Vid’Académica
Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade
Assim se passou mais um ano Boas férias!
E, de repente, chegamos ao fim do ano. Olhando para trás, a caminhada que fizemos desde setembro parece longa, sim, mas também parece ter sido rápida. Demasiado rápida, até. Tempo de começar a olhar para trás, fazer contas à vida, perceber o que correu bem e o que correu menos bem, enfim, tempo de balanço e de excitação pela chegada iminente das férias grandes. Para a maior parte, será apenas um intervalo de três meses até se reiniciar a aventura escolar; no entanto, há quem chegue a esta altura com os exames no pensamento e com o sentimento agridoce do final de uma etapa importante da sua vida. Acabar o “secundário” é um daqueles objetivos que se tem e que depois se percebe corresponder ao fim de um tempo que já não volta, um tempo que, anos mais tarde, será considerado o melhor das nossas vidas. Segue-se (para alguns) a universidade e o desafio de preparar um futuro profissional com o “canudo” na mão, em busca do sucesso. A todos quantos terminam agora o Liceu, os nossos votos de boa sorte para o que aí vem. Quanto aos restantes, que seja um verão de muita alegria e muito descanso, mas desejamos que também haja tempo para refletir um pouco sobre aquilo que se fez e se deixou por fazer. Há sempre algo que podia ter corrido melhor, há sempre um aspeto que sabemos que podia ter sido encarado de outra forma, há sempre aquelas coisas que, por muito que nos custe admitir, sabemos que não foram feitas com a melhor qualidade e empenho Não se trata de remoer o passado, mas sim de perceber como podemos ser melhores daqui a três meses. Enquanto estamos na escola, temos todos os anos a hipótese de nos reinventarmos. Cada mês de setembro marca um reinício, um começar de novo, e as notas que tivemos anteriormente não significam nada. É aproveitar para fazer “reset” e adotar uma atitude diferente, em especial se os resultados obtidos não tiverem sido os melhores. Boas férias! Até setembro!
Precisamos de ti, queremos que colabores com o teu jornal. Escreve os teus artigos de opinião, crónicas, poemas, etc., e envia para o endereço eletrónico jornalvidacademica@gmail.com
Celebrar o 25 de Abril
A data não passou em claro
Várias atividades assinalaram o cinquentenário
Alunos e professores da ESJEA realizaram várias atividades, não só para marcar esta data histórica mas também para agitar consciências. Página 2
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caminhar ou a pedalar, o que interessou foi participar
Uma caminhada inclusiva e cheia de pedalada
Os preguiçosos nem sabem o que perderam!
A segunda edição do evento “A caminhar ou a pedalar o que interessa é participar” realizou-se no dia 17 de maio, data em que ocorreu também uma greve que, se não impediu a realização da atividade, fez com que muitos dos inscritos acabassem por não participar A escola não abriu, é certo, mas os pátios encheram-se de gente aventureira que, a pé ou de bicicleta, decidiu passar um dia diferente À organização Departamento de Educação Física juntaram-se, além de alunos, funcionários e professores da “Jerónimo”, ACM, EBI de Angra, Polícia de Segurança Pública, bombeiros, Centro de Saúde de Angra, equipa do projeto Haja Saúde, Comunicair, Câmara Municipal de Angra e Governo Regional dos Açores
Os participantes tomaram o rumo do Monte Brasil, com passagem pelo interior da Fortaleza de São João Baptista Com a meteorologia a colaborar, o passeio fez-se por entre muitas conversas e gargalhadas Tropeções foram alguns, quedas de bicicleta apenas uma, sem outras consequências para além do riso. Já no Monte Brasil, tempo para descansar e apreciar a beleza do pulmão da cidade, um espaço onde se pode caminhar, correr, saltar, brincar, piquenicar, ver as vistas, conviver com gatos, galinhas, gamos, gansos, pavões, catatuas… enfim, um tesouro de na-
Semana das Profissões Preparar o futuro
Organização da Associação de Estudantes
Ao longo de dois dias, profissionais de diferentes áreas estiveram na ESJEA para dar a conhecer o que fazem e como lá chegaram. Página 3
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tureza e história que enriquece a cidade e a ilha. O convívio saiu enriquecido pelo contacto entre os alunos e as diversas entidades e atividades realizadas. Foi possível, por exemplo, testar a destreza física na travessia com cordas ou no passeio de andas, e testar a destreza mental com desafios de lógica matemática, bem como com jogos diversos. A atividade física esteve, naturalmente, em destaque, com voltas de bicicleta e animados jogos de voleibol e de futebol
Num dia diferente e bem passado, a comunidade escolar juntou-se num saudável convívio, a pedir novas e mais participadas edições. Afinal, foram cerca de duas centenas, mas podiam ter sido muitas mais. Foi greve, não foi grave.
Artes & Letras Desenho e poesia
Os nossos artistas a brilhar
Sabias que ao teu lado pode estar um poeta, um pintor, um arquiteto ou um escultor? A nossa escola está cheia de artistas
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Passaram 50 anos desde “o dia inicial inteiro e limpo”
ESJEA celebrou o 25 de Abril
Os 50 anos do 25 de Abril comemoram-se, na Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, ao longo de uma semana intensa que envolveu várias turmas, uma iniciativa do Clube Europeu, da Biblioteca Escolar e de vários professores de História, Português, Geografia, Educação Visual e Educação Tecnológica. As comemorações já tinham arrancado, na semana anterior, com a divulgação do documentário "No nosso tempo, era assim... Abril recordado por terceirenses", um projeto da escola que integrou a iniciativa Escolas à Descoberta de Abril – 50 Anos 25 Abril (EDA 50), promovida pelo Conselho Nacional de Educação. Com a exposição "As primaveras que Abril abriu", patente no átrio da escola, divulgaram-se trabalhos de alunos e partilharam-se algumas das inúmeras obras censuradas durante o Estado Novo, como O Encoberto, de Natália Correia, proibida “por inconveniência política e ser pornográfica” ou ainda Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro, por “desacreditar as instituições vigentes”. Também se divulgaram algumas das músicas censuradas: dos imortais poemas da denúncia e da revolta, como “Os vampiros”, de Zeca Afonso, a canção-hino “Trova do vento que passa” ao duro apelo à dignidade de todos, que alimenta a “Fala do homem nascido”, interpretados por Adriano
Turmas de Inglês em ação
Correia de Oliveira, sem esquecer os hinos ao amor em tempos de guerra colonial, como a “Canção do amor possível” (José Jorge Letria) e os anseios pela libertação dos costumes, que correm na canção alegre e bem-disposta “Os calções da Suzete”, do Trio Rio Azul, censurada porque se pedia à jovem e bela Suzete que subisse mais os calções!
No dia 24 de abril, véspera do dia “inteiro e limpo”, como o virá a chamar Sophia de Melo Breyner, os alunos Beatriz Costa, Leonor Lobão e Rafael Picanço, do 12.º E, com o seu professor, Nuno Madureira, moderaram uma entrevista feita pelo aluno André Pavão, do 10.º J, aos seus avós, na qual se falou, na primeira pessoa, sobre como se vivia antes do 25 de Abril: da pobreza de tantos ao analfabetismo de muitos, das duras taxas de mortalidade infantil ao conservadorismo imposto na vida diária dos portugueses. Alunos dos 8.º A e B leram poemas feitos pelos próprios e ofereceram a todos os presentes cravos com poemas que, nas palavras de vários alunos das turmas do 8.º ano, imortalizam e prolongam o legado da Revolução dos Cravos. Nesse mesmo dia, foi exibida, no âmbito de uma parceria com o Cine-Clube da Ilha Terceira. a curta-metragem "Antes de Amanhã" do realizador Gonçalo Galvão Teles, uma adaptação de um conto de Mário de Carvalho.
Conhecer diferentes realidades e protagonistas
Aprendizagens dentro e fora da sala de aula
No dia 21 de maio, a turma do 11º C visitou a Universidade dos Açores – UA, no âmbito da unidade em estudo na disciplina de Inglês – My job, my choices
Acompanhados pela professora Graça Coelho, a turma visitou asfaculdadesde Enfermagem, de Estudos Agrários, de Veterinária e o American Corner Esta visita teve por objetivos mostrar as infraestruturas existentes num campus universitário, dar a conhecer a oferta de cursos da UA, motivar para a continuação de estudos na região, informar sobre os cursos com mais saídas profissionais, perceber a importância da língua Inglesa no meio académico e a internacionalização crescente nas universidades. Os alunos constataram esta internacionalização ao encontrarem diversos alunos da UE que frequentam a UA ao abrigo do programa Erasmus+. Esta visita foi guiada por diversos professores da UA, que mostraram equipamentos, salas de aula, anfiteatro, laboratórios e locais de aulas práticas. No American Corner, os alunos conheceram programas e bolsas de estudo ao dispor dos alunos da UA em parceria com a Embaixada dos EUA.
No âmbito da unidade 3 em estudo na disciplina de Inglês – Languages: a door to the world – a professora de Inglês convidou o professor Holandês Mark Rijsdam para dar uma aula às turmas do 10º C, G e I, no dia 21 de maio. Mark Rijsdam é professor de Fotografia e Multimédia na Lentiz LIFE College (Roterdão) e coordenador de projetos internacionais na sua escola. Nas aulas falou com os alunos sobre a cultura do seu país, a importância da aprendizagem de línguas (especialmente do Inglês), a internacionalização do ensino, mobilidades de ensino, interculturalidade nas
escolas holandesas e sobre o seu gosto pessoal pelo viajar como meio de aprendizagem.
O tema que mais cativou os alunos foi a abertura dos Países-Baixos a receberem alunos estrageiros. Estes já compõem 40% dos estudantes do país, em grande parte pela ajuda financeira dada aos alunos (1200€ por mês), o uso do Inglês como segunda língua oficial e as boas vias de acesso ao país.
No final das aulas, o professor falou individualmente com alunos que pretendem seguir estudos nos Países-Baixos e ofereceu a cada aluno uma recordação do seu país.
No passado dia 14 de maio, a turma do 11ºC recebeu na sua sala de aula, no contexto de uma lição mais dinâmica, a oficial piloto Vera Frazão. Vera é natural de Portugal Continental, mas mudou-se para São Miguel em 2022 para trabalhar para a SATA Air Azores.
De entre variados temas de conversa, Vera falou sobre o curso de piloto, a pandemia e o seu impacto nos recém-licenciados, as companhias aéreas pelas quais passou e as dificuldades de ser mulher e piloto, como por exemplo, a inexistência de fardas femininas para mulheres piloto na atual companhia para qual trabalha, o machismo e a reação dos passageiros ao verem uma mulher piloto.
Além disso, foram abordados assuntos como, por exemplo, a dificuldade de voar e aterrar nas ilhas açorianas, os vários tipos de mercadorias e passageiros transportados pela SATA Air Azores e as consequências da gravidez na carreira das mulheres pilotos, copilotos ou assistentes de bordo.
Na SATA Air Azores, atualmente, de 100 pilotos apenas 3 são mulheres, sendo Vera a segunda a ocupar este cargo na companhia.
No dia 26 de abril, simulou-se a manifestação do 1.º de maio de 1974, recuperando os slogans entoados e exibidos nesse dia onde, finalmente, a liberdade saiu à rua, sem a sombra e as garras da censura. Um momento histórico, recriado por 180 alunos de 14 turmas!
Foi uma semana intensa que procurou contagiar a escola com a sede de liberdade que jorrou a 25 de abril de 1974 e mostrar também, a todos nós, que a memória e o futuro andam de mãos dadas, ligando o Portugal que fomos, o que construímos desde então ao Portugal que queremos.
English class assignment
Have you got a favourite place?
Do you have a favourite place? A favourite place makes you feel comfortable, right? Well, I don’t really have a favourite place, I have some places that make me feel good and secure, like my room or the beach, but that’s it. However, I have a person who can make every single place feel special. I think that my favourite place is wherever that person is.
When it comes to having fun, I know that I can be in a classroom, having the most boring lesson of my life, but still having fun if she’s with me. She’s the only person who can make that, she’s the only person that I’m never sick of and that’s to say a lot because I get bored very easily! In addition, if I’m sad or something, I know I can call her and she will make me feel better just with her presence, even though she’s sometimes not really with me.
So next time someone questions you about your favourite place, remember that sometimes a favourite place is someone who can make every single place feel special.
By Isabel Rino, Class 9DO 25 de Abril visto pelos alunos
Aprender com a história do dia que mudou o país
No dia 18 de abril, fomos assistir a um documentário no auditório da escola. A sessão começou com a apresentação de dois convidados e de um documentário, para a sua visualização.
O documentário trouxe à luz a história do 25 de Abril em Portugal, revelando detalhes surpreendentes. Desde a repressão política prérevolução, com prisões e controlo restrito sobre as atividades dos cidadãos, até à corajosa tentativa das tropas das Caldas da Rainha de entrarem em Lisboa, a 16 de março. A conferência destacou a importância do envolvimento popular para o sucesso da revolução, mostrando como o povo desempenhou um papel crucial na queda do regime autoritário. Além disso, o contraste entre a vida na base militar e a vida na ilha evidenciou as disparidades sociais e de acesso à informação.
Eu aprendi muito mais sobre a importância do movimento revolucionário e como ele impactou diretamente a vida dos terceirenses, libertando-os
do medo e da opressão política. Por exemplo, os cidadãos não podiam falar de política em lugares públicos, porque poderia haver algum agente da PIDE disfarçado. A sessão também abordou as mudanças culturais trazidas pelos EUA e a introdução da RTP nos Açores, mostrando como esses eventos moldaram a identidade local.
Pedro Nunes 8.º E
No dia 18 de abril, no auditório escolar, assisti a uma sessão com entrevistados de um documentário sobre o 25 de Abril, cujo título foi Nonossotempoeraassim…Abrilrecordado porterceirenses
Os entrevistados desta sessão falaram sobre as limitações na sociedade antes do 25 de Abril, tais como a liberdade de expressão e igualdade de género, a sociedade era muito controlada pelo governo através da PIDE, ganhava-se pouco e
Associação de Estudantes
trabalhava-se de sol a sol, havia pobreza, as mulheres estavam abaixo dos homens, não podendo ganhar mais do que os respetivos maridos, como era o caso das professoras, o casamento tinha de ser sempre pela igreja. Antes do 25 de Abril, citações como “É proibido” e “Não se faz” ditavam as normas e os costumes da sociedade, muitas vezes com consequências sérias para quem não as cumpria. Não se podia dizer mal do governo, nem dar a entender alguma opinião contrária. Um dos benefícios do 25 de Abril foi a redução do tempo de tropa.
Gostei de assistir a esta sessão, porque ouvi na primeira pessoa a descrição, os medos e as vivências de pessoas que viveram nessa época.
Aprendi que, antes do 25 de Abril, as pessoas não tinham muitos direitos, mas tinham muitos deveres para com o poder político. Fiquei muito triste por saber que estes entrevistados, tal como os meus avós, sofreram com este regime.
Emprendedorismo e Kahoot
A tua profissão será… Temos
Semana das Profissões na escola
Nos passados dias 29 e 30 de abril, a Associação de Estudantes promoveu a primeira Semana das Profissões organizada por uma AE na nossa escola. Nesses dois dias, mais de 150 alunos assistiram a pelo menos uma das 13 palestras promovidas.
Os alunos puderam contactar de perto com profissionais de diversas áreas, que se deslocaram à escola para explicar o que fazem e qual o percurso que os levou à atividade que desempenham. Silvana Bignotto (dentista), Thomas Spiker (fisioterapeuta), Adriana Pinheiro (pediatra), Rosa Coelho (advogada), Jorge Silva (professor), Felisberto Silveira (enfermeiro), Dália Bretão (GNR), Carlos Alves (engenheiro civil), Mauro Cristóvam (arquiteto), Miguel Garcia (assistente social), Sara Meneses (veterinária), Lourenço Fagundes (informático), Daniel Sousa (gestor) e Soraia Ribeiro (psicóloga) deram corpo às diversas sessões e procuraram esclarecer os alunos participantes em relação às suas opções e futuras escolhas profissionais.
Mais do que falar especificamente das profissões, os oradores partilharam percursos e experiências de vida, o que foi muito útil para se perceber que há sempre uma pessoa por trás do profissional e que nem sempre as profissões escolhidas resultam de um sonho ou de um curso universitário.
Guilherme Mendonça, presidente da AE, afirmou que esta iniciativa espera ter ajudado os estudantes na procura pela sua orientação vocacional e descoberta de área de interesses, agradecendo a todos os oradores por se terem disponibilizado prontamente a contribuir para esta iniciativa tão importante e a todos os alunos participantes, que mantiveram uma postura exemplar em todas as sessões!
Alunos da ESJEA campeões regionais
A ESJEA esteve presente no Concurso de Empreendedorismo I9.Açores Academia Jovem de ideias Inovadoras - Academia Empreendedora: Escola de Líderes Participaram neste concurso os alunos Margarida Cota e Pedro Andrade, do 8.º B, e as alunas Natacha Faustino e Olga Alves do 12.º DCurso de Ciências Socioeconómicas.
O concurso decorreu entre os dias 21 e 24, na ilha de Santa Maria, onde os alunos partilharam experiências com as restantes equipas, provenientes das 9 ilhas, e apresentaram os seus projetos nos stands da feira e no palco do Cineteatro.
Parabéns aos nossos quatro alunos que, com os seus talentos individuais, contribuíram para o sucesso deste evento.
O projeto “Azores 360.º” das nossas alunas Natacha Faustino e Olga Alves, conquistou o 1.º Lugar do Ensino Secundário! Estão, por isso, de parabéns as nossas alunas que apresentaram um projeto relacionado com o Turismo
Inclusivo, recorrendo a realidade virtual, que foi apreciado pelos visitantes da feira e pelos jurados do concurso. Este projeto permite, por exemplo, que pessoas com mobilidade reduzida possam desfrutar de trilhos e paisagens que, de outro modo, lhes seriam inacessíveis.
Kahoot Açores
A aluna Lara Fagundes, da turma 8º B, participou na final regional do concurso Kahoot – Cultura Geral dos Açores e foi a vencedora na categoria do 3.° ciclo!
Muitos parabéns a todos os que participaram e a todos os vencedores, que muito bem representaram a ESJEA e a ilha Terceira.
Artes e Letras
E para acabar…
III Série - #8O ano termina com o brilho dos artistas
O desenho, a geometria, a pintura, a poesia temos tantos talentos!
A máscara
Cada dia uso uma máscara. Normalmente, uso a feliz, a forte, a que nada abala, que tem de me cobrir toda a cara
As pessoas olham. Não percebem que é uma farsa, apenas absorvem a felicidade que transmito, que por vezes se torna chata.
Ao usar uma máscara, não tenho de me preocupar com o que os outros acham. Não naquele momento.
No momento absorvo e, quando a tirar, digiro o que se acabou de passar, mas, por outro lado, já não me reconheço
Agora, sou uma mera pessoa com medo da dor e de que a possam usar contra si. Apenas se tenta enganar, Assim como a todos em seu redor.
Se eu usar a minha máscara, Não preciso de demonstrar nem transparecer a minha dor de coisas que me magoaram e ficaram
Se eu usar a minha máscara, Não preciso de demonstrar nem transparecer a minha dor de coisas que me magoaram e ficaram
Agora é isto que faço todos os dias: pôr uma máscara na cara e enganar-me. A mim e a todos.
Só espero, um dia, deixar de precisar de usar uma máscara e, finalmente, conseguir as minhas dores enfrentar.
E que nada mais Me possa abalar. E, assim, com o meu sofrimento acabar.
Ficha técnica
Vid’Académica é o jornal da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade. Coordenação e paginação de Jorge Ávila da Silva. Colaboraram nesta edição: Graça Coelho, Guilherme Mendonça, Jorge Fernandes Isabel Rino, Matilde Lima, Pedro Nunes, Sérgio Soares, Vitória Teixeira Imagens cedidas pelos colaboradores e/ou obtidas pela equipa redatorial. Endereço eletrónico: jornalvidacademica@gmail.com
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Vitória Teixeira 9º B