2020 Arquitetura Sensorial: Centro para Deficientes Visuais.
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A Importância do Pensar Arquitetônico para o Deficiente Visual Victor Mazaroski
Ribeirão Preto - 2020
A Importância do Pensar Arquitetônico para o Deficiente Visual. Arquitetura Sensorial: Centro para Deficentes
Victor Henrique de Barros Mazaroski
Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Maria Lidia.
Ribeirão Preto - 2020
Dedico
este trabalho primordialmente à minha avó, incentivadora, inspiradora e responsável pela oportunidade que me concedeu. sem ela, nada disso seria possível. agradeço não somente pelo suporte diário, mas por acreditar em mim e me permitir vivenciar esse momento. e posteriormente, dedico também aos deficientes visuais, que enfrentam diariamente incontáveis dificuldades pela precária assistência que recebem. espero que esse trabalho conscientize atuais e futuros profissionais da área.
Agradeรงo
Este trabalho, à frente as três mulheres, Carmen, Luciana e Nathalia, que me inspiram em vida, e não poderia ser diferente neste processo, obrigado por todo apoio, paciência e amor.
Às amizades proporcionadas pela faculdade, Ingrid e Tricia, por todo aprendizado, troca de saberes, noites em claro e especilamente ao Afonso, que está nesta trajetória comigo desde o início, obrigado por todo o companherismo. À minha orientadora Maria Lídia Guimarães, por enriquecer imensamente este trabalho através do seu saber e clareza passados a mim a cada orientação. A todos que de perto
direta ou essa
indiretamente, trajetória
acompanharam indescrítivel.
Resumo
O presente trabalhao final de graduação de curso de Arquitetura e Urbanismo aborda o tema voltado ao deficiente visual, onde será apresentado um projeto arquitetônico na cidade de Ribeirão Preto/SP. Um centro destinado para a inserção do deficente visual na sociedade, estabelecendo uma correlação entre o espaço projetado e seus usuários. Incorporando uma arquitetura inclusiva e sensorial que estimulam os sentidos para a assistência e o progresso do invisual. Palavras chaves: Inclusão, arquitetura sensorial, deficiente visual.
Abstract
The present final work of undergraduate course in Architecture and Urbanism addresses the issue of the visually impaired, where an architectural project will be presented in the city of RibeirĂŁo Preto/SP. A center designed for the insertion of the visually impaired in society, establishing a correlation between the projected space and its users. Incorporating an inclusive and sensorial architecture that stimulate the senses to assist and progress the blind. Keywords: Inclusion, sensory architecture, visually impaired.
A sociedade e o Deficiente Visual
A Importância do Pensar Arquitetô nico para o Deficiente Visual
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Sumário
Análises: Leituras Projetuais Identificação e Caracterização da Área de Intervenção
P r o j e t o
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Introdução O presente trabalho visa desenvolver um anteprojeto de um Centro de Habilitação e Reabilitação para deficientes visuais. A partir de qual momento a arquitetura se faz necessária em suas vidas e como podemos trabalhá-la para se tornar um agente facilitador para o deficiente visual em suas atividades. O projeto será guiado através das normas de acessibilidade e das maneiras distintas de contribuição que a arquitetura nos possibilita, sendo esta pensada de forma sensorial. São recorrentes as dificuldades que o deficiente encontra diariamente na sua mobilidade, diante da falta do cumprimento de normas já estabelecidas, a carência dos recursos que facilitam sua locomoção, interação social e atividade diárias particulares. No Brasil presenciamos cotidianamente calçadas ruins, com buracos e raízes de árvores que acabam quebrando o piso, obstáculos para os deficientes, não só visuais, mas para quem tem mobilidade
reduzida ou fazem uso de cadeira de rodas. Alguns lugares carecem de acessibilidade, dificultando ainda mais a rotina do deficiente visual, fazendo-o depender de terceiros, como por exemplos em lojas que não possuem etiquetas em braile e acabam dependendo dos vendedores. Sabemos da importância da arquitetura na vida dessas pessoas, portanto será proposto um centro baseado no conceito de arquitetura sensorial, de maneira que facilite a distinção do espaço pelo cego, oferecendo espaços com maior qualidade de vida, além de estimular o deficiente visual a desenvolver os demais sentidos. Um dos primeiros procedimentos metodológicos adotados neste trabalho consiste na pesquisa bibliográfica e projetual. A primeira irá se pautar na revisão da literatura a respeito de um centro cultural que irá considerar fenomenologia para deficientes visuais, normas de acessibilidade, arquitetura sensorial e a percepção espacial do cego.
Imagem 01: Arte mãos + olhos [disponível em: https://cdn.domtotal.com/img/noticiaMarcos/637_18169. jpg]. Acessado em 12 de novembro de 2020.
15 Já as leituras projetuais selecionam quatro diferentes projetos que de alguma maneira se relacionam com um centro de habilitação para deficientes visuais, estes que buscam a inovação com soluções inclusivas e sensoriais, cujas soluções são semelhantes ao que se pretende implantar no projeto a ser desenvolvido. Estes são: Centro para Cegos e Deficientes Visuais na Cidade do México, Pinacoteca de São Paulo e Centro de Habilitação e Reabilitação para Cegos. Posteriormente, escolheu-se um terreno na cidade de Ribeirão Preto que comporta o programa para um centro de habilitação e reabilitação para deficientes visuais com a finalidade de desenvolver um projeto fictício que contemple as características teóricas estudadas na revisão bibliográfica e projetual realizadas.
O primeiro capítulo abordará um assunto mais voltado para a visão, desde como ela se comporta no espectro da visão até algumas doenças que podem causar total ou parcialmente a cegueira. Abordará tambem algumas instituições que assistem os deficientes e os instrumentos auxiliadores para os mesmos. O capitulo dois retrata de um assunto mais técnico: a norma de acessbiliade NBR - 9050, especificamente sobre o deficiente visual, instruindo devidamente o uso, por exemplo, do piso tátil, mapa tátil, altura de corrimão para rampas e escadas, entre outros. Neste capítulo inicia-se a abordagem do tema ‘arquitetura sensorial’ e todo seu desenvolvimento e compreensão. O terceiro capitulo desenvolve-se com as análises projetuais, fomentando os estudos para possíveis referências do projeto, com itens a serem considerados.
O quarto capitulo deste trabalho
procederá sobre a caracterização da área escolhida, analisando como ela se comporta, com base nos mapas realizados, legislações, entre outros. O capítulo final comporta a parte de projeto arquitetônico fundamentado nas caracteristicas teóricas estudadas durante os capítulos que o antecedem.
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01
A Sociedade e o Deficiente Visual I. Dados sobre a deficiência visual. II. Instrumentos e instituiçþes para os deficientes visuais.
A Sociedade e o Deficiente Visual O campo da visão contém diversas possibilidades, porém seus extremos vão da cegueira total até a visão perfeita. Dentro da área considerada deficiência visual, o espectro varia entre a cegueira total e a visão subnormal ou baixa visão. A baixa visão é caracterizada pela capacidade não total das funções da visão, podendo ser esta, uma ampla redução no campo visual, diminuição da acuidade visual e limitação de outras capacidades. Em outras palavras, uma pessoa portadora de baixa visão não consegue enxergar com nitidez os dedos da mão numa distância de 3 metros a luz do dia e contá-los. De acordo GIL [2000?] algumas disfunções da visão são: miopia, hipermetropia, astigmatismo, estrabismo, entre outras. Neste âmbito da visão há a possibilidade de correção da mesma a partir de lentes, óculos, lupas. Há duas maneiras de uma pessoa ser deficiente visual, sendo adquirida ao longo da vida, por exemplo, um
acidente ou ser congênita, desde o nascimento. Indivíduos que perderam a visão possuem memórias visuais, fator determinante para sua reabilitação. Algumas das causas mais comuns relacionadas à cegueira ou baixa visão são: Retinopatia de prematuridade, catarata congênita, glaucoma congênito, degenerações retinianas e alterações visuais corticais. Doenças como diabetes e deslocamento da retina podem causar a cegueira ou visão subnormal. Segundo à Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, estima-se que 26 mil crianças brasileiras são cegas por doenças oculares, mas que poderiam ser evitadas ou tratadas precocemente. A prevenção da cegueira das crianças pode ser feita através do teste do reflexo vermelho ou Teste do Olhinho (como é conhecido popularmente), devendo ser realizado ainda na maternidade em todos os bebês recém-nascidos. O teste é capaz de identificar doenças já ditas anteriormente, como sendo algumas
21 das causas mais comum da cegueira, a catarata congênita, o glaucoma congênito e qualquer patologia congênita que pode afetar no desenvolvimento da visão do recém-nascido. Tais problemas na visão de crianças afetam na vida cotidiana, acarretando em problemas diários, no aprendizado, autoestima e da sua inserção social, consciente disso, o Centro contará ‘atividades da vida diária’ (AVD). O Programa de Atividades da Vida Diária é uma preparação para a vida, capacita para o prazer da autossuficiência, liberta da ajuda e da proteção excessivas e motiva para o crescimento pessoal, por meio de atitudes e valores positivos. A deficiência visual dificulta a capacidade da pessoa se deslocar e se orientar no espaço, em segurança e com independência. Quando criança, fase em que se desenvolve a socialização, isso acaba sendo prejudicado, causando uma não socialização da criança, gerando problemas na sua aprendizagem. O
amadurecimento da orientação é parte essencial no aprendizado da criança, começando em casa e dando continuidade na escola com o profissional especializado. Em programas de orientação e mobilidade, existem técnicas ensinadas para usar os sentidos (tato, audição e olfato) na movimentação do cego, permitindo assim a mobilidade do deficiente visual com segurança. A cegueira e baixa visão em idosos e adultos normalmente são decorrentes de erros retroativos, sendo eles a miopia (23 - 74 milhões de brasileiros têm), a hipermetropia (estimativa de 71 milhões de brasileiros) e a presbiopia (aproximadamente 39 milhões de brasileiros). Outras causas de cegueira nessa parte da população brasileira é a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética, a retinose pigmentar e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
Imagem 02: Visão normal // visão com glaucoma. [Disponível em: https://oftalmocentrouberaba.com.br/blog/exame-de-rotina-uma-historia-real/] Acessado em 13 de novembro de 2020.
Glaucoma: É uma doença que atinge o nervo óptico, responsável por levar os impulsos nervosos para o cérebro.
“A cegueira tem relação com a idade, por isso é mais comum em idosos, sendo 15 a 30 vezes mais comum em pessoas com mais de 80 anos. De acordo com o IBGE (2010) não é possível informar com segurança a prevalência da deficiência visual no Brasil por conta da escassez de dados da população em regiões do país. Entretanto é possível utilizar as estatísticas mundiais que mostram que o nível de desenvolvimento socioeconômico está diretamente relacionado com as condições da saúde ocular.” (OTTAIANO J. A. A. et al, 2019, p.44).
Entre acometimento
as
doenças podemos
de
maior citar:
Imagem 03: Visão normal // visão com catarata. [Disponível em: http://www.iofran.com.br/servicos.html] Acessado em 13 de novembro de 2020.
Imagem 04: Visão normal // visão com retinopatia diabética. [Disponível em: http://www.diabetescenter.com.br/portaldiabetes/complicacoes-retinopatia-diabetica/] Acessado em 13 de novembro de 2020.
23 Catarata: Uma lesão que ocorre no cristalino do olho, deixando-o opaco, tendo como principal causa o envelhecimento.
Retinopatia Diabética: Quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos oculares.
Imagem 05: Visão com retinose pigmentar. [Disponível em: https://holhosvelloso.com.br/noticias/2019/08/02/ retinose-pigmentar] Acessado em 13 de novembro de 2020.
“De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, em 2017, 12,5 milhões de brasileiros eram diabéticos. Cerca de 50% dos portadores de diabetes irão desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida. O paciente diabético possui 30 vezes mais chances de tornar-se cego do que um paciente não diabético.” (OTTAIANO J. A. A. et al, 2019, p.52).
Retinose Pigmentar: É a degeneração progressiva da retina. Sendo uma doença hereditária e rara.
Imagem 06: Visão normal // visão com DMRI. [Disponível em: http://www.iobbauru.com.br/degeneracao-da-macula-relacionada-a-idade-dmri/] Acessado em 13 de novembro de 2020.
25 Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): É uma mancha que afeta a área central da retina.
“Com base em dados de outros países, sugere-se uma prevalência de DMRI no Brasil estima-se que 4% das cegueiras têm como causa a DMRI. Estimativas com base na projeção populacional (IBGE), apontam que em 2030 teremos 887.776 pacientes com DMRI.” (OTTAIANO J. A. A. et al, 2019, p.53).
Imagem 07: Dados deficientes no Brasil. [https:// casadaptada.com.br/2015/06/cdh-aprova-estatuto-da-pessoa-com-deficiencia-que-agora-vai-plenario/brasil/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
De acordo com Vision 2020 e World Report on Disability 2010, 90% dos casos de cegueira mundial ocorrem em países emergentes e subdesenvolvidos, estimando que o número de pessoas com deficiência visual dobre até 2020. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas são cegas no mundo e 217 milhões têm baixa visão. Além de apontar que se houvesse mais ações efetivas de prevenção e tratamento, reduziria em 80% os casos de cegueira ou baixa visão. Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, estima-se que 6,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de problema na visão. Dentre esses 6,5 milhões, 528.624 são cegos e 6.056.654 possuem baixa visão, além de outros 29 milhões de brasileiros declararam possuir alguma dificuldade para enxergar, mesmo utilizando óculos ou lentes.
Imagem 08: Tabela def. visual por região. [Disponível em: https://louisbraille.org.br/portal/2020/04/13/ estatisticas-sobre-deficiencia-visual-no-brasil-e-no-mundo/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 09: Dados def. visuais São Paulo capital. [https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/cadastro_inclusao/dados_censoibge/ index.php?p=43402] Acessado em 16 de novembro de 2020.
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Pessoa c/ Deficiência Visual por Região Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Total 574.823 2.192.455 443.357 2.508.587 866.086
% População Local 3.6 4.1 3.1 3.2 3.2
Conforme dados do Censo 2010 do IBGE, vivem em São Paulo 3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o equivalente a 7,29% de toda a população do Estado. A maioria delas são pessoas com algum tipo de deficiência visual (40%) e 28,79% são pessoas com deficiência motora. Pessoas com deficiência mental/intelectual e auditiva representam 16,72% e 14,49%, respectivamente. Na cidade de São Paulo, aproximadamente 810.080 pessoas possuem algum tipo de deficiência, dentre elas, 345.478 são visuais, totalizando 42% dos deficientes do Estado, seguido por deficiência motora (27%), intelectual (16%) e auditiva (15%).
“De acordo com dados do IBGE em 2015, a população Ribeirão Pretana registra 666.323 habitantes, sendo 2.030 pessoas não enxergam e 12.965 pessoas possuem alguma dificuldade visual.” (retirado o Plano o Plano de Trabalho ADEVIRP 2020 EDUCAÇÃO - p. 03, tópico ‘6. Análise Diagnóstica o Território’.) - Documento encontrado na aba ‘transparência’ no site da instituição ADEVIRP - Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto.
Instituições Para Deficientes Visuais O Brasil conta com instituições que assistem cegos e deficientes visuais em todos os Estados e Distrito Federal, dentre todas, algumas serão abordadas neste trabalho, a seguir.
Imagem 10: Instituto Benjamim Constant. [https:// exaluibc.org.br/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
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Instituto Benjamin Constant - IBC
No Brasil, a educação de pessoas cegas tem como marco inicial a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, no Rio de Janeiro, com iniciativa de José Álvares de Azevedo, cego de nascença. Da autorização de criação à inauguração da escola passaram-se quatro anos. Foi inaugurada no dia
17 de setembro de 1854, a instituição pioneira na educação especial da América Latina. Dez anos depois, com a transferência do Instituto e a chegada da República, a escola passou a se chamar Instituto dos Meninos Cegos e, pouco tempo depois, Instituto Nacional dos Cegos. O aumento do número de alunos exigiu novas instalações e para atender à alta demanda, foi idealizado e construído a sede atual. Hoje chamado de Instituto Benjamin Constant (I.B.C.), em homenagem ao professor e administrador da instituição por 20 anos. Segundo o Instituto Benjamin Constant, atualmente a escola tornouse um centro de referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual, onde capacita profissionais e também assiste às instituições públicas e privadas nessa área, além de reabilitar pessoas que perderam ou estão em processo de perda da visão. O instituto também presta serviços de atendimento médico à população,
por meio de programas de residência médica, realizando consultas, exames e cirurgias oftalmológicas. Hoje, além das obras didáticas e das revistas que imprime e distribui para as pessoas cegas e instituições similares pelo Brasil, a Imprensa Braille, dentro do possível, presta serviços de transcrição junto às escolas onde há pessoas cegas matriculadas, sobretudo para a realização de testes e provas. Além das disciplinas da grade curricular, o Instituto trabalha com seus alunos atividades específicas nas áreas de orientação e mobilidade, assinatura do nome para os alunos cegos, educação visual, utilização de recursos especiais, atividades da vida diária, utilização de computadores e preparação para o trabalho. Como exemplo mais recente, o Instituto dispôs de uma Oficina de Áudio Descrição, onde o objetivo foi sensibilizar a importância da audiodescrição e despertar o interesse para os cursos
de formação na área, como os de áudio-descritores e de consultores.
Imagem 11: Instituto para Cegos Padre Chico. [https:// comandonoticia.com.br/conheca-o-instituto-de-cegos-padre-chico/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
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Instituto de Cegos Padre Chico
Segundo o próprio site, o Instituto nasceu da generosidade dos corações paulistas em 07 de setembro de 1927, a partir de um apelo do Dr. José Pereira Gomes, médico oftalmologista, em uma reunião de comemoração à Semana Oftalmo-Neurológica da Sociedade de Medicina e Cirurgia em São Paulo, para que se construísse uma escola para cegos em São Paulo. O médico notou que os cegos não possuíam qualquer tipo de assistência e que o número de deficientes aumentava gradativamente.
Foi então construído em 27 de maio de 1928 no bairro Ipiranga, na cidade de São Paulo. Desde então, gerações de Filhas da Caridade se sucederam e se esforçam diariamente para que os alunos desenvolvam sua autonomia e contribuam na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, contemplando integralmente a Educação Inclusiva entre pessoas com baixa visão e pessoas sem deficiências. Com a intenção primordial de preparar e integrar a criança à sociedade, torna-se necessário o ensino fundamental na escola regular. O Instituto oferece aulas de mobilidade, atendimento clínico, orientação, educação física, arte, biblioteca e etc. Dispõe o Ensino Fundamental I e II, além dos seus cursos extras como a datilografia, Braile, violão, etc.
Imagem 12: Fachada Fundação Dorina Nowill. [https:// www.fundacaodorina.org.br/blog/fundacao-dorina-aniversario/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Fundação Dorina Nowill Após breve análise destas duas instituições voltadas para o atendimento ao deficiente visual, será feito um estudo de caso sobre a Fundação Dorina Nowill. Estudo esse, que será mais aprofundado para que seja possível entender mais e quais são as atividades que são desenvolvidos para com os deficientes visuais, levando em consideração utilizá-las neste trabalho.
Ficha Técnica: Localização: Rua Drº Diogo de Faria, 558 - Vila Clementino - São Paulo/SP. Arquitetura: Reforma Realizada em 1996. Fundadora: Dorina de Gouvêa Nowill. Fundação: 1946.
33 A Fundação Dorina Nowill é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, a qual busca facilitar a inclusão social da criança, do jovem e do adulto cego ou com baixa visão por meio de serviços especializados e gratuitos. Instituída em 1946 com o nome de Fundação para o Livro do Cego no Brasil. Em 1991 a instituição passa a ter o nome de sua criadora, tornando-se Fundação Dorina Nowill. Segundo a própria instituição “Há mais de 70 anos, temos nos dedicado à inclusão social de pessoas com deficiência visual. Uma das formas como fazemos isso é por meio da produção e distribuição gratuita de livros em braile, falados e digitais acessíveis, diretamente para o público e também para cerca de 3000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil... ” Porém nada disso é feito somente pela entidade, eles recebem ajuda de voluntários,
patrocinadores, doações e amigos. A fundação divide em três âmbitos diferentes os seus serviços de ajuda ao cego e portador de baixa visão, sendo eles: Soluções em acessibilidade, Projetos e Serviços de apoio à inclusão.
Imagem 13: Braille Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Soluções em Acessibilidade
A Fundação Dorina conta com uma das maiores gráficas braille do mundo, com capacidade de produzir até 450 mil páginas por dia. Somos especializados na produção de livros didáticos e literários, além de cardápios, catálogos, cartões de visita, contas de consumo, entre outros produtos sob medida para cada perfil de cliente. O formato fonte ampliada consiste na diagramação, adaptação e impressão de conteúdo em letras grandes e com alto contraste para que ele se torne acessível para pessoas com baixa visão. Já o tinta-braille junta os dois recursos citados acima sendo um dos modelos mais acessíveis do nosso portfólio, garantindo que pessoas cegas, com baixa visão, disléxicos e também videntes utilizem o mesmo material.
Imagem 14: Áudio Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 15: Digital Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
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Somos referência na produção de audiolivros no formato MP3 e WAV para oferecer mais uma opção de leitura a variados perfis de a
consumidores. gravação
como
de
bulas,
Além
disso,
materiais
contratos
e
fazemos
impressos
–
relatórios
–
para a versão gravada em voz humana. Outro
importante
portfólio
é
recurso
a
do
nosso
audiodescrição,
que
pode ser gravada ou feita ao vivo. A audiodescrição traduz imagens em palavras,
O ePub3 é o que há de mais inovador no mundo dos livros digitais e foi adotado recentemente pelo Ministério da Educação como um dos formatos de livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Esse formato traz opções de layout e navegação que o tornam muito mais intuitivo e acessível. Ainda no campo digital, produzimos audiolivros com voz sintetizada, alternativa bastante utilizada por pessoas que desejam ler livros que ainda não ganharam versão narrada por voz humana.
permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão
consigam
audiovisuais, peças
de
tradução de
filmes,
e
também
em
Sinais)
inclusão
como
teatro
Oferecemos
compreender
de
e
fotografias,
eventos os
LIBRAS
e
em
geral.
serviços
(Língua
legendagem
surdos
conteúdos
de
Brasileira para
pessoas
a com
alterações de audição, voz e linguagem.
Oferecemos ainda o formato DAISY, mundialmente reconhecido como um dos principais recursos de acessibilidade para pessoas cegas ou com baixa visão. Além disso, produzimos arquivos linearizados (salvos em extensão .docx) que podem ser utilizados para produção de braille, DAISY e ePub3.
Imagem 16: Capacitação Customizada Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Oferecemos cursos, sensibilizações e palestras com foco na acessibilidade atitudinal, voltada à desconstrução de preconceitos e ações de convivência com pessoas com deficiência no dia a dia. Também realizamos workshops de audiodescrição, noções básicas de braille e comunicação acessível sob medida para empresas que desejam capacitar seu quadro de colaboradores.
Imagem 17 : Acessibilidade Web Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Construímos ou adequamos o seu site para que ele seja acessível a qualquer cliente e atenda às exigências da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). A internet deve ser para todos!
Imagem 18: Consultoria Arquitetônica Fundação Dorina Nowill. [https://www.fundacaodorina.org.br/solucoes/#contato] Acessado em 16 de novembro de 2020.
capitulo 01
Oferecemos consultoria especializada, laudos, avaliação e orientação para adaptações e projetos de sinalização: piso tátil, mapa tátil e placas em braille.
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Imagem 19: Logo Brincar sem Fronteiras. [https://www.fundacaodorina.org.br/brincar-sem-fronteiras/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 20: Logo Dorinateca. [http://www.dorinateca.org.br/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Projetos
Dorinateca:
Criada em 2015, desenvolvida por Eduardo Perez e Pedro Milliet, a Dorinateca é uma biblioteca digital inclusiva, disposta de um acervo de livros tanto em braile, quanto em áudio.
Na área de projetos, a fundação conta com quatro, sendo eles:
Brincar Sem Fronteiras: coleção de jogos recreativos e inclusivos Um projeto desenvolvido pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD), este projeto viabiliza a inclusão de crianças deficientes ou não, através de brincadeira e jogos distribuídos em kits, em seus aprendizados escolares, desenvolvendo seus pontos afetivos, culturais, cognitivos e sociais.
Imagem 21: Logo Trocando Saberes. [http://trocandosaberes.com.br/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 22: Logo Rede de Leitura Inclusiva. [https://novo.redeleiturainclusiva.org. br/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
39 Trocando Saberes:
Em parceria com o Instituto Helena Florisbal - IHF, esse projeto tem como objetivo levar as informações sobre a deficiência visual para o maior número de pessoas possível, podendo ser professores, famílias, etc.
Rede de Leitura Inclusiva: A Rede de Leitura Inclusiva é um projeto feito pela Fundação Dorina Nowill para cegos objetivando o acesso à leitura e à informação para pessoas com deficiência, além de fornecer livros acessíveis, engajar os profissionais que atuam como intermediáriWos da leitura para que este público também seja contemplado em suas atividades, alcançando o país todo.
Serviços de apoio à inclusão: Na área de serviços de apoio à inclusão nos deparamos com cinco feitos pela Fundação, eles são: Acesso à Autonomia, Acesso à Cultura e à Informação, Acesso ao Trabalho, Acesso à Educação, e Curso e Palestras.
possível, são oferecidos materiais acessíveis às suas condições de leitura e escrita, possibilitando a integração com a sociedade e de proporcionarem um futuro mais independente. Por consequência disso, a Fundação acabou se responsabilizando pela produção e distribuição de livros e revistas acessíveis por todo território nacional.
Acesso à Autonomia:
Acesso ao trabalho:
Perante a deficiência visual, existem diversas transformações na vida de uma pessoa e de todos que são próximos dele. Informações, esclarecimentos e atendimento adequados permitem a identificação e o desenvolvimento das capacidades de cada um, assim como a criação de condições para que elas possam se aperfeiçoar. Tudo isso é importante para a inclusão social e a autonomia da pessoa com deficiência visual.
Acesso à Cultura e à Informação:
Para
que
este
acesso
seja
A Fundação capacita o deficiente visual para o mercado de trabalho abordando alguns temas como cidadania, empreendedorismo, protagonismo, etc. através de:
Acesso à Educação: Toda criança tem o direito de aprender, portanto para a criança cega o aprendizado do alfabeto em braile é indispensável para o seu desenvolvimento, isso garante um sistema de comunicação que favoreça os processos educacionais,
41 profissionais e de lazer, por essa razão o acesso a livros didáticos, de literatura e infantis acessíveis é essencial. Por isso a Fundação é responsável também por produzir parte desse conteúdo com extrema qualidade. O Daisy (Digital Accessible Information System) é outra forma de entregar esse material didático para os alunos deficientes, ele consiste em acessar o material escrito e ouvi-lo.
Cursos e Palestras: A Instituição visa disseminar o conhecimento para o deficiente visual, para isso, eles irão criar cursos e palestras, estes que estão em fase de desenvolvimento até o momento deste trabalho.
Imagem 23: Escrita Braile. [https://canaldoensino. com.br/blog/wp-content/uploads/2013/01/leitura_em_ Braille.jpg] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Instrumentos Auxiliadores para o Deficiente Visual.
Braile
Existem alguns instrumentos que auxiliam os deficientes visuais e os cegos em tarefas do cotidiano.
Sistema que permite aos cegos ler e escrever. De acordo com Da Redação (2016) o método recebeu esse nome em homenagem a seu inventor, o francês Louis Braille. O sistema braile, ou sistema de Braille, é um código de 63 padrões de pontos, chamados caracteres, onde cada um deles representa uma letra, uma combinação de letras, uma
Imagem 24: Alfabeto Braile. [https://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-alfabeto-de-braille-image10243391] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 25: Reglete Positiva. [https://www.abioptica. com.br/novo-instrumento-reduz-tempo-de-aprendizado-de-braile/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
43 palavra comum ou um sinal gramatical. O braile é composto numa ordem de seis pontos, sendo duas colunas e três linhas, denominados de cela braile. Cada letra é formada por uma combinação entre números, por exemplo, a letra “b” preenche-se os números 1 e 2.
Reglete
É um dos primeiros instrumentos criados para a escrita braile, sempre acompanhada da punção. Com a reglete, a escrita é feita da direita para a esquerda, porque as palavras são lidas pelo relevo que é formado ao se afundar a punção no papel. Ou seja, primeiro se escreve a letra (se faz o relevo), depois se vira o papel para que o relevo possa ser sentido/lido.
Imagem 26: Sorobã. [https://i.ytimg.com/vi/wqVK441_YZI/ maxresdefault.jpg] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 27: Bengala Longa. [https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1I7RoXPnuK1RkSmFPq6AuzFXa5. jpg] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Sorobã
Bengala longa
O sorobã ou ábaco, aparelho de cálculo japonês, adaptado para o uso de deficientes de visão. No caso dos deficientes visuais, o sorobã é um instrumento de aprendizado fundamental. o MEC oficializou o uso do sorobã para o ensino de pessoas com deficiência visual no ano de 2002.
A bengala é um tubo metálico que se divide e se articula em quatro ou cinco tubos menores, que se ajustam entre si por meio de um elástico se estendendo ao longo do seu interior. Para o deficiente, a bengala funciona como uma extensão de seu corpo, pode-
Imagem 28: Cores Bengala Long. [https://diversidadeja. com.br/diferenciando-os-graus-da-deficiencia-visual-atraves-de-bengalas/] Acessado em 16 de novembro de 2020.
Imagem 29: Assinador. [https://www.bcprodutos.com.br/produtos/guia-de-assinatura-2600] Acessado em 16 de novembro de 2020.
45 se dizer até que são seus olhos, ela é utilizada em movimento de varredura.
Assinador
O projeto de Lei 4189/19 prevê que as bengalas longas devem ter cores específicas para facilitar o grau de deficiência visual do cidadão.
O assinador é usado como guia, para que o cego possa escrever em letra comum o próprio nome, assinar um cheque, e fazer outras atividades que faça uso da escrita.
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A Importância do Pensar Arquitetônico para o Deficiente Visual I. Norma de Acessibilidade - NBR 9050 II. Arquitetura Sensorial
A Importância do Pensar Arquitetônico para o Deficiente Visual. Norma de Acessibilidade - NBR9050 Ao longo da história, significativas leis foram criadas a fim de integrar o deficiente visual à sociedade, visavam como por exemplo: integração ao mercado de trabalho, educação adequada e adaptada, além de escolaridade gratuita. Em 1985 foi criada a Norma Brasileira Regulamentadora 9050 e suscitada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), onde define os aspectos relacionados às condições de acessibilidade no meio urbano. Sendo assim, estabelece critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados quanto a construção, instalação e adaptação de mobiliários, espaços e equipamentos urbanos às condições de inclusão. Objetiva proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, segurança no uso de equipamentos. Independente de idade, estatura ou limitação de mobilidade, a NBR 9050 preconiza o trabalho em um ambiente seguro. É um instrumento que serve para
instruir arquitetos, construtores, engenheiros e outros profissionais da área, sobre critérios e parâmetros técnicos na construção. Embora a Norma tenha contribuído muito para o ganho de qualidade de vida de pessoas com as mais variadas formas de deficiência, muitos pontos eram detalhados de forma rasa em suas versões anteriores, sem um consenso geral ou mesmo inexistentes. Só em setembro de 2015, a ABNT publicou a atualização da Norma NBR 9050, com um texto muito mais amplo, evoluído para os tempos atuais e centrado no conceito de desenho universal.
Imagem 30: Capa ABNT - NBR 9050. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
49 Ao se tratar do deficiente visual, a cartilha possui explicações sobre o piso tátil, que tem como principal função, identificar e auxiliar a locomoção de pessoas cegas, distribuir o piso para que fique acessível o acesso aos locais existentes dentro de terminais e rodoviárias como: guichês e banheiros; além de evitar acidentes.
Imagem 31: Piso Tรกtil de Alerta. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
A
Imagem 32: Piso Tรกtil Direcional. [http://www. turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
B
51 Como mostra a imagem, o piso deve seguir as regras preestabelecidas de acordo com sua forma e função. A situação que define qual piso deve ser utilizado. Na figura “(a)”, o piso tátil de alerta deve ser instalado no início e no término de escadas fixas (com ou sem grelhas), degraus isolados, escadas, esteiras rolantes e rampas fixas com inclinação superior ou igual a 5%. Ser perpendicularmente ao sentido de deslocamento, em cor e textura contrastantes com o restante do piso adjacente. Com as seguintes medidas: - Diâmetro de base do relevo: 22mm (mínimo) a 30m (máximo); - Distância horizontal entre centros de relevo: 42mm (mínimo) a 53mm (máximo); - Distância diagonal entre centros de relevo: 60mm (mínimo) a 75mm (máximo);
- Altura do relevo: Entre 3mm a 5mm. Na figura “(b)”, o piso tátil direcional consiste em relevos lineares, regularmente dispostos, com a função oposta o primeiro, consiste no caminho seguro e mais fácil para o invisual, que também cumpre suas medidas: - Largura de base do relevo: 30mm (mínimo) a 40mm (máximo). - Largura do topo: 20mm (mínimo) a 30mm (máximo); - Altura do relevo: entre 4 e 5 (quando em placas sobrepostas, a altura do relevo pode ser de 3); - Distância horizontal entre centros de relevo: 70mm (mínimo) a 85mm (máximo); - Distância horizontal entre bases de relevo: 45mm (mínimo) a 55mm (máximo).
Imagem 33: Calçadas. [http://www.turismo.gov.br/sites/ default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Quanto às calçadas, rampas e escadas, a atenção para realizá-las deve ser exata. Por exemplo: a rampa de travessia deve ser inteiramente sinalizada com piso tátil a fim de delimitar o caminho até a rampa e o de alerta, para sinalizar a chegada da rua, como mostra a foto.
Imagem 34: Escadas. [http://www.turismo.gov.br/sites/ default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
53 As escadas devem oferecer um percurso confortável e que minimize o risco de acidentes, seguindo as seguintes medidas: - A largura das escadas deve ser dimensionada de acordo com o fluxo de pessoas. Em rotas acessíveis, o mínimo é de 1,20 metros. - O primeiro e o último degraus devem estar no mínimo 30 cm distantes das áreas de circulação adjacentes. - Sempre que a escada mudar de direção, ou o seu comprimento for maior que 3,20 metros, será necessário a colocação de um patamar. - O primeiro e o último degrau da escada devem receber sinalização tátil de alerta no piso. - Deve haver sinalização visual dos degraus com fita fotoluminescente, para facilitar a identificação de cada degrau pelo deficiente de baixa visão (catarata, por exemplo).
Imagem 35: CorrimĂŁos em escadas. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Imagem 36: CorrimĂŁos em rampas. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
55 - Já os corrimãos, deve-se dispor sinalização em braile, indicativa do pavimento. Na parede, esta indicação deve ser visual e opcionalmente tátil. - O corrimão deve ser instalado em ambos os lados da escada, podendo ou não estar acoplados ao guardacorpo. Já em escadas com largura superior a 2,40 metros é necessária a instalação de no mínimo um corrimão intermediário.
Outra regra a ser cumprida em função da acessibilidade é a disponibilidade da porta, e suas medidas que devem atender o deslocamento de todos, sem exceção.
Imagem 37: Elevação frontal porta. [http://www. turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050. pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Imagem 38: Elevação superior porta. [http:// www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
57 - As portas devem ter um vão livre mínimo de 0,80m e altura mínima de 2,10m. E abrir num ângulo de 90º. - Quando instaladas em locais de prática de esportes, as portas devem ter vão livre mínimo de 1,00m. - As portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis, tanto em locais de hospedagem como de saúde, devem ter um puxador horizontal associado à maçaneta. O puxador deve estar localizado a uma distância de 10 cm da face onde se encontra a dobradiça, e possuir um comprimento igual à metade da largura da porta.
Além de todas as normas préestabelecidas, é imprescindível a existência de um informativo quanto à disposição e organização dos ambientes, para que o cego identifique e localize seu trajeto. Assim, implementase superfícies inclinadas contendo placas com informações táteis em braile, sendo horizontais ou levemente inclinadas, instaladas a uma altura entre 0,90m, e 1,10m, e devem conter uma abertura de no mínimo 0,30m de altura e profundidade permitindo a aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas, como mostra a figura a seguir:
Imagem 39: Mapa tátil. [http://www.turismo.gov.br/sites/ default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Para a indicação de acessibilidade em edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos, utiliza-se o Símbolo Internacional de Acessibilidade, que pode ser representado de acordo com as figuras abaixo, sempre voltado para o lado direito, não sendo permitido qualquer tipo de modificação, estilização ou adição. O símbolo assegura que há acessibilidade para deficientes no local, estas representações são importantes para localizar e atender às necessidades específicas de cada um:
Imagem 40: Símbolo internacional de acesso. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Imagem 41: Proporção símbolo internacional de acesso. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
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Imagem 42: Cela braile. [https://pt.slideshare.net/dievaugh/prototipagem-braille] Acessado em 17 de novembro de 2020.
As informações em Braille não dispensam a sinalização visual com caracteres ou figuras em relevo, exceto quando se tratar de folheto informativo, e as informações em braile devem estar abaixo dos caracteres em relevo. A disposição das celas braile devem atender às seguintes especificações: - Diâmetro o ponto na base: 2mm; - Espaçamento vertical e horizontal entre os pontos (medidos a partir do centro): 2,7mm; - Largura da cela: 4,7mm; - Altura da cela: 7,4mm; - Separação horizontal entre as celas: 6,6mm; - Separação vertical entre as celas: 10,8mm; - Altura do ponto 0,65mm.
Imagem 43: Sinalização tátil - textos e figuras. [http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ NBR9050.pdf] Acessado em 17 de novembro de 2020.
61 Esta sinalização é para pessoas com baixa visão, que ficaram cegas recentemente ou que ainda estão aprendendo o sistema braile. Os relevos devem atender às seguintes especificações: - Contornos fortes e bem definidos; - Simplicidade na forma e poucos detalhes; - Figura fechada, completa, com continuidade; - Estabilidade da forma; - Simetria. Já os caracteres devem atender às seguintes especificações: - Tipos de fonte; - Caracteres em maiúsculo; - Altura do relevo entre 0,8mm e 1,0mm; - Altura dos símbolos: mínimo de 150mm; - Altura dos caracteres entre 16mm e 51mm; - Distância entre caractere: 5mm; - Distância entre linhas: 4,5mm.
Imagem 44: Arquitetura + sentidos. [http:// www.iabce.org.br/?view=topic&page=2184] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Arquitetura Sensorial
Ao abordarmos a arquitetura sensorial, cria-se instantaneamente uma correlação entre ambiente e sentidos, uma ligação derivada das emoções que são perceptíveis mesmo com a deficiência. Em geral, na arquitetura, buscase primordialmente promover uma experiência marcante de determinado espaço físico através de elementos arquitetônicos, e para isso recorremos a visão (responsável pela maior parte da interpretação obtida pelo homem para com o espaço), porém, com a ausência desse sentido, tornou-se necessário um fazer arquitetônico diferente, mais abrangente, ou melhor dizendo, universal. Projetar um espaço com total acessibilidade, inclusão e conforto é o ofício da arquitetura sensorial.
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As já existentes normas exigidas por lei, para garantir o direito de ir e vir de todo e qualquer cidadão, nem sempre são cumpridas, e quando são, dificilmente possuem completo êxito na experiência do deficiente que está inserido no ambiente, onde muitas vezes enfrenta dificuldade de locomoção, que poderia facilmente ter sido evitado com um planejamento acessível, o que gera tamanho desconforto para o mesmo. Um projeto inclusivo e sensível, necessita pensar além das normas, da lei, é preciso ter uma troca direta entre o criador e quem fará o uso do espaço, além de preciso e completo, o projeto precisa atender todas as necessidades de quem sofre a debilidade sensorial, precisa ser atento às adversidades que o deficiente encontra e fazer o necessário para saná-las. A construção de um parâmetro exato para esse ambiente está diretamente ligada ao estudo detalhado do espaço, as possibilidades que ele pode oferecer
Imagem 45: Arquitetura + acessíbilidade. [https://archtrends.com/blog/acessibilidade-na-arquitetura/] Acessado em 17 de novembro de 2020.
de dimensão, adequação e flexibilidade, em busca de contemplar o ambiente, utilizá-lo da melhor forma e fazêlo acessível a todos, sem exceção.
65 A ausência da visão constitui um déficit de aquisição ou interpretação das informações que o meio compartilha com o ser humano e isso implica em processos de alta complexibilidade, por exemplo: como o deficiente visual pode perceber e construir seu próprio mundo, a partir do que ele recebe do seu meio, mesmo dispondo da ausência visual que é tão potente nessa questão?. Indo ainda mais além, adentrando para o contexto da arquitetura: como um homem, visual, ou seja, que não possui qualquer tipo de cegueira, poderia entender, projetar e saciar todas as necessidades encontradas pelo deficiente visual no ambiente? É um desafio tremendo, pois esbarram em limites, tentativas, erros, acertos e possibilidades duvidosas. Porém, já é um grande passo, apenas o ‘querer fazer’ da arquitetura algo universal, sem divisões, excludentes e preconceitos; isso já adianta muito o processo de inserção do deficiente, em todos os ambientes, sem ressalva. Essa inserção possibilita não só a interação
do deficiente com o espaço, mas com todos que também estão ali dispostos. O foco da arquitetura sensorial é esse, entregar ao portador da deficiência todas as possibilidades de desenvolver suas próprias percepções, de forma ininterrupta, onde o mesmo possa agir, pensar e se relacionar de forma autônoma, assim como todos as outras pessoas, gerando o ápice da inclusão. Porém, é importante ressaltar que não pode haver erro nas proporções do espaço, pois a orientação que o deficiente vai receber pode sofrer algum prejuízo e acarretar na sua simples experiência de vivência no espaço. E é isso que o delinear do arquiteto, que projeta de forma sensorial, não pode permitir. A experiência do homem no espaço disposto pelo projeto precisa ser inverossímil, sem qualquer tipo de esforço, chateação ou incômodo. Não somente para o deficiente, como para todos, a arquitetura precisa ser voltada para tudo que vislumbre o estímulo de todos os sentidos, possibilitando
Imagem 46: Sentidos. [http://www.terraboa.blog.br/2012/06/aplicacao-dos-sentidos. html] Acessado em 17 de novembro de 2020.
uma leitura além da visão, que toque, transpasse ou impacte de forma positiva quem está localizado naquele espaço. É imprescindível pensar num todo, para todos, e não somente num grupo, não podemos projetar apenas para deficientes visuais, físicos, audíveis, mas sim para todos, sem criar uma separação.
Imagem 47: Peter Zumthor - Pavilhão da Serpentine [https://www.archdaily.com.br/br/01-159418/peter-zumthor-sete-observacoes-pessoais-sobre-presenca-em-arquitetura] Acessado em 17 de novembro de 2020.
67 Ainda hoje, são pouquíssimas iniciativas que concluíram espaços inclusivos, pois quebrar os paradigmas e preconceitos que a história em si carrega sobre a ausência da visão é muito custoso e leva tempo. A deficiência sempre foi vista com depreciação e castigo pelos contos, por mais que existam medidas com o propósito de auxiliar o deficiente e incluí-lo no espaço, a iniciativa desse processo não é acompanhado por uma conscientização em grande escala, o que detém ainda mais a evolução. Por isso é tão necessário que todos que compõe a realização do espaço, estejam de olhos e ouvidos abertos para aqueles que também precisam e fazem uso do espaço; buscar entender como as contribuições do seu conhecimento podem consumar todas as adversidades que o deficiente precisa encarar no seu dia a dia, buscando conceder a ele todo conforto que também tem direito, seja ele físico, pavioespiritual, sociocultural e ambiental.
Para que isso seja concretizado, a arquiteta urbanista Juliana Neves, formada pela UFRJ, conclui que devemos construir uma atmosfera do local. Essa atmosfera nada mais é do que um clima, onde há som, luz, temperatura, umidade e cheiro, ou seja, nesse ramal da arquitetura, além dos preceitos básicos do projetar, devese preocupar com a construção de um clima. Juliana cita Peter Zumthor, vencedor do Pritzker 2009, que para ele há nove itens para o conceito de projetar uma atmosfera, esses são:
Corpo da arquitetura; Compatibilidade material; Som do espaço; Temperatura do espaço; Luz nas coisas; Objetos ao redor; Entre compostura e sedução Tensões entre interior e exterior; Níveis de intimidade. O corpo humano é composto de
cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. Eles compõem parte do sistema sensorial, responsável por enviar as informações obtidas para o sistema nervoso central que, por sua vez, analisa e processa as informações recebidas. Essas capacidades estão relacionadas com órgãos ou partes do corpo humano (olhos, nariz, boca, ouvidos, mãos) e correspondem às percepções do homem no mundo. Os sentidos são responsáveis pela ligação entre os seres e a realidade do mundo existente, é através dos estímulos externos que se tornam capazes de interpretar o ambiente que o cerca e suas variáveis. Os cinco primeiros itens dessa lista citada acima são associados aos nossos sentidos, portanto é inevitável pensar e projetar uma atmosfera sem pensar no nosso sistema sensorial. Sendo assim, o espaço mediador dessas relações, entre atmosfera/ clima e o ser humano, é o ambiente.
Entretanto no livro “The Senses
69 Considered as Perceptual Systems”, de James Jerome Gibson, ele divide os cincos sentidos em sistemas perceptivos: -
Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema
básico de orientação; auditivo; háptico; olfato-paladar; visual.
Imagem 48: Tabela sistemas perceptivos. [https://issuu.com/rafaelasaitoo/docs/issue_ultimo] Acessado em 17 de novembro de 2020.
Essa divisão se comporta de tal maneira segundo Giacomo: SISTEMA Sistema Básico de Orientação
MODO DE ATENÇÃO
UNIDADE RECEPTIVA
Orientação Receptores geral mecânicos
ANATOMIA ORGÃO
ATIVIDADE ORGÃO
ESTÍMULO PROVOCADO
INFORMAÇÃO EXTERNA OBTIDA
Órgãos vestibulares
Equilíbrio do corpo
Forças da gravidade e aceleração
Direção da gravidade, sendo empurrada.
Órgãso cocleares com ouvido médio e aurícola
Orientação para sons
Vibração no ar
Natureza e localização dos eventos vibratórios Contato com os elementos mecânicos da terra, forma dos objetos, estado material, solidez e viscosidade.
Sistema Auditivo Audição
Receptores mecânicos
Sistema Háptico
Toque
Receptores mecânicos e Pele, ligamentos Termo-receptores e músculos
Exploração de vários tipos
Deformação do tecido, configuração dos ligamentos, elasticidade das fibras musculares
Olfato
Receptores químicos
Cavidade nasal (nariz)
Cheirar
Composição do meio
Natureza ou volatilidade das substâncias
Paladar
Receptores químicos e mecânicos
Cavidade oral (boca)
Saborear
Composição dos objetos ingeridos
Valores nutritivos e biológicos
Foto-receptores
Mecânismo ocular (olhos com músculos intrinsecos e extrinsecos, relacionados ao organismo vestibular, a cabeça e o corpo)
Acomodação da pupila, ajustamento, As variedadas das fixação, convergência, estruturas na luz exploração ambiental
Sistema Olfato/ Paladar
Sistema Visual
Visão
Tudo que pode ser especificado pela variedade óptica (informação sobre objetos, animais, movimentos, eventos e lugares
Imagem 49: Materialidade. [http://kubearquitetura.com.br/projetos/outer-shoes-30. htm] Acessado em 17 de novembro de 2020.
71 É necessário falar sobre a veracidade do material utilizado para se ter uma experiência sensorial, onde essa materialidade proposta deve ser verídica e não algum produto sintético que tem como objetivo imitar algo, por exemplo, um assento forrado com couro legítimo ou um couro sintético, uma bancada de madeira ou revestida com algum laminado. Isso deve-se para que a experiência da pessoa no local seja mais imersiva, desde o cheiro do couro, até mesmo algum som emitido por objetos tocando uma bancada, uma mesa ou até mesmo o arrastar de uma cadeira num determinado tipo de piso, contribuindo positivamente para a experiência.
Imagem 50: Sentidos potencializando a experiência + arquitetura. [ https://www.projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-neuroarquitetura/] Acessado em 17 de novembro de 2020.
O espaço ocupado pelo homem é sempre identificado através dos seus sentidos, sendo assim o mesmo pode ser denominado como espaço arquitetônico sensível, que dispõe de inúmeras maneiras de interação entre a arquitetura construída e o ser, onde a arquitetura pode produzir experiências multissensoriais em seus usuários. O conceito de projeto universal precisa ser multissensorial, para que possa ser alcançado por outros sentidos também, potencializando a experiência. A arquitetura nos toca, pois somos seres porosos que recebem informações a todo tempo, e isso ativa nossos sentidos, emoção e imaginação. Isso evidencia a importância da escolha dos matérias que tocará os seres que por ele passar. Atualmente a visão ainda é considerada o mais importante sentido para as interpretações sobre produzir e usufruir da arquitetura, pois é o sentido mais estudado, especializado e evoluído ao longo do tempo. Sendo o
sentido mais apurado do corpo humano é através da visão que associamos objetos, cores, fazemos a leitura e interpretamos algum lugar, nos localizamos. Porém não é possível considerá-la como elemento único e excepcional ao se projetar uma arquitetura, pois a composição de sensações e experiências (mesmo sem a visão) também é capaz de promover um conjunto de elementos e consequentemente um conjunto de sentidos.
73 A ciência já reconhece outros sentidos, além dos cinco tradicionais, em relação ao cego, o tato é o principal sentido pois permite a percepção do espaço, mas não é o único, pois sozinho, limita-se à extensão dos braços, entretanto é através o piso tátil que o cego consegue se locomover com mais segurança e independência, mesmo este sendo falho e limitandose somente a duas diferenciações de desenho - o de alerta e o direcional - não contendo variações para que determinadas ocasiões pudessem ser identificadas imediatamente, por exemplo, um outro tipo de desenho de piso tátil para início e fim de rampas/ escadas. A percepção pode tornar-se cada vez mais ampla de acordo com o acionamento de outros sentidos, como por exemplo: a audição, tratando-se dela quanto a arquitetura, não se faz menos importante, trabalhando junto da materialidade do local somada com o espaço arquitetônico, é possível gerar uma identidade para o ambiente
proposto, possibilitando que o invisual consiga ter uma caracterização do espaço onde se encontra, tudo isso sendo possível por causa da eco localização. A eco localização é a percepção o espaço através dos sons emitidos, refletidos e reverberados no meio, ou seja, em objetos, paredes, etc. Através do olfato, conseguimos associar um determinado cheiro à alguma emoção, recuperar uma memória ou até mesmo sentir o gosto de algum alimento. Entretanto é possível usar do olfato no fazer arquitetura utilizando-se de flores e plantas que emanam algum cheiro, por exemplo, projetando um caminho beirado com uma determinada espécie de flor, este que libera seu odor específico e consequentemente consegue localizar a pessoa onde ela está. Para o arquiteto, é preciso incumbir-se da tarefa de criar ambientes acessíveis a todos, alcançando a eficácia universal de um público indistinto.
Finalizo com as Vítor Hugo (citado por em Les aveugles et Psychologie sociale de op. cit., p. 58.) “O cego vê na sombra um mundo de claridade; quando o olho do corpo se apaga, acende-se o olho do espírito”.
palavras de Pierre Henri la société. la cécité, que disse:
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03
Anรกlises I. Leituras Projetuais
Imagem 51: Centro para Deficientes Visuais. [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 18 de novembro de 2020.
Análises:
Leituras
Análises - Leituras Projetuais.
Projetuais
Centro para Cegos e Deficientes Visuais na Cidade do México.
Aqui serão analisados três projetos, visando-os como referência projetual. Estes três projetos são distintos entre si, porém o primeiro e o segundo assemelham-se por serem centros pensados diretamente para o deficiente visual, já a última leitura levará em consideração o projeto adotado pela Pinacoteca de São Paulo para a inclusão cultural do deficiente.
Ficha Técnia: Autoria: Oficina de Arquitetura Mauricio Rocha; Ano do Projeto: 2000; Localização: Av. Telecomunicaciones Cidade do México; Área do Terreno: 14000m²; Área Construída: 8500m²; Modelo: Francisco Ortiz; Paisagem: Jerónimo Hagerman; Móveis: Salvador Quiroz; iluminação: Lidxi Biaani;
Imagem 52: Vista aérea Cidade do México + localização do Centro. [Google Earth] Acessado em 05 de maio de 2020.
79 Proprietário: Governo do Distrito Federal do México; Construtora: Grupo Quart. O Centro foi desenvolvido como parte de um programa do governo para oferecer serviços sociais e culturais a uma das áreas periféricas mais pobres e mais populosas da Cidade o México. O complexo atende às necessidades educacionais e recreativas, sendo Iztapalapa o bairro com a maior taxa de pessoas com deficiência da cidade. Este centro presta serviços ao público em geral, numa ação para melhorar a integração dos deficientes visuais na vida urbana diária. Localizado na Zona Leste, o centro encontra-se no cruzamento de duas avenidas importantes, Av. Telecomunicaciones e Av. Prol Plutarco Elías Calles.
Implantação. em 05 de
Elía
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Imagem 53: th] Acessado
Ear2020.
Imagem 54: Implantação usos + acessos. [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
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N Circulção horizontal
Acesso público/privado
Acesso ao complexo
Oficinas Piscina Auditório Cafeteria Sanitários Vestiários Biblioteca Administração Casa máquinas Salas de aula Estacionamento Quadra esportes Tifloteca/sonoteca
Imagem 55: Muro de fechamento. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Uma parede cega fecha todo o centro, servindo como barreira acústica e como arrimo para o terreno mexido. Assim, junto da vegetação há mais de 100 metros de muro que acaba instigando e convidando as pessoas a conhecerem seu interior. O complexo é acessado por seu estacionamento, a partir dele acessos secundários são gerados para o centro. Os edifícios são retangulares e simples, embora cada grupo de edifício explore diferentes relações com o espaço. Uma delas é feita a partir da iluminação natural. O uso dos diferentes tamanhos de aberturas para cada edificação foi uma das maneiras utilizadas no projeto para que fosse possível uma melhor identificação do usuário ao
que se pratica em cada edifício. Nos prédios das oficinas observase uma faixa de vidro horizontal mais elevada perimetral, essa que permite a passagem da luz para o interior da edificação, promovendo uma ótima iluminação, no entanto na sonoteca e tifloteca, o vidro se estende ocupando o lugar do tapetado. Na administração, a estrutura é coberta por um pano de vidro, gerando mais intensidade de luz dentro do ambiente.
Imagem 56: Tifloteca e oficinas. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 57: Administração. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
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Imagem 58: Texturização do concreto. [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Além da intensidade de luz, o tatear das texturas de concreto na altura das mãos, auxiliam o usuário a identificar cada prédio, consequentemente ajudando-o com sua circulação pelo complexo. Outras duas maneiras para identificação dos ambientes se dão pelo olfato e audição, através das vegetações dispostas no conjunto todo e por meio do som emitido pelo canal de água no centro da praça, guiando o usuário por toda sua rota.
Imagem 59: Pรกtio principal. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
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A setorização do complexo se dá através da distribuição de seus usos e elementos construtivos, usando os eixos de circulação para melhor separá-los, por exemplo, na divisão da terceira fileira de bloco com a segunda, onde possuem a mesma materialidade, porém estas são opacas e não aproximam os ambientes entre si internamente. Os eixos de distribuição, juntamente com os materiais promovem a conexão exterior entre os edifícios.
Imagem 60: Planta setorização. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
87
Lazer Apoio Ensino Vegetação Alimentação Administrativo
N Eixo circ. principal
Eixo circ. secundário
Eixo circ. terciário
Os blocos e seus diferentes usos foram pensados para que pudesse haver o máximo de clareza para o usuário diferenciá-los entre si, como dito anteriormente, texturas, intensidades de luz e a disposição destes no terreno. Outra maneira também utilizada para tal diferenciação é a proporção interna de cada edifício, gerando uma sensação diferente de espacialidade interna diferente para cada uso. Diferese também as áreas perpendiculares com a variação do pé direito duplo. A planta é distribuída em três filtros paralelos em relação ao acesso principal. No primeiro (vermelho) filtro temos a parte administrativa e de refeição. O segundo (azul) é composto por duas séries de blocos, constituído pela tifloteca, sonoteca e cinco oficinas que expõe os trabalhos feitos pelos alunos do complexo, voltados para a praça central, já no terceiro (magenta) encontram-se as salas de aula, estas que são voltadas para
jardins mais particulares. Nos blocos perpendiculares ao acesso são dispostos pela biblioteca (roxo), piscina, quadra poliesportiva e auditório (laranja).
Imagem 61: Planta distribuição. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
89
1º 2º 3º 1ª 2ª
N
Filtro Filtro Filtro Perpendicular Perpendicular
Imagem 62: Corte longitudinal. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
91
Imagem 63: Detalhamento. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Todos os blocos são embasados por estruturas de concreto armado. Sendo ao todo uma infraestrutura composta por sapata corrida. Como foi dito anteriormente, a estrutura no prédio da administração é um esqueleto de concreto armado aparente, formado por pilares e vigas. Nos prédios, de lazer e biblioteca, temos uma mescla estrutural entre concreto e aço, feita para alcançar a diferenciação do pé direito duplo em relação aos demais blocos. Por fim os prédios de ensinos são mais sólidos, onde as paredes são sustentadas em uma base de concreto. Em questão de cobertura, todos possuem uma laje plana de concreto impermeabilizada.
Imagem 64: Construção. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
93
Imagem 65: Estrutura metálica (lazer). [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
A volumetria dos edifícios é simples, são apenas retângulos, isso para que torne mais simples a identificação entre eles para o usuário. Os elementos de fachada e volumetria não brigam entre si, gerando uma harmonia para o espaço Em contraste com a fachada exterior, a fachada interior dos muros forma declives que geram diferentes níveis de pátios, servindo para melhor identificação de cada uso. A fachada cega do complexo aguça a curiosidade de quem está passando pela rua, tornando-se assim um elemento convidativo para adentrar ao centro.
Imagem 66: Eixo primário circulação. [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 67: Eixo secundário circulação. [https://www. plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
95
Imagem 68: Maquete fĂsica. [https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 69: Croqui texturização no concreto. [https:// www.plataformaarquitectura.cl/cl/609259/centro-de-invidentes-y-debiles-visuales-taller-de-arquitectura-mauricio-rocha?admin] Acessado em 05 de maio de 2020.
97
Imagem 70: Espaço Interno Centro para Deficientes Visuais. [https://www.researchgate.net/ publication/303512793_ARQUITETURA_INCLUSIVA_CENTRO_DE_HABILITACAO_E_REABILITACAO_PARA_DEFICIENTES_VISUAIS] Acessado em 05 de maio de 2020.
Arquitetura Inclusiva: Centro de Habilitação e Reabilitação para Deficientes Visuais.
FICHA TÉCNICA: Autores: Marcele Martins, Katiane da Silveira, Anicoli Romanini, Marina Bernardes e Elvira Latelme. Ano: 2015. Este artigo foi desenvolvido para o VI Encontro Nacional de Ergonomia do Ambiente Construído. Para a realização desse projeto, a metodologia adotada foi a realização de estudo de casa e uma visita in loco a Associação dos Deficientes Visuais, desta forma gerindo o programa de
casos, distribuído em setores, que de acordo com os serviços oferecidos, atendem a Norma de Acessibilidade. Para a concepção de um Centro para deficientes visuais, este deve deter de segurança e confiança para o usuário aproveitar dos espaços e obter melhores resultados nas atividades praticadas. Os ambientes necessitam de uma diferenciação entre seus materiais, texturas e cores, para poder auxiliar melhor o deficiente no seu reconhecimento espacial. Pensando na acessibilidade e para que um projeto seja inclusivo, é necessário que seu entorno também seja acessível, sendo composto, por exemplo, de faixa de pedestre elevada, rampas de acesso e passeio adequada. Portanto este Centro adotou duas medidas em seu entorno, foi implantada a faixa de pedestre elevada e requalificar o passeio público o local. O conceito dito anteriormente da diferenciação
99 de materiais e cores é aplicado no externo do projeto, sendo cores fortes e texturas, permitindo a diferenciação dos usos, já internamente, as cores e os elementos servem como sinalizações para a orientação do deficiente visual. melhorando a funcionalidade do bloco. A fundamental utilização do piso tátil está presente em todo o projeto, dando mais autonomia no caminhar do deficiente dentro do complexo. Complementando o piso tátil direcional, há também a presença do piso tátil de alerta, este que serve para alertar sobre possíveis perigos, como escadas, objetos como extintores em paredes ou no chão, mudança de direção num percurso. Estes pisos devem ser confortáveis para que o usuário consiga se mover em cima usando os pés ou através da bengala longa. De acordo com os autores (2015) a implantação foi setorizada permitindo que os espaços internos obtivessem melhor aproveitamento de luz natural e ventilação, sendo dividida em dois blocos. O bloco A destinado ao lazer,
para prática de esportes e piscina. E o bloco principal B que abriga todas as atividades propostas no Centro. A área externa abriga um jardim sensorial (C), playground (D) pista para treinamento de obstáculos (E), e horta (F).
Imagem 71: Implantação. [https://www.researchgate.net/publication/303512793_ARQUITETURA_INCLUSIVA_CENTRO_DE_HABILITACAO_E_REABILITACAO_PARA_DEFICIENTES_VISUAIS] Acessado em 05 de maio de 2020.
Acesso pedestre Acesso veículos Acesso serviço
N
101 O programa de necessidades integra os lugares propostos, além de estabelecer uma melhor distribuição dos acessos, compartimentos e circulações, gerando um lugar coerente do ponto de vista funcional e espacial. Segundo o arquiteto Chris Downey (2013), cego após sua formação, “o desafio de criar espaços acolhedores para deficientes visuais é que as qualidades ópticas passam a ser a última preocupação. O conceito de projeto e execução de uma boa edificação é um espaço que ofereça interação sensorial”. A utilização dos usos e serviços oferecidos neste complexo é variável de acordo com a frequência dos usuários, variando de usuário para usuário também, de acordo com seu grau de dificuldade física, psíquica e emocional. A edificação possui uma flexibilidade, tendo um conceito arquitetônico adaptado ao atendimento das necessidades habilitatórias e reabilitativas dos deficientes visuais e o funcionamento de diversas atividades, possuindo sistemas
tecnológicos modernos, aplicados ao programa de necessidades e à estrutura da edificação. A proposta consiste no potencial dos deficientes e a falta ou precariedade de serviços e espaços dedicados a esse público, para criar um espaço de interação recreativa, educacional e sociocultural, promovendo oportunidades e garantindo uma mudança na qualidade de vida destas pessoas. O projeto propõe diversas atividades, estas que assistem pessoas de todas as idades em integração num único espaço. O bloco principal possui dois pavimentos, onde encontra-se o miniauditório, o lar experimental, ateliê de esculturas e o setor administrativo no nível térreo, ainda no nível térreo, porém no bloco secundário, este é composto pela área de lazer, tendo piscina, quadra, vestiários e as casas de máquina. Somente o bloco principal contém um pavimento superior, abrigando o setor das atividades, ele pode ser acessado pela rampa, esta que
funciona como elemento integrador e área de convivência, pelo elevador ou por escadas. Este andar conta com salas de recursos, oficina e terapia ocupacional, reforço de aprendizagem, optometria, psicomotricidade, orientação e mobilidade, estimulação precoce, sala de música, teatro e dança, brinquedoteca, musicoterapia, ciberespaço, multimídia, biblioteca e biblioteca infantil.
Imagem 71: Planta primeiro pavimento. [https://www. researchgate.net/publication/303512793_ARQUITETURA_INCLUSIVA_CENTRO_DE_HABILITACAO_E_REABILITACAO_PARA_DEFICIENTES_VISUAIS] Acessado em 05 de maio de 2020.
103
Piscina Quadras Auditório Vestiários Casa máquinas Administração Lar experimental Área de convivência Ateliê de estruturas Circulção vertical Circulação horizontal
N
Imagem 73: Planta segundo pavimento. [https://www.researchgate.net/publication/303512793_ARQUITETURA_INCLUSIVA_CENTRO_DE_HABILITACAO_E_REABILITACAO_PARA_DEFICIENTES_VISUAIS] Acessado em 05 de maio de 2020.
N
Circulção vertical Circulação horizontal
Imagem 74: Área de convivência. [https://www.researchgate.net/publication/303512793_ARQUITETURA_INCLUSIVA_CENTRO_DE_HABILITACAO_E_REABILITACAO_PARA_DEFICIENTES_VISUAIS] Acessado em 05 de maio de 2020.
105
Imagem 75: Fachada Pinacoteca de São Paulo. [http:// pinacoteca.org.br/] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 76: Fachada Pinacoteca de São Paulo. [http:// pinacoteca.org.br/] Acessado em 05 de maio de 2020.
Pinacoteca de São Paulo.
Ficha Técnica: Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli, Weliton Ricoy Torres; Data da Construção: 1896 - 1900; Ano da Intervenção: 1998; Localização: Praça da Luz, 2; Área Construída: 7500m²; Área Total: 10815m²; Construção: RBS Construções (1993/1994); Construção: Construtora Martur (1996/1998)
Construída no final do século XIX para comportar o Liceu de Artes e Ofícios não foi totalmente concluído. As primeiras obras de adaptação para receber quadros próprios do Estado, ainda feitas por Ramos de Azevedo, ocorreram em 1905, originando a Pinacoteca. Desde então o prédio passou por diversos usos, além de sofrer estragos provenientes das águas da chuva, falta de manutenção e abandono.
Imagem 77: Logo Museu para Todos. [https://museu.pinacoteca.org.br/programas-desenvolvidos/] Acessado em 05 de maio de 2020.
107
Será feita a Leitura de uma Ação Educativa da Pinacoteca, o Programa Educativo para Pessoas Especiais (PEPE), coordenado por Amanda Pinto da Fonseca Tojal, arte-educadora e museóloga. O PEPE conta com uma equipe de educadores e artistas plásticos, utiliza cerca de 50 obras o acervo da Pinacoteca, o programa busca proporcionar o acesso de pessoas com deficiências sensoriais, físicas, intelectuais e transtornos mentais à Pinacoteca, por meio de uma série de abordagens e recursos multissensoriais. As visitas educativas são realizadas por educadores especializados, inclusive em Libras (Língua Brasileira de Sinais), por uma educadora surda.
É perceptível uma crescente preocupação com a inclusão de cidadãos deficientes na sociedade, Institutos culturais e Museus fazem parte dessa gama de instituições que buscam a inclusão deste público. Dentre as deficiências, a visual é a mais afetada por estes problemas. Por precisarem mais do tato do que os outros sentidos, os museus se tornam lugares não frequentados por cegos, consequência disso são desavenças entre profissionais pouco instruídos, porém os cegos ou portadores de baixa visão não podem ser imprudentes de arruinar uma obra exposta em algum museu, galeria, etc. É necessário fazer a distinção entre os graus de deficiência visual dos usuários, pois há pessoas com baixa visão capazes de distinguir luzes, cores e localização espacial, já os cegos, se não foram os que perderam a visão tardiamente, dependem inteiramente dos seus outros sentidos para compreender a obra, por não
possuírem
memória
visual
de
nada.
Cada visita guiada será específica para a deficiente do público, tendo uma abordagem mais adequada. A multissensorialidade é especialmente voltada para o público com deficiência visual, já que uma visita comum ao museu nos transmite experiência através da visão. Nessas visitas, deve-se saber a quantidade de obras o percurso, para que este não se torne cansativo e acabe afetando negativamente no aprendizado e experiência do visitante. Por outro lado, os detalhes das obras devem ser precisos, para que possa captar tudo que a obra quer passar, entretanto esta não pode ser muito maior do que o braço do visitante, pois dificulta na interpretação das informações adquiridas por ele, além de que estas superfícies não podem levar nenhum risco ao deficiente visual, sendo agressivas ao contato.
De acordo com Tojal, a audição
deverá trabalhar ao lado do tato, tanto em relação ao conhecimento dos objetos, como também a sua localização e apreensão o espaço circundante. O som ambiente, o isolamento de ruídos externos e a utilização dos sons dos objetos expostas contribuem positivamente para a contemplação. O paladar e olfato ainda são pouco usados em monitorias guiadas.
Imagem 78: Interior Pinacoteca com piso tรกtil direcional. [https://www.saopaulo.sp.gov.br/wp-content/uploads/old/7360/31915.jpg] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 79: Visitante cego + obra de arte. [http:// codigo.inf.br/aun/especiais/acessibilidade-nos-museus-de-sao-paulo/] Acessado em 05 de maio de 2020.
109
Imagem 80: sila do pinacoteca]
Visitante Amaral. Acessado
cego + Antropofagia - Tar[http://www.bengalalegal.com/ em 05 de maio de 2020.
Imagem 81: Visitante cego + obra de arte. [http://www.bengalalegal.com/pinacoteca] Acessado em 05 de maio de 2020.
Imagem 82: Tabela de análises das leituras projetuais. [Autor] Acessado em 05 de maio de 2020.
111
LEITURAS PROJETUAIS
Centro para Cegos e Deficientes Visuais na Cidade do México
ITENS A SEREM CONSIDERADOS - Edifícios simples - Organização espacial dos edifícios - Materialidade - Diferenciação de texturas através dos materiais - Diferenciação de usos através das aberturas - Apropriação dos outros sentidos para circulação
- Acesso ao acervo com o projeto PEPE Pinacoteca de São Paulo (será estudado a viabilidade de conter um acervo no programa do projeto)
Arquitetura Inclusiva: Centro de Habilitação e Reabilitação para Deficientes Visuais
- Reestruturação do entorno urbano - Uso de materialidade, texturas e cores vibrantes - Norma de acessibilidade NBR9050 - Atividades oferecidas - Organização espacial
04
Identificação e Caracterização da Área de Intervenção. I. Levantamento Morfológico. II. Levantamento do Terreno.
Identificação da Área
e Caracterização de Intervenção
Tendo em vista as dificuldades de locomoção, buscou-se um local de fácil acesso para o deficiente visual, assim a procura pelo terreno firmou-se no centro da cidade de Ribeirão Preto e seus bairros adjacentes. Além da facilidade de locomoção para a área, a topografia é peça importante na escolha da mesma, portanto atentou-se em adotar um terreno mais plano, em busca de uma ideia de continuidade, ininterrupta que pudesse gerar qualquer tipo de dificuldade para o deficiente visual.
Imagem 83: Mapa de localização da cidade Ribeirão Preto no Estado de SP. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribeir%C3%A3o_Preto] Acessado em 19 de novembro de 2020.
Imagem 84: Mapa de Ribeirão Preto. [https:// pt.wikipedia.org/wiki/Ribeir%C3%A3o_Preto] Acessado em 19 de novembro de 2020.
115
Centro Área intervenção
Transporte
Tempo
Automóvel
10 minutos
Ônibus
16 minutos
A pé
35 minutos
Bicicleta
11 minutos
*Tempo estimado do centro ao terreno de intervenção.*
Topografia
Ao analisar a topografia da área de estudo notou-se que a região mais a esquerda da área de intervenção é mais planificada, já a direita do terreno nota-se um desnível maior, curvas menos espaçadas, gerando uma topografia mais íngrime. O terreno encontrase na curva de nível 532.8, está que é a curva mais alta da região, portanto desnível no mesmo é mínimo.
Imagem 85: Mapa de topografia geral. [Autoria própria, 2020].
117 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
51
7.
51
9.
52
52
4.
5.
53
52
2.
8
52
Área de Intervenção
7.
52
8.
N
6.
52
8.
00 10 05
100 50
200
53
52
5
9.
1.
8 53
4
0.
8
3
1
1
3.
52
52
2
3
3
9.
1.
2.
52
51
3
5
6
2
51
8.
6
6
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
O terreno escolhido está situado no Campos Elíseos, um bairro tradicional e dos mais populosos da cidade, na Rua Pinheiro Machado, número 1495, próximo ao Cemitério da Saudade e da Maternidade Sinhá Junqueira. Com uma área total de 5918,00m² e 1356,56m² de área ocupada, local este que antigamente era utilizado pela empresa de transporte rodoviário Rápido Ribeirão Preto, como garagem, porém atualmente o lote encontra-se em estado de abandono, com mato alto, pichações nos muros, passagens fechadas com tijolos, etc, não cumprindo sua função na cidade e sendo um vazio urbano. Atualmente, é pertencente a empresa Cia Auxiliar Mecânica.
Imagem 86: Mapa de localidades. [Autoria própria, 2020]
119 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Av. Saudade
Rua Antonio Milena
Rua São Paulo
Rua Pinheiro Machado Rua Onze de Agosto
Rua Luiz Barreto
Rua Dom Alberto Gonçalves
Área de Intervenção Praça Romulo Morandi Cemitério da Saudade Maternidade Sinhá Junqueira
N
00
100 50
500 250
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Condicionantes Naturais A localização do terreno é privilegiada, mesmo sua maior fachada estar na direção Leste-Oeste, ela recebe pouco tempo de luz direta, sendo esta já do pôr do sol, entretanto as duas fachadas que restaram estão dispostas para a fachada Norte-Sul, sendo boa para trabalhar o controle de incidência solar. Já os ventos, na cidade de Ribeirão Preto, são advindos predominantemente do Leste. Pelo amplo terreno e não ser rodeado de construções altas, terá uma boa incidência sobre o projeto.
Imagem tes
87: naturais.
Mapa [Autoria
de
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
condicionanprópria, 2020]
121
Rua São Paulo
Rua Antonio Milena
Rua Onze de Agosto
Rua Pinheiro Machado
Área de Intervenção Direção dos Ventos Sol nascente Sol poente
N
00 10 05
100 50
200
Hierarquia Viária Física A hierarquia viária física da área de estudo é em sua maioria vias locais, porém as duas avenidas (Saudade e Cel. Quito Junqueira) que estão na área de influência são vias principais, além de existir três travessas, estas que são consideradas vias de acesso.
Imagem ria
88: física.
Mapa de [Autoria
hierarquia própria,
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
viá2020]
123
Rua São Paulo
Rua Onze de Agosto
Rua Antonio Milena
Rua Pinheiro Machado
Vias locais Vias de acesso Vias principais
N
00 10 05
100 50
200
PRODUCED BY AN AUTODESK S
3.00
Imagem 89: Cortes das vias públicas. [Autoria própria, 2020]
1.50
3.00
5.00
3.00
125
1.50
5.00
1.50
8.00
1.00
3.00
3.00
Via de Acesso
2.00
8.00
1.00
2.00
Via Local
8.
6.00
3.00
6.00
6.00
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
5.00
15.00
1.00
2.00
Hierarquia Viária Funcional Neste mapa foi identificado que algumas vias locais, parte delas, funcionam como coletoras e ajudam na distribuição o bairro, principalmente pela passagem de transporte público, tais vias são: Rua São Paulo, Rua João Ramalho, Rua Antônio Milena, Rua dos Aliados e Rua João Ribeiro.
Imagem ria
90: Mapa de funcional. [Autoria
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hierarquia própria,
viá2020]
127
Rua João Ribeiro Rua São Paulo
Rua dos Aliados Rua Antonio Milena
Rua Onze de Agosto
Rua Pinheiro Machado
Vias locais Vias de acesso Vias coletoras
Rua João Ramalho
Vias principais
N
00 10 05
100
50
200
Pontos e Linhas de Ônibus A área detém de uma gama extensa de linhas de ônibus que circulam por ela, sendo de fácil acesso por qualquer zona da cidade, muitas vezes não sendo necessário o uso de dois ônibus para chegar ao local do projeto fictício. Os pontos de ônibus foram enumerados de um a dez para que fosse listado quais as linhas transitam pela área de intervenção. Linha B/J-315 Lapa (centro/ bairro). Pontos 06 e 07. Linha R-208 Vila Albertina (centro/bairro). Pontos 05 e 07. Linhas A-201 Quintino II, A-310 Quintino/Avelino, B-101 Pq. Avelino, C-202 Jd. Iara, C-220 Pq. Exposições, D-302 Jd. Aeroporto, D-320 Salgado Filho, D-402 Rib. Verde I e D-420 Rib. Verde II (centro/bairro). Pontos 04 e 09. Linha U-499 Circular 04 (centro/ bairro). Ponto 09.
Linhas C-102 - Jd. Independência e U-199 - Circular 01 (bairro/ centro). Pontos 03, 02 e 01. Linha B/J-351 Bonfim (bairro/ centro). Pontos 08 e 01. Linhas R-208 Vila Albertina e U-399 Circular (bairro/centro). Pontos 08 e 01. Linhas A-201 Quintino II, A-310 Quintino/Avelino, B-101 Pq. Avelino, C-202 Jd. Iara, C-220 Pq. Exposições, D-302 Jd. Aeroporto, D-320 Salgado Filho, D-402 Rib. Verde I e D-420 Rib. Verde II (bairro/centro). Pontos 10, 08 e 01.
Imagem nhas
de
91:
Mapa ônibus.
de pontos e [Autoria própria,
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10
Rua Onze de Agosto
09 08 07
04
05 01 06
Pontos de ônibus
01
02
Rota dos ônibus
centro
N
00 10 05
100 50
129
Rua São Paulo
Rua Antonio Milena
Rua Pinheiro Machado
li2020]
200
03
Uso do Solo Fazendo o estudo sobre o uso do solo do local escolhido, observouse a predominância residencial no interior do bairro, onde as ruas são menos movimentadas e a distribuição de comércio e serviço é voltada para as Avenidas Saudade e Cel. Quito Junqueira. Entretanto percebeuse também a disponibilidade destes mesmos serviços, porém em menor porte, no interior da área, além desta contar com igrejas, escolas, áreas voltadas para o lazer, restaurantes, postos de combustível, entre outros, podendo afirmar de que a área de intervenção abrange todos os usos.
Imagem 92: Mapa de uso do solo. [Autoria própria, 2020]
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131
Rua São Paulo
Rua Antonio Milena
Rua Onze de Agosto
Rua Pinheiro Machado
Lazer Serviço Sem Uso Comércio Área verde Residencial Institucional Área de Intervenção
N
00 10 05
100
50
200
Gabarito O gabarito da área mostrou-se predominantemente baixo, com no máximo edifícios de dois pavimentos, porém no entorno próximo há uma exceção de um residencial de prédios com 16 pavimentos, foi constatado também a presença de mais três conjuntos de prédios numa área com um raio um pouco maior, onde estes possuem mais de seis pavimentos, chegando aos 16 andares. Com esse estudo, concluiu-se que os edifícios os quais chegam aos dois pavimentos, em sua maioria, são galpões de serviços e institucionais, como empresas automobilísticas e igrejas, respectivamente.
Imagem 93: Mapa de gabarito. [Autoria própria, 2020]
133
Rua São Paulo
Rua Antonio Milena
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Rua Onze de Agosto
67
.3
3
73
.71
A
53
1.
13
8
5. 78
68
.4
2
.90
A
B
79
.7
0
25
.7
9 53
1.
53 00 10 05
100
2.
8
50
01 pavimento 02 pavimentos Área de intervenção
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N
8
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3.01
B
53 Rua 2. Pinheiro 8 Machado
Figura Fundo Averiguou-se que majoritariamente o lote é totalmente ocupado, principalmente quando se trata de algum tipo de serviço, entretanto há lotes residenciais onde os fundos são dispostos de quintais não possuindo nenhuma construção, mas a maior parte das áreas livres são recuos dos lotes.
Imagem 94: Mapa de figura-fundo. [Autoria própria, 2020]
135
Rua São Paulo
Rua Antonio Milena
Rua Onze de Agosto
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Rua Pinheiro Machado 53 2.
67
.3
3
73
.71
A
53
1.
13
8
5. 78
68
.4
2
.90
A
B
79
.7
0
25
.7
9 53
1.
53 00 10 05
100
2.
8
50
Área de intervenção
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N
8
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3.01
B
8
Equipamentos Urbanos Para o mapa de equipamentos, foi abrangida uma área maior do que os mapas gerados pelos outros estudos. Na área da saúde têm-se uma UBS na Av. Saudade, e a Maternidade Sinhá Junqueira. No quesito educacional foram identificadas instituições tanto públicas como privadas, estas que atendem desde a pré-infância até o ensino médio. Na parte do lazer, dois tipos foram constatados, sendo eles a Praça Rômulo Morandi e quadras de futebol. Na parte religiosa, foram constatadas igrejas de diversas religiões, desde o Lar Padre Euclides, até a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Além de contar com uma delegacia da Polícia Militar também.
Imagem 95: Mapa de equipamentos. [Autoria própria, 2020]
137 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Rua Antonio Milena
Rua São Paulo
Rua Pinheiro Machado Rua Onze de Agosto
Área de Intervenção Praça Romulo Morandi Cemitério da Saudade Maternidade Sinhá Junqueira
N
00
100 50
500 250
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Análise do Terreno O terreno escolhido, como dito anteriormente, priorizaria uma topografia mais plana e conforme observado, esta gleba detém deste quesito, mesmo que ela já tenha sido alterada. Outro quesito apontado seria a facilidade de chegada até este terreno através, principalmente, de transporte público, onde vimos a quantidade de linhas de ônibus que transitam pelo local, visto que os pontos que recebem as linhas advindas do centro da cidade estão à uma quadra de distância, além do ponto cinco que está a menos de vinte metros, que recebe a linha R 208 - Vila Albertina. Pertencente a empresa Cia Auxiliar Mecânica, utilizará do instrumento de direito de preempção para adquirir a posse do terreno e prosseguir com este trabalho. Restrições Urbanísticas
Imagem 96: Vista superior do terreno. [https://earth.google. com/web/@-21.15740785,-47.79491242,536.12736153a,484. 1209941d,35y,0.00002925h,0t,0r] Acessado em 19 de novembro de 2020.
139
Rua Antonio Milena
Rua SĂŁo Paulo
Rua Pinheiro Machado
R A
Imagem 97: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e São Paulo. [Autoria própria, 2020]
Imagem 98: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e São Paulo. [Autoria própria, 2020]
Fotografia 01: Visão Rua Pinheiro Machado
Fotografia 02: Visão Rua Pinheiro Machado
Imagem 99: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e São Paulo. [Autoria própria, 2020]
Imagem 100 : Vista superior do terreno. [https://earth.google.com/web/@-21.15740785,-47.79491242,536.12736153a,484. 1 2 0 9 9 4 1 d , 3 5 y , 0 . 0 0 0 0 2 9 2 5 h , 0 t , 0 r ] Acessado em 19 de novembro de 2020.
141
Fotografia 03: Visão Rua São Paulo Rua São Paulo Rua Antonio Milena
3 1
2
Rua Onze de Agosto Rua Pinheiro Machado
Imagem 101: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e Onze de Agosto. [Autoria prรณpria, 2020]
Imagem 102: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e Onze de Agosto. [Autoria prรณpria, 2020]
Fotografia 01: Cruzamento Rua Pinheiro Machado // Rua Onze de Agosto
Fotografia 02: Visรฃo Rua Pinheiro Machado
Imagem 103 : Fotografia do cruzamento entre as Ruas Pinheiro Machado e Onze de Agosto. [Autoria própria, 2020]
Imagem 104: Vista superior do terreno. [https://earth.google.com/web/@-21.15740785,-47.79491242,536.12736153a,484. 1 2 0 9 9 4 1 d , 3 5 y , 0 . 0 0 0 0 2 9 2 5 h , 0 t , 0 r ] Acessado em 19 de novembro de 2020.
143
Fotografia 03: Visão Rua Onze de Agosto Rua Antonio Milena
Rua São Paulo Rua Onze de Agosto
Rua Pinheiro Machado
2 1
3
Imagem 105: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e Onze de Agosto. [Autoria prรณpria, 2020]
Imagem 106: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e Onze de Agosto. [Autoria prรณpria, 2020]
Fotografia 01: Cruzamento Rua Onze de Agosto // Rua Antonio Milena
Fotografia 02: Visรฃo Rua Antonio Milena
Imagem 107: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e Onze de Agosto. [Autoria própria, 2020]
Imagem 108: Vista superior do terreno. [https://earth.google.com/web/@-21.15740785,-47.79491242,536.12736153a,484. 1 2 0 9 9 4 1 d , 3 5 y , 0 . 0 0 0 0 2 9 2 5 h , 0 t , 0 r ] Acessado em 19 de novembro de 2020.
145
Fotografia 03: Visão Rua Onze de Agosto Rua Antonio Milena
Rua São Paulo Rua Pinheiro Machado
2 1 Rua Onze de Agosto
3
Imagem 109: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e São Paulo. [Autoria própria, 2020]
Imagem 110: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e São Paulo. [Autoria própria, 2020]
Fotografia 01: Cruzamento Rua São Paulo // Rua Antonio Milena
Fotografia 02: Visão Rua São Paulo
Imagem 111: Fotografia do cruzamento entre as Ruas Antonio Milena e S찾o Paulo. [Autoria pr처pria, 2020]
Imagem 112: Vista superior do terreno. [https://earth.google.com/web/@-21.15740785,-47.79491242,536.12736153a,484. 1 2 0 9 9 4 1 d , 3 5 y , 0 . 0 0 0 0 2 9 2 5 h , 0 t , 0 r ] Acessado em 19 de novembro de 2020.
147
Fotografia 03: Vis찾o Rua Antonio Milena
2
1
Rua S찾o Paulo Rua Pinheiro Machado
3 Rua Antonio Milena
Rua Onze Agosto
Terreno Um terreno bem localizado, no bairro Campos Elíseos, e de fácil acesso, tanto para quem depende de transporte público, quanto para quem depende de automóvel. Nas análises feitas, foi visto que a Rua São Paulo é que mantém um maior fluxo de veículos. A gleba conta com um área total de 5918,90m² e um perímetro de 350,63 metros.
Imagem 113: Mapa do terreno. [Autoria prรณpria, 2020].
149 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION Rua Sรฃo Paulo
Rua Antonio Milena 53
2.
3.01
Rua Pinheiro Machado
B
8
67
.3
3
Rua Onze de Agosto
73
.71
A
53
1.
13
8
5.
78
68 .4 2
.90
A
B
79
.7
0
25
.7
9 53
1.
00 10 05
100
2.
8
50
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
N
53
8
Imagem
114:
Corte
AA.
[Autoria
própria,
2020].
Rua São Paulo
3.00
532,10 532,10 8.00
1.00
Área de intervenção
2.00
3.00
Corte AA
CORTE AA
8.00
1.00
531,90
2.00
CORTE AA
Rua Pinheiro Machado
Corte BB
3.00
3.00
10 ,10 532,532
8.00
1.00
2.00
8.00
1.00
2.00
Área de intervenção
532,0
115:
Corte
BB.
[Autoria
prรณpria,
2020].
151
531,90
Rua Antonio Milena
531,90 3.00
01
Imagem
532,01
8.00
1.00
2.00
Imagem ticas.
116: [Autoria
Restrições própria,
urbanís2020].
Imagem ticas.
117: [Autoria
Aplicações própria,
urbanís2020].
Restrições Urbanísticas
Macrozoniamento
ZUP - Zona de Urbanização Preferencial
Taxa de ocupação
Máxima de 4.735,12 m² Máximo de 29.594,50 m²
Gabarito
Básico de 10 metros podendo ser ultrapassado
Coeficiente de aproveitamento
Taxa de ocupação
70% residencial 80% não residencial
Taxa de solo natural
Coeficiente de ocupação
Máximo de 5 vezes a área do terreno
Densidade pop. líquida básica
850 habitantes/ha
Densidade pop. líquida máxima
2000 habitantes/ha
Taxa de solo natural Recuos Recuo mínimo letral/fundo Recuo Frontal
Mínimo de 10% da área do terreno Se ultrapassar 10 metros usar (R=H/6) 2 metros caso não ultrapasse o gabarito básico 5 metros se o gabarito for maior do que 4 metros, ou por H=3x(L+R)
Quando o lote for lindeiro a duas ou mais vias, as edificações deverão respeitar os recuos, conforme o gabarito e os tipos de vias envolvidos, independentemente de onde venha ser a entrada de pedestres ou veículos da edificação, de acordo com a fórmula R=H/6.
Mìnimo de 591,89 m²
Imagem 118: Mapa de macrozoneamento de Ribeirão Preto. [https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/splan/planod/ macrozoneamento.pdf].Acessado 21 de novembro de 2020.
153
Área de Intervenção
ZUP urbanização
Zona de preferencial
ZUR urbanização
Zona de restrita
ZPM - Zona de proteção máxima
05
Projeto I. Proposta de Intervenção
Imagem ma de
119: necessidades.
Tabela [Autoria própria,
progra2020].
Imagem ta áera
do
120: centro.
Imagem [Autoria própria,
vis2020].
Projeto: Proposta de Intervenção Programa de Necessidades
Setor
Ambiente Hall
Área Total
116.46 m²
Recepção
6.45 m²
Apoio para funcionários
14.20 m²
Diretoria
21.83 m²
Secretaria
15.37 m²
Tesouraria
13.72 m²
Almoxarifado
14.21 m²
Sala de reuniões
33.86 m²
Espaço para funcionários
69.42 m²
Sanitários
21 m²
Cantina (alimentação)
44 m²
Estacionamento
342.13 m²
Serviço social
28,30 m²
Terapia ocupacional
28,30 m²
Atendimento familiar
28,30 m²
Serviço
712,65 m²
Educacional
84,90 m² Alfabetização
360.60 m²
Impressão 3D/ máquinas braile
106.35 m²
Informática
115.50 m²
Biblioteca
243.10 m²
Musicoterapia
113.30 m²
Acervo
121.70 m²
Sanitários
51.65 m² 1.112, 20 m²
Lazer
A seguir, será apresentado o programa de necessidades feito para o complexo a ser executado, com seus setores e metragens, respectivamente, totalizando 3.824,15m².
Administrativo
Área
Quadra
843.85 m²
Piscina
142.60 m²
Playground
121.50 m²
Vestiários
42.25 m²
Casa de máquinas
6 m²
Deck elevado (convivio)
520.10 m²
Vão rebaixado (convivio)
238.10 m² 1.914,40 m²
157
Imagem 121: Imagem vo. Vista do cruzamento lo // Pinheiro Machado.
prédio administratientre as ruas São Pau[Autoria própria, 2020].
Conceito e Partido
servir como fator de conforto térmico.
A partir do concreto usado nas paredes do centro, na altura das mãos, foram feitas faixas de diferentes tipos de texturização de acordo com seu devido uso, somado a isso, tais texturizações foram pintadas de diferentes cores em busca de facilitar ainda mais a sua identificação. As portas foram juntamente pintadas acordando com seu respectivo uso.
O projeto será pautado na integração e inserção do deficiciente visual para com a sociedade. Para que essa integração se concretize, fatores como topografia, materialidade, cores e vegetação foram utilizados. Em busca de uma nova utilização para o terreno, propõe-se a quadra aberta, juntamente com elementos projetuais que tornam o local convidativo para o público, proporcionando uma revitalização para a área. Pensando na mobilidiade do deficiente visual, novos níveis foram desenvolvidos no projeto: as áreas de convívio, que possibilitam uma situação mais próxima do cotidiano. A parede verde inclinada torna-se uma continuação do gramado, que foi projetada a fim de não haver uma interrupção brusca entre interno e externo da quadra, portanto, sendo um meio atrativo para a população envolverse com o interior da quadra. Além de
As vegetações implantadas servem também como guias localizadoras, sendo um elemento a mais para auxiliar o deficiente visual a se localizar no ambiente. Isso ocorre a partir do aroma emitido por elas, captado através do olfato. O projeto é desenvolvido a partir de linhas retas, com exceção do plano inclinado convidativo, em busca da melhor adaptação e identificação do defiente visual.
159
Memorial Descritivo e Justificativo
O projeto é composto por três blocos principais, sendo estes caracterizados como administrativo, de serviço e educacional. Sua principal fachada está voltada para a Rua Pinheiro Machado, justamente por ser a via com menos movimentação de veículos. Por ela, temos acesso ao interior da quadra, ao prédio administrativo e ao estacionamento, este sendo privado para os funcionários do Centro.
Imagem
Implantação.
122:
[Autoria
própria,
2020].
161 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Acesso à quadra Acesso administrativo Acesso educacional Acesso ao lazer Acesso estacionamento
Lazer
Administrativo
Serviço
Estacionamento
Convivio
Circulação vertical
Educacional
Circulação horizontal
Alimentação
Circ. dentro da quadra
0.65
Rua Antonio Milena
7.50
N
IO
NT
S ER
Rua Pinheiro Machado
7.50
V
E UD
K
ST
PR
S DE
BY
531.8
D
CE 0 10
532.8
T
EN
UD
ST
531.8
SK
DE
TO
AU
7.50
3.80
AN
D
50
13.90
N
00
10
05
25.79
79.70
A
N
Rua São Paulo 5.78
67.33
0.20
B
B
73.71
3
.0 1
NT
N
IO RS VE
IO
RS
VE
11.10
3.40
68.42
O
PR
BY
DU
D
E UC
AU
O
TO
AN
0.00
O prédio administrativo do projeto é o único que possui três paviementos, sendo o mais alto, o de serviço estando elevado e os educacionais com dois pavimentos de altura. O andar térreo é composto pela maior parte dos usos do centro, estes sendo a recepção, o hall, apoio para funcionários e sanitários na parte da administração. A área de lazer, contendo a quadra, piscina e playground, o deck elevado e o vão rebaixado compondo a parte de convivio. Na parte educacional os usos são de alfabetização, sala para impressão 3D e máquinas braile, sanitários e informática. A cantina com a parte de alimentação. Finalizando com o estacionamento.
Imagem 123: Planta ro pavimento. [Autoria própria,
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
163
Acesso à quadra Acesso administrativo Acesso educacional Acesso ao lazer Acesso estacionamento
Lazer Convivio Educacional Alimentação Administrativo
Estacionamento
3.50
Circ. dentro da quadra 2. 30
Estacionamento
primei2020].
8.48
0.50
4.25
15.32
1.50
6.00
1.50
13.20
2.53
3.49
3.80
7.90
7.00
8.10
4.00
4.05 3.00
3.10
Alfabetização
2.00
2.00 2.00
3.80
15.12
09 08
W.C. MASC.
C
0.75
5.76
4.73
CE
9.00
W.C. FEM.
0.80
Projeção Pavimento Superior
37.32
1.60
Gramado
0.75
Limite Parede Inclinada
1.45
3.00
1.15
04 03 02 01 3.10
3.00
19
1.50
16 17
15.12
1.45
06 05
18
1.45
10.69
07
14 15
3.35
13
Limite Parede Inclinada
1.20
9.95 11 12
2.00
10
Alfabetização
DU 21.82
2.00 8.70
5.30
Banco + Gramado
2.21
2.10
10.00
0.30
4.49 02
0 15 14
13
12 11
04
05 06
07
08 09
1.20
6.50
Balanço
16
02 03
4.35
1.80
Gira-gira
Escorregador
Recepção
3.00 18.69
2.60
A
0.75
0.80
2.13
1.50
4.03
05
2.15
2.31
0.80
0.84
0.50
Vest. Masc.
25.79
2.00
N
PLAY GROUND Vest. Fem.
67.33
N
13.90
Rua São Paulo
5.78
73.71
B
3
.0 1
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
NT
18.59
B
IO RS VE
00
N
Arquibancada
PISCINA
Gramado
2.00
2.09
2.00
2.02
1.00
Limite Parede Inclinada
68.42
3.00
17.02
79.70
7.25
0.75 1.50
10
1.75
1.50
Casa de Máquina
A
IO
2.10
10
3.85
RS
18 17
VE
19
0.30
01
0.75 2.00
B 0.30 0.30 0.30
2.50
1.10
Apoio Func. 2.00
Gangorra
5.41
Limite Parede Inclinada
1.00
2.10
2.65
0.75 2.29
8.00
T
18.38
Projeção Pavimento Superior
05
10
04
Projeção Pavimento Superior
03
532.8
1.50
5.41
01
EN
Arquibancada
02
UD
A
04 03
ST
531.8
01
05
50
3.00
SK
2.00
DE
3.50
3.70
4.56
8.91
2.20
5.00
5.00
5.30
2.75
2.15
TO
Cantina
AU
O
9.91
Rampa, i = 10%
4.26
17.47
3.50
Rampa, i = 10%
AN
C DU
BY
531.8
D
AN
A
1.20
10.58
7.50
S
O
ED
BY
O UT
1.20 3.40
4.00
DE
C
B
3.80
Rua Pinheiro Machado
Impressores 3D / Máquinas Braile
PR
SK
D TU
4.00
4.50
1.80
0.500.50
26.98
3.50
2.55
T EN 8.60
13.88
Alfabetização
VE
11.80
8.00
O
I RS
10.90
Banco + Gramado
2.53
N
3.40
7.50
5.90
12.65
19.63
13.12
5.00
Banco + Gramado
5.85
4.30
5.20
2.70
Projeção Pavimento Superior
1.53
9.13
2.40
0.500.50
PR
Limite Parede Inclinada
2.63
4.19
3.15
Pergolado de Madeira
Rua Antonio Milena
Informática
1.45
5.63
Deck Elevado
10.58
5.90
6.62
6.13
Espelho D'água
2.00
Espelho D'água
2.00
2.00
5.00
2.00
2.00
2.00
00 5.
5.00
4.25
Espelho D'água
PLANTA PAVIMENTO TERREO
O segundo pavimento do complexo é composto somente por três de todas as partes do programa, sendo elas a parte admnistrativa, dispondo de sanitários, elevador, almoxarifado, tesouraria, secretaria e diretoria. A área de serviço, que contém as salas: de atendimento familiar, terapia ocupacional e serviço social. O último uso disposto neste pavimento é o voltado para a educação, compreendendo os sanitários, acervo, a biblioteca e a sala de musicoterapia.
Serviço Educacional Administrativo
2.00
19.28
5.00
2.00
3.00
4.00
Limite Parede Inclinada
2.03
6.13
15.11
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
3.30
2.00
Biblioteca
7.50
2.03 1.20
Limite Parede Inclinada
7.50
6.31
3.00
3.00
B
0.75 1.03 3.08
1.03
B
1.50 3.13
4.49
1.50
1.80
1.80
0.75
15.12
Limite Parede Inclinada
Terapia Ocupacional
4.49
6.31
Limite Parede Inclinada
Serviço Social
B
4.50
6.31
B
Limite Parede Inclinada
Atendimento Familiar
6.31
A
A
0.75 19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
09
08
07
06
05
04
03
02
01
2.00 2.00
3.78
2.10
0.75
Diretoria 1.73
3.75
Almoxarifado
Secretaria
Tesouraria
3.42
4.05
4.05
2.07
3.75
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Acervo
15.11
Musicoterapia
3.18
3.18
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
2.00
1.50
Imagem 124: Planta do pavimento. [Autoria prรณpria,
segun2020].
2.00
19.28
5.00
2.00
3.00
4.00
Limite Parede Inclinada
2.03
6.13
15.11
165
3.30
2.00
Biblioteca
Acervo
2.03
7.50
2.00
1.20
1.50
Rua Pinheiro Machado
Limite Parede Inclinada
7.50
15.11
6.31
3.00
3.00
Musicoterapia
1.80
N
B
0.75 1.03 3.08
1.50
O SI
1.03
1.80
0.75
15.12
1.50 3.13
VE
4.49
R
T
N DE
U
ST
Terapia Ocupacional Limite Parede Inclinada
K
6.31
DU
Serviรงo Social
531.8
D
Limite Parede Inclinada
CE
B
4.50
BY
6.31
AN
D
Atendimento Familiar
TO
Limite Parede Inclinada
AU
17
16
15
14
13
12
11
10
09
08
07
06
05
04
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02
01
0
A
T
EN
10
532.8
531.8
18
UD
19
2.00
ST
0.75
2.00
SK
DE
6.31
50
3.78
2.10
N
IO
RS VE
0.75
Diretoria
67.33
05 00
N
79.70 13.90
N
Rua Sรฃo Paulo
B
1
3. 0
IO
3.18
73.71
RS VE
3.18
5.78
3.42
10
4.05
Secretaria
Tesouraria
B
2.07
3.75
4.05
A
1.73
25.79
3.75
Almoxarifado
68.42
O
PR
AN
O
D
E UC
BY
4.49
O
T AU
PR
S DE
Por fim, o último pavimento do complexo comporta somente a área admnistrativa, sendo um uso restrito para funcionários. Neste andar encontra-se uma área para funcionários e uma sala para reuniões.
Administrativo
B
B
B
0.75
19
18
17
16
15
14
13
12
7.97
2.00
Sala Reuniões
3.75
Espaço Funcionários
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
2.10
B
11
10
09
08
07
06
A
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Imagem 125: Planta do pavimento. [Autoria própria,
segun2020].
167
Rua Pinheiro Machado B
N
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I RS
NT
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0 10
532.8
531.8
2.10
17
A
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18
UD
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ST
0.75
SK
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TO
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7.97
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Sala Reuniões
00
10
05
25.79
13.90
73.71
B
3
.0 1
NT
N
Rua São Paulo
5.78
IO RS VE
B
N
67.33
Espaço Funcionários
79.70
A
N
3.75
68.42
O PR
B
AN
D
E UC
AU
O
TO
AN
Imagem
126:
Corte
AA.
[Autoria
prรณpria,
2020].
3.40
PRODUCED BY AN AUTOD
+ 7.00
10
00.00
+0.20
11
12
09 08
13
07
14
06
15
05
16
04
17
03
18
02
19
20
01
02
03
04
05
06
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09
10
11
12
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16
17
18
19
20
3.40
15
+ 3.60 3.40
2.21
Rua Pinheiro Machado
+0.20
01
+0.20
0.45
00.00
0.90
1.14
+0.65
3.45
2.20 0.50 0.75
Rua Antonio Milena
Imagem
127:
Corte
BB.
[Autoria
prรณpria,
2020].
169
DESK STUDENT VERSION
3.40
2.20 0.70 0.50
Rua Antonio Milena
Rua Pinheiro Machado
+3.60
+2.00 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 05
04
03
02
01
-0.85
1.05
19 18 17 16 15 14 13 12 11
01
02
03
04
05
Estrutura
O projeto possui como sistema estrutural pilares e vigas metálicos. Esse tipo de material foi escolhei por possibilitarem maior vãos com elementos mais esbeltos. Por serem fabricados fora do canteiro de obras, acaba colaborando na racionalização da mesma, além agilizar no processo construtivo. Nas vedações, o material utilizado será o concreto. Optouse por este material nas vedações justamente por ele ser um material mondável, proporcionando em cada uso, um tipo de texturização diferente. Os panos de lajes serão estruturados com concreto protendido, por possuirem mais resistência, acabam aliviando as tensões sobre os pilares e vigas, contribuindo assim para uma menor quantidade de pilares e menor
altura de viga,além de serem mais leves do que as lajes de concreto armado.
Imagem 128: Evolução estrutural. [Autoria própria, 2020].
171
Imagem 129: Esquema de telhado verde. [Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/ae/31/4e/ae314ec61e4ce46f82eaaa7eb78dcd7d.jpg] Acessado em 28 de novembro de 2020.
Áreas Verdes
Foi projetada uma cobertura verde para os edifícios com a parede inclinada, pensando primeiramente no conforto térmico, pois eles recebem o sol da tarde. Além de ajudar com a climatização do ambiente, o telhado verde auxilia na capitação de águas pluviais e ajudam contra ruídos urbanos. Ao decorrer de todo o projeto encontram-se áreas permeáveis, compostas por diversos tipos de vegetações. A ideia é de que essa diferenciação de vegetação através dos cheiros, ajudam o deficiente visual possuir mais uma maneira de se encontrar dentro do complexo.
Imagem 130: Imagem vista do vão. [Autoria própria, 2020].
173
Cobertura verde
Vão
Evolução da forma
01
03
02
04
Imagem 131: Evolução da forma. [Autoria própria, 2020].
175
05
07
06
08
Área de convívio
177
Cobertura verde
Concreto queimado
Ă rea educacional
179
Concreto texturizado 01
Em todo o centro, os edifícios serão revestidos externamente com diferentes tipos de texturas moldadas no próprio concreto na altura das mãos, essas texturas receberão pintura de diferentes cores, de acordo com cada uso, provomendo assim a fácil localização do deficiente visual. Junto a isso as portas receberão a respectiva cor de seu uso.
Concreto texturizado 02
Passarela
181
Aluminio preto fosco
Paredes
Onde não há a faixa de identificação com as diversas texturas e cores, as paredes externas do complexo, e as internas, serão pintadas na cor branca.
Cantina
183
Concreto texturizado 03
*ReferĂŞncia*
A lateral da cantina recebe um trabalho especial, nela serĂŁo esculpidas algumas siluetas e bustos de obras de arte, gerando uma interativdade com o acervo existente no prĂŠdio educacional.
Administração interior pavimento 01
185
No interior de todo o centro o forro será de madeira, com excessão das salas de alfabetização que será em gesso.
Forro de madeira
Revestimento interno
O revestimento interno escolhido foi o porcelanato Battuto SGR Nat da Portinari por ser piso com a superfície natural, tendo mais atrito e causando menos riscos de possíveis escorregões.
Administração interior pavimento 01
187
Administração interior pavimento 02
189
Administração interior pavimento 02
191
Diretoria
193
Administração interior pavimento 03
195
Sala para reuniĂľes
197
Passarela
199
Terapia ocupacional
201
Externo educacional pavimento 02
203
Educacional interior acervo
205
Educacional interior biblioteca
207
Educacional interior informรกtica
209
Educacional interior impressoras 3D e braile
211
Cantina
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Playground e piscina
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Quadra
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Deck de madeira elevado
219
Deck de madeira elevado
221
Conclusão Foi de extrema importância para a realização do projeto, não somente o conhecimento da norma de acessibilidade, mas as reais necessidades que cercam o deficiente visual; conhecer e entender cada uma delas, tornaram o projeto acessível e integrado. Em outras palavras, perceber o quanto esses detalhes tornam-se grandiosos e essenciais para o invisual, permite um fazer arquitetônico primordialmente inclusivo, além de necessário.
O projeto em estudo viabiliza áreas de educação, serviço, lazer e convívio, não somente para os alunos que ali estudarão, mas para toda a população local. Com a total efetividade do espaço, torna-se possível também o atendimento de pessoas de Ribeirão e região. O projeto foi elaborado de modo a benificar o local, e desenvolver
um na
projeto de tal complexidade zona Norte de Ribeirão Preto
223
Referências bibliográficas GIL M. Deficiência Visual. Brasília, DF: n. 1, [s.n.], 2000. OTTAIANO J. A. A. et al, As Condições de Saúde Ocular no Brasil. São Paulo, [s.n.], 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Informação e Documentação Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos Apresentação, Rio de Janeiro, 2015 COELHO, Julia Richard Bicudo Arquitetura Sensorial - O relacionamento dos sentidos humanos com as construções arquitetônicas. 2019. 111f. Trabalho de Conclusão de Curso (Grau de Bacharel) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019. MARTINS, Marcele Salles; SILVEIRA, Katiane da; ROMANINI, Anicoli; BERNARDES, Marina; LATELME, Elvira
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