CRICIÚMA - SC - N°33
Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.
A INDÚSTRIA VALE OURO Brasil corre atrás do tempo perdido
COMO CIDADES DO SUL trabalham para atrair investimentos
ESCOLAS MUDAM PADRÕES e adotam turno integral 1
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clinimagem
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Editorial O Brasil vive um momento sui generis neste início de 2012. Acompanhamos um inédito movimento unindo empresários e trabalhadores pela volta do crescimento industrial neste país. Somente agora, alguns setores também percebem o preço que o país está pagando pela desindustrialização. Mas antes que alguém se levante e mais uma vez coloque a culpa desta situação na concorrência dos importados, na indústria chinesa, coreana, é preciso que façamos uma reflexão. A culpa desta situação é apenas nossa. Pelo menos desta vez não vamos cometer o eterno erro de buscar culpados por uma erro do nosso país. O Brasil sofre com a perda de investimentos porque relegou a indústria e o empresariado ao papel de vilões por muito tempo. Além disso, determinou uma carga tributária praticamente impeditiva à sobrevivência de uma empresa. Transformou a infraestrutura em um caso de polícia, onde a produção enfrentaria o que há de pior quando houvesse a necessidade de aquisição de matéria-prima ou de escoamento de produção. Não bastassem a falta de estrutura e a carga tributária, a instalação de uma planta industrial no Brasil é um exercício de superação burocrática e jurídica. E quem suplanta a complexa barreira da instalação convive com os desafios de prestação de contas e rotina de trabalho burocrático, que custam ao empresário custos altíssimos e que também impactam no preço do produto, a exemplo da carga tributária e desafios logísticos. Ainda assim, a empresa faz a sua parte. Busca a produtividade, qualifica seus colaboradores e exporta executivos treinados neste emaranhado burocrático que se transformou a gestão das empresas no Brasil. Então, neste momento em que sofremos com a desindustrialização, vamos fazer o mea culpa. O Brasil tem condições de crescer e ter uma indústria forte. O desafio é não repetir os erros do passado recente. Não lotear cargos políticos. Rumar para um estado baseado na meritocracia. Um país que não engesse o crescimento, pelo contrário, um país que invista na educação e faça a lição de casa, com os investimentos necessários em obras estruturantes e invista na redução dos impostos e da burocracia. Este é o enfrentamento. Este é o desafio.
Olvacir José Bez Fontana, Presidente da ACIC p r e s i d e n t e @ a c i c r i . c o m . b r
Expediente: A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Edição I Ana Sofia Schuster I Assessoria de imprensa da ACIC Editoração I Novo Texto Comunicação e Divulgação - Suamy Fujita Fotos I Novo Texto Comunicação e Divulgação Reportagens I Ana Sofia Schuster, Deize Felisberto, Milena Nandi, Giuliano De Luca Colaboradores I Joice Quadros, Renato Castro, Giovani Duarte Oliveira, Suzi Nascimento l. Contatos I 48 3461 0900 - ACIC I acicri@acicri.com.br I novotexto@agencianovotexto.com.br Vendas I Vilma Martinhago - 48 3461-0903
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Nova diretoria ACIC A nova Diretoria da ACIC (Associação Empresarial de Criciúma) iniciou suas atividades no início de janeiro, reunindo os novos membros e definindo as estratégias de trabalho para o biênio 20122013. Entre as ações, a diretoria está atualizando o planejamento estratégico e encaminhando o projeto do novo bloco e novo auditório do Centro Empresarial. O projeto passou por modificações e agora passa pela aprovação junto ao Conselho Superior e deve seguir para aprovação também junto à prefeitura. Seguindo o planejamento estratégico, a diretoria tem trabalhado assuntos de interesse econômico regional, como a vinda de novos investimentos e a infraestrutura necessária à instalação destas. O lançamento dos editais da via rápida e da continuação do anel de contorno viário seguem sendo prioridade da atual gestão. A diretoria trabalha ainda no planejamento de ações de comunicação e marketing, ações para integração com associados e empresários, qualificação de mão-de-obra regional, plano de captação de novos associados, diversificação de fontes de receitas da entidade, desenvolvimento do banco de talentos interno, desenvolvimento regional, movimento intersindical e banco de dados regional. A ACIC mantém sua presença no Conselho de Desenvolvimento Econômico. O Conselho tem na presidência o diretor da ACIC, César Smielewski, e tem trabalhado as ações para a busca de novos investimentos para Criciúma. Em todas as ações definidas, a ACIC tem buscado o trabalho em parceria, seja com entidades patronais, como Fiesc, seja com governos municipal e estadual. 6
Presidente
Olvacir José Bez Fontana Vice-presidentes César Smielewski - 1º Secretário - Betha Sistemas Cide Damiani - 2º Secretário - Damyller Iraide Piovesan - 1º Tesoureiro - SIECESC/SATC Venício Neves Pereira - 2º Tesoureiro Manchester Delir João Milanez - Pisoforte Denizard Ferrão Ribeiro - Agrovêneto Diomicio Vidal - Vidal Modas Donato Zanatta - Tubozan Eduardo Zini Bertoli - Diplomata Persianas Flávio Spillere Junior - Clinimagem Gilmar Menegon - Ceusa Hélcio Ramos de Jesus - Protol Engenharia Julio César M. Wessler - Lojas Fátima Lenir Dal Sasso Schambeck - Câmara da Mulher Empresária Luiz José Damázio - Arroz Fumacense Maria Julita Volpato Gomes - Unesc Marli Maria Aguiar - Madeiras Aguiar Rui Inocêncio - Imbralit Tito Lívio De Assis Góes - Góes e Góes Advogados Valcir José Zanette - Empresas Rio Deserto
Nova diretoria da ACIC mantém participações em reuniões e eventos empresariais 7
Sumário Tribos
Treinamento empresarial ganha nova fórmula na região Sul Páginas 22 e 23
Indústria
Governo falha e setor sofre; Criciúma busca novos investimentos Página 9 a 16
Baly
Energético de Tubarão desbanca líder mundial em Santa Catarina Página 18 e 19
N-11 Pós-BRICs:
uma oportunidade ou uma ameaça? Páginas 24 e 25
BR-101
Morosidade nas obras atrapalham desenvolvimento Páginas 20 e 21
Coaching
O apoio para alcançar metas mais rapidamente Página 29
EDUCAÇÃO
Criciúma adere ao ensino em tempo integral Páginas 26 e 27
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A indústria brasileira grita por socorro q
Giuliano De Luca l Criciúma
“Recentemente, o economista Gabriel Palma, da Universidade de Cambridge, chamou a atenção para um fato que escancara o processo de desindustrialização vivenciado pelo Brasil. Ele alerta que em 1980 o parque industrial brasileiro era maior que o da China, Coreia do Sul, Tailândia e Malásia somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 15% do que esses países somados produziram. A conclusão dele, vergonhosa para nós brasilei-
ros, mas real, é que construir o que nós construímos, e depois destruir, em tão pouco tempo, é um ato de vandalismo econômico sem igual”. Esse é um trecho de um artigo publicado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto. Para chamar a atenção do governo brasileiro sobre o grave problema, no dia 28 de março acontece em Itajaí um movimento da indústria
nacional. O “Grito de alerta em defesa da produção e do emprego brasileiros” é um movimento dos setores empresarial e laboral para reduzir a desindustrialização. As empresas têm sentido dificuldades e o setor apresenta retração principalmente em função da China, que hoje exporta de tudo um pouco para os brasileiros. A Acic (Associação Empresarial de Criciúma) é solidária ao evento e sabe da importância de promover
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esse tipo de ação para pressionar o governo brasileiro a tomar medidas capazes de mudar esse cenário. “A meu ver, são problemas internos que têm dificultado o crescimento da economia nacional. Os altos custos trabalhistas, tributários e de logística, os altos juros para contrair investimentos, aliados à falta de mão-deobra qualificada e educação fraca, fazem o setor industrial brasileiro sofrer”, sintetiza o presidente da Acic, Olvacir Bez Fontana. De acordo com ele, esses fatores têm deixado as empresas brasileiras à margem da concorrência mundial. E esse é o sentimento das principais lideranças nacionais da indústria e de trabalhadores, que promovem a primeira manifestação pública do ano contra a política industrial. A cidade de Itajaí foi escolhida porque é por lá que chegam toneladas de mercadorias importadas para competir com a indústria nacional. Os organizadores principais são a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O evento acontece também nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, além do Distrito Federal. Entre as exigências, os manifestantes querem redução da taxa básica de juros, medidas urgentes para atenuar a sobrevalorização cambial, desoneração integral do investimento produtivo de todos os tributos federais e estaduais, conteúdo local mínimo efetivo em todas as compras governamentais e privadas quando beneficiadas por financiamento público e/ou incentivos fiscais, e em setores estratégicos, utilização do compulsório não remunerado como
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instrumento de incentivo ao desenvolvimento de linhas privadas de financiamento de longo prazo e utilização das compras governamentais, inclusive da Petrobras, como indutoras da produção nacional. A gritaria da indústria brasileira se explica em números. De acordo com a Abimaq, só no setor de máquinas e equipamentos, há cerca de 770 mil desempregados porque a indústria brasileira importa da China e de outros países a preços mais baratos. Hoje, 25% de todos os produtos consumidos pelos brasileiros são importados. E a indústria de transformação, que nos anos 1970 representava 25% do PIB (Produto Interno Bruto), participa agora com 14%. A Abimaq estima que 80% dos trabalhadores na indústria ganham até dois salários mínimos. Para piorar, em 2001, o
câmbio estava em R$ 1,85 por dólar, e hoje é praticamente o mesmo. No período, a inflação foi de 115%. Como o quadro macroeconômico é confortável para o governo – desemprego mínimo, balança comercial favorável, crescimento econômico contra Europa e EUA em crise, e nível de emprego em alta – é improvável ações radicais por parte de Brasília. “Mas é preciso mudanças. Esse movimento é muito importante para que o governo possa analisar e perceber que está sucateando a indústria brasileira”, diz Fontana. A Abimaq também dá o alerta: “ou o governo age agora e faz mudanças já, ou, daqui a algum tempo, virá a catástrofe, quando o preço das commodities cair no mercado mundial, o câmbio explodir e a inflação retornar com força”.
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Culpa verde-amarela “O Brasil tem o hábito de responsabilizar o mundo pelos problemas internos. No passado, era a dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que nos atrasava e nos deixava inertes. O governo sempre culpava a dívida. Agora, que ela foi paga e Brasil se tornou credor do mundo, o governo culpa os países pela briga
cambial”, comenta Fontana. “Na verdade, são os problemas internos que nos prejudicam”, ratifica. “É verdade que temos melhorado, mas os outros países têm melhorado mais que o Brasil”, avalia. “O panorama atual é que hoje o Brasil vende commodities e importa quinquilharia do resto do mundo”, resume o empresário.
Em SC Não poderia ser diferente. O panorama assustador brasileiro preocupa também no Sul de Santa Catarina. Olvacir Bez Fontana destaca que o assunto tem sido amplamente discutido nas reuniões da entidade empresarial. Essa desindustrialização afeta Santa Catarina e alguns setores estratégicos do Sul do Estado.
“Estamos preocupados, pois estamos conectados ao Brasil. Nossas empresas cerâmicas não conseguem competir com a cerâmica chinesa. Outros setores, como a metalurgia, estão sofrendo ou poderiam estar melhores se não fosse a atual política industrial”, destaca o presidente da Acic. “Apoiamos o movimento e queremos mudanças”.
Endosso Assinam o manifesto entidades como Fiesp, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Metalúrgicos de SP, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e federações industriais paranaense e mineira. Em Santa Catarina, pelo lado patronal, o movimento é coordenado pela Fiesc.
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Os caminhos de Criciúma para alavancar investimentos
Em parceria com a assessoria do município, Conselho de Desenvolvimento Econômico traça estratégias para a vinda de investimentos para Criciúma
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Milena Nandi l Criciúma
Tão importante quanto atrair investimento é o tipo de empresa atraída. Esta é uma das preocupações das lideranças de Criciúma, que têm trabalhado forte no sentido de criar mecanismos para que o município receba novos negócios. E o trabalho do grupo envolvido não se restringe a buscar terrenos para o aporte de empresas. Passa pela orientação ao empresário e a participação em discussões de assuntos que vão desde segurança até a ampliação da cobertura de telefonia móvel. Uma das ações recentes desenvolvidas pela Prefeitura de Criciúma é a fiscalização das empresas que receberam a concessão de uso de áreas para a instalação de indústrias. “No passado, a prefeitura doou uma série de terrenos para empresas, que deveriam cumprir com suas responsabilidades. Isto está sendo analisado e os terrenos que não estão sendo usados serão disponibi-
lizados para outros empreendimentos”, conta o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE - fórum que discute e avalia as questões econômicas de Criciúma, com proposições visando o
desenvolvimento sustentável), César Smielewski. “A intenção é evitar que pessoas coloquem um galpão, deixem fechado sem gerar emprego e depois de dez anos entrem com uso capião para ficar com o local”, complementa.
Afinal, qual a nossa real vocação? Pela primeira vez, o município terá um levantamento sobre a sua situação econômica. O estudo, elaborado pela Unesc e PUC de Porto Alegre, começou a ser elaborado no
César Smielewski - Presidente do CMDE
fim de 2011, e deve ser entregue ao município de Criciúma na segunda quinzena de abril. O levantamento foi patrocinado pela prefeitura, que já efetuou o pagamento de R$ 35 mil pelo serviço. O estudo se chama “Criciúma 2030: uma estrada para o futuro”. A ideia de o município ter um estudo como este partiu da observação da queda de arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos últimos anos. “Ao longo dos últimos 20 anos Criciúma vem perdendo o retorno. Estávamos em quarto lugar e hoje estamos em 11º. Para podermos melhorar, a primeira atitude a ser tomada é estudar os problemas para saber como atacá-los”, comenta. Smielewski explica que o trabalho trata-se de uma matriz insumoproduto, que irá analisar cada ramo da atividade da economia de Criciúma e levantar qual o lucro dela para o empresário e para o município. “Estão sendo analisados cerca de 30
ramos de atividade para identificar quais os mais rentáveis”, afirma o presidente do CMDE. “Geralmente os mais rentáveis são os que empregam tecnologia e mão-de-obra mais técnica. São estes que costumam pagar mais aos seus funcionários, e com isso, a economia se movimenta mais”. Partindo desta análise, e aliando a carência de grandes áreas próprias para a instalação de empresas, o CMDE trabalha para atrair mais empresas de base tecnológica, que trabalham com pesquisa e desenvolvimento de produtos. Outra preocupação é com o meio ambiente. “Como não temos grandes áreas, temos que ter empresas que ocupem espaços menores, empreguem mãode-obra bem remunerada e qualificada e não poluam”, diz. Smielewski salienta ainda que Criciúma tem como diferencial boas instituições de ensino técnico e superior, o que se transforma em um atrativo a mais para a implantação de negócios. 13
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Obras estruturantes também preocupam Conforme o presidente do CMDE, Criciúma tem problemas de acesso e infraestrutura. Por isso, o Conselho também trabalha para a conquista de melhorias neste cenário. Smielewski elenca como importante o término das obras de duplicação da BR-101, a Via Rápida, o Anel de Contorno Viário, a melhoria da estrutura do Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, o início da operação do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, e a ampliação da es-
trutura de telefonia móvel. Sobre o último assunto, uma reunião aconteceu no dia 12 de março, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), para que prefeitura, lideranças e empresários analisem o plano de expansão de antenas, encaminhado pela operadora Vivo. Segundo Smielewski, a correspondência solicitando o plano de expansão das outras operadoras com atuação no município já está pronta e deve ser encaminhada em breve. A Vivo apresentou o plano
espontaneamente. “Não podemos trazer uma empresa para cá sem ter o mínimo de qualidade neste quesito”. Sobre a Via Rápida e o Anel Viário, o presidente do Conselho afirma que as duas obras estão contempladas no projeto do Governo do Estado. “O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já aprovou a Via Rápida, que terá um recurso de R$ 100 milhões. Mais de 80% das desapropriações já foram pagas”.
Um local para apoiar o empresário Criciúma conta com um local para apoiar os proprietários de empreendimentos. No prédio da prefeitura funciona a Casa do Empresário, que atua no suporte a novos investimentos na cidade e no fomento das empresas já estabelecidas em território criciumense. “A Casa do Empresário tem a função de imprimir aos processos oriundos da classe empresarial a celeridade requerida pelas condições atuais de competitividade, onde a agilidade é sem dúvida determinante para o sucesso de qualquer negócio. Além da questão do monitoramento interno na prefeitura dessas demandas”, afirma Joselito Pizzetti, coordenador da Casa do Empresário. A Casa foi criada pela atual gestão da administração, atendendo a solicitação de entidades como Acic, Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampe) e Câmara dos Di-
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rigentes Lojistas (CDL). A ideia da Casa foi apresentada pelo prefeito Clésio Salvaro em uma reunião da Acic em julho de 2010, e foi aprovada e incentivada pela diretoria da
entidade. O nome de Pizzetti para a coordenação da Casa do Empresário foi indicado pela Acic e demais entidades, e o trabalho teve início no fim de 2010.
Casa do empresário deve evoluir para a futura Secretaria da Indústria e Comércio de Criciúma
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KIT de incentivos ainda não saiu do papel Segundo o coordenador da Casa, ela possui vários projetos em desenvolvimento, seja na concessão de incentivos fiscais ou econômicos àquelas empresas que fazem jus à concessão. Entre os projetos em desenvolvimento, estão o acompanhamento de investimentos que serão realizados em Criciúma em um curto prazo e a viabilização do condomínio industrial Realdo Santos Guglielmi – onde oito empresas irão se instalar, sendo que al-
gumas já estão em atividade. “A Casa do Empresário e a atuação do CMDE são demonstrações fidedignas de que o município está buscando alternativas para incrementar e diversificar seu parque fabril”, considera. Segundo Pizzetti, um dos pontos fracos do município é a dificuldade de obter áreas grandes para a instalação de empresas de grande porte. No entanto, o município possui vários pontos fortes. “A presença de ótimas instituições de
ensino profissional que preparam com qualidade novos trabalhadores, a garantia de fornecimento de energia, visto que em alguns estados da federação há problema com relação a esse insumo, a localização geográfica, sendo Criciúma a maior cidade entre as capitais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E por último a marca Criciúma, que agrega valor à imagem de qualquer produto. Esse último exemplo é nítido nos segmentos da cerâmica e confecção”, enumera.
Apresentar bem o município é primordial Pizzetti explica que a Casa também desenvolve um trabalho de prospecção de novos investimentos. “Quando se percebe o menor interesse de determi-
nada empresa ou investidor em nossa cidade, a Casa do Empresário faz o trabalho de apresentação, utilizandose de material gráfico, vídeos e reu-
niões presenciais, das potencialidades econômicas de nossa cidade que podem ser determinantes na tomada de decisão de onde investir”, conta.
Pleito é pela criação de uma secretaria
A Casa do Empresário atua em sintonia com o CMDE, e deve passar por mudanças. Segundo Smielewski, a intenção é que a Casa se transforme em Secretaria de Indústria e Comércio. “Se a cidade é altamente industrial, precisa ter uma secretaria para cuidar disso. Estamos trabalhando para implantar uma secretaria, e o embrião é a Casa do Empresário”, comenta.
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O exemplo dos outros Confira a receita de algumas regiões para atrair investimentos:
RS: Tarso lança política industrial Incentivos a participação em feiras, pois segundo o governador, o aumento da participação em feiras internacionais é parte de uma mobilização para reverter o “desconhecimento” sobre o Rio Grande do Sul como destino de investimentos, produto de “falta de iniciativa de apresentação, informação e acolhimento” dos interessados. O governador destacou entre as ferramentas da nova política indus-
trial a abertura de novos canais de financiamento e estímulos fiscais para a formação de parcerias entre empresas gaúchas e estrangeiras, com possibilidade de participação acionária através do Badesul. O marco legal para a política industrial – que vem sendo adiantada desde o começo do governo Tarso contempla ainda a criação de fundos de investimento de R$ 100 milhões para áreas chave como petróleo e gás, semicondutores e TI – será a Lei de Inovação, aprovada em 2009 pela então governadora Yeda Crussius (PSDB-RS).
Incentivos de Hortolândia A pujante Hortolândia, no interior paulista oferece um verdadeiro pacote de benesses, reguladas pelo Proemp, Programa Municipal de Incentivo Empresarial. Um exemplo é a americana Dell: recebeu, além do auxílio da prefeitura para desembaraçar a burocracia, infra-estrutura completa, como instalação de gás, energia e terraplanagem da área. Ainda que a cidade perca em arrecadação direta, ganha em empregos e peso econômico na região. Assim, tem mais poder de barganha por verbas federais e consegue um bolo maior do ICMS.
wR$ 8 BILHÕES é o PIB estimado de Hortolândia em 2009 wR$ 400 MILHÕES foram os investimentos feitos nos últimos anos na cidade w20 ANOS é a isenção do IPTU concedido à Dell
As indústrias, os empreendimentos industriais e os empreendimentos comerciais e de serviços de médio e grande portes, enquadrados no Programa Municipal de Incentivo Empresarial de Hortolândia - Proemph, gozarão de benefícios de isenção por um período de até 10 anos a contar do deferimento da solicitação dos benefícios, devidamente exarada pelo Chefe do Poder Executivo, pelos benefícios concedidos, dos seguintes tributos, excetuando-se o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, o qual poderá gozar do benefício da isenção pelo período de até 20 anos: a) IPTU; b) Taxas de Licença para Localização e Funcionamento; c) Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), somente no caso da destinação do imóvel para as finalidades preceituadas no Proemph; d) Taxa de licença para execução de obras particulares; e) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, observado o limite constitucional mínimo de 2%; f) Taxa de Habite-se Confira texto integral: http://sapl.cmh.sp.gov.br/sapl_documentos/materia/10763_texto_integral
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O desafio da gestão nas empresas familiares No ideal das empresas familiares nos deparamos com senhores e senhoras que iniciaram seus negócios com intuito de contribuir para o desenvolvimento das famílias e da sociedade. Na fase inicial, muitas vezes possuem uma forte identificação com o setor, fruto de um interesse pessoal ou necessidade. À medida que os negócios crescem e a família amadurece algumas questões precisam de encaminhamento, tais como: como estruturar os negócios para garantir a qualidade pretendida pelos sócios e exigida pelo mercado? E como atrair profissionais capazes de se identificarem com a missão da organização? Na dimensão das famílias proprietárias, na medida em que os jovens iniciam suas escolhas profissionais, questões como o interesse pelos negócios da família; as possibilidades de se destacarem em seu campo de atuação; a legitimidade de se influenciar ou não; as escolhas dos filhos costumam vir à tona. É natural que certa inquietação em alguns períodos ocorra em cada um dos sistemas: família, empresa e propriedade, mas é importante que estas inquietações sejam impulsionadores de processos de desenvolvimento que levem a escolhas capazes de contribuír para o fortalecimento das pessoas, dos negócios e das famílias. Por vezes, somos procurados por sócios apreensivos quanto ao futuro profissional dos filhos. Nossa recomendação é de que haja um esforço
organizado no sentido de conhecer melhor cada membro das famílias, seus interesses, formação, identificação com os negócios, sempre considerando o estágio de desenvolvimento de cada um. No que diz respeito à formação das famílias empresárias, temos na Fundação Dom Cabral nos dedicado a desenvolver programas em parceria com várias famílias, com objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos membros das famílias para compreenderem, saberem buscar seu espaço e atuarem de forma alinhada com os valores e as políticas das famílias e das empresas. Para os que se encontram à frente dos negócios pode parecer distante a necessidade de inclusão dos demais sócios. Familiares não atuantes na gestão, por sua vez, quando não envolvidos de alguma forma no entendimento sobre seu papel e no conhecimento sobre os resultados, podem se sentir excluídos, o que pode levar a ruído nas relações. Em um ambiente de negócios mais exigente e complexo, as famílias e os profissionais que atuam nas organizações se veem frente à necessidade de adquirir melhores conhecimentos. Na busca por uma estruturação adequada, os dirigentes, por vezes, se veem frente à necessidade de definição de uma estrutura de governança capaz de contribuir para o desenvolvimento dos negócios. Os mais jovens, no impulso de se alinhar com as tendências de mercado,
possuem papel importante neste processo. O equilíbrio dos mesmos que trazem a contribuição do que há de mais novo no mercado aliado a experiência dos que estão há mais tempo nas organizações é um poderoso ingrediente ao alinhamento com o mercado. A busca por um posicionamento estratégico e planejamento do desenvolvimento dos negócios, clarificação da estrutura, organização e preparação do corpo profissional das empresas, contando com equipes com formação diferenciada, tem sido capaz de contribuir de forma significativa para o crescimento e a geração de resultados diferenciados. Como vocês se encontram em relação a estes aspectos? Maria Teresa Roscoe, Lívia Lopes Barakat, Mozart Pereira dos Santos.Professores da Fundação Dom Cabral, 5ª melhor escola de Negócios do Mundo. A Fundação Fritz Müller é a associada da Fundação Dom Cabral no estado de SC.
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Baly: a energia made in Sul
SC que está conquistando o país q
Giuliano De Luca l Tubarão
Fundada em 1997 na cidade de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, a empresa Bebidas Grassi é responsável pela produção do Baly Energy Drink, produto consumido em todo o país. O energético criado em 2008 pela necessidade de expansão de mercado conquistou o público jovem, que é o grande consumidor desse tipo de bebida. Hoje, o Baly é líder absoluto em todo o Estado, desbancando o mundialmente conhecido Red Bull. No Rio Grande do Sul e no Paraná, garantem o pódio como o segundo energético mais consumido, de acordo com a Revista Nielsen, que pesquisa diariamente grandes atacadistas e redes de supermercados. Apesar da indústria ter mais de 210 itens, como cachaças, vinhos, refrigerantes, vodkas, uísque e coquetéis, é o Baly que sozinho representa 50% do faturamento total. Disponibilizado nas versões em lata de 250 ml’s, e pet de 250 ml’s, 1 litro e 2 litros, a bebida conquistou o consumidor embasada em um tripé: qualidade, preço e marketing. O concorrente Red Bull custa em média R$ 6 (250 ml). Por R$ 7, o consumidor pode comprar 1 litro do Baly. “Mais de nada adiantaria o preço se não tivéssemos qualidade. 18
Temos um fornecedor exclusivo dos Estados Unidos que nos fornece o kit vitamínico, que é a matéria prima principal das bebidas energéticas.
É a taurina, o gluco, a cafeína e o complexo vitamínico B, que contém cinco vitaminas. Esse kit é de excelente qualidade”, explica o gerente de vendas, Ricardo Balbino. Essa combinação de fatores faz com que a Bebidas Grassi produza 500 mil litros de energético por mês. Os principais clientes são atacadistas e grandes redes de supermercados do
Sul. Mas o produto é encontrado e consumido em outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Rondônia, Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. “Nessas regiões, começamos um trabalho há algum tempo e a intenção é ampliar a fatia de mercado. Queremos crescer nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”, explica Ricardo. Para isso, a empresa aposta as fichas no marketing. Começou com uma estrela do Big Brother Brasil, maior reality show da televisão brasileira. E não parou mais. Promove festas, é parceira em eventos de abrangência nacional, participa ativamente de feiras dos supermercadistas e investiu pesado em materiais para os pontos de venda. Aliado a isso, a empresa investiu em tecnologia. A unidade fabril em Tubarão é uma das mais modernas no segmento. “Quase todos os processos são automatizados”, explica Ricardo. Uma pequena parte dos 190 funcionários fica na indústria. Para se ter uma ideia, aproximadamente 40% do quadro de colaboradores é formado por motoristas e ajudantes, que espalham os produtos pelo Brasil.
Diversificação Apesar do Baly Energy Drink ser o carrochefe da empresa, há uma preocupação para evitar quedas de faturamento com a sazonalidade do mercado. Na baixa temporada (inverno), a empresa arrecada, por exemplo, com a crescente venda
de bebidas quentes. “Ao todo, são três milhões de litros de bebidas produzidos por mês. Tudo em Tubarão, exceto os vinhos, que são produzidos por um parceiro exclusivo na Serra Gaúcha”, comenta Ricardo.
A Empresa A empresa iniciou as atividades em março de 1997 com cachaças e vinhos. Vem expandindo o seu leque de produtos constantemente, com um portfólio atual de mais de 210 itens. Com o intuito de garantir excelência na distribuição, a empresa possui a frota de transportes própria. Quem for até a sede da empresa, se impressiona com o tamanho faraônico. Os galpões estocam todo tipo de bebidas. A Grassi possui hoje três unidades de negócio: bebidas alcoólicas, não alcoólicas e energéticos. As duas últimas são as que apresentam maior variação de vendas. Nas estações mais quentes, os refrigerantes aproximam-se dos patamares de venda de Baly. Entretanto, no frio, as bebidas quentes ganham a preferência dos consumidores. Ricardo Balbino acredita ser a diversificação o grande trunfo do empreendimento. “Os produtos apresentam variações de venda durante o ano, mas se você tiver itens para situações diversificadas, o faturamento total estará livre de fortes oscilações”, diz.
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Filas param a BR-101 e a economia sul catarinense Estado atrai turistas e paga mico do verão com uma BR intransitável q
Deize Felisberto l Criciúma
Congestionamentos que ultrapassaram muitos quilômetros foram fato comum na BR-101 durante este verão e principalmente em dias de feriado. As dificuldades da rodovia em trechos ainda não duplicados, obras em outro, volume de veículos superior aos outros meses do ano formam os itens responsáveis pelas enormes filas. A situação se repete a cada ano e com maiores proporções a cada período. A observação dos mais atentos e dos que se preocupam com o futuro é o crescente movimento mesmo em dias comuns. “É preciso muita calma para se trafegar três ou quatro quilômetros em uma ou duas horas. É lastimável e preocupante, pois a lógica nos conduz à conclusão de que essa situação vai se agravar cada vez mais”, reforça o deputado Jorge Boeira, coordenador da frente parlamentar pela duplicação da rodovia. Se considerarmos o índice elevado de acidentes no decorrer de todos esses anos e os longos que ainda faltam para a total conclusão da rodovia, os prejuízos para o desenvolvimento, principalmente econômico, do sul catarinense são os preponderantes. Estudo realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) no ano passado mostra que a duplicação completa da BR-101 Sul, na melhor das hipóteses, ficará pronta apenas no fim do ano de 2016. Diante deste cenário cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e ao governo federal acelerar o processo, especialmente nos gargalos, alguns com problemas graves para elaboração de projetos e na execução das obras necessárias. Os principais entraves que jogam para cinco anos o prazo mais otimista possível para a total conclu20
são da duplicação são os túneis do Morro dos Cavalos, a ponte no Canal Laranjeiras, o túnel do Morro do Formigão, a duplicação e acessos de Laguna, além da recuperação de três pontes. “Os deputados federais da região Sul, não apenas neste mandato, mas igualmente no que se encerrou em 2010, têm se empenhado em pressionar o governo federal. A União, no entanto, muitas vezes se vê refém dos dispositivos legais e se torna refém de empreiteiras”, diz Boeira. Ele reforça que em momento algum faltaram recursos para execução das obras e os lotes 25 (na região de Tubarão/Laguna, Capivari de Baixo) e 29 (Araranguá/Sombrio) são exemplos disso. “Faltou seriedade e sensibilidade dos empreiteiros vencedores das concorrências públicas. Felizmente esses dois trechos foram resolvidos, graças à pressão exercida pelos deputados em Brasília e mobilização popular da região”, completa. Para o empresário do segmento turístico, Adilson Silvestre, e presidente da Associação Empresarial de Imbituba, é um drama a atual situação que se encontra a BR-101. “Parece que estes gargalos são insolúveis, a incompetên-
cia do Governo Federal causa transtornos ao desenvolvimento da nossa região. Os setores de produção assim como o turismo são amplamente prejudicados”, destaca. A cidade de Imbituba está localizada num dos trechos mais movimentados da Rodovia e que atrai um grande número de turistas. Com uma forte tendência turística, possui 30 Km de praias, entre elas uma das 30 baias mais belas do mundo. A infraestrutura oferecida pelo sistema viário ainda deixa a desejar. “É inconcebível que o turista fique três, quatro, cinco horas numa fila até chegar ao seu destino, causado pelos atrasos nas obras de duplicação. Evidentemente que isso desestimula o turista a vir pra nossa região e quem perde com isso são os hotéis, pousadas e restaurantes, enfim, todo o trade turístico”, explica. Somente belezas naturais não são suficientes para atrair o turista, segurança e tranquilidade são imprescindíveis em seu deslocamento. “Perdemos muitos veranistas para este problema de gargalo rodoviário, de uma forma geral poderíamos, turisticamente falando, crescer ano a ano, mas estamos estagnados nestes últimos anos”, revela Silvestre.
Deputados federais devem ser os maestros nesta obra A cobrança na conclusão da Rodovia deve vir dos deputados federais, por ser a BR-101 um obra federal. “Eles que devem ser os maestros”, diz o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A Associaçãocontinuará durante este ano pressionando e apoiando todos os movimentos referentes à BR-101, tanto da Fiesc, Câmara de Vereadores de Criciúma e com os deputados federais. O descasco tanto com a Rodovia como para com os outros problemas não só de infraestrutura no sul e em todo o país vem em decorrência da ineficiência do poder público. Para Fontana,
com a evolução da informática e do conhecimento, e com a união de várias empresas, aliado ao crescimento de grandes organizações, ficou-se mais inteligente a maneira de fazer novas comercializações, fez com que a eficiência da iniciada privada proporcionasse o aumento da oferta de serviços, facilitou-se a aquisição de bens e confortos. “O setor público está no caminho contrário do cenário vivido e proporcionado pela iniciada privada através do conhecimento adquirido, com uma máquina engessada protetora do estado e seus interesses. O maior exemplo dessa ineficiência
do governo é o que acontece com o nosso sul do país. Temos um aeroporto regional que não funciona e um desleixo com a BR-101, um exemplo catastrófico. Um população que custeia a máquina inchada e obsoleta do governo”, opina. Ele encerra dizendo que o Brasil está acostumado a colocar a culpa sempre no vizinho. Uma hora o problema é o dólar alto, outrora baixo, do câmbio e inúmeros outros fatores que na realidade não são a causa do problema. A questão está na incapacidade de administração e de solução do que realmente precisa ser resolvido.
DNIT presume continuidade do problema De acordo com o superintendente da unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) em Tubarão, engenheiro Avani Aguiar de Sá, os congestionamentos no trecho sul da rodovia foram e continuarão sendo um entrave para a temporada de verão. “Até que não se conclua a ponte no trecho entre Laguna e Capivari de Baixo a população passará por estes transtornos”, reforça. A previsão, segundo o Departamento, é que este ano começou com melhores expectativas. Sá diz que para o lote 25 o problema está resolvido pelo andamento das obras¸ para o lote 29 (entre Aranranguá e Sombrio) o DNIT está dependendo de uma revisão e pretende concluir ainda este ano e deve-se começar quase de imediato a construção da Ponte de Cabeçuda e também da retomada a licitação do Túnel do Formigão.
Quanto ainda ao lote 25 (de Laguna a Capivari de Baixo) as obras se estenderão por todo o ano com previsão de entrega somente para os meses finais, com exceção da ponte, que só deverá estar iniciada, mas todos os viadutos concluídos. Para a próxima temporada de verão deverá melhorar um pouco porque a parte estrangulada é melhor,
mas não deverá resolver, já que o gargalo atual é a ponte. “A previsão é de acabar o eixo da rodovia este ano e depois ficará alguma coisa de acabamento e de rua lateral que terá que ser complementada”. Com relação à previsão apontada pela Fiesc para 2016, Sá acredita que se iniciada a ponte agora, o prazo ficaria para 2015.
Extremo Sul vê crescimento, mesmo com obra incompleta Para o município de Praia Grande, no extremo sul, a duplicação da BR-101 vem multiplicando a circulação dos turistas, potencializando o setor turístico dessa região. Comparado ao mesmo período do ano passado, a cidade teve nesta temporada de verão um aumento significativo de turistas. Para chegar a Praia Grande, através da Rodovia, o acesso se dá pela Rodovia SC 450, que liga a Serra do Faxinal. Essa Rodovia de 16 Km, reivindicada há mais de 20 anos, ainda está incompleta. Oito quilômetros não foram asfaltados. Dois dos quatros estudos sobre a fauna do local foram concluídos. Esta demora emperra a continuidade da obra. “As pessoas continuam circulando pela Serra do Faxinal mesmo em condições precárias do trecho sem asfalto. Muitos ainda preferem descer via Rota do Sol (Três Cachoeiras)”, recorda a secretária de Turismo de Praia Grande, Joice de Aguiar. Alguns projetos estão sendo elaborados pensando na conclusão da BR-101 e da Serra do Faxinal, um deles é o “Parques da Copa”, um projeto do Ministério do Turismo que será desenvolvido no Parque Nacional Aparados como forma de fortalecer os principais destinos turísticos nas cidades de Praia Grande (SC) e Cambará do Sul (RS). “Acredito que a partir deste projeto, também do projeto Geoparque - Caminho dos Cânios do Sul, outras ações que estamos desenvolvendo em Praia Grande, juntamente com a conclusão da BR-101, a região será consolidada como um grande destino turístico do país”, projeta a secretária de Turismo.
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Uma empresa é uma tribo: cooperação e integração para o bem comum q
Giuliano De Luca l Treviso
Em um mundo onde as pessoas precisam (e devem) agarrar as oportunidades, empreendedores necessitam estar constantemente atentos aos anseios das corporações. Isso porque muitas vezes esses anseios são deixados em segundo plano em detrimento dos objetivos profissionais de cada colaborador. Os ambientes empresariais, que devem ser pautados no antigo lema do ‘vestir a camisa da empresa’, muitas vezes acabam abalados por falta de legibilidade e transparência nas ações individuais. Isso pode prejudicar resultados e dificultar a relação entre os próprios colaboradores. Para lidar com esse tipo de problema não é necessário demitir este ou aquele funcionário, colocá-lo no gancho ou promover inúmeras reuniões para colocar ‘os pingos nos is’. O treinamento empresarial em equipe é uma ferramenta extrema-
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mente eficiente para lidar com essa situação. Esse treinamento vem passando por mudanças, de olho nas mudanças no perfil das empresas e empregados. Começou com jogos competitivos, mas percebeu-se que o resultado não era o ideal, já que se retirava o trabalhador de um ambiente competitivo e o coloca em outro. Agora, o conceito é o treinamento de cooperação e integração de equipes, que ganha cada vez mais adeptos em todo o país. “Se você
tem uma pessoa ao seu lado, você fica mais forte”, exemplifica um dos coordenadores do programa de treinamento Tribos, desenvolvido na Pousada Santo Antônio, no interior de Treviso, Paulo Cadallóra. Localizada no pé da serra, com paisagens bucólicas de tirar o fôlego, a pousada decidiu investir no programa em 2011. Os resultados são animadores e as perspectivas de crescimento ainda melhores. O Tribos já atendeu a Betha Sistemas, de Criciúma, com mais de 150 colabo-
radores. “E os empresários saíram muito satisfeitos”, garante Paulo Renato Cadallóra, idealizador do programa em parceria com a esposa e turismóloga Rosilene Koch. O treinamento é individual e feito a partir de um estudo de cada empresa e colaboradores. Inclui provas não competitivas, trilhas na mata e palestras, entre outras atividades que envolvem equilíbrio, concentração, persistência e outros conceitos essenciais para o cotidiano empresarial. Tudo voltado ao cooperativismo e integração. “Vem ser entre
tribos, tambores, arcos e flechas!” é o conceito do programa. Destinado às empresas, é desenvolvido sobre as bases dos jogos cooperativos. O programa ainda associa diretamente em sua grade de atividades os resgates da cultura e costumes das primeiras tribos indígenas que habitaram as serras do Sul catarinense, levando os participantes a uma verdadeira imersão na história desses povos. Segundo Rosilene Koch, coordenadora do Tribos, os valores são essenciais. “Aqui, trocamos o vencer
Serviço O programa Tribos é um produto da Expedição Xokleng direcionado para atender empresas. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (48) 3469 0103 e 9954 9629 ou nos sites www.expedicaoxokleng.com.br e www.pousadasantoantoniotreviso.com.br.
competitivo pelo vem ser cooperativo. O vem ser nasce primeiro no indivíduo e se propaga aos demais. Acreditamos que antes de tudo, precisamos despertar nas pessoas sua plenitude enquanto ser, assim, se está capaz de contagiar todos que o cercam”, avalia.
Um dia de treino A empresa Crystal embalagens reuniu um grupo de 32 pessoas para viver um dia de Tribos. O grupo chegou cedo na sede da pousada junto aos paredões da serra geral, lugar de rara beleza cênica. O sol nascente deu as boas vindas aos guerreiros. Logo, todos foram reunidos em três tribos: Aranchanes, Botocudos e Coroados (separados por cores de camisetas) e foram apresentados ao tambor, elemento que os acompanharia durante todo o dia. O tambor representava o coração de cada tribo e a imunidade recebida por cada tarefa executada. “Era hora de despertar o ser de cada um e fazer emergir o vencer de todas as tribos. Atividades de habilidade, paciência, concentração, equilíbrio, memorização e raciocínio envolveram todos participantes ao longo do dia, conta Paulo”. Ele explica que todas as atividades são desenvolvidas para envolver a todos sem distinção de condicionamento físico. “Trabalhamos a ideia de vida ao ar livre para todos, utilizando o próprio ambiente natural para demonstrar que cada elemento tem sua função no ciclo da vida”. Ao final, uma dose de muita energia para todas as tribos em um belo banho nas águas da cachoeira do Salto Branco. “Para lavar a alma dos guerreiros”, diz.
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N-11 -o cenário do mundo pós-BRICs: oportunidade ou uma ameaça?
Renato Castro Sócio da Empresa Baumann, consultoria especializada em mediar negócios Brasil /China
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É uma nublada manhã de uma quintafeira e, pelo não-andar do trânsito já na saída do aeroporto, tudo indica que será mais um dia estressante na frenética capital econômica do país que hoje desponta como um dos principais players de integração econômica mundial. Após quase uma hora dividindo a atenção entre as visões surpreendentes de um passado glorioso da quinta maior cidade do mundo e os e-mails e mensagens que não paravam de chegar no smartphone perfeitamente sincronizado com rede local, o táxi da renovada frota da cidade para em seu destino final: um moderno pavilhão internacional de exposições. Logo na entrada, é possível visualizar os estandes, na maioria grandes e decorados no melhor estilo “welcome to my business”. Estamos em uma concorrida feira setorial repleta de novas oportunidades. Uma feira como qualquer outra. Bom, não exatamente... Ali, um detalhe chama a atenção: o idioma que se ouve nos estandes e entre os visitantes. Pensou em inglês, a língua franca do mundo dos negócios? Errou! Português ou Espanhol? É verdade que esses idiomas são cada vez mais frequentes nas feiras internacionais, principalmente na China, mas, sinto dizer, você também errou. Chinês? Passou longe! “Do you speak arabic language, sir?” (Fala árabe, senhor?). Essa é a frase recorrente de boas-vindas dita pelas atenciosas e belas recepcionistas. É, sim, o árabe é a língua que mais se ouve ali. Afinal, tratase da 22ª edição da Züchex, a maior e mais importante feira de eletrodomésticos e utilidades do lar de Istambul, na Turquia. Uma feira que surpreende e atrai pelo elevado numero de expositores locais: quase 90% do total, e pelo baixo número de visitantes internacionais: menos de 6%, o que proporciona a feira um clima todo especial de oportunidade! Terras literalmente virgens! Mas, caro leitor, você deve estar se perguntando: quem visita uma feira de eletrodomésticos na Turquia tendo o infinito universo de produtos e fornecedores da China? E por quê? Antes de responder, vale dizer que é um desafio estar em uma feira como essa. Imaginem ouvir a mesma pergunta citada acima dezenas e dezenas de vezes, e jamais poder
dar o tão esperado “NAAM” ou “EVET” ( “sim” em árabe e turco respectivamente). Pior: a cada “NO” respondido, recomeça seu exercício de paciência e de ansiedade, que só termina quando finalmente você encontra alguém fluente em inglês, o que permite iniciar uma comunicação e - até que enfim! – negociar. Depois, porém, o desafio recomeça. Por que, então, encarar esse desafio e participar de uma feira como essa na Turquia? Simples. Vencida a barreira linguística – e com muita boa vontade e um desejo mútuo em fazer negócios –, descobre-se que, ali, uma revolução que está acontecendo. Sim, uma revolução. E basta olhar para os números para percebê-la. Em uma das negociações realizadas na Züchex, conseguiu-se 28% de diferença de preço para um pedido inicial de fornos elétricos. Noutra negociação, os populares ventiladores de mesa, que no Brasil somente os fabricados na China sofrem medidas antidumping que elevam seu imposto de importação a astronômicos 45%, eram ofertados a preços muito próximos aos da República Popular! Percebeu o pulo do gato? Senhores, não estamos falando de competitividade em commodities de consumo onde 3% já fariam uma diferença significativa. Números desta dimensão representam uma revolução, quase um fenômeno que deve ser devidamente mapeado e principalmente explorado comercialmente de forma intensa e imediata! Mas quem acordou para isso nesta, até então, nova realidade dos negócios sino-mundiais? Entre o bem noticiado sucesso chinês e as assustadoras previsões de quebra do neo-império-euroromano, muito pouco se fala, escreve ou lê sobre os intitulados n-11 ou next 11. ..... Next what? O banco de investimentos Goldman Sachs, que ficou famoso universalmente com a promulgação do conceito dos BRICS, começou a especular, desde 2005, sobre onze nações que deverão ser, provavelmente, as líderes da geração pós-BRICs. Entre elas, Coreia do Sul, México e Turquia aparecem puxando a lista, que conta com protagonistas pouco conhecidos na nossa realidade latina. Bangladesh, Irã, Paquistão, Egito e Indonésia se juntam à pujante Turquia na
ala muslimbusiness. Completando a nova seleção de ouro, Vietnam, Filipinas e Nigéria – essa última, embora fora do bloco mulçumano, tem significativos 50,4% de sua população como seguidores da religião do profeta Maomé. Por trás da profecia, temos uma perfeita e já conhecida combinação de fatores. População numerosa (juntos, os onze somam mais de 1,3 bilhão de pessoas ávidas a trabalhar e que, por consequência, formarão, em breve, um competitivo exército de consumidores); abundância de insumos e uma pro-atividade e flexibilidade para negócio natas ou impostas pela realidade. Mesma receita que nos levou, BRICs, ao patamar em que estamos. Neste histórico período que o Brasil vive, no qual, de devedores passivos do Terceiro Mundo nos anos 80, passamos a credores do FMI e a uma das grandes apostas do velho bloco, não podemos esquecer-nos da lição que as gerações do até pouco tempo intitulado “país do futuro” aprenderam a duras penas e na prática: vantagem competitiva por si só não é suficiente para o sucesso, é preciso um perfeito equilíbrio entre planejamento e execução! Um estudo sobre o crescimento das princi-
pais economias do sudeste asiático (entre elas, cinco das próximos onze) mostra uma intensa concentração de investimentos diretos chineses. Coreia do Sul, Vietnã, Filipinas, Indonésia e Bangladesh estão repletos de pequenas e médias joint-ventures de capital vermelho e privado. Leia-se: de empresas ou de empreendedores e não do governo de Pequim. Empresas ou empreendedores que ampliam suas fronteiras na busca incansável e diária por competitividade. Então, as perguntas óbvias: Onde estão investindo os empresários brasileiros? Como estamos planejando nossa vantagem competitiva de longo prazo? O que será do “país do futuro” quando esse futuro já for passado? Caros colegas empreendedores, senhores empresários e camaradas políticos, a manutenção da liderança em uma corrida não consiste simplesmente em mirar o horizonte e acelerar o máximo que puder, mas principalmente em controlar o que acontece no retrovisor! Mal chegamos a ser uma realidade neste tão esperado futuro que agora se inicia para o Brasil e já se fala, embora muitos sequer ouçam, dos próximos (NEXT...).
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Mais Educação q
Joice Quadros l Criciúma
Criciúma inicia 2012 com mais educação. São propostas as mais diferenciadas que permitem às crianças o privilégio de passar o dia sob o olhar atento de professores especializados e longe dos perigos das ruas ou das armadilhas da internet. Um privilégio que, em Criciúma, atende tanto crianças de família de alto poder aquisitivo como aquelas que moram em áreas de risco social. Ainda nem todas podem contar com
este benefício. Mas já é um começo. Educação Integral, Projeto Ampliado Bilíngue, Programa Mais Educação ou Escolas de Tempo Integral. Os nomes diferenciam, mas os objetivos finais são os mesmos: ocupar a criança de forma orientada, em um ambiente saudável, com princípios éticos e de cidadania, descobrindo a importância dos relacionamentos e elevando a qualidade de ensino. Buscamos alguns dos
muitos exemplos que já temos em Criciúma, tanto em colégios particulares como do ensino público municipal. “A grande mudança no país vai ocorrer quando todas as classes sociais entrarem para a produção e o consumo. Vamos dar este passo fortalecendo a educação básica e integral e aprendendo bons hábitos, o que é essencial para a vida”, acredita o presidente da ACIC, Olvacir Fontana.
dar no Ensino Médio pela manhã e no período da tarde no Técnico. São 18 cursos técnicos com cerca de mil alu-
nos envolvidos e onde mais de 95% são colocados no mercado de trabalho ao fim do curso.
porte, cultura e lazer orientados pela professora dentro do idioma inglês. “É um projeto novo, em construção, onde contamos com a parceria dos pais”, expressa a professora Cláudia Lima, coordenadora de Educação Infantil e Fundamental 1 (até o 5º Ano). Acredita Cláudia Lima que, com esta proposta, as crianças passam o dia em um ambiente saudável e acolhedor, com a oportunidade de formação integral e aprendendo um
segundo idioma. Mas esta é uma proposta que ainda encontra certa resistência junto a muitas famílias que desenvolvem uma “sensação de culpa” por deixarem os filhos o dia todo na escola. Na verdade, pondera Cláudia Lima, estas são crianças privilegiadas, que passam o dia entregues para pessoas especializadas, pensando no melhor para elas, organizando e valorizando seu tempo de infância.
SATC Mais de 80% dos alunos do Ensino Fundamental da SATC , idade entre 6 e 14 anos, já aderiram ao Programa de Educação Integral. Em um turno eles têm aulas curriculares e no outro dispõe de oficinas, mais de 25, onde participam de corais, atividades esportivas, ginástica, informática e idiomas, inclusive o mandarim. São 1.500 alunos envolvidos permanecendo dez horas na escola. “Nossa proposta pedagógica é trabalhar com o aluno nos aspectos da ética e de qualidades pessoais, do comportamento e trabalho em equipe”, diz o professor Luiz Novelli, diretor do EDUTEC. Além desta proposta inovadora, já é tradição na SATC o aluno estu-
Colégio Marista Em uma turminha com idades de pouco mais de dois ou três anos, os meninos já sabem que são boys, que as coleguinhas são girls, cantam fazendo gestos e até agradecem pelo lanche em inglês. É o Projeto Ampliado Bilíngue do Colégio Marista, abrangendo crianças de 2 a 9 anos. Pela proposta, as crianças frequentam a aula curricular em um turno e, no outro, desenvolvem as mais diversas atividades de ensino, es26
SESI Escola No horário entre as 7 e 19 horas, 285 crianças do ensino infantil e 335 do ensino fundamental aprendem e divertem-se na Escola do SESI de Criciúma. “Nós queremos oferecer educação integral e de qualidade às nossas crianças, para que a mãe trabalhadora possa ser liberada para atuar com tranquilidade, deixando seus filhos numa escola onde tenha toda a confiança”, expressa Jovilde Parisoto, gerente regional do SESI. O modelo do SESI são aulas curriculares em um turno e, no outro, atividades extra-curriculares, com estudo complementar e aulas de violão, inglês e robótica, entre outros. O Ensino Fundamental atende 120 alunos no projeto extracurricular. Em torno de 90% do total das vagas estão preenchidas pelos filhos de trabalhadores na indústria, estando as excedentes abertas ao público em geral. É um ensino custeado 50% pelo SESI e os outros 50% pelos pais ou pela empresa onde os pais trabalham. “Temos aqui o melhor para nossas crianças”, garante Jovilde Parisoto.
Ensino Público Duas mil crianças e jovens que moram em regiões de risco social em Criciúma estão permanecendo o dia todo na escola. São alunos da rede municipal de ensino. “Nossa proposta é levar uma melhor qualidade de ensino para alunos que moram em regiões de vulnerabilidade social”, destaca a professora Gislaine Machado da Silveira, coordenadora pedagógica das escolas de tempo integral do programa Mais Educação. A Prefeitura de Criciúma trabalha em duas realidades. Uma abrange escolas com o Programa Mais Educação, do governo federal, que está sendo desenvolvido em seis colégios municipais. Atende crianças e jovens de 6 a 14 anos com aula normal pela manhã e oficinas de reforço escolar e atividades de esporte, dança e lazer no período da tarde. A outra realidade abrange três colégios dos bairros Paraíso, Cristo Redentor e Renascer, atendendo 660 crianças, com educação em tempo integral. Neste projeto, os alunos têm aulas mescladas com oficinas durante todo o dia. São atendidos por professores especializados e, além das oficinas, recebem iniciação em pesquisas e informática. “O ideal é que todas as crianças cheguem ao período integral e nós estamos neste caminho”, destaca a secretária do Sistema Educacional de Criciúma, Roseli Maria de Lucca Pizzolo. 27
Cheque endossado
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não é adoçado!
Giovani Duarte Oliveira Advogado, consultor jurídico, escritor, empresário, atuante em advocacia empresárial, especialista em processo civil
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“O cheque é pagável à vista. (...)” conforme Lei 7.357/85. O cheque pode ser transferido por endosso, com base no art. 17, da mesma lei que diz: “O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via de endosso. O endossatário passa a ter todos os direitos sobre o título, sendo que esse direito, não pode ser prejudicado por problemas ocorridos na relação entre o emitente do cheque e o beneficiário/endossante, ou seja, o terceiro (endossatário) tem o direito de receber mesmo que haja problemas entre o emitente e o endossante. Quando o cheque é endossado, a causa debendi se abstrai, ou seja, a causa que deu origem ao cheque é automaticamente apagada em relação ao terceiro endossatário quando ocorre o endosso, já que o terceiro nada tem que ver com a relação que deu causa à origem do referido título de crédito. Diuturnamente, assistimos casos onde o emitente do cheque e o beneficiário não se entenderam comercialmente, ocorrendo o famoso “desacordo comercial”, vindo o emitente a cancelar/sustar o cheque. Essa prática é aceita quando o cheque ainda está na posse do beneficiário, no entanto, quando o cheque foi endossado à terceiro, esse terceiro não poderá ter oposto contra si, o mencionado “desacordo comercial”. Existe um instituto legal, a nomenclatura “Não Endossável” ou “Não à Ordem” escrita atrás do cheque que impede que seja endossado, e se o beneficiário passar à terceiro, o emitente poderá opor contra este a causa debendi, pois, se o terceiro aceitou o cheque com a cláusula “Não endossável” assumiu o risco de ter oposta contra si o
mencionado “desacordo”. O parágrafo primeiro do artigo 17 retro mencionado, diz que “O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.”(sublinhei). Os efeitos de cessão, são os que permitem que o emitente possa alegar contra o endossatário os motivos do desacordo comercial. Portanto, caso o emitente tenha desacordo comercial com o beneficiário do cheque, poderá facilmente opor contra este, direito fundado na negociação, no entanto, se o cheque está na posse de terceiro endossatário, este terá o direito de receber os valores provenientes, já que não tem relação jurídica com o emitente. O emitente, por suas vezes, terá que arcar com o pagamento do cheque que está nas mãos do terceiro endossatário e agir com regresso contra o beneficiário que deu causa ao desacordo. Aquele que emite um cheque, o faz com as características de uma ordem de pagamento à vista, conforme artigo 32 da lei já citada, assim, o emitente de cheque o faz sob sua própria responsabilidade, aceitando os compromissos decorrentes da emissão.
Com o coaching, você ou sua
empresa alcançam suas metas mais rápido
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Suzi Nascimento l Criciúma
É comum as pessoas e as empresas terem alguma meta na cabeça, mas não conseguirem colocá-la em prática. Muitas ainda querem traçar metas de acordo com os seus valores e ao mesmo tempo aumentar a motivação para atingir os resultados esperados. Para dar uma “maozinha” no alcance mais rápido desses desafios, entra em cena o trabalho do coach. Segundo a coah Juliana Madalosso Rafael, diretora da empresa Trust, psicóloga e especialista em gestão de pessoas, o processo de coaching é dinâmico e interativo, fazendo com que o profissional ou a empresa tornem-se altamente focados, motivados e organizados até a conquista de seu objetivo. Como exemplo de alguns objetivos, ela cita a abertura de um empreendimento, o aumento das vendas por parte de uma equipe,
o desenvolvimento de uma carreira ou mesmo o sonho de uma determinada viagem. Juliana explica que o processo, individual ou em grupos, é colocado em prática por meio de sessões de uma hora em média e periodicidade determinada pelo cliente. Entre uma sessão e outra, ainda são estabelecidas pequenas metas. Com os objetivos claros, o coach ajuda o cliente a definir que rumos seguir e os recursos para trilhar esses caminhos. A Trust atua na região Sul de Santa Catarina em diversos segmentos, auxiliando nas tomadas de decisões estratégicas com grande impacto sobre os resultados atuais e futuros. Além disso, apresenta soluções de desenvolvimento e treinamento humano que agreguem valor comportamental aos seus colaboradores, gestores, líderes e demais membros da corporação.
Coaching nas mais diversas realidades empresariais Definição de um novo empreendimento
A coach Juliana Madalosso Rafael destaca que, muitas vezes, o cliente tem a motivação para a abertura de um novo empreendimento, mas ainda não definiu qual o melhor investimento. O diretor da empresa Plascin, Humberto Fascin, conta: “O processo de coaching auxiliou significativamente na tomada de decisão para um grande investimento, por ser um processo rápido, dinâmico, quantitativo e 100% focado na ação. Em cinco sessões atingi meu objetivo”. Alem disso, continua Fascin, trata-se de um processo sustentável, pois um ano após o término do processo, ainda utiliza o planejamento realizado. Desenvolvimento de equipes O coaching pode ser realizado para o desenvolvimento de uma equipe, de forma geral, auxiliando a desempenhar melhor suas potencialidades. De acordo com Juliana, se aplicado em uma equipe comercial, por exemplo, verifica-se um significativo aumento no número de vendas. Mas o desafio é maior quando o trabalho é focado na motivação e relacionamento interpessoal. Para Juliana, fica mais difícil mensurar os resultados quando, num primeiro momento, o trabalho é abstrato, entretanto os resultados obtidos superam as expectativas, pela velocidade e susten-
tabilidade da mudança”. Isso pode ser constatado com as Empresas Prolincon. “Trabalhamos a motivação da nossa equipe de vigilantes de Braço do Norte em agosto de 2011 e percebemos um aumento significativo, não só na motivação do grupo, como também na satisfação de nossos clientes, que, por diversas vezes, evidenciam a manutenção do resultado deste trabalho”, reforça o gerente da Vigilância Patrimonial da Prolincon, Edson de Souza. Desenvolvimento de carreiras Muitas vezes, o cliente tem todas as possibilidades para ser bem sucedido, mas acaba adiando seus projetos devido à rotina, à correria do dia-a-dia ou mesmo por insegurança sobre o caminho a ser trilhado. O papel do coaching nessa situação é ajudar a encontrar o foco e a determinação, utilizando ferramentas e estratégias que levem o cliente à ação. “Eu vi que o coaching é dinâmico, direto e objetivo, que tem início, meio e fim. E é assim que eu quero ser. Comecei a visualizar e objetivar um fim e não mais ficar esperando que as coisas se realizem sozinhas. E ter o apoio profissional para clarear as ideias é muito, muito animador!”, salienta a arquiteta Andreia Valar. 29
“Vida inteligente nos jornais do interior”
Associação dos Diários do Interior do Brasil é hoje a maior rede mundial de jornais q
Deize Felisberto l Criciúma
Com iniciativa criciumense, a Associação dos Diários do Interior de Santa Catarina (ADI) nasceu com perspectivas singelas de dar mais visibilidade e importância aos jornais do interior. Após 17 anos, consolidou-se no estado e no Brasil como um veículo de interesse de grandes empresas e donos de veículos de comunicação. A parceria pioneira veio através do veículo Jornal da Manhã, juntamente com outros diários das localidades de Chapecó, Itajaí, São Bento, Brusque, Lages e Tubarão. Por alguns anos a sede da entidade ficou localizada no Jornal da Manhã, transferindo-se depois para Florianópolis. O presidente da ADI SC, Ámer Félix Ribeiro, e também presidente da ADI Brasil, revela que a ADI deu vida inteligente aos veículos do interior, tornando-os contextualizados e representativamente grandes em nível de visibilidade. “Hoje o interior do país tem 20 milhões de leitores, e dos 380 jornais diários, a ADI abocanha uma fatia de 120 associados”,
Amer Felix Ribeiro, presidente da ADI Brasil 30
Presidente da ADI com a ministra da Casa Civil, Gleice Hoffmann, em evento em Brasília
destaca Ribeiro, que é diretor executivo do Jornal da Manhã. A Associação tornou-se notável diante de grandes empresas que buscam publicidade e retorno com a comunidade de centros menores. Dos sete jornais iniciados na fundação da ADI SC, hoje o número chega a 30 veículos, além de colunas opinativas reproduzidas em toda a rede de associados e parceiros. “Em termos de governo, a nossa cara mudou. Temos uma parcela conquistada com os órgãos públicos, principalmente estaduais e federais. Empresas e lojas que precisam de um fluxo intenso de clientes, o investimento em jornais do interior tornou-se um ótimo negócio”, revela. Ele questiona a importância de se olhar o perfil dos leitores. “A maioria lê os jornais locais, que falem das notícias da sua cidade. O jornal do interior como “leitura local” será sempre insubstituível como marco referencial da comunidade”, explica. Segundo sua análise, caberá aos jornais regionais ou aos jornais dos grandes centros o papel secundário, exatamente por causa da absoluta
necessidade de identificação entre emissor e receptor, característica acentuada do jornal de interior. Os jornais do interior têm o objetivo propositivo de dar uma evolução local, uma “vida inteligente”, já que a fatia de milhões de leitores, ultrapassa jornais de circulação nacional. Quatro a cinco leitores é a estimativa para cada exemplar de um jornal, com circulação de aproximadamente cinco mil exemplares, atingindo cerca de 30 mil pessoas. Uma mídia anunciada entre todos os diários do interior de Santa Catarina dá uma repercussão e influência de proporções muito mais significativas. Segundo Ribeiro, é necessário que se considere também, atualmente, os acessos via internet, já que a maioria dos jornais também oferece o conteúdo via on line. O exemplo do Furação Catarina, ocorrido na mídia local, é um exemplo marcante da força desses jornais, que pautaram a mídia nacional. Ele cita ainda a importância da disseminação de novas tecnologias que são vendidas localmente para a cidade e para fora dela.
Representatividade Conhecimento da atuação em outros centros também é preocupação da entidade que em 2010 viajou à Itália. “Pontos em comum foram vistos, principalmente cultural. Mas com relação à tecnologia eles estão muito mais avançados que nós, com o uso frequente dos IPADs”, destaca Ribeiro. O que surpreendeu o presidente da ADI foi a forte relação entre os jornais do interior e as associações empresariais. A preocupação em fomentar as empresas da cidade gera uma parceria com os veículos no sentido do crescimento e desenvolvimento para ambas as entidades. Neste sentido, a expectativa é avançar a entidade a nível federal para as regiões Nordeste e Centro Oeste. No mês de janeiro foi inaugurada a ADI na região de Mato Grosso do Sul e a previsão se direciona agora para os estados do Espírito Santo e Rondônia. Atualmente, está presente em toda a região Sul, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, além de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. No fim do ano passado, o primeiro Congresso foi organizado
pela entidade em Brasília e garantiu um público além do esperado, cerca de 400 pessoas, dessas 225 donos de jornais. Nomes como da ministra chefe da Casa Civil, Gleice Hoffmann, estiveram no evento, confirmando a posição da presidente, Dilma Rousselff, para investimentos nos jornais do interior, ocupando um espaço cada vez mais visível, sem perder o foco local. De acordo com Gleisi Hoffmann durante o evento, o governo sabe da importância crescente dos jornais locais e que isso reflete o processo de inclusão que ocorre no interior do país. O objetivo principal do evento foi conscientizar os donos dos veículos da importância dos diários que pode ser ampliada com ações editoriais conjuntas, de forma a aumentar a visibilidade. Um projeto que vem tomando corpo e é extremamente importante para os planos de expansão dos jornais do interior é a Certificação de Tiragem. Através do Conselho Executivo de Normas Padrão (CENP) terão auditagem na certificação, comprovando assim seu número de exemplares com tiragem certificada.
O que é a ADI SC A ADI/SC começou a partir da luta de alguns proprietários de jornais diários, com o objetivo de conquistar a importância e visibilidade merecidas aos veículos de comunicação localizados no interior do estado de Santa Catarina. Em três de dezembro de 1995 a ADI/SC nascia com suas raízes plantadas na defesa do interesse coletivo e livre iniciativa. A ADI/SC se faz percebida hoje no estado como a entidade com maior capacidade de comunicar às comunidades do interior catarinense, garantindo assim a visibilidade aos diários regionais de SC já incluídos como importante segmento na história da comunicação. Abrange 61% dos municípios do Estado. Atinge quase 2.800.000 pessoas (52% da população do estado)
ADI Brasil em Números w 74 jornais associados + 16 jornais da APJ - SP w 5 milhões de leitores w Mais de 1450 municípios em 7 estados w Mais de 18% do PIB nacional 31
Receita Federal de olho nas pequenas e médias empresas Que a Receita Federal vem utilizando cada vez mais mecanismos eletrônicos para acompanhar e fiscalizar as operações dos contribuintes como, por exemplo, a Nota Fiscal Eletrônica e a Escrituração Fiscal Digital, não é novidade. No entanto, a grande novidade está no próximo alvo da Receita Federal: as pequenas e médias empresas. A Secretaria da Receita vem desenvolvendo e pretende colocar em funcionamento até 2013 um novo sistema, uma espécie de “malha fina” para estas empresas. O objetivo é cruzar os dados de todas as declarações enviadas com a escrituração digital e NF-e. Importante lembrar que as grandes empresas do país já estão contempladas com uma fiscalização mais atuante, o que não é realidade para as pequenas e médias. Não era. Com a implantação deste novo sistema, o rigor fiscal por advento desta informatização certamente colocará as pequenas e médias no patamar das grandes, no que tange ao acompanhamento do Fisco. O cruzamento de dados será tão rigoroso que é como se houvesse um auditor da Receita analisando cada lançamento da empresa, por menor que seja seu tamanho. A Receita Federal pretende ainda criar um serviço de autorregularização para as
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empresas inadimplentes, como o que ocorre, por exemplo, com as pessoas físicas. Desta forma, as empresas poderão acessar o sistema e verificar o que estão “devendo” à Receita, quitando seus débitos antes mesmo que haja um processo de fiscalização. O coordenador geral de fiscalização da Receita, Antônio Zomer, diz que a meta é, no mínimo, multiplicar por sete a fiscalização das pequenas e médias por meio de sistemas eletrônicos, ou seja, das malhas fiscais que operam sem nenhuma intervenção humana. Outra novidade é que o processo de fiscalização englobará ainda as contribuições previdenciárias feitas ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Ou seja, as empresas que atualmente veem na previdência uma porta de sonegação fiscal terão grande surpresa com o advento do novo sistema de fiscalização da Receita.
Adaptação
Apesar da grande importância no cenário econômico, as PMEs ainda encontram muita resistência para se adaptarem aos novos modelos de gestão e fiscalização. Muitas baseiam seus negócios em modelos antigos, em que a realidade atual, tanto de mercado, quanto de governança corporativa e tecnológica, não se aplicavam pelo simples
fato de não existirem. O cenário mudou, tanto sob a ótica do mercado, quanto do Fisco que, reconhecendo a grande importância das PMEs no bolo tributário vem, cada vez mais, fazendo com que uma gestão eficiente esteja presente no cotidiano das PMEs. Livros caixa, preços formados em planilhas, notas emitidas à mão e enviadas apenas uma vez por mês à Contabilidade, fazem parte de um modelo sem sustentação atualmente. Buscar uma gestão eficiente, com profissionais qualificados e sistemas de gestão coorporativos e integrados é necessidade fundamental de qualquer empresa atualmente, não importando se a mesma possui dez ou mil empregados. O mercado e o Fisco estão mais exigentes e se apoiam na tecnologia para criarem modelos cada vez mais eficazes para interagirem. Somente as empresas que se adequarem a esta realidade obterão sucesso na empreitada de permanecerem no mercado com um crescimento sustentável. Por Sidcley José Fructuoso da Silva, analista de negócios da WK Sistemas, com atuação focada no desenvolvimento das soluções SPED, NF-e, Comercial, Compras, Estoque, Produção e Custos do ERP Radar Empresarial.
Serviço personalizado é marca da Transfloriano Com a disponibilidade de oferecer um trabalho diferenciado aos clientes que buscam soluções em transporte, a Transfloriano vem se destacando no segmento. A sensibilidade da empresa detectou neste mercado uma grande carência na prestação de serviços específicos e que exigem uma atenção especial a determinados clientes. O nicho de mercado foi percebido pela proprietária e diretora da empresa, Joziani Floriano, que com experiência, iniciou a empresa não com este objetivo, mas que ao identificá-lo não teve dúvidas e investiu neste potencial. “Inicialmente não tínhamos este foco, mas fomos percebendo dentro desses três anos de empresa o quanto alguns clientes necessitam de um serviço específico. Com este trabalho foi possível agregar valor aos serviços”, explica Joziani Floriano. Dentro deste trabalho, a empresa se destaca pelo atendimento que presta aos seus clientes. “Uma empresa com visão de futuro, que investe em tecnologias para dar maior satisfação aos seus clientes, e todos sabemos que num mercado competitivo, este é o diferencial. Foi a primeira transportadora a oferecer o DACT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), que tem agilizado muito os nossos trabalhos”, destaca o colaborador da Tubozan Indústria Plástica, Alexandre Jaques . A preocupação com a qualidade dos ser-
Joziani Floriano Diretora Administrastiva e Comercial
viços é comprovada através das conquistas da empresa, como o Certificado de Qualidade Internacional: o Gran Awards de Excelência de Qualidade, realizado através do Instituto Nacional de Excelência de Gestão de Qualidade Total Quality. O programa foi criado em 2005 para reconhecer o trabalho de empresas conceituadas que se destacaram pelo sinônimo de compromisso público e competência ao longo dos anos. Programas de qualidade como treinamento e avaliação de desempenho são realizados constantemente com os colaboradores, além do pós-venda e das pesquisas de satisfação, realizadas periodicamente. Além disso, a Transfloriano possui serviços online que facilitam e agilizam as informações e atividades cotidianas dos clientes, como por exemplo a solicitação de coleta, extrato de movimentação, acompanhamento de carga, prazo de entrega, conhecimentos, duplicatas e segunda via de boletos. A executiva de contas da Pamesa Indústria Cerâmica e também representante da Rejuntabrás do Brasil, Ilda Lima Vieira, ressalta a qualidade dos serviços prestados. “A Transfloriano se destaca pela sua excelência em atendimento, que se resume em rapidez nas entregas, cumprimento de seus compromissos, pronto atendimento nas necessidades mais urgentes de cada cliente, eficiência nas resoluções de eventuais problemas e segurança em relação às cargas transportadas, ela visa em primeiro lugar a nossa satisfação”. Priscila Cíntia Ruano, executiva de contas da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos completa que o atendimento para clientes corporativos como o Grupo Carrefour-Dia Brasil, ABIJCSUD, Grupo Pão de Açúcar, Rede Frango Assado, entre outros, é muito exigente e de difícil administração logística, uma vez que as cargas são demasiadamente fracionadas e com procedimentos bem particulares e a Transfloriano consegue atingir essas demandas.
Fone: (48) 3439-3101 - www.transfloriano.com Rodovia SC 444, KM 12, S/N - Bairro Vila Nova - Içara/SC
Transfloriano Transportes
Novos desafios
Com a missão de superar as expectativas dos clientes, prestando serviços logísticos com ética e transparência, promovendo assim o desenvolvimento da empresa e de seus parceiros, a transportadora está investindo no relacionamento com seus clientes através das redes sociais, como o Facebook e o Twitter. “Estaremos lançando campanhas através dessas mídias sociais com o objetivo de interagir e estreitar cada vez mais o relacionamento com os clientes. Acreditamos que nos dias de hoje, para que a empresa possa perpeturar com sucesso, ela precisa estar inserida nessas redes, principalmente as empresas prestadoras de serviço”, explica Joziani Floriano. O transporte propriamente dito é um trabalho bastante árduo e que depende de muitas variáveis, que vai desde as condições das rodovias brasileiras até do comportamento dos motoristas. Segundo a proporietária, contudo, mesmo por ser tão complexo e depender de tantas variáveis não significa que não se tenha que buscar excelência no que fizemos. “É por este motivo que nós, da Transfloriano, vendemos serviços logísticos aos nossos clientes, e não somente o transporte de carga, e buscamos sempre fazê-lo da maneira mais competente possível, para que uma vez nosso cliente, ele seja sempre nosso cliente, e sinta a Transfloriano como sua parceira”, conclui. A Transfloriano estará com sua primeira filial em São Paulo a partir desse mês de abril de 2012. A filial visa proporcionar um melhor atendimento aos clientes que estão localizados em áreas restritas e também iniciar o transporte de cargas de São Paulo para Santa Catarina e também para outros estados brasileiros, partindo dessa nova unidade. “Em 2019, nosso objetivo é ser uma empresa reconhecida nacionalmente pela excelência nos serviços logísticos prestados, e é por isso que teremos o maior prazer em ter você como nosso cliente. CONTRATE-NOS e faça a escolha certa para um transporte rápido e seguro”, finaliza Joziani Floriano. @transfloriano_
comercial@transfloriano.com 33
Laboratório Búrigo vai até a sua empresa Coleta empresarial tem facilitado a vida dos trabalhadores
Quando os funcionários de alguma empresa precisam se submeter a exames laboratoriais, os empresários podem ficar tranquilos, pois não terão prejuízos na produção. O trabalhador pode executar suas atividades, sem precisar se deslocar até um laboratório. Com a coleta empresarial, uma equipe do Laboratório Búrigo vai até as empresas e as coletas são realizadas. A rede de Laboratórios Búrigo realiza cerca de 200 exames empresariais por mês. Conforme a gerente financeira da rede, Giana Minatto, existe também parceria com algumas clínicas de medicina do trabalho. “Quando eles precisam de exames, nos passam os dados dos pacientes e nós vamos até a empresa coletar os materiais. Posteriormente, encaminhamos o resultado ao médico”, explicou. Apenas dez funcionários a serem coletados já é o suficiente para a equipe de coletadores do Búrigo se deslocar até as empresas. Para o procedimento é levado o kit de coleta externa, o qual inclui o sistema próprio para a impressão das etiquetas de código de barras utilizadas na identificação das amostras dos pacientes. Além disso, a empresa pode escolher a data e horário da coleta. “Somos flexíveis aos horários de turnos”, complementou.
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Convênio Há dois meses o Laboratório fechou um convênio com a empresa de confecção Damyller. Uma vez por semana, uma das equipes de coleta se desloca para fazer os exames solicitados. “Para as empresas é um grande benefício, já que não tira o funcionário do trabalho para a coleta e nem para buscar o laudo. O resultado pode ser conferido pela internet”, salientou a gerente. As coletas externas, domiciliar e empresarial, podem ser agendadas pelo telefone 3437.3131, no ramal da administração.
Programa para desenvolvimento das cadeias produtivas do IEL/SC O Programa de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas, realizado pelo IEL/ SC em parceria com o Sebrae, tem como foco desenvolver a gestão das empresas que integram a cadeia de fornecedores de grandes indústrias do estado. A ação tem amplitude nacional e visa aumentar a produtividade, o volume de negócios e a competitividade das indústrias. As empresas participantes são qualificadas por meio de capacitações e consultorias individualizadas, em áreas de gestão como planejamento estratégico, marketing, finanças, custos, qualidade,
produção, responsabilidade social, saúde e segurança e meio ambiente, priorizadas conforme as necessidades do grupo. O programa oferece ainda ações para promover a geração de negócios como visitas técnicas às empresas-âncoras, rodadas de negócios, fórum de fornecedores e palestras. A duração do programa é de 18 meses, passando pelo processo de sensibilização, diagnóstico, qualificação e certificação. São 100 horas de capacitação coletiva e 100 horas de consultoria individualizada para cada fornecedor.
Programa de desenvolvimento de cadeias produtivas
O Programa de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas objetiva aumentar a competitividade das principais cadeias produtivas de Santa Catarina, qualificando a rede de fornecedores das médias e grandes empresas do Estado.
O programa prevê a melhoria da interação entre empresa âncora e sua cadeia de suprimentos, elevando o grau de conectividade entre as empresas, desenvolvendo, assim, competências nos fornecedores em pontos considerados críticos para o sucesso da cadeia.
Resultados para a cadeia w Identifica pontos de melhoria de desempenho operacional e contribui para a redução dos desperdícios. w Estabelece relações de confiança entre compradores e fornecedores. w Amplia o volume de negócios com qualidade e flexibilidade entre as empresas âncoras e seus fornecedores. w Reduz custos de compras das empresas âncoras como reflexo do aperfeiçoamento
no sistema de gestão dos fornecedores. w Otimiza o processo de entrega dos fornecedores, com vistas à redução dos estoques das empresas da cadeia de suprimentos. w Aumenta a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores. w Aumenta o potencial de inovação para desenvolvimento de novos produtos em conjunto.
Módulos de capacitações do Programa Gestão Organizacional: planejamento e análise estratégica e financeira, gestão dos custos e orientação ao mercado; Gestão da Qualidade: padronização e sistematização dos processos, treinamento e capacitação das pessoas com foco na qualidade dos produtos e processos, utilização de medidas de desempenho e atuação pró-ativa dos funcionários; Gestão Ambiental: gerenciamento dos recursos materiais e de resíduos, treinamentos relacionados a meio ambiente, balanço de massa no processo produtivo; Saúde e Segurança do Trabalho: ações relacionadas à prevenção de riscos, segurança e medicina do trabalho, CIPA, utilização de EPIs, CAT, controle médico
e ocupacional, licenças do Corpo de Bombeiros, controle de danos sofridos e faltas por doenças; Gestão da Produção: capacidade produtiva da empresa, ferramenta de gestão da produção, avaliação do layout, Kaizen; Gestão da Inovação: organização da empresa para a gestão da inovação, ferramentas e métodos para inovação, priorização de projetos, capacitações para gestão da inovação, identificação de oportunidades, diagnóstico da inovação e planejamento da inovação; Responsabilidade Social: planejamento e implementação de práticas sociais responsáveis. 35
Que empresário já não se perguntou: “será que devo mudar meu logo?”, “por que não o modernizar?” E quem devo chamar para isso?”A proposta aqui é por em discussão essas questões, e, quem sabe, provocar mais algumas. por Jan Raphael Reuter Braun Professor do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc jan.braun@portalsatc.com
diagramação: Laboratório de Orientação em Design lod@portalsatc.com ilustração: Diego Piovesan Medeiros
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M
as primeiro vou esclarecer uma coisa. O que chamamos popularmente de logo possui uma denominação mais adequada, assinatura gráfica, e pode vir da junção de dois elementos primários: LOGOTIPO, que é a particularização da escrita de um nome. Ou seja, o tipo de letra (texto) em que ele é escrito; e o SÍMBOLO, que é um sinal gráfico que com o tempo, passa a identificar um nome, ideia, produto ou serviço. Assim, o uso de um ou desses dois elementos, poderá ser a principal forma de representar visualmente sua marca. Para simplificar, porém, continuarei chamando de logo. Mas muda algo mexer nele?
GRÁFICO. Mas é claro que ele poderá trabalhar com uma equipe multidisciplinar, contando com a colaboração de publicitários, gerentes de marketing e de outros especialistas. Só não confunda o DESIGNER GRÁFICO com aquele seu sobrinho que sabe mexer muito bem em softwares de edição de imagem ou que desenha personagens japoneses como ninguém. O verdadeiro DESIGNER trabalha seus projetos de forma metódica, avaliando variáveis e construindo soluções para os problemas de comunicação de sua empresa. Para ter uma ideia, parte do trabalho está em buscar uma série de informações, como: qual é seu mercado de ação? O logo possui uma identificação com seu nicho de mercado? Quem é seu concorrente direto e indireto? Como é seu produto ou serviço? Qual a imagem que sua empresa quer passar? E principalmente: quem é seu público-alvo e se este reconhece os valores da empresa por meio da forma como ela é representada pelo logo. No final, todo esse trabalho é o que dirá se é realmente necessário modificar seu logo. Só depois disso é que o projeto poderá continuar e assim possibilitar que a “cara” de sua empresa seja diferenciada das concorrentes e, ao mesmo tempo, reconhecida e respeitada por seu público. Mas aí já são outras quinhentas palavras.
“Não é de praxe modificar o logo de vez em quando? A resposta é: DEPENDE!”
Voltando às questões iniciais, a opção de redesenhar o logo pode levar a grandes mudanças no reconhecimento da empresa e mesmo de sua posição no mercado, tanto positivas como negativas. Desse modo, dependendo de como foi feito e se realmente era necessário fazer. Como assim “necessário fazer”? Não é de praxe modificar o logo de vez em quando? A resposta é: DEPENDE! Ficou frustrado? Calma, já explico. O que quero dizer com isso é que o motivo para a mudança deve ser avaliada e discutida com um bom profissional, preparado para tal função. Então, a quem devo chamar? Nessa hora, vou puxar a “brasa pra nossa sardinha”. Consideramos que um dos profissionais mais bem qualificados para esta “missão” é o DESIGNER
Pois é. Mudar nunca é fácil!
Nem sempre mudar significa MUDAR Muitas vezes pequenas adequações no logo são suficientes para que a sua empresa ou marca ganhem mais visibilidade no mercado.
antes
depois
Vejam o exemplo da rede de supermercados Carrefour. Desde sua criação em 1966, na França, que seu logo não sofria qualquer alteração. Mas recentemente um novo formato foi apresentado. Agora, com uma tipografia mais leve e contemporânea, o equilíbrio entre logotipo e símbolo foi alcançado. Até mesmo a letra “C”, em negativo no centro da ilustração, ficou mais evidente. São pequenos detalhes, mas que podem fazer grande diferença no final.
fonte: www.logobr.org
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Mercado.Sul
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Por Joice Quadros
joice.q@terra.com.br
As prioridades do Sul Os prefeitos decidiram. As prioridades do Sul a serem levadas ao Governo do Estado são a construção da Interpraias, o incremento na liberação de Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) e o aumento do efetivo das polícias. Com exceção da Interpraias, considerada uma obra de infraestrutura, as demais prioridades estão na manutenção da saúde e segurança da população e refletem o quanto ainda o Sul está atrasado para chegar aos caminhos do desenvolvimento. Na pauta nacional, os prefeitos foram mais ousados em obras estruturantes e elencaram a implantação da Ferrovia Translitorânea entre Imbituba e Porto Alegre e a finalização do asfaltamento da Rodovia 285 (Serra da Rocinha), do Porto de Imbituba, do Porto Pesqueiro de Laguna e do Aeroporto Regional Sul Catarinense de Jaguaruna. Nenhuma palavra sobre a BR 101 Sul. Destas decisões participaram os prefeitos da Amrec, Amurel e Amesc, reunidos dia 8 de março em Criciúma com o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Douglas Warmling.
Um norte para Criciúma
Em abril, Criciúma vai conhecer o resultado de um estudo encomendado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico junto a pesquisadores da Unesc e PUC/RS. “A partir daí vai ser traçado um norte para o município do ponto de vista de desenvolvimento econômico”, analisa César Smielewski, presidente do Conselho. Informações iniciais apontam para empresas de tecnologia porque Criciúma não tem espaço físico para grandes indústrias.
Disseram
“Já estou olhando para 2013. Porque 2012 será, de certa forma, parecido com 2011, levemente melhor”. Glauco José Côrte – Presidente da FIESC
Posse na ADVB Guido Búrigo (vice-presidente) e Anselmo Freitas (diretor regional) são os representantes do Sul na ADVB SC. A posse aconteceu dia 08 de março. Para lembrar, a ADVB SC foi fundada em julho de 1984, com a participação de Guido Búrigo, Carlos Alberto Barata, Jayme Zanatta e Aristorides Stadler representando o Sul do estado.
Guido Búrigo e Anselmo Freitas
R$ 100 milhões é o investimento atual, por ano, da prefeitura de Criciúma em Educação. A informação é da Secretária Roseli Maria de Lucca Pizzolo.
Fronteiras do Pensamento A economia deve ser pensada a partir do ser humano. Esta é a ideia central da palestra do Nobel de Economia Amartya Sem, um dos pais do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) adotado pelas Nações Unidas, que será proferida dia 25 de abril, no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre (RS). É a primeira conferência da edição 2012 do Fronteiras do Pensamento.
Personalidade do Turismo Dilor Freitas, fundador da vinícola Villa Francioni, na serra catarinense, foi homenageado (in-memoriam) no dia 13 de março, em Florianópolis, com o Prêmio Personalidades do Turismo Catarinense, criado pelo Conselho Estadual de Turismo. Em Criciúma, Dilor Freitas fundou a Cecrisa, que iniciou suas atividades produtivas em 1971 e merece destaque no ramo cerâmico até os dias atuais.
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