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retiram a mama por causa do câncer. Pág
ONG de Lauro de Freitas auxilia mulheres que retiram a mama por causa do câncer
thiara Reges
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Freelance para a Vilas Magazine
Oque você faria se alguém de sua família, ou você, recebesse um diagnóstico de câncer de mama? Buscar todo o suporte médico, sem dúvida; estar próximo de pessoas que possam lhe dar apoio e o acolhimento necessário; fazer uma grande reflexão, amparando-se em sua fé.
Mas você já imaginou transformar a dor em ajuda ao próximo e abrir uma ONG? Pois foi isso que Irlene Dórea, moradora de Lauro de Freitas, fez. No final de 2017, sua irmã, Itana Dórea, foi diagnosticada com o câncer de mama. À época, Itana residia nos Estados Unidos e compartilhou com a irmã, todas as etapas do tratamento que recebeu.
“Em uma de nossas conversas me lembro dela mostrando o kit que havia comprado no instituto
Trabalho envolve saúde e resgate da autoestima
onde fez seu tratamento. Nele tinha sutiã com prótese removível de silicone ou espuma, além de itens moda praia. Dias depois, a boutique do instituto fez a doação de mais desses kits, por ‘não terem mais serventia’. Foi então que tivemos a ideia de trazer esse material para o Brasil e doar à mulheres também afetadas pelo câncer de mama e que, devido à mastectomia, tiveram sua autoestima prejudicada”, contou Irlene.
Com os kits, Irlene e Itana fizeram um levantamento junto a uma associação de moradores da cidade de Simões Filho, de 10 mulheres para serem contempladas. Elas participaram de rodas de conversa, onde foi relatado minuciosamente o processo de tratamento médico, o abandono de seus companheiros, o impacto psicossocial causado pelas sessões de quimioterapia, radioterapia e uso de medicamentos fortes. “Ficamos muito sensibilizadas pelos relatos, tanto que Itana levantou um questionamento: ‘somos em cinco irmãs, por que apenas eu fui diagnosticada com
Itana, em 2018, na Boutique devoted Cancer Care, nos estados unidos. Primeira empresa a doar kits para a ASBeM
o CA? Hoje, já entendemos a importância do que aconteceu para que esse despertar pudesse acontecer: tinha que ser por meio dela”, desabafa.
Nascia então, em 2018, a ASBEM – Associação Semente do Bem, com o forte propósito de resgatar a dignidade e elevação da autoestima de mulheres de baixa renda, mastectomizadas, assistidas pelo SUS e em vulnerabilidade social.
“Desde então, apesar de todas as dificuldades, trabalhamos em busca da melhoria da autoestima de pacientes oncológicas, através de ações sociais, como o Projeto Mama Solidária, além do apoio prestados por psicólogos e terapeutas voluntários”, reforça.
Em quatro anos a ONG já beneficiou mais de 400 mulheres em Lauro de Freitas e de outros municípios da Bahia.
BuRoCRACIA
Irlene, hoje diretora/presidente da ASBEM, destaca que apesar do claro propósito, a ONG encontra resistência, sobretudo do ponto de vista burocrático.
“A ONG é toda regular, temos o reconhecimento como entidade de utilidade pública no município e no estado, mas existe a burocracia da alfândega, além de todo o imposto cobrado. Existem fornecedores nacionais para os kits, mas com custos mais altos. Temos um fornecedor nos Estados Unidos que faz a doação, sem custos. Na verdade, a nossa doação poderia ser ainda maior, porém os próprios fornecedores reconhecem a dificuldade burocrática de fazer com que os kits entrem no Brasil”, desabafa.
Desde a pandemia o recebimento dos kits se tornou muito difícil. Uma solução seria a confecção própria do sutiã específico, com espuma, inclusive.
Irlene, pesquisando na Internet, encontrou a história de uma senhora que teve câncer de mama e no seu tempo livre confecciona dentro de casa, sutiãs que são doados nos hospitais.
Mas para dar esse passo, Irlene ressalta que seria necessário, além de um espaço físico, que hoje a ONG não tem, todo o maquinário e matéria-prima, além de uma renda fixa de doações, ou até um padrinho ou madrinha, para custear o salário das costureiras.
“Pensamos na possibilidade de fabricação própria, temos um projeto
pronto, inclusive agregando mulheres que foram contempladas pelo kit, agora na condição de costureiras e gerando uma renda para elas. Mas reforço que é um passo grande, que não conseguiremos sem a ajuda da comunidade, patrocinadores ou um padrinho que abrace o nosso projeto”, frisa.
outuBRo RoSA
Aproveitando toda a visibilidade alcançada pela campanha nacional do Outubro Rosa, a ASBEM realiza, no dia 15, às 9h, no Parque Ecológico, em Vilas do Atlântico, um aulão beneficente, com o apoio de instrutores de várias academias do município.
Para participar das aulas de Fit Dance e Zumba, basta comparecer no local, usando uma camisa branca ou rosa, onde será colado o selo da ação, que pode ser adquirido previamente, nas academias, ou no dia do evento, pelo valor simbólico de R$5,00. A ação acontece com o apoio das academias Vilas Fitness, Nova Academia da Praça, Andrea Maestri, Well Academia, além do Parque Ecológico de Lauro de Freitas, Val Depósito e Eventos e Martinelli Comunicação Visual. A Vilas Magazine também apoia a iniciativa.
“É de fundamental importância a participação da comunidade, mas também de empresários e a mídia em geral. Apesar das conquistas já alcançadas, sobretudo nos últimos 10 anos de campanha do Outubro Rosa no país, quando as pessoas se permitiram falar sobre o assunto, a doença continua atingindo milhares de mulheres, e cada vez mais jovens. É reconfortante saber que de alguma forma podemos colaborar para melhorar a vida dessas mulheres”, reforça.
Dados recentes do INCA – Instituto Nacional de Câncer, apontam que ocorreram, em média, 66 mil novos casos de câncer de mama no país a cada ano do triênio 2020-2022. Outro dado preocupante, apresentado pela SBM – Sociedade Brasileira de Mastologia, alerta que apesar da maior
Mais de 400 mulheres já foram beneficiadas pelo kits doados pela ASBeM
probabilidade da doença atingir mulheres acima dos 50 anos, já se nota um aumento da incidência de câncer de mama entre mulheres com 35 anos ou menos.
Além do Aulão Beneficente, a ONG segue, ao longo do ano, com os projetos “Mama Solidária”, de doação de kits de sutiã com próteses de silicone e/ou espuma removível, oriundos dos Estados Unidos, e “Doe um Lenço/turbante e Faça Uma Carequinha Feliz”, entregues à pacientes oncológicas de hospitais, como o Aristides Maltez, o Hospital da Mulher, o Centro Estadual de Oncologia e o Hospital Irmã Dulce. “Procuramos parceiros que possam ser nossos associados e juntos abraçarem essa causa, promovendo ações, como oferta de cursos, fabricação de lenços e turbantes, perucas, dinâmicas sociais, palestras, oficinas e apoio psicoterapêutico, e tantas outras”, conclui Irlene.
Saiba mais dos projetos da Associação Semente do Bem no Instagram @associacaosementedobem ou WhatsApp (71) 98638-9698
Santa Feira Arte da Gente promove evento em prol das obras sociais do hospital espiritual Casa de Amor - heCAM
Aconcha acústica de Lauro de Freitas foi palco, dia 17 de setembro, do maior evento de caracterização de matriz africana, o 3º Caruru do Bem, o autêntico caruru de raiz, reunindo pessoas de diversas cidades e caravanas de estrangeiros, participantes e convidados, que se apresentaram caracterizados de personagens da matriz africana. O evento contou com a apresentação do cantor Daniel Gouveia (o Matuto do Catende), do forrozeiro J. Santana, de Moacy Mendes, Neto de Procópio, de Marinhho (da Banda Axé Babá), do Grupo G. C. Cultural, além de apresentações de dança do grupo Baobá das Pretas. As artesãs da Santa Feira Arte da Gente, movimento de economia solidária que trabalha com artesanato e costura criativa, idealizado por Patrícia Aguiar, apresentou mais de 300 produtos feitos à mão, valorizando o artesanato local. “O Caruru do Bem está indicado para integrar o calendário turistico de Lauro de Freitas”, afirmou Fernanda Aragão, presidente do Conselho de Turismo do município e presente no evento, além do vereador Flor Cruz, do secretário de Turismo, André Pereira, jornalista Edilton Tourinho, líder comunitário Elielson Farias, professores e históriadores Gildásio Freitas e Coriolano Oliveira, pacientes, colaboradores, voluntários do HECAM, entre outros.
O evento contou com o apoio do CDL, SECULT, COMTUR, Prefeitura de Lauro de Freitas, Studio 5 Estamparia, Instituto Prismale, Aromas 3A, além de ampla divulgação
no Mercadão da Bahia, através do showroom da Santa Feira (loja 1185), que realiza no espaço, diversos eventos, como exposição de artesanatos, costura criativa, palestras e campanhas (vale a pena visitar o espaço quando for ao Mercadão).
Toda a renda do 3º Caruru do Bem, será destinada às obras sociais do HECAM, que atende mais de 1.200 pessoas mensalmente, com distribuição do Jantar Solidário, no Centro de Lauro de Freitas (com parceria do Clube Ipitanga) e nas comunidades Lagoa dos Patos, Vila Nova de Portão e Chafariz e também entrega 700 quentinhas para pessoas em situação de rua, em Salvador. O HECAM também distribui mais de 3 toneladas de alimentos mensalmente, em cestas básicas, em comunidades carentes de Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’Ávila e Salvador e entrega 1.000 kits de Café Solidário para pessoas que chegam do interior e ficam na fila para tratamento do câncer no Hospital Aristides Maltez.
Entusiasmada com o sucesso do evento, a Santa Feira Arte da Gente promete realizar brevemente a maior feijoada do ano, também em prol da instituição (passaportes já disponíveis, pelo tel.: 71 99675-2084).
Siga o hospital espiritual Casa de Amor: @hecamcasadeamor @santafeiraartedagente.
Esta edição homenageia em vida, outros personagens que fazem da cultura popular a forma de mostrar seu amor pela cidade de Lauro de Freitas. esses nomes foram tema da exposição fotográfica Meu olhar tem história, realizada pela escola Municipal Ana Lucia Magalhães em parceria com o Rotary Club Lauro de Freitas, revista Vilas Magazine, Movimento de Luta das Pessoas com deficiência e Idosas (MLPcdI), Gávea Cultural, Grupo Comunitário Ação e Secretaria Municipal de educação. A homenagem faz parte da comemoração dos 60 anos de emancipação da cidade.
Antônio José de Jesus, filho de Xangô é natural de Matatu de Brotas, Salvador, veio morar em Itinga, em 1969, aos 10 anos. Primeiro marinheiro em terras da Aeronáutica, passou a ser chamado de Tonzé da Bahia pelo envolvimento como compositor de blocos afro, afoxés e de índios. Integrou o grupo de jovens negros de Itinga, que fundaram a Asociação Carnavalesca Olodum Odé, participando do Carnaval da Bahia nas ccelebrando os 20 anos de emancipação política da cidade.
Aurenice Pereira da Silva, nasceu no Quilombo Quingoma e mora em Areia Branca, onde participa do samba As Beijuzeiras de Areia Branca. Guerreira, mãe solteira e lutadora. ednalva dos Santos, primeira professora do Quilombo de Quingoma, guerreira, alegre, lutadora, matriarca e sambadeira.
Raquel Conceição Pereira, matriarca, sambadeira, mulher negra de fibra, cuida do Espaço Cultural Vovó Romana.
Francisca Conceição do Nas-
cimento, matriarca, guerreira, mantenedora da capela São José, legado que herdou de sua mãe, Romana, umas das primeiras cuidadoras da capela.
Manoel Raimundo Bispo dos
Santos, nasceu em 1968, em Feira de Santana, vindo morar no bairro de São Cristóvão do Aeroporto, também chamado de Itinga, por causa da Fazenda Itinga, de onde seus avós foram colonos, no final do século passado. Raimundinho como é conhecido, desde os anos 80, participa ativamente dos movimentos culturais em Itinga, como as grandes gincanas que aconteceram até os anos 90 e a Lavagem do Caranguejo, junto com Adelmo Andrade, Pai César e outras pessoas interessadas em promover a cultura no município. Técnico em topografia, pavimentação e edificações, é graduado em Ciências Júrídicas pela Unime. Sempre presente e participante nas diversas ações culturais e sociais da cidade, atualmente se dedica a gravar documentários sobre a origem, principalmente dos habitantes do bairro.
Balbina de Melo, matriarca, mulher forte, lutadora, viveu sua vida na pesca, lida com plantio e ervas. Altamira Pereira, conhecida como Melândia ou Mestra Melândia, nasceu em 25/11/1953 no quilombo Quingoma, distrito de Areia Branca. Foi criada dentro da religião de matriz africana no terreiro de seu tio, finado Pórfiro, onde, com 5 anos de idade aprendeu a sambar, tocar atabaque e desenvolveu gosto pelas músicas de samba de roda, integrando o grupo Saia Rendada e atualmente desenvolve trabalho cultural com as Beijuzeiras de Areia Branca, onde tambem é baiana de acarajé (foi a primeira no ofício no bairro, há 40 anos). Trabalha com a manifestação do Sariguê que acompanhou quando criança e passou por muitas gerações. Gerou 10 filhos (oito estão vivos), que lhe deram 15 netos e quatro bisnetos. Altamira é uma guardiã da história local.
Fernando Melo, entendedor das ervas medicinais, curador e pajé comunitário, faz garrafadas para qualquer enfermidade. Um dos mais velhos batedores de pandeiro e atabaque, é um ancião repleto de experiências asncestrais, protetor das matas sagradas. Firmino teodoro dos Santos, 79 anos, nasceu em Muritiba e passou a infância em Cruz das Almas, até 1960, quando veio morar em Itinga. No bairro só existia uma casa construída. Ergueu a sua e montou a primeira mercearia da região. Vendia de tudo um pouco, e tinha, claro, a caderneta dos fiados. “Anotava as compras da semana, para receber na sexta-feira. A mercearia durou 10 anos, “mas até hoje tem uns que ainda me devem”. Hoje aposentado, seu Firmino declara ser feliz em Itinga, mesmo depois do falecimento da esposa, em 2004.
Pedro Gomes, 80 anos, é retirante de Barbalha (Ceará). Chegou em Lauro de Freitas em 1975, onde encontrou as melhores oportunidades de trabalho. Como carpinteiro, participou do desenvolvimento do município, e assim criou seus 10 filhos junto com sua esposa Maria do Carmo.
José Ramos do Nascimento, nasceu em 1930, em Acajutiba. Chegou em Lauro de Freitas com 17 anos, e desde então mora em Itinga. Foi entregador de pães e posteriormente abriu um comércio de roupas no bairro, na atual praça José Ramos. Incentivado por João Leão, foi eleito vereador em 1966, e em 1996. Pai de 9 filhos com a esposa e já ‘perdeu a conta dos netos’. Aposentado, leva sua vida tranquila e feliz, ao lado da família.
Nilzete Santos de Jesus (Ninas), nasceu no Nordeste de Amaralina, em Salvador, em 1963. Viúva, é mãe de Fabiana Magalhães e do advogado Fábio Magalhães. Antes de vir para Itinga, morou em Nova Brasília de Itapuã, onde conheceu e se apaixonou pelo samba. No final dos anos 80, quando veio morar em Itinga, abriu a primeira casa de samba do bairro. Naquele tempo, nos programas de rádio de Salvador, seu nome e dedicação ao samba já eram citados, se tornando muito conhecida. No início dos anos 90 começou a promover rodas de samba aos sábados e também a tradicional Segunda Espetacular, com a presença de sambistas baianos. O sucesso lhe rendeu o título de Primeira Dama do Samba. Augusto César Farias, o Pai Cezar, nasceu em 1950, no bairro de Amaralina, Salvador. Babalorixá iniciado no candomblé em 1955, tornou-se Yalorixá Raimunda Santana, Mãe Mundinha da Baixa de Matatu de Brotas. Com 65 anos de dedicação aos orixás, sempre foi ativista e incentivador cultural. Criou o movimento afro cultural denominado Nagazubi.
Rizalva Sales nasceu em Areia Branca, em 1953. Beijuzeira, carrega a herança ancestral de sua bisavo,́ Vitória de Melo, cuja avo,́ Andresa de Melo, aprendeu e ensinou aos seus dezesseis filhos e netos. Essa herança secular permanece até hoje, com a reconstrução da antiga casa de farinha e feitura de beiju de forma artesanal. Mestra Zizi ou dona Zizi, assim conhecida por todos da comunidade, é mãe de 7 filhos,que lhes deram 9 netos e 1 bisneta. Com o falecimento da irmã, também beijuzeira, a missão da continuidade passa para a neta, Evanildes Santos. Em 2018 a casa de farinha se tornou também um espaço cultural onde fazeres e saberes são compartilhados no TBC – Turismo de Base Comunitário. Zulmira Silva do espírito Santo, conhecida como d. Mirinha, é uma mulher forte e guerreira, nascida em Areia Branca. Mudou-se para o Centro aos 22 anos, quando casou com Francisco Caetano do Espírito Santo, o “Chico Garrião”, com o qual teve 14 filhos. Continua morando no mesmo endereço, próximo à Igreja Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, onde particida das missas e atividades religiosas. Sendo uma moradora antiga, acompanhou toda a história e desenvolvimento de Lauro de Freitas. Tem 88 anos, é viúva, tem 9 filhos, 11 netos e 5 bisnetos. Raimundo Gonzaga Diana, 72 anos, é conhecido nas corridas como Tião Corredor ou Diana. Natural de Salvador, filho de uma lavadeira e um engraxate, foi criado no bairro da Barra. Desde os 10 anos trabalhava como capoteiro de automóveis, impermeabilizador de lajes e piscinas. Na década de 1980, casou com Valda Maria e com os seis filhos vieram para Itinga, incentivado pela indicação de um amigo corretor. Aqui ainda não tinha anda, “era só lama e mata. As casas eram contadas a dedo”. Sua história com a corrida começou de brincadeira, no quintal de casa. Treinava correndo por vários bairros da cidade, como Jambeiro, Areia Branca, Parque São Paulo, Capelão. Tião participou de todas as corridas realizadas em Salvador a partir dos anos 90. Em 1999 participou da corrida em comemoração aos 37 anos de Emancipação de Lauro de Freitas, sendo o vencedor. Ao todo foram 35 anos de corridas. Quando parou, passava dos 60 anos. Ao todo Raimundo teve 18 filhos (todos com a mesma esposa, já falecida).
Nivaldo Portela Silva (Portela) é filho da Liberdade, em Salvador. Veio morar em Lauro de Freitas, após adquirir um terreno no Largo do Caranguejo e começou a trabalhar como barbeiro aos 13 anos de idade, com o seu pai. Portela é negro, orgulha-se de sua raça com toda a expressão que capta. Seus primeiros trabalhos foram óleo sobre tela, entalhe, depois gravuras. Autodidata e especialista em entalhes em madeira (xilogravura), seus trabalhos diferem dos demais por terem um desenho mais apurado e uma movimentação estudada. Concebe ainda criações abstratas de grande beleza, um artista nato. Outra vertente cultural é a lavagem do Caranguejo, da qual foi um dos fundadores. Idealizador do Bumba Caranguejo, elemento folclórico primaz para a cultura da Itinga, prestando homenagem ao seu Caranguejo. Alzira de Jesus, 92 anos, é mais conhecida como Iaiá, apelido dado pelo seu pai. Nascida em Areia Branca, pelas mãos de uma parteira, nos tempos de Santo Amaro de Ipitanga, seu pai trabalhava na roça, plantando mandioca, de onde tirava o sustento da família. A mãe e a avó produziam farinha e beijú. Da infância lembra do ‘cozinhado’, brincadeira no quintal de casa, com as amigas. Gostava de participar dos festejos de ternos de reis – sob o olhar severo do pai – quando apreciava a dança da “burrinha” e de uma festa organizada por João Paulino, que vestia várias camadas de saias, uma por cima da outra, que eram tiradas durante as danças. Iaiá trabalhou na escola Esfinge, inicialmente como voluntária, na limpeza, sendo posteriormente contratada como zeladora. Dona iaiá teve 9 filhos e dedicou a sua vida para a criação deles. Edson de Oliveira, 72 anos, é conhecido em Areia Branca por Edinho do Boi. Nascido pelas mãos de uma parteira, no Barro Duro, onde seu pai trabalhava na zona rural e a mãe como empregada doméstica. Na infância gostava de correr atrás de bois e caçar no mato, como um índio. Veio para Areia Branca em 1970. Festeiro, lembra de dançar lambada no forró de Chico Baiano e das festas de virada do ano em Areia Branca, quando moradores ‘enterravam o ano velho’ em um caixão. Construiu uma casa de farinha no seu terreno, para produzir farinha e beijú para o próprio consumo da família. Atualmente está aposentado e leva a vida com alegria, sempre com um sorriso no rosto.
Ministra assina protocolo de intenções para garantir a inclusão de mulheres em situação de vulnerabilidade na Bahia
Em sua passagem por Salvador, dia 28 de setembro, a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Cristiane Britto, assinou um protocolo de intenções para viabilizar a inclusão produtiva e social de mulheres em situação de vulnerabilidade no estado. O acordo foi firmado em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).
“Esse ato é o primeiro passo para que a gente chegue até as mulheres que mais precisam. Nossa meta principal é qualificá-las com foco na projeção econômica, pois temos 45% dos lares brasileiros chefiados por mulheres, daí a importância de atender rapidamente essa demanda principalmente em um contexto de pós pandemia”, disse a ministra Cristiane Britto.
O protocolo de intenções ocorre no âmbito da iniciativa Qualifica Mulher, que estimula ações de promoção à autonomia econômica da mulher e forma uma rede de parcerias com o poder público federal, estadual, distrital e municipal, entidades e instituições privadas. O objetivo do programa é fomentar ações de qualificação profissional, trabalho e empreendedorismo para geração de emprego e renda para as mulheres.
O presidente da Fecomércio-BA, Kelsor Fernandes, demonstrou empolgação com a parceria. “Nos colocamos à disposição em favor das mulheres baianas. O ministério pode contar com todo o nosso sistema, inclusive o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)”, assegurou. Ainda durante os compromissos na capital baiana, a ministra Cristiane Britto, acompanhada da secretária nacional de Políticas para Mulheres, Ana Munhoz dos Reis, visitou as obras da Casa da Mulher Brasileira, que será a primeira do estado da Bahia. A unidade de Salvador terá 3.670 m² e contará com serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres. Essa formatação é disponibilizada para capitais, exceto as que tiverem população inferior a um milhão de habitantes. A casa também vai receber cursos de capacitação para as mulheres em situação de vulnerabilidade.
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