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L’ arte Revista digital

Historia da arte

Edição especial GQ 2 - Maiol 2011.1

20102019384



Editorial


Arquitetura na Renascença Indumentária renascentista indumentária associada a arquitetura

01 03 04

Barroco A arquitetura na era do ornamento Arquitetura sacra A moda do Rei

Rococo O estilo da luz Maria Antonieta: A rainha da moda e suas inflências

A arquitetura da razão Indumentária Neoclássica: a moda imperial

05 06 08 09 11

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Romantismo A arquitetura Romântica: o estilo Neogótico O Realismo Indumentária Romântico A moda na era vitoriana

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Art Nouveauo O estilo Liberty arquitetônico Indumentária

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Estilo Moderno O estilo art Decó Nasce o estilo internacional A moda na década de 10 e 20 A moda na década de 30 e 40

29 31 33 34

Arte pos-moderna O pluralismo na arquitetura A moda nos anos dourados Anos 60 A moda nos anos 70 A moda Brega A moda do importado

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Arte do seculo XXI A arquitetura do século XXI A moda do século XXI A arquitetura e a moda

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Arte Renascentista Arquitetura na renascença A arquitetura renascentista ainda que tenha surgido não totalmente desvinculada dos valores medievais, os conceitos que estão por trás dela são de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da idade média em especial com o estilo gótico. Os arquitetos do renascimento perceberam, mediante a medição e estudos de templos e ruínas, que a origem da construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a perspectiva para se obter uma construção com proporções totalmente harmônicas. A partir de então surgiu uma arte racional e funcional.

Filippo Brunelleschi foi quem apresentou a nova concepção renascentista na arquitetura. Ele assimilara, durante longo tempo, as formas clássicas e góticas e adaptara-as à sua época. Um dos trabalhos mais importante foi a construção da cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore que foi baseada em estudos do panteão e outras cúpulas romanas.

vita leteral da abobada entral da catedral de santa Maria del Fiori, projetada por Brunelleschi

Planta baixa da catedral de Santa Maria de Fiore em seu formato de cruz

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Natalia Goulart e Victor de Brito

Seguindo esse caminho, as primeiras igrejas do renascimento mantêm a forma da cruz latina, o que resulta num espaço visivelmente mais longo do que largo. Entretanto, para os teóricos da época, a forma ideal é representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega, mais freqüente nas igrejas do renascimento clássico.


As ordem cássicas no renascimento

Arte Renascentista

Os palácios também foram construídos com base no quadrado, vistos de fora, eles se apresentam como cubos sólidos, de tendência horizontal e com não mais de três andares, articulados tanto externa quanto internamente por colunas e pilares. Um pátio central, quadrangular, tem a função de fazer chegar luz às janelas internas e a parede externa costuma receber um tratamento rústico. A ordem das colunas varia de um andar para outro e costuma ser a seguinte: no andar térreo a ordem toscana, no pavimento principal a jônica e no superior, a coríntia

As ordens gregas de colunas substituíram os intermináveis pilares medievais e se impuseram no levantamento das paredes e na sustentação das abóbadas e cúpulas. São três as ordens mais utilizadas: a dórica, a jônica e a coríntia, originadas do classicismo grego. A aplicação dessas ordens não é arbitrária, elas representam as tão almejadas proporções humanas: a base é o pé, a coluna, o corpo, e o capitel, a cabeça.

A superação do Classismo

Palácio Vázquez de Molina.

Pátio interior do Palácio de Vazquez Molina. Mostra os arcos e as típicas colunas de ordem clássica, alêm do

Com o domínio da linguagem clássica, os arquitetos renascentistas começam a sobrepor-se ao clássico. A partir disso, os elementos compositivos do classicismo já não mais são usados nas obras em busca do ideal clássico e sim de uma plena consciência em busca da inovação. Andrea Palladio será o grande expoente desta nova forma de lidar com a linguagem clásica, principalmente pelos seus projetos de Villas. A vila Rotonda é uma das construções mais espetaculares, que ilustra perfeitamente a significação da noca aplicação do classicismo. Definida por um bloco quadrado emcimado por uma cúpula, apresenta quatro fachadas porticos idênticos, agrupados em torno de um atrio central que recorda o Panteon romano. Villa Rotonda, Andrea Palladio, 1550-1551

De silhueta majestosa, esse palácio conhecido como « De las cadenas» é uma obra clássica de um autêntico palácio urbano do renascimento. Sua planta quadrada com um grande pátio central, com arcos arcos semicirculares sobre colunas de mármores, é o ponto central no qual o edifício esta organizado, aonde possui elementos da linguagem renascentista. Sua fachada elegante, consiste em três níveis no qual cada nível possui um padrão de coluna diferenciada, seguindo o estabelecido pelo movimento

Natalia Goulart e Victor de Brito 02


Arte Renascentista Indumentaria Renascentista Com a tomada dos ideais clássicos e a valorização do modo de pensar homem na arquitetura a indumentária mudou bastante, tornando-se mais requintada. As cidades italianas de Gênova, Veneza, Florença, Milão passaram a fabricar tecidos de alta qualidade, como veludos, brocados, cetins e sedas para se adaptar ao estilo da época. As cortes européias trouxeram cada uma suas peculiaridades no modo de vestirse, embora ainda houvesse certa similaridade pela influência que uma exercia na outra. Esse processo de influência exercido pelas cortes começou com as da Itália, mas teve seqüência com as alemãs, francesas, espanholas e inglesas.

Moda masculina

homem com bagrette

A indumentária masculina era bastante colorida, chamativa e mais efusiva do que a feminina. O que caracterizou o período foi o Gibão – que hoje seria o nosso paletó. Era usualmente acolchoado, com ou sem mangas. Sobre o Gibão usavam ainda uma espécie de túnica aberta na frente e confeccionada com bastante e tecido ornamentado. Na parte inferior, usava um calção bufante, com Braguete, um detalhe sobre o órgão sexual, que ajudava a unir as pernas e proporcionava um efeito erótico, provando a sua masculinidade e virilidade. Nas pernas usavam meias coloridas, muitas vezes com características diferentes para cada perna.

Gibão

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Natalia Goulart e Victor de Brito

Moda feminina A moda feminina, em geral, adotava um vestido denominado de vertugado. Este era rígido na parte superior e da cintura para baixo, se abria em formato de cone sem efeito de movimento. As mangas desses vestidos normalmente eram longas, largas e quase tocavam o chão. Em seus vertugados as mulheres faziam o uso das talhadas, cortes na camada superior do tecido deixando aparecer o de baixo, embora mais comum para os homens.


Arte Renascentista Como os decotes passaram a ser menos utilizados nesse primeiro momento, surgiu um tipo de gola, denominada de rufo, que se assemelhava a uma enorme roda em torno do pescoço, em tecido fino e toda engomada. Era normalmente branca e podia ser ornada com rendas. Também era sinônimo de prestígio social tanto em homens quanto em mulheres.

Muito utilizado pela Rainha Elizabete o modelo de vestido farthingale substituiu o vertugado, esse modelo crescia bastante na altura dos quadris o que acentuava mais a ideia da perda da verticalidade estabelecida pelo gótico, valorizando a horizontalidade. Utilizado com o corpete e a evolução dos rufos que passavam a ser abertos à frente para se ver o decote e mas altos atrás, serviu como forma de alinhar o corpo e conferindo a mulher um ar de sedução.

Indumentária do filme a Era de Ouro. As imagens a cima mostra o rufo sendo utilizado em ambas os gêneros.

Curiosidade: a indumentária associada á arquitetura. Existiu neste período uma associação dos efeitos de arredondamento vistos na indumentária, com aqueles manifestados na arquitetura. Esta caracterizou- se não mais por pontas e bicos presente na arquitetura gótica , mas sim por arcos, estes vistos nos vestidos femininos e no Gibão masculino.

Coleção Barbie renascentista, Barbie como Elizabeth II. Mostra o modelo Farthing.

O filme “Elizabeth - A Era de Ouro”, ganhador do Oscar de melhor figurino, mostra fielmente a moda renascentista.

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Arte Barroca

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o século XVII, a pureza do Renascimento passou a dar lugar ao rebuscado estilo enfático, pomposo e do exagero do Barroco. Essas características podem ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista. Um dos traços fundamentais desse vasto período é que durante seu apogeu as artes plásticas conseguiram uma integração total. A arquitetura, monumental, com exuberantes fachadas de mármore e ornatos de gesso, serviu de palco ideal para as pinturas apoteóticas das abóbadas e as dramáticas esculturas de mármore branco que decoravam os interiores.


Arte Barroca

A arquitetura na era do ornamento

Na arquitetura barroca, os conceitos de volume e simetria que vigoravam no renascimento são substituídos pelo dinamismo e pela teatralidade. O produto desse novo modo de desenhar os espaços é uma edificação de proporções enormes, em que mais do que a exatidão da geometria prevalece a superposição de planos e volumes, um recurso que tende a produzir diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores. Fachada do Palácio de Dos Aguas Valência

Igreja São Francisco da Penitencia, largo da carioca Rj

O palácio barroco construído em três pavimentos, em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o de Versalhes. Seguindo seu exemplo, são construídos nas diversas cortes européias palácios faustosos, cercados de imensos jardins.

vista do palácio de Versalhes

Construido na época do rei Luis XIV, O Rei Sol, pelos arquitetos Le Vau, Hardouin-Mansart e Le Nôtre, é o mais importante monumento arquitetônico francês. Esse luxuoso palácio reflete o esplendor, o poder real e pela força francesa diante dos outros países da Europa. Tudo no palácio é magnifico desde seu exterior com seu formato horizontal e jardins desenhados segundo forma geométrica, até seu interior sendo sinuosamente decorado em ouro, como no aposento real. aposento real

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Arte Barrroca A arquitetura sacra A expressão típica da arquitetura barroca são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de sinuosidades, com elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.

igreja Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, Minas Gerais. 1733

interior da Matriz Nossa Senhora do Pilar

A arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. Um dos exemplos é a igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar em Minas Gerais. Seu teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento. Carracteristas assim perpetuou sobre todas as regiões influênciadas pelo barroco. Natalia Goulart e Victor de Brito 06


Arte Barroca Indumentária Os excessos começaram a ganhar espaço, em seu lugar do aspecto de esplendor estabelecido no renascimento. Nesse período, o rufo foi mantido e tornou-se ainda maior, porém evoluiu para o Cabeção, que era uma gola de renda engomada e levemente inclinada para cima na parte de trás, completamente apoiada sobre os ombros. A renda estava muito em evidência em punhos e golas, tanto para homens quanto para mulheres. Gola Cabeção, evolução do Rufo

As mulheres não usavam mais o vertugado e sim uma sobreposição de anáguas sob uma saia mais arredondada. Usavam uma camisa curta e outra por cima, muito decotada e indo até o cotovelo. O corpete era comum, deixando as cinturas finas e os tecidos, assim como nos homens, eram luxuosos e caros. Há uma valorização das formas femininas que ressalta os quadris e acentua a cintura. Cabeção na indumentária feminina

Indumentária feminina

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Arte Barrroca A moda do rei Durante o reinado de Luis XIV, as roupas masculinas ficaram cada vez mais luxuosas, feitas em brocador e sedas cara, bordados em ouro e prata. Nelas se gastavam fortunas e o bom gosto foi substituído pelas ostentação. O Rei Sol era considerado o homem mais bem vestido da Europa e seu gosto opulento, influênciou monarcas nobres de todo o continente europeu. Ele usava salto, devido à sua estatura. Para completar o "look" ele ordenava que nos seus saltos fossem esculpidas miniaturas de batalhas famosas ou cenas idílicas. Ele também lançou a moda dos longos cabelos masculinos, dai a utilização de perucas, tornando-se um grande ícone da moda masculina na época.

Quadro de Luis XIV, O Rei Sol.

‘La mode est le mirror de l’ histoire’

Leonardo DiCaprio, como Luis XIV no filme O homem da máscara de ferro

(Frase dita pelo Rei Luis XIV para justificar suas absurdas despesas com roupas bordadas a ouro e prata e quer dizer ‘ A moda é o espelho da historia’)

O sapato do Rei Sol, uma marca pessoal do seu estilo.

Com isso os homens começaram a usar uma espécie de túnica longa que, foi se encurtando e se transformou na veste, chegando à altura dos joelhos. Usava também o culotte, agora bem mais justo e abaixo dos joelhos e, como complemento geral, uma casaca. Era muito comum o uso de botas, que eram adornadas em seus canhões com rendas. Essas botas, que de início era só para montaria, ganham status de moda, sendo o período dos mosqueteiros na frança e dos cavaleiros na alemanha.

No filme o homem da mascara de ferro, mostra a indumentária presente na época de Luis XIV. Principalmente a ostentação do poder desse Rei e dos defensores da monarquia os mosqueteiros. foto á cima e ao lado

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Arte Rococó

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rococó movimento artístico europeu compreendido entre o Barroco e o Neoclassicismo, caracterizou-se por um estilo de cores claras e tons pasteis, um excesso de curvas e pela profusão de elementos decorativos como conchas, flores, laços que buscavam uma elegância requintada. Existe uma alegria na decoração, na teatralidade, no exagero, na refinada artificialidade dos detalhes, porém sem a dramaticidade nem a religiosidade do Barroco.


Arte Rococo O estilo da luz A arquitetura Rococo é marcada pela sensibilidade, percebida pela distribuição dos ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida mais individual e caprichoso. Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores.

Escultuta de anjos com ramos de flores na mãos caracteristico do estilo Rococó

interior decorado conjuga elementos esculturais e pictóricos característicos do estilo rococó. O ambiente é requintado com tons de branco, dourado e rosa.

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Nas igrejas as cúpulas eram menores que as do barroco, as paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Para quebrar a rigidez das paredes, os contornos das janelas ovais eram decorados com ramos e flores, povoadas de anjinhos. Esse estilo arquitetônico, fico conhecido como o 'estilo da luz' devido as amplas aberturas nos edifícios do século XVIII.

Igreja de Vierzehnheiling, Alemanha 1743-1772. Johann Balthasar Neumann


Arte Rococo O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana. A expressão máxima do rococó na arquitetura palaciana são os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins. Construídas para o lazer dos membros da corte, essas edificações, decoradas com molduras em forma de argolas e folhas transmitiam uma atmosfera de mundo ideal. Para completar essa imagem dissimulada, surgiam no teto, imitando o céu, cenas bucólicas em tons pastel. Castelo de caça Amalienburg no parque do castelo de Nymphenburg, em Munique, 1734-1739, foi projetado pelo arquiteto francês François de Cuvillier. (1695-1768)

O melhor exemplo de um interior rococó é o Salão dos Espelhos, projetado por François de Cuvilliés (1698-1768). Essa "maison de plaisance", ou casa do prazer, é profusamente decorada, porém com delicadeza. Uma série de espelhos, portas e janelas em arco se destaca entre as linhas curvilíneas de plantas, cornucópias, animais e instrumentos musicais - tudo em prata banhada em ouro, sobre um frio fundo azul. As curvas ascendentes e descendentes dos ornamentos fazem desse aposento um tour de force do estilo rococo Salão dos Espelhos, Cuvilliés, 1734-39, Amalienburg, Alemanha.

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Arte Rococo Indumentária

Maria Antonieta: A Rainha da moda e sua inflencia A moda foi diretamente influenciada pelas novas linhas da arte e esteve associada à figura da Rainha Maria antonieta na indumentária feminina. O uso da renda manteve-se tanto para homens quanto para mulheres, como os tecidos de seda e grossos brocados com inspiração na natureza., tema muito utilizado na época. Maria Antonieta foi uma das precursoras do estilo de indumentárias que iria refletir esse tema e que também era influenciado pela anglomania. Arquiduquesa Maria antonieta

As cenas ao lado pertencem ao filme Maria antonieta, nela podemos ver os diferentes tipos de indumentéria presente na época

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Barbie collect, Arquiduquesa Maria Antonieta. Mostra o Painiers muito utilizado pela Duquesa

Os corpetes ajustavam no busto e cintura, eram decotados e quadrados, com magas até os cotovelos, sendo finalizadas por babados, rendas e laços de fita. Os vestidos tinham saias muito volumosas e cônicas. Os vestidos abertos tinham a saia recortada na parte da frente, deixando aparecer a de baixo, muito ornamentada. Enquanto o fechado, como o próprio nome sugere, tinha a saia sem a abertura. Na parte lateral dos quadris havia um grande volume, obtido por espécie de cestinhos em geral feitos de vime, chamados de Paniers. Na parte das costas, os vestidos muitas vezes tinham pregas largas, que iam dos ombros até o chão, denominadas de Pregas à Watteau. O filme Maria Antonieta de 2006, da diretora Sofia Coppola, vencedor do Oscar de melhor figurino, é uma ótima referência da moda do estilo Rococó.


Arte Rococo As mulheres usavam inicialmente penteados baixos e também empoados com pó branco, no entanto o que marcou o período foram os penteados grandes, que chegaram ao extremo exagero em proporções e em adornos. Eram feitos com os próprios cabelos das mulheres, que não usavam perucas, apenas enchimentos com crina de cavalo para chegarem aos exagerados volumes do período. Eram enfeitados com cestos de frutas, caravelas, moinhos de vento, borboletas, entre outros. Essa característica pode ser vista no filme A Duquesa, também vencedor do óscar de melhor figurino, mostra bem a estética da Inglaterra setecentista. Os vestidos tão requintados e brilhantes, os penteados e a moda masculina Rococó.

Penteado da Duquesa de Devonshire vivida por Keira Knightley

Duque e Duquesa de Devonshine, mostrando o estilo pomposo do período

Os homens vestiam neste período o calção, camisa, coletes bordados, casacas também bordadas, meias brancas e sapatos de salto. As perucas continuaram a serem usadas por eles, mas agora eram empoadas com pó branco e tinham um rabo-decavalo preso por um laço de fita de seda preta e eram feitas de crina de bode ou de cavalo e de fibras Ator Ralph Fiennes como duque de Devonshire. indumentária masculina

Os penteados masculinos e femininos arcaram a França na Epoca do rococó

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Arte Neoclássica

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om respostas aos excessos do Barroco e Rococó, o Neoclassicismo surge propondo a volta das formas grecoromanas, no qual cultua principalmente a razão, a ordem, a clareza, a nobreza e a pureza. O novo movimento procurava recriar a grandeza clássica através de planos simples, geométricos, e altas colunas, além de copiar a decoração da antiguidade clássica. Esse movimento e nomeada por alguns autores como a “Era da Razão”.


Arte Neoclassica A arquitetura da razão Desenvolvendo-se principalmente na arquitetura e nas artes decorativa, esse estilo vai se manifestar no final do século XVIII e começo do século XIX , aonde torna-se eco dos novos ideais da época, como o: subjetivismo e a democracia. O neoclassicismo não se pretendeu criar um novo estilo, ocorria muito mais uma cópia do repertório formal clássico do que uma experimentação. Os arquitetos dessa época Procuravam, em seus projetos, desenvolver configurações plásticas que ordenassem as situações irregulares à maneira dos antigos como dos egípcios, romanos e gregos.

Igreja de Madeleine. Paris (1806-42). A Igreja de Madeleine, de Vignon, é uma amostra inconstestável do retorno da arquitetura clássica que se verificou durante a época napoleônica. São edifícios grandiosos de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros, tendo inspiração nos templos romanos

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Mais do que um ressurgimento de estética antiga, o Neoclassicismo relaciona fatos do passado aos acontecimentos da época. Os artistas neoclássicos tentaram substituir a sensualidade e trivialidade do Rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o Neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana. Nesse momento surgiram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas históricos.

O Pantheon. Paris (17571790)

O Pantheon de Paris (1757-1790). Esta construção possui um fino pórtico com um arranjo de colunas único que levam ao edifico principal sendo uma cruz grega em planta. O interior deve de sua elegância as finas colunas coríntias e as janelas invisíveis externamente. Seu exterior tem um ar de Capitéis corintio, detalhe do magnificência, com seu prótico de colunas coríntias, Pantheon de Paris. contrastando com as paredes sem janelas.


Arte Neoclassica Surgindo para dar sustentação à revolução francesa e depois ao império, o Neoclassicismo, no entanto, se apóia principalmente nos países da aliança contra Napoleão, como a Alemanha e a Inglaterra. Durante este período, as cidades foram invadidas por edificações colossais, como o célebre Arco do Triunfo, em Paris, construído em homenagem às vitórias de Napoleão. Nele evitou-se ao máximo recorrer aos ornamentos romanos, como as colunas clássicas

Arco do Triunfo. Paris 1805-1847

Nos Estados Unidos o estilo Neoclássico chegou através da Inglaterra e da frança. levando a concepção romana da Maison Carrés de Nimes, aplicadas nos projetos dos capióolios. O classicismo foi reinventado por vezes, como estilo nacional americano. Entre as Obras de grande destaque esta O ‘palácio do Tesouro’ de Washington. Sendo uma obra romano-classicista, muito imponente, em especial por sua grande cúpula sobre o salão circular central, alem de suas colunas corintías no pórtico central Capitólio de Washington

A origem do Neoclassicismo no Brasil é atribuído a missão francesa, na qual existia uma preocupação pelo aperfeiçoamento técnico. Porem as transformações arquitetônicas se limitavam a superfície: papeis decorativos importados da Europa e pinturas aplicadas sobre as paredes de terra para assemelhar-se aos interiores europeus, onde muitas vezes se pintavam fingimentos, sugerindo uma ambientação Neoclássica jamais realizada com as técnicas e matéria disponíveis no local. palácio imperial- Petropolis, Rj 1840 Guillobel Souza.

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Arte Neoclassica Indumentária Neoclássica : a moda imperial Os excessos vistos no período do Rococó, com os Paniers, muitos bordados, corpetes, perucas, tecidos faustosos, foram deixados de lado. A inflência do primeiro império francês, pelo imperador Napoleão, houve uma mudança drástica na forma de ser vestir a roupa ficou mais leves e mais praticas e o gosto pela natureza e o gosto pela vida no campo inglesas estiveram presentes também. Vale destacar as influências greco-romanas que também estiveram presentes: os cabelos intencionalmente despenteados e a forte lembrança das vestimentas gregas femininas.

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Imperador Naopeão Bonapart, Marcou a proclamação do primeiro império francês, no mesmo período onde as formas greco-romanas atingem a moda Neoclássica. Aderindo assim a uma moda imperial

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A “Anglomania”, admiração e imitação exagerada de tudo que é inglês, atingiu a vestimenta masculina no sentido de sobriedade. Eles passaram a usar casacos de caça ingleses, botas, calças cada vez mais assimiladas e parecidas com as de hoje, golas altas e majestosos lenços amarrados no pescoço como adorno. Indumentária masculina


Arte Neoclassica

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Para as mulheres a opulência também desapareceu, não havia mais nada de ostensivo e extravagante. Usavam um vestido simples, similar a uma camisola solta, com decote acentuado, geralmente de cor branca em tecidos vaporosos e transparentes como mousseline ou cambraia. Um traço característico desse vestido era o recorte de cintura alta, logo abaixo dos seios.As mulheres também usavam longas luvas para se protegerem do frio, quando os vestidos eram de mangas curtas. Esse era um grande problema nesses vestidos de leves tecidos e profundos decotes que deixavam o colo todo em evidência (quadrados ou em V). Assim, entra em moda um acessório que vai ser usado em todo o século XIX, o xale. Inicialmente importado da índia (Caxemira) e posteriormente fabricado na própria França.O filme Napoleão (2002) mostra perfeitamente a moda vivida neste estilo, que dominou principalmente a França no período do Império, e do homem mais poderoso do mundo.

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Arte Romantica

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romantismo foi um movimento artístico e intelectual ocorrido na Europa na literatura e filosofia, que se estendeu, aproximadamente, de 1800 a 1850, para alcançar depois as artes plásticas. Ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento e revalorizou conceitos da pátria e república. Porém não podemos falar de um estilo tipicamente romântico, visto que era caracterizado pela pouca originalidade e a recuperação de outros estilos, como o gótico, dando origem ao estilo neogótico.


Arte Romantica Arquitetura Romântica: estilo Neogótico O Neogótico reconhecido pelo revivalismo gótico iniciou no século XVIII na Inglaterra e pretendia recuperar as formas góticas da Idade Média, indo de contrapartida ao estilo clássico dominante naquele período. O êxito do novo estilo na Inglaterra é explicado em função da vitalidade do repertório técnico e formal do gótico em solo inglês pelas obras de arquitetos como Christopher Wren (16321723), John Vanbrugh (1664-1726) e William Kent (1684 ou 1685-1748). A mesclagem de estilos históricos proporciona obras bastante ecléticas, alem de reproduções quase fiéis de castelos e igrejas medievais. O neogótico recupera a irregularidade da linha e da construção, assim como efeitos insólitos, contrário às regras, e surpreendentes

Castelo da Cinderela em Magic Kingdom, Orlando.

Castelo de Neuschwanstein ou "novo cisne de pedra" em tradução do Alemão. Construído por ordem de Ludwing II Baviera - século XIX - Caracterizado pela mistura do patriotismo com o lirismo gótico. Foi considerado um verdadeiro castelo de contos de fada e foi a inspiração do castelo da Cinderela na Disney. Interior do castelo de Neuschwanstein

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Arte Romantica Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro de Ópera de Paris, Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim.

Teatro de Ópera de Paris Charles Garnier - (XIX)

Parlamento de Londres Charles Barry e Augustus Puguin - (XIX)

O Realismo O final do século XVIII e inicio do XIX foi marcado por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças, novos materiais também foram utilizados como o ferro e depois o aço. Surge então um novo estilo, o realismo. O Realismo surge na França, no século XIX, em reação ao romantismo e contra suas idealizações da paixão amorosa. A passagem do romantismo para o realismo, corresponde a uma mudança do belo e ideal para o real e objetivo. Ele se desenvolveu baseado na observação da realidade, na razão e no respeito pela ciência e no progresso técnico.

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Arte Romantica A utilização dos novos materias permitiu que os edifícios fossem maiores, mais resistêntes ao fogo e interpéries, devido as propriedades do ferro e do aço. Após a criação do elevador a verticalização das edificações passou a ser mais comum, pois até então as construções não passavam de três andares, que resultou nos chamados arranha-céus. Um exemplo fiel desse novo estilo é a Torre Eiffel, com tezentos metros de altura era a maior edificação da época.

O Palácio de Cristal também foi símbolo desse período. Foi o primeiro a construir em escala tão grande estruturas de ferro fundido e vidro, demonstrando a funcionalidade e elegância obtida por esses novos materiais. Palácio de Cristal – Londres. Foi destruído pelo fogo em 1935.

Torre Eiffel, Paris.

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Arte Romantica Indumentária Romântica O período do Romantismo correspondeu aproximadamente de 1820 a 1840. Antes dele, contamos com o período de Restauração (1815-1820), de pouca identidade na moda feminina, que foi uma espécie de transição do Império para o Romântico A moda masculina estava bem aquecida, em plena transformação desde o Império. Surge então, na Inglaterra, nesse momento de Restauração, um estilo denominado de Dandismo, que foi mais do que uma moda, era um estilo de vida. Este movimento surgiu através de George Brummel e teve seu ápice entre 1800 e 1830. O modo de ser Dandy impôs-se e ditou regras. Propunha sobriedade e distinção e foi referência para toda a moda masculina do século XIX.

Indumentaria masculina

As roupas eram justas e não podiam ter nenhuma ruga. Usavam casaco, colete, calção ou calça comprida, camisas com altas golas e pescoços adornados com o Plastron, um lenço usado com sofisticados nós e que deixavam a cabeça erguida, gerando certo ar arrogante, típico Dandy. Os homens ainda usavam um acessório que ficou marcado como ícone de elegância, status e poder social, a cartola, que foi usada durante todo o século XIX. Indumentaria masculina

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Arte Romantica A indumentária feminina buscava inspiração no passado e resgatava valores tradicionais. Os tecidos listrados e florais se destacaram e tanto as cores coloridas como o preto eram usados. Os vestidos tornaram-se mais ornamentados, com saias sutilmente cônicas, cintura novamente marcada, decotes mais altos e mangas compridas e justas nos punhos, porém bufantes nos ombros, chamadas de mangas presunto preenchidas com plumas e fios metálicos para dar o volume desejado. Para a noite, os decotes aparecem em forma de canoa, bem acentuados, criando o aspecto de ombros caídos.

Detalhe do chapéu tipo boneca na indumentária feminina

O xale manteve-se e podia ser feito de renda, usado sobre os ombros, cobrindo o decote e as mangas. Os adornos foram muito usados, e também jóias como relicários, pulseiras, broches e laços babados, fitas, flores. Nas cabeças usavam cachos caídos sobre a face, sofisticados penteados, chapéus de palha ou cetim, do tipo boneca amarrados sobre o queixo. Os sapatos tinham salto baixo e o leque era indispensável

Vestidos com mangas de presunto

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Arte Romantica A moda na era vitoriana A segunda metade do século XIX foi marcada pelos monarcas Napoleão III, na França e Vitória na Inglaterra, período de grande prestígio da burguesia. A Era Vitoriana durou 63 anos e refere-se ao período em que a rainha Vitória reinou a Inglaterra. Além do enriquecimento da burguesia inglesa, a Era Vitoriana caracterizou-se pelos princípios moralistas e pela solidez política. O declínio da Era Vitoriana ocorreu simultaneamente à eclosão da Belle Époque, atmosfera artístico-cultural e intelectual que envolveu o continente europeu

Após um período em que a imagem é suavizada e simplificada, temos novamente na história uma época de excessos e grandes volumes. O Período Vitoriano, que tem este nome em função da Rainha Vitória, monarca da Inglaterra neste período. É bem caracterizado por detalhes, rendas, golas altas, babados, mangas bufantes, laços, e espartilhos. As cores predominantes são às escuras e o estilo vitoriano é mais usado no inverno por ser mais pesado, inclusive por ter sido criado na Inglaterra.

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Arte Romantica http://blogdanatana.blogspot.c om/2011/01/era-vitoriana.html

O ideal feminino que passa a ser seguido é: - A crinolina, um tecido feito de crina de cavalo mesclado ao algodão ou linho, com propriedades rijas e flexíveis, com a obtenção do volume através de armação de aros de metal chamada de cage (que em inglês ou francês significa gaiola), com muitas anáguas, gerando vestidos extremamente volumosos; O espartilho, evoluído do corset, agora mais ajustado à cintura, chegando inclusive a deformá-la As mangas extremamente justas e compridas, enfatizando os ombros caídos; O vestuário masculino tornava-se cada vez mais sóbrio.

Barbie Collect. Estilo Romantico da era vitoriana Espartilho mais justos

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O vestuário masculino tornava-se cada vez mais sóbrio. Traje de alfaiataria clássica (fraque, casaca, colete e calça); sapatos bicolores; a cartola; barba grande e bigode; bengala, guarda-chuva e lenço.

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O filme The Young Victoria, que ganhou o Oscar de melhor figurino em 2010, mostra a época vitoriana. O figurino é assinado por Sandy Powel.

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Art Nouveau

O estilo Liberty arquitetônico

Surgindo como uma tendência arquitetônica inovadora no final do século XIX, a Art Nouveau, procurou promover uma integração entre as chamadas artes decorativas e a arquitetura, resultando em um estilo floreado, em que se destacam as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos. Os edificios também ganham linhas curvas, delicadas, irregulares e assimétricas. Essa falta de compromisso com a funcionalidade e o racionalismo caracterizou os trabalhos desenvolvidos por Victor Horta, Guimard e Gaudi, alguns dos percursores desse movimento.

O ferro, a partir das influências de Viollet-le-duc, um importante expoente do Art Nouveau que encorajou as diversas possibilidades construtivas de novos materiais; começou a ser utilizado nas estruturas e nas decorações, em função das formas adquiridas e das diversas possibilidades estéticas. Influenciando os trabalhos de Victor Horta e Guimard. Vista superior da escada da casa Tassel de Victor Horta

vista interior da casa Tassel, com sua escadaria de ferro.

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A casa Tassel localizada em Bruxelas, projetada por victor Horta, foi o primeiro projeto de construção que adquire um significado expressivo na utilização tecnológica de ferro e do vidro. Sendo considerada assim a primeira obra “moderna” livre da história de privações, onde a estrutura do esqueleto de metal é totalmente visível do exterior. Enquanto no seu interior houve a utilização do ferro em sinuosas linhas, nas grades dos corrimãos de escada deixando claro seu aspecto decorativista. Vista exterior da casa Tassel, em Bruxelas, 1893. Mostra o formado dado ao ferro nas esquadria em sua fachada.


Art Nouveau A fachada da Casa Milá é uma impressionante massa de ondas como de pedra em bruto transportado. As janelas e portas parecem ser escavado dessa massa de pedra e são cortados em requintadamente trabalhada ferros forjados com formas vegetais nas varandas e grades surpreendente sobre as duas portas da rua. Construída por Antoni Gaudi, a construção é um ícone do turismo, em Barcelona.

Fachada da casa Milá, 1905 1910, Gaudi, Barcelona

Antonio Gaudi i Cornet, Casa Batlló, Barcellona, 1904 - 1906

Varandas com aspecto de mascaras, um telhado com formas do dorso de um dinossáuro, plantas de piso sem ângulos retos - A casa Batlló, prédio de apartamentos de luxo, manisfesta toda a fantasia e maestria do saber artesanal do singular arquiteto catalão Antônio Gaudi. Ao contrario de outros representantes da arte nova, as formas orgânicas criadas por Gaudi, próximas das natureza, não são apenas ornamentos aplicados. Impregnam a totalidade do edifício e determinam a sua construção uma arquitetura em forma escultura.

No metrô de Paris, projeto de Guimard, existe uma forte tendência na utilização de hastes curvadas ou pontas enganchadas, que resultaram em efeitos inesperados, com resultados semelhantes, em termos de originalidade, a trabalhos de Gaudi. saida do metro de Paris, projetado por Hector Guimard

entrada de uma estação de metro de paris, projetado por Hector Guimar.

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Art Nouveau Indumentária A moda feminina no período da Belle Époque recebeu as modificações com características específicas de acordo com as mudanças que ocorriam na sociedade da art nouvea. Marcado pelas grandes extravagâncias, esse período ficou conhecido como “as ultimas loucuras da alta sociedade”. Nesse período a mulher era adorado como divindade profana. O ideal de beleza eram as formas arredondadas, estas foram ressaltadas nas curvas femininas. A cintura das mulheres chegou ao máximo de afunilamento já visto em toda a história. O ideal de beleza para elas era a chamada “silhueta ampulheta”, com ombros longos, cinturas afuniladas e quadris volumosos, que foi proporcionado, com o auxilio do espartilho e até mesmo da remoção de algumas constelas flutuantes.

Ilustração dos vestidos que cobriam praticamente todo o corpo das mulheres.

O corpo feminino era todo coberto por tecidos, apenas a face aparecia, até mesmo as mãos eram cobertas por luvas. As golas altas e trabalhadas tinham a função de cobrir totalmente o pescoço das mulheres.

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Cinturas extremamente afuniladas (cerca de 40 cm de circunferência) - Ampulheta

Você sabia ?? O período art nouveau estreitou ainda mais as influências diretas da arquitetura com a moda. Embora essa correspondência sempre tenha existido, foi nesse período, caracterizado pela busca de linhas curvas inspiradas no corpo feminino, que a mulher vai incorporar todos esses novos detalhes em sua indumentária. Foi nesse período que a moda surge propriamente dita no campo das artes. Foi com o surgimento do “Glasgow”, uma cidade com expressivo crescimento industrial têxtil, econômico e cultural que ela se fixa nesse meio associando-se com grupos de arquitetos, pintores e decoradores do art nouveau francês.


Art Nouveau Com o passar do tempo e o aproximar do século XX, as anquinhas que sustentavam os volumes das saias, desapareceram e o que se via era uma saia em forma de sino que atrapalhava o caminhar das mulheres. Os chapéus com flores, tema clássico da art nouveau, foi uma forte tendência entre as mulheres. Eles adornavam a cabeça, sendo usado sobre os coques. Outro acessório indispensável foi a bota que escondiam totalmente as canelas das damas.

Saias sem anquinhas, porém volumosas, muito ajustadas e em formato de sino

roupa masculinha

· Chápeus com flores sobre coques

A prática de esportes influenciou um novo estilo de roupa feminina na belle Époque, as vestuárias de duas peças, com o ar masculino. A assimilação foi grande e o tailleur composto pela saia justa e longa e casaco do mesmo tecido, passou a ser utilizado no dia a dia.

Para os homens as linhas do período anterior permaneceram, mantendo a proposta de praticidade e funcionalidade. O traje masculino era composto de sobrecasaca e cartola, mais o terno era facilmente visto. As calças masculinas eram retas e com vinco na frente, os cabelos eram curtos e o uso de bigode era bastante popular na época.

Barbie collect, vestida com um Tailleur feminino

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Estilo moderno

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epois de quase 20 anos de existência da art Nouveau, esgotou-se o interesse pelo mundo das belas formas vegetais, abrindo caminho para um novo estilo. Seu nome art Déco ou estilo Moderno, surgiu como uma reação à Art Nouveau, afetou a arquitetura, a moda, os móveis e as joias. O padrão decorativo desse estilo segue a direção de formas mais sóbrias, com linhas mais retas ou circulares estilizadas, formas geométricas e designer abstrato, que geravam elegância e beleza.


Estilo moderno

O estilo Art Decó

Em 1925 com a influencia da exposição parisiense arts decoratifs, abriu-se o caminho para um novo estilo, o Art Déco. Destacou-se na arquitetura, onde suas formas geométricas, encontraram aplicações em todo o lado. O cubismo, o expressionismo, o construtivismo, a Bauhaus e o futurismo deixam suas marcas na variada produção inscrita sob o estilo, indo de encontro as vanguardas modernistas vigentes no século XX. A receita do sucesso da art déco foi composta por esta mistura, que captou o espirito da época. O art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto. Nesses edificios era frequente o uso de materiais como o aço inoxidavel, o vidro e tambem o plástico como elemento estrutural e a pelúcia, muito utilizada como forro para as paredes internas de grandes salões. Uma agulha cintilante perfura o céu de Nova Iorque. Com um afilamento telescópico, o Chrysler Building parece crescer para além de só próprio, sendo o arranha-céus mais alto do mundo, na época de sua conclusão. A fachada Art Decó desse edifício, com 319 metros de altura, é enfeitada por tampões de rodas e figuras de radiadore que representava o poder desde gigante da indústria automobilística no contexto dos anos 30. William van Alen, Chrysler Building, Nova Iorque, 1930.

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O empire state Buildings quebrou todos os records imagináveis, sendo sua altura apenas um deles. Esse prédio de 381 metros de altura de estilo art Decó é o edifício mais alto de toda Nova Iorque e o segundo mais alto do mundo. (após a queda do Word trade centre)

Shreve, Lamb &Harmon, Empire State Building. Nova iorque, 1931.


Estilo moderno Considerando que o art decó apresenta uma austuriedade, evidentemente forçada pela primeira guerra mundial, este estilo não perde os signos de poder expressados em uma arquitetura de grandes obras em sua verticalidade e monumentalidade proposta pelos arranha-céus. Dando valor a uma estética racional que nos oirenta ara um sentido que delineia o progresso, fatos esses inegáveis na américa do norte e do sul, fazendo com que a arquitetura deixe de ser própria dos continentes Europeus. Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) o art decó sai de moda, mas, no final da década de 60, colecionadores do mundo voltam a se interessar pelo estilo.

Art Decó no Brasil O art decó chega ao Brasil em 1929 A arquitetura art déco está espalhada por todo o país, mas os principais acervos art déco brasileiro concentram-se em alguns dos exemplos mais significativo são a Torre do Relógio da Central do Brasil no Rio de Janeiro e o Elevador Lacerda em Salvador e o edifício cede da Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo. Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo.

O Elevador Lacerda, em Salvador, foi reformado em 1930 e constitui um dos principais "cartõespostais" brasileiros em art déco

Torre do Relógio da Central do Brasil

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Estilo moderno Nasce o estilo internacional Com a nova proposta nascida no art decó e a união dos pensamentos modernistas da Bauhaus, nasce um novo segmento o international style. As atividades revolucionarias de renovação estética abre caminho para uma nova aceitação mais natural dos pensamentos arquitetônicos regulados pela indústria inteiramente integrado na vida humana e na qual a natureza integra a construção. Frank Lloyd Wright realiza uma arquitetura orgânica, com a casa cascata.

Outro importante projeto inovador foi o museu Guggenhein em Nova Iorque apresentando uma grande liberdade construtiva, sua forma em caracol favorece a iluminação natural interna além de facilitar a visão das obras em exposição no museu. Museu Guggenhein

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A casa cascata de Frank Lloyd Wright revolucionou livrando-se da rigidez do projeto onde a criação de espaços desiguais harmônicos, de linhas dinâmicas , sem a monotonia das grandes construções anteriores.


Estilo moderno Le Courbusier e a planta livre onde as paredes são independentes da moldura estrutural. Um exemplo é a Vila Savoye, com uma construção separada do solo por Pilotis e seu sistema de janelas harmônicas são marcas dessa construção.

Igreja da Pampúlha Vila Savoye, Le Courbusier

No Brasil as contruções começaram a se modernizar e Oscar Niemeyer e Lúcio Costa foram os grandes arquitetos dessa época. A arquitetura inovadora de Niemeyer com suas linhas curvas cria um estilo de identidade nacional. A igreja da Pampúlha com suas linhas curvas lembrando as montanhas de Minas Gerais. O Palácio da alvorada com suas linhas suaves integrando a paisagem e a Catedral Metropolitana de Nossa Senhora de Aparecida, são algumas das obras que parecem verdadeiras esculturas semi pousadas no solo. O uso do vidro nas construções integra os ambientes internos aos externos sendo um ideal da arquitetura moderna.

Catedral Metropolitana Nossa Senhora de Aparecida

Palacio da Alvorada,Brasilia, Oscar Niemeyer

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Estilo moderno

Indumentária

A moda na decada de 10 e 20

Com a chegada ao século XX , a historia da moda passa a se dar por década, devido ao acelerado processo na linha de mudanças que acorreram a partir dos acontecimentos da época. Com a Primeira Guerra Mundial, as mulheres se desfizeram dos espartilhos e das roupas volumosas. Paul Poiret criou modelos exóticos, simples e coloridos, influenciado pela cultura oriental que se tornaram tendência nesta altura. A maquiagem bem marcada e o uso de chapéus marcaram a década de 20.

A introdução da mulher nos setores antes masculinos, vai revolucionar a moda com a linha mais funcional, praticas e simples traduzidas na silhueta tubular e na androginia de cabelos curtos com franjinhas, maquiagens acentuadas com o pó-de-arroz e batom nos lábios em forma de coração. Esse estilo para as mulheres, substituiu a silhueta ampulheta, e marcou a independência da mulher.

Vestido de Paul Poiret

As cinturas deslocadas para baixo chegando á altura dos quadris, os seios eram achatados e a cintura não mais parecia em curvas. As saias também subiram para a altura das canelas devido ao contexto vivido pelo Jazz e foxtot. Os chapéus cloche em forma de sino e pequenas abas completavam o visual.

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Indumentaria feminina


Estilo moderno Para os homens o smoking passou a ser usado em ocasiões formais, o colete entrou em desuso. Os sapatos bicolores e os chapéus estilo Coco Chanel eternizaram-se no cinema com Charles Charplim.

Sapato masculino em duas cores Charlis Charplim

A moda na decada de 30 e 40. Com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque de 1929 o mundo se vê em graves problemas financeiros, contudo foi uma década sofisticada para a moda, na qual o grande referencial foi o cinema hollywoodiano. Jean Harlow

Greta Garbo

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Estilo moderno Os anos 30 deixou para trás o estilo andrógino dos anos 20 e as formas passaram a ser marcadas novamente porem mais naturais. A cintura volta para o seu lugar e as aberturas nas costas e os casacos de pele marcam a década.

Os vestidos mais utilizados foram os cortes godê e evasê dando um ar romântico perdido na década anterior. O corte em viés também alcançou seu lugar na noite dos anos 30.

detalhe aberto nas costas do vestido

Casaco de pele, muito usado na década de 30

O ideal de beleza neste período era o do corpo bronzeado e para as sobrancelhas e pálpebras ganharam destaques com o pó-de-arroz bem claro. Os cabelos cresceram em relação a década de 20 e os chapéus de longas abas ou pequenas usados caídos sobre a testa completavam o figurino.

Vestdo de cetim com corte no vies

vestido década de 30

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Estilo moderno No final dos anos 30 com o aproximar da 2° Guerra Mundial, as roupas apresentam uma linha militar masculinizada, sendo comum o uso de duas peças com saias justas e casacos que apresentavam detalhes em debrum, bolsos e golas variadas. Com a dificuldade de achar um

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Carmem Miranda grande icone dos anos 40

cabelereiro disponível durante a guerra os cabelos cresceram cada vez mais e os artifícios para pentealos como turbantes, chapéus redes, grampos e lenços. Os sapatos plataforma de Carmem Miranda, as bolsas tira colo e saias-calças favoreceram o uso da bicicleta que substituiu o transporte publico na guerra.

http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/e/e 2/Hist%C3%B3ria_da_Indument%C3%A1ria_ vers%C3%A3o_02.pdf

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Arte Pós-moderna

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pós-moderno surge através das mudanças ocorridas nas artes e na sociedade após o termino da 2° Guerra Mundial prevalecendo o capitalismo contemporâneo, a estética e a condição sócio-cultural. Surgindo a priori no campo da arquitetura esse novo estilo vai se expandir e dominar o pensamento artístico até os dias atuais.


Arte Pos-moderna O pluralismo na arquitetura

Ópera de Sydney, projeto do dinamarquês Jørn Utzon. O pós-moderno em arquitetura refere-se às várias manifestações de reação ao Estilo Internacional

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Na década de 1960, surgiu entre muitos arquitetos um sentimento de rejeição do International Style, que tinha retrocedido a fórmulas monótonas e estéreis. Uma das correntes arquitetônicas que reage contra a ortodoxia do racionalismo é a chamada pós-modernista, ligada ao movimento filosófico do mesmo nome. Abrange as tendências neo-historicistas de Ricardo Bofill ou de Óscar Tusquets, os traços extremos do desconstrutivismo de Frank Gehry ou Zaha Hadid, a ironia de Robert Venturi, Helmut John ou Michael Graves. O multifacetado Philip Johnson confirmou sua adesão ao pósmodernismo com o edifício AT&T (1982), de Nova York, um arranha-céu com um frontão quebrado. Nas últimas décadas do século XX, tendências divergentes têm surgido no quadro arquitetônico, como o desconstrutivismo e o high-tech. Esta tendência é manifesta na obra de numerosos arquitetos, entre eles o holandês Rem Koolhas, o japonês Tadao Ando, o norteamericano Richard Meier, o espanhol Rafael Moneo e o português Álvaro Siza, que, em 1969, ficou entusiasmado com o livro de Robert Venturi Complexidade e contradição em arquitetura.

OM


Arte Pos-moderna High Tech A arquitetura high-tech exalta e explora novas tecnologias tendo em vista objetivos práticos ou impacto visual, usando formas e materiais que expressam a tecnologia industrial moderna, no lugar dos materiais tradicionais. Os arquitetos que aderiram a essa corrente conseguem gerar as aparências de suas obras a partir dos elementos da estrutura portante, das tubulações de infraestrutura, dos componentes da cobertura e dos equipamentos mecânicos para a circulação. Adotam os mesmos princípios teóricos e conceituais dos seus colegas modernistas, só que adaptados ao potencial tecnológico do mundo contemporâneo. Um exemplo famoso deste tipo de arquitetura é o Centro Pompidou em Paris, projetado por Richard Rogers e Renzo Piano.A colaboração entre arquitetos e engenheiros civis e estruturais é fundamental no movimento high-tech. Vista externa do Centro Pompidou (1985-1995) em Paris.

Desconstrutivismo

Museu Guggenheim, projetado pelo arquiteto Frank O. Gehry, 1991. Bilbão, Espanha

Sendo uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. O museu Guggenhein é o exemplo mais surpreendente do desconstrutivismo. Sua aparência metálica causa estranheza em seus blocos com linhas retas e outros curvos, torna-se uma verdadeira escultura contemporânea. Natalia Goulart e Victor de Brito 38


Arte Pos-moderna Indumentária

A moda dos anos Dourados

Elvis Presley com o classico estilo de jaqueta de couro

Os anos 50 foram marcantes para a volta da feminilidade perdida durante a segunda Guerra. Esse período foi o esplendor da alta costura, marcado pelo New Look de Dior. Este estilo contava com saias rodadas e compridas, cintura fina, luvas, sapatos scarpins assim como os chapéus de aba larga e as bijuterias imitando Joias. New Look de Dior

Alta costura dos anos 50

O clima sofisticado da época levou a maquiagem um item indispensável para a aparência feminina que deveria ser a mais perfeita possível. As sombras, rímel e o delineador realçavam a beleza, além dos cabelos que poderiam ser penteados em coques, em rabo de cavalo ou ate mesmo em um tipo de franja. Ava Gardner

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A moda colegial foi marcante nessa época. As mulheres usavam os cardigãs de malha, saias rodadas, Colegial feminino meia soquete e rabo de cavalo. Porem para os meninos surgiu o estilo baseado em Elvis Presley. O visual composto pela calça Jeans com barra virada, camisa branca e jaqueta de couro.


Arte Pos-moderna

Anos 60

Sendo uma década de muitas mudanças ligada a cultura jovem e dos estilos variados. A grande estrela da época foi a minissaia e para completar o visual, as linhas retas, bota branca e cores chamativas tornaram o look perfeito marcado por um futurismo bastante psicodélico.

Barbie e Ken "Vida Pop", homenagem aos anos 60, 2006

A modelo Twiggy, de aspecto ingênuo, cabelos curtos e olhos marcados com cílios postiços , foi um grande ícone da beleza dos anos 60

Vale da destaque Os Beathes também para os Beatles que ditaram moda no mundo inteiro, com seus cabelos tigelas. Os homens usavam menos o terno dando espaço as calças mais justas e a camisas mais coloridas, marcando a informalidade na moda masculina.

Modelo Twiggy

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Arte Pos-moderna A moda dos anos 70

Boneca barbie Hippie

Os anos 70 foi marcado pelo movimento Hippie. Com roupas despreocupadas, saias longas, batas indianas e calças boca-de-sino, além de cabelos longos despenteados. Esse movimento lutava por uma ideologia de paz e amor no mundo. Também nessa época a tendência ao Black Power era o slogan do movimento contra o racismo, nos EUA. Os românticos, com rendas e tecidos florais também marcaram a época. Uma outra tendência da década de 70 são as bots plataformas tanto para homens quanto para as mulheres, marcando o inicio do unissex. O punk também tomaram conta no período, com suas roupas rasgadas e surradas e vários detalhes metálicos nas roupas.Quase no final da virada para os anos 80 surge uma moda ligada as discotecas, onde John Travolta foi o ícone da nova febre.

Movimento Punk

John Travolta no filme ‘ Os embalos de sabado a noite’

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Arte Pos-moderna A moda Brega Os anos 80 foi marcado pela ruptura de épocas passadas, dando assim uma diversidade de estilos no período exótico, marcados pelos cantores Madonna e Michael Jackson. Inspirando-se na onda da geração saúde o uso da roupa de ginastica invade o cotidiano das pessoas , com cores cítricas criando um vestuário incrível. O strech o acrílico e o acetato também vão valorizar esse estilo exagerado. Além das faixas na cabeça que completavam o visual. Vestidos anos 80 A moda das academias

Madonna ditava mida nos anos 80. Com Braceletes de borracha, laçarotes de fita na cabeça, suas joias em tema religiosa e luvas de renda. (foto ao lado)

O biquini asa delta, um modelo de duas cores , sempre fluorescentes, que enrolava na parte de baixo, era o grande campeão da areia entre as mulheres. Biquini Asa Delta

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Arte Pos-moderna Os Yuppies, uma parcela da população americana que almejava o sucesso profissional vai marcar seu lugar na moda. As mulheres em um look exagerado onde os ombros são marcados por ombreiras enormes, cintura e quadril também salientes, adequando-se ao simples e ao guarda-roupa masculino tendo no blazer a peça em destaque. Com o tempo os homens também passaram a usar as ombreiras e a tendência unissex se mantem desta forma. Tailleurs feminino, a moda dos yuppies

Luxo, poder e status podem definir com exatidão os desejos dessa década. A moda e a propaganda apressaram-se em suprir essas necessidades, com muito dourado em acessórios de grandes proporções, muita riqueza e glamour. Moda nos anos 80 As modelagens eram amplas, com cintura marcada, mas também mostravam as curvas conquistadas na academia em modelos justinhos. Muitos volumes também eram conquistados com pregas e drapeados.

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Atror Patric swayze com o mullet

Mullet é um corte curto e repicado na franja e laterais, e comprido atrás. Famosos como Sylvester Stalone, Richard Dean Anderson (o famoso MacGyver), Patrick Swayze e Bono Vox já fizeram uso do penteado. Coincidência ou não, foi só os cantores sertanejos Chitãozinho & Xororó começarem a usar o corte em fins dos anos 80.


Arte Pos-moderna

A moda do importado

Seriado Buff a caça vampiros, mostra fielmente a moda da decada de 90

Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans coloridos e as blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores. Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente. A moda seguiu cada uma dessas tendências produzindo peças para cada tipo de consumidor e para todas as ocasiões. Entretanto, vale a pena ressaltar o Grunge, que impulsionado pelo rock, Múltiplos estilos influenciou a moda e o comportamento dos adolescentes com seu estilo despojado de calças, bermudões largos e camisas xadrez da região de Seattle, berço destes músicos. Foram aderidas, saias longas, calças pantalonas, estampas de bichos, como vaca, zebra, onça e cobra, sapatos com bico quadrado e blazer mais justo. Tudo dava um toque de elegância básica e de “peruagem”, o que caracterizou esta época. O delineador, o batom marrom ou cor de boca davam o toque especial. Na segunda metade da década, a moda passou a buscar referências nas décadas anteriores, fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e em seguida dos 70 (plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo mesclado a modismos dos anos correntes.

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CamisaXadrez e calça jeans, praticamente o uniforme dos anos 90

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Arte do século XXI

C

om o início do novo milênio, as mudanças começaram a ser muito mais aceleradas, os inúmeros acontecimentos passaram a ser vividos com muito mais intensidade, a consciência ambiental passou a ser um estilo de vida. Esse é o período no qual a mídia passou a ter uma grande influência na arte, e devido a isso, a arte passa a ser de cunho tecnológico. Com o desenvolvimento da internet a facilidade e a agilidade assumem o caráter dessa nova era. Essa nova arte digital e multifacetada cria uma dimensão e um realismo que surpreende as pessoas em todos os campos estéticos.


Arte do seculo.XXI

ARQUITETURA DO SECULO XXI A arquitetura quando quer ser uma arquitetura de qualidade, manifesta-se desde a Antiguidade clássica como uma experiência, que se verifica permanentemente, a vários níveis e com a qual deve ser encontrada uma resposta para ás questões da época. Toda a evolução do pensamento e dos materiais construtivos durante os tempos, revelaram experiências que foram transportadas para o século XX. Porém alguns problemas de grande importância tomaram conta do final do século XX contando-se o fato de que as dimensões ecológicas do nosso mundo tenham se modificado dramaticamente. A arquitetura que sempre acompanhou a metodologia e o processo histórico também terá que se adequar nesse novo milênio para sobreviver. A chegada do avanço tecnológico na arquitetura a partir de programas altamente eficazes tomam a função de ajudar nessa nova etapa, de adequação da arquitetura nas diversas regiões resultando numa eficácia surpreendentes.

Normam Foster, Swiss Re Tower, Londres, 2000-2004

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O Swiss Re Tower é considerado o arranha ceus mais bonito da cidade de londres. este edifício de aspecto arodinâmico, possui seu aspecto interior rutáceo por causa da mistura entre o vidro transparente e azulado de sua fachada. esse edifício foi construído com 5000 peças que lhe confere uma forma muito própria. Norman Foster sempre se esforçou por respeitar o meio ambiente nas suas construções, tendo também esta mesma preocupação aquando da construção do Swiss Re Tower, apelidado de ‘casa verde’


Arte do seculo.XXI

Porem a Grande preocupação da nova arquitetura é a forma de remeter a beleza a um pensamento ecológico. As respostas variadas para a problemática passa a alcançar um critério inovador sem deixar a beleza fora dela. A adequação da organização espacial da construção tanto na parte de condições de iluminações ao abastecimento de água, resultam numa demanda de menos gastos de recursos naturais expressivamente. Contudo essas exigências ecológicas requer um alto custo para os donos da obra porem isso não significa o menosprezo dela. A utilização de matérias utilizados no high tech foi uma das temáticas para a solução de alguns problemas causados no dialogo construção versus meio ambiente, esse tipo de construção é interpretada como amiga do meio ambiente pelo fato de completamente auto-suficiênte em termos energéticos.

Werner Sobeck, Casa de Habitação R 128, Estugarda, 2000

A casa experimental de vidro é um edifício ecológico ' high Tech'. Essa construção de esqueleto em aço e de quadro andares tem vidros triplos, sendo assim auto-suficiênte em termo energético, tornando-se uma construção amiga do ambiente

Rich Joy architects, Casa Nómada no Deserto, Arizona, 2005

A Casa Nómada no deserto é uma arquitetura com personalidade enraizada no local. Nesse projeto construído com materiais tradicionais como o barro proporciona um ambiente saudável aos hábitantes o que contrapõem o clima do Arizona. O resultado é uma arte de construção ecológica , que respeita o caráter da paisagem e que nela se modela harmoniosamente, ao jeito de uma composição poética

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Arte do seculo.XXI A moda no século XXI Na moda, o início século XXI é marcado por duas tendências, a que “nada se cria, e tudo se copia’ e a “moda vem e vai” caracterizada pela moda retro. Ao invés de divas do cinema ou da música, os carros-chefes são as drag-queens, que comandam o mundo fashion de dentro dos seus guetos, que são as grandes casas noturnas, espaços concorridos como as Paradas Gays e mesmo alguns espaços na televisão. A Drag-queem Dimmy Keer, ganha vida através do transformista Dicesar.

A cantora Lady Gaga, lança moda com seu estilo revolucionário no mundo pop-rock. Suas roupas com ar futurista misturado com retro, causa espanto entre não adptos do estilo.

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Na busca por uma identidade própria, as pessoas passaram a criar peças com seu próprio estilo, com a customização utilizando-se de materiais alternativos produzindo dessa forma o desenvolvimento sustentável. Além disso, foi o período em que as tribos urbanas tiveram uma grande popularização como a moda adolescente dos Emos e dos Geeks, o movimento “indie” popularizou-se com as bandas de rock alternativo, bitrock entre outros, o certo e errado deixou de existir.

Os meninos do Restart custumizavam suas roupas de maneira colorida e única o que caracterizou o estilo da banda


Arte do seculo.XXI O corpo passou a ter uma maior valorização, sendo que as roupas trouxeram uma grande busca pela sensualidade e perfeição. Também surgiu as tatuagens, os piercing e as Escovas Progressivas que deixam os cabelos cada vez mais lisos e esticados dando mais brilho

Valesca chamada popularmente como ‘valesca a popozuda’ é um exemplo da valorização do corpo escultural que se estabeleceu no novo milênio

Os piercing lançam moda em toda a parte do corpo assim como as tatoagens.

A arquitetura e a moda Desde sempre a arquitetura e moda andam juntas e logicamente não seria diferente no século XXI. Estilistas renomados, no Brasil e no mundo, se inspiram nas formas e texturas da arquitetura ao desenvolver coleções. Assim como fez Glória Coelho, que buscou na obra do arquiteto norte-americano Frank Gehry para a sua coleção de verão 2010.

Desfile Glória Coelho na SPFW2010 e o Walt Disney Concert Hall, do arquiteto Frank Gehry.

Atelier Manferdini e edifício Mikimoto em Tokyo, do arquiteto Toyo Ito.

Desfile de Yoshiki Hishinuma e a loja da Tod's, projeto do arquiteto Toyo Ito

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Referências

Livros PROENÇA, GRAÇA. historia da arte. 17° ed. São Paulo. Editora Atica, 2007. VISOR : Enciclopédia novo século. volume 3,4,6 e 7. São Paulo, 2004 READER’S DIGEST,SELEÇÕES: Superenciclopédia Ilustrada:o conhecimento na ponta dos dedos. 2° ed. Rio de Janeiro, Abril de 2005. Jügen Tietz, Historia da arquitetura contemporânea,2008.

Links http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/e/e2/Hist%C3%B3ria_da_Indument%C3%A1ria_vers%C3%A3o_02.pdf http://cabidee.blogspot.com/ http://books.google.com.br/books?id=8WJYY0vWOG4C&pg=PA40&lpg=PA40&dq=indumentaria+arquitetonica&source=bl&ots=XT KT4zG9-H&sig=VsdTk07f3JxUtFtWjmhGToQao2g&hl=ptBR&ei=MimyTdO7EJKG0QGs4ZGECQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBwQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false http://walterstodieck.blogspot.com/2007/07/estilos-art-dco.html http://www.territorios.org/teoria/H_C_nouveau.html http://www.infopedia.pt/$modernismo http://soniaa.arq.prof.ufsc.br/arq1101/trabalhosalunos2003/Evaristo/arquitetura%20neocl%E1ssica.pdf http://www.pitoresco.com.br http://www.pegue.com http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arquitetura


Alunos: Natalia Goulart |Victor Brito Professora: Ana Paula Magno Turma: 000 Turno: Manh達 | Piedade



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