Centro Cultural Pinheiros - Reestimulando os Incentivos à Cultura

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Universidade São Judas Tadeu Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 10º período do curso de Arquitetura e Urbanismo

Biasoto, Vinicius Macedo Centro Cultural Pinheiros: Reestimulando os Incentivos à Cultura Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2019

Orientadora Professora Doutora Ana Paula Koury.

Trabalho Final de Graduação, apresentado à banca do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu como requisito para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista.



AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus o grande arquiteto do universo por ter permitido e guiado os meus caminhos, peço para que sempre guie os meus passos nessa profissão tão amada por mim e importante para a humanidade. Dedico essa conquista aos meus amados pais Zélia Biasoto e Eduardo Biasoto que sempre estiveram ao meu lado, me incentivando a superar os obstáculos, enfrentando-os com força, sabedoria e equilíbrio. Agradeço imensamente o apoio do meu querido irmão Henrique Biasoto, que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, acompanhando a minha trajetória, me inspirando e acreditando nos meus sonhos. Dedico ao meu amado Jefferson Queiroz, cuja parceria e companherismo foram essenciais para a chegada até este momento. Aos meus queridos amigos que estiveram comigo nessa jornada me incentivando e sempre acreditando no meu potencial. A minha estimada orientadora Professora Ana Paula Koury, a qual possuo uma grande admiração pelo seu profissionalismo, conhecimento e competência, cuja sugestões e incentivos foram indispensáveis à conclusão do presente estudo.



SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 OS CENTROS CULTURAIS E O FINANCIAMENTO DE PESQUISA 1.2 OBJETIVO 1.3 JUSTIFICATIVA

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2. O LUGAR 2.1 LOCALIZAÇÃO 2.2 GÊNESE E DESENVOLVIMENTO 2.3 EVOLUÇÃO DO TRAÇADO 2.4 OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA 2.5 CONCURSO PÚBLICO NACIONAL RECONVERSÃO URBANA LARGO DA BATATA 2.6 ATUALMENTE

16 18 20 22 24

3. ESTUDOS DE CASO 3.1 SALA SÃO PAULO 3.2 PRAÇA DAS ARTES

30 32 34

4. REFERÊNCIAS 4.1 PRAÇA DAS ARTES - BRASIL ARQUITETURA 4.2 CENTRO CULTURAL PORTUGAL - MATEO ARQUITECTURA

36 38

10 12 14

26 28

39

5. O PROJETO 40 5.1 LEITURAS 42 5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 48 5.3 LEGISLAÇÃO 54 5.4 PARTIDO 56 5.5 ESTUDO PRELIMINAR - 58 BANCA INTERMEDIÁRIA 5.6 PROGRAMA 59 5.7 PROJETO 60 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



1. INTRODUÇÃO


2010

623.832 1994

350.720

2016

248.756

GRÁFICO 1 - VALOR MÉDIO ATRIBUIDO POR PROJETO POR ANO R$ EM MILHÕES, VALORES MAIO DE 2016. APP.FGV.BR. Recursos à Lei Rouanet em queda desde 2010. há três anos. Disponível em: <http://dapp.fgv.br/recursos-lei-rouanet-em-queda-desde-2010/> Acessado em: 04/05/2019. 09


1. INTRODUÇÃO 1.1 OS CENTROS CULTURAIS E O FINANCIAMENTO DE PESQUISA

A questão analisada trata-se de uma questão econômica que manifesta-se a partir do levantamento realizado pela ABRAOSC (Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura), levantamento este que indica os cortes de investimentos na cultura pelo governo do estado de São Paulo, redução que vem acontecendo desde 2010. O levantamento aponta os equipamentos culturais que serão afetados por essa decisão são: Pinacoteca do Estado, Museu Catavento, Museu Afro Brasil, Museu da Imagem e do Som, Oficinas Culturais, Fábricas de Cultura, Museu do Futebol, Museu da Língua Portuguesa, Museu da Casa Brasileira, Casa das Rosas, São Paulo Cia. de Dança e Theatro São Pedro. O Gráfico 1 indica o valor médio atribuído por projeto, demonstrando a redução do investimento ao incentivo à cultura do ano de 1994 ao ano de 2016 no Brasil. É possível analisar que os valores médios atribuídos por projeto de 1994 á 2010 oscilaram positivamente, a partir de 2010 os valores sofrem uma redução drástica no investimento e incentivo à cultura.

A redução dos investimentos para o setor cultural em São Paulo, prevista em 2019, desencadeia uma série de eventos que influenciam negativamente e diretamente os equipamentos culturais, como: Diminuição drástica da programação pública, cancelamento de exposições, palestras e eventos de formação, redução do atendimento em áreas expositivas, cancelamento da temporada de óperas e concertos sinfônicos, fechamento de bibliotecas, orquestras, bandas, oficinas de férias e cursos noturnos, redução no horário de atendimento e demissão de 500 colaboradores segundo a ABRAOSC. Os valores investidos em 1994 são maiores que os de 2016, o que resulta uma grande preocupação para o desenvolvimento da cultura não só do Estado de São Paulo, mas para o desenvolvimento cultural do nosso país. O alarmante gráfico resultou no desenvolvimento da minha proposta, afim de amenizar os danos recorrentes da falta de atribuições financeiras pelo governo para incentivo cultural. 10


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FIG. 01 - MEZANINO MERCADO DE PINHEIROS. ACERVO PRÓPRIO. 19/09/2019


1. INTRODUÇÃO 1.2 OBJETIVO

O objetivo do presente estudo é a criação de um Centro Cultural, dedicado a música, dança, exposições e diálogos com outras linguagens artísticas.

Diante dessa premissa, cria-se um sistema de fluxos no pavimento térreo, possibilitando a livre convivência, à ruptura de divisões entre espaço público e privado.

A área está localizada no bairro de pinheiros, especificamente no largo da batata, região que atualmente é caracterizada como grande polo de concentração empresarial, tornou-se palco de manifestações culturais e políticas, está situada ao lado do mercado municipal de pinheiros, delimitado a sul pela Rua Pedro Cristi e a norte pela Rua Cardeal Arcoverde.

O recorte estratégico do terreno para as ruas: Cardeal Arcoverde, Pedro Cristi e Cunha Gago, permite não só um espaço de transposição, mas também de interação e convivência.

Procuro responder neste trabalho as questões levantadas sobre a responsabilidade dos equipamentos culturais financiados por intituições privadas, equipamentos estes que atribuiem uma função social e uma difusão mais democrática da produção artística no contexto atual. São apresentadas soluções arquitetônicas contemporâneas, através da análise dos principais fluxos na região, levando em consideração a existência de um ponto chave, o Mercado Municipal de Pinheiros. (fig. 01)

Em sua centralidade é presuposto uma arquibancada, um espaço para descanso e permanência, um convite a ocupação espontânea. O café no pavimento térreo reforça essa integração, com o objetivo de prestar suporte ao mercado municipal de pinheiros. A intenção de ocupação por meio de expressões artísticas e de um pensamento sobre o que é o execício de cidadania, pretende-se instigar e convidar as pessoas a se apropriarem dos espaços, transformando gradativamente as relações humanas e sociais. 12


MAIORES INVESTIDORES GRÁFICO DE INVESTIMENTOS EM 2015

TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S.A COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DO BRASIL PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S.A BRASILPREV SEGUROS E PREVIDÊNICA S/A CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A CAIXA SEGURADORA S/A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT) REDECARD S/A BANCO BERJ S.A COMPANHIA BRASILEIRA DE METALURGICA E MINERAÇÃO CIELO S.A BANCO ITAUCARD S.A BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/A BANCO DO BRASIL S.A BNDES 0

R$ 10.000.000

R$ 20.000.000

R$ 30.000.000

R$ 40.000.000

R$ 50.000.000

R$ 60.000.000

GRÁFICO 2 - MAIORES EMPRESAS FINACIADORAS EM 2015. FONTE: SISTEMA DE APOIO ÀS LEIS DE INCENTIVO À CULTURA. APP.FGV.BR. Recursos à Lei Rouanet em queda desde 2010. há três anos. Disponível em: <http://dapp.fgv.br/recursos-lei-rouanet-em-queda-desde-2010/> Acessado em: 04/05/2019. 13


1. INTRODUÇÃO 1.3 JUSTIFICATIVA

A proposta deste trabalho justifica-se através da identificação das empresas que mais investem em cultura no Estado de São Paulo. Conforme dados fornecidos pelo Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura representados no Gráfico 2, as instituições privadas dispõem-se cada vez mais ao incentivo à cultura. No topo do ranking temos: Banco do Brasil, Banco do Bradesco e Banco Itaucard. A seguir um trecho referente ao PRONAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura): “O Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), instituído pela Lei 8.313, de 1991, é responsável por captar e canalizar recursos para o setor. Entre outras ações, o Pronac facilita os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais, além de estimular a produção e difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores de conhecimento, cultura e memória.” PORTAL-CULTURA.INFRA.CULTURA.GOV.BR. Apoio a projetos. Disponível em: <http://portal-cultura.infra.cultura. gov.br/apoio-a-projetos/> Acessado em: 13/05/2019.

De acordo com o Capítulo IV da Lei 8.313 Art 18º, parágrafo 1: “Com o objetivo de incentivar as atividades culturais, a União facultará às pessoas físicas ou jurídicas a opção pela aplicação de parcelas do Imposto sobre a Renda, a título de doações ou patrocínios, tanto no apoio direto a projetos culturais apresentados por pessoas físicas ou por pessoas jurídicas de natureza cultural, como através de contribuições ao FNC, nos termos do art. 5o, inciso II, desta Lei, desde que os projetos atendam aos critérios estabelecidos no art. 1o desta Lei.” (BRASIL, 1991, n.p)

A aplicação de parcelas do imposto sobre a renda é permitido desde que atendam o Capítulo I da Lei 8.313 Art 1º, parágrafo 1: “I - contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais; II - promover e estimular a regionalização da produção cultural e artística brasileira, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais; III - apoiar, valorizar e difundir o conjunto das manifestações culturais e seus respectivos criadores;

V - salvaguardar a sobrevivência e o florescimento dos modos de criar, fazer e viver da sociedade brasileira; VI - preservar os bens materiais e imateriais do patrimônio cultural e histórico brasileiro; VII - desenvolver a consciência internacional e o respeito aos valores culturais de outros povos ou nações; VIII - estimular a produção e difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores de conhecimento, cultura e memória; IX - priorizar o produto cultural originário do País.” (BRASIL, 1991, n.p)

Através das informações fornecidas pelo código civil, busco enfatizar a justificativa da proposta projetual deste trabalho, que tem por sua finalidade incentivar o investimento de empresas privadas para fins culturais a troca de aplicações em impostos sobre a renda e contudo demonstrar a importância desses investimentos, uma vez que os orgãos governamentais estão desistimulando o desenvolvimento cultural em São Paulo. Na próxima página segue um esquema de como funciona o processo de aprovação de projetos que utilizam a lei 8.313/1991. 14


CAMINHO DO INCENTIVO

PASSO A PASSO PERCORRIDO POR UM PROJETO CULTURAL, DA APROVAÇÃO À PRESTAÇÃO DE CONTAS

FIG. 02- O CAMINHO DO INCENTIVO.

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LEIDEINCENTIVOACULTURA.CULTURA. GOV.BR/. Como funciona?. Disponível em: <http://leideincentivoacultura.cultura.gov.br/ como-funciona/> Acessado em: 20/10/2019.


2. O LUGAR


FIG. 03 - MAPA DO BRASIL, IDENTIFICAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR

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FIG. 04 - MAPA DO ESTADO DE SÃO PAULO, IDENTIFICAÇÃO DA CAPITAL. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR

FIG. 05 - MAPA DA CIDADE DE SÃO PAULO, IDENTIFICAÇÃO DO DISTRITO DE PINHEIROS. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR


2. O LUGAR 2.1 LOCALIZAÇÃO

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FIG. 06 - MERCADO DOS CAIPIRAS. SPCITY.COM.BR. Porque o nome largo da batata. 09/01/2018. Disponível em: <https:// spcity.com.br/wp-content/uploads/2016/02/ gazeta-de-pinheiros-452-1-1400x700.jpg> Acessado em: 20/08/2019.

FIG. 07 - COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA, 1920.

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SPCITY.COM.BR. Porque o nome largo da batata. 09/01/2018. Disponível em: <https:// spcity.com.br/wp-content/uploads/2016/02/ CAC-ndl-go-jp-500x345.jpg> Acessado em: 20/08/2019.


2. O LUGAR 2.2 GÊNESE E DESENVOLVIMENTO O local hoje denominado bairro de Pinheiros passou por grandes transformações ao longo dos anos. Sua origem é descrita pela chegada dos jesuítas no século XVI, responsáveis pela fundação da aldeia e capela “Nossa Senhora dos Pinheiros da Conceição”, nas margens do Rio Pinheiros. No período denominado “Corrida do Ouro”, pinheiros consolida-se em uma posição estratégica comparado as outras regiões, devido aproximidade do rio pinheiros. Esse fator possibilitou aos moradores da região cobrarem dos viajantes e mineiros pela travessia do rio. Essa transição e a situação geográfica denominaram esse espaço como um “local de passagem”. O processo de transformação deste local de passagem, para uma centralidade urbana ligada ao comércio de alimentos ocorre em 1910, com a consolidação do primeiro mercado do bairro, conhecido como “Mercado dos Caipiras” (fig. 06), nome dado devido à venda de mercadorias de pequenos agricultores das zonas mais afastadas da cidade. O principal produto comercializado no mercado eram as batatas, produzidas pelos imigrantes japoneses que sediavam a região de cotia (fig.07).

A ascensão do mercado de alimentos e o fluxo de produtos na região, pinheiros que se encontrava isolado da região central, tornase um centro dinâmico com um grande fluxo de pessoas e mercadorias, consagrandose em uma importante zona comercial e de desenvolvimento econômico da cidade São Paulo. Consequentemente ocorre a expansão demográfica do bairro, atraindo investidores imobiliários juntamento ao estado, que visam transformar essa nova centralidade. No período entre 1915 á 1929 ás transformações ocorridas na região são: a retificação da várzea do Rio Pinheiros e a instalação da linha do bonde pela indústria canadense The São Paulo Tramway Light and Power Company , a fundação da C.A.C (Cooperativa Agrícola de Cotia), sede dos produtores agrícolas já citados, a abertura da atual Avenida Brigadeiro Faria Lima, o calçamento de ruas e calçadas e a canalização de córregos a céu aberto. Em 1960 a construção do terminal de ônibus de pinheiros configura uma etapa importante na configuração do bairro, pois atrai olhares

ao comércio irregular e à população de baixa renda, olhares estes que nos anos posteriores tornam-se fatores essenciais para as intervenções privadas subsequentes. As mudanças ocorridas na localidade e os interesses dos produtores, desencadearam um processo de modernização do mercado, pois tornou-se incapaz de suportar o volume de pessoas e mercadorias que ali se convergiam. A demolição do então “Mercado dos Caipiras”, ocorreu no ano de 1971, reabre no atual endereço, deixando de ser apelidado dessa forma e passa a ser reconhecido como “Entreposto Municipal de Pinheiros” ou “ Mercado de Pinheiros”. A morfologia e usos das construções se transformam, pequenos edifícios dão lugares a edifícios maiores e mais modernos, o uso antes somente comercial torna-se ambivalente, e a construção dessa configuração vai se moldando conforme as necessidades espaciais.

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MAPA 01 - MAPA DIGITAL DA CIDADE DE SÃO PAULO (1905) • Arruamento incipiente; • Somente ruas próximas aos bairros “Villa America” e “Villa Cerqueira Cesar” são nomeadas; • Rua Arcoverde (atual Cardeal Arcoverde) já aparece como eixo de ligação entre esses bairros e o centro do bairro de pinheiros; • No centro entre a rua Cardeal Arcoverde e a Rebouças não havia quase nenhum arruamento; • Próximo ao Rio pinheiros há alguns traços de ruas porém não nomeadas.

MAPA 02 - MAPA DIGITAL DA CIDADE DE SÃO PAULO (1924)

• Arruamento mais denso e denominações de ruas; • Rua paralelas entre as ruas Cardeal Arcoverde e Rebouças, que anteriormente eram quase inexistentes; • Rio Pinheiros melhor delimitado em planta; • No centro entre a rua Cardeal Arcoverde e a Rebouças não havia quase nenhum arruamento; • Estrada das boiadas (atual Avenida Diógenes Ribeiro de Lima): principal percurso dos comerciantes no período.


2. O LUGAR 2.3 EVOLUÇÃO DO TRAÇADO MAPA 03 - IMAGEM AÉREA GEOSAMPA (1954) • Área bastante densificada, a não ser nas áreas mais próximas ao Rio Pinheiros; • Retificação do Rio Pinheiros; • Conformação dos eixos importantes: Rua Pinheiros, Avenida Eusébio Matoso, Rua Cardeal Arcoverde e Teodoro Sampaio; • Nota-se a presença de um novo cemitério, o cemitério de São Paulo, criado em 1926, para suportar a grande demanda devido a superlotação dos cemitérios da Consolação e do Araça.

MAPA 04 - IMAGEM AÉREA GOOGLE EARTH (2019)

• Clara consolidação da zona oeste de São Paulo: Pinheiros Butantã e Lapa; • Forte Crescimento dos bairros Alto de Pinheiros, Vila madalena e Butantã (à noroeste da imagem); • Presença da Marginal Pinheiros inaugurada em 1970; • Avenida Brigadeiro Faria Lima, inaugurada também em 1970, prolongamento da antiga rua iguatemi ligando a Vila Madalena à Vila Olímpia; • Extensão da rua Henrique Schaumann feita pela Avenida Paulo VI com destino a perdizes.

LEGENDA RIO PINHEIROS PRINCIPAIS VIAS CEMITÉRIOS 22


As transformações e modernização do bairro de Pinheiros nas décadas anteriores, não foram suficiente para impedir a degradação ambiental do bairro, que foi profundamente afetado pela informalidade urbana. As iniciativas governamentais títuladas “Operações Urbanas Consorciadas”, são intervenções através de projetos urbanísticos que manifestam-se para responder a esse processo. A finalidade dessas intervenções procede na transformação e consequentemente no melhoramento do meio urbano, através da outorga onerosa (dispositivo que reconhece a separação entre o direito de propriedade e o direito construtivo, e atribui ao poder público a propriedade sobre os direitos construtivos e a faculdade de vendê-los àqueles que desejarem exercê-la na propriedade urbana). 23

A Operação Urbana Consorciada, segundo o Estatuto da Cidade é definida: “§ 1° Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental.” (BRASIL, 2001, n.p)

Essa intervenção prevê a parceria do poder publico e do setor privado, com o objetivo de investir em transformações urbanísticas em determinadas áreas da cidade. As operações buscam tornar essas áreas mais atraentes para futuros empreendimentos, como por exemplo os CEPAC’s (Certificado de Potencial Adicional de Construção) que são:

FIG. 08 - PERÍMETRO DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA. PREFEITURA.SP.GOV.BR. OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA: Conheça a Operação Urbana Faria Lima. 05/07/2010. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ urbanismo/sp_urbanismo/operacoes_urbanas/faria_ lima/index.php?p=19591> Acessado em: 20/10/2019


2. O LUGAR 2.4 OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA

“Valores mobiliários emitidos pela Prefeitura do Município de São Paulo, através da SP URBANISMO, são utilizados como meio de pagamento de Contrapartida para a outorga de Direito Urbanístico Adicional dentro do perímetro de uma Operação Urbana Consorciada. Cada CEPAC equivale a determinado valor de m2 para utilização em área adicional de construção ou em modificação de usos e parâmetros de um terreno ou projeto.” PREFEITURA.SP.GOV.BR. CEPAC: Certificado de Potencial Adicional de Construção. 30/06/2010. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/ cidade/secretarias/urbanismo/sp_urbanismo/cepac/ index.php?p=19456> Acessado em: 20/10/2019

A Operação Urbana Consorciada Faria Lima (OUCFL) intitulada no ano de 1995, tem como principais diretrizes: a melhoria da acessibilidade viária e de pedestres, a reorganização dos fluxos de tráfego, priorizando o transporte coletivo, bem como a criação e qualificação ambiental de espaços

públicos e o atendimento habitacional às comunidades que vivem em ocupações irregulares localizadas em seu perímetro ou no entorno imediato. Sua adequação ao estatuto da cidade resultou na lei 13.769/2004. Os setores (fig. 08) que dividem a operação são: Faria Lima, Pinheiros, Olimpíadas e Hélio Pelegrino. A área de estudo está localizada no setor de Pinheiros, para este setor era previsto o alargamento e prolongamento da rua do sumidouro e da avenida Brigadeiro Faria Lima, requalificação urbana do largo da batata e a implantação do terminal de ônibus na rua Capri. Os pontos que foram atendidos com as intervenções foram: A reconstrução do Largo de Pinheiros, a transferência do terminal de ônibus e a ligação entre as ruas Sumidouro e Baltazar Carrasco no ano de 1995. 24


FIG. 09 - LARGO DA BATATA EM PINHEIROS, 2013. ENCONTRAPINHEIROS.COM.BR. LARGO DA BATATA EM PINHEIROS. há 6 anos Disponível em: <https://www.encontrapinheiros. com.br/pinheiros/largo-da-batata-em-pinheiros/> Acessado em: 21/10/2019

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2. O LUGAR 2.5 CONCURSO PÚBLICO NACIONAL RECONVERSÃO URBANA LARGO DA BATATA

FIG. 10- PERSPECTIVA DO PROJETO VENCEDOR DO CONCURSO DE RECONVERSÃO URBANA FARIA LIMA. ACIDADEDESP.COM.BR. OPERAÇÃO URBANA FASE 3. 23/05/2016. Disponível em: <http:// acidadedesp.com.br/pinheiros/operacao-urbana-fase3-o-final/> Acessado em: 21/10/2019

No contexto da Operação Urbana Consorciada Faria Lima, o largo da batata é incorporado aos planos de intervenções. Através do concurso público nacional no ano de 2001, o projeto (fig.10) do escritório de arquitetura “Tito Lívio e Associados” é selecionado como a melhor proposta urbanística, pois seguia as diretrizes exigidas pela comissão do concurso, são essas: a transferência do terminal de ônibus, a elaboração de praças e equipamentos culturais públicos.

Em 2007 as obras dão início, porém, são embargadas em 2009 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), devido ao aparecimento de sítios arqueológicos. Após essa paralização, ocorre a falta de recursos para a continuidade do projeto devido aos gastos em obras em torno da avenida Rebouças e Cidade Jardim.

Sobre o viário, foi proposto a restruturação e ampliação das calçadas e modernização da fiação através do seu aterramento. Essas mudanças estavam previstas entre as ruas Teodoro Sampaio e Pedro Cristi.

Não constava no término da obra um centro de eventos ou uma praça com cobertura vegeta, ambos prometidos no projeto urbanístico, mas somente o vazio, sem bancos ou árvores, mesas ou qualquer outro mobiliário urbano. A imensidão do local e a aridez, somou-se a uma dramática transformação do espaço físico da cidade.

O deslocamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima a oeste, sucedeu na abertura de uma extensa área, cuja, o uso pertenceria a um empreendimento privado com um estacionamento no subsolo, uma área comercial arborizada, um equipamento cultural e um auditório.

No ano de 2013 confirma-se o término da obra pela prefeitura do estado.

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FIG. 11 - BOX INSTITUTO ATA, MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS FRATUS, Alessandra. Conheça o charmoso Mercado de Pinheiros em São Paulo. 13/02/2017. Disponível em: <https://www.topensandoemviajar.com/2017/02/13/ o-simpatico-mercado-de-pinheiros/> Acessado em: 28/10/2019

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2. O LUGAR 2.6 ATUALMENTE

FIG. 12 - MANIFESTAÇÃO “ELE NÃO” EM 2018 NO LARGO DA BATATA. EXAME.ABRIL.COM.BR/. BRAZIL ELECTION PROTEST. 29/09/2018. Disponível em: <https:// abrilexame.files.wordpress.com/2018/09/2018-0929t234906z_2065582450_rc1c2360ea00_rtrmadp_3_ brazil-election-protest.jpg> Acessado em: 25/10/2019

FIG. 13- OCUPAÇÃO NO LARGO DA BATATA PELO GRUPO “A BATATA PRECISA DE VOCÊ” PISEAGRAMA.ORG. A BATATA PRECISA DE VOCÊ. 16/10/2015 Disponível em: <https://piseagrama.org/abatata-precisa-de-voce/> Acessado em: 25/10/2019

Após o término da obra em 2013, o largo tornou-se palco para diversas mobilizações que paralizaram a cidade de São Paulo como em 2013 o movimento “Passe Livre” e em 2018 as manifestações “Ele Não” (fig. 12). Estes momentos de grande repercussão acabaram por fazer desta área uma centralidade. Podemos citar, que além dos manifestos, surgiu o grupo “A Batata Precisa de Você” (fig.13) , um movimento criado com intuito de manifestar-se em prol das transformações prejudiciais que o planejamento anterior causou. O objetivo do grupo é organizar essas ocupações espontâneas com finalidade de tornar o largo da batata um espaço de lazer e convívio. São responsáveis também pela implantação dos mobiliários urbanos existentes no largo desde 2013.

“Em 2015, o mercado municipal de pinheiros incorporou novas tendências do ramo da alimentação, com a abertura de quatro novos boxes, que representam cinco biomas brasileiros: caatinga e cerrado, mata atlântica, amazonia e pampas, sediados pelo Instituto Ata com apoio da prefeitura do estado, administrado pelo renomado chef Alex Atala. (fig.11)” FRATUS, Alessandra. Conheça o charmoso Mercado de Pinheiros em São Paulo. 13/02/2017. Disponível em: <https://www.topensandoemviajar. com/2017/02/13/o-simpatico-mercado-de-pinheiros/> Acessado em: 28/10/2019

Todas essas manifestações espontâneas tornam esse espaço um grande laboratório de uso e permanência. Se inteirar dessas transformações, é decorrer por meio da união de escalas – cidade e edifício – é poder se beneficiar dos acontecimentos ocorridos em prol de estabelecer uma conexão entre os tipos de usos. 28


2. O LUGAR 2.7 CRONOLOGIA - LINHA DO TEMPO EXEMPLIFICADA

A Inauguração do “MERCADO DOS CAIPIRAS” e a Cooperativa Agrícola de Cotia, dão origem ao nome “LARGO DA BATATA”, devido a comercialização de batatas. Torna-se um centro importante, com um grande fluxo de pessoas e mercadorias.

A partir dos anos 60, houveram diversas mudanças morfológicas do bairro como por exemplo o alargamento das ruas do entorno imediato do largo da batata. Consequentemente a instalação do terminal de ônibus, o que atraiu muitas pessoas e comerciantes para a região. As transformações e modernização, não foram suficiente para impedir a degradação ambiental do bairro, que foi profundamente afetado pela informalidade urbana

Após o término da obra em 2013, o largo tornou-se palco para diversas mobilizações que paralizaram a cidade de São Paulo. Todas essas manifestações espontâneas tornam esse espaço um grande laboratório de uso e permanência.

1910-1930

1950-1990

2013-2019

1930-1950 A presença de sobrados e pequenos sobrados dispostos em vilas e ruas estreitas caracterizou a região, marcada pelos seus diferentes usos (habitação, comércio e serviço).

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1990-2013 Em 1995 é títulada a “Operação Urbana Consorciada Faria Lima” com intervenções que procede na transformação e consequentemente no melhoramento do meio urbano. Em seguida é lançado o concurso de “Reconversão Urbana” no Largo da Batata que visariam melhor toda a região. As obras tem inicio no ano de 2007 e finalizada em 2013. Não constava no término da obra um centro de eventos ou uma praça com cobertura vegeta, ambos prometidos no projeto urbanístico, mas somente o vazio, sem bancos ou árvores, mesas ou qualquer outro mobiliário urbano. A imensidão do local e a aridez, somou-se a uma dramática transformação do espaço físico da cidade.


3. ESTUDOS DE CASO


Desde 1997 a sede da OSESP (orquestra sinfônica do estado de São Paulo) está localizada no Complexo Cultural Júlio Prestes, um edifício tombado que faz parte do patrimônio histórico arquitetônico e ferroviário da cidade de São Paulo. Projeto de Nelson Dupré, que tinha como desafio projetar uma sala de concertos em um grande jardim de inverno já existente no centro do edifício, respeitando todo o contexto histórico, adequando a arquitetura existente com a que seria projetada. A construção da arquitetura ocorre a partir da estrutura original (fig. 15), a superfície dos pilares possui algumas irregularidades e ornamentos nos capitéis, elementos que são favoráveis para as questões de isolamento acústico, pois quando as ondas sonoras se chocam com essas irregularidades elas são refletidas em vários ângulos, o que permite que o som se propague por todo o ambiente da mesma forma. O tratamento da face dos camarotes (fig.16), receberam a mesma atenção, são painéis de madeira náutica com volumes irregulares que variam de profundidade, facilitando ainda mais a propagação regular do som. O projeto possui três sistemas rigorosos de elevadores, o primeiro (fig.17) se estabelece no forro de madeira, que abriga toda extensão da sala de concerto, no total são 45 placas de madeira, acima dessas placas, abrigamse 15 elevadores, cada um responsável por 31

sustentar 3 placas, permitindo que esse forro se movimente parcialmente ou uniformemente na vertical atingindo altura máxima 22 metros e altura mínima 4 metros em relação ao palco. A principal função desse forro móvel é propiciar diferentes ambientes de acordo com o tipo de música, o principal estilo de música orquestrado na sala é a música clássica, que em seus primórdios surgiu em grandes e pequenos palacetes, então a ideia é simular exatamente esses ambientes pela variação de altura para que a música não destoe.

durante as apresentações. A cobertura da sala de concertos possui algumas camadas que contribuem para o isolamento acústico começando pelas placas do forro de madeira móvel, acima encontrase uma plataforma de aço que sustenta os elevadores, logo após uma cobertura de policarbonato que fica responsável pelo isolamento acústico na parte superior, mais acima temos uma cobertura isotérmica que auxilia o controle da temperatura sem que haja interferências externas de temperatura.

O segundo elevador (fig.18) chama-se “elevador do piano”, responsável pelo transporte do piano de calda, instrumento muito delicado que deve ser manuseado e transportado com muita cautela, esse elevador no palco da acesso a área técnica, onde está localizado o depósito onde o piano é armazenado quando não possui apresentações ou ensaios, esse depósito deve ter uma temperatura especifica para não danificar os instrumento musical. Esse elevador também é utilizado para o transporte de outros instrumentos também.

A portas (fig.20) nos três níveis (térreo, mezanino e primeiro andar) possuem duas camadas de madeira, uma de pau marfim e a outra de compensado, dentre elas encontrase uma placa de chumbo e tudo é selado com uma régua de borracha, tudo isso para garantir perfeito isolamento acústico da sala.

O terceiro elevador (fig.19) chama-se “elevador do coro” localizado logo atrás do palco redimensiona a altura das três primeiras fileiras, podendo se nivelar ou não até a altura do palco, tornando uma extensão do palco e que também dá acesso à área técnica. Essas três fileiras possuem poltronas fixas, ou seja, elas ficam permanentemente abertas, para que não haja interrupções durante as apresentações, quando o coro repousa

Devido as vibrações no solo causadas pelo trem, o piso possui algumas camadas de isolamento, a camada mais profunda possui 20cm de concreto, acima temos uma camada de 20 mil discos de Neoprene, que auxilia na absorção de vibrações e no amortecimento do peso aplicado sobre a sala em períodos de apresentações, acima disso temos uma camada de madeira naval, devido ao encontro do lençol freático no rebaixo da plateia, então para que não houvesse inundações, foi usado esse tipo de madeira, logo acima temos mais uma camada de concreto e por fim o assoalho de madeira. REZENDE, Joana. Visita monitorada à Sala São Paulo: Núcleo de Educação Patrimonial da Sala São Paulo. Realizada em: 31/08/2019.


3. ESTUDOS DE CASO 3.1 SALA SÃO PAULO

FIG. 15 - PILARES ORIGINAIS, COM SUPERFÍCIES IRREGULARES E NO FIG. 16 - TRATAMENTO DA FACE DOS CAMAROTES COM MADEIRA NÁUTICA TOPO OS CAPITÉIS ORNAMENTADOS. FONTE: ACERVO PRÓPRIO E SUPERFICIES IRREGULARES FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 17 - FORRO DE MADEIRA COM TOTAL DE 45 PLACAS, ACIMA ABRIGA 15 ELEVADORES QUE TORNAM ESSE FORRO MÓVEL NA VERTICAL PARA SE ADAPTAR AO TIPO DE AMBIENTE SONORO . FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 18 - ELEVADOR ABAIXO DO PALCO PARA TRANSPORTE DO PIANO DE CALDAS QUE É RESERVADO NO PAVIMENTO INFERIOR. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 20 - PORTAS RIGOROSAMENTE TRATADAS PARA ISOLAMENTO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 19 - ELEVADOR DO CORO REDIMENSIONÁVEL PARA CRIAR UMA EXTENSÃO DO PALCO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

32


DESAFIOS ENFRENTADOS

ESPAÇO RESERVADO PARA DA ORQUESTRA

Absorvendo as sugestões propostas pela banca intermediária sobre o esclarecimento do tema, foram realizadas visitas para aprofundamento técnico, quesitos exigidos na construção do programa projetual.

O espaço reservado para a sala da orquestra possui capacidade para aproximadamente 130 musicistas. As cadeiras e os pedestais ficam disponíveis para os ensaios da orquestra.

SOBRE A PRAÇA A Praça das Artes é um complexo cultural dedicado a música, dança e exposições. Administrada pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo e criada como extensão de suas atividades, a Praça tem demonstrado, tanto pelas características arquitetônicas quanto pela vocação para a formação, que sua identidade inclina-se para manifestações mais contemporâneas, experimentais e próximas do cotidiano de um centro cultural.

FIG. 21 - INDICAÇÃO DAS PAREDES DUPLAS COM TRATAMENTO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

Idealizado pelo Secretário de Cultura Carlos Augusto Calil, o projeto foi desenvolvido pelo escritório Brasil Arquitetura (com os arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz) em conjunto com o arquiteto Marcos Cartum, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

33

Para projetar esse espaço músical foi previsto alguns elementos que são essenciais para absorção acústica do ambiente. Todo sistema estrutural possui paredes duplas (fig.21) com tratamento acústico interno que foram moldadas in loco. No forro (fig.22) foram aplicados painéis acústicos revestidos com tecidos de lã, é um sistema construtivo de elevado desempenho técnico e montagem simples proporcionando a redução de “eco” e a estabilização sonora no ambiente.

O Programa idealizado para o projeto enfatiza a arte em suas diferentes formas. Faz parte do programa salas de instrumentos individuais e coletivos, salas de danças e espaço reservado para orquestra. O antigo Conservatório Dramático Musical deu lugar a um espaço de exposições no térreo e a uma sala de Concertos no 1º pavimento.

ENSAIO

FIG. 22 - INDICAÇÃO FORRO COM TECIDO DE LÃ. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

MIGLIARI, Gustavo. Visita monitorada à Praça das Artes: Supervisor de arquitetura na Fundação Theatro Municipal. Realizada em: 22/10/2019.


3. ESTUDOS DE CASO 3.2 PRAÇA DAS ARTES

FIG. 23 - INDICAÇÃO PAREDE DUPLA COM TRATAMENTO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 24 - INDICAÇÃO FORRO DE GESSO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 25 - INDICAÇÃO PAINÉIS ACÚSTICOS. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

Na alvenaria (fig. 23) temos o mesmo sistema de paredes duplas com todo tratamento de isolamento acústico. No forro temos placas de gesso acústico, com leves perfurações para facilitar a propagação do som (fig 24).

encontrado no forro do espaço da orquestra (fig.25).

SALAS DE ENSAIOS - INSTRUMENTAÇÃO As salas de instrumentação possuem duas dimensões, uma dimensão para ensaios em grupo de aproximadamente 30m² e a outra para ensaios individuais com aproximadamente 12m². Ambas possuem as mesma configuração espacial em termos arquitetônicos, ou seja, com o mesmo revestimento no piso, nas paredes e no forro.

Nas paredes estão instalados painéis revestidos com tecido de lã, mesmo material

Todos esses elementos contribuem para o isolamento acústico do ambiente, tornando-o ideal para o estudo musical.

34


SALAS DE DANÇAS As salas de danças também possuem a mesma tipologia, todas dotadas de especificidades técnicas para compartar o respectivo uso. As paredes nessas salas também são duplas, assim como nas outras salas com outros usos (fig.26).

FIG. 26 - INDICAÇÃO PAREDE DUPLA COM TRATAMENTO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

FIG. 27 - INDICAÇÃO PISO LINÓLEO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

Na estrutura do piso (fig. 27) temos dois elementos bem importantes para projetar um espaço para dança, como por exemplo: o piso elevado, que absorve com mais eficiência os impactos dos saltos e eventuais quedas e também o piso linóleo, indispensavél pois possui a flexibilidade necessária, para devolver a energia absorvida da queda e devolver ao corpo do bailarino facilitando o salto e absorvendo a força do impacto. No forro temos placas de gesso acústico, com leves perfurações para facilitar a propagação do som acima como nas salas de música (fig 28).

FIG. 28 - INDICAÇÃO FORRO DE GESSO ACÚSTICO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

35

FIG. 29 - PAINEIS FRISADOS ENGASTADOS. FONTE: ACERVO PRÓPRIO

Nas paredes encontram-se instalados painéis de marcenaria frisados, elemento instalado para contribuir com a acústica (fig.29).


4. REFERÊNCIAS


Uma vez que a proposta do projeto investiga rearticular e atribuir novos significados à conexão entre público e privado através de um equipamento cultural, mostrou-se necessário analisar projetos que estimulam essa questão, através de intervenções que organizam a permeabilidade do solo através do passeio, resgatando a potêncialidade do espaço “público” com o equipamento cultural e que trabalham com o redesenho do espaço por meio da implantação. Assim como programas e os usos que incentivam a apropriação do lugar. Questões mais particulares também foram utilizadas como referência para incorporar no projeto como soluções estruturais, materialidade e articulação no território. Como o equipamento proposto é um centro cultural com características mais contemporâneas, selecionei projetos que também trabalham com esse tema para a construção de programa de necessidades da proposta apresentada. Dessa forma, os projetos estudados foram: Praças das Artes do escritório Brasil Arquitetura e Centro Cultural Portugal de Mateo Arquitectura. 37

FICHA TÉCNICA: ARQUITETOS: BRASIL ARQUITETURA LOCALIZAÇÃO: AV. SÃO JOÃO - CENTRO, SÃO PAULO ÁREA: 28500 m² ANO DO PROJETO: 2012

FIG. 30 - PRAÇA DAS ARTES ACESSO RUA FORMOSA PARA A RUA CONSELHEIRO CRISPINIANO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO FIG. 31 - SALA DE DANÇA. FONTE: ACERVO PRÓPRIO FIG. 32 - VEDAÇÃO COM CAIXILHO FIXO COM VIDRO DUPLO ANTI RUIDOS. FONTE: ACERVO PRÓPRIO


4. REFERÊNCIAS 4.1 PRAÇA DAS ARTES, BRASIL ARQUITETURA A obra apresenta-se como referência para a minha proposta pois trata-se de um equipamento de uso cultural voltado ao ensino e difusão da música, dança e de outras linguagens artísticas. No imaginário da praça é presuposto um respiro de conforto, um espaço para descanso e convivência, um convite à ocupação espontânea. Os limites criados pelos volumes circundantes recriam a ideia de recinto. Tal condição, possibilita a criação de uma diversidade de acessos para o interior do edifício, que sobrelevado, cria uma permeabilidade, conectando dois ou mais territórios (fig.30). Esta premissa, permite que as pessoas gerem fluxos neste espaço coletivo e consecutivamente, apropriem-se dele. O programa de necessidades aplicado nesse projeto trouxe um propósito para a construção do meu programa, o que definiu o projeto como um todo. As salas de danças (fig.31, músicas e concertos estabelecem a espacialidade do projeto, possuem um rigoroso sistema construtivo fundamentado no isolamento acústico para melhor experiência artística educacional.

(FIG. 30)

(FIG. 31)

(FIG. 32)

38


4. REFERÊNCIAS 4.2 CENTRO CULTURAL PORTUGAL - MATEO ARQUITECTURA O Centro Cultural foi projetado pelo arquiteto Josep Lluís Mateo no centro histórico de Castelo Branco, Portugal. A proposta do Centro Cultural era transformar parte a parte antiga da cidade em uma região central para a cultura. É uma referência importante devido a discussão central do projeto, a relação de um equipamento cultural com a praça no entorno e como o arquiteto resolver as conexões de circulação para o interior do edifício.

(FIG. 33)

(FIG. 34)

O arquiteto trabalha essa questão com o objetivo de liberar uma grande espaço livre no pavimento térreo para dar continuidade ao espaço público presente e ao mesmo tempo abrigar diversas atividades. Para isso, o projeto é pensado como um bloco elevado, com uma estrutura de dois apoios para liberar o térreo e integrar à praça existente. Essa conexão com a praça se dá através de rampas que conectam o térreo ao equipamento.

FICHA TÉCNICA: (FIG. 35)

39

FIG. 33 - CENTRO CULTURAL CASTELO BRANCO, VISTA LATERAL FIG. 34 - CENTRO CULTURAL CASTELO BRANCO, VISTA FRONTAL FIG. 35 - CENTRO CULTURAL CASTELO BRANCO, PAVIMENTO TÉRREO

ARCHDAILY.COM.BR. Centro Cultural em Castelo Branco/ Mateo Arquitectura. 13/12/2013 Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-159389/centrocultural-em-castelo-branco-slash-josep-lluis-mateo> Acessado em: 30/09/2019. 21/10/2019

ARQUITETOS: MATEO ARQUITECTURA LOCALIZAÇÃO: CASTELO BRANCO, PORTUGAL ÁREA: 64300 m² ANO DO PROJETO: 2013


5. O PROJETO


41


5. O PROJETO 5.1 LEITURAS EQUIPAMENTOS 1

Mercado Municipal de Pinheiros

2

Largo da Batata

3

Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate

4

Sesc Pinheiros

5

Escola de Dança Pé Descalços

6

Instituto Tomie Ohtake

7

Espaço Cultura Aliança

8

La Musique - Escola de música e instrumentação

9

Casa Natura Musical

10

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo

FIG. 36 - INDICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EXISTENTE NA ÁREA DE INTERVENÇÃO. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR.

11

E.E Alfredo Bresser

12

Universidade Paulista - Unidade Pinheiros

13

Etec Guaracy Silveira

14

Cartório da 251º Zona Eleitoral Estação Faria Lima - Linha 4 Amarela Área da intervenção - 4.360m² 42


ÁREA= 4.360m²

FIG. 37 - INDICAÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR.

43


5. O PROJETO 5.1 LEITURAS

LEGENDA

VIAS IMPORTANTES E TRANSPORTE

TERMINAIS DE ÔNIBUS ESTAÇÃO DO METRÔ LINHA 4 AMARELA

FIG. 38 - DIAGRAMA VIAS IMPORTANTES E TRANSPORTES. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR.

ÁREA DE INTERVENÇÃO

44


FIG. 39 - DIAGRAMA DE PRINCIPAIS FLUXOS DE PEDESTR. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR.

45


5. O PROJETO 5.1 LEITURAS

FIG. 40 - DIAGRAMA DE MENOR PERCURSO E ACESSOS AO TERRENO. FONTE: PRODUZIDA PELO AUTOR.

46


47


5. O PROJETO 5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

VISTA 1 - TERMINAL DE ÔNIBUS LOCALIZADO NA RUA CARLOS FERRAZ ALMEIDA, NOTA-SE AUSÊNCIA DE COMÉRCIO DE AMBOS OS LADOS, ESPAÇO BEM DEGRADADO PELA INFORMALIDADE URBANA. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

VISTA 2 - ESQUINA ENTRE AS RUAS CARLOS FERRAZ ALMEIDA E PEDRO CRISTI, AO LADO DIREITO É POSSÍVEL NOTAR O MEZANINO DO MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS E AO LADO ESQUERDO O TERMINAL DE ÔNIBUS QUE ENCONTRA-SE Á FRENTE DO TERRENO ESCOLHIDO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

VISTA 3 - VISTA DO TERRENO PELA RUA PEDRO CRISTI NO NÍVEL DO MEZANINO DO MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS, O USO DO TERRENO ATUALMENTE É DE UM ESTACIONAMENTO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

48


VISTA 4 - VISTA DO TERRENO PELA RUA PEDRO CRISTI, AO LADO ESQUERDO UM EMPREENDIMENTO CORPORATIVO. É POSSÍVEL NOTAR A DEGRADAÇÃO DO MURO QUE FAZ A DIVISA ENTRE OS LOTES. PARA RESPONDER ESSA QUESTÃO FOI PROPOSTO UMA RUA DE SERVIÇO QUE SERVIRÁ DE APOIO AO CENTRO CULTURAL. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

49

VISTA 5 - VISTA DO TERRENO PELA RUA PEDRO CRISTI, AO LADO DIREITO VISTA 6 - VISTA DO SOBRADO AO LADO, PELA RUA PEDRO CRISTI, ABRIGA EM É POSSÍVEL NOTAR A EXISTÊNCIA DE UM SOBRADO COM DOIS PAVIMENTOS, SEU TÉRREO O USO COMERCIAL (LANCHONETE). ESTÁ POSICIONADO LATERALMENTE EM RELAÇÃO AO TERRENO ESCOLHIDO E FONTE: ACERVO PRÓPRIO. POSSUI ALGUMAS ABERTURAS. NOTA-SE TAMBÉM A TRASEIRA DE UM EDIFÍCIO MAIOR, QUE ABRIGA O USO HOTELEIRO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.


5. O PROJETO 5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

VISTA 7 - LATERAL DE LOTE, MURO OCIOSO, DEGRADADO PELA VISTA 8 - 0A RUA CUNHA GAGO POSSUI UMA MOVIMENTAÇÃO INTENSA DE INFORMALIDADE URBANA. FONTE: ACERVO PRÓPRIO. VEÍCULOS EM DIREÇÃO A RUA CARDEAL ARCOVERDE, TEM UMA ATIVIDADE MAIS ATIVA COM ALGUNS COMÉRCIOS (BARES E LANCHONETES). FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

VISTA 9 - 0ÁREA INTEGRADA AO PROJETO QUE NÃO FAZIA PARTE DO ESTUDO PRELIMINAR. BUSCA-SE FAZER UMA LIGAÇÃO MAIS DIRETA AO CENTRO CULTURAL. ATUALMENTE ABRIGA O USO DE UM ESTACIONAMENTO LOCALIZADO NA RUA CUNHA GAGO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO.

50


VISTA 10 - A RUA CARDEAL ARCOVERDE É UMA REFERÊNCIA MUITO VISTA 11 - A PRESENÇA DE BARES E RESTAURANTE AO LONGO DA RUA VISTA 12 - VISTA DO TERRENO PELA RUA CARDEAL ARCOVERDE. RELEVANTE PARA O PROJETO, POIS É UM RUA QUE LIGA O BAIRRO DE CARDEAL ARCOVERDE PROPORCIONA UMA DINÂMICA URBANA NA REGIÃO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO PINHEIROS ATÉ O CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO. FONTE: ACERVO PRÓPRIO FONTE: ACERVO PRÓPRIO

51


5. O PROJETO 5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

VISTA 13 - LARGO DA BATATA EM DIREÇÃO AO MERCADO MUNICIPAL DE VISTA 14 - LARGO DA BATATA - VISTA EM DIREÇÃO DO METRÔ FARIA LIMA VISTA 15 - LARGO DA BATATA - VISTA AVENIDA BRIGADEIRO FARIA LIMA EM PINHEIROS E A RUA PEDRO CRISTI. DA LINHA 4 AMARELA. DIREÇÃO AO INSTITUTO TOMIE OHTAKE. FONTE: ACERVO PRÓPRIO FONTE: ACERVO PRÓPRIO FONTE: ACERVO PRÓPRIO

52


FIG 41 - PLANO REGIONAL ESTRATÉGICO DA SUBPREFEITURA DE PINHEIROS - PRE - PI.

53

PREFEITURA.SP.GOV.BR. Plano Regional Estratégico da Subprefeitura de Pinheiros - PRE PI: Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/ cidade/secretarias/subprefeituras/upload/pinheiros/ arquivos/quadro_tabela.pdf> Acessado em: 30/10/2019


5. O PROJETO 5.3 LEGISLAÇÃO

No PRE-PI toda área de estudo está categorizada como macrozona de estruturação e qualificação urbana, intitulado como ZM- 2/0012 o terreno é definido a partir das características das zonas de uso que tem for finalidade a categoria de média densidade. Segundo a Lei nº 13.769, de 26 de janeiro de 2004 que instituiu a operação Urbana consorciada da Faria Lima temos: “CAPÍTULO II OBJETIVOS E DIRETRIZES Art V: Operação Urbana consorciada da Faria Lima tem como diretrizes urbanísticas: VI: Estímulo ao remembramento de lotes de uma mesma quadra e ao adensamento sem prejuízo da qualidade ambiental, respeitando o coeficiente de aproveitamento máximo de 4 (quatro).

“CAPÍTULO V INCENTIVO E CONTRAPARTIDA Art 13: Os proprietários de imóveis não apropriados e contidos no interior do perímetro da presente operação. Poderão usufruir dos seguintes incentivos: III: Para qualquer lote com área superior a 1000 m² (mil metros quadrados) será concedido de forma onerosa, o aumento do potencial construtivo do lote, estabelecido na legislação vigente de uso e ocupação do solo, acrescido, quando for o caso dos incentivos do inciso um deste artigo, até atingir o índice máximo de quatro vezes sua área, atendidas as demais exigências da legislação vigente. E as disposições estabelecidas nesta Lei.” (BRASIL, 2004, n.p)

ÍNDICES DA ÁREA: ÁREA DA GLEBA : 4.360m² ÁREA PERMEÁVEL: 0,15 – 654m² COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÍNIMO: 0,2 – 872m² COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO: 1 – 4.360m² COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO: 2 – 8.720m² TAXA DE OCUPAÇÃO: 0,5 – 2180m² ÍNDICES DO PROJETO: ÁREA PERMEÁVEL: 818,22m² (0,18). ÁREA CONSTRUÍDA: 6015,00m² (1,3). TOTAL DE OCUPAÇÃO: 1987,65 m² (0,45).

Não houve a necessidade de usar as diretrizes fornecidas pela Operação Consorciada Faria Lima, utilizou-se dados fornecidos pelo Plano Regional Estratégico da Subprefeitura de Pinheiros (PRE-PI). (fig.41)

VII - Incentivo ao usos diferenciados nas áreas contidas no perímetro da operação Urbana Faria Lima, com ocupação do pavimento térreo para fins comerciais até o máximo de 70% (setenta por cento) da área do lote.” (BRASIL, 2004, n.p)

54


55

FIG 42 - ESQUEMA DE DIRECIONAMENTO DO PARTIDO PARA O PONTO CENTRAL DO PROJETO. FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR.


5. O PROJETO 5.4 PARTIDO MEMORIAL A inserção da proposta na área de estudo propõe uma conexão espontânea. A ligação das três principais ruas do entorno (Rua Cardeal Arcoverde, Rua Pedro Cristi e Rua Cunha Gago), possibilitou os três principais acessos que levam ao interior do lote. Através dessa permeabilidade busca-se resgatar o valor do entorno, propondo uma ligação espontânea com o Mercado Municipal de Pinheiros, reforçando também o percurso do pedestre que em sua maioria segue em direção á estação do metrô Faria Lima da linha 4 amarela.

3 ACESSOS

TERRENO ?

A partir dessas diretrizes, o partido surge com a concepção dos fluxos no pavimento térreo (fig.42) que direcionam ao ponto central do projeto a “Entrada Monumental”, uma grande arquibancada, o espaço de estar e o principal ponto de encontro, aberto para receber as mais diversas atividades, um convite para apreciação e incentivo das artes em suas diferentes formas. Ainda no pavimento térreo a oeste encontra-se um volume horizontal envridaçado que abriga o café, o lobby e a recepção que controla a circulação vertical de elevadores e escada de emergência.

CONEXÃO DIRETA ENTRE A RUA CARDEAL ARCO VERDE E A RUA PEDRO CRISTI, POSSIBILITANDO UMA CONEXÃO ESPONTÂNEA COM O MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS.

No primeiro pavimento o programa foi estabelecido para receber o público de forma aberta, onde está localizado o anfiteatro, a midiateca, o foyer e o espaço reservado para exposições, além de contar com um terraço que se abre para a Rua Cunha Gago. 56


No segundo pavimento a circulação se estabelece central, que dá acesso as salas oficinas, para as diferentes formas de expressões artísticas, além de abrigar a administração com oito postos de trabalho, salas para estudos teóricos, espaço expositivo e também com um terraço que abre para a rua Cunha Gago. O terceiro e quarto pavimento dispõem-se para o desenvolvimento profissional, sociocultural e pessoal de jovens por meio de salas especializadas voltadas para a música e a dança, contam também com terraços para estudo e descanso. A circulação nos dois pavimentos ocorre pelas extremidades, permitindo a execução das antecâmaras que isolam um ambiente do outro. No terceiro pavimento foi projetado as salas de músicas individuais e coletivas, além de abrigar uma sala de ensaios para o coral. Buscou-se enfrentar os desafios técnicos exigidos para resolver as questões acústicas, então este pavimento está dotado de antecâmara de isolamento acústico, toda a parte de infraestrutura possui paredes duplas, portas e painéis com tratamento acústico em cada sala. A estruturação do piso, assim como o tratamento das paredes e os equipamentos necessários para o estudo técnico da dança foi disposto no quarto pavimento. Dotado das especificações técnicas exigidas, temos: o piso elevado para amortecer o impactos, o revestimento do piso linóleo antiderrapante, espelhos e barras para apoio. O quinto e último pavimento encontram-se a área técnica do centro cultural, servido com as caixas d’água e o rigoroso sistema de ar condicionado que controla a temperatura do edifício. 57


5. O PROJETO 5.5 ESTUDO PRELIMINAR - BANCA INTERMEDIÁRIA No estudo preliminar a banca intermediária salientou escassez de informações dos levantamentos urbanísticos para uma melhor integração da arquitetura com a cidade.

caderno anterior, foi constado que careciam de aderência ao argumento fundamentado. Para responder todas as questões mencionadas pela banca intermediária, foram realizadas visitas em campo, para poder compreender o espaço e efetivamente implantar a proposta do centro cultural. Realizou visitas técnicas monitoradas à Praças das Artes e à Sala São Paulo, com intuito de absorver o máximo de informações técnicas exigidas para resolver o programa de necessidades.

Determinou que as escolhas do projeto devem estar explícitas em relação a um Centro Cultural com formação disciplinar, obedecendo todos os requisitos técnicos para fundamentar o programa assim como recomendou as visitas técnicas nos projetos Sala São Paulo e Praça das Artes. Apontou a necessidade de detalhar tecnicamente as salas especiais para ensaios de músicas e danças, acrescentando que o projeto deve resolver melhor sua inserção urbanística.

Foram feitos os desenhos técnicos exigidos para melhor compreensão da arquitetura proposta, respeitando os recuos para uma melhor inserção urbanística na cidade.

Quanto as imagens e diagramas contidos no PEDRO CRISTI

PEDRO CRISTI

D

ESCALA 1:250

0 1

5

10

N

RUA

RUA

RUA

PEDRO CRISTI

PEDRO CRISTI RUA

7

E

C

PLANTA NÍVEL +738

1

RD

1. PASSARELA DE ACESSO AUDITÓRIO E BACKSTAGE | SAÍDA EMERGÊNCIA 2. PALCO 3. COXIA 4. CAMARIM 5. BANHEIROS | VESTIÁRIOS 6. APOIO 7. SALAS DE ENSINO DE INSTRUMENTOS E IMPOSTAÇÃO VOCAL

1

B

7

1

VE

N

O

10

6

RC

5

4

LA

0 1

A DE AR

ESCALA 1:250

AC

D

RU

C

PLANTA NÍVEL +734

7

E RD

B

1. ACESSO PARA EXPOSIÇÕES 2. ÁREA DE EXPOSIÇÃO ACERVO 3. ESPAÇO VIDEO WALL 4. ÁREA PARA DANÇA EM GRUPO 5. BANHEIROS 6. DEPÓSITO DE INSTRUMENTOS 7. ÁREA DE TÉCNICAS E EXPRESSÕES CORPORAIS 8. ÁREA APRESENTAÇÕES 9. SALA ORQUESTRA

7

6 3 1

A

7 5

5

LEGENDA

1. ARQUIBANCADA/ACESSO CAFÉ E ADMINISTRAÇÃO 2. ADMINISTRAÇÃO 3. SALA DE REUNIÃO 4. SALA DE ARQUIVOS 5. BANHEIROS 6. CAFETERIA 7. APOIO

6

3

A LEGENDA

A 5

LEGENDA

7

6

VE

E RD

A

4

5

2

7

3 A

7

6

4

5

5

7

VE

2

4

3

CO AR

CO AR

E RD

VE

1

6

5

D

8

9

A

4

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AL

CO AR

6

DE AR

DE AR

AL

DE AR

4 3

C

B

AC

AC

AC

7

3

2

D

C

B

D

C

B

RU

D

RU

C

RU

B

2

1

A

5

A 5 7

LEGENDA

B

C

D

PLANTA NÍVEL +742

ESCALA 1:250

0 1

5

10

N

1. FOYER 2. SALA DE PROJEÇÃO 3. AUDITÓRIO 4. DEPÓSITO PARA VESTUARIO E CENÁRIO 5. BANHEIROS 6. ÁREA TÉCNICA | COBERTURA 7. RESERVATÓRIOS

B

C

D

PLANTA NÍVEL +746

ESCALA 1:250

0 1

5

10

N

FIG 43 - PLANTA TÉRREO ESTUDO FIG 44 - PLANTA 1ºPAVIMENTO FIG 45 - PLANTA 2ºPAVIMENTO FIG 46 - PLANTA 3ºPAVIMENTO FIG 47 - PLANTA 4ºPAVIMENTO FIG 48 FOTO MAQUETE PRELIMINAR. ESTUDO PRELIMINAR. ESTUDO PRELIMINAR. ESTUDO PRELIMINAR. ESTUDO PRELIMINAR. APRESENTADA NA BANCA. ESTUDO FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR. FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR. FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR. FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR. FONTE: ELEBORAÇÃO DO AUTOR. PRELIMINAR.

58


5. O PROJETO 5.6 PROGRAMA QUADRO DE ÁREAS

PROGRAMA PROPOSTO

5º Pavimento 4º Pavimento

PAVIMENTO TÉRREO Arquibancada de Acesso principal Recepção/Lobby/Acesso segundário Circulação Vertical Apoio

84,76 120,06 51,27 10,38

m² m² m² m²

Café Rua de Serviço Doca Setor de Logística

248,07 224,79 14,92 5,47

m² m² m² m²

438,68 22,35 122,20 10,38 289,18 601,54

m² m² m² m² m² m²

Midiateca/Biblioteca Terraço W.C Fem/Masc Controle Audiovisual Apoio Museu

265,80 85,75 38,56 9,36 19,20

m² m² m² m² m²

122,20 10,38 461,57 9,36 226,28 19,57 8,64

m² m² m² m² m² m² m²

Apoio Museu W.C Fem/Masc Administração Oficinas Terraço Sala Conferencista

19,20 38,56 332,69 226,28 85,75 8,64

m² m² m² m² m² m²

106,84 10,38 251,36 195,66 85,75

m² m² m² m² m²

Salas de Instrumentação Individual Guarda volumes Ensaio Orquestra Depósito Instrumentos W.C Fem/Masc

104,66 9,27 191,79 64,51 38,56

m² m² m² m² m²

1º PAVIMENTO Foyer Recepção/Guarda Volumes Circulação Vertical Apoio Anfiteatro/Auditório 160 lugares Espaço Expositivo

2º PAVIMENTO Circulação Vertical Apoio Espaço Expositivo Controle Audiovisual Salas de Aulas Sala de Projeções Apoio Administração

3º PAVIMENTO Circulação Vertical Apoio Antecâmaras Salas de Instrumentação Coletiva Terraço

4º PAVIMENTO Circulação Vertical Apoio Salas de Dança (Estudo Corporal) Bancos para descanso Terraço

ARTICULÇÃO DO PROGRAMA

Rua de Serviço Café Recepção

3º Pavimento

Foyer Midiateca/Biblioteca

2º Pavimento

Área Expositiva/Galeria

Administração

Área Técnica Terraço Apoio Estudo Corporal Terraço Apoio Estudo Musical Equipamentos Oficinas Administração Terraço Apoio Área Expositiva/Galeria Anfiteatro/Auditório Apoio Terraço

Oficinas

1º Pavimento

Estudo Musical

Área Expositiva/Galeria Midiateca/Biblioteca

Estudo Corporal

Foyer Anfiteatro/Auditório

106,84 10,38 400,00 20,34 85,75

m² m² m² m²

Sala de Descompressão Vestiários Depósito Instrumentos W.C Fem/Masc Guarda volumes

33,50 60,10 33,50 38,56 9,27

m² m² m² m² m²

TOTAL : 6015,00m²

Terraços Área Técnica Equipamentos Apoio

Térreo

SERVIÇOS

Recepção/Acessos Café Rua de Serviço

ADMINISTRATIVO ARTICULAÇÃO DO PROGRAMA

59

EDUCACIONAL


5. O PROJETO 5.7 PROJETO MATERIALIDADE DA ARQUITETURA

MATERIAL 01 PLACAS CIMENTÍCIAS.

MATERIAL 02 PISO INTERTRAVADO SEMIPERMEÁVEL.

MATERIAL 03 PAINEL RIPADO EM AÇO QUE SIMULA MADEIRA.

MATERIAL 04 CIMENTO QUEIMADO.

MATERIAL 05 ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA PRETA ELETROESTÁTICA.

MATERIAL 06 ESTRUTURA METÁLICA COM PINTURA PRETA ELETROESTÁTICA.

60


ESTRUTURA

CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ADOTADA A concepção estrutural adotada foi um sistema de uso misto que inclui a estrutura metálica e a estrutura de concreto. (fig.49) O tipo de fundação adotada foi a “profunda” que possui profundidade um pouco maior a três metros, devido a altura máxima do edifício. Utilizadas para conter os esforços que os ventos aplicam na estrutura, transmitindo as cargas ao terreno pela base. Os pilares de aço vão da fundação até a cobertura, no térreo foram envoltos por uma forma redonda e concretados (fig.51) para dar mais estabilidade e também reforçar como um elemento plástico arquitetônico e nos pavimentos superiores eles seguem como perfis metálicos. Todas as vigas dispostas formam uma malha estrutural, elas estão ligadas pelo sistema de cantoneiras (fig.50) rigorosamente parafusadas, tanto no encontro de viga x viga, quanto no viga x pilar. O volumes criados para abrigar o auditório e o espaço expositivo, além de possuirem todo o sistema citado acima, ainda contam com cabos de aços dispostos nas transversais para o contraventamento. Todo o sistema de vigas metálicas encontramse com o núcleo de concreto estrutural, parte fundamental para o funcionamento do edifício. 61

FIG 49 - ESTRUTURA MISTA (AÇO E CONCRETO)

FIG 50 - ENCONTRO VIGA X VIGA, LIGAÇÃO ATRAVÉS DE CANTONEIRAS PARAFUSADAS.

FIG 51 - SEÇÃO HORIZONTAL DO PILAR DE AÇO CONCRETADO.

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5. O PROJETO 5.7 PROJETO

62


ARQUIBANCADA VISTA DO ACESSO PRINCIPAL AO CENTRO CULTURAL. 61


PEDRO CRISTI FACHADA PARA RUA PEDRO CRISTI E MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS. 62


TERRAÇO VISTA DO TERRAÇO NO 1º PAVIMENTO. 63


RUA CUNHA GAGO FACHADA PARA A RUA CUNHA GAGO. 64


MIDIATECA VISTA DA MIDIATECA NO 1ยบPAVIMENTO. 65


RECEPÇÃO VISTA DO ACESSO PRINCIPAL, DA RECEPÇÃO E GUARDA VOLUMES. 66


MIDIATECA VISTA DA MIDIATECA NO 1ยบPAVIMENTO. 67


RUA CARDEAL ARCOVERDE FACHADA PARA A RUA CARDEAL ARCOVERDE. 68


















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