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Fênix

Fênix é um magnífico título, belo, fecundo e apropriado: feliz. É algo impregnado de símbolos, ornado de sugestões, cativante de seguir a interação com a fábula moderna, de que se impregnam os textos virginianos.

Precisamos ir à mitologia para sentir a profundidade do simbolismo retratado no livro e avaliar o quanto a autora usa fortes e férteis analogias e lições existenciais, embasadas no alicerce clássico e mitológico, portanto tão moderno.

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Ela acerta, porque somente podemos entender ou deslindar um comportamento, do ponto de vista da existência e da psicologia profunda, se o associarmos a um mito (ver Campbel).

De certo modo, Virgínia Leal atualiza os mitos antigos em busca de decifrar os modernos e penetrar na couraça do caráter que exaustivamente construímos, ao longo dos anos. Ela avalia o mal que representa envelhecermos mais do que o nosso eu, ou desenvolvê-lo contra nós mesmos (eu e o outro).

Fênix é o pássaro mitológico e fascinante, de origem etíope, e esplendor ímpar, com o poder de renascer das próprias cinzas, que se alimentava de orvalho. Quando

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