CRICIÚMA - SC - N°31
Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.
ESPECIAL INFRAESTRUTURA
Um novo norte para o Sul
Porto de Imbituba a pleno Aeroporto Regional Sul para 2012
Via Rápida dentro dos recursos do BID
Duplicação BR - 101 Sul 1
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Sumário Infraestrutura Porto de Imbituba - Aeroporto Regional Sul - Via Rápida Páginas 8 e 15
Manchester: multinacional made in Criciúma
Páginas 40 a 42
ACIC inicia construção do Bloco C do Centro Empresarial Páginas 16 e 17
Jovens desenvolvem liderança através de intercâmbios Páginas 26 e 27
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Editorial Superando o estigma da ideologia O mundo vive um período de indefinição e mudança. Por conta da crise que se instala em países europeus e até nos Estados Unidos, o Brasil surge novamente como um candidato a mostrar todo seu potencial e rumar ao patamar do desenvolvimento pleno, com crescimento efetivo do PIB e do nosso poder econômico. É em meio a este cenário que precisamos olhar, analisar e tomar a decisão mais importante de nossa história: sair das garras da ideologia e do protecionismo estatal que ainda impera na maioria das sociedades da América Latina, incluindo-se aí o nosso país. Mas por que isso ainda acontece? Por que temos a cultura de achar que cabe ao governo resolver nossos problemas e, por conta disso, transferir sua ingerência para nossas vidas de maneira quase que generalizada. Dependemos do governo para estudar, para termos saúde, para termos infraestrutura e para termos financiamentos. Li, gostei e indico a entrevista do cientista político Ian Bremmer, na Veja de 5 de outubro, que faz uma longa análise das oportunidades e ameaças que o país vive neste momento conturbado da economia mundial. Destaco em especial sua precisão quando diz que muitas empresas não devem deixar seu foco principal: a inovação, a eficiência e o lucro. Sob pena de seguirem guiadas por interesses eleitorais e sofrerem danos irreversíveis à sua autonomia. A realidade, meus senhores, é esta. Nossas empresas engordando um Estado com impostos, e crescendo e inovando de maneira tímida. Mas o momento da mudança está posto. Queremos uma sociedade menos ideológica e mais pragmática. Uma sociedade que se permita gerir por conta própria, sem o paternalismo e influência dos governos. Tenho a plena convicção de que o empresariado brasileiro tem a capacidade e a maturidade de seguir sozinho seus negócios, buscando o conhecimento e a tecnologia. Penso que esta virada de pensamento sim é revolucionária. A dependência do governo em tudo só nos atrofia e nos torna mais escravos das suas benécies e humores. Mas você deve estar se questionando, afinal qual seria o papel do governo. A resposta é: um papel coadjuvante. Um papel de motivador, de incentivador, permitindo que a comunidade busque seus canais de desenvolvimento. Não um interventor, um devorador de impostos, como estamos vendo ao longo da nossa história. Hoje a nossa realidade está cheia de oportunidades. Uma nova forma que as empresas precisam pensar seus negócios. Aproveite suas oportunidades e conquiste seu futuro. A verdade e a realização estão nas oportunidades. Não as perca. Não espere pelo governo.
Olvacir José Bez Fontana, Presidente da ACIC p r e s i d e n t e @ a c i c r i . c o m . b r
Diretoria 2010-2011 Olvacir José Bez Fontana - Presidente Vice-presidentes Sinésio Volpato - 1° Secretário Nelcides José Damiani - 2° Secretário Renato Pieru - 1° Tesoureiro Venício Neves Pereira - 2° Tesoureiro Amilton João Zanette Ana Peruchi Milanez
César Smielewski Diomício Vidal Donato Zanatta Francisco Gaidzinki Bastos Hélcio Ramos de Jesus Iaride Piosevan Itamar Benedet Liliane Manenti
Luiz José Damázio Marli Maria Aguiar Reginaldo B. Fernandes Rosa Maria Rosso do Canto Rui Inocêncio Tito Lívio de Assis Góes Diretor Executivo - Waldir Duminelli
Expediente: A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Edição I Ana Sofia Schuster I Assessoria de imprensa da ACIC Editoração I Novo Texto Comunicação e Divulgação - Suamy Fujita Fotos I Novo Texto Comunicação e Divulgação Reportagens I Ana Sofia Schuster, Deize Felisberto, Milena Nandi Colaboradores I Joice Quadros, Thaise Rossi da Rosa, Herbert Levy, Rosimeri Vieira, Eduardo Zugaib, Iraide Antônio Piovesan, Sidcley José Fructuoso da Silva, Cristiano Brasil, Heloisa Dallanhol Contatos I 48 3461 0900 - ACIC I acicri@acicri.com.br I novotexto@agencianovotexto.com.br Vendas I Francielle Fenili Longo - 48 9162-4861 - 48 3437-4335 I Vilma Martinhago - 48 3461-0903
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Porto de Imbituba: um novo começo
Milena Nandi l Criciúma
Erguido para escoar o carvão extraído das jazidas do Sul Catarinense, o Porto de Imbituba teve durante anos, sua atividade ligada exclusivamente à mineração. Mas a partir de 1990, com a redução das alíquotas de importação e a retirada do subsídio do carvão pelo Governo Federal, o Porto de Imbituba se viu obrigado a diversificar o trabalho. Hoje, vive um momento de transformação. Um novo começo com obras que irão impulsioná-lo. E é uma das apostas das lideranças do Sul catarinense para a melhoria da infraestrutura regional. O Porto de Imbituba possui três ber-
ços para atracação com onze metros de profundidade. Devido às características geográficas, o porto pode atracar e operar navios a qualquer hora do dia e em diversas condições climáticas. Atualmente, quatro terminais estão arrendados pela iniciativa privada: o de coque, pela Votorantim, o de congelados pelo Grupo Doux, o de contêineres e de carga geral, pela Santos Brasil. O projeto de revitalização do Porto de Imbituba inclui obras como a ampliação da via arterial principal (VAP), que liga a BR-101 à área portuária, a ampliação do cais dos berços 1 e 2, a ampliação
e modernização do Terminal de Contêineres (Tecon) e as novas operações dos Portêineres Super Post Panamax. Segundo o administrador do Porto, Jeziel Pamato de Souza, a partir da modernização do Porto de Imbituba, da conclusão das obras de duplicação da BR-101 e do adiantamento da execução das obras da Ferrovia Litorânea, a região será transformada naturalmente em uma nova matriz logística. Para ele, isso beneficiará diretamente não só a indústria catarinense, mas também a gaúcha, em conformidade com o plano de desenvolvimento logístico nacional.
Crescimento nos próximos cinco anos Jeziel afirma que para 2012, a administração do Porto prevê um aumento de trabalho de cerca de 30%, contando que o segundo semestre já refletirá os resultados das obras de ampliação e modernização. “A partir do próximo ano, nossa capacidade
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permitirá receber 10 milhões de toneladas de cargas e 970 mil TEUs. Pretendemos movimentar pelo menos a metade de nossa capacidade total nos próximos três anos”, afirma o administrador. “Em cinco anos, a expectativa é de que passem cerca de 700
mil TEUs por ano em Imbituba. Além disso, pretendemos que novos investimentos em estrutura sejam atraídos para esta fronteira, possibilitando o aumento da capacidade para 25 milhões de toneladas por ano”, complementa.
Obras em andamento Jeziel explica que a primeira etapa da obra de ampliação do cais dos berços 1 e 2 corresponde à construção de uma nova estrutura acostável de 410 metros, trecho que vem recebendo navios desde janeiro deste ano. Na segunda etapa, a estrutura antiga, com 250 metros, será recuperada e amplia-
da. Em novembro deste ano a obra deverá estar concluída. “A previsão é que o Porto esteja apto para a atracação desta classe de navios com mais de 6.500 contêineres no primeiro semestre de 2012, o que beneficiará diretamente toda a indústria da região Sul do Brasil e a cadeia logística do
Mercosul”, considera. Segundo ele, o investimento total (contando com a finalização das obras de ampliação e modernização do Tecon e dos Portêineres Super Post Panamax) serão de R$ 283 milhões – os recursos serão fomentados pela arrendatária, a empresa Santos Brasil.
Obras em vias de sair do papel O projeto de ampliação da via arterial principal (VAP), que liga a BR-101 à área portuária, englobará a recuperação e a duplicação da via principal, além de ciclovias, calçadas, vias marginais e obras de arte em um trecho de aproximadamente cinco quilômetros. Segundo o administrador do Porto, a execução da obra deve custar R$
38.190.180,11, e pode ser iniciada em 2012, com recursos provenientes do Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2). Em relação a dragagem de aprofundamento, Jeziel informa que o Porto já entregou à Secretaria Especial dos Portos (SEP), o projeto básico de dragagem e a Licença Ambiental. “A tendência é
que o Porto de Imbituba tenha um dos calados mais profundos do País até o inicio do ano que vem”, comenta. Segundo ele, o Governo Federal liberou R$ 5 milhões (correspondente a 10% do total da obra) para a (SEP) em janeiro de 2011, para o início do processo de licitação. “O edital está para ser lançado em breve pela SEP”, afirma.
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Movimentação de cargas no porto de Imbituba Em 2010 – o Porto movimentou 1.911.104 toneladas de cargas, sendo a melhor movimentação dos últimos 21 anos – em 1989 foram 2.046.726 toneladas. Neste período, operaram 196 navios (135 de Longo Curso, 53 de Cabotagem, cinco de Marinha e três para abastecimento), alcançando uma média mensal de 159.259 t. Em 2011 – o Porto de Imbituba movimentou só no primeiro trimestre, 616.470 toneladas, atingindo a média mensal de 205.490 toneladas, a maior desde 1988, quando o Porto de Imbituba movimentou 246.246 toneladas/ mês. Os números atuais também representam um aumento de aproximadamente 18% em relação ao mesmo período do ano passado e 25% em comparação a 2009. Além dos granéis sólidos (40%), neste período destacaram-se os grãos agrícolas e contêineres, com 16% cada, sal (6,25%), hulha betuminosa (8,40%) e barrilha (4,86%). As cargas foram provenientes de 54 navios, com a média de 18 atracações por mês.
Saiba mais O Porto de Imbituba é administrado pela Companhia Docas de Imbituba, que detém a concessão para exploração comercial do porto até 2012. É o único porto público brasileiro administrado por uma empresa privada. A história do Porto de Imbituba está intimamente ligada à exploração do carvão no Sul de Santa Catarina. Estudos realizados por volta de 1870, por ocasião da descoberta de jazidas de carvão mineral no Sul do Estado, apontavam Imbituba como local ideal para a construção de um porto para movimentação do produto. Na época foi iniciada a construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, que ligaria o Porto – ainda inexistente – às minas de carvão. Mas as obras de construção do Porto só se efetivaram mesmo a partir de 1919, com o pioneirismo do empresário Hen-
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rique Lage. A obra foi iniciada com a construção do molhe de proteção, dos escritórios e dos armazéns. O engenheiro Álvaro Catão, então diretor da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, foi de fundamental importância para o erguimento do Porto de Imbituba. Ele iniciou um processo de modernização das instalações para embarque mecanizado de carvão e foi responsável por outras obras no porto, entre elas a construção de um quebramar para a proteção das instalações. Em 3 de novembro de 1922 foi criada a Companhia Docas de Imbituba (CDI), tendo Álvaro Catão como diretor. Todos os navios de carga ou passageiros da Companhia Nacional de Navegação Costeira passaram a fazer escala no Porto de Imbituba. Em 1942, foi concedida a permissão para realizar obras de aparelha-
mento e exploração de tráfego do Porto de Imbituba. Em 1981, Foi construída uma rampa para navios Ro-Ro, com 24 metros de comprimento. O Porto chegou a movimentar na década de 80, cerca de 4 milhões de toneladas anuais de carvão. Com a redução das alíquotas de importação e a retirada do subsídio do carvão, em 1990, o Porto de Imbituba se viu obrigado a passar de terminal exportador de carvão para um porto polivalente, com a movimentação de vários tipos de mercadorias. No ano de 2008, saiu o arrendamento do Terminal de Contêineres, vencido pelo grupo Santos Brasil. Assim, a CDI obteve, além do seu saneamento financeiro, seu principal parceiro na ampliação da infraestrutura do Porto. Fonte: Companhia Docas de Imbituba
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Aeroporto Regional Sul prestes a decolar
Milena Nandi l Criciúma
Em fevereiro de 2012, o conjunto de obras que falta para o Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi, em Jaguaruna, foi os primeiros pousos e decolagens, deve estar concluído. Empresários e lideranças do Sul catarinense, representadas pelo vicepresidente Regional Sul da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Eduardo Nunes, solicitaram ao Governador Raimundo Colombo e ao secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, que as obras de infraestrutura do Aeroporto ficassem prontas o quanto antes. Segundo Dilney Cabral, diretor de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, atualmente estão em andamento as obras de construção do acesso rodoviário, que ligará o aeroporto até a BR-101, no trevo de Sangão – com cinco quilômetros de extensão, cerca de 55% dos serviços concluídos e previsão de término para dezembro de 2011. Cabral conta que o Governo aguarda o posicionamento da Aeronáutica para que se possa finalizar a colocação dos equipamentos de sinalização noturna e auxílio à aeronavegação. A previsão é de que até o final de novembro de 2011 essa parte esteja concluída. “Estamos com as licitações em
andamento para a instalação da iluminação das áreas externas, pátios e vias de serviço, que será aberta na segunda semana de outubro e tem prazo de execução de três meses. A obra está orçada em pouco mais em R$ 1 milhão”, revela. O diretor de Transportes afirma ainda que está em andamento o processo de licitação para aquisição de uma série de equipamentos, que irão proporcionar a entrada em operação do Aeroporto com os requisitos necessários. “O processo deve ser concluído até início de novembro e a aquisição destes equipamentos custará R$ 1,4 milhão”, comenta.
Obras já concluídas
Apesar das obras em andamento, o Regional Sul já possui várias obras concluídas. Quem afirma é o empresário Murilo Ghisoni Bortoluzzi, presidente da comissão que acompanha o andamento do projeto. Segundo ele, o sistema contra incêndio, o pátio de manobras, a pista com 2,5 mil metros de comprimento e 30 metros de largura e o edifício do terminal de passageiros já foram concluídos. Bortoluzzi explica que o Regional Sul foi projetado para ser um Aeroporto de
carga e de passageiros. E para receber aeronaves de cargas, como a 767 ER, a pista foi projetada para resistir alto peso e ter 2,5 mil metros de comprimento e 45 metros de largura. Com a pista atual, ele poderá funcionar normalmente para transporte de passageiros. Segundo Cabral, o projeto para o alargamento da pista para 45 metros – a largura necessária para operação de aeronaves normalmente usadas como cargueiro ou para vôos internacionais – já está pronto, mas não há previsão dele ser posto em prática. “Não temos previsão de quando ocorrerá este alargamento. Provavelmente o que irá balizar esta necessidade será o mercado ou a demanda existente”, informa. O presidente da comissão que fiscaliza as obras do Aeroporto caracteriza a pista do Regional como “normal com vantagens”. Segundo ele, a pista está no nível do mar, em um local com predominância do vento Nordeste e boa drenagem. “A pista tem duas saídas rápidas. É moderna e de alto desempenho. Não há dificuldade para futuras edificações e o Aeroporto possui uma ampla área para ampliação. O local escolhido não tem mangue nem prédios e nenhum grande morro perto. E o solo é areia”, enumera.
Aeroporto Humberto Bortoluzzi será um marco Bortoluzzi analisa que o Aeroporto Regional será um marco para toda a região. “Ao analisar melhor as condições de infraestrutura do Sul do Estado, uma empresa que quiser se instalar na região irá se desinteressar. Estamos carentes de infraestrutura, inclusive de Aeroporto”, considera. Com o funcionamento do Humberto Bortoluzzi, o empresário aposta em um aumento de interesse pela região e em uma consequente valorização das empresas já instaladas nas três microrregiões – Amurel, Amrec e Amesc. “Toda a região irá ganhar”, resume. O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), Olvacir Bez Fontana, conta que a Azul Linhas Aéreas já manifestou interesse em operar no Humberto Bortoluzzi. “O Aeroporto Regional pode ser transformado em um Aeroporto Indústria, e em seu entorno, instalarem-se empresas que produzissem para o país fórmulas cujas matérias-primas viessem por ele”.
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Saiba mais Até 1970, o único Aeroporto da região era o Anita Garibaldi, em Tubarão. Anos mais tarde, em 1979, o Aeroporto Diomício Freitas, na época de Criciúma, entrou em operação. Com a emancipação de Forquilhinha, o Diomício Freitas passou a pertencer ao recém-formado município. Segundo Bortoluzzi, o Aeroporto de Jaguaruna foi pensado para servir toda a região, com uma população de 1 milhão de habitantes. Há 13 anos, lideranças da região começaram a trabalhar a possibilidade de construir um Aeroporto Regional. Em uma reunião com a presença de lideranças como o então prefeito de Criciúma, Paulo Meller, Genésio Goulart, na época prefeito de Tubarão, Álvaro Arns, então presidente da ACIC e Humberto Bortoluzzi, representando a Associação Empresarial de Tubarão (ACIT), foi decidido contratar um estudo técnico para apontar
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o melhor local para a instalação do empreendimento. As associações de municípios ficaram responsáveis pelo andamento e contratação do projeto. O estudo de apontamento de sítio identificou dois lugares. As associações de municípios do Sul catarinense solicitaram à Unisul e à Unesc que o projeto fosse validado. O trabalho definiu um lugar. Empresários se cotizaram para levantar R$ 50 mil para a elaboração de um préprojeto, que foi encaminhado ao Governo do Estado. O então Governador Paulo Afonso validou o pré-projeto e autorizou a elaboração do projeto do Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi. Um consórcio intermunicipal foi criado para a compra da área de 311 hectares. A desapropriação já foi feita em sua totalidade e 93% do R$ 1,1 milhão referente às desapropriações já foi pago. O nome do Aeródromo foi aprovado na Assembleia Legislativa.
Valores do Regional Serão investidos no aeroporto, contando todas as obras executadas e a executar, a quantia de R$ 58,3 milhões, sendo R$ 30,4 milhões do Governo Federal e R$ 27,9 milhões do Governo Estadual. O Governo do Estado é responsável por toda a obra, desde o projeto até a execução, e também a homologação do Aeroporto. O Estado coordena, executa e finalizará todo o processo. Cabe ao Governo Federal a liberação dos recursos aos municípios a aquisição da área patrimonial.
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Infraestrutura:
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a hora é de lutar pela conclusão das obras
Milena Nandi l Criciúma
Mais que lutar para trazer obras estruturantes para o Sul do Estado, as lideranças da região se unem para que as obras já iniciadas terminem. Alguns exemplos? Duplicação do trecho Sul da BR-101 e o aeroporto Regional Sul. “O problema da infraestrutura na nossa região pode ser considerado crônico. As obras estão pela metade e está na hora de serem concluídas”, afirma Sinésio Volpato, vice-presidente e 1º Secretário – Assessoria Estratética de Infraestrutura da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). A afirmação de Volpato traduz a in-
quietação não apenas de empresários da região – que têm dificuldades maiores no quesito infraestrutura que concorrentes de outras regiões do Estado, incluindo despesas com a carência dela e problemas inclusive para a realização de negócios –, mas também lideranças políticas – que vêem frustradas muitas das tentativas de trazer novos empreendimentos e investimentos para o Sul, em função dos problemas de infraestrutura – e da população em geral – que corre mais riscos com a lentidão de obras como a duplicação da BR-101. E pelo conjunto de fatores, lide-
ranças políticas e econômicas das três microrregiões do Sul Catarinense se uniram, apoiadas pela comunidade, para lutar para que a realidade mude. Volpato analisa que a causa é de todos, e que nenhuma das obras necessárias beneficiára apenas um município. “A união da sociedade do Sul é fundamental para que se consiga resolver os gargalos de infraestrutura. Não há como pensar o desenvolvimento individualmente por município ou região. A nossa aldeia vai do mar à serra, de Imbituba até a divisa com o Rio Grande do Sul”, comenta.
Carência de infraestrutura é ponto fraco. Ensino, ponto forte Uma das principais obras de melhoria da infraestrutura do Sul catarinense, a BR-101, segue em obras, mas ainda há gargalos. “A duplicação em andamento, mas ainda há muitos problemas com o lote 25 (entre Capivari de Baixo e Laguna), com ponte e viaduto que nem começaram a ser construídos”, comenta. Outra carência, segundo Volpato, é relativa ao transporte aéreo. Conforme ele, a região continua desassistida no
quesito aeroporto: lideranças continuam lutando para dar uma nova cara ao Diomício Freitas, enquanto que o Regional de Jaguaruna, segue “sem definições claras”, segundo ele. Outros problemas elencados pelo vice-presidente da ACIC é o projeto do anel de contorno viário, que segundo é uma obra que beneficiará Criciúma e cidades vizinhas, e está parada e a carência na parte de telecomunicação, seja local,
celular (Volpato afirma que a cobertura deveria ser maior) ou banda larga. Mas em um quesito o Sul catarinense está em vantagem em relação a outras regiões: educação. “Tivemos grandes avanços na educação. Hoje temos boas escolas de formação técnica, universidade, faculdades que se sobressaem em relação a outros locais. E qualidade na formação profissional é importante para o desenvolvimento”.
possui quatro trechos (Porto União – Marcelino Ramos, Mafra – Porto União, Mafra – São Francisco do Sul (porto) e Mafra – divisa com o Rio Grande do Sul via Lages). Quando estiver pronta, a Ferrovia Litorânea vai ligar os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul.
Volpato lembra que a região se caracteriza pela produção de mercadorias pesadas, e isso acaba ocupando mais as rodovias. “O mais recomendado é que esses produtos sejam transportados via ferroviária”, afirma. “O projeto da Litorânea é muito importante. Ele está ocorrendo, mas de maneira lenta”, analisa.
Projetos interligados Todos os projetos estruturantes para a região estão interligados. E o da Ferrovia Litorânea e o de revitalização do Porto de Imbituba são exemplos disso. A Ferrovia Litorânea terá 236 quilômetros, interligando a Ferrovia Tereza Cristina, às ferrovias da América Latina Logística (ALL), que
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ESTRUTURA
FOTO: DIVULGAÇÃO
Via Rápida:
Milena Nandi l Criciúma
Apontada como um dos caminhos para o desenvolvimento regional, a Via Rápida, com pista dupla ligando Içara a Criciúma, pode estar mais perto de sair do papel. Na primeira quinzena de outubro, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, deve vir a Criciúma para apresentar a atualização do projeto, pensado em 2006. A intenção é discutir com lideranças e autoridades a nova proposta para a Via Rápida. O projeto inicial previa uma parceria público-privada para a construção e manu-
um caminho para o desenvolvimento tenção da rodovia, e como consequência, a Via Rápida seria pedagiada. Mas a pedido do Governador Raimundo Colombo, o projeto inicial foi revisto e passou por adequação – trabalho feito pela empresa Prosul, de Florianópolis e que deve ser apresentado ao presidente do Deinfra no início de outubro. Paulo Meller explica que em trechos como nos Bairros Primeira Linha, Quarta Linha e Morro Estevão o projeto previa a construção de viadutos. “Como a rodovia é pedagiada, tinha-se que evitar rotas de
fuga. Mas como a decisão do Governo é não colocar pedágios, houve uma mudança de foco e estudos foram realizados para trazê-la novamente ao padrão normal”. O presidente do Deinfra adianta que um trevo no Bairro Próspera, que não estava no projeto inicial da Via Rápida, foi apontado como necessidade pelo novo estudo – o trevo será nas proximidades do Terminal do Bairro Próspera, no início da Avenida Gabriel Zanette. Segundo Meller, nem todos os viadutos projetados originalmente constarão no projeto atual.
Via Rápida e o crescimento regional Para o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) e o responsável pela idéia da construção da Via Rápida, no período em que foi Secretário de Estado de Infraestrutura, Olvacir Bez Fontana, a intenção é criar uma zona de desenvolvimento de Criciúma a Içara. “Quando o projeto da Via Rápida foi idealizado, o objetivo principal era criar uma nova área de desenvolvimento. Sabe-se que Criciúma tem necessidade de novas áreas industriais e que vem
perdendo arrecadação, parte da fatia do bolo da receita do Estado”, comenta. Além da Via Rápida atrair empresas ao longo da rodovia, irá criar um melhor acesso para Criciúma. “Com a duplicação da BR-101, não queremos que Criciúma se torne um município esquecido em função de dificuldades de acesso, como já aconteceu com algumas cidades”, afirma Fontana O presidente da ACIC considera que o projeto irá beneficiar não só Criciúma
e Içara, mas também cidades do entorno, que terão um acesso mais rápido a Criciúma, cidade pólo da região. “A rodovia entre Criciúma e Içara é a terceira mais movimentada de Santa Catarina e a primeira no continente do Estado. As outras duas ficam na ilha”, revela. O processo de desapropriação de áreas para a construção da rodovia está adiantado e a obra possui licenciamento ambiental. “Hoje, 80% dos terrenos já estão desapropriados e pagos”, conta Fontana.
Saiba mais A Via Rápida terá pista dupla e começará no cruzamento da Rua Vereador Ricardo Matias Paz e Avenida Miguel Patrício de Souza, nas proximidades do Terminal Urbano do Bairro Próspera, percorrendo 9 quilômetros entre Criciúma e Içara, até chegar à BR 101 – passando por seis Bairros dos dois municípios. Sua extensão total será de pouco mais de 11 quilômetros. O valor inicial da obra era de mais de R$ 60 milhões, mas com a sua adequação, o projeto deve ter os custos reduzidos. No dia 29 de setembro, uma audiência na Câmara de Vereadores de Criciúma definiu a criação de um grupo para fiscalizar as desapropriações – 22 famílias ainda não firmaram o acordo.
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Novo estudo da Via Rápida é apresentado na ACIC O Deinfra – Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) escolheu a ACIC como palco para a apresentação do projeto da Via Rápida, a SC 446. Para um auditório lotado e prestigiado por lideranças políticas, empresariais e comunitárias de Criciúma e Içara, o Presidente do Deinfra, Paulo Meller, apresentou os projetos para construção da rodovia que vai ligar Criciúma à BR-101. No evento também foram apresentadas a segunda e terceira etapas do Anel de contorno viá-
rio. Também participaram do encontro o secretário de Desenvolvimento Regional, Luiz Fernando Cardoso e os deputados Valmir Comin e Jorge Boeira, além do prefeito Clésio Salvaro e o presidente da ACIC, Olvacir Fontana, diretoria da entidade, entre outras lideranças. Para o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, o evento foi de grande importância, mostrando que a entidade busca a agilização da rodovia como um novo eixo para o desenvolvimento da ci-
dade, com possibilidade de atrair grandes investimentos industriais para Criciúma e Içara. Meller informou que, embora o projeto da Via Rápida tenha sofrido algumas adequações em relação ao original de 2009, feito pela SCParcerias, o traçado foi mantido, respeitando o Termo de Ajustamento de Conduta feito com o Ministério Público Estadual. A obra faz parte do sexto programa de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento e qualquer alteração no projeto poderá gerar novos atrasos no início da pavimentação, informou o presidente. A previsão apresentada é que a licitação da SC-446, com 11,3 quilômetros, deverá ocorrer em abril, ainda sem valores fixados, mas ficando entre R$ 70 e R$ 90 milhões. “Contamos com sinal positivo dos técnicos do BID, que já avaliaram o projeto”, acrescentou Meller. A SC-446, comentou Meller, estimulará um novo polo de desenvolvimento para Criciúma, permitindo que grandes empresas se instalem na região.
Anel viário O processo para obtenção da licença ambiental para continuação do Anel Viário de Criciúma deverá ser enviado à Fatma em 30 dias, antecipou o presidente do Deinfra. O trecho restante, entre a Unesc e a Sociedade Recreativa Mampituba foi dividido em duas partes, sendo que a primeira (Mampituba-Condomínio Moradas da Colina) Quando orçada em R$ 27 milhões, sendo que, R$ 12 milhões já foram conseguidos com emendas parlamentares e o restante será contrapartida do Estado. A previsão de início é para 2012 e término em 18 meses..
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ACIC vai construir Bloco C
com novo bloco o Centro Empresaria terá novo auditório e novas salas
Deize Felisberto l Criciúma
A ACIC iniciou os projetos para a construção de mais um Bloco do Centro Empresarial. A construção deste bloco já estava no projeto inicial da sede e irá atender a necessidade da demanda por mais espaços para eventos. Em média, hoje há ocupação de mais 80 % dos espaços existentes. A disponibilidade de mais 14 salas permitirá que se instalem novas entidades. “Vivemos um momento de união, de agregação e de concentração de forças e a ACIC tem o
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propósito de criar um espaço adequado para que as pessoas se encontrem e para que os empresários discutam o desenvolvimento”, explica o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A ACIC é uma biblioteca do empresário. Nesta estrutura ele poderá expor suas sugestões, adquirir conhecimento e criar inovações, inibindo-se de quaisquer ideologias. Com espaço para discutir ideias, participar de palestras e seminários, reuniões, apresentar novos
produtos, integrar equipes e formar líderes, tudo isso interligado com a comunidade e o desenvolvimento econômico da nossa região. A congregação de entidades e sindicatos, como ocorre no Centro Empresarial, proporciona o debate em um único lugar diversos assuntos ligados ao desenvolvimento e ao crescimento das empresas. “Um crescimento sustentável e sustentado é o que queremos para as nossas empresas. Sustentável
com o meio ambiente em que vivemos; e sustentado, com um desenvolvimento acima da média para que possamos competir neste mercado tão acirrado”, diz Fontana. O Bloco C da entidade terá três pavimentos. No térreo, um auditório modular com capacidade para 540 lugares, podendo ser modulado em três partes de 180 lugares cada. Os dois andares terão 10 salas de aproximadamente 63 metros e quatro
salas de 76 metros quadrados de área útil cada uma. O total da construção será de 2.300 metros quadrados. A busca de parceiros também está sendo feita pela Associação como realizado na construção dos demais pavimentos. O Centro Empresarial tem a maior estrutura física de associações semelhantes fora de capitais brasileiras e, nos seus 4,5 mil metros quadrados de área construída, congrega serviços e entidades patronais e empresariais.
O bloco A é utilizado pela ACIC para recepção, restaurante, auditórios, salas de apoio, salas para reuniões, sala para a presidência, duas salas para consultorias, salas para a AJE - Associação de Jovens Empreendedores e para a Câmara da Mulher Empresária, salas para as operações da Associação Empresarial e sala de estar e circulação. O bloco B abriga os parceiros da entidade além da Junta Comercial do Estado e da AR/ ACIC - Certificação Digital.
Associados aprovam construção do Bloco C Os associados aprovaram com satisfação a construção do bloco no mês de setembro em Assembleia Geral Extraordinária O presidente do Conselho Superior da ACIC, Santos Longaretti, ressaltou a importância da aprovação pelos associados. “Faz-se necessária a presente AGE
para autorizar a Diretoria Executiva da ACIC a efetuar a transferência de propriedade das salas do primeiro e segundo pavimento do bloco “C” do Centro Empresarial de Criciúma, que venham a ser vendidas e que deverá ser construído pela própria Associação”, destacou. O presidente da ACIC, Olvacir Bez
Fontana, conclui que as empresas devem procurar na ACIC o desenvolvimento de sua gestão e a sua capacitação. “Estamos criando um lugar ideal para o empresariado, atendendo uma demanda momentânea. Esperamos que o futuro nos exija mais espaço, pois isto mostra o nosso crescimento gradual”.
Out/2011
Acelere. Ainda dá tempo de ganhar.
Participe e concorra a
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Hilux.
CERTIFICADO DE AUTORIZAÇÃO SEAE/MF/Nº 06/0038/2011 e SEAE/MF/Nº 05/0037/2011. Promoção válida para as cooperativas de crédito participantes. Consulte condições de contratação dos produtos participantes, bem como o regulamento completo da promoção em forcapremiadasicredi.com.br ou nas cooperativas de crédito. Produtos e serviços sujeitos à disponibilidade na sua cooperativa de crédito. Para mais informações sobre produtos e serviços, vá a uma de nossas unidades de atendimento ou acesse sicredi.com.br. Imagens meramente ilustrativas. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.
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ACIC entrega Prêmio de Jornalismo
Deize Felisberto l Criciúma
A ACIC entregou no dia 30 de agosto o Prêmio ACIC de Jornalismo. O evento está em sua décima primeira edição e foi prestigiado pelos profissionais de comunicação, que concorreram nas categorias Rádio, TV, Jornal, WEB Jornalismo, TV, Fotografia e Trabalho acadêmico. “Este evento comprova a união da nossa classe e que podemos fazer a diferença. Independentemente da área que atuamos dentro da comunicação o importante é não perdemos a essência da profissão”, ressalta o secretário de comunicação da Prefeitura Municipal, Douglas Nazário, um dos vencedores na categoria televisão.
O melhor trabalho entre todos os primeiros colocados recebeu um IPAD. Este ano o prêmio especial ficou com a repórter Michele Elias, da RBSTV, com a matéria “A nova classe C”. A reportagem faz um retrato da realidade econômica de Treviso, uma das cidades com maior qualidade de vida do Brasil. O vice-presidente da Fiesc Regional Sul, Diomicio Vidal, ressaltou a importância do prêmio. “Hoje após o início há 11 anos nós nos sentimos muito satisfeitos com a criação deste prêmio. Estamos atingindo aquele objetivo traçado no início, da qual precisávamos mostrar o potencial da nossa região, tudo que ela tem de melhor”, disse.
“A ACIC tem um papel cada vez mais importante no crescimento e desenvolvimento da região. O objetivo da nossa diretoria é influenciar as pessoas contribuir com as questões da nossa região e os jornalistas têm essa capacidade ainda maior, através daquilo que escreve e mostra a comunidade”, diz o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. O prêmio é uma iniciativa da ACIC, onde são destacadas as notícias positivas da região. Além de troféus e certificados, o concurso distribui prêmios em dinheiro. O patrocínio desta edição foi da ACTU, SATC, Bistek, LJ Informática, Sicredi, Sinquisul e Sinplasc.
Vencedores 2011
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1° Lugar - Categoria Rádio
“1991, O melhor futebol do Brasil é o Tigre”. Denis Luciano Rádio Eldorado
1º lugar - Categoria Fotografia
“Ai, que preguiça! Como no útero da mamãe”. Maurício Vieira Diário Catarinense
1° Lugar - Categoria Televisão “A nova classe C do Brasil”. Michele Ávila Elias RBS TV Criciúma
PRÊMIO ESPECIAL
Foto: Ulisses Job
“A nova classe C do Brasil”. Michele Ávila Elias RBS TV Criciúma
1° Lugar - Categoria Jornal
“Profissão: Mineiros Guerreiros da escuridão”. Ana Paula Cardoso Diário Catarinense
Web Jornalismo
“Pelo som a oportunidade de um amanhã melhor”. Karina Farias Portal SATC
TRABALHO ACADÊMICO
“Alma, Garra e Coração” 8ª Fase de Jornalismo Representantes: Gregori Flausino e Carol Grechi - Faculdade SATC
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Capacitação
forma líderes industriais Parceria para a realização do curso para os colaboradores foi feita entre Sinquisul e Sindicato Laboral
Deize Felisberto l Criciúma
A necessidade de formar profissionais direcionados e capacitados para liderar na área industrial é o foco do curso promovido pelos Sindicatos das Industrias Químicas Sul Catarinense (Sinquisul) e o Sindicato Laboral da categoria, juntamente com a SATC. “O esforço gerado pelos dois sindicatos possibilitou a concretização deste projeto e a formação de um grupo de 30 profissionais participantes”, diz o presidente do Sinquisul, Andres Pesserl. O curso que tem duração de três meses e inclui no cronograma temas como liderança, motivação, gestão de pessoas, sistemas de qualidade, administração de conflitos, liderança, oratória, criatividade e integração. O instrutor do curso, Michel Inácio, explica que a formação de líderes trabalha necessariamente a área de gestão, enfatizando temas comuns que podem ser aplicados no dia a dia das empresas. “São explicações e exemplos que poderão ser
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aplicados no dia seguinte já pelo funcionário. Passamos todo o embasamento teórico, mas de uma forma bastante prática’, explica. A capacitação que iniciou em agosto segue até dezembro, com aulas 2 vezes por semana, de três horas/dia. O colaborador da Nova Color, de Caravaggio, Vanderlei Minatto, há apenas 10 meses na empresa, comemora a oportunidade de fazer o curso. “Atuo pela primeira vez na função de líder de controle de qualidade e este curso está me ajudando muito, me dando noções práticas. A empresa está apostando e investindo em mim e quero responder a altura”, ressalta. Mais dois colaboradores da Nova Color também estão participando da capacitação. O presidente do Sinquisul reforça que esta é a primeira ação dos sindicatos em conjunto, mas que um cronograma será elaborado para que novos projetos sejam realizados. “Ao término deste curso ela-
boraremos um calendário entre ambos os sindicatos para analisar quais seriam as outras demandas para o setor químico da região do Sul do Estado”, explica. Ele completa ainda que a função dos Sindicatos é muito vasta, construindo propostas interessantes que possam ser desenvolvidas. “ É uma iniciativa que foge ao modelo tradicional de se reunir visando o dissídio, que não é menos importante, porém este grupo todo entende que há mais a oferecer, através da atividade Sindical, seja patronal ou laboral”, finaliza. O treinamento certamente colocará no mercado 30 novos profissionais bem capacitados para atuar no mercado. “O curso é excelente. Estou conseguindo me aperfeiçoar na área que atuo na empresa como programador de controle de produção”, opina Roger Patrício Dela Bruna, da Manchester Química do Brasil. O Sinquisul possui hoje 19 empresas associadas na região.
A tomada de decisões
e a liderança na empresa familiar
Herbert Levy
Muitos a consideram como o tipo de organização ideal para se trabalhar. Outros acreditam ser um ambiente de trabalho ineficaz. Estamos falando das empresas de controle familiar. Inicialmente, é preciso compreender que os gestores das empresas familiares são seres humanos, e como tal, são indivisíveis. Ou seja, os gestores jamais conseguirão ter um completo desprendimento entre a vida familiar e os negócios. Até porque os negócios nascem e crescem com todo um envol-
vimento e cumplicidade da família. A verdade é que, comandadas por herdeiros, cônjuges e sucessores, as empresas familiares constantemente servem de exemplo da falta de profissionalização na administração dos negócios. No mundo, acredita-se que a média histórica de empresas familiares que sobreviveram até a terceira geração é de, no máximo 10%. No Brasil, especialistas garantem que menos de 5% delas vingaram até o neto ou bisneto assumir o comando.
Herbert Levy - Executive Coach
A contratação e a demissão de um familiar O que é certo é que, em uma empresa familiar, os fundadores já têm seus cargos específicos: de donos. Porém, isso não significa que eles sempre administrarão os negócios. O que acaba acontecendo nessas empresas é a sucessão, ou situações em que o fundador continua administrando a empresa em conjunto com seus familiares diretos e/ou indiretos. Outras vezes, a maneira de resolver a evolução da empresa é transformar os donos em conselheiros e contratar profissionais capacitados para administrar, deixando a família fundadora no con-
trole de resultados, estratégias e acompanhamento. Entretanto, o ideal seria profissionalizar os membros da família através de planos de crescimento interno mediante um programa sucessório que envolva experiências externas, estudo focado no seu negócio e desenvolvimento gerencial.
Em todo caso, a tarefa de um líder que precisa integrar ou demitir um parente “poderoso” na estrutura hierárquica de uma empresa familiar nunca é uma tarefa fácil, e deve envolver um processo com muito diálogo e reflexão. Quem contrata deve expor ao novo integrante familiar os direitos e deveres, valores da empresa e normas de conduta. Quem demite um membro familiar deve planejar a demissão para evitar conflitos e intrigas; em seguida, comunicar aos familiares próximos e diretamente àquele que será demitido, expondo claramente os motivos da demissão.
Administrando conflitos Estabelecer desde o início do relacionamento uma linha divisória entre família e empresa é a grande chave da liderança para se evitar conflitos. Dentro da organização, palavras como “pai”, “mãe”, “filho”, “irmão”, “cunhado”, devem ser proibidas. Todos devem ser chamados pelos nomes.
Enfim, no ambiente de uma empresa familiar, mais do que nunca, os líderes devem lembrar de que os problemas e as disputas pessoais também devem permanecer da porta da empresa para fora. Deve-se evitar, a todo custo, as discussões que invadem corredores e transpõem
as paredes e divisórias do escritório. Isso contamina as equipes com fofocas e falta de comprometimento. Herbert Levy- Diretor da Heros Levy – Consultoria & Coaching, Consultor em Governança Corporativa e Sucessão Familiar.
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Pesquisa aponta representação feminina no meio empresarial
Câmara da Mulher Empresária de Criciúma encomendou levantamento à Unesc
Deize Felisberto l Criciúma
A análise foi feita pelo Instituto de Pesquisas Socioeconômica Aplicada da Unesc – Ipese que através da distribuição dos empregos por gênero em Criciúma obteve números exclusivos do perfil da mulher no mercado de trabalho. O estudo dos dados partiu do Relatório Anual de Informações Sociais – RAIS- disponibilizados no Ministério do Trabalho e Emprego. Os dados correspondem aos empregos no ano de 2010 em Criciúma. Neste ano havia 59.361 empregos na cidade. Destes, a ocupação feminina representou quase 44%, enquanto a participação masculina foi de aproximadamente 56%. A superioridade do gênero
masculino frente ao feminino, resultou em termos absolutos, na diferença de 7.285 empregos. “Para a Câmara da Mulher é muito interessante que se tenha esses dados da realidade da atuação da mulher. Queremos que essa representatividade também seja sentida na participação das empresárias no associativismo. A troca de experiências com outras empresas é imprescindível para o crescimento profissional e também da própria empresa. É possível administrar as duas coisas”, explica a presidente da Câmara da Mulher Empresária de Criciúma, Lenir Dalssaso Schambeck.
Distribuição dos empregos por gênero em Criciúma
Lenir Dalssaso Schambeck Presidente da Câmara da Mulher Empresária
A representatividade societária feminina nos empreendimentos, proprietárias ou sócias proprietárias, ficou em mais de três mil, cerca de 39%, a participação masculina gira em torno de 61%. No cadastro econômico da Prefeitura Municipal de Criciúma, estão relacionados 31.114 empreendimentos. Destes, 18.618 são considerados cadastros em baixa, ou suspensos. Dos 12.496 cadastros restantes, apenas 8.136 registram a participação societária.
Estratificação societária por gênero em Criciúma
No comparativo da participação feminina por faixa etária entre 25 e 29 anos a participação feminina chegou a 45% do total de empregos. Acima de 65 anos está a menor representação do público feminino. Apenas 24% dos empregos nessa faixa etária são de mulheres. Estas com idade entre 18 e 49 anos representam aproximadamente 87% do total de empregos do gênero feminino em Criciúma. É uma concentração bastante elevada. Do total dos empregos ocupados pelas mulheres, aquelas com idade entre 50 e 64 anos representam aproximadamente 11%. Para as mulheres com até 17 anos, e acima de 65 anos, as participações foram, respectivamente, 2% e 0,03%.
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Outro dado importante apontado na pesquisa mostra que em três níveis de instrução existe superioridade feminina. As mulheres correspondem a 51% dos empregos com o ensino superior incompleto. Esta vantagem aumenta quando se leva em consideração o ensino superior completo, onde elas representam 58%. Destaque para as 40 mulheres com doutorado completo:
59% dos empregos com este nível de instrução. As mulheres empregadas em 2010 em Criciúma são em sua maioria formadas no ensino médio. Pois aproximadamente 46% da ocupação feminina derivaram de trabalhadoras com o ensino médio completo. O que em números absolutos representam 11.982 empregos, conforme mostra o gráfico abaixo.
Número de vínculos empregatícios do gênero feminino por grau de instrução
No que diz respeito à remuneração as mulheres continuam ganhando menos que os homens. Dos 26.173 empregos femininos de 2010, 70,44% recebiam uma remuneração média mensal de até dois salários mínimos. Nesta faixa etária de remuneração, as mulheres representavam aproximadamente 52,94% do total de empregos. Nas demais faixas de remuneração a participação relativa feminina foi sempre menor que a masculina. Apenas, 2,32% das mulheres empregadas no ano passado, foram remuneradas mensalmente com valores acima de 15 salários mínimos, ou seja, 607 mulheres.
Operadoras do comércio e mercados representam 25% das ocupações femininas A participação feminina por ocupação profissional são exatamente 337 cargos. As duas ocupações profissionais responsáveis por aproximadamente 25% do total de empregos femininos em 2010 na cidade foram: operadores do comércio em lojas e mercados com 3.424 empregos e agentes, assistentes e auxiliares administrativos com 3.063 empregos. Nos cargos de diretoria e gerência nas ocupações profissionais temos: dirigentes do serviço público com duas mulheres, três dirigentes gerais da administração pública, quatro gerentes de tec-
nologia da informação, diretoras e gerentes de operações em empresas de serviços de saúde, oito mulheres, diretores e gerentes de operações em empresa de serviços pessoais, sociais e culturais, onze, gerentes de operações de serviços em instituição de intermediação financeira, vinte cinco mulheres, diretores e gerentes de instituições de serviços educacionais, com dezesseis profissionais femininas, gerentes de comercialização, marketing e comunicação, cento e cinquenta e um gerentes de pesquisa e desenvolvimento e afins, com cinco mulheres.
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Formação
Personal & Professional COACHING®
“Estou muito feliz por ser membro da Sociedade Brasileira de Coaching! O treinamento foi muito bem direcionado e o conteúdo superou todas as expectativas. Diante das práticas muitos paradigmas foram quebrados e hoje consigo ter uma visão mais sistêmica dos meus objetivos aliados ao negócio da empresa em que atuo”. Gisele Corrêa, Gestora de Negócios, Fórmus.
“A Formação Personal & Professional Coaching, oportunizou-me mudanças de comportamentos e desenvolveu estratégias para melhorar meu desempenho pessoal e profissional. Possibilitando reavaliar objetivos, ajudando a manter o foco e agir. Melhora o autoconhecimento, a conquista de coisas novas, constrói e eleva os níveis de resultados. Obtêm-se assim, maior realização, satisfação e plenitude”. Keli Felisbino, Coord. de Desenvolvimento Profissional, SEST SENAT de Criciúma/SC. “O coaching apresenta a realidade de muita ação e geração de excelentes resultados para qualquer ramo de atividade profissional, com um método muito instrutivo e dinâmico. Tornou-se fundamental para minha carreira”. Arq. Jean Pierre Freitas, Imobiliária Coseval. “O Coaching me ajudou a definir objetivos e organizar as minhas ações para atingí-los de maneira rápida. Excelente para o desenvolvimento profissional e pessoal.” Flavia Bianco, Empresária. “A formação em coaching tornou-se um grande diferencial para o meu trabalho
de consultoria em gestão. Com o método da SBC® me sinto seguro e muito mais preparado para ser um parceiro completo na busca da melhora de performance e sucesso dos meus clientes”. Luiz Cardoso – CPC Cardoso & Parceiros Consultoria. “Foi um curso importantíssimo, pois conseguiu fundamentar várias formas de gerenciamentos, principalmente na condução de pessoas, com novas técnicas de trabalhos, sempre mantendo o foco, pois assim, alcançamos o resultado final do objetivo traçado.” Marcos Volpato, Gerente Financeiro, Weber Empreendimentos.
“Foi um processo pelo qual conseguimos visualizar uma forma de atingir objetivos e focar resultados, através de ferramentas que extraem respostas de uma maneira prática e natural.” Antonio Luiz Weber, Diretor Operacional, Weber Empreendimentos. “A busca de resultados desafiadores e a criação sistemática de novas idéias e conceitos é cada vez maior. No coaching encontramos “a chave de partida”, para mobilizarmos culturalmente nossos colaboradores ao rumo de grandes objetivos.” Fernando Weber, Diretor Administrativo, Weber Empreendimentos. “Sempre existem sonhos e objetivos, mas existem muitos sabotadores no caminho. Com a Formação Personal & Professional Coaching®, além de superar tais sabotadores, também se obtêm a administração do tempo e ênfase à dedicação dos
grandes objetivos”. Giovani Pacheco, Gerente, Ritmi Confecções.
“Mesmo sendo uma pessoa disciplinada vi que estava me acomodando e a FormaçãoPersonal & Professional Coaching me proporcionou novos horizontes. Cresceram as metas, os objetivos e os sonhos. Ah, os sonhos... agora plenamente realizáveis! E a utilização das ferramentas ajudam a guiar minha própria vida, com planejamento, ação e resultado. Aumentei o foco em resultados! Motivou meu coração!!!” Kerlan Lumertz, Psicóloga e Instrutora de Desenvolvimentos Profissional do SEST SENAT. “O coaching é o processo mais assertivo para o alcance de objetivos que conheci.” Giovani Bernardo, Consultor, Grupo Standard. “Pude comprovar a eficácia das técnicas e ferramentas da Formação Personal & Professional Coaching para acelerar aprendizados, mudanças de hábitos, motivação e conquistas de metas expandidas.” Romerito de Melo, Gerente, Marge Ind. de Matrizes.
“Fiz o Personal & Professional Coaching em um momento que precisava promover mudanças radicais em minha vida. E conquistei meu objetivo. O que me chamou a atenção durante o curso para formação em Coach, foi conseguir num curto espaço de tempo, desenvolver tantas e novas habilidades. De tudo o que já fiz na minha vida profissional, posso afirmar que foi o mais gratificante!” Berenice Fontana, Empresária.
1ª. fila: Giovani Bernardo, Antonio Luiz Weber, Fernando Weber, Romerito de Melo, Giovani Pacheco, Jean Pierre Freitas, Luiz Cardoso, Marcos Volpato. 2ª fila: Gisele Corrêa, Flávia Bianco, Keli Felisbino, Berenice Fontana, Kerlan Lumertz, Richeli Sachetti – Instrutora Licenciada SBC®
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Jovens desenvolvem liderança através de intercâmbios
Deize Felisberto l Criciúma
Criciúma acaba de receber uma unidade da AIESEC, uma rede global que estimula jovens universitários e recémgraduados a realizar intercâmbios profissionais para desenvolver seu potencial de liderança. A primeira unidade da AIESEC, que já possui 33 escritórios no Brasil, em Criciúma ficará localizada na Unesc. No mês de novembro, a unidade trará 12 intercambistas de diversos países para Criciúma onde realizará atividades voluntárias em diferentes áreas no Colégio CEDUP. Durante este mês de outubro, a estudante argentina Gisel Palmieri,
de Mendoza, está em Criciúma, através da rede, para desenvolver um trabalho de ballet na AFIS – Associação de Formação e Inclusão Social com dança contemporânea e clássica. Ao total serão 12 semanas. “É um projeto social novo que está começando a dar os primeiros resultados. Oferece a possibilidade para muitas crianças da cidade de ter uma iniciação a dança clássica e contemporânea num lugar onde as pessoas ainda não tem muito acesso a este tipo de atividade cultural. Eu fiz por muito tempo aulas de balé onde nasci e agora tenho a oportunidade de transmitir
este sentimento para elas”, conta Gisel. A rede oferece recursos para alimentação, transporte e moradia e conta com 19 membros universitários . Podem participar jovens universitários entre 18 e 30 anos, e recém - graduados até dois anos. “O objetivo é oferecer aos membros um contato global, de uma forma especializada, desenvolvendo suas habilidades, com uma oportunidade de viajar, trocar experiências e networking”, explica a diretora de intercâmbios sociais da AIESEC em Criciúma, Bruna Poerschke Vilar.
Cinco intercambistas de Criciúma já foram para o exterior Cinco estudantes de Criciúma foram para o exterior neste ano, um para o Egito, dois para a Rússia e dois para Moçambique. A estudante de Engenharia Mecânica da SATC, Camila Citadin Milaneze, de 23 anos, foi quem esteve em Moscou, na Rússia. Em julho deste ano, viajou para realizar o intercâmbio cultural Cidadão Global. “Sempre gostei muito de viajar, meu maior sonho era realizar um intercâmbio para praticar meu inglês e ter contato com outras culturas. Quando vi o que a AIESEC proporcionava, não tive dúvidas, era realmente o que eu queria”, conta Camila. Candidatou-se, realizou a entrevista, e passou para o intercâmbio e segundo ela foi a melhor experiência da sua vida. Um alfabeto cirílico, outro idioma, pessoas totalmente diferentes, comidas, bebidas e manias diferentes, outras maneiras de se vestir e de se divertir. “Enfim, tudo novo, tudo diferente, tudo muito legal”, afirma. A estudante de engenharia participou de 10 subprojetos entre eles: Línguas Estrangeiras, onde lecionava aulas de Português para Russos, trabalho com crianças de 4 a 17 anos, apresentações sobre pontos turísticos e marcas do Brasil, para todos os intercambistas e clubes de conversação de inglês. Também ajudou no projeto responsável por promover eventos onde reuniamse todos os intercambistas e outras pessoas de lá, como pic-nic, festas de confraterni-
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zação e passeios turísticos pela cidade. “O mundo é gigante, você não sabe o que pode encontrar a alguns quilômetros de distância. Melhorei meu potencial de liderança, perdi a vergonha de falar em público, conheci muitas pessoas de diversas nacionalidades, pratiquei meu Inglês, aprendi outras línguas, descobri que tenho potencial para muitas coisas que nunca imaginei ter”, encerra Camila. Outra experiência proporcionada pela rede foi com a estudante de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, Paula Cristina Mariot de Souza, que conheceu a AIESEC através de uma colega e achou a proposta da organização interessante e resolveu inscrever-se para um intercâmbio. Após duas entrevistas foi selecionada para atender ao projeto “Medical Awerness Program”, em Alexandria, no Egito. Paula esteve no Egito por seis semanas em agosto. A AIESEC de Alexandria identificou que o país apresenta um dos maiores índices de mulheres com câncer de mama. A partir disso, foi desenvolvido um projeto, que levava médicos egípcios para palestrarem sobre o tema na biblioteca da Universidade de Alexandria. “A minha função neste trabalho era encontrar meios de divulgar os eventos, e quebrar a barreira cultural, já que lá não se pode falar sobre isso abertamente. Fizemos caminhadas na principal avenida, divulgamos em um grande shopping com
flyers e mais de 80 pessoas atenderam as palestras”, relata Paula. Ela afirma que a oportunidade proporcionou a chance de ampliar sua visão, desenvolver-se profissionalmente e realizar o sonho de viver como uma egípcia, literalmente. Para participar dos intercâmbios é necessário que o candidato faça uma entrevista e se encaixe no perfil e na vaga disponível para o voluntariado. A rede conta com parceiros como o Facebook, Electrolux, Artemisia, Microsoft, Danone, Santander, Gerdau, Vale, Volkswagem do Brasil e em Criciúma a Unesc, Afis, Access, CEDUP e Keyword.
AIESEC em números • 107 países • 1.600 universidades • 50.000 membros • 10.000 intercâmbios • 10.000 experiências de liderança • 4.000 parceiros e apoiadores • 470 conferências anualmente • 60 anos de história
Camila Citadin Milaneze em Moscou, na Rússia
Paula Cristina Mariot de Souza em Alexandria, no Egito.
Projeto Educacional será implantado na cidade A direção da Rede está desenvolvendo uma proposta educacional com atividades de empreendedorismo, sustentabilidade e diversidade cultural nas comunidades de Criciúma, com jovens das escolas, entre 14 a 18 anos. “Acreditamos que o impacto dessas ações tem proporcionado a expansão da rede, e ampliado suas fronteiras de trabalho, o que permite a continuidade de atividades que visam o desenvolvimento social sustentável”, explica a diretora de intercâmbios sociais da AIESEC em Criciúma, Bruna Poerschke Vilar. Este projeto envolve doze intercambistas e é desenvolvido pela AIESEC em parceria com as escolas. Nesse caso, propõe às escolas interessadas a oportunidade de criar um ambiente global de aprendizado e ampliar os conhecimentos culturais dos alunos. Como a AIESEC não possui fins lucrativos, os projetos desenvolvidos dependem de patrocínio
de empresas com responsabilidade social corporativa. Entre as propostas do trabalho está o incentivo a liderança e o empreendedorismo local, a integração de culturas de diversas partes do mundo, proporcionar ao intercambista internacional da AIESEC a inserção em escolas com a finalidade de desenvolver a cultura empreendedora para que as empresas continuem a prestar um serviço de qualidade à sociedade, a troca de experiências e o desenvolvimento de uma experiência global, através de um trabalho em uma sociedade de diferente cultura de seu país de origem. A AIESEC trabalha com algumas linhas diferentes de intercâmbio. A partir de janeiro de 2012, terá iniciou o trabalho no segundo setor, a linha de intercâmbios corporativos, trazendo estrangeiros para trabalhar nas áreas de gestão, tecnologia da informação e engenharias. A rede trabalha também com inter-
câmbios em organizações do terceiro setor. Quando a organização possui o interesse em explorar alguma área que não vem sendo bem trabalhada, como a captação de recursos, gestão de processos, auditoria e comunicação até ao desenvolvimento de alguma oficina específica, a organização traz alguém para suprir essa necessidade ou deficiência. “No caso, das aulas de Ballet Clássico e Contemporâneo, na AFIS, por exemplo, o objetivo é disseminar a Arte e Cultura dentro de um bairro carente da cidade, despertando novos interesses e ampliando os conhecimentos das pessoas envolvidas”, ressalta Bruna. A ideia é que ao término do intercâmbio outra pessoa dê continuidade ao trabalho, atingindo assim um maior número de pessoas e causando um impacto constante. Informações: Bruna Poerschke Vilar - bruna.vilar@aiesec.net ou aiesec.criciuma@gmail.com
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Iparque:
Um lugar para fomento de ideias e negócios
Milena Nandi l Criciúma
Inovação é a palavra de ordem no Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque/Unesc). Lançado em julho deste ano, o parque abriga além de institutos de pesquisa e salas de aula para graduação e pós-graduação, a Incubadora Tecnológica de Ideias e Negócios (Itec-In). O projeto original, que deveria receber as primeiras empresas para incubação apenas em 2012, teve modificações e hoje, já há três empresas instaladas no espaço. Ricardo Pieri, gerente da Itec-In, explica que o processo de incubação iniciou antes do planejado em função da necessidade das empresas Sicurezza e Eposs, que ocupavam o espaço do Senai/Midisul – a incubadora funcionou no Senai Criciúma e encerrou o seu ciclo de vida no início de 2011 – e da empresa Soul, que funcionava na Softsul, Pré-incubadora vinculada ao curso de Ciência da Computação da Unesc. “Abrigamos as empresas nas instalações que pertenciam a SoftSul, que foi incorpo-
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rada pela Intec-In, e por isso, a empresa que estava pré-incubada passou automaticamente para o espaço do Iparque”, comenta Pieri. No dia 21 de setembro foi iniciada a construção das novas instalações da incubadora no Iparque, com os trabalhos de fundação do prédio. A previsão de término da obra é para dezembro de 2011. O gerente da Itec-In explica que o local poderá receber até 15 projetos e que em breve o edital de seleção para atrair mais empresas deve ser lançado. O local aceitará apenas projetos de base tecnológica, que para serem incubados, passarão pela análise de uma comissão. Projeto de inovação, que pode ser de desenvolvimento ou aprimoramento de um novo produto ou serviço por uma empresa já consolidada ou não, aprovado, a empresa fica incubada até que possa “caminhar com as próprias pernas”. Segundo Pieri, alunos e professores de
cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas, como Administração, Economia, Direito e de Tecnologia em Gestão vão desenvolver projetos de extensão na Intec-In, junto aos incubados. “A incubadora também será um campo para estágio acadêmico e realização de Trabalhos de Conclusão de Curso”, enumera. O gerente afirma que o projeto da IntecIn é inédito na região pelo fato da incubadora estar dentro de um parque científico e tecnológico. E esta característica auxilia na realização do trabalho. “É praticamente impossível você estar dentro deste ambiente de sinergia de inovação, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico e não se contagiar. Você pega isso por osmose”, considera. Um exemplo? A Soul, que trabalha com software para controle de frotas, já está iniciando o processo de desenvolvimento de um software gerenciamento de áreas de risco para o Iparque e os clientes do parque tecnológico.
Saiba mais sobre as empresas da Intec-In Sicurezza – Segurança da Informação: atua na área de segurança da informação e sistemas para Internet. Começou a atuar com consultoria em sistemas de segurança computacional e desenvolvimento de sistemas para o setor de mineração. Com a parceria de profissionais do setor de mineração, busca fornecer às empresas e profissionais da área uma ferramenta simples e ágil para a gestão dos títulos minerários. A empresa pretende ser referência no desenvolvimento de sistemas para a gestão de títulos minerários no Brasil. Eposs Tecnologias e Inovações: desenvolve fertilizante foliar a partir de turfa. Possui entre os produtos desenvolvidos, tubetes biodegradáveis que funcionam como adubação inicial de mudas de plantas. O objetivo principal de atuação desta empresa é o ramo biotecnologia voltada à agricultura. Soul Desenvolvimento de Software : a Soul nasceu dentro da Unesc, na Softsul – Pré-Incubadora de Base Tecnológica, vinculada ao Curso de Ciências da Computação. Atualmente, a empresa possui uma solução de monitoramento de veículos inovadora e diferenciada, que pode atender transportadoras de cargas, cooperativas de transportes e diversas outras empresas que possuem frota própria de veículos e desejam obter mais controle, produtividade e segurança em sua empresa. Está desenvolvendo software para a gestão territorial (parcelamento de solo, malha viária e endereçamento), produtos complementares para gerenciamento de áreas de risco, e sistema de gerenciamento regional de transporte.
Empresas de transporte recebem prêmio As empresas de transporte de Criciúma, Transal e Transportes Ouro Negro, receberam o prêmio TOP DO TRANSPORTE 2011 A TRANSAL com muito empenho e determinação obteve o merecido reconhecimento por parte de seus clientes, que foi receber o premio “TOP DO TRANSPORTE 2011” com uma ressalva, a TRANSAL foi classificada como a 2ª melhor empresa de Transporte Rodoviário de Cargas do País para o segmento da Indústria Química e Petroquímica. A Transportes Ouro Negro também foi indicada como destaque do setor de transporte textil.
Lucas Salvan Gerente Financeiro Recebe o Certificado do Prêmio Top doTransporte
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PDD possibilita uma visão holística de gestão Programa da FDC é direcionado a empresários e gestores
Deize Felisberto l Criciúma
Muitas empresas da região vêm mudando sua forma de administrar as empresas depois que iniciam o PDD - Programa de Desenvolvimento de Dirigentes da Fundação Dom Cabral. Com uma visão clara e objetiva, o programa auxilia os empresários, dirigentes e líderes a estarem preparados para este mundo globalizado que exige, cada vez mais, em um curto espaço de tempo decisões assertivas destes profissionais. “A empresa decidiu participar do programa por perceber que só cresce como organização se capacitar seus colaboradores, dando-lhes oportunidades de aprendizado e fornecendo ferramentas de trabalho capaz de analisar, tanto a nível tático como estratégico, o desempenho da empresa”, explica o diretor-presidente da Manchester Química do Brasil, Clóvis Mezzari. Outro destaque do Programa é a oportunidade de trocar experiências e aprendizados com outras empresas que estão nos Programas da FDC. No PDD traz o que há de melhor no mundo em gestão. As boas práticas são discutidas, os professores são ex-executivos, sendo um importante diferencial, já que o programa tem uma abordagem bastante prática, com uma metodologia
Clóvis Mezzari Diretor - presidente da Manchester
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vivenciada e compartilhada com todos os participantes. O Programa na região sul está em sua 9° turma contando com a participação de mais de 250 empresários, dirigentes e líderes. “O PDD é uma ótima oportunidade de aperfeiçoamento e troca de experiências com outros empresários e lideranças da região Sul, com a facilidade de participar de um programa da FDC - Fundação Dom Cabral, a 5º Melhor Escola de Negócios do Mundo e a Melhor Escola de Negócios da América Latina”, enfatiza Maria Eliane Goulart Longo, Diretora da SET e associada a FDC e FFM. Para Clóvis, a empresa obteve diversas mudanças com a participação no PDD e no PAEX. Uma delas foi uma gestão mais participativa por parte dos líderes, um nível de detalhamento dos trabalhos com mais qualidade e uma visão mais clara a longo prazo compartilhada pelos líderes da empresa. “Tivemos uma melhora significativa nas análises gerenciais obtidas através das inúmeras ferramentas disponibilizadas
pelo programa”, acrescenta. Hoje, a Manchester realiza acompanhamentos de desempenho setoriais dentro da organização, apresentados em reuniões com a participação de todos os setores da empresa, o que proporciona uma gestão participativa na avaliação dos números. Nessas reuniões são avaliados vários indicadores de todas as áreas, isso mostra de maneira transparente onde é preciso melhorar. “O PAEX também proporciona várias palestras e treinamentos que desenvolvem o potencial dos nossos colaboradores, proporcionando mais qualidade aos trabalhos desenvolvidos, bem como uma melhor avaliação dos resultados apresentados”, encerra Clóvis. O coordenador administrativo do Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, Paulo César da Rosa, salienta que fez o Programa e depois outros colaboradores da empresas foram indicados a fazer pela grande valia. “Participei da primeira turma do PDD e tivemos um ótimo rendimento nos resultados”, destaca Paulo.
Atuação do Conselho e a estratégia organizacional Seria natural que, com o acirramento do ambiente competitivo, da complexidade e dos movimentos globais, o papel do conselho nas organizações se tornasse mais estratégico, pois as decisões que o CEO deverá tomar tornar-seão mais difíceis. Empresas limitadas e SAs de capital fechado estão constituindo conselhos de administração ou conselhos consultivos para auxiliar nessa tarefa. A profissionalização da atividade de conselheiro também contribuiria para auxiliar nesta tarefa, tornando a atribuição do conselho mais estratégica ao longo dos anos. Mas há algo estranho acontecendo no diaa-dia dos conselhos. Tenho observado, em reuniões que mantenho com os conselhos de diversas organizações - bem como em conversas reservadas com CEOs sobre a contribuição dos seus conselhos nas decisões a e serem tomadas – um distanciamento com a afirmação acima. Na verdade, a maioria dos conselhos vem tendo uma atitude somente de cobrança de resultados de curto prazo. Um grande percentual de conselheiros tem sido cumpridor das exigências legais, tais como avaliação dos relatórios e a serem guardiões da transparência das organizações, dando uma ênfase demasia-
da no papel de agentes de controle. Acredito que é um papel importante, mas diria que esta é a atribuição básica do conselho. A grande questão é como podemos potencializar a atribuição deste conselho, tornando-o mais atuante na visão e na elaboração estratégica da empresa, em parceria com a alta administração. O papel dos conselheiros na definição da estratégia há muito tem sido objetivo de debate, mas o fato é que poucas empresas tratam da estratégica a partir do conselho. O envolvimento do conselho na estratégia compreende três fatores: participação nas reflexões e direcionamentos, nas estapas de gestão estratégica e nas decisões de investimentos. No envolvimento de gestão estratégica, para o conselho, implica atuação em quatro etapas: premissas (elaboração da visão, missão e valores, ou seja, das definições empresariais básicas e dos princípios orientadores do negócio), formulação (implica a análise das informações sobre o setor e a empresa e a tomada de decisões estratégicas), implementação (implica a formulação de políticas e a orientação das iniciativas da empresa, bem como a delegação das funções para a implementação estratégica)
e controle (é todo o processo de avaliação estratégica e monitoramento do ambiente de negócios. Resumindo: as atribuições do conselho estão baseadas em dois construtos: o controle financeiro e o controle estratégico. O controle financeiro é o controle típico da maioria da empresas, que coloca os conselheiros como agentes de fiscalização da saúde financeira da organização. É uma atribuição importante, mas básica. O controle estratégico é o diferencial, é mais que controlar as finanças, mas sim controlar a estratégica da empresa de forma eu as ações fiquem condizentes com os objetivos dos acionistas. O controle estratégico, de certa forma, analisa a empresa antes que seja preciso fazer o controle financeiro.
Luiz Augusto Lobão Mendes é professor da Fundação Dom Cabral e escreve mensalmente em CRN Brasil.
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A Eficácia da avaliação psicológica nas organizações
Rosimeri Vieira
Atitudes inadequadas de comportamento e baixo desempenho têm sido os motivos mais recorrentes entre os que levam à demissão de colaboradores de empresas. Nas contratações, admitimos pelas habilidades e demitimos pelo comportamento. Os testes psicológicos e de personalidade utilizados na Psicologia Científica são instrumentos disponíveis aos profissionais que estudam o comportamento e que podem ajudar numa análise e interpretação dos fenômenos psicológicos que influenciam na maneira de ser e agir do ser humano em sociedade. A Avaliação Psicológica é um processo técnico e científico que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações, análise de documentos e contato com outros profissionais. Diferente da testagem psicológica considerada uma etapa da Avaliação Psicológica, que implica na utilização de teste psicológico de diferentes tipos. O teste “palográfico” tem como principal objetivo avaliar as principais características da personalidade e geralmente o público alvo são adolescentes e adultos, de modo que sua aplicação poderá ser individual ou coletiva, com limite de tempo. Trata-se de um teste que avalia a personalidade por meio do comportamento expressivo. Sua aplicação é
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Rosimeri Vieira - Psicóloga:- Parecerista - CRP12/09711 muito simples e rápida, mas sua avaliação e interpretação, e exigem certo grau de preparação e experiência do psicólogo com a técnica. Existem estudos de precisão, validade e tabelas em percentis para o público-alvo de acordo com sua escolaridade e sexo. No Brasil, o uso de testes psicológicos constitui função privativa do psicólogo, conforme dispõe o Art. 13 da lei nº 4.119/62. Não se trata de um mero questionário, pautado no senso
comum, mas sim de um processo técnico-científico de estudo e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos. A correção é realizada pela avaliação quantitativa e qualitativa, com base nos traços realizados. De acordo com a demanda, emite-se os seguintes documentos: • Atestado Psicológico • Relatório (ou laudo) psicológico • Parecer • Declaração
A declaração visa informar a ocorrência de situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, comparecimento do atendido ou acompanhante, e o acompanhamento psicológico do atendido, Informações sobre condições do atendimento (tempo, dias, horários, etc.) O atestado psicológico certifica uma determinada situação ou estado psicológico, afirmando sobre condições psicológicas de quem é requerido com finalidades de justificar faltas ou impedimentos; justificar aptidão para atividades específicas; solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante O relatório (ou laudo) psicológico é o mais complexo e completo! Tem caráter de investigação científica descritiva sobre situações ou condições psicológicas e suas determinações (sociais, históricas, políticas, culturais, etc) Subsidiado em dados colhidos e analisados à luz de instrumental técnico e referencial teórico e científico adotado pelo profissional A Resolução CFP nº 002/2003, que define e regulamenta o uso, a elaboração
e a comercialização de testes psicológicos, considera, dentre outros aspectos, a necessidade de aprimorar os instrumentos e procedimentos de trabalho dos psicólogos e de revisão periódica das condições dos métodos e técnicas utilizados na avaliação psicológica, com o objetivo de garantir serviços com qualidade técnica e ética à população usuária desses serviços, constituindo-se os estudos dos testes em parâmetro para a manutenção de condição favorável de seu uso. Neste contexto, conclui-se que tal ferramenta tem contribuído de forma significativa nas contratações de colaboradores das organizações.
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PIZZAS E DECISÕES: TUDO A VER Eduardo Zugaib Você já passou por essa situação: em uma pizzaria, a única certeza que tem após pegar o cardápio é de que, para tornar a experiência mais saborosa, a melhor pedida é escolher dois sabores, apostando na popular “meia-isso, meia-aquilo”. Definida a primeira metade, logo vem o drama: a escolha da segunda. É nessa hora que, sem querer, revelamos muito ao nosso respeito e sobre a nossa postura diante dos dilemas da vida. Como? Normalmente, em cardápios de restaurantes que oferecem a combinação de meias porções, sempre há uma observação em letras miúdas, impressa ao rodapé das páginas: “Ao escolher dois sabores, o valor será cobrado pelo mais caro”. E o que normalmente fazemos? A sensação de estar sendo enganado, de estar pagando a mais, trava por alguns instantes a decisão e nos jogar numa es-
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tranha zona de conforto, nos fazendo buscar na segunda metade da pizza um sabor cujo valor seja próximo, ou igual, ao da primeira. “Ufa”, suspira o nosso ego quando identificamos, nas opções limitadas pela metade anterior, uma que nos agrade. Nos tornamos escravos da opção anterior, cegando o olhar para todas as outras possibilidades. Anulamos as chances de conhecer um novo sabor, mesmo que mais caro, porque ficamos presos à escolha feita há alguns minutos atrás. Um momento tão simples como esse, que acontece milhares de vezes por dia, nas milhares de pizzarias que vemos por aí, acaba tornando-se exemplo da forma como costumamos decidir uma boa parte das nossas escolhas, sempre niveladas por uma crença já estabelecida (o preço da primeira metade), e não pelo real desejo que gostaríamos de satisfazer: todas as
outras possibilidades que deixamos pra lá, decretando intimamente que, por estarem fora do padrão já estabelecido, elas “não eram para o nosso bico”. Da pizza para a vida, como anda essa relação do merecimento em sua vida? O nivelamento tem ocorrido por cima, pela perspectiva de merecer e poder alcançar mais, ou tem sido por baixo, baseado na escolha anterior? O medo de correr riscos, de enfrentar o novo existe e deve ser enfrentado. Se nivelarmos cada nova decisão apenas com lastro no passado, corremos o risco de nunca andar pra frente. Eduardo Zugaib - profissional de comunicacão, escritor e palestrante em vendas, atendimento e comunicação – http:// www.facebook.com/l/PAQCDTXewAQClvkmgV8iP8KJuax9mh5GUoJ7OaWLmDL-ytg/www.eduardozugaib.com.br
Imbralit lidera presença em lojas da Região Sul A Imbralit recebeu uma grande notícia durante a entrega do Prêmio ANAMACO 2011, promovida pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção na noite de 9 de agosto em São Paulo: De acordo com dados pesquisados pelo IBOPE, a empresa é líder em seu setor no quesito presença em lojas de materiais de construção na Região Sul, com presença em 36% das lojas, líder no Rio Grande do Sul, com presença em 42% das lojas, e líder em Santa Catarina, com presença em 61% das lojas. No evento a Imbralit
recebeu menção honrosa pelo terceiro lugar em presença nas lojas de materiais de construção em todo o país. O prêmio foi recebido pelo Superintendente Comercial da Imbralit, Volney Francisco de Oliveira Souza, que destacou o fato positivo de a empresa manter a liderança e estar aumentando sua participação de mercado em uma região que conta com a presença de concorrentes de grande porte e até de capital multinacional, em um setor que vem crescendo a taxas elevadas e superiores às da economia brasileira em geral.
Presença nas lojas de materiais de construção Região Sul
1º lugar
36%
Rio Grande do Sul
1º lugar
42%
Santa Catarina
1º lugar
61%
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Competência coletiva, caminho para o sucesso
A arte para desenvolvê-las:
Iraide Antônio Piovesan I Criciúma
Dentro de um cenário de intensa concorrência, as organizações buscam uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, sendo de grande relevância os estudos das competências de seus grupos de trabalho. Compor uma estrutura individual e coletiva para descoberta de estratégias que possibilitam expressar ao máximo o desempenho viabilizando ações concretas para as organizações, para a sociedade e para o negócio na consolidação de resultados é de extrema relevância. Vivenciar e refletir sobre a diferença entre a competência individual e coletiva e perceber o ganho, em termos e resultado, de se adotar a segunda como estratégia preferencial. Sensibilizar e educar pessoas dedicadas à busca e à implementação de solução, construindo um caminho coletivo. Clemente Nóbrega, em seu livro “em busca da empresa quântica” oferece um resumo do que precisamos para viver a era da informação e conhecimento: Saber superar as neuroses do poder; Deverá ser mais baseadas em inteligência e sensibilidade do que em hierarquia e poder; Terá mais organismo coletivo, em que o conhecimento compartilhado e a capacidade de aprender continuamente serão mais importante do que controlar e dominar; Menos estrutura mais fluxo; Menos burocracia e mais processo; (voltado para resultado) Mais significado humano; Viver num mundo em que se valoriza o imaterial, o intangível signifi-
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Dentro desta perspectiva, a comunicação e troca de informação aliada à uma ação conjunta afinada e criativa é um dos fatores primordiais para gerar e dar sustentação a um modelo de gestão que esteja comprometida com os negócios e resultados. Estimular a visão sistêmica e a competência coletiva para que as pessoas realmente sintam-se homens do conhecimento. Segundo Drucker, “O que chamamos de conhecimento, atualmente, é informação em ação, informação concentrada em resultados”. A essência da competência coletiva está na consciência e capacidade das pessoas de refletir, pensar e agir conjuntamente. Todos os esforços para gerar as competências coletivas combinam mudanças de comportamento e técnicas, onde, simultaneamente estão trabalhando em si mesmas e ao mesmo tempo em “seus sistemas”. ca utilizar de competências coletivas para dar respostas rápidas, conhecer e se relacionar bem com os clientes e apresentar soluções para problemas aparentemente indecifráveis; Desta forma propões-se a vivenciar a arte de desenvolver competências coletivas que: Conduzam a resultados desejados, clareando propósitos, construindo objetivos comuns e sustentando uma comunicação aberta; Garantam excelência, assumindo sincronia e responsabilidade pelos processos e resultados, focalizando virtudes e qualidades dos colaboradores presentes; Superem as expectativas do mercado, compartilhando visões e equilibrando autonomia, interdependência,
Iraide Antônio Piovesan Diretor Corporativo da Satc e Vice-presidente da ACIC
Um dos conteúdos mais complexos e de grande desafio é obter excelência em manejar relacionamentos. Talvez este seja um dos maiores problemas que temos na área organizacional, que a dificuldade de se comunicar eficazmente que tem como efeito a produção de conflitos interpessoais. No processo que envolve competências coletivas, as pessoas se preocupam preferencialmente em buscar uma verdade conjunta para o alcance de um objetivo comum, que se fomenta a partir da aceitação e aglutinação das diversas opiniões, podendo desenvolver inteligência e capacidade maiores do que soma de talentos individuais. direcionamento e flexibilidade; Conduzam à maestria pessoal e grupal, despertando talentos e dons pessoais e desenvolvendo ações baseadas em respeito e confiança mútua. Segundo Luiz Seabra, diretor e fundados da Natura, A vida é um encadeamento de relações, nada no universo existe por si só, tudo é interdependente; A busca da excelência, legítimo anseio de todo ser humano deve ser liberta de preconceitos, vaidades e manipulações. Concluindo: Alinhar as competências individuais na busca de uma competência coletiva forte e dinâmica, é o grande desafio de uma sociedade organizada.
Os 10 Mandamentos: dos Custos de Produção
Sidcley José Fructuoso da Silva
Por não estarem diretamente ligados aos custos da produção, muitos empreendedores e gestores costumam subestimar sua importância para o sucesso dos negócios. É um erro. Uma empresa só pode planejar e direcionar suas ações mercadológicas e estratégicas se tiver completo controle dos custos de produção. Muitas vezes o que parece ser lucro pode ser prejuízo, a receita acaba sendo corroída e a operação se torna inviável. Para orientar as empresas a ter maior eficiência nos processos e aumentar a lucratividade, elaboramos “Os 10 Mandamentos dos Custos de Produção”, conjunto de dicas muito úteis para a gestão dos custos. Confira. 1. Conhecer custos é a melhor maneira de conhecer o próprio negócio – É preciso sempre buscar o total conhecimento da origem de seus custos. Quem domina o conhecimento dos custos, leva vantagem no planejamento estratégico frente a seus concorrentes. 2. Custos são fatores objetivos – A pouca familiarização de empresários com a análise dos próprios custos faz com que muitos os vejam como algo subjetivo e intangível. Na verdade,
custos são perfeitamente identificáveis e obedecem a critérios lógicos. 3. Um bom cliente pode gerar prejuízos – Até mesmo um fiel e bom cliente pode gerar prejuízo. Sem que você perceba, a margem de lucro obtida com as vendas para um determinado cliente pode não ser suficiente para cobrir os custos que este gera para sua empresa. 4. O produto mais vendido pode estar consumindo seus lucros – Relatórios de vendas podem induzir a erros se os custos não forem considerados. Um produto que vende muitas unidades pode ter embutido custos de produção excessivos, consumindo esforços que deveriam ser direcionados a artigos mais lucrativos. 5. Gerir os custos não custa muito – Existem sistemas especializados que podem gerir custos de pequenas e médias empresas e com preços bastante acessíveis. 6. Ineficiência também é custo – Muitos restringem o conceito de custos aos componentes diretos de um processo de produção. É preciso identificar também a ineficiência do próprio processo. 7. Para formar o preço é preciso formar os custos – A formação do preço de um produto pre-
cisa contemplar todos os custos e projetar uma margem de lucro. Sem isso a formação do preço final de qualquer produto fica comprometida. 8. Favorecer as negociações – A correta formação dos custos favorece a negociação com os clientes, gerando informações relacionadas a quantidades, comissionamentos e formas de pagamento. 9. Custos têm personalidade própria – Os custos de produção não apresentam comportamentos lineares e simétricos. É preciso separálos por centros de custos, para que possam ser mais bem analisados. 10. O mercado pode ajudá-lo a controlar os custos – Lidar com formação de custos pode parecer complicado, mas a tecnologia disponível no mercado pode fazer isso de forma simples e eficaz. Sistemas integrados, que buscam as informações lançadas de diversos setores, como estoque, contabilidade e despesas, são uma excelente opção. * Sidcley é analista de negócios da WK Sistemas, com atuação focada no desenvolvimento das soluções SPED, NF-e, Comercial, Compras, Estoque, Produção e Custos do ERP Radar Empresarial.
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Reaja: Palestras Motivacionais
Valorize em sua Empresa seu principal recurso: o ser humano
É necessário valorizar o ser humano em sua empresa. Depois de um ano de trabalho com metas, prazos, necessidade de aumento de produção e resultados a alcançar, se faz mais do que necessário “cuidar” um pouco desse ser humano. O que deve ser feito durante o ano todo, claro, mas essa época de Natal que se aproxima é bem propícia para isso, com avaliações, festas e confraternizações acontecendo. Aproveite a oportunidade e afaste o espírito de “todo ano a mesma coisa” de sua empresa. Inove! Realize uma Palestra-Show do Grupo Reaja “Um Conto de Natal”. Utilizando recursos audio-visuais, dramatizações e uma linguagem lúdica oferecemos uma comemoração de Natal diferente e atraente. A ternura do passado... o valor do presente... a esperança do futuro... em uma apresentação que levará seus colaboradores a repensar, ao mesmo tempo, de uma forma divertida e emocionante, seus valores, suas posturas diante da vida, do trabalho e de tudo que o cerca. O Reaja é composto por profissionais da área da Psicologia, Pedagogia, música entre outros que elaboram e executam a palestra.
Essa e outras palestras foram criadas com a intenção de trabalhar e melhorar o indivíduo como pessoa, visto que este está perdendo sua individualidade num mundo de exigências cada vez maior, sendo “engolido” por uma massificação de padrões estabelecidos que acabam gerando justamente o contrário do desejado, pessoas insatisfeitas e frustradas que não alcançam os verdadeiros e necessários objetivos. Diante disso se faz necessário o resgate da “simplicidade” com profissionalismo, do compartilhar, do envolvimento, do comprometimento efetivo com suas funções e com a empresa. Melhorando a liderança e a gestão de pessoas buscando alcançar resultados mais efetivos, gerando uma equipe mais unida e coesa. Essa e outras palestras já foram realizadas em vários eventos como SIPAT e outros treinamentos em empresas como: Construtora Magno Martins de Florianópolis, CREA de Florianópolis, Engemix de POA, Ouro Verde – Indústria de papéis e embalagens de Erechim-RS, Liart Confecções de Rio do Sul, Vigilância Radar de Criciúma, Construtora Fontana de Criciúma, Eletrosul e Tractebel de Capivari de Baixo e muitas outras.
Contato: (48) 3437.3487 / 9612.7383 reajacriciuma@reaja.com.br; www. reaja.com.br/umcontodenatal
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A importância do Dólar nas nossas empresas
Cristiano Brasil
Muito se fala do dólar, cotação sobe, cotação desce, mas o que realmente isso interessa e qual a importância dessas oscilações nas nossas organizações? A grande preocupação do governo federal, em especial o Banco Central do Brasil desde a crise de 2008, era conter a desvalorização do Dólar frente ao Real. O regime de câmbio no Brasil é considerado flutuante, isso é, o valor da conversão da moeda americana é determinada pelo mercado, pela oferta e procura. Mas de certa forma, podemos dizer que temos um regime semi-flutuante, onde o Banco Central faz interferências pontuais quando acredita que existe uma distorção muito grande na valorização ou desvalorização das moedas. O Dólar nos últimos meses, vinha perdendo valor frente ao Real, chegando á cotação de R$ 1,53. O Banco Central para tentar elevar a cotação, fazia compras de dólar no mercado, tentando empurrar a cotação para cima. Isso fez aumentar as reservas financeiras do País, que chegaram em seu patamar recorde de USD 353 bilhões em Agosto de 2011.Esse dinheiro está aplicado quase que 90% em títulos, principalmente dos Estados Unidos. As reservas internacionais são como um seguro para o Banco Central, que possui poder finan-
ceiro para resolver problemas em tempos de crise, mas esse estoque de dinheiro tem um custo para o governo. Nos últimos dias, temos visto a cotação do dólar tomar um rumo contrário, isso é, se valorizando frente ao Real, onde teve sua cotação máxima cotada em R$ 1,90. Essa grande valorização da moeda americana fez o Banco Central intervir no mercado de câmbio, vendendo dólares de suas reservas, para tentar baixar a cotação. Esse vai e vem da cotação do dólar tem impacto direto em muitas de nossas empresas. Esse impacto pode ser positivo ou negativo. Podemos afirmar que nunca teremos um mercado de câmbio perfeito, pois quando a cotação do dólar está baixa, favorece alguns setores da economia, quando está alta favorece outros setores. Na nossa região de Criciúma e arredores, muitas empresas associadas á ACIC, estão apreensivas com relação ao rumo do mercado de câmbio, pois fizeram compras de equipamentos, máquinas e matérias primas no exterior, contraindo dívidas em dólar, e com o aumento da cotação, terão que desembolsar mais reais para pagar essa dívida e isso pode ser um problema para o fluxo de caixa da empresa que não estava preparada para esse dissabor financeiro.
Importação e exportação Empresas ligadas ao setor de importação também estão sentido os efeitos de um dólar mais valorizado, pois suas margens de lucro cairão com certeza, sem contar aquelas empresas que trabalham com veículos com mais de 65% das peças importadas, que terão um aumento de 30% na carga tributária, no que diz respeito ao IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) Já as empresas que exportam, podem tirar proveito de um dólar mais valorizado, aumentando assim suas margens e competitividade com produtos e serviços no exterior. Mas as perguntas que não querem calar são: Até onde vai a cotação do dólar? Por quanto tempo irá se estender essas sucessivas valorizações? A resposta ao certo, ninguém sabe. O que podemos dizer é que esse aumento rápido do dólar tem aspectos especulativos do mercado, aliado á uma crise internacional abrangendo países da Europa e o lento crescimento da economia americana. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Mário Holland, afirmou em evento em São Paulo, que não estamos diante de uma bolha cambial e que o Brasil está preparado para enfrentar crises, principalmente por seu robusto mercado interno. Já o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini disse que as oscilações no câmbio devem continuar, mas que está pronto para tomar novas medidas contra valorizações excessivas da moeda. Na minha opinião, num cenário otimista e de acordo com alguns analistas de mercado, o dólar deve terminar o ano de 2011 com a cotação entre R$ 1,65 e R$ 1,75.
Mas o que fazer para se proteger dessa “gangorra” do dólar? Você que importa ou exporta, ou ainda tem dívidas em moeda americana, pode estar se protegendo no mercado financeiro, fazendo um “hedge” através da Bolsa de Valores no mercado futuro. Funciona mais ou menos assim: Digamos que você quer se prevenir de uma eventual alta do dólar, para uma empresa que possui dívidas na moeda. A empresa vai até um assessor de investimentos, ligado á uma corretora de valores, e faz uma operação de compra de um contrato futuro de dólar, estipulando o preço que deseja pagar pelo dólar na data futura do contrato. Isso garante que na data determinada, poderá comprar determinada quantia de dólares ao preço estipulado nesse contrato. Se a cotação do dólar passar do valor que você colocou no contrato você está protegido, pagando por cada dólar o valor da cotação que foi estipulada no contrato. Para os demais casos, seja para produtores agrícolas, importadores ou exportadores, existem processos semelhantes de proteção. Se informe mais sobre o assunto e não perca noites de sono com o sobe e desce da moeda americana. Cristiano Brasil - Empresário, Palestrante, Pós graduado MBA em Gestão Financeira e Pós graduado Especialista em Mercado de Capitais, Certificado a atuar como Agente de Investimentos credenciado á Corretora Geral Investimentos e Câmbio, Sócio Diretor da i9 Investimentos. Presta auxilio no planejamento financeiro de famílias, casais, pessoas físicas e jurídicas. Contato@i9investimentos.com.br - (48) 9949-7993 / 9958-4168
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Manchester:
multinacional made in Criciúma
Milena Nandi l Criciúma
Com 27 anos a serem completados em outubro de 2011, filiais no Brasil e no exterior e cerca de 400 colaboradores, a Manchester é hoje, a única empresa multinacional de Criciúma. Detentora de uma marca reconhecida pela qualidade de seus produtos, a empresa trabalha sério para manter-se em destaque no mercado e faz do investimento em inovação e capacitação, uma constante. O resultado tem sido interessante: um crescimento médio de
15% ao ano. Além disso, a empresa figurou novamente em 2011 como uma das vencedoras do prêmio da Revista Mundo Cerâmico – foi lembrada por 47% dos entrevistados na pesquisa sobre a melhor fornecedora de aditivos químicos para a indústria cerâmica. Os gestores da empresa encaram a posição alcançada como consequencia do trabalho. “Encaramos a nossa posição hoje com naturalidade e com muito orgulho, já
que ela foi conquistada com muito trabalho ao longo dos anos. Nosso foco está em servir da melhor maneira possível nossos clientes e trabalhar junto com eles na solução dos problemas encontrados”, afirma Clovis Mezzari, diretor-presidente da Manchester. Mezzari caracteriza a Manchester como uma empresa inovadora, que se preocupa com a capacitação dos colaboradores e que busca crescimento sustentável através de investimento na área de pesquisa e busca de novos mercados. E além da inovação e de melhorias em processos e produtos, os gestores da empresa têm outras preocupações. “Política fiscal do governo, instabilidade econômica, custos trabalhistas no Brasil e juros altos que encarecem financiamentos de novos projetos estão entre as nossas preocupações no cenário atual da economia”, revela.
Produtos para indústria cerâmica continuam sendo carro-chefe Além da matriz em Criciúma, a Manchester possui indústrias em solo brasileiro em Itatiba (primeira filial da empresa, aberta em 1989, para reduzir custos com logística e que a empresa ficasse mais próxima dos clientes da região) e Rio Claro (São Paulo) e Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco). No exterior, as unidades da empresa ficam em Puebla (México), Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina) e em Texas (Estados Unidos, filial aberta em 2011). E há planos de abertura de mais uma filial no Brasil. “Estamos estudando construir uma nova unidade em Goiana, Pernambuco, já que hoje produzimos em Recife, porém não com sede própria”, comenta. Mezzari explica que a Manchester trabalha com segmentos de mercado, e que para cada segmento, há uma série de produtos. “Nossos maiores mercados consumidores são as indústrias cerâmicas, têxteis, de higiene e limpeza, de couro, tintas e fundição. Mas o carro-chefe
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da empresa continua sendo os produtos direcionados para a indústria cerâmica”, ressalta. Segundo o diretor-presidente, a
unidade de Criciúma produz aproximadamente 2.500 toneladas por mês de todos os produtos das linhas da Manchester.
Relação com o mercado externo de três formas Conforme o diretor-presidente, a relação da empresa com o mercado externo se dá de três maneiras: 1) Fabricar os produtos nos países consumidores – hoje a Manchester tem unidades de produção no México, Colômbia, Argentina e Estados Unidos; 2) Ter parceiros em outros países – exemplo: na Turquia e na África do Sul a empresa tem parceiros que distribuem os seus produtos; 3) Exportação direta – feita através da unidade de Criciúma. Os técnicos da matriz são quem atendem diretamente estes clientes. Hoje, as exportações correspondem em torno de 15% do total de vendas da unidade de Criciúma.
Departamento de pesquisas e parceria com universidades Uma das preocupações da Manchester é com a inovação. A empresa possui departamento de pesquisa e várias parcerias com universidades e laboratórios de pesquisa. “Procuramos sempre inovar, trazendo novidades para o mercado. Além disso participamos frequentemente de feiras buscando novas tecnologias que possamos aplicar na empresa”, conta. A Manchester também participa do Programa Parceiros para a Excelência (PAEX),
e o Programa de Desenvolvimento de Dirigentes (PDD), ambos da Fundação Dom Cabral. “O PAEX permite desenvolver nossas habilidades e novas ferramentas de trabalho. O PDD capacita os colaboradores da empresa com treinamentos voltados à gestão”, explica Mezzari. “A Manchester também tem cronogramas de treinamentos para todos os colaboradores, sempre focando o aprimoramento das habilidades na área em que atuam”, complementa.
Preocupação com o meio ambiente e incentivo ao esporte O diretor-presidente Clovis Mezzari da indústria química conta que a relação com o meio ambiente é estreita, e a empresa busca aprimorar suas atividades para eliminar ao máximo os impactos ambientais. Por isso, a Manchester possui uma comissão interna de meio ambiente. Ela já foi agraciada com um Prêmio Fritz Müller – concedido pela Fatma em reconhecimento aos principais projetos e trabalhos na área ambiental desenvolvidos em Santa Catarina. Afirma que a empresa analisa o princípio da sustentabilidade sob quatro parâmetros: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. “Para o Grupo, gestão sustentável é a capacidade para dirigir o curso das empresa, comunidade ou região onde ela esta instalada, através de processos que valorizam e recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro”. A empresa possui ainda um conselho comunitário em cada unidade produtiva. O objetivo é identificar e
buscar respostas para os problemas e necessidades das comunidades, e apoio ao esporte de Criciúma. Desde 2000, o Gru-
po mantém uma parceria com a Fundação Municipal de Esportes, e patrocina a equipe de ciclismo do município.
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Conheça os produtos da Manchester Divisão de higiene e limpeza: silicato de sódio, agente espessante e antiturvamento para detergentes líquidos, sequestrante de cálcio, ferro e magnésio para detergentes líquidos, dispersante para detergentes em pó e líquidos, blend para detergentes líquidos, neutralizador de odores para amaciantes e detergentes, tensoativo desengraxante, espessante acrílico e biocida. Divisão cerâmica: veículos serigráficos, fixadores, colas para granilha, defloculantes, floculantes, tenso-
ativos, carboximetilcelulose (CMC), poliacrilato de sódio, colas de PVC, colas protetivas para vidrados, aditivos para terceira queima, pastas prontas e ligantes para massas e esmaltes, nivelantes, tintas coloridas prontas, aditivos para massa, auxiliares de limpeza, biocidas, antiespumantes, espessantes e aditivos para esmalte. Divisão tintas vernizes: tintas alvenaria à base d’água, esmaltes sintéticos, vernizes, seladores, thinners e solventes para a linha imobiliária.
Divisão tratamento de superfície: impermeabilizantes e seladores, hidrofugantes, oleofugantes, silicones, detergentes para limpeza, ceras especiais e resinas acrílicas. Divisão fundição: aglomerantes para macharia processo CO2, aglomerantes para processo de moldagem cura a frio, catalisadores, resina fenólica alcalina, tintas refratárias para moldes e machos, tinta para processo de fundição por centrifuga, cola, silicato de sódio e colapsibilizantes.
Programa Aprendiz O Grupo Manchester promove a formação de jovens para o ingresso na vida profissional por meio do desenvolvimento de competências que o mercado valoriza, proporcionando assistência médica, valerefeição, vale-transporte, aprendizado nas atividades diárias de estágio e através de treinamentos técnicos e comportamentais.
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Campanha Anti Pirataria exercício de cidadania
Thaise Rossi da Rosa
A pirataria é hoje um dos maiores problemas sócio econômicos do mundo. Presente em mais de 95 % dos países é praticada por organizações criminosas e esta relacionada ao tráfico de armas, entorpecentes, medicamentos, CDs, DVDs, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A forte demanda de produtos piratas, atrelados ao baixo custo e lucratividade devido à produção ser feita com materiais de baixa qualidade e até mesmo de origem ilícita tem tornado esse negócio o responsável por 10% de tudo que é comercializado no mundo. A pirataria já movimenta cerca de US$1,1 trilhão com possibilidade de atingir em 2014 US$ 1,7 trilhão, impedindo a geração de 20
milhões de empregos por ano nos vinte países mais ricos do mundo. Essas infrações acometem também os empreendedores, que muitas vezes tem seus produtos ou marcas copiados ilegalmente, gerando desgastes financeiros e descréditos perante os consumidores. A legislação brasileira prevê hoje punições que vão desde multa até quatro anos de detenção para quem cometer crimes de pirataria. A propriedade intelectual é uma das ferramentas usadas para combater tais crimes e também uma forma de fomentar a conscientização dos empresários, escritores, autores e inventores quanto a importância de utilizar a prote-
ção intelectual como um agregado para os negócios. O Programa de Proteção Intelectual (Printe) iniciou no mês de agosto uma campanha para inibir as práticas piratas, além e ser um exercício de cidadania. O Projeto foi lançado na Feira Multissetorial do Alto Vale do Itajaí (Fersul), realizada em Rio do Sul de 10 a 13 de agosto, com o slogan “pirataria; este barco tem que afundar” objetiva-se mostrar à população os males causados pela prática deste crime. Venha para Rio do Sul e conheça Cerumar/Printe na Fersul, visite nosso stand. Thaise Rossi da Rosa - Assessora de Comunicação Cerumar/Printe - Comunicacao@cerumar.com.br
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Recursos para Inovação via Fapesc Heloisa Dallanhol I Florianópolis Estão abertas até 18 de novembro as incrições da terceira edição do programa Sinapse da Inovação. O evento acontecerá na sala de webconferência da Secretaria do Planejamento, localizada no primeiro andar do bloco 3, do Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina. Na edição 2011 serão selecionados até 100 projetos. Cada um receberá até R$ 50 mil, na forma de subvenção econômica, capacitação e consultoria tecnológica. As propostas selecionadas receberão investimentos totais de até R$ 5 milhões, a serem aportados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pelo Sebrae/SC. Na edição anterior, estava previsto auxílio a 40 projetos de inovação tecnológica. Devido à qualidade dos projetos inscritos, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) e a Fapesc decidiram aprovar mais 10 projetos, totalizando R$ 2,5 milhões em investimentos. “O Sinapse identifica ideias que podem ser transformadas em produtos e pro-
cessos inovadores ou mesmo gerar novas empresas. E tem uma função primordial na decisão do governador Raimundo Colombo de elevar Santa Catarina a estado máximo da inovação, promovendo a interação do setor acadêmico com o setor empresarial”, destaca o titular da SDS, Paulo Bornhausen. A meta desta Operação é a de alcançar mais de 2000 Ideias a serem captadas até dia 18/11/2011, quando 300 serão selecionadas para se transformar em Projetos de Empreendimento através de Cursos Capacitação a distância a serem oferecidos através do SEBRAE e da Fundação CERTI aos empreendedores. O Programa SINAPSE DA INOVAÇÃO foi idealizado para ser implementado, periodicamente, por meio de operações de mobilização, no intuito de transformar e aplicar as boas ideias geradas em teses, dissertações, trabalhos científicos e tecnológicos e outros, desenvolvidos por estudantes, pesquisadores e outros profissionais dos diferentes setores do conhecimento e econômicos, em negó-
cios de sucesso. Este Programa estabelece uma comunidade de empreendedores para viabilizar a discussão em torno de ideias inovadoras. Estas ideias são disponibilizadas via Portal Sinapse, aberto aos participantes, permitindo que aquelas de maior potencial sejam estimuladas e ao mesmo tempo, propiciar a criação de uma cultura empreendedora e a cooperação entre os diferentes atores do processo de inovação. Esta nova visão permitirá um maior desenvolvimento do Estado e do País, resultando na geração de empresas inovadoras com produtos de alto valor agregado, preparados para competir em nível internacional. Além disso, o fomento na geração de negócios com alto impacto tecnológico permitirá que as empresas tradicionais dos diversos setores sejam beneficiadas pela transferência de tecnologias desenvolvidas.
Tire suas dúvidas: 1. Até quando posso submeter minha ideia? O prazo final para submissão de ideias será dia 18 de novembro de 2011. 2. Posso acessar a ideia para fazer alterações após cadastrada? Sim, as ideias poderão ser modificadas até o prazo limite de encerramento das inscrições. Após este prazo nenhuma modificação poderá ser feita. 3. Quais os benefícios de submeter minha ideia com maior antecedência da data de encerramento das inscrições? Apresentando sua ideia o quanto antes você terá mais tempo para que ela seja avaliada e comentada pelos outros participantes do Programa. Desta forma, poderá receber mais créditos e maior relevância no sistema. 4. Para eu propor a ideia, preciso ter uma empresa? Não é necessário ter uma empresa constituída para propor a ideia. Apenas para receber o prêmio, na terceira etapa, será necessária a abertura de uma nova empresa. 5. Qual o conceito de Inovação adotado
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pelo Programa? Para propor suas ideias Inovadoras veja o que se deve entender por Inovação através do espaço de Capacitação da Fase 1 de Ideias.
independente de sua localização. 10. Como posso melhorar minha ideia? Você pode melhorar sua ideia interagindo com os outros participantes e considerando os comentários feitos em sua proposta.
6. Quem pode participar? Pode participar do Programa propondo ideias qualquer pessoa que esteja residindo no Estado de Santa Catarina.
11. Participantes do último SINAPSE poderão submeter ideias para este programa? Sim, participantes do último SINAPSE poderão submeter ideias, com exceção daqueles que foram contemplados e já obtiveram o recurso através da Operações já realizadas.
7. Qual o Prêmio? As premiações concedidas as ideias que passarem pelas 4 Etapas de Avaliação serão Recursos Financeiros, Capacitações e Consultorias no valor total de R$ 50.000,00. 8. Como ficarei sabendo se minha ideia foi aprovada? As ideias contempladas serão anunciadas no Portal do Programa SINAPSE da Inovação até o dia 9 de dezembro de 2011. 9. O Programa destina-se apenas a residentes de Santa Catarina? Para participar do programa como proponente de ideias é necessário residir no Estado de Santa Catarina. Para inserção de comentários o Programa é aberto a todos
12. Caso minha ideia não tenha sido premiada no último programa realizado, posso colocá-la novamente? Sim, caso a sua ideia não tenha sido contemplada no último programa sua participação no programa é válida. 13. Como posso entrar em contato com a Coordenação do Programa? Entre em contato através do e-mail sinapse@sinapsedainovacao.com.br. Informações adicionais com a jornalista Heloisa Dallanhol, e-mail heloisa@fapesc. sc.gov.br , fones (48) 3215 1208 e 8418 1182.
Inovação: um passo para o sucesso
Thaise Rossi da Rosa
Diariamente surge no Brasil inúmeras inovações, criações e aplicações que facilitam o cotidiano, gerando benefícios e conforto em nossa vida. Esta atitude empreendedora propicia vantagens ao criador, empregos, renda e impostos, além de tornar o país mais rico e competitivo. Mas como inovar e ter lucros? O que é inovação? Inovar é introduzir no mercado produtos e serviços que gerem ganho de qualidade, produtividade ou resultem em vantagens competitivas. Nem sempre a inovação é uma invenção. Para investir em uma inovação com segurança, o empreendedor deve utilizar
da propriedade intelectual como um somatizador, através da busca em bases tecnológicas que consiste em uma pesquisa avançada no Brasil e Exterior com intuito de identificar tecnologias e produtos já desenvolvidos. É através de uma pesquisa consistente que o empreendedor pode investir em inovação com segurança. Na busca em bases tecnológicas, é possível identificar se o produto à ser importado ou produzido, está livre de sofrer impedimentos de circulação por patentes ou ainda, se há possibilidade de licenciá-lo com exclusividade através de pagamentos de royalties, que geralmente
são um bom negócio ao empreendimento. Outra vantagem da pesquisa é o fornecimento de subsídio para criar novos produtos a partir do que já foi inventado, evitando desperdício. Além do que, produtos inovadores em determinados países, podem estar disponíveis para comercialização no Brasil, tornando-se mais uma oportunidade de negócio! É através da equipe do PRINTE, que os associados das Associações Empresariais tem a disposição uma consistente pesquisa em Bases Tecnológicas, no Brasil e no Exterior. Acesse www.printe.com.br ou www.cerumar.com.br.
Câmara aprova projeto que altera Lei do Supersimples O plenário da Câmara aprovou por unanimidade o projeto de lei PLPs 591/10 e 87/11 que reajusta em 50 % os limites de faturamento anual das micro e pequenas empresas, elevando de R$ 240 mil para R$ 360 mil o ganho da microempresa e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões, o da pequena empresa. O Supersimples é um regime diferenciado de tributação no qual todos os im-
postos são recolhidos com uma alíquota única. A aprovação do projeto contou com o apoio da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, CACB, que mobilizou associados e empresários para acompanhar a votação. Na prática, o ajuste nos limites de faturamento permite que as empresas cresçam sem ter que pagar mais impostos por isso. Na maioria das vezes, a empresa
sas ial e r mp erenc e s sta o dif D e N em AR ê t CIC c o A v
MATRIZ: ROD LUIZ ROSSO KM 11 - QUARTA LINHA CRICIUMA - 3478-0240 FILIAL 1: RUA CECILIA D. CADAGRANDE - B: COMERCIARIO - CRICIUMA - 3433-0931 FILIA 2: RUA EUGÊNIO DE B. CASTELAN, N°1700 - CENTRO-CRICIUMA- 3433-8000 FILIAL 3: RUA DOM LUIZ ORIONI, 154 - CENTRO - SIDERÓPOLIS - 3435-1373
atinge o teto máximo definido pelo governo mais pela elevação de custos do que por aumento do faturamento. Hoje são 3,9 milhões de micro e pequenas empresas beneficiadas pelo Simples Nacional. Com a ampliação dos limites a expectativa é beneficiar mais de 5,2 milhões de empreendedores.A proposta segue, agora, para análise e votação no Senado Federal. Fonte: Imprensa CACB
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Balão é alternativa menos invasiva para perda de sobrepeso Conhecido pelos resultados satisfatórios e rápidos no tratamento à perda de peso, a técnica do balão intragástrico também passa a ser mais um aliado nas pessoas também com sobrepeso menor, por conta da proibição da venda de emagrecedores à base de anfetamina no Brasil, como forma de interferir no processo de ganho de peso antes que a obesidade se instale. Ouvimos o especialista Leandro Avany Nunes explica como é esta técnica. Ana Sofia Schuster I Criciúma
Na polêmica criada entre a liberação ou não dos medicamentos inibidores de apetite no Brasil, o uso do Balão Intragástrico surgiu como a alternativa mais segura, pertindo às pessoas com IMC abaixo de 30 a perda rápida de até 20% do seu peso. A técnica não é feita com cirurgias e prevê que o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar. No mundo todo cerca de 1,5 bilhão de adultos está acima do peso e mais 500 mil são obesos. Há 170 milhões de crianças classificadas como obesas ou com sobrepeso. Além dos riscos à saúde, trata-se de um problema financeiro mundial. “A obesidade aumenta o risco de doenças cardíacas, derrame, diabetes, vários cânceres, hipertensão, colesterol alto, entre outros.”, observa o médico Leandro Avany Nunes. Estudos recentes revelam que devido à obesidade, estima-se que os Estados Unidos tenham um gasto extra de 2,6 por cento em sua conta de planos de saúde, ou 66 bilhões de dólares por ano. O uso do Balão Intragástrico tem sido usado no tratamento da perda de peso nos últimos 15 anos em cerca de 100.000 pacientes. Como resultado deste tratamento, muitas doenças associadas à obesidade também acabam por ser revertidas. Em Criciúma e região um dos espe-
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Médico Leandro Avany Nunes salienta que o tratamento tem permitido a perda de 20% do peso nas pessoas submetidas ao tratamento cialistas com larga experiência neste tipo de procedimento e trabalha na busca de métodos inovadores para o tratamento da obesidade é o cirurgião Leandro Avany Nunes. Seja através de procedimentos cirúrgicos ou não cirúrgicos, como o balão, Nunes calcula que este tipo de tratamento permite a rápida mudança da qualidade de vida do paciente obeso, aliada a novas práticas nutricionais orientadas pela equipe de profissionais de nutricionistas e psicólogos que integram a sua equipe. “Uma recente pesquisa realizada e apresentada pelo cirurgião gástrico José Afonso Sallet revelou que o Balão Intragástrico é uma opção eficaz para pessoas que devem perder peso e que não conseguem emagrecer com dieta e exercícios. Esta primeira pesquisa feita no Brasil sobre essa técnica apontou que 78% dos pacientes tiveram resultado satisfatório, com perda superior a 20% do excesso de peso após a colocação do balão.”esclarece. O cirurgião Leandro Avany Nunes, que realiza este procedimento na região de Criciúma, no Centro Criciumense de Endoscopia Digestiva (CCED), no Hospital São João Batista e na Clinigastro,
esclarece que o Balão Intragástrico é um instrumento médico utilizado há vários anos, com milhares de pacientes em todo o mundo. O balão é introduzido no estômago por meio de uma sonda endoscópica. Uma das vantagens e diferenciais é que não necessita de cirurgia. A técnica faz a introdução de uma prótese de silicone no estômago, através do procedimento de Endoscopia Digestiva Alta. “É um procedimento simples como uma endoscopia comum e sem necessidade de cirurgia. É, portanto, considerado um tratamento clínico, e não um tratamento cirúrgico”, reforça o médico. O balão deverá permanecer no estômago no período de 6 meses. A colocação e a retirada do Balão Intragástrico são feitas com sedação em ambiente ambulatorial ou hospitalar e o tempo de internação é de meio dia. A técnica é considerada eficiente para pacientes com sobrepeso e na preparação de pacientes super-obesos no pré-operatório como eficaz e seguro. Este procedimento passa agora a ser indicado para obesos com índice de massa (IMC) maior ou igual a 27.
Novas regras permitem que mais pacientes se submetam ao tratamento No mês de outubro a Anvisa adotou normativa semelhante à do FDA, que regula a venda de medicamentos nos Estados Unidos, que já havia aprovado a cirurgia bariátrica em quem tem IMC de 30, permitindo a indicação do balão intragástrico para pacientes com IMC maior ou igual a 27.
INDICAÇÕES
O tratamento pode ser indicado, por exemplo, para uma pessoa de 1,70 com 78 ou 79 quilos. Antes, a utilização desse método só era permitida para IMC acima de 30, ou seja, uma pessoa de 1,70 com pelo menos 88 quilos. O programa é multidisciplinar, como deve ser todo tratamento contra a obesidade, e alia a colocação do balão intragástrico com acompanhamento nutricional, psicológico, médico e físico. A prótese de silicone é colocada por meio de videolaparoscopia, de forma muito semelhante a um exame endoscópico, e ocupa 30% do volume do estômago. Dessa forma, a sensação de saciedade aparece mais cedo e a pessoa come menos.
FUNCIONAMENTO
Trata-se de um dispositivo que adquire forma esférica após insuflado, assemelhando-se a um balão. Existem dois tipos de Balão Intragástrico disponíveis. Os que são insuflados com ar e os que são insuflados com uma solução de soro fisiológico e azul de metileno esteréis, com volume que varia de 400 a 700 ml, dependendo do tamanho da câmara gástrica, da idade do paciente, estatura e sexo.
RETIRADA
A retirada, assim como sua colocação se faz por meio de uma endoscopia, geralmente com sedação assistida por um anestesista, visando a segurança e o conforto do paciente. O tempo médio de procedimento não ultrapassa, na maioria das vezes, 10 a 15 minutos. O dispositivo poderá permanecer com o paciente por cerca de seis meses, e neste período o mesmo deverá fazer uso de medicação específica que visa proteger o balão do contato com o ácido do estômago, bem como proteger a mucosa do estômago de eventual irritação pelo contato com o balão.
PERDA DE PESO
O balão intragástrico é uma opção eficaz para pessoas que devem perder peso e que não conseguem emagrecer com dieta e exercícios. Na primeira pesquisa brasileira sobre essa técnica, 78% dos pacientes obtiveram um resultado considerado satisfatório, pois perderam mais de 20% dos quilos excedentes (ou 10% do peso total) após a colocação do balão.
CONTRAINDICAÇÕES A principal contra-indicação para o uso deste método está no perfil psicológico: beliscadores ou compulsivos devem procurar outro tipo de tratamento. Além disso, pacientes com doenças inflamatórias intestinais, como úlcera gástrica ou cirrose hepática, ou com doenças autoimunes também não podem utilizá-lo. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea, refluxos, dor e cólica e estão presentes em 60% dos casos. Segundo o médico, no entanto, esses sintomas tendem a desaparecer depois da primeira semana do uso do balão e podem ser controlados por meio de medicamentos.
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Programação de Cursos da ACIC PRÉ MEDIDOS Objetivos do Curso e Qualificação: Informar, esclarecer aos fabricantes e exportador como desenvolver sua ETIQUETA para o Produto Embalado, e Embalagem, deixando 100% corretos com Qualidade de acordo com Regulamentos Técnicos e Portarias, como forma de minimizar as dificuldades das Barreiras Técnicas a nível regional, nacional e mundial. Facilitadora: Janeide Machado, Consultora e Mentora de Curso para qualificação de Produtos Pré-Medidos, para a cadeia supermercadista. Data: 08/11/.2011 Horário: 08h às 12h e das 13h as 17h
REDAÇÃO E COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Objetivos do Curso: Contribuir para a atualização e capacitação do profissional que utiliza a linguagem oral e escrita no seu dia a dia. Levar o profissional a produzir textos claros, objetivos e coesos, segundo a norma culta da língua e os padrões formais do texto. Desenvolver a capacidade de leitura, de percepção de inadequações e de correção dos seus próprios textos, visando à clareza, objetividade e persuasão. Sintetizar de forma prática e teórica as novas regras ortográficas. Instrutora: Adelita Fernandes – Empresa Domínio Comunicação Cursos e Treinamentos – CNPJ: 11.524.404/000109. Pós-Graduada em Metodologias Inovadoras do Ensino de Línguas pela ACE – Associação Catarinense de Ensino. Datas: 08, 09, 10 e 11/11. Horários: 18h30 às 22h30. Carga horária: 16 horas.
VENDAS EXTERNAS Vendendo para pessoas físicas e jurídicas (Planejamento, abordagem, negociação e fechamento) Público alvo: Vendedores externos, Representantes Comerciais, Operadores de Negócios, Gerentes de Vendas e Empresários. Objetivo do Curso: Propiciar aos participantes a melhoria em seus resultados, através da aplicação de técnicas de captação de informações, zoneamento de atuação, segmentação de produtos e negociação. Facilitador: Alessandro Costa, Empresário do ramo de serviços; Administrador; Especialista em Matemática Financeira Aplicada aos Negócios. Data: 08 e 09 de novembro Horário: 19:00 as 22:30 Carga horária: 8 horas aulas
ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL Teórico e prático no Microsoft Excel Público alvo: Profissionais da área de orçamento, Controllers, Contadores, Executivos Administrativo/Financeiro, profissionais da área de finanças, gestores e empreendedores Objetivos do Curso: Demonstrar passo a passo como elaborar as peças orçamentárias (vendas, produção, custos, compras, despesas, investimentos, lucro). Alinhar os objetivos estratégicos de uma organização. Fornecer toda base de conhecimento necessário para que o participante seja capaz de tomar decisões que tenho influencia na melhora da lucratividade .E maximização da riqueza de uma empresa Instrutora: Ms. Fernando Oliveira da Silva - Consultor Corporativo em Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças e Tecnologia da Informação. Data: 21 de Novembro de 2011 (segunda-feira) Horários 08h30 às 12h e das 13h às 17h30 Carga horária:08h/aula
GESTÃO FINANCEIRA DA EMPRESA Objetivos do Curso: Capacitar o participante para gerir as finanças da sua empresa com as melhores e inovadoras práticas de Gestão Financeira, com foco em resultados e conduzi-la para agregar valor e perpetuar-se. Instrutor : C/ Prof. Ms. Ricardo Zanchin - Bacharel em Ciências Econômicas - UCS. Economista CORECON 5297-3. Data de Realização Data: 09 e 10 de novembro DE 2011 Horário: 19:00h às 22:30h
LIDERANÇA DE EQUIPES: premissas e práticas. Público alvo: Pessoas interessadas em adquirir conhecimentos e habilidades para a liderança de equipes. Objetivo do Curso: Disseminar conhecimentos e vivenciar práticas que auxiliam os líderes na condução de suas equipes de trabalho, mantendo as pessoas engajadas aos princípios e objetivos da organização. Instrutor: Pedro Piccoli - Formação acadêmica em Economia e Administração de Empresas, Pós-graduação em Gestão para Altos Executivos, Finanças para Executivos, MBA em Administração Global e Mestrado Acadêmico em Administração. Datas: 08,09 e 10 de novembro Carga horária: 12 horas. Horário: 18:45h às 22:30h.
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Aristóteles Filósofo grego, Aristóteles vem sendo muito citado nos últimos tempos, por conta de sua célebre frase sobre o silêncio dos bons.
Meio & Mídia
•Jornalista Karina Manarin, resolveu dar um tempo e deixou o Jornal da Manhã depois de 11 anos com sua coluna diária de política. •Curso Digital Age, avançado de Mídias Sociais, levou as jornalistas Andressa Fabris e Karina Manarin a São Paulo, em setembro.
Ponto extra
Beleza, modernidade e paisagismo se aliaram na nova sede da Construtora Fontana, dando um ponto extra ao visual do Bairro Santa Bárbara.
Guru
O consultor Vicente Falconi, guru em gestão no Brasil, deve ter uma boa imagem das empresas do sul catarinense. Principalmente da Cecrisa e Eliane. Ele acaba de dar conselhos sobre gestão no 1º. Seminário de Governança Corporativa das Empresas Eliane, que aconteceu na primeira semana de outubro, em Cocal do Sul. Mas não é a primeira vez que ele vem até aqui. No início dos anos 90 ele já esteve em Criciúma coordenando o processo de profissionalização da gestão da Cecrisa, quando Cláudio Galeazzi assumiu a presidência executiva da empresa.
Ambiente projetado pelo arquiteto Arlon Fernandes inspirado no carvão mineral, riqueza da economia sul catarinense. O ambiente está em exposição na Casa Nova 2011, que acontece até o dia 30 de outubro no Beiramar Shopping, em Florianópolis. A mostra é composta por 60 ambientes, com sete espaços premium homenageando a cultura catarinense e quatro apartamentos modelo. Para este trabalho, o arquiteto contou com o apoio do empresário Henrique Salvaro, da Carbonífera Belluno.
Cenário positivo Santa Catarina deverá alcançar um PIB de R$ 170 bilhões em cinco anos, com um crescimento, no período, de quase 30% em relação aos cerca de R$ 130 bilhões atuais. Quatro grandes eixos de negócios devem continuar contribuindo para impulsionar a economia: alimentos, metal-mecânico, vestuário e tecnologia. Esse é o cenário para a economia catarinense traçado pelo economista e professor Otto Nogami, que vem se destacando em entrevistas para grandes veículos de comunicação, como Rede Globo, Estadão, SBT e Valor Econômico. As perspectivas para quem quer fazer carreira em Santa Catarina são excelentes. A economia local é dinâmica e as principais empresas estão diretamente voltadas para atender ao aumento do consumo interno, notadamente para as classes emergentes, prevê.
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R$ 1,6 bilhão É o investimento que a região carbonífera vai receber se a USITESC sair do papel
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