Elisa Catalini e Victoria Pondaco Winandy

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BUDISMO

ELISA CATALINI E VICTORIA PONDACO

1º edição


ÍNDICE 2: ORIGENS 3-4: MOSTEIROS 5-6: PRÁTICAS MEDITATIVAS 7-8: MEDITAÇÃO 9-10: NIRVANA 11-12: MANDALAS 13-14: SAMSARA 15-16: NAMASTÊ


O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico, originário da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama, também conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo. O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características próprias em cada região.

Origens

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MOSTEIROS Na origem, os monges eram, por definição, sem domicílio fixo. Pode-se ainda ver, na Índia, esses ascetas nus, vestidos unicamente com a poeira do caminho, que perpetuam uma tradição milenar.

Os monges budista s da tradição dos Anciãos, os bhikshu (literalmente: mendigos) do Sri Lanka, Camboja, Tailândia e Laos caminham muito para pedir esmola e, ao anoitecer, se retiram para suas pequenas cabanas. Com freqüência, fizeram construir grandes templos, mas suas vihâra (agrupamentos de vivendas) foram sempre muito simples.

Trata-se de pequenos abrigos de dois metros quadrados, construídos com material leve sobre estacas e dispostos de forma aleatória 3 considerando as árvores.


Portanto, os mosteiros não têm uma estrutura particular. Quem for nele admitido deve, de imediato, reconhecer o clima monástico: sobriedade, limpeza, harmonia, integração respeitosa com a natureza e um profundo silêncio interior. Além disso, não há muito que falar aqui, pois a arquitetura é reduzida ao mínimo necessário.

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Práticas Meditativas Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a ideia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações. A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito 5 caminhos a percorrer:


compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção ao presente meditação. atenção ao presente meditação.

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M E D I T A Ç Ã O

-Mantenha as costas eretas - Alinhas pescoço e cabeça com a coluna - Mantenha os olhos semi-abertos, focalizados a uns dois metros à sua frente - Comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos - Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração. - Solte-se quanto a tudo mais. - Abandone-se inteiramente - Relaxe os músculos, inclusive os do rosto

SORRIA!

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MED


- Pouse sua mão esquerda com a palma voltada para cima sobre a palma da mão direita. -Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas. -Solte-se todo como as plantas aquáticas que flutuam na corrente, enquanto sob a superfície das águas o leito do rio permanece imóvel. Não se prenda a nada a não ser à respiração e ao leve sorriso. - Respire e observe sua respiração observar e soltar, observar a respiração e soltar tudo mais.

DIT E

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No Budismo, o significado de Nirvana é o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual. O termo tem origem no sânscrito, podendo ser traduzido por “cessação do sofrimento”. É uma renúncia ao apego material que não eleva o espírito e apenas traz sofrimento. Através da meditação se consegue percorrer os passos fundamentais para chegar ao nirvana, considerado como a última etapa a alcançar pelos praticantes da religião. Nirvana é utilizado num sentido mais geral para designar alguém que está num estado de plenitude e paz interior, sem se deixar afetar por influências externas. Também se emprega com o sentido de aniquilamento de certos traços negativos da própria personalidade, porque a pessoa consegue se livrar de tormentos como orgulho, ódio, inveja ou egoísmo, sentimentos que afligem o ser humano impedindo-o de viver em paz.

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MANDALAS


Mandala significa círculo em palavra sânscrito. Também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia. Em rigor, mandalas são diagramas geométricos rituais: alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento (mantra). A sua antiguidade remonta pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês). Durante muito tempo, a mandala foi usada como expressão artística e religiosa, através de pinturas rupestres, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas thangkas tibetanas, nos rituais de cura e arte indígenas e na arte sacra de vários séculos. No budismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio de uma divindade. Geralmente, as mandalas são pintadas como thangkas e representadas em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Quando a mandala é feita com areia, logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem.

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A roda do Samsara engloba seis caminhos diferentes, definidos a partir do karma.

Deva: primeiro caminho divino, às vezes referidos como

existências semelhantes aos Deuses, Devas são o estágio mais sublime do Samsara, reservado aos de karma positivo. Mesmo com poderes e conhecimentos divinos, ainda estão sujeitos à reincarnação e males dos seres humanos, como orgulho, luxúria, ira, e etc. Um dos dois caminhos divinos, representando o lado positivo.

Asura: o segundo caminho divino, representa o extremo

oposto de um Deva, o lado ruim. Pessoas que eram ciumentas, furiosas e sanguinárias tendem a renascer como Asuras, o caminho demoníaco. Assim como os Devas, têm habilidades extraordinárias e também estão sujeitos ao karma e à reincarnação.

Manusya: Baseia-se no orgulho, paixão, desejo e dúvida, e é tido como o caminho mais propício para alcançar o nirvana, já que podem obter as informações necessárias para tal, sem que os fortes desejos carnais e obsessões dos caminhos elevados interfiram nesse processo. um estágio para o equilíbrio do karma.

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Animal: crê-se que existem pessoas que renascem como

animais, devido ao estado de ignorância, domínio do instinto, sobrevivência do mais apto e servidão aos humanos que essas pessoas se encontravam em suas vidas anteriores.

Preta: o caminho dos fantasmas famintos. Caminho baseado na forte possessividade e desejo em vidas anteriores, são criaturas humanoides, pálidas e magras, justamente por estarem sempre famintos e sedentos, porém são incapazes de saciar a perpétua fome e sede que sentem.

Naraka: o mais próximo do Inferno do Budismo. Todos

que são mandados para o caminho Naraka só ficam lá até equilibrarem seu karma, podendo assim renascer (o que mostra que o Naraka não mantém ninguém preso eternamente). São Oito Narakas Gelados e Oito Narakas Quentes, e cada um deles é um estágio para o equilíbrio do karma.

SAMSARA 14


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NAMASTÊ! 16


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