Vida & Caminho Alvorada by Vida & Caminho Alvorada

a revista da família

CULTURA DO ESTUPRO a maioria das vítimas não denuncia. por quê?

outubro / novembro / dezembro - ÛâÚß - edição ¡à [ ano Ýà ]

A DECISÃO PROFISSIONAL tão importante quanto escolher a profissão que gosta é continuar gostando dela anos depois

DONOS DA

própria vida?

OS CAMINHOS DE DEUS PARA vida VOCÊcaminho E SUA FAMÍLIA - junho / julho / agosto 1

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convivendo com enteados e quando o filho não é meu?

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SUMÁRIO

OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO - 2016

[CAPA]

Seções e colunistas PALAVRA DO LEITOR

PAG. 6

VIDA & CAMINHO RESPONDE

PAG. 7

[ARTIGO]

POLÍTICA [ARTIGO]

FAMÍLIA [ARTIGO]

SAÚDE [ARTIGO]

CULTURA [ARTIGO]

COMPORTAMENTO [ESTUDO BÍBLICO]

SAUL X JESUS [PROF. GRETZ ]

A DECISÃO PROFISSIONAL [ZENEIDE RIBEIRO DE SANTANA]

BELEZA INSTANTÂNEA

vida e caminho nenhum detalhe da nossa vida e dos caminhos que percorremos passam despercebidos por deus — página 20 [RELACIONAMENTO]

PAG. 8 PAG. 14 PAG. 32 PAG. 44 PAG. 46 PAG. 52 PAG. 58 PAG. 59

[IARA ALMEIDA]

OPORTUNIDADES EM AMBIENTES HOSTIS PAG. 60 HISTÓRIAS DE FAMÍLIA

PAG. 61

IDEIAS RECICLÁVEIS

PAG. 62

[CULTURA]

CONVIVENDO COM ENTEADOS como conviver com o filho ou filhos do cônjuge de outro relacionamento? — página 10 [ENTREVISTA - DR. FRANCISCO LOTUFO NETO]

POR QUE HOMENS SE SUICIDAM MAIS? o brasil é o 8º país no ranking mundial de suicídios. o transtorno mental está entre as principais causas. — página 16

[PSICANÁLISE E ESPERANÇA]

CODEPENDÊNCIA: O QUE É ISSO?

um tipo de transtorno que tem resultado em prejuízos para a saúde física e emocional — página 28 [PAIS E FILHOS]

ADOLESCÊNCIA

bênção na família, igreja e sociedade. os adolescentes precisam de oportunidades — página 34 [DEBATE ]

A CULTURA DO ESTUPRO

infelizmente muitas mulheres são responsabilizadas pelo estupro que sofreram — página 38

VIDA E CAMINHO RECOMENDA PAG. 64 [ TECNOLOGIA]

[APPS E TECNOLOGIA]

VOCÊ É UMA PESSOA ORGANIZADA? PAG. 66 [ TESTEMUNHO]

DA TRAGÉDIA A NOVA VIDA

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PAG. 67

REALIDADE AUMENTADA

o jogo pokémon go utiliza a tecnologia da realidade aumentada. você conhece? — página 48

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ÓRGÃO OFICIAL DA SECRETARIA DA

capa donos da própria vida?

FAMÍLIA DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL. Registrado, em 7/11/ 1974, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob o n° 289 - CNPJ n° 62.815.279/0001-19 - Fundada em 3/2/1968 por Rev. Francisco de Morais, Maria Clemência Mourão Cintra Damião, Isolina de Magalhães Venosa. ISSN 1980-9751 MINISTÉRIO DA COMUNICAÇÃO Rev. Roberto Mauro de Souza Castro MINISTÉRIO DA MISSÃO Rev. Marcos Nunes da Silva SECRETARIA DA FAMÍLIA Rev. Alex Sandro dos Santos CONSELHO EDITORIAL Rev. Alex Sandro dos Santos, Rev. Caio Batista, Ione Rodrigues Martins, André Lima, Cíntia Santana Alexandroff EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL Sheila de Amorim Souza (Mtb 31751) REVISORA Mary Ferreira DIREÇÃO DE ARTE Estudio Puruca GESTOR DE COMUNICAÇÃO André Lima COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Wanderley de Mattos Júnior, Daniel Dutra, Leontino Farias dos Santos, Percival de Souza, Zeneide Ribeiro de Santana, Prof. Gretz, Simony dos Anjos, Mônica Carvalho Costa, Cristina Souza, Ana Elisa Araújo Messias Nunes, Wívian R. L. C. Brojato, Iara Almeida, Jefferson Midei, Jecimar Sirino Albano, Pastor Will, Valdir Gomes, Francisco Lotufo Neto REDAÇÃO E-mail vidaecaminho@ipib.org

o que é a coodependência?

Fone: (11) 2596-1903. Rua da Consolação, 2121 -CEP 01301-100 - São Paulo/SP PUBLICADA PELA EDITORA PENDÃO REAL Cleber C. Coelho (administrativo); Roseli Eugênio (Atentimento e Cadastro). Assinaturas: Fone (11) 2596-1919 E-mail: atendimento@pendaoreal.com.br. Assinatura anual Individual (4 edições): R$60,00, acima de 10 assinantes R$ 54,00, para receber através do (a) agente ou R$ 82,00, para receber em casa. Número avulso: R$ 13,50. Depósito no Banco Bradesco Agência 095-7 - Conta Corrente 174.872-6.

adolescência: bênção na família, igreja e sociedade

Tiragem: 1400 exemplares. Impressão: Grass Indústria Gráfica. Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Permitida a reprodução de matéria aqui publicada, desde que citada a fonte.

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EDITORIAL

De tempos em tempos as mudanças são bem-vindas por sheila amorim

undada em 1968, a Revista Alvorada está perto de celebrar o seu Jubileu de Ouro. Muitas pessoas, com dedicação, trabalharam durante todos esses anos para termos este precioso material em mãos. “Há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Sim, e a mudança faz parte dos propósitos de acompanharmos a evolução e tendência de como as pessoas se comunicam atualmente. Com o tempo tudo muda, e chegou a hora de realizarmos algumas mudanças e aprimorarmos alguns processos. Nossos valores não mudam, continuamos acreditando nos mesmos princípios que construíram a credibilidade que a revista tem hoje. Atendendo às necessidades do nosso tempo, a Alvorada passou por uma consultoria que resultou neste novo posicionamento adotado para a revista. Não significa que será o fim da Alvorada, mas certamente é o início de uma bonita fase, marcada por formas de comunicação mais dinâmicas que os tempos modernos exigem. Para a execução da reestruturação editorial, projeto gráfico e até para o nome da revista tivemos várias fases. Entre elas uma pesquisa com assinantes e pessoas do público-alvo que, entre outras perguntas, responderam se achavam o

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nome da revista adequado para a visão de ser referência como fonte de conteúdo cristão para famílias no Brasil. O resultado revelou que o nome não condiz com a visão da revista, como disse um dos entrevistados: “Igreja reformada está sempre se reformando. Eu acho que é possível fazer a transição de um nome para o outro, com tantas estratégias de marketing que existem, sem perder. Se ela se propõe a atender famílias no Brasil, ela tem que mudar”. A pesquisa também mostrou que, com as mudanças, é possível alcançarmos as novas gerações: “Tem que pensar se é melhor manter um nome que já é referência ou inovar para atrair as novas gerações”. A partir daí, outra consultoria especializada ajudou no processo e, entre as premissas para a mudança do nome, estava a necessidade de demonstrar que a revista é feita para a família, e não só para as mulheres, e que é uma fonte orientadora. Precisávamos de um nome que tivesse boa sonoridade e simples pronúncia, que abrangesse qualquer família cristã e, como resultado entre os vários estudos, surge a VIDA E CAMINHO. O processo contemplou também a reformulação da identidade visual. As pautas continuam diversificadas, novas colunas e novos colaboradores foram agregados (e são esses colaboradores que garantem a riqueza e qualidade da publicação), mantendo a excelência e o propósito de proporcionar às famílias a vida e o caminho que em Jesus e através da sua Palavra podemos ter em sua plenitude. De tempos em tempos as mudanças são bem-vindas, mas a mudança maior que almejamos é ver não só a nossa família, mas outras famílias felizes e firmadas em valores incorruptíveis. VIDA E CAMINHO aponta para a família forte e saudável que podemos ser em Jesus Cristo. Envie-nos sua opinião, sugestão ou elogio. Boa leitura!

sheila amorim editora da vida e caminho. é formada em jornalismo e especialista em design e produção gráfica. casada e mãe de 3 filhos.

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PALAVRA DO LEITOR canal aberto para nossa comunicação.

estamos dispostos a ouvir nossos leitores cada vez mais de perto. aqui vocês poderão ler comentários, críticas ou elogios das últimas edições.

[ASSINATURA DA REVISTA]

Como faço para assinar essa revista? Qual o valor da assinatura? DEONIRA PEREIRA, SÃO PAULO-SP

RESPOSTA: Olá Deonira.

A assinatura é 3x r$ 18,00 para receber na igreja ou 3x r$ 25,00 para receber em casa. O depósito pode ser feito no Bradesco Ag 095 c/c 174.872-6 en nome da IPI DO BRASIL. O comprovante de pagamento e o endereço de entrega devem ser enviados para o email vidaecaminho@ipib.org Quero parabenizá-los pela revista “Alvorada”. Os artigos têm sido excelentes. É muito bom contar com esse tipo de material em nossas mãos. Estou fazendo a renovação de assinaturas e incluindo alguns novos assinantes. MARIA EMÍLIA COELHO ERNANE COLA, AGENTE DA IPI DE PRESIDENTE VENCESLAU – SP

------Recebi sua revista sim... como sempre maravilhosa... conteúdo muito bom. Considero a melhor revista sobre tema de família em nosso

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meio, pelo menos que eu conheço. Como já lhe disse, só sinto muito que o plano de marketing seja restritivo. Uma revista dessa deveria ser muito mais divulgada no meio evangélico e também no meio secular. Tem muita literatura fraca por aí, com conteúdo duvidoso... e sua revista é de credibilidade e com conteúdo.Eu já disse que não me conformo... eu já fui redatora... sei o trabalho que dá para fazer uma revista.E gostaria de ver seu trabalho mais divulgado. MAGALI LEOTO, PALESTRANTE HÁ MAIS DE 25 ANOS NA ÁREA DE FAMÍLIA

[MUDANÇA DE AGENTE]

Nos últimos anos, tenho sido agente da revista na Primeira IPI de Poços de Caldas. Agradeço pela atenção de todos vocês por estarem sempre dispostos a esclarecer minhas dúvidas e pelo excelente trabalho que a revista apresenta trimestralmente às famílias da igreja. Por motivos pessoais, estou deixando de ser agente da revista, e quem continua com a responsabilidade a partir de julho/16 é a nossa irmã Regiane Bonelli. CLÁUDIA CÁSSIA PEREIRA DA SILVA BARRETO POÇOS DE CALDAS (MG)

RESPOSTA: Cláudia, agradecemos o

trabalho que você realizou durante esses anos. O seu trabalho e dedicação foram muito importantes para nós. -------

fale conosco

facebook.com/vidaecaminho/ carta: rua da consolação, 2121 consolação - cep 01301-100 - são paulo-sp a revista tem o direito de editar e publicar parte do texto enviado.

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VIDA E CAMINHO RESPONDE algumas respostas às muitas dúvidas que temos RECONHECEREMOS NOSSOS AMIGOS E FAMILIARES NA VIDA APÓS A MORTE? HÁ ALGUM FUNDAMENTO BÍBLICO QUE NORTEIE A RESPOSTA PARA ESSA QUESTÃO? (LILIAN OLIVEIRA, SÃO PAULO – SP)

COMO CONFIAR NA PROVIDÊNCIA DIVINA EM UM MUNDO ONDE NOS SENTIMOS “DEUSES” E TEMOS A SENSAÇÃO DE QUE, SE DEUS FIZER ALGO QUE NÃO GOSTO OU NÃO ENTENDO, DEIXAREI DE ACREDITAR EM “DESCANSAR NO SENHOR”? COMO RESPEITAR A VONTADE DE DEUS, TODO PODEROSO, QUANDO PERCEBO QUE O QUE ELE FEZ NÃO ERA EXATAMENTE O QUE EU FARIA? (CLÁUDIA GALLI, ATIBAIA – SP)

Olá Cláudia! Creio que a única forma de mantermos a confiança em Deus e respeitarmos Sua vontade está na busca do autoconhecimento. A impressão humana de que somos capazes, sábios e autossuficientes nos dá uma falsa sensação de que sabemos o que é o melhor a ser feito. Um conceito elevado de nós mesmos prejudica a confiança em qualquer outra pessoa, inclusive em Deus. Quando desenvolvemos essa forma de pensamento, inconscientemente, maximizamos nossas capacidades e potencialidades, mas simultaneamente reduzimos a Deus em conformida-

de aos nossos conceitos. Ao reduzi-Lo, questionamos suas decisões e ações comparando-O a nós (algo incomparável). Sendo assim, eu entendo que, ao sermos conscientes das nossas motivações, ambições, traumas, medos, egoísmo, raiva, preferências, desejos, etc., conseguimos descansar na certeza de que Deus agirá com perfeição. Em outras palavras, a sincera compreensão de nossa imperfeição nos conduz à aceitação da perfeição divina. Uma das palavras de Deus aos hebreus quando os libertou do Egito foi para que não criassem imagens dEle mesmo e de forma alguma as adorassem e se prostrassem perante elas. Essa palavra adverte sobre os erros que cometeriam ao reduzir o conceito a respeito de Deus.

E aí Lilian... Já ouvi posturas diferentes quanto a essa questão, portanto saiba que não há unanimidade sobre o assunto. Eu creio que reconheceremos nossos amigos e familiares. Sinceramente, não consigo entender o propósito de sermos criados, convencidos do pecado, da justiça, do juízo, amadurecermos mediante o crescimento espiritual à estatura de Cristo para, de repente, Deus “deletar” tudo de nossa mente. Biblicamente não encontraremos algo específico na escatologia, mas parto do seguinte pressuposto: Jesus disse aos escribas que Deus se manifestou aos hebreus apresentando-se como Deus de Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 22.32). Nesse diálogo, após ser questionado, Jesus discursava sobre a ressurreição, dizendo que o Senhor é Deus de vivos e não de mortos. Diante dessa fala, minha interpretação é a de que as identidades dos patriarcas foram resguardadas. Não creio que Jesus tenha se referido a esses personagens apenas metaforicamente, mas sim como exemplos de vidas que lhe pertenciam. Uma outra passagem interessante, que nos ajuda a pensar no assunto, foi quando Jesus teve seu rosto transfigurado e junto a ele apareceram Moisés e Elias (Mateus 17.18). Ambos são identificados por Pedro, Tiago e João. Se eles puderam ser reconhecidos, porque outros não o seriam? Bem Lilian, já é difícil explicar aquilo que vemos e presenciamos todos os dias, imagine as coisas do porvir.... Contudo, eu compreendo o assunto dessa forma e espero ter-lhe ajudado.

QUER FAZER UMA PERGUNTA? ACESSE FACEBOOK.COM/VIDAECAMINHO OU NO EMAIL VIDAECAMINHO@IPIB.ORG

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POLÍTICA

DEMOCRACIA

tão importante quanto o voto é não esquecer de cobrar o que prometeu o candidato eleito

votei! e agora? por percival de souza

issão cumprida? Com consciência cristã, gostaríamos, e muito, de responder sim. Fomos às urnas. Em número de 144 milhões de brasileiros que, em 5.570 municípios, fizeram suas escolhas entre mais de 500 mil candidatos. Sim, cumprimos nossa missão, transformando votos em esperanças, mas todos nós estamos desacreditados diante do sistema político que avassala o País, mergulhado numa crise – econômica, política, moral – sem precedentes.

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O cenário é entristecedor. Buscamos uma saída, e quem elege a busca, não pode recusar a travessia, como escreveu Guimarães Rosa. A tristeza seria uma forma de pecado, segundo Tomás de Aquino raciocinava no século XIII, porque – bom argumento – o Criador, ao terminar a sua obra, viu que tudo que fizera era muito bom (Gn 1:31). O nosso mau relacionamento com

Deus, o pecado, é que precipitou as coisas. Caímos e continuamos em queda. Mas temos desculpas para tudo. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, diz o parágrafo único do artigo 1º da nossa Constituição. Carta Magna, aliás, promulgada sob a proteção de Deus, conforme o preâmbulo. Interessante o detalhe, considerando-se que néscios modernos tentam impedir que possamos ocupar, na formatação cristã, determinados espaços na

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sociedade, acusando-nos de “inconstitucionais“. Ridículo, na semântica. Desonesto, intelectualmente. Inaceitável, teologicamente. Imperdoável, pela leitura das Escrituras, porque se o Senhor não tomar conta da cidade, a sentinela estará vigiando em vão (Salmo 127.1). Mas, lendo o livrinho constitucional, percebemos que a Carta (a de Tiago é bem melhor), muitos trechos de intenções, procura estabelecer normas para que o direito de voto se reverta na promoção do bem comum. Ir às urnas não é um ato individualista, centrado na autossatisfação, mas sim um ato consciente (este, um lampejo divino) que prioriza o compromisso para o bem de uma comunidade. E pensando conscientemente assim, sabemos que na sociedade pós-dez mandamentos (ah, se eles fossem obedecidos!) precisamos ter sólidas estruturas político-jurídicas, para que a sociedade possa participar da elaboração de leis adequadas, a administração da coisa pública, a organização das instituições. Traduzido: cada voto é uma espécie de ferramenta indispensável para que possamos alcançar tudo isso. Seu manejo é um serviço dos mais nobres para o bem comum; não confunda a res publica, coisa pública, com a mafiosa Cosa Nostra. É um direito, portanto, não uma benevolência de um sistema poderosamente monopolista. Direito intransferível, que não relativiza o voto a um critério único, pragmático, mas nítida expressão da mais pura consciência. É ética política. Não se pode conceber política sem ética. Direito a ser preservado como um valioso patrimônio. O protestantismo enfatiza a mensagem cristã, sola fides e sola scritura, a imanência da fé e da escritura, a transcendência da alma em direção a Deus.

OS BRASILEIROS ESTÃO FARTOS. NÃO QUEREM SABER DE POLARIZAÇÃO POLÍTICA, COM TELEGUIADOS PARTIDARIZADOS AO EXTREMO, IDEOLOGIZADOS EM SARCÓFAGOS, QUE SE COMPORTAM COMO FURIOSAS TORCIDAS ORGANIZADAS DE TIMES DE FUTEBOL. BASTA, CHEGA DISSO

CURRAL E REBANHO

Já vi de tudo (ou quase...) em matéria de eleições. A repugnante comercialização de votos, a troca da escolha por dentaduras, óculos, promessas de benesses, a demagogia e o populismo em grau máximo. Já vi malandros de matiz messiânico infiltrados nas igrejas, agindo como captadores de votos, preten-

percival de souza é jornalista, escritor e criminólogo. casado, duas filhas e três netos. membro da 1ª ipi de são paulo

dendo transformar rebanhos cristãos em currais eleitorais. Já vi marqueteiros ganhando fortunas com tergiversações eleitoreiras, fraudando sem escrúpulos o que deveria ser projeto político. Já vi infiltrados inescrupulosos amealhando fortunas ocultas além-mar. Já vi o disfarce “caixa 2” camuflar campanhas indecentes. Vi, agora, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, lembrar-se do marquês de Pombal, após o terremoto de Lisboa, para comparar o episódio com o momento brasileiro: “vamos enterrar os mortos e cuidar dos vivos”. O exagerado número de partidos políticos, diz ele, mostra que “algumas legendas poderiam estar inscritas na junta do comércio”. Não é preciso dizer mais! 2016 será um teste institucional, afirma Mendes. As eleições deste ano vão projetar as de 2018. Os brasileiros estão fartos. Não querem saber de polarização política, com teleguiados partidarizados ao extremo, ideologizados em sarcófagos, que se comportam como furiosas torcidas organizadas de times de futebol. Basta, chega disso. Essa repulsa já foi manifestada nas ruas, com atos espontâneos, desligados de partidos sem plataformas, planos ou projetos. Não existe um “salvador da Pátria”. Esqueçam esperança personificada, totens, ídolos com pés de barro. Não dá mais. O sistema podre e corrupto catapulta a felicidade e o conhecimento. Sim, porque esse sistema gera infelicidade em escala tão grande que muitas pessoas sequer têm um projeto de vida. Já existe uma corrente no Direito que sustenta a tese do direito à felicidade. Seria o cumprimento das normas constitucionais. Não se esqueça em quem você votou. Cobre o que o candidato prometeu. Assim é que se caminha escolhendo um rumo. Os caminhos somente são abertos quando se caminha. Sêneca, o filósofo romano, dizia que não adianta o vento soprar favoravelmente, se você não souber para onde quer ir. E que, observe bem o momento em que estamos vivendo, “não se pode usar a máscara por muito tempo – o fingimento se torna rápido à sua própria natureza”.

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RELACIONAMENTO

ENTEADOS

como conviver com o filho de outro relacionamento do cĂ´njuge?

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CONVIVENDO COM enteados: E QUANDO o filho não é meu? não há nada que fira mais o coração de um pai ou de uma mãe que ver seu filho sendo tratado com descaso por wívian r. l. c. brojato

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RELACIONAMENTO

ENTEADOS

em se tornado cada vez mais comum o surgimento de famílias não convencionais. Homens e mulheres divorciados ou que se tornaram pais e mães solteiros se unem e levam consigo, para o novo casamento, o filho que já possuem. O início de um casamento é um período permeado de conflitos e adaptações. É o momento em que duas pessoas completamente diferentes precisam aprender a conviver, e conviver bem. Por esse motivo, o recomendável é que o casal viva esse primeiro momento (de adaptação) a dois, sem filhos. Depois de algum tempo, com as arestas já aparadas, após terem formado uma identidade de casal, eles estão mais alicerçados para enfrentar um novo desafio (e receber uma nova benção): a chegada dos filhos. É claro que nem sempre acontece assim. Há casais que decidem engravidar já nos primeiros meses de casamento ou que já se casam com filhos. Isso não quer dizer que necessariamente o casamento irá enfrentar problemas, mas afirmo que o mais recomendado para minimizar conflitos seria passar primeiramente pelo período de adaptação antes de envolver na relação do casal um terceiro (o filho). Se iniciar um casamento com um filho (do casal) já é muitas vezes difícil e tumultuado, comumente maior é a confusão quando a criança em questão é filha de apenas um dos cônjuges. A respeito disso, gostaria de tecer algumas considerações. A decisão de se casar é uma das mais sérias que tomamos ao longo da vida. É necessário bastante maturidade, reflexão e oração para escolher com sabedoria aquele (ou aquela) que irá nos acompanhar por toda a vida. Quando o candidato a cônjuge possui um ou mais filhos, a decisão é ainda mais complexa. Várias coisas precisam ser cuidadosamente consideradas antes de dizermos sim a um parceiro que possui filhos. Os filhos são parte muito importante da vida dos pais. Eles exigem atenção, cuidados e um investimento de tempo, dinheiro e afeto muito

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SE VOCÊ PENSA EM CASAR COM ALGUÉM QUE POSSUI FILHOS, PERGUNTE-SE PRIMEIRO SE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO E APTO A AMAR O(S) FILHO(S) DO FUTURO CÔNJUGE grandes. Ser pai ou mãe é um grande compromisso. É bem possível que o cônjuge se sinta enciumado ou até mesmo preterido, já que desde o início do casamento (fase em que geralmente o casal vive um para o outro) o cônjuge com filhos dedicará parte importante do seu tempo ao cuidado da prole que possui. Não advogo contra a união com alguém com filhos, porém penso que é necessário que aquele que decide se casar com homem ou mulher que já possui filhos esteja bastante consciente do compromisso que assume. Padrasto e madrasta assumem o compromisso de serem auxiliadores na criação dos filhos do cônjuge. Precisam ter maturidade para não serem dominados pelos ciúmes e não servirem como obstáculo para a relação do cônjuge com o filho dele, afinal, toda criança tem necessidade e direito a companhia e afeto dos pais. Se você pensa em se casar com alguém que possui filhos, pergunte-se primeiro se você está disposto e apto a amar o(s) filho(s) do futuro cônjuge e contribuir de forma efetiva para a educação e formação dele(s). Porém, assim como os filhos naturais não devem exaurir todo o tempo do casal de maneira a deixá-lo sem tempo para investir na relação conjugal, tampouco podem os enteados fazer o mesmo. É preciso que marido e mulher conversem e separem, de comum acordo, espaços que serão apenas do casal. Assim podem, por exemplo, decidir que em determina-

do dia da semana o enteado será confiado a alguém para que o casal possa desfrutar de um momento a sós para namorar, conversar, etc. Também podem decidir que o enteado não deverá dormir no quarto do casal, etc. É importante que todas as limitações colocadas para o enteado sejam também colocadas para os filhos do casal. Filhos e enteados devem ser tratados de maneira igual, evitando mágoas e ressentimentos por parte do enteado e do cônjuge-pai ou cônjuge-mãe. Evite as crises de ciúmes. Tente ser compreensivo com o ciúme que o enteado sente de seu cônjuge com você, afinal, ele é filho, e os filhos naturalmente sentem ciúmes dos pais. Para as crianças e adolescentes, por vezes, é bastante difícil se conformar à situação de ver o pai ou a mãe com outra pessoa. Seja amoroso e gentil. O amor transforma circunstâncias e vidas. Coloque limites, protegendo o seu contato e momentos de intimidade com seu cônjuge, mas aja sempre motivado pelo amor e compreensão. Aquele que se casa com alguém que tem filhos não deve jamais se esquecer que não há nada que fira mais o coração de um pai ou de uma mãe que ver seu filho sendo tratado com descaso, desprezo ou sendo desprivilegiado. Penso que sempre é pertinente a máxima: “Não faça com o outro o que não gostaria que fosse feito com você” (Mt 7.12). Assim, se você decidiu casar-se com alguém que já tinha um ou mais filhos, decida-se por amar essa(s) criança(s) assim como você gostaria que seus filhos fossem amados e bem tratados se viessem um dia a conviver com madrasta ou padrasto. Trate-a (s) com o carinho que você gostaria de ser tratado se fosse enteado de alguém. Ter um filho é uma benção e uma responsabilidade. Aquele que decide se casar com um homem ou mulher que possui filhos assume de maneira solidária essa responsabilidade também.

wívian r. l. c. brojato, é psicóloga clínica, casada com o rev. giancarlo brojato (1ª ipi de cruzeiro- sp), e mãe da maysa.

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FAMÍLIA

ADOÇÃO

como a adoção abençoa famílias

Já parou para pensar, sem medos e preconceitos, na possibilidade de adotar uma criança? por ana elisa

qui estamos nós, prestes a participar da primeira entrevista com a assistente social. Sim, somos pais adotivos. Nossos filhos ainda não chegaram, mas “engravidamos” em janeiro de 2016, quando mais uma vez escutamos que teríamos dificuldades para engravidar e que deveríamos tentar a fertilização in vitro. Saímos do médico, sentamos no carro e choramos. Lágrimas compartilhadas com mãos entrelaçadas, ouvindo

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um o coração do outro. E então, oramos e agradecemos. Agradecemos pelo privilégio de sermos um, de Deus ter nos unido e de juntos termos um único objetivo: viver para que o nome de Jesus seja glorificado e levado àqueles que não o conhecem. E aí, dissemos juntos: “Vamos adotar nossos filhos!”. Foi nesse momento que meu marido e eu nos tornamos pais adotivos.

Jhonatan sempre pensou em adotar filhos. Eu já havia pensando, mas nunca pensei que engravidar fosse ser uma dificuldade. A adoção chegou fundo ao meu coração quando senti uma possível privação em gerar filhos. Não foi um ato altruísta, mas algo pelo qual eu fui escolhida para passar e me sinto grata. Penso que Deus tem um propósito nisso tudo e, como disse, realmente já me sinto “grávida”, e só estamos esperando que o nosso olhar se encontre com os olhinhos dos nossos filhos.

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O processo de adoção, seja ele no Brasil, seja fora do nosso continente, é longo, burocrático, cheio de idas e vindas a fóruns, papeladas a serem preenchidas, entrevistas a comparecer, cursos a serem finalizados, e posso dizer que fazer parte desse processo tem sido uma alegria. Não o achamos moroso, mas necessário. Todas as perguntas, cursos, reuniões, listas de documentos e conversas com profissionais são mais do que necessários para que os pais estejam prontos a receber seus filhos e para que as crianças sejam protegidas de pessoas que não sabem ao certo a escolha que estão fazendo. Todo o processo é necessário também para que sua família, amigos e igreja comecem a participar desse momento com você, tornando assim os ambientes em que sua nova família transitará mais igualitários, mais justos, com os preconceitos sendo revistos e com um olhar mais flexível sobre paternidade e maternidade. Não podemos dizer que tem sido um tempo sem lágrimas, ansiedades e esperas. Mas podemos dizer que tem sido um tempo em que Deus tem tocado em nosso coração de uma forma que nunca imaginávamos ser tocados, com todos os significados que a palavra ADOÇÃO implica: entrega, confiança, amor e mais amor. Muitas pessoas nos perguntam se não temos medo de adotar, se não nos sentimos inseguros com a questão genética e hereditária que nossos filhos herdarão. E a resposta é sim e não. Os cursos de adoção têm-nos preparado para uma dura realidade: sim, nossos filhos provavelmente terão sido gerados em ambientes vulneráveis, rodeados de inseguranças, privações, violências e fragilidades. Sim, as crianças que são destituídas de seus pais o são porque eles não foram aptos a lhes proporcionar um ambiente de amor, segurança, paz e qualidade de vida. Mas isso não é o que mais nos apavora. O que nos apavora é que as pessoas ao nosso redor, membros de muitas igrejas e pessoas próximas e tão queridas, não estão prontas para encarar esta realidade como uma forma do Reino de Deus ser proclamado, amando pessoinhas que não escolheram ser retiradas dos seus progenitores. E por isso se faz urgente o

MUITAS PESSOAS NÃO ESTÃO PRONTAS PARA ENCARAR A ADOÇÃO COMO UMA FORMA DO REINO DE DEUS SER PROCLAMADO, AMANDO PESSOINHAS QUE NÃO ESCOLHERAM SER RETIRADAS DOS SEUS PROGENITORES.

tema da ADOÇÃO em nossas rodas de amigos, em nossos almoços de domingo e em nossas igrejas. Muitos casais têm desgastado sua saúde, seu corpo físico, suas finanças e seu casamento porque ainda não conseguiram olhar para a adoção como uma possibilidade de amar, de transmitir a vida gostosa que Jesus pode nos dar quando decidimos deixar que Ele controle nossos sonhos e coração. Assim, a minha palavra hoje para você, leitor e leitora deste artigo, é que você comece a repensar a palavra ADOÇÃO, retirando dela todos os preconceitos e medos arraigados. Que o Espírito Santo use você para encorajar outros a repensarem a adoção e aqueles que precisam pedir perdão ao Pai por disseminarem desigualdades e indiferenças. Que Deus possa nos abençoar e nos preparar com sua doce presença para sermos instrumentos usados em suas mãos com palavras de ânimo, inclusão e aconchego a tantas crianças e famílias adotivas. A Ele seja a glória para sempre.

QUER ADOTAR UMA CRIANÇA?

Procure a Vara de Infância e Juventude do seu município para verificar quais documentos serão necessários. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, em maio tinham 6.592 crianças e adolescentes aptos à adoção no Cadastro Nacional de Adoção. 16,99% são negras, 48,86% são pardas, 33,48% são brancas, 0,3% pertencem à raça amarela e 0,36% são indígenas.

UMA SURPRESA DURANTE O PROCESSO DE ADOÇÃO!

ana elisa araújo messias nunes missionária da secretaria de evangelização da ipib e da miaf

Um pouco antes de fecharmos esta edição, recebemos a notícia de que a Ana Elisa está grávida. Após o teste de farmácia dar positivo, o exame laboratorial confirmou a notícia. Para Deus nada é impossível, e tudo é de acordo com o seu tempo. O casal, mesmo com a gravidez da Ana, continua com o processo de adoção.

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ENTREVISTA

DR. FRANCISCO LOTUFO NETO

o suícidio ocorre geralmente por causa de algum transtorno mental.

POR QUE

HOMENS se suicidam mais?

o perfil de quem se suicida é diferente do perfil dos que tentam o suicídio. quem comete suicídio são na maioria homens de meia idade, sozinhos, com problemas de saúde e com depressão.

Brasil é o 8º país no ranking mundial de suicídios segundo a Organização Mundial de Saúde, a OMS. Em setembro, desde 2014, é realizada uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, o Setembro Amarelo. O suicídio é uma situação de crise na vida e pode ser evitável, ocorre geralmente por causa de algum transtorno mental. A depressão é o mais comum, seguido pelo alcoolismo, considerado uma das doenças que mais comprometem a saúde dos homens, que estão entre os que mais cometem suicí-

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dio; geralmente eles têm mais de 35 anos, enquanto as mulheres entre 15 a 25 anos de idade são as que mais tentam por fim à vida. Pensamentos suicidas passam constantemente pela cabeça do doente, e isso, aliado a um estado emocional alterado que perdure por mais de duas semanas, é um sinal de alerta de que é necessário consultar um médico, conforme orienta o Dr. Francisco Lotufo Neto, chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Ele atua no Ambulatório Transcultural (para refugiados e imigrantes) e no Ambulatório de Pesquisa para

Tratamentos de Vítimas de Violência Urbana, ambos no Hospital das Clínicas. Nesta entrevista à Vida e Caminho, o médico fala sobre o perfil, comportamentos, riscos e sinais iminentes em pessoas com transtornos ligados ao comportamento humano que podem levar ao suicídio. QUAIS OS FATORES DE RISCO PARA OS CASOS DE SUICÍDIO?

O risco de suicídio está presente em pacientes com diversos transtornos mentais, os mais comuns são a depressão e alcoolismo, mas também a esquizofrenia é muito frequente,

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ENTREVISTA

DR. FRANCISCO LOTUFO NETO

algumas formas de epilepsia, dependências de drogas, transtornos de personalidade. Todos são síndromes em que esse problema está presente. EXISTEM COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS QUE IDENTIFICAM PESSOAS COM TENDÊNCIAS SUICIDAS?

Existem comportamentos e perfis que indicam o risco. O perfil de quem se suicida é diferente do perfil dos que tentam o suicídio. Quem comete suicídio são na maioria homens de meia idade, sozinhos, com problemas de saúde e com depressão. As mulheres jovens, imaturas, com dificuldades de relacionamento interpessoal e problemas na família geralmente são as que tentam o suicídio. São perfis muitos diferentes. A depressão, associada ao falar sobre suicídio, é um sinal de risco. Diz um ditado que “cão que ladra não morde”, mas nesse caso pode ser perigoso. O comportamento de despedida e a mudança brusca de comportamento – a pessoa estava muito triste, “para baixo”, de repente aparece muito bem, ou o contrário – também são considerados sinais de alerta. HÁ UMA FAIXA ETÁRIA MAIS VULNERÁVEL? POR QUÊ?

Homens acima dos 35 anos e mulheres jovens, entre 15 a 25 anos de idade. Oitenta por cento das pessoas que cometem suicídios foram ao médico nas semanas que antecederam o ato. É preciso observar os sinais de alerta para o problema. O médico pergunta o que está sentindo, se pensa em morrer e se tem ideia de suicídio. Diante da afirmativa, avalia-se a gravidade das ideias. Existe grande variação, desde a pessoa que faz uma oração para Deus a levar porque a vida está insuportável e ela se vê como um peso aos outros, como aquela que tem uma arma ou está misturando remédios. Avaliamos também a letalidade do ato: há atos que são menos letais, por exemplo, cortar os pulsos; em outros casos o uso da arma de fogo,

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O SUICÍDIO É UMA COISA EXTREMAMENTE ABSURDA E DESPERTA SENTIMENTOS DE CULPA, PENSAMENTOS SOBRE O QUE SE DEIXOU DE FAZER OU O QUE PODERIA TER SIDO FEITO.

altamente letal. Essas avaliações são determinantes para o tratamento. UMA PESSOA SAUDÁVEL PODE COMETER SUICÍDIO DIANTE DE SITUÇÕES ADVERSAS NA VIDA?

Em geral não. Normalmente se tem um quadro de transtorno mental envolvido. Existe na cultura oriental o suicídio por honra, entre nós não é comum. PODE-SE DIZER QUE UMA CRISE ECONÔMICA ELEVA O ÍNDICE DE SUICÍDIO?

Não necessariamente.

O QUE PODEMOS FAZER DIANTE DE ALGUÉM EM SITUAÇÃO DE RISCO IMINENTE DE SUICÍDIO?

Essa pessoa precisa ter sempre uma companhia e ser encaminhada para um tratamento especializado. O psiquiatra vai avaliar e dar o diagnóstico e o risco. Existem situações em que a pessoa precisa ser internada. Durante o tratamento, no caso da depressão, o período até a medicação começar a ter efeito é entre 3 a 4 semanas. É ACONSELHÁVEL FALAR SOBRE A TENTATIVA DE SUICÍDIO FRACASSADA?

Sim. É mito pensar que a pessoa não estava pensando nada até ouvir a respeito. Não é assim que acontece, é preciso conversar, tocar no assunto falar sobre a vida da pessoa. EXISTEM PROGRAMAS DE PREVENÇÃO?

O mais conhecido é do Centro de

Valorização da Vida (CVV), realizado por voluntários através do telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias (http://www.cvv.org.br). QUAL O SEU CONSELHO ÀS FAMÍLIAS QUE PASSARAM POR ESSE PROBLEMA?

O suicídio é uma coisa extremamente absurda e desperta sentimentos de culpa, pensamentos sobre o que se deixou de fazer ou o que poderia ter sido feito. É uma decisão pessoal, que algumas vezes tem a intenção de agredir alguém através do ato. É necessário viver o luto. QUE CONSELHO VOCÊ DÁ AO LEITOR QUE ESTÁ PENSANDO EM SUÍCIDIO?

BUSQUE TRATAMENTO. Ter tais pensamentos por um ou dois dias não é considerado grave, mas, se a pessoa sente-se muito triste, sem prazer nas atividades, com insônia, pensamentos negativos sobre si, cansaço e falta de energia, provavelmente está num quadro de depressão. Isso se torna perigoso quando esse comportamento ultrapassa duas a três semanas. Os fatores protetores estão relacionados ao bom ambiente familiar, relacionamento humano, amizades e, principalmente, a religião. Pessoas que frequentam o serviço religioso têm um risco menor do que quem não frequenta.

dr. francisco lotufo neto, chefe do depto. de psiquiatria da faculdade de medicina da usp. prof. de aconselhamento pastoral da fatipi

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DONOS DA PRĂ&#x201C;PRIA VIDA?

nenhum detalhe da sua vida e dos seus caminhos passam despercebidos por deus

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E caminho a história de vida de uma pessoa não tem como ser dissociada dos caminhos que ela percorreu e percorrerá. por alex sandro dos santos

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ivemos enquanto caminhamos” ou “caminhamos enquanto vivemos”? A vida é um reflexo dos caminhos que tomamos ou os caminhos que tomamos são reflexos da percepção que temos da vida? Para mim a vida e o caminho que seguimos são assuntos que sempre estarão juntos. A história de vida de uma pessoa não tem como ser dissociada dos caminhos que ela percorreu e percorrerá. Sua vida, por exemplo, é consequência dos caminhos por onde você anda, ao mesmo tempo que o caminho que você percorre é determinado por suas escolhas. Quando falamos sobre vida, referimo-nos à força vital e natural, somando-se ao conteúdo ético e moral que representa seu “modo de vida”. A família e a cidade em que nascemos, a igreja em que crescemos, as escolas em que estudamos, as faculdades que escolhemos, o local em que trabalhamos, as amizades que fizemos e muitas outras coisas influenciaram nossa vida e, ao mesmo tempo, esses foram os nossos caminhos até hoje. O fato de sabermos que Deus pode todas as coisas e que nenhum dos seus planos pode ser frustrado não sacia a dúvida em nosso coração sobre quais são seus caminhos para nós. É fato que não há nada que Deus não possa fazer. Nenhum dos planos divinos pode ser interrompido. É impossível frustrar os propósitos de Deus. Deus não precisa de nossa anuência, não precisa protocolar seus projetos, não necessita da autorização dos pais para dirigir o caminho dos filhos, não depende da aprovação de nenhum conselho administrativo, não precisa convencer os votos da oposição, ao mesmo tempo que não ajusta o seu plano à nossa agenda. Detalhe algum passa despercebido por Deus, mesmo quando os assuntos são nossa vida e nossos caminhos. Compreender quais são os melhores caminhos pode ser, em determinados momentos, uma tarefa fácil

OS CAMINHOS DE DEUS NÃO SÃO NECESSARIAMENTE OPOSTOS À NOSSA VONTADE E AOS NOSSOS CAMINHOS. PODEMOS ANSIAR POR COISAS SEMELHANTES ÀS DE DEUS

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e simples; mas também haverá momentos que poderão exigir decisões difíceis e conturbadas. Desde o princípio, o ser humano esforçou-se para conduzir sua vida e evitou os caminhos de Deus com desdém. Em alguns casos, por indiferença, enquanto em outros, por incompetência. A incompreensão pode ter sido o problema para alguns personagens na história. Contudo, independentemente do porquê, homens e mulheres preferiram seguir seus próprios caminhos e cuidar de sua própria vida, ao invés de submeterem-se a Deus. Adão, Eva, Caim, os construtores da Torre de Babel, a civilização no tempo de Noé, os hebreus no Egito, no deserto, na Terra prometida, no exílio, nos tempos dos juízes, da monarquia e da colonização romana. Não importa o lugar e a circunstância, eles desejaram, e nós, infelizmente, também desejamos seguir os caminhos que julgamos melhores. Entretanto quero enfatizar que os caminhos de Deus não são necessariamente opostos à nossa vontade e aos nossos caminhos. Podemos ansiar por coisas semelhantes às de Deus. Mesmo que seja por pouco tempo. Bem, digo isso porque somos volúveis. Um dia queremos, no outro não queremos mais. Somos tão convictos que começamos a questionar se a postura é de convicção ou teimosia. Enquanto Deus permanece imutável e perfeito em seus caminhos. Cabe lembrar que a nossa vontade pode ser igual a de Deus, mas também pode ser oposta. Quantas vezes não queremos seguir o caminho que Deus tem para nós? É doloroso reconhecer isso, mas nem sempre os caminhos que seguimos estão em sintonia com a direção de Deus. Mesmo ao considerarmos que Seus caminhos são melhores que o nosso!!! Ah, como insistimos no nosso!!! É constrangedor admitir, mas tentamos enquadrar o que queremos no que achamos que Deus queira, não por maldade, mas porque pensamos ser os donos da nossa vida.

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DONOS DA PRÓPRIA VIDA?

Quais os caminhos de Deus para sua vida? Você exerce vários papéis no seu dia a dia e, diante disso, quais os caminhos que Deus quer que você siga? Qual o modo de vida que Deus preparou para um pai e mãe de família? E o estilo de vida para os profissionais que, na prestação de seu serviço, “ganham o pão de cada dia”? A vida é o bem mais precioso que Deus nos deu. Sendo assim, devemos avaliá-la com sinceridade e transparência. Há dois livros que nos ajudam muito nessa avaliação: “Espiritualidade Emocionalmente Saudável” e “Igreja Emocionalmente Saudável”, ambos de mesma autoria. No livro “Igreja Emocionalmente Saudável” – Uma Estratégia de discipulado que Realmente Transforma Vidas (São Paulo, Editora Vida, 2014), escrito por SCAZZERO, Peter & BIRD, Warren, encontramos sete princípios que devem ser observados pelo indivíduo na jornada de sua vida:

1º PRINCÍPIO

Olhe Abaixo da Superfície – Somente um relacionamento autêntico com Cristo nos conduz a uma avaliação profunda das emoções, permitindo que questões desconfortáveis sejam feitas com sinceridade para que haja compreensão real de nossa identidade.

2º PRINCÍPIO

Quebre o Poder do Passado – Aqui nos deparamos com o desafio de avaliar as heranças familiares que afetam diretamente as ações do cotidiano, prejudicando a relação com Cristo e com outras pessoas.

3º PRINCÍPIO

Viva em Quebrantamento e Vulnerabilidade – Neste momento é necessário nos esforçar por reconhecer nossas limitações, fragilidades e fracassos. Sendo assim, apenas uma postura de humildade e sinceridade poderá nos ajudar a agir intencionalmente no processo de restauração e escolha de novos caminhos.

4º PRINCÍPIO

Receba o Dom do Limite – A aceitação dos próprios limites proporciona qualidade de vida. Portanto, devem ser evitadas cobranças excessivas. Ao mesmo tempo, devemos colocar limites às pessoas que são evasivas.

5º PRINCÍPIO

Aceite o Luto e a Perda – O sofrimento precisa ser assumido, independentemente se as perdas são pequenas ou grandes, é necessário atentar para dor

sem minimizá-la. A dor produz crescimento e ajuda-nos a ter compaixão.

6º PRINCÍPIO

Faça da Encarnação o Seu Modelo de Amor – O exemplo de Jesus deve ser encarnado por nós, o exemplo de quem ama. Devemos entrar no mundo de outra pessoa sem perder a nossa personalidade.

7º PRINCÍPIO

Desacelere para Liderar com Inte-

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A VIDA É O BEM MAIS PRECIOSO QUE DEUS NOS DEU. SENDO ASSIM, DEVEMOS AVALIÁ-LA COM SINCERIDADE E TRANSPARÊNCIA.

gridade – A integridade precisa permear o nosso relacionamento com Deus, no casamento e na liderança (familiar, profissional ou eclesiástica). Devemos ser sinceros em todo o tempo, inclusive conosco, e para isso será necessário focarmos no que é de fato importante. Há dois exemplos do cuidado de Deus na vida de personagens que nos servem de inspiração. Um deles foi José. José teve um sonho, considerado por seus irmãos pretencioso. Devido aos seus sonhos, os irmãos de José o odiaram, lançaram-no em uma cisterna, venderam-no como escravo aos amalequitas. Ele foi vendido novamente para Potifar e tornou-se responsável pela casa e pelo campo do chefe do exército. Sofreu assédio sexual, resistiu, foi acusado, sentenciado e aprisionado. Anos depois, interpretou os sonhos de dois detentos (padeiro e copeiro do rei); após dois anos interpretou os sonhos de Faraó, definiu a estratégia de resolução do problema e foi nomeado administrador geral do Egito. Seus irmãos foram ao Egito em busca de comida, depois de todas as ações e diálogos, idas e vindas, ele se revelou como José a seus irmãos e os perdoou. Em seguida, toda sua família se mudou para o Egito para preservação da nação. O propósito de Deus se cumpriu na vida de José, que reconheceu no final: “O mal que intentaram contra mim, Deus o transformou em bem”. José não sabia o que sua vida se tornaria e quais seriam seus caminhos... mas Deus sempre o guiou!!! Outro personagem é Davi. Davi foi ungido rei de Israel ainda muito novo. Quando o profeta Samuel foi visitar sua família, até mesmo o seu pai não acreditava que alguém tão novo e fraco poderia ser o escolhido, mas foi. Após a unção, ele foi ao campo de batalha e venceu Golias, servindo como guerreiro, enfrentou todos os exércitos inimigos a serviço de seu rei Saul. Quando a vontade de Deus, revelada a Davi, tornou-se conhecida por Saul, ele passou a ser

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perseguido e foi considerado um traidor. Mesmo sabendo o caminho de Deus, precisava controlar suas emoções e oportunidades para não antecipar a coroação. É hoje, será agora, o mês que vem, mas quantos anos serão necessários para que o plano de Deus se cumpra em minha vida? Na cronologia do exército de Davi demorou, mas o tempo de Deus foi exato, perfeito. Deus cumpriu sua vontade dirigindo Davi em seus caminhos!!! Deus poderia ter dito a José: – Fique tranquilo, você será administrador do Egito, você vai passar por situações muito difíceis, mas eu o tornarei administrador da nação egípcia. Mas Ele não disse. Deus poderia falar a Davi: – Vou ungi-lo agora, mas a coroação vai demorar alguns anos. Fique em paz. Saul vai perseguir você, mas não levante as mãos contra ele, “fique na sua”, na hora certa eu providenciarei tudo. Mas Ele também não disse. Mesmo em momentos difíceis e quando tudo está confuso, nós precisamos confiar que Ele tem o melhor caminho para nossa vida. O caminho de Deus foi revelado a nós em suas Sagradas Escrituras. De Gênesis a Apocalipse encontramos princípios que nos norteiam em conformidade com a vontade de Deus. A Palavra de Deus nos fornece direção para nossa jornada nesta vida. Ela é “lâmpada para os nossos pés” e “luz para os nossos caminhos” (Sl 119.105). Somos orientados e exortados pelos seus ensinos. Mas é óbvio que a vontade soberana de Deus não nos exime das decisões pessoais. Usamos expressões como “é a vontade de Deus” ou “esperamos que Deus cumpra seu querer nesta questão” de modo pouco sincero... No fundo do nosso coração, nem sempre estamos realmente desejosos de seguir o caminho proposto por Deus. Entregar a Deus nossos desejos e alinhá-los com Seu querer exige renúncia. Se for necessário, precisare-

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UMA BOA CAMINHADA Em nossa caminhada, precisamos aprender a nos adaptar. Na revista “Você S/A” (Edição 202 de Abril 2015) há uma reportagem com o tema: “Poder de Adaptação”. Trata sobre o mercado de trabalho, mas as dicas podem ser aplicadas em outras áreas da vida também, em síntese: 1. ACEITE A MUDANÇA Lembre que todos, assim como você, precisam se adaptar. 2. SEJA O PROTAGONISTA Tente ver as transformações como oportunidades de crescimento. 3. ATUE COM EQUILÍBRIO Mudar não implica criar algo inédito ou abandonar qualidades, mas ser ágil para se ajustar. 4. BUSQUE APRENDIZADO Procure aprender algo novo todos os dias ou, pelo menos, constantemente. 5. CONHEÇA GENTE Vale fazer um esforço para conhecer pessoas novas, que possam contribuir com opiniões relevantes. 6. DESAPEGUE DO PASSADO Se as demandas mudaram, é preciso largar os planos que não fazem mais sentido e reformulá-los. 7. ATUALIZE-SE Leia muito, até sobre temas fora de seu escopo.

mos renunciar ao que mais gostamos e queremos. Quando o assunto são os caminhos de Deus para nossa vida, nunca seremos capazes de dizer: “Finalmente, descobri! Entendi tudo!”. O plano misterioso de Deus, em sua vida, está seguindo seu curso exatamente dentro do planejado, da maneira exata como o Senhor decretou. Ele está moldando a sua vida, trabalhando para que você tenha o caráter de seu Filho, Jesus Cristo. Faz parte do plano soberano de Deus moldar indivíduos segundo a imagem de Cristo. Se as suas decisões forem certas ou erradas, a vontade de Deus vai se cumprir da mesma forma: moldar o caráter de Cristo Jesus em você. “Humilhai-vos, portanto sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5.6-7) Todos nós temos opções. Apesar de termos tantas opções, não podemos deixar de ter um coração desejoso de cumprir a vontade de Deus. Seja no exercício do nosso papel familiar ou em relação ao nosso desenvolvimento profissional. Aproveito o momento para deixar 5 questões que devem ser respondidas por você para que haja uma avaliação sobre sua vida e caminho: 1. Algum dos meus hábitos está prejudicando algum aspecto da minha vida? 2. Eu concluí todos os projetos com os quais me comprometi? Se não, por quê? 3. Estou ficando doente por causa de aspectos do trabalho com os quais não consigo lidar? 4. O que eu valorizo de verdade? 5. Quais foram os meus aprendizados?

reverendo alex sandro dos santos, é pastor da ipi de machado, mg, secretário da família da ipib e casado e pai de dois adolescentes.

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PSICANÁLISE E ESPERANÇA

CODEPENDÊNCIA

o codependente tem baixa autoestima, sente-se útil e valorizado quando cuida

codependência: O QUE É ISSO? relacionamento egoísta e medo de perder o controle sobre o outro resulta em prejuízos para a saúde física e emocional por leontino farias dos santos

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roblemas que envolvem comportamento humano aumentam a cada dia em nossa sociedade. A codependência é um desses problemas que exigem cuidados.

O QUE É CODEPENDÊNCIA?

Trata-se de um transtorno emocional que surgiu entre as décadas de 70 e 80. Uma doença que afeta a vida pessoal, familiar, amigos e parentes. Mais do que isso, pode afetar negócios e carreira de uma pessoa, a saúde e o crescimento espiritual. O codependente pode ser qualquer pessoa: uma criança, adulto, amante, cônjuge, pai, cliente ou um amigo. Pode ser um dependente químico, deficiente mental ou físico, uma pessoa considerada “normal”, mas que às vezes é tomada por sentimentos de tristeza por sentir-se não amada. Em síntese, “o codependente é o que se deixou influenciar pelo comportamento de outro, e vive obcecado em controlar o comportamento desse outro”. A codependência inclui um padrão de relacionamento egoísta e medo de perder o controle sobre o outro, que resulta em prejuízos para a saúde física e emocional.

A ORIGEM DA CODEPENDÊNCIA

Antes, imaginava-se que a origem estava relacionada às experiências de abuso da infância e à maneira como se é afetado pela convivência com pessoas viciadas em álcool ou com outras desordens compulsivas. Pensava-se que a convivência com um doente sem controle por causa da dependência química, por exemplo, poderia ser causa para o surgimento de sentimentos de medo, vergonha, raiva, dor e comportamentos diferenciados dos demais membros da família. Assim, o familiar viciado tornava-se o foco principal da família, mobilizando os demais para assumir seus cuidados de maneira compulsiva. Observou-se, porém, em seguida que, quando os alcoólatras são curados, o comportamento do codependente

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CODEPENDÊNCIA

da família permanece e às vezes até se intensifica. Com isso, passou-se a suspeitar que causas ocultas dessa doença antecedem o vício da bebida e que outros fatores poderiam produzir um codependente. A conclusão à qual se tem chegado é que não apenas um fator pode ser determinante da doença, mas que um educador (pai, mãe, professor), por exemplo, negligente e abusivo, e um ambiente de vícios e desordens compulsivas também podem favorecer sua origem. Acrescente-se que, embora o codependente tenha uma experiência originada em sua convivência familiar, um aspecto comum deve ser reconhecido nas histórias de codependência: a influência dos outros sobre o codependente e a maneira como ele tenta influenciar outros (alcoólatras, viciados em jogos, compulsivos sexuais).

SINTOMAS DA CODEPENDÊNCIA

De modo geral, o codependente tem baixa autoestima, sente-se útil e valorizado quando cuida, resolve e tolera os problemas do outro. Isso ocorre porque teme perder o amor do outro e porque carece da aprovação de outra pessoa, desejando ser visto como mártir. Dessa forma, imagina-se que ele consegue um ganho secundário, apesar do sofrimento que experimenta ao tolerar certos tipos de abusos. Geralmente o codependente é solícito e demonstra estar sempre pronto para socorrer o outro, não importam as circunstâncias. A necessidade obsessiva em controlar e cuidar do outro faz com que utilize conselhos, tenha preocupações e gentilezas exageradas, compulsivamente, muitas vezes sem perceber a razão de agir dessa forma. Sente-se incapaz, porque acredita que sua ajuda nunca é suficiente para solucionar as dificuldades do outro. Percebe-se aqui, uma situação confusa: de um lado, o codependen-

te sente-se responsável por outra pessoa, pelos sentimentos, pensamentos, ações, escolhas, desejos, necessidades, bem-estar, falta de bem-estar e até pelo destino de outros e, ao mesmo tempo, é capaz de culpar outras pessoas pela situação em que ele mesmo está ao dizer que são responsáveis pela maneira como ele se sente. Pode sentir raiva, sentir-se vítima, sentir que está sendo usado e que não é apreciado. Geralmente entra num processo de autodestruição. Isso significa acumular perdas: de tempo, de relações com outras pessoas, perda da esperança em resolver o problema do outro, com danos para a sua saúde em geral.

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A CODEPENDÊNCIA NO RELACIONAMENTO CONJUGAL

Como vimos, a codependência nasce geralmente no ambiente familiar e nele se desenvolve. Um fenômeno que também afeta o relacionamento conjugal. A correspondência afetiva, quando envolve o casal, torna-se uma ameaça para os cônjuges. Muita gente é afetivamente codependente e desconhece isso. O casal vive seu relacionamento com brigas, sentimentos de culpa, chantagens sentimentais, mas não consegue perceber a raiz desse problema para buscar ajuda. Geralmente o casal se deseja, tem vontade de estar junto, mas, quando se é codependente afetivamen-

no ciclo da codependência, achando quase impossível sair disso. E pagam um alto custo material e emocional no relacionamento com o outro. É fundamental que a pessoa envolvida num relacionamento codependente procure ajuda de um terapeuta especializado para uma orientação segura sobre como proceder, partindo do pressuposto de que quer ser ajudado.

COMO RESOLVER O PROBLEMA DA CODEPENDÊNCIA?

O tratamento da codependência tem como objetivo fazer com que a pessoa recupere a sua autoestima e adote um padrão de relacionamento e comportamento saudável, prin-

A NECESSIDADE OBSESSIVA EM CONTROLAR E CUIDAR DO OUTRO FAZ COM QUE UTILIZE CONSELHOS, TENHA PREOCUPAÇÕES E GENTILEZAS EXAGERADAS, COMPULSIVAMENTE, MUITAS VEZES SEM PERCEBER A RAZÃO DE AGIR DESSA FORMA. TIPOS DE CODEPENDÊNCIA

São vários os tipos de codependência. Há a codependência química, que geralmente afeta usuários de drogas, que pode afetar inclusive as pessoas envolvidas com eles, especialmente familiares e amigos. Além desse tipo de codependência, são identificadas a afetiva, emocional, financeira, física, conforme a doença, e a clínica ou mental. A progressão de qualquer um desses tipos pode desencadear depressão com pensamentos suicidas, desordens alimentares, abuso de substâncias químicas, violência familiar, relações sexuais extra-conjugais ou promíscuas, emoções ou explosões intensas, ansiedade, confiança ou negação excessiva e doenças clínicas crônicas

te, essa vontade passa a construir para o outro e para si uma prisão da qual não sabem como sair. Essa é uma das principais consequências da codependência afetiva, que gera uma desordem compulsiva, deforma o relacionamento, fazendo dele um ambiente de controle e dominação. Assim definham, um anulando o outro. Trata-se de uma relação de força e fraqueza, agressividade e dependência. Por que um suporta o outro? O afetado pela codependência de seu parceiro, geralmente cresceu com a impressão de que amar é se sacrificar pelo parceiro e aguentar o que vier a acontecer no relacionamento conjugal. Assim o casal se torna prisioneiro

cipalmente para os casos de assertividade, de afirmação, levando em consideração as necessidades individuais de cada pessoa e a necessidade obsessiva de controlar o outro. É fundamental o tratamento através da psicoterapia individual, além da participação em grupos de autoajuda, a exemplo do que ocorre com os Alcoólicos Anônimos. Tal atitude não descarta consultas a médicos psiquiatras, tendo vista em muitas situações a necessidade de medicamentos antidepressivos.

reverendo leontino, psicanalista e deão da faculdade de teologia de são paulo, fatipi

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SAÚDE

TRANSTORNO ALIMENTAR

cuidado com os padrões de beleza, podem gerar um quadro propício para uma anorexia e bulimia

Como reconhecer alguém que sofre com transtorno alimentar por jecimar sirino albano

s transtornos alimentares são um conjunto de doenças que afetam, principalmente, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, provocando marcantes prejuízos biológicos, psicológicos e sociais e, consequentemente, propiciando o aumento das taxas de morbidade e mortalidade nessa população. Esses transtornos podem ser considerados doenças emergentes, características da sociedade pós-moderna. Estima-

-se que a cada ano milhões de pessoas são acometidas por alguma modalidade de transtorno alimentar. Destas, mais de 90% são adolescentes do sexo feminino. Os principais são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa e, embora sejam classificadas separadamente, encontram-se intimamente relacionadas por apresentarem psicopatologia comum: uma ideia ex-

cessiva com o peso e a forma corporal (medo de engordar), que leva as pacientes a se engajarem em dietas extremamente restritivas ou a utilizarem métodos inapropriados para alcançarem o corpo idealizado.

CULTO AO CORPO

Ser belo(a), jovem e magro(a) virou uma assídua busca social. O contorno corporal perfeito é amplamente associado à beleza, completude e felicidade, fazendo com que pes-

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soas façam uso indiscriminado de dietas abusivas, produtos dietéticos sem orientações e tenham a prática excessiva de exercícios físicos. Adolescentes costumam crer que modelos, artistas de cinema e televisão são protótipos a serem copiados. Os esforços para obter o perfil estético estabelecido podem gerar um quadro propício para uma anorexia e bulimia.

ANOREXIA NERVOSA

A anorexia é uma grave restrição quantitativa e qualitativa dos alimentos, em que a vítima começa a eliminar os alimentos que julga ricos em calorias e exclui vários outros. É caracterizado pela perda excessiva de peso por receio da obesidade, progredindo em uma série de condutas anômalas para forçar o emagrecimento. A anorexia nervosa é classificada em dois tipos: restritivo e purgativo. No tipo restritivo, a pessoa não apresenta comportamento de comer compulsivamente ou de purgação regularmente, mas comportamentos restritivos associados à dieta. Enquanto que no tipo purgativo, ocorrem regularmente episódios de comer compulsivamente ou de purgação como vômitos autoinduzidos, além de uso inapropriado de laxantes e diuréticos. Sintomas: Os sintomas mais frequentes são: pouca ingestão de alimentos ou dieta extremamente restritiva sem recomendação médica; nunca apresenta fome e evita situações sociais que envolvam alimentação; sentimento de culpa ou depreciação por ter comido e amenorreia (ausência de menstruação por mais de três meses). Nesse transtorno, podem surgir várias complicações médicas, especialmente decorrentes da desnutrição e dos comportamentos purgativos como anemia, alterações endócrinas, osteoporose, alterações hidroeletrolíticas, dentre outras. É comum encontrar quadros psiquiátricos associados a esse transtorno, principalmente transtornos do humor, ansiedade e/ou personalidade.

BULIMIA NERVOSA

A bulimia (etimologicamente fome de boi) é caracterizada pela ingestão de alimentos de forma incontrolável e excessiva em um curto espaço de tempo e

ADOLESCENTES COSTUMAM CRER QUE MODELOS, ARTISTAS DE CINEMA E TELEVISÃO SÃO PROTÓTIPOS A SEREM COPIADOS

subsequentemente uma profunda preocupação com o peso corporal, levando a pessoa a tomar atitudes inadequadas para a indução da refeição. Esses episódios de compulsão alimentar são os principais sintomas da bulimia nervosa. São normalmente decorrentes de uma dieta para emagrecer, inicialmente relacionado à fome, mas depois, quando o ciclo compulsão alimentar–purgação está instalado, pode acontecer em todas as situações que geram sentimentos negativos como frustração, tristeza, ansiedade, tédio ou solidão. Geralmente as situações ocorrem às escondidas, acompanhadas de sentimentos de vergonha, culpa e desejos de autopunição. Sintomas: Comer compulsivamente em forma de ataques de fome e às escondidas está entre os principais sintomas, como também compensar a ingestão excessiva com o propósito de não ganhar peso (com laxantes, diuréticos e vômitos autoprovocados); erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes, alargamento das parótidas, esofagites, hipopotassemia e alterações cardiovasculares. Como na anorexia nervosa, é também comum os transtornos do humor, ansiedade e personalidade. Em algum momento da evolução clínica da doença, várias pessoas (o índice varia de 46% e 89%) apresentam transtorno depressivo associado. Termino este artigo com um depoimento de uma ex-anoréxica que desabafou: O que as pessoas precisam entender é que anorexia, bulimia e compulsão alimentar são doenças e precisam ser tratadas como tais. Uma menina anoréxica precisa ser levada a sério, assim como uma menina com câncer deve ser. Não está sob o poder dela deixar de se sentir gorda, de vomitar, de fazer jejum, assim como não está sob o poder da menina com câncer fazer com que seu tumor desapareça.

reverendo jecimar psicólogo, terapeuta familiar, é autor de um livro: casamento em crise. pastor presbiteriano. casado com carina, pai de quéren lara

Esse depoimento aponta o quanto os transtornos alimentares devem ser vistos com seriedade. Há literaturas sobre o assunto. A falta de conhecimento desses transtornos como uma realidade só prejudica ainda mais quem sofre com eles, podendo levar à morte.

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ADOLESCÊNCIA

PAIS E FILHOS

os adolescentes necessitam de confiança e oportunidades.

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o nos criar segundo sua imagem e semelhança, Deus planejou todas as fases da existência humana, cada uma com sua importância. Erra quem afirma ser a adolescência apenas uma etapa crítica da vida porque nela estão envolvidas questões como: indefinição de identidade, transformação do corpo, dúvida quanto ao futuro profissional, irreverência quanto ao comportamento, rebeldia familiar. A adolescência é bênção de Deus, repleta de um potencial maravilhoso, mas que depende da maneira como a enxergamos e como lidamos com ela. Dá para imaginar o mundo sem o colorido da adolescência? Como disse o poeta: “há em cada adolescente um mundo encoberto…”. O que é necessário para que esse mundo encoberto se mostre para a vida e, dessa forma, a adolescência seja compreendida como bênção na família, na igreja e na sociedade? Os adolescentes necessitam de desafios. Eles precisam sentir-se “instigados” a “querer conquistar” e para tanto é imprescindível que convivam com adultos que amam o que fazem e que se empenham na realização de seus sonhos, para que dessa forma eles possam ter parâmetros em suas escolhas. Os pais que demonstram amor, motivarão seus filhos na formação futura de uma família consistente. O pastor, por exemplo, que se entrega com amor no cuidado do rebanho, instigará o interesse vocacional dos adolescentes. O educador que, antes de ser especialista em ferramentas do saber, como afirmou Rubem Alves, é especialista em amor os estimulará à escolha profissional e à participação responsável nas questões importantes da vida. Como disse-me um pai: “Desafiar meu filho a perceber que a vida vale a pena é uma bênção que Deus tem me concedido”. O filho, por sua vez, disse: “Esse gesto do meu pai tem me ensinado a ser uma bênção todos os dias”. Os adolescentes necessitam participar de uma família e de uma comu-

BÊNÇÃO NA FAMÍLIA, IGREJA E SOCIEDADE os adolescentes necessitam de desafios. eles precisam sentir-se “instigados” a “querer conquistar” por marco antonio barbosa

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PAIS E FILHOS

ADOLESCÊNCIA

nidade com prontidão para servir. A percepção que os adolescentes adquirem por meio do exemplo de serviço na família e na igreja contribui para que eles se tornem adultos comprometidos com o Evangelho de Jesus. A 7ª IPI de Londrina, ao tornar-se parceira do Hemocentro do Hospital Universitário, criou um projeto que transformou as suas dependências em uma unidade para doação coletiva de sangue nos períodos de férias. Um grupo de apoio foi formado para organizar o evento com a participação efetiva dos

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adolescentes. Não possuindo idade para doar sangue, eles foram inseridos nos trabalhos de divulgação e recepção e assim começaram a perceber a importância de uma ação coletiva de serviço e amor. A participação deles através da criatividade quanto à comunicação e a facilidade de manuseio das ferramentas da informática na divulgação por meio das redes sociais foram de grande valia e despertaram neles a consciência social. Eles, agora, com idade apropriada, tornaram-se doadores e o fazem com amor, e isso

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no seu potencial. Lembro-me de ter chamado certa vez um adolescente de quinze anos e afirmado que, na ausência do adulto responsável pelo manuseio dos equipamentos do ministério de louvor, eu contava com ele para assumir a incumbência de montar e controlar todo o som em uma cerimônia de casamento. Ele não somente aceitou e realizou muito bem

de conteúdo. Os que têm o privilégio de um contato consistente com os fundamentos do Evangelho, aliados à criatividade e à energia, agem com alegria e maturidade. Tenho percebido, nas manifestações no projeto de intercessão pela família, a gratidão dos pais pelos filhos que estão demonstrando na prática o que aprendem na Palavra de Deus.

OS ADOLESCENTES NECESSITAM DE FUNDAMENTOS SÓLIDOS. O ESTABELECIMENTO DE FUNDAMENTOS SÓLIDOS PARA OS FILHOS É UMA TAREFA QUE DEUS DELEGOU AOS PAIS, E ESTES NÃO PODEM SE EXIMIR DESSE PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE.

se traduziu em bênçãos no coração dos pais que contemplam seus filhos promovendo a vida. Os adolescentes necessitam de confiança e oportunidades. A concessão de oportunidades aos adolescentes é uma maneira de demonstrar confiança na capacidade que eles possuem. Ao contrário do que alguns pensam, eles são profundamente responsáveis quando percebem que as oportunidades que lhes foram concedidas não eram para testá-los, mas para que percebessem que se acreditava

essa tarefa, como também continua participando desse ministério, além de tocar contrabaixo e violão. Tornou-se um adolescente profundamente comprometido, iniciando inclusive um grupo de intercessão e louvor na sua escola. Em todos os encontros do projeto “Pais e Filhos de Joelhos, Família em Pé”, a avó desse adolescente quase não encontra palavras para traduzir sua gratidão pelo envolvimento que seu neto tem com Deus. A maior bênção que os pais podem desejar é a de que seus filhos se comprometam com Deus e com sua obra. Os adolescentes necessitam de fundamentos sólidos. O estabelecimento de fundamentos sólidos para os filhos é uma tarefa que Deus delegou aos pais, e estes não podem se eximir desse privilégio e responsabilidade, muito embora a escola e a igreja também complementem essa tarefa. Por isso, conceder aos adolescentes uma educação cristã saudável e consistente deve ser prioridade na vida da família e da igreja. Desejar que adolescentes sejam bênçãos sem alimentá-los espiritualmente não combina. Erra quem acha que adolescentes “só” gostam de festa, de barulho ou de atividades vazias

Os adolescentes necessitam de aceitação. Como afirmou Carl Rogers: “A aceitação consiste em acolher o outro da forma como ele se apresenta, com seus defeitos, qualidades e excentricidade, sem tentativas de modificá-lo para que satisfaça expectativas e se ajuste aos caprichos dos outros. Quando são aceitas de forma incondicional, as pessoas tendem a manifestar-se de forma mais autêntica, conseguindo desenvolver suas potencialidades”. Assim, os adolescentes trarão para si o imperativo que Deus manifestou a Abraão: “Sejam vocês, uma bênção!”. E isso acontecerá na família, na igreja, na sociedade.

esta pauta foi sugerida pela leitora gisele palma, de conceição aparecida, mg. você também pode enviar sua sugestão de tema sobre o que gostaria de ver aqui nas páginas da revista. acesse na página no facebook e mande sua sugestão: facebook.com/vidaecaminho ou por email: vidaecaminho@ipib.org

reverendo marcos, pastor 7ª ipi de londrina, pr. é casado e pai de duas filhas.

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DEBATE

SOCIEDADE

só a mulher deve aprender a se preservar, ou o homem precisa ser ensinado a não estuprar?

Cultura do Estupro ações que responsabilizam a vítima pelo estupro, e não o estuprador, e tudo o que normaliza a violência sexual constituem a cultura do estupro. infelizmente as mulheres ainda são vistas como objetos sexuais.

lei diz que o estupro é um crime. Se a vítima estava aqui ou ali, a forma como ela estava vestida, sozinha ou acompanhada, nada disso importa se ela não consentiu com a prática do ato sexual. “Vida e Caminho” inicia este espaço para debate e reflexões sobre assuntos diversos e que podem ser polêmicos. Recentemente um caso de estupro coletivo, no Rio de Janeiro, levou o país, inclusive com criação de leis, a uma discussão séria e profunda sobre o enfrentamento a todas as formas de violência à integridade da mulher. Há pouco tempo também, foi noticiado por um programa jornalístico um caso de estupro em um hotel em Paulínia, SP, que deu voz ao estuprador e permitiu que ele se justificasse, dizendo que estuprou a mulher movido pelo seu “impulso de homem”.

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MACHISMO

INSTINTO

podemos encontrar, em fatos como esses, base para a cultura do estupro e para isentar esses homens da responsabilidade sobre seus atos?

“Base para a cultura do estupro, sim, para isentar da responsabilidade, não. Essa é uma questão cultural que se arrasta desde a colonização, quando as mulheres eram tomadas à força pelos conquistadores. Nos anos 70, as feministas já usavam esse termo para denunciar um cenário cultural propício à violência contra as mulheres. Nos dias atuais, ganha repercussão por causa de casos como esse citado, em que o comportamento machista, que vê a mulher como objeto de desejo e propriedade, pressupõe que o homem teve uma “razão” para isso e que a denúncia da vítima é falsa. É uma visão distorcida, uma violência relativizada, que transfere a culpa para a mulher. Não podemos esquecer que sexo (ou qualquer ato libidinoso) sem o consentimento da

vítima, ainda que ela estivesse nua, embriagada, é estupro. Mas a cultura do estupro justifica: “Ela provocou”, “ela não deveria sair sozinha”... E isso está tão enraizado na sociedade que não encontramos apenas homens que pensam assim; algumas mulheres também vão defender esse ponto de vista.” ---------monica carvalho jornalista e bacharel em teologia, missionária na ipi de castelo branco, londrina-pr

“Por outro lado, temos que pensar que o corpo da mulher, uma vez objetificado, abre flancos para a famosa desculpa do instinto masculino. Não! Não se trata de instinto, mas de aprendizado. Dentro desse conjunto de práticas que compõem a cultura, o homem aprendeu a abusar e, se ele conseguiu, é porque a mulher não se protegeu o suficiente. Outra perspectiva dessa questão é o fato dessa cultura ser “interclassial”. Vemos o abuso nas classes mais baixas, como no estupro coletivo no

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DEBATE

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SOCIEDADE

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Rio de Janeiro, como na CPI dos abusos sexuais acontecidos na USP, que é uma universidade com alunos oriundos de classe média e alta. Nesse sentido, o que vemos é que há um comportamento generalizado na sociedade brasileira, no qual os papéis de “homem” e “mulher”, têm em sua composição a sujeição da mulher ao homem – principalmente nos quesitos sexuais.” ---------simony cristina dos anjos socióloga, atua na conscientização de comunidades cristãs a respeito da violência contra a mulher.

PRECONCEITO

INFERIORIDADE

por que falamos “cultura do estupro”?

“A lei diz que é crime qualquer ato libidinoso sem o consentimento da pessoa, no entanto, isso parece não estar claro para a maioria das pessoas. Há uma dificuldade em identificar o crime, a figura do estuprador (já que na maioria das vezes ele é alguém próximo), como também conceber que a mulher seja de fato a vítima nessa história toda. Por isso, muitas vezes o que vemos são comentários e posturas de repúdio à mulher, ao invés de apoio, e a impunidade ao agressor.” ---------monica carvalho “Basicamente por causa das divisões sexistas dos papéis de homem e mulher na sociedade, por exemplo, a mulher deve cuidar da casa (além de trabalhar, o que faz com que as mulheres trabalhem até 5 horas a mais que os homens por dia); também por conta de conceitos como: o homem gosta de futebol, a mulher deve se dar o valor; segure suas cabras que os meus bodes estão soltos; chave que abre várias fechaduras é chave mestra, fechadura que

abre com qualquer chave não presta; meninas são frágeis e sentimentais, meninos são fortes e racionais, etc. Você já ouviu qualquer um desses comentários? Pois bem, eles sempre inferiorizam a mulher e a colocam em um papel de fragilidade ou de submissão, ou seja, a posição de inferioridade na qual a mulher é colocada pela sociedade é o princípio da cultura do estupro.” ---------simony cristina dos anjos

SOLIDARIZAR

VÍTIMA

como mulher, como foi acompanhar esse caso de estupro coletivo que aconteceu recentemente no rio de janeiro, com a jovem de 16 anos?

“Sem dúvida, foi angustiante, constrangedor, triste. Foi ainda mais assustador saber que jovens se reúnem para praticar tais coisas sem nenhum respeito à vida, sem nenhum temor a Deus. Não me angustiei apenas como mulher, mas como mãe. Que dor sente uma mãe ou pai que tem a sua filha abusada dessa forma; a culpa que sente por não conseguir protegê-la...” ---------monica carvalho “Horroroso, ela foi julgada, foi linchada moralmente, teve sua dignidade exposta e foi acusada por propiciar um crime (mesmo estando dopada durante o ato). Isso serve para qualquer mulher porque, se alguma de nós for estuprada, vão justificar com algum comportamento nosso (se veste como vadia; fala com qualquer um; está sempre sozinha; está querendo o que numa festa a essa hora?). Ou seja, a culpa é sempre da mulher, pode ser por ser uma mulher drogada ou porque ousou sair de casa sem a companhia de um homem.” ---------simony cristina dos anjos

MÍDIA

LEIS

por causa da grande repercussão, esse caso poderia tornar-se um marco do fim da impunidade e do descaso da violência contra a mulher?

“Essa é a força da mídia. Talvez esse seja o caminho para alcançarmos sucesso também em outras áreas, em outros casos de violência, não apenas contra a mulher. Mas não acho que seja um marco do fim da impunidade. Os processos são longos e as dificuldades na colheita de provas muitas vezes inocentam o culpado. Estamos longe do fim.” ---------monica carvalho “A moça não denunciou o crime, ele foi descoberto porque os próprios autores o colocaram nas redes, e pessoas que tiveram acesso ao vídeo denunciaram. No meu entendimento, haverá mudança quando a vítima tiver coragem de denunciar e toda denúncia for levada a sério e investigada. A impunidade de crimes sexuais é tão grande que os autores desse estupro não tiveram medo de colocar o vídeo nas redes.” ---------simony cristina dos anjos

CULPA

TRAUMA

o grande desafio das mulheres que sofreram estupros é superar o trauma e, muitas vezes, o preconceito. em outro caso, a mãe culpou a filha pela tentativa de estupro por parte do padrasto. a culpa é de quem?

“Estatísticas, como da ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), mostram que muitos dos estupradores são parentes ou amigos próximos da vítima (padrasto,

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DEBATE

SOCIEDADE

vizinho, colega na universidade...). Eles não são a figura do “monstro”, mas são predadores espreitando atrás da porta, nas esquinas de casa. Com certeza, é terrível conviver com essas memórias e ainda se sentir culpada. Muitas mulheres pensam assim porque não querem acreditar que o homem que elas amam, o pai ou até mesmo um líder espiritual, seja de fato o autor das agressões, do abuso ou do estupro de suas próprias filhas. Como cristãos, sabemos que o diabo lança suas flechas inflamadas, mas a Bíblia também diz que ao homem cabe dominar a si mesmo.” ---------monica carvalho “Se eu for morta em uma cirurgia a culpa é de quem? Se eu for roubada, a culpa é de quem? Se eu for assassinada em um ataque terrorista, a culpa é de quem? Bom, essa pergunta é assombrosa, afinal, a vítima tem culpa em um crime? A não ser que esse crime seja um crime sexual, pois num crime sexual é a vítima que provoca, não é? A tendência em atribuir a culpa à vítima faz parte da cultura do estupro.” ---------simony cristina dos anjos

JUSTIÇA

IMPUNIDADE

a maioria das vítimas não denuncia. por quê?

“Medo, vergonha, culpa. Falta de conhecimento das leis e programas de apoio que hoje a amparam. Também pode ser por não encontrar forças para derrubar padrões e comportamentos antes aceitos dentro de sua própria experiência de vida. Ameaça do agressor que, às vezes, convive com a vítima.” ---------monica carvalho “Pelo simples fato de ser um crime desacreditado. As vítimas têm que

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provar o crime, tem que explicar o porquê de estarem em determinada situação, o porquê de não terem impedido, etc. Por outro lado, a dignidade dessa mulher será abalada (se for virgem, então, terá seu futuro amoroso comprometido). Temos também o fato de a maioria dos abusos acontecerem por conhecidos ou na casa da própria vítima, o que faz necessário que se tenha uma rede de apoio para retirar essa mulher do convívio com o agressor, mas não há abrigos suficientes. As delegacias também não estão preparadas para receber as denúncias (mesmo as delegacias da mulher). No processo de denúncia a vítima é exposta, muitas vezes confrontada pessoalmente com o agressor, desacreditada e ainda passa por um processo vexatório de exame de corpo de delito. Enfim, são muitos obstáculos.” ---------simony cristina dos anjos

PREVENÇÃO

EDUCAÇÃO

onde começa a mudança da cultura do estupro?

“Na maneira de pensar e agir frente ao problema que é de todos nós. Está em todas as camadas sociais, não apenas nas favelas... está nas escolas, no transporte público, nas igrejas, nas famílias. Precisamos falar mais sobre o assunto, não apenas quando a mídia repercute um caso. É um desafio também para as igrejas. É assunto para discipulado, para conversar nas células. Nós temos a voz, a mídia social, o ensino como armas de prevenção. Nós temos a Palavra e a oração como ferramentas de consolo e cura para quem sofreu traumas. E também podemos oferecer o poder do Evangelho da cruz que traz perdão e regeneração para os opressores.” ---------monica carvalho

“ É preciso assumir que temos uma cultura do estupro. Uma vez assumida, temos que trabalhar na base, educando meninos e meninas. Temos que ensinar que não é não, que se deve respeitar o corpo das pessoas e as suas vontades. Na questão da infância, passa pela educação sexual para que as vítimas possam reconhecer quando se trata de um abuso – pois muitas crianças não identificam certos toques, por isso precisamos ensiná-las. Por fim, como cristã, passa pelo amar ao seu próximo como a si mesmo. Eu não gostaria que violassem meu corpo e a minha dignidade, por que fazer isso com alguém?” ---------simony cristina dos anjos

Meu “amigo” estuprador Havia acabado de voltar para o Brasil depois de passar um ano estudando no exterior. Recebi um convite de um bom amigo para nos revermos. Fui na casa dele à noite, o que era normal, ele sempre ia na minha casa. Esse era um amigo próximo da minha mãe e dos meus irmãos, alguém em que eu confiava. Lembro-me que bebemos algo alcoólico, depois não me lembro de mais nada. Acordei no outro dia ao lado dele, fiquei assustada e não tinha ideia do que havia acontecido. Quando fui ao banheiro percebi o que realmente havia acontecido, havia embalagens de preservativos espalhadas pelo banheiro, eu sentia dor no meu corpo e nos pulsos. Queria ir embora, me sentia constrangida. Senti uma angústia terrível durante todo o dia, chorei bastante, não conseguia entender como aquilo aconteceu. Eu me sentia culpada. Foi então que, conversando com uma amiga, me dei conta de que havia sofrido um estupro. Demorou algum tempo para eu aceitar

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que havia sido uma vítima. Contei para pessoas muito próximas a mim o que havia acontecido, todas queriam que eu denunciasse. Mas eu não tive forças, não queria que minha família soubesse. Decidi não denunciar, por medo da reação das pessoas, por dúvida, por não querer acreditar que havia sido estuprada. Ele me ligou diversas vezes, ligou para a minha família e eu não atendi, sentia um medo muito grande dele. Ele foi a minha casa quando eu estava sozinha, não atendi a porta. Senti tanto pavor! Foi então que escrevi uma carta ao meu estuprador, não podia deixar que isso passasse em branco para ele. Ele deveria saber que aquilo foi um crime. Aqui está a carta ao meu estuprador:

“Essa vai ser a última vez que te responderei. Eu achei que eu fosse a culpada, me senti um lixo. Achei que eu fosse uma vagabunda. Mas na verdade você que foi um lixo. Eu confiava em você, meu amigo, e você se aproveitou de mim quando eu não tinha condições de tomar uma decisão. Eu sei e você também sabe que eu jamais teria tido nada contigo em sã consciência. O que você fez foi um crime, e você não tem ideia da dor que me causou. Se acha que eu estou exagerando você pode olhar no código penal, é considerado estupro. Isso mesmo, estupro! Qualquer ato libidinoso com alguém fora do seu juízo mental (e isso se aplica a doentes mentais, pessoas bêbadas e drogadas). Eu não tive nenhuma capacidade de decidir, e isso eu não aceito. Eu sei bem a

diferença entre uma noite ruim e um ato que você não teve consciência para decidir. Você deveria ter sido meu amigo, cuidado de mim, mas você foi um porco machista que se aproveitou de uma mulher bêbada. Eu não te denunciei e eu estou pagando pelo crime que você cometeu, você não tem ideia da dor que sinto. Ainda bem que eu não me lembro de nada do que aconteceu. Mas saiba que eu tenho nojo de você e nunca mais quero te ver na minha vida. Você sairá da minha vida e da vida da minha família, e isso é uma ordem! Eu não aceito desculpas e nem explicações. Eu vou te bloquear das redes sociais, você jamais vai me ligar, jamais irá na minha casa e jamais terá contato com minha família.” (fonte: http://portudoounada.blog.br/)

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IDEIAS RECICLADAS

CULTIVO E RECICLAGEM

mãos à obra! ideias para você fazer em casa

nunca mais compre alho alho tem muitas propriedades que ajudam a manter nossa saúde em dia. É um alimento saudável e rico em nutrientes (vitaminas, sais minerais e aminoácidos). Por isso tão importante em nossa dieta alimentar. O que você acha de ter esse poderoso ingrediente plantado em casa? Sabia que é muito fácil plantar alho? E o bom é que, além de economizar, você terá alhos frescos em vez dos envelhecidos que estão à venda em supermercados. Qualquer vegetal plantado em casa é

muito mais fresco e, por consequência, muito mais saudável e saboroso. Você não precisa de muito espaço e pode até mesmo plantar dentro de sua casa ou apartamento. Um único dente alho resultará em uma cabeça (bulbo) com vários dentes. O processo é muito simples: • Compre o melhor alho que você encontrar na feira

ou supermercado. Invista em um alho de boa qualidade, o mais fresco possível. Esse alho que você vai produzir também será de excelente qualidade. Se conseguir alho orgânico, melhor ainda. • A melhor época para plantar alho é o outono, já no início da temporada de frio. O alho se adapta melhor ao frio. A colheita é na primavera ou no verão, quando ele já não quer ficar na terra. • Pegue um dente de alho do lado da raiz, onde ele germina, e plante com esta parte voltada para baixo. Somente isso,

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RECEITA DE PASTA DE RICOTA COM ALHO E ERVAS PARA O CHURRASCO • 1 ricota pequena • 1/3 de xícara (chá) de cheiro verde picadinho • 1 colher (chá) de orégano • 1 colher de hortelã • 3 dentes de alho espremido ou socados • 20 ml de azeite extra virgem • Água filtrada para dar o ponto desejado MODO DE PREPARO *Corte a ricota em cubos. *Coloque no processador. * Bata até que fique bem pastosa. * Acrescente os outros ingredientes e bata para misturar. * Acrescente a água aos poucos (processando) até dar a consistência de pasta

plantar os dentes de alho no solo, com a “cauda” para dentro da terra. Não precisa descascá-lo. A casca se dissolve na terra e vira um suplemento biológico para a terra. É importante que a terra onde for plantá-los esteja bem adubada. Se você quiser, pode plantar o alho em pequenos cestos ou vasos. • Deixe os recipientes na parte da sua casa onde mais bate o sol. • O alho deve ser irrigado com frequência para que o solo seja mantido sempre úmido durante a fase inicial de crescimento. Diminua a frequência das irrigações quando os bulbos estiverem crescendo. Cerca de 10 a 20 dias antes da colheita, suspenda a irrigação. • Se no seu pé de alho começarem a crescer “flores”, corte-as, porque assim o alho vai se concentrar em usar o seu potencial para se desenvolver como alho. • A colheita do alho ocorre entre 16 a 36 semanas após o plantio. As cabeças de alho estão prontas para a colheita quando as folhas mais velhas começarem a amarelar e secar. Arranque a planta inteira, sem destacar as folhas, preferencialmente em dias secos e ensolarados.

ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DO ALHO

• O alho tem compostos com propriedades medicinais potentes • É muito nutritivo e com poucas calorias • Pode combater doenças, inclusive tosses, gripes e resfriados • Tem propriedades anti-inflamatórias • Ajudar a combater as infecções fúngicas • O alho contém antioxidantes poderosos • O desempenho nos treinos pode ser melhorado com a ingestão de alho • Comer alho pode ajudar a desintoxicar o corpo • Alho pode melhorar a saúde óssea Apesar dos muitos benefícios, o alho é contra-indicado em determinadas situações. Se você tiver problemas de estômago ou de digestão, use alho com cautela. Entre outros efeitos colaterais, o principal é o aumento do risco de sangramento. Ele age deixando o sangue mais fino e pode interferir com medicamentos para diluir o sangue. Isso pode ocorrer com o consumo excessivo ou abuso de suplementos de alho com elevada concentração de seus ingredientes ativos.

Luminária reciclável

A reutilização de material ajuda a preservação do meio ambiente e a gente ainda pode criar objetos e utensílios úteis para o dia a dia. Por exemplo, esta luminária feita com aquela latinha vazia que ia para o lixo. Por não sabermos o que fazer com o lixo reciclável muitas vezes deixamos de separá-lo de maneira correta, e o fim da poluição fica cada vez mais distante. Colabore com o meio ambiente e com o seu bolso! Quer ver o passo a passo? Acesse: https://br.pinterest.com/ pin/476607573048027225/

E VOCÊ TEM UMA IDEIA RECICLÁVEL? Envie-nos suas ideias, elas poderão ser publicadas. Descreva da maneira mais completa, que puder, como realizou, quais foram os materiais reutilizados e mande também fotos, de preferência, tipo passo-a-passo. Colabore para um mundo mais sustentável.

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CULTURA

DISCOS / LIVROS / VIDEOS

conhecimento é o nosso maior patrimônio. invista para aumentar o seu.

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AMORES QUE MATAM

MIGUEL ÁNGEL NÚÑES (CPB CASA PUBLICADORA BRASILEIRA) A violência contra a mulher é um problema que tem atingido praticamente todas as classes sociais. Não importa se ela aparece em sua forma física ou psicológica, os danos têm sido terríveis. O livro aborda questões como a violência doméstica, os mitos sobre o agressor e a mulher agredida e qual o papel da igreja.

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ESPIRITUALIDADE EMOCIONALMENTE SAUDÁVEL

IGREJA EMOCIONALMENTE SAUDÁVEL

TORNAR-SE PESSOA

Embora pastor de uma igreja em crescimento, ele fez o que faz a maioria: evitar conflito em nome do cristianismo; ignorar a raiva, a tristeza e o medo; usar Deus para fugir de Deus; viver sem prestar atenção aos limites. Deus o despertou, transformando-o profundamente e à sua igreja.

Peter se viu confrontado pelas necessidades da igreja e as suas próprias. O que ele aprendeu entre saúde emocional, profundidade de relacionamentos e maturidade espiritual pode trazer luz a problemas dolorosos em nossa própria igreja. A verdade liberta as pessoas e trata de um dos maiores desafios enfrentados por líderes de igreja.

Filosófico e provocante, é um resumo da longa experiência do Dr. Carl Rogers no campo da psicoterapia. Introdução indispensável ao processo do tornar-se. Um livro não apenas a psicólogos e psiquiatras mas a todos que se interessam pelo desenvolvimento do homem e de sua personalidade.

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QUARTO DE GUERRA

MAIS QUE VENCEDOR

Elizabeth (Priscilla Evans Shirer) e Tony (T.C. Stallings) formam um casal em crise. A filha pequena percebe que ambos estão à beira do divórcio, mas eles não conseguem chegar a um acordo. Um dia, Elizabeth conhece uma mulher idosa que lhe apresenta o poder da oração e, a partir deste momento, a jovem mãe decide depositar a sua fé nas preces divinas.

Bbaseado na história de Leon Terblanche, que se vê confrontado com a pergunta: Onde está Deus? Isso o coloca em uma jornada na qual descobre que jamais esteve sozinho nos momentos de dor e quebrantamento de seu passado. Não importa quão debilitado você esteja, Deus é sempre a nossa única Esperança. Ele transforma a dor, frustração e o vazio do ser humano.

PETER SCAZZERO EDITORA HAGNOS

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FOCO

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Você está prestando atenção? Ou já se distraiu checando seus e-mails, mensagens, Facebook, Twitter etc.? Resistiu ao impulso de deixar sua mente divagar? Se tiver resistido, muito bem, porque quando você está lendo um texto normalmente fica distraído por mais de 40% do tempo. Mas quais são os benefícios de ficar focado por um longo período? Goleman argumenta que precisamos aprender a aprimorar nosso foco se quisermos prosperar no mundo complexo em que vivemos. Foco é uma ferramenta essencial, é o que diferencia um especialista de um amador, um profissional de sucesso do funcionário mediano.

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O RABINO

UM CORAÇÃO IGUAL AO TEU

NOAH GORDON ROCCO

A CHAMA FLAMEJANTE

BETH MOORE GRAÇA EDITORIAL

Este documentário é um tributo a grandes homens que instauraram a Igreja reformada que experimentamos hoje. Entenderemos como Martinho Lutero, John Wyclife, William Tyndale, João Calvino, Felix Niff, John Huss, Erasmo, William Sawtrey, John Knox, Ulrich Zwingle defenderam o relacionamento pessoal com Deus, livre de qualquer aparato de superstição ou instituição, pois é com o coração contrito que nos achegamos a Deus. Muitos deles deixaram a pátria e família para o avanço da propagação do Evangelho genuíno. Enfrentaram a fúria das hierarquias territoriais, como Knox, ao desafiar a rainha Mary, da Escócia, por ela desconhecer as Escrituras.

O livro conta a história de um casal, ele um rabino e ela a filha de pastor, que por amor se converteu ao judaísmo. Em seu cotidiano enfrentam compaixão e crueldade, palavras de conforto e preconceitos, num mundo que não aceita que rabinos e não judeus possam conviver intimamente, menos ainda casar.

Uma empolgante jornada por quase todos os extraordinários acontecimentos da vida de Davi. Repleto de mistério, intriga, amor, traição e arrependimento, aprenderemos que Deus nem sempre escolhe indivíduos bem-sucedidos e afortunados para realizarem sua vontade, mas corações que obedecem à sua Palavra.

[DVD]

[CD]

MAMÃE: OPERAÇÃO BALADA

VIDA DE CRIANÇA

DOCE SOM

LOUVORES PARA NINAR VOLUME 2

Tudo o que elas queriam era uma noite calma para jantar e conversar, uma “balada” entre mães. Para isso precisam que seus esposos cuidem das crianças por três horas… O que poderia sair mal? Uma comédia familiar sobre as alegrias e as dificuldades de serem pais. A mensagem central é a alegria que Deus nos tem chamado a viver.

STÊNIO MARCIUS E DIEGO VENÂNCIO (GRAVADORA) Detalhes da vida de uma criança trabalhados neste DVD com animações de músicas infantis. Simpático, bonito e enriquecedor, para apreciação e crescimento das crianças. Ensina conceitos simples e importantes da vida cristã, como a oração e o reconhecimento da ação de Deus nas pequenas coisas.

VARIOS (ALIANÇA) Um conjunto que evangeliza a partir da vivência do grupo, evidenciando a presença de Deus em canções como Esperança, Amor Incondicional, Num Piscar de Olhos, Família, Deus de Abraão, Ebenézer, Redenção, Apelo, Jeová, Melhor Pra Mim, Amor Maior e Amigo e Companheiro.

Canções de louvor e adoração ao som harmonioso de uma caixinha de música. O volume 2 traz 10 singelas canções como: Meu prazer, Estrela da Manhã, Jesus Te entronizamos, Deus é Tão Bom, Cantai ao Senhor Salmo 96, Deus Está Aqui / Eu Te Louvarei, Um Certo Pastorzinho, Eu Te Amo Oh ! Deus...

a revista da família 65

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TECNOLOGIA

APLICATIVOS DE ORGANIZAÇÃO

organize-se e não deixe as coisas urgentes impedirem as importantes

top 5 apps de organização GOOGLE KEEP Fácil de usar,visual simples, uma ferramenta para checklist e a opção de compartilhamento com o conteúdo dos lembretes pode ser variada, combinando texto e áudio em uma única anotação.

EVERNOTE Boa opção para fazer anotações. Seu melhor recurso é a interação entre as plataformas, e é o mais completo aplicativo do gênero.

HOMESLICE É um gestor de atividades domésticas. Indica as tarefas já concluídas e as que restam a fazer e tem espaço para anotação.

Você é uma pessoa organizada?

uito do que planejamos ou sonhamos não conseguimos colocar em prática por não sabermos organizar nosso tempo. Nossa desorganização atrapalha nosso rendimento profissional e nossos relacionamentos. Isso me lembra o que diz Charles E. Hummel: “O maior perigo que você corre é deixar as coisas urgentes impedirem as importantes de acontecerem”. Hoje temos muitas ferramentas que nos auxiliam a administrar o tempo.O Google Keep é umas das melhores opções por ser simples e prático. Ele é um aplicativo de notas para salvar ideias em forma de texto, lista, foto e até áudio. O conteúdo dos lembretes pode ser variado, ou seja, permite combinar texto e áudio, em uma única anotação.

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OPTIMIZEME Seu objetivo é melhorar o bem-estar do usuário pela análise das atividades diárias, divididas em 4 categorias: saúde, criatividade, rotina e prazer.

YUPEE É um gerenciador financeiro. apresenta 2 opções principais: agenda, que cadastra gastos e recebimentos na hora, e YuPay.

caio batista pastor e social media, autor do blog gaveta do caio.

vida & caminho - outubro / novembro / dezembro

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