O Rugido, enfim, esteve e continuará presente nos espaços da PUC-SP, buscando mais vozes para a abafada voz estudantil da FEA. Da mesma forma, o Rugido leva o nome do corpo discente da FEA PUC-SP a conselhos nacionais de curso e outros encontros estudantis, tomando para si – e com muito prazer – algumas atribuições desprezadas pelo Leão XIII. Por um Centro Acadêmico mais democrático e articulado, por uma FEA mais viva e por uma PUC mais PUC nosso movimento anuncia: o Leão continuará rugindo!
Todo e qualquer estudante interessado pode juntar-se a nós. Nossas reuniões são abertas a interessados que queiram trazer novos acúmulos e contribuições. Não existe hierarquização na tomada de decisão por prezarmos a horizontalidade organizacional; e você, calour@, está mais do que convidado a vir trocar ideias conosco. Estaremos sempre à vista, vocês perceberão. Sintam-se à vontade para se unir a nós e às lutas do Movimento Estudantil!
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Bem-vindos, calour@s! O Movimento Rugido do Leão parabeniza vocês por serem os mais novos estudantes da FEA da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É muito provável que vocês tenham sido recebidos na PUC nas mais diversas maneiras. Mas nem tudo que é preciso ser mostrado aparece logo de início. Bem, aqui segue o nosso primeiro recado, com informações bastante preciosas.
Centro Acadêmico vs. mobilização estudantil Centro Acadêmico é uma entidade constituída com o objetivo de representar os alunos – ou de incentivá-los a representarem-se. É sua função defender os interesses dos estudantes tanto em matérias puramente acadêmicas como assuntos políticos. Ele deve se manter em constante contato com os alunos representados para compreender suas demandas, e organizá-los para conseguir atingir esses objetivos. O vulgo C.A. representa os estudantes perante a Reitoria; e na PUC-SP, além disso, tem função de realizar eleições para as vagas de representação discente nos conselhos superiores. Em suma, Centro Acadêmico é aquilo que você, na prática, infelizmente não tem. Nas últimas gestões, o C.A. Leão XIII ficou reconhecido na Universidade como um C.A. despolitizado e sem caráter combativo, bem como dono de posição pouco crítica junto aos Departamentos de Curso da FEA e à realidade além dos muros da PUC. Vale dizer, calour@, que o C.A. Leão XIII de nossos dias distanciou-se do Movimento. O Rugido reprova a atual concepção do Leão XIII que vincula Movimento Estudantil e C.A. a imparcialidade e “independência”. Com essa roupagem, muitos alunos aparelham os C.A.’s, lançando mão de uma prática muito criticada nos estudantes organizados, caindo assim em uma profunda contradição. A imparcialidade não existe, todos possuem posição, seja ela passiva ou ativa. O discurso de quem se diz imparcial revela o comando de quem se aproveita do que se conserva: o mais forte.
Quemquandoporquêparaquê Em 2010, diante de um C.A. passivo em suas principais atribuições, estudantes do então primeiro ano da FEA decidiram se organizar para promover mudanças na realidade do corpo discente ligado ao Leão XIII. Em despretensiosas reuniões foi se amadurecendo a ideia de transformar aquela embrionária mobilização em um coletivo estudantil que cobrasse um Centro Acadêmico ativo e que integrasse a FEA ao Movimento Estudantil geral da PUC-SP. Surgiu desse grupo ideológica e politicamente diverso o Movimento Rugido do Leão. Temos como referenciais os princípios da democracia, a pluralidade de idéias e a equidade entre todos os membros. Partindo deste pressuposto, os objetivos do Rugido do Leão são a conquista da garantia da qualidade de ensino na PUC-SP; a construção de uma mobilização dos estudantes da FEA; e a produção de um pensamento crítico no que diz respeito às questões sociais que, afinal, não estão descoladas da Universidade.
Papel do estudante O Movimento Estudantil da PUC-SP sempre esteve em evidência no decorrer da história da Universidade e do Brasil. Seus momentos mais marcantes surgem durante o período de chumbo da ditadura militar, quando éramos reconhecidos como um foco de resistência ao governo dos generais. Naquele período, no qual misteriosamente ateou-se fogo em nosso teatro, o TUCA, os militares invadiram o nosso campus reprimindo os estudantes. Acolhemos à época, inclusive, expoentes intelectuais do meio acadêmico que foram caçados pela repressão ideológica. O processo histórico que se desenrolou até os dias atuais nos levou a uma conjuntura na qual continua necessária a luta pelos interesses e necessidades estudantis dentro da PUC-SP. Por isso, calour@, não hesite em participar, discutir e viver os assuntos candentes dentro da Universidade. Até porque, afinal, você faz parte do ambiente e será influenciado diretamente pelas conquistas do Movimento Estudantil. Passar pela PUC-SP sem participar da mobilização dos estudantes é de fato uma perda na formação acadêmica
e humana. Não se restrinja ao ambiente de sala de aula, viva todo o acúmulo que a Universidade – principalmente a nossa – proporciona a você. O Rugido do Leão te convida a ser mais que aluno, convida você a ser estudante! É fato, entretanto, que também temos críticas à conjuntura atual do movimento. Somente uma nova forma atuação pode contribuir para uma postura mais enriquecedora, que parta da realidade dos alun@s sem perda de tempo e energia em disputas sectaristas, que acabam esvaziando o movimento e o distanciando dos próprios estudantes!
Visão crítica dos problemas reais O Rugido do Leão tem, dentro de sua jovem existência, presença ativa nas grandes mobilizações estudantis da PUC-SP, brigando por uma Universidade mais justa e democrática. Atuamos em conjunto com outros coletivos e Centros Acadêmicos no que tange à PUC-SP, e também temos inserção nas questões específicas de nossa faculdade, a FEA. Uma das principais lutas localizadas do Rugido é pela mudança do estatuto do Leão XIII, que entre muitos artigos controversos impossibilita – isso mesmo, calour@, pasme – a candidatura de estudantes primeiro-anistas à gestão. Alega-se que estes estudantes não seriam capazes de tocar adiante o Centro Acadêmico por inexperiência e imaturidade acadêmica. Mas, cá entre nós, calour@, isto não deveria ser decidido pelos estudantes da FEA nos debates eleitorais? Na PUC, nós estudantes temos a possibilidade de presença representativa nos Conselhos da Universidade. Contudo, há alguns anos o processo eleitoral para estes cargos não tem sido conduzido de maneira democrática, colocando em cheque a intenção de dar voz ao corpo discente da FEA diante das instâncias superiores da PUC. Essa naturalização de que a FEA não participa ativa e criticamente destes conselhos colabora para que todo o recente histórico de Redesenho Institucional implique recorrentes ataques à comunidade, como o abusivo aumento de mensalidades e a maximização estarrecedora aplicada aos professores da casa. Entretanto, essas discussões são muito longas para caberem neste breve recado!