UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES VICTTÓRIA CALDANO PIRES
MORADIA ESTUDANTIL
MOGI DAS CRUZES 2020
VICTTÓRIA CALDANO PIRES RGM 11191104393
MORADIA ESTUDANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como requisito parcial para conclusão do curso. Orientador: Prof.ª Samira Bittar
MOGI DAS CRUZES 2020
VICTTÓRIA CALDANO PIRES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MORADIA ESTUDANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como requisito parcial para obtenção do grau de Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado em: ____________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________ Professora Orientadora Mestre Arquiteta Samira Bittar Universidade de Mogi das Cruzes
___________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes
___________________________________ Arquiteto convidado
Dedico este trabalho a minha mĂŁe, que me apoiou e me incentivou a realiza-lo.
Agradeço a Deus por me sustentar atÊ o momento,
minha
orientadora
pela
paciĂŞncia e por grandes ensinamentos e para meus familiares que me ajudaram indiretamente.
RESUMO Este trabalho consiste em uma pesquisa de habitação estudantil que traz embasamento em um projeto de Moradia Estudantil que visa atender os estudantes das principais universidades de Mogi das Cruzes. A proposta é trazer a responsabilidade dos estudantes com sua nova fase de morar longe do seu habitat e os estudos, assim o projeto traz a interação entre os estudantes, a cidade e o edifício suprindo a necessidade dos mesmos, trazendo também o aumento na economia local e a requalificação urbana.
Palavras Chaves: Habitação, moradia estudantil, coletividade, integrar.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Universidade de Bolonha. ................................................................ 20 Figura 2: Universidade de Paris. ..................................................................... 21 Figura 3: Cidade Universitária Oxford. ............................................................ 21 Figura 4: Cidade Universitária Cambridge. ..................................................... 22 Figura 5: Faculdade de Medicina da Bahia..................................................... 23 Figura 6: Universidade Federal do Rio de Janeiro. ......................................... 23 Imagem 7: Republica Pureza, fundada em 1939 em Ouro Preto, Minas Gerais. .................................................................................................................................. 25 Figura 8: Cidade Universitária da Universidade de São Paulo. ...................... 26 Figura 9: Republica Pureza, fundada em 1939 em Ouro Preto, Minas Gerais. .................................................................................................................................. 27 Figura 10: Volume do edifício. ........................................................................ 28 Figura 11: Setorização Da unidade. ............................................................... 28 Figura 12: Setorização dos blocos residenciais. ............................................. 29 Figura 13: Moradia UNIFESP – Osasco. ........................................................ 30 Figura 14: Implantação do projeto. ................................................................. 30 Figura 15: Setorização dos blocos. ................................................................. 31 Figura 16: Setorização dos blocos individualmente. ....................................... 31 Figura 17: Setorização dos quartos. ............................................................... 32 Figura 18: Setorização dos quartos. ............................................................... 32 Figura 19: Setorização do edifício em corte.................................................... 33 Figura 20: Componentes construtivos. ........................................................... 33 Figura 21: Descritivos dos componentes. ....................................................... 34
Figura 22 – Forma do edifico CF MOLLER..................................................... 36 Figura 23- Formas edifício CF MOLLER......................................................... 36 Figura 24 – Fachada do Edifício. .................................................................... 37 Figura 25 – Analise das condicionantes climáticas do edifício. ...................... 37 Figura 26 – setorização das plantas tipos....................................................... 38 Figura 27 – Setorização da planta 2º pavimento. ........................................... 39 Figura 28: Setorização da planta do 6º pavimento. ........................................ 39 Figura 29: Setorização da planta do 13º pavimento. ...................................... 40 Figura 30: Analise dos matérias que compõe o edifício.................................. 40 Figura 31: Foto do edifício. ............................................................................. 42 Fonte: Archdaily, 2017. ................................................................................... 42 Figura 32: Setorização do pavimento térreo. .................................................. 43 Figura 33: Setorização da planta pavimento tipo. ........................................... 43 Figura 34: Brises. ............................................................................................ 44 Figura 35: Iluminação e ventilação Natural. .................................................... 44 Figura 36: Olympia Place................................................................................ 45 Figura 37: Nível 1. .......................................................................................... 46 Figura 38: Nível 2. .......................................................................................... 47 Figura 39: Nível 3 e 4...................................................................................... 47 Figura 40: Nível 5. .......................................................................................... 48 Figura 41: Cortes. ........................................................................................... 48 Figura 43: Recepção....................................................................................... 50 Figura 44: Lobby ............................................................................................. 50 Figura 45: Arquibancada................................................................................. 51
Figura 46: Academia ....................................................................................... 51 Figura 47: Academia ....................................................................................... 51 Figura 48: Salas de estudos 1 ........................................................................ 52 Figura 49: Salas de estudos ........................................................................... 52 Figura 50: Correio ........................................................................................... 52 Figura 51: Lavanderia ..................................................................................... 53 Figura 52: Lavanderia ..................................................................................... 53 Figura 53: Circulação de acesso aos dormitórios. .......................................... 54 Figura 54: Dormitório apartamento compartilhado .......................................... 54 Figura 55: Cozinha do apartamento compartilhado. ....................................... 55 Figura 56: Apartamento Studio 2 .................................................................... 55 Figura 57: Banheiro apartamento ................................................................... 56 Figura 58: Piscina ........................................................................................... 56 Figura 59: Solarium ........................................................................................ 57 Figura 60: Churrasqueira ................................................................................ 57 Figura 61: Churrasqueira e Área de convivência ............................................ 57 Figura 62: Área de convivência ...................................................................... 58 Figura 63: Sala de jogos 01 ............................................................................ 58 Figura 64: Sala de jogos 02 ............................................................................ 58 Figura 65: Croqui pavimento térreo ................................................................ 59 Figura 66: Croqui pavimento tipo 3º ao 16º .................................................... 59 Figura 67: Croqui 17º pavimento .................................................................... 60 Figura 68: Mapa dos acessos de Mogi das Cruzes. ....................................... 64 Imagem 69: Localização do Terreno .............................................................. 66
Figura 70: Frente do terreno, Av. Francisco Rodrigues Filho. ........................ 67 Figura 71: Lateral direita do terreno, Rua Prof. Ismael Alves dos Santos....... 67 Figura 72: Levantamento Planialtimétrico do terreno. .................................... 68 Figura 73: Uso e Ocupação do Solo. .............................................................. 69 Figura 74: Estudo Micro Ambiental ................................................................. 70 Figura 75: Estudo de Impacto de Vizinhança ................................................. 71 Figura 76: Zoneamento ZDU-1. ...................................................................... 72 Figura 77: Pátios aberto ao público. ............................................................... 89 Figura 78: Fachada em formas retilínea ......................................................... 89 Figura 79: Aberturas de vidro. ........................................................................ 90 Figura 80: Cores leves, grandes vãos. ........................................................... 90 Figura 81: Modelos de Brises ......................................................................... 90 Figura 82: Brises inseridos na fachada ........................................................... 91 Figura 83: Cobogós inseridos em fachada ..................................................... 91 Figura 84: Composição das placas ................................................................. 92 Figura 85: Sistema de reuso e captação de água .......................................... 93 Figura 86: Sistema do piso permeável............................................................ 94 Figura 87: Sistema de calçadas ...................................................................... 95 Figura 88: Faixa de Pedestre elevada ............................................................ 96 Figura 89: Organograma............................................................................... 104 Figura 90: Fluxo do Pavimento térreo. .......................................................... 105 Figura 91: Fluxograma 2 pavimento. ............................................................ 105 Figura 92: Fluxograma pavimento. Tipo. ...................................................... 106
TABELAS TABELA 1: TABELA DE ANALISE – SWOT................................................... 29 TABELA 2: TABELA DE ANALISE – SWOT................................................... 35 TABELA 3: TABELA DE ANÁLISE – SWOT................................................... 41 TABELA 4: TABELA DE ANALISE – SWOT................................................... 45 TABELA 5: TABELA DE ANALISE – SWOT................................................... 49 TABELA 5: TABELA DE ANALISE – SWOT................................................... 61 TABELA 5: INDICIES URBANISTICOS .......................................................... 73
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS SENSE – Sistema Nacional da Casa do Estudante UNE - União Nacional dos Estudantes COMPHAP - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultura, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas SUS- Sistema Único de Saúde USP- Universidade São Paulo UBC- Universidade Brás Cubas UMC- Universidade de Mogi das Cruzes SEMAE- Serviços Municipal de Água e Esgotos de Mogi das Cruzes ZDU- Zona de Dinamização Urbana TO- Taxa de Ocupação CAb- Coeficiente de Aproveitamento Básico CAm- Coeficiente de Aproveitamento Máximo TP- Taxa de Permeabilidade Rap- Recuo de Alinhamento Predial Rdl- Recuo de Divisa Lateral Rdf- Recuo de Divisa dos Fundos ONU- Organização das Nações Unidas PNE- Portador de Necessidades Especiais DML- Depósito de Materiais de Limpeza
SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17 1.SOBRE O TEMA.................................................................................................... 19 1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA ....................................................................................... 19 1.1.1 HABITAÇÃO .................................................................................................... 19 1.1.2 MORADIA ESTUDANTIL ................................................................................. 19 1.2 HISTÓRICO ........................................................................................................ 20 1.2.1 UNIVERSIDADES NO MUNDO ....................................................................... 20 1.2.2 UNIVERSIDADES NO BRASIL ....................................................................... 22 1.2.3 MORADIA ESTUDANTIL NO BRASIL ............................................................ 24 2. ESTUDOS DE CASO ............................................................................................ 27 2.1 MORADIA ESTUDANTIL UNICAMP .................................................................. 27 2.1.1 ANÁLISE DO PROJETO ................................................................................. 29 2.2 MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP OSASCO PROJETO FINALISTA ....... 30 2.2.1 ANÁLISE DO PROJETO ................................................................................. 34 2.3 MORADIA ESTUDANTIL C.F. MOLLER ............................................................ 35 2.3.1 ANÁLISE DO PROJETO ................................................................................. 40 2.4 MONASH UNIVERSITY LOGAN HALL .......................................................... 41 2.4.1 ANALISE DO PROJETO ................................................................................. 44 2.5 MORADIA ESTUDANTIL OLYMPIA PLACE ...................................................... 45 2.5.1 ANÁLISE DO PROJETO ................................................................................. 49 2.6 VISITA TÉCNICA ................................................................................................ 49 2.6.1 SUB SOLO....................................................................................................... 50 2.6.2 PAVIMENTO TÉRREO ..................................................................................... 50 2.6.3 PRIMEIRO E SEGUNDO PAVIMENTO............................................................ 53 2.6.4 TERCEIRO AO DÉCIMO SEXTO PAVIMENTO ............................................... 53 2.6.5 DÉCIMO SÉTIMO PAVIMENTO ....................................................................... 56 2.6.6 PLANTAS ......................................................................................................... 59 2.6.7 ANÁLISE DO EDÍFICIO ................................................................................... 61 3. ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................. 62 3.1 MOGI DAS CRUZES........................................................................................... 62 3.1.1 HISTÓRICO DAS CIDADE .............................................................................. 62
3.1.2 ASPECTOS DE MOGI DAS CRUZES ............................................................. 63 3.2 ANÁLISE DO TERRENO .................................................................................... 65 3.2.1 NOVA MOGILAR - HISTÓRICO DO BAIRRO ................................................. 65 3.2.2 JUSTIFICATIVA DO TERRENO....................................................................... 65 3.2.3 TERRENO ........................................................................................................ 66 3.2.4 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO ........................................................ 68 3.3 LEVANTAMENTO URBANÍSTICOS ................................................................... 68 3.3.1 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL ...................................................................... 68 3.3.2 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL ....................................................................... 70 3.3.3 IMPACTO DE VIZINHANÇA ............................................................................ 71 3.3.5 LEGISLAÇÃO DO TERRENO ......................................................................... 72 4. DIRETRIZES E PREMISSAS................................................................................ 74 4.1 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................ 74 4.1.1 ACESSOS ........................................................................................................ 74 4.2 ÁREA COMUM ................................................................................................... 77 4.2.1 ABRIGO PARA AUTOS ................................................................................... 77 4.2.2 LAVANDERIA COLETIVA ................................................................................ 78 4.2.3 QUADRA DE ESPORTE .................................................................................. 78 4.2.4 SANITÁRIOS ................................................................................................... 78 4.2.5 REFEITÓRIO ................................................................................................... 79 4.2.6 COZINHA ......................................................................................................... 79 4.2.7 SALA DE ESTAR ............................................................................................. 80 4.2.9 SALA DE ESTUDOS ....................................................................................... 80 4.2.10 LOBBY ........................................................................................................... 81 4.2.11 COWORKING ................................................................................................ 81 4.2.11 COPA ............................................................................................................. 82 4.3 ÁREA DE USO PRIVADO................................................................................... 82 4.3.1 DORMITÓRIOS ................................................................................................ 82 4.4 USO RESTRITO.................................................................................................. 83 4.4.1 DEPÓSITOS .................................................................................................... 83 4.4.2 RESERVATÓRIOS ........................................................................................... 84 5. USUÁRIOS ........................................................................................................... 85 5.1 PERFIL DO USUÁRIO ........................................................................................ 85 5.1.1 SETOR PRIVADO ............................................................................................ 85 5.1.2 SETOR DE SERVIÇOS .................................................................................... 85
5.1.3 SETOR PÚBLICO/ LAZER .............................................................................. 86 5.1.4 SETOR DE USO COLETIVO ........................................................................... 87 6. ESQUEMAS ESTRUTURANTES ......................................................................... 88 6.1 CONCEITO ARQUITETÔNICO ........................................................................... 88 6.2 PARTIDO ARQUITETONICO .............................................................................. 88 6.2.1 SUSTENTABILIDADE ..................................................................................... 91 6.3 PARTIDO URBANÍSTICO ................................................................................... 94 6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADE ....................................................................... 97 6.5 ORGANOGRAMA ............................................................................................. 104 6.6 FLUXOGRAMA ................................................................................................. 105 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 107 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 108
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INTRODUÇÃO O presente trabalho consiste no desenvolvimento de uma Moradia Estudantil, compartilhando espaços de convivências e experiencias. A Moradia visa a permanência dos alunos enquanto cursam a faculdade, elas surgiram juntamente com as primeiras universidades na Europa, com a intenção de auxiliar alunos de baixa renda que moram em lugares distantes das universidades. O local não conta apenas com dormitórios, e sim com lazer, espaço de convivência, local para estudos, buscando soluções para harmonizar o público e o privado. A ideia do trabalho é propor uma moradia que abranja as universidades da cidade de Mogi das Cruzes, foi com base em uma pesquisa feita in loco na Universidade de Mogi das Cruzes, pode-se observar que aproximadamente 40% dos universitários moram em outras cidades e gostariam de morar próximo a faculdade, apenas 5% destes alunos conseguem alugar locais próximos a faculdade pelo custo ser elevado. Considerando esse resultado, será uma alternativa para esses estudantes, favorecendo a independência, nos estudos, na socialização e no trabalho, obtendo convívio com outras pessoas com o mesmo interesse. A escolha do tema “Moradia Estudantil” foi baseada na percepção dos estudantes das faculdades, moradores de outras cidades, observando o grande número de estudantes na mesma situação, o que justifica a possibilidade de um local para obterem uma vida melhor com bem estar. Pensando nesta melhora de vida e no bem estar foi estudado um terreno próximo das universidades e locais de grande importância de socialização na cidade, para manterem uma rotina que os apoiem na constituição do indivíduo como adulto, cidadão e profissional, bem como no desenvolvimento extracurriculares. Tem como justificativa a arquitetura social e seu direito de moradia no qual é dever do governo assegurar aqueles que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O direito à moradia começou no século XX e assegurado pela Declaração Universal dos direitos humanos, considerado como quesito de dignidade, também pensando em seus problemas com moradia x trabalho x tempo
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em transporte público e infraestrutura, que propõe uma conexão com a realidade e o ambiente no qual ela vive, criando assim uma relação saudável das pessoas em seu espaço de convívio,
respeitando os usuários e projetando para cumprir as
necessidades humanas. Para este trabalho, a metodologia aplicada foi ordenada através de atividades, tais como: levantamento de dados coletados no local, por meio de entrevistas e conversas informais com estudantes interessados no estilo de moradia, livros, pesquisas em trabalhos acadêmicos, normas, além de uma busca criteriosa por sites na internet.
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1. SOBRE O TEMA 1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA 1.1.1 HABITAÇÃO Segundo Corona e Lemos, é importante fazer uso do abrigo como elemento de proteção, sob condições especiais que favoreçam o desenvolvimento do homem do ponto de vista material como espiritual. Morar, viver, residir (Corona & Lemos – 1972). A habitação está relacionada com a vida em todos os aspectos, econômicos, sociais, político, ideológicos e históricos, ela depende de infraestruturas e das redes de serviços. Com o passar do tempo a habitação vem sendo estudada, para melhoria nas moradias, novas formas, novas tipologias arquitetônicas de habitação, buscando formas de habitação inteligentes que venha potencializar o uso do solo, tendo mais harmonia entre o espaço livre e as edificações (RAMOS, 2012). Segundo Mara Eskinazi, a habitação coletiva foi uma das mudanças com o passar do tempo que foram construídos tanto como edificações horizontais como verticais, e foi a resposta ao crescimento desordenado, e progressivamente. Os edifícios multifamiliares tomaram o lugar da residência unifamiliar como peça fundamental do desenho urbano. A habitação coletiva multifamiliar vertical constitui a maior expressão da cidade concentrada. (Eskinazi, Mara 2008). Segundo Maria Paula, habitação coletiva é nada mais que uma residência ocupada por pessoas com o mesmo interesse, sem ter vinculo e laço familiar nenhum. (Maria Paula Albernaz e Cecília Modesto Lima – 2000). 1.1.2 MORADIA ESTUDANTIL A SENCE (Secretaria Nacional de Casas de Estudantes) entende que existem 3 tipos de moradia estudantil: Casa Autônoma de Estudantes, Residência Estudantil e Republica Estudantil. Casa de Estudante é todo o espaço destinado à moradia de estudantes, podendo receber as seguintes denominações: alojamento estudantil, residência estudantil, casa de estudante
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(universitária, secundária, pós-graduação, autônoma, estadual, municipal), repúblicas e outras (ANDRÉS, 2011). Casa Autônoma de estudantes são estabelecidas por estudantes, com baixa renda que querem economizar nos gastos com alugueis e despesas diárias, normalmente são apartamentos ou casas e administradas pelos seus próprios moradores. De acordo com a Sense, a moradia estudantil é administrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculo com a administração de Instituição de Ensino Superior ou Secundarista; 1.2 HISTÓRICO 1.2.1 UNIVERSIDADES NO MUNDO A princípio para entendermos melhor a história das moradias estudantis precisamos entender a história das universidades, que por sinal é responsável pelo maior número de estudantes tornando possível essas moradias. De acordo com o dicionário Aurélio Universidades vem do latim universitas, são instituições de ensino superior, que auxilia na formação de profissionais. Segundo Durkheim, a primeira universidade foi fundada na Europa, Universidade de Bolonha no ano de 1088, logo então foi a vez de Paris criada no século XII, criada dentro das edificações religiosas acompanhava disciplinas da Igreja. Figura 1: Universidade de Bolonha.
Fonte: https://destinosroqueturporto.blogs.sapo.pt/bolonha-21781.
Por conta da sua localização geográfica, a universidade de Paris cresceu e ficou conhecida também pela sua administração real, então no século XII, adquiriu o
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título de Estudos Gerais, já no século XIII, foi consolidada formando a Corporação dos Mestres. Estes locais de estudo recebem estudantes de vários locais e diversas nações. Bolonha já um pouco diferente, não tinha administração real, os mestres quem decidia os salários e os métodos de ensinos. Figura 2: Universidade de Paris.
Fonte: https://www.universidadesfrancesas.com.br/universidades-francesas-em-paris/.
Apesar dessas duas universidades serem as mais antigas, foram mesmo como exemplo no século XIII, as universidades de Oxford e Cambridge, que criaram o modelo de “Cidade Universitárias”, um modelo seguido por quase toda américa, utilizando o conceito “campus”. Figura 3: Cidade Universitária Oxford.
Fonte: https://www.7continents1passport.com/oxford-cidade-universitaria-mais-bonitamundo/?lang=pt-br
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Figura 4: Cidade Universitária Cambridge.
Fonte: https://querobolsa.com.br/revista/departamento-da-universidade-de-cambridgedisponibiliza-atividades-gratuitas-para-aprender-ingles
Depois da Primeira Guerra Mundial, as universidades desfizeram vínculo com as igrejas, e assim a potencialização economia e o crescimento populacional fizeram as instituições de Harvard, Yale e MIT (Massachusetts Institute of Technology) como as melhores universidades da américa. Segundo Buffa e Pinto, a princípio as moradias tinham nomes de cidade universitárias e depois tornaram-se Campus, a expressão cidade universitária veio da França e Campus dos Estados Unidos. Podendo dizer que Paris a cidade universitária não abriga escolas e é somente moradia, a primeira moradia foi fundada em 1925 que foi inspirada no conceito de Cidade-Jardim, foi construída em 1923 e 1969. 1.2.2 UNIVERSIDADES NO BRASIL Segundo Villanova, 1948, as universidades no Brasil surgiram no período imperial no ano de 1808, quando criados no Rio de Janeiro e na Bahia.
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Figura 5: Faculdade de Medicina da Bahia.
Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Faculdade_de_Medicina_da_Bahia_da_Universidade_Federal_da_Bahi a
Na Bahia o curso de Médico de Cirurgia e no Rio de Janeiro foi criado neste ano o Hospital Militar e, uma escola Anatômica, Cirúrgica e Médica. Atualmente Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Feral da Bahia. Figura 6: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.brasilcult.pro.br/memoria/faculdade.htm
Segundo a cronologia foi: •
1827 Foram instalados os cursos jurídicos;
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•
1828 Foram implantados os cursos jurídicos no Convento de São Francisco em São Paulo e no mosteiro de São Bento em Olinda;
•
1854 Os cursos jurídicos foram transformados em Faculdade de Direito.
•
1891 Constituição Federal manteve o ensino superior como uma atribuição de poder central;
•
1930 na Revolução o ensino sofreu várias alterações, e então o governo federal apoiou o surgimento de novas universidades em outros estados;
•
1909 Universidade de Manaus;
•
1911 Universidade de São Paulo;
•
1912 Universidade do Paraná;
•
1915 Início das apresentações de Certificados e a aplicação dos vestibulares;
•
1920 União das faculdades de Medicina, Direito e Engenharia na universidade do Rio de Janeiro;
•
1925
Autorização
para
funcionamento
de
outras
instituições
universitárias, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. •
1930 Criação do Concelho Nacional da Educação;
Assim chegou a segunda fase das universidades no Brasil, o começo da pós-graduação, que não bastava ministrar as aulas, precisava qualificar-se e dedicar-se a pesquisa. 1.2.3 MORADIA ESTUDANTIL NO BRASIL Na Idade Média, os estudantes reuniam-se em casas, conhecidas por "nações" e cada uma, abrigavam estudantes oriundos de lugares diferentes As primeiras universidades surgiram na Europa, em meados do século XI e XII, ao mesmo tempo surgiram as moradias estudantis. A primeira moradia de que se tem notícia no Brasil foram “Repúblicas” de Ouro Preto/MG nos anos de 1850 a 1860, quando no período imperial (XIX) grupos de estudantes com ideais republicanos se juntaram e foram morar em casarões e sobrados. O próprio surgimento, portanto, dessas “repúblicas” já foi, em si, uma ação
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política, foi criada por conta de uma escola de minas, e como dever era abrigar os estudantes surgiu a moradia estudantil. Imagem 7: Republica Pureza, fundada em 1939 em Ouro Preto, Minas Gerais.
Fonte: Pagina do Facebook da Republica da Pureza.
Na década de 1920 a 1930 as casas estudantis foram fundadas por grupos religiosos como necessidade moral para os estudantes. Em 1929 foi fundado a Casa do Estudante no Rio de Janeiro dando suporte aos alunos da Universidade do Rio de Janeiro então em 1937 gerou a UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES. Então na era Getúlio Vargas foi institucionalizada a Assistência estudantil, com isso em 1940 a 1950, veio a criação das Cidades Universitárias. Segundo a SENSE em 1946 foi feita uma constituição que veio oferecer serviços de assistência educacional visando a eficiência escolar dos alunos necessitados, mas com o envolvimento político foram destruídas todas as casas que pertenciam ao movimento e só então na década de 70 que as pessoas menos favorecidas tiveram acesso as universidades, quando o governo percebeu o crescimento acelerado dos alunos, porém com um condição onde as casas poderiam ser construídas novamente mas que não descordassem das ideologia do Ministério da Educação. (GOMES,2015) Foi então que as moradias estudantis vieram para estudantes de outros municípios de baixa renda e sem condições de se manterem nas faculdades, diferente do Brasil, nos Estados Unidos todos tem direito de moradia não somente uma parcela dos alunos.
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A moradia estudantil tem o propósito de promover justamente a integração entre estudantes, possibilitando o intercâmbio entre diversas culturas e o desenvolvimento do aprendizado da vivência em comunidade. Segundo Helena Maria Bousquet Bomeny, a moradia estudantil facilita o desempenho acadêmico de seus moradores no mundo universitário (BOMENY, 1.994). Atualmente existem diversas casas de estudantes pelo Brasil e no mundo, cada uma com seus valores através da formação acadêmicas e seu estilo de acordo com os moradores, são públicas e/ou administradas pelas universidades ou privadas. Figura 8: Cidade Universitária da Universidade de São Paulo.
Fonte: https://veja.abril.com.br/educacao/usp-esta-entre-70-universidades-com-melhor-reputacao-domundo/
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2. ESTUDOS DE CASO 2.1 MORADIA ESTUDANTIL UNICAMP •
Nome do projeto: Moradia Estudantil UNICAMP
•
Localização: Barão Geraldo – Campinas, SP.
•
Arquiteto responsável: Joan Villà.
•
Área: 55.000m²
•
Ano do projeto: 1992.
A história que começou em 1986 com um movimento estudantil “TABAS” nome que referenciava as tabas indígenas, considerado um dos maiores da história da UNICAMP, que começou com sessentas estudantes que reivindicaram 2 anos a moradia gratuita para estudantes de baixa renda, o reitor então prometeu 1.500 vagas até julho de 1989, então foi entregue em 1990. Além disso os próprios moradores, juntamente com os estudantes organizaram um cursinho pré-vestibular que davam preferência para alunos de escolas públicas de baixa renda. Já em 2016 teve outra greve dos alunos solicitando a expansão de vagas e assim o reitor assinou garantindo vaga, mesmo assim ainda existe uma grande falta de vagas. (Figura 9 e 10). Figura 9: Republica Pureza, fundada em 1939 em Ouro Preto, Minas Gerais.
Fonte: https://i0.wp.com/www.cal.iel.unicamp.br/wpcontent/uploads/2019/03/casa4.jpg?strip=info&w=500
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Figura 10: Volume do edifício.
Fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.154/4895
Podemos analisar que projeto conta com áreas de lazer, apoio, estudo e residenciais. E através da distribuição na figura 11, segundo o SAE da UNICAMP foram então construídas, 226 casas cada uma com capacidade para 4 estudantes, 27 estúdios, 7 salas de estudo, 4 centros de vivencia, biblioteca, prédio de administração, parque infantil e campo de futebol. Já as residências contam com 15 blocos, as unidades são compostas por cozinha, lavanderia, sala de estar, banheiro e um dormitório (figura 11 e 12). Figura 11: Setorização Da unidade.
Fonte: Fernanda Farias, 2015.
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Figura 12: Setorização dos blocos residenciais. PÁTIOS RESIDÊNCIAS ACESSO NIVEL SUP. ACESSOS
Fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.154/4895, adaptado por Victtórica Caldano, 2020.
2.1.1 ANÁLISE DO PROJETO O projeto foi muito bem pensado, projetado sem perder o seu conceito e mantendo grande área verde. A grande vantagem do projeto é a distribuição desses blocos, atendendo corretamente a organização dos fluxos e mantendo o seu público x privado sem setorizado. TABELA 1: TABELA DE ANALISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização público x privado.
- Caso não haja transportes públicos ou
- Fluxo dos usuários bem distribuídos.
cedido pela universidade, acaba ficando distante da Universidade.
-
Preservação
das
áreas
verdes,
predominantes da região. PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Manutenção das edificações.
- Pode tornar-se uma das melhores moradias.
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
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2.2 MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP OSASCO PROJETO FINALISTA •
Nome do projeto: Moraia Estudantil UNIFESP
•
Localização: Osasco - São Paulo
•
Arquiteto responsável: Diego Tamanini e Felipe Finger.
•
Empresa: Albuquerque + Schatzmann
•
Ano do projeto: 2015 (Não executado).
O projeto foi inserido em um contexto residencial, e implantado justamente para comunidade utilizar, nas questões de lazer, recreação e eventos (Figura 13 e 14). Figura 13: Moradia UNIFESP – Osasco.
Fonte: Archdaily, 2015. Figura 14: Implantação do projeto.
Fonte: Archdaily, 2015.
31
O projeto foi defino em 3 torres de 5 pavimentos para uso dos alunos, as torres contam com residências, espaço de uso coletivo imediato, uso coletivo intermediário, as disposições ficam conforme imagem a baixo. Todos os pavimentos são distribuídos da mesma forma, seguindo um pavimento tipo, porém os residenciais, são compostos por quartos individuais, compartilhados, quartos família e quartos adaptados, são 6 dormitórios em cada pavimento e uma sala de estar, eles são interligados por uma passarela, e tem dois acessos, composto de escada e elevador. (Figura15,16,17,18,19,20 e 21). Figura 15: Setorização dos blocos.
Fonte: Archdaily, adaptado por Victtória Caldano, 2020. Figura 16: Setorização dos blocos individualmente.
Fonte: Archdaily, adaptado por Victtória Caldano, 2020.
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Figura 17: Setorização dos quartos.
Fonte: Archdaily, adaptado por Victtória Caldano, 2020. Figura 18: Setorização dos quartos.
Fonte: Archdaily, adaptado por Victtória Caldano, 2020
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Figura 19: Setorização do edifício em corte.
Fonte: Archdaily, adaptado por Victtória Caldano, 2020.
Figura 20: Componentes construtivos.
Fonte: Archdaily, 2015.
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Figura 21: Descritivos dos componentes.
Fonte: Archdaily, 2015.
2.2.1 ANÁLISE DO PROJETO Analisando o projeto, pode-se observar que o mesmo foi projetado de maneira com que funcionasse a setorização no qual a comunidade pudesse usufruir das áreas do edifício trazendo união entre a cidade e o campus, o projeto também trouxe soluções para iluminação e ventilação natural, pensando na sustentabilidade dando garantia a vida útil do edifício.
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TABELA 2: TABELA DE ANALISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização público x privado.
- Por conta de o pátio ser aberto de mais, possa trazer uma certa insegurança aos
- Fluxo dos usuários bem distribuídos.
moradores. - Pouca movimentação no perfil do terreno. - Preservação do máximo de área permeável. PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Setor público aberto de mais.
- Pode tornar-se uma das melhores
-
Faltou
trabalhar
mais
com
paisagismo.
o
moradias. - Utilizar as áreas permeáveis para trabalhar melhor o paisagismo.
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
2.3 MORADIA ESTUDANTIL C.F. MOLLER •
Nome do projeto: Moradia Estudantil C.F. MOLLER
•
Localização: Ondense, Dinamarca.
•
Empresa: C.F. MOLLER
•
Arquiteto responsável:
•
Área: 13700.00m²
•
Ano do projeto: 2015.
O projeto tem ligação com o Campus Universitário Linear 1966 e com o Cortex Park. A estrutura da Universidade serviu de inspiração para o projeto, com espaços comuns em todos pavimentos. Segundo o arquiteto do escritório, as três torres são rotacionadas uma em relação à outra, inscrevendo-se nos ângulos facetados do parque de ciência,
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enquanto a direção da praça frontal unindo as torres faz referência ao modernismo linear do campus universitário (figura xx). Conta com áreas coletivas, como: cozinha comum que são para uso coletivo e encontra-se em todos os três edifícios e também com sala de estar coletiva que são como ponto de encontro dos estudantes a cada 7 quartos. Encontra-se também no térreo um café considerando como área comum, que vem acompanhado de sala para grupos, áreas de estudo e espaço para festa nos pisos superiores. A forma do edifício é um retângulo e a forma que gerou foi o quadrado, a decisão da forma influenciou diretamente nos platôs, no qual foi feito para melhor aproveitamento do terreno (Figura 22 e 23). Figura 22 – Forma do edifico CF MOLLER.
Fonte: Archdaily, 2016. Figura 23- Formas edifício CF MOLLER.
Fonte: Archdaily, 2016.
As formas da fachada com essa sensação de mais e menos, deixa o edifico harmonioso e não assimétrico, a fachada com mesmo volume que o restante do edifício, não traz impacto para o redor onde ficam mais evidente e o centro menos. Já sabendo a climática da cidade, podemos analisar que a edificação conta com uma ótima entrada de iluminação e ventilação. As janelas de vidro do quarto na face
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externa, traz ventilação e iluminação natural, no qual auxilia na diminuição do consumo de energia e propõe conforto térmico para quem ali habita. E a grande abertura das varandas também faz com que a ventilação entre e circule todo o ambiente (figura 24 e 25) Figura 24 – Fachada do Edifício.
Fonte: Archdaily, 2016. Figura 25 – Analise das condicionantes climáticas do edifício.
Fonte: Gross, 2018.
No pavimento térreo contamos com o uso comum aberto a população, circulações verticais, áreas de serviço e o administrativo, como o prédio não tem uma
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frente certa, conta com 3 acessos principais. O setor de serviços conta com uma sala de manutenção geral, lavanderia e um bicicletário. O setor comum conta com uma sala de estudo e um café aberto a população. Esse pavimento visa a questão do público e privado para a comunidade e os estudantes. O edifício conta com 3 tipologias de apartamentos diferentes, individual, duplo e adaptado para portadores de deficiência, todos contam com um banheiro privativo e uma varanda. A circulação vertical acontece em bloco rígido, porém são independentes, unindo o centro para o conceito de comunidade, com salas de estar e cozinhas comunitárias em todos os pavimentos. Contando com quartos adaptados em todos andares. Do 2º ao 15º os pavimentos contam com uma rotação que dá a sensação de mais e menos na fachada, os cheios e vazios. Já no 13º pavimento conta com uma área para os moradores se reunirem, locais que eles podem trocar experiencia. De acordo com o Archdaily 2016, o edifício foi construído com materiais que atende rigorosamente o plano dinamarquês de 2020, o edifício então foi construído com tijolos acinzentados e painel de madeiras e metálicas nas fachadas (Figuras 26,27,28,29 e 30). Figura 26 – setorização das plantas tipos.
Fonte: Gross, 2018.
39
Figura 27 – Setorização da planta 2º pavimento.
Fonte: Gross, 2018.
Figura 28: Setorização da planta do 6º pavimento.
Fonte: Gross, 2018.
40
Figura 29: Setorização da planta do 13º pavimento.
Fonte: Gross, 2018. Figura 30: Analise dos matérias que compõe o edifício.
Fonte: Adaptado do Archdaily, 2016.
2.3.1 ANÁLISE DO PROJETO O edifício, tem uma forma diferente do que as outras moradias, ele traz uma sensação de mais segurança ao mesmo tempo traz a socialização da comunidade nos pontos de encontros em cada pavimento. O mesmo ainda conta com uma solução para obter iluminação e ventilação natural bastante eficaz e sustentável, sem tirar a modernidade e estética da fachada.
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TABELA 3: TABELA DE ANÁLISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização dos ambientes.
- Presença de um lago próximo pode
- Máximo aproveitamento do terreno sem grandes movimentações.
deixar o ambiente mais gelado. - A grande quantidade de áreas secas pode acabar trazendo pó para o edifício.
- Conforto térmico.
PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Falta paisagismo.
- Trabalhar melhor a interação do edifício com o paisagismo.
-
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
2.4
MONASH UNIVERSITY LOGAN HALL •
Nome: Monash University Logo Hall
•
Localização: Campus Clayton – Austrália.
•
Arquiteto responsável: Bride Charles Ryan
•
Área: 909,99m²
•
Ano do projeto: 2015.
De acordo com o Archdaily, 2016, o edifício é destinado a moradia estudantil, é um edifício de 6 andares e conta com 250 quartos. No pavimento térreo encontrase uma mistura de lojas, serviços de construção e manutenção, instalações e equipamentos e também um jardim com espaço gourmet (churrasqueira). A circulação vertical sobe em bloco rígido, dando acesso a todos os pavimentos, no quais incluem salas comuns e de jogos onde os alunos socializam (figura 31).
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Figura 31: Foto do edifício.
Fonte: Archdaily, 2017.
O pavimento térreo fica localizado no hall de entrada, uma área restrita para os moradores, que conta com um bicicletário pois o campus valoriza a sustentabilidade e um dos meios de colaborar é o incentivo do uso de bicicletas. O acesso ao público fica somente para as lojas, no qual não se misturam com o edifício em si, mas a praça com jardim faz uma conexão do público x privado. Podemos identificar também na área externa privativa do edifício, a área de churrasqueira com vários pátios de jardim aberto para convívio dos moradores apenas. Já na planta tipo, podemos analisar que os dormitórios tanto nos individuais quanto nos adaptados contêm uma cozinha compacta e um banheiro privativo. Conta também com a sala comum e de jogos junto com uma cozinha coletiva, para o convívio O edifício tem seus dormitórios para fachada norte, com toda iluminação e ventilação entrando nos dormitórios e conta com painéis solares. Os elementos de design passivo usados no projeto do edifício ajudam a minimizar os requisitos de uso de energia através do uso de sombreamento fixo nas janelas, que controla o superaquecimento, a luz do dia e as vistas. (World-architects,2015).
Segundo Archdaily, 2017 o edifício contem placas nas janelas que server como elementos de design, os modelos de brise é um revestimento de placas de concreto em volta das janelas que protege do superaquecimento (figura 32,33,34 e 35).
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Figura 32: Setorização do pavimento térreo.
Fonte: Gross, 2018. Figura 33: Setorização da planta pavimento tipo.
Fonte: Gross, 2018.
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Figura 34: Brises.
Fonte: Gross, 2018. Figura 35: Iluminação e ventilação Natural.
Fonte: Gross, 2018.
2.4.1 ANALISE DO PROJETO O edifício foi pensado de forma com que os ambientes ficassem confortáveis para os que ali habitassem, pensado no conforto térmico e nas distribuições dos mesmos. Os moradores assim também poderiam ter a sensação de conforto nas áreas externas com equipamentos de lazer e ainda contarem com a praça onde há socialização do público com o privado e um paisagismo aconchegante.
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TABELA 4: TABELA DE ANALISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização dos ambientes.
- Praça publica pode trazer uma certa insegurança aos moradores.
- Conforto térmico. - Paisagismo no entorno. PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Falta paisagismo.
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
2.5 MORADIA ESTUDANTIL OLYMPIA PLACE •
Nome do projeto: Olympia Place
•
Localização: Amherst – Estados Unidos.
•
Arquiteto responsável: DiMella Shaffer e Holst Architecture
•
Área: 9290m²
•
Ano do projeto: 2016.
O projeto é uma referência da Nova Inglaterra, por conta do seu cenário o edifício teve que ser diminuído e então ocasionou volumes menores respeitando o ambiente natural (figura 36). Figura 36: Olympia Place.
Fonte: Archdaily, 2017.
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O edifício foi projetado pensando na modernidade e na vida dos estudantes, ele conta com 73 unidades entre estúdios e suítes de 4 quartos ainda oferece espaços comuns de socialização. O pavimento térreo conta com 7 apartamentos de 4 dormitórios, 2 apartamentos de 2 dormitórios e 1 apartamento de 1 dormitório, também tem lobby, salas de estudos, recepção, serviços, espaço para home office, pátio aberto, sanitários, lixeiras e carregamentos, há também um mezanino com área para estudos. Já o pavimento 2 conta com 10 apartamentos de 4 dormitórios, 6 apartamentos de 2 dormitórios e o mezanino. Pavimento 3 e 4 são iguais e acontecem com 11 apartamentos de 4 dormitórios, 2 apartamentos de 2 dormitórios e 1 apartamento de 1 dormitório. No pavimento 5 acontece 9 apartamentos de 4 dormitórios, 3 apartamentos de 2 dormitórios e 1 apartamento de 1 dormitório. A circulação vertical deles ocorrem em bloco rígido contando com 2 escadas de emergências em bloco rígido também em cada extremidade (Figuras 37,38,39,40 e 41). Figura 37: Nível 1.
Fonte: Archdaily 2017.
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Figura 38: NĂvel 2.
Fonte: Archdaily 2017.
Figura 39: NĂvel 3 e 4.
Fonte: Archdaily 2017.
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Figura 40: NĂvel 5.
Fonte: Archdaily 2017.
Figura 41: Cortes.
Fonte: Archdaily 2017.
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2.5.1 ANÁLISE DO PROJETO O projeto remete uma boa distribuição dos setores e um bom fluxo de quem habita, simples e funcional e apesar de ter diminuído seus volumes atendeu o programa e deixou o local aconchegante com o sentido de comunidade dentro do edifício. TABELA 5: TABELA DE ANALISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização.
- Longas peles de vidro obriga o uso de
- Funcionamento dos fluxos.
cortinas ou de algum tratamento.
- Disposição dos ambientes. PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Falta paisagismo.
- Melhorar o paisagismo com seu em torno
- Conforto térmico por sua grande quantidade de vidros.
que chama a isto. - Trabalhar melhor as questões térmicas e acústicas.
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
2.6 VISITA TÉCNICA Visita realizada 11 de maio de 2020. O Edifcio Share é um edifício residencial direcionado há universitários, fica localizado à Rua Cunha Horta, no bairro da Consolação em São Paulo e traz facilidades para os estudantes. Foi decidido inaugurar esse edifício para poder atender os estudantes das universidades que moram longe das mesmas, com intuito de facilitar os estudos na parte financeira quanto na facilitação do trajeto até as universidades para melhor acomodação. A visita foi acompanhada por um guia de apoio do próprio local que se disponibilizou. O edifício conta com um sub solo e mais 17 pavimentos e seu programa é distribuído da seguinte forma:
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2.6.1 SUB SOLO No pavimento do Sub solo fica localizado apenas o estacionamento que conta com 20 vagas para funcionários uma circulação vertical que do acesso ao pavimento térreo e aos níveis superiores. 2.6.2 PAVIMENTO TÉRREO O pavimento térreo vem ao nível da rua praticamente, conta com uma recepção, lobby, um espaço com arquibancada, academia, salas de estudo, correios, lavandeira, 4 banheiros sendo 2 femininos e 2 masculinos e 1 banheiro PNE (Figura 43,44,45,46,47,48,49,50,51 e 52). Figura 43: Recepção
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020. Figura 44: Lobby
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
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Figura 45: Arquibancada
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020. Figura 46: Academia
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020. Figura 47: Academia
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
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Figura 48: Salas de estudos 1
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
Figura 49: Salas de estudos
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
Figura 50: Correio
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
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Figura 51: Lavanderia
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
Figura 52: Lavanderia
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
2.6.3 PRIMEIRO E SEGUNDO PAVIMENTO No primeiro e no segundo pavimento bem como no sub solo ficam localizados apenas os estacionamentos que contam com vagas para moradores e visitantes e uma circulação vertical que dão acesso ao pavimento térreo e aos níveis superiores. 2.6.4 TERCEIRO AO DÉCIMO SEXTO PAVIMENTO O pavimento tipo, inicia-se no 3º até o 16º pavimento, com 8 apartamentos por andar sendo 2 apartamentos triplos são 3 quartos e 3 banheiros e uma cozinha
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coletiva, os outros 6 apartamentos Studio são apartamentos para uma ou duas pessoas, conta com banheiro individual para cada Studio e uma cozinha que fica localizada como se fosse uma sacada (Figuras 53,54,55,56 e 57). Figura 53: Circulação de acesso aos dormitórios.
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
Figura 54: Dormitório apartamento compartilhado
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
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Figura 55: Cozinha do apartamento compartilhado.
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
Figura 56: Apartamento Studio 2
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
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Figura 57: Banheiro apartamento
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
2.6.5 DÉCIMO SÉTIMO PAVIMENTO No último pavimento fica localizado a cobertura que conta com uma piscina, churrasqueira na qual pode ser usada por moradores e visitantes, salão de jogos, área de convivência e 3 sanitários sendo um feminino um masculino e um P.N.E. Figura 58: Piscina
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020
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Figura 59: Solarium
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
Figura 60: Churrasqueira
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020. Figura 61: Churrasqueira e Área de convivência
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
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Figura 62: Área de convivência
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
Figura 63: Sala de jogos 01
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
Figura 64: Sala de jogos 02
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
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2.6.6 PLANTAS Figura 65: Croqui pavimento térreo
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020. Figura 66: Croqui pavimento tipo 3º ao 16º
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
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Figura 67: Croqui 17ยบ pavimento
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020. Figura 68: Comprovante fotogrรกfico
Fonte: Autora Victtรณria Caldano, 2020.
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Figura 69: Comprovante fotográfico
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
2.6.7 ANÁLISE DO EDÍFICIO O Edifício foi projetado atendendo todas as necessidades do estudante, pensando no seu bem estar físico e emocional, colaborando assim com seus estudos e lazer. TABELA 5: TABELA DE ANALISE – SWOT.
ANÁLISE PONTOS POSITIVOS
AMEAÇAS
- Setorização.
- Longas peles de vidro obriga o uso de
- Funcionamento dos fluxos.
cortinas ou de algum tratamento.
- Disposição dos ambientes. PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES
- Falta paisagismo.
- Trabalhar melhor as questões térmicas e
- Conforto térmico por sua grande quantidade de vidros.
acústicas. -Trabalhar paisagismo nas áreas favoráveis.
Fonte: Do autor Victtória Caldano, 2020.
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3. ÁREA DE ESTUDO 3.1 MOGI DAS CRUZES 3.1.1 HISTÓRICO DAS CIDADE De acordo com o site da COMPHAP de Mogi das Cruzes, antes da fundação de Mogi das Cruzes, no ano de 1560, o bandeirante Brás Cubas veio a procura de ouro nas margens do Rio Anhembi atualmente chamado de Rio tietê. Gaspar Vaz, foi quem abriu o primeiro caminho acesso de São Paulo para Mogi das Cruzes, no dia 17 de agosto de 1611, assim iniciou o povoado, como nome de Vila Sant’Anna foi oficializado no dia 1º de setembro. O nome da cidade veio de uma alteração de Boigy, que por sua vez, vem de M’Boigy, que significa “Rio das Cobras”. Devido ao costume de dotar nome de padroeiros, quando criada a vila em 1611, passou se chamar “Sant’Anna de Mogy Mirim”. Na linguagem dos indígenas Mirim quer dizer pequeno. A linguagem popular agregou o termo “cruzes” pois era costume os povoadores sinalizar com cruzes os marcos que indicavam limites da cidade. Tem como datas e fatos: •
1560- Ano que foi marcado com Brás Cubas que entrou nas matas;
•
1601- Ano que Gaspar Vaz fez abertura do primeiro acesso de ligação entre São Paulo e Mogi das Cruzes;
•
1611- Ano que foi fundada a Vila Sant’Anna, no dia 17 de agosto mais oficializada em 1º de setembro, foi de grande importância para o povoamento do Brasil.
•
1822- Ano que Mogi recebeu o Príncipe D. Pedro, se instalaram no Convento do Carmo e depois seguiram viagem com alguns documentos de Mogi para ajuda na Independência do Brasil.
•
1865- 13 de março, Elevação da Cidade
•
1874- 14 de abril, Elevação da Comarca.
63
•
1931- Foi idealizado pelo historiador Dr. Afonso Taunay e desenhado pelo artista J. Wasth Rodrigues o brasão, estampa o combate com os índios botocudos com soldados milicianos de Mogi das Cruzes.
•
1956- Oficialização da bandeira de Mogi das Cruzes, no dia 29 de novembro de 1956 pela lei municipal nº 804. A bandeira tem três faixas horizontais, preto, branco e vermelho e representam a população de que se formou o município, através das raças: branca, negra e vermelha (índios).
•
1º de setembro dia que se comemora o aniversário da cidade.
Mogi das Cruzes é considerada hoje uma cidade histórica, conforme foi ganhando forma, trazendo as igrejas como marcos históricos assim foi crescendo em todos os aspectos, como os comércios e o restante da cidade até os limites. 3.1.2 ASPECTOS DE MOGI DAS CRUZES Segundo ao IBGE, atualmente o município de Mogi das Cruzes conta com uma população de 445.842 pessoas estimadamente, com a densidade demográfica de 544,12 hab/km². IBGE afirma também, que a cidade conta também com um território de aproximadamente 712,541Km² desse valor 28,7% de urbanização de vias públicas, localizada no estado de São Paulo região leste.
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Figura 70: Mapa dos acessos de Mogi das Cruzes.
Fonte: Foto de https://viniciuscarvalhoblog.wordpress.com/2014/09/01/mogi-das-cruzes/
Mogi das Cruzes, transformou-se em uma das cidades de mais importância na economia pelos seus acessos, São Paulo, Rio de Janeiro, Litoral e até mesmo a cidade de Guarulhos que se localiza próximo a cidade também conforme imagem 10. O município também é cercado por 2 Serras, Serra do Mar e Serra do Itapety, sendo ligadas por um Cinturão Verde, também passa pela cidade o Rio Tiete. A cidade obtém uma topografia irregular e ainda é a 2º maior reserva da Mata atlântica, possuindo mais de 50% das suas áreas de preservação.
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3.2 ANÁLISE DO TERRENO 3.2.1 NOVA MOGILAR - HISTÓRICO DO BAIRRO O terreno está localizado dentro de uma chácara de 36 alqueires, no qual pertencia a Sebastiana de Mello Freire, conhecida como Dona Yayá, uma figura muito importante para Cidade de Mogi das Cruzes, levando uma vida marcada por tragédias. Quando faleceu Dona Yayá, os seus bens foram doados à Universidade de São Paulo como a maior herança do estado. Esse terreno passou pouco depois a pertencer a USP e entregue por livre espontânea vontade a Prefeitura de Mogi das Cruzes, parte dessa chácara foi vendida a UMC onde está localizado o Campus Universidade Mogi das Cruzes (Frehse Fraya, 2000). Hoje no espaço onde era chácara encontra-se o parque Botyra, e grandes órgãos públicos como, INSS, Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, Câmara Municipal, Fórum, Mogi Shopping, Universidade Mogi das Cruzes e Brás Cubas. 3.2.2 JUSTIFICATIVA DO TERRENO O terreno adotado para execução do projeto, situa-se na Av. Francisco Rodrigues Filho, bairro Nova Mogilar, Mogi das Cruzes (figura 69), pois a localização dele se adequa as diretrizes que são: •
O Acesso dos alunos para as instituições;
•
A infraestrutura local;
•
Proximidade aos Equipamentos Urbanos básico;
A área do local conta com uma estrutura de equipamentos urbanos, onde fica localizado Supermercados, Ginásio de Esportes Hugo Ramos, Hospital Luzia de Pinho Melo (SUS) e órgãos públicos como Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes e Fórum Municipal. A área também se destaca por estar localizada próximo do Centro Comercial de Mogi das Cruzes e o Mogi Shopping, favorece também o transporte pois, fica em frente a Rodoviária e a Estação de Trem Estudantes e próxima ao Terminal Estudantes de Ônibus.
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Imagem 71: Localização do Terreno
Fonte: https://www.google.com.br/maps/@-23.5125642,46.183841,719m/data=!3m1!1e3?hl=ptBR - Editado por Victtória Caldano.
A via onde o terreno faz frente é uma via de grande importância pois do acesso aos principais bairros como Cezar de Souza e Jardim Rodeio, bairros nos quais estão em grande desenvolvimento de extensão na cidade. Além do mais, o terreno tem uma vista privilegiada da Serra do Itapety e uma grande vantagem por estar próximo ao Parque Centenário da Imigração Japonesa um dos grandes marcos da cidade. O projeto por se tratar de um edifício para estudantes, será conectado as duas universidades que localizam uma ao lado do terreno que é a Universidade Brás Cubas (UBC) e a outra logo a frente que é a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). 3.2.3 TERRENO O terreno como já mencionado será feito o desdobro do mesmo, no qual passará se chamar “Lote A” e a outra parte chamara “Lote B”, assim o lote utilizado será “Lote A” que terá frente para Av. Francisco Rodrigues Filho medindo 94,82 metros de frente, olhando de frente a lateral direita confronta com a Rua Yoshiteru Onishi medindo da frente aos fundos 175,00m, com fundos voltado para o terreno lote medindo 144,55m, confrontando agora com o Ginásio municipal de esportes, mede-se 57,00m, continuando assim com uma entrada
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para o terreno medindo 31,70m e finalizando o terreno confronta com a Rua Prof. Ismael Alves dos Santos medindo 107,00m até a frente do terreno, totalizando uma área de 21.815,00m2. A infraestrutura do local é disponível e conta com a rede de energia e iluminação fornecida pela Bandeirante Energia, água e esgoto pela SEMAE, Gás encanado da Congás e Ultragaz, rede de telefonia, tv por assinatura e internet pelas operadoras como Vivo, Net, Sky, também conta com a coleta de lixo terceirizada pela CS BRASIL. O terreno contém uma curva de nível de 2m, a predominância dele é plana, sua vegetação é constituída por gramíneas. Observa-se que ao entorno do terreno, no passeio público, lateral esquerda de quem olha de frente para o terreno, na Rua Professor Ismael Alves dos Santos, existe uma massa vegetal de porte médio/grande. Figura 72: Frente do terreno, Av. Francisco Rodrigues Filho.
Fonte: Autor Victtória Caldano, 2020. Figura 73: Lateral direita do terreno, Rua Prof. Ismael Alves dos Santos.
Fonte: Autor Victtória Caldano, 2020.
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3.2.4 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO Figura 73: Levantamento Planialtimétrico do terreno.
Fonte: Editado por Victtória Caldano, 2020.
3.3 LEVANTAMENTO URBANÍSTICOS 3.3.1 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL De acordo com a figura 73 podemos identificar uma grande quantidade de residências, observamos também uma quantidade notável de comércios, uso institucionais como esporte e saúde e públicos.
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Figura 74: Uso e Ocupação do Solo.
Fonte: Editado por Victtória Caldano, 2020.
Podemos analisar que ao em torno do terreno concentra-se muitas edificações, no quais a quantidade de cheios é muito maior do que vazios. Sendo assim, passando por ele algumas vias arteriais que ligam os principais bairros da cidade com o centro, e também conta com vias coletoras e locais, no qual chama atenção a quantidade de automóveis e pedestre no horário de pico, que acabam trazendo bastante ruídos para o local devido a esse excesso. Analisando também, o terreno é privilegiado pois além de toda extensão comercial, institucional, conta com o transporte público que ambos localizam bem próximo.
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3.3.2 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL O terreno em relação a implantação do projeto tem uma localização privilegiada, no qual dá para atender totalmente ao projeto. O mesmo tem o total de 21.815,00m2, e possui apenas uma única curva de nível, a sua predominância é plana. Figura 75: Estudo Micro Ambiental
Fonte: Editado por Victtória Caldano, 2020.
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3.3.3 IMPACTO DE VIZINHANÇA O empreendimento poderá trazer alguns pontos positivos e negativos para a vizinhança, como: ➢ Conforme seu funcionamento, o estudante terá condições de moradia e estudo com baixo custo. ➢ Com o empreendimento, muitos alunos não irão mais utilizar os fretados, assim diminuindo o número dos mesmos nos horários de grandes congestionamentos; ➢ Terá aumento na economia local, pois os usuários dessa edificação irão consumir nos comércios próximos; ➢ Poderá ter um impacto no trânsito pela quantidade de usuários passando pelo local; Figura 76: Estudo de Impacto de Vizinhança
Fonte: Editado por Victtoria Caldano, 2020.
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3.3.5 LEGISLAÇÃO DO TERRENO De acordo com Lei de Uso e Ocupação do Solo nº 7.200/2016, que impõe os critérios a serem seguidos para construção de uma edificação, classifica a área a ser utilizada como ZDU-1 (Zona de Dinamização Urbana), no qual determina que poderão ser estabelecidos atividades de pequeno, médio e grande porte e ter como incentivo: •
A ocupação de atividades econômicas;
•
Comércios de apoio a vida urbana;
•
Redução no deslocamento gerados pela necessidade diariamente, entre atividades de comércio e serviços;
Essa área segundo a lei, é uma área preferencialmente para atividades industriais mais também se admite ao uso residencial, que entra no caso do empreendimento a ser instalado. Figura 77: Zoneamento ZDU-1.
Fonte: http://www.pmmc.com.br/public/site/doc/201701091436565873a0087c94f.pdf editado por Victtória Caldano, 2020.
Seguindo os critérios estabelecidos pelo anexo 5, os índices urbanísticos imposto pelo anexo 6, temos como parâmetros técnicos:
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•
TO (Taxa de Ocupação) = 60%
•
CAb (Coeficiente de Aproveitamento básico) = 2,5
•
CAm (Coeficiente de Aproveitamento máximo) = 3
•
TP (Taxa de Permeabilidade) = 20%
•
Lote área m² = 125 Frente (m) = 5,00m
•
Rap (Recuo do Alinhamento Predial) = 5,00
•
Ral (Recuo do alinhamento Lateral) = 1,5
•
Raf (Recuo do Alinhamento Fundos) = 2,00
Calculando então, o Terreno da intervenção terá: TABELA 5: INDICIES URBANISTICOS
Tabela Cáculo Índicies Urbanísticos ÁREA: T.O: Cab: Cam: T.P:
20.905,00m² 12.543,00 2,5 3 4.181,00
Fonte: Editado por Victtória Caldano, 2020.
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4. DIRETRIZES E PREMISSAS O projeto em quesito legislação será baseado, na NBR 9050 que se trata da acessibilidade da edificação, do mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios, Coe – Código de Obras de Mogi das Cruzes, Código Sanitário Lei 10.083 de 1998 e decreto 12.342 de 1978 e ANVISA Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. De acordo com a NBR 9050 todo o projeto de residências multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ter suas áreas de uso comuns acessíveis e somente as áreas de serviços restritas tais como: casas de maquinas, barriletes e passagem de uso técnico, não necessitam ser acessíveis. Segundo a NBR 9077 que diz sobre as saídas de emergências dos edifícios, tem como objetivo que toda a população do edifício saia em algum caso de incêndio, protegida e permita o fácil acesso dos bombeiros, sendo assim as saídas comuns devem ser servidas de emergências e saídas de emergências quando necessário tendo que atender alguns critérios.
4.1 CONDIÇÕES GERAIS 4.1.1 ACESSOS •
De acordo com a NBR 9050 de 2015 todos os acessos devem ser acessíveis, cada entrada acessível não pode ultrapassar de 50m e devem ser vinculados as circulações de emergência e livres de quaisquer obstáculos. estabelece que os pisos são considerados acessíveis quando existir dois tipos de circulação vertical, os revestimentos devem ser com acabamento regular, firme e estável, antiderrapante e não trepidante para os dispositivos com rodas, deve-se também evitar o uso de estampas ou cores possam causar, desestabilidade e insegurança.
•
Segundo a NBR 9077, as larguras mínimas das saídas são de 1,10m correspondendo a duas unidades de passagem de 0,55m e de 2,20m para permitir passagem de macas e camas. A portas das rotas de incêndio abre para dentro no ângulo de 180º, os acessos devem permitir o fácil escoamento do prédio, permanecer
75
desobstruídos em todos os pavimentos e ter larguras conforme os estabelecidos, também em qual quer edificação no qual não haja saída livre em nível para o externo, será necessário escada enclausuradas ou não, deve-se ter corrimão e seu lado aberto em um dos lados, ser proporcionais ao número de pessoas. Os degraus devem ter altura entre 16cm e 18cm e a largura de acordo com o cálculo (63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm), não podendo ser menos que três degraus e nem ultrapassar 3,70m. RAMPAS •
Segundo à NBR9050 a inclinação dos mesmos devem ser de até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos. As inclinações superiores a 5% devem atender a norma para rampa, a declividade acima de 5% é considerada como rampas e o seu cálculo é feito através da seguinte formula: i=hx100/c, onde, i é a inclinação em porcentagem (%), h é altura do desnível e c é comprimento da projeção horizontal.
ESCADAS •
De acordo com a NBR 9050 de 2015, partir de 3 degraus é considerado escada, as dimensões dos pisos devem ser de acordo com as seguintes formas: 0,63 m ≤ p + 2e ≤ 0,65 m; pisos (p): 0,28 m ≤ p ≤ 0,32 m e; espelhos (e): 0,16 m ≤ e ≤ 0,18 m, a largura mínima da escada para rotas acessíveis é de 1,20m, e o primeiro e último degrau devem estar a 0,30m da área de circulação, deve haver um patamar a cada 3,20m de desnível e sempre que mudar de direção e os corrimãos devem estar a 0,92m e 0,70m do piso, a barra de apoio deve ser a 0,30m comprimento do seu eixo e contínuos.
•
De acordo com o Código Sanitário, as escadas não poderão ter valores inferiores as normas especificas, degraus com piso e espelho atendendo: 0,60m: 2e+p 0,65m, quando uso coletivo e
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comum a largura das escadas devem ser de 1,20m e quando de uso restrito 0,90m. •
Segundo a NBR 9077, as escadas enclausuradas além de seguir as normas básicas citadas a cima, deve-se também ter suas caixas isoladas com materiais resistentes a 2h de fogo, janelas abrindo para o lado exterior, tendo no mínimo 1,10 de peitoril acima do degrau adjacente ou patamar com no mínimo 80 cm de largura e as antecâmaras obrigatoriamente ter no mínimo 1,80m com pé direto de 2,50m.
CORREDORES •
A NBR 9050 de 2015 afirma que os corredores devem dimensionado de acordo com o fluxo de pessoas, sem barreiras e obstáculos. Tem como largura mínima para uso comum, 0,90m até 4,00m de comprimento, 1,20m para corredores até 10,00m e de 1,50m até com extensão superior á 10,00m, para uso público 1,50m e maior de 1,50 para grande fluxo de pessoas.
•
O Código de Obras de Mogi das Cruzes, afirma que, em outros tipos de habitações de uso coletivos os corredores devem ter dimensão mínimas dos corredores de 1,20m e quando de uso restrito poderá ser diminuído para 0,90m e o pé-direito no mínimo 2,50m.
•
Segundo a NBR 9077, as distancias máximas a serem percorridas em caso de incêndio em corredores com de saída única 40,00m com mais de uma saída 50,00m e com chuveiros automáticos saída unida de 55,00m e com mais de uma saída de 65,00m.
•
De acordo com o Código Sanitário do estado de São Paulo, deverão ter iluminação natural direta ou indireta os corredores que conter até 10,00 m de comprimento. Os mesmo devem ter largura mínima de 0,90 m, quando de uso comum ou coletivo mínimo 1,20 m e para uso restrito será permitido a redução até 0,90 m .
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ELEVADORES •
Segundo a NBR 9050 de 2015, os elevadores devem seguir a norma da ABNT NBR NM 313.
•
Segundo a ABNT NBR NM 313, os elevadores devem ter as aberturas de portas com acesso totalmente livre, sem obstáculos nos pisos e na frente da porta, as medidas da cabina devem ser medidas entre as paredes estruturais da cabina.
•
Segundo o Código de Obras de Mogi das Cruzes, o acesso de circulação aos elevadores não deverá ser inferior a 1,50m de largura.
4.2 ÁREA COMUM •
De acordo com o Código de Obras de Mogi das Cruzes, as edificações de uso multiresidenciais, serão necessário guaritas para serviços de portaria, local para depósito de lixo e depósito de material de limpeza com tanque de lavagem.
4.2.1 ABRIGO PARA AUTOS •
Segundo ao Código de Obras de Mogi Das Cruzes Os abrigos deverão ter no mínimo 2,30m de pé-direito, recuos mínimos obrigatórios. Para edificações com multiresidenciais deverá obter 12,00m² por vaga das unidades, poderão ser executados nas faixas dos recuos mínimos com acesso por via interna do empreendimento. O acesso não poderá ser diretamente da esquina com um afastamento de 6,00m, a entrada saída deverá ser diferenciada de no mínimo 3,50 cada entrada ou em acesso duplo de 6,00m e até 30 vagas deverá ter uma área de acumulação para 1 veículo. As vagas deverão ter no mínimo 2,50m X 4,80m para automóveis, 3,00m X 7,00 para veículos de cargas e 1,20m+2,50m X 5,00 para veículos de pessoas com deficiência, contando também com, 0,70 X 1,85m para bicicletas e 1,20m X 2,50m para vagas de moto.
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•
Segundo a NBR 9050, as vagas reservadas para idosos e deficientes devem conter sinalização, devem ser implantadas até 50m dos acessos.
•
De acordo com o Código Sanitário do Estado de São Paulo, quando o estacionamento for coberto, deverá ter no mínimo 2,30 m de pé direito.
4.2.2 LAVANDERIA COLETIVA •
De acordo com o Código de Obras de Mogi das Cruzes, poderá ser dispensada a área de serviço se a edifício obter lavanderia de uso coletivo. As lavanderias deverão conter no mínimo 2,00m² com pédireito maior ou igual à 2,40m.
•
Segundo o Código Sanitário do Estado de São Paulo, as lavanderias devem contem no piso dispositivos de captação de água, e o pé direito deverá ser de no mínimo 2,50 m.
4.2.3 QUADRA DE ESPORTE •
Segundo o Código de Obras de Mogi das Cruzes, as quadras de esportes deverão ter um tamanho mínimo de 20,00m por 30,00m, quando mais de uma as outras deverão conter no mínimo 10,00m por 16,00m.
•
De acordo com NBR 9050 as quadras deveram ter uma rota de acessível.
4.2.4 SANITÁRIOS •
De acordo com a NBR 9050 de 2015, os sanitários devem obter uma quantidade mínima necessárias, localização, dimensão dos boxes, posicionamento e características das peças, barra de apoio, piso e desnível. Os sanitários acessíveis devem ser com acesso independentes, estar sempre próximo das circulações principais, evitando ficar localizado muito isolado e mantendo sempre a distância de um para o outro de no máximo 50m. Devem ter 5% de sanitários acessíveis do total de cada peça sendo no mínimo um em cada pavimento, sendo assim para o uso público e privado,
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tendo com os seguintes quesitos: uma circulação de 360º, lavatórios com altura de 0,80m e uma área de transferência de 0,80m por 1,20m. •
Segundo o Código Sanitário, os compartimentos sanitários somente com bacia sanitária 1,20m² com dimensão mínima de 1,00, com bacia e lavatório 1,50m² com dimensão mínima de 1,00m e contendo bacia, lavatório e área para banho deve-se ter 2,00m² com dimensão mínima de 1,00m. Para banheiro de uso coletivo como vestiários deve-se ter no mínimo 6,00m².
•
De acordo o Código de Obras de Mogi das Cruzes, banheiro de uso residencial deve conter uma bacia, um lavatório e um chuveiro, sanitário de uso público coletivo, uma bacia, um lavatório em conjunto ou separado e vestiário, um chuveiro e área para troca de roupa podendo ou não ser conjugado com o sanitário e para uso masculinos pode ser instalado os mictórios, deverão ter dimensão maior que 2,50m² e pé-direito maior ou igual a 2,40m.
4.2.5 REFEITÓRIO •
O código de Obras de Mogi das Cruzes, afirma que os refeitórios deveram conter uma área mínima de 10,00m², sendo calculado 1,00m² por usuário, abrigando 1/10 de pessoas por vez do total.
•
A NBR 9077, diz que os refeitórios deveram contem 1 pessoa por m².
•
De acordo com a NBR 9050, os refeitórios devem contem pelo menos 5% do total de mesas acessíveis, devem ficar localizada onde ficara próximo a todos os serviços, as mesas devem conter largura mínima de 0,90 m , altura entre 0,75 m e 0,85 m ,as superfícies de apoio as bandejas devem possuir altura de 0,75 m a 0,85 m do piso e largura mínima de 0,90 m.
4.2.6 COZINHA •
O Código de obras de Mogi das Cruzes, especifica que as cozinhas deverão conter mínimo de 4,00m² com o pé-direito maior ou igual
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à 2,40m, área de insolação de 1/8 no mínimo 0,60m² e área de ventilação de 1/16 e no mínimo 0,30m². •
O código Sanitário afirma que, as cozinhas nas paredes deverão conter até 1,50m revestimentos liso, impermeáveis e resistentes, para cima deverá ser pintada com tinta cores claras e laveis, distante de dormitórios e banheiros, deverão conter piso revestido de material cerâmico, dispositivos para retenção de gordura, aberturas teladas, portas com molas e mesas somente com pés e tampos.
•
A NBR 9077, afirma que contara 7m² de área para cada pessoa.
•
De acordo com a NBR 9050 quando conter cozinhas, deverá ser garantida a condição de circulação, aproximação e alcance dos utensílios, as pias devem possuir no máximo 0,85 m de altura, com altura livre inferior de no mínimo 0,73 m.
•
Corpo de Bombeiros são: Dutos em aço carbono com espessura mínima de 1,37mm ou aço inoxidável com 1,09 mm, soldados ou flangeados. Captores com filtros. Selagem das travessias dos dutos, observando os requisitos de compartimentação. Proteção passiva do duto com material resistente ao fogo. - Damper cortafogo
nos
dutos,
na
passagem
dos
ambientes
não
compartimentados. - Sistema fixo de extinção de incêndio, apenas nos sistemas de exaustão/ventilação. 4.2.7 SALA DE ESTAR •
Conforme o Código de Obras de Mogi das Cruzes, as salas de estudos deverão obter medida mínima de 8,00m² com pé-direito igual ou maior à 2,60m.
•
De acordo com o Código Sanitário, as salas devem ter dimensão mínima de 8,00m² em habitações com pé direto mínimo de 2,70m.
4.2.9 SALA DE ESTUDOS •
Segundo o Código de Obras de Mogi das Cruzes as salas de estudos deverão conter no mínimo 8,00 m², com pé direito mínimo
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de 2,60 m, iluminação 1/8 e no mínimo 0,60 m² com ventilação de 1/16 e no mínimo 0,30 m². •
De acordo com Código Sanitários as salas deverão contem pé direito mínimo de 2,50 m.
4.2.10 LOBBY •
A área iluminante, de acordo com o Código Sanitário, deve corresponder no mínimo a 1/10 da área do piso com o mínimo de 0,60m2. A área de ventilação natural deverá ser no mínimo a metade da superfície de iluminação natural.
•
O Código de Obras e Edificações estabelece que este local deva conter instalação sanitária que contenha uma bacia e um lavatório para cada 20 pessoas. Quando o número de pessoas for superior a 20 as instalações serão separadas por sexo.
4.2.11 COWORKING •
As portas deverão ter largura livre mínima de 0,80m. - Pé-direito mínimo de 2,50.
•
De acordo com o Código de Obras e Edificações as aberturas para aeração e insolação deverão ter obrigatoriamente no mínimo 0,60m2 e ser calculada de acordo com a área do compartimento de no mínimo 15% para insolação e metade dessa área destinada a aeração. Quando a aeração for feita através de aberturas, estas deverão ter, no mínimo, 5% da área do compartimento.
•
Segundo o Código Sanitário a área iluminante deverá ser de 1/5 da área do piso, e a área de ventilação natural deverá se, no mínimo, a metade da superfície de iluminação natural.
•
A NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos estabelece que área de trabalho deva possuir pelo menos 5% do total de mesas, com no mínimo uma, acessíveis a pessoas de cadeira de rodas.
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4.2.11 COPA •
Código de Obras e Edificações: As aberturas para aeração e insolação deverão ter obrigatoriamente no mínimo 560,60m2 e ser calculada de acordo com a área do compartimento de no mínimo 10% para insolação e metade dessa área destinada a aeração. Devem possuir abertura telada. As portas deverão ter largura livre mínima de 0,80m.
•
O Código Sanitário diz que àrea iluminante correspondente a 1/10 da área de piso, com o mínimo de 0,60m2 e a ventilação natural deverá ser no mínimo metade da superfície de iluminação natural. A copa terá área condizente com as necessidades do estabelecimento. A copa quente terá área mínima de 4,00m2.
4.3 ÁREA DE USO PRIVADO 4.3.1 DORMITÓRIOS •
Segundo ao Código de Obras de Mogi das Cruzes, não poderão ter aberturas com menos de 1,50m das divisas, a projeção mínima de 8,80cm de largura e os dormitórios deverão conter no mínimo 8,00m²,e dormitórios com salas no mínimo 12,00m² com pé-direito igual ou maior à 2,60m.
•
De acordo com a NBR 9050 de 2015, quando as portas abrirem no sentido do deslocamento do usuário é necessária uma distância de 0,30m entre a porta e a parede, quando no sentido contrário essa distância é de 0,60m e no deslocamento lateral deve-se ter uma distância de 0,60m e as portas quando aberta deve-se ter um vão livre de 0,80 de largura e 2,10 de altura, válida para porta de correr, sanfonada e abrir, devem ter circulação mínima de 0,90 m, área de manobra para banheiros, camas e armários, prever pelo menos 1,50 m , para o giro de 360º.
•
O código Sanitário do Estado de São Paulo, os dormitórios devem ter dimensões mínimas de 8,00m², dormitórios coletivos 5,00m² por leitos e salas dormitórios 16,00m², será exigido o pé direito de 2,70 m.
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4.4 USO RESTRITO 4.4.1 DEPÓSITOS •
Segundo o Código Sanitário do Estado de São Paulo, o pé direito mínimo será de 3,00 m, terão paredes revestidas até 2,00 m de altura, com material liso, resistente, lavável e impermeável.
•
Código de Obras e Edificações estabelece as seguintes normas para depósitos e despensas,60. As aberturas para aeração e insolação deverão ter obrigatoriamente no mínimo 0,60m2 e ser calculada de acordo com a área do depósito ou despensa de no mínimo 10% para insolação e metade dessa área destinada a aeração. Devem possuir abertura telada os depósitos de matéria prima e despensas. O pé-direito mínimo deverá ser de 2,70m. As portas deverão ter largura livre mínima de 0,80m.
•
Corpo de Bombeiros são: A extração da fumaça pode ser realizada por: aberturas na fachada, exaustores naturais, aberturas de extração (ligadas ou não aos dutos). Os exaustores naturais e as outras aberturas exteriores de extração de fumaça devem ser instaladas de forma que a distância, medida na horizontal, a qualquer obstáculo que lhes seja mais elevado, não seja inferior à diferença de altura, com um máximo exigido de 8 m. Os exaustores e outras aberturas de descarga de fumaça devem distar horizontalmente, no mínimo, 4 m da divisa do terreno e a propriedade adjacente. Nas edificações térreas que possuam áreas que necessitam de sistema de controle de fumaça, estas devem ser divididas em acantonamentos com uma superfície máxima de 1.600m2 com comprimento máximo de um lado da área de acantonamento não ultrapassando 60 m. As áreas de acantonamento devem ser delimitadas por barreiras de fumaça, pela configuração do telhado, pela compartimentação da área. Todo acantonamento no qual a inclinação do telhado ou teto for inferior a 10%, a distância entre as saídas de extração deve ser de até sete vezes a altura média sob o teto, não excedendo 30m. Nos acantonamentos nos quais a inclinação dos telhados ou tetos for
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superior a 10%, as saídas de extração de fumaça devem ser implantadas no ponto mais alto. 4.4.2 RESERVATÓRIOS •
De acordo com código de Obras de Mogi das Cruzes, todas as edificações precisam ter um reservatório de água potável, com tampa e boia, em caso de incêndio, com uma boa altura para um bom funcionamento de distribuição, com capacidade mínima de 500L, mais sendo definido por tempo mínimo e consumo médio. Deverão contem sistema de hidráulico para coleta de esgoto de acordo com as Normas Técnicas Oficiais e as disposições desta lei e da concessionária.
•
Segundo o Código Sanitário do estado de São Paulo, os reservatórios devem ser construídos e revestidos com matérias que não contaminam a água, facial acesso para manutenção, protegidos contra inundações, infiltrações e penetrações de corpos estranhos, cobertura.
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5. USUÁRIOS 5.1 PERFIL DO USUÁRIO A Moradia Estudantil a princípio é formada por setores públicos e privados, no qual o privado é diretamente utilizado pelos estudantes e o público para visitantes 5.1.1 SETOR PRIVADO Dormitórios Moradores: São estudantes matriculados nas universidades, são pessoas que acreditam no coletivo, precisam ser motivados, não sabem lidar com regras rígidas, formalidade e nem com hierarquia, eles têm uma postura ativa e são receptivos. Eles gostam de fazer parte das tomadas de decisões, ter um papel ativo na construção de seu conhecimento, ser ouvido e que respeitem suas decisões. Esse número acontece no qual 70% tem idade entre 18 a 30 anos que estão em transição, e basicamente esta fase será a definição da vida adulta, na qual trará a mudança social com impacto, pois os estudantes saem de onde nasceram e foram criados a lugares com outros costumes e com pessoas de diferentes hábitos para conviver juntos. Serão em torno de 200 unidades de dormitórios direcionado a estes estudantes, sendo 10% deste valor acessível. 5.1.2 SETOR DE SERVIÇOS ADMNISTRATIVO Administrador: Fica responsável pelo controle de todos os departamentos, como gerencia, manutenção, depósitos e almoxarifado, podendo ser entre homem ou mulher e com idade a partir de 24 anos. Gerente: É um funcionário que tem o dever de orientar as tomadas de decisões e as ações, ele precisa ter o pensamento estratégico, liderança, comunicação, visão do futuro, flexibilidade e fácil adaptação as tecnologias, o funcionário
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também precisa ser técnico ou graduado, podendo ser entre homem ou mulher e com idade a partir de 24 anos. MÃO DE OBRA Funcionário da Manutenção: São funcionários que ficam responsáveis pela manutenção do edifício, normalmente são homens com idade superior a 30 anos, com disposição física e dispostos para receber ordens. Ajudante Geral: O funcionário que fica responsável por qualquer atividade dentro do edifício, como abastecer os depósitos e almoxarifados, normalmente a grande maioria são homens com idade superior a 25 anos, com disposição física e dispostos para receber ordens. Funcionário de Limpeza: Os ambientes de uso comum dos alunos, contaram com funcionários para auxiliar na limpeza dos mesmos, que ficaram responsáveis pela higienização dos ambientes e utensílios, que ficaram dispostos para todos os usuários. Podem ser funcionários homens ou mulheres adultas, com boa disposição física, dispostos a cumprir ordens, organizados, ter gosto de servir, paciência e iniciativa, a grande maioria com idade a partir 25 anos, sendo divididos em dois turnos de 8 horas, serão necessários em torno de 10/20 funcionários dessa mesma linha. 5.1.3 SETOR PÚBLICO QUADRA DE ESPORTES, ÁREA DE CONVIVÊNCIA E SALA DE ENVENTOS Visitante do Edifício: São pessoas que poderão usufruir das áreas públicas, estudantes ou não, de diversas idades e gêneros, no horário comercial das 8:00 as 17:00. Visitante dos Moradores: São os familiares e amigos, que poderão entrar no edifício somente acompanhado ou autorizado pelos estudantes/moradores, de qualquer idade e gênero, a qualquer horário do dia. Manutenção: Será feita por homens especializados em cada área, com a grande maioria adultos com idade maior à 25 anos.
87
5.1.4 SETOR DE USO COLETIVO PISCINA E SALA DE JOGOS Moradores: Terá uso restrito aos moradores, que tem em torno 18 a 30 anos e pode ser homens e mulheres. Manutenção: Será feita por homens especializados em cada área, adultos com idade maior à 25 anos. BIBLIOTECA E SALA DE ESTUDO Auxiliar de biblioteca: Fica responsável por auxiliar nas atividades da biblioteca, na especialidade e na administração, podem ser homens ou/e mulheres adultos, acima de 18 anos. Bibliotecário: Tem como sua função, guardar, catalogar, orientar nas buscas e seleção, podem ser homens ou/e mulheres adultos, acima de 18 anos precisando ou não ter ensino técnico/superior. Usuários: Poderão ser homens ou mulheres, idade entre 18 a 30 anos, que iram estudar para seus respectivos cursos ou apenas emprestar livros para sua própria leitura. SALDA DE ESTAR Moradores: Terá uso restrito aos moradores, que tem em torno 18 a 30 anos e pode ser homens e mulheres. Manutenção: Será feita por homens especializados em cada área, adultos com idade maior à 25 anos. COZINHA E REFEITÓRIO Cozinheiro: Tem sua função preparar os alimentos, necessário experiencia a mais de 6 meses ou técnico na área, podendo ser entre homens e mulheres e a grande maioria com idade acima de 25 anos. Auxiliar de cozinha: É responsável pelo pré-preparo, higienização e organização, não é necessário ter técnico na área, podendo ser entre homens e mulheres e a grande maioria são com idade maior a 18 anos.
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6. ESQUEMAS ESTRUTURANTES 6.1 CONCEITO ARQUITETÔNICO A primeira moradia no qual os estudantes irão morar sozinhos, é necessária uma adaptação nessa nova fase então o projeto busca a integração e socialização dos usuários entre si, o edifício e a cidade, transformando uma fusão
de
desenvolvimento
pessoal,
responsabilidades,
divertimento
e
principalmente o bem estar, o ideal é fazer com que a arquitetura faça parte deste processo. A princípio o edifício segue um conceito simples e minimalista onde desperte uma sensação de tranquilidade nessa nova fase de transição, trazendo também o acolhimento, para os mesmos não sentirem tanto o distanciamento de teus familiares, fazendo com que eles aproveitem os momentos todos juntos. Onde será implantado o edifício, fica rodeado por construções e ao fundo tem a Serra do Itapety, ao meio de tanto cinza vem o verde, trazendo a esperança para dentro do edifício fazendo a ligação do mesmo com a serra.
6.2 PARTIDO ARQUITETONICO Com o princípio do conceito citado anteriormente, é possível determinar como partido, o indivíduo com relação de si o edifício e a cidade, para isso o projeto contara com um pátio central aberto ao público, para integração dos mesmos. O projeto do edifício contara com as formas geométricas simples e retilínea, com matérias em composições de madeira, vidro e cores leves, aconchegantes para trazer tranquilidade que o caos traz ao redor. Seguindo ainda o conceito minimalista, no qual favorece a iluminação natural, teremos grandes aberturas em vidro, para maior luminosidade e também no qual irá favorecer a ventilação dos ambientes, com intuito de obter o controle de conforto térmico para os usuários transmitindo sensação térmica boa e controle de ruídos, trabalhando nas fachadas onde receberão maior quantidade de insolação o uso de brises e cobogós.
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Figura 78: Pátios aberto ao público.
Fonte: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/slideshow/newslideshow.aspx?idproject=721&index=1. Figura 79: Fachada em formas retilínea
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798903/moradia-estudantil-cf-moller
90
Figura 80: Aberturas de vidro.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798903/moradia-estudantil-cf-moller Figura 81: Cores leves, grandes vĂŁos.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/798903/moradia-estudantil-cf-moller Figura 82: Modelos de Brises
Fonte: http://brasiliaconcreta.com.br/o-que-e-brise/
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Figura 83: Brises inseridos na fachada
Fonte: http://brasiliaconcreta.com.br/o-que-e-brise/ Figura 84: Cobogós inseridos em fachada
Fonte: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/slideshow/newslideshow.aspx?idproject=4034&index= 4
6.2.1 SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade tem que fazer parte do edifício desde o início, projetar um local sustentável que colabora com a vida e o meio ambiente, o projeto assim traz soluções para torná-lo mais sustentável:
92
6.2.1.1 PLACAS SOLAES A utilização da energia elétrica é um dos pontos principais, pois um edifício deste porte gastará muita energia diariamente, as placas fotovoltaicas são hoje um dos principais elementos utilizados para converter a energia do sol em energia elétrica e foi descoberto por um francês chamado Edmond Becquerel em meados de 1839. As placas são totalmente renováveis e sustentáveis, pois a radiação solar é um fenômeno natural e não poluente, a fabricação dos mesmos também é feito por processos nos quais são controlados e não polui o meio ambiente, contempla com uma baixa manutenção por se tratar de uma tecnologia simples e a principal razão é para instalação de uma placa é a economia de energia, mesmo que o sistema só funcione na luz do dia, ainda há a possibilidade de economizar até 95% de energia elétrica. Figura 85: Composição das placas
Fonte: https://blog.bluesol.com.br/placas-fotovoltaicas/
6.2.1.2 CAPTAÇÃO E REUSO Segundo um relatório da ONU, a escassez de água afetará muito a população em 2050 e o único jeito de diminuir essa escassez é economizando água, e o aproveitamento da água da chuva e o reuso são um dos sistemas de cisternas para economia.
93
Cisternas são reservatórios que fazem a captação da água da chuva, armazena e reutiliza para uso doméstico em geral, é um sistema de baixo custo e é a melhor opção para economia de água. O sistema ainda é uma atitude ecologicamente correta, representa 50% de economia de água, ajuda conter enchentes e contribui para uma sustentabilidade ecológica para futuras construções.
Figura 86: Sistema de reuso e captação de água
Fonte: https://site.estruturaecologica.com.br/captacao-de-agua-de-chuva-umaalternativa-sustentavel-e-economica/
6.2.1.3 PISO PERMEÁVEL A principal característica deste piso é a porosidade, nos quais favorecem a drenagem, permitindo que a água da chuva passe pelos pisos e chegue ao solo. Isso é o que faz com que ele seja tão certo aos projetos.
94
O terreno por ficar localizado em uma área propicia a alagamentos e enchente, este piso além de sustentável é viável, é 100% permeável, seguro e resistente. Figura 87: Sistema do piso permeável
Fonte: https://www.temsustentavel.com.br/pisos-permeaveis-economia-design/
6.3 PARTIDO URBANÍSTICO 6.3.1 ALARGAMENTO DE CALÇADAS Por se tratar de um edifício no qual pretende-se integrar a população com o mesmo, a proposta inicial é alargar as calçadas tornando um convidativo ao público. Visto que o entorno traz um grande movimento de carros, o alargamento das calçadas teria um impacto coletivo, no qual faz as pessoas caminharem, trazendo iluminação de qualidade, acessibilidade, arborização e um bom mobiliário urbano.
95
Figura 88: Sistema de calçadas
Fonte: http://www.antp.org.br/noticias/clippings/multa-por-calcada-irregular-cai-37-5-em-saopaulo.html
6.3.2 FAIXAS DE PEDESTRE ELEVADA Considerando as avenidas ao
redor do
terreno movimentadas
principalmente em horários de picos, as faixas de pedestres vêm para benefício dos moradores do edifício que por ali passam. As faixas de pedestres elevadas não são apenas lombadas, elas tratam da segurança e acessibilidade dos pedestres, também ampliam a visibilidade de travessias dos mesmo e fazem com que os motoristas reduzam a velocidade.
96
Figura 89: Faixa de Pedestre elevada
Fonte: http://www.cruzeirodovale.com.br/geral/seguranca-ou-obstaculo-confira-asituacao-das-travessias-elevadas-de-gaspar/
97
6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADE
QUANTIDADE
COMPARTIMENTO
FUNÇÃO
MOBILIÁRIOS
USUÁRIOS
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
ÁREA MINIMA (M²)
RESIDENCIAL RESTRITO
Dormitório tipo 1
Acomodação destinada a uma pessoa
Cama, armário, mesa e cadeira.
50
Dormitório tipo 2
Acomodação destinada a duas pessoas
90
Dormitório tipo 3
Acomodação destinada a três pessoas
20
Dormitório acessível
40
180
Banho
1
É considerado 8,00m² e o pé direito mínimo de 2,70m.
8,00m²
Cama, armário, mesa e cadeira.
2
É considerado 5,00m² por leito e o pé direito mínimo de 2,70m.
10,00m²
Camas, armários, mesa e cadeira.
3
É considerado 5,00m² por leito e o pé direito mínimo de 2,70m.
15,00m²
Acomodação Cama, armários, mesa e acessíveis destinada cadeira. a 2 pessoas.
2
Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
16,00m²
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal.
1
Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
Bacia sanitária, pia e chuveiro.
2,50m² com dimensão mínima de 1,20m.
98
20
Banho acessível
200
Copa
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal.
Bacia sanitária, barra de apoio, pia e chuveiro.
Local para realização pia, armário e frigobar. de refeições rápidas.
1
Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
2
Pé direito mínimo de 2,40m, insolação de 1/8 e ventilação 1/16.
P.N.E Com dimensão min. de 2,00m.
4,00m²
USO COLETIVO RESTRITO 1
1
3
PISCINA
Espaço destinado a banho e sol.
Salão de Jogos
Destinado a diversão dos moradores.
Sala de estudos
Compartimento destinado a estudo dos alunos.
2
Sanitário Feminino
2
Sanitário Masculino
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Compartimento destinado a realização de higiene pessoal.
Espreguiçadeiras, guarda sol e mesas.
Variável
Mesa de Sinuca, mesa de ping-pong, tv com vídeo game, pufs e sofás.
30
1m² por pessoa, pé direito mínimo de 2,70m.
30,00m²
mesas e cadeiras
50
Pé direito mínimo de 2,60m.
8,00m²
Pias, bacia sanitário e espelho.
6
Pias, bacia sanitário, mictórios e espelho.
6
100m²
Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m. Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m.
99
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal.
Bacia sanitária, barra de apoio e pia.
1
Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
P.N.E Com dimensão min. de 2,00m.
2
Sanitário acessível
1
Biblioteca
Destinado a leitura dos moradores.
Prateleiras e estantes
50
1
Depósito
Local de armazenamento da itens da biblioteca.
Prateleiras
2
Destinado a descanso e entretenimentos dos moradores.
Sofás, pufs e televisão.
80
1m² por pessoa, pé direito mínimo de 2,70m.
80,00m²
Lavar, secar as roupas dos moradores.
maquinas, secadoras e armários.
10
Pé direito mínimo de 2,50m e abertura insolação 10%
10,00m²
Armários
1
Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%.
4,00m
mesas, cadeiras e pias.
10
Pé direito mínimo 2,70m e iluminação natural.
10,00m²
3
3
Sala de estar
Lavanderia
3
D.M.L
3
Refeitório
Compartimento para armazenagem de produto de limpeza. Local para refeição dos funcionários.
1m² por pessoa, pé direito mínimo de 2,70m. Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%.
50,00m²
6,00m²
100
Compartimento a produção de refeições para os eventos.
Pias, Fogões, geladeiras e armários.
2
Pé direito mínimo de 2,40m, revestimento liso até 1,50 acima do chão, insolação 1/8 e ventilação 1/16,
4,00m²
3
Cozinha
1
Sala de reunião
Compartimento para reunião
sofás e cadeiras
100
Pé direito mínimo de 2,60m, 1m² por pessoa.
100mm²
1
Sala de informática
Compartimento para
cadeiras, mesas, computadores
50
Pé direito mínimo de 2,60m, 1m² por pessoa.
50,00m²
ESPAÇOS ABERTOS 1
1
1
Quadra
Vestiários
Área de Convivência
Destinado a prática de esportes. Compartimento destinado a realização de higiene. Espaço destinado para descanso, espera e convivência das pessoas.
-
Variável
Pias, sanitários, mictórios, chuveiros, ganchos e bancos.
30
Bancos
Variável
Deverão conter dimensão mim. De 20x30m e uma rota acessível.
600m²
Pé direito mínimo de 2,40m, iluminação igual à 1/8 da área do piso.
6,00m²
-
-
101
1
Sanitário Feminino
1
Sanitário Masculino
1
Sanitário acessível
1
Sala de Eventos
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Destinado a eventos dos moradores.
1
Cozinha
Compartimento a produção de refeições para os eventos.
1
Lobby
Espaço de espera dos moradores ou visitantes.
Pias, bacia sanitário e espelho.
6
Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m.
Pias, bacia sanitário, mictórios e espelho.
6
Bacia sanitária, barra de apoio e pia.
1
mesas e cadeiras.
90
1m² por pessoa, pé direito mínimo de 2,70m.
100m²
7,00m²
Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m. Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
P.N.E Com dimensão min. de 2,00m.
Pia, Fogão, geladeira e armário.
2
Pé direito mínimo de 2,40m, revestimento liso até 1,50 acima do chão, insolação 1/8 e ventilação 1/16,
sofás e poltronas.
80
Pé direito mínimo de 2,60m.
100,00m²
1
Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%.
12,00m²
APIO E ADMNISTRAÇÃO 1
Almoxarifado
Local para armazenagem de itens.
Armários e prateleiras
102
Pias, bacia sanitário e espelho.
1
Pias, bacia sanitário, mictórios e espelho.
1
Bacia sanitária, barra de apoio e pia.
1
Com giro livre de 1,50m para cadeirantes
Local para realização pia, armários e frigobar. de refeições rápidas.
2
Pé direito mínimo 2,70m e iluminação natural.
Sala de assistência ao morador
Local de serviço de atendimento geral do edifício.
5
P.D minimo 2,70m, porta de 0,80m e ventilação natural 12,00m² 1/16.
Estacionamento
Espaço destinado à guarda de automóvel.
-
Escritório
Local de serviço de serviços geral do edifício.
Mesa, cadeira, armário e computador.
1
Sanitário Feminino
1
Sanitário Masculino
1
Sanitário acessível
1
Copa para funcionários
1
1
1
Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Compartimento destinado a realização de higiene pessoal. Compartimento destinado a realização de higiene pessoal.
mesa, cadeira e computador.
100
2
SERVIÇOS E INFRAESTRUTURA
Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m. Pé direito mínimo de 2,50m 2,50m² com e ventilação natural 1/16. dimensão mínima de 1,20m.
Dimensionamento minimo de 2,50x4,80m para vagas comuns e 1,20+2,50x5,00m para vagas portadores de definia.
P.N.E Com dimensão min. de 2,00m. 7,00m²
2,50x4,80 e para P.N.E 1,20+2,50x5,00.
P.D minimo 2,70m, porta de 0,80m e ventilação natural 12,00m² 1/16.
103
1
1
Depósito de lixo
Local para armazenagem de lixo.
Depósito
Local para armazenagem de itens.
Lixeiras
Armários e prateleiras
1
1
Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%. Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%.
4,00m²
6,00m²
1
D.M.L
Compartimento para armazenagem de produto de limpeza.
1
RESERVATÓRIOS
Compartimento para armazenagem de água.
Reservatórios
1
-
4,00m²
1
CISTERMAS
Compartimento para armazenagem de água de reuso.
Reservatórios
1
-
variável
1
SALA DE MANUTENÇÃO
Compartimento para armazenagem de produto de limpeza.
Mesas, cadeiras e armários.
2
P.D minimo 2,70m, porta de 0,80m e ventilação natural 1/16.
12,00m²
Armários
1
Porta 0,8, pé direito de 2,50m, abertura insolação 10%.
4,00m²
104
6.5 ORGANOGRAMA Figura 90: Organograma
SETOR PRIVADO
SETOR COLETIVO
ESPAÇOS ABERTOS
SETOR SERVIÇO/ APOIO E INFRAESTRUTURA
Fonte: Autora Victtória Caldano, 2020.
105
6.6 FLUXOGRAMA Figura 91: Fluxo do Pavimento tĂŠrreo.
Fonte: Autor, 2020. Figura 92: Fluxograma 2 pavimento.
Fonte: Autor, 2020.
106
Figura 93: Fluxograma pavimento. Tipo.
Fonte: Autor, 2020.
107
CONCLUSÃO As universidades em questão têm a função de auxiliar alunos a obterem opiniões formadas da realidade social, para que possam formar pessoas mais igualitárias e uma sociedade melhor. Neste caso, pelo que foi apresentado neste trabalho a procura de moradias mais próximas das universidades vem crescendo, atualmente muitos alunos vem de cidades distantes para estudarem na cidade de Mogi das Cruzes, no qual o principal problema é na cidade não existem moradias própria para este tipo de usuário, a falta de moradia causa perdas para ambas as parte e principalmente para sociedade. O início de uma solução será através da proposta de implantar uma Moradia Estudantil, para suprir as necessidades de estudar e morar de quem procura, sendo assim a moradia projetada trará a facilidade de estudar e morar próximo, sem dispensar o lazer, e por estar situada próximo aos maiores comércios da região ira colaborar no desenvolvimento econômico das mesmas. O projeto trará uma qualidade de vida e bem estar melhor para os estudantes, suprindo as necessidades dos mesmos, além de obter o resultado da concepção do projeto integrando público x privado.
108
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