EDIÇÃO Nº1
...cada um segurando um cristal em sua mĂŁo.
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20 30 anos de Final Fantasy | 4
O Início
A arte de Yoshitaka Amano
A Música em Final Fantasy
Final Fantasy I 14 - As Versões de Final Fantasy I
Final Fantasy II 18- Os personagens de FFII
Final Fantasy III
24 28 30 36 42
Final Fantasy IV 26 - O mundo de FFIV
Final Fantasy V
Final Fantasy VI 35- Dossiê Kefka
Final Fantasy VII 40- Teste FFVII
Final Fantasy Tactics
Confira as principais músicas da franquia Final Fantasy
14
As versões de Final Fantasy I
18
Conheça o primeiro cast de personagens da franquia, no Final Fantasy II
26
A Terra de Final Fantasy IV
35
Um dossiê completo de Kefka Palazzo
infográficos
10
40
Cloud? Tifa? Cid? Yuffie? Qual personagem tem mais a ver contigo?
30 anos de Final Fantasy | 5
| O INÍCIO | FINAL FANTASY 30 ANOS
A FANTASIA FINAL > Como tudo começou
L
Hironobu Sakaguchi
30 anos de Final Fantasy | 6
ançada em 1987 como o ultimo suspiro de uma empresa em estado de falência, a saga Final Fantasy cresceu para se tornar um dos nomes mais importantes do mundo dos RPGs e mesmo hoje, mais de duas décadas depois, é um titulo de destaque em meio a leva de opções que enchem cada vez mais o mercado de jogos. Concebido como uma ideia única e não uma serie Hironobu Sakaguchi salvou uma empresa prestes a fechar as portas em uma das maiores desenvolvedoras conhecidas marcada pela qualidade e grandiosi-
dade dos jogos produzidos. A revista a seguir conta a historia de toda a saga Final Fantasy abrangendo um pouco da própria historia do mundo dos jogos e diversas empresas envolvidas. Respire fundo, de play no vídeo abaixo e se prepare para enfrentar essa jornada ao ritmo das clássicas e grandiosas músicas que marcaram cada jogo da série. Entrando para o time da Square logo após sair da faculdade, com 21 anos Sakaguchi começou sua jornada para transformar uma empresa de software em uma em-
presa de entretenimento digital. Em 1987 o mercado de jogos começava a se estabelecer e o Nintendo Famicom foi o principal responsável pela popularização dos consoles caseiros que, aliados a nova geração de computadores 8 bits, permitiram o desenvolvimento de jogos antes impossíveis nos arcardes. Os adventures e J-RPGs começaram a ofuscar os shooters conquistando cada vez mais espaço no mercado, fazendo com que dezenas de jogos de tai s gêneros fossem lançados sequencialmente. Títulos como Dragon Quest, Super
| O INÍCIO | FINAL FANTASY 30 ANOS
FFXIV Realm Reborn Square Enix
Mario Bros e The Legend of Zelda definiram os estilos de jogabilidade que marcariam a geração e foi em meio a esses títulos de sucesso que a Square lançou seus primeiros jogos. Cruise Chaser Blassty, o primeiro RPG lançado pela empresa, Tobidase Daisakusen e Highway Stars (chamados respectivamente de WorldRunner 3D e Rad Racer no ocidente) foram alguns dos jogos inovadores e criativos que, apesar de bem feitos, sofreram com um problema em comum: o baixo número de vendas. Em meio a um mercado de títulos fortes era difícil ganhar destaque com novas franquias e Sakaguchi viu seus jogos agarrarem nas prateleiras, levando a empresa a uma possível falência. Nesse momento ele percebeu que sua carreira provavelmente estaria acabada e o próximo jogo desenvolvido por ele seria o ultimo que a Square
lançaria. Ninguém gosta que sua carreira acabe em um grande fracasso, então Sakaguchi decidiu que faria uma grande última obra prima antes de deixar a indústria.
"Seria um jogo épico de fantasia e foi nomeado exatamente pelo que era, o ultimo jogo de sua rápida carreira, Final Fantasy, a fantasia final."
Elementos recorrentes incluem temas de enredo, nomes de personagens e mecânicas de jogo. Os enredos normalmente se centram em um grupo de heróis lutando contra um grande mal enquanto ao mesmo tempo explorando as lutas internas e relações dos personagens.
O personagem Master Eraqus de Kingdom Hearts Birth by Sleep, cujo nome é um anagrama de “Square” (da mesma forma que o personagem Disney Master Yen Sid), é dito ter sido concebido a partir de Hironobu
Apesar da grande maioria dos títulos Final Fantasy serem histórias individuais com personagens e mundos diferentes, eles possuem elementos idênticos que definem a franquia.
Curiosidades do CID 30 anos de Final Fantasy | 7
| A Arte de Yoshitaka Amano | FINAL FANTASY 30 ANOS
The Chinese Yoshitaka Amano
A ARTE DE
YOSHITAKA AMANO 30 anos de Final Fantasy | 8
D
iga o nome "Yoshitaka Amano" para um fã de Final Fantasy de longa data e eles podem ficar todos estranhos atrás dos olhos, antes de lhe dizer o quanto melhor os jogos eram quando ele estava projetando coisas. Eu não sei sobre isso a estética atual de "fivelas em TODOS" também tem fãs, mas não há como debater o quão maldita arte conceitual de Amano para a série foi ao longo dos anos. Uma vez responsável pelo design e ilustração do personagem para os jogos da Final Fantasy, na última década, a Amano renunciou a esse papel, retrocedendo um pouco e confinando-se
ao design de logotipos e à arte promocional. Então, da próxima vez que você ver um dos logotipos de fantasia e giratória da série, você sabe de onde veio. Amano também não é apenas uma lenda para os fãs do Final Fantasy; Ele fez uma tonelada de excelente trabalho em outros lugares, desde quadrinhos (Sandman: The Dream Hunters) até animação (ele era um designer de personagens em Gatchaman / Battle of the Planets). As imagens presententes nesta revista são principalmente da Final Fantasy I-VII, embora você possa ver alguns exemplos de seu posterior trabalho de promoção e logotipo também.
| A Arte de Yoshitaka Amano | FINAL FANTASY 30 ANOS Suas impressões contrastam com muitos designers japoneses modernos, com suas impressões feitas com mais suavidade, linhas fluídas, especialmente em desenhos de cabelos, uma característica que desafia o estereótipo do cabelo pontudo e espetado usado por outros designs, que é também uma das razões para a crítica dos designs mais recentes para a Square Enix. Atualmente, Amano tem projetado a maioria dos personagens principais e os pontos de destaque no jogos icónicos da série.
Mais recentemente, ele tem ilustrado The Sandman: The Dream Hunters , Greg Rucka's Elektra e Wolverine: The Redeemer de Neil Gaiman, mink's Shinjuku, e sua própria série, Hero. Ela ocasionalmente voltou a trabalhar em animes, como o surreal Angel's Egg, e também trabalhos experimentais como Fantascope: Tylostoma, e o mainstream NY Salad: Vegetable Fairies. Além da série Final Fantasy, ele também trabalhou como design de personagens para a série Front Mission, e "Kartia".
The Travaler| Yoshitaka Amano
FFVI Rydia Yoshitaka Amano Minitokyo | Yoshitaka Amano
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| A Música em Final Fantasy| FINAL FANTASY 30 ANOS
A MÚSICA EM
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| A Música em Final Fantasy | FINAL FANTASY 30 ANOS
As 5 melhores A música de Final Fantasy foi, desde o lançamento do jogo inicial da série, uma parte integrante da experiência. A maioria das trilhas sonoras originais dos jogos obteve elogios críticos, desde revistas de videogames até revisores de música profissionais.
LIBERI FATALI Final Fantasy VIII ONE WINGED ANGEL Final Fantasy VII
Final Fantasy VII
Final Fantasy X
Final Fantasy V Stop
Músicas Recorrentes
Atenção!
Esses temas apareceram na maioria das trilhas sonoras originais da série principal sob diferentes comprimentos, arranjos e até variações.
Use o QR Code na edição impressa para ouvir a playlist.
PRELÚDIO
A abertura de todos os games da série
TEMA PRINCIPAL
Canção principal da franquia
VITÓRIA!
CHOCOBO
Música tocada no final de cada batalha, quando o jogador vence
Música tocada assim que o jogador monta em um chocobo
Curiosidades do CID
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| Final Fantasy I | FINAL FANTASY 30 ANOS
The Warrior of Light Yoshitaka Amano
“Final Fantasy explodiu na cena no final dos anos 80 no Japão, oferecendo uma experiência de RPG mais profunda, mais completa e desafiadora do que os jogadores de Nintendo de 8 bits já tinham visto antes - melhorando até mesmo a primeira Dragon Quest da Enix em muitos aspectos” -IGN 30 anos de Final Fantasy | 12
| Final Fantasy I | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Quando a escuridão cobrir o mundo, quatro Guerreiros da Luz virão”
O
primeiro game da franquia é a própria expressão do RPG japonês tradicional - aliás, é um estilo que ajudou a formatar, ao lado da franquia "Dragon Quest". Ou seja, alterna entre exploração de cidades e cavernas, com combates aleatórios e por turnos, sem elementos de ação. A série também ficou conhecida por seu teatro de avatares, que só veio a ser substituído com a sétima edição, entrando em sua era 3D. O enredo conta a história de quatro guerreiros da luz, detentores de cristais míticos, que representam os elementos da natureza. Eles devem derrotar criaturas malignas que roubaram o brilho das pedras, e assim restaurar seu poder e a paz no mundo. O game começa com o jogador escolhendo um arquétipo para cada um dos quatro integrantes de seu grupo. Eles podem ser guerreiros, ladrões e vários tipos de magos - cada personagem e "profissão" recebem um visual diferente. Depois, o jogador é colocado numa tela de mapa-múndi, bem perto da primeira cidade, Cornelia, em que o primeiro objetivo é falar com o rei para salvar a princesa. Mas essa missão, nesse game, é apenas o começo de uma aventura muito maior. Nos castelos e nas cidades, as pessoas fornecem informações, e alguns deles representam uma atividade obrigatória para avançar o enredo. Uma das coisas mais importantes, nesses lugares, é a compra de armas, armaduras e magias, para assim fortalecer os guerreiros. O albergue representa alívio, pois é onde a trupe recupera a energia. Eles são essenciais principalmente no início, quando os curandeiros ainda não estão muito desenvolvidos.
Explorar, Lutar, Explorar As várias cidades e cavernas ficam no mapa-múndi, além de possuir outros locais de interesse. Mas o que mais acontece nessa parte são as batalhas aleatórias. Isso quer dizer que os combates acontecem de repente, quando se está andando pelo mapa. Apesar de a freqüência não ser tão alta como na edição original, ainda assim estão numerosos. Aliás, o próprio sistema de lutas em turnos hoje soa muito ultrapassado. Na hora de lutar, o jogador escolhe a ação de cada integrante através de um menu. Guerreiros se dão bem com o comando de atacar, enquanto os magos têm melhor proveito com os feitiços. Eles são comprados nas cidades e é preciso evoluir os personagens se quiser usar magias mais fortes. Cada mago pode ter três encantamentos de cada nível. Se quiser colocar outro desses, é preciso retirar algum outro. O monge luta bem com as mãos vazias e o ladrão consegue roubar itens dos oponentes. Versão estendida Esta edição de aniversário para PSP inclui todos os principais melhoramentos feitos ao longo dos anos. É o caso dos textos mais fiéis ao do original japonês de 20 anos atrás, enciclopédia de monstros e cenas de computação gráfica na abertura e no fechamento, vindos diretamente da versão para PSOne. Do Game Boy Advance vem as quatro cavernas dos elementos, com desafios mais difíceis e chefes clássicos vindos de "Final Fantasy III" a "Final Fantasy VI". A galeria de arte é especial, com desenhos-conceitos de Yoshitaka Amano.
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| As Versões de Final Fantasy I | FINAL FANTASY 30 ANOS
OS GUERREIROS DA LUZ E SUAS VERSÕES... Warrior (Fighter): Um especialista em armas pesadas e armaduras que pode suportar imensas quantias de dano. nome verdadeiro é Zest. Monk: Um expert em artes marciais que trabalha melhor de mãos nuas, mas que também pode usar um nunchaku, e os bastões mais básicos, seu nome é Thief: Um lutador ardiloso de alta precisão/evasão com uma seleção muito limitada de armas e armaduracapar de combates).Seu nome verdadeiro é Sauber White Mage: Uma especialista em Magia Branca. Não é uma boa lutadora, mas pode usar martelos para ataques físicos. O nome verdadeiro dela é Floe. Black Mage : Um especialista em Magia Negra e um lutador muito fraco, mas se torna o poderoso Black Wizard posteriormente. RedMage : Um personagem que é pau pra toda obra, dispõe não de todas, mas da maioria das Magias Brancas e Negras. Seu nome verdadeiro é Tomok.
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| As Versões de Final Fantasy I | FINAL FANTASY 30 ANOS
The Warriors of Light Yoshitaka Amano
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| Final Fantasy II | FINAL FANTASY 30 ANOS
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| Final Fantasy II | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Como Guardião deste altar, considero-me julgar o seu mérito”
F
inal Fantasy II é o segundo jogo da série Final Fantasy. Ele é notável por ser um dos primeiros RPGs para console a destacar bastante a história, e por ser o primeiro jogo da série a apresentar muitos elementos que se tornariam clássicos da franquia Final Fantasy, como os chocobos e um personagem chamado Cid. Final Fantasy II é único também por eliminar o tradicional sistema de experiência, ao invés disso, utiliza um sistema no qual quanto mais o personagem utiliza um determinado equipamento ou determinada magia, mais desenvolvido será esse atributo. Esse sistema é chamado de “skill-based”, que mais tarde retornaria em Final Fantasy XI. Embora abandonado por lançamentos subsequentes da série, um sistema similar foi adotado pela série SaGa, também produzida pela Square. Como observação, Final Fantasy foi projetado por Akitoshi Kawazu, que mais tarde seria o responsável pela série SaGa, e não por Hironobu Sakaguchi, o criador de FF. Por causa da popularidade da série nos anos 90, Final Fantasy II foi um dos primeiros jogos a ter uma tradução criada por fãs, pelo grupo NeoDemiforce. A trilha sonora de Final Fantasy II foi originalmente composta por Nobuo Uematsu, e foi a décima sétima trilha sonora para videogame composta por ele. Nos remakes para WonderSwan. Color, PlayStation, Game Boy Advance e PlayStation Portable, a trilha foi refeita pelo músico Tsuyoshi Sekito.
Jogabilidade Final Fantasy II é único na série FF por não utilizar levels baseados em experiência. Em vez de adquirir pontos de experiência ao fim de cada batalha, cada personagem participante dela se desenvolve dependendo das ações tomadas durante a luta. Por exemplo, personagens que usam frequentemente determinado tipo de arma (espada, arco, machado, etc.) se tornarão mais aptos a empunhar aquele tipo de arma, assim como aumentarão sua força física. Da mesma forma, personagens que com frequência castam determinada magia aprenderão a castar versões mais poderosas daquela magia, assim como aumentar seu poder mágico. Os níveis de HP e MP aumentarão semelhantemente dependendo da necessidade: um personagem que termina a batalha com apenas uma pequena quantidade de vida pode ter seu máximo de HP aumentado, e um personagem que consome a maior parte de seu MP durante uma única batalha pode aumentar seu MP máximo.
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O NOVO TIME DE HERÓIS
| Os Personagens de Final Fantasy II | FINAL FANTASY 30 ANOS
GUY É um amigo de Firion e Maria. Ele fala de maneira truncada, e tem a habilidade de falar com animais. Porém, esta é uma habilidade única e é usada apenas uma vez em todo o jogo.
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FIRION É o personagem principal. O amigo adotado de Maria e Leon, e amigo de infância de Guy, ele deseja destruir o Império na esperança de vingar sua família.
|Os Personagens de Final Fantasy II | FINAL FANTASY 30
MARIA
Os Inimigos
É a amiga de infância de Firion e Guy e personagem feminina principal. Ela aventura-se junto a eles na esperança de encontrar seu irmão Leon, que desapareceu após ser atacado pelo Império.
Existem 128 entradas de monstro no bestiário PS (Origins) e 169 e 170 para o GBA e bestiários subseqüentes, respectivamente. As seções a seguir listam as entradas numericamente sobre como elas estão listadas no bestiário oficial do jogo. Os chefes estão marcados com um a estrela
LEON É o irmão mais velho de Maria, e o novo Dark Knight de Palamecia. Ele desapareceu durante o ataque a Fynn, e desde então passou a ser o seguidor mais fiel do Imperador. No final do jogo, ele se junta ao trio e os ajuda a derrotar o chefe final.
Em Scott Pilgrim Contra o Mundo, Scott menciona que pode tocar a linha de baixo do tema de batalha de FFII. Contudo, a linha de baixo é de FFIV, referindo-se ao nome original do jogo para SNES na América do Norte.
Curiosidades do CID 30 anos de Final Fantasy | 19
| Final Fantasy III | FINAL FANTASY 30 ANOS
Kids Akihiro Yoshida
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|Final Fantasy III | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Posso ver por que os cristais te escolheram.Eu posso sentir a luz dentro de você. Forte, mas gentil ...”
A
té 2006, o jogo era o único da série a não ter uma versão oficial para inglês e o único jogo mais velho da série a não ser refeito para outro e seja refeito para o Bandai WonderSwan Color (Final Fantasy I e o II já haviam sido refeitos para o console da Bandai), mas os produtores tiveram dificuldade para converter a versão original para NES, o que fez com que o projeto se atrasase e foi cancelado após a falta de sucesso da plataforma. Entretanto, anos depois foi refeito uma nova versão do jogo para o Nintendo DS que foi lançada em 2006 no Japão e nos Estados Unidos, e posteriormente lançado nos outros países do mundo em 2007. A versão de Final Fantasy III para DS foi a primeira vez que o jogo foi lançando internacionalmente. A trilha sonora de Final Fantasy III foi inteiramente composta por Nobuo Uematsu, e foi o vigésimo primeiro (21) trabalho de Uematsu na composição de músicas para games.
Jogabilidade A jogabilidade de Final Fantasy III contém elementos dos dois primeiros jogos com algumas novidades. Os Experience Points (EXP), vistos no primeiro jogo da série retornam. O terceiro jogo da série possui também um novo sistema de classes, o Job System, que não é como no Final Fantasy I (onde se escolhe a classe no início do jogo), nem como em Final Fantasy II (onde não há classes definidas). No jogo há 23 Jobs possíveis e quatro personagens na Party, o que permite 279841 configurações de grupo diferentes. Final Fantasy III foi o primeiro jogo da série a trazer outros comandos de batalha que substituem “Magic”, que mudam de acordo com a classe atual do personagem. Começa-se o jogo com personagens na job Onion Knight (versão NES) ou Freelancers (versão DS/iOS), que pode ser trocada por todas outras jobs já liberadas pelo grupo.
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| Final Fantasy III | FINAL FANTASY 30 ANOS
Personagens e Jobs
O
s personagens ganharam sua própria nomenclatura nesta versão; a nova roupagem gráfica os torna muito mais atraentes, o avanço quanto a isso se mostra formidável, graças ao trabalho técnico competente desta colocação no universo 3D. Porém isso é pouco para atenuar a falta de personalidade dos mesmos em muitos momentos – mesmo que tenham acontecido relativos avanços -. Eles vão salvar o mundo, mas e eles? Qual o passado deles? O que os marca de forma significativa? Há que se dar o crédito diante da tentativa dos desenvolvedores em tentar deixar alguma caracterização marcada, pois se basearam em um jogo onde isso é praticamente inexistente. Existe a idéia de um Luneth guerreiro, de um Arc amedrontado, no entanto, ainda sim, esta melhora não os tornou personagens com momentos inesquecíveis no game e os tornam reféns de sua caracterização ainda pouco expressiva e apenas entregue às histórias paralelas à principal
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e ao sistema de jobs, este sim, que nos revela uma das facetas mais interessantes por este título ter sido pioneiro no uso de tal sistema. Final Fantasy III consegue ter combates sólidos, mesmo estes contendo poucas reviravoltas e tendo um trabalho quase burocrático junto à narrativa. Tudo aqui pode ser relevado levando-se em conta que o título tentou, na medida do possível, manter uma fidelidade com o seu congênito de 8-bits, mas isso também trouxe consigo algumas de suas deficiências. Novamente o que se sobressai aqui é a qualidade visual e sonora. Há belos efeitos das magias, assim como as melodias imponentes das batalhas e de algumas dungeons que soam mais agradáveis aos ouvidos graças ao poderio do portátil. O problema reside em parte da estrutura. para outra nova apenas acentua esta demora.
|Final Fantasy III | FINAL FANTASY 30 ANOS
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| Final Fantasy IV | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Comparado com os heróis ideais e proféticos dos jogos anteriores ... o fato de que Cecil, o herói, é de bom grado cúmplice em coisas terríveis, ajuda a criar um conflito agradável, que só se intensifi-
” -IGN ca.
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|Final Fantasy IV | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Creio que este seja o meu destino como um cavaleiro das trevas.”
F
inal Fantasy IV é o quarto jogo da série Final Fantasy. Originalmente lançado para o Super Nintendo, o jogo foi posteriormente refeito para o PlayStation, WonderSwan Color, Game Boy Advance, Nintendo DS, Sony PSP, iOS e Android. Foi originalmente lançado nos Estados Unidos como Final Fantasy II. Isto alterou a ordem numérica do série e fez com que o jogo Final Fantasy VI fosse numerado como Final Fantasy III para os Estados Unidos, deixando um pouco de confusão quando o Final Fantasy VII foi lançado. A sequência do jogo chamada de Final Fantasy IV: The After Years foi lançada para os aparelhos celulares japoneses em fevereiro de 2008. Em Julho de 2009, foi lançado via WiiWare para o Nintendo Wii nos Estados Unidos, e foi incluído na versão Final Fantasy IV: The Complete Collection para o Sony PSP. A versão em 3D foi relançada em 2014 na versão para PC disponível no Steam no dia 17 de setembro. Nesse Final Fantasy a jogabilidade passa por uma drástica mudança de jogabilidade devido a capacidade do Super Nintendo de 16-bits,esse foi o primeiro jogo a contar com o ATB (activWWe time batlle) que dai em diante foi adotado na serie esse sistema fazia os inimigos atacarem sem parar, coisa não presente nos jogos anteriores. Apesar de ter uma jogabilidade mais antiga, Final Fantasy IV não deixa de ter um sistema de batalha completo e estratégico. Temos aqui, tudo que ainda hoje é usado em JRPGs nos seus sistemas.
Cecil Yoshitaka Amano
Temos também estratégias diferentes para derrotar inimigos, chefes e até mesmo locais onde não é possível usar armas de metais, onde somos envenenados e etc., além de mais de 30 status de batalha pra ninguém botar defeito. O som é basicamente composto por músicas MIDI, remixadas do SNES, que por ser muito boas e clássicas, vão grudar em sua mente. Inclusive não se assuste se em um momento de calmaria você se pegar assoviando um tema de batalha ou outro. Outro ponto muito bom, é a dublagem de algumas vozes durante as já típicas cenas de corte que em minha opinião, são muito bem dubladas.
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O MUNDO
| O Mundo de FF IV | FINAL FANTASY 30 ANOS
N
o Final Fantasy IV, você eventualmente poderá explorar três mundos. Existe o Overworld, onde a maior parte da história ocorre. Então você se encontrará no submundo, lar dos Anões e dos Senhores de Convocação. E, finalmente, o Mundo Lunar. Pouco se sabe sobre o mundo lunar. No entanto, é claro que é aí que os destinos são nascidos e destruídos.
Cidades Altair Gatrea Fynn Paloom Poft Salamand Bafsk Kashuan Keep Castle Deist Castle Fynn Mysidia Castle Palamecia
O mundo é parecido com os anteriores, mas acredito que esse seja o primeiro Final Fantasy a dar um grande passo em relação à tecnologia, isso porque existe uma forte ligação na história com um ambiente completamente novo, que é fora do planeta e isso acaba envolvendo naves alienígenas, eu sei, é bem estranho a primeira vista, mas quando se joga dá pra perceber que é bem natural a forma que isso é passado.
Vilarejo Chocobo
Toraia
Floresta Chocobo
Calabouços Semitt Falls Bafsk Sewers Snow Cavern Dreadnought Deist Cavern Coliseum Tropical Island Cave of Mysidia • Leviathan • Mysidian Tower • Cyclone • Jade Passage
Torre da morte Eblon 30 anos de Final Fantasy | 26
|O Mundo de FF IV | FINAL FANTASY 30 ANOS
Caverna Magnes
Damycian
Floresta Chocobo
Caverna Nest
Floresta Chocobo
Monte Hobs Fabul
Watery Pass
Kaipo
Vilarejo da nĂŠvoa
Silvera
Caverna da nĂŠvoa Gruta Adamant
Baron Floresta Chocobo
Mysidia
Agart
Mt.Ordeals Floresta Chocobo
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| FINAL FANTASY V | FINAL FANTASY 30 ANOS
FFV Yoshitaka Amano
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"No início havia o vazio. Então, quatro espíritos se juntaram nesse vazio. Os cristais nasceram e o mundo foi criado. Assim, a esperança dá as bênçãos da Terra, Coragem ilumina as chamas, A bondade torna a água a fonte da vida, a perseguição permite que a sabedoria ande no vento."
|FINAL FANTASY V | FINAL FANTASY 30 ANOS
“Os cristais nasceram e o mundo foi criado. Assim, a esperança dá as bênçãos da Terra, Coragem ilumina as chamas, A bondade torna a água a fonte da vida, a perseguição permite que a sabedoria ande no vento”
C
onstata-se que não são muitas as séries que conseguem continuar atendendo as expectativas dos jogadores depois de muito tempo no mercado. Algumas franquias são tão exploradas que ficam desgastadas depois de algum tempo e, conseqüentemente, terminam esquecidas pelo público. Felizmente Final Fantasy não é uma delas, pois traz inovações a cada jogo lançado. Em breve, os fãs poderão apreciar mais um jogo da renomada série: Final Fantasy XIII. Enquanto esse título promissor não chega, os fãs de FF provavelmente jogarão novamente os clássicos da franquia ou irão procurar os títulos da série que nunca tiveram oportunidade de conhecer. Uma opção é Final Fantasy V, que será analisado a seguir. Final Fantasy V foi originalmente lançado para o saudoso Super Famicom. Era um jogo pouco conhecido no ocidente uma vez que foi lançado apenas no Japão, em 1992. Aproximadamente sete anos depois, essa situação mudou. Em 1999, foi lançado para Playstation o Final Fantasy Anthology, um
pacote contendo FF VI e FF V. Com esse pacote, os aficionados pela série do ocidente poderiam rejogar o memorável FF VI (um dos melhores da série) e finalmente teriam a oportunidade de conhecer FF V. Então… será que a espera valeu a pena? É isso que será visto agora. Final Fantasy V não é um remake como Final Fantasy Origins. Trata-se de um relançamento e, por isso, ele mantém a maior parte dos elementos visuais e sonoros característicos do título original. A única diferença é que foram adicionadas duas seqüências em CG (uma no início e outra no final). Ambas são caracterizadas pela elevada qualidade sempre presente nas CGs da Square. Os gráficos estão nos moldes do padrão antigo do título original do Super Famicom. O jogo segue o modelo 2D; os personagens não possuem muitas animações, mas são expressivos se considerarmos as limitações técnicas da época; os cenários não são tão detalhados como nos RPGs atuais, porém apresentam cores fortes e diversificadas.
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|FINAL FANTASY VI | FINAL FANTASY 30 ANOS
Terra Yoshitaka Amano
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|FINAL FANTASY VI | FINAL FANTASY 30 ANOS
“A vida continuará! Sempre haverá pessoas e sonhos!”
Q
ue a franquia Final Fantasy é uma das mais famosas e lucrativas da indústria de games todo mundo já sabe. A série começou lá em 1987 para o nintendinho 8 bits. A então Square (hoje Square-Enix) que passava por dificuldades financeiras lançou o que seria o seu último game. E não é que a “Fantasia Final” foi um grande sucesso, salvando o emprego de grandes nomes como Hironobu Sakaguchi (produtor), Nobuo Uematsu (compositor),Yoshitaka Amano (desenhos). A série virou sinônimo de RPG e de super produções de sucesso a cada novo game. O grande jogo da franquia que abalou o mercado foi Final Fantasy X. Antes dele quem revolucionou o mercado foi Final Fantasy VII, de 1997 para o PlayStation. De todos os games da franquia, FF VII é o que mais vendeu e mais fez sucesso, ganhando uma continuação animada chamada Advent Children, outro grande sucesso. Mas foi em 1994 que foi lançado um dos
maiores RPGs de todos os tempos. Final Fantasy VI chegava ao Super Nintendo, aclamado pela crítica e pelos fãs. Pode não ter vendido tanto quanto FF VII e X, mas é considerado por muitos como o melhor da franquia e dos RPGs em geral. Ele apresentava uma história épica, 14 personagens jogáveis com histórias memoráveis – a maior lista de personagens até hoje em um Final Fantasy – e uma trilha sonora sensacional. Isso tudo serviu apenas de introdução para a retro-análise pra lá de especial de hoje: Final Fantasy VI. Se você viveu naquela época gloriosa, deve se lembrar do grande sucesso que Final Fantasy VI foi e ainda é nos dias de hoje. O game foi um projeto ambicioso de todos os envolvidos, que não queriam fazer apenas um ótimo game, mas sim o RPG dos RPGs, aquele que seria um marco na história e que ajudaria a divulgar o estilo no ocidente. Uma época que não volta mais, uma época em que os RPGs eram parte da vida do jogador, que o faziam rir, chorar e sentir.
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|FINAL FANTASY VI | FINAL FANTASY 30 ANOS
TEMAS MAIS ADULTOS
O
jogo também é recheado de temas densos, por exemplo: guerra e ganância são forças motrizes que guiam o enredo para o seus pontos mais altos, mas é a megalomania que — como deveria — excede todos os padrões! Também não é difícil ver a solidão, o desespero e até mesmo suicídio como elementos recorrentes na obra, o que mostra o quão impactante ela pode ser se você observar suas nuances. Mas calma lá se tu acha que trata-se de um comboio de depressão em forma de cartucho.
"FFVI mostra seus personagens numa perspectiva de crescimento pessoal, enquanto lidam com os traumas de suas vidas e o mundo ao redor, tentando superar seus problemas," se tornarem pessoas melhores. O que passa uma mensagem bem edificante para os players. E como eu já disse MIL vezes aqui nesse blog, esse é um tema que sempre tendo a admirar quando é feito direito, e meus amigos, é aqui onde Final Fantasy VI mais brilha! Sem dúvida é um jogo muito bem estruturado e coeso dentro de seu próprio universo, se levando à sério nos momentos certos, e com uma boa dose de humor. Além da ótima narrativa e do vilão merecidamente adorado por muitos fãs. Caso você se pergunte o porquê de tantos afirmarem em UNÍSSONO que esse é o melhor título entre os seus irmãos, talvez esse artigo lhe ajude. Porém, deixe-me ressaltar uma coisa... ou melhor, dar um conselho. Assim como que fazem parte da internet, alguns "fãs"da série tendem a expor suas opiniões e seus achismos como verdade absoluta
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|FINAL FANTASY VI | FINAL FANTASY 30 ANOS
sem nem conhecer direito do que falam. E isso tende a criar discussões bem cancerígenas por aí... Enfim, o meu conselho é: formule suas opiniões depois de conhecer pessoalmente as obras em questão. Não ligue se o jogo é mainstream ou não, pffffff!!! A experiência com essas belezuras tendem a ir muito além de tudo isso!
O GLORIOSO FINAL DE UMA ERA Como vocês sabem, Final Fantasy VI foi o ultimo da série principal ao usar o clássico sistema de gráficos com sprites fofinhos, inimigos estáticos e batalhas 2D. Porém, era fácil ver que essa era a versão mais impecável entre eles, até porque era a versão mais atual, então... isso faz sentido. O mundo é enorme, os cenários são lindos e cumprem exatamente a sensação que querem passar. Até o ano de seu lançamento, não havia NADA que se comparasse à este belezura. E por mais antigo que seja olhando dos dias de hoje, devo dizer que esse jogo envelheceu bem, bem!A trilha sonora ficou mais uma vez em cargo do já conhecido , o blackmage que conseguia passar melódias fantásticas pra consoles com o poder musical de uma chinforínfula. Imagino que ele possa criar operas com um saguim e uma concha sem se esforçar. Mas o caso com FF VI foi ainda mais impressionante. E sim, estou falando da parte da Opera de fucking 16 bits. Aquilo é MAGIA! Algo tão impressionante que já recebeu muitas homenagens de orquestras por aí. Realmente a trilha de FFVI é muito linda, arrisco dizer aqui que é a mais bela da série. E não é pra menos, cada fragmento musical consegue passar sentimentos ímpares. Aquele órgão emblemático da é de arrepiar, cara, DE ARREPIAR. Informações wikipedianas me disseram que Nobuo lançou CDs em piano, orquestra e se bobear até versão saguim e concha.
FFVI Kitase
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KEFKA PALAZZ
KEFKA PALAZZO
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|DOSSIÊ KEFKA| FINAL FANTASY 30 ANOS
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e você tem amigos que são fãs fervorosos dessa popular série de JRPG, com certeza já ouviu esse nome sendo comentado por algum deles. Sua popularidade como vilão da série Final Fantasy só é rivalizada por Sephitot (na minha opinião kefka ganha tranquilamente). Desumano, genocida, louco... É assim que Kefka é chamado por seus próprios subordinados e até pelos soldados mais frios do Império. Muitos o temem, outros apenas acham-no louco, mas quase todos o odeiam. Kefka age sobre as ordens do imperador Gesthal, mas sem que ele saiba kefka tem seus próprios planos pessoais. Kefka fora abandonado na infância, passando por uma vida dura e sofrida em um orfanato de Thamasa, até que mais tarde, na adolescência, ele entrou para a academia imperial, sendo reconhecido como um prodígio. Dentro da academia ele fora o único voluntário para uma pesquisa de infusão do poder mágico em seres humanos, o experimento fora um sucesso... Kefka adquiriu o dom da magia sem a intervenção direta das Magicite, mas o preço foi alto. Kefka mais tarde, por causa disso, viria a se tornar completamente insano, levando sua filosofia pessimista às ultimas conseqüências.
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|Final Fantasy VII| FINAL FANTASY 30 ANOS
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|FINAL FANTASY| FINAL FANTASY 30 ANOS
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pós o anúncio do remake de Final Fantasy VII para o PlayStation 4 e o Xbox One, eu fiquei pensando “por que não jogar novamente esse clássico?”. A ideia basicamente foi rejogar um dos melhores jogos da minha pré-adolescência e ver como ele havia envelhecido, após quase 20 anos de vida. Será que Final Fantasy VII ainda vale a pena? A resposta rápida é: depende de qual plataforma você jogar. Em Final Fantasy VII, você vive a história de Cloud, um mercenário que juntou-se a um grupo terrorista chamado AVALANCHE. A AVALANCHE está tentando impedir a Shinra, uma empresa de energia elétrica que basicamente manda no mundo inteiro, de destruir o planeta. Todos os reatores da Shinra usam a própria energia vital do planeta para gerar eletricidade, e isso vem a um custo: o planeta está lentamente morrendo. Cabe a você impedi-los.
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bviamente, a história de Final Fantasy VII apenas começa dessa forma, ela vai muito além disso. Ao invés do clássico império do mal que decidiu conquistar os outros reinos, você vive uma história pela própria salvação do planeta, além de uma busca de Cloud pela própria identidade. Conforme o jogo começa a avançar, você nota que vários detalhes da história dele estão confusos, além de certos ataques que ele tem, ou seja, a história de Final Fantasy VII vai muito além do que uma simples sinopse poderia mostrar.
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|FINAL FANTASY| FINAL FANTASY 30 ANOS
PUBLICIDADE Esse detalhe, aliás, é algo um pouco diferente do que estávamos acostumados até então nas histórias de Final Fantasy. Por mais que o sexto capítulo da série seja considerado o melhor de todos, nenhum deles até então tem uma virada na história tão grande quanto Final Fantasy. A Shinra pode até ser um inimigo durante o jogo todo, mas ela não é o vilão principal. Este só dá as caras após algumas horas de jogo, e tem algumas sutilezas que você talvez deixe passar reto. Outro ponto muito forte da história de Final Fantasy VII são os personagens.
"Cada personagem é interessante e tem sua própria história, sua personalidade, e basicamente o seu motivo por estar ali, lutando pela salvação do planeta." A narrativa do jogo também se desenvolve com um ritmo muito bom. É verdade, o planeta está em crise, mas mesmo assim há momentos em que a narrativa faz uma pausa nisso para alguns momentos engraçados, seja a visita na Gold Saucer (quando você pode sair com algum dos personagens do jogo), seja no momento em que você tem que impedir o carro dos seus amigos de ser destruído pelos motoqueiros da Shinra. Durante o jogo todo, praticamente, há esse tipo de quebra, para evitar que o game seja basicamente “vá de A até B, mate tudo o que você encontrar pela frente, mate o chefe, veja a cutscene, siga a vida”.
O SISTEMA DE BATALHA Um desses quesitos não é o sistema de batalha. O jogo usa o sistema Active Time Battle, que tem muita
gente que não gosta, mas que eu sinceramente adoro. É praticamente impossível de fazer estratégias e combos pensados nos Final Fantasy recentes (estou falando de você, XIII), já, com Final Fantasy VII, você faz o que quer durante a batalha, e controla os seus três personagens, ao invés de assistir dois lutando no automático enquanto você controla apenas um. O sistema de batalhas do jogo é subordinado por um sistema de Materias, que são cristais que contém magias ou habilidades para o seu personagem usar. Cada Materia contém uma ou mais dessas, e elas podem ser combinadas para gerar efeitos novos, como soltar uma magia de fogo e ela absorver HP do inimigo e assim por diante.
GRÁFICOS E TRILHA SONORA Graficamente, Final Fantasy VII envelheceu de uma maneira meio estranha. Os gráficos misturando polígonos com cenários pré-renderizados não chegam a desagradar, mas, em alguns momentos, há umas combinações que não parecem tão legais assim. Outro detalhe estranho dos gráficos é o fato da Square ter decidido na época por quatro tipos de modelo para os personagens. Há os modelos de personagens no mapa, os modelos de batalha, os modelos de computação gráfica baseados nos modelos de cenário (ou seja, os personagens super deformados) e os modelos realistas das computações gráficas, ou seja, não há exatamente uma concisão durante o desenvolvimento da história. Fora isso, os gráficos eram revolucionários para a época. A trilha sonora de Final Fantasy VII continua espetacular ainda hoje. E Nobuo Uematsu estava na ponta dos cascos quando compôs as músicas do jogo, e a trilha continua sensacional ainda hoje, seja no tema principal do jogo, seja no tema de Aerith, seja no de batalha, no de JENOVA, enfim, há tanta música boa que dá pra encher umas duas horas de game music fácil sem se cansar. 30 anos de Final Fantasy | 39
|Teste VII| FINAL FANTASY 30 ANOS Você se aproxima de pessoas que são consideradas chatas por todo mundo?
Não, eles que se danem
Sim, sou muito paciente
Como você se sente quando se sente traído ou prejudicado?
Qual desses tipos de personalidade você prefere para um herói?
Se vinga 1º, perdoa depois
Caridosa
O que é mais útil?
Só dar umas porradas mesmo
Emo
Perdoa e esquece
Eca, Não Rabugento
Personagem Forte e silencioso, você gosta?
Uma conexão profunda com o planeta e uma habilidade de invocar uma magia pode salvar o mundo
Gosta de animais?
Sim
Quanto mais silencioso, melhor
Yuffie
Vincent
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Cloud
Sim,ainda mais de morcegos gigantes
Prefere “partir pra cima” ao invés de atacar de longe?
|Teste FFVII| FINAL FANTASY 30 ANOS
Cait Sith
Não, fico de longe mesmo
Umm, usar luvas e empunhar uma lança? Pra que serve suas mãos?
Cid
Pra atirar, pra que mais serviria?
Sim, eu boto pra f*@&#* Barret
Red XIII
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|Final Fantasy Tactics| FINAL FANTASY 30 ANOS
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|Final Fantasy Tactics| FINAL FANTASY 30 ANOS
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e spin-offs (jogos com histórias extras que não seguem a ordem numérica dos jogos principais da série) a série Final Fantasy está repleta. Entretanto, dentre todos, sem dúvida nenhuma, o spin-off que gerou uma maior quantidade de fãs e de comentários foi o Final Fantasy Tactis, criado inicialmente unicamente para o console Playstation e depois refeito através de um simples remake para o PSP (portátil da Sony), que não obteve grandes avanços ou mudanças de seu jogo originário. Basicamente, as mudanças que ocorreram para seu remake de PSP, que recebera o subtitulo de “The War of The Lions”, foram os gráficos. Embora em momentos simples como no world-map ou em batalhas, ele continue o mesmo, em certas cenas, ou CGs (cenas de computação gráfica mais avançadas), as imagens do jogo mostram uma evolução muito significativa, deixando de lado os bonecos pequenos e quadriculados para apresentar algo mais aperfeiçoado, bem-feito e bonito de se ver, sem tirar as características clássicas que o primeiro Final Fantasy Tactics nos deixa. Fora isso, não há nenhuma mudança grande no jogo, senão alguns nomes alterados de jobs (classes que podem ser utilizadas durante
o jogo que possuem diferentes habilidades) e o acréscimo de duas jobs diferentes. Existem outros dois adicionais do remake, um é a presença de um novo personagem, Luso, de Final Fnatasy Tactics Advance 2 (outro spin-off, não relacionado ao de Playstation, sendo este para Nintendo DS), sendo jogável e a participação exclusiva de um dos personagens do Final Fantasy XII, o Balthier. O jogo em si permanece absolutamente o mesmo. A história continua sendo igual e o sistema em que o jogo se desenrola também. Falando em sistema, uma coisa que chamou muita atenção dos jogadores de RPG em especial dos da série, fora o sistema do jogo. Sua mudança foi drástica. Para aqueles que estavam acostumados com o clássico sistema ATB dos jogos anteriores a este, o sistema tático fora um desafio e tanto. Falando em sistema, uma coisa que chamou muita atenção dos jogadores de RPG em especial dos da série, fora o sistema do jogo. Sua mudança foi drástica. Para aqueles que estavam acostumados com o clássico sistema ATB dos jogos anteriores a este, o sistema tático fora um desafio e tanto. Diferente dos outros em que tudo se baseava em apenas confirmas comandos por turnos. 30 anos de Final Fantasy | 43
|Final Fantasy Tactics| FINAL FANTASY 30 ANOS
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inda citando o sistema de luta do jogo, outra questão memorável do jogo Final Fantasy Tactics é o sistema de jobs, que já era utilizado em jogos da série anteriores (sendo o primeiro jogo da série baseado neste sistema) mas que teve sue ápice, sem dúvida nenhuma, neste spinoff.Cloud em sua participação exclusiva como extra em Final Fantasy Tactics, primeira versão, e uma garota chamada Flower Girl, que seria na verdade Aerith, personagem que vende flores do mesmo jogo que Cloud, Final Fantasy VII. Num total, existem vinte e duas jobs comuns, sendo duas extras e únicas para o remake. Existem também quatorze jobs especiais usáveis, sendo duas exclusivas para o remake (a job de Balthier e a de Luso) e uma exclusiva da versão original (a job especial de Cloud, personagem principal do jogo Final Fantasy VII, disponível como extra e jogável). Além destas, mais oito jobs especiais de inimigos, sendo uma exclusiva do remake (job especial de Algus morto). As jobs são inicialmente bloqueadas, e para liberá-las é preciso ir avançando de nível com determinadas (treinando e comprando suas habilidades através dos Job Points) jobs para que libere as outras. Os personagens são também bem interessantes. O protagonista, nomeado como Ramza (e qualquer um que venha a jogar o jogo sem saber inglês poderá com facilidade confundi-lo com uma mulher) é bem tipico, um clichê que não deixa a desejar e o torna especial. Personagens femininos como Agrias, uma guerreira muito poderosa e útil no grupo, Alma e Ovelia também 30 anos de Final Fantasy | 44
representam bem as mulheres no jogo e seus importantes papéis. Fora alguns personagens específicos sua party (grupo) é praticamente composto por personagens secundários, sem real importância na história senão a de lhe ajudar em batalhas. Outro ponto interessante nos personagens é a capacidade de criar personagens do nada, comprando-os com gil (dinheiro do jogo) e nomeá-los como preferir, podendo colocar seu próprio nome neles. O conceito primário por trás do jogo não mudou nos últimos 10 anos. Os jogadores se movimentam em torno do mundo de Ivalice com sua lista de 24 personagens jogáveis, assumindo a plataforma de batalhas especificas (destacadas em vermelho). O titulo original tinha 20 trabalhos separados que poderiam ser selecionados para seus personagens, indo desde baixo escudeiro e arqueiro até o samurai mais poderoso, matemáticos e classe de dança. Cada um desses trabalhos tinha suas próprias listas separadas de atividade, reatividade, apoio, ou habilidade especial que poderiam ser adquiridas. War of the Lions inclue possuí dois trabalhos novos para jogadores escolherem. Ambos desenhados em torno de longa indefinição de nível de colocação e aquisição de item, as forças de Onion Knight e Dark Knights são aparentes depois que você gastou um vasto número de tempo com essas classes. Onion Knights (que vem de Final Fantasy III) inicialmente parecia ser uma escolha fraca para uma profissão. A vantagem deles está na habilidade de equipar e usar todas as peças do equipamento que eles acham em suas jornadas; conforme você ganha e aprende a
usar novas habilidades, você descobrirá que seu Onion Knights se torna mais e mais perigoso, banaliza ataques enquanto causa muito dano no inimigo. Dark Knights, por outro lado, são extremamente perigosos graças a sua habilidade de entregar um pouco de sua saúde para potencializar muitas quedas de inimigos. Uma vez que você os construiu em níveis posteriores, pouquíssimos inimigos podem suportar os ataques deles ou mesmo feri-los em batalha sem pagar o preço. Além de todas estes pontos positivos (ao meu ver, nenhum ponto negativo vem a ser relevante senão o déficit dos gráficos que poderiam ter sido muito mais atualizados no remake para PSP), o jogo nos dá também uma clássica e épica história que envolve momentos com muita mitologia e magia, com demônios, envolvimento de ditaduras e o controle absolutista da igreja do universo do jogo chamado Ivalice.
"Numa época medieval, o Final Fantasy Tactics promete (e cumpre, pode apostar) nos prender ao jogo e não parar até terminá-lo e ver como a história se desenrola." O final, assim como todo o decorrer dela, é mesmo surpreendente e muito enigmático, o que dá um ar de “quero mais” e também de uma possível continuação (embora desde o seu lançamento e o de seu remake nada tenha sido dito sobre e nem mesmo a remota possibilidade nunca tenha vindo a ser discutida).
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The Mith Akihiro Yoshida
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GAME OVER? Não mesmo! 30 anos de Final Fantasy, edição nº2 já está disponível, em versão digital e impressa!
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