementos no ambiente.
são elaboradas de forma que haja um aproveitamento máximo projeto, do material e do espaço, é uma arquitetura consciente.
4.1 A CASA DA VILA MATILDE
A construção pré-existente precisou ser inteiramente demolida, foi uma demolição delicada por conta das casas vizinhas, fundações e muros de arrimo iam sendo executados paralelamente. A demolição levou 4 meses, e a execução da alvenaria 6 meses, após isso a casa estava pronta para morar, totalizando 10 meses de obra (TERRA E TUMA, 2015).
A arquitetura que ganhou prêmio internacional em 2016 é referência em qualidade e viabilidade de projeto. Não é apenas uma reforma habitacional – foco do presente trabalho – é praticamente um projeto iniciado do zero visando a necessidades financeiras e agilidade na obra. FICHA TÉCNICA
LOCALIZAÇÃO
Arquitetura: Terra e Tuma Arquitetos
A casa está situada na Zona Leste da capital paulista, no Bairro Vila Matilde. É um bairro de caráter mais popular, predominantemente residencial de casas térreas. É perceptível que as casas no entorno da residência da Dona Dalva têm uma situação parecida de como era antes de sua reforma. Casas localizadas em periferias são comumente pequenas e com conforto mínimo, dessa maneira, a equipe de arquitetos provou que é possível uma transformação desse parecer.
Autores: Danilo Terra, Pedro Tuma, Fernanda Sakano Ano de projeto: 2015 Localização: Vila Matilde, São Paulo - SP Paisagismo: Gabriella Ornaghi Arquitetura da Paisagem Estrutura: Megalos Engenharia Construção: Valdionor Andrade de Carvalho e equipe Fotos: Pedro Kok
Figura 51: Casa Vila Matilde, jardim interno Fonte: <http://terraetuma.com/portfolio/casa-vila-matilde> Acesso em 29 Abr. 2019.
O PROGRAMA O terreno onde a casa foi implantada tem uma testada de 4,8
Metragem: 95 m² TERRA E TUMA ARQUITETOS O escritório de arquitetura é composto por quatro arquitetos que compartilham múltiplas experiencia nos projetos. A equipe foi procurada pelo filho da Dona Dalva Borges – dona da casa – para saber se era possível um projeto para uma pessoa de pouco poder aquisitivo, que vivia em uma casa insalubre e com problemas de estruturas. Foi assim que a conhecida Casa Vila Matilde foi concebida, um projeto se adequando aos recursos financeiros sem deixar de sanar todas as necessidades (TERRA E TUMA, 2015). De acordo com Terra e Tuma, todas as concepções dos projetos 74
Figuras 53 e 54: Planta Casa Vila Matilde, pavimento térreo e pavimento superior Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tuma-arquitetos> Acesso em 29 Abr. 2019. 75
Figura 52: Localização e inserção urbana da Casa Vila Matilde Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tuma-arquitetos> Acesso em 29 Abr. 2019.
Figura 59: Painél Semântico Casa Vila Matilde Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <http://terraetuma.com/ portfolio/casa-vila-matilde> Acesso em 29 Abr. 2019.
Figuras 55 e 56: Cortes Casa Vila Matilde Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <https://www.archdaily. com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tuma-arquitetos> Acesso em 29 Abr. 2019.
metros e 25 metros de profundidade. A função da casa acontece em praticamente todo o térreo, consiste em sala, lavabo, cozinha, área de serviço, suíte e jardim interno ligando todos os ambientes, inclusive o piso superior, e proporcionando iluminação e ventilação cruzada (TERRA E TUMA, 2015). O Pavimento superior é uma laje livre que só tem edificação nos fundos, mais uma suíte, de restante é um grande espaço aberto para receber uma horta (TERRA E TUMA, 2015). É uma situação com poucos móveis, porém uteis e que atendem a necessidade específica, logo, priorizando o espaço. Espaço este integrado, tão integrado que a circulação e
o espaço de convívio se tornam os mesmos. É notório o tamanho enxuto da casa, mas a proposta transmite a sensação de um ambiente amplo foi a fim de integrar a relação das pessoas, em contra partida nas áreas intimas, como o quarto, são espaços mais reduzidos, e mesmo assim bastante satisfatório. MATERIALIDADE E ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS A escolha dos materiais usados foi em função do melhor custo-benefício, o escritório é bastante familiarizado com a utilização de blocos de concretos em suas obras. Para Terra e Tuma (2015) a escolha do material, além de estrutural é acabamento, foi para viabilizar o projeto de forma mais acessível e ágil. Seus móveis são funcionais e simplistas, a cozinha para a cliente não necessitava de marcenaria, isso mostra que não existe esse padrão de que a cozinha precisa de armário de cozinha. O espaço deixado em baixo da pia, sem marcenaria supre a necessidade do usufruidor. O que a equipe faz é de grande funcionalidade, sem tornar o ambiente visualmente poluído e pode ser aplicado em diversos casos como este.
Figuras 57 e 58: Fachada Casa Vila Matilde e Piso Superior Fonte: <http://terraetuma.com/portfolio/casa-vila-matilde> Acesso em 29 Abr. 2019. 76
Pode-se observar que o estilo da obra tem um caráter de Arquitetura Paulista Brutalista bem modernista e contemporâneo, como afirma MICHELS EXTERKOTTER et al. (2018). A ideia de remeter a uma obra aparentemente inacabada foi tendência da arquitetura pós-moderna, um 77
conceito minimalista. Junta as instalações elétricas aparentes, mas ao mesmo tempo não chamando muita atenção por ser da mesma tonalidade do concreto. Além de que, os conduítes metálicos usados é um auxílio a não ter que diminuir o pé direito com forros, favorecendo seu conforto térmico e luminoso, e depois, se necessitar de manutenção se torna mais barato por não ter que realizar quebras de parede. Assim como as paredes, o acabamento do piso é o concreto, o que proporciona uma unidade a casa junto as aberturas em vidro com esquadria de aço preto. O cinza e o preto complementam o tom amadeirado no ambiente, estão eles nos móveis e nas portas A ideia também da equipe do projeto é que exista a possibilidade de alterações futuras, como revestir por outro acabamento. Sendo assim fica claro com o projeto da Casa Vila Matilde – lidando com Arquitetura
Figuras 60, 61, 62 e 63: Ambientes Casa Vila Matilde Fonte: <http://terraetuma.com/portfolio/casa-vila-matilde> Acesso em 29 Abr. 2019.
e Interiores – que o organizar, o planejar e o otimizar não são sinônimos de riqueza ou luxo. São questões essenciais e de necessidade, provavelmente de maior parte da população. A equipe consegue quebrar moderadamente esse paradigma, e espera-se assim que dessa forma a ideia seja ainda mais disseminada e menos preconceituosa. 4.2 APARTAMENTO COSMO O apartamento de 36 metros quadrados é um exemplo de quanto é importante a Arquitetura de Interiores nesses espaços mínimos. Ao observar imagens do apartamento hoje jamais seria julgado por essa metragem. FICHA TÉCNICA Arquitetura: COMMO NÚCLEO Autores: Fernanda Namura, Natália Alves Ano de projeto: 2018 Figura 64: Apartamento Cosmo, cozinha Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/894892/apto-cosmo-commo-nucleo> Acesso em 01 Mai. 2019.
Localização: Barra Funda, São Paulo - SP Marcenaria: Casa Número 52 Fotos: Thais Bittar Metragem: 36 m² O PROGRAMA A finalidade do projeto para esse apartamento era o melhor aproveitamento e otimização do espaço. Antes da reforma, a varanda que o apartamento possui era apenas uma varanda sem uma função útil, e a cozinha e a sala estavam ocupando toda a área interna mínima do apartamento. Com isso, as arquitetas responsáveis fizeram com que a cozinha migrasse para a varanda – retirando a parede entre a varanda e o espaço interno – ampliando o espaço onde fica a sala e ainda pôde ser inserido uma pequena mesa para escritório, necessária, funcional e útil (ARCHDAILY, 2018) 78
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Figuras 65 e 66: Planta e Corte Apartamento Cosmo Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <https://www.archdaily. com.br/br/894892/apto-cosmo-commo-nucleo> Acesso em 01 Mai. 2019.
Figuras 67, 68 e 69: Ambientes Apartamento Cosmo Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/894892/apto-cosmo-commo-nucleo> Acesso em 01 Mai. 2019.
Figura 70: Painél Semântico, Apartamento Cosmo Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <https://www.archdaily.com.br/br/894892/apto-cosmo-commo-nucleo> Acesso em 01 Mai. 2019.
O apartamento dessa forma possuía espaços integrados, enxutos, porém funcionais contando com sala, cozinha, quarto, banheiro e escritório, a varanda deixou de ser apenas um espaço externo do apartamento e virou um ambiente integrado que proporciona uma bela vista, grande iluminação e ventilação. MATERIALIDADE E ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS A calmaria, a leveza e a amplidão que o projeto transmite é graças a aplicação dos matérias e das cores certas. No geral, é um apartamento de cores claras, que causa uma sensação de amplitude, o piso é um porcelanato cinza, uma cor neutra. O emprego das cores que foi colocada é basicamente uma tríade – três cores equidistantes no círculo cromático – que ornam entre si, e resulta em uma combinação satisfatória e agradável ao olho humano, as três cores são o rosa, no sofá e elementos no quarto, o azul na porta principal e a pintura da marcenaria da cozinha e do banheiro, e o amarelo representado no tom da madeira amarelada utilizada nas bancadas da cozinha e no banco.
Figura 71: Círculo Cromático formando uma tríade Fonte: < https://laaquarela.wordpress.com/tag/harmonia-por-triade/ > Acesso em 01 Mai. 2019. 80
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A composição do branco nas paredes foi muito bem solucionada com a utilização de prateleiras da mesma cor, de chão ao teto, onde são colocados elementos de casa para suprir a necessidade do cliente. Dessa forma um apartamento pequeno foi muito bem otimizado, conceitos arquitetônicos aplicados de forma simples e funcional. Mesmo aplicando uma tríade de cores, é um projeto neutro, agradável e harmônico. 4.3 APARTAMENTO ITAGUÁ O apartamento praiano da arquiteta é um apartamento amplo por si só, mas é importante ter uma referência de elementos da arquitetura de interiores para uma região litorânea, é essencial reconhecer as dificuldades e as facilidades consequentes do local. Figuras 72, 73 e 74: Ambientes Apartamento Cosmo Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/894892/apto-cosmo-commo-nucleo> Acesso em 01 Mai. 2019.
FICHA TÉCNICA Arquitetura: Andrea Murao Ano de projeto: 2017 Localização: Itaguá, Ubatuba - SP Fotos: Casa Vogue Metragem: 80 m²
Figuras 75 e 76: Apartamento Itaguá, sala e cozinha Fonte: < https://casavogue.globo.com/Interiores/apartamentos/noticia/2017/05/apartamento-de-80-m-celebra-calmaria-e-o-aconchego-da-praia.html > Acesso em 01 Mai. 2019. 82
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Figura 77: Painél Semântico, Apartamento Itaguá Fonte: ÁVILA, 2019, com base em < https://casavogue. globo.com/Interiores/apartamentos/noticia/2017/05/apartamento-de-80-m-celebra-calmaria-e-o-aconchego-da-praia.html > Acesso em 01 Mai. 2019.
de madeiras em todos os ambientes, no entanto, é importante que a madeira próxima a praia, seja cuidada, envernizada, receber tratamentos especiais. O buffet integrando a sala e a cozinha foi tratado, foi utilizada uma restauração de móveis, pois antes de ser utilizado no apartamento, o móvel foi da mãe da proprietária, atrás dele foi aplicado um papel de parede remetendo ao conceito de praia.
O PROGRAMA O objetivo deste apartamento é ser apenas para veraneio, ele possui sala, cozinha, banheiro e dois quartos. Um apartamento comumente encontrado de 80 metros quadrados. De acordo com a arquiteta não sofreu grandes alterações estruturais na reforma, apenas retirada de divisória entre sala e cozinha, novamente o conceito de integração dos ambientes é aplicado. (JACOB, 2017) MATERIALIDADE E ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS A escolha de materialidade para região de praia deve ser analisada. No entanto a solução de interiores se obteve de uma forma harmônica, agradável e calma pela escolha das cores em tons pastéis, piso de cerâmica branco e tons amadeirados em todos os ambientes. Por conta da umidade derivada da região, a arquiteta não optou pelo forro de gesso, ao invés disso, utilizou de pinturas geométricas no teto para trazer uma unidade em todo ambiente (JACOB, 2017). O clima da região litorânea causa patologias nas arquiteturas inseridas na mesma. São elas, oxidação de metais e degradação de outros matérias mais rapidamente do que em outros lugares por conta da maresia, além de desbotamento de matérias, por conta da forte incidência solar, outro problema é a umidade, grande parte da população caiçara é afetada pelo mofo (AECWEB, 2019). A arquiteta optou por elementos 84
Figuras 78 e 79 Apartamento Itaguá, ambientes Fonte: < https://casavogue.globo.com/Interiores/apartamentos/noticia/2017/05/apartamento-de-80-m-celebra-calmaria-e-o-aconchego-da-praia.html > Acesso em 01 Mai. 2019. 85
4.4 APARTAMENTO DO CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS Um conjunto habitacional na qual o arquiteto propõe um formato de tipologia fora do comum. O conjunto de Ruy Ohtake ficou conhecido como “redondinhos”, porque são prédios cilíndricos, de acordo com o arquiteto essa função dada aos apartamentos não foi apenas estética, mas também foi para evitar que os apartamentos sejam colados entre si permitindo privacidade, dignidade e conforto para os quatros apartamentos de cada pavimento e evitar corredores de circulação nos pavimentos,. O projeto foi pensado desde todos os fatores externos ao espaço interno. (CAU/BR, 2018) Figuras 81 e 82: Conjunto Habitacional Heliópolis Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/896166/arquitetura-social-o-mal-entendido-que-levou-ruy-ohtake-a-heliopolis-em-sao-paulo> Acesso em 09 Mai. 2019.
FICHA TÉCNICA Arquitetura: RUY OHTAKE Figura 80: Apartamento Itaguá, detalhes praianos Fonte: < https://casavogue.globo.com/Interiores/apartamentos/noticia/2017/05/apartamento-de-80-m-celebra-calmaria-e-o-aconchego-da-praia.html > Acesso em 01 Mai. 2019.
É um projeto também que necessita de praticidade. O sofá é revestido de material sintético, prático de manutenção, juntamente com o tapete de sisal, que possui grande durabilidade e resistência a sujeira e as cadeiras da mesa de jantar de madeira são de plástico verde, assim como as três venezianas brancas, práticas e funcionais.
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Ano de projeto: 2011 Localização: Heliópolis, São Paulo - SP Metragem do apartamento: 49,95 m² O PROGRAMA O formato de cada apartamento consiste em ¼ de um círculo, tendo em vista que os 4 apartamentos do pavimento formam o círculo. Desta forma se esquivando dos padrões de conjuntos habitacionais, 87
esse formato permite uma uniformidade e igualdade, não existe melhor ou pior, frente ou fundo.
da-roupa, o formato de curva se torna circulação, podendo ou não ser apoiado algum mobiliário. A questão a ser abordada aqui é a solução que o arquiteto propôs para os ambientes. O 3D elaborado pelo seu escritório, tenta transmitir a sua ideia, com os móveis adequados, ele alcança um equilíbrio entre espaço, móvel e pessoa. A cozinha mesmo pequena consegue ser funcional e integrada a sala, o que não acontece em muitos apartamentos de caráter social. E na sala ele cria um ambiente aconchegante, iluminado com móveis enxutos,
Figura 83: Planta Pavimento Tipo do Conjunto Habitacional Heliópolis. Fonte: < https://www.archdaily.com.br/br/896166/arquitetura-social-o-mal-entendido-que-levou-ruy-ohtake-a-heliopolis-em-sao-paulo> Acesso em 09 Mai. 2019.
A função que o arquiteto propõe para o apartamento é comum, porém muito bem resolvida. Expressa-se em 49,95 metros quadrados com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O formato arredondado no interior impressionou um pouco os moradores, mas ao projetar, Ohtake pensou detalhadamente na posição dos móveis e como ele tornaria o espaço confortável e funcional. Ao criar uma sala arredondada possibilitou três aberturas de janela, o que torna cada apartamento muito mais salubre por ter ótima iluminação e possibilitar ventilação cruzada pelo fato de não ter apartamento encostado em outro (MELENDEZ, 2019). O layout feito na planta (figura x) foi todo pensado pelo arquiteto de forma que auxiliasse os moradores a mobiliar sua casa incomum. No caso desta planta é uma adaptada para PCD (pessoa com deficiência), situada no térreo e a única diferença das demais é a dimensão do banheiro que volta a ser reduzido, aumentando o espaço que toma do Figura 84: Planta do Apartamento do Conjunto Habitaquarto ao lado. cional Heliópolis.
Figuras 85, 86, 87 e 88: Projeto 3D do escritório de Ruy Ohtake do Conjunto Habitacional Heliópolis. Fonte: <http://piniweb17.pini.com.br/construcao/arquitetura/favela-de-heliopolis-tera-mais-dois-novos-conjuntos-habitacionais-ate-188929-1.aspx> Acesso em 09 Mai. 2019.
Fonte: ÁVILA, 2019, com base em <https://www.arch-
Desta forma de layout, primordialmente ele consegue apoiar osdaily.com.br/br/896166/arquitetura-social-o-mal-entendido-que-levou-ruy-ohtake-a-heliopolis-em-sao-paulo> móveis as paredes retilíneas, como as camas dos dormitórios e o guar-Acesso em 09 Mai. 2019. 88
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mas funcional, e ainda tem um espaço para a mesa de escritório que hoje se tornou um espaço indispensável. VIDA REAL O projeto de função de interiores elaborado pelo arquiteto é para auxiliar os moradores com essa planta atípica. Entretanto, foi uma novidade muita grande, então para ajudar e solucionar dúvidas dos moradores a Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) decorou um apartamento de forma básica, mas utilitária para criar uma visitação, assim como os famosos “decorados” de empreendimentos imobiliários (YURI, 2011).
O PROJETO
Os móveis foram comprados em grandes magazines do mercado popular adquirido pela construtora da obra (YURI, 2011). O interessante dessa iniciativa foi o fato de a população conseguir enxergar que não é um “bicho de sete cabeças” o apartamento e conhecer mais uma forma de distribuir os móveis nos ambientes. Expor à população de forma palpável que é possível mobiliar de maneira que não conflite com o espaço de circulação, até a mesa de jantar colocada pela empresa foi pensada como uma forma de integrar os ambientes sociais.
Figuras 89 e 90: Planejamento de mobiliário elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação Fonte: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/ ruy-ohtake-centro-educativo-cultural-condominio-residencial-heliopolis-04-04-2012> Acesso em 09 Mai. 2019. 90
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Para realização do presente projeto foi feito o levantamento de 6 unidades habitacionais em diferentes torres do Conjunto Habitacional Wilson Sório. As unidades habitacionais possuem as mesmas tipologias, no entanto com conjuntos familiares distintos e necessidades singulares. A fim de criar uma ficha técnica de cada família, abrangendo suas necessidades em relação ao ambiente interno de sua habitação, sua rotina, seus gostos e suas especificações, juntamente com a percepção dos arranjos mobiliários no espaço existentes para então realizar uma análise e diagnóstico, uma etapa da metodologia de interiores. É nesta fase que se inicia a observação e os apontamentos dos problemas a serem solucionados, feito isso, um moodboard para cada cliente também é apresentado para que enfim seja apresentado o projeto final de cada unidade junto ao orçamento com base em cada situação socioeconomica. A metodologia aplicada foi visitas técnicas até o Conjunto Habitacional, entrevistas com moradores, medições dos espaços e levantamento fotográfico dos ambientes. As questões feitas aos moradores foram:
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO
APARTAMENTO 34 - FICHA TÉCNICA Seus hobbie é sair e beber socialmente com amigos
ORÇAMENTO DA FAMILIA
Preocupação maior é com o espaço do cachorro Recebe visitas frequentes (amigos, namorado, e namorado da filha) Quarto é o ambiente favorito e mais usado Trabalha período noturno, frequência em casa na parte da manha, filha estuda período noturno.
RENDA MENSAL
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 2.495,00
R$ 748,50
R$ 17.964,00
SALÁRIOS 2,5 salários min.
SITUAÇÃO
FUNÇÃO
Animal de estimação: Cachorro macho, porte média, SRD Preferência de ambientes “clean”, gosta de azul e espelhos
DESCANSAR E
Elementos que deseja manter: Mesinha e Aparador (apelo sentimental) Desejos: puff’s para acomodar as visitas, e aprimorar o espaço do cachorro.
RECEBER
Figuras 91 a 98 Fotos do Apartamento 34 Fonte: ÁVILA, 2019
IMAGENS
Membros da família, sexo, idade e profissão? Hobbies e atividades diárias Alguma particularidade ou necessidade especial na casa? Algum ambiente preferido, alguma prioridade? Necessidade pessoal ou conjunta? Necessidade espacial? Tem desejo ou vontade de mudar, ou algo específico? Recebe muitas visitas? Qual ambiente é mais usado, com que frequência e horários? Animal de estimação? Há perspectiva de crescimento do número de pessoas na família? Preferência de estilo (Ambientes cheios de elementos ou mais minimalistas) Preferência de cor e material? Teria algum elemento que desejaria manter? Questões estruturais; pontos elétricos; hidráulica, patologia, alteração de paredes e espaços. 92
MEMBROS DA FAMÍLIA
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PLANTA SITUAÇÃO ATUAL ESC 1:50
2,45
3,25
3,25
2,45
0,70x2,10
0,70x2,10
1,65
1,76
P2
P3
0,70x2,10
0,95
5,20
P4
1,76
3,70
0,80x2,10
0,90
0,70
1,89
2,00
2,82
3,00
1,20
A cozinha tem um grande problema com sua bancada em “U” extremamente desproporcional ao espaço, sobrando apenas a dimensão de uma pessoa para circular. A geladeira e o fogão muito próximos também geram conflitos tanto de circulação quanto de desempenho do eletrodoméstico, podendo prejudicar sua vida útil, além de não possuir armários para guardar e organizar os utilitários. Passando para área de serviço, há um embate entre seu animal de estimação e o tamanho da maquina de lavar, além dos dois armários, sendo um apoiado no chão e outro aéreo, e um varal de teto próximo a janela. O banheiro possui box de vidro, bacia convencional com caixa de descarga externa e um gabinete mínimo desgastado de umidade. O primeiro dormitório consiste em uma cama de casal padrão que está posicionada equivocadamente ao lado do guarda-roupa robusto, sobrando aproximadamente 40cm de circulação, cesto de roupa suja, ventilador de pé e televisão na parede, possuindo conflitos de fios aparente. No segundo dormitório possuem uma cama de solteiro padrão, móveis, prateleiras, guarda roupa e cesto de roupa suja, além de ter um segundo colchão sempre em pé ao lado da cama por não ter onde guardar.
P1
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO No apartamento 34 moram duas pessoas - mãe e filha, de 44 e 18 anos - e um cachorro. O arranjo do mobiliário da sala consiste em um sofá em “L”, um pequeno painel quadrado no meio da parede para o televisor e uma mesinha em tampo de formato octogonal, essa movimentada quando a família recebe visitas para refeição, utilizando-a junto com os bancos de plásticos acomodados no canto da sala. No caminho para cozinha, existe um problema de circulação no corredor pois foi inserido um aparador, sobrando aproximadamente 50 cm apenas para passagem. Nessa mesma parede do corredor foram colocados dois espelhos horizontalmente, utilizados de maneira equivocada. 94
Figura 99: Moodboard do Apartamento 34 Fonte: ÁVILA, 2019 95
Cabeceira de solteiro módulos - Emflex
PLANTAS TÉCNICAS Mesa de Canto tripéKelan
PLANTA LAYOUT
Cabeceira Toronto Mobly
Cadeira Eames Eiffel - Cama Box Conjugada Solteiro - Somopar VestCasa
Guarda Roupa - Casas Bahia
ESC 1:50
Tampo de Mesa Mobly
Piso Cerâmica Bege Piso Vinilico Komeco Incefra - Sodimac Fosco Bobina - Leroy Merlin
PLANTA HUMANIZADA ESC 1:50
Bancada Granito Branco Dallas - Pedras Paulistano 96
Gabinete Atenas - Leroy Merlin
Painel de TV Flash Alerty - MadeiraMadeira 97
Kit Almofadas - Mdecore
Puf Corino Amarelo Estofado Brasil
PLANTA DE MODIFICAÇÃO
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO
ESC 1:50
ESC 1:50 2,45
3,25
3,25
2,45
1,65
1,76
3,00
1,20
2,05 0,70
0,90
3,70
3,00
1,76
1,89
2,00
2,82
3,25
0,95
5,20
98
99
PLANTA DE ELÃ&#x2030;TRICA
ESC 1:50
ESC 1:50
1 1
1 1
1
5 6
5 6
3
1 4
5 6
1
1
1
1
2 1
1
3 1
1
1 5 6
2
6 5
3 4
2 5 6
5 6
1
2
1 1
5 6
5 6
2 1
2 1
5
6 2
5
6
3
1 1
1 2 1
3 1
1 2 2
1
PLANTA DE ACABAMENTO
3 4 5
6
100
101
102 2,15
2,10
2,50
2,50 1,60
0,69
0,35
0,40
0,06
0,06
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2 0,06
ESC 1:50 ESC 1:50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50 103
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3
0,40
0,50
0,39 0,10
0,40
0,25
0,08
1,87
2,50
2,50
1,20
2,50
2,50
2,10
0,80
1,60
1,60
1,15
1,20
0,95
2,15 2,50
2,50
0,95
0,90
0,69
0,34
0,40
0,42
0,57
0,35
0,70
0,06
0,06
0,06
0,06
0,06
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1
0,50
0,64
0,80
0,80
0,85
0,05
0,63
0,85
2
0,06
S'1
0,40
1,20
1,60
0,63
4
2,50
0,90
0,42
0,06
1
0,50
2,50 0,80
1,20
0,40 0,34
S'2
0,50 0,39 0,10 0,40
0,80
0,08
0,80
1,15
S'1
0,25
3
0,64
S'3 0,06
0,05
0,95
2,50
0,95
1,87
0,57
0,70
0,40 0,34
2,04
2,50 2,10
0,06
0,06
ESC 1:50
0,06
0,06
0,40 0,34
2,04
S'4
2,50
5 0,06
S'5
2,10
5
2,10
0,35
2
2,15
S'2 2,50
5
2,50
PLANTA DE ILUMINAÇÃO ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
ESC 1:50
0,65
0,40
0,45
1,04
0,45
0,42
0,55
1,62
2,50 2,05
2,05 0,35 0,10
1,30
0,67
0,43 0,88
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50 DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50
ESC 1:50
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50
ESC 1:50
104
0,40 2,10
2,05
2,05
2,50
2,50
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
105
0,35 0,35 0,10
0,43 0,40 2,10
0,45
0,45 2,05
0,45
0,45 2,05
1,04 0,35
2,50
0,67 0,35 0,10
2,50
0,67 0,35 0,10
0,43 0,88
0,35 0,10
0,43 0,88
0,35
1,20
1,62 1,20 2,50
0,35 0,10
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
1,62
1,04
0,42
0,42
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
0,88
0,35 0,10
1,30
1,30
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
0,67
2,50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
2,50
1,20
0,55 2,50
0,55 2,50
2,50
1,62
1,04
0,65
0,65
0,42
0,35 0,10
2,10
2,50
0,35
2,50
1,20 2,50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
106 107
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 3 BANHEIRO- ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50 ESC 1:50
1,00
1,60
1,00
2,50
2,50
0,60
0,60
0,60 1,60
1,18
0,30
0,30
0,30
0,32
ESC 1:50
1,60
ESC 1:50
0,30
0,32
0,32
1,00
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 2
0,60
1,18
1,18
2,50
0,40
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 1
1,60 2,50
2,50
2,50
1,50
2,10
1,00
1,00
2,50
0,40 0,40
0,40 0,40
0,40
1,50
2,10
2,10
2,10
2,10
0,80
0,40
0,80
1,50
0,40
0,80
2,10
2,10
0,40
2,50
2,50
2,10
2,10
1,70
1,70
0,40
0,60
0,60
1,50
2,50
2,50
2,50
1,70 0,40
0,40
0,40
0,40
0,60
1,00
1,00
2,50
0,70
0,70
0,40
0,40
0,40
1,00
0,40
0,70
0,35
0,40
0,06
0,06
0,40
0,50
1,60
0,40
0,06
0,06
2,10
0,69
1,60
1,60
1,60
0,34 0,90
0,42
1,20 0,90 0,40
0,42
1,20
0,35
0,35
0,06
0,40
2,50
2,50
1,15 0,80
2,50
0,80
2,50
2,50
2,50
0,57
2,10
2,50 1,20
0,40 0,40
0,50 0,50
0,40
0,800,25
2,10
0,08 2,50
0,80 0,80
0,08
2,15
2,15
0,95
2,50
0,80
0,50
0,64
0,85
0,39 0,10
DORMITÓRIO 3 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
1,00
1,50
2,50
2,50
ESC 1:50
0,40
ESC 1:50
1,70
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 4
2,10
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 3
1,00
0,70
2,15
1,60
ESC 1:50
0,40
0,60
0,40
2,10
2,50
0,06
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 2
1,50
0,40
1,50
0,40
2,50
0,40
0,50
1,60
ESC 1:50
0,80
2,10
0,40
0,50
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 1 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
0,06
0,06
0,06
0,06
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,70
0,60
1,00
COZINHA - ELEVAÇÃO 4
0,70 0,60 1,60
0,60
0,60 1,60
0,60
1,05
1,05
0,75
0,75
2,50 1,60
1,00
1,00
1,60
2,50
2,50
1,18
1,18 2,50
0,70
0,30
0,30
0,30
0,30
0,32
0,32
ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50
ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 1 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 4 ESC 1:50
0,60
0,70
0,40
COZINHA - ELEVAÇÃO 1
0,70 0,80
1,80
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50 108
109
0,80
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 4 ESC 1:50
0,80
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
0,85
1,50
1,80
0,70
2,50
2,50
1,65
0,60
2,10
2,10
2,50
0,70
0,40 0,40
2,10
0,40 0,40
1,50
2,10
2,50
0,40
1,70
1,70
1,00
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
2,50
2,50
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 1 ESC 1:50
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
DORMITÓRIO 2
SALA DE ESTAR/JANTAR
COZINHA / ÁREA DE SERVIÇO
DORMITÓRIO 1 110
111
Dormitórios
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Casas Bahia
peça
1
R$ 750,73
R$ 750,73
Magazine Luiza/Kelan
peça
1
R$ 134,90
R$ 134,90
Cabeceira Toronto bege, 1650mm x 740mm x 20mm
Mobly
peça
1
R$ 186,19
R$ 186,19
Acrílica fosca premium bom rendimento, rende 20m²
Suvinil
l
0,9
R$ 48,99
R$ 48,99
Moldura rodateto
Moldura modelo 3 Degraus de Isopor, vendido por metro
Modultec
metro linear
10,93
R$ 5,50
R$ 60,11
Caixotes de feira
Caixotes de feira utilizado como apoio de mesa
-
peça
6
R$ 0,00
R$ 0,00
Cama box com bau e cama auxiliar, 880mm x 1880mm x 600mm
Ponto Frio/Somopar
peça
1
R$ 599,00
R$ 599,00
Tampo de Mesa Madeira 1200mm x 515mm x 15mm
Mobly
peça
1
R$ 40,71
R$ 40,71
Base Madeira
VestCasa
peça
2
R$ 69,99
R$ 69,99
mdf branco 60mm x 18mm x 2100mm
durafloor
peça
10
R$ 4,97
R$ 49,70
Tok&Stok
peça
2
R$ 118,50
R$ 237,00
Emflex
peça
7
R$ 40,00
R$ 280,00
Rende até 20m², tinta sintética lavável.
Coral
L
0,9
R$ 34,90
R$ 34,90
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
15,9
R$ 21,90
R$ 348,21
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
2
R$ 79,11
R$ 158,22
-
Sodimac
peça
2
R$ 1,29
R$ 2,58
-
Sodimac
peça
1
R$ 2,42
R$ 2,42
Decorativos Cacto Verde Folhagem
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 289,00
Guarda Roupa
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO
Mesa de Canto Sala de Estar/Jantar
Descrição Atende até 47 polegadas, da cor Flash Alerty preto e tamanho 1200mm x 1200mm x 300mm
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 107,01
R$ 107,01
Puf Corino Amarelo
400mmx400mmx450mm
Estofado Brasil
peça
2
R$ 25,00
R$ 50,00
Almofadas coloridas
Kit com 4 Almofadas Geométrica Colorido, tamanho 450mm x 450mm
Mdecore
peça
1
R$ 116,39
R$ 116,39
Espelho de 4 mm lapidado, aplicação na parede da sala
Cebrace
m²
2,5
R$ 109,00
R$ 272,50
Acrílica Fosca lavável, antimofo e bom rendimento, rende 350m²
Coral
L
18
R$ 154,90
R$ 154,90
Tinta Esmalte Preta
Cor Preta e proteção brilhante para madeira e metal
Suvinil
L
1
R$ 10,25
R$ 20,50
Tinta Acrílica Fosca Premium Baile de Mascaras
Tom azul, acrílica fosca bom rendimento, rende 50m²
Suvinil
L
3,6
R$ 174,00
R$ 174,00
Moldura modelo 3 Degraus de Isopor, vendido por metro
Modultec
metro linear
15,45
R$ 5,50
R$ 85,74
Tinta Látex Clássica Premium, diluição em água, rende até 20m², aplicação na moldura rodateto de isopor
Suvinil
L
0,9
R$ 22,97
R$ 22,97
mdf branco 60mm x 18mm x 2100mm
durafloor
peça
6
R$ 4,97
R$ 29,82
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
12,45
R$ 21,90
R$ 272,65
-
C&C
peça
3
R$ 44,90
R$ 134,70
Painel de TV
Espelho lapidado Tinta Acrílica Fosca Branco Gelo
Moldura rodateto Tinta Latéx Branco Neve Rodapé Piso Vinilico Komeco Fosco Bobina Soleira de Granito São Gabriel preto Tarkett Cola Globalfix Fio de eletricidade
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
4
R$ 79,11
R$ 79,11
Fio Flexível 2,5mm Rolo 100 Metros Antichamas
Eletroflex
peça
1
R$ 67,99
R$ 67,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 1,29
R$ 2,58
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 2,42
R$ 4,84
Persiana Roll Painel Madeira MDF branco
Modelo Jilly Persiana horizontal, tipo roll, em tecido 100% poliéster. Possui sistema de elevação por cordão, com trava. Dimensão 1200mm x 1400mm Painel de 2000mm x 700mm x 70mm
Tok&Stok CRT Marcenaria
peça peça
1 1
R$ 118,50 R$ 416,90
R$ 118,50 R$ 416,90 R$ 2.131,10
Descrição
Fornecedor/Marca
Gabinete da Cozinha Marcenariia
CRT Marcenaria
Armário áereo da Cozinha Armário da área de serviço
Bancada Granito Branco Dallas Banqueta dobrável Revestimento Brilhante Borda Bold Branco Argamassa Colante Rejunte Branco Rejunte Cinza Soleira de Granito São Gabriel preto Piso Cerâmica Bege Incefra Plafon de sobrepor Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev Tinta Acrílica Acetinado Premium Fendi
Tampo de Mesa Cadeira Eiffel Preta Rodapé Persiana Roll Cabeceira de solteiro
Piso Vinilico Komeco Fosco Bobina Tarkett Cola Globalfix Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev Composição Kit de 7 quadros
Banheiro Revestimento Brilhante Borda Bold Branco
Valor Total
Rejunte Cinza
metro linear
2,1
R$ 1.200,00
R$ 2.520,00
Gabinete
m²
1,05
R$ 1.155,00
1,7
R$ 1.100,00
R$ 1.870,00
Torneira de bica baixa
Pedras Paulistano
m²
1,18
R$ 330,00
R$ 389,40
peça
1
R$ 29,90
R$ 29,90
C&C/Formigres
m²
8
R$ 11,99
R$ 95,92
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
5
R$ 6,99
R$ 34,95
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 17,99
R$ 17,99
Piso Cerâmica Bege Incefra
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Preto
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 16,99
R$ 16,99
Total
-
C&C
peça
1
R$ 44,90
R$ 44,90
Modelo PD-32770 450mm x 450 mm
Sodimac
m²
8,22
R$ 13,90
R$ 114,25
Acrílico para duas lâmpadas 250mm x 250mm
Lojas Americanas
peça
3
R$ 44,90
R$ 134,70
-
Sodimac
peça
1
R$ 2,42
R$ 2,42
Tinta Acrílica Acetinado Premium Fendi Natural, rende 66m²
Luxens/Leroy Merlin
l
3,6
R$ 90,90
R$ 90,90
Total
Descrição Cerâmica aplicada nas paredes após toda supressão da existente, dimensão 320mm x 450mm
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
C&C/Formigres
m²
8,16
R$ 11,99
R$ 97,84
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
3
R$ 6,99
R$ 20,97
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Preto
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 16,99
R$ 16,99
Leroy Merlin
peça
1
R$ 258,00
R$ 258,00
Casa das Torneiras
peça
1
R$ 23,97
R$ 23,97
Madeira Vert Branco 2100mm x 700mm x 35mm
Telhanorte/VERT
peça
1
R$ 139,90
R$ 139,90
Moldura modelo 3 Degraus de Isopor, vendido por metro
Modultec
metro linear
5,9
R$ 5,50
R$ 32,45
-
C&C
peça
1
R$ 44,90
R$ 44,90
Modelo PD-32770 450mm x 450 mm
Sodimac
m²
2,07
R$ 13,90
Argamassa Colante
Valor Unitário
R$ 1.100,00
Gabinete Atenas com pia e armário aéreo com espelho. Cor branca Dimensões 330mm x 640mm e altura de 570mm Metal cromado, tornando-a assim mais resistente à corrosão e oxidação. Sistema monocomando.
Folha De Porta Lisa De Madeira Moldura rodateto Soleira de Granito São Gabriel preto
Pedreiro
R$ 6.517,32
Pintor
Atividade Supressão e Assentamento de piso Supressão de Azulejo nas paredes Assentamento de Azulejo nas paredes Assentamento de piso Colocação de Rodapé Colocação de Moldura Rodateto Colocação de pontos de energia Pintura de paredes Pintura de móveis
Unid. Medida m² m² m² m² metro linear metro linear peça m² peça
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA
112
R$ 28,77 R$ 663,79
Mão de Obra
Total
R$ 289,00 R$ 3.003,65
Casas Bahia/Cazza
Banqueta Dobrável Cazza Cinza Claro, tampo de 300mm por 450mm de altura Cerâmica aplicada nas paredes após toda supressão da existente, dimensão 320mm x 450mm
Modelo Jilly Persiana horizontal, tipo roll, em tecido 100% poliéster. Possui sistema de elevação por cordão, com trava. Dimensão 1200mm x 1400mm Cabeceira com função em L, vendidas por modulo de 400mm x 400mm
Tinta Esmalte Grafite Fosco Cinza
Quantidade
Unid. Medida
m²
Bancada em L
Cama Box Conjugada Solteiro
Total
Total Cozinha/Área de Serviço
Cabeceira de casal Tinta Acrilica Fosca Premium Verde Patina
Descrição Dimensões: 1600mm x 530mm x 2220mm . Duas Portas de correr, na cor branca e tom madeira clara Duas mesas tripe de apoio redonda, com tampos da cor preta com 450mm e 350mm
113
Quantidade 10,29 35,6 16,16 28,44 45,27 32,28 9 93,67 2
Valor Unitário R$ 39,00 R$ 26,00 R$ 26,00 R$ 30,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 20,00 R$ 9,00 R$ 25,00
Valor Total R$ 401,31 R$ 925,60 R$ 420,16 R$ 853,20 R$ 1.131,75 R$ 807,00 R$ 180,00 R$ 843,03 R$ 50,00 R$ 5.612,05
ORÇAMENTO TOTAL Sala de Estar/Jantar R$ 2.131,10 Cozinha/Área de Serviço R$ 6.517,32 Dormitórios R$ 3.003,65 Banheiro R$ 663,79 Mão de Obra R$ 5.612,05 Total R$ 17.927,91
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO
MEMBROS DA FAMÍLIA
PLANTA SITUAÇÃO ATUAL ESC 1:50
APARTAMENTO 44 - FICHA TÉCNICA
SITUAÇÃO
Elementos que deseja manter: poltrona na sala;
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 3.992,00
R$ 1.197,60
R$ 28.742,00
3,25
4 salários min.
RENDA MENSAL
3,25
SALÁRIOS
O espaço supre suas necessidade;
2,45
ORÇAMENTO DA FAMILIA
Fica muito em casa e tem costume de sair para ginástica; Sala é o ambiente preferido e mais usado;
2,45
1,76
FUNÇÃO
Desejo: Reformar a casa inteira, em especial trocar o piso e trocar a cozinha.
RECEBER
P2
P3
0,95
ESTAR E
0,70x2,10
Preferência de cor: Branco e Bege;
0,70x2,10
1,65
Recebe visita da família nos fins de semana ;
0,70x2,10
Figuras 100 a 107: Fotos do Apartamento 44 Fonte: ÁVILA, 2019
IMAGENS
P4
1,76
3,70
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO O apartamento 44 é habitado por apenas uma mulher solteira de 50 anos. Ao adentrar no apartamento, é perceptível um grande conflito de circulação causado por uma mesa redonda de 4 cadeiras - a qual a quarta se encontra na área de serviço -. Também possui uma robusta poltrona no meio do ambiente que, além de estar muito próxima ao sofá, não permiti circulação alguma. O sofá ultrapassa o limite da parede, obstruindo a passagem, assim como o rack obstrui a porta do segundo dormitório. Este segundo dormitório é utilizado apenas para acumular objetos e móveis. A moradora vai colocando e descartando nesse ambiente tudo que não utiliza mais, sendo um cômodo que não tem uma função definida. 114
115
0,80x2,10
0,90
0,70
1,89
2,00
2,82
3,00
1,20
P1
A proprietária também deixa seu guarda-roupa neste dormitório, junto de outros móveis que ela também julga sem necessidade para ela. O primeiro dormitório, o qual ela utiliza, está sua cama, próxima ao chão - o que não é ergonômico, até porque a moradora já possui uma idade avançada -, um móvel abaixo da janela de parede a parede e um mancebo.
PLANTAS TÉCNICAS PLANTA LAYOUT ESC 1:50
A cozinha tem função em formato “L”, porém não planejada adequadamente. No entanto, a circulação funciona do ambiente funciona. Possui armários, porém o aéreo causa uma discordância com a janela. Na área de serviço está o tanque, a máquina de lavar, varal de teto, armário aéreo e utilitários de serviço no meio da circulação pois falta armário para armazena-los. Seu banheiro não possui box, mas já possuiu, e conta com bacia e pia convencional e um armário aéreo já danificado, porém possui dimensões aceitáveis e proporcional ao ambiente. Há patologias de mofo na residência como no teto do banheiro, assim como na cozinha devido a alta umidade e falta de ventilação, além da patologia de descolamento de algumas cerâmicas.
Figura 108: Moodboard do Apartamento 44 Fonte: ÁVILA, 2019 116
117
Tapete Sisal - MadeiraMadeira Criado Mudo - Maxi
PLANTA DE MODIFICAÇÃO
Sofá Cama Córsega - Mesa de Apoio Evolucion - Mobly Mobly
Cabeceira Kasabela
ESC 1:50
Guarda Roupa Módena - MadeiraMadeira 2,45
2,45
Luminária Diamante
3,25
3,25
Piso Vinilico Komeco Fosco - Leroy Merlin
1,65
1,76
2,45 0,95
2,45
2,00
2,05
2,82
ESC 1:50 0,95
2,45
1,76
Bancada Granito Preto São Gabriel - Marmoria Fratelli
Bacia Convencional Cortina em gaze de Aparador - Lojas AmeIzy Deca - C&C linho - CR Decora ricanas
3,70
2,05 0,90
0,70
1,89
2,00
2,82
1,76
0,90
3,00
1,20
3,00
1,20
0,70
1,65
3,25
3,25
PLANTA HUMANIZADA
1,76
1,89
2,45
3,70
Mesa com 5 Cadeiras Eames Elegancy Design
Gabinete Paris Rovere - C&C 118
119
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO
PLANTA DE ACABAMENTO
ESC 1:50
ESC 1:50
3
1 2
1
1
3
4
4
4
1 1 1
1
1 2 1
1 1 5
2 1
2 1
4
1
4
3
5
5
1
2 1
3
4
1 2
3
1
4 1
5
4
4
4
1 1 1
1
1 2 1
1 1 5
2 1
2
4
4
1
5
5
1
2 1
3 4
4
120
5
1
5
121
5
PLANTA DE FORRO
PLANTA DE LÃ&#x2030;TRICA
ESC 1:50
ESC 1:50 0,20 3,23
3,02
3,02
4,22
1,65
1,59
1,70
2,39
1,49
0,15
0,20
2,39
0,15
0,35
2,81 0,89
0,39
6,17
2,39 0,39
3,38 0,15
1,76
1,70
1,91
1,65
0,84
122
3,64
0,20
0,30
0,70
0,15
0,15 2,05
1,14 1,84
2,76
2,28
1,14
1,49
123
0,60
1,70
0,10
0,60
ESC 1:50
2,50
1,60
0,40
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2
2,50
1,50
1,70
2,50
1,70
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3
ESC 1:50 125
0,40
2,44 0,40
2
2,10
0,06 2,10
2,50
2,50 0,35 0,10 1,99
1
0,80
0,40
0,40 0,41
S'1 S'2 S'3 S''4
0,40
2,50
2 4 2,10
6 0,35 0,10
2,50
0,10
0,35
0,35
0,30
0,10
S'5
2,50 0,80 2,44
2,50
1,50
2,04
0,06
7
2,10
2,10
2,50
0,06
0,35 0,10
0,35 0,10
2,04
1,70
2,50
1,70
2,50
0,35
0,35
0,30
0,10
ESC 1:50
06
124 0,40
2 0,10
3
1,99
2,50
S'6
0,41
PLANTA DE ILUMINAÇÃO ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
5
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1
ESC 1:50
4
S''4 S'7
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
126 2,10 2,10
2,10 2,10
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 3
ESC 1:50
2,44 2,44
2,50 2,50
2,50 2,50
2,50 2,50 1,50 1,50
0,40 0,40
0,40 0,40
0,60
0,60
0,40
0,40
0,41
0,41
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
0,06 0,06
0,60 0,60
0,10 0,10
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
0,40 0,40
1,99 1,99
2,50 2,50
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 1 DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50 127
0,40
0,40 2,50
0,40
2,44 2,44
2,10
1,50
2,10 2,50
2,50
2,50
1,99
2,50
1,99
0,40
2,10
0,10
0,10
0,35 0,35
2,50 2,50 1,70 1,70 0,35 0,10 0,35 0,10
2,50
0,35 0,35
1,70 1,70
0,30 0,30
0,35 0,10 0,35 0,10
1,50
2,50 2,50 2,04 2,04
2,10
0,06 0,06
0,06 0,06
ESC 1:50
0,41 0,41
0,10 0,10
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4 SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
1,25
0,06
0,06
0,80
0,80
0,35 0,10
1,70
2,50
1,70
2,50
1,70
0,35 0,10
0,35 0,10
1,70
2,04
2,50
2,50
1,15
2,04
1,70
0,35 0,10
2,50
1,60
0,10
0,10
0,35
0,35
0,35
0,35
0,30
0,30
0,10
0,10
128
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50 COZINHA - ELEVAÇÃO 1 COZINHA - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50
129
0,10
1,50
0,90
0,90
0,90
2,50
0,10
2,50
0,10
2,50
1,50
1,50
1,60
1,60
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
0,90
0,90
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50 2,50
0,32
0,32
0,80
0,40
0,40
0,40
0,80
0,80
0,40
0,80
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
2,10
0,70
0,70
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
0,50
0,50
0,50
0,50
ESC 1:50
2,50
1,18
1,18
0,30
2,50
ESC 1:50
1,60 1,50
1,00
2,50
0,30
0,80
2,50 0,30
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 4
0,10
2,50
1,00
2,50
0,30
0,80
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 3
0,90 0,90
1,60
0,32
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 1 ESC 1:50
2,50
2,50
1,18
1,18
0,10
0,10
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
0,90
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 1 2,50
0,32
0,70
0,70
0,10
0,10
0,70
0,70
0,70
0,70
0,80
0,80
0,80
0,80
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,30
0,80
0,10
0,30
0,80
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
1,00
1,00
2,50
0,50
0,50
0,40
0,40
0,80
2,50
2,50
0,70
0,70
2,10
0,40
0,80
0,50
0,50
0,40
0,40
0,40
0,40
0,80
2,50
2,50
2,10
0,40
0,80
2,10
2,10
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50 2,50
0,40
0,40
0,40
0,40
2,10
2,10
2,10
2,10
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
0,50
0,70
0,50
0,50
0,50
0,70
0,70
0,70
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,30
0,30
2,10
0,70
0,70
0,40
2,50
0,30
0,30 2,50
2,10
0,30
0,30
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10 0,10 0,50 0,50 0,35 0,35 2,50 2,50 0,75 0,75 0,80 0,80
0,60 0,35 0,75 0,80
1,50 2,50
0,10 0,90
1,60 0,90
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
COZINHA - ELEVAÇÃO 3
COZINHA - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50
ESC 1:50
SALA DE ESTAR/JANTAR COZINHA - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 4 ESC 1:50
COZINHA / ÁREA DE SERVIÇO 130
131
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO Sala de Estar/Jantar
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Painel 2100mm x 1700 e hack 300mm x 3280mm
CRT Marcenaria
m²
3,57
R$ 1.100,00
R$ 3.927,00
Sofá-Cama 3 Lugares Casal Córsega Azul Claro 1800mm x 800mm
mobly
peça
1
R$ 911,99
R$ 911,99
Mesa Lateral Redonda Evolution Off White diâmetro 480 mm
mobly
peça
2
R$ 151,99
R$ 151,99
Tapete
Tapete Sisal Sala 2000 mm x 3000mm Antiderrapante
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 274,00
R$ 274,00
Cortina
Cortina em Gaze de Linho valor por 1 metro quadrado de tecido
CR DECORA
m²
6,12
R$ 50,00
R$ 306,00
Cortina
Cortina em Gaze de Linho
CR DECORA
m²
4,12
R$ 50,00
R$ 206,00
Conjunto Mesa e Cadeira Eames, Mesa diâmetro 1200mm, tampo branco e cadeiras fendi
Elegancy Design
peça
1
R$ 1.034,91
R$ 1.034,91
Painel de TV - Marcenaria Sofá Mesa de apoio
Mesa com 5 Cadeiras Espelho lapidado
Espelho de 4 mm lapidado, aplicação na parede da sala
Cebrace
m²
5
R$ 109,00
R$ 545,00
Aparador madeira com Pés em Metal Preto. Dimensões 1200mm x 300mm
Lojas Americanas
peça
1
R$ 114,32
R$ 114,32
Lustre com 3 Pendentes Aramado Diamante - Acabamento Cobre
Extra
peça
1
R$ 169,00
R$ 169,00
mdf branco 60mm x 18mm x 2100mm
durafloor
peça
10
R$ 4,97
R$ 49,70
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
20,85
R$ 21,90
R$ 456,61
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
2
R$ 79,11
R$ 158,22
Acrílica fosca premium bom rendimento, rende 20m²
Suvinil
L
0,9
R$ 48,99
R$ 48,99
Acrílica fosca bom rendimento, rende 380m²
Suvinil
L
18
R$ 527,99
R$ 527,99
Acrílica Fosca lavável, antimofo e bom rendimento, rende 350m²
Coral
L
18
R$ 154,90
R$ 154,90
Fio Flexível 2,5mm Rolo 100 Metros Antichamas
Eletroflex
peça
1
R$ 67,99
R$ 67,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 1,29
R$ 2,58
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 2,42
R$ 4,84
Cor Frio 5m Dupla Face 3528 12v 300 Leds
Lojas Americanas
peça
3
R$ 12,48
R$ 37,44
Conjunto 2 Quadros Decorativos
Deposter
peça
1
R$ 120,68
Aparador Luminária Pendente Rodapé Piso Vinilico Komeco Fosco Tarkett Cola Globalfix Tinta Acrilica Fosca Premium Verde Patina Tinta Acrílica Fosca Crômio Tinta Acrílica Fosca Branco Gelo
BANHEIRO
Fio de eletricidade
Fita Led Branco Quadros Total
Dormitório Guarda Roupa Criado Mudo Quadros Tinta Acrilica Fosca Premium Suvinil Flor de São João Piso Vinilico Komeco Fosco Tarkett Cola Globalfix Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev Cabeceira Estofada Rodapé
Descrição Guarda Roupa Branco Módena XI Demóbile Modulado 4 Peças, forma um L, comprimento de 1690 mm do maior lado e 1260mm Criado Mudo Branco 2 Gavetas - Maxi Evidência Móveis. Dimensões 300mm x 410mm x 450mm Conjunto 2 Quadros Decorativos - Fotografia Natureza, Preto e Branco, 300mm x 420mm
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 998,30
R$ 998,30
Extra
peça
1
R$ 58,00
R$ 58,00
Deposter
peça
1
R$ 120,68
R$ 120,68
Acrílica fosca premium bom rendimento, rende 20m²
Suvinil
L
0,9
R$ 58,20
R$ 58,20
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
7,95
R$ 21,90
R$ 174,10
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
4
R$ 79,11
R$ 79,11
Cabeceira Panel Estofada sob medida, preço a cada 1,50m e altura 0,58cm.
Sodimac
peça
2
R$ 1,29
R$ 2,58
Kasabela
peça
1
R$ 198,00
R$ 270,60
durafloor
peça
5
R$ 4,97
mdf branco 60mm x 18mm x 2100mm
Total
132
R$ 120,68 R$ 9.149,47
R$ 24,85 R$ 1.761,57
133
Cozinha/Área de Serviço
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
metro linear
3,15
R$ 1.200,00
R$ 3.780,00
m²
2,04
R$ 1.100,00
R$ 2.244,00
m²
0,18
R$ 1.100,00
R$ 198,00
m²
1,02
R$ 350,00
R$ 357,00
m²
0,25
R$ 350,00
R$ 87,50
Tramontina
peça
1
R$ 261,00
R$ 261,00
C&C/Formigres
m²
17,08
R$ 17,90
R$ 305,73
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
5
R$ 6,99
R$ 34,95
-
Sodimac
peça
4
R$ 1,29
R$ 5,16
Rejunte Branco
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
3
R$ 5,16
R$ 15,48
Persiana Roll
Modelo Jilly Persiana horizontal, tipo roll, em tecido 100% poliéster. Possui sistema de elevação por cordão, com trava. Dimensão 1200mm x 1400mm
Tok&Stok
peça
1
R$ 118,50
R$ 118,50
Desejo maior de mudar o quarto da filha, conciliar o espaço com os brinquedo, terminar a reforma inacabada da sala, pintar, tornar mais ampla e colocar um sofá;
Torneira Design Parede para Lavatório Alavanca Cromada
Lojas Americanas
peça
1
R$ 43,99
R$ 43,99
Ambiente mais usado pela família é o seu quarto;
Descrição O Conjunto Gabinete e Espelheira em MDP com Pia Paris Rovere da Gaam tom de bege.
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
C&C/Gaam
peça
1
R$ 269,00
R$ 269,00 R$ 109,99
Gabinete cozinha até a área de serviço Marcenaria
CRT MARCENARIA
Armáreo Aéreo cozinha e área de serviço Armário Despensa
Bancada Granito Preto São Gabriel
-
Roda Base Granito Preto São Gabriel
-
Tanque de 23 litros produzidos em Aço Inox, dimensões 400mm x 40mm Revestimento Azulejo Branco Brilhante Cerâmica aplicada nas paredes após toda supressão da existente, Borda Bold dimensão 350mm x 570mm
Tanque de Encaixe Acetinado
Argamassa Colante Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
Torneira de Parede
MARMORARIA FRATELLI. MARMORARIA FRATELLI.
Total
R$ 7.451,31 Banheiro
Conjunto Gabinete E Espelheira Bacia Convencional Torneira de bica baixa Box de Vidro Revestimento RD-32530 Branco Incefra
Bacia Convencional Izy Branco Gelo de 3 a 6 litros
C&C/DECA
peça
1
R$ 109,99
Casa das Torneiras
peça
1
R$ 23,97
R$ 23,97
Cebrace
m²
1,71
R$ 65,00
R$ 111,15
Sodimac
m²
12,38
R$ 15,90
R$ 196,84
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
4
R$ 6,99
R$ 27,96
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 17,99
R$ 17,99
grudado
peça
5
R$ 26,10
R$ 130,50
Telhanorte/Vedacit
L
18
R$ 75,90
Metal cromado, tornando-a assim mais resistente à corrosão e oxidação. Sistema monocomando. Vidro Temperado 8mm, Incolor, vence espaço de 900mm por 1900mm de altura Cerâmica aplicada nas paredes após toda supressão da existente, dimensão 320mm x 560mm
Argamassa Colante Rejunte Branco Revestimento Lavável Pastilhas impermeabilizante Vedacit Total
Folha de 600 mm x 450 mm. Revestimento Lavável para áreas molhadas que simula pastilhas em tom de cinza e marrom trufa. Aditivo impermeabilizante para concretos e argamassas, que age por hidrofugação do sistema capilar e permite a respiração dos
Mão de Obra
Atividade Supressão e Assentamento de Azulejo Assentamento de piso Colocação de Rodapé Supressão de Parede 2,45m X 2,50m Nicho na parede Colocação de pontos de energia Forro de Gesso - Tabica Pintura de paredes
Pedreiro
Gesseiro Pintor Total
APARTAMENTO 22 - FICHA TÉCNICA Dona de casa, passa maior tempo do dia em casa, filha estuda de manhã, marido trabalha na cidade vizinha, de noite vão para igreja, e no final de semana todos estão em casa; Recebe visitas raramente, as vezes colegas de escola da filha;
A cozinha, o banheiro e seu quarto foi reformado recentemente; Animal de estimação: Cachorro, porte pequeno, Yorkshire;
Quantidade 35,6 28,81 30,78 9 39,1 83
Valor Unitário R$ 52,00 R$ 30,00 R$ 25,00 R$ 20,00 R$ 39,00 R$ 9,00
R$ 75,90
Valor Total R$ 1.851,20 R$ 864,30 R$ 769,50 R$ 100,00 R$ 30,00 R$ 180,00 R$ 1.524,90 R$ 747,00 R$ 6.066,90
R$ 9.149,47 R$ 7.451,31 R$ 1.761,57 R$ 963,30 R$ 6.066,90 R$ 25.392,55
134
SALÁRIOS 3,5 salários min.
SITUAÇÃO
RENDA MENSAL
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 3.500,00
R$ 1.050,00
R$ 25.200,00
FUNÇÃO BRINCAR E RECEBER Figuras 109 a 115: Fotos do Apartamento 22 Fonte: ÁVILA, 2019
IMAGENS
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA
ORÇAMENTO TOTAL Sala de Estar/Jantar Cozinha/Área de Serviço Dormitórios Banheiro Mão de Obra Total
ORÇAMENTO DA FAMILIA
Gosta de ambientes “clean“ e cores neutras
R$ 963,30
Unid. Medida m² m² metro linear peça m² m²
MEMBROS DA FAMÍLIA
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO
135
PLANTA SITUAÇÃO ATUAL
3,00
2,82
1,89
0,80x2,10
1,76
0,90
3,70
2,00
P1
0,70
ESC 1:50
1,20
cm. No entanto, a vontade dos moradores é ter, além de sua mesa, um sofá para acolher a família. Além disso, o teto da sala possui sanca de gesso que foi feita recentemente. A cozinha, como foi reformada recentemente, teve seus móveis planejados, tem a função em “L”.A área de serviço possui armários que suprem a necessidade da família, é na área de serviço que também estão os pratinhos do cachorro.
0,95
0,70x2,10
P4
P3
1,65
0,70x2,10
0,70x2,10
P2
3,25
3,25
1,76
2,45
A reforma do banheiro consiste em bacia acoplada, box de vidro, gabinete e armário até o teto ideal e proporcional ao ambiente. No quarto do casal foi elaborado um guarda roupa modulado junto a cama, no qual aproveita bem o espaço com armários até o teto, e esse formato de layout possibilita uma boa circulação. Já o quarto da filha se encontra bastante elementos a serem reparados, a cama inicia-se a 40 cm da parede, pois atrás tem um conjunto de prateleiras onde se encontra brinquedos e utilitários da criança, junto a um conjunto de mesinha e cadeira infantil, abaixo da TV na parede encontra-se uma escada dobrável de alumínio que utilizam como sapateira, além de possuir mais um pequeno móvel com uma impressora, pois, de acordo com a moradora, eles sentem a necessidade de uma mesa de tarefas.
2,45
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO No apartamento 22 residem três pessoas - pai, mãe e filha de 08 anos - e um cachorro de porte pequeno. Os moradores já possuem uma noção de que para aquele espaço reduzido é necessário um planejamento de mobiliário e espaço, por isso eles já iniciaram reformas em alguns ambientes como no banheiro, na cozinha e no quarto do casal. De acordo com a dona da casa, o foco agora é a sala e o quarto de sua filha. A sala da residência consiste em uma mesa de jantar robusta de 4 lugares no centro da sala, uma TV com suporte na parede e um banquinho para assegurar o modem, com isso a circulação fica livre no perímetro do ambiente, mas ainda não é a dimensão correta pois está livre apenas 60 136
Figura 120: Moodboard do Apartamento 22 Fonte: ÁVILA, 2019 137
PLANTAS TÉCNICAS Sofá Verona Icea - Magazine Luiza
PLANTA LAYOUT Painel Jb Bechara Casas Bahia
ESC 1:50
Suporte de plantas mais cachepot - Arte no Arame
Cadeira Easy - Etna
Pendente Wood - MadeiraMadeira
PLANTA HUMANIZADA ESC 1:50
Cabeceira Estofada Painel em Módulos de 30x30 - LH Móveis
138
Cama Solteiro com Criado-Mudo - Mobly
139
Poltrona Bona Rosa Mobly
Painél Slim- Artely
PLANTA DE ACABAMENTO
PLANTA DE FORRO
ESC 1:50
ESC 1:50 0,40
3,70
2
2,62
1
1
2,60
1
3,00
1,65
1
1 2
0,40
1,50
1 1
1,40
3,19
1,75
3,19
1
5
3
2
0,10
1
0,65
2,39
3
2
0,70
2
1
1
3 4
1 2
4
0,20 2,39
5 1
1 3
1
1
5
3
2
1 1
2 3 4
4 5
140
141
PLANTA DE ELÉTRICA
PLANTA DE ILUMINAÇÃO
ESC 1:50
ESC 1:50
S'1 S''2 S''3
2 1 3 S''1 S''2 S''3
S'4 S'5 S'6 4
S'1 S''2 S''3
5 2
1 3
6
6
6
S''1 S''2 S''3
S'4 S'5 S'6 4
5
6
142
6
6
143
ESC 1:50 2,50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4 1,50
1,25
0,70
0,20
0,20
0,88 0,88
0,10
0,10
2,30
1,60
1,30 1,30
2,50
144 0,88 0,88
0,75 0,75
0,55 0,55
0,20
0,25 0,25
0,10
0,10
0,200,13 0,200,13
0,10
0,10
0,25 0,25
2,50 2,50 0,75 0,75
0,29 0,29
2,50 2,50 0,85 0,85
0,67 0,67
0,77 0,77
0,25 0,25
0,80
0,80
0,45
0,45
0,29 0,29
ESC 1:50
0,67 0,67
1,60
0,50
0,40
0,32 0,32
0,40
0,40
0,10 0,10
0,10 0,10
0,10 0,10
2,50
2,50
2,50
1,50
1,50
1,25
1,25
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1 DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50
145
1,62 1,62
0,53 0,53
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 0,40 0,40
2,30
2,50
1,35
2,50
ESC 1:50
0,10 0,10
0,70
0,45
2,04
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2
2,50 2,50
0,10 0,10
0,06
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1
2,10 2,10
2,50 2,50 2,40 2,40
0,20
ESC 1:50
0,40
2,50
2,50
0,20
0,20
0,20
0,20
0,10
0,10
0,10
0,10
ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
0,
0,10
0,10
0,10
0,77
0,77
0,75
2,50
2,50
0,75
0,88
0,25 0,75
0,88
0,25 0,75
0,29
0,29
0,25
0,25
0,29
0,29
0,25
0,25
0,32
0,32
0,10
0,10 0,67 0,85
2,50
0,200,13 0,55
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50
ESC 1:50
1,62
0,67 0,53
1,62
0,40 0,67 0,53
2,50
2,50
SALA DE ESTAR/JANTAR
2,10
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
0,88
0,88
1,30
1,30
2,10
2,40
2,50
0,40
0,10
0,10
2,40
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
DORMITÓRIO 146
147
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO Sala de Estar/Jantar
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Sofá Verona Icea
Dois lugares, assentos retráteis, encostos fixos, assentos com medida de 750mm cada, comprimento total de 1900mm.
Magazine Luiza
peça
1
R$ 779,90
R$ 779,90
Papel de Parede Listrado em Cinza e Branco
Listras verticais, adesivo auto colante, tamanho de cada peça 2500mm x 580mm
Papel de Parede Digital
peça
6
R$ 20,80
R$ 148,80
Mesa Marcenaria
-
CRT - Marcenaria
m²
1,12
R$ 1.100,00
R$ 1.232,00
Espelho lapidado
Espelho de 4 mm lapidado, aplicação na parede da sala
Cebrace
m²
5
R$ 109,00
R$ 545,00
Cadeira Easy de Polipropileno Preta
Etna
peça
4
R$ 69,99
R$ 279,96
Casas Bahia
peça
1
R$ 359,90
R$ 359,90
Cadeira Preta Painel para TV Suporte de plantas mais cachepot Persiana Roll Lustre - Pendente Tinta Acrílica Fosca Premium Camurça Fio de eletricidade
Painel Jb Bechara, modelo Jb 5025, 1600mm x 330mm x 1350mm, painel para até 50 polegadas kit com 3 unidades tripé, altura de 600mm, 450mm, 300mm
Arte no Arame
peça
1
R$ 200,00
R$ 200,00
Modelo Jilly Persiana horizontal, tipo roll, em tecido 100% poliéster. Dimensão 1200mm x 1400mm
Tok&Stok
peça
1
R$ 118,50
R$ 118,50
Pendente Wood Bella Iluminação Madeira
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 332,81
R$ 332,81
Acrílica fosca bom rendimento, rende 380m²
Suvinil
L
18
R$ 299,00
R$ 299,00
Fio Flexível 2,5mm Rolo 100 Metros Antichamas
Eletroflex
peça
1
R$ 67,99
R$ 67,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
3
R$ 1,29
R$ 3,87
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 2,42
R$ 4,84
Cor Frio 5m Dupla Face 3528 12v 300 Leds
Lojas Americanas
peça
2
R$ 12,48
R$ 24,96
Painel de 1900mm x 700mm x 70mm
CRT Marcenaria
peça
1
R$ 500,00
Fita Led Branco Painel Madeira MDF Total
R$ 500,00 R$ 4.372,57
Dormitório
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Guarda Roupa Marcenaria
CRT - Marcenaria
Painel de parede
m²
Mesa e Prateleiras Persiana Roll Poltrona Bona Rosa
Valor Total
R$ 1.100,00
R$ 4.224,00
-
R$ 1.100,00
R$ 1.000,00
2,2
R$ 1.100,00
R$ 2.200,00
Tok&Stok
peça
1
R$ 118,50
R$ 118,50
Pés alongados em madeira e cor rosa. Altura: 710mm; Largura: 540mm ; Profundidade: 580 mm; Altura do assento ao chão: 480 mm.
Mobly
peça
1
R$ 360,99
R$ 360,99
-
Mobly
peça
1
R$ 578,54
R$ 578,54
Suporte até 40 polegas, Slim, branco. Dimensões: 1200mm x 900mm x 150mm Cabeceira Estofada Painel em Módulos de 30x30, Cor Tyfanny
Painel Para TV
Valor Unitário
3,84
Modelo Jilly Persiana horizontal, tipo roll, Dimensão 1200mm x 1400mm
Cama Solteiro com Criado-Mudo
Cabeceira
Quantidade
Artely/Lojas Marabraz
peça
1
R$ 136,80
R$ 136,80
LH Móveis
peça
9
R$ 29,90
R$ 269,10 R$ 3,87
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
3
R$ 1,29
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
1
R$ 2,42
R$ 2,42
Kit 10 Spot Led 5w Lampada Redonda Dicroica Direcionável
Lojas Americanas
peça
1
R$ 108,80
R$ 108,80
Cor Frio 5m Dupla Face 3528 12v 300 Leds
Lojas Americanas
peça
1
R$ 12,48
R$ 12,48
Acrílica Semi Brilho, 900ml cada lata
Suvinil
L
1,8
R$ 57,99
R$ 154,90
Spots Led Fita Led Branco Tinta Acrilica Semi Brilho Premium Rosa Bebê. Tinta Acrilica Fosca Premium Verde Patina Papel de parede geométrico Tinta Esmalte Grafite Fosco Cinza
Acrílica fosca premium bom rendimento, rende 20m²
Suvinil
L
0,9
R$ 48,99
R$ 48,99
Coleção geometria rosa, branco e cinza, tamanho de cada peça 2500mm x 500mm
Papel decor
peça
5
R$ 34,90
R$ 174,50 R$ 34,90
Rende até 20m², tinta sintética lavável.
Coral
L
0,9
R$ 34,90
-
Lojas Americanas
peça
1
R$ 29,99
Adesivo de Parede Frase Total
Total
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO
MEMBROS DA FAMÍLIA
APARTAMENTO 13- FICHA TÉCNICA
Aposentada, passa o maior tempo do dia em casa, e vai a igreja a noite; Costuma receber visita do neto de 5 anos, utilizando muito o quarto;
ORÇAMENTO DA FAMILIA SALÁRIOS 1 salário min.
RENDA MENSAL
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 998,00
R$ 299,40
R$ 7.185,60
E recebe visitas esporaticamente de colegas da igreja para reuniões; Desejo maior de reformar o banheiro, a sala pois recebe visitas e trocar o piso de todo o apartamento;
SITUAÇÃO
FUNÇÃO
Animal de estimação: Gato macho, SRD;
ESTAR E
Ambiente mais usado é a sala e a cozinha;
RECEBER
Aprecia a cor amarela e plantas dentro do apartamento; O apartamento supre a necessidade dela, porém ela gostaria de ter uma mesa de jantar na sala.
IMAGENS
R$ 29,99 R$ 9.458,78
Mão de Obra Pedreiro Gesseiro Pintor
Atividade Colocação de pontos de energia Forro de Gesso - Tabica e Sanca Pintura de paredes
Unid. Medida peça m² m²
Quantidade 10 20,48 52,56
Valor Unitário R$ 20,00 R$ 39,00 R$ 9,00
Valor Total R$ 200,00 R$ 798,72 R$ 473,04 R$ 1.471,76
ORÇAMENTO TOTAL Sala de Estar/Jantar R$ 4.372,57 Dormitórios R$ 9.458,78 Mão de Obra R$ 1.471,76 Total R$ 15.303,11
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA
Figuras 117, 118 e 119: Fotos do Apartamento 13 Fonte: ÁVILA, 2019 148
149
PLANTA SITUAÇÃO ATUAL ESC 1:50
2,45
3,25
3,25
2,45
Ao seguir para o banheiro, o qual, de acordo com a moradora, é a parte mais necessitada de transformação, nota-se a falta de revestimento pois toda cerâmica sofreu descolamento, e sem a cerâmica “protegendo” a parede, a umidade do banheiro acaba desgastando demais a estrutura e mofando. O banheiro consiste em uma bacia convencional com caixa de descarga externa, pia convencional e não possui divisão para a área de banho. Além do banheiro, o piso em toda a casa possui fissuras. A cozinha possui função “L”, mas sofre com falta de planejamento e falta de armários aéreos, além do problema de circulação entre a geladeira e uma bancada fora de contexto. A área de serviço possui um armário áereo, tanque e maquina de lavar tamanho convencional. No entanto, possui um varal de pé que estava fechado, porém quando está em uso prejudica 100% da circulação. De acordo com a moradora, seus quartos não possuem problemas e um quarto é destinado a visita do neto, não se obteve acesso.
0,70x2,10
0,70x2,10
1,65
1,76
P2
0,70x2,10
0,95
P3
P4
P1
0,70
0,80x2,10
3,70
0,90
2,82
2,00
1,89
3,00
1,20
1,76
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO No apartamento 13, térreo, mora uma senhora aposentada com seu gato. De acordo com a moradora, o apartamento supre todas as necessidades dela A porta da sala, ao abrir, conflita com um banco de plástico que ela mantém no ambiente. Também possui dois sofás robustos, um junto ao outro, o que não é ideal em relação à distancias mínimas de acentos. No meio dos sofás, há uma planta a qual a moradora aprecia bastante. A sala ainda conta com uma mesa redonda, que obstrui a passagem para um quarto, um rack oval e um tapete pequeno. 150
Figura 120: Moodboard do Apartamento 13 Fonte: ÁVILA, 2019
151
PLANTAS TÉCNICAS Sofá America Confort
PLANTA LAYOUT
Cadeira Eiffel Amarela - VestCasa
Luminária Fio
Pendente
Almofada futton tatame natural cru
Painel Life Siena
ESC 1:50
Canto Alemão de Pallet = PalletBrasil
PLANTA HUMANIZADA ESC 1:50
Piso Ceramico Marmorizado - Artec Kit 4 barras de apoio
152
Piso Ceramico Elemento Plus Cinza - Cecafil
Bacia com Caixa Acoplada - Celite
153
Gabinete para Banheiro com pia - MGM
Assento Sanitário Retrátil Para Parede
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO
PLANTA DE ACABAMENTO
ESC 1:50
ESC 1:50
1
1
2 1
2
13 4 1 3 4
2
3 4
1 1 2 1 4 3
2
1
1
2 1
2
13 4 1 3 4
2
3 4
1 1 2 1 2
154
4 3
2 3 4
155
2 3 4
PLANTA DE FORRO
PLANTA DE LÃ&#x2030;TRICA
ESC 1:50
ESC 1:50
0,15 0,89
0,40
5,14
4,39
1,14
1,84
2,05
1,18
0,15
0,30
0,15
1,94 0,33 3,64
0,70
0,33
0,33
1,14
0,15
1,40
2,94
1,50
0,84
156
157
158 0,45
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3
ESC 1:50
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50 159
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50
0,35
0,35
0,70
1,40
1,40
1,40
1,40
0,55
1,60
1,60
1,60
1,60
1,00
0,75
0,75
0,75
0,75
1,00
3
0,35
0,70
0,70
0,50
0,55
1,00
1,00
0,10
0,10
0,10
0,10
0,35
0,75
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50
0,45
0,50
0,50
0,75
0,75
0,75
0,45
0,35
0,35
0,35
1,40
2,50
2,50
0,55
0,55
2,50 0,75
0,75
0,75
2,50
2,50
2,50 0,75 2,10
2,10
2,10
2,10
1,40
2,50
2,50
1,40
1,40
0,65
0,90
0,40
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,40 0,10
0,40
0,40
1,00
1,00
0,90
0,90
0,90
0,65
0,65
0,65
ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
0,35
0,10
0,10
0,70
0,45
0,50
0,55
0,55
S'4
0,10
2 0,50
1
0,45
4 0,50
ESC 1:50
0,10
S'1 S'2 S'3 0,45
PLANTA DE ILUMINAÇÃO
0,70
0,70
1,00
1,00
0,40
0,40
0,10
0,70
0,70
2,02
2,02
0,30
0,30
0,80
0,80
2,50 0,48
1,50
2,50
1,62 0,48
1,50
1,62 0,48
0,48
0,10 0,30
0,30 0,70
0,70
0,65 0,75
2,50
0,65 2,50 0,75
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVA2 / ESC 1:50 1:50 ÇÃO 4 / ESC 1:50
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 1 ESC 1:50
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
1,00
0,10 0,75
0,75
ESC 1:50
0,70
0,70
1,00
1,00
0,40
0,40
ESC 1:50
160
0,30 0,80
0,70
SALA DE ESTAR/JANTAR
0,10
ESC 1:50
0,10
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 4
0,30 0,48
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 3
0,80
0,70
2,02
2,02 2,50 1,50
1,50 0,48
1,62
2,50
1,62
0,48
0,65 0,75
0,48
0,65 2,50 0,75
2,50
1,65
2,50
ESC 1:50
0,70
0,70
1,50
2,50
0,80
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 2
0,10
BANHEIRO- ELEVAÇÃO 1
0,30
0,30
0,10
0,80
1,50
0,70
0,70
1,65
1,00
1,00
1,00
0,10
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
161
BANHEIRO - ELEVAÇÃO 4 ESC 1:50
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Revestimento Simetric Brilhante Borda Bold Branco
Banheiro
Revestimento de Parede Simetric Brilhante Bold 32x57cm Branco Royal Gres
C&C/Formigres
m²
8,41
R$ 12,90
R$ 108,49
Tinta Acrílica Super Lavável Azul Pálido
Acrílica Super lavável, antimofo e bom rendimento
Coral
L
0,9
R$ 58,74
R$ 58,74
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
4
R$ 6,99
R$ 27,96
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 26,10
R$ 26,10
Aditivo impermeabilizante para concretos e argamassas, que age por hidrofugação do sistema capilar e permite a respiração dos materiais, mantendo os ambientes salubres.
Telhanorte/Vedacit
L
18
R$ 75,90
R$ 175,90
Argamassa Colante Rejunte Branco
impermeabilizante Vedacit
Box de Vidro
Vidro Temperado 8mm, Incolor, vence espaço de 900mm por 1900mm de altura
Cebrace
m²
1,71
R$ 65,00
R$ 200,00
Piso Cerâmico 450mm x 450mm
Cecafi/Sodimac
m²
2,07
R$ 21,90
R$ 45,33
Gabinete De Banheiro 100% Mdf, cor Amendoa, suspenso para banheiro, com pia de mármore sintético, 1 porta basculante com pistão a gás e 1 gavetão com corrediça telescópica. Altura de 480mm, Largura 650mm e profundidade 380mm
MGM/Marabraz
peça
1
R$ 244,00
R$ 244,00
Piso Cerâmico Elemento Plus Cinza
Gabinete para Banheiro com pia
Torneira para Lavatório Bacia com Caixa Acoplada Kit 4 Barras De Apoio De Idoso Para Banheiro
Assento Sanitário Retrátil Para Parede
Assento Sanitário Elevado
Torneira Bica Baixa Cromada
Celite/Sodimac
peça
1
R$ 84,90
R$ 84,90
Kit Completo Bacia com Caixa Acoplada Like Branco
Celite/Sodimac
peça
1
R$ 299,00
R$ 299,00
Tipo de Fixação em Parafusos. Medidas entre eixos de fixação de 80cm, comprimento da barra. diâmetro do tubo de 3,17 cm. Padrão da NBR9050-2015 e acabamento com canoplas de inox.
Casas Bahia
peça
1
R$ 189,00
R$ 189,00
Assento sanitário retrátil para parede Flip-Seat branco Astra. Medidas: 338 mm x 348mm x 106mm cm; Tipo de fixação em parafusos
Lojas Americanas
peça
1
R$ 297,80
R$ 297,80
Assento com tampa, modelo 7.5 cm de altura (Indicado para pessoas MENORES de 1.70m). ndicado para PÓS-CIRÚRGICOS, DEFICIENTES FÍSICOS e MELHOR IDADE, por facilitar a utilização do vaso sanitário, SEM MUITO ESFORÇO FÍSICO.
Mebuki/ VitaeSaude
peça
1
R$ 145,16
R$ 145,16
Espelho de 4 mm lapidado
Cebrace
m²
0,5
R$ 109,00
Espelho lapidado TOTAL
Mão de Obra
BANHEIRO
Pedreiro
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO
Gesseiro Pintor
Sala de Estar/Jantar Piso Cerâmico Marmorizado Argamassa Colante Tinta Acrílica Fosca Grafite Claro Sofá 2 Lugares Kit 3 Quadros Prateleira Painel para TV SMART TV Cadeira Eiffel Amarela
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Piso Cerâmico 450mm x 450mm
Artec/Sodimac
m²
13,5
R$ 8,99
R$ 121,37
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
4
R$ 6,99
R$ 27,96
Cinza Médio, acrílica fosca bom rendimento, rende 50m²
Coral
L
3,6
R$ 112,00
R$ 112,00
Sofá em tecido suede, tom bege, comprimento de 1600 mm x 780mm de largura
American Confort/ Extra
peça
1
R$ 569,05
R$ 569,05
-
Deposter
peça
1
R$ 99,90
R$ 99,90
Prateleira estreita para quadros 900mm x 100mm x 10mm
Tok&Stok
peça
2
R$ 45,90
R$ 91,80
Até 42 Polegadas Life Siena Móveis Branco, comprimento 1400mm
Lojas Americanas
peça
1
R$ 106,90
R$ 106,90
Smart TV LED 32" Samsung 32J4290 Preta
Lojas Americanas
peça
1
R$ 854,99
R$ 854,99
Base Madeira
VestCasa
peça
2
R$ 69,99
R$ 139,98
Assento com Encosto De Encaixe 1200mmx450mmx450mm cada módulo
PalletBrazil
peça
2
R$ 198,00
R$ 396,00
Tatame Natural Cru 40x40cm Inspire
Leroy Merlin
peça
12
R$ 33,99
R$ 407,88
Mesa de Madeira, comprimeto 1200 mm x 800mm de largura
Mobly
peça
1
R$ 522,49
R$ 522,49
Luminária pendente de fio
Fio Cabo PretoPendente Lustre Industrial Retro + Lampada St64
KRBSHOP
peça
2
R$ 39,90
R$ 79,80
Tinta Acrílica Fosca Branco Gelo
Acrílica Fosca lavável, antimofo e bom rendimento, rende 350m²
Coral
L
18
R$ 154,90
R$ 154,90
-
C&C
peça
4
R$ 44,90
R$ 179,60
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
2
R$ 5,16
R$ 10,32
Assento de Pallet Almofada e encosto Futon Mesa de Jantar Retangular Eames
Soleira de Granito São Gabriel - preto Rejunte Branco
Fio Flexível 2,5mm Rolo 100 Metros Antichamas
Eletroflex
peça
1
R$ 67,99
R$ 67,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
Fio de eletricidade
-
Sodimac
peça
2
R$ 1,29
R$ 2,58
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 2,42
R$ 4,84
Painel de 1900mm x 700mm x 70mm
CRT Marcenaria
peça
1
R$ 500,00
Painel Madeira MDF TOTAL
Total
Atividade Supressão e Assentamento de Azulejo Supressão e Assentamento de Piso Colocação de Rodapé Colocação de pontos de energia Forro de Gesso - Tabica Pintura de paredes
Unid. Medida m² m² metro linear peça m² m²
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA
Sala de Estar/Jantar Banheiro Mão de Obra Total
ORÇAMENTO TOTAL
R$ 4.450,35 R$ 1.956,88 R$ 2.712,29 R$ 9.119,51
R$ 500,00 R$ 4.450,35
162
R$ 54,50 R$ 1.956,88
163
Quantidade 11,55 14,59 17,88 5 12,59 35
Valor Unitário R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 25,00 R$ 20,00 R$ 39,00 R$ 9,00
Valor Total R$ 600,60 R$ 758,68 R$ 447,00 R$ 100,00 R$ 491,01 R$ 315,00 R$ 2.712,29
PLANTA SITUAÇÃO ATUAL
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO
MEMBROS DA FAMÍLIA
ESC 1:50
APARTAMENTO 33 - FICHA TÉCNICA Funcionária pública, gosta de sair, beber socialmente e seu maior hobbie é cozinhar;
2 salários min.
SITUAÇÃO
Ambiente mais usado pela familia é a sala;
RENDA MENSAL
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 1.996,00
R$ 598,80
R$ 14.371,20
3,25
SALÁRIOS
O Espaço do apto supre suas necessidades; Ambiente preferido é a cozinha;
2,45
3,25
Trabalha horário comercial, e sua filha passa o maior tempo em casa;
2,45
ORÇAMENTO DA FAMILIA
1,76
FUNÇÃO DESCANSAR, COZINHAR E RECEBER
Sente a necessidade de mais tomadas em sua casa;
0,70x2,10
0,70x2,10
Preferência de elementos de madeira, detalhes em alumínio, e elementos em cor laranja, aprecia muito o uso de tapetes;
1,65
Costuma receber visitas do irmão nos fins de semana;
P2
P3
0,70x2,10
0,95
Desejos: reformar toda a casa, em especial a cozinha, trocar todas as portas do apartamento por portas de alumínio branco. IMAGENS
P4
P1
0,70
0,80x2,10
3,70
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO
Figuras 121 a 126: Fotos do Apartamento 33 Fonte: ÁVILA, 2019 164
No apartamento 33 moram duas pessoas - mãe e sua filha de 20 anos -. Para as moradoras, o espaço do apartamento supre suas necessidades, porém acham que precisa reformar e aproveitar melhor os ambientes. Ao entrar na sala são avistados dois sofás, de dois e três lugares, uma mesa de quatro lugares com três cadeiras, sendo que a quarta se encontra na cozinha, e um painel de TV na parede. Todos os 4 móveis da sala se encontram muito próximos uns dos outros sem as distâncias ideais mínimas, um exemplo é ao abrir a porta de entrada, a mesma encosta no sofá. É utilizado também tapetes de materialidade e tamanhos diferentes, 165
0,90
2,00
1,89
2,82
3,00
1,20
1,76
PLANTAS TÉCNICAS
o que acaba causando uma fragmentação no ambiente. Indo para a cozinha, as moradoras sofrem de falta de armário para armazenar seus utensílios, contendo apenas um espaço abaixo da pia. A geladeira se encontra na diagonal entre duas paredes, e este formato acaba deixando de aproveitar o espaço adequadamente. O fogão é colocado em frente a pia, criando uma cozinha em formato “U”. No entanto, acaba criando muitos espaços ociosos.
PLANTA LAYOUT ESC 1:50
A área de serviço inclui uma maquina de lavar e um tanque convencional,alem de utilizada uma mesa dobrável que acaba sendo sempre encontrada aberta para apoio a cozinha, mais um varal acima dobrável de parede. O primeiro dormitório possui uma cama de casal encostada na parede, uma posição pouco funcional. Ao lado, um guarda-roupa convencional, sobrando uma circulação inadequada entre porta, guarda-roupa e cama. O segundo dormitório contem uma cama de solteiro padrão encostada na parede e na direção contraria desta está o guarda-roupa, na parede da porta existe uma mesinha com cadeira de utilidade da filha. O banheiro possui pia convencional, bacia acoplada e box de acrílico e alumínio. Assim como a porta do banheiro, as outras portas se encontram bastante desgastadas, estufadas por umidade e também sob ações de cupim, além encontrar algumas peças de piso da casa com fissuras.
Figura 127: Moodboard do Apartamento 33 Fonte: ÁVILA, 2019 166
167
Almofada futton tatame natural cru
Guarda Roupa Modulado Star - Casas Bahia
Lumpp Luminária - Tok&Stok
Cabeceira e criado mudo Milano Mavaular - MadeiraMadeira
PLANTA DE MODIFICAÇÃO Porta de Alumínio Lambril - Sodimac
ESC 1:50
Armário Multiuso - MadeiraMadeira
3,25
Piso Vinilico Komeco Bege Leroy Merlin
2,45
3,25
2,45
1,65
1,76
5,20
2,45
1,76
1,20
ESC 1:50
2,00
1,89
2,82
3,00
PLANTA HUMANIZADA
1,65
3,25
3,25
0,95
2,45
0,70
0,95
5,20
3,70
3,70
Mesa Eames - Ma-Cadeira Easy - Etna deiraMadeira Tapete Supreme MadeiraMadeira
Mesa de Centro C&C
168
Sofá De Canto Versátil 4 Lugares Pena Grafite MadeiraMadeira
0,70
0,90
2,00
1,89
2,82
3,00
1,20
1,76
Kit 2 Banquetas BistrôLojas Americanas
169
0,90
1,76
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO
PLANTA DE ACABAMENTO
ESC 1:50
ESC 1:50
1 1
6 5
4 5
5
6
6
6
1
1
1
1
3
1
4 5
2
1 1
1 1
5
6
1 1
3
6
6
2 5
5
6
5
1
1 1
6 1
3
1
1 1
5
4 5
2
1 1
2 3 1
5
4
5 6
170
4
4 5
5
1
171
PLANTA DE LÉTRICA
PLANTA DE ILUMINAÇÃO
ESC 1:50
ESC 1:50
6
5
S'6
5 5
3 2
3
3
3
S'4 S'5 4
3
2
3
2
1
1,08
4
0,90 6
4
1
5
S'6
4
S'1 S'2 S'3
5
1
1
4
1
5
3 2
3
3
3
S'4 S'5 4
3
2
3
2
1
1,08
4
0,90
4 4
1 S'1 S'2 S'3
172
1
1
1
4
4
4
173
4
4
174
ESC 1:50
0,62 2,50
0,62
0,75
1,73
2,50
0,75
0,60
0,40
0,60
0,40
0,53
0,62
2,10
0,70
2,50
0,53
ESC 1:50
2,10
2,50
0,60
0,50
1,73
0,77
0,75
2,50
2,50
2,10
0,75
1,73
1,60
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3
0,53
0,53
0,75
2,10
2,50
0,40
0,40
0,77
ESC 1:50
0,77 2,50
2,50
0,40
0,35
ESC 1:50
2,50
2,10
2,50
0,28
0,28
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4
0,35
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3
2,00
0,77
1,73
1,40
2,10
1,20
0,40
1,20 0,43
0,62
2,10
0,70
0,88
2,50
0,75
0,75
0,70
0,10 0,40
1,60
2,10
0,60
2,10
2,50
2,50
2,10
0,35
1,20
0,60
0,40
2,50
0,28
0,40
0,28
0,40
0,50
0,42
0,35
0,40
0,65
0,90
0,35
0,35
2,50
0,72
1,10
0,47
0,32
1,400,50
2,50
0,40
0,60
0,50
1,10
2,50
2,50
0,60
0,35
1,60
0,65
0,25
1,40 0,40
2,50
1,18
0,90 0,60
2,50
0,75
1,73
0,35
0,60 2,50
2,50
2,50
1,10
2,10 0,80
0,60
0,25 0,40 2,50
0,90
0,45 2,10
1,00
0,25
ESC 1:50
0,62
2,10
2,50
0,40
2,22
0,50
2,50
2,22
0,50 0,19 0,19 0,19
2,00 0,45
0,35
0,35
0,90
0,40
0,40
0,50
0,65
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2
0,53
0,77
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50 0,70
2,50
0,70
1,20
1,20
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1
0,45
2,10
0,45
0,50
0,50
ESC 1:50
0,80
0,45
0,45 0,25
0,53
0,70
0,77
0,75
0,45
0,45
1,60
0,50
2,10 0,62
0,60
1,10
0,75
2,50
2,10 2,50
0,70
2,50
2,10
0,35
0,75
1,73
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVA2 / ESC 1:50 1:50 ÇÃO 4 / ESC 1:50 2,50 2,50
2,10 0,40 2,50 0,60
0,40
0,35 0,50 2,50
0,65
1,10
0,40
0,35
0,40
1,40
2,50
0,90
0,60 0,35
1,60
1,20
0,25
1,40
2,50 0,45
0,35
0,40
0,40
0,50
0,65
0,90
ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50
175
0,80 0,80
COZINHA - ELEVAÇÃO 3
COZINHA - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50 ESC 1:50 0,70 0,70
176 2,00 2,50
0,50 0,50
0,28 0,28 1,40
1,40
0,50
0,50
0,28
0,28
0,28
ESC 1:50
2,50
1,40 1,40
2,22
2,22
0,28 0,28
0,28
ESC 1:50
2,00
0,40
0,40
2,50
2,22
2,50
2,22
0,43
0,43
COZINHA - ELEVAÇÃO 2
2,50 2,50
0,19 0,19 0,19
0,70 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,43 0,43
0,70
COZINHA - ELEVAÇÃO 1
2,00 2,00
2,22 2,22 0,70 0,40 0,40
0,70
2,50 2,50
2,22 2,22
0,80 0,70 0,70
0,80
0,88 0,88
0,80 0,80
0,90 0,90
1,00 1,00
2,10 2,10
2,50 2,50
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
0,10
0,25
1,18 0,32 0,32
1,18
0,47
2,50
2,50
1,20
1,20
0,42 0,42
0,42
0,42
0,40
0,28
0,28
2,10
0,40 0,40
0,72 0,28 0,28
0,72
0,40
0,60 0,72 0,72 2,50
2,50
0,60
0,28
0,28
0,32
0,32
0,50
2,10
1,20 1,20 2,50 2,50
0,88
0,88
0,60
2,50
2,50
0,50 0,50
0,60 0,25 0,47 0,25 0,28 0,25 0,47 0,47 0,28
1,18 1,18
2,00
0,80 0,10 0,10 0,10 0,60 0,60
0,80
0,90 0,60 0,60
0,90
2,50 2,50
1,00
1,00
2,00 2,00
DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50 DORMITÓRIO - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50 COZINHA - ELEVAÇÃO 1 ESC 1:50 COZINHA - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 4 ESC 1:50
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
SALA DE ESTAR/JANTAR
177
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO Sala de Estar/Jantar Painel Para TV - Marcenaria Papel de Parede Sofá De Canto Versátil 4 Lugares Pena - Grafite
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
-
CRT Marcenaria
m²
0,8
R$ 1.100,00
R$ 880,00
Modelo: Adesivo Conexoes; Dimensões: 2500mm x 500mm
Papel de Parede
peça
4
R$ 39,90
R$ 159,60
-
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 949,00
R$ 949,00
Tapete Supreme Ladrilho 05/43 1,50x2,00m Geométrico São Carlos
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 395,00
R$ 395,00
Futon Basic Azul Marinho 43x43cm Inspire
Leroy Merlin
peça
2
R$ 29,90
R$ 59,80
Cadeira Laranja
Cadeira Easy de Polipropileno Preta
Etna
peça
2
R$ 69,99
R$ 139,98
Mesa Redonda
MESA EAMES 700 mm de diâmetro, tampo branco
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 455,70
R$ 455,70
Tapete Futon Basic Azul Marinho 43x43cm Inspire
Mesa de Centro Retangular
Em Mdf Fly 900 mm x 500 mm
C&C
peça
1
R$ 99,99
R$ 99,99
Porta em Alumínio Branco com Lambril - Linha top Esquadrisul
SODIMAC
peça
3
R$ 724,40
R$ 2.173,20
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Leroy Merlin
peça
1
R$ 149,90
R$ 149,90
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
12,45
R$ 21,90
R$ 272,65
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
2
R$ 79,11
R$ 158,22
Conjunto 3 quadros
-
Deposter
peça
1
R$ 119,90
R$ 119,90
Soleira Marmore Travertino
-
Lojas Americanas
peça
5
R$ 36,00
R$ 180,00
Tom verde, acetinado bom rendimento, rende 50m²
Suvinil
L
3,6
R$ 98,57
R$ 98,57
Fio Flexível 2,5mm Rolo 100 Metros Antichamas
Eletroflex
peça
1
R$ 67,99
R$ 67,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
3
R$ 1,29
R$ 3,87
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
2
R$ 2,42
R$ 4,84
Trilho e Spot de Iluminação
Trilho Eletrificado Preto 2m + 4 Spot Led 7w Gu10 Z3
Leroy Merlin
peça
2
R$ 141,09
R$ 282,18
Trilho e Spot de Iluminação
Trilho Eletrificado 1m + 3 Spots 7w 3000k Bivolt Preto St495
Leroy Merlin
peça
3
R$ 114,90
R$ 344,70
Porta de Alúminio Persiana Rolô Piso Vinilico em Manta Komeco Bege Tarkett Cola Globalfix
DORMITÓRIO 1
Descrição
Tinta Esmalte Sintético Verde Colonial Acetinado Fio de eletricidade
R$ 6.995,09
Total
Dormitório Guarda Roupa Piso Vinilico em Manta Komeco Bege Tarkett Cola Globalfix Conjunto 2 quadros Persiana Rolô
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Guarda Roupa Modulado Star 02 Portas Branco Poliman BRANCO
Casas Bahia
peça
2
R$ 359,00
R$ 718,00
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
15,9
R$ 21,90
R$ 348,21
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
2
R$ 79,11
R$ 158,22
-
Deposter
peça
1
R$ 101,35
R$ 101,35
Leroy Merlin
peça
1
R$ 149,90
R$ 149,90
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
3
R$ 1,29
R$ 3,87
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
1
R$ 2,42
R$ 2,42
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 395,91
R$ 395,91
Tok&Stok
peça
1
R$ 53,89
R$ 53,89
Coral
L
0,9
R$ 34,90
Cabeceira e criado mudo Lumpp Luminária de mesa Tinta Esmalte Grafite Fosco Cinza
Cabeceira Queen com LED e 1 Criado Mudo 1 Gaveta Milano Mavaular Branco - 2m luminária de mesa, 127/220V, em polipropileno e policarbonato preta Rende até 20m², tinta sintética lavável. Necessario duas unidadesn
Total
COZINHA / ÁREA DE SERVIÇO 178
179
R$ 69,80 R$ 2.001,57
Cozinha/Área de Serviço
Descrição
Fornecedor/Marca
Gabinete Cozinha
Marcenaria
CRT MARCENARIA
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
metro linear
1,4
R$ 1.200,00
R$ 1.680,00
m²
1,05
R$ 1.100,00
R$ 1.155,00
Armário aéreo + Bancada apoio cozinha Bancada Granito Branco Dallas
LEVANTAMENTO DO APARTAMENTO APARTAMENTO 23- FICHA TÉCNICA
Bancada em I
Pedras Paulistano
m²
0,65
R$ 330,00
R$ 214,50
Armário Para Lavanderia 1 Porta Alto Multiuso Branco Amplo, dimensões 420mm x 340mm e 1700mm de altura
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 175,00
R$ 175,00
Dona de casa, passa bastante tempo em casa, as filhas estudam a tarde;
Cuba em aço inox de embutir 400mm x 340mm
Tramontina/Sodimac
peça
1
R$ 349,00
R$ 349,00
Recebe visitas de familiares e amigos frequentemente;
Bica Alta, torneira cromada
Celite/Sodimac
peça
1
R$ 105,00
R$ 105,00
Aço Preto E Assento Preto Redondo
Lojas Americanas
peça
1
R$ 74,95
R$ 74,95
Tinta Acrilica Fosca Premium Broto De Feijão
Fosca Premium bom rendimento, rende 50m²
Suvinil
L
3,6
R$ 145,99
R$ 145,99
Piso Vinilico em Manta Komeco Bege
Comercializado em rolo, e aplicado sobre o piso
Leroy Merlin
m²
15,9
R$ 21,90
R$ 348,21
Especial para assentar piso vinílico
Leroy Merlin
kg
2
R$ 79,11
R$ 158,22
Cerâmica aplicada nas paredes após toda supressão da existente, dimensão 205mm x 205mm
Artens/Leroy Merlin
m²
2,77
R$ 10,89
R$ 30,17
Pacote de Argamassa Interno Cinza 20kg
C&C/COLAFIX
peça
2
R$ 6,99
R$ 13,98
Pacote de Rejunte Flexível 1mm a 16mm 5kg Branco
C&C/Usina Fortaleza
peça
1
R$ 17,99
R$ 17,99
Caixa de Luz 4x2" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
3
R$ 1,29
R$ 3,87
Caixa de Luz 4x4" Amarela Fortlev
-
Sodimac
peça
1
R$ 2,42
R$ 2,42
Trilho e Spot de Iluminação
Trilho Eletrificado Preto 2m + 4 Spot Led 7w Gu10 Z3
Leroy Merlin
peça
1
R$ 141,09
R$ 141,09
Trilho e Spot de Iluminação
Trilho Eletrificado 1m + 3 Spots 7w 3000k Bivolt Preto St495
Leroy Merlin
peça
2
R$ 114,90
R$ 229,80
Persiana Rolô
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Leroy Merlin
peça
1
R$ 149,90
Armário da Área de Serviço Cuba Retangular Prime Torneira de Parede para Cozinha Kit 2 Banquetas Bistrô
Tarkett Cola Globalfix
Revestimento Decorativo Cerâmica Cubos Argamassa Colante Rejunte Branco
MEMBROS DA FAMÍLIA
ORÇAMENTO DA FAMILIA SALÁRIOS
Não existe ambiente mais usado, é tudo usado integralmente, principalmente pelas crianças; Se mudou para o apartamento recentemente, era de sua mãe;
3 salários min.
SITUAÇÃO
RENDA MENSAL
30% POR MÊS (POR 24 MESES)
VALOR PARA REFORMA
R$ 2.994,00
R$ 898,20
R$ 23.740,80
FUNÇÃO
Aprecia muito a cor verde e plantas dentro do apartamento; Desejo de reformar todo o apartamento, colocar portas novas, em especial a sala, quarto das crianças e a cozinha;
ESTAR E BRINCAR
Apenas manteria o piso e sua porta de trilho a ser instalada. IMAGENS
R$ 149,90 R$ 4.995,09
Total
Mão de Obra Pedreiro Pintor
Atividade Supressão e Assentamento de Azulejo Assentamento de piso Colocação de Rodapé Colocação de pontos de energia Pintura de paredes
Unid. Medida m² m² metro linear peça m²
Total
Quantidade 27,09 28,7 32,16 10 57,48
Valor Unitário R$ 52,00 R$ 30,00 R$ 25,00 R$ 20,00 R$ 9,00
Valor Total R$ 1.408,68 R$ 861,00 R$ 804,00 R$ 200,00 R$ 517,32 R$ 3.791,00
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA
ORÇAMENTO TOTAL Sala de Estar/Jantar R$ 6.995,09 Cozinha/Área de Serviço R$ 4.995,09 Dormitório R$ 2.001,57 Mão de Obra R$ 3.791,00 Total R$ 17.782,75
Figuras 127 a 134: Fotos do Apartamento 23 Fonte: ÁVILA, 2019 180
181
PLANTA SITUAÇÃO ATUAL ESC 1:50
2,45
3,25
3,25
2,45
0,70x2,10
0,70x2,10
1,65
1,76
P2
P3
0,70x2,10
0,95
5,20
P4
1,76
3,70
como o varão da cortina, por falta de local para atender essa necessidade. Sua cozinha se encontra conflitante com a área de serviço, pois não houve uma separação dos serviços. A geladeira se encontra em frente ao tanque que está ao lado da maquina de lavar. Foi feita uma bancada entra a área de serviço e a cozinha, porém não tem uma funcionalidade e prejudica a circulação. A cozinha ainda conta com um cooktop na bancada, e um fogão de piso desativado, ocupando o espaço que já se encontra reduzido, além de outra bancada na direção contraria com duas cadeiras, o fato de não possuir armários na cozinha também é um apontamento. O banheiro foi recem reformado.
0,80x2,10
0,90
0,70
1,89
2,00
2,82
3,00
1,20
corre de um quarto a outro pelo corredor, a ser instalada ainda. O ambiente mais usado é o quarto de suas filhas, na qual possui uma bicama que se encontra sempre aberta, o que impede a circulação no quarto, um guarda-roupa convencional, mesinha e cadeira de brinquedos, e muitos brinquedos sem ter onde armazena-los. No quarto da mãe, a cama de casal convencional se encontra encostada na parede, o que não é funcional, e ela não possui guarda-roupa no quarto, apenas uma móvel baixo. Utiliza, ainda, os elementos do quarto para estender suas roupas,
P1
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO No apartamento 23 residem três pessoas - uma mãe solteira e duas filhas pequenas, uma de 04 e outra de 07 anos -. Elas se mudaram recentemente para a casa onde antes morava sua mãe. A sala possui apenas um sofá de dois lugares e uma mesa de quatro lugares. De acordo com a moradora, a sala é mais um ambiente de passagem do que de estar. O piso de toda a casa foi colocado recentemente, na sala e nos quartos é um piso laminado de cor capuccino e nas áreas molhadas uma cerâmica tradicional branca, ela possui uma porta de madeira maciça sob trilho que per182
Figura 135: Moodboard do Apartamento 23 Fonte: ÁVILA, 2019
183
PLANTAS TÉCNICAS Cama Solteiro Puff Conquista - Casas Bahia
PLANTA LAYOUT
Suporte Tv Tri-articulado - Magazine Luiza
Guarda Roupa Maderado Robel - Casas Bahia
ESC 1:50
Mesa Lateral Dax Amarela - Etna
Cômoda Aurora Geniaflex - Casas Bahia
Painél Slim- Artely
PLANTA HUMANIZADA ESC 1:50
Suporte para Planta - StudioFor 184
Mesa de Centro Mo- Luminária pendente delo Aline Brastubo - de fio 5 cabos - KRMadeiraMadeira BSHOP
Suporte e vaso para planta - Casamind Prateleiras Design Industria Coisas & Casas
185
PLANTA DE ACABAMENTO
PLANTA DE FORRO
ESC 1:50
ESC 1:50
3,19
3,19
3,19
2,39
3,19
3
1,76
2,39
2,39
1
0,39 1,90
0,19 2,72 1,90
3
4
2,05
3
2
0,36
1
1
2,80
2
1
1
3
3
2
3
2
3,50
0,10 1,66
3 4 1 1
5
1
1 3
2
1 3
0,39
5,10
1
1 1
1,55
1,65
1
0,29
1
3
3
0,10
1 2
2,39
1
1 2
1
1
1
1
5
2 3 4 5
186
187
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50 0,50
2,50
0,75
0,60
0,47 0,47
4
0,20
0,10
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 4
ESC 1:50 ESC 1:50
5
189 0,34 0,34
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 1 SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50
5 2,50 2,50
0,85
0,85
0,35
0,45 0,45
0,30 0,30
0,95 0,95
7
0,23 0,23 0,22 0,22 0,24 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22 0,22 0,22 0,22
0,86
0,85 0,85
0,85 0,85
1,20
9
1,65
1,25 1,25
0,31
0,86 0,86
2,50
1,00
2,50 2,50
2,50 2,50
2,50 2,50
0,75 0,75
2,10 2,10
1,20 1,20
2,10
2,50
1,00 1,00
0,35 0,35
0,11 0,11 0,29 0,29
0,11 0,29
ESC 1:50
0,45 0,45
0,23 0,23
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 0,68 0,68
1,65 1,65
0,47
0,31 0,31
S'1 S'2 S'3
45
188 2,50
0,75
6
2,40
3 0,95
2
2,50
7 0,30
S'4 S'5 S'6 S'7
0,23 0,22 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22 0,22
0,45
S'9
0,34
0,11 0,29
S'8
5
1,25
0,85
0,85
1
0,23
1,65
0,86
2,50
8
0,68
0,31
6
0,47
2,10
PLANTA DE ILUMINAÇÃO ELEVAÇÕES TÉCNICAS E HUMANIZADAS
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3
ESC 1:50 0,07
0,55
190 2,10
1,23
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 4 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 1 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50 ESC 1:50
191
2,50
2,10 2,50
2,50
1,55
2,50
2,50
0,88
0,88
0,95
0,88
1,10
0,39
0,50 1,58
0,75
0,55
0,40
0,39
0,52
0,38
0,40
0,40
0,60
0,55
0,07
0,45
0,45
0,45
0,68
2,50
2,33
1,25
0,34
0,45
1,40
0,20
0,20
0,50
0,75
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
1,40
0,20
0,55
2,10
2,50
2,50
2,33
0,75
0,75
2,50
2,50
0,95 2,40
2,50
0,55
1,20
1,10
0,60
0,55
1,10
2,50
2,50
0,23 0,22 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22 0,22 0,45 0,30 0,75
0,23
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50
0,37 0,12
1,62
1,62
1,40
0,50
2,50
0,75
0,10
ESC 1:50
0,92
0,20
0,20
2,40
2,50
0,10
0,07
ESC 1:50 0,55
0,40
0,10
1,00
0,10
0,10
0,35
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50
0,55
0,88
0,40
0,34
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2
0,55
2,50
2,33
1,25
0,23 0,22 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22 0,22
2,50
1,55
0,23
0,40
DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 1
0,45
1,23
0,45
0,45
1,62
0,68
2,10
SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVAÇÃO 3 / ESC SALA DE ESTAR/ JANTAR - ELEVA2 / ESC 1:50 1:50 ÇÃO 4 / ESC 1:50 DORMITÓRIO 1 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
0,45
0,95
0,30
2,50
2,50
0,75
1,20
1,00
0,35
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 1 / ESC 1:50 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 2 / ESC 1:50
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 3 / ESC 1:50 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 4 / ESC 1:50
192 0,83
0,83
0,80
0,85
0,92
0,85
1,76
2,50
0,70
1,76
2,50
2,50
2,50
0,60
0,70
0,32
1,65
1,18
0,74
1,60
0,49
0,78
0,22
0,22
0,47
0,41
0,29
0,49
0,78
1,60
0,29
0,07
2,50
0,47
0,70
1,65
1,18
0,15
0,07
2,50
0,60
0,70
0,83
0,83
0,80
0,07
0,07
0,85
0,92
0,85
0,15
0,74
0,22
0,22
0,41
0,32
DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 3 DORMITÓRIO 2 - ELEVAÇÃO 4 COZINHA - ELEVAÇÃO 1 COZINHA - ELEVAÇÃO 2
ESC 1:50 ESC 1:50 ESC 1:50 ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 COZINHA - ELEVAÇÃO 2 ESC 1:50
ESC 1:50
COZINHA - ELEVAÇÃO 3 ESC 1:50
193
0,85 0,85
0,92 0,92
0,83 0,83
0,83 0,83
0,80 0,80
1,62 1,55
0,70 0,70
2,50 2,50
0,60 0,60
0,95
0,88
0,40
0,38
0,40
0,22 0,22
0,22 0,22
0,41 0,41
0,32 0,32
0,39
0,40
1,58
0,50
0,52
0,49 0,49
1,60 1,60
0,29 0,29
0,78 0,78
1,65 1,65
0,47 0,47
1,18 1,18
2,50
0,88
2,10
2,50 2,50
2,50
2,50
0,70 0,70
0,07 0,07
0,95
0,50 1,58
2,10
0,37 0,12
1,62
2,50
0,15 0,15
2,10
0,07 0,07
0,55
0,92
0,37 0,12 1,62
1,23
0,85 0,85
0,55
0,55 0,92
2,10
0,40
0,52
0,38
0,40
PROPOSTA DO APARTAMENTO - 3D
DORMITÓRIO 2
SALA DE ESTAR/JANTAR
DORMITÓRIO 1
COZINHA / ÁREA DE SERVIÇO 194
195
PLANILHA DE ORÇAMENTO - CIVÍL E DECORAÇÃO
Cozinha/Área de Serviço
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Gabinete de cozinha
CRT Marcenaria
metro linear
3
R$ 1.200,00
R$ 3.600,00
Alteração e continuação da Bancada existente
MARMORARIA FRATELLI.
m²
0,7
R$ 350,00
R$ 245,00
Coisas & Casas
peça
1
R$ 339,00
R$ 339,00
Marcenaria
Sala de Estar/Jantar Porta De Madeira De Correr Mesa de Centro Conjunto 3 quadros natureza Suporte para Planta Tinta Suvinil Super Lavável Branco Neve Fita Led Branco Luminária pendente de fio Papel de Parede Zara Fendi Rose Gold Tinta Fosca Premium Suvinil Flamboyant Prateleira Tijuca Freijó Persiana Rolô
Descrição
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
Tipo Celeiro Modelo K 810 mm x 2130mm
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 390,00
R$ 390,00
Modelo Aline Brastubo, cor Ameixa Negra e Preto, dimensões 900mm x 600mm
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 145,71
R$ 145,71
-
Deposter
peça
1
R$ 119,90
R$ 119,90
3 Conjuntos de cachepo de piso
StudioFor
peça
1
R$ 190,00
R$ 190,00
Tinta para limpeza total,alta durabilidade e cobertura, bom rendimento, rende 350m²
Lojas Americanas
L
18
R$ 375,90
R$ 375,90
Cor Frio 5m Dupla Face 3528 12v 300 Leds
Lojas Americanas
peça
4
R$ 12,48
R$ 49,92
Fio Cabo Preto Pendente Lustre Industrial Retro, possuí 05 cabos 1,0 metros cada e bocal E-27
KRBSHOP
peça
1
R$ 125,00
R$ 125,00
Adesivo auto colante, tamanho de cada peça 2500mm x 580mm
Lojas Americanas
peça
4
R$ 37,90
R$ 151,60
Rende até 20m²
Coral
L
0,9
R$ 61,99
R$ 61,99
Prateleira 1800mm
Etna
peça
1
R$ 199,00
R$ 199,00
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Leroy Merlin
peça
1
R$ 117,90
R$ 117,90
TOTAL
Dormitórios Marcenaria
R$ 1.926,92
Descrição Guarda Roupa
Fornecedor/Marca
Unid. Medida
CRT Marcenaria
m²
Cabeceira e mesa de apoio
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
3,4
R$ 1.100,00
R$ 3.740,00
2,2
R$ 1.100,00
R$ 2.420,00
Cama Solteiro Puff Conquista
Tonalidade: Branco Tipo: Solteiro Para colchão de : 0,78 x 1,88m Estrutura: MDF Pintura: UV alto brilho
Casas Bahia
peça
2
R$ 319,99
R$ 639,98
Persiana Rolô
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Leroy Merlin
peça
2
R$ 117,90
R$ 235,80
-
Magazine Luiza
peça
1
R$ 49,90
R$ 49,90
Suporte até 40 polegas, Slim, branco. Dimensões: 1200mm x 900mm x 150mm
Artely/Lojas Marabraz
peça
1
R$ 136,80
R$ 136,80
-
Inove papéis
peça
4
R$ 15,66
R$ 62,64
A mesa lateral Dax é feita em aço carbono com pintura epóxi, possui tampo de MDF revestido com membrana de PVC e alça no tampo para facilitar a sua locomoção. Tampo com 400mm de diâmetro
Etna
peça
1
R$ 69,99
R$ 69,99
Casas Bahia
peça
1
R$ 399,00
R$ 399,00
Casas Bahia
peça
1
R$ 818,99
R$ 818,99
Cabeceira modelo Casal Painel Lara Belmax
MadeiraMadeira
peça
1
R$ 87,75
R$ 87,75
-
Lojas Americanas
peça
1
R$ 149,72
R$ 149,72
-
Lojas Americanas
peça
1
R$ 116,91
R$ 116,91
Suporte Tv Tri-articulado LCD Led Plasma 20 A 43 Pol Painel Para TV Papel de Parede Nuvens
Mesa Lateral Dax Amarela
Cômoda Guarda Roupa Cabeceira Madeira Conjunto Kit 4 Quadros Quadro Infantil Escandinavo Ursos Kit 4 Peças Total
Cômoda Aurora 4 Gavetas e 1 Porta - Genialflex BRANCO Móvel com 2 Portas 3 Gavetas Virtual 120 Maderado Robel Móveis
Bancada Granito Preto São Gabriel Prateleiras Design Industrial Forno Elétrico de Embutir Suporte e vaso para planta Persiana Rolô
Exclusiva Prateleiras Em Design Industrial com mão francesa, 1 metro de comprimento Forno 50 Litros Built - Preto
Lojas Americanas
peça
1
R$ 708,60
R$ 708,60
Conjunto 3 Vasos na parede, aço preto
CasaMind
peça
1
R$ 159,00
R$ 159,00
Tecido Poliéster Blackout Branca 1200mm x1600mm
Leroy Merlin
peça
1
R$ 117,90
Total
Total
Mão de Obra Gesseiro Pintor
Atividade Forro de Gesso - Sanca e Tabica Pintura de paredes
Unid. Medida m² m²
** ORÇAMENTO FORNECIDO POR SILAS EMPREITEIRA ORÇAMENTO TOTAL Sala de Estar/Jantar R$ 1.926,92 Cozinha/Área de Serviço R$ 5.169,50 Dormitórios R$ 8.927,48 Mão de Obra R$ 2.199,90 Total R$ 18.223,80
R$ 8.927,48
196
R$ 117,90 R$ 5.169,50
197
Quantidade 36,66 75
Valor Unitário R$ 39,00 R$ 9,00
Valor Total R$ 1.524,90 R$ 675,00 R$ 2.199,90
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Feitas as devidas exposições, é importante ressaltar que a Arquitetura de Interiores não pode ser aplicada se não houver uma base teórica de suporte para todas as questões e desafios, e é desse suporte que se encontra argumentos e justificativas consistentes para propor espaços que transforme a qualidade de vida dos usufruidores proporcionando o equilíbrio entre o conforto, a função, o belo e a salubridade. Foi evidenciado, neste trabalho, como a Arquitetura de Interiores para residências tem o poder de transformação social, mostrando o homem e seu espaço envolvidos em uma relação singular, e, desta forma, a importância da adequação do habitat humano para proporciona-lo qualidade de vida. Não obstante, a não-aplicação de uma Arquitetura de Interiores tem impactos negativos na relação entre o homem e seu habitat, com o poder de gerar drásticas consequências para àqueles que da habitação usufrui. Em síntese, a escolha dos apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU do Guarujá como projeto distingue-se dos demais projetos de interiores, pois este perfil de população não busca profissionais da área devido aos altos valores do mercado, além dos custos de uma reforma não serem sempre acessíveis. No entanto, são esses espaços que mais precisam de auxílio. Os tamanhos reduzidos acabam se tornando menores ainda pela má distribuição dos elementos que compõem suas casas, fazendo com que sobrem dimensões totalmente fora das normas estabelecidas por Panero e Zelnik (2008) ditas como mínimas para conforto, ergonomia e acessibilidade. A partir do levantamento e estudo de caso dos apartamentos e das famílias, é possível destacar que a vontade de realizar uma reforma, de mudança e de transformação, é um desejo comum de todas as famílias entrevistadas. É possível destacar também que, em sua maioria, há uma preocupação com os ambientes, sua composição visual, escolhas dos elementos decorativos, mobiliário e revestimentos. No entanto, ainda existem questões que só especialistas conseguiriam auxilia-los a aprimorar e otimizar os espaços, de modo que seja sob valores acessíveis e, ao mesmo tempo, funcional.
198
199
Outro ponto notado foi que mesmo sendo tipologias iguais, os arranjos das famílias influenciam diretamente na utilização dos espaços. Pode parecer óbvio como distribuir os móveis no espaço, pelo fato do espaço ser pequeno, mas mesmo sem um profissional para solucionar os problemas, existe uma diversidade nas distribuição dos móveis, raramente corretas, ou seja, nota-se que os móveis nem sempre são compatíveis com os espaços, causando problemas corriqueiros como a obstrução de caminhos, porém mantidos por falta de opção. São espaços que pecam, ora pelo excesso ora pela falta e nunca atingindo um equilíbrio, é por estes e outros fatos mencionados que existe a real necessidade do Arquiteto de Interiores. Sendo assim, com a etapa de levantamentos e diagnósticos das unidades concluida foi possível realizar soluções para cada perfil de família dentro de sua situação socioeconômica, transformando seu habitat e desmistificando prejulgamentos sofridos por esta área. Com uma mesma tipologia foi possivel criar 6 ambientes completamente desiguais, com layout diferente e orçamentos diferentes. Para o orçamento da obra foi considerado 30% da renda mensal de cada família durante 24 meses. Com isso é possível fazer todo um âmparo geral do que vai ser gasto e se a família poderá pagar, mas com um consentimento de que é um projeto que será executado a longo prazo, junto a isso ainda será necessário um cronograma das etapas da obra de acordo com o orçamento para que ocorra tudo de maneira planejada e encaminhe para sua conclusão.
200
201
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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